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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO

ESCOLA POLITÉCNICA DE PERNAMBUCO


DISCIPLINA: ELETRICIDADE BÁSICA
TURMA: JX PERÍODO: 2023.1
PROFESSOR: JURANY TRAVASSOS
ALUNA: LÍVYA DE LIMA NUNES

REVISÃO DE FÍSICA

RECIFE-PE
Nesta atividade foi feito um breve resumo, por meio da descrição em um parágrafo de
cada subtópico, dos capítulos 25, 29 e 30, intitulados Capacitância, Campos
Magnéticos produzidos por correntes e Indução e Indutância, respectivamente, do
Livro Fundamentos de Física - Eletromagnetismo, Halliday & Resnick, 10ª ed.

Capítulo 25 – Capacitância

A Física é uma ciência fundamental que busca entender o comportamento da matéria


e da energia no universo. Ela estuda as leis que governam o movimento, a interação
entre partículas, as forças e os fenômenos naturais. No contexto da eletricidade e do
magnetismo, a Física desempenha um papel crucial no estudo da capacitância, que
trata da capacidade de armazenar carga elétrica em um dispositivo chamado
capacitor.

1. Capacitância - Cálculo da Capacitância A capacitância é uma propriedade


elétrica que mede a capacidade de um capacitor armazenar carga elétrica em
resposta a uma tensão aplicada. A capacitância (C) é calculada pela razão da carga
armazenada (Q) e a tensão aplicada (V) através do capacitor, conforme a fórmula C
= Q/V. A unidade de capacitância no Sistema Internacional é o farad (F).

2. Capacitores em Paralelo e em Série Capacitores podem ser conectados em


circuitos de duas formas principais: em paralelo e em série. Capacitores em paralelo
têm a mesma tensão aplicada em ambos e sua capacitância total é a soma das
capacitâncias individuais (C total = C1 + C2 + ...). Capacitores em série possuem a
mesma carga, e sua inversa da capacitância total é a soma das inversas das
capacitâncias individuais (1/C total = 1/C1 + 1/C2 + ...).

3. Energia Armazenada em um Campo Elétrico Quando um capacitor é carregado,


ele armazena energia potencial elétrica no campo elétrico formado entre suas placas.
A energia armazenada (U) em um capacitor é dada pela fórmula U = (1/2) * C * V²,
onde C é a capacitância e V é a tensão aplicada. Quanto maior a capacitância ou a
tensão, maior será a energia armazenada.

4. Capacitor com um Dielétrico Um dielétrico é um material isolante colocado entre


as placas de um capacitor para aumentar sua capacitância. O dielétrico polariza-se
sob a influência do campo elétrico, permitindo um maior armazenamento de carga. A
introdução de um dielétrico aumenta a capacitância do capacitor, mas a carga e a
tensão aplicadas permanecem as mesmas.

5. Dielétricos e a Lei de Gauss A Lei de Gauss é frequentemente usada para calcular


a capacitância de capacitores com geometrias mais complexas. Ela relaciona o fluxo
elétrico através de uma superfície fechada ao campo elétrico no interior do capacitor.
Os dielétricos influenciam a capacitância, pois seu efeito no campo elétrico entre as
placas afeta a quantidade de carga armazenada.
Conclusão
A capacitância é uma propriedade crucial em circuitos elétricos e eletrônicos.
Capacitores desempenham um papel importante no armazenamento temporário de
energia elétrica, filtragem de sinais e diversos dispositivos eletrônicos. Entender os
conceitos de capacitância, cálculo da capacitância, capacitores em paralelo e em
série, energia armazenada, dielétricos e a Lei de Gauss é essencial para a aplicação
eficaz da eletricidade e do magnetismo em várias áreas tecnológicas e industriais.

Capítulo 29 – Campo Magnético Produzido por uma Corrente

A Física desempenha um papel crucial na descrição e na previsão das interações


magnéticas.

1. Cálculo do Campo Magnético Produzido por uma Corrente Quando uma


corrente elétrica flui em um condutor, ela cria um campo magnético ao seu redor. O
cálculo do campo magnético (B) em um ponto específico pode ser realizado utilizando
a Lei de Biot-Savart, que relaciona a corrente, o vetor posição e o elemento
infinitesimal de comprimento do fio condutor. A direção e a intensidade do campo
magnético dependem da geometria da corrente e da posição do ponto em análise.

2. Forças entre Duas Correntes Paralelas Duas correntes elétricas paralelas criam
campos magnéticos ao seu redor. Esses campos interagem, gerando uma força
magnética entre os condutores. A intensidade dessa força é proporcional ao produto
das correntes, ao comprimento dos fios e inversamente proporcional à distância entre
eles. A direção da força é determinada pela direção das correntes e pode ser obtida
usando a regra da mão direita.

3. Lei de Ampère A Lei de Ampère é uma importante ferramenta para calcular campos
magnéticos em situações com simetria. Ela estabelece que a integral do campo
magnético ao longo de uma curva fechada é proporcional à corrente total que
atravessa essa curva. Essa lei é útil para analisar configurações como solenoides e
toroides.

4. Solenoides e Toroides Um solenoide é um dispositivo constituído por um fio


condutor enrolado em formato helicoidal, formando uma bobina longa e estreita.
Quando percorrido por uma corrente elétrica, um solenoide cria um campo magnético
uniforme no seu interior, sendo essencial em muitas aplicações, como eletroímãs. Um
toroide, por sua vez, é um solenoide que se curva formando uma estrutura em formato
de anel, onde o campo magnético também é uniforme em seu interior.

5. Relação entre uma Bobina Plana e um Dipolo Magnético Uma bobina plana, que
consiste em várias espiras percorridas por uma corrente, possui comportamento
magnético semelhante ao de um dipolo magnético. Um dipolo magnético é uma
configuração em que existem dois polos, norte e sul, separados por uma pequena
distância. Ambos apresentam campo magnético similar ao produzido por uma barra
magnética.

Conclusão
O estudo dos campos magnéticos gerados por correntes elétricas é fundamental para
compreender as interações magnéticas presentes em diversas aplicações, como
motores elétricos, transformadores e dispositivos de armazenamento de energia.
Através do entendimento dos conceitos físicos, cálculos e leis que regem o
magnetismo, podemos projetar e otimizar tecnologias que fazem uso desses
fenômenos em benefício da sociedade.

Capítulo 30 – Indução e Indutância

A indução e a indutância são fenômenos relacionados à geração e transferência de


correntes e campos magnéticos por meio da variação do fluxo magnético.

1. A Lei de Indução de Faraday A Lei de Indução de Faraday afirma que quando um


fluxo magnético através de uma espira condutora varia no tempo, é induzida uma
tensão elétrica na espira. Essa tensão induzida, também conhecida como força
eletromotriz (f.e.m.), está relacionada à taxa de variação do fluxo magnético em
relação ao tempo. A Lei de Indução de Faraday é a base da geração de correntes
elétricas por meio de geradores e de diversos dispositivos eletromagnéticos.

2. A Lei de Lenz A Lei de Lenz é uma consequência da Lei de Indução de Faraday e


estabelece que a corrente induzida em um circuito sempre se opõe à variação do fluxo
magnético que a produziu. Em outras palavras, a corrente induzida cria um campo
magnético que se opõe ao campo magnético original, resultando em uma tendência à
conservação da energia.

3. Indução e Transferência de Energia A indução eletromagnética possibilita a


transferência de energia entre sistemas. Geradores elétricos convertem energia
mecânica em energia elétrica por meio da indução, enquanto transformadores
transferem energia elétrica de um circuito para outro, variando a tensão e a corrente
elétrica sem perda significativa.

4. Campos Elétricos Induzidos Uma variação no fluxo magnético também pode criar
campos elétricos induzidos em circuitos abertos. Esses campos elétricos, quando
presentes, geram correntes elétricas em uma tentativa de equilibrar o sistema e
eliminar a variação do fluxo magnético.

5. Indutores e Indutância Indutores são dispositivos que consistem em uma bobina


de fio condutor. Quando uma corrente elétrica passa por um indutor, ele cria um
campo magnético em torno dele. A indutância (L) é uma medida da capacidade de
armazenamento de energia magnética de um indutor e é diretamente proporcional ao
número de espiras e à permeabilidade magnética do material do núcleo.

6. Autoindução A autoindução ocorre em um indutor quando há uma mudança na


corrente que circula por ele, gerando uma tensão induzida que se opõe à variação da
corrente original. Essa auto interferência é responsável por efeitos como a
"contracorrente" em solenoides.

7. Circuitos RL Circuitos contendo resistores (R) e indutores (L) são denominados


circuitos RL. Nesses circuitos, ocorrem fenômenos de indução, afetando a corrente
elétrica no sistema.

8. Energia Armazenada em um Campo Magnético Quando uma corrente elétrica


flui através de um indutor, ele armazena energia em seu campo magnético. A energia
armazenada (U) em um indutor é dada pela fórmula U = (1/2) * L * I², onde L é a
indutância e I é a corrente elétrica no circuito.

9. Densidade de Energia de um Campo Magnético A densidade de energia


magnética (u) é uma medida da quantidade de energia armazenada em um campo
magnético por unidade de volume. Ela é calculada usando a fórmula u = (B²) / (2μ0 ),
onde B é a densidade de fluxo magnético e μ0 é a permeabilidade do vácuo.

10. Indução Mútua Indução mútua é um fenômeno em que a variação de corrente em


uma bobina induz uma tensão em outra bobina próxima. Isso é a base para o
funcionamento de transformadores, que são dispositivos que transferem energia de
um circuito para outro através da variação do campo magnético compartilhado entre
as bobinas.

Conclusão
A indução e a indutância são fundamentais na compreensão e no funcionamento de
dispositivos eletromagnéticos essenciais em nossa sociedade moderna. Desde
geradores e transformadores até o armazenamento de energia em campos
magnéticos, esses fenômenos permitem o desenvolvimento de tecnologias elétricas
e eletrônicas avançadas que impactam diretamente nossa vida cotidiana. O estudo
desses tópicos contribui para a evolução das aplicações tecnológicas e para a
exploração contínua mundo da Física e da eletricidade.

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