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Universidade Beira Interior

Faculdade de Engenharia
Departamento de Engenharia Eletromecânica

Trabalho de laboratório Nº. 1


Controlador de corrente de um conversor
AC/DC trifásico, baseado em tirístores

Aluno(a): Marcus Silva, EEC, nº42804


Daniela Saraiva, EEC, n°44311
Marta Peraboa, EEC n°43457

Disciplina: Electrónica de Potência

Covilhã
2022
Índice
1.Introdução .................................................................................................................................. 2
2.Equipamento utilizado ............................................................................................................... 3
3.Procedimento experimental ...................................................................................................... 4
3.1.Início do procedimento: ...................................................................................................... 4
3.2.Análise das propriedades estáticas dum ciclo completo do sistema de controlo de
corrente ..................................................................................................................................... 4
3.3.Fim do procedimento experimental ................................................................................... 4
3.4.Trabalho de simulação ........................................................................................................ 5
4.Tabelas de resultados................................................................................................................. 6
4.1. Procedimento laboratorial: ........................................................................................... 6
4.1.1 Para LC = 50 mH............................................................................................................. 6
4.1.2. Para LC = 200 mH ......................................................................................................... 7
4.2.Procedimento por simulação .............................................................................................. 8
4.2.1 Para LC = 50 mH............................................................................................................. 8
4.2.2. Para LC = 200 mH ......................................................................................................... 9
5. Resultados experimentais ....................................................................................................... 10
5.1. Para L=50mH e Rc=10Ω .................................................................................................... 11
5.2. Para L=50mH e Rc=5Ω ...................................................................................................... 14
5.3. Para L=200mH e Rc=10Ω .................................................................................................. 18
5.4. Para L=200mH e Rc=5Ω .................................................................................................... 22
6.Conclusões e críticas ao trabalho ............................................................................................. 26

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1.Introdução

O fornecimento de energia elétrica é feito, essencialmente, a partir de uma rede de


distribuição em corrente alternada, devido, principalmente, à facilidade de adaptação
do nível de tensão por meio de transformadores. Em muitas aplicações, no entanto, a
carga alimentada exige uma tensão contínua. A conversão AC/DC é realizada por
conversores chamados retificadores. Os retificadores podem ser classificados segundo
a sua capacidade de ajustar o valor da tensão de saída (controlados x não controlados);
de acordo com o número de fases da tensão alternada de entrada (monofásico,
trifásico, hexafásico, etc.); em função do tipo de conexão dos elementos retificadores
(meia ponte x ponte completa). Os retificadores não-controlados são aqueles que
utilizam diodos como elementos de retificação, enquanto os controlados utilizam
tiristores ou transistores.

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2.Equipamento utilizado

• 1 Conversor AC/DC (SO 3536-7D)


• 1 Interruptor ON/OFF (SO 3212-1B)
• 1 Fonte de alimentação DC +/- 15 V (SO 3538-8D)
• 1 Unidade set point value (0 - ±10V) (SO 3536-6W)
• 1 Transformador de isolamento trifásico (SE 2666-9U)
• 1 Amplificador de isolamento (LM 6113)
• 1 Carga Ôhmica 3 X 10Ω 5,7A
• 1 Carga Indutiva 50/200 mH (SE 2666-9Q)
• Osciloscópio + Plotter

Aparelhos de medida:

• 2 Wattímetros
• 4 Amperímetros 10 A DC/AC
• 2 Voltímetros 250 V DC/AC
• 2 Voltímetros 10 V DC
• 1 Pinça amperimétrica AC/DC

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3.Procedimento experimental

3.1.Início do procedimento:

1. Ligue o equipamento de acordo com os esquemas da figura em anexo. Iniba os


impulsos a aplicar nas gates de todos os tirístores. Para o efeito, ligue entre si
os terminais EXT e INH do conversor AC/DC (SO 3536-7D). Respeite os terminais
de ligação dos aparelhos de medida e a sequência de fases. Ajuste o reóstato
para o seu valor máximo.
2. Ligue a fonte de alimentação DC do circuito de comando do conversor (±15 V
DC). O circuito de potência mantém-se sem alimentação.
3. Verifique o funcionamento da unidade de controlo do conversor. Para tal, varie
a tensão da entrada W (unidade Set Point Value) e observe a adaptação do
controlador, que se traduz na activação/inactivação do LED indicativo da
direção da corrente inversa.
4. Ajuste a tensão VW para um valor próximo de zero, de forma que o LED
indicador de adopção de sinal e o LED indicador de OVERRIDING presentes no
controlador de corrente se apaguem. Inicialize os impulsos nas gates,
desligando a ligação entre os terminais EXT e INH.
5. Ligue o transformador de isolamento trifásico.
6. Altere gradualmente a tensão de entrada (VW) e verifique a controlabilidade da
corrente de saída Id

3.2.Análise das propriedades estáticas dum ciclo completo do sistema de


controlo de corrente

Cada característica deve ter 3 valores diferentes da tensão de controlo V W (1V,


3V, 5V). Para cada valor de VW, registe Vy, o ângulo de disparo (α)∗, o ângulo de
extinção (β), os valores médios e RMS das tensões (VRc, VC) e das correntes (IR, ICAV, IC).
Registe também os valores da potência ativa entregue pela fonte e da potência ativa
fornecida à carga.
O procedimento deve ser efetuado utilizando as seguintes cargas:
• RC=10Ω, LC=50mH
• RC=5Ω, LC=50mH
• RC=10Ω, LC=200mH
• RC=5Ω, LC=200mH

3.3.Fim do procedimento experimental

1. Ajuste a amplitude do sinal de entrada para o valor zero.

4
2. Iniba os impulsos nas gates de todos os tirístores (ligue entre si os terminais
EXT e INH).
3. Desligue a tensão de alimentação do circuito de comando.
4. Desligue o transformador de alimentação.

3.4.Trabalho de simulação

Utilizando o modelo SIMULINK providenciado, repita, em simulação, o


procedimento anterior, realizado em contexto laboratorial. Com os dados obtidos,
complete as tabelas de resultados. Verifique a concordância entre dados
experimentais e de simulação.
Notar que o valor máximo do ângulo de disparo é α= 120º. Logo, a valores de
β>120º estão associados períodos de tensão negativa na carga.

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4.Tabelas de resultados

4.1. Procedimento laboratorial:

4.1.1 Para LC = 50 mH

Tensão de controlo
(Vw) Rc=10Ω Rc=5Ω
1 3.12 3.04
VY (V) 3 3.67 3.4
5 4.13 3.7
1 70 70
VC (V) 3 90 84
5 112 98
1 16 8
VRc (V) 3 42 23
5 65 36
1 1.3 1.3
IR (A) 3 3.5 3.5
5 5.4 5.4
1 1.1 1.3
IcAV (A) 3 3.5 3.6
5 5.65 5.8
1 1.35 1.51
Ic (A) 3 3.8 4
5 6.1 6.3
1 20 20
PIN (W) 3 70 50
5 200 50
1 30 20
PC (W) 3 200 100
5 450 250
1 5.8 5
tα (ms) 3 5 5
5 4.4 5
1 9.42 8.5
tβ (ms) 3 8.46 8.4
5 7.6 8.4

6
4.1.2. Para LC = 200 mH

Tensão de controlo
(Vw) Rc=10Ω Rc=5Ω
1 3.35 3.38
VY (V) 3 3.88 3.63
5 4.29 3.85
1 90 90
VC (V) 3 112 110
5 125 115
1 14 9
VRc (V) 3 41 25
5 70 40
1 1.2 1.2
IR (A) 3 3.25 3.3
5 5.4 5.6
1 1.1 0.4
IcAV (A) 3 3.2 3.3
5 6 5.65
1 1 1
Ic (A) 3 3.4 3.4
5 5.8 5.9
1 2 2
PIN (W) 3 20 10
5 120 50
1 20 10
PC (W) 3 160 90
5 450 250
1 5.0 6
tα (ms) 3 5.2 5.6
5 4.8 5.2
1 9.14 9.28
tβ (ms) 3 8.4 8.76
5 7.74 8.18

7
4.2.Procedimento por simulação

4.2.1 Para LC = 50 mH

Tensão de controlo
(Vw) Rc=10Ω Rc=5Ω
1 0,538 0,5215
VY (V) 3 0,6069 0,5559
5 0,6805 0,5897
1 41,34 39,97
VC (V) 3 54,68 43,78
5 74,68 50,48
1 12,95 6,523
VRc (V) 3 39,88 19,99
5 66,74 33,2
1 1,075 1,074
IR (A) 3 3,254 3,253
5 5,439 5,426
1 1,286 1,287
IcAV (A) 3 3,984 3,982
5 6,663 6,661
1 1,329 1,331
Ic (A) 3 3,997 3,996
5 6,669 6,669
1 -60,54 -68,7
PIN (W) 3 -92,65 -171,9
5 40,29 -203,5
1 17,67 8,857
PC (W) 3 159,8 79,84
5 444,8 222,4
1 2,28 2,28
tα (ms) 3 2,286 2,28
5 2,285 2,282
1 2,298 2,298
tβ (ms) 3 2,302 2,298
5 2,305 2,302

8
4.2.2. Para LC = 200 mH

Tensão de controlo
(Vw) Rc=10Ω Rc=5Ω
1 3.35 3.38
VY (V) 3 3.88 3.63
5 4.29 3.85
1 90 90
VC (V) 3 112 110
5 125 115
1 14 9
VRc (V) 3 41 25
5 70 40
1 1.2 1.2
IR (A) 3 3.25 3.3
5 5.4 5.6
1 1.1 0.4
IcAV (A) 3 3.2 3.3
5 6 5.65
1 1 1
Ic (A) 3 3.4 3.4
5 5.8 5.9
1 2 2
PIN (W) 3 20 10
5 120 50
1 20 10
PC (W) 3 160 90
5 450 250
1 5.8 6
tα (ms) 3 5.2 5.6
5 4.8 5.2
1 9.14 9.28
tβ (ms) 3 8.4 8.76
5 7.74 8.18

9
5. Resultados experimentais

Considerando R = const. e L = const., obteve-se as seguintes características, utilizando


os resultados obtidos através do procedimento experimental:

▪ 𝛼 = 𝑓(𝑉𝑊 )

𝑃𝐼𝑁
▪ 𝐹. 𝑃.𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 = 𝑉 = 𝑓(𝛼)
𝐼𝑁𝑅𝑀𝑆 ∗𝐼𝐼𝑁𝑅𝑀𝑆

𝑃𝐶
▪ 𝐹. 𝑃.𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 = 𝑉 = 𝑓(𝛼)
𝐶𝑅𝑀𝑆 ∗𝐼𝐶𝑅𝑀𝑆

▪ 𝑉𝑅𝑐 = 𝑓(𝛼)

▪ 𝑉𝐶𝑅𝑀𝑆 = 𝑓(𝛼)

▪ 𝐼𝑅𝑐 = 𝑓(𝛼)

𝐼𝐶𝐴𝑉
▪ = 𝑓(𝛼)
𝐼𝑅𝑐

𝐼𝑅𝑅𝑀𝑆
▪ = 𝑓(𝛼)
𝐼𝐶𝑅𝑀𝑆

𝜋
𝛽− 𝐼𝑅𝑐
▪ 3
= 𝑓(𝛼) e = 𝑓(𝛼) ,(apresentadas no mesmo gráfico)
𝛼 𝐼𝐶𝑅𝑀𝑆

Comparando as variáveis presentes nas equações com as variáveis retiradas do


procedimento laboratorial, foram estabelecidas as seguintes igualdades:
(360∗𝑡𝛼 )
𝛼= , onde f=50Hz
1/𝑓

(360 ∗ 𝑡𝛽 )
𝛽=
1/𝑓
𝑉𝐼𝑁𝑅𝑀𝑆 = 95 [𝑉]

𝐼𝐼𝑁𝑅𝑀𝑆 = 𝐼𝑅

𝑉𝐶𝑅𝑀𝑆 = 𝑉𝐶

𝐼𝐶𝑅𝑀𝑆 = 𝐼𝐶

10
𝑉𝑅𝑐
𝐼𝑅𝑐 =
𝑅𝑐
𝐼𝑅𝑅𝑀𝑆 = 𝐼𝑅

5.1. Para L=50mH e Rc=10Ω

𝜶 = 𝒇(𝑽𝑾 ) :

𝑷𝑰𝑵
𝑭. 𝑷.𝒇𝒐𝒏𝒕𝒆 = 𝑽 = 𝒇(𝜶) :
𝑰𝑵𝑹𝑴𝑺 ∗𝑰𝑰𝑵𝑹𝑴𝑺

11
𝑷𝑪
𝑭. 𝑷.𝒄𝒂𝒓𝒈𝒂 = 𝑽 = 𝒇(𝜶) :
𝑪𝑹𝑴𝑺 ∗𝑰𝑪𝑹𝑴𝑺

𝑽𝑹𝒄 = 𝒇(𝜶) ∶

𝑽𝑪𝑹𝑴𝑺 = 𝒇(𝜶) :

12
𝑰𝑹𝒄 = 𝒇(𝜶) :

𝑰𝑪𝑨𝑽
= 𝒇(𝜶) :
𝑰𝑹𝒄

𝑰𝑹𝑹𝑴𝑺
= 𝒇(𝜶) :
𝑰𝑪𝑹𝑴𝑺

13
𝝅
𝜷− 𝑰𝑹𝒄
𝟑
= 𝒇(𝜶) e = 𝒇(𝜶) :
𝜶 𝑰𝑪𝑹𝑴𝑺

5.2. Para L=50mH e Rc=5Ω

𝜶 = 𝒇(𝑽𝑾 ) :

14
𝑷𝑰𝑵
𝑭. 𝑷.𝒇𝒐𝒏𝒕𝒆 = 𝑽 = 𝒇(𝜶) :
𝑰𝑵𝑹𝑴𝑺 ∗𝑰𝑰𝑵𝑹𝑴𝑺

𝑷𝑪
𝑭. 𝑷.𝒄𝒂𝒓𝒈𝒂 = 𝑽 = 𝒇(𝜶) :
𝑪𝑹𝑴𝑺 ∗𝑰𝑪𝑹𝑴𝑺

15
𝑽𝑹𝒄 = 𝒇(𝜶) ∶

𝑽𝑪𝑹𝑴𝑺 = 𝒇(𝜶) :

𝑰𝑹𝒄 = 𝒇(𝜶) :

16
𝑰𝑪𝑨𝑽
= 𝒇(𝜶) :
𝑰𝑹𝒄

𝑰𝑹𝑹𝑴𝑺
= 𝒇(𝜶) :
𝑰𝑪𝑹𝑴𝑺

17
𝝅
𝜷− 𝑰𝑹𝒄
𝟑
= 𝒇(𝜶) e = 𝒇(𝜶) :
𝜶 𝑰𝑪𝑹𝑴𝑺

5.3. Para L=200mH e Rc=10Ω

𝜶 = 𝒇(𝑽𝑾 ) :

18
𝑷𝑰𝑵
𝑭. 𝑷.𝒇𝒐𝒏𝒕𝒆 = 𝑽 = 𝒇(𝜶) :
𝑰𝑵𝑹𝑴𝑺 ∗𝑰𝑰𝑵𝑹𝑴𝑺

𝑷𝑪
𝑭. 𝑷.𝒄𝒂𝒓𝒈𝒂 = 𝑽 = 𝒇(𝜶) :
𝑪𝑹𝑴𝑺 ∗𝑰𝑪𝑹𝑴𝑺

𝑽𝑹𝒄 = 𝒇(𝜶) ∶

19
𝑽𝑪𝑹𝑴𝑺 = 𝒇(𝜶) :

𝑰𝑹𝒄 = 𝒇(𝜶) :

𝑰𝑪𝑨𝑽
= 𝒇(𝜶) :
𝑰𝑹𝒄

20
𝑰𝑹𝑹𝑴𝑺
= 𝒇(𝜶) :
𝑰𝑪𝑹𝑴𝑺

𝝅
𝜷− 𝑰𝑹𝒄
𝟑
= 𝒇(𝜶) e = 𝒇(𝜶) :
𝜶 𝑰𝑪𝑹𝑴𝑺

21
5.4. Para L=200mH e Rc=5Ω

𝜶 = 𝒇(𝑽𝑾 ) :

𝑷𝑰𝑵
𝑭. 𝑷.𝒇𝒐𝒏𝒕𝒆 = 𝑽 = 𝒇(𝜶) :
𝑰𝑵𝑹𝑴𝑺 ∗𝑰𝑰𝑵𝑹𝑴𝑺

22
𝑷𝑪
𝑭. 𝑷.𝒄𝒂𝒓𝒈𝒂 = 𝑽 = 𝒇(𝜶) :
𝑪𝑹𝑴𝑺 ∗𝑰𝑪𝑹𝑴𝑺

𝑽𝑹𝒄 = 𝒇(𝜶) ∶

𝑽𝑪𝑹𝑴𝑺 = 𝒇(𝜶) :

23
𝑰𝑹𝒄 = 𝒇(𝜶) :

𝑰𝑪𝑨𝑽
= 𝒇(𝜶) :
𝑰𝑹𝒄

24
𝑰𝑹𝑹𝑴𝑺
= 𝒇(𝜶) :
𝑰𝑪𝑹𝑴𝑺

𝝅
𝜷− 𝑰𝑹𝒄
𝟑
= 𝒇(𝜶) e = 𝒇(𝜶) :
𝜶 𝑰𝑪𝑹𝑴𝑺

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6.Conclusões e críticas ao trabalho

Os circuitos retificadores controlados constituem a principal aplicação dos tiristores


em conversores estáticos. Possuem vasta aplicação industrial, no acionamento de
motores de corrente contínua, em estações retificadoras para alimentação de redes de
transmissão DC, no acionamento de locomotivas, etc.
Assim, a possibilidade de visualizar o seu funcionamento em laboratório e em contexto
de simulação, permitiu-nos adquirir um maior entendimento sobre o tema mesmo
após o seu estudo proveniente das aulas teóricas.
A utilização do software Simulink para o desenvolvimento da simulação, deu-nos a
conhecer um novo conjunto de ferramentas que poderão ser utilizadas para projetos
futuros.

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