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TL-3
Trabalho de Laboratório n.º 3
Motor de Indução Trifásico
Aspetos de funcionamento e manobra
NOTAS IMPORTANTES:
1. Como preparação para a realização do trabalho laboratorial, cada estudante e Grupo de
Trabalho deve, previamente:
Fazer a leitura cuidada do correspondente Guia.
Obter, nomeadamente através da consulta dos elementos de estudo fornecidos no
âmbito de Máquinas Elétricas e outras unidades curriculares antecedentes, os
conhecimentos teóricos relativos às matérias abordadas (com vista à realização do
trabalho e à resposta às questões da Folha de Ensaio).
Definir os esquemas da montagem necessários e trazê-los desenhados para a aula.
3. Na aula seguinte, cada Grupo de Trabalho deve entregar um relatório simplificado como
dito adiante.
1. INTRODUÇÃO
A robustez e a fiabilidade, associadas ao baixo custo de produção típico da variante
construtiva mais representativa (de rotor em gaiola de esquilo), fazem da máquina de
indução aquela que é mais utilizada de entre todas as máquinas elétricas rotativas.
Apesar de poder ser explorada como gerador, tal como vem acontecendo em muitos
aproveitamentos elétricos de energia renovável, é na produção de força motriz (como
motor) que encontra a utilização mais generalizada. E se, no passado, o motor de indução foi
considerado um motor de velocidade praticamente constante (mas não precisamente
constante!), caraterística que durante muito tempo desaconselhou o seu uso em sistemas
de acionamento eletromecânico com exigência de controlo de velocidade, o advento da
eletrónica de potência rapidamente permitiu ultrapassar tais dificuldades. Hoje, o motor de
indução, na variante monofásica ou na trifásica, está representado em todos os setores de
1. OBJETIVOS DO TRABALHO
O estudo incidirá sobre um motor de indução trifásico de rotor em gaiola de esquilo,
pretendendo-se:
• Registar as caraterísticas constantes na chapa identificadora, observar a caixa de
terminais e identificar o tipo de ligação do enrolamento do estator do motor.
• Promover o arranque do motor nos dois sentidos de rotação e comprovar o
comportamento do motor na ausência de uma fase da alimentação (no arranque e
em movimento).
• Registar oscilogramas da corrente absorvida pelo motor quando se adotam
diferentes estratégias de arranque.
• Regular a velocidade de rotação do motor através de um variador de frequência.
• Medir a resistência entre pares de terminais do motor e determinar o valor
correspondente da resistência por fase do estator, Rs.
• Realizar o ensaio em vazio com tensão variável com vista à determinação dos
valores estipulados das perdas mecânicas e das magnéticas do motor.
• Estimar o valor do binário e da corrente de arranque direto do motor a partir da
medida do binário desenvolvido pelo mesmo em situação de rotor travado, tensão
reduzida e frequência estipulada.
ANEXO
Determinação das perdas mecânicas
Devido aos atritos nos mancais e ao arrastamento do fluido envolvente, qualquer máquina
rotativa apresenta perdas mecânicas, sendo que, nos casos de motores de indução, é possível
determinar o seu valor com recurso a um ensaio em vazio.
Fundamentos:
Em vazio, as perdas de um motor de indução trifásico, p0, possuem três origens principais: Joule,
magnéticas (pmag) e mecânicas (pmec), considerando-se incluídas nestas algumas perdas
suplementares. Adicionalmente, o deslizamento em vazio do motor é muitíssimo baixo e as
correntes rotóricas também. Por isso, as perdas Joule do motor, em vazio, pj.0, podem-se
considerar exclusivamente concentradas no estator, isto é:
pj.0 = pj.s = 3RsIs2
A potência P0 absorvida pelo motor será,
P0 = 3RsIs2 + pmag + pmec
onde Rs e Is representam a resistência e a corrente por fase estatóricas. Ou seja, as perdas
“constante” vêm:
pmag + pmec = P0 – 3RsIs2
Por outro lado, sabe-se que o valor médio por pólo do fluxo magnético máximo no circuito
magnético do motor é aproximadamente proporcional ao quociente Us/f , entre o valor eficaz da
tensão de alimentação e a sua frequência, pois:
Us / f ≅ Es / f = 4,44 Ns ks φM
onde Es é a f.e.m. de autoindução no enrolamento estatórico, com Ns espiras (ambos por fase), e
ks é o fator de enrolamento associado à técnica construtiva desse mesmo enrolamento, tal que
pmec pmec
Us Us2
Figura 1 Figura 2
Ao valor dessa relação para Us = 0, obtido por extrapolação para a origem (linhas a tracejado),
corresponde pois o valor das perdas mecânicas do motor.
Tratamento de resultados:
(iv) Recorrendo à expressão
pmag + pmec = P0 – 3RsIs2
calculam-se as perdas “constantes” correspondentes a cada valor da tensão.
(ii) Representam-se graficamente os pontos obtidos da relação pmag + pmec =f(U) ou (mais
prático), por pmag + pmec =f(U2).
(iii) Mediante uma extrapolação para a origem (U = 0) da parte da curva correspondente aos
pontos registados para os quais U≤ ≤0,5UN, obtém-se o valor das perdas mecânicas à média
das velocidades correspondentes a esses pontos.
(iv) Tomando os valores registados correspondentes a U=UN, determina-se o valor estipulado das
perdas magnéticas do motor.
Assinaturas: ____________________________________________________
Rubica do docente
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1. Chapa de caraterísticas do motor a ensaiar
Placa de terminais
(Indique a ligação dos shunts
aqui)
ηN =
TN =
400 V
Cálculo do binário desenvolvido pelo motor durante o ensaio, incluindo fórmula de cálculo:
TRB = = _____________ (Nm)
Ta = = _____________ (Nm)
Ia = = _____________ (Nm)