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Turno 4, Grupo 3
A45981 Carlos Malenha
A45993 António Ferreira
A45961 João Barrocas
Índice
Introdução Teórica .................................................................................................................... 3
Objetivos: ................................................................................................................................. 4
Material Utilizado: .................................................................................................................... 4
Esquemas de ligações: .............................................................................................................. 5
Objetivo 3 ............................................................................................................................. 5
Objetivo 4 ............................................................................................................................. 5
Objetivo 5 ............................................................................................................................. 5
Procedimento: .......................................................................................................................... 6
Objetivo 3: ............................................................................................................................ 6
Objetivo 4: ............................................................................................................................ 6
Objetivo 5: ........................................................................................................................ 6
Resultados experimentais: ........................................................................................................ 7
Objetivo 3: ............................................................................................................................ 7
Objetivo 4: ............................................................................................................................ 7
Objetivo 5: ............................................................................................................................ 8
Análise de resultados: ............................................................................................................... 9
Objetivo 3: ............................................................................................................................ 9
Objetivo 4: .......................................................................................................................... 12
Objetivo 5: .......................................................................................................................... 14
Conclusões.............................................................................................................................. 16
Introdução Teórica
Este trabalho prático foi dividido em três partes. Na primeira parte quis-se ligar em paralelo
uma máquina síncrona à rede elétrica de “potência infinita”, para isso têm que se verificar
quatro condições de modo a não provocar um transitório violento na máquina.
1. A mesma tensão;
4. Sincronismo.
Para assegurar estas quatro condições utiliza-se aparelhos adequados, neste caso são:
1. Duplo voltímetro;
2. Duplo frequencímetro;
Quando a máquina reúne estas condições é então feito o sincronismo com a rede elétrica e
nesse caso a máquina passa a estar em “flutuação” com a rede. Para a máquina poder
trabalhar nos quatro quadrantes, (funcionar como gerador, 1º e 2º quadrantes, motor, 3º e 4º
quadrantes ou compensador síncrono, fronteiras), tem que se alterar a velocidade e/ou a
corrente de excitação da máquina.
Na segunda parte pretendeu-se ligar três alternadores em paralelo mais uma carga RL.
Para isso liga-se os alternadores no sincronismo, e assim a tensão e frequência ficam iguais nos
três alternadores, variando consoante a carga. Assim a potência ativa e reativa são repartidas
pelos três alternadores. Podendo alternar pelos três da forma como se queira.
Na terceira parte a pretende-se fazer as curvas de Mordey, a partir dessas curvas permite
saber onde é que a máquina trabalha em regime sobreexcitado ou subexcitado qual é o ponto
de excitação ótima, (cos ϕ = 1), a potência ativa, (cada curva corresponde a uma potência) e
como varia a potência reativa e aparente, (com a variação da corrente a potência aparente
varia e para a esquerda e direita do ponto de excitação ótima a potência reativa aumenta).
Objetivos:
Verificação das condições de ligação de uma máquina síncrona trifásica à rede elétrica.
Ensaio e análise da máquina síncrona trifásica sobre a rede elétrica. Análise de
funcionamento em quatro quadrantes e do trânsito de potências nulo;
Material Utilizado:
Variador de velocidade;
Autotransformador
Motor DC auxiliar;
Máquina síncrona trifásica;
3 Amperímetros (Ig, Iexc, I);
2 Voltímetro (Ug, U);
1 Wattímetro;
1 Varímetro;
1 Fasímetro.
1 Frequencímetro
Figura 3 – Esquema de ligação de uma máquina síncrona em paralelo com a rede elétrica
Objetivo 4
Objetivo 5
Objetivo 4:
1. Ligou-se o esquema de montagem da figura 4;
2. Ligou-se a máquina DC como motor, através do variador de velocidade, para pôr o rotor
do alternador a rodar a um valor perto das 1500rpm;
3. Verificou-se as condições para o paralelo e fechou-se o paralelo com o alternador da
bancada 5;
4. Regulou-se a velocidade e a excitação da máquina síncrona consoante a carga e a
repartição da carga com o outro alternador.
Objetivo 5:
1. Ligou-se o esquema de montagem da figura 5;
2. Colocou-se a máquina síncrona a rodar como se fosse uma máquina assíncrona com
recurso ao autotransformador, uma vez que a máquina tinha barras amortecedoras e
em seguida aumentou-se a corrente de excitação até atingir o sincronismo com a rede;
3. Variou-se progressivamente a corrente de excitação do alternador até atingir o valor
nominal da corrente de excitação ou da corrente da armadura;
4. Ligou-se gerador DC, variou-se o reóstato até se obter a tensão nominal do gerador DC
(220V);
5. Colocou-se algumas cargas resistivas e variou-se a corrente de excitação como no
segundo ponto.
6. Repetiu-se o quarto ponto com mais cargas.
Resultados experimentais:
Objetivo 3:
Objetivo 4:
Rede isolada
U[V] F[Hz] P [kw] Q [kVar]
2 -1
2,2 0
2,3 2
2,4 1
400 50
0 1,5
0,1 2,25
1,5 0
0,3 0
Tabela 3 – Dados do ensaio de rede isolada
Objetivo 5:
Compensador síncrono-P=0 [W]
Ug[V] Ig [A] Ua[V] Iexc[A] Ia [A]
0,5 3,8
1 3,7
2 3,1
3 2,7
4 2,2
5 1,9
6 1,4
7 1
8 0,9
9 0,8
10 1
11 1,4
12 1,6
200 0 380
13 2,1
14 2,5
15 2,8
16 3,2
17 3,6
18 4
19 4,3
20 4,7
21 5,1
22 5,4
23 5,8
24 6,1
25 6,6
Tabela 4 – Dados do compensador síncrono
Análise de resultados:
Objetivo 3:
Paralelo da máquina com a rede
Para se ligar a máquina síncrona em paralelo a uma rede elétrica de “potência infinita”, é
necessário verificar quatro condições e, como tal, existem aparelhos para tal.
Nota: Tanto a tensão como a frequência devem estar ligeiramente acima dos valores da rede.
Neste ensaio foi utilizado o método das lâmpadas avaliado pelos focos em extinção, verificando
também o sincronismo pelo sincronoscópio reunimos as 4 condições necessárias para a ligação
da máquina síncrona em paralelo com a rede elétrica.
Após a máquina estar a “flutuar”, não existe qualquer interação com a rede (potência ativa e
reativa zero), na rede elétrica realizou-se o ensaio de funcionamento dos quatro quadrantes.
Figura 6 – Método das lâmpadas, focos girantes ou em extinção.
Com a máquina síncrona em paralelo com a rede elétrica, realizou-se um ensaio para o seu
comportamento nos vários pontos, conforme a variação da corrente de excitação e do binário
(variador de velocidade do motor DC). Assim podemos ter a máquina a funcionar como
alternador (1 e 2 quadrante) ou como motor (3 e 4 quadrante), dependendo do quadrante onde
está a funcionar. Existe ainda um 3º regime de funcionamento: o compensador síncrono, com
potência ativa nula, variando a potência reativa de acordo com o objetivo, ou a máquina absorve
potência reativa ou a injeta na rede.
Gráfico de 4 Quadrantes
2.5
2
1.5
1
0.5
Q [kVar]
0
-2.5 -2 -1.5 -1 -0.5 -0.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5
-1
-1.5
-2
-2.5
P [kW]
0
-1 -0.5 -0.5 0 0.5 1
-1
-1.5
-2
-2.5
Q [kVAr]
Através da figura 11, podemos observar que no 1º e 2ª quadrantes a máquina funciona como
gerador, e no 3º e 4º quadrante funciona como motor.
Como seria de esperar, em modo motor a máquina consome Potência ativa, enquanto motor
com carácter capacitivo fornece potência reativa à rede elétrica. Enquanto motor com carácter
indutivo consome potência reativa da rede elétrica. Em modo gerador a máquina entrega
potência ativa à rede elétrica. Enquanto gerador com carácter capacitivo consome potência
reativa da rede elétrica e enquanto gerador com carácter indutivo fornece potência reativa à
rede.
Objetivo 4:
Para este objetivo foram retirados diversos pontos de funcionamento, onde 3
alternadores estão em paralelo com uma rede isolada, consoante a figura 2. Neste ensaio foi
adicionado uma carga RL, para simular diferentes tipos de potência pedidos à rede. Este
objetivo foi elaborado com 4 grupos.
Ensaio
3. Inicialmente, como o ajuste não foi feito de forma simultânea e moderada, ao fazer-se
ao aumento da tensão, verificou-se que os alternadores transferiram entre si potência
reativa
6. De seguida foi colocada uma carga indutiva (RL) e seguiu-se estes parâmetros
a. Alternador 3 passou apenas a fornecer Potência Ativa
10. Retirou-se carga ativa trabalhando-se apenas com a carga indutiva(L). O alternador 2
contínuo a trabalhar como compensador síncrono.
a. Alternador 1 e 3 foram aumentando e diminuindo a tensão de modo que o
alternador 2 fosse o único a fornecer reativa.
Com estes 10 pontos foi possível perceber o funcionamento de uma rede isolada de
alternadores em paralelo que queriam alimentar uma carga RL. A carga pedia potência ativa e
reativa e através dos alternadores em paralelo conseguia-se satisfazer essa necessidade
metendo os alternadores a consumir ou a fornecer essas potências, (dependendo do caso).
Objetivo 5:
O ensaio para obtenção das curvas de Mordey é feito com velocidade constante. Nestas curvas
é possível observar que a curva tem a forma de um “V”, com estas várias conclusões podem ser
tiradas. Esta curva é feita com a corrente de campo ou excitação e a corrente armadura. No
ponto mínimo da corrente de armadura a máquina tem um fator de potência unitário, para
valores inferiores de corrente de excitação do ponto FP=1, diz-se que a máquina está em
subexcitação. Para valores acima deste ponto, a máquina está em sobreexcitação. Na área
correspondente à subexcitação, é dito que a máquina funciona com fator de potência atrasado
ou “lagging power factor”, na área correspondente à sobreexcitação, a máquina funciona com
fator de potência avançado ou “leading power factor”.
Curvas de mordey
7
6
5
4
I [A]
3
2
1
0
0 5 10 15 20 25 30
Iexc [A]
Através da figura 13, é possível observar que a curva a amarelo passa pelos pontos de excitação
ótima, no qual cosϕ=1, e consequentemente apenas existe potência ativa, (Q=0). Como motor
para excitação inferior à ótima, a máquina tem caracter indutivo, (subexcitação), consumindo
energia reativa da rede, e consequentemente para sobreexcitação tem caracter capacitivo,
fornecendo energia reativa à rede.
Sempre que se afasta do ponto de excitação ótimo, (seja pela direita ou esquerda), a potência
reativa aumenta. Se a corrente aumentar a potência aparente também aumenta. Traçando uma
reta horizontal nas curvas Mordey, todos os pontos por ela intersectada tem todos a mesma
potência aparente. Os pontos constituintes de uma curva de Mordey tem todos a mesma
potência ativa.
Figura 10 – Funcionamento e caráter das curvas de Mordey
No diagrama da figura 11, esta representado o que ocorre quando se varia a excitação para a
mesma carga (potência ativa constante). Pode-se observar que de facto para a mesma carga,
tem-se a menor corrente para cosϕ=1 (tensão em fase com a corrente), ou seja, o ponto de
melhor excitação.
Através do diagrama, também se pode observar que quando a máquina está sobreexcitada,
como motor, o caracter é capacitivo e quando está subexcitado tem um carácter indutivo.
Conclusões
No objetivo 3 concluiu-se como se deve proceder para ligar uma máquina síncrona a
uma rede elétrica de “potência infinita”, posteriormente analisou-se o funcionamento da
mesma para os quatro quadrantes de funcionamento e dai se retirou que se quisermos mudar
o funcionamento da máquina de um quadrante para outro tem que se variar a velocidade e a
corrente de excitação, para que a potência ativa (variador de velocidade) e reativa (corrente de
excitação), variem. Também se concluiu que no primeiro e segundo quadrantes a máquina
funciona como alternador e no terceiro e quarto como motor.
No objetivo 5 com as curvas de Mordey, pode-se retirar várias conclusões. Sempre que
se afasta do ponto de excitação ótimo, (seja pela direita ou esquerda), a potência reativa
aumenta. Se a corrente aumentar a potência aparente também aumenta. Traçando um recta
horizontal nas curvas Mordey, todos os pontos por ela intersectada têm a mesma potência
aparente. Os pontos constituintes de uma curva de Mordey têm todos a mesma potência ativa.
O vértice de cada curva de Mordey é onde se encontra o ponto de excitação ótimo, cosϕ=1 e
Q=0. Analisando os diagramas vetoriais também se concluiu qual o seu carácter consoante a
excitação, (sobreexcitado ou subexcitado), no caso do motor síncrono quando está
sobreexcitado o carácter é capacitivo e quando é subexcitado o carácter é indutivo.