Você está na página 1de 160

O P R O F E S S OR

LI V RO D

MÓDULO
O IAS
CNOLLOG
REZA E SUAS TE
CIÊNCI ASS DAA NNATU

Ao encontrar no livro estes códigos, você terá


acesso a conteúdos multimídia e em RA (Realidade
F ÍSICA
Aumentada).
a d o m o v i m ento
Mecân ic
i Mancia
Letícia Berald ado Godinho
ch
Para visualizá-los:
• baixe o leitor RA Mais Digital na Google Play ou
Ana Paula Ma
na App store;
• utilize o aplicativo para fazer a leitura dos
códigos nas páginas do livro.

$&(6Ǵ($ 48,$6
7(
9, '(2$8/$6' (6
0’'8/2

Curitiba, 2022
O projeto gráfico atende aos objetivos da coleção de diversas formas.
As ilustrações, os diagramas e as figuras contribuem para a construção
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP) correta dos conceitos e estimulam um envolvimento ativo com os temas
(Angela Giordani / CRB 9-1262 / Curitiba, PR, Brasil) de estudo. Assim, fique atento aos seguintes ícones:
Coloração artificial Escala numérica

M269 Mancia, Letícia Beraldi. Coloração semelhante à natural Fora de escala numérica
Conquista : Solução Educacional : ensino médio : formação
geral básica : módulo 1 : ciências da natureza e suas tecnologias : Fora de proporção Imagem ampliada
física : mecânica do movimento / Letícia Beraldi Mancia e Ana Paula
Machado Godinho. – Curitiba : Cia Bras. de Educação e Sistemas Formas em proporção Representação artística
de Ensino, 2022.
176 p. : il. Imagem microscópica

ISBN 978-65-5984-188-2 (Livro do professor)

1. Educação. 2. Ensino médio. 3. Física – Estudo e ensino. I.


Godinho, Ana Paula Machado. II. Título.

CDD 370

2022
© Copyright – Todos os direitos reservados à Companhia
Brasileira de Educação e Sistemas de Ensino S.A.

Diretor-Geral Daniel Gonçalves Manaia Moreira


Diretor de Conteúdo Fabrício Cortezi de Abreu Moura
Gerente Editorial Júlio Röcker Neto
Gerente de Produção Editorial Cláudio Espósito Godoy
Coordenação Editorial Jeferson Freitas
Coordenação Editorial de Ensino Médio Milena dos Passos
SUMÁRIO
GHb/LPD 1. INTRODUÇ ÃO À FÍSIC A ...................... 3
Coordenação de Arte Flávia Vianna e Rafaelle Moraes Método científico e grandezas físicas ..... 4
Coordenação de Iconografia Susan R. de Oliveira Mileski
Coordenação de Conteúdo Digital Karla Simon Franco
Sistema Internacional de Unidades,
unidades de medida e conversão
Autoria FGB de unidades ....................................................... 8
Letícia Beraldi Mancia e Ana Paula Machado Godinho. Grandezas escalares × vetoriais ................ 14
Reformulação dos originais de Guilherme Andre Dal Moro,
Halina dos Santos França e Euler de Freitas Silva Junior
2. INTRODUÇ ÃO À CINEMÁTIC A .......... 25
Autoria Livro de Atividades Conceitos iniciais ............................................ 26
Letícia Beraldi Mancia e Ana Paula Machado Godinho Velocidade ......................................................... 34

Equipe editorial Cia. Bras. de Educação e Sistemas de Ensino S.A.


Aceleração ......................................................... 41
Projeto Gráfico Denise Meinhardt e Kely Copruchinski Bressan Classificação dos movimentos................... 44
Imagens ©Shutterstock Africa Studio, Aleks Melnik, Alex Rockheart, Alex74,
Alexander_P, Alfa Photostudio, All kind of people, Andy0man, Artur Balytskyi, Ava Bitter,
Babich Alexander, Billion Photos, Bodor tivadar, Bogusana75, Bborriss.67, Canicula, 3 MOVIMENTO
3. M UNIFORME ................... 51
Channarong Pherngjanda, Charles Whitefield, Ddok, Dean Drobot, Dotshock, Eivaisla,
EKATERINA ZVYAGINTSEVA, Elnur, Evgeniy yatskov, Evgeny Turaev, File404, Fizkes,
Flamingo Images, FocusStocker, Fran_kie, Freeda, GalapagosPhoto, GaudiLab, Grop,
Movimento retilíneo uniforme .................. 52
HelenField, Jacek Chabraszewski, James.Pintar, Joey Chung, Jolygon, Jumpingsack, K3Star,
Kate Macate, Komleva, Leigh Prather, Lemonade serenade, Luis Molinero, MANDY Movimento circular uniforme..................... 68
GODBEHEAR, Martyshova Maria, Melok, MisterStock, Moopsi, Mtsaride, Myvisuals, Natalia
Mikhalchuk, Olesia Misty, Ollyy, Orangevector, Ostill is franck camhi, Paulista, Prachaya
Roekdeethaweesab, Pakhnyushchy, Prostock-studio, PV productions, Rainbow Black, Transmissão de movimento ........................ 75
Rangizzz, Rawpixel.com, Rohappy, Roman Samborskyi, Samuel Borges Photography,
Subbotina Anna, Tatchai Mongkolthong, Vangelis_vassalakis, Veres Production, Veronica
Louro, Viktoria Kurpas, Violetkaipa, Vipman, Wayhome Studio, Yuliya Derbisheva VLG e 4. MOVIMENTO UNIFORMEMENTE
VARIADO ................................................. 85
V
=D\DWVBDUWb3UL:

Ilustrações Todas as ilustrações presentes no livro são


acompanhadas de crédito Função horária da velocidade
do movimento retilíneo uniformemente
Produção
variado ................................................................ 87
Companhia Brasileira de Educação e Sistemas de Ensino S.A.
Avenida Nossa Senhora Aparecida, 174 – Seminário Função horária da posição do movimento
80440-000 – Curitiba – PR
Tel.: (0xx41) 3312-3500 retílineo uniformemente variado ............. 88
Site: www.conquistaeducacao.com.br
Equação de Torricelli ..................................... 89
Contato Lançamento vertical...................................... 93
contato@conquistaeducacao.com.br
0800-591-2188
Lançamento horizontal ................................ 98
Lançamento oblíquo......................................102
DO
BR
EN
AL
IN
HA
PO
1
NT
I LH
AD
A

OBJETIVOS DO CAPÍTULO
¤ &RPSUHHQGHURGHVHQYROYLPHQWR
e as principais etapas do método
©S

científico.
hut
ter
sto
ck/

Identificar as unidades
Ast

¤
roS

fundamentais e as unidades
tar

GHULYDGDV
¤ (IHWXDUFRQYHUV·HVHQWUH
unidades do Sistema
Internacional e entre unidades de
sistemas diferentes.
¤ &RPSUHHQGHURFRQFHLWRGHYHWRU
¤ 5HDOL]DUDVRSHUD©·HVE£VLFDV
FRPYHWRUHVbȡGHFRPSRVL©¥R
adição e subtração.
1
MÉTODO CIENTÍFICO E GRANDEZAS FÍSICAS
Os primeiros estudos sobre a natureza, seus fenômenos e
comportamentos foram realizados na Antiguidade e baseavam-
-se, sobretudo, na observação. Um importante passo para o
A DÚVIDA É O desenvolvimento da ciência no Ocidente foi dado pelos gregos e pelas
sociedades helênicas. Por volta do século VII a.C., eles desenvolveram a
PRINCÍPIO DA SABEDORIA.
chamada Filosofia Natural e o estudo racional do Cosmos.
ARISTÓTELES
As linhas de pensamento dedutivo (do geral para o particular)
e indutivo (do particular para o geral) e a lógica racional são os
fundamentos da Filosofia grega e são a base do conhecimento
de áreas da ciência atual, como a Física, a Química e a
%LRORJLD(QWUHLQ¼PHURVILOµVRIRVKHO¬QLFRVbȡFRPR3LW£JRUDV
3ODW¥R6µFUDWHVH7DOHVGH0LOHWRbȡ$ULVWµWHOHVGH(VWDJLUD
(384-322 a.C.) é reconhecido como um dos pensadores de sua
época. Dos preceitos de Aristóteles, derivam-se várias ideias
até hoje aceitas. E, ainda que algumas sejam cientificamente
questionáveis, elas fazem parte de uma filosofia de pensamento
mais simples e popular, também conhecida como senso comum.
©Shutterstock/Morphart Creation

FICA A DICA!

O senso comum é um tipo de


ppensamento que não foi testado,
vverificado ou analisado por meio
ddo método científico. Geralmente,
é aquele tipo de crença ou de
pensamento que foi passado de
geração em geração e está presente
em nosso cotidiano. O senso
comum pode ou não estar correto,
é um tipo de pensamento cultural
e popularmente aceito, o que não
garante sua validade ou invalidade.

Aristóteles de Estagira foi


um filósofo grego cujas
contribuições foram essenciais
para o desenvolvimento das
áreas da ciência e da Filosofia.

4• • FÍSICA
Um exemplo do senso Entre os pensadores que MEDE O QUE É MENSURÁVEL E
comum é achar que os corpos VHDSURSULDUDPGDH[SHUL¬QFLD TORNA MENSURÁVEL O QUE NÃO O É.
mais pesados caem mais FRPRP«WRGRGHLQYHVWLJD©¥R GALILEU GALILEI
rapidamente, outro é pensar que o italiano Galileu Galilei
VµK£PRYLPHQWRVHKRXYHUIRU©D  IRLXPGRV

ab
ees
Muitos princípios da mecânica

aw
PDLVQRWµULRV(OHUHDOL]RX

eth
kde
aristotélica perduraram por GLYHUVRVWHVWHVFRPPRGHORV

roe
ya
aproximadamente 2 000 anos,

cha
TXHSURFXUDYDPGHQWURGH

ra
k/P
até serem testados e refutados VXDVFRQGL©·HVWHFQROµJLFDV

toc
s
ter
SRU*DOLOHX*DOLOHL  H se aproximar ao máximo da

hut
©S
,VDDF1HZWRQ   realidade. Galileu adotou o
formalismo matemático para
Método científico representar as grandezas e
medidas que obtinha e para
Para descobrir ou aprender construir modelos que pudessem
algo, é comum a realização de SUHYHURTXHDFRQWHFHULDQR Galileu Galilei foi um físico,
uma série de testes. Por exemplo, experimento. PDWHP£WLFRDVWU¶QRPRHILOµVRIR
LWDOLDQRFXMDVFRQWULEXL©·HVIRUDP
quando estamos conhecendo
'HPRGRREMHWLYR*DOLOHX H[WUHPDPHQWHVLJQLILFDWLYDVSDUD
RIXQFLRQDPHQWRGHXPQRYR RGHVHQYROYLPHQWRFLHQW¯ILFR
GLVSRVLWLYRHOHWU¶QLFRPHVPR DOWHUDYDXPSDU¤PHWURH
DSµVDOHLWXUDGRPDQXDO DQDOLVDYDRTXHRFRUULDFRP
H[SHULPHQWDPRVDVIXQ©·HVH outro, permitindo formular leis
DYDOLDPRVRVUHVXOWDGRVREWLGRV JHUDLVVREUHRTXHHVWXGDYD SE EU VI MAIS LONGE, FOI PORQUE ME
$SµVXPJUDQGHFRQMXQWRGH Esse processo constitui a APOIEI NO OMBRO DE GIGANTES.
H[SHULPHQWD©·HVDGTXLULPRV base do método científico e, ,6$Ǣ&1(:721
um conhecimento sobre o FRQVHTXHQWHPHQWHGDSUµSULD
IXQFLRQDPHQWRGRGLVSRVLWLYR FL¬QFLD

n
ctio
Uma importante etapa para Por exemplo, Galileu Galilei
olle
tC
aperfeiçoou instrumentos
ret

DFRQVWUX©¥RGDFL¬QFLDHVW£
Eve

e técnicas de medida para


ck/

YLQFXODGD¢H[SHULPHQWD©¥R
sto
ter

compreender o comportamento
hut

'XUDQWHHORJRDSµVR
©S

Renascimento, já no século XVI, GHY£ULRVIHQ¶PHQRVQDWXUDLV


a experimentação da natureza De acordo com Galileu, o tempo
passou a ser uma forma de GHPRYLPHQWRRXGHTXHGDGRV
construção do conhecimento. objetos não depende da massa.
Um exemplo que Isaac Newton foi um físico,
pode ser utilizado DVWU¶QRPRPDWHP£WLFRHILOµVRIR

FIS
em sala para a FXMDVFRQWULEXL©·HVFLHQW¯ILFDVIRUDP
F
compreensão da
FUXFLDLVSDUDGLYHUVDV£UHDVGDV
ideia de método
&L¬QFLDV1DWXUDLVHGD0DWHP£WLFD
científico está
relacionado à
maneira como, em
A!
geral, os alunos
aprendem a usar FICA A DIC
junto
os seus telefones
fico é um con
©Shutterstock/Delcarmat, Nastushka_Muffin

Método cientí
celulares. Testam as
s
e etapas pelo
funções e verificam
os resultados de de processos n vo lv e
a se dese
acordo com as
quais a ciênci fi co é
ento cientí
e o conhecim
alterações dos
te
continuamen
parâmetros que
selecionam. construído e
testado.

1. INTRODUÇÃO À FÍSICA • •5
S FÁCEIS PARA
NÃO EX ISTEM MÉTODO
DIF ÍCEIS.
RESOLVER PROBLE S
MA
S René Descartes (1596 - 1650) afirmou que
RENÉ DESCARTE
as ciências e a realidade devem ser testadas e
comprovadas com fundamentos lógicos. Essa afirmação deu
comprova
origem
m aao
o méto
método
t do cartesiano, que apresenta os seguintes princípios:
to
• distinção da vvalidade e da clareza do fenômeno real que se deseja
analisar;
• análise do fenômeno ou da realidade, reduzindo o grau de
complexidade do sistema por meio de sua divisão em inúmeras
partes, que podem ser investigadas independentemente do todo;

uz
Yav
aci ordenação e sistematização das partes do sistema, iniciando pelas
k/N

toc
s

parcelas de menor complexidade e ampliando o estudo para as


ter
hut
©S

parcelas de maior complexidade;


s
René Descarte
• enumeração dos resultados e das conclusões obtidas com o
objetivo de generalizar o estudo das partes para o todo.

O método científico consiste, portanto, de uma série de etapas e procedimentos que objetivam a construção do
conhecimento. Eles não são tão bem definidos, testados ou confiáveis, como simplificações didáticas podem dar
a entender, e podem mudar de tempos em tempos. Como em qualquer atividade humana, há uma permanente
interação entre o pensar, o sentir e o fazer na construção do conhecimento científico.

De modo resumido, uma


maneira, talvez mais tradicional, FICA A DICA!
de se fazer ciência consiste em: oria?
ferença entre lei e te
• definição do tema, do Você sabe qual é a di
V série de fenômenos
que generaliza uma
problema e das variáveis que LLei: regra ou norma e podem ser
en to s qu e tê m co nd ições similares ou qu
devem ser observadas; oou ev .
as mesmas condições
repetidos mediante e princípios
• levantamento de informações
nj un to de co nh ecimentos, hipóteses
Teoria: co ntemplam
sobre o fenômeno observado;
e te sta do s) qu e sã o sistematizados e co
(validados ia pode ser
fenômenos. Uma teor
• elaboração de hipóteses um conjunto vasto de novos estudos.
sobre as relações entre an do na da ou ap er feiçoada por meio de
ab
DVbYDUL£YHLV
• realização de experimentos,
testes, observações e
medidas;
Grandezas físicas
• análise dos resultados A Física é uma ciência pautada na teoria e na
HbFRPSDUD©¥RFRPDV experimentação e, por isso, a medição assume um papel
hipóteses estabelecidas; fundamental para o seu desenvolvimento. Quando realizamos
uma medida, estamos estabelecendo uma comparação entre
• sistematização e elaboração uma propriedade de um objeto e um valor de referência.
das condições pelas quais
©Shutterstock/Happy Art

o experimento pode ser Instrumentos de Medida


generalizado;
• construção de uma lei
RXbWHRULD Balança Termômetro Cronômetro Régua Velocímetro
industrial

Bússola Compasso Paquímetro Hidrômetro Copo medidor


6• • FÍSICA
Em síntese, as propriedades EM13CNT301
I¯VLFDVGRVFRUSRVHGDSUµSULD ATIVIDADES
natureza que podem ser
PHGLGDVbȡFRPRFRPSULPHQWR 1. O método científico consiste em uma série de etapas e
WHPSRHPDVVDbȡV¥R procedimentos que objetivam a construção do conhecimento.
denominadas grandezas físicas. Explique as principais etapas desse método.
Grandeza é toda propriedade que Definição do tema, do problema e das variáveis que devem ser analisadas; elaboração de
pode ser medida e quantificada
hipóteses sobre o problema de estudo; realização de experimentos, testes, observações e
numericamente. Exemplos de
grandezas são: deslocamento, medidas; análise dos resultados e comparação com as hipóteses estabelecidas; sistematização
YHORFLGDGHIRU©DWHPSHUDWXUD
PDVVDHQHUJLDSRW¬QFLDHWF e elaboração das condições pelas quais o experimento pode ser generalizado; e construção da

Em Física, as grandezas são teoria, lei ou princípio, no caso de aceitação da hipótese.


classificadas em fundamentais
ou derivadas. Por um padrão 2. Qual é a definição de grandeza física? Quais são suas classificações?
estabelecido historicamente, Grandezas físicas são as propriedades físicas dos corpos e da própria natureza que podem ser
as grandezas fundamentais
medidas. Elas são classificadas em fundamentais e derivadas.
são aquelas definidas por si
VµRXVHMDDTXHODVTXHQ¥R
são expressas em função de
outras grandezas. São elas: 3. A última etapa do método científico consiste na elaboração de uma
comprimento, massa, tempo, lei ou teoria. Esclareça a diferença entre essas duas explicações.
temperatura, corrente elétrica, As leis são entendidas como regras ou normas que generalizam uma série de fenômenos
quantidade de matéria e
ou eventos que têm condições similares ou que podem ser repetidos mediante as mesmas
intensidade luminosa.
As JUDQGH]DVGHULYDGDV, condições, enquanto as teorias são conjuntos de conhecimentos, hipóteses e princípios
por outro lado, são aquelas
(validados e testados) que são sistematizados e contemplam um conjunto vasto de
definidas em função das
grandezas fundamentais. fenômenos. Uma teoria pode ser abandonada ou aperfeiçoada por meio de novos estudos.
$bYHORFLGDGHP«GLDSRUH[HPSOR
«GHILQLGDFRPRDUD]¥RHQWUHbR 4. Explique a diferença entre grandezas fundamentais e grandezas
deslocamento de um objeto e derivadas.
RbLQWHUYDORGHWHPSRQHFHVV£ULR As grandezas fundamentais são aquelas definidas por si só, ou seja, aquelas que não são
para a realização desse
expressas em função de outras grandezas, enquanto as grandezas derivadas são aquelas
GHVORFDPHQWR/RJRDYHORFLGDGH
média é expressa em função das definidas em função das grandezas fundamentais.

FIS
JUDQGH]DVFRPSULPHQWRHbWHPSR
5. A velocidade é uma grandeza derivada do deslocamento e do
Para simplificar a notação tempo, pois é obtida pela razão entre duas grandezas. Cite duas
e a representação das medidas outras grandezas físicas derivadas de outras grandezas e depois
em Física, costumamos indicar as explique como essas grandezas físicas são obtidas.
grandezas com o uso de símbolos
HOHWUDV3RUH[HPSORYHORFLGDGH Pessoal. Exemplos: densidade de um corpo, resultado da razão entre massa e volume;
pressão, resultado da razão entre força e área.
«UHSUHVHQWDGDSHODOHWUDY
massa, pela letra m; tempo, pela
OHWUDbWHWF

Agora, você pode fazer


as atividades 18 a 20
m.
da seção Conquista Ene

Apresente a definição de velocidade média


para ilustrar o que é uma grandeza derivada: v = Δs 1. INTRODUÇÃO À FÍSICA • •7
Δt
SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES, UNIDADES
DE MEDIDA E CONVERSÃO DE UNIDADES
Por muitos séculos, as
sociedades utilizaram inúmeros
Sistema Internacional de Unidades
sistemas de medição e, (PQDl&RQIHU¬QFLD*HUDOGH3HVRVH0HGLGDV &*30 
consequentemente, inúmeras realizada em Paris, foi criado o Sistema Internacional de Unidades (SI)
unidades de medida. Grandezas e, na 14ª. CGPM, em 1971, foram definidas as unidades básicas do então
como massa, comprimento e denominado SI: o sistema métrico decimal, de origem francesa.
YHORFLGDGHWLQKDPGLYHUVDV
unidades empregadas
simultaneamente por diferentes UNIDADES FUNDAMENTAIS DO SI
comunidades.
Grandeza Unidade Símbolo
(VVDVGLIHUHQ©DVQRVSDGU·HV
de medida traziam inúmeras Comprimento metro m
dificuldades e problemas, em Massa quilograma kg
HVSHFLDOQDVWUDQVD©·HVFRPHUFLDLV
HQWUHSD¯VHVTXHDGRWDYDP Tempo segundo s
sistemas distintos. Por isso, em
Corrente elétrica ampere A
1875, foi constituído o Bureau
Internacional de Pesos e Medidas Temperatura kelvin K
%,30 ORFDOL]DGRHP6ªYUHV
Quantidade de matéria mol mol
)UDQ©D FRPRREMHWLYRGHFULDU
HUHJXODPHQWDURVSDGU·HVGH Intensidade luminosa candela cd
unidades de medida.

©Shutterstock/Fullempty

Unidades de medida são padrões


de referência adotados para medir
as grandezas físicas. O metro, o
quilograma e o segundo são as
unidades de comprimento, massa
e tempo, respectivamente.

8• • FÍSICA
1RWD©¥RFLHQW¯ILFDbȡGRPDFURDRPLFUR
0XLWDVYH]HV«QHFHVV£ULRH[SUHVVDUYDORUHVPXLWRJUDQGHVFRPRDGLVW¤QFLD
entre os planetas do Sistema Solar, ou muito pequenos, como a massa de um
elétron. Nesses casos, é comum o uso da notação científica (também chamada de
SRW¬QFLDGHGH] 
Essa representação é composta de dois fatores: um fator
N · 10EWDOTXHɆ1H(
QXP«ULFR1TXHGHYHVHULJXDORXPDLRUTXHHPHQRUTXH
XPbQ¼PHURLQWHLUR
PXOWLSOLFDGRSRUXPDSRW¬QFLDGHEDVH
2H[SRHQWHGDSRW¬QFLDGHEDVHVHU£
• SRVLWLYRVHRPµGXORGRYDORUFRQVLGHUDGRLQLFLDOPHQWHIRUPDLRURXLJXDOD
([HPSORD7HUUDVXUJLXK£DSUR[LPDGDPHQWHGHDQRV ELOK·HV
de anos). Em notação científica, temos: 4,5 · 109 anos;
• QHJDWLYRVHRPµGXORGRYDORUFRQVLGHUDGRLQLFLDOPHQWHIRUPHQRUTXH
([HPSORSHVTXLVDVFLHQW¯ILFDVLQGLFDPTXHRVSULPHLURVVHUHVYLYRVIRUDPVHUHV
XQLFHOXODUHVKHWHUµWURIRVFRPDSUR[LPDGDPHQWHPHWUR(PQRWD©¥R
científica: 2 · 10ȡ m.

Prefixo Valor numérico associado Potência de dez


tera (trilhão) 1 000 000 000 000 1012
giga (bilhão) 1 000 000 000 109
mega (milhão) 1 000 000 106
quilo (mil) 1 000 103
hecto (cem) 100 102
deca (dez) 10 101
deci (décima parte) 0,1 10–1
centi (centésima parte) 0,01 10–2
mili (milésima parte) 0,001 10–3
micro (milionésima parte) 0,000 001 10–6

FIS
nano (bilionésima parte) 0,000 000 001 10–9
pico (trilionésima parte) 0,000 000 000 001 10–12
3DUDIDFLOLWDUDUHSUHVHQWD©¥RGHPHGLGDVPXLWRJUDQGHVRXPXLWRSHTXHQDV«FRPXPRXVRGHSUHIL[RVP¼OWLSORVHVXEP¼OWLSORVGHTXH
antecedem as unidades de medida. É importante saber que esses prefixos representam apenas potências de dez e não têm dimensão física.
É importante ressaltar aos
(P)¯VLFDXWLOL]DPVHGLYHUVRVLQVWUXPHQWRVGHPHGL©¥RTXHPHGHPYDORUHV alunos que os prefixos
muito grandes ou muito pequenos. Por isso, a representação do resultado da medição representam potências
de 10, isto é, são números e,
nesses instrumentos é dada por meio de notação científica. São exemplos desses portanto, não têm dimensão
LQVWUXPHQWRVRSDTX¯PHWURRPLFU¶PHWURRYROW¯PHWURHRDPSHU¯PHWUR física.

Outros exemplos de utilização da notação científica nos dias atuais são a


apresentação das unidades de armazenamento digital (gigabyte, terabyte, etc.)
HbDVbPHGLGDVGHGLVW¤QFLDVDVWURQ¶PLFDV DX 

1. INTRODUÇÃO À FÍSICA • •9
Instrumentos de precisão
O paquímetro (também conhecido como vernier) e
o micrômetro são instrumentos utilizados para medidas
de distância (altura, largura, profundidade, diâmetro,
comprimento ou espessura) em situações nas quais os

k
vliu
Pa
resultados necessitam ter uma precisão menor ou igual

a
riy
ikto
DbGXDVFDVDVGHFLPDLV –2–3–6, ...).

V
g,
inin
m
pix
Nas áreas de Engenharia Civil e Arquitetura, por

,K
ure
nn
ycr
eat
exemplo, o paquímetro pode ser usado para medir
um parafuso, para descobrir o diâmetro de uma broca
, Fu
ta y

e para medir a profundidade de uma cavidade, entre


un
k /F
toc

muitas outras finalidades. Atualmente, os paquímetros


ers
utt
h

vêm sendo utilizados até mesmo no setor de estética,


©S

nos salões de beleza, para determinar com precisão


as distâncias e espessuras quando se decide fazer um
design de sobrancelha, por exemplo.
Já o micrômetro é um instrumento de medição
capaz de aferir as dimensões com precisão da ordem de
PLFU¶PHWURV –6). As suas aplicações principais estão
na indústria mecânica, elétrica e eletrônica.

10 • • FÍSICA
Adição e subtração com
números em notação científica
Para realizar uma adição ou subtração entre Existem ainda inúmeros métodos de conversão
que podem ser explorados e aprofundados
números em notação científica, é necessário que eles (como tabela de conversão, conversão em
WHQKDPRPHVPRH[SRHQWHQDSRW¬QFLDGHEDVH cadeia, regra de três, etc.), de acordo com a
preferência metodológica.
Nesses casos, basta somar ou subtrair os fatores
numéricos e repetir a potência. Veja os exemplos: Conversão de unidades
• y–4y–4 y–4 Diversas vezes, é necessário transformar a
• 5 5
y bȡy  y 5 unidade na qual a grandeza está sendo apresentada
em outra unidade na qual a grandeza está sendo
Dica: quando os expoentes das potências são pedida, ou seja, precisamos fazer uma conversão de
diferentes, primeiramente é preciso igualá-los, unidade. Existem diversos métodos de conversão
para depois somar ou subtrair os números. Veja o GHbXQLGDGHV
exemplo:
Dois casos que ocorrem com bastante frequência
• y4bȡy3 = são as conversões entre unidades do sistema
y3bȡy3 = métrico decimal e as conversões entre unidades
de sistemas de medida diferentes. Observe como
 y3 y4
podemos realizá-las.
 1RWHTXHy4VHWUDQVIRUPRXHPy3.
Quando as conversões ocorrem entre unidades
do sistema métrico decimal, podemos recorrer à
Multiplicação e divisão com conversão por notação científica.

números em notação científica • Substituição do prefixo pela potência de base


HTXLYDOHQWH
Para multiplicar ou dividir números em notação
a) 2,3 km =y3 m
científica, devemos multiplicar ou dividir o fator
numérico e aplicar as propriedades de multiplicação b) P/=y–3/
e divisão de potências de mesma base. Veja os • 6XEVWLWXL©¥RGDSRW¬QFLDGHEDVHSHORSUHIL[R
exemplos: equivalente: No item “d”, por
questões didáticas,
• y–5yy3 y–2 c) J=y3 g =NJ não seguimos a
norma de operações
2, 4 · 104 d) V=y–6 s = 4 μs com algarismos
• 5
 yȡ significativos.
2, 0 · 10
Quando as conversões ocorrem entre unidades
de sistemas de medida diferentes, como conversões

FIS
de tempo ou conversões entre o sistema métrico
e o sistema imperial britânico, podemos recorrer à
Multiplicação de potências de substituição da unidade pelo fator de conversão.
mesma base
Veja os exemplos:
nX · nY = n(X + Y) ⇒ repetimos a base
e somamos os expoentes. • 2,5 min =yV=V
1
• PLQ= 12 · h =K
Divisão de potências de 60
mesma base • LQ=yFP=FP LQ«R
nX ( X  Y ) símbolo utilizado para indicar polegada)
=n ⇒ repetimos a base
nY e subtraímos os • P=yMDUGD=MDUGDV
expoentes.

1. INTRODUÇÃO À FÍSICA • • 11
CONECTADO
Armazenamento de dados
No mundo atual, frequentemente recebemos
informações sobre unidades de armazenamento 1 KB kilobyte 1 024 bytes 103 bytes
digital. Palavras com os prefixos “giga” e “tera” já
1 MB megabyte 1 024 kilobytes 106 bytes
se tornaram parte do nosso cotidiano. Mas você
sabe o que de fato esses prefixos significam? 1 GB gigabyte 1 024 megabytes 109 bytes
As áreas de tecnologia e informática 1 TB terabyte 1 024 gigabyte 1012 bytes
utilizam o byte (B) como unidade de medida
para o armazenamento de dados. Dispositivos 1 PB petabyte 1 024 terabytes 1015 bytes
como smartphones, notebooks, computadores e A notação científica é utilizada para representar a capacidade
pendrives oferecem a capacidade de armazenar de armazenamento de dados dos dispositivos eletrônicos.
um número de dados cada vez maior. Dessa forma, Por exemplo, um pendrive de 8 GB tem uma capacidade de
armazenamento da ordem de aproximadamente 8 · 109 B,
os múltiplos do byte (B) tornam-se cada vez
RXbVHMD% RLWRELOK·HVGHbytes).
mais conhecidos: kilobyte (KB), megabyte (MB),
gigabyte (GB), terabyte (TB) e petabyte (PB). Para
representarmos esses valores, utilizamos a notação
científica, conforme exposto
posto na tabela a seguir.

Conectado
Um arquivo de texto
É importante os alunos
é da ordem de
perceberem que, com KiloBytes
o avanço da tecnologia,
temos a possibilidade
de armazenar uma grade Uma imagem é
quantidade de informações da ordem de
©Shutterstock/Akhenaton Images
em espaços cada vez menores
e que esses espaços não MegaBytes
precisam ser necessariamente
físicos, como é o caso das nuvens
de armazenamento. Se julgar Um pendrive é
oportuno, solicite a eles uma da ordem de
pesquisa sobre o primeiro
computador e sobre como GigaBytes
eram armazenadas as
informações na década
de 1990.
HDs possuem
armazenamento
da ordem de
TeraBytes
©Shutterstock/Andy Taufik Gunawan

O Google processa
20 PetaBytes
por dia
©Shutterstock/Antonio Guillem

12 • • FÍSICA
EM13CNT301
ATIVIDADES
6. Marque um X nas alternativas que apresentam d) ͲǡͲͶǣ4 · 10–2
a grandeza seguida da sua respectiva unidade e) ͲǡͲͲͶǣ4 · 10–3
no Sistema Internacional de Unidades (SI).
f) ͲǡͲͲͲԜͲͲͲԜͲͲͶǣ4 · 10–9
( ) Quantidade ( X ) Temperatura – g) ͲǡͲͲͲԜͲͲͲԜͲͲͲԜͲͲͲԜͲͲͲԜͲͶǣ4 · 10–17
de matéria – kelvin
quilograma 10. Leia atentamente o texto a seguir.
( ) Massa – libra
( X ) Comprimento – A Covid-19 é uma doença causada pelo
( X ) Tempo – segundo
metro coronavírus, denominado Sars-CoV-2, que apresenta
( X ) Força – newton um espectro clínico variando de infecções
7. Pesquise o valor numérico de cada medida assintomáticas a quadros graves. De acordo com
contida na tabela e represente-o na forma de a Organização Mundial de Saúde, a maioria (cerca
notação científica. Não se esqueça de indicar as de 80%) dos pacientes com Covid-19 podem ser
unidades do SI. assintomáticos ou oligossintomáticos (poucos
sintomas), e aproximadamente 20% dos casos
Valor numérico em
Descrição da medida detectados requer atendimento hospitalar por
notação científica
apresentarem dificuldade respiratória, dos quais
Massa de um elétron 9,109 382 2 · 10–31 kg aproximadamente 5% podem necessitar de suporte
ventilatório.
Massa da Terra 5,9736 · 1024 kg
248(‹&29,'"'LVSRQ¯YHOHPKWWSVFRURQDYLUXVVDXGHJRYEUVREUH
Circunferência da Terra 4 · 107 m DGRHQFDRTXHHFRYLG$FHVVRHPMDQ

Carga elementar do próton 1,6 · 10–19 C De acordo com um relatório emitido pela
Fiocruz, o diâmetro médio de uma partícula
Unidade astronômica 1,496 · 1011 m do coronavirus é de aproximadamente
quatrocentros e cinquenta nanômetros.
8. Converta os valores contidos nas frases a seguir Assinale a alternativa que melhor representa
para notação científica. esse dado em notação científica.
a) O elétron tem uma massa a) 4,5 · 10–10 m d) 450 · 10–8 m
de aproximadamente –7
X b) 4,5 · 10 m e) 450 · 10–7 m
ͲǡͲͲͲԜͲͲͲԜͲͲͲԜͲͲͲԜͲͲͲԜͲͲͲԜͲͲͲԜͻ
micrograma. c) 4,5 · 10Ȃͻ m
9,0 · 10–22 micrograma 11. Efetue as transformações das unidades das
grandezas de comprimento, apresentando as
b) A velocidade com que a luz se propaga no respostas em notação científica.
vácuo é de aproximadamente 300 milhões a) ͷͲ…’ƒ”ƒǣ50 · 10–2 m = 5 · 10–1 m
de metros por segundo.
b) ͹ͲͲ’ƒ”ƒǣ700 · 103 m = 7 · 105 m
FIS
3,0 · 108 metros por segundo
c) Ͳǡ͸’ƒ”ƒǣ0,6 · 103 m = 6 · 102 m
c) Se um objeto se movesse com a velocidade d) ͳͶͲ’ƒ”ƒǣ140 · 10–3 km = 1,4 · 10–1 km
da luz, ele demoraria aproximadamente
133 milésimos de segundo para completar 12. Efetue as transformações das unidades de
uma volta em torno da Terra. medida de massa e apresente a resposta em
notação científica.
1,33 · 10–1 segundo
a) ͳ‰’ƒ”ƒ‰ǣ1 · 103 g
9. Escreva os valores a seguir em notação b) Ͳǡͷ‰’ƒ”ƒ‰ǣ0,5 · 106 mg = 5 · 105 mg
científica. c) ʹ͵Ͳ‰’ƒ”ƒ‰ǣ230 · 10–6 kg = 2,3 · 10–4 kg
a) ͶͲԜͲͲͲǣ 4 · 104 d) ͳͳͷ‰’ƒ”ƒ‰ǣ115 · 10–3 kg = 1,15 · 10–1 kg
b) ͶͲͲԜͲͲͲԜͲͲͲǣ4 · 108
as atividades
c) ͶͲͲԜͲͲͲԜͲͲͲԜͲͲͲԜͲͲͲԜͲͲͲǣ4 · 1017 Agora, você pode fazer
qui sta Enem.
21 a 24 da seção Con

1. INTRODUÇÃO À FÍSICA • • 13
GRANDEZAS ESCALARES × VETORIAIS
Considere que, ao medir sua temperatura num dia em que está
OHYHPHQWHIHEULOYRF¬REWHQKDXPYDORUGHbr&2EVHUYHTXHD
medida da temperatura é indicada somente pelo valorr numérico,
DVVRFLDGRDXPDXQLGDGHGHPHGLGDbȡQHVVHFDVRDHVFDOD&HOVLXV
RDHVFDOD&HOVLXV
Existem ainda inúmeras outras grandezas em m que somente
o valor e a unidade de medida são suficientes paraa erstock/
Mr Doo
mits
©Shutt
defini-las completamente, como massa, tempo,
volume, etc.
utras informações
No entanto, existem grandezas que requerem outras
para uma definição completa. Por exemplo, a posição o de um avião
que decolou do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, s e qu
que, após
XPDKRUDSHUFRUUHXDSUR[LPDGDPHQWHbNPHPOLQKDUHWDVµ
pode ser precisamente definida se soubermos para qual direção e em
qual sentido ele voou. Se, eventualmente, ele se deslocou na direção
oeste-leste e no sentido leste, podemos afirmar que, naquele instante,
HOHbVREUHYRDYDDFLGDGHGR5LRGH-DQHLUR

Distância entre Campinas e Rio de Janeiro em linha retaa

Mariane Félix da Rocha

Podemos determinar
a posição de
um objeto se
conhecermos a
direção e o sentido
do seu deslocamento.

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro, 2018. Adaptação.

Em Física, existem duas categorias de grandezas: as grandezas


escalares, que são completamente definidas apenas por um valor (módulo),
normalmente associado a uma unidade da medida; e as grandezas
vetoriais, que requerem também a definição da direção e do sentido.
Grandezas escalares: são grandezas definidas somente pelo Há grandezas físicas que são adimensionais;
por isso, é um equívoco dizer que toda grandeza
módulo, como tempo, massa, volume, área, temperatura, energia, etc. física necessita de uma unidade de medida.
Coeficiente de atrito, índice de refração, nível
Grandezas vetoriais: são grandezas definidas por módulo, direção sonoro (que é adimensional, embora seja
HbVHQWLGRFRPRGHVORFDPHQWRYHORFLGDGHDFHOHUD©¥RIRU©DHWF atribuído à unidade bel por tradição) e spin são
alguns exemplos.

14 • • FÍSICA
O que são vetores?
O nome grandeza vetorial vem do fato de essas grandezas serem
representadas por vetores. Na Física Clássica, uma maneira comum de
entender os vetores é considerá-los como segmentos orientados que
têm três atributos: módulo, direção e sentido.
Uma grandeza vetorial pode ser representada por um vetor,
TXHbLQGLFDDO«PGRPµGXORDGLUH©¥RHRVHQWLGRGDJUDQGH]D
vetor sentido
Um vetor é
definido por um
módulo, uma
direção e um módulo
sentido.
direção
O módulo indica o valor da medida (intensidade) de uma grandeza
vetorial. Essa intensidade, representada graficamente, está relacionada
ao comprimento do segmento de reta.
A direção de um vetor é determinada pela reta que passa por ele,
isto é, é a reta suporte do segmento que o representa. No caso do vetor
representado anteriormente, a direção é horizontal.
O sentido de um vetor é indicado pela ponta da seta. Para cada
direção, há sempre dois sentidos possíveis, uma vez que um segmento
de reta pode ser orientado para dois lados distintos. No caso do vetor
representado anteriormente, seu sentido é para a direita.
Assim como as grandezas escalares, as grandezas vetoriais são
G G
representadas simbolicamente
G por letras, como v para velocidade, a
para aceleração e F para força. Observe que os símbolos das grandezas
vetoriais apresentam uma pequena seta acima deles. A intenção
dessa seta é indicar que a medida tem uma informação vetorial e que,
portanto, ela deve informar direção e sentido. Essa pequena seta acima
do símbolo da grandeza não indica o sentido (do vetor) da medida: ela
sempre é horizontal para a direita.
O módulo, ou intensidade, de uma grandeza vetorial pode ser
LQGLFDGRVRPHQWHSHODOHWUDbȡVHPDVHWDDFLPDGHOD,VVRRFRUUH
quando não há interesse ou necessidade de informar a direção e
RbVHQWLGRPDVVRPHQWHVHXYDORU

FIS
G
v b bbPVbȡHVVDUHSUHVHQWD©¥RHVW£HTXLYRFDGDSRLVDLQIRUPD©¥R
ȦbPVȧQ¥RH[SOLFLWDDGLUH©¥RHRVHQWLGRGDPHGLGDFRPRLQGLFDR
V¯PERORY8PDIRUPDGHUHSUHVHQW£ODFRUUHWDPHQWHVHULDYb bbPVQD
KRUL]RQWDOSDUDDGLUHLWD
Yb bbPVbȡHVVDUHSUHVHQWD©¥RHVW£FRUUHWDSRLVVHUHIHUHVRPHQWHDR
valor da velocidade.

a
origem extremidade

a = 10 cm

Além da representação gráfica dos vetores, uma informação vetorial


pode ser representada algebricamente.

1. INTRODUÇÃO À FÍSICA • • 15
Decomposição de vetores
No tópico anterior, apresentamos Tomando como referência Observe que esse vetor
as grandezas escalares e vetoriais. apenas as direções horizontal apresenta, simultaneamente,
Vimos que a velocidade, por requerer a e vertical, as imagens XPȦWDPDQKRȧKRUL]RQWDObȡ
informação de direção e sentido, é uma evidenciam que o movimento associado à velocidade com
grandeza vetorial. Observe as imagens a GRIRJXHWHHbRGRQDGDGRU que o avião se movimenta
seguir, de um foguete, um nadador e um ocorrem somente em uma SDUDDIUHQWHbȡHXPȦWDPDQKRȧ
avião durante a decolagem. direção: o foguete tem YHUWLFDObȡDVVRFLDGR¢
velocidade na direção vertical velocidade com que o avião se
&RPEDVHQHVVDVLPDJHQVRbTXH«
HbVHQWLGRSDUDFLPDHR movimenta para cima. Esses
possível dizer a respeito da direção do
nadador tem velocidade na “tamanhos” são denominados
movimento em cada um dos casos?
direção horizontal e sentido componentes de um vetor.
para a direita.
Nos outros casos, o foguete
Por outro lado, durante tem apenas a componente
sua decolagem, o avião tem YHUWLFDObȡSRUTXHVRPHQWH
velocidade na vertical e HVW£VXELQGRbȡHRQDGDGRU
KRUL]RQWDOVLPXOWDQHDPHQWHbȡ tem apenas a componente
DRbPHVPRWHPSRTXHVREH horizontal, pois somente está se
vai para a frente. A figura movimentando para a frente.
a seguir apresenta o
A decomposição de vetores
vetor que indica a
é a operação na qual podemos
velocidade do avião.
determinar, por meio de um
vetor de pelo menos duas
dimensões, as suas componentes.
O mais comum é expressar
as componentes nas direções
ton
ng

horizontal e vertical.
nti
Hu
hn
/Jo
ock
rst

©Shutterstock/Pincasso
tte
hu
©S

G
v

Ao decolar, um avião
tem, simultaneamente,
uma velocidade
horizontal (para
a frente) e uma
velocidade vertical
(para cima).
©Shutterstock/Jacob Lund
es
u
arq
oM
ndr
Lea
ck/
sto
ter
hut
©S

16 • • FÍSICA
Voltando à velocidade do avião, vamos chamar a componente
G G
horizontal, no eixo x, de v x e a componente vertical, no eixo y, de v y .
3DUDbUHDOL]DUDGHFRPSRVL©¥REDVWDVHJXLUDVHWDSDVGHVFULWDVDGLDQWH
1. Desenhar o vetor que será decomposto sobre o plano cartesiano.
2. A partir da ponta desse vetor, desenhar linhas tracejadas, paralelas
aos eixos x e y, até atingir os eixos horizontal e vertical.
3. Desenhar as componentes que iniciam na origem do sistema de
coordenadas e terminam na interseção das linhas tracejadas com
[bH\

y y

v
v vy

x vx x

Etapas 1 e 2 Etapa 3

G
Observe, na ilustração, que o vetor v representa a hipotenusa de As relações trigonométricas em triângulos
G G
um triângulo retângulo e que as componentes v x e v y representam retângulos são formalizadas no 9º. ano do Ensino
Fundamental. Em Física, essas relações são
os catetos. As componentes podem ser determinadas pelas relações bastante utilizadas na decomposição vetorial e
trigonométricas seno e cosseno. na determinação de vetor resultante. Por isso,
é interessante retomar com os alunos os senos
e cossenos mais utilizados, o que facilitará a
y resolução de diversos exercícios.

v
vy vy (cateto oposto)

x
vx (cateto adjacente)

As componentes de um vetor
podem ser consideradas como os
catetos de um triângulo retângulo.

FIS

cateto oposto vy
= sen α ⇒ = sen α ⇒ vy = v · sen α
hipotenusa v
cateto adjacente v
= cos α ⇒ x = cos α ⇒ vx = v · cos α
hipotenusa v

Ressalte aos alunos que os cálculos anteriores são válidos para o exemplo
mostrado, não significando que, por exemplo, a componente horizontal sempre
vai ser calculada com o cosseno do ângulo. Isso acontecerá somente se o
ângulo α estiver entre a horizontal e o vetor.
1. INTRODUÇÃO À FÍSICA • • 17
Adição de vetores
A caminhada de orientação é uma prática os vetores para obter a resposta. Mas não basta
esportiva na qual o participante recebe VLPSOHVPHQWHVRPDURVYDORUHV bb SDUD
informações sobre localizações e, com a ajuda descobrir a localização do praticante da caminhada
de um mapa e de uma bússola, deve encontrar de orientação. Por serem grandezas vetoriais, esses
determinados pontos. deslocamentos não podem ser simplesmente
Nesse esporte, a ideia de vetores está por trás somados aritmeticamente.
de todos os deslocamentos. Por exemplo, se um Isso significa que, além das diferenças já
praticante realizar, a partir de sua posição inicial, mencionadas entre as grandezas escalares e
um deslocamento de 50 metros e, depois, outro vetoriais, existe outra importante distinção entre
deslocamento de 120 metros, temos como saber elas que deve ser analisada: a forma como as
onde ele estará localizado. operações matemáticas são aplicadas.
A caminhada de orientação faz uso, a todo Quanto à adição, as grandezas escalares
momento, de deslocamentos vetoriais, nos quais podem ser somadas aritmeticamente, com somas e
direção e sentido precisam ser levados em subtrações numéricas. Por outro lado, quanto à soma
consideração para determinarmos a posição final. e à subtração de vetores, uma vez que eles têm
A princípio, precisamos saber a direção e o direção e sentido, muitas vezes não é possível somá-
sentido desses deslocamentos e, então, somar -los aritmeticamente.

na
Mo
ya
/Pa
ock
rst
tte
hu
©S

18 • • FÍSICA
©Shutterstock/DimaSid
Quando os vetores estiverem todos em uma mesma direção, o módulo do vetor
resultante é determinado pela soma aritmética dos módulos de cada vetor. Entretanto,
devemos nos lembrar de que, se algum vetor estiver na mesma direção, mas no sentido
RSRVWR SDUDDHVTXHUGDRXSDUDEDL[R SUHFLVDPRVFRQVLGHUDURVLQDOQHJDWLYRGRYHWRU
No exemplo a seguir, quatro vetores horizontais são somados. Observe que a soma
vetorial se torna uma soma aritmética.
G G G G G
a a=8 R = a  b  c  d
b b=4
5 DE ȡF G
c c=6
d d=3 5 DEbȡFG

R R=9 5 bȡ

Vetores na mesma direção têm seus módulos


R=9
somados aritmeticamente.

No entanto, nem sempre os vetores somados estão na mesma direção. Pelo contrário,
é comum somar grandezas, como forças aplicadas em um corpo, em que os vetores estão
em direções diferentes. Considere, por exemplo, a soma dos vetores a seguir.
y

a Vetores em direções
quaisquer

A primeira etapa dessa soma consiste


na determinação das componentes de cada ax = a · cos α e ay = a · sen α
um dos vetores. Nesse caso, as componentes bx = b · cos β e by = b · sen β

FIS
podem ser expressas por:

by

Decomposição de
vetores para somar
ay as componentes

bx ax x
1. INTRODUÇÃO À FÍSICA • • 19
Decomposição EXEMPLOS RESOLVIDOS
de vetores
Após a decomposição dos
vetores, devemos somar as
ADIÇÃO DE VETORES
componentes que estão na Voltando ao exemplo da caminhada de orientação,
mesma direção, calculando a suponha que os dois deslocamentos sejam perpendiculares.
componente resultante em cada 3RUH[HPSORRSUDWLFDQWHFDPLQKRXbPSDUDRRHVWHH
eixo do plano cartesiano. Assim: GHSRLVbPSDUDRQRUWH&RPRSRGHPRVGHWHUPLQDUDTXH
distância o praticante está do ponto de partida?

Rx = ax + bx
Ry = ay + by RESPOSTA
Pela soma vetorial, cujo resultado pode ser obtido pelo
teorema de Pitágoras, podemos determinar a que distância
ele se encontra do ponto de partida.
y

©Shutterstock/Miks Mihails Ignats Jack Art. 2009. Digital.


Ponto de chegada

R
by 120 m

Ponto de partida
R 50 m

N
NO NE

Ry O L
SO SE

S
ay

ax bx R2 = Rx25y2 ֜ R2 = 5022
x R2 
Rx
R2 
Para somar os vetores, basta somar as
componentes que estão na mesma direção. R= 16 900
5 P
Por fim, o vetor resultante é
determinado pelo cálculo de seu
módulo utilizando o teorema de
Pitágoras:
NOTAA!!
OME NOT
TTOM
ÇO
USE ESTE ESPA
R2 = Rx2 + Ry2 AN OTAR O QUE
PARA
ATÉ AQUI.
APREND EU

20 • • FÍSICA
EM13CNT301, EM13CNT303
ATIVIDADES
13. Classifique as grandezas físicas apresentadas a 16. Em uma brincadeira de caça ao tesouro, o mapa
seguir como escalar (E) ou vetorial (V). diz que, para chegar ao local onde a arca de
ouro está enterrada, é preciso, primeiramente,
( V ) Velocidade ( E ) Energia
dar dez passos na direção norte; depois, doze
( E ) Massa ( V ) Aceleração passos na direção leste; em seguida, sete passos
( E ) Tempo ( V ) Deslocamento para o sul; e, finalmente, oito passos para o
oeste. Desenhe a trajetória descrita no mapa
( E ) Temperatura ( V ) Força utilizando um diagrama de vetores.
14. Uma partícula move-se do ponto P1 ao P4 em
três deslocamentos vetoriais sucessivos. Qual 12
seria a representação aritmética do vetor N

7
G 10
O L

deslocamento total d ? S

8
P3
b
P2

d
a

P4
P1
c

Aqui temos uma soma vetorial em que, para determinarmos


o vetor resultante, utilizamos a regra do polígono da seguinte
G G G
G G
forma: a + b + d = c . Isolando o vetor d da equação, 17. Um estudante costuma ir para sua escola a pé,
G G G G
chegamos à resposta: d  =  c  – ( a  +  b ). fazendo o seguinte percurso: sai de sua casa e
anda 100 m para o norte; em seguida, dobra à
direita e anda mais 200 m para o leste; a seguir,
vira novamente à direita e anda mais 50,0 m
para o sul, chegando, enfim, à escola. Dessa
forma, calcule o módulo do deslocamento
15. Um avião a jato decolou com velocidade de realizado pelo estudante, em metros.
200 m/s e inclinação de aproximadamente 15°
com a horizontal, conforme a ilustração. 200 m
50 m
100 m

200 m
Jack Art. 2010. Digital.

y
ponto de
v chegada

FIS
ponto de
15°
partida
x

Calculando o módulo do deslocamento d, temos:


d2 = 502 + 2002
Determine as componentes da velocidade d = 2500 + 40000
do avião na horizontal e na vertical. Dados: d = 206,15 m
sen 15° = 0,26 e cos 15° = 0,97.

vx = v · cos 15° ⇒ vx = 200 · 0,97 ⇒ vx = 194 m/s


vy = v · sen 15° ⇒ vy = 200 · 0,26 ⇒ vy = 52 m/s

a atividade
Agora, você pode fazer
Enem.
25 da seção Conquista

1. INTRODUÇÃO À FÍSICA • • 21
ORGANIZE AS IDEIAS

O texto a seguir trata, de maneira resumida, dos conceitos


vistos neste capítulo. Após sua leitura, anote em seu caderno ou
grife de maneiras diferentes as passagens relacionadas com:
a) o método científico;
b) o Sistema Internacional de Unidades;
c) representações e operações vetoriais.

As disciplinas de Física, Química e O SI define, inclusive, quais são


Biologia são relativamente recentes na as grandezas fundamentais e dá
história da humanidade. Elas começaram exemplos de grandezas derivadas, além
a ser tratadas por esses nomes de definir padrões e regras para se
basicamente a partir do século XVII. medir e representar as unidades dessas
Mas isso não significa que não havia grandezas.
produção de conhecimento antes disso.
No entanto, foge do escopo do SI
Os séculos XVI e XVII marcam apenas o
outra classificação das grandezas: se
início das chamadas Ciências Modernas.
são escalares ou vetoriais. Essa divisão
Elas recebem esse nome por está relacionada com as características
compartilharem uma dinâmica no necessárias para compreendermos uma
processo de produção de conhecimento: grandeza. A potência de um aparelho,
o método científico. As etapas mais por exemplo, é uma grandeza escalar,
comuns desse método são a observação pois ela é perfeitamente compreensível
do fenômeno, o levantamento de se conhecermos somente o seu
deduções, a formulação de hipóteses, a módulo. Por outro lado, há grandezas
realização de testes, a comprovação das como a aceleração, que, para serem
hipóteses e a formulação de uma lei ou completamente caracterizadas, precisam
teoria. também de uma direção e de um sentido
Esses procedimentos ajudaram definidos. A aceleração da gravidade,
no desenvolvimento científico, que nas proximidades da superfície da Terra,
sempre esteve muito ligado também YDOHbPV2 e tem direção vertical e
ao desenvolvimento tecnológico. Assim, sentido para baixo. Logo, trata-se de uma
surgiram ou foram aperfeiçoadas diversas grandeza vetorial.
tecnologias de medição nos diferentes É importante destacar que operações
países. matemáticas envolvendo grandezas
Era relativamente frequente que vetoriais não são feitas da mesma
os países tivessem sistemas de medida maneira que as operações envolvendo
diferentes ou adotassem padrões grandezas escalares, ou seja, elas não
diferentes para as medidas. Alguns se resumem simplesmente a somar
passos para resolver ou ao menos números comuns (escalares). Como
minimizar esse problema foram dados os vetores podem estar orientados de
pelos congressos internacionais de maneiras diferentes (no mesmo sentido,
pesos e medidas, que resultaram no em sentidos opostos, perpendiculares,
que chamamos atualmente de Sistema etc.), o resultado de uma soma vetorial
,QWHUQDFLRQDOGH8QLGDGHVbȡ6, depende da orientação desses vetores.

©Shutterstock/Artur Balytskyi

22 • • FÍSICA
Gabaritos.
CONQUISTA ENEM EM13CNT301,
EM13CNT303

18. (UERJ) O tempo de oscilação de um pêndulo 20. (FUVEST – SP) O tema “Teoria da Evolução”
não depende do peso do corpo suspenso tem provocado debates em certos locais dos
na extremidade do fio. Com base neste Estados Unidos da América, com algumas
conhecimento, Galileu, antes mesmo de entidades contestando seu ensino nas
realizar seu famoso experimento da Torre escolas. Nos últimos tempos, a polêmica está
de Pisa, afirmou que uma pedra leve e outra centrada no termo teoria, que, no entanto, tem
pesada, quando abandonadas livremente de significado bem definido para os cientistas. Sob
uma mesma altura, deveriam levar o mesmo o ponto de vista da ciência, teoria é:
tempo para chegar ao solo. Tal afirmação é um a) sinônimo de lei científica, que descreve
exemplo de: regularidade de fenômenos naturais, mas
a) lei. não permite fazer previsões sobre eles.
b) teoria. b) sinônimo de hipótese, ou seja, uma
suposição ainda sem comprovação
c) modelo.
experimental.
X d) hipótese.
c) uma ideia sem base em observação e
19. (UERJ) Até o século XVII, o papel dos experimentação, que usa o senso comum
espermatozoides na fertilização do óvulo não para explicar fatos do cotidiano.
era reconhecido. O cientista italiano Lazzaro X d) uma ideia apoiada pelo conhecimento
Spallanzani, em 1785, questionou se seria científico, que tenta explicar fenômenos
o próprio sêmen, ou simplesmente o vapor naturais relacionados, permitindo fazer
dele derivado, a causa do desenvolvimento do previsões sobre eles.
óvulo. Do relatório que escreveu a partir de e) uma ideia apoiada pelo conhecimento
seus estudos sobre a fertilização, foi retirado científico, que, de tão comprovada pelos
o seguinte trecho: cientistas, já é considerada uma verdade
incontestável.
[…] para decidir a questão, é importante
empregar um meio conveniente que permita 21. ENEM As exportações de soja no Brasil
separar o vapor da parte figurada do sêmen e totalizaram 4,129 milhões em toneladas
fazê-lo de tal modo, que os embriões sejam mais no mês de julho de 2012 e registraram um
ou menos envolvidos pelo vapor.
aumento em relação ao mês de julho de 2011,
embora tenha havido uma baixa em relação ao
mês de maio de 2012.
Dentre as etapas que constituem o método
A quantidade, em quilogramas, de soja
científico, esse trecho do relatório é um
exportada pelo Brasil no mês de julho de 2012
exemplo de: foi de:

FIS
a) análise de dados. a) 4,129 · 103
b) elaboração de hipótese. b) 4,129 · 106
9
c) coleta de material. X c) 4,129 · 10

X d) planejamento do experimento. d) 4,129 · 1012


e) 4,129 · 1015

1. INTRODUÇÃO À FÍSICA • • 23
22. (PUCPR) No livro Discurso do método (1537), Admita que a luz de uma estrela que se
Descartes estabeleceu algumas regras para ‡…‘–”ƒƒ͹ԜͷͲͲƒ‘•ǦŽ—œ†ƒ‡””ƒ•‡ƒ’ƒ‰—‡Ǥ
bem conduzir a razão. O tempo para que a morte dessa estrela seja
I. Somente acolher alguma coisa como visível na Terra equivale à seguinte ordem de
verdadeira após conhecê-la de maneira grandeza, em meses:
evidente. a) 103
II. Somente acolher como falso aquilo que foi b) 104
estabelecido empiricamente como falso. X c) 10
5

III. Dividir cada dificuldade a ser examinada d) 106


em quantas partes forem possíveis e
necessárias para resolvê-la. 24. (UFPR) Existem grandezas características
de cada área da Física, e suas respectivas
IV. Refletir, antes de tudo, sobre as dificuldades
unidades são usadas de forma bastante
em seu aspecto global; privilegiar sempre o
comum. Considerando essas unidades, em
todo em detrimento das partes.
Eletromagnetismo, ____________ aparece como
V. Conduzir em ordem os pensamentos, unidade comum. Em Termodinâmica, temos
começando pelos objetos mais simples __________. Em Mecânica, temos ___________, e em
e mais fáceis de conhecer, para subir, Ondulatória, ___________.
pouco a pouco, como por degraus, até
Assinale a alternativa que apresenta as
o conhecimento dos mais complexos
unidades que preenchem corretamente as
compostos.
lacunas acima, na ordem em que aparecem no
VI. Conduzir em ordem os pensamentos, texto.
começando a examinar as coisas a partir
a) metro – segundo – dioptria – tesla.
da sua importância moral até chegar a sua
importância histórica. X b) coulomb – kelvin – newton – hertz.

VII. Fazer, para todos os procedimentos, c) joule – metro – volt – grama.


revisões e enumerações completas para ter d) watt – radiano – ampere – pascal.
certeza de que nada foi omitido. e) newton – mol – ohm – candela.
VIII. Aceitar a fé como fonte do conhecimento a 25. (UFMS) Em outubro de 2018, na Indonésia,
partir da qual tudo pode ser pensado. ocorreu um terrível acidente aéreo com
IX. Observar a natureza para aprender a um Boeing 737 Max 8 da empresa Lion Air,
pensar. matando mais de 180 pessoas. O avião decolou
Correspondem a todas as regras do método do aeroporto com um ângulo de 20° na direção
apenas os enunciados: leste-oeste, por uma distância de 2 km, e em
a) I, II, III e IV. seguida se deslocou para o norte, por uma
distância de 15 km, antes de perder o contato
X b) I, III, V e VII.
com a torre de comando. (Dados: sen 20° = 0,34
c) II, IV, VI e VIII. e cos 20° = 0,94).
d) I, III, VIII e IX. Nessa situação, a alternativa que dá,
e) I, VI, VII e IX. respectivamente, os módulos dos vetores
deslocamento resultante nas direções vertical
23. (UERJ) Considera-se a morte de uma estrela e horizontal é:
o momento em que ela deixa de emitir luz, o
a) 0,68 km e 14,32 km.
que não é percebido de imediato na Terra. A
distância das estrelas em relação ao planeta X b) 0,68 km e 15,12 km.
Terra é medida em anos-luz, que corresponde c) 1,8 km e 14,32 km.
ao deslocamento que a luz percorre no vácuo d) 1,8 km e 16,64 km.
durante o período de um ano.
e) 1,8 km e 19,25 km.

24 • • FÍSICA
DO
BR
EN
AL
IN
HA
2
PO
NT
I LH
AD
A

OBJETIVOS DO CAPÍTULO
¤ Compreender que o estado
de movimento, o repouso e a
trajetória executada por um
corpo dependem do referencial
adotado.
¤ Determinar a posição e o
deslocamento de um corpo.
¤ Compreender o conceito de
velocidade média.
©S
hu
tte
rst

Definir aceleração com base


ock

¤
/Cr
y

nos conceitos de velocidade


sta
l
eye
stu

HbSRVL©¥R
dio
2
CONCEITOS INICIAIS
CONCEIT
A Me
Mecâ
Mecânica
câni
câ nica
nicaa está
est
s á frequentemente
f presente
emmn nossos
osso
os so
os afazeres
a azzer
af e es
e diários.
diá Quando corremos,
pula
pu
pulamos,
lamo
la mos,
mo s andamos
and
ndam
a oss de
de bicicleta ou até mesmo
nos sentamos em uma cadeira, vários conceitos
físicos relacionados a essa área da Física
estão envolvidos. Conceitos como posição,
velocidade, aceleração e força são centrais
para a compreensão das teorias da Mecânica.
Por isso, iniciaremos nossos estudos por eles.
Os conceitos da Mecânica, como movimento,
posição e velocidade, nem sempre foram
compreendidos da forma como os entendemos
atualmente. Foram inúmeros os pensadores envolvidos
na construção das teorias clássicas da Mecânica, mas
podemos salientar a importância de Galileu Galilei e Isaac

iff
/Tr
ock
Newton. Neste capítulo, serão estudados os fundamentos

rst
tte
hu
da Mecânica, com ênfase nos movimentos dos corpos e como

©S
eles são produzidos e modificados.

Ponto material
O que você acha que significa a expressão
ponto material? Muitas expressões científicas são
praticamente autoexplicativas. Então, analise
novamente as duas palavras separadamente e
tente responder à pergunta anterior. Ao pensar
em ponto, temos a ideia de algo com grandes
ou pequenas dimensões? Quando dizem que
algo é material, o que isso parece significar?
Quer dizer que é constituído de matéria,
RXbVHMD«DOJRTXHWHPPDVVD

Ponto material é um corpo cujas dimensões


©S

são desprezíveis em relação aos demais


hu
tte
rst

corpos participantes de uma situação física


ock
/W

analisada.
ast
e
dG

A Lua normalmente é percebida


ene
r
atio

como algo grande, de tamanho


n

considerável. Mas essa percepção


depende do referencial: em relação
O conceito de ponto material também é obviamente relativo, pois
a nós, ela é realmente um corpo
depende da comparação que é feita. Um trem, por exemplo, é um ponto H[WHQVRM£HPUHOD©¥RDRWDPDQKR
material quando o referencial de comparação é a extensa ferrovia pela do nosso Sistema Solar, ela tem
qual ele se movimenta, mas deixa de sê-lo quando o referencial é dimensões desprezíveis, podendo
ser considerada um ponto material.
um túnel que ele tem de atravessar. A ideia implícita nesse raciocínio
é simples: o tamanho do trem é desprezível em relação à ferrovia,
PDVbQ¥RHPUHOD©¥RDRW¼QHO

26 • • FÍSICA
Suponha que um grupo de ciclistas está com a mesma
velocidade. Considerando um deles como referencial,

©Shutterstock/Ibnu Alias
concluímos que os demais estão em repouso e que a
paisagem está em movimento, segundo esse sistema
de referencial.

Referencial de movimento
Quando estamos sentados em uma cadeira, ou Um dos primeiros pensadores que analisaram
deitados na cama, imóveis, temos a sensação de o movimento dos corpos com base em um
que estamos parados. Essa condição (de repouso) UHIHUHQFLDOIRL*DOLOHX*DOLOHL3RUYROWDGHb
realmente é verdadeira, mas não se trata de uma Galileu estava interessado em refutar a teoria
verdade absoluta. De fato, uma pessoa imóvel sobre JHRF¬QWULFDbȡLVWR«DLGHLDGHTXHWRGRVRV
uma cama está parada em relação à própria cama SODQHWDVHR6ROJLUDPHPWRUQRGD7HUUDbȡ
ou, ainda, em relação às paredes do quarto, ao chão HbFRPSURYDUDWHRULDKHOLRF¬QWULFDVHJXQGRDTXDO
e a uma série de outros objetos. a Terra gira em torno do Sol.
Vamos agora analisar a situação sob outro ponto Um dos argumentos que contrapunham a teoria
de vista: enquanto a pessoa está em repouso sobre heliocêntrica era o de que não temos qualquer

FIS
a cama, a Terra se movimenta em torno do Sol com sensação de movimento, o que nos dá a impressão
YHORFLGDGHGHDSUR[LPDGDPHQWHbNPK
de que a Terra está parada. Uma das várias
(PbXPVHJXQGRHODSHUFRUUHFHUFDGHbPHWURV
contribuições de Galileu à ciência foi demonstrar
em relação ao Sol. Isso significa que a pessoa está em
que o movimento dos corpos é relativo a um
repouso em relação à Terra e aos objetos ao seu redor,
referencial escolhido. Dessa maneira, se o referencial
mas em movimento em relação ao Sol.
de movimento tiver o mesmo movimento dos corpos
Essa situação evidencia que a condição de que estão sendo analisados, os corpos estarão em
repouso ou de movimento é relativa, pois depende repouso em relação ao referencial. Suponha que
de qual referencial é considerado. Assim, para alguns ciclistas estejam se locomovendo com a
podermos analisar o movimento de um objeto, mesma velocidade. Considerando um deles como
precisamos escolher, antes, o referencial de referencial, concluímos que os outros ciclistas
movimento, isto é, o ponto ou sistema de referência estão em repouso, mas que a paisagem está
pelo qual o movimento do corpo é estudado. HPbPRYLPHQWR

2. INTRODUÇÃO À CINEMÁTICA • • 27
Posição Condição de movimento
Você já parou para pensar sobre como nos e repouso
localizamos em rodovias?
Por meio do conceito de posição, podemos
Ao longo das autoestradas, existem algumas definir a condição de movimento ou repouso
placas que apresentam numerações crescentes de um corpo em relação ao referencial adotado.
ou decrescentes. Essas placas são denominadas Um objeto está em repouso em relação a um
marcos quilométricos e indicam a posição em que referencial quando sua posição (nas coordenadas
XPDXWRPµYHOVHHQFRQWUDHPXPDURGRYLD$bFDGD x, y e z) permanece constante com o passar do
quilômetro, a numeração da placa aumenta ou tempo. Nessas condições, ele não se afasta nem se
diminui uma unidade (caso não esteja faltando aproxima do referencial.
nenhuma placa na via). Esse número está
relacionado à distância em quilômetros em relação Por outro lado, quando a posição do objeto em
a um referencial, que, em geral, é uma divisa entre relação ao referencial varia ao longo do tempo,
estados ou uma capital estadual. em uma ou mais coordenadas, o objeto está em
movimento em relação ao referencial. Logo, quando
De forma semelhante, em Física, assim que o objeto se aproxima ou se afasta do referencial,
escolhemos o referencial de movimento, definimos a podemos afirmar que ele tem movimento.
posição do corpo em relação a esse referencial. Essa
posição é definida pela distância (nas coordenadas ©Shutterstock/Digital Media Pro

x, y) entre o corpo e o referencial adotado. está em


Essa surfista
em relação
movimento ao
na praia ou
às pessoas está
, mas
A posição de um corpo, também chamada próprio mar
so em relação à
de espaço, é uma grandeza física em repou
a.
representada pela letra s e é medida, no SI, sua pranch
em metros (m).

Observe a figura a seguir, que representa uma


trajetória orientada para a direita, a origem do eixo,
algumas posições e três pessoas (A, B e C).

A B C

–3 m –2 m –1 m 0 1m 2m 3m 4m

A reta numérica pode fornecer a posição ocupada por um corpo Podemos resumir o estado de movimento ou
em determinado instante de tempo. O corpo B ocupa a posição
de repouso de um corpo por meio do seguinte
zero, que é denominada de origem dos espaços ou, simplesmente,
origem. esquema:

Podemos chamar as posições das três pessoas


de sA, sB e sC e afirmar que elas ocupam as Movimento → posição variável em relação
SRVL©·HVbȡbPHbPUHVSHFWLYDPHQWH1RHQWDQWR a um dado
Repouso → posição fixa referencial.
não sabemos nada sobre o estado de movimento
dessas pessoas (se estão paradas em relação a um
referencial ou em movimento), nem quantos metros
elas já percorreram. A posição é como o retrato de
um instante.

28 • • FÍSICA
Trajetória e deslocamento
Imagine que, ao caminhar sobre uma grossa Há pouco, vimos que os conceitos de movimento
camada de neve, você vá deixando suas pegadas por e repouso são relativos, ou seja, dependem de
onde passa. Depois de andar por certo tempo, você um referencial. Será que a trajetória descrita por
terá diversas posições marcadas no solo. Se todas um corpo também pode depender do ponto de
essas posições forem unidas, elas formarão uma referência adotado?
linha, a qual mostrará o caminho que você percorreu,
Apesar de parecer uma afirmação absurda, a
ou seja, seu trajeto.
trajetória que um corpo descreve em determinado
movimento pode assumir diferentes formatos
Trajetória escalar quando analisada com base em referenciais
No cotidiano, é possível chamar essa linha distintos.
de caminho, rastro ou trajeto, mas, em Física,
costumamos dar a ela o nome de trajetória. Assim: Para tentar provar isso, será usada uma situação
corriqueira do dia a dia. Imagine que um ônibus
está se locomovendo com velocidade constante
Trajetória é a linha formada pelas e que, dentro dele, uma pessoa deixa cair algo
sucessivas posições ocupadas por um corpo acidentalmente. Qual a trajetória descrita pelo
ao longo de determinado intervalo de objeto que caiu? Feita dessa forma, essa pergunta
tempo. parece ter somente uma resposta, mas não é bem
assim... Acompanhe o exercício resolvido a seguir.

EXEMPLOS RESOLVIDOS
Considere que duas pessoas são adotadas Se a segunda pessoa, que está na rua,
como observadores distintos: uma delas está pudesse ver através da lateral do ônibus,
dentro de um ônibus e sentada próximo ao local certamente perceberia dois fatos simultâneos:
em que um objeto caiu; a outra está fora do a queda do objeto e o deslocamento do ônibus
ônibus, ou seja, na rua, e parada em relação ao para a frente. Como o objeto que está caindo
solo. A trajetória que o objeto descreve ao cair é está dentro do ônibus, ele acompanharia também
igual para essas duas pessoas? o movimento realizado pelo veículo. Assim, a
pessoa na rua veria o corpo cair e ao mesmo
RESPOSTA tempo ir para a frente. Como consequência da
A pessoa que está no interior do veículo é composição desses dois movimentos, concluímos
capaz de perceber apenas que o corpo sai de que, para um observador externo ao ônibus e
determinada altura e vai descendo até chegar parado em relação ao chão, a trajetória do objeto

FIS
ao piso do ônibus. Para ela, então, esse objeto em queda é um arco de parábola (curvilínea),
descreveu uma trajetória retilínea, conforme a como mostra a próxima figura.
figura a seguir.
Divo Padilha. 2010. 3D.
Divo Padilha. 2010. 3D.

v v

2. INTRODUÇÃO À CINEMÁTICA • • 29
Deslocamento
A pergunta feita a seguir é aparentemente muito simples. Tente, análise desse movimento), sendo
então, respondê-la: Sabendo que a distância em linha reta entre as representado simplesmente pela
FLGDGHVGH6¥Rb3DXORH5LRGH-DQHLUR«GHbNPTXDQWRVHGHVORFD letra s-£RHVSD©RGHXPFRUSR
uma aeronave que parte de uma dessas cidades, vai até a outra e, no primeiro instante em que ele
O£bFKHJDQGRUHWRUQD¢SULPHLUDFLGDGH" é observado será chamado de
Normalmente, a maioria das pessoas responde que o espaço inicial (pelo fato de ser o
GHVORFDPHQWRGDDHURQDYH«GHbNPDILQDOHODSHUFRUUHXbNP momento inicial da análise desse
QDLGDHPDLVbNPQDYROWD movimento), sendo representado
pelo símbolo s0 OHLDVHȦs]HURȧ 
De acordo com o Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa,
RbYHUEHWHȦGHVORFDUȧWHPHQWUHRXWURVRVVHJXLQWHVVLJQLILFDGRV Dessa forma, a equação do
Ȧ7LUDUbGROXJDUHPTXHVHHQFRQWUDYD)D]HUPXGDUGHOXJDUȧ deslocamento de um móvel
passará a ser escrita assim:
Pensando nessa definição e levando em consideração toda a
viagem (e não apenas momentos isolados dela), desde o início até ΔVb bVbȡbV0 .
RbILQDOQ¥RKRXYHPXGDQ©DGHSRVL©¥RGDDHURQDYHHSRUWDQWR Como Δs corresponde ao
HODbQ¥RVHGHVORFRX'HVVDIRUPDDUHVSRVWDFRUUHWDHP)¯VLFD«TXH espaço final menos o espaço
RbGHVORFDPHQWRIRL]HURRXQXOR inicial, podemos afirmar que
Na figura a seguir, um móvel parte de um ponto A e se desloca até o deslocamento de um móvel
um ponto B. Analisando essa situação, podemos começar a entender corresponde à variação de seu
DbUHVSRVWD UHVXOWDGR UHIHUHQWH¢SHUJXQWDIHLWDDQWHUiormente. espaço. Agora, retornando à
questão que introduziu este
assunto (deslocamento): quanto
se desloca uma aeronave que
parte de uma cidade, vai até outra
e, lá chegando, retorna à primeira
Nessa ilustração, o segmento de reta chamado de s1 representa cidade? Como os espaços inicial
o espaço de um corpo no primeiro instante em que ele foi observado, e final correspondem à mesma
e s2 representa o espaço desse corpo no segundo instante em que cidade, eles têm valores iguais.
ele foi observado. Como o corpo saiu do ponto A e atingiu o ponto B, Dessa forma, ao aplicar
o segmento localizado entre esses dois pontos (orientado do ponto ΔVb bVbȡbV0, obviamente o valor
de partida A para o de chegada B) indica o quanto esse móvel se encontrado como resultado será
deslocou. Dessa forma, aquilo que na figura foi representado pelo
zero (subtração de dois valores
símbolo Δs é chamado, em Física, de deslocamento do móvel.
idênticos). Além dessa situação,
Voltando à figura e fazendo alguns cálculos simples com os três cuja resposta, inicialmente, pode
segmentos mostrados, é possível afirmar que: s1bbΔVb bV. Isolando não parecer muito lógica, há outro
o Δs, podemos encontrar a equação genérica para determinar o caso em que o deslocamento de
deslocamento de um corpo qualquer em uma trajetória conhecida. um corpo é nulo. Você saberia
Observe:
dizer que caso é esse?
Quando um corpo permanece
Δs = s2bȡV1 em repouso, obviamente, seu
deslocamento vale zero, afinal
não há nenhuma mudança em
A partir de agora, não serão mais chamados de s1 e s os espaços sua posição (não há variação
de um corpo no momento da partida e da chegada, respectivamente. do espaço) ao longo do tempo.
O espaço de um corpo no segundo instante em que ele é observado Portanto, para corpos que
será chamado de espaço final (pelo fato de ser o momento final da permanecem em repouso, ΔVb b

30 • • FÍSICA
Agora que a equação que calcula o deslocamento de
um móvel já é conhecida, é importante fazer uma pergunta: Apesar de poderem ter valores
deslocamento (Δs) e distância percorrida (d) são grandezas coincidentes em algumas
idênticas? Uma das formas de perceber que essas duas grandezas situações, deslocamento e
são conceitualmente distintas (apesar de, às vezes, apresentarem distância percorrida são grandezas
valores iguais) é utilizar um simples exemplo: imagine uma conceitualmente distintas.
situação (ilustrada na figura a seguir) em que um corpo parte de
um ponto X, vai para a posição Y e retorna ao ponto Z.
-£FRQKHFHPRVDVGXDV
situações em que o deslocamento
de um móvel é nulo. Mas
precisamos saber também
quais são os casos em que
Nessa situação, o cálculo dessas duas grandezas é: essa grandeza assume valores
• deslocamento positivos ou negativos.

ΔVb bVbȡbV0b bVzbȡbVxb bbȡb ȡ b bbPHWURV • ΔVb!b⇒VbȡbV0b!b⇒Vb!bV0.


Portanto, o deslocamento de
• distância total percorrida ⇒ no movimento que ocorreu um corpo é positivo quando
para a direita, a distância percorrida foi de 8 metros (entre ele parte de um espaço com
RVHVSD©RVbȡbPHbP HQRPRYLPHQWRTXHRFRUUHXSDUD valor menor e atinge outro
DHVTXHUGDDGLVW¤QFLDSHUFRUULGDIRLGHPHWURV HQWUHR com valor maior.
HVSD©RbPHDRULJHP 6RPDQGRHVVHVYDORUHVREWLGRVQRV • ΔVbbb⇒bVbȡbV0bbb⇒bVbbV0.
movimentos de ida e de volta, notamos que a distância total Portanto, o deslocamento de
SHUFRUULGDIRLGb bbbb bPHWURV um corpo é negativo quando
Agora, imagine a situação em que esse mesmo corpo ele parte de um espaço com
valor maior e atinge outro
se desloca simplesmente do ponto X ao Y. Nesse caso,
com valor menor.
RbGHVORFDPHQWRHDGLVW¤QFLDSHUFRUULGDYDOHPDPERVbPHWURV
Assim, podemos concluir que: Por ter módulo, direção e
sentido, deslocamento é uma
grandeza vetorial.

EXEMPLOS RESOLVIDOS

Celiane realiza todo dia o mesmo trajeto


para ir de sua casa até a faculdade onde estuda. y (m)
Determine o deslocamento e a distância
percorrida por Celiane com base no gráfico a B C

FIS
FI
seguir.
F
100 m

RESPOSTA 400 m
Para calcular a distância percorrida por
Celiane, devemos somar as trajetórias realizadas
por ela.

Distância percorrida: AB  BC  DC


D
x (m)

2. INTRODUÇÃO À CINEMÁTICA • • 31
Distância percorridaPPP P
-£RGHVORFDPHQWR Δs) é dado pelo segmento de reta entre a posição final (s) e a posição inicial (s0).

Podemos chegar ao resultado utilizando


y (m)
o teorema de Pitágoras, com a hipotenusa
B C representando esse deslocamento:

100 m Δs 


Δs 
A
Δs 
400 m
Δs ΔV  250 000
ΔV P

D
x (m)

EM13CNT204, EM13CNT301
ATIVIDADES

1. Marque V para verdadeiro e F para a falso nas b) Se o espaço de um corpo é negativo, então
afirmações a seguir, sobre Cinemática. esse corpo está se movendo contra a
orientação da trajetória.
( V ) Trajetória, movimento, repouso e ponto
material são conceitos relativos. Incorreta. O espaço de um corpo só indica onde ele está, não

( V ) Jamais se pode afirmar que um corpo está indica para onde ele vai. Em uma trajetória, espaço negativo
em repouso absoluto.
significa apenas que o corpo está à esquerda da origem, mas não
( F ) Um átomo é um ponto material.
necessariamente que ele está se movendo para a esquerda.
( V ) Simultaneamente, um corpo pode estar
em repouso em relação a um referencial e
em movimento em relação a outro.
c) O espaço fornece a posição do corpo em
( F ) Se um corpo X está em movimento
determinado instante de tempo e não o
em relação a um corpo Y, então Y está
sentido do movimento.
necessariamente em repouso em relação a X.
Correta. O espaço de um corpo informa apenas onde ele se
( F ) A unidade de espaço no Sistema
Internacional é o quilômetro. encontra em determinado instante de tempo. Não podemos

2. Analise as afirmativas a seguir, respondendo afirmar nada sobre o sentido do movimento com base apenas
se são corretas ou incorretas. Justifique suas
respostas. nesse dado.
a) Se o espaço de um corpo é zero, então ele
está parado na origem.
Incorreta. O espaço de um corpo só diz onde ele está. Assim, se o 3. Uma pessoa encontra-se sentada em um
ônibus indo para casa após um exaustivo dia
espaço de um corpo vale zero, isso significa apenas que ele está
de trabalho. Essa pessoa começa a observar
na origem (podendo estar parado ou passando por ela).
que os demais passageiros do ônibus estão
em repouso em relação a ela mesma. Uma
outra pessoa, que se encontra fora do ônibus e
parada, vê o veículo passar e afirma que todas

32 • • FÍSICA
as pessoas que estão dentro dele estão em 5. Um ponto material em movimento sobre
movimento. De acordo com os conceitos de uma trajetória retilínea tem a posição em
movimento e repouso vistos em Cinemática, função do tempo dada pelo gráfico. Analise as
explique por que ambas as percepções aqui informações e responda às questões propostas.
apresentadas estão corretas.
Para poder afirmar que ambas as percepções estão corretas, devem Δs (km)

ser citados os referenciais adotados pelas duas pessoas. Assim, é


50
possível interpretar melhor as afirmações dizendo que “os passageiros
30
que se encontram dentro do ônibus não se movem em relação à

pessoa que também está dentro do ônibus” e que “os mesmos


Δt (s)
passageiros estão em movimento em relação à Terra (ou em relação à 2

pessoa que está parada fora do ônibus)”.

a) Determine a posição inicial do ponto


material.
4. Um veículo está realizando uma viagem sobre
Quando Δt = 0, temos: Δs = 30 km
uma estrada retilínea. No instante t0 = 3 s, a sua
posição é s0 = 60 m e, no instante t = 9 s, a sua
posição é s = 210 m.
a) Faça um esboço da trajetória do veículo
sobre uma reta numérica.

t0 = 3 s t=9s

b) Qual a posição do ponto material no


0 s0 = 60 m s = 210 m
instante de 2 s?

No instante Δt = 2 s, temos: Δs = 50 km

b) Calcule o deslocamento do móvel entre


esses dois instantes.

FIS
Δs = s – s0 ⇒ Δs = 210 – 60 ⇒ Δs = 150 m

c) Calcule o deslocamento do ponto material


entre os instantes de 0 s e 2 s.
c) Qual será o deslocamento do veículo,
em relação ao instante t0, se ele retornar Δs = 50 – 30 ⇒ Δs = 20 km
sobre a trajetória e, em um instante t2,
ocupar a posição 30 m?

Δs = s – s0 ⇒ Δs = 30 – 60 ⇒ Δs = –30 m

2. INTRODUÇÃO À CINEMÁTICA • • 33
VELOCIDADE

uza
So
Joa
/
ock
rst
tte
Uma prova tradicional do atletismo

hu
©S
«DFRUULGDGHbPUDVRV
Considere um corredor que percorre
XPWUDMHWRGHbPHPXPLQWHUYDORGH
WHPSRGHbV1HVVDSURYDRDWOHWD
parte do repouso e acelera rapidamente
DW«DWLQJLUVXDYHORFLGDGHP£[LPD
Atletas diferentes têm acelerações
WDPE«PGLIHUHQWHV$O«PGLVVRDSDUWLU
de certo instante, a velocidade que os
atletas conseguem manter tende a se
UHGX]LUHPUD]¥RGRGHVJDVWHI¯VLFR
Assim, não é o atleta que tem maior
velocidade máxima que vence a prova,
mas aquele com maior velocidade média Em congestionamentos, os veículos
param e aceleram várias vezes,
durante todo o trajeto, realizando-o em alterando a rapidez em cada
PHQRUWHPSR2GHVORFDPHQWRSHUPLWH LQVWDQWHGHWHPSR
determinar a velocidade média do atleta
VHRWHPSRGHSHUFXUVRIRUFRQKHFLGR
Velocidade média
e rapidez média
A velocidade média é
uma grandeza vetorial que
é diretamente proporcional
ao deslocamento do corpo e
inversamente proporcional
ao intervalo de tempo que o
corpo levou para fazer aquele
GHVORFDPHQWR$VVLP
's
vm =
't
Como o tempo final sempre
é maior que o tempo inicial,
o intervalo de tempo sempre
int
po

«SRVLWLYR/RJRRVLQDOGD
ort
/Sp

velocidade coincide com o sinal


ock
rst
tte

GRGHVORFDPHQWR5HWRPDQGR
hu
©S

RH[HPSORGDSURYDGHbP
se considerarmos que um
corredor teve um deslocamento
ΔVb bbPHPXPLQWHUYDORGH
tempo ΔWb bbVWHUHPRV
's 100
1DIRWRRGHVORFDPHQWR
vm = ⇒ vm =
't 10
escalar coincide com a
distância de 100 metros vm = 10 m/s
SHUFRUULGDSHORVDWOHWDV

34 • • FÍSICA
$JRUDYDPRVDQDOLVDURXWUDVLWXD©¥R(PIHULDGRVSURORQJDGRV
ulares
quando as pessoas estão indo viajar ou retornando, é comum haver Alguns vestib
ra pi dez
congestionamento de veículos pelas rodovias, os quais são noticiados chamam
ve lo ci dade
HPMRUQDLVQRU£GLRHQDWHOHYLV¥R3RUH[HPSORXPMRUQDOWURX[HD média de
r m éd ia .
seguinte manchete sobre o movimento em uma rodovia ao término de escala
XPIHULDGRSURORQJDGRȦ1DYROWDGDVSUDLDVSDUDDFDSLWDOGHYLGRDR
JUDQGHIOX[RGHYH¯FXORVDYHORFLGDGHIRLHPP«GLDGHbNPKȧ
A informação apresentada pelo jornal indica que os automóveis
A unidade de medida
SHUFRUUHUDPHPP«GLDbNPHPFDGDKRUDGDYLDJHP1HVVDPHGLGD
da velocidade média e
bNPLQGLFDDGLVW¤QFLDSHUFRUULGDSHORYH¯FXORHQTXDQWRKRUD
da rapidez média, no
LQGLFDRLQWHUYDORGHWHPSRQHFHVV£ULRSDUDSHUFRUUHUDTXHODGLVW¤QFLD Sistema Internacional,
3RUWDQWRWHPRVD¯RXWUDQR©¥RVREUHRPRYLPHQWRGRV é metros por segundo
YH¯FXORVHHODGHSHQGHGDGLVW¤QFLDSHUFRUULGDSHORYH¯FXOR (m/s).
Chamamos essa grandeza de rapidez média$UDSLGH]P«GLD«XPD
JUDQGH]DUHODFLRQDGDFRPRGLDDGLDHSRGHVHUFDOFXODGDDVVLP
d
rapidez média = 
't

Velocidade instantânea

DKO Estúdio. 2015. Digital.


Antes da utilização de radares, quando
desejavam medir a velocidade de automóveis, os
policiais que patrulhavam as estradas costumavam
fazer duas marcas na rodovia e medir o intervalo de
WHPSRTXHRVYH¯FXORVOHYDYDPSDUDFUX]£ODV
Distância conhecida
Como as medidas eram realizadas manualmente,
as marcas deviam estar relativamente afastadas
SDUDIDFLOLWDUDPHGL©¥RGRLQWHUYDORGHWHPSR&RP
isso, era possível que um motorista acima do limite Antes de surgirem os radares automáticos, a velocidade
de velocidade, ao avistar uma das marcas, pudesse dos veículos era determinada por meio de uma distância
frear o veículo, reduzindo sua velocidade a um valor FRQKHFLGDHVLQDOL]DGDSRUGXDVPDUFDVQDURGRYLD
2VbSROLFLDLVFURQRPHWUDYDPRWHPSRTXHRVYH¯FXORVOHYDYDP
DEDL[RGROLPLWHP£[LPR SDUDVHGHVORFDUHQWUHHVVDVPDUFDV4XDQGRHVVHWHPSRHUD
menor que o mínimo, o motorista era multado por excesso de
Uma forma de evitar o problema era aproximar
YHORFLGDGH
as marcas, impedindo que os veículos pudessem
UHGX]LUDYHORFLGDGH2SUREOHPDQHVVHFDVRHUD

FIS
medir manualmente, e com precisão, um intervalo de
WHPSRPXLWRSHTXHQR
Com o desenvolvimento tecnológico, surgiram
os radares de trânsito, que utilizam sensores mais
precisos e têm uma distância de, aproximadamente,
bPXPGRRXWUR'HVVHPRGRQ¥R«SRVV¯YHO
reduzir consideravelmente a velocidade em virtude
GDSUR[LPLGDGHHQWUHDVPDUFD©·HVGHWHPSR$VVLP
a velocidade medida é uma média que se aproxima
GDYHORFLGDGHUHDOQDTXHOHH[DWRLQVWDQWH

2. INTRODUÇÃO À CINEMÁTICA • • 35
Essa velocidade, calculada em um

DKO Estúdio. 2015. Digital.


intervalo de tempo pequeno para o evento
considerado, é denominada velocidade
LQVWDQW¤QHD6HDYHORFLGDGHLQVWDQW¤QHD
for constante durante todo o movimento,
DbVXDPHGLGDVHU£LJXDO¢PHGLGDGD
YHORFLGDGHP«GLD
Se julgar conveniente, você pode apresentar
formalmente a definição matemática da Ao passar por um radar,
's percebemos que existem
velocidade instantânea: v = lim .
't o0 't linhas demarcadas no chão.
A notação “lim”, na definição de velocidade Elas são essenciais para
instantânea, é um operador matemático determinar a velocidade
que determina a operação realizada para instantânea do veículo.
um limite de Δt tendendo a zero. Assim, a
velocidade escalar instantânea é determinada pela razão entre o deslocamento escalar de um
corpo e o intervalo de tempo quando esse tempo tende a zero. Ela é representada pela letra v e é
medida, no SI, em metros por segundo (m/s).

Unidades de velocidade
Vimos que a velocidade é DVbFRQYHUV·HVHQWUHDVXQLGDGHVGHYHORFLGDGHTXDQGRHVWDPRV
calculada pela razão entre uma DQDOLVDQGRDVSURSULHGDGHVGRVPRYLPHQWRVGRVFRUSRV8PD
grandeza de deslocamento e uma FRQYHUV¥RPXLWRIUHTXHQWH«DWUDQVIRUPD©¥RGHNPKHPPV
JUDQGH]DGHWHPSR$VVLPDXQLGDGH TXHSRGHVHUUHDOL]DGDGDVHJXLQWHPDQHLUD
de velocidade é determinada
pela razão entre as unidades de
GHVORFDPHQWR PPFPNPS« 1 km km 1 000 m 1 m
=1 = =
SROHJDGDHWF HDVXQLGDGHVGH h h 3 600 s 3, 6 s
WHPSR VPLQKGLDVHPDQDHWF 
1R6,FRPRRGHVORFDPHQWR«
PHGLGRHPPHWURV P HRLQWHUYDOR 'HPRGRDQ£ORJRDXQLGDGHPVSRGHVHUFRQYHUWLGDHP
GHWHPSR«PHGLGRHPVHJXQGRV V  NPKGHVWDIRUPD
a unidade de velocidade é metros por
VHJXQGR PV 
1 km
1m 1 m 1 000 1 km 3 600 1 · 3 600 km
= = = · = = 3, 6 km / h
(m) m s s 1 h 1 000 1 h 1 000 h
vm = =
( s) s 3 600

'HPDQHLUDUHVXPLGDSRGHPRVUHDOL]DUHVVDVWUDQVIRUPD©·HV
'HSHQGHQGRGDORFDOLGDGHH SRUPHLRGDVHJXLQWHUHJUDSU£WLFD
do objetivo, a unidade de medida
GHYHORFLGDGHXWLOL]DGDSRGHYDULDU ÷ 3,6
$OJXQVbH[HPSORVV¥RTXLO¶PHWURSRU
km m
KRUD NPK PLOKDVSRUKRUD PLKbȡ h s
PSK HFHQW¯PHWURVSRUVHJXQGRb FPV 
× 3,6
‹bPXLWRLPSRUWDQWHUHDOL]DU

36 • • FÍSICA
CIÊNCIA EM PRÁTICA
Para essa atividade, os alunos devem formar
equipes com 2 ou 3 integrantes para que
possam trocar ideias sobre o experimento.

DETERMINAÇÃO DA VELOCIDADE MÉDIA Esse é um bom momento para recapitular


o assunto sobre método científico e sobre
a importância da organização no método

DE UMA GOTA D’ÁGUA científico. Quando todas as equipes


terminarem o experimento, peça a eles que
compararem as respostas.
2REMHWLYRGHVWHH[SHULPHQWR«GHWHUPLQDUD 5. 4XDQGRDJRWDSDVVDUSHORSRQWRILQDOSDUHR
velocidade média de uma gota d’água no óleo e FURQ¶PHWURGHVVHPRGRYRF¬REWHU£RLQWHUYDOR
analisar a velocidade desenvolvida pela gota d’água GHWHPSRGHFRUULGRQRH[SHULPHQWR$QRWHRV
GXUDQWHRVHXGHVORFDPHQWR(OHGHYHVHUUHDOL]DGR GDGRVQDWDEHOD
pelo menos duas vezes, com gotas de tamanhos
GLIHUHQWHV'XUDQWHDUHDOL]D©¥RGDDWLYLGDGHDQRWH 6. 5HSLWDRH[SHULPHQWRLQVHULQGRQRµOHRXPD
RVGDGRVREWLGRVQDWDEHODFRUUHVSRQGHQWH lJRWDGȤ£JXDGHWDPDQKRGLIHUHQWHGD
SULPH
SULPHLUD$QRWHRVGDGRVQDWDEHOD
Materiais
• óleo de cozinha 11ª. gota d’água Valor
• 1 conta-gotas
Distância percorrida
• 1 régua pela 1ª. gota d’água
• FURQ¶PHWUR
• 1 copo de vidro comprido e fino Intervalo de tempo

• água

Como fazer 2ª. gota d’água Valor


1. 0DUTXHGRLVSRQWRVQRFRSRTXHFRQW«PRµOHR
um ponto na parte superior, correspondente Distância percorrida
pela 2ª. gota d’água
¢SRVL©¥RLQLFLDOHXPQDSDUWHLQIHULRU
FRUUHVSRQGHQWH¢SRVL©¥RILQDO Q¥RRVPDUTXH
QDEHLUDGDGRFRSR  Intervalo de tempo
2. Meça, com a régua e em centímetros, a distância
HQWUHHVVHVSRQWRV Conclusão
3. &RPXPFRQWDJRWDVLQVLUDDlJRWDGȤ£JXDQR 6. Calcule a velocidade média das duas gotas em
µOHR cm/s.
4. 1RLQVWDQWHHPTXHDJRWDSDVVDUSHOR 7. Construa um gráfico da posição (eixo y) em

FIS
SRQWRLQLFLDODFLRQHRFURQ¶PHWUR2EVHUYH função do tempo (eixo x) para cada uma das
DWHQWDPHQWHRPRYLPHQWR gotas.

NOTAA!!
OME NOT
TTOM
ÇO
USE ESTE ESPA
AN OTAR O QUE
PARA
ATÉ AQUI.
APREND EU

2. INTRODUÇÃO À CINEMÁTICA • • 37
CONECTADO
Os radares fixos têm sensores que com que o radar perca seu objetivo principal:
geram um campo eletromagnético na via, DbVHJXUDQ©DGHWRGRV
o qual reage com os automóveis (que são
Com a finalidade de impedir que alguns
compostos de materiais ferromagnéticos)
motoristas tenham essa atitude, países como
quando eles passam por esse campo. Por
a Itália desenvolveram um novo modelo de
exemplo, quando um carro passa pelo
radar, chamado safety tutor. Nessa modalidade,
primeiro sensor, ele inicia a medição
utilizam-se dois radares dispostos em
da velocidade. Quando o carro passa
distâncias maiores: o primeiro instalado no
pelo segundo sensor, o radar já têm as
ponto inicial e o segundo no ponto final de
informações de que precisa para medir a
onde se quer medir a velocidade. Esse tipo
velocidade instantânea daquele veículo
GHbHTXLSDPHQWRDGRWDRFRQFHLWRGHUDSLGH]
específico utilizando a seguinte equação:
média para verificar se o motorista se manteve
distância entre os sensores dentro dos limites estabelecidos.
vinst = .
tempo entre os sensores A rapidez média utiliza a distância
percorrida e o intervalo de tempo que o
Como o tempo levado para o veículo motorista levou para passar pelos dois
passar entre os dois sensores é muito radares.
pequeno, falamos que o intervalo de tempo
tende a zero e que a velocidade torna-se distância percorrida
Rapidez média =
instantânea. 't
O terceiro sensor é acionado apenas O que isso significa? Que o cálculo é
para comprovar as medições anteriores. feito levando em consideração a distância
Quando os dois primeiros sensores detectam que separa os dois radares e o tempo que
que um carro passou em uma velocidade o motorista levou para passar por eles. Isso
superior à permitida, o terceiro sensor capta impede que, ao passar pelo primeiro radar,
novamente a velocidade para que o radar o motorista volte a acelerar e atinja uma
repita os cálculos. Depois desse recálculo, velocidade que ofereça riscos à segurança
se a velocidade for realmente superior à do trânsito naquele espaço. Ao passar pelo
permitida, a câmera do radar é acionada, segundo radar, se o cálculo da rapidez média
registrando a placa do automóvel para do veículo for superior à permitida, uma
posterior aplicação da multa. penalidade é aplicada ao condutor.
O problema é que muitos motoristas Podemos concluir que essa nova
reduzem a velocidade somente ao passar modalidade de radar, que adota o conceito
pelo ponto onde o radar está instalado. de rapidez média, é mais eficaz do que a que
Depois de passar pelo equipamento, utiliza apenas a velocidade instantânea do
eles voltam a acelerar seus veículos e, veículo, promovendo assim maior segurança
SRUbFRQVHTX¬QFLDYROWDPDWUDIHJDUDFLPD QRbWU¤QVLWR
do limite de velocidade imposto, fazendo
©Shutterstock/Alf Ribeiro

38 • • FÍSICA
ATIVIDADES
EM13CNT301, EM13CNT306

8. Uma família decidiu fazer uma viagem de férias. c) Ao finalizar o segundo dia de viagem,
A distância da cidade onde eles moram até o quantos quilômetros faltavam para eles
destino escolhido para o merecido descanso é chegarem ao destino final?
—ƒ”‡–ƒ†‡ͳԜʹͲͲǤ
Δs = 1 200 – 400 – 390 = 410 km

©Shutterstock/MBI
d) Qual a velocidade média no terceiro e
último dia de viagem?

's 410
vm = ⇒ vm = = 102,5 km/h
't 4

©Shutterstock/Fabian Ponce Garcia

‘’”‹‡‹”‘†‹ƒǡ‡Ž‡•’‡”…‘””‡”ƒͶͲͲ‡ 9. Durante uma


levaram cerca de 5 horas para completar esse quarentena,
percurso. No segundo dia, eles pegaram alguns Mariana decidiu
congestionamentos e viajaram por 6 horas em comprar uma
—ƒ˜‡Ž‘…‹†ƒ†‡±†‹ƒ†‡͸ͷȀŠǤ‘–‡”…‡‹”‘ esteira para se
e último dia de viagem, eles chegaram ao exercitar em
destino final depois de 4 horas de viagem. Com casa. Ela passou a
base nessas informações, responda às questões caminhar sobre a
propostas. esteira com uma
a) Qual a velocidade média desenvolvida no velocidade de
primeiro dia de viagem? ͶȀŠ†—”ƒ–‡
͵Ͳ‹—–‘•–‘†‘•
's 400 os dias. Qual é
vm = ⇒ vm = = 80 km/h
't 5 a distância em
metros percorrida
por Mariana ao
longo de uma

FIS
semana?

d = v · Δt ⇒ d = 4 · 0,5 = 2 km por dia


Após uma semana (7 dias), temos:
b) —ƒ–‘•‡Ž‡•…‘•‡‰—‹”ƒ’‡”…‘””‡”
d = 2 km · 7 dias = 14 km
no segundo dia de viagem?
d = 14 · 1 000 m = 14 000 m
Δs = vm · Δt ⇒ Δs = 65 · 6 = 390 km Portanto, ao longo de uma semana, Mariana percorre
14 000 metros.
Também é possível perguntar qual o deslocamento de Mariana.
Nesse caso, Δs = 0.

2. INTRODUÇÃO À CINEMÁTICA • • 39
10. O Caminho de Santiago de Compostela é um 11. (FURG – RS) Numa tempestade, ouve-se o
destino turístico-religioso localizado na Europa –”‘˜ ‘͹ǡͲ•‡‰—†‘•ƒ’וƒ˜‹•—ƒŽ‹œƒ­ ‘†‘
(entre a França e a Espanha), no qual pessoas relâmpago. Sabendo que a velocidade da luz é
de todo o mundo peregrinam por cerca de †‡͵ǡͲȉͳͲ8 m/s e que a velocidade do som é de
ͺͲͲ…‘‘‘„Œ‡–‹˜‘†‡…Š‡‰ƒ”ƒ–±ƒ…‹†ƒ†‡ ͵ǡͶȉͳͲʹ m/s, é possível afirmar que a distância
de Santiago de Compostela, na Espanha. entre o local onde ocorreu o relâmpago e onde
Durante esse percurso, os peregrinos passam ele foi visto é de:
por castelos, igrejas, vilarejos, vinhedos, a) ͸ǡʹȉͳͲ6 metros.
florestas, pastos e rios.
b) ͶǡͺȉͳͲ1 metros.

©Shutterstock/Gregorioa
3
X c) ʹǡͶȉͳͲ metros.
d) ʹǡͳȉͳͲ9 metros.
e) Ͷǡ͵ȉͳͲ6 metros.
vm = 3,4 ∙ 102 m/s; Δs = ?; Δt = 7 s
Δs = vm · Δt ⇒ Δs = 3,4 · 102 · 7 = 2,38 · 103 m ⇒ arredondando:
2,4 · 103 m

12. Um garoto caminha a uma taxa constante de


ͳͲͲ’ƒ••‘•’‘”‹—–‘Ǥƒ„‡†‘“—‡‘•‡—
’ƒ••‘±†‹‘–‡ƒ’”‘š‹ƒ†ƒ‡–‡ͷͲ…ǡ
determine o tempo gasto e o número de passos
dados para que ele percorra uma distância
Suponha que um peregrino tenha percorrido †‡͵Ǥ
‡••‡•ͺͲͲƒ’±ǡ…ƒ‹Šƒ†‘…‡”…ƒ†‡
a) Ͷͷ‹‡ͷԜͲͲͲ’ƒ••‘•Ǥ
͹Š‘”ƒ•’‘”†‹ƒ†—”ƒ–‡ʹͷ†‹ƒ•ǤƒŽ…—Ž‡
a rapidez média do peregrino durante b) ͺͷ‹‡ͺԜͲͲͲ’ƒ••‘•Ǥ
o percurso. c) ͷͲ‹‡ʹԜͲͲͲ’ƒ••‘•Ǥ
d) Ͷͺ‹‡ͳԜͷͲͲ’ƒ••‘•Ǥ
Primeiramente, devemos calcular o total de quilômetros
percorridos por dia pelo peregrino. Para isso, dividimos 800 por X e) ͸Ͳ‹‡͸ԜͲͲͲ’ƒ••‘•Ǥ
25, o que resulta em 32 km por dia.
Em seguida, utilizamos a equação da rapidez média para chegar à Sabendo que 3 km são 3 000 m e que 50 cm correspondem a
resposta: 0,5 m, podemos encontrar o número de passos. Se a cada 1 m, o
garoto dá dois passos, então, em 3 000 m, teremos 6 000 passos
d 32
rapidez média = = = 4,57 km/h em 60 min.
't 7

as atividades
Agora, você pode fazer
qui sta Enem.
23 a 29 da seção Con
40 • • FÍSICA
©Shutterstock/Salienko Evgenii
ACELERAÇÃO
1RVVDOWRVGHbase jump, uma modalidade Assim, a aceleração média é a razão entre a
de esporte radical, o atleta pode abandonar YDULD©¥RGDYHORFLGDGHSHORLQWHUYDORGHWHPSR
a plataforma de salto com uma velocidade v, am =
'v
DGTXLULGDHPXPDEUHYHFRUULGD(PSRXFR 't
tempo, durante sua queda livre, o atleta
adquire grande velocidade vertical, para EXEMPLOS RESOLVIDOS
baixo, e logo abre seu paraquedas, reduzindo
VXDYHORFLGDGH1RVPRYLPHQWRVYHUWLFDLV 6XSRQKDGRLVDXWRPµYHLVXPGHSDVVHLRH
QDbTXHGDOLYUHRXQRVODQ©DPHQWRVSDUDFLPD um esportivo, que partem do repouso e adquirem
podemos constatar que a velocidade dos XPDYHORFLGDGHGHbNPK DSUR[LPDGDPHQWH
FRUSRVSRGHYDULDUDRORQJRGRWHPSR bPV 2GHSDVVHLRDWLQJHDYHORFLGDGHGH
bNPKGHSRLVGHbVHQTXDQWRRHVSRUWLYR
1RVDOWRGHbase jump, por exemplo,
DWLQJHHVVDYHORFLGDGHHPbV4XDOGHOHVWHP
a velocidade do atleta aumenta de modo
PDLRUDFHOHUD©¥R"
FRQVWDQWHDW«TXHHOHDEUDRSDUDTXHGDV
Como consequência, em cada intervalo de 110

tempo, o atleta fica mais rápido e percorre Carro A

FIS
0 0
GLVW¤QFLDVYHUWLFDLVPDLRUHV(QWUHWDQWR km/h km/h

ao arremessar uma bola para cima, sua


t=0 t = 10 s
velocidade inicial é diferente de zero e,
¢bPHGLGDTXHDERODVREHVXDYHORFLGDGH
110
GLPLQXLSRUFDXVDGDDFHOHUD©¥RGDJUDYLGDGH
Carro B

Aceleração média
0 0
km/h km/h

t=0 t = 55,00 s DKO Estúdio. 2015. Digital.

A aceleração de um corpo não depende


somente da variação da velocidade, 4XDQWRPDLRU«DDFHOHUD©¥R
PDVbWDPE«PGRLQWHUYDORGHWHPSRHPTXH desenvolvida, menor é o
HOD«PHGLGD1HVVHFDVRDDFHOHUD©¥RP«GLD tempo necessário para atingir
GHWHUPLQDGDYHORFLGDGH
é definida como a velocidade média com que
HVVDYHORFLGDGHVHDOWHUD

2. INTRODUÇÃO À CCINEMÁTICA • • 41
RESPOSTA
Intuitivamente, podemos concluir que tem maior aceleração o veículo que atinge a velocidade
GHbNPKHPPHQRUWHPSRRXVHMDRDXWRPµYHOHVSRUWLYR$VVLPDDFHOHUD©¥RP«GLDSRGHVHU
definida por:
'v
am =
't
No caso do carro esportivo, a aceleração é igual a:
'v v  v 0 30, 5  0
am = ⇒ am = = ⇒ am PV2
't t  t0 50
1RFDVRGRDXWRPµYHOGHSDVVHLRDDFHOHUD©¥R«LJXDOD
'v v  v 0 30, 5  0
am = ⇒ am = = ⇒ am PV2
't t  t0 10  0
(VVHVF£OFXORVQRVSHUPLWHPFRQFOXLUTXHGHIDWRRDXWRPµYHOHVSRUWLYRWHPPDLRUDFHOHUD©¥R

Unidade de aceleração
Como podemos observar no cálculo da aumentar ou diminuir), seja na sua direção. Quando
aceleração escalar média, o numerador da equação a aceleração de um corpo está na mesma direção da
corresponde à variação da velocidade escalar (cuja YHORFLGDGHHODSRGHDXPHQWDURXUHGX]LURPµGXOR
unidade pode ser cm/s, m/s, km/h) e o denominador, GDYHORFLGDGH3RULVVR«WDPE«PFKDPDGDGH
ao intervalo de tempo (cuja unidade de medida é, aceleração tangencial.
obviamente, qualquer unidade de tempo, como s,
$DFHOHUD©¥RP«GLDYLVWDDQWHULRUPHQWH«XPD
min, h, dia). Dessa forma, as unidades de aceleração
aceleração tangencial. Entretanto, o vetor velocidade
podem corresponder a qualquer razão entre essas
«GHILQLGRSRUPµGXORGLUH©¥RHVHQWLGR4XDQGRD
duas unidades. No SI, como a velocidade é medida
aceleração altera apenas a direção do movimento,
em metros por segundo e o intervalo de tempo é
VHPPXGDURPµGXORGDYHORFLGDGHHOD«FKDPDGD
medido em segundos, a unidade de aceleração é
GHDFHOHUD©¥RFHQWU¯SHWD$DFHOHUD©¥RFHQWU¯SHWD
obtida desta forma:
portanto, é responsável por fazer com que o corpo
GHVFUHYDXPDWUDMHWµULDFXUYLO¯QHD

ª¬ 'v º¼ m s m v
[am] = = =
ª¬ 't º¼ s s2
ac

Movimento curvilíneo (ac 0)


$O«PGHPV2, que é a unidade usada no SI, são
FRPXQVWDPE«PXQLGDGHVFRPRFPV2HNPK2, v
entre outras.
Movimento retilíneo (ac = 0)
Aceleração centrípeta $DFHOHUD©¥RFHQWU¯SHWD«XPYHWRUVHPSUH
Na linguagem cotidiana, temos o costume de perpendicular ao vetor velocidade. Seu sentido
pensar que a aceleração é um termo para designar é definido para o centro da curva (daí o nome
o aumento da velocidade de um corpo, o que não é centrípeta) e seu modulo é obtido pela relação:
necessariamente um erro.
Em Física, entretanto, o termo aceleração é v2
mais amplo e indica que o vetor velocidade tem ac =
R
alteração, sejaQRVHXPµGXOR YDORUTXHSRGH

42 • • FÍSICA
EM13CNT301, EM13CNT204, EM13CNT306
ATIVIDADES

13. Em uma propaganda, uma concessionária 16. Na ilustração a seguir, estão representados os
anuncia um modelo de carro que é capaz de, vetores de aceleração de um corpo que executa
partindo do repouso, v0 = 0, atingir a velocidade um movimento circular. Quais são os vetores
de 126 km/h em 5 segundos. Determine qual é que estão representados pelos números
a aceleração média desenvolvida pelo carro em 1, 2 e 3?
metros por segundo. 1

v0 = 0; v = 126 km/h = 35 m/s


Δt = 5 s 2 3
'v
am = ⇒ am = 35 – 0 = 7 m/s2
't 5
1 – aceleração tangencial; 2 – aceleração centrípeta; 3 – aceleração
ou aceleração resultante.

14. Um motorista estava dirigindo em uma via


muito movimentada, a uma velocidade de
60 km/h, quando um pedestre atravessou
a rua fora da faixa. Ao avistar o pedestre, o
motorista acionou imediatamente os freios e
o carro parou em 3,5 s. Calcule desaceleração 17. (UNESP – SP) Diante de um possível
imprimida ao veículo pelos freios. aquecimento global, muitas alternativas à
utilização de combustíveis fósseis têm sido
am =
'v
⇒ am =
0 – 16, 6
= –4,76 m/s2 procuradas. A empresa Hybrid Technologies
't 3, 5 lançou recentemente um carro elétrico que,
segundo a empresa, é capaz de ir de 0,0 a
100 km/h em 3,0 segundos. A aceleração média
imprimida ao automóvel nesses 3,0 segundos é:
a) 5,3 m/s2
b) 8,9 m/s2
2
15. Ao soltarmos um objeto próximo da superfície X c) 9,3 m/s
terrestre, ele fica submetido a uma aceleração d) 9,8 m/s2
constante de, aproximadamente, 9,8 m/s2. e) 10 m/s2

FIS
Essa aceleração é denominada aceleração
gravitacional. Considere um corpo que é Primeiramente, devemos converter 100 km/h em m/s ⇒ 27,7 m/s.
solto do repouso (velocidade inicial zero) e, am =
27, 7
≅ 9,3 m/s2
após um tempo de 4 segundos, atinge o solo. 3
Desconsiderando a resistência do ar, qual é a
velocidade com que o corpo atinge o solo?
v0 = 0; a = 9,8 m/s2; Δt = 4
'v 'v
am = ⇒ 9,8 = ⇒ Δv = 9,8 · 4 ⇒ Δv = 39,2 m/s
't 4

a atividade 30
Agora, você pode fazer
sta Ene m.
da seção Conqui
2. INTRODUÇÃO À CINEMÁTICA • • 43
CLASSIFICAÇÃO DOS
MOVIMENTOS
De todas as grandezas associadas à
movimentação de um corpo, a velocidade
é a que oferece mais informações para
que possamos fazer uma classificação desse
movimento. Para isso, é preciso fazer uma
análise do comportamento do valor numérico,
da direção e do sentido da velocidade de
um corpo, caso queiramos estabelecer a
correta nomenclatura do movimento
que ele realiza.

©Shutterstock/Alexandru Nika

A observação atenta do
velocímetro e do volante de
um carro é capaz de fornecer
informações do movimento
que está sendo realizado.

Classificação quanto à
direção da velocidade ©Shutterstock/Dudarev Mikhail

Você já pensou por que o volante dos Quando o volante é girado no sentido horário
automóveis é também chamado de direção? Bem, ou anti-horário e o automóvel passa a descrever
imagine um carro sendo conduzido por uma uma curva qualquer, dizemos que o movimento é
trajetória retilínea. Se o motorista girar (mesmo curvilíneo (nesse caso, ocorre variação da direção
que levemente) o volante, que característica da da velocidade). Quando o volante não é girado para
velocidade se altera instantaneamente? Se você lado algum e o automóvel continua se movendo
respondeu que é a direção, acertou! Então, a peça sobre a mesma reta, dizemos que o movimento
do carro que costuma ser chamada de direção é que é retilíneo (nesse caso, a direção da velocidade
permite ao condutor controlar qual será a direção da permanece constante).
velocidade do veículo.

44 • • FÍSICA
Classificação quanto ao valor
numérico da velocidade
Quanto ao valor numérico da velocidade, sempre

©Shutterstock/Andrey_popov
podem ocorrer três fenômenos: permanecer constante,
aumentar ou diminuir. Quando o valor da velocidade
permanece constante, dizemos que o movimento é
uniforme, ou seja, que ele ocorre o tempo todo de uma
única forma.
Quando o valor da velocidade varia, ficando maior
ou menor, dizemos que ele é variado. Movimentos
XQLIRUPHVREYLDPHQWHV¥RPDLVUDURVGHRFRUUHUbȡ
afinal, necessitam de absoluta manutenção do valor da
velocidade do móvel analisado. Mesmo sendo pouco
comuns, existem situações até conhecidas desse tipo de
movimento, como é o caso de carros equipados com o
chamado piloto automático.
Os desenhos a seguir representam movimentos
uniformes: a favor da orientação da trajetória e contra
DbRULHQWD©¥RGDWUDMHWµULDUHVSHFWLYDPHQWH

Ao pensar no velocímetro de um carro, é fácil nfor to aos


Para dar mais co
perceber quando o veículo está realizando movimento vadores
passageiros, os ele
para
uniforme: basta observar o ponteiro durante algum são programados
velocidade
tempo e verificar se ele fica imóvel, indicando sempre tentar manter a
to se
RbPHVPRYDORU constante enquan
movimentam.
De maneira análoga, olhando para o ponteiro de um
velocímetro, podemos dizer que o movimento é variado
quando ele indica valores diferentes com o passar
do tempo. Nesses casos, se o ponteiro “sobe” e indica
valores cada vez maiores, o movimento é chamado de

FIS
acelerado e, se ele “desce” e indica valores cada vez
menores, o movimento é dito retardado.
Mas, antes de continuar, é importante que você
responda a uma pergunta: o que o velocímetro de um
carro marca? Parece ser uma pergunta muito simples,
e a maioria das pessoas, sem pestanejar, responderia:
velocidade!
O problema é que isso não é verdade. Afinal, como
vimos, a velocidade de um corpo pode ser positiva ou
negativa (quando é a favor da orientação da trajetória
ou contra essa orientação, respectivamente), e nenhum
velocímetro é capaz de marcar esses sinais.

2. INTRODUÇÃO À CINEMÁTICA • • 45
$VVLPXWLOL]DQGRDOLQJXDJHPPDWHP£WLFDRTXHXPYHORF¯PHWURPDUFD«RPµGXORGDYHORFLGDGHGH
XPFDUUR2EVHUYHDVILJXUDVDVHJXLUHPTXHV¥RPRVWUDGRVFRUSRVHPVXDVWUDMHWµULDVHDVLQGLFD©·HVTXH
seriam dadas por um velocímetro.

Observando as figuras anteriores, podemos


notar que, nos movimentos acelerados (tanto a
Classificação quanto
IDYRUGDRULHQWD©¥RGDWUDMHWµULDFRPRFRQWUDHVVD
orientação), nem sempre a velocidade aumenta,
DRbVHQWLGRGDYHORFLGDGH
PDVFHUWDPHQWHRVHXPµGXORDXPHQWD-£QRV Quando desejamos representar o sentido do
movimentos retardados, nem sempre a velocidade movimento de um corpo qualquer, podemos utilizar
GLPLQXLPDVFHUWDPHQWHRVHXPµGXORGLPLQXL VLQDLVSDUDDFRPSDQKDURYDORUQXP«ULFRGHVXD
velocidade.
Resumindo o que foi dito anteriormente:
O sinal positivo indica movimentos a favor da
RULHQWD©¥RGDWUDMHWµULDHRQHJDWLYRPRYLPHQWRV
FRQWU£ULRVDHVVDRULHQWD©¥R$SUµ[LPDLOXVWUD©¥R
mostra dois corpos que se movimentam sobre uma
Movimento acelerado → corpo
PHVPDWUDMHWµULDRULHQWDGDSDUDDGLUHLWD&RPR«
cada vez mais rápido, pois o
possível observar, o que vai para a direita (corpo 1)
módulo da velocidade aumenta.
tem velocidade positiva, enquanto o que vai para a
Movimento retardado → corpo esquerda (corpo 2) tem velocidade negativa.
cada vez mais devagar, pois o
módulo da velocidade diminui.

Corpo Corpo
1 2

46 • • FÍSICA
Durante o estudo sobre a grandeza física $JRUDVHXPFRUSRVHPRYLPHQWDFRQWUDD
FKDPDGDGHHVSD©RYLPRVTXHDRULHQWD©¥RGH RULHQWD©¥RGHXPDWUDMHWµULDVXDYHORFLGDGH«
XPDWUDMHWµULDPRVWUDHPTXHVHQWLGRRVHVSD©RV negativa e os valores de seus espaços diminuem,
ficam cada vez maiores. Dessa maneira, se um RXbVHMDUHWURFHGHP1HVVDRXWUDVLWXD©¥R
corpo se movimenta a favor da orientação de uma RbPRYLPHQWR«HQW¥RFKDPDGRretrógrado.
WUDMHWµULDVXDYHORFLGDGH«SRVLWLYDHRVYDORUHV
9ROWDQGRDRGHVHQKRDQWHULRURFRUSRUHDOL]D
de seus espaços aumentam, ou seja, progridem.
XPPRYLPHQWRSURJUHVVLYR DYHORFLGDGHGHbPV
1HVVDVLWXD©¥RRPRYLPHQWR«HQW¥RFKDPDGR
é positiva) e o corpo 2 realiza um movimento
progressivo.
UHWUµJUDGR DYHORFLGDGHGHbȡbPV«QHJDWLYD 

EM13CNT301, EM13CNT303
ATIVIDADES
18. Em relação aos movimentos progressivos e 21. Analise as afirmações a seguir, a respeito das
retrógrados, indique V para verdadeiro e F classificações dos movimentos.
para falso. I. Um motorista encontra-se em movimento
a) ( V ) O movimento retardado tem seu em relação a um ponto de origem
gráfico velocidade × tempo formado por denominado de marco inicial. Se o
uma reta inclinada para baixo. motorista se afasta do marco inicial,
os valores de sua posição aumentam;
b) ( F ) O movimento retardado tem seu mas se ele se aproxima desse marco,
gráfico velocidade × tempo formado por seus valores de posição diminuem.
uma reta inclinada para cima.
II. O movimento de um móvel será classificado
c) ( V ) O movimento progressivo tem seu como progressivo se a sua velocidade
gráfico velocidade × tempo formado por estiver no mesmo sentido do crescimento
uma reta inclinada para cima. dos valores das posições.
d) ( F ) O tipo de movimento em que a III. O movimento de um móvel será classificado
velocidade acompanha o sentido positivo como retrógrado se a sua velocidade
da trajetória é denominado de movimento estiver no sentido oposto ao crescimento
retardado. das posições, ou seja, sua velocidade será
sempre maior que zero.
e) ( F ) O movimento progressivo é aquele em
que a velocidade tem o sentido contrário IV. Um movimento progressivo retardado
ao sentido adotado como positivo. é aquele em que o móvel se movimenta
no sentido crescente da trajetória e
19. Um automóvel executa um movimento a velocidade diminui em módulo.
progressivo, partindo do ponto 20 m e com
São corretas as afirmativas:
velocidade constante de 65 m/s. O que ocorre
com a posição do automóvel com o passar do a) I e IV.

FIS
tempo? b) I, II e III.
Como o movimento é progressivo, a posição do automóvel X c) I, II e IV.
aumenta. d) I, II, III e IV.

A afirmativa III é falsa. No movimento retrógrado, a velocidade


20. As funções a seguir representam a posição (s) é sempre menor que zero, pois está no sentido oposto ao
de um móvel com o passar do tempo (t). Qual crescimento das posições.
dessas funções não representa um movimento
progressivo?
a) s(t) = –10 + 5 · t X c) s(t) = 3Ȃ͵ή–

1
b) s(t) = 2 + ·t d) s(t) =
1
+
3
·t
3 2 2
A resposta correta é a letra c, pois todas as demais alternativas
apresentam v > 0, caracterizando movimento progressivo.
2. INTRODUÇÃO À CINEMÁTICA • • 47
22. Observe o diagrama horário e responda como pode ser
s (m)
classificado o movimento apresentado. Justifique sua resposta.

O movimento é progressivo, pois a equação tem v > 0, sendo, portanto, uma reta 25
inclinada para cima.
20
15
20
5
t (s)
2 4 6 8 10 12 14

ORGANIZE AS IDEIAS

• O esquema a seguir procura sistematizar as ideias estudadas até aqui. Insira, nos quadros
em branco, os conceitos que faltam para completá-lo adequadamente.

{CINEMÁTICA}
RELACIONA CONCEITOS DE

CONDIÇÕES DE MOVIMENTO
PONTO MATERIAL
E REPOUSO

É QUANDO É QUANDO DEPENDE


PODE SER
AS DIMENSÕES DO CORPO SÃO
RELEVANTES

352*5(6Ǵ,92

COM COM
QUANDO QUANDO

v<0

48 • • FÍSICA
CONQUISTA ENEM
EM13CNT301, EM13CNT303, EM13CNT204, EM13CNT306

23. (PUC-Rio – RJ) Um carro saiu da posição 26. ENEM O gráfico modela a distância percorrida,
x = 0 km até seu destino final em x = 5 km de em km, por uma pessoa em certo período de
acordo com gráfico x (km) × t (min) mostrado tempo. A escala de tempo a ser adotada para
na figura. Finalizado o percurso, o computador o eixo das abscissas depende da maneira como
de bordo calcula a velocidade escalar média do essa pessoa se desloca. Qual é a opção que
carro, sem considerar o sentido do movimento. apresenta a melhor associação entre meio
ou forma de locomoção e unidade de tempo,
x (km) quando são percorridos 10 km?
5 10 km

3
tempo
0 1 2
2

1
a) carroça – semana
b) carro – dia
t (min) X c) caminhada – hora
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
d) bicicleta – minuto
Qual é esta velocidade escalar média dada pelo e) avião – segundo
computador, em km/h? 27. ENEM A agricultura de precisão reúne técnicas
a) 27 d) 47 agrícolas que consideram particularidades
b) 33 e) 60 locais do solo ou lavoura a fim de otimizar o
X c) 38
uso de recursos. Uma das formas de adquirir
informações sobre essas particularidades é
24. (UPE) Em uma corrida de revezamento, um cão a fotografia aérea de baixa altitude realizada
corre com velocidade v1 = 6 m/s, uma lebre, por um veículo aéreo não tripulado (vant).
com velocidade v2 = 4 m/s, e um gato, com Na fase de aquisição é importante determinar
velocidade v3 = 3 m/s. Se cada um dos animais o nível de sobreposição entre as fotografias.
percorre uma distância L, a velocidade média A figura ilustra como uma sequência de
dessa equipe de revezamento, em m/s, vale: imagens é coletada por um vant e como são
a) 6 d) 3 formadas as sobreposições frontais.
X b) 4 e) 5 Vant com câmera fotográfica
c) 8
FIS
1 2 3

25. (FUVEST – SP) Após chover na cidade de


São Paulo, as águas da chuva descerão o H
Rio Tietê até o Rio Paraná, percorrendo cerca 45° 45°
Solo
†‡ͳԜͲͲͲǤ‡†‘†‡ͶȀŠƒ˜‡Ž‘…‹†ƒ†‡ 20% de
média das águas, o percurso mencionado ΔS sobreposição
frontal
será cumprido pelas águas da chuva em
aproximadamente:
Imagens
a) 30 dias d) 2 dias coletadas
1 2 3 1, 2 e 3
X b) 10 dias e) 4 dias
c) 25 dias

2. INTRODUÇÃO À CINEMÁTICA • • 49
O operador do vant recebe uma encomenda na passar sobre uma marca no solo, após o segundo
qual as imagens devem ter uma sobreposição sensor. Considere que o dispositivo representado
frontal de 20% em um terreno plano. Para na figura esteja instalado em uma via com
realizar a aquisição das imagens, seleciona velocidade máxima permitida de 60 km/h.
—ƒƒŽ–‹–—†‡ ˆ‹šƒ†‡˜‘‘†‡ͳԜͲͲͲǡƒ—ƒ Caixa com a
velocidade constante de 50 m s–1. A abertura da máquina fotográfica
câmera fotográfica do vant é de 90°. Considere Posição do automóvel
para a fotografia
tg(45°) = 1.
0,50 m 0,75 m
Natural Resources Canada. Concepts of Aerial Photography. Disponível em:
www.nrcan.gc.ca. Acesso em: 26 abr. 2019 (adaptado).

Com que intervalo de tempo o operador deve


Sentido de
adquirir duas imagens consecutivas?
movimento
a) 40 segundos. d) 16 segundos.
X b) 32 segundos. e) 8 segundos.
c) 28 segundos.
28. ENEM Astrônomos medem a velocidade de
afastamento de galáxias distantes pela detecção Sensor 1 Sensor 2
da luz emitida por esses sistemas. A lei de
Hubble afirma que a velocidade de afastamento No caso de um automóvel que trafega na
de uma galáxia em km/s é proporcional à sua velocidade máxima permitida, o tempo, em
distância até a Terra, medida em megaparsec milissegundos, medido pelo dispositivo, é
(Mpc). Nessa lei, a constante de a) 8,3 d) 45,0
proporcionalidade é a constante de Hubble b) 12,5 e) 75,0
(km/s) X c) 30,0
(H0) e seu valor mais aceito é de 72 .
Mpc
30. ENEM Um longo trecho retilíneo de um rio tem
O parsec (pc) é uma unidade de distância um afluente perpendicular em sua margem
utilizada em astronomia que vale esquerda, conforme mostra a figura. Observado
aproximadamente 3 · 1016 m. Observações de cima, um barco trafega com velocidade
astronômicas determinaram que a velocidade constante pelo afluente para entrar no rio.
de afastamento de uma determinada galáxia é Sabe-se que a velocidade da correnteza desse
km rio varia uniformemente, sendo muito pequena
†‡ͳԜͶͶͲ . Utilizando a lei de Hubble,
s junto à margem e máxima no meio. O barco entra
pode-se concluir que a distância até essa no rio e é arrastado lateralmente pela correnteza,
galáxia, medida em km, é igual a: mas o navegador procura mantê-lo sempre na
a) 20 · 100 d) 6 · 1023 direção perpendicular à correnteza do rio e o
6 motor acionado com a mesma potência.
b) 20 · 10 e) 6 · 1026
20
X c) 6 · 10

29. ENEM No Brasil, a quantidade de mortes Correnteza


decorrentes de acidentes por excesso de
velocidade já é tratada como uma epidemia. Pelas condições descritas, a trajetória que
Uma forma de profilaxia é a instalação representa o movimento seguido pelo barco é:
de aparelhos que medem a velocidade
a) X d)
dos automóveis e registram, por meio de
fotografias, os veículos que trafegam acima do
limite de velocidade permitido.
O princípio de funcionamento desses aparelhos b) e)
consiste na instalação de dois sensores no
solo, de forma a registrar os instantes em
que o veículo passa e, em caso de excesso de c)
velocidade, fotografar o veículo quando ele

50 • • FÍSICA
DO
BR
EN
AL
IN
HA
PO
3
NT
I LH
AD
A
lab
oto
ph
art
/Sm
ock
rst
tte
hu
©S

OBJETIVOS DO CAPÍTULO
¤ Definir movimento uniforme.
¤ Reconhecer as grandezas
da função do movimento
uniforme.
¤ Estudar o movimento de um
corpo com base na análise
gráfica.
¤ Reconhecer as grandezas
lineares e angulares do
movimento circular.
¤ Resolver situações-problema
que envolvam o movimento
uniforme.
3
Ao observarmos o movimento de • em corpos que se movem em MRU, a aceleração
G
uma escada rolante ou analisarmos a «QXODŀ a ŀb b
rotação da Terra, podemos afirmar que o
Com base na definição de MRU apresentada,
módulo do vetor velocidade desses dois corpos
pense sobre os movimentos que você pode observar
permaneceu constante durante certo intervalo
em situações cotidianas: carros, pessoas e bicicletas
GHWHPSR0RYLPHQWRVHPTXHRPµGXORGRYHWRU
SHODVUXDVDYL·HVFRPHUFLDLVS£VVDURVHWF4XDQWRV
velocidade permanece constante são denominados
desses movimentos poderiam ser descritos como
GHPRYLPHQWRVXQLIRUPHV 08 6HDO«PGRPµGXOR
sendo uniformes? Muitos ou poucos? E como
do vetor velocidade, a direção e o sentido do
movimentos retilíneos uniformes?
PRYLPHQWRWDPE«PSHUPDQHFHUHPFRQVWDQWHVbȡ
LVWR«HPOLQKDUHWDbȡHOH«FODVVLILFDGRFRPRXP Ainda que possamos considerar alguns dos
PRYLPHQWRUHWLO¯QHRXQLIRUPH 058  exemplos anteriores como sendo movimentos
uniformes, é preciso assumir algumas hipóteses para
Outro caso de movimento uniforme é
que isso seja verdadeiro (lembre-se de que, para que
quando a trajetória é circular e o módulo do
o movimento seja uniforme, é preciso que o módulo
YHWRUYHORFLGDGH«FRQVWDQWH7RGDYLDHPXP
GRYHWRUYHORFLGDGHVHMDFRQVWDQWH 
movimento circular, mesmo que o módulo seja
constante, a direção e o sentido do vetor velocidade Os movimentos uniformes, de fato, não são
V¥RYDUL£YHLVDFRPSDQKDQGRDWUDMHWµULD(VVH muito comuns no cotidiano, visto que variar a
movimento é classificado como movimento circular velocidade é algo bastante corriqueiro em quase
XQLIRUPHb 0&8  WRGDVDVDWLYLGDGHVTXHUHDOL]DPRVRXREVHUYDPRV
Apesar disso, foram desenvolvidas algumas
aplicações tecnológicas para que movimentos desse

MOVIMENTO RETILÍNEO tipo pudessem ser realizados pelo menos durante


DOJXPLQWHUYDORGHWHPSR9HMDDOJXQVH[HPSORVD

UNIFORME VHJXLU

&RQIRUPHDlOHLGH1HZWRQVHXPFRUSR Para dar maior conforto a motoristas,

1.
puntiforme estiver sob equilíbrio de forças, de tal alguns carros são equipados com o
modo que a resultante das forças que agem sobre chamado piloto automático. Quando
ele seja nula, a tendência é que ele permaneça acionado, esse dispositivo exerce
em repouso ou descreva um movimento retilíneo um controle eletrônico sobre o
XQLIRUPH,VVRRFRUUHSRUTXHDUHVXOWDQWHGDVIRU©DV veículo, fazendo com que o módulo
que são responsáveis por provocar variações de da velocidade permaneça constante.
velocidade é nula, e o módulo do vetor velocidade Assim, se o condutor do carro não
girar a direção para qualquer um
to
pho

SHUPDQHFHU£FRQVWDQWH
da_

dos lados, o automóvel realizará um


k/A
toc

movimento retilíneo uniforme.


ters
hut

Movimento retilíneo uniforme (MRU) é o


©S

movimento em que o vetor velocidade de um corpo,


em relação a um referencial inercial, se mantém
constante e diferente de zero.

De acordo com essa definição, podemos destacar


algumas características importantes para os
movimentos retilíneos uniformes:
• a velocidade instantânea é igual à velocidade
P«GLDY Ym; Alguns automóveis modernos
têm a função “piloto
• a força resultante que atua sobre um corpo
G em automático”, a qual faz com
PRYLPHQWRUHWLO¯QHRXQLIRUPH«QXODbŀ FR ŀb b que o veículo mantenha a
YHORFLGDGHFRQVWDQWH

52 • • FÍSICA
2. Para reduzir desconfortos para
os passageiros, os elevadores são
programados para manter um
movimento retilíneo uniforme durante
algum intervalo de tempo (obviamente,
isso não ocorre nas partidas e nas
chegadas aos andares, quando
o módulo da velocidade precisa,
respectivamente, aumentar e diminuir).

e
chk
nes

a
agin
rt K

k/P
obe

toc
k/R

ters
toc

hut
ters

©S
hut
©S

3.
O movimento de elevadores
é uniforme em quase todo o
seu deslocamento.

Quando um metrô parte de uma estação


para outra, o módulo de sua velocidade vai
aumentando gradativamente. Depois que a
velocidade desejada é atingida, o condutor
desse meio de transporte se utiliza de alguns
instrumentos para mantê-la constante o
Metrôs e trens, em diversos
máximo de tempo possível. Isso evita que os momentos do percurso, deslocam-se
passageiros sintam o desconforto das acelerações com velocidade constante.
e desacelerações por muito tempo. Quando
ocorre a coincidência de o módulo da velocidade
permanecer constante e o trajeto descrito ser em
linha reta, a composição do metrô desenvolve um
movimento retilíneo uniforme.

FIS

Funções do movimento uniforme


Em qualquer movimento, é possível construir modelos matemáticos que relacionem, com
maior ou menor precisão, o comportamento de grandezas, como a posição em relação ao
tempo.
Para iniciar a descrição dos movimentos, por sua simplicidade, suponha um movimento
retilíneo uniforme. Por exemplo, uma pessoa que caminha em linha reta com velocidade
FRQVWDQWHGHbPVSHUFRUUHPHWURVHPVHJXQGRVbȡXPDYH]TXHDFDGDVHJXQGRDSHVVRD
VHGHVORFDPHWUR'HVVHPRGRDRILQDOGHVHJXQGRVGHPRYLPHQWRDSHVVRDGHVORFRXVH
YH]HVDGLVW¤QFLDGHPHWUR ΔVb bbybb bbP 

3. MOVIMENTO UNIFORME • • 53
Raqsonu. 2015. Digital.

Após 7 segundos de
movimento, uma pessoa
com velocidade constante
GHbPVSHUFRUUHPHWURV

0s 1s 2s 3s 4s 5s 6s 7s
0m 1m 2m 3m 4m 5m 6m 7m

Caso as unidades das


grandezas estejam no Sistema
Na situação anterior, foi possível estabelecer uma correspondência Internacional, temos:
entre os valores de deslocamento e tempo. Quando isso ocorre, temos
s bȡSRVL©¥RILQDOHPPHWURV
uma relação denominada função, que pode ser expressa por uma
equação obtida da definição de velocidade média, como mostrado a s0 bȡSRVL©¥RLQLFLDOHPPHWURV
seguir: v bȡYHORFLGDGHHPPHWURVSRU
segundo;
t bȡWHPSRHPVHJXQGRV
's s  s0 Vamos retornar à situação
vm  
't t  t 0 anterior, em que uma pessoa
se movimenta com velocidade
GHbPVHPXPDUXDQDTXDO
Uma vez que o módulo da velocidade é constante, pois se trata de a numeração das casas indica a
um movimento retilíneo uniforme, a velocidade média (vm) coincide distância, em metros, que elas
com a sua velocidade instantânea. Dessa forma, a equação anterior estão do início da rua.
pode ser reescrita da seguinte maneira: Imagine que, no tempo
tb bbVDSHVVRDVDLGDFDVDGH
Q¼PHURHVHPRYLPHQWD
no sentido crescente da
s  s0
Y  numeração. A função particular
t  t0 que representa essa situação é
dada por:
V yW
Isolando a posição final (s) do corpo, temos:
Considerando que essa
Y y WW ȡ W 
Yy WbȡW
Y V ȡV ⇒ V
VbȡV ȡ W) + s
V Yy WbȡW
Y y W
Y W
pessoa caminhe por um
É comum considerarmos que o instante inicial do movimento é zero LQWHUYDORGHWHPSRGHbV
(t  FRPRVHRFURQ¶PHWURHVWLYHVVH]HUDGRQRPRPHQWRHPTXH até chegar à casa de um
se iniciou o movimento (ou sua análise). Por isso, a função horária da amigo, podemos determinar
posição para o movimento uniforme pode ser reduzida para: a numeração dessa casa
utilizando a função particular
desse movimento:
V W  VYyW V y
V P

54 • • FÍSICA
CIÊNCIA EM PRÁTICA

Velocidade média ou média das velocidades?


O objetivo desta atividade experimental consiste em determinar a
“velocidade média” de um móvel.
Nesta seção, os alunos conseguirão perceber na prática a diferença
Materiais entre velocidade média e média das velocidades. É importante
que eles manipulem os
• cronômetro valores de grandezas em • trena ou fita métrica
diferentes notações, para ©Shutterstock/Gd_Project

estabelecer a relação de
Como fazer equivalência entre elas.

1. (VFROKDXPDWUDMHWµULDVXSHULRUDPHWURVHVHSDUHDHPWU¬V 5. Calcule a velocidade média


partes (não precisa ser em partes iguais). LPSULPLGDSRUYRF¬HPNPK
e registre-a no espaço a
2. Percorra cada uma das partes da maneira explicada a seguir.
seguir.
Procure manter o mesmo ritmo enquanto estiver percorrendo cada
's
uma dessas partes. vm 
't
• Parte 1: caminhe “devagar”. vm  NPK
• Parte 2: caminhe “apressadamente”. 6. Calcule a média aritmética
GDVYHORFLGDGHVHPNPKH
• Parte 3: corra.
registre-a no espaço a seguir.
3. Meça o tempo gasto para percorrer a trajetória em cada uma das v1 + v 2 + v3
maneiras sugeridas e anote os dados obtidos na tabela. 3
Média aritmética das
YHORFLGDGHV  NPK
Maneira Distância percorrida Tempo gasto
Devagar Conclusão
Apressadamente 1. Compare a velocidade média
Correndo encontrada com a média
aritmética das velocidades.
4. Para cada maneira como você percorreu a trajetória, calcule o valor Os valores são iguais?
da velocidade desenvolvida e anote na tabela. 2. Poderíamos pensar da
mesma maneira para a
Maneira Velocidade (m/s) Velocidade (km/h) velocidade média dos
automóveis?
Devagar
Apressadamente

FIS
Correndo

TOME NOTA!
ÇO
USE ESTE ESPA
O QUE
PARA AN OTAR
ND EU ATÉ AQUI.
APRE

3. MOVIMENTO UNIFORME • • 55
©Shutterstock/DenisKrivoy

EXEMPLOS RESOLVIDOS

Suponha que um carro tenha feito um percurso de


bNP1RVSULPHLURVbNPHOHPDQWHYHXPDYHORFLGDGHGH
bNPKHQTXDQWRQDRXWUDPHWDGHPDQWHYHDYHORFLGDGH
HPbNPK4XDOIRLDYHORFLGDGHP«GLDGHVVHDXWRPµYHOHP
WRGRRSHUFXUVR"‹FRUUHWRGL]HUTXHDYHORFLGDGHP«GLD«D
P«GLDGDVYHORFLGDGHV"-XVWLILTXHVXDUHVSRVWD

RESPOSTA
Para a primeira metade do percurso, temos: Para a segunda metade do percurso, temos:
's 's
vm1 = vm2 =
't1 't 2
10 10
40 = 60 =
't1 't 2
1 1
ʂW1 = ʂW2 =
4 6

$JRUDYDPRVFDOFXODURWHPSRWRWDO ʂW ʂW1ʂW2) para o percurso inteiro:

's
vm =
't
Logo, a média da
20 20 20 s
vm = = = velocidades é dif
't1  't 2 1 1 3 2 erente
 da velocidade m
4 6 12 édia. Elas
só seriam iguais
20 20 · 12 240 se as
vm = ⇒ ⇒ velocidades tivess
em sido
5 5 5 iguais nas duas m
etades
12 do percurso.
vm = 48 km/h

EM13CNT301, EM13CNT303, EM13CNT306


ATIVIDADES
3. As funções horárias a seguir representam a) s(t) = 2 + 4 · t
o movimento de um móvel. Sabendo que as I. 2 m
unidades das grandezas estão no SI, determine II. 4 m/s
para cada uma delas: III. Progressivo
I. a posição inicial; IV. s(4) = 2 + 4 · 4 ⇒ s(4) = 2 + 16 ⇒ s(4) = 18 m
V. s(t) = 2 + 4 · t ⇒ 12 = 2 + 4 · t ⇒ 12 – 2 = 4 · t
II. a velocidade escalar; 10
t= = 2,5 s
III. a classificação do movimento em 4
–2
progressivo ou retardado; VI. s(t) = 2 + 4 · t ⇒ 0 = 2 + 4 ·t ⇒ – 2 = 4 · t ⇒ t =
4
1
IV. a posição do móvel no instante t = 4 s; t =   s
2
V. o instante em que o móvel passa pela 1
Fisicamente, o tempo   s não pode existir, pois tempo é uma
posição s = 12 m; 2
grandeza em módulo. Portanto, o sinal negativo indica que o
VI. se existir, o instante em que o móvel passa corpo não passa pela origem.
pela origem.

56 • • FÍSICA
4. Em determinado referencial, dois corpos
b) s(t) = 27 – 3 · t
realizam um movimento uniforme. As relações
I. 27 m
entre as posições dos corpos em função do
II. –3 m/s
tempo são fornecidas pelas tabelas a seguir.
III. Retrógrado
IV. s(4) = 27 – 3 · 4 ⇒ s(4) = 27 – 12 ⇒ s(4) = 15 m Posição (m) 13 22 31 40 49
V. s(t) = 27 – 3 ∙ t ⇒ 12 = 27 – 3 ∙ t ⇒ 12 – 27 = –3 · t Corpo A
–15 Tempo (s) 0 1 2 3 4
t= ⇒t=5s
–3
VI. s(t) = 27 – 3 ∙ t ⇒ 0 = 27 – 3 ∙ t ⇒ –27 = –3 ∙ t
Posição (m) 52 43 34 25 16
–27
t= ⇒t=9s Corpo B
–3 Tempo (s) 0 1 2 3 4

Com base nas tabelas, faça o que se pede.

a) Determine a posição inicial (s0) e o


módulo da velocidade (v) para os corpos
A e B.
Para A: Para B:
s0 = 13 m s0 = 52 m
2
c) s(t) = – t vA =
's
vB =
's
3 't 't
2
I. m 22 – 13 43 – 52
3 vA = vB =
1 1
II. –1 m/s
vA = 9 m/s vB = –9 m/s
III. Retrógrado
2 12 –10
IV. s(4) =  – 4 ⇒ s(4) =  – = m
3 3 3
2 2 2
V. s(t) =  – t ⇒ 12 =  – t ⇒ 12 – = –t
3 3 3
b) Classifique os movimentos em progressivo
36 – 2
= – t ⇒ t = –
34
s ou retardado para cada um dos corpos.
3 3
Justifique sua resposta.
2 2 2
VI. s(t) =  – t ⇒ 0 = – t ⇒ t = s Como vA = 9 m/s > 0, o movimento de A é progressivo. Como
3 3 3 vB = –9 m/s < 0, o movimento de B é retrógrado.

d) s(t) = 10 · t
I. 0 m, na origem.

FIS
II. 10 m/s
III. Progressivo
IV. s(t) = 10 · t ⇒ s(4) = 10 · 4 ⇒ s(4) = 40 s
c) Escreva as funções horárias dos
12
V. s(t) = 10 · t ⇒ 12 = 10 · t ⇒ t = ⇒ t = 1,2 s movimentos de A e de B.
10
VI. 0 = 10 · t ⇒ t = 0 s Para A:
s0A = 13 m e vA = 9 m/s
sA = s0A + v · t
sA = 13 + 9 · t (sendo s em metros e t em segundos)
Para B:
s0B = 52 m e vB = –9 m/s
sB = s0B + v · t
sA = 52 – 9 · t (sendo s em metros e t em segundos)

3. MOVIMENTO UNIFORME • • 57
5. (UTFPR) Em agosto de 2015 ocorreu um 7. (UNESP – SP) Um estudante realizou uma
campeonato mundial de atletismo em Pequim. experiência de Cinemática utilizando um tubo
Nos 100 m rasos feminino, Shelly Ann Fraser comprido, transparente e cheio de óleo, dentro
Pryce fez o percurso em 10,76 s. Nos 100 m do qual uma gota de água descia verticalmente,
rasos masculino, o atleta Usain Bolt fez o como indica a figura.
mesmo trajeto em apenas 9,58 s. Baseado
nas informações, podemos afirmar que a
diferença de velocidade média entre eles foi de
aproximadamente:
a) 0,001 m/s X d) 1,0 m/s
tubo
b) 0,01 m/s e) 10,0 m/s transparente
c) 0,1 m/s cheio de óleo
's 100
vm fem = ⇒ vm = ⇒ vm = 9,29 m/s
't 10, 76
's 100
vm masc = ⇒ vm = ⇒ vm = 10,43 m/s
't 9, 58
A diferença é dada por:
Δv = vm masc – vm fem ⇒ Δv = 10,43 – 9,29 ⇒ Δv = 1,14 m/s

suporte
6. (UFABC – SP) Técnicos advertem que a
mínima velocidade do vento é indispensável. A
instalação de turbinas eólicas é conveniente em A tabela relaciona os dados de posição em
locais cuja velocidade média anual dos ventos função do tempo, obtidos quando a gota passou
seja superior a 3,6 m/s. O movimento do ar em a descrever um movimento retilíneo uniforme.
um parque eólico foi monitorado observando o Posição (cm) Tempo (s)
deslocamento de partículas suspensas durante
120 0
intervalos de tempos de duração irregular:
90 2
Deslocamento (m) Intervalo de tempo (s) 60 4
–175 35
30 6
–90 18
A partir desses dados, determine a velocidade
–135 27
em cm/s, e escreva a função horária da posição
A partir de uma trajetória de origem da gota.
convenientemente definida e supondo que o ar
Se o movimento é uniforme, a velocidade instantânea coincide
se movimente com aceleração nula, das funções com a velocidade média. Assim:
apresentadas aquela que pode ser associada ao 's s – s0 90 – 120
deslocamento do ar nessa região é: vm =
't
⇒ vm =
t – t0
⇒ vm =
2–0
X a) s = –20 – 5 · t d) •αΫʹͲΪͷȉ–
vm = –
b) •αΫͷΪͳͷȉͷ– e) s = 15 – 30 · t
c) s = 10 – 25 · t vm = –15 cm/s
Assim, a possível função horária será:
Com os deslocamentos da tabela e os respectivos intervalos de s = s0 + v · t
tempo, podemos calcular a velocidade dos ventos para criar a
função horária da posição. s = 120 + (–15) · t
s = 120 – 15 · t
's –175
v= ⇒v= ⇒ v = –5 m/s
't 35
's –90
v= ⇒v= ⇒ v = –5 m/s
't 18
's –135
v= ⇒v= ⇒ v = –5 m/s
't 27
Assim, considerando que a posição inicial s0 é um valor qualquer
não conhecido, uma possível função horária seria dada por:
as atividades
s = s0 + v ∙ t ⇒ s = s0 + (–5) ∙ t Agora, você pode fazer
sta Enem.
27 a 30 da seção Conqui
58 • • FÍSICA
Encontro de corpos
Considerando que dois corpos iniciam o movimento no mesmo instante, denominamos
tempo de encontro o intervalo de tempo em que eles chegam a uma mesma posição,
denominada posição de encontro.
Em casos como esse, a condição de encontro dos corpos (A e B) é a de que estejam em
uma mesma posição da trajetória orientada. Logo:

sA VB

Os termos sA e sB indicam as posições determinadas pelas funções de cada um dos


corpos:
sA V$ + vAyW
sB V% + vByW
Nas funções, os termos s$ e s% representam as posições iniciais dos corpos A e B,
HbRVbWHUPRVYA e vB representam as respectivas velocidades.

Encontro de corpos que se movimentam em sentidos opostos


Considere que dois amigos, representados por A e B, estão em cidades diferentes
HbFRPELQDPGHVHHQFRQWUDUHPXPDURGRYLDTXHOLJDRVGRLVPXQLF¯SLRV
Para isso, cada qual sai de sua cidade, em um mesmo instante de tempo, com
velocidades de módulos constantes vA bNPK HYB bNPK XPHPGLUH©¥R¢FLGDGH
do outro.

DKO Estúdio. 2015. Digital.


Após um intervalo
de tempo, objetos
que se movem em
sentidos opostos de
uma trajetória podem
se encontrar em uma
posição definida.

vB
vA

FIS
s (km)
20 km 90 km

O intervalo de tempo desde o instante em que Substituindo esse valor de tempo nas funções
os carros partiram de suas posições iniciais até horárias da posição de cada um dos corpos,
o momento do encontro pode ser determinado «bSRVV¯YHOGHWHUPLQDUHPTXHSRVL©¥RRVGRLV
mediante a aplicação da condição de encontro: amigos se encontram:
sA VB sA y
yW bȡyW sA NP
yWyW bȡ sB bȡy
yW  sB NP
W K

3. MOVIMENTO UNIFORME • • 59
Encontro de corpos que se
Para sA, temos: Para sB, temos:
movimentam no mesmo sentido
sA = s0A + vA · t sB = s0B + vB · t
No exemplo anterior, os carros se
moviam na mesma direção, mas em sA   yW sB   yW
sentidos opostos. Vamos analisar agora sA yW sB yW
uma situação na qual dois corpos se
Aplicando a condição de encontro, temos que:
movem no mesmo sentido. Imagine que
um estudante esteja caminhando para sA = sB
o colégio com velocidade constante yW yW
vBbGHbPV'HSRLVGHXPLQWHUYDORGH
tempo, o pai do estudante percebe que yWbȡyW bȡ
seu filho esqueceu o trabalho de Física yW 
sobre a mesa. Nesse instante, o pai sai
GHbELFLFOHWDFRPYHORFLGDGHFRQVWDQWH W V
vAbGHbPVDRHQFRQWURGRILOKR W PLQV

Utilizando as funções da posição,


DKO Estúdio. 2015. Digital.

podemos determinar também em que


posição o pai encontra o filho:
sA y
sA = 900 m
vA
vB sB y
0 200 m
sB = 900 m
500 m
900 m

Corpos que se movimentam no mesmo sentido


GDbWUDMHWµULDW¬PYHORFLGDGHVFRPPHVPRVLQDO

TOME NOTA!
ÇO
USE ESTE ESPA
AN OTAR O QUE
PARA
ATÉ AQUI.
APREND EU

60 • • FÍSICA
EM13CNT301, EM13CNT306
ATIVIDADES
8. Dois corpos, A e B, estão sobre uma mesma b) Em que instante, após a partida, ocorre o
estrada e têm seus movimentos indicados pelas encontro dos corpos A e B?
seguintes funções horárias: Para que ocorra o encontro entre os corpos, é necessário que as
posições sA e sB sejam iguais.
sA = 10 + 3 · t (SI)
sA = sB
sB = 15 – 2 · t (SI) 40 + 2 · t = 10 + 8 · t
2 · t – 8 · t = 10 – 40
a) Classifique os movimentos de A e B em –6 ∙ t = –30
progressivo ou retrógrado. Justifique sua –30
t=
resposta. –6
Como a velocidade de A é positiva (vA > 0), podemos classificar t=5s
o seu movimento como progressivo. Por outro lado, como a
velocidade de B é negativa (vB < 0), podemos classificar o seu
movimento como retrógrado. c) Qual é a posição de encontro?
Podemos substituir t por 5 s em qualquer uma das funções
horárias para obter a resposta:
sA = 40 + 2 · t
b) Em que instante, após a partida, ocorre o
sA = 40 + 2 · 5
encontro dos corpos A e B?
sA = 40 + 10
Para que ocorra o encontro entre os corpos, é necessário que as
sA = 50 m
posições sA e sB sejam iguais.
sA = sB
10 + 3 ∙ t = 15 – 2 ∙ t
10. (ESPCEX – SP) Em uma mesma pista, duas
3 ∙ t + 2 ∙ t = 15 – 10
partículas puntiformes A e B iniciam seus
5∙t=5
movimentos no mesmo instante com as suas
5
t= posições medidas a partir da mesma origem
5
dos espaços. As funções horárias das posições
t=1s
de A e B, para s, em metros, e t, em segundos,
são dadas, respectivamente, por SA = 40 + 0,2 · t
c) Qual é a posição de encontro? e SB = 10 + 0,6 · t. Quando a partícula B alcançar
Podemos substituir t por 1 s em qualquer uma das funções a partícula A, elas estarão na posição:
horárias para chegar à resposta:
sA = 10 + 3 ∙ t
X a) 55 m d) 105 m
sA = 10 + 3 ∙ 1 b) 65 m e) 125 m
sA = 13 m c) 75 m

Para que ocorra o encontro entre os corpos, é necessário que as


posições sA e sB sejam iguais.
9. Duas pessoas, A e B, caminham no mesmo SA = SB
sentido, com velocidades constantes. A pessoa
FIS
40 + 0,2 ∙ t = 10 + 0,6 ∙ t
A está inicialmente na frente da pessoa t ∙ (0,2 – 0,6) = 10 – 40
B e caminha com uma velocidade menor. t ∙ (–0,4) = –30
As funções horárias que representam os –30
movimentos de A e de B são: t=
–0, 4
sA = 40 + 2 · t t = 75 s
sB = 10 + 8 · t Podemos substituir t por 75 s em qualquer uma das funções
horárias para obter a resposta:
a) Classifique os movimentos de A e de B em sA = 40 + 0,2 ∙ t ⇒ sA = 40 + 0,2 ∙ 75
progressivo ou retardado. Justifique sua sA = 40 + 15 ⇒ sA = 55 m
resposta.
Os movimentos de A e de B são progressivos, porque as veloci-
dades vA e vB são positivas.

3. MOVIMENTO UNIFORME • • 61
11. Em algumas situações, temos que considerar o tamanho do corpo na análise da
situação. Nesses casos, estamos trabalhando com corpos extensos, como trens que
atravessam pontes. Na ilustração a seguir, um trem de 160 metros atravessa um
túnel de 80 metros com velocidade constante de 144 km/h. Quanto tempo o trem
levará para passar completamente pelo túnel?

Divo Padilha. 2011. Digital.


Túnel
Início da Término da
A travessia A travessia

Comprimento do trem Comprimento do túnel

Considerando que a posição inicial do trem é a origem do movimento e transformando a velocidade de km/h para
m/s, sua função horária é:
s = s0 + 40 ∙ t
s = 40 ∙ t
O trem terá de percorrer uma distância igual ao tamanho do túnel mais o próprio tamanho. Considerando que
s = 160 + 80 = 240 m, temos:
s = 40 ∙ t
240 = 40 ∙t
240
t=
40
t=6s

12. Duas estações de metrô, A e B, estão separadas por uma distância de 30 km, medida
ao longo de uma trajetória. Um metrô A passa pela estação A com velocidade
constante de 70 km/h e se movimenta em direção à estação B. Já um metrô B passa
pela estação B com velocidade de 50 km/h em direção à estação A. Sabendo que
os metrôs mantêm as velocidades constantes durante todo o movimento, determine
o instante de encontro em minutos.

Primeiro, é necessário escrever as funções horárias para o metrô A e para o metrô B. Adotando a estação A como a
origem dos espaços, temos:
sA = s0 + v · t ⇒ sA = 0 + 70 ∙ t
sB = s0 + v · t ⇒ sB = 30 +( –50) ∙ t
Para que o encontro aconteça, as posições de A e de B devem ser coincidentes:
sA = sB
70 ∙ t = 30 – 50 ∙ t
70 · t + 50 · t = 30
120 · t = 30
30 1
t= ⇒t= h
120 4
t = 15 min

a atividade
Agora, você pode fazer
Enem.
31 da seção Conquista

62 • • FÍSICA
Gráficos do movimento uniforme
Como já sabemos, a Física é uma ciência que estuda detterminados
f ô
fenômenos d natureza:
da t os movimentos
i t dosd corpos, a luz
l e ssuas
propriedades, as correntes elétricas, a troca de calor entre os corpos,
etc. Podemos dizer que um dos principais métodos da Físicaa para
caracterização dos fenômenos físicos compreende a medição e
RbHVWDEHOHFLPHQWRGHUHOD©·HVHQWUHDVJUDQGH]DVI¯VLFDV
$UHOD©¥ROµJLFDHQWUHHVVDVJUDQGH]DVHPJHUDOSRGHVVHU
age
s UHSUHV
UHSU HVHQ
HQWD
WDGD
GD SRU IXQ
XQ©·
©·HV
HV PDW
DWHP
HP£W
£WLF
LFDV
DVH[
H[SU
SUHV
HVVD
VDVVSR
SRUUOL
OLQJ
QJXD
XDDJH
JHPP
e im

VLPEµOLFDOHLGHIRUPD©¥RRXOLQJXDJHPJU£ILFD3RGHPRVG GL]HU
nl
k /Ta
toc

SRUWDQWRTXHXPDJUDQGH]DGHSHQGH YDUL£YHOGHSHQGHQWH GRTXH


s
ter
hut

RFRUUHFRPRXWUDVJUDQGH]DV YDUL£YHLVLQGHSHQGHQWHV VHJX XLQGR


©S

DbUHOD©¥RGHOHLV IXQ©·HVHHTXD©·HV PDWHP£WLFDV


$SDUWLUGHDJRUDYDPRVDQDOLVDURVJU£ILFRVTXHUHODFLR RQDP
RbFRPS SRUWDPHQWRGDSRVL©¥RHGDYHORFLGDGHGHFRUSRVHPPRYLPHQWR
XQLI
XQ LIRU
RUPH
PH YDDUL
UL£Y
£YHLHLVV GH
GHSH
SHQGHQHQWH
WHV HPIXQ©©¥RGRWHPSR YYDUL£YHO
LQ
QGHSHQG QGHQ
QWH
WH   1HV
HVVH
VHV
VJU
JU£I
£ILF
LFRV
RVDV
DV JUD
UDQG
QGH]
H]DV
DV TXH GHV
HVHM
HMDP
DPRVRVV UHOHODF
DFLR
LRQD
QDU
U
V¥RGLVSRVWDVQRVHL[RVGRVLVWHPDFDUWHVL V DQR HRV
V YD
YDOR
RUH
UHVVVVV¥
V¥R
R
PDUFDGRVQHVVHVHL[RVGHDFRUGRFRPDVXDPDJQLWXGH
oul
d_s
ma
No
ck/
sto
ter
hut
©S

Em Física, as medidas
são realizadas para
estabelecer relações
entre grandezas
HbIHQ¶PHQRV

FIS
©Shutterstock/Elena Elisseeva

©Shutterstock/Sergey Novikov
3. MOVIMENTO UNIFORME • • 63
Gráfico da velocidade
em função do tempo #ilovefunção

es, a lei de formação


8PPµYHOTXHGHVFUHYHXPPRYLPHQWR
Em funções constant
é uma constante
XQLIRUPHDSUHVHQWDPµGXORGDYHORFLGDGH
constante. Assim, esse gráfico deve ser «I [ b bEHPTXHb
DSDUDOHODDRHL[R
representado por uma reta paralela ao eixo HRbJU£ILFR«XPDUHW
do tempo, o que caracteriza o gráfico de GDVbDEVFLVVDV
uma função constante.

Caso o movvim
Caso i enento
to sejja ununififor
orme
me e Em movimentos uniformes e
prog
ppr ogre
og ress
s iv
ivo,
o, ist
stoo é,, com vel eloc
o id
idadde retrógrados, quando a velocida
d de
posi
po siti
tiva
va, a retaa é par aral
alel
elaa ao
a eixo «
«bQHJDWLYDDUHWDTXHUHSUHVHQWD
WL
GR WHP
HPSRR DEDEVFVFLV
LVVD
VD  HH PD
P QW«PVH DYHORFLGDGH«SDUDOHODDRHL[R
acim
ac imaa de
delee: GRWHPSR DEVFLVVD HPDQW«PVH
DEDL[RGHOH
v v
v>0
v
0
0 t
t v
v<0

,QGHSHQGHQWHPHQWHGRWLSRGHPRYLPHQWRXPDSURSULHGDGHGRGLDJUDPDYb×bW
é a área compreendida entre o eixo do tempo e a linha que corresponde numericamente
¢bYHORFLGDGHGRPµYHO
Velocidade

Área

0
t Tempo

Calculando a área do gráfico, temos:


Área = lado · lado
ƒUHD YyW HTXD©¥R,
Realizando algumas operações algébricas na função do movimento uniforme,
temos que:
s = s0 + v · t
VbȡV0 = v · t
ΔV YyW HTXD©¥R,,

64 • • FÍSICA
Comparando os resultados obtidos nas FICA A DICA!
equações I e II, concluímos que a área formada
entre o gráfico da velocidade de um corpo
em função do tempo e o eixo do tempo é N
2
2V¯PEROR = indica
numericamente igual ao deslocamento descrito TTXHDLJXDOGDGHHQWUHD
por esse corpo. ££UHDHRGHVORFDPHQWR
ƒUHDb bYyW do corpo é apenas uma
LJXDOGDGHQXP«ULFDQ¥R
Δs = v · t
plena, uma vez que as
unidades de medida de
N £UHDHGHGHVORFDPHQWR
Área = Δs
V¥RbGLIHUHQWHV

*U£ILFRGDSRVL©¥RHP
função do tempo
#ilovefunção
$VSRVL©·HVGHXPPµYHOHPXP
movimento uniforme são obtidas pela função de formação é:
GDSRVL©¥R Vb bV0bbYbybW TXHFDUDFWHUL]D Em funções afins, a lei
uma função afim. Nesses casos, o gráfico é I [  Dy[E
do coeficiente
constituído por uma função crescente, para Em que a é denomina
movimentos progressivos, ou decrescente, LQFOLQD©¥RGDUHWD
DQJXODULQGLFDQGRD
HILFLHQWHOLQHDU
SDUDPRYLPHQWRVUHWUµJUDGRV Hbbb«GHQRPLQDGRFR
interseção da reta
indicando o ponto de
com a ordenada:
2JU£ILFRGDSRVL©¥RGHXPPµYHOSHUPLWH 'y
identificar algumas grandezas físicas, D  E I 
'x
como a velocidade e a aceleração.

FIS
rsegui
©Shutterstock/M

3. MOVIMENTO UNIFORME • • 65
Quando a velocidade é pop sitiva, Quando a velocidade é negativa,
RbUHVSHFWLYR JU£ILFRGDSRVL©¥RHP RbUHVSHFWLYR JU£ILFRGDSRVL©¥¥RHP
I ¥ G
IXQ©¥RGRWHPSR«UHSUHVHQWDGR
« G I ¥ G
IXQ©¥RGRWHPSR«UHSUHVHQWDGR
« G
SRUXPDUHWDLQFOLQDGD SDUDFLPD SRUXPDUHWDLQFOLQDGD SDUDEDL[R
RVHVSD©RVDXPHQWDP  RVHVSD©RVGLPLQXHP 

s s
v>0
s0
v<0
s0

0 0
t t

EM13CNT301, EM13CNT302, EM13CNT204


ATIVIDADES
13. Considere os valores do espaço em função 14. Em cada um dos gráficos a seguir, determine
do tempo s(t) de um móvel representados na a velocidade média do móvel.
tabela a seguir. Com base nos dados da tabela, a) s (m) a) v =
's
⇒v=
–7
⇒ v = –1,4 m/s
determine a função horária das posições desse 't 5
móvel e construa o gráfico das posições em 7
função do tempo.

Posição (m) –2 0 2 4 0 5 t (s)

Tempo (s) 0 2 4 6

's 9
b) s (m) b) v = ⇒v= ⇒ v = 1 m/s
A função horária das posições pode ser obtida desta forma: 't 9
7
's 0 – (–2)
vm = ⇒ vm = ⇒ vm = 1 m/s
't 2
A posição inicial no instante de 0 (zero) é –2 m, e a velocidade
média é 1 m/s. 0 9 t (s)
s = s0 + v · t –2
s = –2 + 1 · t
's 1
s (m) c) s (cm) c) v = ⇒v= ⇒ v = 0,1 cm/s
't 10
4
6
2 5
t (s)
-4 -2 0 2 4 6
-2 0 5 10 t (s)
-4

's –5
d) s (cm) d) v = ⇒v= ⇒ v = –0,5 cm/s
't 9

0 7 9 t (s)

66 • • FÍSICA
15. Uma pessoa anda de bicicleta todos os dias em um parque que tem marcações de
distância no chão. Ao passar pela posição 50 metros, ela zera o cronômetro e pedala
com velocidade constante, como representado no gráfico a seguir. Qual é a posição
do corpo após 12 segundos de movimento?

v (m/s)
4
2
t (s)
0 2 4 6 8 10 12 14

s = 50 + 4 · 12
s = 50 + 48
s = 98 m

16. ENEM Em uma prova de 100 m rasos, o desempenho típico de um corredor padrão
é representado pelo gráfico a seguir:

12

10
Velocidade (m/s)

FIS
2

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Tempo (s)

Baseado no gráfico, em que intervalo de tempo a velocidade do corredor


é aproximadamente constante?
a) Entre 0 e 1 segundo. d) Entre 8 e 11 segundos.
b) Entre 1 e 5 segundos. e) Entre 12 e 15 segundos.
X c) Entre 5 e 8 segundos.
Pela observação direta do gráfico, notamos que, entre os instantes 5 s e 8 s, a velocidade
praticamente não varia, pois o gráfico mantém-se quase paralelo ao eixo dos tempos.

3. MOVIMENTO UNIFORME • • 67
MOVIMENTO CIRCULAR b) Quando falamos que um movimento é
uniforme, de acordo com o que já vimos

UNIFORME antes, isso significa que o módulo do vetor


velocidade permanece constante ao longo de
toda a trajetória. Assim, o movimento circular
A trajetória é um dos critérios utilizados para
uniforme é o movimento que ocorre em uma
classificar os movimentos. Entre os possíveis tipos
trajetória que é uma circunferência e com
de movimentos circulares, isto é, cuja trajetória
velocidade de módulo constante. Perceba que,
descreve uma circunferência, existe um que é
necessariamente, a direção e o sentido do vetor
denominado movimento circular uniforme. Mas o
velocidade devem mudar a cada instante para
que isso realmente significa? Vamos interpretar
que a trajetória seja circular.
os termos dessa denominação para explorar seu
significado. Como a grandeza aceleração está relacionada
com alguma alteração no vetor velocidade, nos
a) Quando pensamos em movimento circular,
movimentos circulares e uniformes, temos ao menos
«bFRPXPFRPHWHUPRVRHUURGHLPDJLQDUTXHVH
um tipo de aceleração, a aceleração centrípeta. Isso
trata de um movimento que ocorre em círculos.
ocorre porque, apesar de não haver alteração no seu
O engano está em confundir circunferência
módulo, há alteração na direção e no sentido. Essa
com círculo. Circunferência é a linha formada
aceleração será mais detalhada adiante.
por todos os pontos contidos em um plano
e que equidistam de um ponto determinado
RbFHQWURGHOD $FLUFXQIHU¬QFLDGLYLGHHVVH A velocidade dos
ponteiros das horas,
plano em duas regiões: a interna e a externa. Já
r
nee

dos minutos e dos


tterstock/Cano

o círculo corresponde à região interna de uma segundos de um


FLUFXQIHU¬QFLD LQFOXLQGRD (PXPPRYLPHQWR relógio em geral
é constante, o que
© S hu

circular, a trajetória descrita pelo móvel é uma caracteriza um


circunferência e não um círculo. movimento circular
uniforme.

FICA A DICA! Em parques de diversões, há


diversos brinquedos que realizam
movimentos circulares.
C
Circunferência: é o conjunto
dde todos os pontos que
ddistam r de um ponto dado,
ssendo r uma constante real
positiva.
Círculo: é o conjunto de
todos os pontos que estão
a uma distância igual ou
menor que r de um ponto
dado, sendo r uma constante
real positiva.

©Shu
ttersto
ck/Ele
si

68 • • FÍSICA
©Shutterstock/Yumu
Grandezas do movimento circular
Grandezas periódicas
A sucessão de dias e noites permitiu ao ser humano criar um
mecanismo simples de contagem de tempo. A chave para isso está naa
periodicidade – a cada intervalo de aproximadamente 24 horas, o Soll
volta a nascer ou a se pôr. Podemos dizer que o movimento do Sol
cruzando o céu é um movimento que se repete. Em outras palavras,
trata-se de um movimento periódico.
Para descrever a sucessão de dias e noites para alguém, podemoss
GL]HUTXHRFLFORRFRUUHDFDGDbK(VVH«RSHU¯RGRGRFLFOR0DV
WDPE«P«SRVV¯YHOGL]HUTXHHVVHFLFORRFRUUHDSUR[LPDGDPHQWH
365 vezes por ano, essa é a frequência com que o ciclo ocorre. Assim,
SHU¯RGRHIUHTX¬QFLDV¥RGXDVJUDQGH]DVI¯VLFDVTXHSRGHPVHU
utilizadas para a descrição dos movimentos periódicos.
Além da passagem dos dias, podemos observar outros movimentos
os
periódicos, como o movimento de um relógio de pêndulo, de um
sistema composto por uma massa acoplada a uma mola (como a
suspensão de um automóvel) ou de uma corda de violão, que oscila
ao ser tocada. Assim como esses movimentos, os movimentos circulares
são periódicos e, por isso, podemos descrevê-los com base no
SHU¯RGRHQDIUHTX¬QFLD
©Shutterstock/Fouad A. Saad

©Shutterstock/Drg Photography

Período ©Shutterstock/Naeblys

(P)¯VLFDDSDODYUDȦSHU¯RGRȧ
está associada a fenômenos O período, representado por
FIS
TXHVHUHSHWHP2SHU¯RGR«R T, corresponde ao intervalo de
intervalo de tempo necessário tempo necessário para completar
para que um fenômeno repetitivo uma volta ou um ciclo.
seja completado.

o período
Pesquise sobre
cada um
de translação de
Sistema
dos planetas do
do Sol.
Solar em torno

No Sistema Solar, cada planeta tem um


SHU¯RGRGHWUDQVOD©¥RHPWRUQRGR6RO

3. MOVIMENTO UNIFORME • • 69
Frequência
No caso específico de um movimento circular uniforme,
DbIUHTX¬QFLDFRUUHVSRQGHDRQ¼PHURGHYROWDVFRPSOHWDGDVHPFHUWD
unidade de tempo. Podemos indicar a frequência em um movimento
circular uniforme em voltas por segundo, por minuto, por hora, por dia,
por mês, por ano, etc.
4XDQGRDXQLGDGHXVDGD«YROWDV RXURWD©·HV SRUVHJXQGR USV 
FRVWXPDPRVGHQRPLQ£ODKHUW] +] HTXDQGRDXQLGDGHXVDGD«YROWDV
RXURWD©·HV SRUPLQXWRFRVWXPDPRVUHSUHVHQW£ODVLPSOHVPHQWH
por rpm. Enquanto a unidade hertz pertence ao SI, rpm pertence
DbXPbVLVWHPDXVXDOHWHPDSOLFD©¥RPDLVIUHTXHQWHQDVHQJHQKDULDV
HbHPVLWXD©·HVGL£ULDVFRPRQDUHSUHVHQWD©¥RGHTXDQWDVYROWDV
RbPRWRUGHXPYHQWLODGRUFRPSOHWDHPXPPLQXWR

A frequência cardíaca,
RXWURbH[HPSORGRXVRFRWLGLDQR
do termo frequência, é medida
HPbEDWLPHQWRVSRUPLQXWR ESP 
©Shutterstock/Evgeniy Kalinovskiy

A frequência, representada por f, corresponde


DRbQ¼PHURGHYROWDVRXFLFORVUHDOL]DGRVHP
XPDbXQLGDGHGHWHPSR

Sabendo o que significam período e frequência, Fazendo o cálculo referente à regra de três
é possível fazer uma regra de três que relaciona DQWHULRUFRQFOX¯PRVTXHIbyb7b b1RUPDOPHQWH
essas duas grandezas: HVVDbHTXD©¥R«HVFULWDGDVHJXLQWHIRUPD

Número de
N Intervalo de
I  1
voltas tempo T

1 → T (período)
Ou seja, a frequência é o inverso do período
f (frequência) → 1
HbYLFHYHUVD

70 • • FÍSICA
Deslocamento angular r
d

Em situações em que um corpo realiza um


movimento sobre uma circunferência, partindo de Δθ
uma posição inicial, seu deslocamento pode ser
identificado de duas formas distintas: pela trajetória r Em movimentos
VREUHDFLUFXQIHU¬QFLD G RXDLQGDSHOR¤QJXOR circulares, um
realizado (Δθ 2GHVORFDPHQWRDQJXODUSRGHVHU deslocamento
linear d está
determinado pela abertura formada pelo segmento relacionado a um
de reta radial (que liga o centro da circunferência ao deslocamento
REMHWR HPGXDVSRVL©·HVVXFHVVLYDV angular Δθ.

Â
Ângulo Ângulo
O deslocamento angular é uma grandeza física
definida pela variação do ângulo central de um
HPbJUDXV HPbUDGLDQRV
objeto que descreve um movimento circular. S
2bGHVORFDPHQWRDQJXODU«UHSUHVHQWDGRSRUΔθ e 30°
6
é medido em radiano no SI. O radiano corresponde
a uma abertura angular determinada pelo arco 45°
S
de comprimento igual ao raio da circunferência. 4
Em termos práticos, a conversão pode ser feita S
considerando a seguinte igualdade: 60°
3
360° = 2π radianos
S
Em uma circunferência, podem-se circunscrever 90°
2
2π (6,28) raios em seu perímetro. Logo, em uma
circunferência, há 2π (6,28) radianos. Cada radiano
corresponde a aproximadamente 57,3°. A tabela 180° π
mostra alguns ângulos notáveis expressos em
3S
graus e em radianos. 270°
2

1m
360° 2π
1r
ad

FIS
1m
Se o raio
correspon
arco do co de ao
mprimento
circunferê da
ncia, a ab
é definida er tura
como rad
iano.

3. MOVIMENTO UNIFORME • • 71
Velocidade angular
ATIVIDADES
Quando falamos em deslocamentos, medidos em metros, EM13CNT301, EM13CNT302, EM13CNT204
quilômetros ou em outra unidade, é natural considerarmos o tempo 17. Com base na definição
que levamos para percorrer tais deslocamentos e, com isso, definir a do conceito de período,
rapidez com que eles são realizados. responda às questões
Nos movimentos circulares, podemos construir um raciocínio a seguir.
análogo, que levará à definição da grandeza física denominada
velocidade angular. Considere um objeto descrevendo uma trajetória a) Qual é o período de
circular com raio R. Se o movimento descrito for circular uniforme, translação de Vênus
HPLQWHUYDORVGHWHPSRVLJXDLVRTXHRFRUUHFRPRV¤QJXORV em horas?
descritos por ele? Vênus tem um período de 224,7 dias,
ou seja, ele leva aproximadamente
3HQVHQRVHJXLQWHH[HPSORVHHVVHPµYHOSHUFRUUHUXP¤QJXOR 224 dias para completar uma volta em
torno do Sol. Em horas, esse período
GHrHPVHJXQGRVHPVHJXQGRVHOHSHUFRUUHU£rHP é igual a
VHJXQGRVrHDVVLPSRUGLDQWH,VVRVLJQLILFDTXHHPLQWHUYDORV TV = 224,7 ∙ 24
GHWHPSRVLJXDLVHVVHPµYHOGHVFUHYH¤QJXORVWDPE«PLJXDLV1HVVH TV = 5 392,8 h
exemplo, se o corpo com velocidade de módulo constante descreve
rHPVHJXQGRVHQW¥RLVVRHTXLYDOHDGL]HUTXHHOHGHVFUHYH
rbHPFDGDVHJXQGR
(VVHUHVXOWDGRTXHUHODFLRQDR¤QJXORSHUFRUULGRSRUXPFRUSR
em movimento circular ao intervalo de tempo, é denominado
velocidade angular média (ω 9LVWRTXHHVVDYHORFLGDGH«FRQVWDQWH
em movimentos uniformes, é indiferente calcular seu valor médio
RXbLQVWDQW¤QHR6HQGRΔθR¤QJXORGHVFULWRSRUXPFRUSRHP0&8
e Δt o intervalo de tempo transcorrido para que isso seja realizado,
podemos calcular sua velocidade média angular da seguinte forma:
b) Qual é o período do
ponteiro dos minutos de
'T um relógio em minutos?
ωm 
't 1 minuto.

Em casos em que a velocidade angular é constante, a velocidade


P«GLDDQJXODU«LJXDO¢YHORFLGDGHLQVWDQW¤QHDDQJXODUHSRUWDQWR

c) Qual é o período de
rotação da Terra
'T
ωm ω  em segundos?
't
O período de rotação é o tempo que a
Terra leva para dar uma volta completa
em torno do próprio eixo. Esse período
corresponde a 1 dia (24 h). Para
converter esse período em segundos,
A velocidade angular é uma grandeza física definida pela rapidez devemos proceder da seguinte maneira:
com que ocorre o deslocamento angular de um objeto em movimento 24 ∙ 3 600 s = 86 400 s
circular. Ela é representada por ω e, como é a razão entre uma medida
angular e o tempo, sua unidade, em um primeiro momento, poderia ser
expressa como radianos por segundo ou graus por segundo. No entanto,
como as medidas angulares não são unidades físicas, a unidade da
YHORFLGDGHDQJXODUQR6,«DSHQDVVb b+]&RQWXGRWUDGLFLRQDOPHQWH
ela é expressa em radiano por segundo (rad/s).

72 • • FÍSICA
18. Assinale V para verdadeiro e F para falso nas 20. Um disco, do tipo DVD, gira com movimento
afirmativas a seguir. …‹”…—Žƒ”—‹ˆ‘”‡ǡ”‡ƒŽ‹œƒ†‘͵Ͳ”’Ǥ
A velocidade angular dele, em rad/s, é
a) ( V ) Frequência e período são grandezas
inversamente proporcionais. a) ͵Ͳπ X c) π e) 5 π
b) 2 π d) ͵Ͳπ
b) ( V ) O hertz relaciona o número de voltas
realizado no período de 1 segundo. Inicialmente, determinamos quantas voltas esse DVD realiza por
segundo.
c) ( V ) A frequência corresponde ao número
Por proporção, temos:
de voltas ou ciclos realizados em uma
30
unidade de tempo. = 0,5
60
d) ( V ) A unidade da velocidade angular no SI ω = 2 ∙ π ∙ 0,5
é apenas 1/s = Hz. ω = π rad/s

19. Um corpo realiza um movimento circular


—‹ˆ‘”‡‡‡š‡…—–ƒ͸ԜͲͲͲ˜‘Ž–ƒ•‡
5 minutos. Determine:

a) o período do movimento em segundos;


Por proporção temos:
21. (UFSCar – SP) Diante da maravilhosa visão
6000 1 300
300
=
T
⇒T=
6000
aquele cãozinho observa atentamente o balé
galináceo. Na máquina, um motor de rotação
T = 0,05 s
constante gira uma rosca sem fim (grande
parafuso sem cabeça), que por sua vez se
conecta a engrenagens fixas nos espetos,
resultando assim o giro coletivo de todos
os franguinhos.

b) a frequência do movimento em hertz;


1 1
f= ⇒f=
T 0, 05
f = 20 Hz

FIS
Sabendo que cada frango dá uma volta
completa a cada meio minuto, determine a
frequência de rotação de um espeto, em Hz:
v1 volta — 30 s
c) a velocidade angular do corpo.
f voltas — 1 s
ω = 2 ∙ π ∙ 20
1
ω = 40 π rad/s f=
30

3. MOVIMENTO UNIFORME • • 73
Funções do movimento circular uniforme
8PDGDVSULQFLSDLVFDUDFWHU¯VWLFDVGRVPRYLPHQWRVXQLIRUPHV« Como pretendemos encontrar
TXHRVREMHWRVSHUFRUUHPGLVW¤QFLDVLJXDLVHPLQWHUYDORVGHWHPSR uma função que nos permita
iguais. Por analogia, corpos que descrevem movimentos uniformes em calcular a posição angular (θ W 
trajetórias circulares têm deslocamentos lineares e angulares iguais para cada instante de tempo,
HPbLQWHUYDORVGHWHPSRLJXDLV temos que isolá-la, obtendo:
Por exemplo, um ciclista que se movimenta em uma pista θωyW θ W
FLUFXODUHP0&8FRPYHORFLGDGHOLQHDUGHbPVHYHORFLGDGH
θ W  θωyW
DQJXODUGHbUDGV HTXLYDOHQWHDrSRUVHJXQGR SHUFRUUH
GHVORFDPHQWRVGHPHWURVHGHUDGLDQRHPFDGDLQWHUYDORGH Essa função nos permite
bVHJXQGRHPbbVHJXQGRVRFLFOLVWDSHUFRUUHPHWURVHUDGLDQR caracterizar o comportamento da
HPbbVHJXQGRVSHUFRUUHPHWURVHUDGLDQRHWF$IXQ©¥R posição angular (θ W HPIXQ©¥R
horária da posição de um objeto em movimento uniforme é dada por: do tempo. Por isso, é denominada
V W b bVbbYbybW GHIXQ©¥RGDSRVL©¥RGR0&8
Observe que ela é semelhante
Podemos chegar a uma função semelhante para a posição angular
¢bIXQ©¥RGDSRVL©¥RGR08
GHXPREMHWRHP0&8XWLOL]DQGRDGHILQL©¥RGHYHORFLGDGHDQJXODU
'T T  T0
ω  ⇒ ω  V W  VYyW 08
't t  t0
θ W  θωyW 0&8
Em geral, assumimos que o movimento inicia no instante t 
Logo:
T  T0 T  T0
ω    Convenciona-se o sentido
t  t0 t
positivo do movimento circular
ωyW θ – θ para movimentos que ocorrem
no sentido anti-horário.

EXEMPLOS RESOLVIDOS
8PFRUSRVHPRYLPHQWDHPXPDWUDMHWµULD RESPOSTA
circular no sentido anti-horário. Entre os
3DUDGHWHUPLQDUR¤QJXORGHVFULWRQHVVH
LQVWDQWHVbVHbVRFXSDDSRVL©¥RGHrHr
intervalo de tempo, devemos calcular, inicialmente,
UHVSHFWLYDPHQWH'HWHUPLQHR¤QJXORGHVFULWR
DYDULD©¥RGR¤QJXORGHGHVORFDPHQWR
nesse intervalo de tempo e a velocidade angular
média. Δθ rȡr
Δθ r
t2 = 4s 'T t1 = 2s
7UDQVIRUPDQGRHPUDGLDQRVWHPRV
D = 135º π rad →r
E = 45º
O Δθ →r
90q · S rad
Δθ 
180q
S
Δθ  rad
2
Podemos determinar a velocidade angular
média desta forma:
S
'T 2
ωm  ⇒ ωm 
't 4 2
S
ωm  UDGV
4
74 • • FÍSICA
TRANSMISSÃO DE MOVIMENTO
Os conceitos vistos no estudo dos movimentos circulares uniformes
ajudaram cientistas, engenheiros e inventores a desenvolver uma infinidade de
máquinas e dispositivos que estão presentes no cotidiano de todas as pessoas.
$RSHQVDUSRUH[HPSORQDVSROLDVSRGHPRVQRVOHPEUDUGHLQ¼PHURV
aparelhos que utilizam essas peças: bicicletas, relógios analógicos,
ventiladores, automóveis, etc. Em muitos desses exemplos, o movimento
circular de um dos elementos das máquinas é transmitido para os demais.
Isso é feito por meio de correias, engrenagens e eixos. Os relógios
analóggicoss, por
analógicos, p exemplo, apresentam polias associadas de diversas formas.
N imagem,
Na image
mage
ma gem,
m, é possível ver polias de tamanhos diferentes que se tocam pela
n
noo
oon
stock/M
extremidade ou estão conectadas umas às outras por pinos. ©S
hu tter

Dependendo do que se pretende em uma máquina, podem ser utilizadas


várias polias associadas entre si. Para compreender como esses processos de transmissão
de movimento circular ocorrem, vamos considerar dois casos: as transmissões
WDQJHQFLDLV SRUFRUUHLDVFRUUHQWHVRXPHVPRDOJXQVDFRSODPHQWRVGHHQJUHQDJHQV 
HbDVbWUDQVPLVV·HVFRD[LDLV SRUHQJUHQDJHQVDFRSODGDVSHORPHVPRHL[R 

As polias e
engrenagens estão
presentes em
diversos objetos de
nosso uso diário.

FIS

©Shutterstock/Iaroslav Neliubov

3. MOVIMENTO UNIFORME • • 75
Polias interligadas por correias
Ao associar duas polias da forma como vemos na Como é possível calcular a velocidade linear em
imagem, a correia ou corrente estabelece um contato um movimento circular, as velocidades angulares
indireto entre elas. Não ocorrendo escorregamento das polias A e B se relacionam da seguinte forma:
entre as polias e a correia de transmissão, quando
vA YB
DFRUUHLDVHGHVORFDUSRUH[HPSORbPXPSRQWR
GDSHULIHULDGDSROLD$WDPE«PVHGHVORFDU£bP ωA · RA ωB · RB
HRbPHVPRRFRUUHU£FRPXPSRQWRGDSHULIHULDGD Usando essa equação e considerando que
polia B. Ou seja, nesse tipo de situação, a velocidade ω π · f, qual dos discos (A ou B FRPSOHWDPDLV
linear da correia é compartilhada pelas duas polias. voltas por segundo? Como vimos, o número de
Assim, todos os pontos da periferia das duas polias voltas completadas em certa unidade de tempo é
têm a mesma velocidade linear (vAb bYBb bFRUUHLD  chamado de frequência. Assim, para responder a essa
questão, basta realizar uma substituição:
B

Jack Art. 2011. Digital.


ωA · RA ωB · RB
rB  · S · fA · RA   · S · fB · RB
ωA rA ωB
A fA · RA IB · RB
O resultado obtido mostra que, quando duas
polias são interligadas por uma correia, a frequência
Em polias acopladas por correias ou correntes,
e o raio delas são inversamente proporcionais.
DbYHORFLGDGHOLQHDUGDVH[WUHPLGDGHVGDVSROLDV
«bDPHVPD Portanto, quanto menor o raio do disco, maior
RbQ¼PHURGHYROWDVTXHHOHFRPSOHWDSRUXQLGDGH
GHbWHPSR

©Shutterstock/Talashow

Correias e correntes
utilizadas em sistemas de
transmissão de movimento

©Shutterstock/Vladimir Mulder

76 • • FÍSICA
Engrenagens colocadas em contato
giram com a mesma velocidade
linear, mas em sentidos opostos.

As relações matemáticas válidas para polias ligadas por uma


correia ou esteira são válidas também para engrenagens postas
em contato. Isso faz com que exista uma pequena diferença

DKO Estúdio. 2015. Digital.


entre os dois casos: as polias ligadas por uma corrente giram no
mesmo sentido, enquanto as engrenagens em contato giram em
sentidos contrários.

Polias interligadas por eixos


Ao se associarem duas polias por um eixo, este Como a velocidade angular em um
estabelece um contato indireto entre elas. Caso movimento circular pode ser obtida pela equação
não ocorra deslizamento entre as polias e o eixo, ω Y5DVbYHORFLGDGHVOLQHDUHVGDVSROLDVA e B
quando a polia A for girada em um ângulo de 30°, relacionam-se da seguinte forma:
por exemplo, o eixo faz com que a polia B também
ωA ωB
seja girada nesse mesmo ângulo. Assim, a velocidade
v A vB
angular é transmitida pelo eixo para as engrenagens =
(ωA ωB ωeixo  RA RB
Isso significa que a velocidade linear de um
Jack Art. 2011. Digital.

ponto de um disco é diretamente proporcional à


vB distância desse ponto até o centro da circunferência
vA ω que ele descreve.
Nesse tipo de associação de polias, qual
rA rB Em polias dos discos (A ou B DSUHVHQWDPDLRUIUHTX¬QFLD"
acopladas por um Considerando que ωb bπbybIFRPRωAb bωB, podemos
eixo, a velocidade
B
angular é a mesma.
escrever:
A  · S · fA   · S · fB
fA IB

Em polias ligadas por


um eixo, a frequência
de rotação das
engrenagens é a mesma.
Com is
so, é p
ossível
perceb
er que
frequên a

FIS
cia das
interlig polias
adas p
eixo é or um
a mesm
a.
©Shutterstock/Yakov Oskanov

3. MOVIMENTO UNIFORME • • 77
EXEMPLOS RESOLVIDOS
Duas polias giram ligadas por um eixo, como RESPOSTA
mostra a figura a seguir. Sabendo que RAb bbFP
ωA ωB
que RBb bbFPHTXHDYHORFLGDGHHVFDODUGHXP
v A vB
SRQWRSHULI«ULFRGDSROLD$«bFPVGHWHUPLQHD =
RA RB
velocidade no ponto x.
60 v x
=
10 30
x
y yYx
1 800
 Yx
10
RA
vx FPV

RB

CONECTADO
Andar de bicicleta vem deixando de ser apenas
uma opção de lazer para se tornar uma alternativa
de mobilidade urbana. Saudável, barato e não
poluente, esse meio de transporte já é adotado em
grande escala em vários países e vem ganhando seu
espaço também no Brasil. Mas você já reparou como
funciona o movimento da bicicleta? O texto a seguir
trata do assunto.
Na figura, podemos ver que a bicicleta tem uma
corrente T que liga uma coroa dentada dianteira,
movimentada pelos pedais, a uma coroa dentada de
raio menor, chamada de pinhão e fixada no eixo da
roda traseira. Quando pedalamos, a roda traseira gira
com a mesma velocidade angular ω do pinhão.
DKO Estúdio. 2015. Digital.

I
T
mg
F1

78 • • FÍSICA
O número de voltas dadas pela roda traseira
a cada pedalada depende do tamanho relativo ATIVIDADES
das coroas dentadas. Para uma coroa que tenha EM13CNT301, EM13CNT302, EM13CNT204
um raio quatro vezes maior que o do pinhão, 22. As rodas dentadas constituem engrenagens
SRUbH[HPSORSDUDFDGDYROWDFRPSOHWDGRSHGDO úteis para a transmissão de movimento. Duas
HbFRQVHTXHQWHPHQWHGDFRURDPDLRU RSLQK¥RG£ rodas dentadas perfeitamente ajustadas
quatro voltas completas, e a roda traseira também, são denominadas A e B. Enquanto a roda A,
pois o pinhão e a roda traseira têm a mesma de 144 dentes, gira em torno de seu eixo com
velocidade angular. velocidade angular de 0,21 rad/s, a roda B,
de 126 dentes, tem velocidade angular em
Dizemos que uma bicicleta tem marchas torno de seu eixo, em rad/s, de:
quando ela tem um conjunto de coroas que podem
ser combinadas de diferentes maneiras. Assim, Inicialmente, determinamos a velocidade linear ao multiplicar o
número de dentes de cada engrenagem por ω:
FDGDbPDUFKDFRQVLVWHQDFRPELQD©¥RGHXPDGDV
vA = ωA ∙ rA
coroas dianteiras com uma das coroas traseiras.
vA = 0,21 ∙ r
3DUDbXPDELFLFOHWDTXHWHQKDWU¬VFRURDVGLDQWHLUDV
vA = 0,21 ∙ 144
e seis traseiras, por exemplo, temos um total
vA = 30,24 u.v.
GHbbybb bPDUFKDVSRVV¯YHLV
vB = ωB ∙ rB
vB = ωB ∙ 126
O movimento de uma Como as duas engrenagens têm a mesma velocidade linear,
temos que:
bicicleta pode ser explicado
vA = vB
aplicando a 3ª. lei de Newton
30,24 = ωB ∙ 126
– princípio de ação e reação:
30, 24
ao forçamos o movimento ωB =
126
do pedal para baixo, temos ωB = 0,24 rad/s
a transmissão da ação para
coroa, corrente, catraca e
roda. É a roda que induz a
aplicação de uma força sobre
RFK¥R D©¥R ȦSDUDWU£VȧH
portanto, a bicicleta sofre
XPDIRU©DGHDWULWR UHD©¥R 
ȦSDUDDIUHQWHȧHDFHOHUD

FIS

©Shutterstoc
k/Lzf

3. MOVIMENTO UNIFORME • • 79
23. Atualmente, um dos câmbios mais modernos 24. (ACAFE – SC) Uma melhor mobilidade urbana
utilizados na indústria automotiva é o câmbio aumenta a segurança no trânsito e passa pela
CVT (Continuosly Variable Transmission), “convivência pacífica” entre carros e bicicletas.
no qual a transmissão varia continuamente. A figura abaixo mostra uma bicicleta com as
O funcionamento básico consiste em duas rodas de transmissão, coroa e catraca, sendo
polias cônicas ligadas por uma correia. que a catraca é ligada à roda traseira, girando
Elas variam o seu diâmetro de acordo com juntamente com ela quando o ciclista está
a necessidade exigida pelo condutor. Se for pedalando.
necessária uma força maior, por exemplo
quando o veículo precisa vencer uma subida, roda
a polia que liga o eixo de transmissão de torque
às rodas fica com o diâmetro maior e a polia
ligada à rotação do motor assume um diâmetro
menor. O tempo TR corresponde a uma volta
completa da polia maior, e Tr refere-se ao coroa
catraca
tempo de uma volta completa da polia menor.
Supondo que, nessa situação, a polia menor
Em relação à situação acima, marque com V
tenha 2/3 do diâmetro da polia maior e que
as afirmações verdadeiras e com F as falsas.
a correia que liga as duas polias não desliza,
o tempo Tr necessário para que a polia menor ( V ) A velocidade linear de um ponto na
dê uma volta completa é: periferia da catraca é igual a de um ponto
na periferia de coroa.
2
X a) Tr =· TR c) Tr = 2 · TR
3 ( V ) A velocidade linear de um ponto na
periferia da catraca é menor que a de um
3 d) Tr = 3 · TR
bȎ Tr = · TR ponto na periferia da roda.
2
( V ) A velocidade angular da coroa é menor
v = ω ∙ R (equação 1) que a velocidade angular da catraca.
2S
ω= (equação 2) ( V ) A velocidade angular da catraca é igual
T
à velocidade angular da roda.
Substituindo a equação 2 em 1, temos:
2S 2S
A sequência correta, de cima para baixo, é:
·R = ·R
T1 1 T2 2 a) F - F - V - F
2S 2S b) F - V - F - V
·R = · R2
T1 1 T2 X c) V - V - V - V
Como
d) V - F - F - V
RR Rr
TR Tr 25. Existem diversas situações em que
Tr Rr presenciamos o acoplamento de polias.
TR RR Dependendo do tipo de acoplamento, as
§2· polias podem ter a mesma velocidade linear
Tr ¨ 3 ¸ ˜ TR ou a mesma velocidade angular. Em cada um
© ¹
dos exemplos a seguir, classifique o tipo de
acoplamento (por corrente ou por eixo) e
defina qual velocidade permanece igual.
a) Entre a catraca e a coroa de uma bicicleta.
Acoplamento por corrente e polias com mesma velocidade linear.

b) Entre a catraca e a roda de uma bicicleta.


Acoplamento por eixo e polias com mesma velocidade angular.

80 • • FÍSICA
26. Um toca-discos – aparelho de som que funciona a) A agulha parte da periferia do disco em
por meio do movimento de rotação de um disco direção ao centro. O que ocorre com a
acoplado a uma base – gira a uma frequência velocidade linear do ponto de contato
de 78 rpm. O disco contém informações lidas da agulha com o disco, conforme ela se
por uma agulha e transmitidas para a caixa de aproxima do centro?
som. Considerando que a base do toca-discos A velocidade linear diminui, uma vez que o raio também está
tem um raio de 20 cm e que um disco de raio
15,5 cm seja colocado sobre ela, responda às diminuindo.
questões propostas.
b) Qual é a velocidade linear da borda da

DKO Estúdio. 2015. Digital.


base do toca-discos em cm/s?
(Considere π = 3)

's 2· S ·R
v= ⇒v=
't T
78
v = 2 ∙ π ∙ R ∙ f ⇒ v = 2 ∙ 3 ∙ 20 ∙ ⇒ v = 156 cm/s
60

as atividades
Agora, você pode fazer
ão Conqui sta Enem.
32 a 37 da seç

ORGANIZE AS IDEIAS

• O esquema a seguir procura sistematizar as ideias estudadas até aqui. Insira, nos quadros em
branco, os conceitos que faltam para completá-lo adequadamente.

{ MOVIMENTO UNIFORME {
PODE SER PODE SER

TEM RETILÍNEO CIRCULAR TEM FIS


EQUAÇÃO EQUAÇÃO

S = s0 + vƣt &/$6Ǵ,),&$'2 &/$6Ǵ,),&$'2 RELACIONA

RETRÓGRADO FREQUÊNCIA E PERÍODO

TEM TEM POR

v>0

3. MOVIMENTO UNIFORME • • 81
Gabaritos.
abaa
ab

CONQUISTA ENEM
EM13CNT301, EM13CNT302, EM13CNT306
27. (FCM – PB) Um móvel se desloca de um ponto Assinale a alternativa que apresenta a
A para um ponto B com velocidade escalar velocidade determinada pelo sistema quando
média de 200 km/h, chegando ao ponto B, da passagem do veículo.
100 km distante do ponto A, às 15 horas. a) 15 km/h
Qual o horário de partida do móvel?
b) 23,7 km/h
a) 14 horas e 45 minutos.
X c) 54 km/h
b) 14 horas.
d) 58,2 km/h
X c) 14 horas e 30 minutos.
e) 66,6 km/h
d) 14 horas e 10 minutos.
30. (ACAFE – SC) Filas de trânsito são comuns
e) 14 horas e 50 minutos.
nas grandes cidades, e duas de suas
28. (UNESP – SP) O limite máximo de velocidade consequências são: o aumento no tempo da
para veículos leves na pista expressa da viagem e a irritação dos motoristas. Imagine
Av. das Nações Unidas, em São Paulo, foi que você está em uma pista dupla e enfrenta
recentemente ampliado de 70 km/h para uma fila. Pensa em mudar para a fila da pista
90 km/h. O trecho dessa avenida conhecido ao lado, pois percebe que, em determinado
como Marginal Pinheiros possui extensão de trecho, a velocidade da fila ao lado é
22,5 km. Comparando os limites antigo e novo 3 carros/min enquanto que a velocidade da sua
de velocidades, a redução máxima de tempo fila é 2 carros/min. Considere o comprimento
que um motorista de veículo leve poderá de cada automóvel igual a 3 m.
conseguir ao percorrer toda a extensão da
15
5m
Marginal Pinheiros pela pista expressa, nas
velocidades máximas permitidas, será de,
aproximadamente:
a) 1 minuto e 7 segundos.
b) 4 minutos e 33 segundos.
Assinale a alternativa correta que mostra
c) 3 minutos e 45 segundos.
o tempo, em min, necessário para que um
d) 3 minutos e 33 segundos. automóvel da fila ao lado que está a 15 m atrás
X e) 4 minutos e 17 segundos. do seu possa alcançá-lo.
29. (UFPR) Um sistema amplamente utilizado para a) 2 b) 3 X c) 5 d) 4
determinar a velocidade de veículos – muitas 31. (UFMS) No dia 4 de novembro de 2018, foi
vezes, chamado erroneamente de “radar” – realizada a 8ª volta UFMS. O percurso tem
possui dois sensores constituídos por laços largada e chegada em frente ao prédio da
de fios condutores embutidos no asfalto. Cada Reitoria da universidade, com circuitos de uma
um dos laços corresponde a uma bobina. ou duas voltas, sendo cada volta de 3,5 km.
Quando o veículo passa pelo primeiro laço, a
Um atleta que correrá as duas voltas terminará
indutância da bobina é alterada e é detectada
a primeira volta com um pace médio de
a passagem do veículo por essa bobina. Nesse
6,0 min/km. Como ele pretende completar
momento, é acionada a contagem de tempo,
a prova com um pace médio de 5,0 min/km,
que é interrompida quando da passagem
a segunda volta deve ser completada com uma
do veículo pela segunda bobina. Com base
velocidade média de:
nesse sistema, considere a seguinte situação:
em uma determinada via, cuja velocidade a) 4,0 km/h
limite é 60 km/h, a distância entre as bobinas b) 12 km/h
é de 3,0 m. Ao passar um veículo por esse c) 14,4 km/h
“radar”, foi registrado um intervalo de tempo
X d) 15 km/h
de passagem entre as duas bobinas de 200 ms.
e) 18 km/h

82 • • FÍSICA
32. (FMP – RJ) O lançamento de martelo é uma 34. ENEM As bicicletas possuem uma corrente que
modalidade olímpica de atletismo na qual o liga uma coroa dentada dianteira, movimentada
atleta gira uma esfera de metal presa por um pelos pedais, a uma coroa localizada no eixo
cabo e solta, visando a que a esfera atinja a da roda traseira, como mostra a figura.
maior distância possível após o lançamento, O número de voltas dadas pela roda traseira
conforme mostra a figura abaixo. a cada pedalada depende do tamanho
relativo destas coroas. Em que opção abaixo
a roda traseira dá o maior número de voltas
por pedalada?

X a)

b)

Suponha que, no momento do lançamento, a


esfera realizava um movimento circular de raio
1,20 m, girando a uma velocidade angular de
25,0 rad/s.
A velocidade da esfera no movimento do
c)
lançamento, em m/s, é de, aproximadamente,
X a) 30,0
b) 26,2
c) 36,0
d) 25,0
e) 20,8
33. (IFCE) A velocidade linear do movimento d)
do ponteiro das horas em sua extremidade,

FIS
sabendo que mede 6 cm, em m/h, é igual a:
(Considere π = 3)
a) 7 · 10–2
b) 4 · 10–2
c) 5 · 10–2
d) 6 · 10–2 e)
–2
X e) 3 · 10

3. MOVIMENTO UNIFORME • • 83
35. (ITA – SP) No sistema convencional de tração A frequência de giro do ponteiro, em rpm, é
de bicicletas, o ciclista impele os pedais, cujo a) 1 d) 81
eixo movimenta a roda dentada (coroa) a ele
X b) 2 e) 162
solidária. Esta, por sua vez, aciona a corrente
responsável pela transmissão do movimento c) 4
a outra roda dentada (catraca), acoplada ao 37. ENEM Para serrar os ossos e carnes
eixo traseiro da bicicleta. Considere agora congeladas, um açougueiro utiliza uma serra
um sistema duplo de tração, com 2 coroas, de fita que possui três polias e um motor.
de raios R1 e R2 (R1 < R2) e 2 catracas R3 e O equipamento pode ser montado de duas
R4 (R3 < R4), respectivamente. Obviamente, formas diferentes, P e Q. Por questão de
a corrente só toca uma coroa e uma catraca de segurança, é necessário que a serra possua
cada vez, conforme o comando da alavanca menor velocidade linear.
de câmbio. A combinação que permite máxima Serra
velocidade da bicicleta, para uma velocidade de fita
Polia 3
angular dos pedais fixa, é
Motor Polia 2
a) coroa R1 e catraca R3.
Polia 1
b) coroa R1 e catraca R4. Correia
X c) coroa R2 e catraca R3.
d) coroa R2 e catraca R4. Montagem P

e) é indeterminada já que não se conhece


Serra
o diâmetro da roda traseira da bicicleta. de fita
Polia 3
36. ENEM A invenção e o acoplamento entre
Polia 2
engrenagens revolucionaram a ciência na época Motor

e propiciaram a invenção de várias tecnologias, Polia 1

como os relógios. Ao construir um pequeno Correia


cronômetro, um relojoeiro usa o sistema de
engrenagens mostrado. De acordo com a Montagem Q
figura, um motor é ligado ao eixo e movimenta Por qual montagem o açougueiro deve optar
as engrenagens fazendo o ponteiro girar. e qual a justificativa desta opção?
A frequência do motor é de 18 rpm, e o número X a) Q, pois as polias 1 e 3 giram com
de dentes das engrenagens está apresentado velocidades lineares iguais em pontos
no quadro. periféricos e a que tiver maior raio terá
Engrenagem Dentes menor frequência.
A 24 b) Q, pois as polias 1 e 3 giram com
frequências iguais e a que tiver maior raio
B 72
terá menor velocidade linear em um ponto
C 36 periférico.
D 108 c) P, pois as polias 2 e 3 giram com
frequências diferentes e a que tiver maior
Poontei
Pon t iro
tei ro
Engrrenage
Eng renag m B raio terá menor velocidade linear em um
ponto periférico.
Eng
n ren
renaaage
gemmA d) P, pois as polias 1 e 2 giram com diferentes
velocidades lineares em pontos periféricos
e a que tiver menor raio terá maior
frequência.
e) Q, pois as polias 2 e 3 giram com
E o do motoor
Eix
diferentes velocidades lineares em pontos
En
Eng
nngren g mD
rennaage
En
EEng
ngren
ng rre age
agem C
ag periféricos e a que tiver maior raio terá
menor frequência.

84 • • FÍSICA
DO
BR
EN
AL
IN
HA
PO
4
NT
I LH
AD
A

ORMEMEN T E
VA toc
k/L
ucian
aE
llin
gto
n

ters
hut
©S

OBJETIVOS DO CAPÍTULO
¤ Definir movimento
uniformemente variado.
¤ Reconhecer as grandezas
da função do movimento
uniformemente variado.
¤ Resolver situações que
necessitem da equação de
Torricelli.
¤ Analisar os movimentos
verticais e bidimensionais.
4
No capítulo anterior, estudamos os conceitos e as grandezas

©Shutterstock/Tusumaru
relacionados aos movimentos uniformes. Neste capítulo, vamos
estudar os movimentos em que a velocidade varia conforme a
passagem do tempo.
Em situações em que os corpos estão sujeitos a variações
constantes de velocidade e têm trajetória em linha reta, o movimento
é classificado como movimento retilíneo uniformemente variado
0589 3RUH[HPSORTXDQGRXPFDUURHVW£LQLFLDOPHQWHDbNPK
e o motorista aciona o acelerador, fazendo com que, a cada segundo,
DYHORFLGDGHDXPHQWHHPbNPKRPRYLPHQWRGRFDUURWRUQDVH
uniformemente variado.

100 120 140 100 120 140


80 160 80 160
60 180 60 180

40 200 40 200
20 220 20 220
0 240 0 240
t0 = 0 s t0 = 2 s
Para corpos em
MUV, em intervalos
de tempos iguais,
a variação da
velocidade é igual. 100 120 140 100 120 140
80 160 80 160
60 180 60 180

40 200 40 200
20 220 20 220
0 240 0 240
t0 = 4 s t0 = 6 s

Supondo que o intervalo de tempo analisado em um MRUV é


arbitrariamente pequeno (tendendo a zero), podemos concluir que
o módulo do vetor aceleração instantânea do móvel estudado é
definido por:

'v
a=
't

Além disso, em um movimento uniformemente variado,


Quanto ao seu conceito físico, a as variações de velocidade (Δv)
( ) jamais
j podem
p ser nulas e,,
aceleração, ou o vetor aceleração, consequentemente, o módulo da aceleração nunca é zero.
zero
é uma grandeza vetorial que
Voltando ao caso anterior, é possível calcular o módulo
tem módulo, direção e sentido e
do vetor aceleração do automóvel utilizando a definição de
depende diretamente da variação
aceleração. Para cada um dos intervalos de tempo, temos que:
do vetor velocidade. A aceleração
é definida por:
G
G 'v
a= 'v
't a=
't

86 • • FÍSICA
Observamos que, nesse caso, o módulo do vetor aceleração é constante, isto é, igual
em todos os instantes de tempo. Movimento retilíneo uniformemente variado é aquele em
que o módulo da aceleração do móvel é constante durante o tempo.

FUNÇÃO HORÁRIA DA VELOCIDADE DO MOVIMENTO


RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO
Suponha que a figura a seguir represente dois momentos do movimento de um corpo
que parte com velocidade inicial v0 e que mantém uma aceleração a constante, de t0 = 0
até outro instante t qualquer.

v0 v

a a

t0 = 0 t

Como o módulo da aceleração é constante e não nulo, seu valor coincide com o da
aceleração média desse corpo. Logo: a = am.
v  v0
Desenvolvendo a igualdade anterior, temos: a = . Como t0b bDHTXD©¥RSRGH
t  t0
ser reescrita para chegarmos à função horária da velocidade:

v(t) = v0 + a · t

FICA A DICA!
A função horária da velocidade permite
descrever a velocidade de um corpo em MRUV com 2
2SURGXWRDbybW«DSDUFHOD
o transcorrer do tempo. O termo v0 representa a qque quantifica o ganho ou a
YHORFLGDGHLQLFLDOGRFRUSRQRWHPSRWb bLVWR«D pperda de velocidade durante
velocidade com que o corpo começa o movimento. o movimento.

O movimento acelerado é caracterizado quando os


vetores velocidade e aceleração têm mesma direção

FIS
e sentido.
O movimento retardado é definido quando os
vetores velocidade e aceleração têm mesma direção,
mas sentidos contrários.

Carros de corrida são preparados


para adquirir altas acelerações.

Storm
/Digital
erstock
©Shutt

4. MOVIME
MOVIMENTO
IMENN TO UNIFORMEMENTE VAR
VARIADO
RIAD
DO • • 87
Gráfico da velocidade em função do tempo
A função horária da velocidade no MRUV é No diagrama a seguir, a aceleração é negativa,
GDGDSRUY W b bY0bbDbybW(OD«DQ£ORJD¢IXQ©¥R HRUHVSHFWLYRJU£ILFRGDYHORFLGDGHHPIXQ©¥R
DILP I [ b bDbyb[bbE (VVDUHOD©¥RSHUPLWHD GRWHPSR«UHSUHVHQWDGRSRUXPDUHWDLQFOLQDGD
UHSUHVHQWD©¥RJU£ILFDGDYHORFLGDGHGHPRGR SDUDbEDL[R

©sciencephotos/Alamy/Fotoarena
VHPHOKDQWHDRTXH«IHLWRSDUDUHSUHVHQWDU
JUDILFDPHQWHDIXQ©¥RDILP
1DH[SUHVV¥RY W b bY0bbDbybWRWHUPRv0
FRUUHVSRQGHDRFRHILFLHQWHOLQHDUHLQGLFDRQGH
DUHWDLQWHUFHSWDRHL[RGDVRUGHQDGDVHRWHUPR
a FRUUHVSRQGHDRFRHILFLHQWHDQJXODULQGLFDQGR
DLQFOLQD©¥RGDUHWD1RGLDJUDPDDVHJXLUFRPR
DbDFHOHUD©¥R«SRVLWLYDRUHVSHFWLYRJU£ILFRGD
Observe que, em ambos os gráficos, a aceleração,
YHORFLGDGHHPIXQ©¥RGRWHPSR«UHSUHVHQWDGR
relacionada ao coeficiente angular da reta, e
SRUbXPDUHWDLQFOLQDGDSDUDFLPD
DbYHORFLGDGHLQLFLDOUHODFLRQDGDDRFRHILFLHQWH
v
OLQHDUbGDUHWDSRGHPVHUREWLGRVJUDILFDPHQWHSRU
'v
a= ; v0ɅHY 
a>0 't

v=0
t
v0

O
FUNÇÃO HORÁRIA DA POSIÇÃ
DO MOVIMENTO RETILÍNEO
UNIFORMEMENTE VARIADO
$IXQ©¥RKRU£ULDGDSRVL©¥RSHUPLWHGHVFUHYHUFRPRYDULDDSRVL©¥RGHXP
R GHXP
P
FRUSRHP0589¢PHGLGDTXHRWHPSRWUDQVFRUUH(VVDIXQ©¥RFRUUHVSRQGHD
RQ
QGH D
XPDIXQ©¥RTXDGU£WLFDHQWUHDSRVL©¥R V HRWHPSR W 

a · t2
V W  V0Y0yW
2 lic
k
kC
ee
/G
ck
sto
ter
ut
Sh
O termo s0 UHSUHVHQWDDSRVL©¥RLQLFLDOGRFRUSR v0UHSUHVHQWDDYHORFLGDGHLQLFLDOH
ORFL
ORFLGD
FL G GH LQL
GD QLFL
FLDO
FL DO H ©

o termo aUHSUHVHQWDDDFHOHUD©¥R2EVHUYHTXHHVVDIXQ©¥R«VHPHOKDQWH¢IXQ©¥RGD
SRVL©¥RGHXPFRUSRHPPRYLPHQWRXQLIRUPH Vb bV0bbYbybW PDVFRPXPWHUPRDPDLV
§ a · t2 ·
¨¨ ¸¸ RTXDOFRUUHVSRQGHDRDFU«VFLPRRX¢UHGX©¥RGRGHVORFDPHQWRHPUD]¥RGD
© 2 ¹
DFHOHUD©¥RRXGDGHVDFHOHUD©¥R

88 • • FÍSICA
Gráfico da posição em EQUAÇÃO DE TORRICELLI
função do tempo Além de seus estudos com fluidos
A posição de um corpo em MRUV é definida HbGRbHVWDEHOHFLPHQWRGRSULQF¯SLRGHIXQFLRQDPHQWR
SRUXPDIXQ©¥RTXDGU£WLFD I [ b bDbyb[2bbEbyb[bbF  dos barômetros, o físico e matemático italiano
Hb«bREWLGDSHODUHOD©¥RI¯VLFD (YDQJHOLVWD7RUULFHOOL  VHGHGLFRX
DbHVWXGRVFLQHP£WLFRV$RDQDOLVDUDYHORFLGDGH
GHbTXHGDGHXPDJRWDGȤ£JXDSHUFHEHXTXH
havia uma relação de proporcionalidade entre a
a · t2 velocidade e a raiz quadrada da altura. Seus estudos
s(t) = s0 + v0 · t +
2 levaram à dedução de uma equação
que relaciona velocidade,
aceleração e deslocamento
Com base nas propriedades das funções independentemente
quadráticas, já estudadas em Matemática, é possível do tempo.
fazer algumas considerações a respeito do gráfico
correspondente à função da posição do MRUV:
EVANGELISTA
• a representação gráfica dessa função é sempre
dada por um arco de parábola, em que a 725dz,&(/ǭ,
concavidade é definida pelo sinal da aceleração;
• acelerações positivas determinam parábolas
com concavidade para cima, acelerações
negativas determinam parábolas com Evangelista
concavidade para baixo; Torricelli, um
dos principais
físicos na área
s s v=0 da Mecânica.
s0 ns
mo
om
diaC
a<0 ikime
©W
a>0
s0
Essa equação ficou conhecida como
t t equação de Torricelli e pode ser bastante útil
v=0 para modelar alguns problemas envolvendo
movimentos uniformemente variados. Utilizando
• o termo independente s0 determina o ponto no as funções horárias da velocidade e dos espaços
qual a parábola intercepta a ordenada, isto é, (desenvolvidas por seu mestre Galileu) para esse
RbHL[RGRVWHPSRV tipo de movimento, ele chegou a uma equação

FIS
§ b ' · que relaciona os quadrados das velocidades,
• os vértices das parábolas ¨ x v =  ; y v =  ¸
© 2a 4a¹ DbDFHOHUD©¥RHRGHVORFDPHQWR

indicam os momentos em que as posições


deixam de diminuir (movimento retrógrado) v2 = v0 + 2 · a · Δs
HbFRPH©DPDDXPHQWDU PRYLPHQWRSURJUHVVLYR 
RXYLFHYHUVD$VVLPRVY«UWLFHVUHSUHVHQWDP
PRPHQWRVHPTXHRPµYHOSDUD Yb b HVRIUH
A principal validade dessa equação é a relação
inversão no sentido do movimento.
entre as grandezas da Cinemática sem envolver
DbYDUL£YHOWHPSR. Logo, para casos em que o
intervalo de tempo não é conhecido, e não se
SUHWHQGHGHWHUPLQ£ORDHTXD©¥RGH7RUULFHOOLSRGH
ser utilizada de modo mais versátil que as funções
da posição e da velocidade.

4. MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO • • 89


CONECTADO

©Shutterstock/Whitemocca
O que a Física tem a ver com isso?
Existem diversas profissões que
exigem análises de gráficos, tabelas
e quadros. Na bolsa de valores, por
exemplo, os chamados analistas
realizam diversos tipos de estudo do
mercado para saber se é o momento
de comprar ou de vender ações de
determinada empresa. Uma das
análises mais utilizadas é a gráfica,
que permite obter informações
normalmente invisíveis quando
apenas números são analisados.
Na Medicina, não é raro
encontrar situações em que os
dados contidos em gráficos tenham
de ser desvendados no momento
©Shutterstock/Gorodenkoff

de apresentar diagnósticos
a pacientes. Isso ocorre na
leitura de eletrocardiogramas,
eletroencefalogramas, ecografias e
vários outros exames. Nas diversas
engenharias que existem, os
profissionais se deparam muitas
vezes com informações contidas em
tabelas e quadros ou gráficos.
Caso eles não saibam interpretar
o que leem, certamente terão muita
dificuldade para pôr em prática seus
projetos. Até mesmo um jornalista
deve ser hábil o bastante com a
representação gráfica. No momento
use
Creative Ho

de redigir uma notícia, o uso de


gráficos e diagramas pode deixar o
ock/Inside

texto mais rico e sucinto, qualidades


desejadas em qualquer matéria
©Shutterst

jornalística.
Não é por acaso que as
diversas grandezas da Física têm
suas variações representadas
graficamente. Essa é uma forma
eficiente de informar o que se deseja
de forma mais clara e concisa.

90 • • FÍSICA
EM13CNT303
ATIVIDADES
1. (IFCE) Um automóvel possui velocidade 3. (PUCPR) Considere os dados a seguir.
constante v = 20 m/s. Ao avistar um O guepardo é um velocista por excelência.
semáforo vermelho à sua frente, o motorista O animal mais rápido da Terra atinge uma
freia o carro imprimindo uma aceleração ˜‡Ž‘…‹†ƒ†‡žš‹ƒ†‡…‡”…ƒ†‡ͳͳͲȀŠǤ
de –2 m/s2. A distância mínima necessária para O que é ainda mais notável: leva apenas
o automóvel parar, em m, é igual a: (Despreze três segundos para isso. Mas não consegue
qualquer resistência do ar neste problema) manter esse ritmo por muito tempo; a maioria
das perseguições é limitada a menos de meio
a) 50 c) 400 X e) 100
minuto, pois o exercício anaeróbico intenso
b) 200 d) 10 produz um grande débito de oxigênio e causa
uma elevação abrupta da temperatura do
Aplicando a equação de Torricelli, temos: corpo (até quase 41 °C, perto do limite letal).
v = v 20 + 2 · a · Δs ⇒ 0 = 202 + 2 ∙ (–2) · Δs Um longo período de recuperação deve se
0 – 202 – 400 seguir. O elevado gasto de energia significa
= Δs ⇒ Δs = = 100 m
–4 –4 que o guepardo deve escolher sua presa
cuidadosamente, pois não pode se permitir
muitas perseguições.
Considere um guepardo que, partindo do
2. (UFJF – MG) Uma pequena aeronave não repouso com aceleração constante, atinge
tripulada, de aproximadamente dois metros de ͳͲͺȀŠƒ’ו–”²••‡‰—†‘•†‡…‘””‹†ƒǡ
comprimento, chamada X-43A, foi a primeira mantendo essa velocidade nos oito segundos
aeronave hipersônica que utilizou com sucesso subsequentes. Nesses onze segundos de
um sistema de propulsão por foguete chamado movimento, a distância total percorrida pelo
Scramjet. Ao contrário de foguetes, que guepardo foi de
devem carregar tanto o combustível quanto o
comburente, os Scramjets transportam apenas a) 180 m X d) 285 m

combustível e utilizam como comburente b) 215 m e) 305 m


o oxigênio da atmosfera. Isso reduz o peso, c) 240 m
aumentando sua eficiência. Assim, durante os
testes, o X-43A, partindo do repouso, conseguiu Primeiramente, é preciso transformar a velocidade para m/s.
ƒ–‹‰‹”‹…”À˜‡‹•ͳʹԜͳͷͲȀŠȋ͵Ԝ͵͹ͷȀ•Ȍ Para isso, basta dividirmos 108 km/h por 3,6:
durante os dez primeiros segundos de voo. v=
108
⇒ 30 m/s
3, 6
Com base nessa notícia, e considerando que a
Para calcular a distância total percorrida pelo guepardo, vamos
aceleração da aeronave permaneceu constante dividir em dois trechos.
durante todo o teste, podemos dizer que o No primeiro trecho, de 0 a 3 segundos, o guepardo está em
X-43A percorreu uma distância de MRUV. Logo, precisamos calcular a sua aceleração:
X a) ͳ͸ǡͺ͹ͷ d) ͵Ԝ͵͵͹ǡͲ 30
a= = 10 m/s2

FIS
3
b) ͵͵ǡ͹͵Ͳ e) ͳʹԜͶͶ͸ǡͲ
Para calcular a distância percorrida nesse trecho, vamos utilizar a
c) ʹͶʹǡͺͷͲ equação da posição do MRUV:

Para o movimento que parte do repouso, o deslocamento é dado por: a · t2 10 · 9


Δs1 = = ⇒ Δs1 = 45 m
2 2
a 2 a 2
's = v0 · t + · t ⇒ 's = · t (equação 1) No segundo trecho, de 3 a 11 segundos, o guepardo está em
2 2
movimento uniforme, ou seja, sua velocidade é constante. Para
E a aceleração é dada por: calcular a distância percorrida, basta substituir os dados na
'v equação da posição do movimento uniforme:
a= (equação 2)
't Δs2 = v · t = 30 · 8 ⇒ Δs2 = 240 m
Substituindo 2 em 1, ficamos com: Somando as distâncias percorridas nos dois trechos, temos a
'v distância total:
2
t · t2 ⇒ 's = 'v · t ⇒ 's = 'v · t Δs = Δs1 + Δs2 ⇒ Δs = 45 + 240 ⇒ Δs = 285 m
's =
2 t 2 2
3 375 · 10
's = = 16 875 m
2

Para converter metros em quilômetros, basta dividir o resultado por


1 000, resultando em 16,875 km. 4. MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO • • 91
4. (UFSCar – SP) Considere as quatro afirmações 5. A prova dos 100 metros é uma das
seguintes: provas de atletismo mais esperadas pelos
I. No MRUV, a velocidade varia linearmente telespectadores. Os analistas esportivos
com o tempo. separam a prova em três etapas: aceleração,
constância e desaceleração. Na aceleração,
II. Um carro em marcha à ré não pode realizar
os atletas partem do repouso e aceleram,
movimento acelerado.
normalmente, durante 35 metros, atingindo
III. O coeficiente angular da reta que sua velocidade máxima. Nos 35 metros
você obtém ao construir o gráfico da seguintes, a velocidade é mantida constante
velocidade × tempo fornece a velocidade e os 30 metros finais constituem o período
inicial do móvel. de desaceleração. Considerando que o
IV. Pode-se determinar a velocidade de um tempo de aceleração seja um movimento
móvel no MRUV, sem conhecer o tempo de uniformemente variado, determine a
percurso do móvel. aceleração do atleta, em m/s, para que sua
Das afirmações apresentadas, são verdadeiras ˜‡Ž‘…‹†ƒ†‡žš‹ƒ•‡Œƒ†‡Ͷ͵ǡʹȀŠǤ
a) I e II, apenas. I. Verdadeira. Ao analisarmos o
gráfico do MRUV, observamos que Nessa situação, devemos considerar que o deslocamento do
b) I e III, apenas. se trata de uma reta, compatível atleta é de 35 metros.
X c) I e IV, apenas. com uma função de 1º. grau. v2 = v02 + 2 · a · Δs ⇒ 122 = 02 + 2 · (a) · 35
II. Falsa.
d) II e IV, apenas. 144 = 70 · a ⇒ a ≅ 2,1 m/s2
III. Falsa. O coeficiente angular
e) III e IV, apenas. fornece a aceleração escalar.
IV. Verdadeira. Podemos
determinar pela equação de
Torricelli.
as atividades
Agora, você pode fazer
quista Enem.
22 e 23 da seção Con

TOME NOTA!
ÇO
USE ESTE ESPA
AN OTAR O QUE
PARA
AQUI.
APREND EU ATÉ

92 • • FÍSICA
LANÇAMENTO VERTICAL

ps
sna
k/Ic
toc
s
ter
hut
Quando um corpo é solto do repouso de

©S
determinada altura (queda livre) ou é lançado
verticalmente para cima ou mesmo lançado
verticalmente para baixo, após o momento do
lançamento e desprezando a resistência do ar,
Db¼QLFDDFHOHUD©¥RTXHDWXDVREUHHOH«DDFHOHUD©¥R
da gravidade. Como seu valor é aproximadamente
constante para corpos nas imediações da
superfície terrestre, podemos considerar que o
movimento realizado em qualquer um desses casos
«buniformemente variado.

O basquete é um esporte muito


popular em vários países.

O EXQJHHMXPS é um esporte de
adrenalina cujo objetivo é saltar de
um lugar alto, em queda livre, preso
apenas por um cabo elástico.

Do ponto de vista da
Dinâmica, se um objeto estiver
sujeito somente ao próprio peso,
podemos afirmar que a força
resultante que atua sobre ele
é somente a força peso. Nesse
caso, a aceleração do corpo,
independentemente de sua
massa, é igual à aceleração local
da gravidade:

G G

FIS
FR = P
G G
m ·a= m ·g
G G
a=g
k u
rch
ste
Nei
tali
/Vi
ock

O valor da aceleração gravitacional, a uma


rst
tte
hu
©S

ODWLWXGHGHrDRQ¯YHOGRPDU«DSUR[LPDGDPHQWH
bPV2, mas, em muitos casos, ela é arredondada
SDUDbPV2.

4. MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO • • 93


Queda livre Lançamento para baixo
O movimento de um objeto abandonado de Ao adotar o chão como referencial de origem
determinada altura (posição) próximo à superfície da das posições, quando um corpo é lançado
Terra, sob influência exclusiva da ação gravitacional, verticalmente para baixo, ele descreve um
é denominado queda livre. movimento uniformemente acelerado até atingir
RVROR1DbGHVFLGDRYHWRUYHORFLGDGHLQLFLDO(v0)
e o vetor aceleração têm mesmo sentido (sentido
contrário ao da trajetória).

©Shutterstock/Pixel-shot
+

v0 < 0
a<0

Acelerado
g

Descida
Em quedas livres, os corpos percorrem distâncias cada vez
maiores em intervalos de tempo iguais.
Origem das posições

Objetos lançados para baixo têm movimento


acelerado até atingir o solo.

Origem da posição v0 = 0

Lançamento para cima


Ao adotar o chão como referencial de origem
Acelerado

a>0
das posições, quando um corpo é lançado
g verticalmente para cima, ele descreve um
movimento uniformemente retardado até que,
no ponto mais alto da trajetória, sua velocidade
Descida
se anule. Na subida, o vetor velocidade e o vetor
aceleração têm sentidos contrários.

+
Em quedas livres, devemos
desconsiderar a ação da força de
resistência do ar. Subida
v0 > 0
a<0
Retardado

Origem das posições

Objetos lançados para cima têm movimento


retardado até atingirem a altura máxima.

94 • • FÍSICA
Equacionamento
• Lançamento para baixo
Como vimos, desprezando a resistência do ar, (chão como referencial,
qualquer lançamento vertical nas proximidades da v0 < 0):
superfície da Terra é um movimento g · t2
uniformemente variado. Logo, s(t) = s0bȡY0yWbȡ
2
para determinar a posição e a
velocidade e encontrar instantes  Y W  bȡY0bȡJyW
de tempo, podemos descrever • Queda livre (referencial v2  ȡY0)2bȡyJyΔs
tais movimentos usando no ponto de origem do
as mesmas equações já movimento, v0 = 0, s0 = 0):
apresentadas para o MUV. 2
g·t
s(t) = +
2
v(t) = +g · t
• Lançamento para
2
v = +2 · g · Δs cima (chão como
referencial,
v0 > 0):
FICA A DICA! s(t) = s0 + v0yWbȡ
g · t2
2
I
Independentemente de um corpo ser lançado para cima ou para v(t) = v0bȡJyW
bbaixo, devemos sempre adotar uma orientação de referência.
IIsso é fundamental para que as grandezas espaço, velocidade v2 = v02bȡyJyΔs
eescalar e aceleração escalar possam ter seus sinais usados de
forma adequada. Observe os dois exemplos possíveis:
Trajetória orientada para cima Trajetória orientada para baixo
Origem da posição
+

g a = –g g a = +g

+
Origem da posição

FIS

©Shutterstock/Alex Emanuel Koch

4. MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO • • 95


Regra de Galileu Galilei Sendo x o valor numérico da
área de cada pequeno triângulo
Um caso bastante especial de movimento da figura anterior, de acordo com
uniformemente variado ocorre quando um corpo parte do a propriedade das áreas para
repouso. Nesse caso, como a velocidade inicial do móvel é os gráficos v × t, chegamos às
nula (v0b b SRGHPRVID]HUXPDVLPSOLILFD©¥RGDIXQ©¥R seguintes conclusões:
horária da velocidade, conforme os cálculos a seguir:
• entre os instantes 0 e t,
o móvel se deslocou 1x
v = v0 + a · t ⇒ v = a · t unidades de medida de
comprimento;

Traçando o gráfico dessa função, obtemos uma


semirreta partindo da origem do sistema cartesiano, pois a
• entre os instantes t e
velocidade escalar v é, nesse caso, diretamente proporcional
2t, o móvel se deslocou
ao valor do instante t.
3x unidades de medida
v de comprimento;

• entre os instantes
t 2t e 3t, o móvel se
deslocou 5x unidades
de medida de
comprimento;
Já vimos que, em um gráfico v × t, a área compreendida
entre o diagrama e o eixo dos tempos é numericamente
igual ao deslocamento descrito pelo móvel. Antes de aplicar
essa propriedade, observe algumas construções geométricas
feitas na figura a seguir: • entre os instantes
3t e 4t, o móvel se
v
deslocou 7x unidades
x de medida de
comprimento.
x
x x
x x
x x x
x x x
x x x x
t
t 2t 3t 4t
Com essas observações,
percebemos uma regularidade
nos resultados, que estabelece
um teorema conhecido como
regra de Galileu:

Um móvel que parte do


repouso e realiza um
movimento uniformemente
variado sofre deslocamentos
proporcionais à sequência
dos números ímpares em
intervalos de tempo iguais e
consecutivos.

96 • • FÍSICA
EM13CNT204, EM13CNT301
ATIVIDADES
6. (FASA – BA) Durante seus estudos sobre os 8. Bonecas de cerâmica e vasos de flor são
movimentos de queda, do alto da torre de muito comuns em sacadas de apartamentos.
Pisa, Galileu deixou cair corpos de dimensões No entanto, caso caiam, esses belos enfeites
pequenas. Quanto a esta experiência, abaixo oferecem riscos aos pedestres que transitam
são feitas algumas proposições; a saber: pelas caçadas. Imagine a seguinte situação:
I. “A velocidade de cada objeto lançado era uma pessoa acidentalmente deixa cair seu
constante durante o percurso de queda”. vasinho de flor de uma sacada de 5 m de altura.
Considerando que a aceleração da gravidade é
II. “Na comparação entre a queda de dois
de 9,8 m/s2, determine a velocidade com que o
objetos, soltos ao mesmo tempo, o mais
vaso atinge o solo.
pesado chegava ao solo bem antes daquele
(Desconsidere a resistência do ar.)
mais leve”.
III. “Para todos os objetos lançados, a
v2 = 2 · g · Δs
aceleração observada no movimento era
v2 = 2 · 9,8 · 5
praticamente a mesma”.
v2 = 98
Das três proposições, a(s) correta(s) é(são): v ≅ 9,89 m/s
X a) somente III. I. Falsa. O movimento durante a
queda é uniformemente variado.
b) somente II.
II. Falsa. O tempo de queda não
c) somente I. depende das massas. 9. (UEL – PR) Um corpo A é abandonado da altura
d) somente I e II. III. Verdadeira. A aceleração de 180 m, sob ação exclusiva da gravidade,
observada era aproximadamente a cuja aceleração pode ser considerada 10 m/s2.
e) I, II e III. aceleração da gravidade local.
Do mesmo ponto, outro corpo B é abandonado
7. (UFGD – MS) Há mais de 70 anos, um dos 2,0 s mais tarde. Nesta queda de 180 m, a
principais atrativos turísticos do México é a máxima distância entre A e B é de:
Quebrada de Acapulco: mergulhadores saltam a) 180 m
de rochas a 45 metros de altura, sobre as
X b) 100 m
ondas do mar, sem qualquer equipamento
de proteção. Considerando o salto como um c) 80 m
movimento de queda livre de velocidade d) 40 m
vertical inicial nula, desprezando-se a e) 20 m
resistência do ar e tomando a aceleração da
gravidade como g = 10 m/s2, então o tempo A distância será a maior possível quando o corpo A chegar ao
entre o salto e a entrada na água, bem como a solo. Assim, primeiro é necessário determinar o tempo para A
velocidade do mergulhador ao atingir a água, chegar ao solo.
são, respectivamente: g ˜ t2 10 · t 2
sA = s0A + v0A ∙ t – ⇒ 0 = 180 + 0 ∙ t –
a) Tempo = 2,5 segundos, 2 2

FIS
velocidade = 25 m/s. 5 ∙ t2 = 180
t2 = 36 ⇒ t = 6 s.
X b) Tempo = 3,0 segundos,
Como o corpo B é solto 2 segundos após A ter começado a cair, é
velocidade = 30 m/s. necessário descobrir onde ele estará após 4 segundos de queda:
c) Tempo = 3,5 segundos, g ˜ t2 10 ˜ 42
sB = s0B + v0B ∙ t – ⇒ sB = 0 + 0 ∙ 4 –
velocidade = 35 m/s. 2 2
d) Tempo = 4,0 segundos, sB = 5 · 16 ⇒ sB = 80
velocidade = 40 m/s. sA→B = sA – sB ⇒ sA→B = 180 – 80 ⇒ sA→B = 100 m

e) Tempo = 4,5 segundos,


Logo, a distância máxima entre A e B será de 100 m.
velocidade = 45 m/s.
2
g· t
s = s0 – ⇒ –90 = –10t2 ⇒ t = 9 =3s
2
Sabemos que a velocidade é:
v=g·t
v = 10 · 3
v = 30 m/s
4. MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO • • 97
10. Uma bola é lançada para cima com velocidade
inicial de 20 m/s. Desprezando a resistência LANÇAMENTO
do ar e considerando que a aceleração
gravitacional é igual a 10 m/s2, determine: HORIZONTAL
a) o tempo gasto para a bola atingir a altura Um movimento comum que ocorre em duas
máxima; direções, simultaneamente, é o lançamento
No ponto de altura máxima, a velocidade é zero. horizontal. Considere uma esfera lançada
v = v0 – g ∙ t horizontalmente. Assim que abandona o
0 = 20 – 10 ∙ t dispositivo de lançamento com velocidade
10 ∙ t = 20 inicialmente na direção horizontal, a aceleração
t=2s gravitacional também começa a agir sobre ela.

©sciencephotos/Alamy/Fotoarena
b) o tempo total do movimento da bola;
Como a bola retorna ao ponto de lançamento, o tempo de subida
é igual ao tempo de descida.
ttotal = ts + td
ttotal = 2 + 2 = 4 s

c) a altura máxima atingida pela bola;


g · t2 10 · 22
s = s0 + v0A ∙ t – ⇒ s = 0 + 20 ∙ 2 – ⇒ s = 40 – 20
2 2
s = 20 m

O tempo de queda de um objeto lançado horizontalmente


não depende da velocidade horizontal, mas somente da
altura de lançamento e da aceleração da gravidade.

d) a velocidade com que a bola atinge o solo.


v = 0 – 10 · 2 Conforme o princípio de
v = –20 m/s Galileu, o lançamento
horizontal pode ser analisado
por meio da combinação
de dois movimentos
independentes: na horizontal,
um movimento uniforme; na
vertical, uma queda livre.

as atividades
Agora, você pode fazer
sta Enem.
24 e 25 da seção Conqui

98 • • FÍSICA
Tempo de movimento e alcance
No lançamento horizontal, o tempo de movimento é
igual ao tempo de movimento de um objeto abandonado
do repouso. Isso se deve ao fato de que a velocidade
horizontal não interfere nas propriedades do movimento
vertical.

©Sh
Eixo y utte
rsto
ck/O
vx still
vx Is F
ranc
vy = 0 k Ca
mhi
vx
vy
Queda
livre vy vx
(MUV)
vy A velocidade horizontal no
lançamento é constante.

vx Eixo x

Movimento uniforme
vy
vx = constante

Na imagem, é possível observar que a altura de


um objeto lançado horizontalmente é igual à altura
de um objeto abandonado do repouso, para cada Observe que, nessa equação, o tempo de
instante de tempo. movimento depende somente da aceleração da
gravidade (g) e da altura (h), e não é influenciado
Desse modo, o tempo de movimento pode ser pela velocidade horizontal.
determinado pela função da posição de um objeto
em queda livre (MUV). O alcance do movimento de um objeto lançado
g · t2 horizontalmente representa o deslocamento desse
s(t) = s0bȡ objeto na horizontal, que pode ser obtido pelo
2
deslocamento de um objeto em MU (ΔVb bYbybW 
• A posição inicial é igual à altura inicial, logo
considerando que:
s0b bK
• o deslocamento na horizontal é igual ao alcance,
• A posição final é nula, caso o objeto atinja o
logo ΔVb b$
FIS
solo.
• a velocidade do movimento é a velocidade de
• A velocidade vertical inicial é nula, uma vez que
lançamento na horizontal, vx
o objeto somente tem velocidade horizontal.
• o tempo de movimento é igual ao tempo
• A aceleração da gravidade g tem sinal negativo,
determinado pelo movimento vertical:
pois a trajetória está orientada para cima.
2·h
Assim: t=
g
g · t2 g · t2 2·h
 Kbȡ ⇒ =h⇒t= Assim:
2 2 g

2·h
A = vx ·
g

4. MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO • • 99


EXEMPLOS RESOLVIDOS
Um garoto rebelde decidiu jogar ovos do alto do seu prédio. Considere que ele lançou um ovo
KRUL]RQWDOPHQWHGHXPDDOWXUDGHbPHTXHRRYRREWHYHXPDOFDQFHKRUL]RQWDOLJXDODbP
1HVVDVFRQGL©·HVFDOFXOHDYHORFLGDGHFRPTXHRJDURWRDUUHPHVVRXRRYRHPPV&RQVLGHUHJb bPV2.

RESPOSTA
Em primeiro lugar, devemos determinar o Sabendo qual foi o tempo gasto pelo objeto
tempo de queda do ovo. Podemos descobrir esse para chegar ao solo, podemos determinar a
tempo utilizando a equação que determina o velocidade de lançamento por meio da equação
tempo de queda no movimento de queda livre. do alcance:
2·h
2·h 2 · 125 A = vx · ⇒ 10 = vx · 5
250 g
t= = =
g 10 10 10
vx = ⇒ vx = 2 m/s.
5
t= 25 ⇒ t = 5 s A velocidade de lançamento do ovo foi de
bPV

EM13CNT204, EM13CNT301
ATIVIDADES
11. (AFA – SP) Duas armas são disparadas 12. (FUVEST – SP) Um drone voando na horizontal,
simultaneamente, na horizontal, de em relação ao solo (como indicado pelo
uma mesma altura. Sabendo-se que os sentido da seta na figura), deixa cair um pacote
projéteis possuem diferentes massas e de livros. A melhor descrição da trajetória
desprezando a resistência do ar, pode-se realizada pelo pacote de livros, segundo um
afirmar que: observador em repouso no solo, é dada pelo
a) a bala mais pesada atinge o solo em percurso descrito na
um tempo menor.
X b) o tempo de queda das balas é o
5
mesmo.
c) a bala que foi disparada com maior 1 2 4
velocidade atinge o solo em um
tempo maior. g
3

d) nada se pode dizer a respeito do


tempo de queda, porque não se sabe
qual das armas é mais possante.
a) trajetória 1. De acordo com o princípio da
independência dos movimentos,
Para o lançamento horizontal, temos v0y = 0, b) trajetória 2. de Galileu Galilei, em movimentos

assim: t =
2·h c) trajetória 3. compostos, cada direção pode ser
g analisada separadamente, pois uma não
X d) trajetória 4. depende da outra.
O significado físico dessa equação é que o tempo de
queda não depende da massa dos objetos, e sim da
e) trajetória 5.
altura inicial e da aceleração da gravidade.

100 • • FÍSICA
13. (CPS – SP) 14. Em algumas regiões de difícil acesso por terra,
é comum o lançamento de mantimentos pelo
“O importante não é competir e, sim, celebrar.” ar. Considere que, para enviar mantimentos
a uma dessas regiões, um helicóptero voa
Em sua sabedoria milenar, a cultura indígena horizontalmente com velocidade constante de
valoriza muito o celebrar. Suas festas são 20 m/s a uma altitude de 720 metros. A que
manifestações alegres de amor à vida e à distância ele deve soltar os mantimentos para
natureza. Depois de contatos com outras culturas, que eles caiam exatamente sobre o ponto
as comunidades indígenas criaram diversos desejado? (Considere que g = 10 m/s2.)
mecanismos políticos, sociais e econômicos. Foi
nesse contexto que nasceu a ideia dos Jogos Primeiro, é necessário determinar o tempo de queda.
dos Povos Indígenas cujo objetivo é unir as g · t2 (–10) · t 2
y = y0 + v0y ∙ t + ⇒ 0 = 720 – 0 ∙ t +
comunidades. Todos participam, promovendo a 2 2
integração entre as diferentes tribos através de sua 5 ∙ t2 = 720 ⇒ t2 = 144 ⇒ t = 12 s
cultura e esportes tradicionais. x = x0 + v · t ⇒ x = 0 + 20 · 12 ⇒ x = 240 m
Também é possível resolver o exercício pela relação do alcance,
(Carlos Justino Terena Disponível em: http://www.funai.gov.br/indios/jogos/ para demonstrar que a resposta obtida é a mesma.
jogos_indigenas.htm Acesso em: 29.08.2010. Adaptado)

Desde outubro de 1996, os Jogos dos Povos 15. (UEFS – BA) Da borda de uma mesa, uma esfera
Indígenas são realizados, em diversas é lançada horizontalmente de uma altura h,
modalidades, com a participação de etnias com velocidade inicial v0. Após cair livre de
de todo o Brasil. Uma dessas modalidades é o resistência do ar, a esfera toca o solo horizontal
arco e flecha em que o atleta tem direito a três em um ponto que está a uma distância d da
lances contra um peixe desenhado num alvo, vertical que passa pelo ponto de partida, como
que fica a 30 metros de distância. Ao preparar representado na figura.
o lance, percebe-se que o atleta mira um pouco
v0
acima do alvo. Isso se deve à
a) baixa tecnologia do equipamento, já que
não possui sistema de mira adequado. h
X b) ação da gravidade que atrai a flecha em
direção à Terra.
c) inadequada percepção do tamanho do
alvo, por conta da distância. d

d) rotação da Terra que modifica a trajetória Considerando que a aceleração da gravidade


da flecha. local tem módulo g, o valor de v0 é:
e) baixa energia potencial armazenada pela
corda. a) d ·
h
d) h ·
2· g
2· g d

FIS
Para compensar a ação da gravidade, que tende a atrair a flecha
h g
para a Terra, o atleta precisa dispará-la um pouco acima da b) h · X e) d·
direção do alvo. 2· d 2· h
g Para o movimento na vertical, temos queda
c) d · 2·h
h livre. O tempo de queda é: t =
g
Para o movimento na horizontal, temos MU.
2·h
d = Δsx ⇒ d = vx · t ⇒ d = vx ·
g

d· g g
d· g = v0 · 2·h ⇒ = v0 ⇒ v0 = d ·
2·h 2·h

as atividades
Agora, você pode fazer
quista Enem.
26 e 27 da seção Con

4. MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO • • 101


LANÇAMENTO OBLÍQUO
Outro movimento que observamos com
frequência em nosso dia a dia é o lançamento
oblíquo. De modo distinto do horizontal, o
lançamento oblíquo tem inicialmente uma
velocidade oblíqua em relação ao solo. Isso
significa que o objeto, inicialmente, pode estar se
movimentando para a frente e para cima ao mesmo
tempo, como no caso de uma bola de basquete
sendo lançada por um jogador.
Conforme o princípio de Galileu, o lançamento
oblíquo pode ser analisado observando-se a
combinação de dois movimentos independentes:
na horizontal, um movimento uniforme; e, na
vertical, um lançamento para cima ou para baixo.

Uma bola de basquete


lançada para a cesta
tem, inicialmente,
velocidade horizontal e
vertical.

Componentes da velocidade
©Gustoimages/Science Photo Library/Fotoarena

No lançamento oblíquo, o objeto inicia seu


movimento com uma velocidade oblíqua em relação
cateto oposto
ao solo. Logo, ele tem velocidade, simultaneamente, sen α =
na horizontal e na vertical. Essas duas velocidades hipotenusa
podem ser obtidas por meio da decomposição de v0y
sen α =
vetores, que pode ser retomada na imagem a seguir. v0
v0y = v0 · sen α
y cateto adjacente
cos α =
hipotenusa
v 0x
v0 cos α =
v0
v0y
v0x = v0 · cos α
α
v0x x Lembre-se de que a velocidade v0y representa a
velocidade inicial com que o objeto se movimenta
para cima (ou para baixo) e de que a velocidade
v0x é a velocidade inicial com que o objeto se
movimenta para a frente.

102 • • FÍSICA
Tempo de lançamento e alcance
Durante o lançamento oblíquo, o tempo de movimento é igual ao de um objeto
lançado para cima, em virtude do princípio da independência dos movimentos de Galileu.
Observe, na imagem, um objeto sendo lançado obliquamente com velocidade inicial v0
HbXP¤QJXORθ em relação ao solo.

Eixo y
MUV

vy
vx
vx
FICA A DICA!
vx vy A velocidade vertical de um objeto
vy vx
llançado obliquamente varia pela
vx DD©¥RGDIRU©DSHVRTXHbDWXD
v0
vy
vverticalmente para baixo.
v0y

vx

v0x
Eixo x
vy MU

De acordo com a imagem, é possível observar Observe que, nessa equação, o tempo de
que o objeto é lançado do solo e retorna até o movimento depende somente da velocidade
solo. Desse modo, o tempo de movimento pode inicial na vertical (v0y) e da gravidade (g) e não é
ser determinado pela função da posição de um influenciado pela velocidade horizontal.
g · t2
REMHWRODQ©DGRSDUDFLPDV W b bV0bbY0bybWbȡb , O alcance do movimento de um objeto lançado
2 obliquamente representa, tal qual o alcance do
considerando que:
lançamento horizontal, o deslocamento horizontal,
• a posição inicial é igual à posição final e ambas o qual pode ser obtido pelo deslocamento de um
são nulas, logo s0b bVb b objeto em MRU:
• a velocidade inicial é a velocidade inicial na Δs = v · t
vertical, logo v0b bY0y .
Desse modo:
Assim sendo:
g · t2 • o deslocamento na horizontal é igual ao alcance,
0 = v0yyWbȡ logo ΔVb b$
2

FIS
§ g· t · § g· t · • a velocidade horizontal do movimento é obtida
t · ¨ v0y – ¸ ¨ v0y – =0
© 2 ¹ © 2 ¸¹ pela decomposição do vetor velocidade e
­ou t = 0 ½ «bUHSUHVHQWDGDSRUYx;
° °
Logo: ® § g· t · ¾ • o tempo de movimento é igual ao tempo
ou
° ¨ 0yv – ¸ = 0 °
¯ © 2 ¹ ¿ determinado pelo movimento vertical:
g· t
v0ybȡ =0 2 · v0y
2 t= .
g
g· t
v0y = Assim sendo:
2
2 · v0y
t= 2 · v0y
g A = vx ·
g

4. MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO • • 103


Altura máxima
Em objetos lançados obliquamente em relação
ao solo, o corpo atinge, em determinado instante
de tempo, a posição de altura máxima (H). É
relevante observar que, nesse momento, o corpo tem
velocidade somente na direção horizontal, pois está
se movimentando unicamente para a frente.
Desse modo, no ponto de altura máxima,
é válido afirmar que a velocidade vertical do
corpo é nula. Portanto, a altura máxima pode ser
determinada com base na equação de Torricelli:
v2y b b v 0 y2 bbbybJbybΔs.

Aplicando a condição vyb bWHPRV


A altura máxima de um lançamento
0 = v 02y y ȡJ y+⇒yJy+  v 02y oblíquo depende da aceleração
da gravidade e do módulo da
velocidade vertical do objeto no
v 0 y2 momento do lançamento.
H= ©Shutterstock/Homydesign

2·g

FIQUE POR DENTRO

Angry Birds 2 e Cinemática


Uma forma interessante e divertida de aprender “sequestrados” por porcos verdes. Dessa forma,
um pouco mais sobre MUV é utilizando o jogo Angry o jogador deve utilizar o estilingue para lançar
%LUGV, disponível gratuitamente nas plataformas de os pássaros contra as estruturas que
download para smartphones e tablets. protegem os porcos, fazendo com que elas
O objetivo desse jogo é ajudar um grupo entrem em colapso e esmaguem os
de pássaros a recuperar seus ovos que foram sequestradores verdes. ©Rovio

104 • • FÍSICA
Para isso, o jogador deve definir o ângulo e a força do arremesso de
E aí? Está
cada pássaro, de acordo com as habilidades de cada espécie, puxando esperando
o que para
o estilingue para trás. Com base nessas definições, os jogadores aprender
F ísica e se
conseguem prever conceitos de MUV como alcance e altura máxima, diver tir
ao mesmo
tempo?
além de outros conceitos, como força, velocidade e aceleração.

EXEMPLOS RESOLVIDOS
No jogo Angry Birds, um pássaro foi lançado com velocidade inicial (v0 HPPµGXORLJXDODbPV
ID]HQGRXP¤QJXORGHrFRPDKRUL]RQWDO(VVHODQ©DPHQWRFRQVHJXLXDWLQJLUXPDFDL[DGHGLQDPLWH
HH[SORGLURVSRUFRVYHUGHV'HVSUH]DQGRRDWULWRHDUHVLVW¬QFLDGRDUHFRQVLGHUDQGRJb bbPV,
FDOFXOHDDOWXUDP£[LPDHPPHWURVTXHRS£VVDURFRQVHJXLXDWLQJLUHDGLVW¤QFLDKRUL]RQWDOTXH
separava o pássaro da caixa de dinamite. Dica: utilize 3 ≅ 1,7.

©Rovio
RESPOSTA
Para calcular a altura máxima que o pássaro Primeiramente, precisamos encontrar o valor
conseguiu atingir, devemos primeiramente de vx:
calcular V0y. Para isso, basta utilizarmos a equação vx = v · cos α ⇒ vx yFRVr
da decomposição vetorial: 3
vx = 10 · ⇒ vx = 5 3 PV
v0y = v0 · sen α 2
Substituindo o resultado na equação do
v0y yVHQr
alcance, temos:
1

FIS
v0y = 10 · 2 · v0y
2 A = vx ·
v0y PV g
2·5
Sabendo que V0y«LJXDODbPVVXEVWLWX¯PRV A=5  ·
10
esse resultado na equação altura máxima:
10
v 0 y2 52 25 A=5  ·
H= ⇒H= = ⇒+ P 10
2·g 2 · 10 20
A=5  ·1
3DUDFDOFXODUDGLVW¤QFLDKRUL]RQWDOTXH
A=5  m
separava o pássaro da caixa de dinamite,
utilizamos a equação do alcance horizontal, que A = 5 · 1,7
HTXLYDOHMXVWDPHQWHDHVVDGLVW¤QFLD
A = 8,5 m

4. MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO • • 105


ATIVIDADES

16. (PUC-Campinas – SP) Um objeto foi lançado 18. (UEM – PR) Em uma partida de futebol
obliquamente a partir de uma superfície disputada em campo plano, um jogador chuta
plana e horizontal de modo que o valor da uma bola a partir do solo com uma velocidade
componente vertical de sua velocidade inicial †‡ʹͲȀ•Ǥ‡‘–‡’‘”Ʌ‘Ÿ‰—Ž‘“—‡‘˜‡–‘”
era v0y = 30 m/s e o da componente horizontal velocidade forma com o solo. Durante o
era v0x = 8,0 m/s. Considerando a aceleração movimento, a bola bate em um muro localizado
gravitacional igual a 10 m/s2 e desprezando a a 20 m do ponto de lançamento e vertical ao
resistência do ar, o alcance horizontal do objeto campo. Suponha g = 10 m/s2 e despreze a
foi resistência do ar na bola. Assinale o que for
a) 12 m X c) 48 m e) 240 m correto.
b) 24 m d) 78 m (01) A trajetória da bola descreve uma elipse.
X(02) ‡Ʌα͵Ͳιǡ‡– ‘‘–‡’‘†‡•—„‹†ƒ†ƒ
No movimento vertical, na altura máxima a velocidade é igual a bola (até a altura máxima) é de 1 s.
zero.
(04) ‡ɅαͶͷιǡ‡– ‘ƒ„‘ŽƒŽ‡˜ƒͳ•’ƒ”ƒ
Vf = v0 + a ∙ t
atingir a parede.
A aceleração atua no sentido contrário à subida:
(08) Caso a bola atinja o ponto mais alto do
0 = 30 – 10 ∙ t
movimento, neste ponto a velocidade da
t = 3 segundos
Sabemos que o tempo de subida é igual ao tempo de descida.
bola é nula.
t total = ts + td X(16) Enquanto a bola estiver subindo, o
t total = 3 + 3 = 6 s módulo da velocidade vertical diminui.
No movimento horizontal, a velocidade é constante, então: Somatório: 18 (02 + 16)
's 's
v= ⇒8= ⇒ 's = 6 ∙ 8 ⇒ 's = 48 m
't 6 (01) Falsa. A trajetória descreve uma parábola.
(02) Verdadeira.
v0x = v0 ∙ cos θ
17. (UEFS – BA) Em um planeta X, uma pessoa v0y = v0 ∙ sen θ ⇒ v0y = 20 ∙ 0,5 ⇒ v0y = 10 m/s
descobre que pode pular uma distância v0y 10
horizontal máxima de 20,0 m se sua velocidade t= ⇒t= ⇒t=1s
g 10
escalar inicial for de 4,0 m/s. (04) Falsa.
Nessas condições, a aceleração de queda livre 2
no planeta X, em 10–1 m/s2, é igual a v0x = v0 ∙ cos θ ⇒ v0x = 20 ∙
2
⇒ v0x = 10 2 m/s
20
a) 10 c) 6 e) 2 Δs = v0x ∙ t ⇒ t = ⇒ t = 1,43 s
14
X b) 8 d) 4 (08) Falsa. Na altura máxima, vy = 0, e v = vx.
'LFDRDOFDQFH«P£[LPRTXDQGRR¤QJXORGHODQ©DPHQWR (16) Verdadeira. Trata-se de um movimento retardado.
«LJXDODrFRPDKRUL]RQWDO

A primeira condição que devemos considerar é que, para que o


alcance seja máximo, o ângulo θ deve ser igual a 45°.
2v 0 y 2v 0 ˜ sen 45q
A = vx ˜ ⇒ A = v 0 ˜ cos 45q ˜
g g

2 2
4˜ ˜2˜4˜
⇒ 20 = 2 2
g
16
g=
20
g = 0,8 m/s

106 • • FÍSICA
19. Em um jogo de futebol, quando uma falta

DKO Estúdio. 2015. Digital.


ocorre fora da grande área, mas próximo
ao gol, é comum que o goleiro solicite a
formação de uma barreira de jogadores a
fim de evitar o chute direto ao gol. Jogadores
especializados nesse tipo de cobrança podem
chutar a bola sobre a barreira e surpreender
o goleiro. Considere que um jogador cobrou
uma falta chutando a bola com velocidade
†‡ͳ͹Ȁ•‡ˆ‘”ƒ†‘—Ÿ‰—Ž‘Ʌ‡–”‡ƒ
trajetória da bola e o chão. Se a bola atingir
o solo exatamente sobre a linha do gol, qual
a distância do chute? (Use g = 10 m/s2,
…‘•ɅαͲǡͶʹ‡•‡ɅαͲǡͻǤȌ

Primeiro, é necessário determinar as componentes da velocidade:


v0x = v0 ∙ cos θ ⇒ v0x = 17 ∙ 0,42 ⇒ v0x = 7,14 m/s
v0y = v0 ∙ sen θ ⇒ v0y = 17 ∙ 0,9 ⇒ v0y = 15,3 m/s

Utilizando a relação de alcance, temos:


2 · v0y
A = vx ∙
g

as atividades
2 · 15, 3
Agora, você pode fazer
A = 7,14 ∙ ⇒ 21,85 m
10
sta Enem.
30 a 32 da seção Conqui

EEMOÇÕES EM PAUTA
er

1RDQRGHDUHJL¥RGR3DQWDQDOVRIUHXFRP
©Shutterstock/Ryan Fletch

as queimadas. Estima-se que a área afetada foi de


PLOK·HVGHKHFWDUHV3DUDFRPEDWHURLQF¬QGLRR
exército brasileiro deslocou o avião Hércules, que tem
XPDFDSDFLGDGHGHWUDQVSRUWDUPLOOLWURVGH£JXD
para auxiliar no combate ao incêndio. O avião lança
jatos de água através de tubos na porta traseira.
$YL·HVFRPRR+«UFXOHVV¥RDPSODPHQWHXVDGRV
HPPLVV·HVKXPDQLW£ULDVTXDQGRQ¥R«SRVV¯YHO

FIS
que a ajuda chegue por outro meio de transporte.
No Iraque, por exemplo, durante a guerra contra o
(VWDGR,VO¤PLFRHPR5HLQR8QLGRHQYLRXXP
avião para sobrevoar as áreas atingidas pela guerra,
ODQ©DQGRGRDOWRSURYLV·HVFRPR£JXDDOLPHQWRVH
remédios.
Ao serem abandonados no ar pelo avião, os
kits de ajuda, assim como a água, descrevem um
lançamento horizontal, como o que estudamos
Simon_g

anteriormente. Por isso, o piloto e a equipe técnica


precisam ter esse conhecimento para que a carga caia
©Shutterstock/

o mais próximo possível das pessoas ou do incêndio.

4. MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO • • 107


CIÊNCIA EM PRÁTICA

Velocidade ou aceleração? Vamos descobrir!


Por meio da realização deste experimento, é possível definir conceitos como velocidade e aceleração.

Materiais
• cronômetro • régua • livros, totalizando
• 2 canos de aproximadamente • fita de papel (do tamanho dos DSUR[LPDGDPHQWHbFP
1 metro canos) GHbDOWXUD
• fita adesiva • bola de gude

Como fazer
1. Una os dois canos lado a lado utilizando
a fita adesiva nas extremidades.

2. Faça uma graduação em


centímetros na fita de
papel e cole-a na lateral
de um dos canos. 0
10
20
30
3. Coloque os canos sobre 40
50
60
70
os livros e posicione 80
90 100
a bola de gude na
extremidade mais alta.
4. Verifique se a altura do lançamento está adequada, isto é, se a aceleração da bolinha é pequena e
permite uma boa obtenção de medidas. Caso a bolinha esteja descendo muito rápido, diminua o número
de livros ou, se estiver descendo muito devagar, aumente a quantidade de livros.
5. Solte três vezes a bolinha do mesmo ponto e cronometre o tempo para chegar a distâncias diferentes. Por
H[HPSORRWHPSRSDUDDWLQJLUbPbPHbP&RPSOHWHDWDEHODFRPRVGDGRVREWLGRV

REL AÇ ÃO ENTRE GR ANDEZAS DO MRUV


Número de
Distância (m) Tempo (s) Velocidade média (m/s)
lançamentos
1
2
3

Conclusão
20. Podemos obter a velocidade média dividindo a 21. Podemos determinar o valor da aceleração
distância percorrida pelo intervalo de tempo. em m/s2 dividindo o valor obtido na
Determine a velocidade média da bolinha quarta coluna pelo tempo. O que é
completando a tabela e responda: ela manteve- possível afirmar sobre os valores da
-se constante durante os três lançamentos? aceleração?
A velocidade é maior quanto maior for o deslocamento considerado. Os alunos devem encontrar valores constantes.

108 • • FÍSICA
to
pho
ORGANIZE AS IDEIAS

_
k /Im
toc
s
ter
hut
©S
As imagens a seguir caracterizam alguns
movimentos uniformemente variados. Construa uma
relação entre elas e os conceitos estudados, listando
as características de cada movimento.
us
llpl
/Nu
k
toc
s
tter
hu
©S

aly
Nas
ilip
k/F
toc
ters
hut
©S

FIS

4. MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO • • 109


EM13CNT204, EM13CNT301
CONQUISTA ENEM
22. ENEM Um motorista que atende a uma No instante em que saltam, os paraquedistas
chamada de celular é levado à desatenção, abandonam suas motos e elas caem
aumentando a possibilidade de acidentes praticamente sem resistência do ar. As motos
ocorrerem em razão do aumento de seu atingem o solo simultaneamente porque
tempo de reação. Considere dois motoristas, a) possuem a mesma inércia.
o primeiro atento e o segundo utilizando o
b) estão sujeitas à mesma força resultante.
celular enquanto dirige. Eles aceleram seus
carros inicialmente a 1,00 m/s2. Em resposta c) têm a mesma quantidade de movimento
a uma emergência, freiam com uma inicial.
desaceleração igual a 5,00 m/s2. O motorista X d) adquirem a mesma aceleração durante
atento aciona o freio à velocidade de 14,0 m/s, a queda.
enquanto o desatento, em situação análoga, e) são lançadas com a mesma velocidade
leva 1,00 segundo a mais para iniciar horizontal.
a frenagem.
25. (UNIRG – TO) No mês de setembro deste
Que distância o motorista desatento percorre ano, na cidade litorânea de Ocean City (EUA),
a mais do que o motorista atento, até a parada um fato inusitado chamou a atenção dos
total dos carros? transeuntes. Um guaxinim foi visto escalando
a) 2,90 m rapidamente um prédio até a altura do piso
b) 14,0 m do nono andar. Na sequência, o animal se
c) 14,5 m precipitou, atingindo um solo arenoso que,
felizmente, minimizou parte do impacto da
d) 15,0 m
queda.
X e) 17,4 m
Supondo-se que a distância do solo ao piso
23. (UNIVAG – MT) Um motociclista percorre do primeiro andar seja de 4 metros e que
uma estrada com velocidade constante igual a distância entre os pisos dos andares seja
a 36 km/h. Em determinado momento, ele de 2 metros, o módulo da velocidade em
resolve acelerar a moto de forma a percorrer o que o animal atinge a areia será de (admita
restante do percurso com a velocidade máxima que a resistência do ar seja desprezível
permitida na estrada. Para isso, ele imprime e que |g| = 10 m/s2):
à moto uma aceleração constante de módulo a) 40 km/h
igual a 3 m/s2 até atingir a velocidade desejada.
b) 56 km/h
Sabendo que o motociclista acelerou a moto
durante um intervalo de tempo de 5 segundos, X c) 72 km/h

conclui-se que a velocidade máxima permitida d) 94 km/h


na estrada é igual a 26. ENEM Na Antiguidade, algumas pessoas
a) 120 km/h acreditavam que, no lançamento oblíquo de
b) 70 km/h um objeto, a resultante das forças que atuavam
c) 50 km/h sobre ele tinha o mesmo sentido da velocidade
em todos os instantes do movimento. Isso
d) 60 km/h
não está de acordo com as interpretações
X e) 90 km/h científicas atualmente utilizadas para explicar
24. ENEM Para um salto no Grand Canyon usando esse fenômeno.
motos, dois paraquedistas vão utilizar uma Desprezando a resistência do ar, qual é a
moto cada, sendo que uma delas possui massa direção e o sentido do vetor força resultante
três vezes maior. Foram construídas duas pistas que atua sobre o objeto no ponto mais alto
idênticas até a beira do precipício, de forma da trajetória?
que no momento do salto as motos deixem
a pista horizontalmente e ao mesmo tempo.

110 • • FÍSICA
a) Indefinido, pois ele é nulo, assim como a) 8 m/s e 6 m/s
a velocidade vertical nesse ponto. b) 7 m/s e 8 m/s
X b) Vertical para baixo, pois somente o peso X c) 7 m/s e 5 m/s
está presente durante o movimento.
d) 8 m/s e 5 m/s
c) Horizontal no sentido do movimento,
e) 7 m/s e 6 m/s
pois devido à inércia o objeto mantém
Considere:
seu movimento.
sen 30° = 0,5
d) Inclinado na direção do lançamento, cos 30° = 0,9
pois a força inicial que atua sobre o objeto Aceleração da gravidade = 10 m/s2
é constante.
29. (UFGD – MS) Um projétil foi disparado com
e) Inclinado para baixo e no sentido do
um ângulo θ acima da horizontal e com uma
movimento, pois aponta para o ponto onde
velocidade inicial v0, em um local onde a
o objeto cairá.
aceleração da gravidade é igual a g. Ao chegar
27. ENEM Em uma experiência didática, cinco a sua altura máxima, depois de um tempo t,
esferas de metal foram presas em um barbante, é possível afirmar, desprezando a resistência
de forma que a distância entre esferas do ar, que
consecutivas aumentava em progressão a) a velocidade do projétil é igual à
aritmética. O barbante foi suspenso e a velocidade inicial v0 .
primeira esfera ficou em contato com o chão.
X b) a distância máxima que esse projétil irá
Olhando o barbante de baixo para cima, as
distâncias entre as esferas ficavam cada vez v 2 · sen T
alcançar será 0 .
maiores. Quando o barbante foi solto, o som g
das colisões entre duas esferas consecutivas c) a distância horizontal percorrida será
e o solo foi gerado em intervalos de tempo igual a v0 · t.
exatamente iguais. A razão de os intervalos v 2 · sen T
d) a altura máxima será igual a 0 .
de tempo citados serem iguais é que a: 2· g
a) velocidade de cada esfera é constante. e) não é possível fazer afirmações, pois não
X b) força resultante em cada esfera é se sabe a massa do projétil.
constante.
30. (UCB – DF) Uma espingarda atira um projétil
c) aceleração de cada esfera aumenta com a 200 m/s na direção horizontal e a 5,00 m
o tempo. de altura. Considere que a única influência
d) tensão aplicada em cada esfera aumenta que o ar exerce é uma aceleração constante
com o tempo. de 1,00 × 10–2 m/s2 na mesma direção, mas
e) energia mecânica de cada esfera aumenta em sentido oposto ao da velocidade inicial do
com o tempo. projétil, durante todo o movimento. Admitindo-
-se que a aceleração da gravidade é de
28. (FGV – RJ) Uma criança solta um carrinho 10,0 m/s2, é correto afirmar que a distância

FIS
no escorregador de uma piscina. O carrinho e o tempo até o projétil tocar o solo são,
desliza até a extremidade inferior do respectivamente, de
escorregador e se descola dele, com velocidade
a) 400 m e 2,00 s.
igual a 8 m/s na direção que forma um ângulo
de 30° com a horizontal, a 45 cm de altura em b) 1,00 km e 5,00 s.
relação à superfície da água. O atrito entre o c) 100 m e 0,50 s.
carrinho e o escorregador, a resistência do ar X d) 200 m e 1,00 s.
e o tamanho do carrinho devem ser ignorados. e) 9,50 km e 9,50 s.
As velocidades horizontal e vertical do
carrinho, ao atingir a superfície da água, são,
respectivamente, próximas de

4. MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO • • 111


31. (UFRGS – RS) Dois projéteis são disparados simultaneamente Analisando os gráficos, pode-
no vácuo, a partir da mesma posição no solo, com ângulos de -se afirmar que
Žƒ­ƒ‡–‘†‹ˆ‡”‡–‡•ǡɅ1δɅ2, conforme representa a figura I. o valor inicial da
abaixo componente vertical da
velocidade do projétil 2
é maior do que o valor
inicial da componente
vertical da velocidade do
projétil 1.
II. o valor inicial da
componente horizontal
da velocidade do projétil
2 é maior do que o valor
Os gráficos a seguir mostram, respectivamente, as posições inicial da componente
verticais y como função do tempo t, as posições horizontais x horizontal da velocidade
como função do tempo t e as posições verticais y como função das do projétil 1.
posições horizontais x, dos dois projéteis. III. os dois projéteis atingem
o solo no mesmo
instante.
Quais estão corretas?
x a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

32. (UFPR) Na cobrança de uma falta durante uma partida de futebol, a bola, antes do chute, está a uma
distância horizontal de 27 m da linha do gol. Após o chute, ao cruzar a linha do gol, a bola passou a uma
altura de 1,35 m do chão quando estava em movimento descendente, e levou 0,9 s neste movimento.
Despreze a resistência do ar e considere g = 10 m/s2.
a) Calcule o módulo da velocidade na direção vertical no instante em que a bola foi chutada.
v0y = 6 m/s

g = 10 m/s2

V0y V0

H t = 0,9 s
1,35 m
T
x
V0x
27 m

b) Calcule o ângulo, em relação ao chão, da c) Calcule a altura máxima atingida pela bola
força que o jogador imprimiu sobre a bola em relação ao solo.
pelo seu chute. h = 1,8 m
θ = arctg 0,2

112 • • FÍSICA
DO
BR
EN
AL
LIVRO DE IN
CAPÍTULO HA
PO
NT

1 ILH
AD
A

FÍSICA
C AS DA NATUREEZA
CIIÊNCI
E SUUAS TE
T O OGIAS
CNOL

I NTRODUÇÃO À F ÍSICA

MÉTODO CIENTÍFICO E GRANDEZAS FÍSICAS


De modo resumido, uma maneira – talvez a mais tradicional – de se fazer ciência consiste em:

tífico é um
PROBLEMATIZA
A ÇÃO
Método cien
processos
Deffinição do problema ou tema que deve ser investigado.
conjunto de
s quais a
e etapas pelo
senvolve
ciência se de
ento
e o conhecim
HIPÓTESES
nstituído e
Levantamento de informações sobre o fenômeno.
fic o é co
cientí
te testado.
continuamen

EXPERIMENTAÇÃO ou OBSERVAÇÃO
Recolhimento de dados relacionados à problematização.

ANÁLISE
Análise dos resultados e comparação com as hipóteses.

Está de acordo com as hipóteses?


não
sim

PRINCÍPIO – TEORIA – LEI


Construção do princípio, da teoria e/ou da lei.

A Física utiliza muitas grandezas para explicar suas teorias e leis.


FÍS

GRANDEZA FÍSICA
Tudo o que pode ser medido ou quantificado.

F DAME
FUN AMENT
AM NT TAIS D IV
DER VAD
A AS
Def
efini
efini
in
n das poor si sós. D ini
De
Def nidas
nida em
e fu unçã
nçãoo das gra
raande
ndezas
zas fu
unda
ndamen
men
ntai
t s.
ta s
Ex : mass
Ex. masssa,
a compri
com
ompri
p mene to,
t te
to tempo
m , etc.
mpo e c. E : velo
Ex. elocid
cidade
cidadee, acel
e er
e ção
era ãoo, etc.

LIVRO DE ATIVIDADES • •1
F ÍS SISTE INTERNACIONAL DE UNIDADES,
SISTEMA
IC A

UNIDADES DE MEDIDA E CONVERSÃO DE UNIDADES


UNIDAD
A grandezas
As gra
r nd
ndeze ass e unidades
ez un fundamentais do Sistema Internacional de Unidades (SI) foram padronizadas
com
co m o ob
obje
objetivo
jeti
je t vo d
ti dee fa
faci
facilitar
ci
ci a comunicação entre as comunidades científicas. São elas:

UNIDADES FUNDAMENTAIS DO SI
Grrandezas Unidades Símboolo
Comp
primento metro m
M ssa
Ma quilograma kg
Tempo segundo s
Corrente elétrica ampere A
Temperatura kelvin K
Quantidade de matéria mol mol
Intensidade luminosa candela cd

Notação científica
A notação científica é utilizada na representação de números muito pequenos ou muito grandes e deve
ser expressa por:
Se a medida da grandeza é um valor maior ou igual a um, E é um número inteiro não negativo.
Se a medida da grandeza é um valor menor do que um, E é um número inteiro não positivo.

N · 10EWDOTXHɆ_1_H(VHMDXPQ¼PHURLQWHLUR

Operações com números em notação científica

OPER AÇ ÃO
Adição Subtração Multiplicação Diviisãão
FIS

N1 · 10E + N2 · 10E N1 · 10E – N2 · 10E N1 · 10E1 · N2 · 10E2 N1 · 10E1 : N2 · 10E2


Esquema
1 E
(N1 + N2) · 10 N1 – N2) · 10E
(N N1 · N2 · 10E1 + E2 N1 : N2 · 100E1 – E2

1,3
1, 3 · 101 + 6 · 10–11 4 · 105 – 3 · 103
3 · 102 · 5 · 10–11 6 · 102 : 2 · 10–11
130
13 0 · 10–1 + 6 · 10–11 00 · 103 – 3 · 10
40 03
Exemplo 3 · 5 · 102 + (–
(–1)
1
6 : 2 · 102 – (––1))
(13 1 –1
30 + 6) · 10 (40
4000 – 3) · 1003 1
15 · 10
15 1 3
3 · 10
13 1 –11
1 6 · 10 39
97 · 100 3

2• • FÍSICA
GRANDEZAS ESCALARES × VETORIAIS
Vetor Sentido
Grandezas escalares
são grandezas
definidas somente pelo
o
vetoriais sã
módulo, como tempo, Grandezas Módulo
massa, volume, área, definidas Direção
grandezas
temperatura, energia, ulo, direção
por mód
como
etc. e sentido, e,
m en to, velocidad
desloca c.
força, et
aceleração,

Decomposição vetorial
G
Observe na ilustração que o vetor v representa a hipotenusa de um triângulo retângulo, e as
G G
.

componentes v x e v y representam os catetos. As componentes podem ser determinadas pelas relações


trigonométricas seno e cosseno.

v vx = v · cos α
vy vy (cateto oposto)
vy = v · sen α
x
vx (cateto adjacente)

Adição de vetores
Vetores na mesma direção: realizamos uma soma aritmética.

G G G G G
a a=8 R = a+b + c + d
. . . . .

b b=4 R = a + b + (–c) + d
c c=6 R = a + b–c+ d
d d=3 R = 8 + 4–6 + 3
R R=9 R=9
FIS

LIVRO DE ATIVIDADES • •3
Vetores em diferentes direções: realizamos a decomposição vetorial (figura 1), somamos algebricamente
as componentes em mesma direção (figura 2) e determinamos o vetor resultante pelo teorema de Pitágoras
(figura 3).

ax = a · cos α bx = b · cos β
a ay = a · sen α by = b · sen β

Figura 1

by

Rx = ax + bx
Ry = ay + by
ay

bx ax x

Figura 2

by

R
FIS

R2 = R2x + R2y
Ry

ay

ax bx
x
Rx
Figura 3

4• • FÍSICA
ATIVIDADES
Massa, energia e temperatura
são grandezas escalares,
MÉTODO CIENTÍFICO E GRANDEZAS FÍSICAS uma vez que podem ser
caracterizadas pelo valor do
seu módulo e pela unidade de
$6Ǵ,0,/$†‚2 medida associada. Já a força
é uma grandeza vetorial, pois
1. (UECE) As grandezas físicas escalares são expressas apenas pelo seu valor numérico e além do módulo e da unidade
unidade de medida. As grandezas físicas vetoriais além do valor numérico e unidade de de medida, precisamos
medida, para serem expressas, necessitam de direção e sentido. Com base nisso, assinale conhecer a direção e o
sentido para defini-la.
a opção que corresponde a uma grandeza física de natureza vetorial.
a) Massa c) Temperatura
b) Energia Xd) Força
O modelo ondulatório foi
2. (UNIR – RO) Isaac Newton muito colaborou para o desenvolvimento científico. Sobre
proposto e defendido no
suas contribuições, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. século XVII pelo físico e
matemático Christiaan
( F ) Formulou a teoria ondulatória da luz. Huygens. Newton propôs o
modelo corpuscular da luz.
( V ) Estudou alguns fenômenos ópticos, que culminaram com a elaboração de uma
Durante seus estudos,
teoria sobre as cores. Newton percebeu que a luz
( V ) Elaborou a 1.a e 2.a leis do movimento, lançando as bases da mecânica. branca, ao passar por um
prisma, se decompunha em
( V ) Desenvolveu as primeiras ideias relativas à gravitação universal. feixes com cores diferentes,
que ele chamou de espectro
( F ) Introduziu o método experimental no estudo dos fenômenos naturais. da luz branca. Estudos
posteriores indicaram que
Assinale a sequência correta. as cores diferentes estão
a) FFVVF relacionadas ao fato de a luz ter comprimentos de onda diferentes. Dessa forma, Newton lançou a hipótese de que a luz não
era pura, mas sim formada pela mistura ou superposição de todas as cores do espectro.
b) FFFVV Newton estudou fenômenos relacionados ao movimento e formulou as três leis que determinam a dinâmica dos corpos: lei da
c) VVVFF inércia, lei da superposição de forças e lei da ação e reação.
Em seu livro Principia Mathematica, Newton descreveu a interação entre massas e formulou a lei da gravitação universal,
Xd) FVVVF utilizada até hoje para explicar movimentos de corpos na superfície da Terra e de corpos celestes.
e) VVFVF O método experimental (método científico) foi introduzido por Galileu Galilei.

3. (UNIFOR – CE) Grandezas físicas são aquelas que podem ser medidas, ou seja, que
descrevem quantitativamente a propriedade observada no estudo do fenômeno
físico. Em estudos físicos, elas se apresentam nas formas vetoriais ou escalares.
Analise as proposições abaixo e assinale a alternativa que apresenta apenas
grandezas vetoriais: a) Incorreta. Energia, área e volume são grandezas escalares.
a) energia, área, campo elétrico e volume. b) Correta. Velocidade, aceleração, força e campo elétrico são
grandezas vetoriais. Por isso, além do módulo (valor numérico),
Xb) velocidade, aceleração, força e campo elétrico. precisam de sentido e direção para serem definidas.
c) volume, pressão, energia e temperatura. c) Incorreta. Volume, energia e temperatura são grandezas
escalares.
d) aceleração, área, velocidade e pressão.
FIS

d) Incorreta. Área e pressão são grandezas escalares.


e) força, tempo, trabalho e massa. e) Incorreta. Tempo e massa são grandezas escalares.
4. (UDESC) Considere as seguintes proposições sobre grandezas físicas escalares e
vetoriais.
I. A caracterização completa de uma grandeza escalar requer tão somente um
número seguido de uma unidade de medida. Exemplos dessas grandezas são
o peso e a massa.
II. O módulo, a direção e o sentido de uma grandeza caracterizam-na como vetor.
III. Exemplos de grandezas vetoriais são a força, o empuxo e a velocidade.
IV. A única grandeza física que é escalar e vetorial ao mesmo tempo é a temperatura.

LIVRO DE ATIVIDADES • •5
C1 H3 Confrontar interpretações
I. Falsa. O peso é uma grandeza Assinale a alternativa correta. científicas com interpretações baseadas no
vetorial. senso comum, ao longo do tempo ou em
Xa) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. diferentes culturas.
II. Verdadeira. Um vetor é
definido por um segmento de b) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. C6 H20 Caracterizar causas ou efeitos dos
reta orientado (seta), contado a movimentos de partículas, substâncias,
partir de um ponto no espaço, c) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras. objetos ou corpos celestes.
cujo comprimento representa d) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
uma escala em uma grandeza,
que tem direção e sentido. e) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
III. Verdadeira. Grandezas
vetoriais são aquelas $3(5)(,†2$0(172
caracterizadas por um valor
numérico (intensidade 5. (1(0 Na linha de uma tradição antiga, o astrônomo grego Ptolomeu (100-170 d.C.)
ou módulo), uma direção
e um sentido. Portanto, as
afirmou a tese do geocentrismo, segundo a qual a Terra seria o centro do Universo,
três grandezas citadas são sendo que o Sol, a Lua e os planetas girariam em seu redor em órbitas circulares.
exemplos de grandezas A teoria de Ptolomeu resolvia de modo razoável os problemas astronômicos da sua
vetoriais.
época. Vários séculos mais tarde, o clérigo e astrônomo polonês Nicolau Copérnico
IV. Falsa. Temperatura é uma
grandeza física escalar.
(1473-1543), ao encontrar inexatidões na teoria de Ptolomeu, formulou a teoria do
heliocentrismo, segundo a qual o Sol deveria ser considerado o centro do Universo,
com a Terra, a Lua e os planetas girando circularmente em torno dele. Por fim, o
astrônomo e matemático alemão Johannes Kepler (1571-1630), depois de estudar
o planeta Marte por cerca de trinta anos, verificou que a sua órbita é elíptica. Esse
resultado generalizou-se para os demais planetas.
Kepler não foi o único a
ter estudos na área da A respeito dos estudiosos citados no texto, é correto afirmar que
Astronomia, contudo
seus estudos foram a) Ptolomeu apresentou as ideias mais valiosas, por serem mais antigas e
generalizados e testados tradicionais.
por meio de medidas
tomadas pelo astrônomo
b) Copérnico desenvolveu a teoria do heliocentrismo inspirado no contexto
Tycho Brahe. político do Rei Sol.
c) Copérnico viveu em uma época em que a pesquisa científica era livre e
amplamente incentivada pelas autoridades.
d) Kepler estudou o planeta Marte para atender às necessidades de expansão
econômica e científica da Alemanha.
Xe) Kepler apresentou uma teoria científica que, graças aos métodos aplicados,
C1 H3 Confrontar pôde ser testada e generalizada.
interpretações científicas com
interpretações baseadas no $352)81'$0(172
senso comum, ao longo do
tempo ou em diferentes 6. (1(0
culturas.
C5 H19 Avaliar métodos,
processos ou procedimentos A lenda diz que, em um belo dia ensolarado, Newton estava relaxando sob uma macieira.
das ciências naturais que
contribuam para diagnosticar Pássaros gorjeavam em suas orelhas. Havia uma brisa gentil. Ele cochilou por alguns minutos.
ou solucionar problemas de De repente, uma maçã caiu sobre a sua cabeça e ele acordou com um susto. Olhou para
ordem social, econômica ou cima. “Com certeza um pássaro ou um esquilo derrubou a maçã da árvore”, supôs. Mas não
ambiental.
havia pássaros ou esquilos na árvore por perto. Ele, então, pensou: “Apenas alguns minutos
FIS

antes, a maçã estava pendurada na árvore. Nenhuma força externa fez ela cair. Deve haver
alguma força subjacente que causa a queda das coisas para a Terra”.

6,/9$&&0$57,165$Estudos de história e filosofia das ciências6¥R3DXOR/LYUDULDGD)¯VLFD DGDSWDGR 

Em contraponto a uma interpretação idealizada, o texto aponta para a seguinte


dimensão fundamental da ciência moderna:
a) falsificação de teses. d) contemplação da natureza.
b) negação da observação. e) universalização de conclusões.
Xc) proposição de hipóteses.
A observação de um fenômeno permite formular algumas conclusões empíricas. No método científico, essa etapa
de conclusões por meio de observações é denominada formulação de hipóteses, as quais servirão de base para
6• • FÍSICA experiências. Caso as hipóteses se confirmem, elas passam por generalizações e se transformam em leis.
SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES,
UNIDADES DE MEDIDA E CONVERSÃO DE UNIDADES
$6Ǵ,0,/$†‚2
7. (UFPR) Grandezas físicas são caracterizadas 9. (UNIOESTE – PR) Leia o texto a seguir:
pelos seus valores numéricos e respectivas
unidades. Há vários sistemas de unidades, “Em maio de 2019, com a adoção oficial
sendo que o principal, em uso na maioria do novo SI, um passo adiante será dado,
dos países, é o Sistema Internacional de levando para além do nosso pequeno planeta
Unidades – SI. Esse sistema é composto por as definições das unidades de medida do SI.
sete unidades básicas (ou fundamentais) e por As definições das unidades do novo sistema,
unidades derivadas, formadas por combinações [...], passam a ser universais. Para a ciência, isto
daquelas. A respeito do assunto, considere as é um progresso formidável, [...]” (SOCIEDADE
seguintes afirmativas: BRASILEIRA DE METROLOGIA; SOCIEDADE
1. No SI, a unidade associada com a grandeza BRASILEIRA DE FÍSICA, 2019, p. 2, grifo nosso)
capacitância é farad.
2. No SI, a unidade associada com a grandeza 7H[WRGLVSRQ¯YHOHPPHWURORJLDRUJEUZSVLWHZSFRQWHQW
XSORDGVFDUWLOKDBRBQRYRB6,BSGI
energia é erg.
3. No SI, a unidade associada com a grandeza Considere as seguintes assertivas sobre o novo
campo magnético é tesla. Sistema Internacional de Unidades (SI), em
4. No SI, a unidade associada com a grandeza vigor a partir de maio de 2019:
pressão é pascal. I. A constante de Planck é a nova unidade
Assinale a alternativa correta. de medida oficial do Sistema Internacional
de Unidades.
a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
A afirmativa 2 II. As unidades de medida quilograma, kelvin
b) Somente as afirmativas 1 e 2 é a única e mol foram substituídas pelas unidades
são verdadeiras. incorreta, pois, de medida Planck, Boltzmann e Avogadro
Xc) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 no SI, a unidade respectivamente.
de medida da
são verdadeiras. grandeza energia III. As grandezas de base: massa, corrente
d) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 é o joule. elétrica, temperatura termodinâmica,
são verdadeiras. quantidade de substância, tempo,
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras. comprimento e intensidade luminosa, têm
o valor de suas unidades estabelecidas a
8. (CESGRANRIO – RJ) O Sistema Internacional
partir de constantes universais.
de Unidades (SI) é o padrão de medidas
recomendado pela Conferência Geral de Pesos Assim, é correto afirmar que:
e Medidas, sendo, atualmente, o mais utilizado Xa) apenas a assertiva III é correta.
no Brasil e no mundo. São unidades do Sistema b) apenas a assertiva I é correta.
Internacional: c) as assertivas I e II são corretas.
Xa) metro, quilograma, segundo e kelvin.
d) as assertivas I e III são corretas.
FIS

b) metro, quilograma, hora e celsius. e) as assertivas II e III são corretas.


c) metro, grama, minuto e celsius. I. Incorreta. A constante de Planck, como o próprio nome indica,
d) milha, libra, segundo e fahrenheit. é uma constante, não uma grandeza. Logo, não faz parte do SI.
II. Incorreta. As unidades de medida quilograma, kelvin e mol
e) jarda, quilograma, hora e fahrenheit.
fazem parte do SI. Foram definidas na década de 1960, com
a) Correta. Todas as unidades apresentadas estão em unidades do SI. o intuito de padronizar as unidades de medida das grandezas
b) Incorreta. A grandeza tempo é medida em segundos, e a fundamentais.
temperatura, em kelvins. III. Correta. As grandezas massa, corrente elétrica, temperatura
c) Incorreta. No SI, a massa é medida em quilograma (kg); o tempo, termodinâmica, quantidade de substância, tempo, comprimento
em segundo (s); e a temperatura, em kelvin (K). e intensidade luminosa têm o valor de suas unidades
d) Incorreta. As unidades milha, libra e grau fahrenheit não estão no SI. estabelecido com base em constantes universais.

e) Incorreta. As unidades jarda, hora e grau fahrenheit não estão no SI.


LIVRO DE ATIVIDADES • •7
$3(5)(,†2$0(172
10. (UEFS – BA) O resultado da adição das grandezas físicas 1,0 · 108 mm e 1,0 · 106 m, no SI, é igual a
a) 1,0 · 105 Xb) 1,1 · 10
6
c) 1,1 · 108 d) 1,0 · 1011 e) 1,1 · 1014

Para resolução, primeiramente, vamos converter a medida de mm para m. Para isso, basta dividir por 1 000 = 103.
108
= 105 m
103
105 = 0,1 · 106
Somando as duas grandezas físicas, temos:
0,1 · 106 + 1,0 · 106 = 1,1 · 106 m

11. (UFU – MG) Em 2014, um importante trabalho publicado revelou novos dados sobre a estrutura
em larga escala do Universo, indicando que nossa galáxia faz parte de um superaglomerado
chamado Laniakea, com massa de cerca de 1017 estrelas como o sol, que tem 2 · 1030 kg de massa,
aproximadamente. Em 2015, o Prêmio Nobel de Física foi concedido a cientistas que descobriram uma
das menores massas, 4 · 10–33 g, a de um neutrino, um tipo de partícula elementar. Em ciência, uma
maneira de se trabalhar com valores muito grandes ou muito pequenos é a ordem de grandeza. Com
base nas duas descobertas apontadas, quantas vezes a ordem de grandeza da massa de Laniakea é
maior do que a de um neutrino?
82
Xa) 10 b) 1079 c) 1049 d) 1062

De acordo com os dados do problema, a massa do superaglomerado Laniakea é 1017 vezes maior que a massa do sol, que tem
2 · 1030 kg. Portanto, a massa do Laniakea é:
1017 · 2 · 1030 = 2 · 1047 kg
Como 2 é menor que 10 , a ordem de grandeza do superaglomerado permanece 1047.
A massa do neutrino é 4 · 10–33 g. Para transformar em kg, basta dividir por 103:
FIS

4 · 1033
= 4 · 10–36 kg
103
Como 4 é maior que 10 , adicionamos 1 ao expoente. Logo, a ordem de grandeza do neutrino é igual a 10–35.
Ao determinar a razão entre a massa do superaglomerado Laniakea e a massa de um neutrino, obtemos o resultado pretendido:
massa Laniakea 1047
= = 1082.
massa neutrino 1035

8• • FÍSICA
$352)81'$0(172 C5 H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às
finalidades a que se destinam.

12. (1(0 C5 H19 Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou
solucionar problemas de ordem social, econômica ou ambiental.

Benjamin Franklin (1706-1790), por volta de 1757, percebeu que dois barcos que compunham a frota com a
qual viajava para Londres permaneciam estáveis, enquanto os outros eram jogados pelo vento. Ao questionar o
porquê daquele fenômeno, foi informado pelo capitão que provavelmente os cozinheiros haviam arremessado
óleo pelos lados dos barcos. Inquirindo mais a respeito, soube que habitantes das ilhas do Pacífico jogavam óleo
na água para impedir que o vento a agitasse e atrapalhasse a pesca. Em 1774, Franklin resolveu testar o fenômeno
jogando uma colher de chá (4 ml) de óleo de oliva em um lago onde pequenas ondas eram formadas. Mais
curioso que o efeito de acalmar as ondas foi o fato de que o óleo havia se espalhado completamente pelo lago,
numa área de aproximadamente 2 000 m2, formando um filme fino.
Embora não tenha sido a intenção original de Franklin, esse experimento permite uma estimativa da ordem
de grandeza do tamanho das moléculas. Para isso, basta supor que o óleo se espalha até formar uma camada
com uma única molécula de espessura.

5$026&+,+LVWµULD&%0(,QIRUPD©¥RQMDQ DGDSWDGR

Nas condições do experimento realizado por Franklin, as moléculas do óleo apresentam um tamanho
da ordem de:
a) 10–3 m b) 10–5 m c) 10–7 m Xd) 10 m
–9
e) 10–11 m

De acordo com o enunciado, os 4 ml de óleo, ao se espalharem, Dados:


cobriram uma área de aproximadamente 2 000 m2 do lago. V = 4 ml = 4 · 10–6 m3
Logo, para descobrir a ordem de grandeza das moléculas que
formaram a mancha de óleo, precisamos calcular a altura dessa A = 2 000 m2 = 2 · 103 m2
mancha. Para isso, vamos utilizar a equação do volume: Substituindo os valores na equação, temos:
V=A·h V=A·h
V 4 · 106 m 3
h= ⇒h= ⇒ h = 2 · 10–9 m
A 2 · 103 m2

(01) Verdadeira.
Verdadeira Um vetor é representado graficamente por um segmento
segment
de reta orientado (uma flecha). A direção de um vetor é determinada

GRANDEZAS ESCALARES × VETORIAIS pela reta que passa por ele, isto é, é a reta suporte do segmento que o
representa. O sentido, por sua vez, é indicado pela ponta da flecha.
(02) Verdadeira. A multiplicação de um vetor por um escalar é o produto entre um vetor e um número qualquer. Se temos o vetor
G G
$6Ǵ,0,/$†‚2
$$6
6ǴǴ,0,/$†‚
Ǵ,0,/$
, 0 , /$ † ‚ 2 v sendo multiplicado por um escalar (n) qualquer, sua direção será a mesma do vetor v se n for positivo, e o sentido também
. .

será o mesmo. Entretanto, se n for negativo, o sentido será oposto.


13. (UEPG – PR) As grandezas físicas classificadas como vetoriais são representadas por um vetor. Sobre os
vetores e os respectivos cálculos, assinale o que for correto.
X(01) Um vetor é representado graficamente por um segmento de reta orientado, onde a direção é dada
pela reta suporte e o comprimento do segmento é o seu módulo.
G
FIS

X(02) O produto de um número real n por um vetor v é também um vetor, de mesma direção e sentido
G
.

de v , se n for positivo, e de sentido contrário, se n for negativo.


.

(04) A soma de dois vetores colineares é igual à soma de seus módulos, e a diferença é a subtração
entre seus módulos.
(08) É impossível obter o valor do vetor resultante da soma de três vetores não colineares pelo método
do paralelogramo.
(16) Graficamente, a diferença entre dois vetores sobre um plano é um terceiro vetor representado
pela diagonal maior do paralelogramo formado entre eles.
Somatório: 03 (01 + 02)
(04) Falsa. É necessário conhecer o sentido e a direção dos vetores para determinar o método que será utilizado.
(08) Falsa. É possível resolver dois a dois.
(16) Falsa. É necessário conhecer o ângulo entre os vetores para determinar a diagonal. LIVRO DE ATIVIDADES • •9
G G
14. (UDESC) Considere os vetores F1 e F2 $3(5)(,†2$0(172
que representam deslocamentos e são 16. (UNIVERSIDADE IGUAÇU – RJ)
perpendiculares
G entre si. Sabendo-se que
F1 tem módulo igualGa 8 cmG e que o vetor
resultante da soma F1 + F2 tem módulo igual a
G
10 cm, então o vetor F2 possui módulo igual a:
Xa) 6 cm d) 4 cm
b) 36 cm e) 18 cm
c) 2 cm

Conforme descrito no enunciado, as componentes dos


G G
vetores F1 e F2 são perpendiculares entre si:
As grandezas vetoriais são representadas por
entes matemáticos abstratos caracterizados por
F2 um módulo, por uma direção e por um sentido,
denominados de vetores. Considerando-se que os
vetores a e b mostrados na figura representam os
F1 deslocamentos de dois pacientes em uma sala de
fisioterapia, analise as afirmativas e marque com
Logo, podemos aplicar o teorema de Pitágoras:
V as verdadeiras e com F, as falsas.
F2 = F12 + F22
102 = 82 + (F2)2 ( V ) O vetor a + b apresenta um módulo igual a
2 2
100 = 64 + (F2) ⇒ (F2) = 100 – 64 1,0 km.
(F2)2 = 36 ⇒ F2 = 36 ⇒ F2 = 6 cm ( F ) O vetor a – b forma um ângulo de 45° em
relação ao eixo vertical.
( V ) O seno do ângulo formado entre o vetor
a + b e o eixo horizontal é igual a 0,6.
15. (PUC MINAS – MG) Assinale a opção correta:
Xa) Um escalar pode ser negativo. ( F ) A tangente do ângulo formado entre o vetor
2a – b e o eixo horizontal é igual a 2,5.
b) A componente de um vetor não pode ser
negativa. A alternativa que contém a sequência correta,
de cima para baixo, é a
c) O módulo de um vetor pode ser negativo.
a) V V F F c) V F F V e) F F V V
d) A componente de um vetor é sempre
diferente de zero. Xb) V F V F d) F V V F

Somando as componentes horizontais e verticais de a e b,


temos: horizontal: 0,4 + 0,4 = 0,8 para a direita;
a) Correta. Escalar é um valor numérico que pode ser vertical: 1,0 – 0,4 = 0,6 para cima.
negativo.
Aplicando o teorema de Pitágoras:
b) Incorreta. Um vetor pode ter suas componentes
(a + b)2 = 0,82 + 0,62 ⇒ (a + b)2 = 0,64 + 0,36 ⇒ (a + b)2 = 1
FIS

orientadas para o sentido negativo do eixo cartesiano.


⇒a+b= 1 ⇒ a + b = 1 ⇒ a + b = 1,0 km
.

c) Incorreta. O módulo de um vetor é um número real


que representa sua distância, calculado por O sinal negativo indica a inversão de sentido do vetor:
|v| =  a2 + b2 . Logo, mesmo que uma de suas horizontal: a – b = 0,4 – 0,4 = 0,0;
componentes seja negativa, o módulo do vetor não será. vertical: a – b = –0,4 – 1 = –1,4 para baixo.
d) Incorreta. Um vetor unidimensional tem uma das Note que a componente horizontal da subtração do vetor a e
componentes igual a zero. b é igual a zero. Logo, esse é um vetor vertical; portanto, ele é
paralelo ao eixo vertical.

0, 6
Pela relação trigonométrica no triângulo retângulo, temos: sen = cateto oposto ⇒ sen = = 0,6
hipotenusa 1, 0
Cálculo do vetor 2a – b: horizontal: 2 · 0,4 – 0,4 = 0,4; vertical: 2 · (–0,4) – 1 = –1,8.
cateto oposto 1, 8
10 • • FÍSICA Recorrendo à relação de tangente no triângulo retângulo, temos: tangente = ⇒ tangente = = 4,5
cateto adjacente 0, 4
17. (UESB – BA)
Decomposição do vetor A:
horizontal: 6 cm para a direita; Decomposição do vetor B:
vertical: 6 cm para cima. horizontal: 2 cm para a direita;
X vertical: 6 cm para baixo.
X
y

A B

É necessário prestar muita atenção quando se opera com grandezas vetoriais, pois o mecanismo
da operação é diferente daquela com grandezas escalares, uma vez que não envolve apenas valores
numéricos, mas também orientações espaciais. Na figura, estão representados dois vetores A e B, e
as dimensões x e y são idênticas, com valores iguais a 2,0 cm. Com base nas informações fornecidas, é
correto afirmar que o módulo do vetor resultante entre os vetores A e B, em cm, é igual a
a) 9,4 Xb) 8,0 c) 6,5 d) 5,3 e) 4,0

De acordo com a decomposição dos vetores A e B, podemos concluir que suas componentes verticais se anulam, uma vez
que têm o mesmo módulo, mas estão em sentidos contrários. Logo, o vetor resultante será dado pelo resultado da soma das
componentes horizontais:
a + b = 6 + 2 = 8 cm

$352)81'$0(172
18. (UEFS – BA) Grandezas vetoriais são frequentemente expressas em termos de vetores unitários
que são os que não possuem dimensão, mas têm módulo igual a +1 e são utilizados para especificar
uma determinada direção e sentido, não tendo nenhum outro significado físico. Considerando-se
os três vetores velocidades: v1 = (2i + 4j) m/s, v2 = (–3i – 4j) m/s e v3 = (i + j) m/s, então o vetor
v = 2 v1 – v2 + v3 tem módulo, em m/s, de, aproximadamente,
a) 15,1 b) 14,9 c) 14,7 d) 14,5 Xe) 15,3
FIS

Os vetores i e j são chamados de versores, estando i associado v = 8i + 13j


ao eixo horizontal e j ao eixo vertical. Para calcular o módulo do vetor V, basta aplicarmos o teorema
Para calcular o vetor v = 2 v1 – v2 + v3, somamos o valor de de Pitágoras:
cada uma de suas componentes: R2 = 132 + 82
v = 2 · v 1 – v2 + v3 R2 = 169 + 64 ⇒ R2 = 233
v = 2 · (2i + 4j) – (–3i – 4j) + (i + j) ⇒ v = 4i + 8j + 3i + 4j + i + j
R= 233 ⇒ R = 15,26 ≅ 15,3

LIVRO DE ATIVIDADES • • 11
CAPÍTULO
I NTRODUÇÃO À CI N EM ÁTICA
2
CONCEITOS INICIAIS
Posição
Também chamada de espaço, é uma grandeza física representada pela letra s e é medida, no SI,
HPbPHWURV P 
No esquema a seguir, podemos definir:

A B C
sA = –2 m

Jack Art. 2010. Digital.


sB = 0 m (origem da trajetória)
sC = 3 m
–3 m –2 m –1 m 0 1m 2m 3m 4m

1RWHTXHQ¥RVDEHPRVQDGDVREUHRHVWDGRGHPRYLPHQWRGHVVDVSHVVRDV VHHVW¥RSDUDGDVHPUHOD©¥R
DXPUHIHUHQFLDORXHPPRYLPHQWR QHPTXDQWRVPHWURVHODVM£SHUFRUUHUDP$SRVL©¥R«FRPRRUHWUDWRGH
XPLQVWDQWH

Referencial
‹XPDSRVL©¥RDUELWU£ULDXWLOL]DGDSDUDDQDOLVDURHVWDGRGHPRYLPHQWRRXUHSRXVRGHXPFRUSRRX
DLQGDVXDWUDMHWµULD2UHIHUHQFLDOPDLVFRPXP«D7HUUDDSHVDUGHQ¥RH[LVWLUUHIHUHQFLDODEVROXWR

Condição de movimento e de repouso


3DUDGHWHUPLQDUPRVVHXPFRUSRHVW£HPPRYLPHQWRRXHPUHSRXVRSUHFLVDPRVVDEHUVHVXDSRVL©¥R
PXGDFRPRSDVVDUGRWHPSRȡVHVLPGL]HPRVTXHHVVHFRUSRHVW£HPPRYLPHQWRVHQ¥RGL]HPRVTXHR
FRUSRVHHQFRQWUDHPUHSRXVR&RPRDSRVL©¥R«GHILQLGDFRPEDVHHPXPUHIHUHQFLDOSRGHPRVFRQFOXLUTXH
DVFRQGL©·HVGHPRYLPHQWRHGHUHSRXVRWDPE«PHVW¥RUHODFLRQDGDVDRFRQFHLWRGHUHIHUHQFLDO
Resumindo:
Resu
Re s mi
m nd
do:
FIS

M vi
Movimeentoo posiiçã
po ção va
vari
riaa em relaçção a cerrto
Reepo
pousoo posi
po s çãão fix
si fi a reefeerenc
renccia
re i l

12 • • FÍSICA
Trajetória
$WUDMHWµULDGHXPFRUSRGHSHQGHGRUHIHUHQFLDODGRWDGR

Divo Padilha. 2016. 3D.


v

Divo Padilha. 2010. 3D.


Uma pessoa dentro de um ônibus em movimento
REVHUYDDTXHGDGHXPREMHWRHPOLQKD
UHWD3DUDXPUHIHUHQFLDOIRUDGR¶QLEXVHP
PRYLPHQWRRREMHWRUHDOL]DXPDUFRGHSDU£EROD v

Grandezas físicas

Grandez
eza física Definição Equação

Deslocamenento Diferença entre a posição final e a inicial de um corpo sobre uma


ΔV VȿV0
escalar (Δs)
s) trajetória. Sua unidade no SI é o metro (m).

Distância Soma de todos os deslocamentos intermediários de um corpo. Sua


Não apresenta
percorrida (d) unidade no SI é o metro (m).

Velocidade méd
édia É definida como a razão entre o deslocamento escalar e o intervalo 's
(vm) de tempo. Sua unidade no SI é o metro por segundo (m/s). vm =
't
FIS

É a rapidez média com que a velocidade se altera. Sua unidade no


Aceleraçã
eleração méddia (am) SI é o metro por segundo ao quadrado (m/s2). am =
'v
't

Aceleração É responnsáável por al


a terar a direeçã
çãoo do
d mov
ovim
i ennto sem mud
im udar
ar o
módu
mó d loo da veelocida
du d dee. Suua unnidadde no
n SI é o me
metr
t o poor se
tr segu
guunddo aoo v2
centrípeta (ac) q ad
qu a rado m s2).)
d (m/
ac =
R

LIVRO DE ATIVIDADES • • 13
ATIVIDADES
Para resolução, vamos
fazer uma análise
gráfica do movimento
CONCEITOS INICIAIS
do sistema ônibus-
-bolinha. $6Ǵ,0,/$†‚2
O estudante, que está
em referencial com 1. (UEG – GO) Um estudante dentro de um ônibus, com velocidade constante, brinca
velocidade constante, com uma bolinha de borracha jogando-a verticalmente para cima e pegando-a
lança a bolinha para novamente. Desconsiderando a resistência do ar, qual é o gráfico que melhor
cima. Um observador
de fora do ônibus representa a trajetória descrita pela bolinha para um observador na rua?
enxerga a bolinha
subindo e, em seguida,
descendo, e também
o deslocamento do
ônibus para a frente.
a) Xc) e)
Logo, o observador da
rua que acompanha
a composição desses
movimentos enxerga
a trajetória de uma
parábola com a
concavidade voltada b) d)
para baixo, como
representado na
alternativa c.

a) Incorreta. A posição 2. (IFRS) Uma pessoa está sentada no banco de um ônibus em movimento numa
das árvores em relação
ao ônibus varia. rodovia plana, margeada por árvores. Assinale a alternativa que apresenta a
b) Incorreta. A posição descrição correta com relação ao movimento apresentado.
dos passageiros a) As árvores na beira da estrada estão em repouso em relação ao ônibus.
permanece a mesma.
c) Incorreta. A força b) Os passageiros do ônibus, mesmo sentados, estão em movimento em relação a
aplicada ao frear o este.
ônibus é contrária
ao movimento que
c) Durante uma freada brusca, sobre uma pessoa que foi projetada para frente,
estava sendo efetuado. atuou uma força na direção e no sentido do movimento do ônibus.
Pelo princípio da d) Se a força resultante sobre o ônibus for nula, ele terá sua velocidade diminuída
inércia, um corpo que
está em movimento gradativamente.
tende a continuar em Xe) Num trecho onde o ônibus manteve a velocidade constante, ele executou um
movimento.
movimento uniforme.
d) Incorreta. Se a força
resultante for nula, o ônibus estará em repouso ou em movimento retilíneo uniforme.
e) Correta. Para que um corpo esteja em movimento uniforme, sua velocidade deve ser constante.

3. (UEPB) Um professor de Física verificando em sala de aula que todos os seus alunos
A condição de se encontram sentados, passou a fazer algumas afirmações para que eles refletissem
repouso ou e recordassem alguns conceitos sobre movimento. Das afirmações seguintes
FIS

movimento é formuladas pelo professor, a única correta é:


determinada
pela variação a) Pedro (aluno da sala) está em repouso em relação aos demais colegas, mas
da distância todos nós estamos em movimento em relação à Terra.
entre o corpo
e o referencial Xb) Mesmo para mim (professor), que não paro de andar, seria possível achar um
adotado. Dessa referencial em relação ao qual eu estivesse em repouso.
forma, o professor
pode adotar um c) A velocidade dos alunos que eu consigo observar agora, sentados em seus
referencial para o lugares, é nula para qualquer observador humano.
qual sua distância
permaneça a d) Como não há repouso absoluto, nenhum de nós está em repouso, em relação a
mesma no decorrer nenhum referencial.
do tempo.
e) O Sol está em repouso em relação a qualquer referencial.

14 • • FÍSICA
C5 H17 Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências
$3(5)(,†2$0(172 físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
4. (1(0 Em uma corrida de regularidade, cada corredor recebe um mapa com o trajeto a ser seguido e
uma tabela indicando intervalos de tempo e distâncias entre postos de averiguação. O objetivo dos
competidores é passar por cada um dos postos de averiguação o mais próximo possível do tempo
estabelecido na tabela. Suponha que o tempo previsto para percorrer a distância entre dois postos de
verificação consecutivos seja sempre de 5 min 15 s, e que um corredor obteve os seguintes tempos nos
quatro primeiros postos.

1.o POSTO 2.o POSTO 3.o POSTO

Tempo previsto 5 min 15 s 10 min 30 s 15 min 45 s

Tempo obtido pelo corredor 5 min 27 s 10 min 54 s 16 min 21 s

ÚLTIMO POSTO
4.o POSTO ...
ȍ  Ȏ

Tempo previsto 21 min 00s ... 1 h 55 min 30 s

Tempo obtido pelo corredor 21 min 48s ...

Caso esse corredor consiga manter o mesmo ritmo, seu tempo total de corrida será:
a) 1 h 55 min 42 s Xc) 1 h 59 min 54 s e) 2 h 05 min 21 s
b) 1 h 56 min 30 s d) 2 h 05 min 09 s

Conforme descrito no enunciado, o tempo para percorrer a distância entre dois postos de verificação consecutivos é de 5 min 15 s.
De acordo com a tabela, o tempo previsto para o corredor chegar ao último posto é de 1 h 55 min 30 s.
Com essas informações, podemos calcular o número total de postos na corrida.
Primeiro, vamos converter 5 min 15 s em segundos. Para isso, basta multiplicarmos 5 por 60 e somarmos com 15 s, obtendo
315 segundos.
Agora, vamos converter 1 h 55 min 30 s em segundos.
1 hora tem 60 minutos. Então, 1 h 55 min é igual a 115 minutos, que, em segundos, equivalem a 6 900 s. Somando os 30 segundos
restantes, temos que 1 h 55 min 30 s é igual a 6 930 segundos.
O tempo previsto entre dois postos é de 315 s. O tempo previsto para o corredor chegar ao último posto é de 6 930 s.
6 930
Para calcular o número total de postos, basta dividirmos 6 930 por 315: = 22.
315
Logo, no total, há 22 postos na corrida.
Pela tabela, percebemos que o corredor sempre leva 5 min 27 s para ir de um posto até o próximo.
A distância, em segundos, de um posto até outro é: 327 s.
O tempo gasto para percorrer 22 postos é: 327· 22 = 7 194 s.
FIS

Essa é a resposta. Porém, vemos que o formato das alternativas do enunciado está em horas, minutos e segundos. Então, precisamos
7 194
fazer a conversão. Vamos começar convertendo 7 194 segundos para minutos. Assim: = 119, com resto de 54. Ou seja, 7 194
segundos equivalem a 119 min 54 s. 60
Para completar, vamos converter 119 min em horas. Para isso, basta dividirmos 119 por 60.
119
= 1, com resto de 59. Assim, 119 min equivalem a 1 h 59 min.
60
Logo, podemos concluir que o corredor leva 1 h 59 min 54 s para completar a corrida.

LIVRO DE ATIVIDADES • • 15
$352)81'$0(172
G
5. (1(0 Um foguete viaja pelo espaço sideral com os propulsores desligados. A velocidade inicial v tem
módulo constante e direção perpendicular à ação dos propulsores, conforme indicado na figura. O
piloto aciona os propulsores para alterar a direção do movimento quando o foguete passa pelo ponto A
G
e os desliga quando o módulo de sua velocidade final é superior a 2 | v |, o que ocorre antes de passar
.

pelo ponto B. Considere as interações desprezíveis.


C5 H17 Relacionar informações apresentadas
em diferentes formas de linguagem e Propulsores
representação usadas nas ciências físicas,
químicas ou biológicas, como texto v A
discursivo, gráficos, tabelas, relações
matemáticas ou linguagem simbólica.

A representação gráfica da trajetória seguida pelo foguete, antes e depois de passar pelo ponto B, é:

v A v A

a) d)
B B

v A
v A
b)

B e)
B
v A

Observe que, no início, o foguete tem velocidade constante. O piloto aciona


Xc) os propulsores para alterar a direção do movimento. Eles aceleram o foguete
B e modificam a sua velocidade. Se há aceleração, o gráfico é parabólico, o que
elimina as letras a e b. Ao desligar os propulsores, mesmo sem aceleração, a
velocidade atingida continua a mesma, já que o foguete está no espaço sideral
(vácuo) e não há dissipação de movimento. A velocidade atingida torna-se,
então, constante, e o deslocamento do foguete volta a ser uma reta.
FIS

TOME NOTA!
2
86((6Ǵ((63$†
$ 127$ 5248(
3$5$
7ˆ $ 48,
$35(1'(8$

16 • • FÍSICA
VELOCIDADE 8. (1(0 Em uma corrida de dez voltas disputada
por dois carros antigos, A e B, o carro A
$6Ǵ,0,/$†‚2 completou as dez voltas antes que o carro B
completasse a oitava volta. Sabe-se que durante
6. (IFRS) Na Olimpíada do Rio de Janeiro, toda a corrida os dois carros mantiveram
o canoísta Isaquias Queiroz conquistou a velocidades constantes iguais a 18 m/s e
‡†ƒŽŠƒ†‡’”ƒ–ƒƒ…ƒ–‡‰‘”‹ƒͳ†‡ͳԜͲͲͲǡ 14 m/s. Sabe-se também que o carro B gastaria
completando o percurso em 3 min e 58,529 s. 288 segundos para completar oito voltas.
A velocidade média de Isaquias durante a A distância, em metro, que o carro B percorreu
prova dessa categoria, expressa em km/h, do início da corrida até o momento em que
com aproximação, é o carro A completou a décima volta foi mais
a) 10 d) 25 próxima de
Xb) 15 e) 30 a) ͸ԜͶͺͲǤ
c) 20 b) ͷԜͳͺͶǤ
c) ͷԜͲͶͲǤ
P
Primeiramente, é necessário transformar o tempo gasto
d) ͶԜͲ͵ʹǤ
nno percurso em segundos: Xe) ͵ԜͻʹͲǤ
3 min 58,529 s = 238,529 s
Agora, vamos calcular a velocidade média do canoísta
A
ddurante o trajeto: Primeiramente, vamos utilizar a equação da
's 1000 velocidade média para calcular a distância
vm = ⇒ vm = ⇒ vm ≅ 4,2 m/s percorrida em 8 voltas pelo carro B:
't 238, 529
P
Para transformar em km/h, basta multiplicar por 3,6: Δs = Δv · Δt ⇒ Δs = 14 · 288
vm = 4,2 · 3,6 ≅ 15 km/h Δs = 4 032 m
Logo, se 8 voltas equivalem a 4 032 metros,
podemos concluir que 10 voltas equivalem a
5 040 metros.
Tempo gasto pelo carro A para completar 10 voltas:
7. (MACKENZIE – SP) Nos Estados Unidos da Δs = Δv · Δt ⇒ 5 040 = 18 · Δt
América, a unidade de medida mais comum Δt =
5 040
= 280 segundos
para a velocidade dos carros e 18
Agora, vamos calcular a distância que o carro B
motos no trânsito é a milha por percorreu do início da corrida até o momento que o
hora (mph). Um carro que se carro A completou a décima volta:
encontra a uma velocidade de Δs = Δv · Δt ⇒ Δs = 14 · 280
50 mph tem uma velocidade Δs = 3 920 metros.
correspondente, em m/s,
de aproximadamente:
Dado: 1 milha = 1,6 quilômetro
Xa) 22 d) 15
b) 35 e) 30
c) 80
FIS

De acordo com o enunciado,


D enunciado 1 mph = 1,6 km/h.
1 mph 1 6 km/h Assim,
Assim
ppara transformar de mph para km/h, basta multiplicar
ppor 1,6:
550 mph = 1,6 · 50 km/h = 80 km/h
Para transformar de km/h para m/s, basta dividir por 3,6:
P
80
≅ 22 m/s
3, 6

LIVRO DE ATIVIDADES • • 17
9. (UERJ)

Três teses sobre o avanço seja capaz de voar 3 km por dia. Tanto o homem
quanto o macaco, quando picados, só carregam o
da febre amarela vírus da febre amarela por cerca de três dias. Depois
Como a febre amarela rompeu os limites da disso, o organismo produz anticorpos. Em cerca
Floresta Amazônica e alcançou o Sudeste, atingindo de dez dias, primatas e humanos ou morrem ou se
os grandes centros urbanos? A partir do ano curam, tornando-se imunes à doença.
passado, o número de casos da doença alcançou Para o infectologista Eduardo Massad, professor
níveis sem precedentes nos últimos cinquenta da Universidade de São Paulo, o rompimento da
anos. Desde o início de 2017, foram confirmados barragem da Samarco, em Mariana (MG), em 2015,
779 casos, 262 deles resultando em mortes. Trata- teve papel relevante na disseminação acelerada
-se do maior surto da forma silvestre da doença já da doença no Sudeste. A destruição do habitat
registrado no país. Outros 435 registros ainda estão natural de diferentes espécies teria reduzido
sob investigação. significativamente os predadores naturais dos
Como tudo começou? Os navios portugueses mosquitos. A tragédia ambiental ainda teria afetado
vindos da África nos séculos XVII e XVIII não o sistema imunológico dos macacos, tornando-os
trouxeram ao Brasil somente escravos e mais suscetíveis ao vírus.
mercadorias. Dois inimigos silenciosos vieram Por que é importante determinar a “viagem”
junto: o vírus da febre amarela e o mosquito Aedes do vírus? Basicamente, para orientar as campanhas
aegypti. A consequência foi uma série de surtos de de vacinação. Em 2014, Eduardo Massad elaborou
febre amarela urbana no Brasil, com milhares de um plano de imunização depois que 11 pessoas
mortos. Por volta de 1940, a febre amarela urbana morreram vítimas de febre amarela em Botucatu
foi erradicada. Mas o vírus migrou, pelo trânsito (SP): “Eu fiz cálculos matemáticos para determinar
de pessoas infectadas, para zonas de floresta na qual seria a proporção da população nas áreas não
região Amazônica. No início dos anos 2000, a febre vacinadas que deveria ser imunizada, considerando
amarela ressurgiu em áreas da Mata Atlântica. Três os riscos de efeitos adversos da vacina. Infelizmente,
teses tentam explicar o fenômeno. a Secretaria de Saúde não adotou essa estratégia.
Segundo o professor Aloísio Falqueto, da Os casos acontecem exatamente nas áreas onde eu
Universidade Federal do Espírito Santo, “uma havia recomendado a vacinação. A Secretaria está
pessoa pegou o vírus na Amazônia e entrou na correndo atrás do prejuízo”. Desde julho de 2017,
Mata Atlântica depois, possivelmente na altura de mais de 100 pessoas foram contaminadas em São
Montes Claros, em Minas Gerais, onde surgiram Paulo e mais de 40 morreram.
casos de macacos e pessoas infectadas”. O vírus O Ministério da Saúde afirmou em nota que,
teria se espalhado porque os primatas da mata desde 2016, os estados e municípios vêm sendo
eram vulneráveis: como o vírus desaparece da orientados para a necessidade de intensificar as
região na década de 1940, não desenvolveram medidas de prevenção. A orientação é que pessoas
anticorpos. Logo os macacos passaram a ser mortos em áreas de risco se vacinem.
por seres humanos que temem contrair a doença.
O massacre desses bichos, porém, é um “tiro no NATHALIA PASSARINHO Adaptado de bbc.com, 06/02/2018.
FIS

pé”, o que faz crescer a chance de contaminação Estima-se que um mosquito seja capaz de voar
de pessoas. Sem primatas para picar na copa das 3,0 km por dia, como informa o texto.
árvores, os mosquitos procuram sangue humano.
Nessas condições, a velocidade média do
De acordo com o pesquisador Ricardo mosquito corresponde, em km/h, a:
Lourenço, do Instituto Oswaldo Cruz, os mosquitos Xa) 0,125 O texto informa que um mosquito é capaz de
transmissores da doença se deslocaram do b) 0,250 voar 3 km por dia, ou seja, 3 km a cada 24 h.
Norte para o Sudeste, voando ao longo de rios e Aplicando essa informação diretamente à
c) 0,600 equação da velocidade média, temos:
corredores de mata. Estima-se que um mosquito
d) 0,800 v =
's
=
3
= 0,125 km/h.
m
't 24

18 • • FÍSICA
$3(5)(,†2$0(172 11. (MACKENZIE – SP) O autódromo José Carlos
Pace, mais conhecido como Autódromo de
10. (IFMT) A velocidade escalar média é a razão Interlagos, foi inaugurado no dia 12 de maio
entre o espaço percorrido por um móvel de 1940 e sedia o Grande Prêmio do Brasil de
pelo intervalo de tempo durante o qual Fórmula 1 desde 1972. Esse circuito tem cerca
o deslocamento ocorre. Ao contrário da †‡ͶԜ͵ͲͲ†‡‡š–‡• ‘Ǥ
velocidade vetorial média, que contabiliza
No Grande Prêmio do Brasil de 2018, a pole
apenas a distância em linha reta entre o ponto
position, posição garantida pelo menor tempo
de partida e o ponto de chegada, a velocidade
de uma volta completa durante os treinos, foi
escalar média considera o espaço total
de Lewis Hamilton com aproximadamente
percorrido. Com base nestas informações, a
1 minuto e 7 segundos. Esse tempo é, inclusive,
velocidade escalar média de um automóvel que
o da volta mais rápida da história desse
percorre a primeira metade de uma rodovia
autódromo.
com velocidade de 40 km/h e a segunda
metade da rodovia com velocidade de 60 km/h Nesse mesmo Grande Prêmio, durante a prova
é de: definitiva, a volta mais rápida foi de Valtteri
Bottas com aproximadamente 1 minuto
Xa) 48 km/h
e 10 segundos de duração. Considerando
b) 50 km/h as voltas mencionadas, os tempos acima
c) 40 km/h e a extensão do circuito do Autódromo
d) 100 km/h de Interlagos, qual é, aproximadamente,
e) 60 km/h a diferença entre as velocidades médias
de Hamilton e Bottas, em km/h?
a) 15
De acordo com o enunciado,
enunciado a velocidade escalar média
b) 20
é a razão entre o espaço percorrido por um móvel e o Xc) 10
intervalo de tempo em que ocorre o deslocamento:
d) 5
's
vm = .
't e) 25
Primeira metade do trecho:
's 's
v1 = ⇒ Δt1 =
't1 v1
Na resolução, utilizaremos a equação da
Segundo trecho: velocidade média para calcular as velocidades
's 's médias de Hamilton e Bottas.
v2 = ⇒ Δt2 =
't 2 v2 's 4 300
vmH = = = 64,18 m/s
'tH 67
Percurso total:
's 4 300
2 · 's 2 · 's 2 · v1 · v 2 vmB = = = 61,43 m/s
vm = ⇒ vm = ⇒ vm = 'tB 70
't + 't 's 's v1 + v 2 Diferença entre as velocidades:
1 2 +
v1 v 2
Δv = (64,18 – 61,43) m/s ⇒ Δv = 2,75 m/s
Substituindo os valores, temos: Para transformar de m/s para km/h, basta
2 · 40 · 60 multiplicar por 3,6:
vm = ⇒ vm = 48 km/h
40 + 60 2,75 · 3,6 ≅ 10 km/h
FIS

LIVRO DE ATIVIDADES • • 19
$352)81'$0(172
12. (UERJ) Observe no gráfico a curva representativa do movimento de um veículo ao longo do tempo,
traçada a partir das posições registradas durante seu deslocamento.

O valor estimado da velocidade média do veículo, em m/s, corresponde a:


Xa) 1 b) 2 c) 3 d) 4

Para resolver essa questão, é necessário relembrar alguns conceitos da Matemática.


No gráfico, o eixo vertical mostra o deslocamento do veículo, e o eixo horizontal, o intervalo de tempo. Como a curva representativa do
movimento é uma reta crescente, podemos concluir que se trata de um movimento uniforme.
A tangente da reta do gráfico é equivalente à velocidade média do veículo.
cateto oposto y – y1 8–4 4
tg θ = ⇒ tg θ = 2
.

= = =1
cateto adjacente x 2 – x1 4–0 4
Logo, a velocidade média é igual a 1 m/s.

13. (FUVEST – SP) Um estímulo nervoso em um dos dedos do pé de um indivíduo demora cerca de
30 ms para chegar ao cérebro. Nos membros inferiores, o pulso elétrico, que conduz a informação do
estímulo, é transmitido pelo nervo ciático, chegando à base do tronco em 20 ms. Da base do tronco ao
cérebro, o pulso é conduzido na medula espinhal. Considerando que a altura média do brasileiro é de
1,70 m e supondo uma razão média de 0,6 entre o comprimento dos membros inferiores e a altura de
uma pessoa, pode-se concluir que as velocidades médias de propagação do pulso nervoso desde os
dedos do pé até o cérebro e da base do tronco até o cérebro são, respectivamente:
a) 51 m/s e 51 m/s. c) 57 m/s e 57 m/s. e) 68 m/s e 68 m/s.
b) 51 m/s e 57 m/s. Xd) 57 m/s e 68 m/s.
FIS

De acordo com enunciado, temos: Δs2 = diferença entre a altura média e o comprimento dos
Δt1 = 30 ms = 0,03 s, correspondendo ao tempo que o pulso membros inferiores.
elétrico leva para sair do dedo do pé e chegar ao cérebro. Comprimento dos membros inferiores: 1,70 · 0,6 = 1,02.
Δs1 = 1,70 m. Δs2 = 1,70 – 1,02 = 0,68 m
Velocidade escalar média do pé até o cérebro: Δt2 = 0,03 – 0,02 = 0,01 s
's1 1, 70 0, 68
v1 = ⇒ v1 = = 56,66 m/s ⇒ v1 ≅ 57 m/s. v2 = = 68 m/s
't1 0, 03 's2 0, 01
Velocidade média da base do tronco até o cérebro: v2 =
't 2

20 • • FÍSICA
ACELERAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS
$6Ǵ,0,/$†‚2 C1 H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.

14. (1(0
a) Incorreta. A inércia
representa a capacidade
Ao soltar um martelo e uma pena na Lua em 1973, o astronauta David Scott confirmou do corpo de se opor à
alteração de seu estado,
que ambos atingiram juntos a superfície. O cientista italiano Galileu Galilei (1564-1642), um seja movimento, seja
dos maiores pensadores de todos os tempos, previu que, se minimizarmos a resistência do repouso. Quanto maior
ar, os corpos chegariam juntos à superfície. for a massa de um corpo,
mais difícil será mudar seu
estado de inércia. Como os
OLIVEIRA, A. A influência do olhar. Disponível em: cienciahoje.org.br. Acesso em: 15 ago. 2016 (adaptado). dois corpos têm massas

Na demonstração, o astronauta deixou cair em um mesmo instante e de uma mesma diferentes, a inércia também
será diferente para cada um.
altura um martelo de 1,32 kg e uma pena de 30 g. Durante a queda no vácuo, esses
objetos apresentam iguais: b) Incorreta. As massas dos corpos são diferentes, logo o impulso também será diferente.
a) inércias. c) Incorreta. O trabalho é dado pelo produto da força pelo deslocamento. No caso dos dois objetos
caindo, o trabalho é realizado pela força peso (m · g · h). Como a massa dos corpos é diferente, o
b) impulsos. trabalho realizado pelo martelo será maior que o trabalho realizado pela pena.
c) trabalhos. d) Correta. A resultante das forças é igual ao peso: R = P ⇒ m · a = m · g ⇒ a = g

Xd) acelerações. e) Incorreta. A energia potencial gravitacional depende das massas dos objetos. Como as massas são
diferentes, a energia potencial de cada um é diferente.
e) energias potenciais.
15. (IFMT) A grandeza física que mede a rapidez da variação da velocidade chama-se a) Incorreta. Se o veículo
aceleração. Sabendo dessa informação, um veículo que sai do município de Cáceres mantiver a velocidade, sua
e vai até ao Trevo o Lagarto, em Várzea Grande, cuja distância é de 210 km, para rapidez será a mesma.

concluir essa viagem em pouco tempo deverá: b) Correta. A aceleração média é dada pela seguinte equação:
'v 'v
a) manter a velocidade. am =
't
⇒ Δt =
am
Xb) aumentar a velocidade. Observando a equação, é possível concluir que o intervalo de tempo é inversamente proporcional à aceleração.
Como a aceleração é definida pela variação da velocidade por um intervalo de tempo, aumentando a velocidade,
c) diminuir a velocidade. a aceleração também aumentará, e o tempo gasto para percorrer os 210 km será menor.
d) nada deverá ser feito com a velocidade. c) Incorreta. Ao diminuir a velocidade, o tempo gasto para percorrer o trajeto será maior.
d) Incorreta. Se nada for feito com a velocidade, sua rapidez permanecerá constante.
e) controlar o deslocamento do veículo.
e) Incorreta. O deslocamento não tem relação com a distância entre as duas cidades.
16. (UFRGS – RS) Trens MAGLEV, que têm como princípio de funcionamento a
suspensão eletromagnética, entrarão em operação comercial no Japão nos próximos
anos. Eles podem atingir velocidades superiores a 550 km/h. Considere que um
trem, partindo do repouso e movendo-se sobre um trilho retilíneo, é uniformemente
acelerado durante 2,5 minutos até atingir 540 km/h.
Nessas condições, a aceleração do trem, em m/s2, é:
a) 0,1 Dados:
v = 540 km/h = 150 m/s
Xb) 1
t = 2,5 min = 150 s
c) 60
FIS

Cálculo da aceleração do trem:


d) 150 'v 150
a Ÿ 1 m / s2
e) 216 't 150

LIVRO DE ATIVIDADES • • 21
$3(5)(,†2$0(172
C5 H17
Relacionar
17. (1(0 Para garantir segurança ao dirigir, alguns motoristas instalam dispositivos
informações em seus carros que alertam quando uma certa velocidade máxima (vmax) pré-
apresentadas em -programada pelo usuário de acordo com a velocidade máxima da via de tráfego,
diferentes formas é ultrapassada. O gráfico exibido pelo dispositivo no painel do carro após o final de
de linguagem e
representação uma viagem fornece a velocidade (km/h) do carro em função do tempo (h).
usadas nas
ciências físicas, Velocidade (km/h)
químicas ou
biológicas, como texto discursivo, gráficos,
tabelas, relações matemáticas ou linguagem
simbólica.
vmáx

0 Tempo (h)

De acordo com o gráfico, quantas vezes o dispositivo alertou o motorista no percurso


da viagem? O dispositivo alertou o motorista duas vezes durante a viagem.
Só contamos os pontos do gráfico em que o carro ultrapassa a velocidade permitida.
a) 1 Observe, no gráfico, que a linha pontilhada é tocada em cinco pontos.
Xb) 2 No ponto 1, o carro ultrapassou a velocidade máxima permitida e o dispositivo alertou o motorista.
c) 3 No ponto 2, o carro está retornando à velocidade máxima permitida. Então, o dispositivo não tocou.
No ponto 3, o carro atinge a velocidade máxima permitida, mas não a ultrapassa. Logo, o dispositivo não tocou.
d) 4 No ponto 4, o carro volta a ultrapassar a velocidade máxima permitida, então, o dispositivo alertou o motorista.
e) 5 No ponto 5, o carro está retornando à velocidade máxima permitida. Então, o dispositivo não tocou.
Portanto, o dispositivo alertou o motorista apenas nos pontos 1 e 4.

$352)81'$0(172
18. (UFSM – RS) Um determinado veículo é conduzido em uma cidade com uma
velocidade escalar constante e igual a 54 km/h. O condutor desse veículo faz todos
os dias um mesmo trajeto de 5 km; ao longo desse trajeto, há 2 semáforos em
pontos diferentes. Cada semáforo, quando indica o sinal vermelho, permanece aceso
durante um período de 1,0 minuto, em seguida troca direto para o verde. Se, durante
o trajeto, der o azar de o condutor ter que parar o veículo nos dois semáforos,
durante o tempo máximo dos dois sinais vermelhos, e desejar chegar ao destino
ainda no mesmo tempo, como se todos os semáforos estivessem abertos, qual será o
valor da velocidade média em que deverá conduzir o veículo?
a) Igual a 65 km/h. Primeiramente, vamos encontrar a velocidade do carro do condutor em m/s.
Para isso, dividimos 54 por 3,6, obtendo o valor de 15 m/s para a velocidade.
b) Igual a 72 km/h.
Utilizando a equação da velocidade média, podemos calcular o tempo que o
c) Igual a 70 km/h. motorista leva para percorrer todo o trajeto com os sinais verdes. Isolando
o tempo, temos:
Xd) Maior que 80 km/h.
's 5 000
e) Menor que 65 km/h. t= ⇒t= ⇒ t = 333,33 s
FIS

'v 15

Ou seja, em condições normais, o motorista levaria 333,33 segundos para chegar a seu destino.
Caso ele pegue os dois sinais fechados, ele terá 2 minutos a menos (1 minuto para cada sinal) para percorrer o
mesmo trajeto de 5 km. Portanto, terá de aumentar a velocidade para compensar o tempo que perdeu nos dois
sinaleiros. Ou seja, o novo tempo t’ deve ser:
t’ = 333,33 s – 120 s = 213,33 s
Para que ele consiga percorrer os 5 km nesse novo tempo, precisará aumentar a velocidade para:
's 5 000
v= ⇒v= ⇒ v = 23,43 m/s
t’ 213, 33
Transformando o resultado em km/h, teremos 84,4 km/h.

22 • • FÍSICA
CAPÍTULO
MOV I M ENTO U N I FORM E
3
MOVIMENTO UNIFORME

v S ˜ R˜ f

m v2
Fc
R

v ZR

1 Z 2 S˜ f
s( ) = s0 + v . t
s(t f
T

GRÁFICOS DO MOVIMENTO UNIFORME


Um móvel que descreve um movimento uniforme apresenta módulo da velocidade constante. Assim, seu
gráfico deve ser representado por uma reta paralela ao eixo do tempo, o que caracteriza o gráfico de uma
função constante.

v v
v>0
v v
FIS

0 0
t t

v<0

Velocidade positiva – portanto, 9HORFLGDGHQHJDWLYDbȡSRUWDQWR


RbPRYLPHQWR«SURJUHVVLYR RbPRYLPHQWR«UHWUµJUDGR

LIVRO DE ATIVIDADES • • 23
Independentemente do tipo de movimento, em um diagrama v × t, a área compreendida entre o eixo do
tempo e a linha que corresponde à velocidade do móvel é numericamente igual ao deslocamento.

Velloci
o dade
oc dadde

Áreaa = Δs
Áre

0
t Te po
Tem p

Em um movimento uniforme, as posições de um móvel são obtidas pela função da posição


V W b bVbbY0bybW TXHFDUDFWHUL]DXPDIXQ©¥RDILP1HVVHVFDVRVRJU£ILFR«FRQVWLWX¯GRSRUXPDIXQ©¥R
crescente (para movimentos progressivos) ou decrescente (para movimentos retrógrados).

s s

s0
v>0
v<0

s0

0 t 0

TRANSMISSÃO DE MOVIMENTO
O movimento circular pode ser transmitido por As relações matemáticas válidas para polias
rodas pelo contato (engrenagens) ou pela ligação ligadas por uma correia ou esteira são válidas
entre elas usando uma correia ou corrente. também para engrenagens postas em contato.
Existe uma pequena diferença entre os dois casos:
Polias interligadas por correias as polias ligadas por uma corrente giram no mesmo
sentido, enquanto as engrenagens em contato giram
Ambas as polias têm a mesma velocidade linear. em sentidos contrários.

vA = vB
Polias interligadas por eixos
ωA · RA = ωB · RB Ambas as polias têm a mesma velocidade
angular e a mesma frequência.

Conseguimos estabelecer a relação entre as


velocidades angulares (ω) e as frequências (f): ωA = ωB
FIS

vA v
= B
RA RB
ωA · RA = ωB · RB
2 · S · fA · R A = 2 · S · fB · RB fA = fB
fA · RA = fB · RB

24 • • FÍSICA
ATIVIDADES

MOVIMENTO UNIFORME
$6Ǵ,0,/$†‚2
1. (MACKENZIE – SP) Uma partícula descreve um movimento uniforme cuja função horária é s = –2 + 5t,
com s em metros e t em segundos. Nesse caso, podemos afirmar que a velocidade escalar da partícula é:
a) –2 m/s e o movimento é retrógrado.
b) –2 m/s e o movimento é progressivo.
Xc) 5 m/s e o movimento é progressivo.
Analisando a equação da função horária, podemos concluir que a
d) 5 m/s e o movimento é retrógrado. velocidade é positiva e tem valor igual a 5 m/s; logo, o movimento é
e) –2,5 m/s e o movimento é retrógrado. progressivo.

2. (1(0 Uma empresa de transportes precisa efetuar a entrega de uma encomenda o mais breve possível.
Para tanto, a equipe de logística analisa o trajeto desde a empresa até o local da entrega. Ela verifica
que o trajeto apresenta dois trechos de distâncias diferentes e velocidades máximas permitidas
diferentes. No primeiro trecho, a velocidade máxima permitida é de 80 km/h e a distância a ser
percorrida é de 80 km. No segundo trecho, cujo comprimento vale 60 km, a velocidade máxima
permitida é 120 km/h. Supondo que as condições de trânsito sejam favoráveis para que o veículo
da empresa ande continuamente na velocidade máxima permitida, qual será o tempo necessário,
em horas, para a realização da entrega?
a) 0,7 C6 H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.

b) 1,4
Xc) 1,5
d) 2,0
e) 3,0

De acordo com o enunciado, o veículo manteve a velocidade constante em ambos os trechos.


Para calcular o tempo gasto para realizar a entrega, vamos utilizar a equação horária do movimento uniforme:
s = s0 + v · t
Primeiro trecho:
80
80 = 0 + 80 · t1 ⇒ t1 = ⇒ t1 = 1 h
80
Segundo trecho:
60
60 = 0 + 120 · t2 ⇒ t2 = ⇒ t2 = 0,5 h
120
Tempo gasto para a realização da entrega:
t = t1 + t2 ⇒ t = 1 + 0,5 ⇒ t = 1,5 h FIS

LIVRO DE ATIVIDADES • • 25
3. (UNESP) Juliana pratica corridas e consegue correr 5,0 km em meia hora. Seu próximo desafio é
participar da corrida de São Silvestre, cujo percurso é de 15 km. Como é uma distância maior do que
a que está acostumada a correr, seu instrutor orientou que diminuísse sua velocidade média habitual
em 40% durante a nova prova. Se seguir a orientação de seu instrutor, Juliana completará a corrida de
São Silvestre em
a) 2 h 40 min
b) 3 h 00 min
c) 2 h 15 min
Xd) 2 h 30 min
e) 1 h 52 min

Velocidade de Juliana para percorrer 5 km em 30 min (0,5 h): Tempo gasto por Juliana para percorrer a São Silvestre de acordo
s = s0 + v · t com as orientações do instrutor:

5 15
5 = 0 + v1 · 0,5 ⇒ v1 = ⇒ v1 = 10 km/h s = s0 + v · t ⇒ 15 = 0 + 6 · t ⇒ t = ⇒ t = 2,5 h
0, 5 6
Como o instrutor orientou Juliana a reduzir a velocidade em 40%,
a velocidade com que ela deve percorrer os 15 km é de:
10 · 0,4 = 4
v2 = 10 – 4 = 6 km/h

$3(5)(,†2$0(172
4. (FUVEST – SP) João está parado em um posto de gasolina quando vê o carro de seu amigo passando
por um ponto P, na estrada, a 60 km/h. Pretendendo alcançá-lo, João parte com seu carro e passa pelo
mesmo ponto P, depois de 4 minutos, já a 80 km/h. Considere que ambos dirigem com velocidades
constantes. Medindo o tempo, a partir de sua passagem pelo ponto P, João deverá alcançar seu amigo,
aproximadamente, em:
a) 4 minutos.
b) 10 minutos.
Xc) 12 minutos.
d) 15 minutos.
e) 20 minutos.

Consideraremos: de cada veículo, com o carro do amigo de João em uma posição


v1 = velocidade de João (80 km/h) inicial de 4 km à sua frente. Para que os veículos se encontrem,
v2 = velocidade do amigo de João (60 km/h) suas posições finais precisam ser iguais.
s1 = s 2
Inicialmente, precisamos determinar o espaço percorrido pelo
s01 + v1 · t = s02 + v2 · t
FIS

amigo de João, considerando que João passa pelo ponto P


quatro minutos após sua passagem. Para tanto, transformamos a 0 + 80 · t = 4 + 60 · t
velocidade do carro do amigo de João em km/min, dividindo-a por 80 · t – 60 · t = 4
60, uma vez que cada hora tem 60 minutos. 20 · t = 4
60 4
v2 = = 1 km/min t= h
60 20
's 's Para converter o valor em minutos, multiplicamos o resultado por 60:
v= ⇒1= ⇒ Δs = 4 km
't 4 4 · 60 240
t= ⇒t=
Em seguida, devemos escrever as funções horárias da posição 20 20
t = 12 min

26 • • FÍSICA
5. (UFRGS – RS) Em grandes aeroportos e shoppings, existem esteiras móveis horizontais para facilitar o
deslocamento de pessoas. Considere uma esteira com 48 m de comprimento e velocidade de 1,0 m/s.
Uma pessoa ingressa na esteira e segue caminhando sobre ela com velocidade constante no mesmo
sentido de movimento da esteira. A pessoa atinge a outra extremidade 30 s após ter ingressado na
esteira. Com que velocidade, em m/s, a pessoa caminha sobre a esteira?
a) 2,6
b) 1,6
c) 1,0
d) 0,8
Xe) 0,6

Na situação descrita no problema, temos a velocidade da esteira Substituindo os valores do problema na equação, temos:
de 1 m/s e precisamos descobrir a velocidade com que a pessoa 48 48
caminha sobre ela. 1 + vp = ⇒ vp = –1
30 30
Portanto, a velocidade relativa (vr) para um observador fora da
Nessa etapa, precisamos encontrar o MMC:
esteira é a soma das velocidades da esteira (ve) e da pessoa (vp):
vr = ve + vp 48 – 30 18
⇒ vp = ⇒ vp = 0,6 m/s
.

vp =
's 30 30
vr =
't

6. (PUC-Campinas – SP) A figura indica um avião supersônico voando de A para C a 12 km de altitude e


…‘˜‡Ž‘…‹†ƒ†‡…‘•–ƒ–‡†‡ͳԜͺ͹ʹȀŠǤ

Desprezando a curvatura da Terra e adotando no cálculo final 3 = 1,7, o tempo que esse avião leva
para ir de B até C, em segundos é igual a:
a) 06 Xc) 10 e) 14
b)) 08 d)) 12

Para calcular distância de A até B,


P B utilizaremos a relação da tangente:
FIS

co
ttg
ca
AB 3 AB 1, 7 No enunciado, a velocidade é fornecida em
ttg 30q Ÿ Ÿ AB ˜ 12000 Ÿ AB 6800 m
12000 3 12000 3 km/h. Vamos transformar para m/s:
Distância de A até C:
D 1 872
520 m/s
AC AC 3, 6
ttg 45q Ÿ1 Ÿ AC 12000 m Tempo gasto pelo avião de B até C:
12000 12000
's 's 5 200
Para calcular a distância de B até C, basta diminuir AC de AB:
P v Ÿ 't Ÿ 't Ÿ 't 10 s
't v 520
BC = AC – AB Ÿ BC = 12 000 – 6 800 Ÿ BC = 5 200 m
B

LIVRO DE ATIVIDADES • • 27
$352)81'$0(172
$$352)
3552)
2)881
81'$
1''$0(1
$0
0(172
(172
7. (FATEC – SP) Os dispositivos eletrônicos
TABELA PARCIAL DE VELOCIDADES REFERENCIAIS
colocados em vias públicas, conhecidos como
radares fixos (ou “pardais”), funcionam por V M (km/h) VC (km/h)
meio de um conjunto de sensores dispostos
90 83
no chão dessas vias. Os laços detectores
(conjunto de dois sensores eletromagnéticos) 81 74
são colocados em cada faixa de rolamento. Uma
72 65
vez que motocicletas e automóveis possuem
materiais ferromagnéticos, ao passarem pelos 63 56
sensores, os sinais afetados são processados e
determinadas duas velocidades. Uma entre o 54 47
primeiro e o segundo sensor (1.o laço); e a outra 45 38
entre o segundo e o terceiro sensor (2.o laço),
conforme a figura. $UW&7%

Considere que, em cada faixa de rolagem, os


sensores estejam distantes entre si cerca de
3 metros e suponha que o carro da figura esteja
deslocando-se para a esquerda e passe pelo
primeiro laço com uma velocidade de 15 m/s,
levando, portanto, 0,20 s para passar pelo
segundo laço. Se a velocidade limite dessa pista
for 50 km/h, podemos afirmar que o veículo:
a) não será multado, pois VM é menor do que
a velocidade mínima permitida.
Xb) não será multado, pois VC é menor do que
a velocidade máxima permitida.
Essas duas velocidades medidas são validadas c) não será multado, pois VC é menor do que
e correlacionadas com as velocidades a serem a velocidade mínima permitida.
consideradas (VC), conforme apresentado d) será multado, pois VM é maior do que a
na tabela parcial de valores referenciais de velocidade máxima permitida.
velocidade para infrações (art. 218 do Código e) será multado, pois VC é maior do que a
de Trânsito Brasileiro – CTB). Caso essas velocidade máxima permitida.
velocidades verificadas no 1.o e no 2.o laço sejam
iguais, esse valor é denominado velocidade
medida (VM), e ele é relacionado à velocidade
considerada (VC). A câmera fotográfica é Primeiramente, devemos converter a velocidade medida
acionada para registrar a imagem da placa do em m/s para km/h e deixá-la em unidades do SI.
veículo a ser multado apenas nas situações Para isso, basta multiplicar 15 m/s por 3,6:

em que esse esteja trafegando acima do limite 15 · 3,6 = 54 km/h

máximo permitido para aquele local e faixa de De acordo com os dados apresentados na tabela,
FIS

quando a velocidade medida for de 54 km/h, a


rolamento, considerando os valores de VC. velocidade considerada é 47 km/h. Portanto, o veículo
não será multado, tendo em vista que a velocidade
máxima permitida na via é 50 km/h.

28 • • FÍSICA
MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME
$6Ǵ,0,/$†‚2
$$6Ǵ,0,/$†‚
6Ǵ,,0
0,/$†‚22
8. (UNIFOR – CE) Um carrossel gira uniformemente, efetuando uma rotação completa a
cada 4,0 segundos. Cada cavalo executa movimento circular uniforme com frequência
em rps (rotação por segundo) igual a:
a) 8,0
b) 4,0
c) 2,0
d) 0,5
Xe) 0,25

(01) Correta. Quando


o movimento é circular
e uniforme podemos
De acordo com o enunciado, temos: classificá-lo como
n 1 movimento periódico,
f= ⇒f= ⇒ f = 0,25 rps
't 4 e o período é definido
como um intervalo
de tempo percorrido
durante uma volta.
(02) Correta. Frequência
é a grandeza que
9. (UEM – PR) Sobre o movimento circular uniforme, assinale o que for correto. relaciona número de
X(01) Período é o intervalo de tempo que um móvel gasta para efetuar uma volta voltas por unidade de
completa. tempo.
n
X(02) A frequência de rotação é dada pelo número de voltas que um móvel efetua por f= .
't
unidade de tempo.
(04) Correta. A distância
X(04) A distância que um móvel em movimento circular uniforme percorre ao efetuar percorrida por um
uma volta completa é diretamente proporcional ao raio de sua trajetória. móvel quando completa
uma volta sobre uma
X(08) Quando um móvel efetua um movimento circular uniforme, sobre ele atua uma circunferência é igual ao
força centrípeta, a qual é responsável pela mudança na direção da velocidade comprimento da própria
do móvel. circunferência:
C=2·π·R
[...]
Dessa forma, quanto
Somatório: 15 (01 + 02 + 04 + 08) maior o raio da
circunferência, maior
10. (FAAP – SP) Dois pontos A e B situam-se respectivamente a 10 cm e 20 cm do eixo de a distância percorrida.
rotação da roda de um automóvel em movimento uniforme. É possível afirmar que: Portanto, a distância
percorrida é diretamente
a) o período do movimento de A é menor que o de B. proporcional ao raio da
b) a frequência do movimento de A é maior que o de B. circunferência.
(08) Correta. Corpos
c) a velocidade angular do movimento de B é maior que a de A. que descrevem um
Xd) as velocidades angulares de A e B são iguais. movimento circular
FIS

sofrem ação da força


e) as velocidades lineares de A e B têm mesma intensidade. centrípeta, a qual
provoca uma variação na
Observe que os pontos A e B pertencem ao mesmo eixo de rotação.
direção da velocidade.
a) Incorreta. Período é o tempoo que um móvel leva para completar uma volta. Como ambos os pontos estão no
mesmo eixo de rotação, ambosbos completarão uma volta
vo no mesmo intervalo de tempo.
bb) Incorreta.
Inncorrreta Como
Com
mo a frequência
uência está relacionada à velocidade,
velo
occi d que é a mesma
oc meesm
ma para
par
ar A e B,
ara B a frequência também é a
mesma para os doiss pontos.
p nto
to
'T
c) Incorreta. A velocidade
ade
ad
d angular é dada pela seguinte
in aç ω =
n equação:
nt
't
Como os pontos descrevem
sc ve ângulos de mesma maa medida em m tempos
t iguais, terão a mesma velocidade
vvee angular.
d) Correta. Temos a mesma
esma justificativa da alternativa
allt c.
e) Incorreta. A velocidadee linear
l ea é dada pela
ela seguinte equação:
ua v=ω·R
Os raios de A e B são diferentes.
ren es Logo, a velocidade linear
lin também é diferente, sendo a vB > vA.

LIVRO DE ATIVIDADES
TIV • • 29
C5 H17 Relacionar $3(5)(,†2$0(172
informações
apresentadas em
11. (1(0 Na madrugada de 11 de março de 1978, partes de um foguete soviético
diferentes formas
de linguagem e reentraram na atmosfera acima da cidade do Rio de Janeiro e caíram no Oceano
representação Atlântico. Foi um belo espetáculo, os inúmeros fragmentos entrando em ignição
usadas nas ciências devido ao atrito com a atmosfera brilharam intensamente, enquanto “cortavam o
físicas, químicas ou
biológicas, como texto céu”. Mas se a reentrada tivesse acontecido alguns minutos depois, teríamos uma
discursivo, gráficos, tragédia, pois a queda seria na área urbana do Rio de Janeiro e não no oceano.
tabelas, relações
matemáticas ou linguagem simbólica.

a) Incorreta. Se a velocidade angular do satélite fosse igual à


velocidade angular da Terra, ele teria caído sobre a cidade do
Rio de Janeiro.
b) Correta. De acordo com o enunciado, o foguete fez a
entrada na atmosfera terrestre sobre a cidade do Rio de
Janeiro e atingiu o Oceano Atlântico, localizado à direita da /$6&$6$65Lixo espacial2EVHUYDWµULR$VWURQ¶PLFR)UHL5RV£ULR,&([8)0*
cidade, conforme a ilustração. Portanto, podemos concluir 'LVSRQ¯YHOHPZZZREVHUYDWRULRXIPJEU$FHVVRHPVHW DGDSWDGR 
que a velocidade do satélite
tinha o mesmo sentido e De acordo com os fatos relatados, a velocidade angular do foguete em relação à Terra
módulo maior do que a
velocidade da Terra. no ponto de reentrada era:
c) Incorreta. Se a velocidade a) igual à da Terra e no mesmo sentido.
do satélite fosse no sentido
Xb) superior à da Terra e no mesmo sentido.
oposto e menor do que a
velocidade da Terra, ele c) inferior à da Terra e no sentido oposto.
teria caído em uma área
continental. d) igual à da Terra e no sentido oposto.
d) Incorreta. Se a velocidade e) superior à da Terra e no sentido oposto.
do satélite fosse igual à da
Terra, mas com sentido oposto, ele poderia ter caído no Oceano Pacífico.
e) Incorreta. Se a velocidade do satélite fosse superior à da Terra, mas com sentido oposto, ele teria caído no
Oceano Pacífico.

12. (UFRGS – RS) Na temporada automobilística de Fórmula 1 do ano passado, os


‘–‘”‡•†‘•…ƒ””‘•†‡…‘””‹†ƒƒ–‹‰‹”ƒ—ƒˆ”‡“—²…‹ƒ†‡ͳͺԜͲͲͲ”‘–ƒ­Ù‡•’‘”
minuto. Em rad/s, qual é o valor dessa velocidade angular?
a) 300π c) ͻԜͲͲͲπ e) ͵͸ԜͲͲͲπ
Xb) 600π d) ͳͺԜͲͲͲπ
FIS

Primeiramente, é necessário transformar a frequência de rpm para Hz:


18000
300 Hz
60
Cálculo da velocidade angular Z:
Z = 2 · S · f ŸZ = 2 · S · 300 ŸZ= 600S rad/s

30 • • FÍSICA
13. (UFCE) Um automóvel se desloca em uma $352)81'$0(172
estrada horizontal com velocidade constante de
modo tal que seus pneus rolam sem qualquer 14. (UNICAMP – SP) Anemômetros são
deslizamento na pista. Cada pneu tem diâmetro instrumentos usados para medir a velocidade
D = 0,50 m, e um medidor colocado em um do vento. A sua construção mais conhecida é a
deles registra uma frequência de 840 rpm. proposta por Robinson em 1846, que consiste
A velocidade do automóvel é de: em um rotor com quatro conchas hemisféricas
presas por hastes, conforme figura abaixo. Em
a) 3π m/s c) 5π m/s Xe) 7π m/s
um anemômetro de Robinson ideal, a velocidade
b) 4π m/s d) 6π m/s do vento é dada pela velocidade linear das
conchas. Um anemômetro em que a distância
entre as conchas e o centro de rotação é
r = 25 cm, em um dia cuja velocidade do vento é
De acordo com os dados do enunciado, trata-se de
um movimento circular uniforme. Portanto, devemos v = 18 km/h, teria uma frequência de rotação de
calcular a velocidade linear do carro fazendo uma relação
com a velocidade angular das rodas.
v = ω · R (equação 1)
ω = 2 · π · f (equação 2)
Utilizando os dados da equação 2 na equação 1, temos:
v = 2 · π · f · R (equação 3)
O raio do pneu é dado pela seguinte relação:
D 0 , 50
R= ⇒R= ⇒ R = 0,25 m
2 2
n 840
f= ⇒f= ⇒ f = 14 Hz
't 60
Substituindo os valores na equação 3, temos:
v=2·π·f·R
v = 2 · π · 0,25 · 14
v = 7π m/s

a) 3 rpm c) 720 rpm


Xb) 200 rpm d) ͳԜʹͲͲ”’
Se necessário, considere π ≅ 3.

Primeiro, é preciso estabelecer uma relação entre


velocidade angular e velocidade linear:
v = ω · R (equação 1)
ω = 2 · π · f (equação 2)
Utilizando os dados da equação 2 na equação 1, temos:
v = 2 · π · f · R (equação 3)
Transformando os dados para o SI, temos:
v = 18 km/h = 5 m/s
R = 25 cm = 0,5 m
FIS

Substituindo os valores na equação 3, temos:


v=2·π·f·R
5 = 2 · 3 · f · 0,25
5
5 = 1,5 · f ⇒ f =
1, 5
10
f= ⇒ f = 3,33...
3
Para converter de Hz para rpm, basta multiplicarmos o
resultado por 60:
f = 3,33 · 60
f = 199,998 rpm ≅ 200 rpm

LIVRO DE ATIVIDADES • • 31
15. (UNICAMP – SP) Considere um computador que armazena informações em um disco rígido que gira a
uma frequência de 120 Hz. Cada unidade de informação ocupa um comprimento físico de 0,2 μm na direção
do movimento de rotação do disco. Quantas informações magnéticas passam, por segundo, pela cabeça
de leitura, se ela estiver posicionada a 3 cm do centro de seu eixo, como mostra o esquema simplificado
apresentado abaixo? (Considere π ≅ 3.)

a) 1,62 · 106 b) 1,8 · 106 c) 64,8 · 108 Xd) 1,08 · 108

A velocidade linear pode ser determinada em função da frequência:


v = 2 · π · r · f ⇒ v = 2 · 3 · 0,03 · 120
v = 21,6 m/s
Agora, vamos calcular o descolamento de um ponto que está a 0,03 m de distância do centro do disco rígido em 1 segundo:
's 's
v= ⇒ 21,6 = ⇒ Δs = 21,6 m
't 1
Segundo o enunciado, cada informação ocupa um espaço físico de 0,2 μm. Para determinar quantas informações magnéticas passam
por segundo, basta aplicarmos uma regra de três simples:
1 unidade de informação — 0,2 · 10–6 m
n unidades de informação — 21,6 m
Multiplicando os termos cruzados, temos que a quantidade de informações magnéticas que passam em 1 s é igual a 1,08 · 108.

TRANSMISSÃO DE MOVIMENTO
$6Ǵ,0,/$†‚2
16. (FUVEST – SP) Uma criança, montada em um velocípede, se desloca em trajetória retilínea com
velocidade constante em relação ao chão. A roda dianteira descreve uma volta completa em um
segundo. O raio da roda dianteira vale 24 cm e o das traseiras 16 cm. Podemos afirmar que as rodas
traseiras do velocípede completam uma volta em aproximadamente:
a) 0,5 s Xb) 0,6 s c) 1 s d) 1,5 s e) 2 s
FIS

Para a resolução, vamos utilizar a equação que relaciona o acoplamento de polias por correias:
1 1 1 1
fA · RA = fB · RB ⇒ · RA = · RB ⇒ · 24 = · 16
tA tB 1 tB
16
tB = ⇒ tB = 0,6 s
24

32 • • FÍSICA
17. Analise as seguintes afirmações sobre polias ligadas por correntes. I. Incorreta. A polia de menor
raio terá sempre uma frequência
I. Quando ligadas por correntes, as polias sempre terão frequências iguais. maior, pois ela terá de executar
mais voltas para acompanhar a
II. A velocidade angular de polias ligadas por correntes é igual.
polia de maior raio.
III. A velocidade linear de polias ligadas por correntes é igual. II. Incorreta. A velocidade angular
IV. As razões entre as frequências e os raios de polias ligadas por correntes é diretamente proporcional
à frequência. Logo, como as
são iguais. frequências são diferentes, a
É correto o que se afirma em: velocidade angular também será.
III. Correta. Em polias acopladas
a) I e II. por correias ou correntes,
b) IV, apenas. a velocidade linear das
extremidades das polias é a
Xc) III, apenas. mesma, uma vez que, nesse tipo
d) II e IV. de situação, a velocidade linear
da correia é compartilhada pelas
e) I e IV. duas polias.
IV. Incorreta. A velocidade linear
18. (1(0 Na preparação da madeira em uma indústria de móveis, utiliza-se uma pode ser escrita como o produto
lixadeira constituída de quatro grupos de polias, como ilustra o esquema [...]. Em da velocidade angular pelo raio.
cada grupo, duas polias de tamanhos diferentes são interligadas por uma correia Como a velocidade linear das
polias ligadas por correntes é a
provida de lixa. Uma prancha de madeira é empurrada pelas polias, no sentido
mesma, temos:
A → B (como indicado no esquema), ao mesmo tempo em que um sistema é
vA = vB ⇒ ωA · RA = ωB · RB
acionado para frear seu movimento, de modo que a velocidade da prancha seja 2 · S · fA · RA = 2 · S · fB · RB
inferior à da lixa. fA f
fA · RA = fB · RB ⇒ = B
RB RA
C5 H17 Relacionar informações
apresentadas em diferentes formas
de linguagem e representação
usadas nas ciências físicas,
químicas ou biológicas, como
texto discursivo, gráficos,
tabelas, relações matemáticas ou
linguagem simbólica.
A B

3 4

O equipamento anteriormente descrito funciona com os grupos de polias girando


da seguinte forma:
a) 1 e 2 no sentido horário; 3 e 4 no sentido anti-horário. O sentido da velocidade da prancha é determinado pelo
sentido de rotação das polias. Se a prancha se desloca
b) 1 e 3 no sentido horário; 2 e 4 no sentido anti-horário. no sentido de A para B, as polias têm de empurrar essa
Xc) 1 e 2 no sentido anti-horário; 3 e 4 no sentido horário. prancha nesse mesmo sentido. Por isso, as polias 1 e
2 devem girar no sentido anti-horário, e as polias 3 e
d) 1 e 4 no sentido horário; 2 e 3 no sentido anti-horário. 4, no sentido horário.
FIS

e) 1, 2, 3 e 4 no sentido anti-horário.

LIVRO DE ATIVIDADES • • 33
$3(5)(,†2$0(172
a) Incorreta. A velocidade
19. (PUCRS) O acoplamento de engrenagens por correia C, como o que é encontrado
angular seria a mesma se
as engrenagens estivessem nas bicicletas, pode ser esquematicamente representado por
acopladas por um mesmo
eixo.
b) Incorreta. Aceleração
centrípeta é uma grandeza
inversamente proporcional
ao tamanho do raio da roda.
Portanto, como os raios
são diferentes, a aceleração Considerando-se que a correia em movimento não deslize em relação às rodas A e B,
centrípeta também será enquanto elas giram, é correto afirmar que
diferente.
a) a velocidade angular das duas rodas é a mesma.
c) Correta. Nesse caso,
as polias têm a mesma b) o módulo da aceleração centrípeta dos pontos periféricos de ambas as rodas
velocidade linear que a tem o mesmo valor.
correia:
vA = vB ⇒ ωA · RA = ωB · RB Xc) a frequência do movimento de cada polia é inversamente proporcional ao seu raio.
2·π · fA · RA = 2· π · fB · RB d) as duas rodas executam o mesmo número de voltas no mesmo intervalo de tempo.
fA =
2 · S · fB · RB
⇒ fA =
e) o módulo da velocidade dos pontos periféricos das rodas é diferente do
2 · S · RA módulo da velocidade da correia.
fB · RB 20. (UFPR) Um ciclista movimenta-se com sua bicicleta em linha reta a uma velocidade
RA
constante de 18 km/h. O pneu, devidamente montado na roda, possui diâmetro
Analisando a equação, igual a 70 cm. No centro da roda traseira, presa ao eixo, há uma roda dentada
percebemos que a de diâmetro 7,0 cm. Junto ao pedal e preso ao seu eixo há outra roda dentada de
frequência é inversamente diâmetro 20 cm. As duas rodas dentadas estão unidas por uma corrente, conforme
proporcional ao raio.
mostra a figura. Não há deslizamento entre a corrente e as rodas dentadas. Supondo
d) Incorreta. A polia B
executa mais voltas, pois que o ciclista imprima aos pedais um movimento circular uniforme, assinale a
tem uma frequência maior. alternativa correta para o número de voltas por minuto que ele impõe aos pedais
e) Incorreta. De acordo durante esse movimento. Nesta questão, considere π = 3.
com o enunciado, trata-se
de uma correia ideal, sem
deslizamento. Portanto, a a) 0,25 rpm d) 25,0 rpm
velocidade em qualquer
ponto da roda é a mesma b) 2,50 rpm xe) 50,0 rpm
da correia.
c) 5,00 rpm

As informações do problema podem ser representadas


A Zca · Rca
nno esquema a seguir. ωco = (equação 1)
Rco
A velocidade da bicicleta é dada por: v = ωca · Rroda
v
ωca = (equação 2)
Rroda
Utilizando os dados da equação 2 na equação 1, temos:
os:
v · Rca
FIS

Dados do enunciado:
D R v · Rca
ωco = roda ⇒ ωco =
v = 18 km/h = 5 m/s Rco Rroda · Rco
Rroda = 35 cm = 0,35 m Substituindo os valores fornecidos no enunciado,
Rca = 3,5 cm = 0,035 m temos:
Rco = 10 cm = 0,1 m 5 · 0, 035
ωco = ⇒ ωco = 5 rad/s
C
Como a coroa e a catraca são interligadas por uma 0,1· 0, 35
ccorreia, conforme o esquema apresentado, concluímos
qque as velocidades lineares são iguais. Assim, temos: Transformando de rad/s para rpm:
vco = vca ⇒ ωco · Rco = ωca · Rca 5 5
rot
2S 2·3 5
⇒ ⇒ · 60 = 50 rpm
1 1 6
min
60 60

34 • • FÍSICA
$352)81'$0(172
21. (UNICAMP – SP) Em 1885, Michaux lançou o biciclo com uma roda dianteira diretamente acionada
por pedais (Fig. A). Através do emprego da roda dentada, que já tinha sido concebida por Leonardo da
Vinci, obteve-se melhor aproveitamento da força nos pedais (Fig. B). Considere que um ciclista consiga
pedalar 40 voltas por minuto em ambas as bicicletas.

a) Qual a velocidade de translação do biciclo de Michaux para um diâmetro da roda de 1,20 m?

Para a resolução, vamos usar a seguinte relação: Substituindo os dados:


v = ω · R (equação 1) 40
v=2·π· · 0,6
ω = 2 · π · f (equação 2) 60
Utilizando os dados da equação 2 na equação 1, temos:
v = 2,4 m/s
v=2·π·f·R

b) Qual a velocidade de translação para a bicicleta padrão aro 60 (Fig. B)?

Para a resolução, vamos recorrer à relação entre as frequências do pedal e da coroa:


40 2
fcoroa = fpedal = =
60 3
Sabendo que a velocidade linear da coroa e a da catraca são iguais, temos:
vca = vco
2 · π · fca · Rca = 2 · π · fco · Rco
2
2 · π · fca · 0,05 = 2 · π ·
· 0,125
3
2 0, 25
2 · S · · 0,125
3 5
fca = ⇒ fca = 3 ⇒ fca =
2 · S · 0, 05 0, 05 3
Para determinar a velocidade da bicicleta, usamos a seguinte equação:
FIS

v = 2 · π · f · Rroda
5 9
v=2·3· · 0,3 ⇒ v = ⇒ v = 3 m/s
3 3

LIVRO DE ATIVIDADES • • 35
CAPÍTULO
MOV I M ENTO
U N I FORM EM ENTE VA RI A DO
4
Movimento
uniformemente
variado

caracterizado por

Velocidade Aceleração
variável constante

descrito por

Função Função
Equação de
horária das horária da
Torricelli
velocidades posição

2
v(t) = v0 + a ∙ t s(t) = s0 + v0 ∙ t + a ∙ t v2 = v20 + 2 ∙ a ∙ Δs
2

CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS


UNIFORMEMENTE VARIADOS
Em situações cotidianas, presenciamos movimentos nos quais o módulo da velocidade varia. O movimento
acelerado é caracterizado quando os vetores velocidade e aceleração têm mesma direção e mesmo sentido.

v3 v2 v1 v0
Em movimentos
a a a a
t=3s t=2s t=1s t=0s
acelerados, o módulo
Divo Padilha. 2011. Digital.

da velocidade
v0 v1 v2 v3
aumenta com o
FIS

a a a a tempo.
t=0s t=1s t=2s t=3s

Em movimentos O movimento retardado é definido quando os vetores velocidade e


retardados, aceleração têm mesma direção, mas sentidos contrários.
o módulo da
velocidade diminui |v3| = 0
com o tempo. v0 v1 v2

a t=0s a t=1s a t=2s a t=3s

36 • • FÍSICA
Exemplos de MUV com
aceleração = aceleração da gravidade

Movimentos
bidimensionais

Lançamentos Lançamentos Lançamentos


verticais horizontais oblíquos

eixo y
eixo y MUV vx
vy vx
vx vx
vy = 0 vx
vy vx vy
queda vy
v>0 vx
livre vy
vx
(MUV) vx
Acelerado

vy
Retardado

g m vy v0
m
g

v<0 v0y
a<0 vx vx
a<0 eixo x v0x eixo x
Subida Descida movimento uniforme
vx = constante vy vy MU

Gráficos do MUV
$IXQ©¥RKRU£ULDGDYHORFLGDGHQR089«GDGDSRUY W b bY0bbDbybW(OD«DQ£ORJD¢IXQ©¥RDILP
I [ b bDbyb[bbE (VVDUHOD©¥RSHUPLWHDUHSUHVHQWD©¥RJU£ILFDGDYHORFLGDGHGHPRGRVHPHOKDQWHDRTXH
«IHLWRSDUDUHSUHVHQWDUJUDILFDPHQWHDIXQ©¥RDILP1DH[SUHVV¥RY W b bY0bbDbybWRWHUPRv0 corresponde
ao coeficiente linear e indica onde a reta intercepta o eixo das ordenadas. Já o termo a corresponde ao
coeficiente angular e indica a inclinação da reta.

v v

a>0 v0 a<0

v=0 v=0
t t
v0

A função horária da posição permite descrever como varia a posição de um corpo em MUV à medida que
o tempo transcorre, conforme uma função quadrática. A representação gráfica da função é uma parábola.

s s v=0
FIS

s0
a<0
a>0
s0

t t
v=0

LIVRO DE ATIVIDADES • • 37
ATIVIDADES

MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO


$6Ǵ,0,/$†‚2
1. (UTFPR) Um ciclista movimenta-se em sua bicicleta, partindo do repouso e mantendo uma aceleração
aproximadamente constante de valor médio igual a 2,0 m/s2. Depois de 7,0 s de movimento, atinge
uma velocidade, em m/s, igual a:
a) 49 Xb) 14 c) 98 d) 35 e) 10

De acordo com o enunciado, o ciclista parte do repouso. Logo, aplicando diretamente a equação da aceleração, obtemos a velocidade
média que o ciclista atinge após 7 segundos.
'v
am = v ⇒ Δv = am · Δt
't
Δv = 2,0 · 7,0 = 14,0 m/s

2. (UNEMAT – MT) Quando uma partícula de massa m se desloca ao longo de uma trajetória retilínea com
velocidade v, constante, ao longo de todo o trajeto, afirmamos que a partícula apresenta “Movimento
Retilíneo Uniforme”. Considera-se que quando a partícula se deslocar em Movimento Retilíneo
Uniforme Variado, ela deve apresentar as seguintes características:
Xa) a aceleração é constante, porém diferente de zero ao longo do trajeto.
b) a velocidade da partícula pode ser constante, porém o tempo gasto é diferente de zero.
c) a variação do espaço percorrido e a variação do tempo gasto são diferentes de zero, enquanto
que a velocidade permanece constante. Consideramos que uma partícula está em movimento retilíneo uniformemente
variado quando ela tem uma aceleração constante e diferente de zero.
d) o conceito de aceleração está relacionado a uma mudança de velocidade, no entanto não se refere
à mudança de tempo.
e) a partícula de massa m pode estar acelerada, entretanto essa aceleração não pode ser negativa.
3. ȋȌˆ‘‰—‡–‡Žƒ­ƒ†‘”†‡•ƒ–±Ž‹–‡•ǡ’ƒ”–‹†‘†‘”‡’‘—•‘ǡƒ–‹‰‡ƒ˜‡Ž‘…‹†ƒ†‡†‡ͷԜͶͲͲȀŠ
após 50 segundos. Supondo que esse foguete se desloque em trajetória retilínea, sua aceleração escalar
média é de
2
Xa) 30 m/s b) 150 m/s2 c) 388 m/s2 d) 108 m/s2 e) 54 m/s2
FIS

Velocidade: 5 400 km/h = 1 500 m/s


Δt: 50 s
Substituindo os dados do enunciado na equação da aceleração média, temos:
'v 1500
am = ⇒ = 30 m/s2
't 50

38 • • FÍSICA
$3(5)(,†2$0(172
$$3(5)
3((5)
5)((,†2$0(1
(,†
, †22$0(172
$0(172
4. (UNIUBE – MG) Segundo teste realizado pela revista Quatro Rodas, o Corolla 2015 1.8 GLi, modelo
†‡…Ÿ„‹‘ƒ—ƒŽǡ’‘†‡˜ƒ”‹ƒ”•—ƒ˜‡Ž‘…‹†ƒ†‡†‡ͲƒͳͲͲȀŠ‡—‹–‡”˜ƒŽ‘†‡ͻǡ͸•‡‰—†‘•Ǥ
A intensidade da aceleração média desenvolvida por esse modelo de carro é de, aproximadamente:
a) 4 m/s2
b) 10 m/s2
c) 12 m/s2 C6 H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
2
Xd) 3 m/s
e) 7 m/s2

Dados do enunciado:
Δv = 100 km/h = 27,8 m/s
Δt = 9,6 s
Para calcular a intensidade da aceleração média do veículo, vamos utilizar a seguinte equação:
'v 27, 8
am = ⇒ am = ⇒ am = 2,89 ⇒ am ≅ 3 m/s2
't 9, 6

5. (OBF) Uma partícula executa um movimento retilíneo uniformemente variado. Num dado instante a
partícula tem velocidade 50 m/s e aceleração negativa de módulo 0,2 m/s2. Quanto tempo decorre até
a partícula alcançar a mesma velocidade em sentido contrário?
Xa) 500 s De acordo com o enunciado, na ida, a partícula tem uma velocidade de 50 m/s. Portanto, na volta, sua velocidade deverá ser
igual a –50 m/s.
b) 250 s Tempo gasto pela partícula de v = 50 m/s até v = 0 m/s:
50
c) 125 s v1 = v0 + a · t1 ⇒ 0 = 50 + (–0,2) · t1 ⇒ t1 = ⇒ t1 = 250 s
0, 2
d) 100 s Tempo gasto pela partícula de v = 0 m/s até v = –50 m/s:
50
e) 10 s v2 = v0 + a · t2 ⇒ –50 = 0 + (–0,2) · t2 ⇒ t2 =
0, 2
⇒ t2 = 250 s

Tempo decorrido até a partícula alcançar a mesma velocidade em sentido contrário:


t = t1 + t2 ⇒ t = 250 + 250 ⇒ t = 500 s

6. ȋ Ȍ…±”‡„”‘Š—ƒ‘†‡‘”ƒ…‡”…ƒ†‡Ͳǡ͵͸•‡‰—†‘•’ƒ”ƒ”‡•’‘†‡”ƒ—‡•–À—Ž‘Ǥ‘”‡š‡’Ž‘ǡ


se um motorista decide parar o carro, levará no mínimo esse tempo de resposta para acionar o freio.
‡–‡”‹‡ƒ†‹•–Ÿ…‹ƒ“—‡—…ƒ””‘ƒͳͲͲȀŠ’‡”…‘””‡†—”ƒ–‡‘–‡’‘†‡”‡•’‘•–ƒ†‘‘–‘”‹•–ƒ‡
calcule a aceleração média imposta ao carro se ele para totalmente em 5 segundos.

Dados do enunciado:
v = 100 km/h = 27,7 m/s
Δt = 0,36 s
FIS

Distância percorrida pelo carro a 100 km/h:


Δs = v · Δt ⇒ Δs = 27,7 · 0,36 = 9,97 m
Aceleração média imposta ao carro no tempo de 5 s:
'v 27, 7
a Ÿa Ÿa 5, 54 m/s2
't 5

LIVRO DE ATIVIDADES • • 39
$352)81'$0(172
7. (UFRGS – RS) Um automóvel viaja por uma estrada retilínea com velocidade constante. A partir de
dado instante, considerado como t = 0, o automóvel sofre acelerações distintas em três intervalos
consecutivos de tempo, conforme representado no gráfico abaixo.

••‹ƒŽ‡ƒƒŽ–‡”ƒ–‹˜ƒ“—‡…‘–±‘‰”žˆ‹…‘“—‡‡ŽŠ‘””‡’”‡•‡–ƒ‘†‡•Ž‘…ƒ‡–‘†‘ƒ—–‘×˜‡Žǡ
nos mesmos intervalos de tempo. Informação: nos gráficos, (0,0) representa a origem do sistema
de coordenadas.

Xa) d)

b) e)

Observe que, no primeiro trecho, como o móvel tem aceleração


negativa, a representação gráfica da posição será uma parábola com a
concavidade voltada para baixo. No trecho em que a aceleração é nula,
FIS

a velocidade do móvel se mantém constante; logo, a representação


gráfica é dada por uma reta crescente. Finalmente, quando o móvel
c) apresenta uma aceleração positiva, sua posição é representada por
uma parábola com a concavidade voltada para cima.

40 • • FÍSICA
FUNÇÃO HORÁRIA DA $3(5)(,†2$0(172

POSIÇÃO DO MOVIMENTO 9. (UERJ) Um carro se desloca ao longo de uma


reta. Sua velocidade varia de acordo com o
UNIFORMEMENTE VARIADO tempo, conforme indicado no gráfico.

v (m/s)
$6Ǵ,0,/$†‚2
20
8. (ACAFE – SC) O gráfico da figura abaixo mostra
o comportamento da velocidade (v) de um 15
veículo variando em função do tempo (t) em
uma trajetória retilínea. 10

0 2 4 6 8 10 12 t (s)

A função que indica o deslocamento do carro


em relação ao tempo t é:
A distância, em metros, percorrida por esse
veículo durante o tempo total de movimento a) 5 · t – 0,55 · t2
2
(4 s) será: Xb) ͷȉ–ΪͲǡ͸ʹͷȉ–
c) 20 · t – 1,25 · t2
a) π
e) 20 · t + 2,5 · t2
Xb) 2π

S
c)
2 Observando o gráfico v × t, é possível concluir que se
d) 4π trata de um movimento retilíneo uniformemente variado.
Utilizando a função horária da posição, temos:

a · t2 a · t2
s = s 0 + v0 · t + ⇒ s – s 0 = v0 · t +
2 2
A área desse gráfico refere-se à distância percorrida
durante um intervalo de tempo. Calculando a área da
a · t2
figura geométrica em questão, que é um semicírculo, Δs = v0 · t +
obtemos a distância percorrida pelo veículo. 2
Δs = A
Aceleração média do carro:
Acírculo = π · R2
Como a área do semicírculo corresponde à metade da 'v v – v0
am = ⇒ am =
área do círculo, temos: 't t – t0
S · R2
Asemicírculo = =2·π 20 – 5 15
2 am = = = 1,25 m/s2
12 – 0 12
O gráfico nos mostra que, quando t = 0, a velocidade
inicial v0 é igual a 5 m/s.
Substituindo os valores na função horária, temos:
a · t2 1, 25 ˜ t 2
FIS

Δs = v0 · t + ⇒ Δs = 5 · t +
2 2
Δs = 5 · t + 0,625 · t2

LIVRO DE ATIVIDADES • • 41
$352)81'$0(172
10.ȋ ȂȌ„‹–”‡ǡ–ƒ„±…Šƒƒ†‘†‡–”‡‹Š ‘ǡ±…‘—ƒ•œ‘ƒ•”—”ƒ‹•†‘”ƒ•‹ŽǤ
Ž‡•• ‘‡‘”‡•…ƒ‹ŠÙ‡•…‘–”²•…ƒ””‡–ƒ•‡•‡—…‘’”‹‡–‘„‡‹”ƒ‘•˜‹–‡‡–”‘•Ǥ†‡Ž‡•ǡ
irregular, com 22,5 m de comprimento, trafega carregado por uma rodovia e passa por um posto
rodoviário com velocidade constante de 20 m/s. O policial, que está sobre uma motocicleta assimilável
ƒ—’‘–‘ƒ–‡”‹ƒŽǡ†‡…‹†‡ƒ„‘”†ƒ”‘–”‡‹Š ‘“—ƒ†‘‘’‘–‘‡š–”‡‘–”ƒ•‡‹”‘†‡•–‡‡•–žƒ—ƒ
distância de 42 m. Acelera então constantemente com módulo 1,0 m/s2. Alcança o ponto extremo
traseiro e prossegue com a mesma aceleração constante até o ponto extremo dianteiro para dar sinal
ao motorista. Pode-se afirmar corretamente que o módulo aproximado da velocidade da motocicleta,
‡ȀŠǡ‘‘‡–‘‡“—‡‘’‘Ž‹…‹ƒŽ†ž•‹ƒŽƒ‘‘–‘”‹•–ƒ˜ƒŽ‡ǣ
a) 100
b) 120
c) 135
d) 150
Xe) 155

Primeiramente, devemos estabelecer as equações horárias para o bitrem e para o policial:


SBITREM = (42 + 22,5) + 20 · t
1· t 2
SPOLICIAL =
2
Para determinar a posição de encontro, basta igualarmos as posições:
SBITREM = SPOLICIAL
1· t 2 1· t 2 1· t 2
(42 + 22,5) + 20 · t = ⇒ 64,5 + 20 · t = ⇒ – 20 · t – 64,5 = 0
2 2 2
Para facilitar os cálculos, vamos multiplicar todas as parcelas da equação por 2:
1· t 2
(2) · – (2) · (20 · t) – (2) · (64,5) = 0 ⇒ t2 – 40 t – 129 = 0
2
Observe que obtemos uma equação do 2.º grau. Para calcular o tempo, vamos aplicar a fórmula de Bháskara, descartando o resultado
negativo, uma vez que o tempo negativo não existe.
40 r 1 600 + 516 86
t= ⇒t= = 43 s
2 2

Substituindo o valor de t na equação da velocidade, temos:


v = v0 + a · t
v = 0 + 1,0 · 43
v = 43 m/s
Transformando m/s em km/h, temos:
v = 43 · 3,6 ≅ 155 km/h
FIS

42 • • FÍSICA
EQUAÇÃO DE TORRICELLI
$6Ǵ,0,/$†‚2
11. ȋ Ȍƒ‡•–—†ƒ–‡ǡ’ƒ”ƒ…Š‡‰ƒ” ǡ‡„ƒ”…ƒ‘‡–”ؐƒ‡•–ƒ­ ‘ ‘”‹•–ט ‘Ǥ‘•ƒ‹”†‡••ƒ
estação, a composição acelera uniformemente até atingir a velocidade de 22 m/s e, após ter atingido
‡••ƒ˜‡Ž‘…‹†ƒ†‡ǡ’‡”…‘””‡ͳԜʹͲͲ‡‘˜‹‡–‘—‹ˆ‘”‡Ǥ’ƒ”–‹”†ƒÀǡ†‡•ƒ…‡Ž‡”ƒ—‹ˆ‘”‡‡–‡ƒ–±
parar na estação seguinte, Maracanã. Estime, em metros, a distância total percorrida pela composição
entre as duas estações. (Considere: aceleração constante = 1,10 m/s2; desaceleração constante =
1,25 m/s2)

P encontrar a distância total, é necessário calcular as distâncias


Para Trecho 2:
ddos trechos que o metrô percorreu em movimento uniformemente
v 2 – v 20
variado. Para isso, como não foi fornecido o tempo gasto no
va v2 – v02 = 2 · a · Δs2 ⇒ = Δs2
ddeslocamento, utilizaremos a equação de Torricelli: 2·a
v2 = v02 + 2 · a · Δs 222 – 02
Δs2 = = 193,6 m
Tr
Trecho 1: 2 · 1, 25
v 2 – v 20 222 – 02 Somando todas as distâncias, temos um deslocamento total de:
v2 – v02= 2 · a · Δs1 ⇒ = Δs1 ⇒ Δs1 = = 220 m
2·a 2 · 111
,1 Δs = 1 200 m + 200 m + 193,6 m = 1 613,6 m

12. (UERJ) Um guarda rodoviário, ao utilizar um radar, verifica que um automóvel em movimento
uniformemente variado passa por um ponto de uma rodovia com velocidade de 10 m/s. Cinco
segundos depois, o automóvel passa por outro ponto da mesma rodovia com velocidade de 25 m/s.
Admita que a infração por excesso de velocidade seja aplicada quando, nesse intervalo de tempo, a
distância entre esses dois pontos é superior a 120 m. Indique se o automóvel foi multado, justificando
sua resposta com base nos cálculos.

Primeiramente,
P i i t vamos calcular
l l a aceleração:
l ã v2 = v02 + 2 · a · Δs
v = v0 + a · t Isolando Δs, temos:
225 = 10 + a · 5 ⇒ 15 = 5 · a v 2 – v 20 252 – 102 525
Δs = ⇒ Δs = =
a = 3 m/s2 2·a 2·3 6
S
Sabendo o valor da aceleração do veículo, utilizaremos Torricelli Δs = 87,5 m
ppara calcular o deslocamento: O automóvel não foi multado, pois a distância percorrida no
intervalo de tempo é inferior a 120 m.

$3(5)(,†2$0(172
13. (UECE) Em função da diferença de massa entre a Terra e a Lua, a gravidade aqui é cerca de seis vezes
a encontrada na Lua. Desconsidere quaisquer forças de atrito. Um objeto lançado da superfície da
Terra com uma dada velocidade inicial vT atinge determinada altura. O mesmo objeto deve ser lançado
a uma outra velocidade vL caso seja lançado do solo lunar e atinja a mesma altura. A razão entre a
velocidade de lançamento na Terra e a de lançamento na Lua, para que essa condição seja atingida é,
FIS

aproximadamente,
a) ͸ b) 10 c) 10 Xd) 6

N
Nesse caso, como não sabemos o tempo, podemos utilizar a Utilizando os dados do enunciado, temos:
eq
equação de Torricelli:
v 2Terra 2
vLua v2 12 · gLua
v2 = v02 + 2 · a · Δs ⇒ v2 = 2 · g · h = ⇒ Terra
2
=
6 · 2 · gLua 2 · gLua vLua 2 · gLua
Isolando a altura, temos:
Is
2
v2 § v Terra · v Terra
h=
2·g ¨ ¸ ⇒6 = = 6
v
© Lua ¹ vLua

LIVRO DE ATIVIDADES • • 43
$352)81'$0(172
$$352)
3552)
2)881
81'$0(172
1''$0(1
$0(172 
14. (FPS – PE) Um automóvel percorre uma rodovia com velocidade inicialmente constante igual a
ͺͲȀŠǤ‘–‘”‹•–ƒ†‘˜‡À…—Ž‘ƒ˜‹•–ƒ—”ƒ†ƒ”‡”‡†—œ•—ƒ˜‡Ž‘…‹†ƒ†‡’ƒ”ƒ͸ͲȀŠǡ’‡”…‘””‡†‘
nesse trajeto uma distância igual a 20 m. O módulo da desaceleração sofrida pelo automóvel nesse
percurso foi de aproximadamente:
2
Xa) 5,4 m/s b) 7,5 m/s2 c) 2,5 m/s2 d) 11 m/s2 e) 15 m/s2

Dados do enunciado: v2 = v02 – 2 · a · Δs ⇒ (16,66)2 = (22,22)2 – 2 · a · 20


v0 = 80 km/h ≅ 22,22 m/s 216, 2
–40 · a = 493,7 – 277,5 ⇒ a = –
v = 60 km/h ≅ 16,66 m/s 2 40
a = –5,4 m/s
Δs = 20 m (deslocamento após frenagem)
O sinal negativo para a aceleração indica que o carro está
Aplicando Torricelli, temos: desacelerando.

LANÇAMENTOS VERTICAL, HORIZONTAL E OBLÍQUO


$6Ǵ,0,/$†‚2
15. (FATEC – SP) Considere o gráfico de velocidade vertical por tempo.

Considerando-se um sistema de referência ideal orientado de cima para baixo, podemos associar o
gráfico ao movimento aproximado de
a) —„ƒŽ ‘…‘‰ž•Š±Ž‹‘•‘Ž–‘†ƒ• ‘•†‡—ƒ…”‹ƒ­ƒ‡’±‘…Š ‘Ǥ
b) um foguete, alçando voo a partir de um lançamento no solo.
c) uma fruta, caindo de uma árvore direto ao solo.
Xd) —’ƒ”ƒ“—‡†‹•–ƒǡ•ƒ‹†‘†‡—ƒƒ‡”‘ƒ˜‡ǡƒ“—ƒŽ‡•–ž…‘˜‡Ž‘…‹†ƒ†‡˜‡”–‹…ƒŽ—Žƒǡƒ–±…Š‡‰ƒ”
ao solo.
e) uma águia de bico amarelo em seu sobrevoo, atacando uma presa posicionada próxima
à superfície do oceano.
FIS

Analisando o gráfico, verificamos que a velocidade escalar é positiva. Logo, o movimento é orientado para baixo, descartando as
alternativas a e b.
Dentre as opções que sobraram, a que melhor descreve a situação apresentada no gráfico é a alternativa b.
0 a t1: com o paraquedas fechado, o paraquedista tem movimento acelerado até atingir a primeira velocidade limite v1.
t1 a t2: quando o seu peso e a resistência do ar estão equilibrados.
t2 a t3: quando o paraquedas abre e o peso do paraquedista é menor do que a resistência do ar.
t3 e t4: a velocidade se estabiliza.
t4 e t5: o paraquedista chega ao solo e sua velocidade se anula.

44 • • FÍSICA
16.ȋ Ȍ…ƒŠ ‘‡ˆ‡–—ƒ—†‹•’ƒ”‘†‡—’”‘Œ±–‹Ž˜‡”–‹…ƒŽ‡–‡’ƒ”ƒ…‹ƒǡ O enunciado descreve
que o projétil foi
ƒ’ƒ”–‹”†‘…Š ‘ǡ‡‘’”‘Œ±–‹Žƒ–‹‰‡—ƒƒŽ–—”ƒžš‹ƒ ‡†‹†ƒƒ’ƒ”–‹”†‘…Š ‘ǡ lançado verticalmente
quando então retorna a ele, caindo no mesmo local de onde partiu. Supondo que, para cima, atingiu
para esse movimento, a superfície da Terra possa ser considerada como sendo uma altura H e caiu
no mesmo lugar.
um referencial inercial e que qualquer tipo de resistência do ar seja desprezada, Com isso, podemos
considere as seguintes afirmativas: concluir que somente
1. ƒ…‡Ž‡”ƒ­ ‘‘’‘–‘ƒ‹•ƒŽ–‘†ƒ–”ƒŒ‡–×”‹ƒǡ“—‡ˆ‹…ƒƒ—ƒƒŽ–—”ƒ †‘…Š ‘ǡ a afirmativa 3 é
verdadeira.
é nula.
1. Incorreta. No ponto
2. †‡•Ž‘…ƒ‡–‘–‘–ƒŽ†‘’”‘Œ±–‹Ž˜ƒŽ‡ʹ Ǥ mais alto da trajetória,
a velocidade é nula. A
3. –‡’‘†‡•—„‹†ƒƒ–±ƒƒŽ–—”ƒ ±‹‰—ƒŽƒ‘–‡’‘†‡“—‡†ƒ†ƒƒŽ–—”ƒ  aceleração corresponde
ƒ–±‘…Š ‘Ǥ à aceleração da
gravidade, uma vez
Assinale a alternativa correta. que se trata de um
a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira. lançamento vertical.
b) Somente a afirmativa 2 é verdadeira. 2. Incorreta. O
deslocamento total é
Xc) Somente a afirmativa 3 é verdadeira. igual a 0.
d) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras. 3. Correta. O tempo
de subida até a altura
e) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. H é igual ao tempo
de queda, pois a
17. (UNIUBE – MG) aceleração é a mesma
em todo o percurso.

Um pouco de história da Física – o experimento de Galileu


A experiência de queda dos corpos teria sido realizada por Galileu na Torre de Pisa.
Embora, de acordo com o historiador Alexandre Koyré, isso não passa de uma lenda,
é interessante discutir o que pretendia Galileu com esse tipo de experiência. O principal
objetivo de Galileu era combater a hipótese de Aristóteles, segundo a qual a velocidade de
queda de um corpo é proporcional a seu peso. Para Galileu, o peso não deveria ter qualquer
influência na velocidade de queda. A comprovação seria simples: bastava jogar do alto da
torre corpos com diferentes pesos e medir o tempo de queda. Há relatos na literatura de que
bolas de 10 gramas e de 1 grama teriam sido lançadas, todas chegando ao solo ao mesmo
tempo. Isso poderia ser facilmente observado se não houvesse a resistência do ar e outros
fatores, como a forma e o material dos corpos lançados. Na verdade, a afirmação “todas
chegando ao solo ao mesmo tempo” só seria rigorosamente verdadeira se a experiência
fosse realizada no vácuo. I. Falsa. O módulo
da aceleração da
Fonte: http://www.if.ufrgs.br/historia/galileu.html gravidade é o mesmo
para os dois corpos.
Sobre o movimento na vertical, são feitas algumas afirmações: II. Falsa. Os dois
I. Desprezando a resistência do ar, o corpo de massa 10 g tem o módulo da corpos chegam ao
mesmo tempo e com
aceleração da gravidade maior que o corpo de 1 g. a mesma velocidade
II. Sabendo-se que os dois corpos de massas diferentes foram abandonados de ao solo, uma vez que
FIS

a velocidade depende
uma mesma altura e desprezando-se a resistência do ar, o corpo de maior
apenas da aceleração
ƒ••ƒ…Š‡‰ƒƒ‘•‘Ž‘…‘˜‡Ž‘…‹†ƒ†‡ƒ‹‘”†‘“—‡‘…‘”’‘†‡‡‘”ƒ••ƒǤ e do tempo de queda,
III. Os corpos de massas 1 g e 10 g cairão com a mesma aceleração, e suas que são iguais.
velocidades serão iguais entre si a cada instante, se forem abandonados de III. Verdadeira.
Desprezando a
uma mesma altura e quando for desprezada a resistência do ar. resistência do ar,
‘•‹†‡”ƒ†‘ƒ•‹ˆ‘”ƒ­Ù‡•‘–‡š–‘‡‘•…‘Š‡…‹‡–‘••‘„”‡‘ƒ••—–‘ǡ±ȋ• ‘Ȍ os dois corpos
cairão com a mesma
correta(s) a(s) afirmação(ões) contida(s) em: aceleração, com a
a) II, apenas. c) I, apenas. e) I e II, apenas. mesma velocidade
e ao mesmo tempo
Xb) III, apenas. d) I e III, apenas. quando abandonados
da mesma altura.

LIVRO DE ATIVIDADES • • 45
$3(5)(,†2$0(172 19. (FGV – SP) A figura ilustra um tubo cilíndrico
…‘–‡†‘׎‡‘†‡…‘œ‹Šƒ‡•‡—‹–‡”‹‘”‡
18. (FUVEST – SP) Em uma tribo indígena de uma uma trena para graduar a altura da quantidade
‹ŽŠƒ–”‘’‹…ƒŽǡ‘–‡•–‡†‡””ƒ†‡‹”‘†‡…‘”ƒ‰‡†‡ de óleo. A montagem tem como finalidade o
um jovem é deixar-se cair em um rio, do alto estudo do movimento retilíneo de uma gota de
†‡—’‡Šƒ•…‘Ǥ†‡••‡•Œ‘˜‡••‡•‘Ž–‘— água dentro do óleo. Da seringa, é abandonada,
verticalmente, a partir do repouso, de uma do repouso e bem próxima da superfície livre
altura de 45 m em relação à superfície da do óleo, uma gota de água que vai descer
água. O tempo decorrido, em segundos, entre pelo óleo. As posições ocupadas pela gota,
o instante em que o jovem iniciou sua queda em função do tempo, são anotadas na tabela,
e aquele em que um espectador, parado no alto e o marco zero da trajetória da gota é admitido
†‘’‡Šƒ•…‘ǡ‘—˜‹—‘„ƒ”—ŽŠ‘†‘‹’ƒ…–‘†‘ junto à superfície livre do óleo.
jovem na água é, aproximadamente,
Xa) 3,1 s (cm) t (s)
b) 4,3
0 0
c) 5,2
d) ͸ǡʹ 1,0 2,0
e) 7,0 4,0 4,0

9,0 ͸ǡͲ
Note e adote:
ͳ͸ǡͲ 8,0
Considere o ar em repouso e ignore sua
(Física em contextos - Mauricio Pietrocola e outros)
resistência. Ignore as dimensões das pessoas
envolvidas. Velocidade do som no ar: 360 m/s. É correto afirmar que a gota realiza um
Aceleração da gravidade: 10 m/s2. movimento:
a) com aceleração variável, crescente com
o tempo.
Para calcular o tempo percorrido entre o instante em b) com aceleração variável, decrescente com
que o jovem iniciou sua queda até atingir a superfície da o tempo.
água, vamos utilizar a equação do lançamento vertical:
c) uniformemente variado, com aceleração
a · 't12 10 · 't12
s= ⇒ 45 = de 1,0 cm/s2.
2 2
Xd) uniformemente variado, com aceleração
45
5
= 't12 ⇒ Δt1 = 9 =3s de 0,5 cm/s2.
Intervalo de tempo que o som do impacto do jovem na e) uniformemente variado, com aceleração
água leva para chegar até o ouvido do espectador: de 0,25 cm/s2.
's 45
Δt2 = = ⇒ Δt2 = 0,1 s
v som 360
O tempo decorrido entre o instante que o jovem saltou
e o instante que o espectador ouviu o barulho da água é Observando a tabela, podemos perceber que a velocidade
igual à soma de Δt1 e Δt2: da gota sofre uma variação que é constante com o tempo.
Logo, temos um movimento uniformemente variado, o que
Δt = 3 + 0,1 = 3,01 s. elimina as alternativas a e b.
FIS

Para calcular a aceleração, usamos a equação horária


do MUV:
a · t2
s = s0 + v0 · t +
2
Substituindo os valores na equação, temos:
a · 22
1=
2
2=4·a
2
, m/s2
= a = 0,5
4

46 • • FÍSICA
20. (CEFET – CE) Duas pedras são lançadas do $352)81'$0(172
mesmo ponto no solo no mesmo sentido.
A primeira tem velocidade inicial de módulo 21. (EEAR – SP) Um jogador de basquete lança
ʹͲȀ•‡ˆ‘”ƒ—Ÿ‰—Ž‘†‡͸Ͳι…‘ƒ ƒ—ƒŽ‡–‡†‡—ƒƒŽ–—”ƒŠ—ƒ„‘Žƒ…‘
Š‘”‹œ‘–ƒŽǡ‡“—ƒ–‘ǡ’ƒ”ƒƒ‘—–”ƒ’‡†”ƒǡ uma velocidade de módulo igual a v0 e com
‡•–‡Ÿ‰—Ž‘±†‡͵ͲιǤ —Ÿ‰—Ž‘‡”‡Žƒ­ ‘ƒŠ‘”‹œ‘–ƒŽ‹‰—ƒŽƒɅǡ
…‘ˆ‘”‡‘†‡•‡Š‘Ǥ‘‡•‘‹•–ƒ–‡ǡ‘
O módulo da velocidade inicial da segunda
jogador sai do repouso e inicia um movimento
’‡†”ƒǡ†‡‘†‘“—‡ƒ„ƒ•–‡Šƒ‘‡•‘
Š‘”‹œ‘–ƒŽǡ”‡–‹ŽÀ‡‘—‹ˆ‘”‡‡–‡˜ƒ”‹ƒ†‘
alcance, é:
até a posição final xFǡ…‘ˆ‘”‡‘†‡•‡Š‘Ǥ
Despreze a resistência do ar.
a) 10 m/s
b) 10 3 m/s .

c) 15 m/s
Xd) 20 m/s
e) 20 3 m/s .

Considere que, durante todo o deslocamento,


De acordo com as informações do enunciado, trata-se um
lançamento oblíquo. ƒ„‘Žƒ ‘•‘ˆ”‡‡Š—–‹’‘†‡ƒ–”‹–‘‡“—‡
Esse lançamento é composto de 2 movimentos. Um na nesse local atua uma gravidade de módulo igual
direção do eixo vertical (MRUV) e outro na direção do eixo ƒ‰Ǥƒ…‡Ž‡”ƒ­ ‘Š‘”‹œ‘–ƒŽ‡…‡••ž”‹ƒ“—‡‘
horizontal (MRU). jogador deve ter para alcançar a bola quando a
Considerando o eixo horizontal, vamos calcular o alcance ‡•ƒ”‡–‘”ƒƒŽ–—”ƒ†‡Žƒ­ƒ‡–‘Š…‘ƒ
da primeira pedra x(1):
qual iniciou, é corretamente expressa por ______.
sen2 ˜ T ⇒ x = 202 · sen(2 ˜ 60) 2v 20
x(1) = v 20 · (1)
10 a) Primeiramente, precisamos determinar a
g xF altura máxima:
3 2v 0 ˜cosT vy = v0y + a ˜ tŸ 0 = v0 senT – gtsubida Ÿ
b) v 0 ˜ senT
x(1) = 400 · 2 xF t subida
10 g
v 02 ˜cos2 T
3 c) Como o tempo de subida é igual ao de
x(1) = 400 · ⇒ x(1) = 20 · 3 xF descida, temos o tempo total (tT):
20
2v 20 ˜cos2 T
Agora, vamos calcular o alcance da segunda pedra x(2): Xd) tT
2v 0 ˜ senT
xF g
x(2) = v 20 ·
sen2 ˜ T ⇒ x = v 2 · sen(2 ˜ 30)
(2) 0
g 10 A aceleração horizontal para o jogador percorrer xF:
2
3 a ˜ tT a § 2v 0 ˜ senT ·
'sx v ox ˜ t T  Ÿ xF ˜¨ ¸¸ Ÿ
x(2) = v · 2
2
0 2 2 ¨© g ¹
10
a § 4v 20 ˜ sen2T · xF ˜ g2
3 Ÿ xF ˜¨ ¸¸ Ÿ a
2 ¨©
2
x(2) = v · . g2 2 ˜ v 20 ˜ sen2T
0
20 ¹
Como, de acordo com o enunciado, as duas pedras têm Aplicando a equação do alcance, temos:
o mesmo alcance, basta igualar suas posições finais para
obter a velocidade da segunda pedra arremessada. v 20 ˜ sen2T v 20 ˜ sen2T v 20 ˜ sen2T
A Ÿ xF Ÿg
x(1) = x(2) g g xF
FIS

3 20 · 3 · 20
20 · 3 = v 20 · ⇒ v 20 = ⇒ v 20 = 400 Logo, ao substituir a equação anterior na equação da
20 3 aceleração, temos:
v= 400 ⇒ v = 20 m/s 2
xF § v 2 ˜ sen2T ·
a ˜¨ 0 ¸¸
2 ˜ v 0 ˜ sen T ¨©
2 2
xF ¹
xF 4 ˜ v 04 ˜ sen2T ˜ cos2 T
a ˜
2 ˜ v 20 2
˜ sen T xF2
2 ˜ v 20 ˜ cos2 T
a
xF

LIVRO DE ATIVIDADES • • 47
22. (ITA – SP) Um sistema de defesa aérea testa separadamente dois mísseis contra alvos móveis que se
G
deslocam com velocidade v a constante ao longo de uma reta distante de d do ponto de lançamento dos
mísseis. Para atingir o alvo, o míssil 1 executa uma trajetória retilínea, enquanto o míssil 2, uma trajetória
com velocidade sempre orientada para o alvo. A figura ilustra o instante de disparo de cada míssil, com o
alvo passando pela origem do sistema de coordenadas xy. Sendo os módulos das velocidades dos mísseis
G
iguais entre si, maiores que v a e mantidos constantes, considere as seguintes afirmações:

I. Os intervalos de tempo entre o disparo e a colisão podem ser iguais para ambos os mísseis.
II. Para que o míssil 1 acerte o alvo é necessário que o módulo da componente y de sua velocidade
G
seja igual a v a .
III. Desde o disparo até a colisão, o míssil 2 executa uma trajetória curva de concavidade positiva com
relação ao sistema xy.
Considerando V como verdadeira e F como falsa, as afirmações I, II e III são, respectivamente,
a) V, V e V.
b) F, F e F.
c) V, F e V.
d) F, V e F.
Xe) F, V e V.

Com base no enunciado, podemos esboçar graficamente as seguintes trajetórias:


y
Encontro 2

Encontro 1

Trajetória
do míssil 1
Trajetória
FIS

va do míssil 2 v1

Alvo móvel v2 x

I. Falsa. O míssil 1 descreve uma trajetória retilínea até atingir o alvo. Logo, a distância percorrida é a menor possível. Portanto, o
intervalo de tempo do míssil 1 é menor do que o do míssil 2.
II. Verdadeira. O míssil 1 e o alvo percorrem a mesma distância vertical no mesmo tempo. Logo, as componentes verticais de suas
velocidades são iguais.
III. Verdadeira. Observando a ilustração, podemos concluir que a trajetória do míssil 2 é descrita por uma parábola com a concavidade
voltada para cima.

48 • • FÍSICA

Você também pode gostar