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Universidade Federal de Campina Grande

Centro de Engenharia Elétrica e Informática


Unidade Acadêmica de Engenharia Elétrica
Professor: LUIS REYES ROSALES MONTERO

LABORATÔRIO DE MÁQUINAS
GUIA DO EXPERIMENTO

Máquina de indução

Aluno (a):_________________________ TURMA:_____________

Campina grande,_____ de__________________ 201_


Guia de Laboratôrio - Máquina de Indução 2

1. Introdução
A análise preliminar para se entender o funcionamento de uma máquina elétrica trifásica
deve ser começada pela compreensão do campo magnético girante, (produzido pelo fluxo de
correntes no enrolamento polifásico de uma máquina CA Corrente Alternada).
O funcionamento de uma máquina de indução se dá devido à forma como estão distantes os
enrolamentos das fases entre si, 120º elétricos no espaço e, as correntes que alimentam estas bobinas
são equilibradas, isto é, tem a mesma amplitude também estão defasadas em 120º. Para as correntes
temos:

Fixando a origem para o ângulo , medido ao longo da periferia do entreferro, no eixo da


fase a por exemplo, para qualquer instante t, todas as 3 fases contribuem com a fmm (Força
Magnetomotriz) do entreferro em qualquer . Para as fases a,b e c temos:

A Força Magnetomotriz resultante no ponto  é:

Mas as amplitudes de fmm variam com o tempo de acordo com as variações das correntes.
Assim com a origem do tempo arbitrariamente tomada no instante em que a corrente de a é um
máximo positivo, temos:

Como as três correntes são equilibradas, temos


te equação para fmm:

A onda descrita pela equação final acima é uma função senoidal do ângulo espacial . Ela
tem uma amplitude constante e um ângulo de fase espacial que é uma função linear do tempo. O
ângulo t provê a rotação da onda inteira ao redor do entreferro à velocidade angular constante .
Portanto, para um sistema bifásico, podemos concluir que como , teremos que
.
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Abaixo segue o esquema das ligações das bobinas do estator para se obter um estator
trifásico ligado em estrela para dois e quatros pólos.

Fig.1

1. INTRODUÇÃO
Os experimentos a ser realizados sobre a máquina de indução têm como objetivo apresentar a
versatilidade da utilização deste tipo de máquina, bem como a apresentação dos métodos de medição
utilizados para identificar as características e parâmetros da mesma.

2. EXPERIMENTAÇÕES E MODOS DE OPERAÇÃO DA MÁQUINA ASSÍNCRONA

Rotor Bobinado

O motor de anéis possui a mesma característica construtiva do motor de indução


com relação ao estator, porém o seu rotor é bobinado com um enrolamento trifásico
em estrela, acessível através de três anéis onde deslizam escovas estacionárias e
ligadas a caixa de resistores externa.
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Estes motores são largamente utilizados no acionamento de sistemas de elevada


inércia e nos casos em que o conjugado resistente em baixas rotações seja alto
comparado com o conjugado nominal. Por outro lado, com baixa inércia (carga)
este tipo de motor pode apresentar baixa corrente de partida.

Desenho esquemático de um rotor bobinado.

As figuras abaixo mostram um motor com rotor bobinado aberto e a variação das
curvas de conjugado com o aumento da resistência do rotor respectivamente.

Motor de indução trifásico com Rotor Bobinado.

A curva conjugado versus velocidade varia de acordo com a resistência do rotor, esta
resistência pode ser alterada no rotor já que os terminais de suas bobinas são
expostos.
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Curvas do conjugado com variação da resistência do rotor.

Quando a resistência do rotor é aumentada, ocorre consequentemente redução da


corrente de partida do motor, e aumento do torque e do escorregamento, conforme
visto na figura 10. Na prática, a resistência de partida é construída de tal forma que
possa ser excluída progressivamente por meio de um cursor, proporcionando meio ao
motor de produzir torque máximo a velocidades cada vez maiores, até que o torque
máximo possa ser produzido com a velocidade próxima a normal e as resistências
totalmente excluídas. Existe um valor adequado da resistência inserida no rotor que
fornece o torque máximo no instante da partida.

Medição das Perdas Mecânicas do motor de indução com rotor bobinado

A medição de potência e perdas mecânicas, é realiza utilizando o método dos dois


wattímetros que medem a potência de entrada em vazio e a potência de entrada com o rotor aberto.
A diferença entre essas duas medições resulta nas perdas mecânicas do motor.

(a) (b)

Figura - Circuito equivalente por fase do motor de indução (a)em carga (b)em vazio.
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Teste do Campo Girante para Rotor e Estator

É sabido que para girar o rotor de uma máquina elétrica é necessário criar um campo girante
no entreferro, de modo a produzir uma interação magnética entre os núcleos capaz de forçar o
movimento no rotor.
Para comprovar a existência do campo girante na máquina de indução será utilizado um
estator de um motor de indução e o rotor de um motor de indução separadamente, o estator será
alimentado com tensões trifásicas devidamente defasadas de 120° e então será suspenso um rotor de
diâmetro menor no interior da circunferência do estator, resultando no movimento giratório deste
rotor.

Cálculo de Parâmetros da Máquina de Indução com rotor bobinado

A máquina apresenta em seu modelo cinco parâmetros essenciais para sua caracterização,
que são as resistências dos enrolamentos de estator e rotor, as reatâncias de dispersão e a de
magnetização.
Para especificar estes parâmetros são realizados dois ensaios sobre a máquina sincrona: rotor
bloqueado e a rotor aberto. A partir das medições de tensão, corrente, potência total de entrada e
conhecendo-se a frequência das grandezas do circuito, são utilizadas equações que relacionam essas
grandezas com os parâmetros desejados.

Montagem do Transformador com Entreferro a partir do motor de indução com rotor


bobinado

Como o valor das tensões induzidas no rotor no caso de rotor bobinado dependem da relação


de espiras entre o rotor e o estator, o estator pode ser considerado como o primário de um
transformador e o rotor como seu secundário. Desta forma, o motor de indução pode ser considerado
um transformador com entreferro, desde que seja ligado com o rotor aberto.
Esta configuração do motor de indução não é muito utilizada porque a corrente necessária
para a magnetização do circuito é muito alta se comparada com aquela que ocorre em
transformadores sem entreferro.

Montagem do Gerador de Frequência a partir do motor de indução com rotor


bobinado

O motor de indução também pode ser utilizado como um gerador de frequência. Sabendo-se
que as frequências das tensões induzidas no rotor estão de acordo com a relação entre a velocidade
do rotor e a frequência do estator, podendo-se ter frequências de apenas alguns hertz, quando opera
próximo à velocidade síncrona, e a frequência da rede quando na partida.
Com base nessas características do motor de indução, alimentando o estator com tensões de
determinada frequência, pode-se obter tensões com frequência variável nos terminais do rotor,
apenas controlando a velocidade com a qual o rotor gira.
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Montagem do Motor de Indução Invertido a partir do motor de indução com rotor


bobinado

A máquina de indução apresenta a possibilidade de ser acionada pelo rotor para operar como
motor, esta configuração é chamada de Motor Invertido. Para mostrar esta possibilidade, a máquina
foi alimentada pelo rotor bobinada com tensões trifásicas equilibradas, resultando no movimento
giratório do próprio rotor.

Motor de Indução Monofásico

Os motores de indução monofásicos são utilizados em aplicações de potência inferior


aquelas dos motores trifásicos de uma ordem de frações de um cavalo.
Um motor monofásico apresenta a estrutura básica na Fig.1.2a. Nesta forma não há
conjugado motor de partida, pois Fs, campo do estator é um campo pulsante estacionário:

(Fs = Fmax.Cos(wst)cosq). De fato o valor de pico de F s(Fmax.coswst) está sempre


alinhado na direção do eixo da bobina do estator e o valor de pico do campo do rotor, também
pulsante, encontra-se alinhado na mesma direção segundo o eixo da bobina do rotor.

Fig.1.2 - Estruturas Equivalentes básicas de um Motor de Indução monofásico


Entretanto pode-se mostrar (pela decomposição de Fs em dois campos girantes de sentidos
opostos e de valor de pico Fmax/2) que se o motor é posto em marcha por um artifício qualquer, tem
origem um conjugado resultante no sentido do movimento do rotor (o torque proporcionado pelo
campo girante no sentido do movimento supera o torque correspondente ao campo girante de
sentido contrário).
Existem vários métodos para a partida de um motor de indução monofásico; um método
bastante comum baseia-se na utilização de uma bobina auxiliar colocada no estator, em quadratura
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com a bobina monofásica original, por onde deve circular uma corrente adiantada (mais próxima de
90° possível) em relação aquela da primeira bobina. A justificativa deste procedimento encontra-se
no fato de se obter uma estrutura de estator próxima a de uma máquina bifásica (bobinas estatóricas
defasadas no espaço de 90° elétricos, alimentadas por duas correntes equilibradas do tipo:
Imcos(wst) e Imsen(wst) que origina um campo girante do estator). Para a obtenção da corrente
adiantada da bobina auxiliar pode-se utilizar um capacitor em série com esta bobina (Fig. 1.2b).

Motor de Indução Linear Trifásico


Há a possibilidade de utilizar o motor de indução para realizar também o movimento de
translação linear. Nesta aplicação, o estator move-se sobre uma barra de material magnético que
funciona como rotor, como mostrado na figura 2.

Figura - Motor de Indução Linear.


O sentido do movimento é invertido quando se altera a sequência de fase das tensões do
estator.

Motor de Indução Trifásico com Carga

Na maioria das aplicações da máquina de indução trifásica, principalmente em indústrias, é


no modo de operação motora. Portanto, em laboratório foi acionado uma máquina de indução como
motor para alimentar uma carga mecânica (máquina síncrona) até atingir seu valor nominal de
potência.

Motor de Indução com Carga Trifásica e Banco de Capacitores

Uma característica muito importante a ser observada em um motor é seu fator de potência,
pois a concessionária de energia também cobra pela potência reativa que percorre os cabos de
alimentação quando o fator é inferior a 0,92. Dessa forma, se o motor tiver fator de potência abaixo
de 0,92, é necessário corrigi-lo para que esteja acima do valor mínimo, e uma técnica usada para
fazer isso é a inserção de um banco de capacitores.

(a) (b)
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Figura - (a)Banco de Capacitores (b)Correção do fator de potência.

A inserção do banco de capacitores introduz reativos que ao se somar com os reativos


indutivos da máquina, resultam em uma componente de potência reativa menor, aumentando o fator
de potência.

Gerador de Indução Trifásico com Carga

A máquina síncrona também foi experimentada em seu modo de operação como gerador,
para isso é necessário fornecer ao eixo da máquina uma velocidade angular maior que a velocidade
síncrona. A figura 4 mostra a curva de conjugado x escorregamento da máquina de indução.

Figura - Conjugado versus Escorregamento de uma máquina de indução.

Para fornecer o conjugado no eixo do gerador, foi utilizado o motor de corrente contínua
como máquina primária, fazendo-o girar a uma velocidade acima da velocidade síncrona da
máquina síncrona. O fenômeno da geração pôde ser visualizado pela ligação de lâmpadas
incandescentes.

Cálculo de Grandezas Elétricas (P, Q, S, FP, ƞ)

A medição de Potência Ativa, Reativa, Aparente, Fator de Potência e Fator de Serviço é


realizada pelo auxílio de dois wattímetros (Método dos dois wattímetros) e um cossefímetro
(instrumento capaz de detectar a diferença de fase entre tensão e corrente). Com essas medidas, as
grandezas elétricas da máquina são facilmente relacionadas por meio de equações lineares como
segue:
P = W1+W2 Q = W1-W2 S = (P2 + Q2) FP = tan-1(Q/P)
ƞ = Peixo/P
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2. Objetivos

Estudar as características de funcionamento da máquina de indução como gerador e motor.


Levantar os parâmetros da máquina de indução a partir das medidas obtidas experimentalmente dos
ensaios de circuito aberto e curto circuito, estudar a dinâmica de funcionamento e os diferentes tipos
de motores de indução.

3 Equipamentos e Instrumentos Utilizados

o 1 Máquina assíncrona trifásica 4 pólos com rotor bobinado


o 2 varivolt;
o 2 fonte CC;
o 3 multímetros;
o 2 watímetros;
o 1 máquina CC com excitação serie e independente;
o 1 painel de cargas (lâmpadas);
o 1 medidor de rotações;
o fios e cabos.

4. Determinação dos parâmetros da máquina assíncrona funcionando


como Motor
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Figura 2 – Fonte de corrente contínua para medição das resistências dos enrolamentos.

A modo de comparação dos resultados obtenha por 3 métodos a resistência. A partir de


da aplicação de um sinal de tensão ao enrolamento do estator fase-neutro e fase-fase, e fase-fase no
rotor. Coloque os dados referenciados na teabela1. Obtenha os dados de resistência dos
enrolamentos utilizando um multímetro. Compare e comente os resultados obtidos por multímetro e
os obtidas diretamente da lei de Ohm e dos ensaios de circuito aberto e curto circuito.

Tabela 1 - Resistência dos enrolamentos.


Ligação do estator em delta (Estator) (Rotor)
Ligação do rotor estrela VFn (V) IFn (A) Rfn () Vr(V) Ir(A) Rr ()
Medida sobre uma fase 6.41 3 X X X
Medida entre fases 9.43 3.28 3.24 10
Medida diretamente com o multímetro 4.0 X X 1.1

Para determinar os parâmetros por fase do circuito equivalente da máquina assíncrona, faz-se
necessário o ensaio de circuito aberto (motor em vazio) e o ensaio de curto circuito (rotor
bloqueado).

Figura 3 – Diagrama elétrico para ensaio do motor de indução em vazio e de rotor bloqueado.

Realize os ensaio de rotor em vazio e rotor bloqueado e preencha as tabelas 2 e 3


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Tabela 2 – Ensaio em Vazio Método dos wattímetros e multímetros


W1 (w) W 2 (W) I (A) Vnom (V)
27*20 -(17*20) 4.04 220
Tabela 3 – Ensaio com o rotor bloqueado Método dos wattímetros e multímetros
W1 (w) W 2 (W) I cc(nom) (A) V cc(V)
92*5 -(28*5) 8.8 71
Tabela 4 – Ensaio em Vazio com rotor em aberto
W1 (w) W 2 (W) I (A) V (V) Vrotor (V)
25*20 -(21*20) 4.06 220 75,8

Baseado nos ensaios de circuito aberto e de curto-circuito determine os valores dos


parâmetros da máquina de indução, seguindo o exemplo abaixo.

Teste de circuito aberto :


V 379
Vca  camed   Vca  218,82V
3 3
I ca  Icamed  I ca  2,54 A
Wcatotal 380
Pca    Pca  126,67W
3 3
V 218,82
Z ca  ca   Z ca  86,15 
I ca 2,54
Pca 126,67
Rca    Rca  19,63 
 2,54 
2 2
I ca

86,15   19,63
2 2 2 2
X ca  Z ca  Rca   X ca  83,88
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Teste de curto circuito :


Vccmed 381
Vcc    Vcc  219,97 V
3 3
I cc  Iccmed  I cc  2,54 A
Wcctotal 460
Pcc    Pcc  153,33W
3 3
V 219,97
Z cc  cc   Z cc  86,60 
I cc 2,54
Pcc 153,33
Rcc    Rcc  23,77 
 2,54 
2 2
I cc

86,60    23,77 
2 2 2 2
X cc  Z cc  Rcc   X cc  83, 27 

Cálculo dos parâmetros :


Xcc 83, 27
Xs    Xs  41,635 
2 2
Xcc 83, 27
X2 '    X 2 '  41,635 
2 2
R s  R smed  R s  1,96 
R 2 '  R cc  R s  23,77  1,96  R 2 '  21,81
X m  X ca  Xs  83,88  41,635  X m  42, 245 
2
R f Xm
  R ca  R s  R f  X m R f   R ca  R s  X m  0
2 2 2
R ca  R s  2 2
R f  Xm
2  R  22,829 
R f  100,998R f  31534,589  0   f
 R f  78,169 
R f  78,169 

Determine as perdas no ferro e as perdas mecânicas devido ao atrito, ventilação e perdas nas
resistências dos enrolamentos a partir dos ensaios de circuito aberto e o rotor em aberto.
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5. Ensaio da máquina de indução operando como transformador


Para determinar os parâmetros por fase do circuito equivalente da máquina assíncrona de
uma forma mais precisa, faz-se necessário o ensaio de circuito do rotor em aberto (motor
funcionando como transformador retire as ligações entre os terminais X, Y e Z conforme figura 3.1)
para determinar as perdas elétricas e magnéticas e a relação de transformação das bobinas do estator
e rotor.
Compare os resultados das medições de potencia com o ensaio de circuito aberto (motor em vazio)
para determinar perdas mecânicas envolvidas no eixo do motor.

Figura 3.1 – Diagrama elétrico para ensaio do motor de indução com rotor bobinado.

5.1 Ensaio da máquina de indução invertida operando como Gerador de Frequência


variável
Para que a máquina de Indução funcione como transformador elevador ou Gerador de Frequência,
retire as ligações do rotor entre os terminais X,Y e Z conforme figura 3.1 e alimente o motor de
indução pelo rotor, retirado os cabos ligados a os terminais L1, L2 E L3 e ligue nos terminais X,Y e
Z e ajuste a tensão até a tensão nominal do estator. Finalmente acione o rotor do motor de indução
como um motor CC com excitação independente, observe que para fazer um gerador de frequência
de 120 Hz, seria necessário levar o motor cc à velocidade de 1800 rpm para um motor de 4 polos.

6 Ensaio com carga do motor de indução


Neste ensaio com carga é utilizada uma máquina síncrona funcionando como gerador com o
eixo acoplado ao motor de indução e ligue a um conjunto de cargas resistivas (lâmpadas de várias
potências). Esse esquema representa um gerador síncrono onde a força motora para girar o rotor é
proveniente do eixo do motor de indução.
Inicialmente pôs-se o motor de indução a girar a máquina síncrona em vazio (sem alimentar
nenhuma carga) e obtenha as medidas das correntes em uma das fases, obtenha as potências (pelo
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método dos dois wattímetros) e meça a velocidade utilizando um tacômetro digital. Em seguida
adicione seqüencialmente as cargas ao gerador síncrono, mantendo a tensão terminal constante
através do sistema de excitação. Preencha as medições na tabela 6. A partir destas medições calcule
o escorregamento S, a velocidade em rpm, a potência útil, o conjugado, a potência aparente (VA), a
potencia ativa total de entrada, a potência reativa (var), o rendimento, e o fator de potencia.

Varivolt Maquina Maquina Quadro


de Síncrona de
indução (gerador) cargas

Setas vermelhas ligações elétrica


Varivolt Ponte
retificadora Setas pretas ligações mecânicas

Utilizando as seguintes equações preencha a tabela 6:

Wm(rps) = Wm(rpm)/60
We(rad/s) = Wm(rps)*2
S= [(Ws – Wm)/Ws]
Pag = Wtot – 3Rs(Imed)²
Pútil = (1 – S)Pag
Cútil = Pútil/We(rad/s)
F.P = Wtot/(380.Imed)
S = (3)½.380.Imed
Q = [(S)² - (P)²]½

Tabela 6 – Valores experimentais e calculados para o ensaio com carga


Tabela 6 – Ensaio com carga
Imed W1 W2 Wentra Vel. Pag P útil C útil S P Q N
F.P
(A) (W) (W) (W) (rpm) (W) (W) (N.m) (VA) (W) (var) (%)
2,4 -(12*20) 32*20 1780
2,76 2*20 48*20 1759
3,1 8*20 41*20 1743
3,36 15*20 56*20 1734
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4,12 27*20 72*20 1711


5,15 40*20 92*20 1678
6,16 50*20 112*20 1630
*as células não preenchidas serão calculadas de acordo com as equações acima.

Trace as curvas das grandezas do motor de indução com carga da tabela 6 em relação a velocidade.

6.1 Ensaio do motor de indução com carga e com correção do fator de potencia

Neste ensaio aproveite a montagem do ensaio 6, e insira um banco de capacitores para corrigir o
fator de potência do motor de indução.
Observe e comente a variação da corrente do motor de indução com carga com e sem banco de
capacitor.

o Apresente o calculo do valor ótimo da potencia reativa do banco de capacitor do motor


de indução para um fator de potencia de 0.92 utilizando a potencia reativa do motor a
plena carga obtida através do calculo do fator de potencia obtida da tabela anterior.

7 Ensaio do gerador de indução

Neste ensaio é utilizada uma máquina CC funcionando como motor série com o eixo
acoplado ao gerador de indução, assim que a velocidade da máquina Série atinja 20% acima da
velocidade síncrona do Gerador Assíncrono, coloque medidores de tensão e corrente na saída do
gerador e ligue o banco de capacitores previamente carregados aos terminais do Gerador, note que o
gerador deve começar a gerar tensão, ajuste a velocidade do motor CC para que a tensão de saída
seja 220V, logo ligue o gerador a um conjunto de cargas resistivas (lâmpadas de várias potências)
aumentando a velocidade do motor CC a medida que da carga e diminua a medida que retira carga.
Esse esquema representa um gerador assíncrono onde a força motora para girar o rotor é proveniente
do eixo do motor de CC.
Inicialmente pôs-se o gerador de indução um capacitor entre as fases ou um conjunto de 3
capacitores, logo coloque a girar a máquina CC acima da velocidade síncrona e obtenha as medidas
das correntes em uma das fases, obtenha as potências e meça a velocidade utilizando um tacômetro
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digital. Em seguida adicione seqüencialmente as cargas ao gerador assíncrono, mantendo a


velocidade constante através do motor CC.
Comente o experimento.

Setas vermelhas ligações elétrica Maquina Maquina Quadro


CC (turbina de de
Setas pretas ligações mecânicas
eólica) indução cargas

Capacitores
Varivolt Ponte
de
retificadora
excitação

8. Partida do Motor de Indução Monofásico com capacitor de partida


Neste ensaio o motor de indução monofásico será acionado por um varivolt cuja corrente
será monitorada por um amperímetro CA. Verificar que o motor atinja uma velocidade razoável
(valor típico de 75% de Ws), neste momento escute que uma chave centrífuga seja desligada, a qual
desconecta o conjunto bobina auxiliar de partida com capacitor, note que o motor passa a funcionar
com uma só bobina e a corrente do motor baixa seu valor.

9 Motor de Indução Linear

Neste ensaio utiliza-se um motor de indução linear alimentado por um varivolts trifásico,
variando a tensão observe o descolamento horizontal do motor linear montado sobre um cano de
cobre, invertendo as fases observe a inversão do sentido de deslocamento do motor linear.

10 Conclusões
Apresente as suas considerações finais sobre o experimento.

11 – BIBLIOGRAFIA
Guia de Laboratôrio - Máquina de Indução 18

[1] SEN, P. C. Principles of Electric Machines and Power Electronics, John Wiley & Sons, New
York, 1989.

[2] FITZGERALD, A. E. & KINGSLEY Jr, Charles & KUSKO, Alexander, Máquinas Elétricas,
McGraw-Hill do Brasil Ltda.

[3] CHAPMAN, S. J. Electric Machinery Fundamentals, 1ª ed., New York, McGraw-Hill, 1975.

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