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FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA – FAET

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA


Disciplina: Subestações

Subestações
Aula 2 – Transformadores de corrente
(continuação)
Prof. Dr. Antônio Eduardo Ceolin Momesso
antonio.momesso@ufmt.br

Cuiabá, julho de 2023


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Disciplina: Subestações

Tópicos a serem abordados na aula


• Cargas nominais;

• Fator de sobrecorrente;

• Corrente de magnetização;

• Tensão secundária.

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Cargas nominais
• Os transformadores de corrente devem ser especificados de acordo com a carga
que será ligada no seu secundário.
• As cargas no secundário corresponde as impedâncias formadas pelos diferentes
aparelhos ligados a seu secundário, incluindo-se os condutores de interligação.
• Por definição, carga secundária nominal é a impedância ligada aos terminais
secundários do TC, cujo valor corresponde à potência para a exatidão garantida,
sob corrente nominal.
• Considerando um TC C100, a impedância de carga nominal vale 4Ω.
𝑃𝑇𝐶 100
𝑍 = 2 = 2 =4Ω
𝐼𝑆 5
• A NBR 6856 padroniza as cargas secundárias de acordo com as tabelas dos
próximos slides.
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Cargas nominais

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Cargas nominais
• A carga dos aparelhos que deve ser ligada aos TC deve ser dimensionada criteriosamente para se
escolher o TC de carga padronizada compatível.
• Em alguns casos, devido ao grande comprimento dos condutores, é necessário calcular-se a
potência dissipada nesses condutores e somá-la à potência dos aparelhos correspondentes.
• Assim, a carga de um transformador de corrente, é obtida por:
𝐶𝑇𝐶 = ෍ 𝐶𝑎𝑝 + 𝐿𝐶 × 𝑍𝐶 × 𝐼𝑆2 (𝑉𝐴)

onde:
𝐶𝑎𝑝 são os valores das cargas dos aparelhos, em VA;
𝐿𝐶 é o comprimento do condutor, em m;
𝑍𝐶 é a impedância do condutor, em Ω/m;
𝐼𝑆 é a corrente nominal secundária, normalmente igual a 5 A.
• A tabela do próximo slide fornece as cargas médias dos principais aparelhos utilizados.
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Cargas nominais
• É importante frisar que os relés de sobrecorrente do tipo indução apresentam
uma carga extremamente variável em função do tape utilizado.
• Se a carga ligada aos terminais secundários de um transformador de corrente for
muito menor que sua carga nominal, ele pode sair de sua classe de exatidão.
• Além disso, pode não limitar adequadamente a corrente de curto-circuito,
permitindo a queima dos aparelhos.
• Para os aparelhos com fatores de potência muito diferentes ou mesmo abaixo de
0,80 é necessário se calcular a carga do TC com base na soma vetorial das cargas
ativa e reativa, a fim de reduzir o erro decorrente.
• A figura do próximo slide fornece as perdas ôhmicas dos condutores em função
de sua seção nominal.

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Cargas nominais

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Cargas nominais
• Exemplo:
• Calcule a carga do TC, destinado à proteção direcional de um consumidor industrial. O fio de
interligação é de 10 mm² e tem um comprimento de 100 m, ou seja, 2x50 m. A carga do relé
digital é de 6,5 VA. Considere a impedância do condutor: 2,2221 + 𝑗0,1207 Ω/km.

𝐶𝑇𝐶 = ෍ 𝐶𝑎𝑝 + 𝐿𝐶 × 𝑍𝐶 × 𝐼𝑆2 (𝑉𝐴)

2,2221 + 𝑗0,1207
𝐶𝑇𝐶 = 6,5 + 100 × × 52
1000
𝐶𝑇𝐶 = 6,5 + 5,5553 + 𝑗0,3018
𝐶𝑇𝐶 = 12,0553 + 𝑗0,3018
𝐶𝑇𝐶 = 12,06 𝑉𝐴

Assim, a carga nominal do TC deve ser igual a C12,5.


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Fator de segurança
• Conhecido também por fator de sobrecarga, é o fator na qual a corrente primária é multiplicada
para se obter a máxima corrente de sua classe de exatidão.
• A NBR 6856 especifica o fator de segurança para serviço de proteção em 20 vezes a corrente
nominal.
• Para o serviço de medição, 10 vezes.
• Quando a carga ligada em um TC for inferior à carga nominal, o fator de sobrecorrente é alterado
sendo inversamente proporcional à referida carga.
• Portanto, é necessário tomar cuidado com os limites de corrente dos equipamentos.
• A equação abaixo fornece o valor que assume o fator de segurança, em função da relação entre a
carga nominal e a carga ligada no secundário do TC.
𝐶𝑛
𝐹1 = × 𝐹𝑠
𝐶𝑇𝐶
onde: 𝐶𝑇𝐶 é a carga ligada ao secundário, em VA; 𝐶𝑛 é a carga nominal, em VA; e 𝐹𝑠 é o fator de
sobrecorrente de segurança.
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Fator de segurança
• Assim, a saturação do transformador somente ocorre para o valor de 𝐹1 superior a 𝐹𝑠 .
• Algumas vezes é necessário inserir uma resistência no circuito secundário do TC para elevar o
valor da sua carga.
• Contudo, tal prática não é comum, pois, normalmente, os aparelhos suportam 50 vezes a sua
corrente nominal por 1 s.
• Exemplo:
• Calcule o fator de sobrecarga de um transformador de corrente destinado ao serviço de proteção,
quando no seu secundário há uma carga ligada que vale 0,565 Ω, por meio de um fio de cobre de 4
mm² e 15 m de comprimento. Considere a impedância do condutor: 5,5 Ω/km
𝐶𝑇𝐶 = ෍ 𝐶𝑎𝑝 + 𝐿𝐶 × 𝑍𝐶 × 𝐼𝑆2 (𝑉𝐴)

5,5
𝐶𝑇𝐶 = 0,565 + 2 × 15 × × 52
1000
𝐶𝑇𝐶 = 18,25 𝑉𝐴

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Fator de segurança
𝐶𝑛 = 22,5 𝑉𝐴

𝐶𝑛
𝐹1 = × 𝐹𝑠
𝐶𝑇𝐶
22,5
𝐹1 = × 20
18,25
𝐹1 = 24,66

No caso, o relés seriam atravessados por uma corrente 24,7 vezes maior do que a sua corrente
nominal de operação.

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Corrente de magnetização
• A corrente de magnetização dos TCs fornecida pelos fabricantes permite que se calcule a tensão
induzida no seu secundário e a corrente magnetizante correspondente.
• A figura abaixo representa uma curva de magnetização de um TC para serviço de proteção.

• A tensão obtida no joelho da curva corresponde a uma densidade de fluxo 𝐵 igual a 1,5 T.
• A partir deste ponto, o TC entra em saturação.
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Corrente de magnetização
• A corrente de magnetização pode ser dada por:
𝐼𝑒 = 𝐾 × 𝐻 (𝑚𝐴/𝑚)
onde: 𝐻 é a forma de magnetização, em 𝑚𝐴/𝑚 e 𝐾 depende do comprimento do caminho
magnético e do número de espiras.
• A tabela abaixo apresenta os valores de 𝐾.

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Corrente de magnetização
• A corrente de magnetização varia para cada TC, devido à não linearidade magnética.
• À medida que cresce a corrente primária, a corrente de magnetização não cresce
proporcionalmente, mas, segundo a curva apresentada abaixo.

• Os TCs destinados ao serviço de proteção, por exemplo, devem ser projetados para trabalhar com
uma densidade magnética igual a 0,1 T em operação normal.
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Corrente de magnetização
• É importante observar que um TC não deve ter o seu circuito secundário aberto, estando o
primário ligado à rede.
• Nesse caso, a corrente de magnetização do TC assume o valor da própria corrente de carga.
• Quando os aparelhos ligados aos TCs forem retirados, os terminais secundários devem ser curto-
circuitados.
• Deixar o TC aberto resultará em perdas Joule excessivas, perigo iminente ao operador e
alterações profundas nas características de exatidão.
• A permeabilidade magnética dos TCs para serviço de medição é muito elevada.
• Em geral, eles trabalham com uma densidade magnética, em torno de 0,1 T, e entram em
saturação a partir de 0,4 T.
• Já os TCs para proteção apresentam um núcleo de baixa permeabilidade, o que permite a
saturação somente para uma densidade de fluxo magnético bem elevada.

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Corrente de magnetização
• Exemplo:
• Calcule a corrente de excitação de um TC de proteção de 50-5 A, 15 kV de tensão nominal,
operando a corrente nominal. Ao secundário do transformador de corrente está ligado um
relé de sobrecorrente, que implica a escolha da carga nominal de C100. No projeto do TC foi
adotada uma magnetização de 500 ampères-espiras. O núcleo tem seção 9x8 cm. A força
eletromotriz no secundário é de 16,7 V.

𝐼𝑠 × 𝑁𝑆 = 500 𝐻 = 2,3 𝑚𝐴/𝑚


5 × 𝑁𝑆 = 500 (Slide 14)
𝑁𝑠 = 100
𝐾 = 2,0
𝐸𝑠
𝐵𝑚 = (Slide 15)
4,44 × 𝑆 × 𝑓 × 𝑁𝑠
16,7
𝐵𝑚 = 𝐼𝑒 = 2 × 2,3
4,44 × 0,0072 × 60 × 100
𝐵𝑚 = 0,087 𝑇 𝐼𝑒 = 4,6 𝑚𝐴/𝑚
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Tensão secundária
• A tensão nos terminais secundários dos TCs está limitada pela saturação do
núcleo.
• Contudo, é possível o surgimento de tensões elevadas quando o primário é
submetido a correntes muito altas ou existe uma carga secundária de valor
superior à nominal do TC.
• A equação abaixo apresenta a F.e.m. induzida no secundário do TC em
função das impedâncias da carga e dos enrolamentos secundários do TC.
𝐸𝑠 = 𝐼𝐶𝑆 × 𝑅𝐶 + 𝑅𝑇𝐶 2 + 𝑋𝐶 + 𝑋𝑇𝐶 2 (𝑉)
onde:
𝐼𝐶𝑆 é a corrente que circula no secundário, em A;
𝑅𝐶 e 𝑋𝐶 são a resistência e reatância da carga, em Ω;
𝑅𝑇𝐶 e 𝑋𝑇𝐶 são a resistência e reatância do enrolamento secundário do TC,
em Ω.
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Tensão secundária
• Os valores da resistência e reatância das cargas padronizadas secundárias dos TCs
são dados nos slides 4 e 5.
• As resistência e reatância dos enrolamentos secundários podem ser obtidas a
partir dos ensaios de laboratório, cujos valores variam em faixas bastante largas.
• A resistência pode variar entre 0,150 e 0,350 Ω.
• A reatância tem valores entre 0,002 e 1,8 Ω.
• A tensão nominal pode ser obtida em função da sua impedância pela corrente
nominal secundária e pelo fator de sobrecorrente.
𝑉𝑠 = 𝐹𝑆 × 𝑍𝐶 × 𝐼𝑆
• A tabela do próximo slide mostra as tensões nominais considerando a carga
padronizada do TC.

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Tensão secundária

TC Classe A

• TCs classe A possuem alta impedância interna;


TC Classe B
• TCs classe B possuem baixa impedância interna.
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Tensão secundária
• Para evitar que o TC venha a saturar durante um curto-circuito, deve-se limitar a
impedância da carga conectada em:
𝑉𝑆
𝑍𝐶 < Ω
𝑋
𝐼𝑇𝐶 𝑅 + 1
onde: 𝐼𝑇𝐶 é a relação entre a corrente de curto-circuito trifásica e a relação de
𝑋
transformação do TC (RTC); e 𝑅 é a relação entre a reatância de sequência positiva e
a resistência de sequência positiva.
• Em sistemas na presença de capacitores se faz necessário verificar as condições
em que os TCs estão submetidos.
• Sabe-se que os capacitores, quando manobrados, produzem elevadas correntes
no sistema elétrico em alta frequência, o que ocasiona sobressolicitações na
isolação dos dispositivos.
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Tensão secundária
• O valor de crista da tensão impulsiva, na presença de capacitores, pode ser
determinada por:
0,00628 × 𝐼𝑝𝑖 × 𝑓𝑖 × 𝐿𝐶
𝑉𝑖𝑠 = 𝑉
𝑅𝑇𝐶
onde 𝐼𝑝𝑖 é a corrente primária impulsiva no TC, em seu valor de crista, em A; 𝑓𝑖 é a
frequência correspondente do transitório, em Hz; e 𝐿𝐶 é a indutância da carga no
secundário do TC, em mH.

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Tensão secundária
• Exemplo
• Calcule a força eletromotriz induzida no secundário de um TC de 200-5 A que alimenta um
relé eletromecânico de sobrecorrente de 0,2+j0,12 Ω. Determine, também, a carga e a tensão
no secundário do TC em regime permanente de acionamento do relé, ou seja, 20 vezes a
corrente nominal. Considere do ensaio do TC que 𝑅𝑇𝐶 = 0,121 Ω e 𝑋𝑇𝐶 = 0,103 Ω.

𝐶𝑇𝐶 = ෍ 𝐶𝑎𝑝 + 𝐿𝐶 × 𝑍𝐶 × 𝐼𝑆2 (𝑉𝐴) Da tabela do slide 4 temos 𝑅𝐶 = 0,45 Ω e 𝑋𝑐 =


0,218 Ω
𝐶𝑇𝐶 = 0,2 + 𝑗0,12 52 𝐸𝑠 = 𝐼𝐶𝑆 × 𝑅𝐶 + 𝑅𝑇𝐶 2 + 𝑋𝐶 + 𝑋𝑇𝐶 2
𝐶𝑇𝐶 = 5,83 𝑉𝐴 𝐸𝑠 = 20 × 5 × 0,45 + 0,121 2 + 0,218 + 0,103 2
Logo o TC é C12,5 𝐸𝑠 = 60,5 𝑉
Da tabela do slide 4 𝑍𝐶 = 0,5
𝑉𝑠 = 𝐹𝑆 × 𝑍𝐶 × 𝐼𝑆
Para a carga do relé
𝑉𝑠 = 20 × 0,5 × 5
Slide 21 𝑉𝑠 = 50 𝑉 𝐸𝑠 = 20 × 5 × 0,2 + 0,121 2 + 0,12 + 0,103 2

𝐸𝑠 = 39,09 𝑉
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Tensão secundária
• Exemplo
• Considerando um TC C50 de 200-5 A, instalado nos terminais de saída de uma linha de
transmissão de 138 kV de resistência e reatância iguais, respectivamente, a 17,8 Ω e 32,4 Ω.
Determine a impedância máxima a ser conectada nos seus terminais secundários, para uma
corrente de curto-circuito de 4 kA, de forma que o TC não alcance a condição de saturação.

200
𝑅𝑇𝐶 = = 40 𝑉𝑆
5 𝑍𝐶 <
𝑋
𝐼𝑇𝐶 +1
4.000 𝑅
𝐼𝑇𝐶 = = 100 𝐴 200
40 𝑍𝐶 <
32,4
100 +1
Da tabela do slide 4 𝑍𝐶 = 2 Ω 17,8
𝑍𝐶 < 0,72 Ω
𝑉𝑠 = 𝐹𝑆 × 𝑍𝐶 × 𝐼𝑆
𝑉𝑠 = 20 × 2 × 5
𝑉𝑠 = 200 𝑉 Logo, a impedância da carga do TC deve ficar limitada a
0,72 Ω.
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Tensão secundária
• Exemplo
• Na energização de um banco de capacitores de 13,8 kV, ligado em Y, próximo ao qual estava
instalado um conjunto de TCs de proteção de 800-5 A, C100, impedância do circuito
secundário 1,2+j3,468 Ω, foram registrados os seguintes dados:
• Corrente impulsiva: 22.400 A;
• Frequência do transitório: 2.900 Hz.
Calcule a tensão impulsiva secundária:

800 0,00628 × 𝐼𝑝𝑖 × 𝑓𝑖 × 𝐿𝐶


𝑅𝑇𝐶 = = 160 𝑉𝑖𝑠 =
5 𝑅𝑇𝐶

𝑋𝐶 3,468 0,00628 × 22.400 × 2.900 × 9,19


𝐿𝐶 = = = 9,19 mH 𝑉𝑖𝑠 =
2𝜋𝑓 2𝜋60 160
𝑉𝑖𝑠 = 23.455 𝑉

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