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Licenciatura em Engenharia
Electromecânica
Guia Laboratorial
Unidade Curricular:
Acionamentos Eletromecânicos
Edição 2022-2023
Conteúdo:
Implementação de um Sistema de Elevação |
Programação do VEV;
Sistema de Bombagem/Ventilação: Análise da
Regulação de Caudal por VEV;
Enunciados para elaboração de
Projectos/Dimensionamento de Accionamentos
Electromecânicos.
Implementação de Accionamentos Electromecânicos
(arranque directo; inversão de marcha; estrela-
triângulo; arrancador suave e arranque sucessivo de
motores)
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IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE ELEVAÇÃO COM MOTOR
SÍNCRONO DE ÍMANES PERMANENTES | PROGRAMAÇÃO DO VEV
2. OBJECTIVO:
Desenvolver e implementar um programa IPOSplus® no
MOVIDRIVE® que permita controlar todo o ciclo do movimento
solicitado e de acordo com as informações pré-especificadas.
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SISTEMA DE BOMBAGEM/VENTILAÇÃO: ANÁLISE DA
REGULAÇÃO DE CAUDAL POR VEV
1. INTRODUÇÃO: Na indústria da União Europeia, cerca de 90% dos sistemas eléctricos de força
motriz integram motores de indução trifásicos (MIs) com rotor em gaiola de esquilo. A sua
larga utilização deve-se ao seu baixo custo, simplicidade de fabrico, elevada fiabilidade e
rendimento aceitável. Mais recentemente, a alimentação dos MIs com variadores electrónicos
de velocidade (VEVs) permitiu a sua aplicação em accionamentos com necessidade de
controlo de velocidade, de binário e/ou de posição. Actualmente, a competitividade das
empresas industriais está fortemente dependente do seu rendimento energético global. O
controlo da velocidade dos MIs tem-se manifestado muito vantajoso na maioria dos
accionamentos industriais. Ventiladores, bombas, compressores e tapetes rolantes, são
alguns exemplos de aplicações para as quais a variação da velocidade toma uma importância
considerável ao nível técnico e energético. No caso das bombas e ventiladores centrífugos,
em que a potência consumida é sensivelmente proporcional ao cubo da velocidade angular,
os potenciais de poupança energética associados assumem valores bastante significativos.
Nestes casos, a alteração do controlo de caudal por estrangulamento para controlo de caudal
por variação de velocidade pode traduzir-se numa substancial redução do consumo
energético. Para demonstrar essa viabilidade o presente trabalho propõe estudar uma
unidade de tratamento de ar (Fig. 1), com possibilidade de ser alimentado directamente da
rede ou por VEV.
Fig. 1 (Trab. 2)
2. OBJECTIVOS:
Comparar o controlo de caudal através de VEV, variando a frequência de alimentação,
com o controlo por estrangulamento quando alimentado directamente pela rede de
alimentação;
Traçar os gráficos inerentes às relações entre a potência absorvida e caudal debitado em
ambas as situações;
Visualizar as formas de onda da corrente e da potência absorvidas pelo sistema, nas duas
situações de alimentação;
Medir a distorção harmónica total e respectivos harmónicos da corrente e da tensão, em
ambos os casos de alimentação;
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Quantificar reduções de consumo resultantes do controlo de caudais por VEV por
comparação com o método de estrangulamento.
3. EQUIPAMENTO NECESSÁRIO:
Kit Didáctico – Unidade de tratamento de ar (Fig. 1);
Analisador de rede (Tektronics 720P ou Osciloscópio Digital 4 canais, Tektronics TDS
2014) com pinças de tensão e de corrente;
Anemómetro e contador de água.
4. REALIZAÇÃO DO TRABALHO:
Com a torneira de estrangulamento totalmente aberta, inicie a alimentação do sistema de
bombagem ou de ventilação através do VEV, fazendo o registo da corrente absorvida e
respectivas potências e factores de potência, variando a frequência de alimentação entre
os 20 Hz e 60Hz;
Repetir o mesmo ensaio, mas agora com alimentação directa da rede e operando o
estrangulando de caudal à saída de forma manual. Registe as correntes absorvidas e
respectivas potências e factores de potência;
Num mesmo gráfico traçar as curvas potência/caudal;
Para uma frequência de 50 Hz, tanto obtida através de VEV como directamente da rede,
registe as formas de onda da corrente, da tensão e da potência, bem como efectue análise
dos harmónicos presentes na alimentação;
Com base nas curvas traçadas, determinem a diferença do consumo mensal para os dois
tipos de regulação de caudal, considerando um regime de funcionamento de 12 horas por
dia e 22 dias úteis, com um caudal de 1.5 m3/h (sistema de bombagem) e um caudal de
540 para o sistema de ventilação.
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IMPLEMENTAÇÃO DE ACCIONAMENTOS ELECTROMECÂNICOS
(ARRANQUE DIRECTO; INVERSÃO DE MARCHA; ESTRELA-
TRIÂNGULO; ARRANCADOR SUAVE E ARRANQUE SUCESSIVO DE
MOTORES)
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ARRANQUE DIRECTO DE UM MOTOR ASSÍNCRONO TRIFÁSICO
TRABALHO LABORATORIAL N.º 3/A
1. INTRODUÇÃO:
O arranque directo é a forma mais simples de efectuar o
arranque de um motor eléctrico, na qual as três fases são
ligadas directamente ao motor, o que provoca um pico de
corrente.
3. EQUIPAMENTO NECESSÁRIO:
Kit Electromecânico – (Datasheets em anexo);
Motor Assíncrono Trifásico [0,75 kW, 220/380 V, 3.34/1.93 A, 50 Hz, 4 pólos e rotor em gaiola
de esquilo];
Nota: Depois de montado e testado o trabalho, cada grupo terá de elaborar um relatório que contenha
os esquemas de comando e potência do circuito montado, com uma descrição detalhada do seu
funcionamento. Este terá de ser entregue no fim da aula.
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INVERSÃO DE MARCHA DE UM MOTOR ASSÍNCRONO TRIFÁSICO
1. INTRODUÇÃO:
Em certos trabalhos é necessário inverter o sentido de rotação do motor, como é o caso dos
tornos mecânicos, pontes rolantes, etc.
A inversão do sentido de rotação de um motor trifásico, com os enrolamentos ligados em
estrela ou triângulo (Fig.1 ou Fig.2), é obtida por troca de duas fases que alimentam o estator
do motor.
Fig. 1 Fig. 2
Esta operação, num automatismo, é executada por contactores, após se retirarem todos os
shunts da placa de bornes.
2. OBJECTIVO:
Desenhar e implementar um esquema de potência e comando que permita efectuar inversão de
marcha de um motor assíncrono trifásico, ligado em estrela.
Pretende-se que o aluno faça uma preparação prévia do trabalho (esquema de potência e
comando, bem como a selecção dos equipamentos necessários, para efectuar a montagem
prática do trabalho).
3. EQUIPAMENTO NECESSÁRIO:
Kit Electromecânico – (Datasheets em anexo);
Motor Assíncrono Trifásico [0,75 kW, 220/380 V, 3.34/1.93 A, 50 Hz, 4 pólos e rotor em gaiola
de esquilo];
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ARRANQUE ESTRELA-TRIÂNGULO DE UM MOTOR ASSÍNCRONO
TRIFÁSICO
1. INTRODUÇÃO:
O arranque estrela – triângulo é de grande aplicação nos motores assíncronos com o rotor em
curto – circuito.
Os três enrolamentos do estator, antes de serem ligados à rede trifásica, têm de ser ligados
entre si. A ligação dos enrolamentos pode ser feita em estrela ou em triângulo.
Para a mesma tensão de alimentação, o motor ligado em estrela absorve da rede uma
corrente que é 1/3 da corrente absorvida em triângulo e o seu binário também é 1/3 do seu
binário em triângulo.
Os motores são construídos para funcionarem com os seus enrolamentos ligados em
triângulo. A ligação em estrela destina-se a permitir um arranque mais suave do motor. O
motor arranca com os seus enrolamentos ligados em estrela e, quando a velocidade está
próxima da velocidade nominal, comuta-se a ligação para triângulo.
O sistema consiste em ligar primeiramente os enrolamentos do estátor em estrela e, logo que
o motor arranque, ligá-los em triângulo, que é o módulo mais usual de funcionamento. Como
é sabido esta técnica reduz a corrente de arranque a 1/3 do seu valor.
2. OBJECTIVOS:
Desenhar e implementar um esquema de potência e comando que permita efectuar o arranque
estrela-triângulo de um motor assíncrono trifásico.
Pretende-se que o aluno faça uma preparação prévia do trabalho (esquema de potência e
comando, bem como a selecção dos equipamentos necessários, para efectuar a montagem
prática do trabalho).
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3. EQUIPAMENTO NECESSÁRIO:
Kit Electromecânico – (Datasheets em anexo);
Motor Assíncrono Trifásico […., 50 Hz, 4 pólos e rotor em gaiola de esquilo];
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ARRANQUE CONTROLADO (SOFTSTARTER) COM DOIS SENTIDOS DE
MARCHA
1. INTRODUÇÃO:
O arrancador suave (Softstarter) tem características bastantes diferentes dos outros métodos
de arranque já estudados. Este sistema coloca um conjunto de tíristores no circuito principal,
sendo o valor eficaz da tensão de alimentação do motor ajustada em função do controlo das
gates dos mesmos, através do seu circuito de comando. O softstarter baseia-se na técnica de
aumento gradual do valor eficaz da tensão de alimentação, sendo que, no momento do
arranque, o motor é alimentado a um valor baixo de tensão, fazendo com que a corrente e
binário de arranque também sejam baixos.
Durante a primeira parte do arranque, a tensão de alimentação do motor é tão baixa que só é
capaz de ajustar as rodas dentadas das engrenagens ou esticar (colocar em tensão) as
correias ou correntes de transmissão, etc. Por outras palavras, eliminando-se assim
desnecessários esticões durante o arranque. Portanto de forma gradual, a tensão e o binário
aumentam, por forma a que a máquina acelere continuamente. Um dos benefícios deste
método prende-se com a possibilidade de ajustar o binário para a sua exacta necessidade,
em função da máquina estar ou não em carga.
a) b)
Fig.1 – a) Softstarter; b) Esquema unifilar para efectuar as ligações de um motor de indução com
softstarter
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2. OBJECTIVO:
Desenhar e implementar um esquema de potência e comando que permita efectuar o arranque
controlado (suave) de um motor assíncrono trifásico nos dois sentidos de marcha.
Pretende-se que o aluno faça uma preparação prévia do trabalho (esquema de potência e
comando, bem como a selecção dos equipamentos necessários, para efectuar a montagem
prática do trabalho).
3. EQUIPAMENTO NECESSÁRIO:
Kit Electromecânico – (Datasheets em anexo);
Arrancador-controlador LUB12 + Unidade de controlo regulável, LUCB05BL
Motor Assíncrono Trifásico [0,75 kW, 220/380 V, 3.34/1.93 A, 50 Hz, 4 pólos e rotor em gaiola
de esquilo];
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ARRANQUE SUCESSIVO DE MOTORES
1. INTRODUÇÃO:
A instalação representada na figura 1 é constituída por dois tapetes rolantes tendo ao meio um
moinho. É necessário que os motores entrem em funcionamento sucessivo pela seguinte ordem:
m1, m2 e m3.
Deste modo, evitar-se-à a acumulação dos materiais transportados. Se m1 parar,
automaticamente deverão ser desligados m2 e m3.
2. OBJECTIVOS:
3. EQUIPAMENTO NECESSÁRIO:
Kit Electromecânico – (Datasheets em anexo);
3 Motores Assíncronos Trifásicos […., 50 Hz, 4 pólos e rotor em gaiola de esquilo];
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