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2.0 SISTEMA DE BASE E VALORES POR UNIDADE.

Para obter algumas facilidades no cálculo das correntes de curto-circuito, é


necessário aplicar alguns artifícios matemáticos que muito simplificam a resolução
dessas questões.

Quando num determinado sistema há diversos valores tomados em bases diferentes é


necessário estabelecer uma base única e transformar todos os valores considerados nesta
base para que se possa trabalhar adequadamente com os dados do sistema.

Para facilitar o entendimento, basta compreender que o conhecido sistema percentual ou


por cento é um sistema onde os valores considerados são tomados da base 100. Da mesma
forma se poderia estabelecer um sistema de base 1.000 ou sistema milesimal, onde os
valores deveriam ser tomados nesta base. Assim, se um engenheiro que ganhasse R$
2.500,00/mês recebesse um aumento de 10% (base 100) passaria a receber um salário de
R$ 2.500,00 + 10/100 X 2.500 = R$ 2,750,00. Se, no entanto, o aumento fosse de 10 por
milésimo (base 1.000), passaria a receber somente R$ 2.500 + 10/1.000 X 2.500 = R$
2.525,00.

Caso semelhante acontece com os diversos elementos de um sistema elétrico. Costuma-


se expressar a impedância do transformador em Z% (base 100) de sua potência nominal
em KVA. Também as impedâncias dos motores elétricos são definidas em Z% na base da
potência nominal do motor, em cv. Já os condutores elétricos apresentam impedâncias
em valores ôhmicos. Ora, como se viu, é necessário admitir uma base única para expressar
todos os elementos de um determinado circuito, a fim de que se possa operar facilmente,
como, por exemplo, realizando-se as operações de soma, subtração etc.

2.1 Valores por Unidade

É a relação entre o valor da grandeza e o valor de base da mesma grandeza escolhida


como referência.

𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑟𝑒𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑔𝑟𝑎𝑛𝑑𝑒𝑧𝑎


𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 (𝑃𝑈) =
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑑𝑎 𝑔𝑟𝑎𝑛𝑑𝑒𝑧𝑎

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Exemplo: denominar as tensões abaixo em PU, usando arbitrariamente como base o
valor de 120 kV.

126
a) V1 = 126 kV 𝑉1 = = 1,05 𝑝𝑢
120
109
b) V2 = 109 kV 𝑉2 = = 0,908 𝑝𝑢
120
120
c) V3 = 120 kV 𝑉3 = = 1 𝑝𝑢
120
500
d) V4 = 500kV 𝑉4 = = 4,17 𝑝𝑢
120

2.2 Valores Base das Grandezas Elétricas do Sistema


Cada ponto do sistema elétrico fica caracterizado por quatro grandezas:
• tensão elétrica (V)
• corrente elétrica (I)
• potência aparente (S)
• impedância (Z)

Observa-se que, conhecendo apenas duas dessas grandezas, as outras ficam também
definidas (estabelecidas) por meio das equações apresentadas ABAIXO. Basta, então,
escolher como base, apenas duas dessas grandezas. É comum (GERALMENTE) em
Sistemas de Potência, escolher como bases a Tensão (Vbase) e a Potência Aparente
(Sbase) ficando, consequentemente, fixadas as bases de corrente e de impedância para o
nível de tensão correspondente.

2.2.1 Sistema Monofásico


É o caso de redes 1∅(monofásicas) ou de transformadores 1∅(𝑚𝑜𝑛𝑜𝑓á𝑠𝑖𝑐𝑜𝑠)
Cálculo da corrente base (I base):

𝑠𝑏𝑎𝑠𝑒
𝑆𝑏𝑎𝑠𝑒 = 𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒 ⋅ 𝐼𝑏𝑎𝑠𝑒 → 𝐼𝑏𝑎𝑠𝑒 =
𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒
Em que:
V base ---» tensão base da fase no nível de tensão considerado;
S base ---» potência aparente base;
I base ---» corrente base no nível de tensão da V base.

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Cálculo da Impedância base (𝑍𝑏𝑎𝑠𝑒 )

𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑉²𝑏𝑎𝑠𝑒


𝑍𝑏𝑎𝑠𝑒 = = =
𝐼𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑆𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑆𝑏𝑎𝑠𝑒
𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒

2.2.2 Sistema Trifásico


Um sistema trifásico (3∅) de potência envolve cargas e transformador ligados em Δ e Y.
Os cálculos de curtos-circuitos, para proteção, são feitos usando componentes simétricas,
que são equilibradas. Deste modo, pode-se analisar apenas uma única fase.

Portanto, toda a representação de um sistema trifásico em pu é feita numa única fase do


Sistema em Y equivalente.

Modelo do Y equivalente

sbase
ADOTAR BASES {V
base

3
Onde:
s𝑏𝑎𝑠𝑒 = Potência aparente base do sistema trifásico, ou seja, é a soma das potências
aparentes base de cada fase.

s𝑏𝑎𝑠𝑒 = s𝑏(3∅) = 3s𝑏(1∅)

Vbase = tensão base linha à linha, ou √3 vezes a tensão base de fase do Y equivalente.

V𝑏𝑎𝑠𝑒 = √3 𝑉𝑏𝑓

𝑉𝑏𝑓 = tensão base de fase.

Cálculo da Corrente de Base (𝐼𝑏𝑎𝑠𝑒 )


A corrente base é a mesma da linha do sistema trifásico original e da fase do Y
equivalente.

𝑆𝐵𝐴𝑆𝐸 = √3𝑉𝐵𝐴𝑆𝐸 ⋅ 𝐼𝐵𝐴𝑠𝐸


𝑠𝐵𝐴𝑆𝐸
𝐼𝐵𝐴𝑆𝐸 =
√3 . 𝑉𝐵𝐴𝑆𝐸

Cálculo da Impedância Base (Z base)


A impedância base de um sistema trifásico é sempre a impedância da fase do sistema
trifásico em Y equivalente.

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É interessante notar que as expressões, são aparentemente iguais. A primeira expressão
relaciona valores bases de um sistema monofásico sendo que a segunda relaciona os
valores bases de um sistema trifásico.

Exemplo: Um sistema de potência 3∅ tem como base 100MVA e 230KV.


Determinar:

a) Corrente base

b) Impedância de base

c) Admitância base

d) Corrente I = 502,04 A em pu.

e) Impedância 𝑍̇ = 264,5+ j10580Ω em pu.

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Mudança de Base de uma Grandeza (Impedância)

Geralmente os dados de placa dos transformadores não coincidem com a base na qual o
sistema está sendo calculado. A mudança de base da impedância do transformador
deverá ser efetuada como segue:

Na base 1 temos:

Já na base 2 temos:

Igualando as equações temos:

Na prática, costuma-se usar a expressão abaixo, na qual é feita a mudança da base velha
para a base nova:

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Exemplo 1: A placa de um gerador síncrono apresenta os seguintes dados 50MVA,
13,8KV e X =20%. Calcular a reatância da máquina em pu referida a uma nova base de
100MVA e 13,2KV.

Solução:

2- Impedância em pu de Transformador Monofásico de dois Enrolamentos.

O enrolamento de maior tensão (AT) será denominado de primário, e enrolamento de


menor tensão (BT) será o secundário.
O transformador apresenta numericamente duas impedâncias vistas pelos seus
respectivos enrolamentos. Essas são obtidas por meio do tradicional teste de curto
circuito, Pelo teste, obtêm-se as duas impedâncias:

Figura 01- Transformador Monofásico e dois enrolamentos.

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Devido, a relação de transformação, o transformador apresenta duas tensões BASE, uma
para o lado AT e outra para o lado BT. Geralmente as tensões base e a potência base são
os próprios dados nominais de placa do transformador.

Assim:

Transformando as impedâncias do lado AT e BT em pu, tem-se:

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Referindo a ZAT para o lado de BT, por meio da relação de transformação, tem-se:

Ou

E ainda podemos escrever:

Portanto:

Conclusão:
Em um transformador, o valor em pu no lado da baixa ou da alta tensão é o mesmo.
Assim, apresenta-se um só valor na placa do transforma evitando apresentar dois valores
em Ohms. Esta é uma das vantagens de se utilizar a representação em pu.

Exemplo 2: Um transformador monofásico de 20MVA de 69/13,8kV, possui uma


impedância de 0,762Ω no lado de BT.
a) Qual o valor da impedância em pu?
b) Calcular a impedância no lado AT.
c) Qual o valor da impedância em pu do transformador, numa nova base de 30MVA
com tensões nominais do transformador?

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Resposta:
a)

b)

Outra forma de solução:

c)

Exemplo 3: Um transformador monofásico de l0MVA de 69/13,8kV, com 8% de


reatância.
Calcular:
a) ZBT
b) ZAT
Resposta:

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3-Impedância em pu de Banco de Transformadores Monofásicos.

Muitas vezes um transformador 3ϕ é composto por 3 transformadores 1ϕ formando um


banco. A impedância de placa de cada unidade 1ϕ é referida à sua potência nominal e
tensões nominais.
Quando três unidades lϕ são interligadas formando um banco em Δ ou em Y, ligados a
uma rede 3ϕ , sua placa fica mudada para:

Os transformadores monofásicos podem ser conectados formando diversas


combinações:

a) Banco 3ϕ em Y-Y

Base:

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A reatância do Transformador 3ϕ em pu, representada pela reatância da fase do Y
equivalente, é a própria reatância do transformador 1ϕ. Dai temos:

Notar que o valor em pu não mudou do transformador 1ϕ para o banco 3ϕ, somente os
valores bases foram adaptados à nova ligação.

b) Banco 3ϕ em Δ-Δ.

Obs. Para os cálculos em pu é necessário transformar a ligação Δ em seu Y


equivalente. (circuitos II).

Como as impedâncias de cada fase do Δ são iguais à impedância do transformador 1ϕ, as


impedâncias de cada fase do Y equivalente são iguais, e são calculadas pela expressão
abaixo:

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Nota-se que o ângulo das impedâncias do Δ e do Y são iguais.

Para obter a reatância do transformador em pu, deve-se calcular a reatância da fase do


transformador em Y equivalente. Assim,

Substituindo os valores para o transformador 1ϕ, temos:

O valor da reatância do transformador é o mesmo. Apenas os valores foram adaptados


às ligações.

c) Bancos 3ϕ em Y – Δ
Base:

Analisando pelo lado do Y, recai-se no mesmo caso da ligação em Y-Y.

Analisando pelo lado do Δ, recai-se no mesmo caso da ligação em Δ-Δ.

Conclusão:

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O valor em pu da impedância do transformador 1ϕ, e do Banco 3ϕ é o mesmo, não
importando o tipo de ligação.

Exemplo 4:

Três transformadores 1ϕ de 50MVA e 132,8/138kV, reatância de 0,1pu, são interligados


formando um banco Y - Δ. O lado AT da unidade 1ϕ é ligado em Y, e o lado BT do 1ϕ
em Δ.
a) Qual a placa do banco?
b) Qual o valor da impedância do lado AT do transformador 1ϕ em Ω?
c) Qual o valor da impedância do lado Δ do transformador 3ϕ?
d) Qual o valor da impedância do lado Y do transformador 3ϕ?

Resposta:
a)

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b)

c)

Fazendo o mesmo cálculo usando pu, temos:

d)

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É um dos vários métodos de cálculo conhecidos na prática que procuram simplificar a
resolução das questões relativas à determinação das correntes de curto-circuito.
O valor de uma determinada grandeza por unidade é definido como a relação entre esta
grandeza e o valor adotado arbitrariamente como sua base, sendo expresso em decimal.
O valor em pu pode ser também expresso em percentagem que corresponde a 100 vezes
o valor encontrado.

Os valores de tensão, corrente, potência e impedância de um circuito são, normalmente,


convertidos em percentagem ou por unidade - pu. As impedâncias dos transformadores,
em geral dadas em forma percentual, são da mesma maneira convertidas em pu. As
impedâncias dos condutores, conhecidas normalmente em mΩ/m ou Ω/km, são
transformadas também em pu, todas referidas, porém, a uma mesma base. O sistema pu
introduz métodos convenientes de expressar as grandezas elétricas mencionadas numa
mesma base.

Uma das vantagens mais significativas para se adotar a prática do sistema por unidade
está relacionada à presença de transformadores no circuito. Neste caso, as impedâncias
no primário e secundário, que em valores ôhmicos estão relacionadas pelo número de
espiras, são expressas pelo mesmo número no sistema por unidade. Para demonstrar esta
afirmação, considerar uma impedância de 0,6Ω tomada no secundário de um
transformador de 1.000 kVA-13.800/380 V. Seu valor em pu nos lados primário e
secundário do transformador é o mesmo, ou seja:

Valor da impedância no secundário do transformador

Valor da impedância no primário do transformador

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Algumas vantagens podem ser apresentadas quando se usa o sistema por unidade, ou seja:

• todos os transformadores do circuito são considerados com a relação de transformação


1:1, sendo, portanto, dispensada a representação no diagrama de impedância;

• é necessário conhecer apenas o valor da impedância do transformador expressa em pu


ou em %, sem identificar a que lado se refere; todos os valores expressos em pu estão
referidos ao mesmo valor percentual;

• toda impedância expressa em pu tem o mesmo valor, independentemente do nível de


tensão a que está referido o valor da impedância em pu;

• para cada nível de tensão, o valor da impedância ôhmica varia ao mesmo tempo em que
varia a impedância base, resultando sempre a mesma relação;

• a potência base é selecionada para todo o sistema;

• a tensão base é selecionada para um determinado nível de tensão do sistema;


• adotando-se a tensão base para um lado de tensão do transformador, deve-se calcular a
tensão base para o outro lado de tensão do transformador;

• normalmente é tomada como base a tensão nominal do transformador.

Comumente, arbitram-se como valores de base a potência e a tensão. As outras grandezas


variam em função destas. Tomando-se como base a potência Pb em kVA e a tensão Vb
em kV, tem-se:

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a) Corrente de base

b) Impedância de base

c ) Impedância por unidade ou Pu.

ZcΩ = Impedância do circuito em Ω.

Quando o valor de uma grandeza é dado numa determinada base (1) e se deseja conhecer
seu valor numa outra base (2), podem-se aplicar as seguintes expressões:

a) Tensão

Vu2 = tensão em pu na base V2;


Vul = tensão em pu na base V1.

b) Corrente

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Iu2 = corrente em pu nas bases V2 e P2;
Iu1 = corrente em pu nas bases V1 e P1.

c) Potência

Pu2 - potência em pu na base P2;


Pu1 - potência em pu na base P1.

d) Impedâncias

Zu2 - impedância em pu nas bases V2 e P2;


Zu1 - impedância em pu nas bases V1 e P1.

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EXEMPLO

A impedância percentual de um transformador de força de 1.000 kVA -


13.800/13.200/12.600 - 380/220 V é de 4,5% referida ao tape de 13.200 V. Calcular
esta impedância no tape de tensão mais elevada, ou seja, 13.800 V.

SOLUÇÃO:
1000 13200 2
𝑍𝑢2 = 4,5 x ( ) = 4,11%
1000 13800

P1= 1.000 kVA (valor de base da potência a que refere a impedância de 4,5%);
P2 = 1.000 kVA (nova base à qual se quer referir a impedância de 4,5%);
V1 = 13.200 V (valor de base de tensão a que refere a impedância de 4,5%);
V2 = 13.800 V (nova base à qual se quer referir a impedância de 4,5%; foi selecionada a
base igual à tensão nominal primária do transformador).

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2.1 Resumo de pu.

Frequentemente, na análise de sistemas de energia elétrica ao invés de serem utilizadas


as unidades originais para as grandezas envolvidas (tensão, corrente, potência, etc.) são
utilizadas unidades relativas (por unidade ou, simplesmente, pu), obtidas através da
normalização dos valores originais destas grandezas (em V, A, W, etc.) por valores pré-
estabelecidos para cada grandeza, denominados valores de base. Realizando esta
normalização em todas as grandezas do sistema, é possível:

→ Manter os parâmetros do sistema elétrico dentro de uma faixa de valores conhecidos


evitando, portanto, erros grosseiros. Por exemplo, quando se utiliza o valor nominal da
tensão como valor de referência (valor de base), pode-se verificar a partir do valor
normalizado da tensão (em pu) sua distância do valor desejado (nominal). Valores em pu
próximos a unidade significam proximidades do valor nominal; valores de tensão muito
abaixo ou acima de 1 pu representam condições anormais de operação.

→ Eliminar todos os transformadores ideais do sistema elétrico.

→ A tensão de operação do sistema permanece sempre próxima da unidade.

→ Todas as grandezas possuem a mesma unidade ou pu (embora os valores de base sejam


diferentes para cada uma das grandezas).

Para realizar a transformação das grandezas para pu basta dividir o valor destas pelo seu
valor de base, ou seja:

O valor de base deve ser um número real; o valor atual pode ser um número complexo
(se for utilizada a forma polar, transforma-se apenas a magnitude da grandeza, mantendo-
se o ângulo na unidade original).
A grandeza de base definida para todo o sistema de energia elétrica é a potência elétrica,
S3ϕbase (geralmente 100 MVA):

[MVA]
A tensão base, V base, geralmente corresponde à tensão nominal do sistema na região de
interesse:

[KV]
A corrente base, Ibase, e a impedância base, Zbase, são obtidas a partir da potência e da
tensão de base:

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[KA]

[KA]

[]

[]

Têm-se, assim, duas classes de grandezas de base:

→ Primárias – Nesta classe se incluem a potência base, definida para todo o sistema, e a
tensão base, que varia em função da tensão nominal da região em análise.
→ Secundárias – Nesta classe se incluem a corrente base e a impedância base que são
calculadas em função da potência base (definida para todo o sistema) e dos valores
nominais de tensão, utilizados como tensão base na região em análise.

Existem outras formas de normalização possível, com definições diversas de grandezas


nas classes grandezas primárias e secundárias, entretanto esta é a forma usual na análise
de sistemas de energia elétrica.

Uma operação bastante frequente na modelagem de sistemas elétricos é a mudança de


base de valores de impedâncias. Um exemplo clássico da necessidade de mudança de
base é a compatibilização do valor das impedâncias dos transformadores, usualmente
fornecidos em seu valor percentual, tendo como potência base a potência nominal do
equipamento e como tensões base as tensões terminais dos enrolamentos.

Para realizar a mudança de base de uma impedância na base 1, 𝑍̅𝑝𝑢 (base 1) , para a base
2, 𝑍̅𝑝𝑢 (base 2) , deve-se proceder como segue:

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Exemplo 2 – Considere o sistema do exemplo 1 da Primeira unidade. Supondo que S3ϕbase
= 300 KVA e VL base = 2,4 KV, determinar:

a) As bases do sistema por unidade.


b) Desenhar o circuito equivalente por fase em valores por unidade.
c) Determinar o fasor corrente da Fase A em valores por unidade e em ampères.

Exemplo 3 – A Figura abaixo mostra o diagrama unifilar de um sistema elétrico trifásico.

Considere que o comprimento da linha entre os dois transformadores é desprezível, que


a capacidade do gerador 3 é de 4160 kVA (2,4 kV e 1000 A), que este opera em condição
nominal (IL = 1000A) alimentando uma carga puramente indutiva. A potência nominal
do transformador trifásico T1 é 6000 KVA (2,4/24 KV Y/Y) com reatância de 0,04 pu.
T2 tem capacidade nominal de 4000 KVA, sendo constituído por um banco de três
transformadores monofásicos (24/12 KV Y/Y) com reatância de 4% cada. Determinar:

a) A potência base.
b) A tensão de linha base.
c) A impedância base.
d) A corrente base.
e) Resuma os valores base em uma tabela.
f) Os valores das correntes em A.
g) A corrente em pu.
h) O novo valor das reatâncias dos transformadores considerando sua nova base.
i) O valor pu das tensões das Barras 1,2 e 4.
j) A potência aparente nas Barras 1,2 e 4.

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