Você está na página 1de 9

UNIVERSIDADE FEDERAL DO

CEARÁ CURSO DE ENGENHARIA


ELÉTRICA MÁQUINAS ELÉTRICAS

LABORATÓRIO 12

LAIANA SEVERIANO PEREIRA – 408316

SOBRAL – CE
2021.1

1
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO TEÓRICA 3
2. OBJETIVOS 4
3. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS 4
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL E RESULTADOS 5
5. CONCLUSÃO 8
6. BIBLIOGRAFIA 9

2
1. INTRODUÇÃO TEÓRICA

Os motores de corrente contínua diferentemente de um motor de corrente alternada é que estes


possuem a capacidade de fornecer amplas faixas de velocidade, sem que seja necessário fazer uso das
ferramentas de eletronica de potencia, sendo esta uma das principais vantagens do uso desse tipo de
motor em algumas aplicações, principalmente nas décadas passa quando a eletrônica de potência não
estava tão avançada como atualmente.
Assim como os geradores, os motores CC podem ser classificados pela forma com que os
enrolamentos de campo são combinados, podendo certamente de excitação independente, em
derivação, ímã permanente, série e composto. A tensão interna gerada por o motor de corrente
contínua é expressa como 𝐸𝑎 = 𝐾ϕω𝑚, já o torque induzido relaciona a constante K, o fluxo e a

corrente de armadura, sendo esses parâmetros, junto a curva de magnetização apresentada na figura 01
são responsáveis por ditar o comportamento de um motor CC.
A comparação entre os tipo de configuração de um motor CC é dada pela regulação de
velocidade que é expressa matematicamente pela equação [1], quando a regulação de velocidade é dita
positiva, temos que a velocidade do motor decresce com o aumento de carga, se a velocidade do motor
aumentar à medida que a carga cresce obtemos uma regulação de velocidade negativa.
𝑛𝑣𝑧−𝑛𝑝𝑐
𝑅𝑉 = 𝑛𝑝𝑐
• 100% [1]

Figura 01 – Curva de magnetização do motor CC.

Fonte: Chapman.

3
2. OBJETIVOS

− Observar o funcionamento de um motor CC a vazio e a plena carga;


− Observar regulação de velocidade de um motor CC.

3. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

− 01 Motor de Indução ou síncrono;


− 01 Motor de corrente contínua;
− 02 Voltímetros Analógicos;
− 01 Amperímetro Analógico;
− 01 Multímetro Digital;
− 01 Reostato de campo;
− Cabos para conexão;

− Cargas (Lâmpadas ou resistores).

4
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL E RESULTADOS

Inicialmente foi realizada a identificação dos terminais de campo da máquina de corrente


contínua, como mostra a figura 02, mas também foi realizada a medição da resistência de
armadura (Ra) e a resistência do campo em paralelo (Rf) e demais enrolamentos que
compõem a máquina, como exposto na tabela 01.
Figura 02 – Painel de acesso aos terminais do enrolamentos (máquina CC).

Fonte: Imagem retirada da aula virtual.

Tabela 01 – Valores de resistência dos enrolamentos da máquina CC.


Armadura 38,8Ω
Campo Shunt 389Ω
Compensação 0,7Ω
Campo composto 1,7Ω
Campo série 4,5Ω
Fonte: Autora.

A partir do circuito apresentado na figura 03 foi realizada a prática utilizando um motor CC


acoplado com um gerador de indução que se comportou nesse experimento como carga,
devido ao fato do motor CC acoplado ao gerador de indução necessitar de uma carga
conectada ao seu eixo para operar com carga. Com o motor operando a vazio foi realizado o
ajuste de velocidade para 1800 rpm com auxílio do reostato de campo, a leitura dessa
velocidade foi feita com um tacômetro, como exposto na figura 04, para esse valor de
velocidade os seguintes parâmetros foram observados, corrente de campo 0.32 A, tensão da
fonte CC 125 V e corrente da fonte CC 0,8 A.

5
Figura 03 – Circuito a ser montado.

Fonte: Guia da prática.

Figura 04 – Leitura de velocidade a partir de um tacômetro.

Fonte: Imagem retirada da aula virtual.


Com a realização do acoplamento das máquinas, o gerador de indução foi alimentado a partir
de um varivolt para regulação da tensão em seus terminais que foram conectados em YY e
possuindo rotor bobinado, como mostra a figura 05.
Figura 05 – Conexão do gerador de indução.

Fonte: Imagem retirada da aula virtual.


6
Com as conexões feitas e com os devidos ajustes realizados foi ligada de forma crescente
uma carga composta por uma banco de lâmpadas incandescentes, como é exposto na figura
06, e na tabela 02 são apresentados os valores da tensão no gerador e da corrente no motor
obtidos durante o experimento.
Figura 06 – Circuito com gerador CA e moto CC.

Fonte: Imagem retirada da aula virtual.

Tabela 02 – Valores de corrente obtidos.


Carga Ia motor (A) Va gerador (V) η(rpm)

Nenhuma 0.8 220 1800

01 1.2 195 1814

02 1.4 180 1826

03 1.6 155 1836

04 1.7 140 1849

05 1.9 105 1859


Fonte: Autora.
Com os valores obtidos na tabela e fazendo uso da equação [1], foi possível obter a regulação
de velocidade do motor CC. A regulação de velocidade foi de 𝑅𝑉 = − 3, 17%, o sinal
negativo quer dizer que a velocidade do motor tende a aumentar de acordo com o aumento da
carga conectada a ele. O último procedimento realizado foi a observação do comportamento
da corrente do motor e tensão do gerador com o ajuste da velocidade para 1800 rpm em plena
carga, os valores obtidos foram: 𝑉𝑔𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟 = 100 𝑉e 𝐼𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 = 1, 8 𝐴.

7
5. CONCLUSÃO

Com a realização desse experimento foi possível visualizar o comportamento de um


motor de corrente contínua, sendo possível conhecer o comportamento desse motor com
regulação de velocidade negativa, o qual há o aumento de velocidade com o acréscimo de
cargas, além disso foi possível observar o comportamento da tensão e corrente do motor
quando operando a vazio e a plena carga.
Outro ponto observado nessa prática foi a regulagem correta das máquinas utilizadas,
sendo que durante o procedimento foi necessário ajustar a tensão do gerador de indução
para um valor de tensão suficientemente grande para que fosse possível observar o
comportamento do motor de corrente contínua quando o banco de lâmpadas estivesse todo
energizado, já que nesse caso o motor cc via o gerador ca como carga.

8
6. BIBLIOGRÁFIA

[1] FITZGERALD, Kingsley. Máquinas elétricas. 7ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2014 .

[2] CHAPMAN, Stephen J. Fundamentos de máquinas elétricas. 5ª ed. Porto Alegre:


AMGH, 2013.

Você também pode gostar