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Universidade Federal do ABC

Engenharia de Instrumentação, Automação e Robótica

Fundamentos de Máquinas Elétricas


Prof. Dr. José Luis Azcue Puma

 Ementa e avaliação
 Introdução ao circuito magnético

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Ementa resumida

• Circuitos magnéticos
• Transformadores
– Prova 1 (P1)

• Princípios de conversão eletromecânica de energia


• Introdução as máquinas elétricas rotativas
– Prova 2 (P2)

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Bibliografia
Principal (livros-texto)
• A. E. FITZGERALD, C. KINGSLEY, S. D. UMANS, Máquinas
Elétricas, 6a edição, Bookman. (Caps. 1, 2, 3 e 4)
• V. Del TORO, Fundamentos de Máquinas Elétricas, LTC. (Caps. 1, 2,
3 + (4e5) )

Complementar
• P. C. SEN, Principles of Electric Machines and Power Electronics.
Second Edition, John Wiley. (Caps. 1, 2 e 3)
• I. L. KOSOW, Máquinas Elétricas e Transformadores, Editora Globo.
• P. C. KRAUSE, Analysis of Electric Machinery, McGraw-Hill.
• G. MCPHERSON, An Introduction to Electrical Machines and
Transformers. John Wiley.

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Critérios de avaliação
• Prova 1 (P1)  21 de OUT
• Prova 2 (P2)  7 de DEZ
• Prova Sub (P1 ou P2)  9 de DEZ
• Prova Rec (Parte 1 e Parte 2)  16 de DEZ

• 4 laboratórios
• 2 listas de exercícios

MP = 0,5*(P1+P2);
MR = 0,25*(rel1 + rel2 + rel3 + rel4)
ML = 0,5*(Le1 + Le2)

Média das provas (MP)


Média dos relatórios (MR)
Media das Listas de exercícios (ML)
4
Critérios de avaliação
Cálculo da Media Final (MF)

Se MP < 4  MF = MP (reprovado)

Se MP ≥ 4  MF = 0,80*MP + 0,10*MR + 0,10*ML

Média Final após a prova de recuperação (MFx)

MFx = 0,5*MF + 0,5*Rec

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Critério de avaliação
Media Final (MF) Conceito
MF ≥ 8,5 A
7,0 ≤ MF < 8,5 B
5,5 ≤ MF < 7,0 C
4,5 ≤ MF < 5,5 D
MF < 4,5 F
Reprovado por falta O

• Frequência ≥ 75%
• OBS: aluno ausente no dia da realização do laboratório
não poderá apresentar o relatório final.
• OBS: Laboratórios irrecuperáveis !
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Horários
• Segunda feira: S-301-2, 8h às 10h
• Quarta feira: 402-1 (Lab) ou S-301-2, 10h às 12h

• e-mail: jose.azcue@ufabc.edu.br
• Site: http://professor.ufabc.edu.br/~jose.azcue

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Motivação
Energias Renováveis: Geração Eólica
• Geradores Síncronos,
• Gerador de Indução,
• Gerador de Relutância Variável,
• Etc.

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Motivação

Energias Renováveis: Geração Eólica

Sistema de Conversão de Energia Eólica


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Objetivos

Estabelecer os conhecimentos básicos para o estudo


de dispositivos utilizados na conversão eletromecânica
de energia e transformadores de energia elétrica.

Envolve duas leis Fundamentais

– Lei de Ampère
– Lei de Faraday da indução eletromagnética

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Recordando
 Produção de campo magnético a partir de cargas em
movimento (corrente elétrica), lei circuital de Ampère
 Densidade de fluxo magnético (B), lei de Gauss
 Fluxo magnético (Φ), lei de Faraday
 Leis de Maxwell

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Campo
 Espaço com a propriedade de produzir força em
determinadas “condições”.
• É definido a partir do conceito de Energia potencial (ou
vice-versa)
Campo gravitacional Campo magnético
Força na massa “m” Força na carga “q”
F=qVxB

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Campo magnético
 O que produz um campo magnético ?
 Se o campo elétrico é produzido por cargas
elétricas, seria natural que o campo magnético fosse
produzido por cargas magnéticas?.

Embora a existência de cargas magnéticas (conhecidas


como monopolos magnéticos) seja prevista em
algumas teorias, essas cargas até hoje não foram
observadas experimentalmente.

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Os campos magnéticos podem ser produzidos
A Primeira forma:
Usar partículas eletricamente carregadas em
movimento, como uma corrente elétrica em um fio.

A outra forma:
Usar partículas elementares, como os elétrons, que
possuem um campo magnético intrínseco. Em certos
matérias os campos magnéticos dos elétrons se combinam
para produzir um campo magnético nas vizinhanças do
material, “imã permanente”.

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Campo magnético terrestre
 O Polo norte magnético é Norte
Sul geográfico
próximo ao polo sul magnético

geográfico e vice-versa

 Os polos geográficos e
magnéticos da Terra, não
coincidem.

 O polo N é de onde as
linhas saem (convenção).
Norte
Sul magnético
geográfico

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Campo magnético
Grandezas importantes

 Intensidade de campo magnético (H): Nome associado à


fonte do campo magnético (A/m). Calculável pela lei de
Ampère.

 Densidade de fluxo magnético (B): Campo resultante em


um material qualquer, (inclusive o vácuo). [T] ou [Wb/m2].

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Produção de Campo magnético
Em 1819, Oersted (físico dinamarquês) observou que a
agulha da bússola se movia ao aproximar esta do fio ligado a
uma fonte de tensão (campo elétrico), até se posicionar num
plano perpendicular ao fio. Quando a polaridade era invertida,
a agulha girava 180º, continuando a se manter nesse plano.

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Produção de Campo magnético
Campo magnético

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Produção de Campo magnético
 Quando um condutor é
percorrido por uma corrente
elétrica surge em torno dele
um campo magnético.

 Por simetria, as linhas de


campo magnético são
vista superior vista lateral
circunferências concêntricas.

 Sentido das linhas de campo


magnético: Regra da mão
direita (convenção).

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Produção de Campo magnético
Embora Oersted tenha comprovado experimentalmente a
ligação entre eletricidade e magnetismo, ele não explicou
fisicamente ou matematicamente essa relação.

Um mês após, os físicos franceses Jean Baptiste Biot e Félix


Savart anunciaram os resultados de estudos sobre o campo
magnético produzido pela corrente elétrica.

Lei de Biot-Savart:

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Campo magnético
Em 1820, Ampère (físico e matemático francês) comprovou
que há uma força atuando sobre condutores situados
próximos a um campo magnético quando percorridos por
correntes elétricas. Ele também comprovou que a força entre
os fios era proporcional à magnitude das correntes elétricas.

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Campo magnético
Lei Circuital de Ampère: A integral de linha do vetor
intensidade de campo magnético H ao longo de um percurso
fechado é igual a corrente total enlaçada por esta trajetória.
n

 H  dl   JdS   i
S k 1
k i

Obs:
Produto escalar
dl
H  dl  H .dl. cos 
H
Soma algébrica
n
 ik  i1  i2  i3
k 1

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Campo magnético
 A lei circuital de Ampère é válida para qualquer
configuração de campo magnético, qualquer distribuição
de correntes e para qualquer percurso fechado de
integração.

 A lei circuital de Ampère é extremamente útil para


calcular o módulo (magnitude) do vetor intensidade de
campo magnético.

 O campo magnético no espaço em torno de um


condutor percorrido por uma corrente elétrica é
proporcional à corrente que o cria.

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Campo magnético
Exemplo: O campo magnético produzido por um fio longo
(por simetria é circular). Portanto:

 H  dl   Hdl  H  dl  H 2r i
i
H
H 2r
 H é dado em A/m
HII  H é diretamente proporcional à corrente
 H é inversamente proporcional a
distância r

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Campo magnético
Campo magnético produzido por uma espira

Cada elemento infinitesimal da espira percorrido por uma


corrente contribui para a produção de campo

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Campo magnético
Campo magnético produzido por um solenoide

Solenoide ideal: distância entre as espiras é zero e L >> R.

 A soma vetorial dos campos magnéticos criados por cada


uma de suas espiras.

 Em seu interior as linhas de campo são praticamente


paralelas (campo praticamente uniforme).

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Campo magnético
Campo magnético de um solenoide (vista lateral)

Aplicar a lei de Ampère ao b a


percurso fechado abcd.

b c d a
 H  dl  aH  dl  bH  dl  cH  dl  dH  dl
c d
b b b b
a
H  dl   H dl cos 0   H dl  H  dl  H .Lab
a a a


a a
 H  dl   H dl cos90  0
d d H é perpendicular ao percurso de
c c
 H  dl   H dl cos90  0
b b
integração
d
cH  dl  0 H é praticamente nulo em todos os pontos externos

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Campo magnético
Portanto:  H  dl  HLab

E a corrente enlaçada depende do número de espiras do solenoide.


Considerando que o número de espiras por comprimento é:
comprimento núm. de espiras
L N
Lab n
• No trecho Lab o número de espira é: Lab.N/L

N .Lab N
 H .dl H .Lab  L
i H  i  Ne I
L
• Em que Ne = N/L = é o número de espiras por unidade de
comprimento
• H é dado em A.esp/m (ou simplesmente A/m)
• H é diretamente proporcional à corrente e ao número de espiras
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1826 - Sturgeon
Observando o campo magnético no interior de solenoides com
diferentes materiais no núcleos, o núcleo de material
ferromagnético tem o efeito de multiplicar por centenas ou
milhares de vezes o campo magnético (força) de um solenoide
comparado com o caso com núcleo de ar.

H = α. I
B = mo.H + J(mat)
JI H

J  intensidade de magnetização ou magnetização


Número de linhas de campo/cm2
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1873 - Rowland
Curva de Magnetização de materiais

Ferromagnético
B

B=mo.H + J Js
J = c.H
Paramagnético
B=mo. mr.H moH (Vácuo)
Diamagnético

H
30
1873 - Rowland
Todos os materiais reagem a exposição a um campo magnético

• Alguns são muito atraídos pelo campo de uma bobina: os


ferromagnéticos

• alguns são fracamente atraídos: paramagnéticos

• alguns são fracamente repelidos: diamagnéticos

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Densidade de Fluxo Magnético
• H depende da corrente que a produz e também da geometria
da configuração.

• A densidade de campo magnético (B) depende do meio que o


campo magnético atravessa.

• Levando em consideração o meio, o campo magnético pode


ser descrito pelo vetor densidade de fluxo magnético (ou vetor
de indução magnética) B.

B=mo. mr.H

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Fluxo Magnético
Em que:

• μr (adimensional) : permeabilidade magnética relativa do meio

• B [Wb/m2] ou [T]: densidade de fluxo magnético ou indução

• H A/m : intensidade de campo H

• mo [Wb/A.m]: permeabilidade magnética do vácuo

O fluxo magnético é a integral da densidade de fluxo (B, indução)


na área desejada.
 
   B.dS

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Referências
Equações de Maxwell: Forma diferencial e integral

Equações de Maxwell: Forma de engenharia (só magnetismo)

H material .L material  N.i


B material .Smaterial  0
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Próxima Aula
1. Fluxo concatenado, indutância, energia.
2. Materiais magnéticos

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Referências Bibliográficas
A. E. FITZGERALD, C. KINGSLEY, S. D. UMANS, Máquinas
Elétricas, 6a edição, Bookman.
B. Material de fundamentos de máquinas elétricas do prof. Julio C.
Teixeira

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