Você está na página 1de 7

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE DE MINAS GERAIS

INVERSOR DE FREQUÊNCIA

Aluno: Pedro Augusto da Silva Ramos


Professor: Gustavo Parma

Belo Horizonte, 2022


Sumário
1.0 INTRODUÇÃO 3
2.0 OBJETIVO 3
3.0 DESENVOLVIMENTO 3
3.1 BASE TEÓRICA GERAL 3
3.2 CIRCUITO DESENVOLVIDO 3
4.0 CONCLUSÃO 7
1.0 INTRODUÇÃO

Nesta prática, iremos acionar um motor de indução trifásico acoplado a uma carga,
através de um inversor de frequência. O inversor é do fabricante Siemens, modelo
MicroMaster 440.

2.0 OBJETIVO

Realizar a parametrização do inversor de frequência de acordo com as orientações do


manual do fabricante, utilizando os parâmetros base para realizar a partida e controle de
velocidade do motor.

3.0 DESENVOLVIMENTO

3.1 BASE TEÓRICA GERAL

O princípio de funcionamento do inversor de frequência tem como base dois circuitos


eletrônicos. O sinal de entrada senoidal da rede ao entrar no equipamento, é retificado
por um retificador trifásico. O retificador é um conjunto de diodos que irá transformar a
onda senoidal em uma onda contínua. O retificador pode ser controlado (usando IGBT’s)
ou não controlado (usando diodos), sendo que o retificador não controlado tem como
desvantagem injetar uma quantidade grande de harmônicos na rede.

Após a corrente alternada ser convertida em corrente contínua, ela é direcionada para o
barramento CC ou link DC. Esse barramento é responsável por filtrar e entregar a tensão
e corrente contínuas para o bloco inversor.

O bloco inversor é responsável por entregar nos terminais da máquina uma tensão e
corrente com ondas senoidais novamente. O diferencial, é que a amplitude e frequência
entregues podem ser controladas. Esse controle, é responsável por variar a velocidade
de operação do motor. No caso do inversor usado no trabalho, temos um controle de
tensão e frequência constantes, ou seja, variam proporcionalmente. A modulação da
onda se dá por um comando PWM na maioria das vezes.

3.2 CIRCUITO DESENVOLVIDO

Para esta montagem, utilizamos o inversor de frequência, quatro botões com retenção,
e um potenciômetro para realizar os acionamentos do motor. A montagem física, os
parâmetros utilizados e as medições realizadas foram:
Figura 1 – Circuito de Força e Comando elaborado

Figura 2 – Dados de placa do motor acionado


Figura 3 – IHM do Inversor em funcionamento nominal

Figura 4 – IHM do Inversor no momento de reversão


Figura 5 – Formas de onda de tensão e corrente em funcionamento nominal no
ramo do motor

Figura 6 – Formas de onda de tensão e corrente no lado da rede


A principal grandeza que conseguimos controlar utilizando um inversor de frequência, é
a velocidade. Sabemos que a velocidade no eixo do rotor da máquina de indução pode
ser alterada com a variação da frequência, e também que o fluxo de entreferro do motor
é proporcional à relação de V/f. Sendo assim, para não prejudicar o fluxo, e obter um
controle de velocidade, o inversor realiza um controle de tensão e frequência constantes.

Com um fluxo constante, podemos assegurar que a máquina irá operar com eficiência e
obter ainda um torque máximo praticamente inalterado. Isso traz benefícios para o
acionamento de cargas.

Ao verificar o funcionamento do inversor através da sua IHM, temos no visor informações


de tensão, corrente e frequência do motor. Ao variar a sua velocidade, podemos concluir
pelos dados obtidos no visor que realmente a variação ocorre com a modulação dos
valores de tensão e frequência. Isso responde a terceira pergunta feita no guia de aula,
e nos mostra na prática que o método de controle do inversor é baseado em alterar o
valor de tensão e frequência de forma constante, que é a definição do controle escalar.

4.0 CONCLUSÃO

O primeiro ponto da conclusão está relacionado com o fato de estarmos operando um


inversor com controle escalar, ou seja, variação de V/f constante. Porém, quando
vemos as formas de onda de tensão e corrente no osciloscópio temos um
funcionamento diferente. A tensão sofre modulação do seu pulso, o que indica a
variação da frequência, mas não ocorre no osciloscópio uma variação da amplitude da
tensão.

Isso ocorre pelo fato de que a tensão que tem sua amplitude variada, é a tensão no
barramento CC. O inversor funciona inicialmente, retificando a corrente e tensão
alternadas, para formas de onda contínuas. Após isso, a tensão será transformada
novamente em alternada através do chaveamento dos IGBT’s, que entrega uma tensão
composta por pulsos, resultando em uma forma de onda diferente de uma senoide
perfeita, mas com um semi ciclo positivo e um negativo.

Outro ponto foi observar que ao realizar uma inversão de sentido de giro, ou uma
parada de emergência, a tensão no barramento CC sobe por volta de 13V. Esse
aumento de tensão no barramento ocorre pois no momento da inversão ou da parada,
o capacitor de filtro que está localizado no barramento CC descarrega,
sobrecarregando o barramento.

Você também pode gostar