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Universidade Federal de Mato Grosso

Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia


Departamento de Engenharia Elétrica
Curso de Engenharia Elétrica

RELÁTORIO DE AULA PRÁTICA

Máquinas Elétricas
Experimento II

Brenda Montes Cardoso Farah – Turma N1


Prof. José Mateus Rondina

Cuiabá – 2022
Sumário
1- Objetivos 3
2- Introdução Teórica 4
3- Procedimento Experimental 5
3.1- Materiais e Equipamentos Utilizados 5
3.2- Montagem e Experimentos 5
4- Resultados e Análises 7
5- Conclusão 8
6- Referências Bibliográficas 9
1. Objetivos da Aula
A aula prática de máquinas elétricas tem por objetivo central energizar um motor de
corrente contínua com excitação independente, e observar a polaridade da tensão gerada
em função do sentido da corrente de excitação, como também em função do sentido de
rotação da máquina.

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2. Introdução teórica
As notáveis vantagens das máquinas CC provêm da grande variedade de
características de operação que podem ser obtidas quando se escolhe o método de
excitação dos enrolamentos de campo. O método de excitação influencia
profundamente as características de regime permanente e, no caso de sistemas de
controle, o comportamento dinâmico da máquina.
O foco hoje é no campo de excitação independente, e seu diagrama de ligações
pode ser observado na figura abaixo.

A corrente de campo requerida é uma fração muito pequena da corrente nominal


de armadura. Uma pequena quantidade de potência no circuito de campo pode
controlar uma quantidade relativamente elevada de potência no circuito de
armadura, isto é, o gerador é um amplificador de potência. Os geradores de
excitação independente são usados frequentemente em sistemas realimentados de
controle, quando é necessário controlar a tensão de armadura dentro de uma ampla
faixa.
Um motor síncrono é o mesmo que um gerador síncrono sob todos os aspectos,
exceto pelo fato de o sentido do fluxo de potência ser invertido. Como esse sentido é
invertido, pode-se esperar que o sentido do fluxo de corrente no estator também seja
invertido. Portanto, o circuito equivalente de um motor síncrono é exatamente o
mesmo que o circuito equivalente de um gerador síncrono, exceto pelo fato de o
sentido de referência de IA ser invertido.
Os motores síncronos fornecem potência às cargas, que basicamente são
dispositivos que funcionam com velocidade constante. Usualmente, os motores são
ligados a sistemas de potência que são muito maiores do que eles próprios. Isso
significa que a tensão de terminal e a frequência do sistema serão constantes,
independentemente da quantidade de potência demandada pelo motor. A velocidade
de rotação do motor está sincronizada com a taxa de rotação dos campos magnéticos
que, por sua vez, está sincronizada com a frequência elétrica aplicada, de modo que

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a velocidade do motor síncrono será constante independentemente da carga.

3. Procedimento Experimental
3.1 – Materiais e Equipamentos Utilizados

 Motor síncrono como máquina primária;


 Gerador CC com excitação independente;
 Fonte CA: 0 – 250 Vca;
 Fonte CC: 0 – 200 Vcc;
 Voltímetro CC;
 Cabos para conexão.

3.2 – Montagem e Experimentos


Após feitas as conexões da armadura do motor síncrono como indicada na figura
abaixo, alimentamos a mesma com a fonte trifásica CA, através dos bornes U1, V1 e
W1.

A fonte CC é conectada ao campo do gerador CC com excitação independente, e


o voltímetro é conectado paralelamente à armadura do gerador.
Para um primeiro cenário aplicamos gradativamente tensão alternada ao motor
síncrono até atingir 60% da sua capacidade, e então curto circuitamos o seu campo.
Agora a tensão do motor é manipulada até que o visor do voltímetro indique 120V de
tensão gerada.
Zerando as duas tensões prosseguimos para o segundo cenário, invertendo o
sentido de rotação mediante inversão das fases em U1 e V1. O experimento se repete

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como na primeira vez.
E para o terceiro e último cenário, a polaridade é invertida mediante a troca dos
bornes conectores do campo do motor síncrono. Replicando as tensões novamente e
observando a polaridade da tensão gerada. Para uma melhor análise iremos associar as
polaridades obervadas com a regra de Fleming para tensões induzidas.

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4. Resultados e Análises

Num primeiro instante ao ligar as máquinas podemos observar no voltímetro uma


Vccg = -12,6V. Depois de curto circuitar o campo, as máquinas entram em sincronia,
podemos perceber isso por conta do barulho, no momento que isso acontece começam a
girar igualmente, e ao manipular a tensão do gerador, observamos um sentido de rotação
anti-horário e uma polaridade negativa por conta do Vccg = -120V.
Já para o segundo cenário, ao ligar as máquinas, o voltímetro nos mostra uma Vccg
= 12,6V, e conseguimos comprovar que o sentido de rotação foi invertido. Ao curto
circuitar e manipular a tensão obtemos uma Vccg = 120 V, polaridade positiva, e um
sentido de rotação horário.
O último também obteve êxito ao inverter a polaridade, atingindo as mesmas
condições que no primeiro cenário.
Após esse experimento, mesmo não estando no roteiro, pudemos observar o
funcionamento da auto excitação. A ligação permanece a mesma, exceto no gerador, ao
invés de conectar os cabos ao campo, conectamos à armadura. Ao ligar temos uma
tensão residual de Vccg = -10,5V observada no voltímetro. Conectando o campo
paralelamente à armadura, ou seja, fazendo o shunt, elevamos a tensão para Vccg = -
107,5V. E fazendo essa mesma ligação, porém invertida, temos uma Vccg = -0,3V, por
ter um sentido que vai contra a tensão residual.

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5. Conclusão

Levando em conta o que foi observado no laboratório, conclui-se que como visto na
teoria e pela regra de Fleming, ao inverter um dos vetores, seja o sentido de rotação ou a
polaridade do campo, invertemos a polaridade observada no gerador. Já para auto
excitação, concluimos que ao ligar o campo e a armadura em paralelo (shunt), expomos
as duas a mesma tensão, mantendo uma velocidade constante.

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6. Referências Bibliográficas
[1] UMANS, S. D. Máquinas elétricas de Fitzgerald e Kingsley. 7. ed. Porto
Alegre: AMGH, 2014. 708 p. [2].
[2] CHAPMAN, Stephen J. Fundamentos de Máquinas Elétricas. Editora
Bookman AMGH LTDA, 5ª Edição/2013.

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