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NOTAS DE AULAS
Notas de aulas 1
2021/2
Notas de aulas 2
2021/2
No estudo das máquinas elétricas, vamos partir da “Lei de Ampère” que relaciona
as forças existentes entre condutores percorridos por correntes elétricas. Para tanto vamos
considerar grandezas e propriedades como: corrente elétrica, força mecânica, densidade
de fluxo magnético, intensidade de fluxo do campo magnético, permeabilidade magnética
e etc. Também teremos por base a “Lei de Faraday” que relaciona as tensões induzidas
em função da ação eletromagnética.
LEI DE AMPÈRE
Figura 1
Notas de aulas 3
2021/2
a b c
Figura 2
De acordo com a Lei de Ampère, observa-se que existe uma força no condutor
elementar l dirigida para a direita. Tal força é diretamente proporcional a: I1 e I2, l e às
características magnéticas do meio que os envolve; e inversamente proporcional a
distancia entre eles.
Notas de aulas 4
2021/2
µ 𝐼𝐼1
𝐹𝐹 = 𝐼𝐼2 𝑙𝑙 Newtons
2 𝜋𝜋 𝑅𝑅
Sabendo que:
F = I2 l B
O sentido da força eletromagnética pode ser obtido pela regra da mão esquerda.
INDUÇÃO ELÉTROMAGNÉTICA
Notas de aulas 5
2021/2
Chama-se indução eletromagnética ao fenômeno pelo qual aparece corrente
elétrica num condutor, quando ele é colocado num campo magnético e o fluxo que o
atravessa varia.
LEI DE FARADAY
Notas de aulas 6
2021/2
A superfície S é qualquer superfície cuja borda seja o circuito que está sofrendo
indução. Usando a definição de FEM e tornando infinitesimal temos:
Notas de aulas 7
2021/2
Heinrich F.E. Lenz - 1834
Notas de aulas 8
2021/2
A ação motora se dá quando um sistema elétrico faz circular uma corrente i através
de condutores que estão posicionados em um campo magnético. Então, pela equação: F
= I2 l B, uma força é produzida em cada condutor, de forma que se os condutores são
colocados em uma estrutura livre para girar, resulta um torque eletromagnético T, que
por sua vez gera uma velocidade angular ωm.
Notas de aulas 9
2021/2
Figura 8 – F.e.m induzida
Notas de aulas 10
2021/2
AÇÃO E REAÇÃO
Para maior entendimento as ações, motora e geradora, e suas relações com o campo
magnético de acoplamento, será apresentada adiante uma formulação matemática.
Notas de aulas 11
2021/2
Figura 11 – Conversão eletromecânica
Notas de aulas 12
2021/2
Se a relutância do ferro for desprezada, a metade da f.m.m da bobina é utilizada
em cada passagem pelo entreferro. Consequentemente, o valor da densidade de fluxo (B)
que aparece entre os lados da bobina 1 – 2, é metade da f.m.m. da bobina, dividida pela
relutância do entreferro e pela área transversal do pólo.
Visto que essas grandezas são fixas, pois a corrente é constante, segue-se que a
densidade de fluxo B também é constante do lado da bobina 1 para 2 e de 2 para 1,
conforme mostrado na figura 14 adiante.
Assim, o fluxo que deixa o estator ( na parte superior da figura entre os lados 1 e
2 da bobina) se comporta como um pólo norte, enquanto que o fluxo que entra no estator
se comporta como um pólo sul.
Notas de aulas 13
2021/2
A conversão eletromecânica está relacionada com o movimento da bobina do rotor
em relação à densidade de fluxo B produzida pelo enrolamento do estator. Para facilitar
mostramos agora apenas o gráfico de B e a posição da bobina a – b, omitindo detalhes do
estator.
Observa-se que o fluxo que enlaça a bonina a-b, inicialmente é zero visto que a
bobina enlaça metade do fluxo positivo no entreferro (pólo norte) e também a metade do
fluxo negativo (polo sul).
d ø = 2 B dA
dA = l dx
dx = v dt
Notas de aulas 14
2021/2
Substituindo-se os elementos das duas últimas equações na equação do fluxo
diferencial:
d ø = 2 B dA
d ø = 2 B l v dt
𝒅𝒅 ø
e= =2Blv
𝒅𝒅 𝒕𝒕
O fator 2 aparece na equação devido ao fato de que a bobina é formada por dois
condutores. Então se o rotor for formado por Z condutores, associados em série, a tensão
induzida será então:
e =ZBlv
F =ZBli
T =ZBlri
Notas de aulas 15
2021/2
As duas grandezas mecânicas T e ωm, e as duas grandezas elétricas
e e i, que são acopladas através do campo magnético B, são também relacionadas pela lei
da conservação da energia. Isso pode ser demonstrado dividindo-se a equação da tensão
induzida pela equação do torque desenvolvido.
e = ZBlv
T =ZBlri
𝒆𝒆 𝒗𝒗 𝛚𝛚m 𝒗𝒗
= = já que ωm =
𝑻𝑻 𝒊𝒊 𝒓𝒓 𝒊𝒊 𝒓𝒓
𝒆𝒆 𝛚𝛚m
= → 𝒆𝒆 𝒊𝒊 = 𝑻𝑻 ωm
𝑻𝑻 𝒊𝒊
Esta relação é válida tanto para ação geradora como para ação motora.
Da discussão acima conclui-se que toda máquina elétrica rotativa deve possuir
dois enrolamentos. Um enrolamento destinado a produzir o campo magnético de
acoplamento B, denominado de enrolamento de campo, e um segundo enrolamento
denominado de enrolamento de armadura, onde serão desenvolvidas as ações geradoras
ou motoras, conforme a destinação da máquina.
Notas de aulas 16
2021/2
Leitura recomendada:
Exercícios:
Exemplo 1.
Notas de aulas 17
2021/2
Exemplo 2.
Notas de aulas 18
2021/2
Notas de aulas 19
2021/2
MÁQUINAS CC
Notas de aulas 20
2021/2
• Excitação separada
• Shunt
• Série
• Composto
• Magneto permanente
Ação Geradora:
Consideremos uma bobina girando, por ação de uma força motriz externa, na
presença de um campo magnético, conforme mostrado na figura.
Notas de aulas 21
2021/2
A fem induzia na bobina terá o formato senoidal, visto que a variação do campo
magnético é senoidal para um movimento em velocidade angular da bobina.
Notas de aulas 22
2021/2
e
+ ei
- ei
Enrolamentos:
Notas de aulas 23
2021/2
Figura 25 – Corte
Notas de aulas 24
2021/2
Notas de aulas 25
2021/2
Comutação:
Como se pode facilmente notar nas fotos acima, uma característica marcante das
máquinas de corrente contínua é a existência do comutador numa das extremidades do eixo, logo
a frente do enrolamento de armadura. Conforme foi dito anteriormente, a corrente elétrica que
circula no interior da armadura de uma máquina cc é alternada, visto que está associada ao
movimento circular do rotor.
Notas de aulas 26
2021/2
Figura 31 – Comutador cc
N
S
I
car
segme
esco
Figura 33 – Comutação
Notas de aulas 27
2021/2
Notas de aulas 28
2021/2
Figura 37 – Comutação
A ação de geração se da quando uma máquina tem seu rotor acionado por uma
máquina primária capaz de lhe fornecer energia mecânica em forma de torque e
velocidade angular, e quando o seu enrolamento de campo é devidamente excitado de
forma a produzir o campo magnético de acoplamento.
Notas de aulas 29
2021/2
Assim V0 = ɛ 0 = fem
𝑁𝑁
E= ɛ m. NA = ɛ m
2
Tendo o gerador dois polos, uma variação de fluxo completa se processa em meia
rotação, ou seja, no tempo expresso em segundos por:
1
t=
2𝜔𝜔
1
Sendo ω o número de rotações por segundo da máquina. O termo é o tempo
ω
em segundos necessário para uma rotação da armadura.
∆Φ ∆Φ
ɛm = 10-8 = 10
-8
= 10 . 2 . ω . Φ
-8
∆𝑡𝑡 1/2𝜔𝜔
ɛm = 10-8. 2 . ω . Φ
𝑁𝑁 𝝎𝝎 .𝚽𝚽 .𝑵𝑵
E= ɛ m. NA = ɛ m = 10 . 2 . ω . Φ, ou E = 10
-8 -8
2 𝟔𝟔𝟔𝟔
Notas de aulas 30
2021/2
Para uma máquina com mais polos, basta que se multiplique o valor da tensão
pelo número de polos (P) da máquina. Analogamente, para uma máquina com
enrolamento multipolo, divide-se a tensão pela multiplicidade (a) do enrolamento, então:
𝝎𝝎 .𝚽𝚽 .𝑵𝑵 𝑷𝑷
E = 10-8 .
𝟔𝟔𝟔𝟔 𝒂𝒂
Considerando que:
𝑁𝑁 𝑃𝑃
10-8 . = Constante K
60 𝑎𝑎
Então: : E = K 𝚽𝚽 N
Notas de aulas 31
2021/2
A ação motora se dá quando a máquina tem sua armadura alimentada por uma
fonte externa de corrente contínua pelas escovas e o enrolamento de campo devidamente
excitado também em corrente contínua. Dessa forma, a corrente de armadura IA, ao
percorrer os condutores na presença do campo magnético, faz valer a Lei de Ampère
Notas de aulas 32
2021/2
gerando uma força magnética que produz um torque capaz de produzir velocidade angular
no eixo da máquina.
Notas de aulas 33
2021/2
A definição acima possui três requisitos implícitos que afetam o valor da força
eletromagnética F, ou sejam: o campo magnético B, o comprimento ativo do condutor l e
o valor da corrente circulante no condutor I. Assim, se qualquer um ou todos os valores
variarem, a força eletromagnética variará diretamente e na mesma proporção.
F=BIl
F = f sen θ
Notas de aulas 34
2021/2
magnético fazendo com que todos os condutores sob um polo contribuam igualmente na
formação do torque resultante.
Fmed = Fc . ZA
Onde: Fmed = Força média total tendendo a girar a armadura
Tmed = Fmed . r = Fc . ZA . r
Tmed = Fc . ZA . r
Fc = B IA l
Tmed = B . IA . l . ZA . r ↔ mas l. r = A
ø
Tmed = B . I . ZA . A ↔ mas B= ↔ B. A =ø
𝐴𝐴
Tmed = ø . IA . ZA
Para uma máquina com mais polos, basta que se multiplique o valor do torque
pelo número de polos (P) da máquina. Analogamente, para uma máquina com
enrolamento multipolo, divide-se o torque pela multiplicidade (a) do enrolamento, então:
𝑷𝑷
Tmed = ø . IA . ZA .
𝒂𝒂
Notas de aulas 35
2021/2
Sendo o número de condutores da armadura ZA uma constante, assim como o
número de polos P e o número de caminhos da armadura a, todas essas grandezas podem
ser substituídas por uma única constante K.
Assim Tmed = K . ø . IA .
E = K 𝚽𝚽 n : Tmed = K . ø . IA
Lembrando que as grandezas de um sistema elétrico são a tensão E e a corrente
IA, e que as grandezas de um sistema mecânico são o torque T e a velocidade de rotação
n e observando-se as equações, vemos que, no caso da tensão gerada E, quando a entrada
é a grandeza mecânica n de rotação, associada ao fluxo de acoplamento, a saída é a tensão
gerada, grandeza elétrica. Ao contrário, na equação do torque, quando a entrada é a
grandeza corrente IA, grandeza elétrica, acrescida do mesmo fluxo de acoplamento a saída
é o torque, uma grandeza mecânica. Isso resume a conversão eletromecânica de energia.
Resumindo:
Notas de aulas 36
2021/2
Leitura recomendada:
5) Kosow, cap 5,
6) Simone, Gilio Aluísio – Máquinas CC, Ed. Érica 4.3, 4.4, 4.5
Notas de aulas 37
2021/2
REAÇÃO DA ARMADURA:
Consequências:
Notas de aulas 38
2021/2
Consequências:
Bobina em comutação com tensão induzida, produzindo faiscamento nas escovas.
Notas de aulas 39
2021/2
Notas de aulas 40
2021/2
Notas de aulas 41
2021/2
Soluções:
a) Alterações na relutância do circuito magnético do campo polar.
Notas de aulas 42
2021/2
curto-circuitada pelas escovas, não está sujeita a tensão nula, já que α, ângulo entre o
E = B l V sen α
Existe um ângulo α ≠ 0, portanto existe uma componente do vetor resultante B,
na direção transversal ao vetor B, essa componente é responsável pela indução de tensão
na bobina em comutação.
Notas de aulas 43
2021/2
Notas de aulas 44
2021/2
O deslocamento das escovas é uma alternativa para máquinas que operam com
carga constante. Porém, para aquelas que estão sujeitas a variações constantes na carga,
tal solução se mostra inviável, a medida em que o deslocamento da linha neutra é
proporcional à corrente de armadura, ou seja, proporcional à carga. Assim, para cada valor
de carga precisa-se proceder um ajuste na posição das escovas.
3) Sobretensão transitória.
Como as lâminas do comutador são muito próximas umas das outras, e cada
bobina tem suas extremidades, geralmente, em lâminas vizinhas uma da outra, a tensão
em uma bobina, está presente entre duas lâminas vizinhas.
Notas de aulas 45
2021/2
𝐝𝐝𝐝𝐝
ɛ = − 𝑳𝑳
𝒅𝒅𝒅𝒅
Notas de aulas 46
2021/2
em resposta a variações da carga, se manifestam entre lâminas vizinhas no comutador,
provocando curto-circuito entre lâminas por rompimento da rigidez dielétrica entre elas.
Figura 68 – armadura
São enrolamentos instalados na face das sapatas dos polos. Esses enrolamentos
são conectados em série com a armadura, consequentemente percorridos pela própria
corrente de “carga” da máquina.
Notas de aulas 47
2021/2
Os enrolamentos de compensação são ligados de forma que a corrente que por
eles circula está em sentido contrário ao da corrente no enrolamento de armadura
correspondente, de forma que, quando a armadura produz um campo variável num
sentido, o enrolamento de compensação produz campo contrário, atenuando o campo
resultante de armadura na frente da sapata polar, onde ocorre a maior indução de sobre
tensão, reduzindo assim, enormemente, a indução de tensão transitória entre lâminas do
comutador.
Notas de aulas 48
2021/2
Figura 73 – compensação
Notas de aulas 49
2021/2
Figura 74 – comutação
Notas de aulas 50
2021/2
Figura 75 - Comutação
Figura 75 - Comutação
Notas de aulas 51
2021/2
Notas de aulas 52
2021/2
13) Simone, Gilio Aluísio – Máquinas CC, Ed. Érica 4.3, 4.4, 4.5
Notas de aulas 53
2021/2
Notas de aulas 54
2021/2
Enrolamento de Campo
Notas de aulas 55
2021/2
Notas de aulas 56
2021/2
Notas de aulas 57
2021/2
Φr = fluxo residual
Φf = Fluxo de campo (fild) ou fluxo do campo shunt
Φs = fluxo do campo série
Notas de aulas 58
2021/2
• Excitação independente,
• Excitação em derivação ou shunt,
• Excitação série,
• Excitação composta.
Notas de aulas 59
2021/2
Essa última, excitação composta, pode ser aditiva ou subtrativa, a depender
da polaridade de conexão entre os dois enrolamentos.
Excitação independente:
Notas de aulas 60
2021/2
Notas de aulas 61
2021/2
Notas de aulas 62
2021/2
Excitação em derivação ou shunt:
Notas de aulas 63
2021/2
Notas de aulas 64
2021/2
Excitação série:
Notas de aulas 65
2021/2
Figura 106: Resistores de drenagem do motor série - Figura 107: Motor série com tap´s
Notas de aulas 66
2021/2
Excitação composta:
Figura 108: Conexão shunt curta Figura 109: Conexão shunt longa
Notas de aulas 67
2021/2
Figura 34: Conexão shunt longa Figura 35: Conexão shunt cuta
Notas de aulas 68
2021/2
Figura 112: Motor cc excitação composta aditiva Figura 113: Motor cc excitação composta diferencial
Enrolamento de Armadura
Notas de aulas 69
2021/2
Notas de aulas 70
2021/2
Quando o comutador usado é de uma única bobina, produz uma corrente contínua
pulsante. Usando-se mais de uma bobina e combinando-se as diversas saídas dessas
bobinas, pode-se obter uma forma de onda mais uniforme.
Notas de aulas 71
2021/2
Esse enrolamento requer uma lâmina no comutador para cada condutor ativo do
enrolamento. Se a armadura for constituída de muitos condutores o comutador será
dotado de muitas lâminas o que pode inviabilizar sua construção. Para minimizar o
problema era realizada a disposição de taps entre várias bobinas para conexão ao
comutador.
Notas de aulas 72
2021/2
Ocorre que nesse tipo de enrolamento somente os condutores que estão do lado
externo do núcleo tem contato com o fluxo polar, sendo assim somente esses condutores
desenvolverão fem, os demais condutores servem apenas de conexão entre os condutores
ativos, os externo, resultando em grande quantidade de cobre e aumento nas perdas
ôhmicas.
Notas de aulas 73
2021/2
Notas de aulas 74
2021/2
Notas de aulas 75
2021/2
Notas de aulas 76
2021/2
Notas de aulas 77
2021/2
Notas de aulas 78
2021/2
Notas de aulas 79
2021/2
Notas de aulas 81
2021/2
O enrolamento é constituído por duas vias internas, cada uma das quais possui a
metade dos condutores induzidos, ligados em série. Seguindo-se o enrolamento, a partir
da escova negativa, chega-se á escova positiva após ter percorrido os condutores de cada
via interna.
Notas de aulas 82
2021/2
Para que o enrolamento fosse dividido em duas vias internas iguais, a escova
positiva deveria estar posicionada entre a conexão 17 – 22, mas isso não é possível, pois
esta conexão se encontra no outro lado da armadura, na parte posterior em relação ao
comutador.
Notas de aulas 83
2021/2
N
S
I
carga
segmento
escova
Notas de aulas 84
2021/2
Notas de aulas 85
2021/2
4) Seja qual for o número de polos, são suficientes duas escovas: uma positiva e
outra negativa, as quais se apoiam sobre o comutador em correspondência com
dois polos de nomes contrários. É possível, para reduzir a densidade de
corrente por escova, utilizar-se tantas escovas quantos forem os polos da
máquina, ficando elas, neste caso, equidistantes, com polaridades alternadas
positiva e negativa.
Notas de aulas 86
2021/2
Notas de aulas 87
2021/2
ΦP = Fluxo polar
IA = Corrente de armadura
3) Passo de bobina
Notas de aulas 88
2021/2
O passo da bobina é também chamado de “passo traseiro”, “primeiro passo”, ou
“passo posterior” e também representado por y1.
b) Passo dianteiro: Distância ente os lados de bobina que devem ser ligados entre
si na mesma lâmina do comutador, é representado por y2. Este passo é chamado
também de “ passo parcial”, “segundo passo” ou “passo anterior”.
Passo Polar:
Passo polar é a distância entre os eixos de dois polos consecutivos, sendo expresso
em número de ranhuras ou em lados de bobinas.
Quando o passo da bobina for igual ao passo polar, o enrolamento é chamado de
passo total, passo pleno ou passo inteiro, sendo máxima a f.e.m. induzida.
Se o passo da bobina for menor que o passo polar, os enrolamentos são chamados
de passo fracionário, passo reduzido, passo parcial ou passo encurtado, e a f.e.m. induzida
é menor do que nos enrolamentos de passo pleno.
y1 = y2 ± 2
Notas de aulas 89
2021/2
Quando o passo traseiro é maior que o passo dianteiro, diz-se que o enrolamento
é progressivo, pois avança no sentido horário, e leva o sinal + na equação acima. Quando
o passo traseiro é menor que passo dianteiro, o enrolamento é regressivo, isto é, avança
no sentido anti-horário e obtêm o sinal – na mesma equação.
Notas de aulas 90
2021/2
O passo da bobina Y deve ser igual ao passo polar, de forma que, quando um dos
lados da bobina está sob um polo norte, o outro lado estará sob um polo sul.
y1 = y2 ± 2
Notas de aulas 91
2021/2
𝒚𝒚𝒚𝒚 + 𝒚𝒚𝒚𝒚
𝐘𝐘𝐘𝐘 =
𝟐𝟐
Notas de aulas 92
2021/2
𝑵𝑵𝑵𝑵+/−𝟏𝟏
Assim: YCO = Y + y2 ou 𝐘𝐘𝐘𝐘𝐘𝐘 =
𝑷𝑷
Notas de aulas 93
2021/2
Leitura recomendada:
4) Muñoz, cap 3
Adiante está apresentada uma série de exercícios resolvidos que tem objetivo de
nortear a resolução de problemas referentes aos temas das próximas aulas desse
capítulo.
Onde:
Notas de aulas 94
2021/2
1)
2)
3)
4)
Notas de aulas 95
2021/2
5)
6)
7)
Notas de aulas 96
2021/2
8)
9)
10)
Notas de aulas 97
2021/2
Exercícios propostos:
A seguir está apresentada uma sequência de exercícios propostos com objetivo de reforçar
os conhecimentos adquiridos neste capítulo.
1) Uma bobina quadrada. Com 10 espiras, de lado 200 mm, é montada num cilindro de 200 mm
de diâmetro. O cilindro gira a 1800 rpm num campo uniforme de 1,1 T. Determine o valor
máximo da tensão induzida na bobina.
Resposta: ≈ 6 condutores.
Resposta:
a) 4.000 Ae/polo
b) 22,2 Ae/polo
c) 3.778 Ae/polo
Notas de aulas 98
2021/2
6) Qual é a tensão induzida na armadura da máquina do problema 5, se o enrolamento for
ondulado?
Resposta:
Não. Neste caso (a=2), a corrente de linha é Ia = 2 x 25 = 50 A (sendo 25 A o limite que
cada caminho pode suportar). Consequentemente,
Pd = (1.310,4)(50) = 65,5 kW
E = K 𝚽𝚽 n
Notas de aulas 99
2021/2
Fluxo Polar:
Eg = K ø N ↔ Eg = K1 ø
Curva de magnetização:
O fluxo polar por sua vez, depende dos ampères x espiras magnetizantes, e
portanto, depende da corrente de excitação. Com a máquina funcionando a vazio, a tensão
gerada varia em função da variação da corrente de excitação. Por essa razão a curva que
representa tal variação chama-se “curva de magnetização” da máquina.
E = K 𝚽𝚽 N
produzindo um fluxo polar ø1 que por sua vez induz uma tensão E2, relação mostrada
através da curva de magnetização que relaciona a corrente que circula pelo circuito de
campo com a tensão gerada.
O processo se repete sucessivas vezes até que a máquina apresente tensão final,
que corresponde ao ponto de cruzamento entre a curva de magnetização e a reta referente
à resistência do circuito de campo.
Note-se que o valor final de tensão gerada depende da inclinação da reta referente
ao circuito de campo, ou seja, depende do valor da resistência do circuito de campo.
Se a carga for variada desde em vazio até uma carga que resulte em IA nominal, e
se para cada valor de IA, desde zero até o valor da corrente nominal, for medida a
correspondente tensão nos terminais da máquina, tem-se a curva de característica externa
da máquina plotando-se as correntes num eixo de abscissas e as correspondentes tensões
em um eixo de ordenadas.
Essa curva característica externa está mostrada na figura adiante onde estão
evidenciadas as diferentes quedas de tensão na armadura a que a máquina se sujeita.
O aumento da carga, pelo aumento que causa nas quedas de tensão dos
enrolamentos e pelo efeito da reação da armadura, provoca redução direta na tensão entre
escovas, que é a tensão responsável pela corrente de excitação. Isso pode levar a máquina
à desexcitação, conforme mostram as figuras acima.
Se a máquina opera com excitação acima do joelho da sua curva de magnetização,
a desexcitação somente ocorrerá a valores muito acima da carga nominal, não
incomodando a máquina em seu regime operacional. Isso porque na região saturada da
curva de magnetização, grandes variações na corrente de excitação produzem muito
pouca variação na tensão induzida, conforme se pode constatar na figura adiante.
Se o gerador em derivação for bem projetado, isto é, com baixa resistência elétrica
no circuito de armadura, com a reação da armadura bem limitada, circuitos de interpolos
e de compensação de baixa resistência, etc., a tensão diminui muito pouco com o
aumentar da carga. A tensão poderá ser mantida quase constante com a atuação de um
reostato de campo. Por essa razão o gerador com excitação em derivação é destinado a
alimentação de cargas com tensão constante.
Veja.....
Para tanto é utilizado o enrolamento especial para “campo série”, que produz fmm
por meio de uma bobina de poucas espiras, baixa impedância, e é instalado em série com
a carga.
Assim a corrente que produzirá o fluxo polar, a partir do fluxo residual, será a
própria corrente da carga. O fluxo polar fica então completamente dependente da carga.
Obviamente, o gerador de excitação série não pode operar em vazio. Para que
ocorra sua excitação é necessário que exista carga ligada aos seus terminais.
O gerador com excitação em série com velocidade normal não possui tensão, alem
da residual, sem carga. Por esse motivo sua curva de característica externa começa do
valor zero.
Uma vez acionado com uma carga de alta resistência, vai-se aumentando
gradativamente a carga (diminuindo a resistência de carga), de forma que a corrente de
armadura aumente até o valor nominal. Traçando o gráfico Vt x IA, tem-se a sua curva de
característica externa. Conforme a corrente de carga vai aumentando, também a
magnetização aumenta, sendo portanto compreensível que a característica de carga
acompanhe, até certo ponto, a curva de magnetização da máquina.
Excitação composta:
Quando a tensão de plena carga for igual a tensão a vazio, diz-se que o gerador
tem “excitação normal”
Quando a tensão de plena carga não atingir o valor da tensão a vazio, mesmo com
a presença do enrolamento de campo série, diz-se que o gerador tem “excitação
hipocomposta”.
Quando a tensão de plena carga atingir o valor maior que o da da tensão a vazio,
diz-se que o gerador tem “excitação hipercomposta”.
Toda a discussão anterior à cerca dos geradores de corrente continua está baseada
na presunção de que a velocidade da máquina primária que impõe energia ao gerador se
mantém constante. Porém, na realidade, variações na carga produzem contra torque na
máquina primária que causam variações na velocidade. Tais variações provocam efeitos
sobre cãs características do gerador.
E = K 𝚽𝚽 ω
Para um dado fluxo mutuo constante no entreferro, um aumento de velocidade
provocará um aumento de tensão. Porem, exceto para os geradores de ima permanente, o
fluxo de entreferro não é constante. Pode-se sim, manter constante a corrente de campo.
O efeito da variação da velocidade com corrente de campo constante é mostrado nas
figuras adiante.
Características a vazio
Assim, numa velocidade mais baixa a máquina trabalha na porção mais saturada
da curva de magnetização, enquanto que, com velocidade mais elevada opera na região
menos saturada. Na velocidade mais baixa a máquina produz uma relação tensão x carga
mais satisfatória.
Leitura recomendada:
6) Kosow, cap 3
Exercícios Propostos:
Resposta: 1,16 T
F = B l IA
Fluxo Polar:
Força Contra-eletromotriz:
Do que foi discutido acima, compreende-se que quando aplicamos uma tensão Vt
aos terminais de uma maquina CC, com campo presente, a corrente IA circulante pela
armadura produz força eletromagnética (Lei de Ampère) e consequentemente torque no
rotor que o leva a desenvolver velocidade angular ωm. Em consequência disso, o conjunto
de condutores do rotor, deslocando-se na interior de um campo magnético, fica sujeito
aos fenômenos de indução eletromagnética( Lei de FAraday), isto é, em cada um deles
gera-se uma f.e.m. O sentido desta f.e.m., pela Lei de Lens, será sempre oposto ao sentido
da corrente IA, atuando portanto como um limitador da corrente de armadura, sendo por
isso denominada de Força Contra-eletromotriz (F.c.e.m.).
ou Ec = K ϕ n
Corrente de armadura:
ou
𝑽𝑽𝑽𝑽 − 𝑬𝑬𝑬𝑬
𝐈𝐈𝐈𝐈 =
𝐑𝐑𝐑𝐑
Transferência de potência:
𝑽𝑽𝑽𝑽−𝑬𝑬𝑬𝑬
𝐈𝐈𝐈𝐈 = Ec = K ϕ ωmec
𝐑𝐑𝐑𝐑
𝑽𝑽𝑽𝑽 − 𝑲𝑲𝛟𝛟ωmec
𝐈𝐈𝐈𝐈 =
𝐑𝐑𝐑𝐑
Lembrando que
T = K ϕ IA
𝑽𝑽𝑽𝑽−𝑬𝑬𝑬𝑬
𝐈𝐈𝐈𝐈 = Ec = K ϕ ωmec T = K ϕ IA
𝐑𝐑𝐑𝐑
EA = K ϕ ωmec E A = VA – RA I a
Fazendo então:
K ϕ ωmec = VA – RA Ia
𝑽𝑽𝑽𝑽−𝑹𝑹𝑹𝑹 𝑰𝑰𝑰𝑰
ωmec = Equação da velocidade dos motores cc
𝐊𝐊 𝛟𝛟
Curiosidade.....
Pense!
Vt = Ec + Ra Ia
Vt Ia = Ec Ia + Ra Ia2
𝑽𝑽𝑽𝑽−𝑹𝑹𝑹𝑹 𝑰𝑰𝑰𝑰
ωmec =
𝐊𝐊 𝛟𝛟
Primeira condição:
𝑽𝑽𝑽𝑽−𝑹𝑹𝑹𝑹 𝑰𝑰𝑰𝑰
ωmec =
𝐊𝐊 𝛟𝛟
Outra representação do controle de velocidade por ajuste da corrente de campo:
Segunda condição:
𝑽𝑽𝑽𝑽−𝑹𝑹𝑹𝑹 𝑰𝑰𝑰𝑰
ωmec =
𝐊𝐊 𝛟𝛟
𝑽𝑽𝑽𝑽−𝑹𝑹𝑹𝑹 𝑰𝑰𝑰𝑰
ωmec =
𝐊𝐊 𝟏𝟏
Terceira condição:
Variação da velocidade por variação da resistência de armadura.
Considerações:
𝑽𝑽𝑽𝑽−𝑬𝑬𝑬𝑬
𝐈𝐈𝐈𝐈 = Ec = K ϕ ω
𝐑𝐑𝐑𝐑
Sem o uso das modernas tecnologias, o controle de correntes de partida se faz por
meio de dispositivos dissipativos. Por meio de resistores, caixas de resistores, reostatos,
cursores móveis, etc., consegue-se, dissipando energia, manter a corrente de armadura da
máquina, no processo de partida, dentro de níveis tolerados para o circuito e fonte
alimentadora e para o próprio motor.
𝑽𝑽𝑽𝑽−𝑹𝑹𝑹𝑹 𝑰𝑰𝑰𝑰
T = K` Ia - ωmec =
𝐊𝐊 𝛟𝛟
As equações acima mostram que, como o fluxo polar para o motor série é
diretamente proporcional à corrente de armadura, que é a própria corrente da carga, o
torque eletromagnético, sendo ele função também direta do fluxo polar, será uma função
quadrada da corrente de armadura.
T = K ø IA → ø = f (IA) → T = K` IA2
Leitura recomendada:
Atividades:
1)
2)
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4)
5)
6)
7)
8)
9)
10)
2) Para uma certa carga, o motor do problema anterior consome uma corrente de 325 A à
200 volts. Se a perda no núcleo é de 220 W, e as perdas por atrito e ventilação são de 40
W, determine:
3) Um motor cc com excitação em derivação opera com fluxo de 25 mWb por polo e tem
um enrolamento imbricado, dois polos e 360 condutores. A resistência da armadura é de
0,12 Ω e o motor é projetado para operar com 115 volts, consumindo a plena carga uma
corrente de 60 A na armadura.
a) Determine o valor da resistência externa a ser inserida no circuito da armadura tal que,
na partida, a corrente na armadura não exceda ao dobro do valor de plena carga. R = 0,838
Ω
b) Quando o motor alcança uma velocidade de 400 RPM, a resistência externa é reduzida
para 50 %. Qual é então a corrente da armadura, a esta velocidade?
R = 102 A
c) A resistência externa é completamente eliminada quando o motor alcança sua
velocidade final; a corrente de armadura atinge então o seu valor de plena carga. Calcule
a velocidade do motor. R = 718,7 RPM
Perdas no ferro = 90 W,
Perdas no circuito de campo = 198 W,
Perdas nos interpolos = 95 W,
Perdas no enrolamento de armadura = 429 W,
Perdas na resistência de contato das escovas = 145 W,
Perdas de ventilação = 150 W,
A vazio, com tensão nos terminais da armadura aproximadamente igual a 220 volts, a
velocidade é de 1.500 rpm.
CAPÍTULO II
MÁQUINAS SÍNCRONAS
𝛷𝛷
ɛ = x 10- 8 volts Kosow equação 1-1
𝑡𝑡
Quando uma bobina de N espiras gira num campo magnético uniforme, numa
velocidade uniforme, a tensão média induzida e representada também por:
N = número de espiras
Mas a equação mais representativa do valor efetivo da tensão gerada por fase na
armadura de uma máquina síncrona é:
kp = fator de passo
kd = fator de distribuição
Então: ɛ = KΦ f
Equação fundamental da tensão gerada na armadura da máquina síncrona.
No caso de termos 4 polos, teremos para uma rotação completa do indutor, dois
ciclos de tensão induzida no condutor. Genericamente, no caso de P polos teremos para
uma rotação completa do rotor P/2 ciclos de tensão induzida no condutor.
Caso tenhamos N rpm/60 rotações do motor para a máquina com P polos, teremos
Nrpm/60 x P/2 ciclos. Como (N rpm/60) é o número de rotações por segundo a expressão
Nrpm/60 x P/2 representa o número de ciclos por segundo, sendo portanto a expressão da
frequência da tensão induzida no condutor:
𝑁𝑁 𝑥𝑥 𝑃𝑃
Ou f =
120
Onde:
f = frequência em Hz
A seguir será apresentada uma análise da operação como gerador, de uma máquina
síncrona conectada a um barramento infinito.
diferença e está atrasada por um ângulo de 900. Essa diferença pode ser
positiva, negativa ou nula. Depende das condições de excitação.
A máquina emite para a linha uma corrente capacitiva, com ângulo de fase igual
a 900, e uma potência capacitiva que será absorvida por elementos do sistema. Ou seja,
fornecer reativo capacitivo é o mesmo que receber reativo indutivo.
Aqui, ,
Acima verificamos como a máquina síncrona, sem potência ativa, pode regular o
fluxo de potência elétrica reativa (indutiva ou capacitiva), mediante ajustes na sua
corrente contínua de excitação. Adiante vamos discutir como se pode controlar o fluxo
de potência elétrica ativa na armadura controlando-se a potência mecânica no eixo da
máquina síncrona.
Será necessário fornecer potência ativa mecânica ao eixo do gerador por meio de
uma máquina primária.
P = T x ω
Sabemos que o gerador sincronizado ao barramento infinito, onde são constantes
a tensão terminal e a frequência, mesmo instado pela força da máquina primária, não
realizará variação permanente de velocidade. A potência mecânica da máquina primária
transfere-se então ao gerador por meio do torque.
Quanto maior for o torque fornecido pela máquina primária ao eixo do gerador,
maior será o ângulo de carga δ e maior será a potência elétrica ativa fornecida pela
máquina à linha.
Vamos agora admitir que, após ter aplicado potência mecânica de entrada ao eixo
do gerador, por meio da máquina primária, vamos atuar na excitatriz aumentando a
corrente contínua fornecida aos enrolamentos de campo, portanto aumentando o fluxo
polar. Isso vai provocar aumento no módulo da tensão gerada internamente na máquina.
ɛ = KΦ f
Isso fará com que o gerador, além de emitir potência ativa à linha, também
fornecerá potência reativa, visto que a corrente de armadura possuirá uma componente
reativa atrasada de 900 relativamente à tensão terminal Vt.
Assim,
porém a corrente Ia não tem mais ângulo zero, ou seja, não está mais em fase com a tensão
terminal Va e sim atrasada por um ângulo ϕ correspondente ao fator de potência de
operação da máquina.
Assim a corrente de armadura vai possuir uma componente ativa, em fase com Va
responsável pela potência ativa entregue pelo gerador à linha, e uma componente em
quadrantura com a tensão Va, responsável pela potência reativa indutiva fornecida à linha.
Vamos agora admitir que, após ter aplicado potência mecânica de entrada ao eixo
do gerador, por meio da máquina primária, vamos atuar na excitatriz diminuindo a
corrente contínua fornecida aos enrolamentos de campo, portanto reduzindo o fluxo polar
e provocando redução no módulo da tensão gerada internamente na máquina.
Isso fará com que o gerador, além de emitir potência ativa à linha, agora receberá
potência reativa, visto que a corrente de armadura possuirá uma componente reativa
adiantada de 900 relativamente à tensão terminal Vt.
Assim a corrente de armadura vai possuir uma componente ativa, em fase com Va
responsável pela potência ativa entregue pelo gerador à linha, e uma componente em
quadrantura com a tensão Va, responsável pela potência reativa indutiva recebida da linha
para complementar o fluxo resultante de entreferro.
Vamos agora imaginar que seja retirada a máquina primaria que agia no eixo da
máquina mantendo a rotação e em seu lugar seja colocada uma carga mecânica resistente
ao movimento, ou seja uma carga produzindo um torque mecânico contrário ao
movimento do eixo da máquina síncrona. Lembrando que ela continua sincronizada ao
barramento infinito e portanto possui fluxo de entreferro constante, tensão terminal
constante com frequência constante.
Ao acoplar ao eixo da máquina síncrona uma carga resistente, esta exercerá uma
força (torque) contrário a velocidade de rotação ω e atuando no rotor da máquina, incidirá
nos polos e consequentemente podemos imaginar essa força aplicada ao fasor que
representa o fluxo polar, conforme mostrado abaixo:
Tal força irá provocar um atraso do fasor fluxo polar em relação ao fasor fluxo
resultante de entreferro, fazendo aparecer entre eles um ângulo δ chamado também de
ângulo de carga. Comparativo ao ângulo de carga para o gerador, nessa condição trata-
se de um ângulo de carga negativo, contrário ao movimento.
motor síncrono
Bibliografia recomendada:
Corrente sincronizante:
2) Não há diferença nas Fem (Eg) uma vez que as quedas de tensão nos parâmetros das
máquinas são Idênticas.
3) Se as tensões por fase nos alternadores não forem Idênticas, haverá circulação de
corrente de sincronização. (Is)
corrente sincronizante IS
Vejamos:
Is circula somente na malha entre as máquinas e é limitada apenas pelos seus parâmetros.
Portanto:
Após um transitório atingiu-se uma condição de equilíbrio de forma que não existe mais
potência sincronizante nem ação motora. Tanto o angulo entre Eg2 e Is como o angulo
entre Eg1 e Is, são menores que 90º
Resumindo:
No outro alternador (ou nos demais alternadores) a corrente resultante possui fator de
potência melhor fazendo com que as demais máquinas melhorem seu fator de potência
com consequente magnetização de seus fluxos nos entreferro;
Questão:
representação transitória
Assim o alternador 1 produz uma potência sincronizante P1 = Eg1 Is cos (âng 1).
O alternador 1, por estar com mais carga, tenderá a atrasar-se em fase e diminuir
sua velocidade, enquanto que o alternador 2, por receber uma potência sincronizante
(ação motora), tenderá a adiantar-se em fase. Ou seja, a corrente sincronizante age no
sentido de manter os alternadores em sincronismo.
Questão:
Outro exemplo...
Seja um gerador síncrono de rotor cilíndrico operando em paralelo com uma barra
infinita (tensão constante independente da carga). Devido a algum distúrbio, o ângulo de
carga varia de um ângulo Δ (o que corresponde à máquina desenvolver uma potência
adicional, de modo que ela mantém o sincronismo). Essa potência adicional é conhecida
como potência sincronizante.
Mais um exemplo.
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
3) MARTIGNONI, cap IV
Polos lisos
Um percurso de fluxo que inclua dois polos protuberantes tem dois pequenos
entreferros para atravessar. Esse percurso é chamado de eixo direto. É o percurso de
relutância mínima. Por outro lado, o percurso que envolve o eixo entre os polos, envolve
dois grandes entreferros sendo o percurso de relutância máxima.
Uma máquina síncrona de polos salientes sem excitação de campo nada mais é do
que uma “máquina de relutância” conforme já foi apresentado em Conversão
Eletromecânica de Energia. Naquele momento foram definidas as indutâncias de eixo
direto “Ld” e de eixo em quadrantura “Lq”. sendo Ld a indutância quando o rotor está
alinhado com o campo do estator e Lq a indutância quando o rotor está em quadrantura
com o campo do estator.
Para cada condição de carga a regulação de tensão pode ser obtida por:
Resolvendo.....
A equação acima pode ser estabelecida para um motor de polos salientes (δ ˂ 0); a
representação gráfica é dada então na figura abaixo:
Exemplos:
fazendo as operações:
a) O diagrama fasorial é:
b)
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
GERADOR SÍNCRONO
A curva que mostra a corrente de campo necessária para manter constante a tensão
nominal e terminal, quando a carga de fator de potência constante é variada, é chamada
de curva composta. A figura adiante mostra três curvas para três diferentes fatores de
potência constantes.
Capabilidade:
Para uma dada potência ativa de carga, o fator de potência, com o qual uma
máquina síncrona opera e consequentemente a sua corrente de armadura, podem ser
controlados ajustando a corrente de campo.
Curvas V
MOTOR SÍNCRONO
Pela seleção adequada das dimensões, material e espaçamento das barras na gaiola
de esquilo (frequentemente chamado enrolamento amortecedor) consegue-se desenvolver
A próxima figura traz curvas que mostram como o fator de potência decresce
quando a excitação é mantida constante com a redução da potência em HP.
Visto que o motor síncrono por si só não desenvolve torque de partida, e para
seguir o mesmo raciocionio da analise fasorial adotada para o gerador síncrono, vamos
considerar aqui a máquina sincrona acinada inicialmente por uma máquina primária
acoplada a seu eixo, com procedimento de sincronismo nos mesmos moldes da operação
de um gerador síncrono iniciado em um barramento infinito.
Assim, o fluxo resultante de entreferro será o próprio fluxo polar oriundo da Fmm
dos enrolamentos de campo. A tensão gerada será igual em módulo e fase (em oposição)
a tensão do barramento.
Vamos agora imaginar que seja retirada a máquina primaria que atua no eixo da
máquina mantendo a rotação e em seu lugar seja colocada uma carga mecânica resistente
ao movimento, ou seja, uma carga produzindo um torque mecânico contrário ao
movimento do eix o da máquina síncrona. Lembrando que ela continua sincronizada
ao
Ao acoplar ao eixo da máquina síncrona uma carga resistente, esta exercerá uma
força (torque) contrária à velocidade de rotação ω e atuando no rotor da máquina, incidirá
nos polos e consequentemente podemos imaginar essa força aplicada ao fasor que
representa o fluxo polar, conforme mostrado abaixo:
Tal força irá provocar um atraso do fasor fluxo polar em relação ao fasor fluxo
resultante de entreferro, fazendo aparecer entre eles um ângulo δ chamado também de
ângulo de carga. Comparativo ao ângulo de carga para o gerador, nessa condição trata-
se de um ângulo de carga negativo, contrário ao movimento.
motor síncrono
(Falcone)
(Del Toro)
(Falcone)
(Martignoni)
(Martignoni)
(Kosow)
(Kosow)
(Kosow)
Transferência de potência:
Agora, para o motor síncrono, que opera com velocidade constante igual a
velocidade síncrona, o meio que proporciona a transferência de mais ou menos potência
da fonte para o motor, não pode ser a velocidade. Assim, a resposta da máquina se dá pela
variação do ângulo de carga. Ângulo esse entre o fluxo resultante de entreferro e o fluxo
polar, que corresponde ao ângulo entre a tensão gerada e a tensão de terminal da máquina.
Maiores cargas no eixo, atrasarão o fluxo polar do fluxo de entreferro, (ou a tensão gerada
da tensão de terminal). Assim, a tensão resultante sobre a armadura, que é a diferença
entre as tensões geradas e de terminal, responde proporcionalmente à carga de eixo.
𝑉𝑉a−Eo
Ia = (lembrando que as correntes e tensões são vetores).
𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
MÁQUINAS SÍNCRONAS
6.12
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
MÁQUINAS SÍNCRONAS
LISTA 2
MÁQUINA DE INDUÇÃO
Trifasico Monofásico
O rotor de uma máquina de indução pode ser de dois tipos: rotor em gaiola e rotor
bobinado.
O rotor em gaiola de esquilo, por outro lado, é bastante utilizado, indo desde
motores de potência fracionaria, até motores de grande porte. São constituídos de barras
condutoras encaixadas em ranhuras no ferro do rotor e curto-circuitadas nas extremidades
por anéis condutores.
Rotores em gaiola
Escorregamento.....
Seja:
f1 - frequência do estator;
Em rpm, temos:
Sendo:
Onde n1 é a velocidade mecânica do rotor e (n1 - n2) é a velocidade relativa com a qual
o campo magnético girante irá induzir tensões com frequência f2 no rotor.
Definimos então:
escorregamento ou deslizamento
n0 = n2 + n22
Logo:
onde:
f2 = S . f1
V2 = K Ø f2 → f2 = S f1 → V2 = K Ø S f1
V2 = K Ø S f1
ZR = RR + j XR
XR = S XRBL e ZR = RR + j S XRBL
Corrente de rotor:
𝑆𝑆 𝑉𝑉𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅
𝐼𝐼2 =
√(𝑅𝑅𝑅𝑅2 + 𝑆𝑆 𝑋𝑋𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅
2 )
Torque de partida:
Força eletromagnética
TP = K Ø I2 (cos α )
TP = K Ø I2 cos ø2
Com:
𝑉𝑉
𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅 𝑅𝑅2
𝐼𝐼2 = 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 ∅2 =
√�𝑅𝑅2 + 𝑋𝑋 2
𝑅𝑅 𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅 � √�𝑅𝑅22 +𝑋𝑋22 �
𝑉𝑉𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅 𝑅𝑅2
𝑇𝑇𝑃𝑃 = 𝐾𝐾 Ø 2 + 𝑋𝑋 2 � x
√�𝑅𝑅𝑅𝑅 𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅 √�𝑅𝑅22 +𝑋𝑋22 �
Na equação acima, como o rotor ainda está parado, a tensão induzida nele por
ação de transformação (não por movimento), VRBL é proporcional a Ø, que por sua vez
é proporcional à tensão da linha aplicada ao estator Vf . Assim a equação pode ser escrita
como:
𝐾𝐾𝐾𝐾𝑓𝑓2 𝑅𝑅𝑅𝑅
𝑇𝑇𝑃𝑃 = 2 2
𝑅𝑅𝑅𝑅 + 𝑋𝑋𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅
No caso dos motores com rotor em gaiola, que são maioria no universo dos
motores de indução, tanto a resistência como a reatância de rotor bloqueado são
constantes, o que torna a equação acima ainda mais simplificada.
𝑇𝑇𝑃𝑃 = 𝐾𝐾𝐾𝐾𝑓𝑓2
Somente quando o torque de partida TP for maior que o torque resistente (torque
da carga), a máquina desenvolverá velocidade.
J = momento de inércia
T = em N.m
Exemplo 1:
Um Motor de Indução Trifásico, quatro polos, apresenta os seguintes dados nominais (rotor
bobinado).
Pn = 90 (KW)
nN = 1.780 (rpm)
Vn = 380 (V), 60 (Hz)
I2N = 148 (A)
V20 = 400 (V)
Deve-se observar que o valor da tensão de partida V20 fornecido é sempre um valor
de linha e que, para velocidade nominal o escorregamento é muito pequeno, o que faz
com que a reatância X2 seja também muito pequena, podendo ser desprezada.
Logo:
Problema proposto:
Notas de aulas 281
2021/2
Um motor de indução trifásico, 50 HP, quatro polos, 220 volts, tem um torque de partida
de 305 N.m e uma corrente de linha, de partida, instantânea, de 700 A (rotor bloqueado),
à tensão nominal. Uma tensão trifásica reduzida de 127 volts é aplicada aso terminais de
linha.
Calcule:
a) O Torque de partida
b) A corrente de partida
Leitura recomendada:
CARACTERÍSTICAS DE TORQUE
TP = K Ø I2 (cos α )
Torque de Partida:
TP = K Ø I2 cos ø2
Com:
𝑉𝑉 𝑅𝑅2
𝐼𝐼2 = √�𝑅𝑅2 +𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 ∅2 =
𝑅𝑅 𝑋𝑋 2
𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅 � √�𝑅𝑅22 +𝑋𝑋22 �
𝑉𝑉𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅 𝑅𝑅2
𝑇𝑇𝑃𝑃 = 𝐾𝐾 Ø 2 + 𝑋𝑋 2 � x
√�𝑅𝑅𝑅𝑅 𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅 √�𝑅𝑅22 +𝑋𝑋22 �
Na equação acima, como o rotor ainda está parado, a tensão induzida nele por
ação de transformação (não por movimento), VRBL é proporcional a Ø, que por sua vez
é proporcional à tensão da linha aplicada ao estator Vf . Assim a equação pode ser escrita
como:
𝐾𝐾𝐾𝐾𝑓𝑓2 𝑅𝑅𝑅𝑅
𝑇𝑇𝑃𝑃 = 2 2
𝑅𝑅𝑅𝑅 + 𝑋𝑋𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅
No caso dos motores com rotor em gaiola, que são maioria no universo dos
motores de indução, tanto a resistência como a reatância de rotor bloqueado são
constantes, o que torna a equação acima ainda mais simplificada.
𝑇𝑇𝑃𝑃 = 𝐾𝐾𝐾𝐾𝑓𝑓2
Torque máximo
Torque x escorregamento:
Corrente x escorregamento:
A corrente de rotor tem um valor elevado na partida, já que quando o rotor está
parado o escorregamento é máximo e assim a máxima tensão é induzida no rotor. Com a
aceleração do eixo, o escorregamento diminui, reduzindo a tensão induzida no rotor e
consequentemente diminuindo a corrente de rotor até o valor correspondente a situação
de carga no eixo. Assim também a corrente de estator terá, por relação de transformação
direta, o mesmo comportamento da corrente de rotor.
Resta claro que o processo de frenagem tem que ser de curta duração pois a
corrente é ainda maior que corrente de partida do motor.
Leitura recomendada:
A curva do torque, bem como a curva da corrente induzida no rotor são mostradas
no gráfico abaixo em função inversa da velocidade do rotor, ou seja, em função direta do
escorregamento.
O torque por sua vez, como responsável pela velocidade do rotor, tem uma
variação, diferente. Apesenta um valor diferente de zero com o rotor parado, provocando
aceleração. Sua variação apresenta leve decréscimo seguido de vertiginoso acréscimo, até
o seu valor máximo, depois um decréscimo bastante acentuado.
ACIONAMENTO:
Limitações:
• A chave estrela triângulo reduz em 1,732 vezes a tensão, porém reduz o torque de
partida a 0,33.
Torque de aceleração:
Lembrando que a chave estrela triângulo só pode ser utilizada quando a tensão de
conexão triangulo for igual à conexão primário.
B) Partida a auto-transformador
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
Na frenagem, a tensão deve ser reduzida instantaneamente a um valor ajustável (Vt), que
deve ser parametrizado no nível em que o motor inicia a redução da rotação. A partir
desse ponto, a tensão diminui linearmente (rampa ajustável (tr)) até a tensão final Vz,
quando o motor parar de girar. Nesse instante, a tensão é desligada. Veja a figura seguinte:
Vantagens:
Desvantagens:
- O ambiente em que o mesmo é instalado deve ter boa ventilação e limpeza pois esses
itens são importantíssimos para o bom funcionamento e durabilidade do equipamento, a
maioria dos inversores tem um limite máximo de 40ºC.
- Causa muitos ruídos harmônicos na rede elétrica devido a conversão AC/CC e CC/AC.
- Aciona e controla só um motor por vez.
Inversores de frequência
Leitura recomendada:
MÁQUINAS ASSÍNCRONAS
estator rotor
Ramo de magnetização:
Ele é constituído pela resistência elétrica dos enrolamentos de estator por fase, r1,
pela reatância de dispersão do enrolamento de uma fase do estator x1, e por um ramo em
derivação contendo um paralelo formado de um lado pela reatância de magnetização xØ,
e de outro lado pela resistência referente às perdas no núcleo. Não há diferença em relação
ao ramo de magnetização do circuito equivalente de um transformador. A diferença está
somente no módulo dos parâmetros.
PCU = q2 r2 I22
para q2 = número de fases do rotor.
Ou seja, a resistência variável r2 / S, pode ser substituída por duas partes, uma que
corresponde à resistência do circuito real de rotor r2, e uma resistência variável Rm que
representa a carga mecânica no eixo da máquina, que varia com a velocidade do rotor.
Voltando ao estator:
Portanto seus terminais podem ser ligados para obter um circuito elétrico
equivalente completo.
Quando uma máquina de indução trifásica, em ação motora, está operando a vazio
ela tem um escorregamento muito pequeno, próximo de zero, dessa forma a resistência
que representa a carga mecânica Rm é muito grande, o que resulta em uma corrente I2
muito pequena.
Leitura recomendada:
Kosow 9-12
estator rotor
A seguir mostramos que, uma vez que teve início a rotação, o motor monofásico
de fato desenvolve torque no sentido da rotação e mantem o movimento.
A figura adiante mostra o mesmo motor da figura anterior posto para girar por
meios externos, no sentido horário.
Tensões de funcionamento:
Inversão de rotação.
Resumindo:
Leitura recomendada:
GERADOR ASSÍNCRONO
a.
Isso somente é possível com uma máquina primária girando o rotor da máquina
de indução a uma velocidade maior que a velocidade do campo magnético girante.
Adiante estão mostradas fotos de uma usina com turbinas hidráulicas e geradores
de indução. Usina Picolli no município gaúcho de Santo Ângelo das Missões.
Leitura recomendada:
Exercícios Resolvidos
01)
02)
03)
04)
05)
06)
07)
1) Um motor de indução trifásico, 5 HP, 208 V, 60 Hz, gira a 1746 rpm a plena carga.
Determinar:
a) O escorregamento correspondente à velocidade nominal.
b) A frequência da corrente induzida no rotor.
c) A velocidade do campo magnético do rotor em relação:
i) a carcaça;
ii) ao campo magnético do estator;
iii) ao rotor.
3) O rotor de um MIT de anéis, 8 polos, 60 Hz, 208 V, tem 60% do numero de espiras do
estator por fase. O estator e ligado em delta e o rotor em estrela, tendo seus terminais
trazidos a anéis coletores. Calcule a frequência do rotor e a tensão entre anéis nas
seguintes condições:
a) Rotor bloqueado.
b) Rotor com o escorregamento nominal de 9%.
c) O rotor e acionado por outro motor no sentido oposto ao do campo girante do
estator a uma velocidade de 600 rpm.
4) Um MIT, 60 Hz, 6 polos, 220 V, rotor bobinado, tem seu estator conectado em
triangulo e seu rotor, em estrela. O rotor tem a metade do numero de espiras do estator.
Calcule a tensão induzida no rotor e sua frequência se a tensão nominal e aplicada ao
estator e:
a) o rotor esta em repouso.
b) o escorregamento e 0,04.
c) o rotor e dirigido por outra maquina a 800 rpm na direção oposta aquela do campo
girante.
Resp.: 86,98 %
7) Um MIT, 60 Hz, 460 V, entrega potencia de 100 HP a uma velocidade de 1746 rpm.
Determinar o rendimento do motor se as perdas rotacionais são de 2700 W, as perdas no
cobre do estator são de 2800 W e as perdas no ferro, 600 W.
Resp.: 89,78 %
9) Um MIT, 460 V, 60 Hz, produz 100 HP no eixo a 1746 rpm. Determine o rendimento
do
motor se as perdas rotacionais são 3500 W e as perdas no cobre do estator são 3000 W.
Resp.: 89,3%.
10) Um MIT, 460 V, 100 HP, 60 Hz, 6 polos, e operado com um escorregamento de -3%
a
plena carga.
a) Determine a velocidade do motor e a sua direção relativa ao campo girante.
b) Determine a frequência do rotor.
c) Determine a velocidade do campo do estator.
d) Determine a velocidade de campo do entreferro.
e) Determine a velocidade do campo do rotor com relação:
i) a estrutura do rotor;
ii) a estrutura do estator;
iii) ao campo girante do estator.
Resp.: a) 1236 rpm, mesma direção do campo girante b) 1,8 Hz c) 1200 rpm d)
1200 rpm e) i) -36 rpm ii) 1200 rpm iii) 0 rpm.
11) Um MIT, Y, 4 polos, 220 V, 10 HP, desenvolve seu torque no entreferro a plena
13) Para se obtiver um alto conjugado de partida num motor de indução rotor gaiola,
utiliza-se um rotor de dupla gaiola. As formas das ranhuras e das barras das duas gaiolas
são mostradas na Figura 1. A gaiola externa tem uma resistência maior do que a da gaiola
interna. Na partida, por causa do efeito pelicular, a influencia da gaiola externa
predomina, produzindo então um alto conjugado de partida. Um circuito equivalente
aproximado para o motor deste tipo e dado na Figura 2. Supondo que, para certo
motor, tem-se os seguintes valores por fase:
Ri = 0,1 Ω, Xi = 2 Ω, Re = 1,2 Ω, Xe = 1 Ω
Determine a razão dos conjugados provenientes das duas gaiolas para
i) partida;
ii) um escorregamento de 2%
Resp.: 0,05; 10,34
15) Uma tensão bifásica equilibrada é aplicada a bobinas idênticas, cujos eixos estão
deslocados de 90o no espaço. Deduza a expressão para forca magneto motriz resultante.
Considere que a bobina produz uma distribuição de campo senoidal.
a) velocidade do rotor;
b) frequência da corrente do rotor;
c) velocidade do campo do estator em rpm.
Respostas: a) n = 1164 rpm; b) f2 = 1,8 Hz; c) ns = 1200 rpm
a) velocidade do rotor;
b) corrente do motor;
c) Perdas no cobre do estator;
d) Potencia de entreferro;
e) Perdas no cobre do rotor;
f) Potencia mecânica e a potencia no eixo;
g) Rendimento.
Respostas: a) n = 1710 rpm; ω = 179 rad/s b) I1 = 75,84 A c) P1 = 2.070,97 W
22) Um motor de indução, 6 polos, 50 kW, 440 Vff, 50 Hz, gira com escorregamento de
6,0% quando opera a plena carga. Nessas condições as perdas por atrito e ventilação são
iguais a 300 W (cada uma) e as perdas no núcleo do estator e rotor são iguais a 600 W
(cada uma). Determinar os seguintes valores na operação com carga nominal:
Esperando que o material tenha sido útil e que a Disciplina de Máquinas Elétricas tenha
contribuído na formação profissional de vocês, me despeço, permanecendo à disposição
de todos se puder participar em algo mais em vossa formação.
Prof. Rondina