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Departamento de Engenharia Eletrotécnica

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Licenciatura em Engenharia
Electromecânica

Guia Laboratorial

Unidade Curricular:

Acionamentos Eletromecânicos

Edição 2022-2023

Conteúdo:
 Implementação de um Sistema de Elevação |
Programação do VEV;
 Sistema de Bombagem/Ventilação: Análise da
Regulação de Caudal por VEV;
 Enunciados para elaboração de
Projectos/Dimensionamento de Accionamentos
Electromecânicos.
 Implementação de Accionamentos Electromecânicos
(arranque directo; inversão de marcha; estrela-
triângulo; arrancador suave e arranque sucessivo de
motores)

João Pedro Trovão


jtrovao@mail.isec.pt

ISEC, Outubro de 2022


ALGUMAS REGRAS A OBSERVAR NO LABORATÓRIO

1. Cada trabalho deverá ser devidamente preparado antes da sua


implementação laboratorial. Recomenda-se a elaboração de um
relatório, onde constará os nomes de cada elemento do grupo, o
n.º do grupo, a data, a identificação do trabalho em questão, a
identificação do ensaio (nome, máquinas utilizadas, aparelhos de
medida, etc.), os quadros necessários ao registo dos respectivos
valores, gráficos e tudo o que julgar importante para uma boa
realização do trabalho.
2. Antes de começar o trabalho ler atentamente o guia de ensaio.
3. Identificar completamente a máquina a ensaiar através da leitura
da sua chapa de características.
4. Escolher, quando necessário, os aparelhos de medida.
5. Iniciar as ligações de acordo com o solicitado no guia laboratorial,
depois de verificar que a rede está desligada.
6. Depois de estarem as ligações todas feitas verificar de novo se
estão correctamente realizadas.
7. Chamar o professor para que este verifique as ligações.
8. Ligar a máquina à rede através do interruptor e das protecções
eléctricas da bancada.
9. Efectuar as medições indicadas no guia.
10. Depois de realizar o ensaio deve desligar o interruptor de bancada,
e só depois tirar os fios de ligação e arrumar o material.

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IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE ELEVAÇÃO COM MOTOR
SÍNCRONO DE ÍMANES PERMANENTES | PROGRAMAÇÃO DO VEV

TRABALHO LABORATORIAL N.º 1

1. INTRODUÇÃO: Em todo o mundo e em quase todos os sectores


industriais as cargas têm que ser elevadas e movimentadas.
Por exemplo em locais de obras, em pontos de circulação de
mercadorias, em armazéns e em centros de montagem e de
produção. Estas tarefas são realizadas utilizando gruas para a
construção civil, gruas de pórtico, mecanismos de deslocação
por carro, dispositivos de elevação e outras máquinas de
deslocação. Nestas aplicações, os accionamentos têm que
poder ser operadas manualmente no local (controlo local) ou à
distância (controlo remoto). Além disso, têm que estar
presentes os respectivos dispositivos de segurança, como por
exemplo, detecção da carga ou controlo por fins de curso. Uma
aplicação típica para um sistema de elevação é um pequeno
monta-cargas (Fig. 2). Este monta-cargas pode apenas ser
utilizado no eixo de elevação, onde a velocidade deve ser
função da carga transportada para um aproveitamento
optimizado da potência.

2. OBJECTIVO:
Desenvolver e implementar um programa IPOSplus® no
MOVIDRIVE® que permita controlar todo o ciclo do movimento
solicitado e de acordo com as informações pré-especificadas.

3. EQUIPAMENTO NECESSÁRIO: Fig. 2


 Kit Didáctico – Sistema de Elevação (Fig. 2);
 Motor Síncrono de Ímanes Permanentes
[2,5 N.m; 400 V; 1,84-5,55 A; 3000 rpm; 0-150 Hz];
 Freio Electromecânico [230 V; 5 N.m];
 Encoder absoluto [1024 pulsos/rotação];
 Variador Electrónico de Velocidade [Movidrive MVD60A0015-5A3-4-00];
 Caixa redutora / Tambor [i = 5, =90%].

4. DISCRIÇÃO DO CICLO DE FUNCIONAMENTO PRETENDIDO:


O ciclo de funcionamento pretendido corresponde a uma aplicação típica de elevação de
cargas. Para o trabalho em questão dever-se-á considerar 3 posições, mínima (0), intermédia
(1) e máxima (3). A consola de comando deverá ser configurada por forma a 3 interruptores
serviram de botões de chamada. A existência de dois fins de curso, servem para indicar a
posição mínima e máxima, e permitir referenciar a posição da caixa de elevação. O sistema
deverá permitir duas opções de funcionamento: 1- Modo Manual e 2- Modo Automático;
O Modo Manual deverá responder apenas aos botões de chamada, tendo a possibilidade de
seleccionar 2 velocidades de funcionamento. Se não houver qualquer tipo de chamada
durante um período de 5 min a caixa de elevação deverá retornar à posição 0.
O Modo Automático corresponde a execução consecutiva de um ciclo completo, com início na
posição 0, passagem pela posição 1 (1 min), e finalmente paragem na posição 2 (5 min).

2
SISTEMA DE BOMBAGEM/VENTILAÇÃO: ANÁLISE DA
REGULAÇÃO DE CAUDAL POR VEV

TRABALHO LABORATORIAL N.º 2

1. INTRODUÇÃO: Na indústria da União Europeia, cerca de 90% dos sistemas eléctricos de força
motriz integram motores de indução trifásicos (MIs) com rotor em gaiola de esquilo. A sua
larga utilização deve-se ao seu baixo custo, simplicidade de fabrico, elevada fiabilidade e
rendimento aceitável. Mais recentemente, a alimentação dos MIs com variadores electrónicos
de velocidade (VEVs) permitiu a sua aplicação em accionamentos com necessidade de
controlo de velocidade, de binário e/ou de posição. Actualmente, a competitividade das
empresas industriais está fortemente dependente do seu rendimento energético global. O
controlo da velocidade dos MIs tem-se manifestado muito vantajoso na maioria dos
accionamentos industriais. Ventiladores, bombas, compressores e tapetes rolantes, são
alguns exemplos de aplicações para as quais a variação da velocidade toma uma importância
considerável ao nível técnico e energético. No caso das bombas e ventiladores centrífugos,
em que a potência consumida é sensivelmente proporcional ao cubo da velocidade angular,
os potenciais de poupança energética associados assumem valores bastante significativos.
Nestes casos, a alteração do controlo de caudal por estrangulamento para controlo de caudal
por variação de velocidade pode traduzir-se numa substancial redução do consumo
energético. Para demonstrar essa viabilidade o presente trabalho propõe estudar uma
unidade de tratamento de ar (Fig. 1), com possibilidade de ser alimentado directamente da
rede ou por VEV.

Fig. 1 (Trab. 2)

2. OBJECTIVOS:
 Comparar o controlo de caudal através de VEV, variando a frequência de alimentação,
com o controlo por estrangulamento quando alimentado directamente pela rede de
alimentação;
 Traçar os gráficos inerentes às relações entre a potência absorvida e caudal debitado em
ambas as situações;
 Visualizar as formas de onda da corrente e da potência absorvidas pelo sistema, nas duas
situações de alimentação;
 Medir a distorção harmónica total e respectivos harmónicos da corrente e da tensão, em
ambos os casos de alimentação;

3
 Quantificar reduções de consumo resultantes do controlo de caudais por VEV por
comparação com o método de estrangulamento.

3. EQUIPAMENTO NECESSÁRIO:
 Kit Didáctico – Unidade de tratamento de ar (Fig. 1);
 Analisador de rede (Tektronics 720P ou Osciloscópio Digital 4 canais, Tektronics TDS
2014) com pinças de tensão e de corrente;
 Anemómetro e contador de água.

4. REALIZAÇÃO DO TRABALHO:
 Com a torneira de estrangulamento totalmente aberta, inicie a alimentação do sistema de
bombagem ou de ventilação através do VEV, fazendo o registo da corrente absorvida e
respectivas potências e factores de potência, variando a frequência de alimentação entre
os 20 Hz e 60Hz;
 Repetir o mesmo ensaio, mas agora com alimentação directa da rede e operando o
estrangulando de caudal à saída de forma manual. Registe as correntes absorvidas e
respectivas potências e factores de potência;
 Num mesmo gráfico traçar as curvas potência/caudal;
 Para uma frequência de 50 Hz, tanto obtida através de VEV como directamente da rede,
registe as formas de onda da corrente, da tensão e da potência, bem como efectue análise
dos harmónicos presentes na alimentação;
 Com base nas curvas traçadas, determinem a diferença do consumo mensal para os dois
tipos de regulação de caudal, considerando um regime de funcionamento de 12 horas por
dia e 22 dias úteis, com um caudal de 1.5 m3/h (sistema de bombagem) e um caudal de
540 para o sistema de ventilação.

4
IMPLEMENTAÇÃO DE ACCIONAMENTOS ELECTROMECÂNICOS
(ARRANQUE DIRECTO; INVERSÃO DE MARCHA; ESTRELA-
TRIÂNGULO; ARRANCADOR SUAVE E ARRANQUE SUCESSIVO DE
MOTORES)

TRABALHO LABORATORIAL N.º 3

1. OBJECTIVO: É objectivo deste trabalho é proporcionar aos alunos um conjunto de


conhecimentos práticos no domínio dos accionamentos electromecânicos, com vista à
implementação de esquemas simples de comando e protecção motores trifásicos. Pretende-se
que os alunos adquiram a capacidade de implementar esquemas de comando e protecção e
que sejam capazes de realizar escolhas, técnica e cientificamente fundamentadas, entre várias
soluções disponíveis para o controlo de uma máquina assíncrona trifásica.

Tema A: TRANSPORTADOR DE ROLOS NÃO CONTROLADO

Tema B: INVERSÃO DE MARCHA DE UM MOTOR ASSÍNCRONO TRIFÁSICO

Tema C: ARRANQUE ESTRELA-TRIÂNGULO DE UM MOTOR ASSÍNCRONO TRIFÁSICO

Tema D: ARRANQUE CONTROLADO (SOFTSTARTER) COM DOIS SENTIDOS DE MARCHA

Tema E: ARRANQUE SUCESSIVO DE MOTORES

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ARRANQUE DIRECTO DE UM MOTOR ASSÍNCRONO TRIFÁSICO
TRABALHO LABORATORIAL N.º 3/A

1. INTRODUÇÃO:
O arranque directo é a forma mais simples de efectuar o
arranque de um motor eléctrico, na qual as três fases são
ligadas directamente ao motor, o que provoca um pico de
corrente.

O arranque directo de um motor trifásico só deverá ser feito


nos seguintes casos:
 Motores de baixa potência (até 5 cv ou até 10 cv
em instalações industriais) de modo a limitar as
perturbações originadas pelo pico de corrente;
 IARRANQUE= 5 a 8 INOMINAL;

Fig. 1- Curva de I(vel) do arranque directo


2. OBJECTIVO:
Desenhar e implementar um esquema de potência e comando que permita efectuar o arranque
directo de um motor assíncrono, ligado em estrela.
Pretende-se que o aluno faça uma preparação prévia do trabalho (esquema de potência e
comando, bem como a selecção dos equipamentos necessários, para efectuar a montagem
prática do trabalho).

3. EQUIPAMENTO NECESSÁRIO:
 Kit Electromecânico – (Datasheets em anexo);
 Motor Assíncrono Trifásico [0,75 kW, 220/380 V, 3.34/1.93 A, 50 Hz, 4 pólos e rotor em gaiola
de esquilo];

4. DESCRIÇÃO DO FUNCIONAMENTO PRETENDIDO:

Para efectuar o funcionamento pretendido dever-se-ão considerar um circuito para arranque do


motor assíncrono trifásico, através de um contactor e botoneira com dois botões de pressão
«Marcha-Paragem» (-).
A protecção do circuito é feita por um relé térmico F1 (contra sobrecargas) e por um seccionador
fusível tripolar Q1 (contra curto-circuitos).
A paragem do motor é feita por accionamento do botão de pressão ou por abertura dos contactos
do relé térmico.

Nota: Depois de montado e testado o trabalho, cada grupo terá de elaborar um relatório que contenha
os esquemas de comando e potência do circuito montado, com uma descrição detalhada do seu
funcionamento. Este terá de ser entregue no fim da aula.

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INVERSÃO DE MARCHA DE UM MOTOR ASSÍNCRONO TRIFÁSICO

TRABALHO LABORATORIAL N.º 3/B

1. INTRODUÇÃO:
Em certos trabalhos é necessário inverter o sentido de rotação do motor, como é o caso dos
tornos mecânicos, pontes rolantes, etc.
A inversão do sentido de rotação de um motor trifásico, com os enrolamentos ligados em
estrela ou triângulo (Fig.1 ou Fig.2), é obtida por troca de duas fases que alimentam o estator
do motor.

Fig. 1 Fig. 2
Esta operação, num automatismo, é executada por contactores, após se retirarem todos os
shunts da placa de bornes.

2. OBJECTIVO:
Desenhar e implementar um esquema de potência e comando que permita efectuar inversão de
marcha de um motor assíncrono trifásico, ligado em estrela.
Pretende-se que o aluno faça uma preparação prévia do trabalho (esquema de potência e
comando, bem como a selecção dos equipamentos necessários, para efectuar a montagem
prática do trabalho).

3. EQUIPAMENTO NECESSÁRIO:
 Kit Electromecânico – (Datasheets em anexo);
 Motor Assíncrono Trifásico [0,75 kW, 220/380 V, 3.34/1.93 A, 50 Hz, 4 pólos e rotor em gaiola
de esquilo];

4. DESCRIÇÃO DO FUNCIONAMENTO PRETENDIDO:


A inversão do sentido e rotação é feita através de dois contactores, um para o arranque num
sentido -KM1 e o outro para a inversão do sentido de rotação -KM2, a qual se consegue por
troca de duas fases na alimentação do motor.
O comando é feito através de uma botoneira de três botões de pressão  (NF),  (NA) e 
(NA ).
Accionando o botão, o circuito da bobina do contactor -KM1 fecha-se, ligando o motor no
sentido de rotação normal.
Para a inversão do sentido de marcha é necessário accionar primeiro o botão de paragem.
Depois disso, basta accionar o botão, que, funcionando de igual modo que , liga o
contactor -KM2 e, portanto, os contactos, que trocam duas fases da rede.

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ARRANQUE ESTRELA-TRIÂNGULO DE UM MOTOR ASSÍNCRONO
TRIFÁSICO

TRABALHO LABORATORIAL N.º 3/C

1. INTRODUÇÃO:
O arranque estrela – triângulo é de grande aplicação nos motores assíncronos com o rotor em
curto – circuito.
Os três enrolamentos do estator, antes de serem ligados à rede trifásica, têm de ser ligados
entre si. A ligação dos enrolamentos pode ser feita em estrela ou em triângulo.

Fig.1 – Ligação em Estrela

Fig.2 – Ligação em Triângulo

Para a mesma tensão de alimentação, o motor ligado em estrela absorve da rede uma
corrente que é 1/3 da corrente absorvida em triângulo e o seu binário também é 1/3 do seu
binário em triângulo.
Os motores são construídos para funcionarem com os seus enrolamentos ligados em
triângulo. A ligação em estrela destina-se a permitir um arranque mais suave do motor. O
motor arranca com os seus enrolamentos ligados em estrela e, quando a velocidade está
próxima da velocidade nominal, comuta-se a ligação para triângulo.
O sistema consiste em ligar primeiramente os enrolamentos do estátor em estrela e, logo que
o motor arranque, ligá-los em triângulo, que é o módulo mais usual de funcionamento. Como
é sabido esta técnica reduz a corrente de arranque a 1/3 do seu valor.

2. OBJECTIVOS:
Desenhar e implementar um esquema de potência e comando que permita efectuar o arranque
estrela-triângulo de um motor assíncrono trifásico.
Pretende-se que o aluno faça uma preparação prévia do trabalho (esquema de potência e
comando, bem como a selecção dos equipamentos necessários, para efectuar a montagem
prática do trabalho).

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3. EQUIPAMENTO NECESSÁRIO:
 Kit Electromecânico – (Datasheets em anexo);
 Motor Assíncrono Trifásico […., 50 Hz, 4 pólos e rotor em gaiola de esquilo];

4. DESCRIÇÃO DO FUNCIONAMENTO PRETENDIDO:


Para efectuar o funcionamento pretendido dever-se-ão considerar um circuito para arranque
do motor assíncrono trifásico, através de uma botoneira com dois botões de pressão
«Marcha-Paragem» (-).
Quando o botão de pressão  é pressionado o motor arranca em estrela. Após decorrido o
tempo seleccionado o circuito é aberto e decorrido um tempo fixo de 100 ms muda para a
ligação triângulo. A passagem da ligação estrela para a ligação triângulo é controlada pelo
temporizador estrela-triângulo. O contactor triângulo é accionado com um atraso de 30 a 100
mS (tempo fixo) para evitar um curto-circuito entre as fases, pois os contactores não podem
ficar accionados simultaneamente.

Funcionamento do circuito de potência:

1. Fecho manual de -Q1.


2. Fecho de -KM1 (ligação em estrela)
3. Fecho de -KM2 (alimentação do motor)
4. Abertura de -KM1 (eliminação da ligação em estrela)
5. Fecho de -KM3 (ligação em triângulo)

Funcionamento do circuito de comando:

6. Accionamento do botão de marcha.


7. Fecho de -KM1
8. Fecho de -KM2 por -KM1 (contactos auxiliares)
9. Auto – alimentação de -KM1 e -KM2 por -KM2 (contactos auxiliares)
10. Abertura de -KM1 por -KM2 (contactos auxiliares)
11. Fecho de -KM3 por -KM1 (contactos auxiliares)
12. Paragem: Accionar o botão de paragem

Nota: Existe encravamento eléctrico entre -KM1 e -KM3.

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ARRANQUE CONTROLADO (SOFTSTARTER) COM DOIS SENTIDOS DE
MARCHA

TRABALHO LABORATORIAL N.º 3/D

1. INTRODUÇÃO:
O arrancador suave (Softstarter) tem características bastantes diferentes dos outros métodos
de arranque já estudados. Este sistema coloca um conjunto de tíristores no circuito principal,
sendo o valor eficaz da tensão de alimentação do motor ajustada em função do controlo das
gates dos mesmos, através do seu circuito de comando. O softstarter baseia-se na técnica de
aumento gradual do valor eficaz da tensão de alimentação, sendo que, no momento do
arranque, o motor é alimentado a um valor baixo de tensão, fazendo com que a corrente e
binário de arranque também sejam baixos.
Durante a primeira parte do arranque, a tensão de alimentação do motor é tão baixa que só é
capaz de ajustar as rodas dentadas das engrenagens ou esticar (colocar em tensão) as
correias ou correntes de transmissão, etc. Por outras palavras, eliminando-se assim
desnecessários esticões durante o arranque. Portanto de forma gradual, a tensão e o binário
aumentam, por forma a que a máquina acelere continuamente. Um dos benefícios deste
método prende-se com a possibilidade de ajustar o binário para a sua exacta necessidade,
em função da máquina estar ou não em carga.

a) b)

Fig.1 – a) Softstarter; b) Esquema unifilar para efectuar as ligações de um motor de indução com
softstarter

Na Fig. 2 está representado as curvas características da intensidade, no arranque por


arranque directo, Estrela-Triângulo e por arrancador suave Softstarter, sendo possível
comparar as respectivas curvas e registar as principais diferenças.

Fig.2 – Evolução da corrente absorvida nos vários tipos de arranque do motor

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2. OBJECTIVO:
Desenhar e implementar um esquema de potência e comando que permita efectuar o arranque
controlado (suave) de um motor assíncrono trifásico nos dois sentidos de marcha.
Pretende-se que o aluno faça uma preparação prévia do trabalho (esquema de potência e
comando, bem como a selecção dos equipamentos necessários, para efectuar a montagem
prática do trabalho).

3. EQUIPAMENTO NECESSÁRIO:
 Kit Electromecânico – (Datasheets em anexo);
 Arrancador-controlador LUB12 + Unidade de controlo regulável, LUCB05BL
 Motor Assíncrono Trifásico [0,75 kW, 220/380 V, 3.34/1.93 A, 50 Hz, 4 pólos e rotor em gaiola
de esquilo];

4. DESCRIÇÃO DO FUNCIONAMENTO PRETENDIDO:


O arranque controlado é feito através do arrancador controlador LUB12 e da unidade de
controlo regulável, LUCB05BL.
A inversão do sentido e rotação é feita através de dois contactores, um para o arranque num
sentido -KM1 e o outro para a inversão do sentido de rotação -KM2, a qual se consegue por
troca de duas fases na alimentação do motor.
O comando é feito através de uma botoneira de três botões de pressão  (NF),  (NA) e 
(NA ).
Accionando o botão, o circuito da bobina do contactor -KM1 fecha-se, efectuando o
arranque do motor de uma forma controlada no sentido de rotação normal.
Para a inversão do sentido de marcha é necessário accionar primeiro o botão de paragem.
Depois disso, basta accionar o botão, que, funcionando de igual modo que , liga o
contactor -KM2 e, portanto, os contactos, que trocam duas fases da rede.

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ARRANQUE SUCESSIVO DE MOTORES

TRABALHO LABORATORIAL N.º 3/E

1. INTRODUÇÃO:

A instalação representada na figura 1 é constituída por dois tapetes rolantes tendo ao meio um
moinho. É necessário que os motores entrem em funcionamento sucessivo pela seguinte ordem:
m1, m2 e m3.
Deste modo, evitar-se-à a acumulação dos materiais transportados. Se m1 parar,
automaticamente deverão ser desligados m2 e m3.

Fig.1 – Diagrama do sistema

2. OBJECTIVOS:

Desenhar e implementar um esquema de potência e comando que permita efectuar o arranque


sucessivo dos motores do sistema.
Pretende-se que o aluno faça uma preparação prévia do trabalho (esquema de potência e
comando, bem como a selecção dos equipamentos necessários, para efectuar a montagem
prática do trabalho).

3. EQUIPAMENTO NECESSÁRIO:
Kit Electromecânico – (Datasheets em anexo);
3 Motores Assíncronos Trifásicos […., 50 Hz, 4 pólos e rotor em gaiola de esquilo];

4. DESCRIÇÃO DO FUNCIONAMENTO PRETENDIDO:


Fechar o interruptor magnetotérmico Q1 do circuito de potência e Q2 do circuito de comando.
Pressionando o botão de marcha b1 o contactor KM1 atraca, a lâmpada de sinalização H1 acende
e o motor M1 arranca.
Só 5 segundos depois de atracar o contactor KM1 poderá arrancar o motor M2.
O motor M3 só poderá arrancar 5 segundos depois de ter atracado o contactor KM2.
Sempre que qualquer contactor atracar um sinalizador (H1, H2, H3) sinalizará essa situação.
Se houver alguma situação de sobrecarga os motores em funcionamento pararão e o sinalizador
H4 sinalizará essa situação.
Para parar os motores em funcionamento bastará pressionar o botão de paragem b0.

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