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Máquinas Elétricas II

Alternador síncrono trifásico sobre rede isolada (1º e 2ºobjetivos)


Semestre de inverno 2021/2022

Turno 4, Grupo 3
A45981 Carlos Malenha
A45993 António Ferreira
A45961 João Barrocas
Índice
Introdução Teórica ........................................................................................................................ 3
Objetivos: ...................................................................................................................................... 4
Material Utilizado:......................................................................................................................... 4
Chapas de características .............................................................................................................. 4
Esquemas de ligações: .................................................................................................................. 5
Medição da resistência ............................................................................................................. 5
Objetivo 1 .................................................................................................................................. 5
Objetivo 2 .................................................................................................................................. 6
Procedimento: ............................................................................................................................... 7
Medição óhmica dos enrolamentos da máquina:..................................................................... 7
Objetivo 1(Ensaio em vazio): ..................................................................................................... 7
Objetivo 1 (Ensaio em curto-circuito): ...................................................................................... 7
Objetivo 1(Ensaio de escorregamento): ................................................................................... 7
Objetivo 2(Ensaio de carga): ..................................................................................................... 7
Resultados experimentais: ............................................................................................................ 8
Medição óhmica dos enrolamentos da máquina:..................................................................... 8
Objetivo 1 .................................................................................................................................. 8
Ensaio em vazio ......................................................................................................................... 8
Ensaio em curto-circuito ........................................................................................................... 9
Ensaio em escorregamento....................................................................................................... 9
Objetivo 2: ............................................................................................................................... 10
Carga resistiva ......................................................................................................................... 10
Carga indutiva ......................................................................................................................... 10
Carga capacitiva ...................................................................................................................... 11
Análise de resultados: ................................................................................................................. 11
Objetivo 1: ............................................................................................................................... 11
Objetivo 2: ............................................................................................................................... 16
Conclusão: ................................................................................................................................... 20
Introdução Teórica

De modo a obter o modelo da máquina síncrona trifásica realizou-se quatro ensaios sobre a rede
elétrica isolada:

• Ensaio em vazio, do qual se obteve a força eletromotriz da máquina, em função da


corrente de excitação da máquina;
• Ensaio em curto-circuito, do qual se obteve a corrente de linha da máquina, em função
da corrente de excitação da máquina;
• Medição óhmica dos enrolamentos da máquina, de modo a obter o valor das
resistências dos enrolamentos.

Com os dados dos ensaios em vazio e do ensaio em curto-circuito obtém-se a impedância


síncrona da máquina. Posteriormente com o valor da resistência dos enrolamentos e a
impedância total obtém-se a reactância síncrona da máquina. Com isto obtém-se o modelo
aproximado da máquina de polos lisos.

• Ensaio de escorregamento, do qual se obtém as imagens de corrente e tensão, a partir


das quais se calcula a reactância síncrona do eixo direto e do eixo em quadratura. A
partir destes resultados conseguimos averiguar o tipo de máquina. Com estes três
ensaios, (vazio, medição óhmica e escorregamento), pode-se retirar o modelo
aproximado da máquina de polos salientes.

No ensaio em carga, pretendeu-se observar a característica da tensão de saída em função da


corrente para diferentes tipos de carga e posteriormente regular a tensão, que consistiu em
variar a excitação da máquina à medida que se aumentava as cargas, mantendo a tensão da
máquina constante.
Objetivos:

• Determinação do modelo da máquina síncrona trifásica em regime permanente


(alternador síncrono de polos lisos e salientes).
• Ensaio e análise do alternador trifásico em carga sobre rede elétrica isolada. Regulação
da tensão e frequência de saída.

Material Utilizado:
• Variador de velocidade;
• Motor DC auxiliar;
• Alternador síncrono trifásico;
• 2 Amperímetros (Iexc, I);
• 1 Voltímetro (U);
• 1 Osciloscópio;
• 1 Ohmímetro.

Chapas de características

Figura 1 – Chapa de características do motor DC auxiliar.

Figura 2 – Chapa de características do alternador síncrono.


Esquemas de ligações:
Medição da resistência

Figura 3 – Esquema de montagem para a realização da medição óhmica dos enrolamentos.

Objetivo 1

Figura 4 – Esquema de montagem da máquina síncrona em vazio (polos lisos e salientes).

Figura 5 – Esquema de montagem da máquina síncrona em curto-circuito (polos lisos).

Figura 6 – Esquema de montagem do ensaio em escorregamento (polos salientes).


Objetivo 2

Figura 7 – Esquema de montagem do ensaio em carga (indutiva).

Figura 8 – Esquema de montagem do ensaio em carga (capacitiva).

Figura 9 – Esquema de montagem do ensaio em carga (resistiva).


Procedimento:
Medição óhmica dos enrolamentos da máquina:
1. Ligou-se o multímetro na função de ohmímetro entre duas fases e retirou-se o valor.

Objetivo 1(Ensaio em vazio):


1. Ligou-se o esquema de montagem da figura 4;
2. Colocou-se o motor a rodar a 1500 rpm (50 Hz);
3. Elevou-se a corrente de excitação até se obter o valor nominal da corrente de excitação
e de tensão (entre fases) à do alternador;
4. Baixou-se gradualmente a corrente de excitação até 0 A, enquanto se retirou os valores
de corrente de excitação e de tensão (entre fases) à saída do alternador.

Objetivo 1 (Ensaio em curto-circuito):


1. Ligou-se o esquema de montagem da figura 5;
2. Colocou-se o motor a rodar a 1500 rpm (50 Hz);
3. Elevou-se gradualmente a corrente de excitação enquanto se retirou os valores de
corrente no estator ou corrente de curto-circuito (entre fases) à saída do alternador até
se atingir o valor nominal de corrente no gerador.

Objetivo 1(Ensaio de escorregamento):


1. Ligou-se o esquema de montagem da figura 6, com a tensão no CH1 e a corrente no
CH2;
2. Colocou-se a máquina a aproximadamente a 1500 rpm, não chegando ao valor referido
(foi utilizado 1480 rpm);
3. Sem excitar a máquina elevou-se a tensão do autotransformador até se observar no
osciloscópio as formas de onda da tensão e da corrente.

Objetivo 2(Ensaio de carga):


1. Ligou-se o esquema da figura 7, 8 e 9, com a máquina a 50Hz e 380 V (entre fases) e
ligou-se as cargas, respetivamente com os esquemas das figuras;
2. Mantendo a velocidade e corrente de excitação constantes, variou-se as cargas e fez-se
o registo dos valores de tensão, corrente de linha e potências;
3. Repetiu-se o ensaio, mas sem manter a corrente de excitação constante.
Nota: Na carga capacitiva realizou-se o ensaio com o máximo de cargas e uma tensão de 380V
e foram-se retirando as cargas.
Resultados experimentais:
Medição óhmica dos enrolamentos da máquina:

Resistências nos enrolamentos do gerador


Restator/fase 6,7/2=3,35 Ω/fase
Rrotor 3Ω
Tabela 1 – Valores registados na medição óhmica.

Objetivo 1
Ensaio em vazio
Ensaio da máquina síncrona como alternador em vazio
Velocidade Tensão do alternador Corrente de excitação
n [Rpm] E0 [V] Iexc [A]
500 30
500 28
500 26
480 24
480 22
470 20
460 18
450 16
1500 440 14
430 12
410 10
370 8
310 6
210 4
100 2
12 0
Tabela 2 – Valores registados no ensaio em vazio.
Ensaio em curto-circuito
Ensaio da máquina síncrona como alternador em
curto-circuito
Corrente de excitação Corrente no estator
Iexc [A] Ie [A] = Icc [A]
0 0,00
1 0,42
2 0,88
3 1,33
4 1,80
5 2,20
6 2,68
7 3,10
8 3,53
9 3,99
10 4,43
11 4,86
12 5,33
13 5,74
14 6,27
Tabela 3 – Valores registados no ensaio em curto-circuito.

Ensaio em escorregamento

Figura 10 – Resultados no osciloscópio no ensaio de escorregamento

Configurações do osciloscópio no ensaio de


escorregamento
CH1 35 V/div
CH2 2 A/div
n 1480 Rpm
Tabela 4 – Configurações do ensaio em escorregamento.
Objetivo 2:
Carga resistiva
Velocidade Escalão de carga Tensão do Corrente de Corrente
Alternador excitação
n [Rpm] # U[V] Iexc [A] I [A]
0 382,2 0
1 350,5 1,59
2 296,2 2,77
1500 3 237,5 8,5 3,33
4 192,5 3,61
5 160,2 3,7
Tabela 5 – Valores registados no ensaio em carga (resistiva).

Velocidade Escalão de carga Tensão do Corrente de Corrente


Alternador excitação
n [Rpm] # U[V] Iexc [A] I [A]
0 8,5 0
1500 1 380 10 1,75
2 12,5 3,54
Tabela 5.1 – Valores registados no ensaio em carga (resistiva).

Carga indutiva

Velocidade Escalão de carga Tensão do Corrente de Corrente


Alternador excitação
n [Rpm] # U[V] Iexc [A] I [A]
0 380,4 0
1 342,1 0,98
1500 2 263,4 8,75 2,06
3 151,7 3,06
4 3,42 3,9
Tabela 6 – Valores registados no ensaio em carga (indutiva).

Velocidade ''Escalão de carga'' Tensão do Corrente de Corrente


Alternador excitação
n [Rpm] # U[V] Iexc [A] I [A]
0 8,5 0
1 10,5 0,97
2 12,5 2,01
1500 3 380 14,5 3
4 16,5 3,96
5 18,75 4,94
6 21 5,99
Tabela 6.1 – Valores registados no ensaio em carga (indutiva).
Carga capacitiva

Velocidade Escalão de carga Tensão do Corrente de Corrente


Alternador excitação
n [Rpm] # U[V] Iexc [A] I [A]
3 380 1 3,32
1500 2 183,4 0,75 1,02
1 75,7 0,75 0
Tabela 7 – Valores registados no ensaio em carga (capacitiva).

Velocidade Escalão de carga Tensão do Corrente de Corrente


Alternador excitação
n [Rpm] # U[V] Iexc [A] I [A]
3 1 3,31
2 3,5 2,23
1500 1 380 5,75 1,18
0 8,25 0
Tabela 7.1 – Valores registados no ensaio em carga (capacitiva).

Análise de resultados:
Objetivo 1:
Este objetivo foi feito num alternador de polos salientes, no entanto o que se queria determinar
era o modelo da máquina síncrona trifásica em regime permanente (alternador síncrono de
polos lisos e salientes), então para se conseguir chegar a esse modelo foram feitos 3 ensaios, de
vazio, curto-circuito e de escorregamento.

Para determinar o modelo em polos lisos são necessários os ensaios de vazio e de curto-circuito
enquanto para o modelo em polos salientes são os ensaios de vazio e de escorregamento.

Ensaio em vazio

O ensaio em vazio ou ensaio sem carga, em que E0 = f(Iexc) e n = contante, é realizado conduzindo
o gerador à sua velocidade nominal enquanto o enrolamento da armadura é deixado em aberto.

Faz-se variar a corrente de excitação (Iexc) entre valores adequados e são retirados os valores
correspondentes da f.e.m. de vazio (E0) entre duas fases para o alternador ligado em estrela. A
corrente de campo pode ser aumentada até que a f.e.m. de vazio seja o dobro da tensão
nominal.
Característica do Vazio
600

500

400
E0 (V)
300

200

100

0
0 5 10 15 20 25 30 35
Iexc (A)

Gráfico 1 – Característica do Vazio

Quando se traça a força eletromotriz de vazio em função da corrente de excitação denomina-se


característica de saturação de circuito aberto ou curva de magnetização, E0 = f(Iexc). Esta curva
segue uma relação linear desde que o circuito magnético do alternador não entre em saturação.

Ensaio em curto-circuito

Este ensaio é realizado para retirar a impedância síncrona de um alternador síncrono de polos
lisos, neste caso como a bancada utilizada não tem alternador desse tipo foi necessário retirar
os resultados de um alternador de polos salientes, mas os cálculos e todas as considerações
foram assumidas como se de um alternador de polos lisos se tratasse.

O ensaio em curto-circuito, em que Icc = f(Iexc) e n = constante, fornece informação sobre as


capacidades de corrente de um alternador síncrono. Este ensaio é realizado colocando o gerador
à velocidade nominal quando os terminais do enrolamento da armadura estão em curto-
circuito. Um amperímetro é colocado em série entre duas fases do circuito, a corrente de
excitação (Iexc) aumenta gradualmente e o valor correspondente de corrente de curto-circuito
(Icc) é anotado. A corrente de armadura máxima (curto-circuito) não deve exceder a corrente
nominal do gerador.

A característica de curto-circuito é denominada assim quando se relaciona a corrente de


armadura ou de curto-circuito com a corrente de campo ou de excitação. Por conveniência a
característica de saturação de circuito aberto e a característica de curto-circuito são inseridas
no mesmo gráfico como está representado no gráfico 2.

Como a tensão dos terminais sob condição de curto-circuito são zero, então a tensão por fase
gerada deve ser igual à queda de tensão através da impedância síncrona. Sabendo que a fórmula
pela qual é calculada a impedância síncrona da máquina é:
̅̅̅
𝐸0
̅̅̅
𝑍𝑆 =
̅̅̅̅
𝐼𝐶𝐶
Assim existem duas situações que temos de resolver:

1. Não termos a força eletromotriz relacionada com a corrente de curto-circuito em


nenhum dos ensaios;
2. O alternador estar em estrela e nós estamos a medir a força eletromotriz composta, ou
seja, entre duas fases.

Para resolvermos a segunda situação basta reescrever a fórmula para:


̅̅̅
𝐸0
̅̅̅
𝑍𝑆 = √3
̅̅̅̅
𝐼𝐶𝐶

Para resolvermos a primeira situação fizemos uma regressão linear no Excel com base nos dados
registados, ou seja, o valor da corrente de curto-circuito teria em função do valor da corrente
de excitação) e calculou-se para cada valor da corrente de excitação do ensaio em vazio o
correspondente valor que a corrente de curto-circuito assumiria.

E0=f(Iexc); Icc=f(Iexc)
500 7

Corrente de curto-circuito (A)


450
Força eletromotriz (V)

6
400
350 5
300 4
250
200 y = 0,4446x - 0,0085 3
150 2
100
1
50
0 0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30
Corrente de excitação (A)

E0 (V) Icc (A) Linear (Icc (A))

Gráfico 2 – gráfico da força eletromotriz, corrente de curto-circuito e regressão linear da corrente de


curto-circuito em função da corrente de excitação

Como podemos verificar, a força eletromotriz tem uma evolução regular (aumenta 50 V por cada
Ampère que a corrente de excitação aumenta) até a corrente de excitação atingir os 10 A, sendo
que a partir daí, entramos na zona de saturação do alternador, sendo que aí a variação da força
eletromotriz não é constante. Existe um aumento da força eletromotriz à medida que a corrente
de excitação aumenta, mas não há uma relação tão clara como existia até aos 10 A. Também
podemos observar que a variação da corrente de curto-circuito em relação à corrente de
excitação tem um aspeto muito linear, no sentido em que se parece muito com uma reta do tipo
mx + b = y, sendo que ao traçar a regressão linear, a reta correspondente aos valores registados
coincide praticamente com a regressão traçada.
Através da expressão que está no gráfico (0,4446 * Iex - 0,0085 = Icc) chegámos a estes valores:
Corrente de excitação Corrente no estator
Iexc [A] Ie [A] = Icc [A]
16 7,11
18 7,99
20 8,88
22 9,77
24 10,66
26 11,55
28 12,44
30 13,33
Tabela 10 – extrapolação entre a corrente de excitação e a corrente de curto-circuito

Calcularam-se os valores correspondentes da impedância síncrona através da fórmula:


̅̅̅̅
̅̅̅
𝐸0
3
𝑍𝑆 = √
̅̅̅
̅̅̅̅
𝐼𝐶𝐶
A partir desses valores, traçou-se o gráfico da impedância síncrona em função do valor da
corrente de excitação.

Impedância síncrona
70.00

60.00

50.00
Zs [Ω]

40.00

30.00

20.00
0 5 10 15 20 25 30
Corrente de excitação (A)

Gráfico 3– impedância síncrona do alternador em função da corrente de excitação

De seguida calculou-se a reactância síncrona utilizando a seguinte expressão:

√𝑍𝑆 2 − 𝑅𝑒 2 = 𝑋𝑆
O que originou a seguinte tabela:

Iexc [A] Zs [Ω] Xs [Ω]


2 65,61 62,26
4 67,36 64,01
6 66,78 63,43
8 60,52 57,17
10 53,43 50,08
12 46,58 43,23
14 40,52 37,17
16 36,57 33,22
18 33,22 29,87
20 30,55 27,20
22 28,36 25,01
24 25,99 22,64
26 24,99 21,64
28 23,20 19,85
30 21,66 18,31
Tabela 12 – Cálculo da reactância síncrona do alternador

Ensaio de escorregamento

O objetivo deste ensaio é a determinação das componentes segundo os eixos direto quadratura
da reactância síncrona (Xsd; Xsq).

Para isso é necessário que a frequência do rotor tenha que ser diferente da frequência do estator
e assim calcular a reatância síncrona segundo os eixos diretos e de quadratura. Quanto maior o
escorregamento maior a diferença de relutância entre tensão e corrente.

Esta reactância calcula-se da seguinte forma:


𝑈𝑚𝑎𝑥 𝑒𝑛𝑣. 𝑈𝑚𝑖𝑛 𝑒𝑛𝑣.
𝑋𝑠𝑑 = ; 𝑋𝑠𝑞 =
𝐼𝑚𝑖𝑛 𝑒𝑛𝑣. 𝐼𝑚𝑎𝑥 𝑒𝑛𝑣.

Como tal temos que ter em conta a escala das leituras realizadas:

CH1 35 V/div
CH2 2 A/div

Logo teremos:

Umax = 1,6 (div) * 35 (V/div) = 56 V

Umin = 1,4 (div) * 35 (V/div) = 49 V

Imax = 1,8 (div) * 2 (A/div) = 3,6 A

Imin = 1,2 (div) * 2 (A/div) = 2,4 A


Assim temos reactâncias no valor de:
56 49
𝑋𝑠𝑑 = = 23,33 Ω ; 𝑋𝑠𝑞 = = 13,61 Ω
2,4 3,6

Objetivo 2:
No primeiro objetivo descobrimos os vários parâmetros da máquina, com eles foi possível neste
objetivo obter-se a característica externa teórica com carga resistiva, indutiva e capacitiva.

• Carga Indutiva pura (ϕ=-90°)

Figura 11 – Diagrama vetorial com carga indutiva

Analisando os eixos (X e Y):


̅̅̅ ̅ + (𝑅𝑎 + 𝑗𝑋𝑆 )𝐼̅𝑛
𝐸0 = 𝑈

Analisando o eixo dos X:

𝐸0 𝑐𝑜𝑠𝛼 = 𝑈 + 𝑅𝑎 𝐼𝑛 𝑐𝑜𝑠𝛷 + 𝑋𝑠 𝐼𝑛 𝑠𝑒𝑛𝛷

Analisando o eixo dos Y:

𝐸0 𝑠𝑒𝑛𝛼 = 𝑋𝑠 𝐼𝑛 𝑐𝑜𝑠𝛷 − 𝑅𝑎 𝐼𝑛 𝑠𝑒𝑛𝛷


• Carga resistiva pura (ϕ=0°)

Figura 12 – Diagrama vetorial com carga resistiva

Analisando os eixos (X e Y):


̅̅̅ ̅ + (𝑅𝑎 + 𝑗𝑋𝑆 )𝐼̅𝑛
𝐸0 = 𝑈

Analisando o eixo dos X:

𝐸0 𝑐𝑜𝑠𝛼 = 𝑈 + 𝑅𝑎 𝐼𝑛

Analisando o eixo dos Y:

𝐸0 𝑠𝑒𝑛𝛼 = 𝑋𝑠 𝐼𝑛

• Carga capacitiva pura (ϕ=90°)

Figura 13 – Diagrama vetorial com carga capacitiva

Analisando os eixos (X e Y):


̅̅̅ ̅ + (𝑅𝑎 + 𝑗𝑋𝑆 )𝐼̅𝑛
𝐸0 = 𝑈

Analisando o eixo dos X:

𝐸0 𝑐𝑜𝑠𝛼 = 𝑈 + 𝑅𝑎 𝐼𝑛 𝑐𝑜𝑠𝛷 − 𝑋𝑠 𝐼𝑛 𝑠𝑒𝑛𝛷

Analisando o eixo dos Y:

𝐸0 𝑠𝑒𝑛𝛼 = 𝑅𝑎 𝐼𝑛 𝑠𝑒𝑛𝛷 + 𝑋𝑠 𝐼𝑛 𝑐𝑜𝑠𝛷


Ensaio em carga

Para ser mais fácil a avaliação e comparação dos dados analisados, juntou-se tudo no mesmo
gráfico os três tipos diferentes de cargas, com as suas características externas.

Característica Externa

450
400
Tensão Composta (V)

350
300
250
200
150
100
50
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5
Corrente (A)

Carga Resistiva Carga Indutivo Carga Capacitiva

Gráfico 4 – Características externas dos vários ensaios em carga.

Tendo em conta o gráfico apresentado, consegue-se perceber que a carga capacitiva é a única
que aumenta o seu nível de tensão à medida que a corrente da armadura aumenta. Comparando
as outras duas cargas, verifica-se que a carga indutiva diminui a sua tensão mais abruptamente
comparativamente à carga resistiva.
A carga capacitiva teve um aumento da tensão em função da corrente da armadura bastante
próximo do linear, enquanto o decréscimo ocorrido da tensão na carga indutiva foi muito mais
irregular e mesmo aumentando a carga, os valores de tensão sofriam variações abruptas
relativamente à variação da corrente. Por último, a carga resistiva sofreu uma maior variação de
tensão em relação à corrente, sendo uma variação aproximadamente constante, mas depois da
corrente de armadura ter passado os valores de 3 A, a variação de tensão aumentou
consideravelmente em relação aos que se registaram antes.
Quantitativamente podemos observar que para cada tipo de carga, o valor da tensão para uma
corrente de excitação entre os 3A e 3,5A caiu cerca de 37% na carga resistiva, caiu 60%na carga
indutiva e aumentou 501% face às tensões de partida.
Ensaio de regulação

No ensaio de regulação manteve-se a tensão constante. Sendo que o que se analisa é a variação
da corrente de excitação em relação à corrente da armadura. Foi realizado este ensaio para os
três tipos de cargas existentes.

Característica de Regulação
25
Corrente de excitação (A)

20

15

10

0
0 1 2 3 4 5 6 7
Corrente da Armadura (A)

Carga resistiva carga indutiva carga capacitiva

Gráfico 5 – Características de regulação dos vários ensaios em carga.

Aqui podemos verificar que fosse ao aumento da corrente na armadura, a corrente de excitação
comporta-se de forma distinta para os diferentes tipos de carga. Na carga indutiva registou-se
um aumento praticamente linear, sendo que a corrente de excitação aumenta praticamente
2 A por cada 1 A que a corrente da armadura aumenta. Na carga resistiva, embora não tenha
sido possível registar mais que 3 pontos da reta devido à falta de velocidade do variador, que
não nos permitiu manter a velocidade constante, o aumento da corrente de excitação não foi
tão acentuado pois a corrente de excitação só atingiu os 12,5 A, quando a corrente de excitação
atingiu um valor perto dos 3,5 A. Já na carga capacitiva, à medida que a corrente na armadura
aumentou verificou-se um decréscimo na corrente de excitação, sendo que esta ficou quase
nula por volta do valor de 3,5 A na corrente da armadura.
Conclusão:
Neste relatório foi analisado o funcionamento do Alternador Síncrono em rede isolada.

Foi realizado um ensaio em vazio e outro ensaio em curto-circuito, de onde se retirou a


característica interna da máquina, bem como o valor da sua Impedância síncrona. Com vista a
obter o modelo da máquina síncrona de polos salientes, foi analisado o escorregamento da
máquina para retirar a impedância direta (𝑋𝑑) e a impedância de quadratura (𝑋𝑞).

Com estes ensaios pode-se elaborar os modelos de alternador síncrono de polos lisos e salientes.
Com o objetivo de validar estes modelos retirou-se a característica externa prática, onde se
concluiu que os resultados obtidos foram de encontro ao previsto teoricamente, tendo-se
validado o modelo.

Por fim fez-se um ensaio em carga com os três tipos de carga, (resistivo, capacitivo e indutivo),
de modo a descobrir-se a característica de regulação da máquina, mantendo o nível de tensão
constante e apenas variando a corrente de carga e a corrente de excitação.

Concluiu-se que com este trabalho experimental foi possível retirar os componentes do
alternador síncrono testado laboratorialmente e entender o seu comportamento quando são
inseridas cargas com diferentes características, tendo sidas utilizadas, neste caso, cargas
capacitivas, resistivas e indutivas.

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