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MÓDULO
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CNOLLOG
REZA E SUAS TE
CIÊNCI ASS DAA NNATU
$&(6Ǵ($ 48,$6
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9, '(2$8/$6' (6
0'8/2
Curitiba, 2022
O projeto gráfico atende aos objetivos da coleção de diversas formas.
As ilustrações, os diagramas e as figuras contribuem para a construção
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP) correta dos conceitos e estimulam um envolvimento ativo com os temas
(Angela Giordani / CRB 9-1262 / Curitiba, PR, Brasil) de estudo. Assim, fique atento aos seguintes ícones:
Coloração artificial Escala numérica
M269 Mancia, Letícia Beraldi. Coloração semelhante à natural Fora de escala numérica
Conquista : Solução Educacional : ensino médio : formação
geral básica : módulo 1 : ciências da natureza e suas tecnologias : Fora de proporção Imagem ampliada
física : mecânica do movimento / Letícia Beraldi Mancia e Ana Paula
Machado Godinho. – Curitiba : Cia Bras. de Educação e Sistemas Formas em proporção Representação artística
de Ensino, 2022.
176 p. : il. Imagem microscópica
CDD 370
2022
© Copyright – Todos os direitos reservados à Companhia
Brasileira de Educação e Sistemas de Ensino S.A.
OBJETIVOS DO CAPÍTULO
¤ &RPSUHHQGHURGHVHQYROYLPHQWR
e as principais etapas do método
©S
científico.
hut
ter
sto
ck/
Identificar as unidades
Ast
¤
roS
fundamentais e as unidades
tar
GHULYDGDV
¤ (IHWXDUFRQYHUV·HVHQWUH
unidades do Sistema
Internacional e entre unidades de
sistemas diferentes.
¤ &RPSUHHQGHURFRQFHLWRGHYHWRU
¤ 5HDOL]DUDVRSHUD©·HVE£VLFDV
FRPYHWRUHVbȡGHFRPSRVL©¥R
adição e subtração.
1
MÉTODO CIENTÍFICO E GRANDEZAS FÍSICAS
Os primeiros estudos sobre a natureza, seus fenômenos e
comportamentos foram realizados na Antiguidade e baseavam-
-se, sobretudo, na observação. Um importante passo para o
A DÚVIDA É O desenvolvimento da ciência no Ocidente foi dado pelos gregos e pelas
sociedades helênicas. Por volta do século VII a.C., eles desenvolveram a
PRINCÍPIO DA SABEDORIA.
chamada Filosofia Natural e o estudo racional do Cosmos.
ARISTÓTELES
As linhas de pensamento dedutivo (do geral para o particular)
e indutivo (do particular para o geral) e a lógica racional são os
fundamentos da Filosofia grega e são a base do conhecimento
de áreas da ciência atual, como a Física, a Química e a
%LRORJLD(QWUHLQ¼PHURVILOµVRIRVKHO¬QLFRVbȡFRPR3LW£JRUDV
3ODW¥R6µFUDWHVH7DOHVGH0LOHWRbȡ$ULVWµWHOHVGH(VWDJLUD
(384-322 a.C.) é reconhecido como um dos pensadores de sua
época. Dos preceitos de Aristóteles, derivam-se várias ideias
até hoje aceitas. E, ainda que algumas sejam cientificamente
questionáveis, elas fazem parte de uma filosofia de pensamento
mais simples e popular, também conhecida como senso comum.
©Shutterstock/Morphart Creation
FICA A DICA!
4• • FÍSICA
Um exemplo do senso Entre os pensadores que MEDE O QUE É MENSURÁVEL E
comum é achar que os corpos VHDSURSULDUDPGDH[SHUL¬QFLD TORNA MENSURÁVEL O QUE NÃO O É.
mais pesados caem mais FRPRP«WRGRGHLQYHVWLJD©¥R GALILEU GALILEI
rapidamente, outro é pensar que o italiano Galileu Galilei
VµK£PRYLPHQWRVHKRXYHUIRU©D IRLXPGRV
ab
ees
Muitos princípios da mecânica
aw
PDLVQRWµULRV(OHUHDOL]RX
eth
kde
aristotélica perduraram por GLYHUVRVWHVWHVFRPPRGHORV
roe
ya
aproximadamente 2 000 anos,
cha
TXHSURFXUDYDPGHQWURGH
ra
k/P
até serem testados e refutados VXDVFRQGL©·HVWHFQROµJLFDV
toc
s
ter
SRU*DOLOHX*DOLOHLH se aproximar ao máximo da
hut
©S
,VDDF1HZWRQ realidade. Galileu adotou o
formalismo matemático para
Método científico representar as grandezas e
medidas que obtinha e para
Para descobrir ou aprender construir modelos que pudessem
algo, é comum a realização de SUHYHURTXHDFRQWHFHULDQR Galileu Galilei foi um físico,
uma série de testes. Por exemplo, experimento. PDWHP£WLFRDVWU¶QRPRHILOµVRIR
LWDOLDQRFXMDVFRQWULEXL©·HVIRUDP
quando estamos conhecendo
'HPRGRREMHWLYR*DOLOHX H[WUHPDPHQWHVLJQLILFDWLYDVSDUD
RIXQFLRQDPHQWRGHXPQRYR RGHVHQYROYLPHQWRFLHQW¯ILFR
GLVSRVLWLYRHOHWU¶QLFRPHVPR DOWHUDYDXPSDU¤PHWURH
DSµVDOHLWXUDGRPDQXDO DQDOLVDYDRTXHRFRUULDFRP
H[SHULPHQWDPRVDVIXQ©·HVH outro, permitindo formular leis
DYDOLDPRVRVUHVXOWDGRVREWLGRV JHUDLVVREUHRTXHHVWXGDYD SE EU VI MAIS LONGE, FOI PORQUE ME
$SµVXPJUDQGHFRQMXQWRGH Esse processo constitui a APOIEI NO OMBRO DE GIGANTES.
H[SHULPHQWD©·HVDGTXLULPRV base do método científico e, ,6$Ǣ&1(:721
um conhecimento sobre o FRQVHTXHQWHPHQWHGDSUµSULD
IXQFLRQDPHQWRGRGLVSRVLWLYR FL¬QFLD
n
ctio
Uma importante etapa para Por exemplo, Galileu Galilei
olle
tC
aperfeiçoou instrumentos
ret
DFRQVWUX©¥RGDFL¬QFLDHVW£
Eve
YLQFXODGD¢H[SHULPHQWD©¥R
sto
ter
compreender o comportamento
hut
'XUDQWHHORJRDSµVR
©S
FIS
em sala para a FXMDVFRQWULEXL©·HVFLHQW¯ILFDVIRUDP
F
compreensão da
FUXFLDLVSDUDGLYHUVDV£UHDVGDV
ideia de método
&L¬QFLDV1DWXUDLVHGD0DWHP£WLFD
científico está
relacionado à
maneira como, em
A!
geral, os alunos
aprendem a usar FICA A DIC
junto
os seus telefones
fico é um con
©Shutterstock/Delcarmat, Nastushka_Muffin
Método cientí
celulares. Testam as
s
e etapas pelo
funções e verificam
os resultados de de processos n vo lv e
a se dese
acordo com as
quais a ciênci fi co é
ento cientí
e o conhecim
alterações dos
te
continuamen
parâmetros que
selecionam. construído e
testado.
1. INTRODUÇÃO À FÍSICA • •5
S FÁCEIS PARA
NÃO EX ISTEM MÉTODO
DIF ÍCEIS.
RESOLVER PROBLE S
MA
S René Descartes (1596 - 1650) afirmou que
RENÉ DESCARTE
as ciências e a realidade devem ser testadas e
comprovadas com fundamentos lógicos. Essa afirmação deu
comprova
origem
m aao
o méto
método
t do cartesiano, que apresenta os seguintes princípios:
to
• distinção da vvalidade e da clareza do fenômeno real que se deseja
analisar;
• análise do fenômeno ou da realidade, reduzindo o grau de
complexidade do sistema por meio de sua divisão em inúmeras
partes, que podem ser investigadas independentemente do todo;
uz
Yav
aci ordenação e sistematização das partes do sistema, iniciando pelas
k/N
•
toc
s
O método científico consiste, portanto, de uma série de etapas e procedimentos que objetivam a construção do
conhecimento. Eles não são tão bem definidos, testados ou confiáveis, como simplificações didáticas podem dar
a entender, e podem mudar de tempos em tempos. Como em qualquer atividade humana, há uma permanente
interação entre o pensar, o sentir e o fazer na construção do conhecimento científico.
FIS
JUDQGH]DVFRPSULPHQWRHbWHPSR
5. A velocidade é uma grandeza derivada do deslocamento e do
Para simplificar a notação tempo, pois é obtida pela razão entre duas grandezas. Cite duas
e a representação das medidas outras grandezas físicas derivadas de outras grandezas e depois
em Física, costumamos indicar as explique como essas grandezas físicas são obtidas.
grandezas com o uso de símbolos
HOHWUDV3RUH[HPSORYHORFLGDGH Pessoal. Exemplos: densidade de um corpo, resultado da razão entre massa e volume;
pressão, resultado da razão entre força e área.
«UHSUHVHQWDGDSHODOHWUDY
massa, pela letra m; tempo, pela
OHWUDbWHWF
©Shutterstock/Fullempty
8• • FÍSICA
1RWD©¥RFLHQW¯ILFDbȡGRPDFURDRPLFUR
0XLWDVYH]HV«QHFHVV£ULRH[SUHVVDUYDORUHVPXLWRJUDQGHVFRPRDGLVW¤QFLD
entre os planetas do Sistema Solar, ou muito pequenos, como a massa de um
elétron. Nesses casos, é comum o uso da notação científica (também chamada de
SRW¬QFLDGHGH]
Essa representação é composta de dois fatores: um fator
N · 10EWDOTXHɆ1H(
QXP«ULFR1TXHGHYHVHULJXDORXPDLRUTXHHPHQRUTXH
XPbQ¼PHURLQWHLUR
PXOWLSOLFDGRSRUXPDSRW¬QFLDGHEDVH
2H[SRHQWHGDSRW¬QFLDGHEDVHVHU£
• SRVLWLYRVHRPµGXORGRYDORUFRQVLGHUDGRLQLFLDOPHQWHIRUPDLRURXLJXDOD
([HPSORD7HUUDVXUJLXK£DSUR[LPDGDPHQWHGHDQRVELOK·HV
de anos). Em notação científica, temos: 4,5 · 109 anos;
• QHJDWLYRVHRPµGXORGRYDORUFRQVLGHUDGRLQLFLDOPHQWHIRUPHQRUTXH
([HPSORSHVTXLVDVFLHQW¯ILFDVLQGLFDPTXHRVSULPHLURVVHUHVYLYRVIRUDPVHUHV
XQLFHOXODUHVKHWHUµWURIRVFRPDSUR[LPDGDPHQWHPHWUR(PQRWD©¥R
científica: 2 · 10ȡ m.
FIS
nano (bilionésima parte) 0,000 000 001 10–9
pico (trilionésima parte) 0,000 000 000 001 10–12
3DUDIDFLOLWDUDUHSUHVHQWD©¥RGHPHGLGDVPXLWRJUDQGHVRXPXLWRSHTXHQDV«FRPXPRXVRGHSUHIL[RVP¼OWLSORVHVXEP¼OWLSORVGHTXH
antecedem as unidades de medida. É importante saber que esses prefixos representam apenas potências de dez e não têm dimensão física.
É importante ressaltar aos
(P)¯VLFDXWLOL]DPVHGLYHUVRVLQVWUXPHQWRVGHPHGL©¥RTXHPHGHPYDORUHV alunos que os prefixos
muito grandes ou muito pequenos. Por isso, a representação do resultado da medição representam potências
de 10, isto é, são números e,
nesses instrumentos é dada por meio de notação científica. São exemplos desses portanto, não têm dimensão
LQVWUXPHQWRVRSDTX¯PHWURRPLFU¶PHWURRYROW¯PHWURHRDPSHU¯PHWUR física.
1. INTRODUÇÃO À FÍSICA • •9
Instrumentos de precisão
O paquímetro (também conhecido como vernier) e
o micrômetro são instrumentos utilizados para medidas
de distância (altura, largura, profundidade, diâmetro,
comprimento ou espessura) em situações nas quais os
k
vliu
Pa
resultados necessitam ter uma precisão menor ou igual
a
riy
ikto
DbGXDVFDVDVGHFLPDLV–2–3–6, ...).
V
g,
inin
m
pix
Nas áreas de Engenharia Civil e Arquitetura, por
,K
ure
nn
ycr
eat
exemplo, o paquímetro pode ser usado para medir
um parafuso, para descobrir o diâmetro de uma broca
, Fu
ta y
10 • • FÍSICA
Adição e subtração com
números em notação científica
Para realizar uma adição ou subtração entre Existem ainda inúmeros métodos de conversão
que podem ser explorados e aprofundados
números em notação científica, é necessário que eles (como tabela de conversão, conversão em
WHQKDPRPHVPRH[SRHQWHQDSRW¬QFLDGHEDVH cadeia, regra de três, etc.), de acordo com a
preferência metodológica.
Nesses casos, basta somar ou subtrair os fatores
numéricos e repetir a potência. Veja os exemplos: Conversão de unidades
• y–4y–4 y–4 Diversas vezes, é necessário transformar a
• 5 5
y bȡy y 5 unidade na qual a grandeza está sendo apresentada
em outra unidade na qual a grandeza está sendo
Dica: quando os expoentes das potências são pedida, ou seja, precisamos fazer uma conversão de
diferentes, primeiramente é preciso igualá-los, unidade. Existem diversos métodos de conversão
para depois somar ou subtrair os números. Veja o GHbXQLGDGHV
exemplo:
Dois casos que ocorrem com bastante frequência
• y4bȡy3 = são as conversões entre unidades do sistema
y3bȡy3 = métrico decimal e as conversões entre unidades
de sistemas de medida diferentes. Observe como
y3 y4
podemos realizá-las.
1RWHTXHy4VHWUDQVIRUPRXHPy3.
Quando as conversões ocorrem entre unidades
do sistema métrico decimal, podemos recorrer à
Multiplicação e divisão com conversão por notação científica.
FIS
de tempo ou conversões entre o sistema métrico
e o sistema imperial britânico, podemos recorrer à
Multiplicação de potências de substituição da unidade pelo fator de conversão.
mesma base
Veja os exemplos:
nX · nY = n(X + Y) ⇒ repetimos a base
e somamos os expoentes. • 2,5 min =yV=V
1
• PLQ= 12 · h =K
Divisão de potências de 60
mesma base • LQ=yFP=FPLQ«R
nX ( X Y ) símbolo utilizado para indicar polegada)
=n ⇒ repetimos a base
nY e subtraímos os • P=yMDUGD=MDUGDV
expoentes.
1. INTRODUÇÃO À FÍSICA • • 11
CONECTADO
Armazenamento de dados
No mundo atual, frequentemente recebemos
informações sobre unidades de armazenamento 1 KB kilobyte 1 024 bytes 103 bytes
digital. Palavras com os prefixos “giga” e “tera” já
1 MB megabyte 1 024 kilobytes 106 bytes
se tornaram parte do nosso cotidiano. Mas você
sabe o que de fato esses prefixos significam? 1 GB gigabyte 1 024 megabytes 109 bytes
As áreas de tecnologia e informática 1 TB terabyte 1 024 gigabyte 1012 bytes
utilizam o byte (B) como unidade de medida
para o armazenamento de dados. Dispositivos 1 PB petabyte 1 024 terabytes 1015 bytes
como smartphones, notebooks, computadores e A notação científica é utilizada para representar a capacidade
pendrives oferecem a capacidade de armazenar de armazenamento de dados dos dispositivos eletrônicos.
um número de dados cada vez maior. Dessa forma, Por exemplo, um pendrive de 8 GB tem uma capacidade de
armazenamento da ordem de aproximadamente 8 · 109 B,
os múltiplos do byte (B) tornam-se cada vez
RXbVHMD%RLWRELOK·HVGHbytes).
mais conhecidos: kilobyte (KB), megabyte (MB),
gigabyte (GB), terabyte (TB) e petabyte (PB). Para
representarmos esses valores, utilizamos a notação
científica, conforme exposto
posto na tabela a seguir.
Conectado
Um arquivo de texto
É importante os alunos
é da ordem de
perceberem que, com KiloBytes
o avanço da tecnologia,
temos a possibilidade
de armazenar uma grade Uma imagem é
quantidade de informações da ordem de
©Shutterstock/Akhenaton Images
em espaços cada vez menores
e que esses espaços não MegaBytes
precisam ser necessariamente
físicos, como é o caso das nuvens
de armazenamento. Se julgar Um pendrive é
oportuno, solicite a eles uma da ordem de
pesquisa sobre o primeiro
computador e sobre como GigaBytes
eram armazenadas as
informações na década
de 1990.
HDs possuem
armazenamento
da ordem de
TeraBytes
©Shutterstock/Andy Taufik Gunawan
O Google processa
20 PetaBytes
por dia
©Shutterstock/Antonio Guillem
12 • • FÍSICA
EM13CNT301
ATIVIDADES
6. Marque um X nas alternativas que apresentam d) ͲǡͲͶǣ4 · 10–2
a grandeza seguida da sua respectiva unidade e) ͲǡͲͲͶǣ4 · 10–3
no Sistema Internacional de Unidades (SI).
f) ͲǡͲͲͲԜͲͲͲԜͲͲͶǣ4 · 10–9
( ) Quantidade ( X ) Temperatura – g) ͲǡͲͲͲԜͲͲͲԜͲͲͲԜͲͲͲԜͲͲͲԜͲͶǣ4 · 10–17
de matéria – kelvin
quilograma 10. Leia atentamente o texto a seguir.
( ) Massa – libra
( X ) Comprimento – A Covid-19 é uma doença causada pelo
( X ) Tempo – segundo
metro coronavírus, denominado Sars-CoV-2, que apresenta
( X ) Força – newton um espectro clínico variando de infecções
7. Pesquise o valor numérico de cada medida assintomáticas a quadros graves. De acordo com
contida na tabela e represente-o na forma de a Organização Mundial de Saúde, a maioria (cerca
notação científica. Não se esqueça de indicar as de 80%) dos pacientes com Covid-19 podem ser
unidades do SI. assintomáticos ou oligossintomáticos (poucos
sintomas), e aproximadamente 20% dos casos
Valor numérico em
Descrição da medida detectados requer atendimento hospitalar por
notação científica
apresentarem dificuldade respiratória, dos quais
Massa de um elétron 9,109 382 2 · 10–31 kg aproximadamente 5% podem necessitar de suporte
ventilatório.
Massa da Terra 5,9736 · 1024 kg
248(&29,'"'LVSRQ¯YHOHPKWWSVFRURQDYLUXVVDXGHJRYEUVREUH
Circunferência da Terra 4 · 107 m DGRHQFDRTXHHFRYLG$FHVVRHPMDQ
Carga elementar do próton 1,6 · 10–19 C De acordo com um relatório emitido pela
Fiocruz, o diâmetro médio de uma partícula
Unidade astronômica 1,496 · 1011 m do coronavirus é de aproximadamente
quatrocentros e cinquenta nanômetros.
8. Converta os valores contidos nas frases a seguir Assinale a alternativa que melhor representa
para notação científica. esse dado em notação científica.
a) O elétron tem uma massa a) 4,5 · 10–10 m d) 450 · 10–8 m
de aproximadamente –7
X b) 4,5 · 10 m e) 450 · 10–7 m
ͲǡͲͲͲԜͲͲͲԜͲͲͲԜͲͲͲԜͲͲͲԜͲͲͲԜͲͲͲԜͻ
micrograma. c) 4,5 · 10Ȃͻ m
9,0 · 10–22 micrograma 11. Efetue as transformações das unidades das
grandezas de comprimento, apresentando as
b) A velocidade com que a luz se propaga no respostas em notação científica.
vácuo é de aproximadamente 300 milhões a) ͷͲ
ǣ50 · 10–2 m = 5 · 10–1 m
de metros por segundo.
b) ͲͲǣ700 · 103 m = 7 · 105 m
FIS
3,0 · 108 metros por segundo
c) Ͳǡǣ0,6 · 103 m = 6 · 102 m
c) Se um objeto se movesse com a velocidade d) ͳͶͲǣ140 · 10–3 km = 1,4 · 10–1 km
da luz, ele demoraria aproximadamente
133 milésimos de segundo para completar 12. Efetue as transformações das unidades de
uma volta em torno da Terra. medida de massa e apresente a resposta em
notação científica.
1,33 · 10–1 segundo
a) ͳǣ1 · 103 g
9. Escreva os valores a seguir em notação b) Ͳǡͷǣ0,5 · 106 mg = 5 · 105 mg
científica. c) ʹ͵Ͳǣ230 · 10–6 kg = 2,3 · 10–4 kg
a) ͶͲԜͲͲͲǣ 4 · 104 d) ͳͳͷǣ115 · 10–3 kg = 1,15 · 10–1 kg
b) ͶͲͲԜͲͲͲԜͲͲͲǣ4 · 108
as atividades
c) ͶͲͲԜͲͲͲԜͲͲͲԜͲͲͲԜͲͲͲԜͲͲͲǣ4 · 1017 Agora, você pode fazer
qui sta Enem.
21 a 24 da seção Con
1. INTRODUÇÃO À FÍSICA • • 13
GRANDEZAS ESCALARES × VETORIAIS
Considere que, ao medir sua temperatura num dia em que está
OHYHPHQWHIHEULOYRF¬REWHQKDXPYDORUGHbr&2EVHUYHTXHD
medida da temperatura é indicada somente pelo valorr numérico,
DVVRFLDGRDXPDXQLGDGHGHPHGLGDbȡQHVVHFDVRDHVFDOD&HOVLXV
RDHVFDOD&HOVLXV
Existem ainda inúmeras outras grandezas em m que somente
o valor e a unidade de medida são suficientes paraa erstock/
Mr Doo
mits
©Shutt
defini-las completamente, como massa, tempo,
volume, etc.
utras informações
No entanto, existem grandezas que requerem outras
para uma definição completa. Por exemplo, a posição o de um avião
que decolou do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, s e qu
que, após
XPDKRUDSHUFRUUHXDSUR[LPDGDPHQWHbNPHPOLQKDUHWDVµ
pode ser precisamente definida se soubermos para qual direção e em
qual sentido ele voou. Se, eventualmente, ele se deslocou na direção
oeste-leste e no sentido leste, podemos afirmar que, naquele instante,
HOHbVREUHYRDYDDFLGDGHGR5LRGH-DQHLUR
Podemos determinar
a posição de
um objeto se
conhecermos a
direção e o sentido
do seu deslocamento.
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro, 2018. Adaptação.
14 • • FÍSICA
O que são vetores?
O nome grandeza vetorial vem do fato de essas grandezas serem
representadas por vetores. Na Física Clássica, uma maneira comum de
entender os vetores é considerá-los como segmentos orientados que
têm três atributos: módulo, direção e sentido.
Uma grandeza vetorial pode ser representada por um vetor,
TXHbLQGLFDDO«PGRPµGXORDGLUH©¥RHRVHQWLGRGDJUDQGH]D
vetor sentido
Um vetor é
definido por um
módulo, uma
direção e um módulo
sentido.
direção
O módulo indica o valor da medida (intensidade) de uma grandeza
vetorial. Essa intensidade, representada graficamente, está relacionada
ao comprimento do segmento de reta.
A direção de um vetor é determinada pela reta que passa por ele,
isto é, é a reta suporte do segmento que o representa. No caso do vetor
representado anteriormente, a direção é horizontal.
O sentido de um vetor é indicado pela ponta da seta. Para cada
direção, há sempre dois sentidos possíveis, uma vez que um segmento
de reta pode ser orientado para dois lados distintos. No caso do vetor
representado anteriormente, seu sentido é para a direita.
Assim como as grandezas escalares, as grandezas vetoriais são
G G
representadas simbolicamente
G por letras, como v para velocidade, a
para aceleração e F para força. Observe que os símbolos das grandezas
vetoriais apresentam uma pequena seta acima deles. A intenção
dessa seta é indicar que a medida tem uma informação vetorial e que,
portanto, ela deve informar direção e sentido. Essa pequena seta acima
do símbolo da grandeza não indica o sentido (do vetor) da medida: ela
sempre é horizontal para a direita.
O módulo, ou intensidade, de uma grandeza vetorial pode ser
LQGLFDGRVRPHQWHSHODOHWUDbȡVHPDVHWDDFLPDGHOD,VVRRFRUUH
quando não há interesse ou necessidade de informar a direção e
RbVHQWLGRPDVVRPHQWHVHXYDORU
FIS
G
v b bbPVbȡHVVDUHSUHVHQWD©¥RHVW£HTXLYRFDGDSRLVDLQIRUPD©¥R
ȦbPVȧQ¥RH[SOLFLWDDGLUH©¥RHRVHQWLGRGDPHGLGDFRPRLQGLFDR
V¯PERORY8PDIRUPDGHUHSUHVHQW£ODFRUUHWDPHQWHVHULDYb bbPVQD
KRUL]RQWDOSDUDDGLUHLWD
Yb bbPVbȡHVVDUHSUHVHQWD©¥RHVW£FRUUHWDSRLVVHUHIHUHVRPHQWHDR
valor da velocidade.
a
origem extremidade
a = 10 cm
1. INTRODUÇÃO À FÍSICA • • 15
Decomposição de vetores
No tópico anterior, apresentamos Tomando como referência Observe que esse vetor
as grandezas escalares e vetoriais. apenas as direções horizontal apresenta, simultaneamente,
Vimos que a velocidade, por requerer a e vertical, as imagens XPȦWDPDQKRȧKRUL]RQWDObȡ
informação de direção e sentido, é uma evidenciam que o movimento associado à velocidade com
grandeza vetorial. Observe as imagens a GRIRJXHWHHbRGRQDGDGRU que o avião se movimenta
seguir, de um foguete, um nadador e um ocorrem somente em uma SDUDDIUHQWHbȡHXPȦWDPDQKRȧ
avião durante a decolagem. direção: o foguete tem YHUWLFDObȡDVVRFLDGR¢
velocidade na direção vertical velocidade com que o avião se
&RPEDVHQHVVDVLPDJHQVRbTXH«
HbVHQWLGRSDUDFLPDHR movimenta para cima. Esses
possível dizer a respeito da direção do
nadador tem velocidade na “tamanhos” são denominados
movimento em cada um dos casos?
direção horizontal e sentido componentes de um vetor.
para a direita.
Nos outros casos, o foguete
Por outro lado, durante tem apenas a componente
sua decolagem, o avião tem YHUWLFDObȡSRUTXHVRPHQWH
velocidade na vertical e HVW£VXELQGRbȡHRQDGDGRU
KRUL]RQWDOVLPXOWDQHDPHQWHbȡ tem apenas a componente
DRbPHVPRWHPSRTXHVREH horizontal, pois somente está se
vai para a frente. A figura movimentando para a frente.
a seguir apresenta o
A decomposição de vetores
vetor que indica a
é a operação na qual podemos
velocidade do avião.
determinar, por meio de um
vetor de pelo menos duas
dimensões, as suas componentes.
O mais comum é expressar
as componentes nas direções
ton
ng
horizontal e vertical.
nti
Hu
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/Jo
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©Shutterstock/Pincasso
tte
hu
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G
v
Ao decolar, um avião
tem, simultaneamente,
uma velocidade
horizontal (para
a frente) e uma
velocidade vertical
(para cima).
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es
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ck/
sto
ter
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©S
16 • • FÍSICA
Voltando à velocidade do avião, vamos chamar a componente
G G
horizontal, no eixo x, de v x e a componente vertical, no eixo y, de v y .
3DUDbUHDOL]DUDGHFRPSRVL©¥REDVWDVHJXLUDVHWDSDVGHVFULWDVDGLDQWH
1. Desenhar o vetor que será decomposto sobre o plano cartesiano.
2. A partir da ponta desse vetor, desenhar linhas tracejadas, paralelas
aos eixos x e y, até atingir os eixos horizontal e vertical.
3. Desenhar as componentes que iniciam na origem do sistema de
coordenadas e terminam na interseção das linhas tracejadas com
[bH\
y y
v
v vy
x vx x
Etapas 1 e 2 Etapa 3
G
Observe, na ilustração, que o vetor v representa a hipotenusa de As relações trigonométricas em triângulos
G G
um triângulo retângulo e que as componentes v x e v y representam retângulos são formalizadas no 9º. ano do Ensino
Fundamental. Em Física, essas relações são
os catetos. As componentes podem ser determinadas pelas relações bastante utilizadas na decomposição vetorial e
trigonométricas seno e cosseno. na determinação de vetor resultante. Por isso,
é interessante retomar com os alunos os senos
e cossenos mais utilizados, o que facilitará a
y resolução de diversos exercícios.
v
vy vy (cateto oposto)
x
vx (cateto adjacente)
As componentes de um vetor
podem ser consideradas como os
catetos de um triângulo retângulo.
FIS
cateto oposto vy
= sen α ⇒ = sen α ⇒ vy = v · sen α
hipotenusa v
cateto adjacente v
= cos α ⇒ x = cos α ⇒ vx = v · cos α
hipotenusa v
Ressalte aos alunos que os cálculos anteriores são válidos para o exemplo
mostrado, não significando que, por exemplo, a componente horizontal sempre
vai ser calculada com o cosseno do ângulo. Isso acontecerá somente se o
ângulo α estiver entre a horizontal e o vetor.
1. INTRODUÇÃO À FÍSICA • • 17
Adição de vetores
A caminhada de orientação é uma prática os vetores para obter a resposta. Mas não basta
esportiva na qual o participante recebe VLPSOHVPHQWHVRPDURVYDORUHVbbSDUD
informações sobre localizações e, com a ajuda descobrir a localização do praticante da caminhada
de um mapa e de uma bússola, deve encontrar de orientação. Por serem grandezas vetoriais, esses
determinados pontos. deslocamentos não podem ser simplesmente
Nesse esporte, a ideia de vetores está por trás somados aritmeticamente.
de todos os deslocamentos. Por exemplo, se um Isso significa que, além das diferenças já
praticante realizar, a partir de sua posição inicial, mencionadas entre as grandezas escalares e
um deslocamento de 50 metros e, depois, outro vetoriais, existe outra importante distinção entre
deslocamento de 120 metros, temos como saber elas que deve ser analisada: a forma como as
onde ele estará localizado. operações matemáticas são aplicadas.
A caminhada de orientação faz uso, a todo Quanto à adição, as grandezas escalares
momento, de deslocamentos vetoriais, nos quais podem ser somadas aritmeticamente, com somas e
direção e sentido precisam ser levados em subtrações numéricas. Por outro lado, quanto à soma
consideração para determinarmos a posição final. e à subtração de vetores, uma vez que eles têm
A princípio, precisamos saber a direção e o direção e sentido, muitas vezes não é possível somá-
sentido desses deslocamentos e, então, somar -los aritmeticamente.
na
Mo
ya
/Pa
ock
rst
tte
hu
©S
18 • • FÍSICA
©Shutterstock/DimaSid
Quando os vetores estiverem todos em uma mesma direção, o módulo do vetor
resultante é determinado pela soma aritmética dos módulos de cada vetor. Entretanto,
devemos nos lembrar de que, se algum vetor estiver na mesma direção, mas no sentido
RSRVWRSDUDDHVTXHUGDRXSDUDEDL[RSUHFLVDPRVFRQVLGHUDURVLQDOQHJDWLYRGRYHWRU
No exemplo a seguir, quatro vetores horizontais são somados. Observe que a soma
vetorial se torna uma soma aritmética.
G G G G G
a a=8 R = a b c d
b b=4
5 DEȡFG
c c=6
d d=3 5 DEbȡFG
No entanto, nem sempre os vetores somados estão na mesma direção. Pelo contrário,
é comum somar grandezas, como forças aplicadas em um corpo, em que os vetores estão
em direções diferentes. Considere, por exemplo, a soma dos vetores a seguir.
y
a Vetores em direções
quaisquer
FIS
podem ser expressas por:
by
Decomposição de
vetores para somar
ay as componentes
bx ax x
1. INTRODUÇÃO À FÍSICA • • 19
Decomposição EXEMPLOS RESOLVIDOS
de vetores
Após a decomposição dos
vetores, devemos somar as
ADIÇÃO DE VETORES
componentes que estão na Voltando ao exemplo da caminhada de orientação,
mesma direção, calculando a suponha que os dois deslocamentos sejam perpendiculares.
componente resultante em cada 3RUH[HPSORRSUDWLFDQWHFDPLQKRXbPSDUDRRHVWHH
eixo do plano cartesiano. Assim: GHSRLVbPSDUDRQRUWH&RPRSRGHPRVGHWHUPLQDUDTXH
distância o praticante está do ponto de partida?
Rx = ax + bx
Ry = ay + by RESPOSTA
Pela soma vetorial, cujo resultado pode ser obtido pelo
teorema de Pitágoras, podemos determinar a que distância
ele se encontra do ponto de partida.
y
R
by 120 m
Ponto de partida
R 50 m
N
NO NE
Ry O L
SO SE
S
ay
ax bx R2 = Rx25y2 ֜ R2 = 5022
x R2
Rx
R2
Para somar os vetores, basta somar as
componentes que estão na mesma direção. R= 16 900
5 P
Por fim, o vetor resultante é
determinado pelo cálculo de seu
módulo utilizando o teorema de
Pitágoras:
NOTAA!!
OME NOT
TTOM
ÇO
USE ESTE ESPA
R2 = Rx2 + Ry2 AN OTAR O QUE
PARA
ATÉ AQUI.
APREND EU
20 • • FÍSICA
EM13CNT301, EM13CNT303
ATIVIDADES
13. Classifique as grandezas físicas apresentadas a 16. Em uma brincadeira de caça ao tesouro, o mapa
seguir como escalar (E) ou vetorial (V). diz que, para chegar ao local onde a arca de
ouro está enterrada, é preciso, primeiramente,
( V ) Velocidade ( E ) Energia
dar dez passos na direção norte; depois, doze
( E ) Massa ( V ) Aceleração passos na direção leste; em seguida, sete passos
( E ) Tempo ( V ) Deslocamento para o sul; e, finalmente, oito passos para o
oeste. Desenhe a trajetória descrita no mapa
( E ) Temperatura ( V ) Força utilizando um diagrama de vetores.
14. Uma partícula move-se do ponto P1 ao P4 em
três deslocamentos vetoriais sucessivos. Qual 12
seria a representação aritmética do vetor N
7
G 10
O L
deslocamento total d ? S
8
P3
b
P2
d
a
P4
P1
c
200 m
Jack Art. 2010. Digital.
y
ponto de
v chegada
FIS
ponto de
15°
partida
x
a atividade
Agora, você pode fazer
Enem.
25 da seção Conquista
1. INTRODUÇÃO À FÍSICA • • 21
ORGANIZE AS IDEIAS
©Shutterstock/Artur Balytskyi
22 • • FÍSICA
Gabaritos.
CONQUISTA ENEM EM13CNT301,
EM13CNT303
18. (UERJ) O tempo de oscilação de um pêndulo 20. (FUVEST – SP) O tema “Teoria da Evolução”
não depende do peso do corpo suspenso tem provocado debates em certos locais dos
na extremidade do fio. Com base neste Estados Unidos da América, com algumas
conhecimento, Galileu, antes mesmo de entidades contestando seu ensino nas
realizar seu famoso experimento da Torre escolas. Nos últimos tempos, a polêmica está
de Pisa, afirmou que uma pedra leve e outra centrada no termo teoria, que, no entanto, tem
pesada, quando abandonadas livremente de significado bem definido para os cientistas. Sob
uma mesma altura, deveriam levar o mesmo o ponto de vista da ciência, teoria é:
tempo para chegar ao solo. Tal afirmação é um a) sinônimo de lei científica, que descreve
exemplo de: regularidade de fenômenos naturais, mas
a) lei. não permite fazer previsões sobre eles.
b) teoria. b) sinônimo de hipótese, ou seja, uma
suposição ainda sem comprovação
c) modelo.
experimental.
X d) hipótese.
c) uma ideia sem base em observação e
19. (UERJ) Até o século XVII, o papel dos experimentação, que usa o senso comum
espermatozoides na fertilização do óvulo não para explicar fatos do cotidiano.
era reconhecido. O cientista italiano Lazzaro X d) uma ideia apoiada pelo conhecimento
Spallanzani, em 1785, questionou se seria científico, que tenta explicar fenômenos
o próprio sêmen, ou simplesmente o vapor naturais relacionados, permitindo fazer
dele derivado, a causa do desenvolvimento do previsões sobre eles.
óvulo. Do relatório que escreveu a partir de e) uma ideia apoiada pelo conhecimento
seus estudos sobre a fertilização, foi retirado científico, que, de tão comprovada pelos
o seguinte trecho: cientistas, já é considerada uma verdade
incontestável.
[…] para decidir a questão, é importante
empregar um meio conveniente que permita 21. ENEM As exportações de soja no Brasil
separar o vapor da parte figurada do sêmen e totalizaram 4,129 milhões em toneladas
fazê-lo de tal modo, que os embriões sejam mais no mês de julho de 2012 e registraram um
ou menos envolvidos pelo vapor.
aumento em relação ao mês de julho de 2011,
embora tenha havido uma baixa em relação ao
mês de maio de 2012.
Dentre as etapas que constituem o método
A quantidade, em quilogramas, de soja
científico, esse trecho do relatório é um
exportada pelo Brasil no mês de julho de 2012
exemplo de: foi de:
FIS
a) análise de dados. a) 4,129 · 103
b) elaboração de hipótese. b) 4,129 · 106
9
c) coleta de material. X c) 4,129 · 10
1. INTRODUÇÃO À FÍSICA • • 23
22. (PUCPR) No livro Discurso do método (1537), Admita que a luz de uma estrela que se
Descartes estabeleceu algumas regras para
ԜͷͲͲǦǤ
bem conduzir a razão. O tempo para que a morte dessa estrela seja
I. Somente acolher alguma coisa como visível na Terra equivale à seguinte ordem de
verdadeira após conhecê-la de maneira grandeza, em meses:
evidente. a) 103
II. Somente acolher como falso aquilo que foi b) 104
estabelecido empiricamente como falso. X c) 10
5
24 • • FÍSICA
DO
BR
EN
AL
IN
HA
2
PO
NT
I LH
AD
A
OBJETIVOS DO CAPÍTULO
¤ Compreender que o estado
de movimento, o repouso e a
trajetória executada por um
corpo dependem do referencial
adotado.
¤ Determinar a posição e o
deslocamento de um corpo.
¤ Compreender o conceito de
velocidade média.
©S
hu
tte
rst
¤
/Cr
y
HbSRVL©¥R
dio
2
CONCEITOS INICIAIS
CONCEIT
A Me
Mecâ
Mecânica
câni
câ nica
nicaa está
est
s á frequentemente
f presente
emmn nossos
osso
os so
os afazeres
a azzer
af e es
e diários.
diá Quando corremos,
pula
pu
pulamos,
lamo
la mos,
mo s andamos
and
ndam
a oss de
de bicicleta ou até mesmo
nos sentamos em uma cadeira, vários conceitos
físicos relacionados a essa área da Física
estão envolvidos. Conceitos como posição,
velocidade, aceleração e força são centrais
para a compreensão das teorias da Mecânica.
Por isso, iniciaremos nossos estudos por eles.
Os conceitos da Mecânica, como movimento,
posição e velocidade, nem sempre foram
compreendidos da forma como os entendemos
atualmente. Foram inúmeros os pensadores envolvidos
na construção das teorias clássicas da Mecânica, mas
podemos salientar a importância de Galileu Galilei e Isaac
iff
/Tr
ock
Newton. Neste capítulo, serão estudados os fundamentos
rst
tte
hu
da Mecânica, com ênfase nos movimentos dos corpos e como
©S
eles são produzidos e modificados.
Ponto material
O que você acha que significa a expressão
ponto material? Muitas expressões científicas são
praticamente autoexplicativas. Então, analise
novamente as duas palavras separadamente e
tente responder à pergunta anterior. Ao pensar
em ponto, temos a ideia de algo com grandes
ou pequenas dimensões? Quando dizem que
algo é material, o que isso parece significar?
Quer dizer que é constituído de matéria,
RXbVHMD«DOJRTXHWHPPDVVD
analisada.
ast
e
dG
26 • • FÍSICA
Suponha que um grupo de ciclistas está com a mesma
velocidade. Considerando um deles como referencial,
©Shutterstock/Ibnu Alias
concluímos que os demais estão em repouso e que a
paisagem está em movimento, segundo esse sistema
de referencial.
Referencial de movimento
Quando estamos sentados em uma cadeira, ou Um dos primeiros pensadores que analisaram
deitados na cama, imóveis, temos a sensação de o movimento dos corpos com base em um
que estamos parados. Essa condição (de repouso) UHIHUHQFLDOIRL*DOLOHX*DOLOHL3RUYROWDGHb
realmente é verdadeira, mas não se trata de uma Galileu estava interessado em refutar a teoria
verdade absoluta. De fato, uma pessoa imóvel sobre JHRF¬QWULFDbȡLVWR«DLGHLDGHTXHWRGRVRV
uma cama está parada em relação à própria cama SODQHWDVHR6ROJLUDPHPWRUQRGD7HUUDbȡ
ou, ainda, em relação às paredes do quarto, ao chão HbFRPSURYDUDWHRULDKHOLRF¬QWULFDVHJXQGRDTXDO
e a uma série de outros objetos. a Terra gira em torno do Sol.
Vamos agora analisar a situação sob outro ponto Um dos argumentos que contrapunham a teoria
de vista: enquanto a pessoa está em repouso sobre heliocêntrica era o de que não temos qualquer
FIS
a cama, a Terra se movimenta em torno do Sol com sensação de movimento, o que nos dá a impressão
YHORFLGDGHGHDSUR[LPDGDPHQWHbNPK
de que a Terra está parada. Uma das várias
(PbXPVHJXQGRHODSHUFRUUHFHUFDGHbPHWURV
contribuições de Galileu à ciência foi demonstrar
em relação ao Sol. Isso significa que a pessoa está em
que o movimento dos corpos é relativo a um
repouso em relação à Terra e aos objetos ao seu redor,
referencial escolhido. Dessa maneira, se o referencial
mas em movimento em relação ao Sol.
de movimento tiver o mesmo movimento dos corpos
Essa situação evidencia que a condição de que estão sendo analisados, os corpos estarão em
repouso ou de movimento é relativa, pois depende repouso em relação ao referencial. Suponha que
de qual referencial é considerado. Assim, para alguns ciclistas estejam se locomovendo com a
podermos analisar o movimento de um objeto, mesma velocidade. Considerando um deles como
precisamos escolher, antes, o referencial de referencial, concluímos que os outros ciclistas
movimento, isto é, o ponto ou sistema de referência estão em repouso, mas que a paisagem está
pelo qual o movimento do corpo é estudado. HPbPRYLPHQWR
2. INTRODUÇÃO À CINEMÁTICA • • 27
Posição Condição de movimento
Você já parou para pensar sobre como nos e repouso
localizamos em rodovias?
Por meio do conceito de posição, podemos
Ao longo das autoestradas, existem algumas definir a condição de movimento ou repouso
placas que apresentam numerações crescentes de um corpo em relação ao referencial adotado.
ou decrescentes. Essas placas são denominadas Um objeto está em repouso em relação a um
marcos quilométricos e indicam a posição em que referencial quando sua posição (nas coordenadas
XPDXWRPµYHOVHHQFRQWUDHPXPDURGRYLD$bFDGD x, y e z) permanece constante com o passar do
quilômetro, a numeração da placa aumenta ou tempo. Nessas condições, ele não se afasta nem se
diminui uma unidade (caso não esteja faltando aproxima do referencial.
nenhuma placa na via). Esse número está
relacionado à distância em quilômetros em relação Por outro lado, quando a posição do objeto em
a um referencial, que, em geral, é uma divisa entre relação ao referencial varia ao longo do tempo,
estados ou uma capital estadual. em uma ou mais coordenadas, o objeto está em
movimento em relação ao referencial. Logo, quando
De forma semelhante, em Física, assim que o objeto se aproxima ou se afasta do referencial,
escolhemos o referencial de movimento, definimos a podemos afirmar que ele tem movimento.
posição do corpo em relação a esse referencial. Essa
posição é definida pela distância (nas coordenadas ©Shutterstock/Digital Media Pro
A B C
–3 m –2 m –1 m 0 1m 2m 3m 4m
A reta numérica pode fornecer a posição ocupada por um corpo Podemos resumir o estado de movimento ou
em determinado instante de tempo. O corpo B ocupa a posição
de repouso de um corpo por meio do seguinte
zero, que é denominada de origem dos espaços ou, simplesmente,
origem. esquema:
28 • • FÍSICA
Trajetória e deslocamento
Imagine que, ao caminhar sobre uma grossa Há pouco, vimos que os conceitos de movimento
camada de neve, você vá deixando suas pegadas por e repouso são relativos, ou seja, dependem de
onde passa. Depois de andar por certo tempo, você um referencial. Será que a trajetória descrita por
terá diversas posições marcadas no solo. Se todas um corpo também pode depender do ponto de
essas posições forem unidas, elas formarão uma referência adotado?
linha, a qual mostrará o caminho que você percorreu,
Apesar de parecer uma afirmação absurda, a
ou seja, seu trajeto.
trajetória que um corpo descreve em determinado
movimento pode assumir diferentes formatos
Trajetória escalar quando analisada com base em referenciais
No cotidiano, é possível chamar essa linha distintos.
de caminho, rastro ou trajeto, mas, em Física,
costumamos dar a ela o nome de trajetória. Assim: Para tentar provar isso, será usada uma situação
corriqueira do dia a dia. Imagine que um ônibus
está se locomovendo com velocidade constante
Trajetória é a linha formada pelas e que, dentro dele, uma pessoa deixa cair algo
sucessivas posições ocupadas por um corpo acidentalmente. Qual a trajetória descrita pelo
ao longo de determinado intervalo de objeto que caiu? Feita dessa forma, essa pergunta
tempo. parece ter somente uma resposta, mas não é bem
assim... Acompanhe o exercício resolvido a seguir.
EXEMPLOS RESOLVIDOS
Considere que duas pessoas são adotadas Se a segunda pessoa, que está na rua,
como observadores distintos: uma delas está pudesse ver através da lateral do ônibus,
dentro de um ônibus e sentada próximo ao local certamente perceberia dois fatos simultâneos:
em que um objeto caiu; a outra está fora do a queda do objeto e o deslocamento do ônibus
ônibus, ou seja, na rua, e parada em relação ao para a frente. Como o objeto que está caindo
solo. A trajetória que o objeto descreve ao cair é está dentro do ônibus, ele acompanharia também
igual para essas duas pessoas? o movimento realizado pelo veículo. Assim, a
pessoa na rua veria o corpo cair e ao mesmo
RESPOSTA tempo ir para a frente. Como consequência da
A pessoa que está no interior do veículo é composição desses dois movimentos, concluímos
capaz de perceber apenas que o corpo sai de que, para um observador externo ao ônibus e
determinada altura e vai descendo até chegar parado em relação ao chão, a trajetória do objeto
FIS
ao piso do ônibus. Para ela, então, esse objeto em queda é um arco de parábola (curvilínea),
descreveu uma trajetória retilínea, conforme a como mostra a próxima figura.
figura a seguir.
Divo Padilha. 2010. 3D.
Divo Padilha. 2010. 3D.
v v
2. INTRODUÇÃO À CINEMÁTICA • • 29
Deslocamento
A pergunta feita a seguir é aparentemente muito simples. Tente, análise desse movimento), sendo
então, respondê-la: Sabendo que a distância em linha reta entre as representado simplesmente pela
FLGDGHVGH6¥Rb3DXORH5LRGH-DQHLUR«GHbNPTXDQWRVHGHVORFD letra s-£RHVSD©RGHXPFRUSR
uma aeronave que parte de uma dessas cidades, vai até a outra e, no primeiro instante em que ele
O£bFKHJDQGRUHWRUQD¢SULPHLUDFLGDGH" é observado será chamado de
Normalmente, a maioria das pessoas responde que o espaço inicial (pelo fato de ser o
GHVORFDPHQWRGDDHURQDYH«GHbNPDILQDOHODSHUFRUUHXbNP momento inicial da análise desse
QDLGDHPDLVbNPQDYROWD movimento), sendo representado
pelo símbolo s0OHLDVHȦs]HURȧ
De acordo com o Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa,
RbYHUEHWHȦGHVORFDUȧWHPHQWUHRXWURVRVVHJXLQWHVVLJQLILFDGRV Dessa forma, a equação do
Ȧ7LUDUbGROXJDUHPTXHVHHQFRQWUDYD)D]HUPXGDUGHOXJDUȧ deslocamento de um móvel
passará a ser escrita assim:
Pensando nessa definição e levando em consideração toda a
viagem (e não apenas momentos isolados dela), desde o início até ΔVb bVbȡbV0 .
RbILQDOQ¥RKRXYHPXGDQ©DGHSRVL©¥RGDDHURQDYHHSRUWDQWR Como Δs corresponde ao
HODbQ¥RVHGHVORFRX'HVVDIRUPDDUHVSRVWDFRUUHWDHP)¯VLFD«TXH espaço final menos o espaço
RbGHVORFDPHQWRIRL]HURRXQXOR inicial, podemos afirmar que
Na figura a seguir, um móvel parte de um ponto A e se desloca até o deslocamento de um móvel
um ponto B. Analisando essa situação, podemos começar a entender corresponde à variação de seu
DbUHVSRVWDUHVXOWDGRUHIHUHQWH¢SHUJXQWDIHLWDDQWHUiormente. espaço. Agora, retornando à
questão que introduziu este
assunto (deslocamento): quanto
se desloca uma aeronave que
parte de uma cidade, vai até outra
e, lá chegando, retorna à primeira
Nessa ilustração, o segmento de reta chamado de s1 representa cidade? Como os espaços inicial
o espaço de um corpo no primeiro instante em que ele foi observado, e final correspondem à mesma
e s2 representa o espaço desse corpo no segundo instante em que cidade, eles têm valores iguais.
ele foi observado. Como o corpo saiu do ponto A e atingiu o ponto B, Dessa forma, ao aplicar
o segmento localizado entre esses dois pontos (orientado do ponto ΔVb bVbȡbV0, obviamente o valor
de partida A para o de chegada B) indica o quanto esse móvel se encontrado como resultado será
deslocou. Dessa forma, aquilo que na figura foi representado pelo
zero (subtração de dois valores
símbolo Δs é chamado, em Física, de deslocamento do móvel.
idênticos). Além dessa situação,
Voltando à figura e fazendo alguns cálculos simples com os três cuja resposta, inicialmente, pode
segmentos mostrados, é possível afirmar que: s1bbΔVb bV. Isolando não parecer muito lógica, há outro
o Δs, podemos encontrar a equação genérica para determinar o caso em que o deslocamento de
deslocamento de um corpo qualquer em uma trajetória conhecida. um corpo é nulo. Você saberia
Observe:
dizer que caso é esse?
Quando um corpo permanece
Δs = s2bȡV1 em repouso, obviamente, seu
deslocamento vale zero, afinal
não há nenhuma mudança em
A partir de agora, não serão mais chamados de s1 e s os espaços sua posição (não há variação
de um corpo no momento da partida e da chegada, respectivamente. do espaço) ao longo do tempo.
O espaço de um corpo no segundo instante em que ele é observado Portanto, para corpos que
será chamado de espaço final (pelo fato de ser o momento final da permanecem em repouso, ΔVb b
30 • • FÍSICA
Agora que a equação que calcula o deslocamento de
um móvel já é conhecida, é importante fazer uma pergunta: Apesar de poderem ter valores
deslocamento (Δs) e distância percorrida (d) são grandezas coincidentes em algumas
idênticas? Uma das formas de perceber que essas duas grandezas situações, deslocamento e
são conceitualmente distintas (apesar de, às vezes, apresentarem distância percorrida são grandezas
valores iguais) é utilizar um simples exemplo: imagine uma conceitualmente distintas.
situação (ilustrada na figura a seguir) em que um corpo parte de
um ponto X, vai para a posição Y e retorna ao ponto Z.
-£FRQKHFHPRVDVGXDV
situações em que o deslocamento
de um móvel é nulo. Mas
precisamos saber também
quais são os casos em que
Nessa situação, o cálculo dessas duas grandezas é: essa grandeza assume valores
• deslocamento positivos ou negativos.
EXEMPLOS RESOLVIDOS
FIS
FI
seguir.
F
100 m
RESPOSTA 400 m
Para calcular a distância percorrida por
Celiane, devemos somar as trajetórias realizadas
por ela.
2. INTRODUÇÃO À CINEMÁTICA • • 31
Distância percorridaPPP P
-£RGHVORFDPHQWRΔs) é dado pelo segmento de reta entre a posição final (s) e a posição inicial (s0).
D
x (m)
EM13CNT204, EM13CNT301
ATIVIDADES
1. Marque V para verdadeiro e F para a falso nas b) Se o espaço de um corpo é negativo, então
afirmações a seguir, sobre Cinemática. esse corpo está se movendo contra a
orientação da trajetória.
( V ) Trajetória, movimento, repouso e ponto
material são conceitos relativos. Incorreta. O espaço de um corpo só indica onde ele está, não
( V ) Jamais se pode afirmar que um corpo está indica para onde ele vai. Em uma trajetória, espaço negativo
em repouso absoluto.
significa apenas que o corpo está à esquerda da origem, mas não
( F ) Um átomo é um ponto material.
necessariamente que ele está se movendo para a esquerda.
( V ) Simultaneamente, um corpo pode estar
em repouso em relação a um referencial e
em movimento em relação a outro.
c) O espaço fornece a posição do corpo em
( F ) Se um corpo X está em movimento
determinado instante de tempo e não o
em relação a um corpo Y, então Y está
sentido do movimento.
necessariamente em repouso em relação a X.
Correta. O espaço de um corpo informa apenas onde ele se
( F ) A unidade de espaço no Sistema
Internacional é o quilômetro. encontra em determinado instante de tempo. Não podemos
2. Analise as afirmativas a seguir, respondendo afirmar nada sobre o sentido do movimento com base apenas
se são corretas ou incorretas. Justifique suas
respostas. nesse dado.
a) Se o espaço de um corpo é zero, então ele
está parado na origem.
Incorreta. O espaço de um corpo só diz onde ele está. Assim, se o 3. Uma pessoa encontra-se sentada em um
ônibus indo para casa após um exaustivo dia
espaço de um corpo vale zero, isso significa apenas que ele está
de trabalho. Essa pessoa começa a observar
na origem (podendo estar parado ou passando por ela).
que os demais passageiros do ônibus estão
em repouso em relação a ela mesma. Uma
outra pessoa, que se encontra fora do ônibus e
parada, vê o veículo passar e afirma que todas
32 • • FÍSICA
as pessoas que estão dentro dele estão em 5. Um ponto material em movimento sobre
movimento. De acordo com os conceitos de uma trajetória retilínea tem a posição em
movimento e repouso vistos em Cinemática, função do tempo dada pelo gráfico. Analise as
explique por que ambas as percepções aqui informações e responda às questões propostas.
apresentadas estão corretas.
Para poder afirmar que ambas as percepções estão corretas, devem Δs (km)
t0 = 3 s t=9s
No instante Δt = 2 s, temos: Δs = 50 km
FIS
Δs = s – s0 ⇒ Δs = 210 – 60 ⇒ Δs = 150 m
Δs = s – s0 ⇒ Δs = 30 – 60 ⇒ Δs = –30 m
2. INTRODUÇÃO À CINEMÁTICA • • 33
VELOCIDADE
uza
So
Joa
/
ock
rst
tte
Uma prova tradicional do atletismo
hu
©S
«DFRUULGDGHbPUDVRV
Considere um corredor que percorre
XPWUDMHWRGHbPHPXPLQWHUYDORGH
WHPSRGHbV1HVVDSURYDRDWOHWD
parte do repouso e acelera rapidamente
DW«DWLQJLUVXDYHORFLGDGHP£[LPD
Atletas diferentes têm acelerações
WDPE«PGLIHUHQWHV$O«PGLVVRDSDUWLU
de certo instante, a velocidade que os
atletas conseguem manter tende a se
UHGX]LUHPUD]¥RGRGHVJDVWHI¯VLFR
Assim, não é o atleta que tem maior
velocidade máxima que vence a prova,
mas aquele com maior velocidade média Em congestionamentos, os veículos
param e aceleram várias vezes,
durante todo o trajeto, realizando-o em alterando a rapidez em cada
PHQRUWHPSR2GHVORFDPHQWRSHUPLWH LQVWDQWHGHWHPSR
determinar a velocidade média do atleta
VHRWHPSRGHSHUFXUVRIRUFRQKHFLGR
Velocidade média
e rapidez média
A velocidade média é
uma grandeza vetorial que
é diretamente proporcional
ao deslocamento do corpo e
inversamente proporcional
ao intervalo de tempo que o
corpo levou para fazer aquele
GHVORFDPHQWR$VVLP
's
vm =
't
Como o tempo final sempre
é maior que o tempo inicial,
o intervalo de tempo sempre
int
po
«SRVLWLYR/RJRRVLQDOGD
ort
/Sp
GRGHVORFDPHQWR5HWRPDQGR
hu
©S
RH[HPSORGDSURYDGHbP
se considerarmos que um
corredor teve um deslocamento
ΔVb bbPHPXPLQWHUYDORGH
tempo ΔWb bbVWHUHPRV
's 100
1DIRWRRGHVORFDPHQWR
vm = ⇒ vm =
't 10
escalar coincide com a
distância de 100 metros vm = 10 m/s
SHUFRUULGDSHORVDWOHWDV
34 • • FÍSICA
$JRUDYDPRVDQDOLVDURXWUDVLWXD©¥R(PIHULDGRVSURORQJDGRV
ulares
quando as pessoas estão indo viajar ou retornando, é comum haver Alguns vestib
ra pi dez
congestionamento de veículos pelas rodovias, os quais são noticiados chamam
ve lo ci dade
HPMRUQDLVQRU£GLRHQDWHOHYLV¥R3RUH[HPSORXPMRUQDOWURX[HD média de
r m éd ia .
seguinte manchete sobre o movimento em uma rodovia ao término de escala
XPIHULDGRSURORQJDGRȦ1DYROWDGDVSUDLDVSDUDDFDSLWDOGHYLGRDR
JUDQGHIOX[RGHYH¯FXORVDYHORFLGDGHIRLHPP«GLDGHbNPKȧ
A informação apresentada pelo jornal indica que os automóveis
A unidade de medida
SHUFRUUHUDPHPP«GLDbNPHPFDGDKRUDGDYLDJHP1HVVDPHGLGD
da velocidade média e
bNPLQGLFDDGLVW¤QFLDSHUFRUULGDSHORYH¯FXORHQTXDQWRKRUD
da rapidez média, no
LQGLFDRLQWHUYDORGHWHPSRQHFHVV£ULRSDUDSHUFRUUHUDTXHODGLVW¤QFLD Sistema Internacional,
3RUWDQWRWHPRVD¯RXWUDQR©¥RVREUHRPRYLPHQWRGRV é metros por segundo
YH¯FXORVHHODGHSHQGHGDGLVW¤QFLDSHUFRUULGDSHORYH¯FXOR (m/s).
Chamamos essa grandeza de rapidez média$UDSLGH]P«GLD«XPD
JUDQGH]DUHODFLRQDGDFRPRGLDDGLDHSRGHVHUFDOFXODGDDVVLP
d
rapidez média =
't
Velocidade instantânea
FIS
medir manualmente, e com precisão, um intervalo de
WHPSRPXLWRSHTXHQR
Com o desenvolvimento tecnológico, surgiram
os radares de trânsito, que utilizam sensores mais
precisos e têm uma distância de, aproximadamente,
bPXPGRRXWUR'HVVHPRGRQ¥R«SRVV¯YHO
reduzir consideravelmente a velocidade em virtude
GDSUR[LPLGDGHHQWUHDVPDUFD©·HVGHWHPSR$VVLP
a velocidade medida é uma média que se aproxima
GDYHORFLGDGHUHDOQDTXHOHH[DWRLQVWDQWH
2. INTRODUÇÃO À CINEMÁTICA • • 35
Essa velocidade, calculada em um
Unidades de velocidade
Vimos que a velocidade é DVbFRQYHUV·HVHQWUHDVXQLGDGHVGHYHORFLGDGHTXDQGRHVWDPRV
calculada pela razão entre uma DQDOLVDQGRDVSURSULHGDGHVGRVPRYLPHQWRVGRVFRUSRV8PD
grandeza de deslocamento e uma FRQYHUV¥RPXLWRIUHTXHQWH«DWUDQVIRUPD©¥RGHNPKHPPV
JUDQGH]DGHWHPSR$VVLPDXQLGDGH TXHSRGHVHUUHDOL]DGDGDVHJXLQWHPDQHLUD
de velocidade é determinada
pela razão entre as unidades de
GHVORFDPHQWRPPFPNPS« 1 km km 1 000 m 1 m
=1 = =
SROHJDGDHWFHDVXQLGDGHVGH h h 3 600 s 3, 6 s
WHPSRVPLQKGLDVHPDQDHWF
1R6,FRPRRGHVORFDPHQWR«
PHGLGRHPPHWURVPHRLQWHUYDOR 'HPRGRDQ£ORJRDXQLGDGHPVSRGHVHUFRQYHUWLGDHP
GHWHPSR«PHGLGRHPVHJXQGRVV NPKGHVWDIRUPD
a unidade de velocidade é metros por
VHJXQGRPV
1 km
1m 1 m 1 000 1 km 3 600 1 · 3 600 km
= = = · = = 3, 6 km / h
(m) m s s 1 h 1 000 1 h 1 000 h
vm = =
( s) s 3 600
'HPDQHLUDUHVXPLGDSRGHPRVUHDOL]DUHVVDVWUDQVIRUPD©·HV
'HSHQGHQGRGDORFDOLGDGHH SRUPHLRGDVHJXLQWHUHJUDSU£WLFD
do objetivo, a unidade de medida
GHYHORFLGDGHXWLOL]DGDSRGHYDULDU ÷ 3,6
$OJXQVbH[HPSORVV¥RTXLO¶PHWURSRU
km m
KRUDNPKPLOKDVSRUKRUDPLKbȡ h s
PSKHFHQW¯PHWURVSRUVHJXQGRbFPV
× 3,6
bPXLWRLPSRUWDQWHUHDOL]DU
36 • • FÍSICA
CIÊNCIA EM PRÁTICA
Para essa atividade, os alunos devem formar
equipes com 2 ou 3 integrantes para que
possam trocar ideias sobre o experimento.
• água
FIS
SRQWRLQLFLDODFLRQHRFURQ¶PHWUR2EVHUYH função do tempo (eixo x) para cada uma das
DWHQWDPHQWHRPRYLPHQWR gotas.
NOTAA!!
OME NOT
TTOM
ÇO
USE ESTE ESPA
AN OTAR O QUE
PARA
ATÉ AQUI.
APREND EU
2. INTRODUÇÃO À CINEMÁTICA • • 37
CONECTADO
Os radares fixos têm sensores que com que o radar perca seu objetivo principal:
geram um campo eletromagnético na via, DbVHJXUDQ©DGHWRGRV
o qual reage com os automóveis (que são
Com a finalidade de impedir que alguns
compostos de materiais ferromagnéticos)
motoristas tenham essa atitude, países como
quando eles passam por esse campo. Por
a Itália desenvolveram um novo modelo de
exemplo, quando um carro passa pelo
radar, chamado safety tutor. Nessa modalidade,
primeiro sensor, ele inicia a medição
utilizam-se dois radares dispostos em
da velocidade. Quando o carro passa
distâncias maiores: o primeiro instalado no
pelo segundo sensor, o radar já têm as
ponto inicial e o segundo no ponto final de
informações de que precisa para medir a
onde se quer medir a velocidade. Esse tipo
velocidade instantânea daquele veículo
GHbHTXLSDPHQWRDGRWDRFRQFHLWRGHUDSLGH]
específico utilizando a seguinte equação:
média para verificar se o motorista se manteve
distância entre os sensores dentro dos limites estabelecidos.
vinst = .
tempo entre os sensores A rapidez média utiliza a distância
percorrida e o intervalo de tempo que o
Como o tempo levado para o veículo motorista levou para passar pelos dois
passar entre os dois sensores é muito radares.
pequeno, falamos que o intervalo de tempo
tende a zero e que a velocidade torna-se distância percorrida
Rapidez média =
instantânea. 't
O terceiro sensor é acionado apenas O que isso significa? Que o cálculo é
para comprovar as medições anteriores. feito levando em consideração a distância
Quando os dois primeiros sensores detectam que separa os dois radares e o tempo que
que um carro passou em uma velocidade o motorista levou para passar por eles. Isso
superior à permitida, o terceiro sensor capta impede que, ao passar pelo primeiro radar,
novamente a velocidade para que o radar o motorista volte a acelerar e atinja uma
repita os cálculos. Depois desse recálculo, velocidade que ofereça riscos à segurança
se a velocidade for realmente superior à do trânsito naquele espaço. Ao passar pelo
permitida, a câmera do radar é acionada, segundo radar, se o cálculo da rapidez média
registrando a placa do automóvel para do veículo for superior à permitida, uma
posterior aplicação da multa. penalidade é aplicada ao condutor.
O problema é que muitos motoristas Podemos concluir que essa nova
reduzem a velocidade somente ao passar modalidade de radar, que adota o conceito
pelo ponto onde o radar está instalado. de rapidez média, é mais eficaz do que a que
Depois de passar pelo equipamento, utiliza apenas a velocidade instantânea do
eles voltam a acelerar seus veículos e, veículo, promovendo assim maior segurança
SRUbFRQVHTX¬QFLDYROWDPDWUDIHJDUDFLPD QRbWU¤QVLWR
do limite de velocidade imposto, fazendo
©Shutterstock/Alf Ribeiro
38 • • FÍSICA
ATIVIDADES
EM13CNT301, EM13CNT306
8. Uma família decidiu fazer uma viagem de férias. c) Ao finalizar o segundo dia de viagem,
A distância da cidade onde eles moram até o quantos quilômetros faltavam para eles
destino escolhido para o merecido descanso é chegarem ao destino final?
ͳԜʹͲͲǤ
Δs = 1 200 – 400 – 390 = 410 km
©Shutterstock/MBI
d) Qual a velocidade média no terceiro e
último dia de viagem?
's 410
vm = ⇒ vm = = 102,5 km/h
't 4
FIS
semana?
2. INTRODUÇÃO À CINEMÁTICA • • 39
10. O Caminho de Santiago de Compostela é um 11. (FURG – RS) Numa tempestade, ouve-se o
destino turístico-religioso localizado na Europa ǡͲ×
(entre a França e a Espanha), no qual pessoas relâmpago. Sabendo que a velocidade da luz é
de todo o mundo peregrinam por cerca de ͵ǡͲȉͳͲ8 m/s e que a velocidade do som é de
ͺͲͲ
±
͵ǡͶȉͳͲʹ m/s, é possível afirmar que a distância
de Santiago de Compostela, na Espanha. entre o local onde ocorreu o relâmpago e onde
Durante esse percurso, os peregrinos passam ele foi visto é de:
por castelos, igrejas, vilarejos, vinhedos, a) ǡʹȉͳͲ6 metros.
florestas, pastos e rios.
b) ͶǡͺȉͳͲ1 metros.
©Shutterstock/Gregorioa
3
X c) ʹǡͶȉͳͲ metros.
d) ʹǡͳȉͳͲ9 metros.
e) Ͷǡ͵ȉͳͲ6 metros.
vm = 3,4 ∙ 102 m/s; Δs = ?; Δt = 7 s
Δs = vm · Δt ⇒ Δs = 3,4 · 102 · 7 = 2,38 · 103 m ⇒ arredondando:
2,4 · 103 m
as atividades
Agora, você pode fazer
qui sta Enem.
23 a 29 da seção Con
40 • • FÍSICA
©Shutterstock/Salienko Evgenii
ACELERAÇÃO
1RVVDOWRVGHbase jump, uma modalidade Assim, a aceleração média é a razão entre a
de esporte radical, o atleta pode abandonar YDULD©¥RGDYHORFLGDGHSHORLQWHUYDORGHWHPSR
a plataforma de salto com uma velocidade v, am =
'v
DGTXLULGDHPXPDEUHYHFRUULGD(PSRXFR 't
tempo, durante sua queda livre, o atleta
adquire grande velocidade vertical, para EXEMPLOS RESOLVIDOS
baixo, e logo abre seu paraquedas, reduzindo
VXDYHORFLGDGH1RVPRYLPHQWRVYHUWLFDLV 6XSRQKDGRLVDXWRPµYHLVXPGHSDVVHLRH
QDbTXHGDOLYUHRXQRVODQ©DPHQWRVSDUDFLPD um esportivo, que partem do repouso e adquirem
podemos constatar que a velocidade dos XPDYHORFLGDGHGHbNPKDSUR[LPDGDPHQWH
FRUSRVSRGHYDULDUDRORQJRGRWHPSR bPV2GHSDVVHLRDWLQJHDYHORFLGDGHGH
bNPKGHSRLVGHbVHQTXDQWRRHVSRUWLYR
1RVDOWRGHbase jump, por exemplo,
DWLQJHHVVDYHORFLGDGHHPbV4XDOGHOHVWHP
a velocidade do atleta aumenta de modo
PDLRUDFHOHUD©¥R"
FRQVWDQWHDW«TXHHOHDEUDRSDUDTXHGDV
Como consequência, em cada intervalo de 110
FIS
0 0
GLVW¤QFLDVYHUWLFDLVPDLRUHV(QWUHWDQWR km/h km/h
Aceleração média
0 0
km/h km/h
2. INTRODUÇÃO À CCINEMÁTICA • • 41
RESPOSTA
Intuitivamente, podemos concluir que tem maior aceleração o veículo que atinge a velocidade
GHbNPKHPPHQRUWHPSRRXVHMDRDXWRPµYHOHVSRUWLYR$VVLPDDFHOHUD©¥RP«GLDSRGHVHU
definida por:
'v
am =
't
No caso do carro esportivo, a aceleração é igual a:
'v v v 0 30, 5 0
am = ⇒ am = = ⇒ am PV2
't t t0 50
1RFDVRGRDXWRPµYHOGHSDVVHLRDDFHOHUD©¥R«LJXDOD
'v v v 0 30, 5 0
am = ⇒ am = = ⇒ am PV2
't t t0 10 0
(VVHVF£OFXORVQRVSHUPLWHPFRQFOXLUTXHGHIDWRRDXWRPµYHOHVSRUWLYRWHPPDLRUDFHOHUD©¥R
Unidade de aceleração
Como podemos observar no cálculo da aumentar ou diminuir), seja na sua direção. Quando
aceleração escalar média, o numerador da equação a aceleração de um corpo está na mesma direção da
corresponde à variação da velocidade escalar (cuja YHORFLGDGHHODSRGHDXPHQWDURXUHGX]LURPµGXOR
unidade pode ser cm/s, m/s, km/h) e o denominador, GDYHORFLGDGH3RULVVR«WDPE«PFKDPDGDGH
ao intervalo de tempo (cuja unidade de medida é, aceleração tangencial.
obviamente, qualquer unidade de tempo, como s,
$DFHOHUD©¥RP«GLDYLVWDDQWHULRUPHQWH«XPD
min, h, dia). Dessa forma, as unidades de aceleração
aceleração tangencial. Entretanto, o vetor velocidade
podem corresponder a qualquer razão entre essas
«GHILQLGRSRUPµGXORGLUH©¥RHVHQWLGR4XDQGRD
duas unidades. No SI, como a velocidade é medida
aceleração altera apenas a direção do movimento,
em metros por segundo e o intervalo de tempo é
VHPPXGDURPµGXORGDYHORFLGDGHHOD«FKDPDGD
medido em segundos, a unidade de aceleração é
GHDFHOHUD©¥RFHQWU¯SHWD$DFHOHUD©¥RFHQWU¯SHWD
obtida desta forma:
portanto, é responsável por fazer com que o corpo
GHVFUHYDXPDWUDMHWµULDFXUYLO¯QHD
ª¬ 'v º¼ m s m v
[am] = = =
ª¬ 't º¼ s s2
ac
42 • • FÍSICA
EM13CNT301, EM13CNT204, EM13CNT306
ATIVIDADES
13. Em uma propaganda, uma concessionária 16. Na ilustração a seguir, estão representados os
anuncia um modelo de carro que é capaz de, vetores de aceleração de um corpo que executa
partindo do repouso, v0 = 0, atingir a velocidade um movimento circular. Quais são os vetores
de 126 km/h em 5 segundos. Determine qual é que estão representados pelos números
a aceleração média desenvolvida pelo carro em 1, 2 e 3?
metros por segundo. 1
FIS
Essa aceleração é denominada aceleração
gravitacional. Considere um corpo que é Primeiramente, devemos converter 100 km/h em m/s ⇒ 27,7 m/s.
solto do repouso (velocidade inicial zero) e, am =
27, 7
≅ 9,3 m/s2
após um tempo de 4 segundos, atinge o solo. 3
Desconsiderando a resistência do ar, qual é a
velocidade com que o corpo atinge o solo?
v0 = 0; a = 9,8 m/s2; Δt = 4
'v 'v
am = ⇒ 9,8 = ⇒ Δv = 9,8 · 4 ⇒ Δv = 39,2 m/s
't 4
a atividade 30
Agora, você pode fazer
sta Ene m.
da seção Conqui
2. INTRODUÇÃO À CINEMÁTICA • • 43
CLASSIFICAÇÃO DOS
MOVIMENTOS
De todas as grandezas associadas à
movimentação de um corpo, a velocidade
é a que oferece mais informações para
que possamos fazer uma classificação desse
movimento. Para isso, é preciso fazer uma
análise do comportamento do valor numérico,
da direção e do sentido da velocidade de
um corpo, caso queiramos estabelecer a
correta nomenclatura do movimento
que ele realiza.
©Shutterstock/Alexandru Nika
A observação atenta do
velocímetro e do volante de
um carro é capaz de fornecer
informações do movimento
que está sendo realizado.
Classificação quanto à
direção da velocidade ©Shutterstock/Dudarev Mikhail
Você já pensou por que o volante dos Quando o volante é girado no sentido horário
automóveis é também chamado de direção? Bem, ou anti-horário e o automóvel passa a descrever
imagine um carro sendo conduzido por uma uma curva qualquer, dizemos que o movimento é
trajetória retilínea. Se o motorista girar (mesmo curvilíneo (nesse caso, ocorre variação da direção
que levemente) o volante, que característica da da velocidade). Quando o volante não é girado para
velocidade se altera instantaneamente? Se você lado algum e o automóvel continua se movendo
respondeu que é a direção, acertou! Então, a peça sobre a mesma reta, dizemos que o movimento
do carro que costuma ser chamada de direção é que é retilíneo (nesse caso, a direção da velocidade
permite ao condutor controlar qual será a direção da permanece constante).
velocidade do veículo.
44 • • FÍSICA
Classificação quanto ao valor
numérico da velocidade
Quanto ao valor numérico da velocidade, sempre
©Shutterstock/Andrey_popov
podem ocorrer três fenômenos: permanecer constante,
aumentar ou diminuir. Quando o valor da velocidade
permanece constante, dizemos que o movimento é
uniforme, ou seja, que ele ocorre o tempo todo de uma
única forma.
Quando o valor da velocidade varia, ficando maior
ou menor, dizemos que ele é variado. Movimentos
XQLIRUPHVREYLDPHQWHV¥RPDLVUDURVGHRFRUUHUbȡ
afinal, necessitam de absoluta manutenção do valor da
velocidade do móvel analisado. Mesmo sendo pouco
comuns, existem situações até conhecidas desse tipo de
movimento, como é o caso de carros equipados com o
chamado piloto automático.
Os desenhos a seguir representam movimentos
uniformes: a favor da orientação da trajetória e contra
DbRULHQWD©¥RGDWUDMHWµULDUHVSHFWLYDPHQWH
FIS
acelerado e, se ele “desce” e indica valores cada vez
menores, o movimento é dito retardado.
Mas, antes de continuar, é importante que você
responda a uma pergunta: o que o velocímetro de um
carro marca? Parece ser uma pergunta muito simples,
e a maioria das pessoas, sem pestanejar, responderia:
velocidade!
O problema é que isso não é verdade. Afinal, como
vimos, a velocidade de um corpo pode ser positiva ou
negativa (quando é a favor da orientação da trajetória
ou contra essa orientação, respectivamente), e nenhum
velocímetro é capaz de marcar esses sinais.
2. INTRODUÇÃO À CINEMÁTICA • • 45
$VVLPXWLOL]DQGRDOLQJXDJHPPDWHP£WLFDRTXHXPYHORF¯PHWURPDUFD«RPµGXORGDYHORFLGDGHGH
XPFDUUR2EVHUYHDVILJXUDVDVHJXLUHPTXHV¥RPRVWUDGRVFRUSRVHPVXDVWUDMHWµULDVHDVLQGLFD©·HVTXH
seriam dadas por um velocímetro.
Corpo Corpo
1 2
46 • • FÍSICA
Durante o estudo sobre a grandeza física $JRUDVHXPFRUSRVHPRYLPHQWDFRQWUDD
FKDPDGDGHHVSD©RYLPRVTXHDRULHQWD©¥RGH RULHQWD©¥RGHXPDWUDMHWµULDVXDYHORFLGDGH«
XPDWUDMHWµULDPRVWUDHPTXHVHQWLGRRVHVSD©RV negativa e os valores de seus espaços diminuem,
ficam cada vez maiores. Dessa maneira, se um RXbVHMDUHWURFHGHP1HVVDRXWUDVLWXD©¥R
corpo se movimenta a favor da orientação de uma RbPRYLPHQWR«HQW¥RFKDPDGRretrógrado.
WUDMHWµULDVXDYHORFLGDGH«SRVLWLYDHRVYDORUHV
9ROWDQGRDRGHVHQKRDQWHULRURFRUSRUHDOL]D
de seus espaços aumentam, ou seja, progridem.
XPPRYLPHQWRSURJUHVVLYRDYHORFLGDGHGHbPV
1HVVDVLWXD©¥RRPRYLPHQWR«HQW¥RFKDPDGR
é positiva) e o corpo 2 realiza um movimento
progressivo.
UHWUµJUDGRDYHORFLGDGHGHbȡbPV«QHJDWLYD
EM13CNT301, EM13CNT303
ATIVIDADES
18. Em relação aos movimentos progressivos e 21. Analise as afirmações a seguir, a respeito das
retrógrados, indique V para verdadeiro e F classificações dos movimentos.
para falso. I. Um motorista encontra-se em movimento
a) ( V ) O movimento retardado tem seu em relação a um ponto de origem
gráfico velocidade × tempo formado por denominado de marco inicial. Se o
uma reta inclinada para baixo. motorista se afasta do marco inicial,
os valores de sua posição aumentam;
b) ( F ) O movimento retardado tem seu mas se ele se aproxima desse marco,
gráfico velocidade × tempo formado por seus valores de posição diminuem.
uma reta inclinada para cima.
II. O movimento de um móvel será classificado
c) ( V ) O movimento progressivo tem seu como progressivo se a sua velocidade
gráfico velocidade × tempo formado por estiver no mesmo sentido do crescimento
uma reta inclinada para cima. dos valores das posições.
d) ( F ) O tipo de movimento em que a III. O movimento de um móvel será classificado
velocidade acompanha o sentido positivo como retrógrado se a sua velocidade
da trajetória é denominado de movimento estiver no sentido oposto ao crescimento
retardado. das posições, ou seja, sua velocidade será
sempre maior que zero.
e) ( F ) O movimento progressivo é aquele em
que a velocidade tem o sentido contrário IV. Um movimento progressivo retardado
ao sentido adotado como positivo. é aquele em que o móvel se movimenta
no sentido crescente da trajetória e
19. Um automóvel executa um movimento a velocidade diminui em módulo.
progressivo, partindo do ponto 20 m e com
São corretas as afirmativas:
velocidade constante de 65 m/s. O que ocorre
com a posição do automóvel com o passar do a) I e IV.
FIS
tempo? b) I, II e III.
Como o movimento é progressivo, a posição do automóvel X c) I, II e IV.
aumenta. d) I, II, III e IV.
1
b) s(t) = 2 + ·t d) s(t) =
1
+
3
·t
3 2 2
A resposta correta é a letra c, pois todas as demais alternativas
apresentam v > 0, caracterizando movimento progressivo.
2. INTRODUÇÃO À CINEMÁTICA • • 47
22. Observe o diagrama horário e responda como pode ser
s (m)
classificado o movimento apresentado. Justifique sua resposta.
O movimento é progressivo, pois a equação tem v > 0, sendo, portanto, uma reta 25
inclinada para cima.
20
15
20
5
t (s)
2 4 6 8 10 12 14
ORGANIZE AS IDEIAS
• O esquema a seguir procura sistematizar as ideias estudadas até aqui. Insira, nos quadros
em branco, os conceitos que faltam para completá-lo adequadamente.
{CINEMÁTICA}
RELACIONA CONCEITOS DE
CONDIÇÕES DE MOVIMENTO
PONTO MATERIAL
E REPOUSO
352*5(6Ǵ,92
COM COM
QUANDO QUANDO
v<0
48 • • FÍSICA
CONQUISTA ENEM
EM13CNT301, EM13CNT303, EM13CNT204, EM13CNT306
23. (PUC-Rio – RJ) Um carro saiu da posição 26. ENEM O gráfico modela a distância percorrida,
x = 0 km até seu destino final em x = 5 km de em km, por uma pessoa em certo período de
acordo com gráfico x (km) × t (min) mostrado tempo. A escala de tempo a ser adotada para
na figura. Finalizado o percurso, o computador o eixo das abscissas depende da maneira como
de bordo calcula a velocidade escalar média do essa pessoa se desloca. Qual é a opção que
carro, sem considerar o sentido do movimento. apresenta a melhor associação entre meio
ou forma de locomoção e unidade de tempo,
x (km) quando são percorridos 10 km?
5 10 km
3
tempo
0 1 2
2
1
a) carroça – semana
b) carro – dia
t (min) X c) caminhada – hora
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
d) bicicleta – minuto
Qual é esta velocidade escalar média dada pelo e) avião – segundo
computador, em km/h? 27. ENEM A agricultura de precisão reúne técnicas
a) 27 d) 47 agrícolas que consideram particularidades
b) 33 e) 60 locais do solo ou lavoura a fim de otimizar o
X c) 38
uso de recursos. Uma das formas de adquirir
informações sobre essas particularidades é
24. (UPE) Em uma corrida de revezamento, um cão a fotografia aérea de baixa altitude realizada
corre com velocidade v1 = 6 m/s, uma lebre, por um veículo aéreo não tripulado (vant).
com velocidade v2 = 4 m/s, e um gato, com Na fase de aquisição é importante determinar
velocidade v3 = 3 m/s. Se cada um dos animais o nível de sobreposição entre as fotografias.
percorre uma distância L, a velocidade média A figura ilustra como uma sequência de
dessa equipe de revezamento, em m/s, vale: imagens é coletada por um vant e como são
a) 6 d) 3 formadas as sobreposições frontais.
X b) 4 e) 5 Vant com câmera fotográfica
c) 8
FIS
1 2 3
2. INTRODUÇÃO À CINEMÁTICA • • 49
O operador do vant recebe uma encomenda na passar sobre uma marca no solo, após o segundo
qual as imagens devem ter uma sobreposição sensor. Considere que o dispositivo representado
frontal de 20% em um terreno plano. Para na figura esteja instalado em uma via com
realizar a aquisição das imagens, seleciona velocidade máxima permitida de 60 km/h.
ͳԜͲͲͲǡ Caixa com a
velocidade constante de 50 m s–1. A abertura da máquina fotográfica
câmera fotográfica do vant é de 90°. Considere Posição do automóvel
para a fotografia
tg(45°) = 1.
0,50 m 0,75 m
Natural Resources Canada. Concepts of Aerial Photography. Disponível em:
www.nrcan.gc.ca. Acesso em: 26 abr. 2019 (adaptado).
50 • • FÍSICA
DO
BR
EN
AL
IN
HA
PO
3
NT
I LH
AD
A
lab
oto
ph
art
/Sm
ock
rst
tte
hu
©S
OBJETIVOS DO CAPÍTULO
¤ Definir movimento uniforme.
¤ Reconhecer as grandezas
da função do movimento
uniforme.
¤ Estudar o movimento de um
corpo com base na análise
gráfica.
¤ Reconhecer as grandezas
lineares e angulares do
movimento circular.
¤ Resolver situações-problema
que envolvam o movimento
uniforme.
3
Ao observarmos o movimento de • em corpos que se movem em MRU, a aceleração
G
uma escada rolante ou analisarmos a «QXODŀ a ŀb b
rotação da Terra, podemos afirmar que o
Com base na definição de MRU apresentada,
módulo do vetor velocidade desses dois corpos
pense sobre os movimentos que você pode observar
permaneceu constante durante certo intervalo
em situações cotidianas: carros, pessoas e bicicletas
GHWHPSR0RYLPHQWRVHPTXHRPµGXORGRYHWRU
SHODVUXDVDYL·HVFRPHUFLDLVS£VVDURVHWF4XDQWRV
velocidade permanece constante são denominados
desses movimentos poderiam ser descritos como
GHPRYLPHQWRVXQLIRUPHV086HDO«PGRPµGXOR
sendo uniformes? Muitos ou poucos? E como
do vetor velocidade, a direção e o sentido do
movimentos retilíneos uniformes?
PRYLPHQWRWDPE«PSHUPDQHFHUHPFRQVWDQWHVbȡ
LVWR«HPOLQKDUHWDbȡHOH«FODVVLILFDGRFRPRXP Ainda que possamos considerar alguns dos
PRYLPHQWRUHWLO¯QHRXQLIRUPH058 exemplos anteriores como sendo movimentos
uniformes, é preciso assumir algumas hipóteses para
Outro caso de movimento uniforme é
que isso seja verdadeiro (lembre-se de que, para que
quando a trajetória é circular e o módulo do
o movimento seja uniforme, é preciso que o módulo
YHWRUYHORFLGDGH«FRQVWDQWH7RGDYLDHPXP
GRYHWRUYHORFLGDGHVHMDFRQVWDQWH
movimento circular, mesmo que o módulo seja
constante, a direção e o sentido do vetor velocidade Os movimentos uniformes, de fato, não são
V¥RYDUL£YHLVDFRPSDQKDQGRDWUDMHWµULD(VVH muito comuns no cotidiano, visto que variar a
movimento é classificado como movimento circular velocidade é algo bastante corriqueiro em quase
XQLIRUPHb0&8 WRGDVDVDWLYLGDGHVTXHUHDOL]DPRVRXREVHUYDPRV
Apesar disso, foram desenvolvidas algumas
aplicações tecnológicas para que movimentos desse
UNIFORME VHJXLU
1.
puntiforme estiver sob equilíbrio de forças, de tal alguns carros são equipados com o
modo que a resultante das forças que agem sobre chamado piloto automático. Quando
ele seja nula, a tendência é que ele permaneça acionado, esse dispositivo exerce
em repouso ou descreva um movimento retilíneo um controle eletrônico sobre o
XQLIRUPH,VVRRFRUUHSRUTXHDUHVXOWDQWHGDVIRU©DV veículo, fazendo com que o módulo
que são responsáveis por provocar variações de da velocidade permaneça constante.
velocidade é nula, e o módulo do vetor velocidade Assim, se o condutor do carro não
girar a direção para qualquer um
to
pho
SHUPDQHFHU£FRQVWDQWH
da_
52 • • FÍSICA
2. Para reduzir desconfortos para
os passageiros, os elevadores são
programados para manter um
movimento retilíneo uniforme durante
algum intervalo de tempo (obviamente,
isso não ocorre nas partidas e nas
chegadas aos andares, quando
o módulo da velocidade precisa,
respectivamente, aumentar e diminuir).
e
chk
nes
a
agin
rt K
k/P
obe
toc
k/R
ters
toc
hut
ters
©S
hut
©S
3.
O movimento de elevadores
é uniforme em quase todo o
seu deslocamento.
FIS
3. MOVIMENTO UNIFORME • • 53
Raqsonu. 2015. Digital.
Após 7 segundos de
movimento, uma pessoa
com velocidade constante
GHbPVSHUFRUUHPHWURV
0s 1s 2s 3s 4s 5s 6s 7s
0m 1m 2m 3m 4m 5m 6m 7m
54 • • FÍSICA
CIÊNCIA EM PRÁTICA
estabelecer a relação de
Como fazer equivalência entre elas.
FIS
Correndo
TOME NOTA!
ÇO
USE ESTE ESPA
O QUE
PARA AN OTAR
ND EU ATÉ AQUI.
APRE
3. MOVIMENTO UNIFORME • • 55
©Shutterstock/DenisKrivoy
EXEMPLOS RESOLVIDOS
RESPOSTA
Para a primeira metade do percurso, temos: Para a segunda metade do percurso, temos:
's 's
vm1 = vm2 =
't1 't 2
10 10
40 = 60 =
't1 't 2
1 1
ʂW1 = ʂW2 =
4 6
's
vm =
't
Logo, a média da
20 20 20 s
vm = = = velocidades é dif
't1 't 2 1 1 3 2 erente
da velocidade m
4 6 12 édia. Elas
só seriam iguais
20 20 · 12 240 se as
vm = ⇒ ⇒ velocidades tivess
em sido
5 5 5 iguais nas duas m
etades
12 do percurso.
vm = 48 km/h
56 • • FÍSICA
4. Em determinado referencial, dois corpos
b) s(t) = 27 – 3 · t
realizam um movimento uniforme. As relações
I. 27 m
entre as posições dos corpos em função do
II. –3 m/s
tempo são fornecidas pelas tabelas a seguir.
III. Retrógrado
IV. s(4) = 27 – 3 · 4 ⇒ s(4) = 27 – 12 ⇒ s(4) = 15 m Posição (m) 13 22 31 40 49
V. s(t) = 27 – 3 ∙ t ⇒ 12 = 27 – 3 ∙ t ⇒ 12 – 27 = –3 · t Corpo A
–15 Tempo (s) 0 1 2 3 4
t= ⇒t=5s
–3
VI. s(t) = 27 – 3 ∙ t ⇒ 0 = 27 – 3 ∙ t ⇒ –27 = –3 ∙ t
Posição (m) 52 43 34 25 16
–27
t= ⇒t=9s Corpo B
–3 Tempo (s) 0 1 2 3 4
d) s(t) = 10 · t
I. 0 m, na origem.
FIS
II. 10 m/s
III. Progressivo
IV. s(t) = 10 · t ⇒ s(4) = 10 · 4 ⇒ s(4) = 40 s
c) Escreva as funções horárias dos
12
V. s(t) = 10 · t ⇒ 12 = 10 · t ⇒ t = ⇒ t = 1,2 s movimentos de A e de B.
10
VI. 0 = 10 · t ⇒ t = 0 s Para A:
s0A = 13 m e vA = 9 m/s
sA = s0A + v · t
sA = 13 + 9 · t (sendo s em metros e t em segundos)
Para B:
s0B = 52 m e vB = –9 m/s
sB = s0B + v · t
sA = 52 – 9 · t (sendo s em metros e t em segundos)
3. MOVIMENTO UNIFORME • • 57
5. (UTFPR) Em agosto de 2015 ocorreu um 7. (UNESP – SP) Um estudante realizou uma
campeonato mundial de atletismo em Pequim. experiência de Cinemática utilizando um tubo
Nos 100 m rasos feminino, Shelly Ann Fraser comprido, transparente e cheio de óleo, dentro
Pryce fez o percurso em 10,76 s. Nos 100 m do qual uma gota de água descia verticalmente,
rasos masculino, o atleta Usain Bolt fez o como indica a figura.
mesmo trajeto em apenas 9,58 s. Baseado
nas informações, podemos afirmar que a
diferença de velocidade média entre eles foi de
aproximadamente:
a) 0,001 m/s X d) 1,0 m/s
tubo
b) 0,01 m/s e) 10,0 m/s transparente
c) 0,1 m/s cheio de óleo
's 100
vm fem = ⇒ vm = ⇒ vm = 9,29 m/s
't 10, 76
's 100
vm masc = ⇒ vm = ⇒ vm = 10,43 m/s
't 9, 58
A diferença é dada por:
Δv = vm masc – vm fem ⇒ Δv = 10,43 – 9,29 ⇒ Δv = 1,14 m/s
suporte
6. (UFABC – SP) Técnicos advertem que a
mínima velocidade do vento é indispensável. A
instalação de turbinas eólicas é conveniente em A tabela relaciona os dados de posição em
locais cuja velocidade média anual dos ventos função do tempo, obtidos quando a gota passou
seja superior a 3,6 m/s. O movimento do ar em a descrever um movimento retilíneo uniforme.
um parque eólico foi monitorado observando o Posição (cm) Tempo (s)
deslocamento de partículas suspensas durante
120 0
intervalos de tempos de duração irregular:
90 2
Deslocamento (m) Intervalo de tempo (s) 60 4
–175 35
30 6
–90 18
A partir desses dados, determine a velocidade
–135 27
em cm/s, e escreva a função horária da posição
A partir de uma trajetória de origem da gota.
convenientemente definida e supondo que o ar
Se o movimento é uniforme, a velocidade instantânea coincide
se movimente com aceleração nula, das funções com a velocidade média. Assim:
apresentadas aquela que pode ser associada ao 's s – s0 90 – 120
deslocamento do ar nessa região é: vm =
't
⇒ vm =
t – t0
⇒ vm =
2–0
X a) s = –20 – 5 · t d) αΫʹͲΪͷȉ
vm = –
b) αΫͷΪͳͷȉͷ e) s = 15 – 30 · t
c) s = 10 – 25 · t vm = –15 cm/s
Assim, a possível função horária será:
Com os deslocamentos da tabela e os respectivos intervalos de s = s0 + v · t
tempo, podemos calcular a velocidade dos ventos para criar a
função horária da posição. s = 120 + (–15) · t
s = 120 – 15 · t
's –175
v= ⇒v= ⇒ v = –5 m/s
't 35
's –90
v= ⇒v= ⇒ v = –5 m/s
't 18
's –135
v= ⇒v= ⇒ v = –5 m/s
't 27
Assim, considerando que a posição inicial s0 é um valor qualquer
não conhecido, uma possível função horária seria dada por:
as atividades
s = s0 + v ∙ t ⇒ s = s0 + (–5) ∙ t Agora, você pode fazer
sta Enem.
27 a 30 da seção Conqui
58 • • FÍSICA
Encontro de corpos
Considerando que dois corpos iniciam o movimento no mesmo instante, denominamos
tempo de encontro o intervalo de tempo em que eles chegam a uma mesma posição,
denominada posição de encontro.
Em casos como esse, a condição de encontro dos corpos (A e B) é a de que estejam em
uma mesma posição da trajetória orientada. Logo:
sA VB
vB
vA
FIS
s (km)
20 km 90 km
O intervalo de tempo desde o instante em que Substituindo esse valor de tempo nas funções
os carros partiram de suas posições iniciais até horárias da posição de cada um dos corpos,
o momento do encontro pode ser determinado «bSRVV¯YHOGHWHUPLQDUHPTXHSRVL©¥RRVGRLV
mediante a aplicação da condição de encontro: amigos se encontram:
sA VB sA y
yW bȡyW sA NP
yWyW bȡ sB bȡy
yW sB NP
W K
3. MOVIMENTO UNIFORME • • 59
Encontro de corpos que se
Para sA, temos: Para sB, temos:
movimentam no mesmo sentido
sA = s0A + vA · t sB = s0B + vB · t
No exemplo anterior, os carros se
moviam na mesma direção, mas em sA yW sB yW
sentidos opostos. Vamos analisar agora sA yW sB yW
uma situação na qual dois corpos se
Aplicando a condição de encontro, temos que:
movem no mesmo sentido. Imagine que
um estudante esteja caminhando para sA = sB
o colégio com velocidade constante yW yW
vBbGHbPV'HSRLVGHXPLQWHUYDORGH
tempo, o pai do estudante percebe que yWbȡyW bȡ
seu filho esqueceu o trabalho de Física yW
sobre a mesa. Nesse instante, o pai sai
GHbELFLFOHWDFRPYHORFLGDGHFRQVWDQWH W V
vAbGHbPVDRHQFRQWURGRILOKR W PLQV
TOME NOTA!
ÇO
USE ESTE ESPA
AN OTAR O QUE
PARA
ATÉ AQUI.
APREND EU
60 • • FÍSICA
EM13CNT301, EM13CNT306
ATIVIDADES
8. Dois corpos, A e B, estão sobre uma mesma b) Em que instante, após a partida, ocorre o
estrada e têm seus movimentos indicados pelas encontro dos corpos A e B?
seguintes funções horárias: Para que ocorra o encontro entre os corpos, é necessário que as
posições sA e sB sejam iguais.
sA = 10 + 3 · t (SI)
sA = sB
sB = 15 – 2 · t (SI) 40 + 2 · t = 10 + 8 · t
2 · t – 8 · t = 10 – 40
a) Classifique os movimentos de A e B em –6 ∙ t = –30
progressivo ou retrógrado. Justifique sua –30
t=
resposta. –6
Como a velocidade de A é positiva (vA > 0), podemos classificar t=5s
o seu movimento como progressivo. Por outro lado, como a
velocidade de B é negativa (vB < 0), podemos classificar o seu
movimento como retrógrado. c) Qual é a posição de encontro?
Podemos substituir t por 5 s em qualquer uma das funções
horárias para obter a resposta:
sA = 40 + 2 · t
b) Em que instante, após a partida, ocorre o
sA = 40 + 2 · 5
encontro dos corpos A e B?
sA = 40 + 10
Para que ocorra o encontro entre os corpos, é necessário que as
sA = 50 m
posições sA e sB sejam iguais.
sA = sB
10 + 3 ∙ t = 15 – 2 ∙ t
10. (ESPCEX – SP) Em uma mesma pista, duas
3 ∙ t + 2 ∙ t = 15 – 10
partículas puntiformes A e B iniciam seus
5∙t=5
movimentos no mesmo instante com as suas
5
t= posições medidas a partir da mesma origem
5
dos espaços. As funções horárias das posições
t=1s
de A e B, para s, em metros, e t, em segundos,
são dadas, respectivamente, por SA = 40 + 0,2 · t
c) Qual é a posição de encontro? e SB = 10 + 0,6 · t. Quando a partícula B alcançar
Podemos substituir t por 1 s em qualquer uma das funções a partícula A, elas estarão na posição:
horárias para chegar à resposta:
sA = 10 + 3 ∙ t
X a) 55 m d) 105 m
sA = 10 + 3 ∙ 1 b) 65 m e) 125 m
sA = 13 m c) 75 m
3. MOVIMENTO UNIFORME • • 61
11. Em algumas situações, temos que considerar o tamanho do corpo na análise da
situação. Nesses casos, estamos trabalhando com corpos extensos, como trens que
atravessam pontes. Na ilustração a seguir, um trem de 160 metros atravessa um
túnel de 80 metros com velocidade constante de 144 km/h. Quanto tempo o trem
levará para passar completamente pelo túnel?
Considerando que a posição inicial do trem é a origem do movimento e transformando a velocidade de km/h para
m/s, sua função horária é:
s = s0 + 40 ∙ t
s = 40 ∙ t
O trem terá de percorrer uma distância igual ao tamanho do túnel mais o próprio tamanho. Considerando que
s = 160 + 80 = 240 m, temos:
s = 40 ∙ t
240 = 40 ∙t
240
t=
40
t=6s
12. Duas estações de metrô, A e B, estão separadas por uma distância de 30 km, medida
ao longo de uma trajetória. Um metrô A passa pela estação A com velocidade
constante de 70 km/h e se movimenta em direção à estação B. Já um metrô B passa
pela estação B com velocidade de 50 km/h em direção à estação A. Sabendo que
os metrôs mantêm as velocidades constantes durante todo o movimento, determine
o instante de encontro em minutos.
Primeiro, é necessário escrever as funções horárias para o metrô A e para o metrô B. Adotando a estação A como a
origem dos espaços, temos:
sA = s0 + v · t ⇒ sA = 0 + 70 ∙ t
sB = s0 + v · t ⇒ sB = 30 +( –50) ∙ t
Para que o encontro aconteça, as posições de A e de B devem ser coincidentes:
sA = sB
70 ∙ t = 30 – 50 ∙ t
70 · t + 50 · t = 30
120 · t = 30
30 1
t= ⇒t= h
120 4
t = 15 min
a atividade
Agora, você pode fazer
Enem.
31 da seção Conquista
62 • • FÍSICA
Gráficos do movimento uniforme
Como já sabemos, a Física é uma ciência que estuda detterminados
f ô
fenômenos d natureza:
da t os movimentos
i t dosd corpos, a luz
l e ssuas
propriedades, as correntes elétricas, a troca de calor entre os corpos,
etc. Podemos dizer que um dos principais métodos da Físicaa para
caracterização dos fenômenos físicos compreende a medição e
RbHVWDEHOHFLPHQWRGHUHOD©·HVHQWUHDVJUDQGH]DVI¯VLFDV
$UHOD©¥ROµJLFDHQWUHHVVDVJUDQGH]DVHPJHUDOSRGHVVHU
age
s UHSUHV
UHSU HVHQ
HQWD
WDGD
GD SRU IXQ
XQ©·
©·HV
HV PDW
DWHP
HP£W
£WLF
LFDV
DVH[
H[SU
SUHV
HVVD
VDVVSR
SRUUOL
OLQJ
QJXD
XDDJH
JHPP
e im
VLPEµOLFDOHLGHIRUPD©¥RRXOLQJXDJHPJU£ILFD3RGHPRVG GL]HU
nl
k /Ta
toc
Em Física, as medidas
são realizadas para
estabelecer relações
entre grandezas
HbIHQ¶PHQRV
FIS
©Shutterstock/Elena Elisseeva
©Shutterstock/Sergey Novikov
3. MOVIMENTO UNIFORME • • 63
Gráfico da velocidade
em função do tempo #ilovefunção
Caso o movvim
Caso i enento
to sejja ununififor
orme
me e Em movimentos uniformes e
prog
ppr ogre
og ress
s iv
ivo,
o, ist
stoo é,, com vel eloc
o id
idadde retrógrados, quando a velocida
d de
posi
po siti
tiva
va, a retaa é par aral
alel
elaa ao
a eixo «
«bQHJDWLYDDUHWDTXHUHSUHVHQWD
WL
GR WHP
HPSRR DEDEVFVFLV
LVVD
VDHH PD
P QW«PVH DYHORFLGDGH«SDUDOHODDRHL[R
acim
ac imaa de
delee: GRWHPSRDEVFLVVDHPDQW«PVH
DEDL[RGHOH
v v
v>0
v
0
0 t
t v
v<0
,QGHSHQGHQWHPHQWHGRWLSRGHPRYLPHQWRXPDSURSULHGDGHGRGLDJUDPDYb×bW
é a área compreendida entre o eixo do tempo e a linha que corresponde numericamente
¢bYHORFLGDGHGRPµYHO
Velocidade
Área
0
t Tempo
64 • • FÍSICA
Comparando os resultados obtidos nas FICA A DICA!
equações I e II, concluímos que a área formada
entre o gráfico da velocidade de um corpo
em função do tempo e o eixo do tempo é N
2
2V¯PEROR = indica
numericamente igual ao deslocamento descrito TTXHDLJXDOGDGHHQWUHD
por esse corpo. ££UHDHRGHVORFDPHQWR
UHDb bYyW do corpo é apenas uma
LJXDOGDGHQXP«ULFDQ¥R
Δs = v · t
plena, uma vez que as
unidades de medida de
N £UHDHGHGHVORFDPHQWR
Área = Δs
V¥RbGLIHUHQWHV
*U£ILFRGDSRVL©¥RHP
função do tempo
#ilovefunção
$VSRVL©·HVGHXPPµYHOHPXP
movimento uniforme são obtidas pela função de formação é:
GDSRVL©¥RVb bV0bbYbybWTXHFDUDFWHUL]D Em funções afins, a lei
uma função afim. Nesses casos, o gráfico é I[ Dy[E
do coeficiente
constituído por uma função crescente, para Em que a é denomina
movimentos progressivos, ou decrescente, LQFOLQD©¥RGDUHWD
DQJXODULQGLFDQGRD
HILFLHQWHOLQHDU
SDUDPRYLPHQWRVUHWUµJUDGRV Hbbb«GHQRPLQDGRFR
interseção da reta
indicando o ponto de
com a ordenada:
2JU£ILFRGDSRVL©¥RGHXPPµYHOSHUPLWH 'y
identificar algumas grandezas físicas, D E I
'x
como a velocidade e a aceleração.
FIS
rsegui
©Shutterstock/M
3. MOVIMENTO UNIFORME • • 65
Quando a velocidade é pop sitiva, Quando a velocidade é negativa,
RbUHVSHFWLYR JU£ILFRGDSRVL©¥RHP RbUHVSHFWLYR JU£ILFRGDSRVL©¥¥RHP
I ¥ G
IXQ©¥RGRWHPSR«UHSUHVHQWDGR
« G I ¥ G
IXQ©¥RGRWHPSR«UHSUHVHQWDGR
« G
SRUXPDUHWDLQFOLQDGD SDUDFLPD SRUXPDUHWDLQFOLQDGD SDUDEDL[R
RVHVSD©RVDXPHQWDP RVHVSD©RVGLPLQXHP
s s
v>0
s0
v<0
s0
0 0
t t
Tempo (s) 0 2 4 6
's 9
b) s (m) b) v = ⇒v= ⇒ v = 1 m/s
A função horária das posições pode ser obtida desta forma: 't 9
7
's 0 – (–2)
vm = ⇒ vm = ⇒ vm = 1 m/s
't 2
A posição inicial no instante de 0 (zero) é –2 m, e a velocidade
média é 1 m/s. 0 9 t (s)
s = s0 + v · t –2
s = –2 + 1 · t
's 1
s (m) c) s (cm) c) v = ⇒v= ⇒ v = 0,1 cm/s
't 10
4
6
2 5
t (s)
-4 -2 0 2 4 6
-2 0 5 10 t (s)
-4
's –5
d) s (cm) d) v = ⇒v= ⇒ v = –0,5 cm/s
't 9
0 7 9 t (s)
66 • • FÍSICA
15. Uma pessoa anda de bicicleta todos os dias em um parque que tem marcações de
distância no chão. Ao passar pela posição 50 metros, ela zera o cronômetro e pedala
com velocidade constante, como representado no gráfico a seguir. Qual é a posição
do corpo após 12 segundos de movimento?
v (m/s)
4
2
t (s)
0 2 4 6 8 10 12 14
s = 50 + 4 · 12
s = 50 + 48
s = 98 m
16. ENEM Em uma prova de 100 m rasos, o desempenho típico de um corredor padrão
é representado pelo gráfico a seguir:
12
10
Velocidade (m/s)
FIS
2
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Tempo (s)
3. MOVIMENTO UNIFORME • • 67
MOVIMENTO CIRCULAR b) Quando falamos que um movimento é
uniforme, de acordo com o que já vimos
©Shu
ttersto
ck/Ele
si
68 • • FÍSICA
©Shutterstock/Yumu
Grandezas do movimento circular
Grandezas periódicas
A sucessão de dias e noites permitiu ao ser humano criar um
mecanismo simples de contagem de tempo. A chave para isso está naa
periodicidade – a cada intervalo de aproximadamente 24 horas, o Soll
volta a nascer ou a se pôr. Podemos dizer que o movimento do Sol
cruzando o céu é um movimento que se repete. Em outras palavras,
trata-se de um movimento periódico.
Para descrever a sucessão de dias e noites para alguém, podemoss
GL]HUTXHRFLFORRFRUUHDFDGDbK(VVH«RSHU¯RGRGRFLFOR0DV
WDPE«P«SRVV¯YHOGL]HUTXHHVVHFLFORRFRUUHDSUR[LPDGDPHQWH
365 vezes por ano, essa é a frequência com que o ciclo ocorre. Assim,
SHU¯RGRHIUHTX¬QFLDV¥RGXDVJUDQGH]DVI¯VLFDVTXHSRGHPVHU
utilizadas para a descrição dos movimentos periódicos.
Além da passagem dos dias, podemos observar outros movimentos
os
periódicos, como o movimento de um relógio de pêndulo, de um
sistema composto por uma massa acoplada a uma mola (como a
suspensão de um automóvel) ou de uma corda de violão, que oscila
ao ser tocada. Assim como esses movimentos, os movimentos circulares
são periódicos e, por isso, podemos descrevê-los com base no
SHU¯RGRHQDIUHTX¬QFLD
©Shutterstock/Fouad A. Saad
©Shutterstock/Drg Photography
Período ©Shutterstock/Naeblys
(P)¯VLFDDSDODYUDȦSHU¯RGRȧ
está associada a fenômenos O período, representado por
FIS
TXHVHUHSHWHP2SHU¯RGR«R T, corresponde ao intervalo de
intervalo de tempo necessário tempo necessário para completar
para que um fenômeno repetitivo uma volta ou um ciclo.
seja completado.
o período
Pesquise sobre
cada um
de translação de
Sistema
dos planetas do
do Sol.
Solar em torno
3. MOVIMENTO UNIFORME • • 69
Frequência
No caso específico de um movimento circular uniforme,
DbIUHTX¬QFLDFRUUHVSRQGHDRQ¼PHURGHYROWDVFRPSOHWDGDVHPFHUWD
unidade de tempo. Podemos indicar a frequência em um movimento
circular uniforme em voltas por segundo, por minuto, por hora, por dia,
por mês, por ano, etc.
4XDQGRDXQLGDGHXVDGD«YROWDVRXURWD©·HVSRUVHJXQGRUSV
FRVWXPDPRVGHQRPLQ£ODKHUW]+]HTXDQGRDXQLGDGHXVDGD«YROWDV
RXURWD©·HVSRUPLQXWRFRVWXPDPRVUHSUHVHQW£ODVLPSOHVPHQWH
por rpm. Enquanto a unidade hertz pertence ao SI, rpm pertence
DbXPbVLVWHPDXVXDOHWHPDSOLFD©¥RPDLVIUHTXHQWHQDVHQJHQKDULDV
HbHPVLWXD©·HVGL£ULDVFRPRQDUHSUHVHQWD©¥RGHTXDQWDVYROWDV
RbPRWRUGHXPYHQWLODGRUFRPSOHWDHPXPPLQXWR
A frequência cardíaca,
RXWURbH[HPSORGRXVRFRWLGLDQR
do termo frequência, é medida
HPbEDWLPHQWRVSRUPLQXWRESP
©Shutterstock/Evgeniy Kalinovskiy
Sabendo o que significam período e frequência, Fazendo o cálculo referente à regra de três
é possível fazer uma regra de três que relaciona DQWHULRUFRQFOX¯PRVTXHIbyb7b b1RUPDOPHQWH
essas duas grandezas: HVVDbHTXD©¥R«HVFULWDGDVHJXLQWHIRUPD
Número de
N Intervalo de
I 1
voltas tempo T
1 → T (período)
Ou seja, a frequência é o inverso do período
f (frequência) → 1
HbYLFHYHUVD
70 • • FÍSICA
Deslocamento angular r
d
Â
Ângulo Ângulo
O deslocamento angular é uma grandeza física
definida pela variação do ângulo central de um
HPbJUDXV HPbUDGLDQRV
objeto que descreve um movimento circular. S
2bGHVORFDPHQWRDQJXODU«UHSUHVHQWDGRSRUΔθ e 30°
6
é medido em radiano no SI. O radiano corresponde
a uma abertura angular determinada pelo arco 45°
S
de comprimento igual ao raio da circunferência. 4
Em termos práticos, a conversão pode ser feita S
considerando a seguinte igualdade: 60°
3
360° = 2π radianos
S
Em uma circunferência, podem-se circunscrever 90°
2
2π (6,28) raios em seu perímetro. Logo, em uma
circunferência, há 2π (6,28) radianos. Cada radiano
corresponde a aproximadamente 57,3°. A tabela 180° π
mostra alguns ângulos notáveis expressos em
3S
graus e em radianos. 270°
2
1m
360° 2π
1r
ad
FIS
1m
Se o raio
correspon
arco do co de ao
mprimento
circunferê da
ncia, a ab
é definida er tura
como rad
iano.
3. MOVIMENTO UNIFORME • • 71
Velocidade angular
ATIVIDADES
Quando falamos em deslocamentos, medidos em metros, EM13CNT301, EM13CNT302, EM13CNT204
quilômetros ou em outra unidade, é natural considerarmos o tempo 17. Com base na definição
que levamos para percorrer tais deslocamentos e, com isso, definir a do conceito de período,
rapidez com que eles são realizados. responda às questões
Nos movimentos circulares, podemos construir um raciocínio a seguir.
análogo, que levará à definição da grandeza física denominada
velocidade angular. Considere um objeto descrevendo uma trajetória a) Qual é o período de
circular com raio R. Se o movimento descrito for circular uniforme, translação de Vênus
HPLQWHUYDORVGHWHPSRVLJXDLVRTXHRFRUUHFRPRV¤QJXORV em horas?
descritos por ele? Vênus tem um período de 224,7 dias,
ou seja, ele leva aproximadamente
3HQVHQRVHJXLQWHH[HPSORVHHVVHPµYHOSHUFRUUHUXP¤QJXOR 224 dias para completar uma volta em
torno do Sol. Em horas, esse período
GHrHPVHJXQGRVHPVHJXQGRVHOHSHUFRUUHU£rHP é igual a
VHJXQGRVrHDVVLPSRUGLDQWH,VVRVLJQLILFDTXHHPLQWHUYDORV TV = 224,7 ∙ 24
GHWHPSRVLJXDLVHVVHPµYHOGHVFUHYH¤QJXORVWDPE«PLJXDLV1HVVH TV = 5 392,8 h
exemplo, se o corpo com velocidade de módulo constante descreve
rHPVHJXQGRVHQW¥RLVVRHTXLYDOHDGL]HUTXHHOHGHVFUHYH
rbHPFDGDVHJXQGR
(VVHUHVXOWDGRTXHUHODFLRQDR¤QJXORSHUFRUULGRSRUXPFRUSR
em movimento circular ao intervalo de tempo, é denominado
velocidade angular média (ω9LVWRTXHHVVDYHORFLGDGH«FRQVWDQWH
em movimentos uniformes, é indiferente calcular seu valor médio
RXbLQVWDQW¤QHR6HQGRΔθR¤QJXORGHVFULWRSRUXPFRUSRHP0&8
e Δt o intervalo de tempo transcorrido para que isso seja realizado,
podemos calcular sua velocidade média angular da seguinte forma:
b) Qual é o período do
ponteiro dos minutos de
'T um relógio em minutos?
ωm
't 1 minuto.
c) Qual é o período de
rotação da Terra
'T
ωm ω em segundos?
't
O período de rotação é o tempo que a
Terra leva para dar uma volta completa
em torno do próprio eixo. Esse período
corresponde a 1 dia (24 h). Para
converter esse período em segundos,
A velocidade angular é uma grandeza física definida pela rapidez devemos proceder da seguinte maneira:
com que ocorre o deslocamento angular de um objeto em movimento 24 ∙ 3 600 s = 86 400 s
circular. Ela é representada por ω e, como é a razão entre uma medida
angular e o tempo, sua unidade, em um primeiro momento, poderia ser
expressa como radianos por segundo ou graus por segundo. No entanto,
como as medidas angulares não são unidades físicas, a unidade da
YHORFLGDGHDQJXODUQR6,«DSHQDVVb b+]&RQWXGRWUDGLFLRQDOPHQWH
ela é expressa em radiano por segundo (rad/s).
72 • • FÍSICA
18. Assinale V para verdadeiro e F para falso nas 20. Um disco, do tipo DVD, gira com movimento
afirmativas a seguir.
ǡ͵ͲǤ
A velocidade angular dele, em rad/s, é
a) ( V ) Frequência e período são grandezas
inversamente proporcionais. a) ͵Ͳπ X c) π e) 5 π
b) 2 π d) ͵Ͳπ
b) ( V ) O hertz relaciona o número de voltas
realizado no período de 1 segundo. Inicialmente, determinamos quantas voltas esse DVD realiza por
segundo.
c) ( V ) A frequência corresponde ao número
Por proporção, temos:
de voltas ou ciclos realizados em uma
30
unidade de tempo. = 0,5
60
d) ( V ) A unidade da velocidade angular no SI ω = 2 ∙ π ∙ 0,5
é apenas 1/s = Hz. ω = π rad/s
FIS
Sabendo que cada frango dá uma volta
completa a cada meio minuto, determine a
frequência de rotação de um espeto, em Hz:
v1 volta — 30 s
c) a velocidade angular do corpo.
f voltas — 1 s
ω = 2 ∙ π ∙ 20
1
ω = 40 π rad/s f=
30
3. MOVIMENTO UNIFORME • • 73
Funções do movimento circular uniforme
8PDGDVSULQFLSDLVFDUDFWHU¯VWLFDVGRVPRYLPHQWRVXQLIRUPHV« Como pretendemos encontrar
TXHRVREMHWRVSHUFRUUHPGLVW¤QFLDVLJXDLVHPLQWHUYDORVGHWHPSR uma função que nos permita
iguais. Por analogia, corpos que descrevem movimentos uniformes em calcular a posição angular (θW
trajetórias circulares têm deslocamentos lineares e angulares iguais para cada instante de tempo,
HPbLQWHUYDORVGHWHPSRLJXDLV temos que isolá-la, obtendo:
Por exemplo, um ciclista que se movimenta em uma pista θωyW θW
FLUFXODUHP0&8FRPYHORFLGDGHOLQHDUGHbPVHYHORFLGDGH
θW θωyW
DQJXODUGHbUDGVHTXLYDOHQWHDrSRUVHJXQGRSHUFRUUH
GHVORFDPHQWRVGHPHWURVHGHUDGLDQRHPFDGDLQWHUYDORGH Essa função nos permite
bVHJXQGRHPbbVHJXQGRVRFLFOLVWDSHUFRUUHPHWURVHUDGLDQR caracterizar o comportamento da
HPbbVHJXQGRVSHUFRUUHPHWURVHUDGLDQRHWF$IXQ©¥R posição angular (θWHPIXQ©¥R
horária da posição de um objeto em movimento uniforme é dada por: do tempo. Por isso, é denominada
VWb bVbbYbybW GHIXQ©¥RGDSRVL©¥RGR0&8
Observe que ela é semelhante
Podemos chegar a uma função semelhante para a posição angular
¢bIXQ©¥RGDSRVL©¥RGR08
GHXPREMHWRHP0&8XWLOL]DQGRDGHILQL©¥RGHYHORFLGDGHDQJXODU
'T T T0
ω ⇒ ω VW VYyW08
't t t0
θW θωyW0&8
Em geral, assumimos que o movimento inicia no instante t
Logo:
T T0 T T0
ω Convenciona-se o sentido
t t0 t
positivo do movimento circular
ωyW θ – θ para movimentos que ocorrem
no sentido anti-horário.
EXEMPLOS RESOLVIDOS
8PFRUSRVHPRYLPHQWDHPXPDWUDMHWµULD RESPOSTA
circular no sentido anti-horário. Entre os
3DUDGHWHUPLQDUR¤QJXORGHVFULWRQHVVH
LQVWDQWHVbVHbVRFXSDDSRVL©¥RGHrHr
intervalo de tempo, devemos calcular, inicialmente,
UHVSHFWLYDPHQWH'HWHUPLQHR¤QJXORGHVFULWR
DYDULD©¥RGR¤QJXORGHGHVORFDPHQWR
nesse intervalo de tempo e a velocidade angular
média. Δθ rȡr
Δθ r
t2 = 4s 'T t1 = 2s
7UDQVIRUPDQGRHPUDGLDQRVWHPRV
D = 135º π rad →r
E = 45º
O Δθ →r
90q · S rad
Δθ
180q
S
Δθ rad
2
Podemos determinar a velocidade angular
média desta forma:
S
'T 2
ωm ⇒ ωm
't 4 2
S
ωm UDGV
4
74 • • FÍSICA
TRANSMISSÃO DE MOVIMENTO
Os conceitos vistos no estudo dos movimentos circulares uniformes
ajudaram cientistas, engenheiros e inventores a desenvolver uma infinidade de
máquinas e dispositivos que estão presentes no cotidiano de todas as pessoas.
$RSHQVDUSRUH[HPSORQDVSROLDVSRGHPRVQRVOHPEUDUGHLQ¼PHURV
aparelhos que utilizam essas peças: bicicletas, relógios analógicos,
ventiladores, automóveis, etc. Em muitos desses exemplos, o movimento
circular de um dos elementos das máquinas é transmitido para os demais.
Isso é feito por meio de correias, engrenagens e eixos. Os relógios
analóggicoss, por
analógicos, p exemplo, apresentam polias associadas de diversas formas.
N imagem,
Na image
mage
ma gem,
m, é possível ver polias de tamanhos diferentes que se tocam pela
n
noo
oon
stock/M
extremidade ou estão conectadas umas às outras por pinos. ©S
hu tter
As polias e
engrenagens estão
presentes em
diversos objetos de
nosso uso diário.
FIS
©Shutterstock/Iaroslav Neliubov
3. MOVIMENTO UNIFORME • • 75
Polias interligadas por correias
Ao associar duas polias da forma como vemos na Como é possível calcular a velocidade linear em
imagem, a correia ou corrente estabelece um contato um movimento circular, as velocidades angulares
indireto entre elas. Não ocorrendo escorregamento das polias A e B se relacionam da seguinte forma:
entre as polias e a correia de transmissão, quando
vA YB
DFRUUHLDVHGHVORFDUSRUH[HPSORbPXPSRQWR
GDSHULIHULDGDSROLD$WDPE«PVHGHVORFDU£bP ωA · RA ωB · RB
HRbPHVPRRFRUUHU£FRPXPSRQWRGDSHULIHULDGD Usando essa equação e considerando que
polia B. Ou seja, nesse tipo de situação, a velocidade ω π · f, qual dos discos (A ou BFRPSOHWDPDLV
linear da correia é compartilhada pelas duas polias. voltas por segundo? Como vimos, o número de
Assim, todos os pontos da periferia das duas polias voltas completadas em certa unidade de tempo é
têm a mesma velocidade linear (vAb bYBb bFRUUHLD chamado de frequência. Assim, para responder a essa
questão, basta realizar uma substituição:
B
©Shutterstock/Talashow
Correias e correntes
utilizadas em sistemas de
transmissão de movimento
©Shutterstock/Vladimir Mulder
76 • • FÍSICA
Engrenagens colocadas em contato
giram com a mesma velocidade
linear, mas em sentidos opostos.
FIS
cia das
interlig polias
adas p
eixo é or um
a mesm
a.
©Shutterstock/Yakov Oskanov
3. MOVIMENTO UNIFORME • • 77
EXEMPLOS RESOLVIDOS
Duas polias giram ligadas por um eixo, como RESPOSTA
mostra a figura a seguir. Sabendo que RAb bbFP
ωA ωB
que RBb bbFPHTXHDYHORFLGDGHHVFDODUGHXP
v A vB
SRQWRSHULI«ULFRGDSROLD$«bFPVGHWHUPLQHD =
RA RB
velocidade no ponto x.
60 v x
=
10 30
x
y yYx
1 800
Yx
10
RA
vx FPV
RB
CONECTADO
Andar de bicicleta vem deixando de ser apenas
uma opção de lazer para se tornar uma alternativa
de mobilidade urbana. Saudável, barato e não
poluente, esse meio de transporte já é adotado em
grande escala em vários países e vem ganhando seu
espaço também no Brasil. Mas você já reparou como
funciona o movimento da bicicleta? O texto a seguir
trata do assunto.
Na figura, podemos ver que a bicicleta tem uma
corrente T que liga uma coroa dentada dianteira,
movimentada pelos pedais, a uma coroa dentada de
raio menor, chamada de pinhão e fixada no eixo da
roda traseira. Quando pedalamos, a roda traseira gira
com a mesma velocidade angular ω do pinhão.
DKO Estúdio. 2015. Digital.
I
T
mg
F1
78 • • FÍSICA
O número de voltas dadas pela roda traseira
a cada pedalada depende do tamanho relativo ATIVIDADES
das coroas dentadas. Para uma coroa que tenha EM13CNT301, EM13CNT302, EM13CNT204
um raio quatro vezes maior que o do pinhão, 22. As rodas dentadas constituem engrenagens
SRUbH[HPSORSDUDFDGDYROWDFRPSOHWDGRSHGDO úteis para a transmissão de movimento. Duas
HbFRQVHTXHQWHPHQWHGDFRURDPDLRURSLQK¥RG£ rodas dentadas perfeitamente ajustadas
quatro voltas completas, e a roda traseira também, são denominadas A e B. Enquanto a roda A,
pois o pinhão e a roda traseira têm a mesma de 144 dentes, gira em torno de seu eixo com
velocidade angular. velocidade angular de 0,21 rad/s, a roda B,
de 126 dentes, tem velocidade angular em
Dizemos que uma bicicleta tem marchas torno de seu eixo, em rad/s, de:
quando ela tem um conjunto de coroas que podem
ser combinadas de diferentes maneiras. Assim, Inicialmente, determinamos a velocidade linear ao multiplicar o
número de dentes de cada engrenagem por ω:
FDGDbPDUFKDFRQVLVWHQDFRPELQD©¥RGHXPDGDV
vA = ωA ∙ rA
coroas dianteiras com uma das coroas traseiras.
vA = 0,21 ∙ r
3DUDbXPDELFLFOHWDTXHWHQKDWU¬VFRURDVGLDQWHLUDV
vA = 0,21 ∙ 144
e seis traseiras, por exemplo, temos um total
vA = 30,24 u.v.
GHbbybb bPDUFKDVSRVV¯YHLV
vB = ωB ∙ rB
vB = ωB ∙ 126
O movimento de uma Como as duas engrenagens têm a mesma velocidade linear,
temos que:
bicicleta pode ser explicado
vA = vB
aplicando a 3ª. lei de Newton
30,24 = ωB ∙ 126
– princípio de ação e reação:
30, 24
ao forçamos o movimento ωB =
126
do pedal para baixo, temos ωB = 0,24 rad/s
a transmissão da ação para
coroa, corrente, catraca e
roda. É a roda que induz a
aplicação de uma força sobre
RFK¥RD©¥RȦSDUDWU£VȧH
portanto, a bicicleta sofre
XPDIRU©DGHDWULWRUHD©¥R
ȦSDUDDIUHQWHȧHDFHOHUD
FIS
©Shutterstoc
k/Lzf
3. MOVIMENTO UNIFORME • • 79
23. Atualmente, um dos câmbios mais modernos 24. (ACAFE – SC) Uma melhor mobilidade urbana
utilizados na indústria automotiva é o câmbio aumenta a segurança no trânsito e passa pela
CVT (Continuosly Variable Transmission), “convivência pacífica” entre carros e bicicletas.
no qual a transmissão varia continuamente. A figura abaixo mostra uma bicicleta com as
O funcionamento básico consiste em duas rodas de transmissão, coroa e catraca, sendo
polias cônicas ligadas por uma correia. que a catraca é ligada à roda traseira, girando
Elas variam o seu diâmetro de acordo com juntamente com ela quando o ciclista está
a necessidade exigida pelo condutor. Se for pedalando.
necessária uma força maior, por exemplo
quando o veículo precisa vencer uma subida, roda
a polia que liga o eixo de transmissão de torque
às rodas fica com o diâmetro maior e a polia
ligada à rotação do motor assume um diâmetro
menor. O tempo TR corresponde a uma volta
completa da polia maior, e Tr refere-se ao coroa
catraca
tempo de uma volta completa da polia menor.
Supondo que, nessa situação, a polia menor
Em relação à situação acima, marque com V
tenha 2/3 do diâmetro da polia maior e que
as afirmações verdadeiras e com F as falsas.
a correia que liga as duas polias não desliza,
o tempo Tr necessário para que a polia menor ( V ) A velocidade linear de um ponto na
dê uma volta completa é: periferia da catraca é igual a de um ponto
na periferia de coroa.
2
X a) Tr =· TR c) Tr = 2 · TR
3 ( V ) A velocidade linear de um ponto na
periferia da catraca é menor que a de um
3 d) Tr = 3 · TR
bȎ Tr = · TR ponto na periferia da roda.
2
( V ) A velocidade angular da coroa é menor
v = ω ∙ R (equação 1) que a velocidade angular da catraca.
2S
ω= (equação 2) ( V ) A velocidade angular da catraca é igual
T
à velocidade angular da roda.
Substituindo a equação 2 em 1, temos:
2S 2S
A sequência correta, de cima para baixo, é:
·R = ·R
T1 1 T2 2 a) F - F - V - F
2S 2S b) F - V - F - V
·R = · R2
T1 1 T2 X c) V - V - V - V
Como
d) V - F - F - V
RR Rr
TR Tr 25. Existem diversas situações em que
Tr Rr presenciamos o acoplamento de polias.
TR RR Dependendo do tipo de acoplamento, as
§2· polias podem ter a mesma velocidade linear
Tr ¨ 3 ¸ TR ou a mesma velocidade angular. Em cada um
© ¹
dos exemplos a seguir, classifique o tipo de
acoplamento (por corrente ou por eixo) e
defina qual velocidade permanece igual.
a) Entre a catraca e a coroa de uma bicicleta.
Acoplamento por corrente e polias com mesma velocidade linear.
80 • • FÍSICA
26. Um toca-discos – aparelho de som que funciona a) A agulha parte da periferia do disco em
por meio do movimento de rotação de um disco direção ao centro. O que ocorre com a
acoplado a uma base – gira a uma frequência velocidade linear do ponto de contato
de 78 rpm. O disco contém informações lidas da agulha com o disco, conforme ela se
por uma agulha e transmitidas para a caixa de aproxima do centro?
som. Considerando que a base do toca-discos A velocidade linear diminui, uma vez que o raio também está
tem um raio de 20 cm e que um disco de raio
15,5 cm seja colocado sobre ela, responda às diminuindo.
questões propostas.
b) Qual é a velocidade linear da borda da
's 2· S ·R
v= ⇒v=
't T
78
v = 2 ∙ π ∙ R ∙ f ⇒ v = 2 ∙ 3 ∙ 20 ∙ ⇒ v = 156 cm/s
60
as atividades
Agora, você pode fazer
ão Conqui sta Enem.
32 a 37 da seç
ORGANIZE AS IDEIAS
• O esquema a seguir procura sistematizar as ideias estudadas até aqui. Insira, nos quadros em
branco, os conceitos que faltam para completá-lo adequadamente.
{ MOVIMENTO UNIFORME {
PODE SER PODE SER
v>0
3. MOVIMENTO UNIFORME • • 81
Gabaritos.
abaa
ab
CONQUISTA ENEM
EM13CNT301, EM13CNT302, EM13CNT306
27. (FCM – PB) Um móvel se desloca de um ponto Assinale a alternativa que apresenta a
A para um ponto B com velocidade escalar velocidade determinada pelo sistema quando
média de 200 km/h, chegando ao ponto B, da passagem do veículo.
100 km distante do ponto A, às 15 horas. a) 15 km/h
Qual o horário de partida do móvel?
b) 23,7 km/h
a) 14 horas e 45 minutos.
X c) 54 km/h
b) 14 horas.
d) 58,2 km/h
X c) 14 horas e 30 minutos.
e) 66,6 km/h
d) 14 horas e 10 minutos.
30. (ACAFE – SC) Filas de trânsito são comuns
e) 14 horas e 50 minutos.
nas grandes cidades, e duas de suas
28. (UNESP – SP) O limite máximo de velocidade consequências são: o aumento no tempo da
para veículos leves na pista expressa da viagem e a irritação dos motoristas. Imagine
Av. das Nações Unidas, em São Paulo, foi que você está em uma pista dupla e enfrenta
recentemente ampliado de 70 km/h para uma fila. Pensa em mudar para a fila da pista
90 km/h. O trecho dessa avenida conhecido ao lado, pois percebe que, em determinado
como Marginal Pinheiros possui extensão de trecho, a velocidade da fila ao lado é
22,5 km. Comparando os limites antigo e novo 3 carros/min enquanto que a velocidade da sua
de velocidades, a redução máxima de tempo fila é 2 carros/min. Considere o comprimento
que um motorista de veículo leve poderá de cada automóvel igual a 3 m.
conseguir ao percorrer toda a extensão da
15
5m
Marginal Pinheiros pela pista expressa, nas
velocidades máximas permitidas, será de,
aproximadamente:
a) 1 minuto e 7 segundos.
b) 4 minutos e 33 segundos.
Assinale a alternativa correta que mostra
c) 3 minutos e 45 segundos.
o tempo, em min, necessário para que um
d) 3 minutos e 33 segundos. automóvel da fila ao lado que está a 15 m atrás
X e) 4 minutos e 17 segundos. do seu possa alcançá-lo.
29. (UFPR) Um sistema amplamente utilizado para a) 2 b) 3 X c) 5 d) 4
determinar a velocidade de veículos – muitas 31. (UFMS) No dia 4 de novembro de 2018, foi
vezes, chamado erroneamente de “radar” – realizada a 8ª volta UFMS. O percurso tem
possui dois sensores constituídos por laços largada e chegada em frente ao prédio da
de fios condutores embutidos no asfalto. Cada Reitoria da universidade, com circuitos de uma
um dos laços corresponde a uma bobina. ou duas voltas, sendo cada volta de 3,5 km.
Quando o veículo passa pelo primeiro laço, a
Um atleta que correrá as duas voltas terminará
indutância da bobina é alterada e é detectada
a primeira volta com um pace médio de
a passagem do veículo por essa bobina. Nesse
6,0 min/km. Como ele pretende completar
momento, é acionada a contagem de tempo,
a prova com um pace médio de 5,0 min/km,
que é interrompida quando da passagem
a segunda volta deve ser completada com uma
do veículo pela segunda bobina. Com base
velocidade média de:
nesse sistema, considere a seguinte situação:
em uma determinada via, cuja velocidade a) 4,0 km/h
limite é 60 km/h, a distância entre as bobinas b) 12 km/h
é de 3,0 m. Ao passar um veículo por esse c) 14,4 km/h
“radar”, foi registrado um intervalo de tempo
X d) 15 km/h
de passagem entre as duas bobinas de 200 ms.
e) 18 km/h
82 • • FÍSICA
32. (FMP – RJ) O lançamento de martelo é uma 34. ENEM As bicicletas possuem uma corrente que
modalidade olímpica de atletismo na qual o liga uma coroa dentada dianteira, movimentada
atleta gira uma esfera de metal presa por um pelos pedais, a uma coroa localizada no eixo
cabo e solta, visando a que a esfera atinja a da roda traseira, como mostra a figura.
maior distância possível após o lançamento, O número de voltas dadas pela roda traseira
conforme mostra a figura abaixo. a cada pedalada depende do tamanho
relativo destas coroas. Em que opção abaixo
a roda traseira dá o maior número de voltas
por pedalada?
X a)
b)
FIS
sabendo que mede 6 cm, em m/h, é igual a:
(Considere π = 3)
a) 7 · 10–2
b) 4 · 10–2
c) 5 · 10–2
d) 6 · 10–2 e)
–2
X e) 3 · 10
3. MOVIMENTO UNIFORME • • 83
35. (ITA – SP) No sistema convencional de tração A frequência de giro do ponteiro, em rpm, é
de bicicletas, o ciclista impele os pedais, cujo a) 1 d) 81
eixo movimenta a roda dentada (coroa) a ele
X b) 2 e) 162
solidária. Esta, por sua vez, aciona a corrente
responsável pela transmissão do movimento c) 4
a outra roda dentada (catraca), acoplada ao 37. ENEM Para serrar os ossos e carnes
eixo traseiro da bicicleta. Considere agora congeladas, um açougueiro utiliza uma serra
um sistema duplo de tração, com 2 coroas, de fita que possui três polias e um motor.
de raios R1 e R2 (R1 < R2) e 2 catracas R3 e O equipamento pode ser montado de duas
R4 (R3 < R4), respectivamente. Obviamente, formas diferentes, P e Q. Por questão de
a corrente só toca uma coroa e uma catraca de segurança, é necessário que a serra possua
cada vez, conforme o comando da alavanca menor velocidade linear.
de câmbio. A combinação que permite máxima Serra
velocidade da bicicleta, para uma velocidade de fita
Polia 3
angular dos pedais fixa, é
Motor Polia 2
a) coroa R1 e catraca R3.
Polia 1
b) coroa R1 e catraca R4. Correia
X c) coroa R2 e catraca R3.
d) coroa R2 e catraca R4. Montagem P
84 • • FÍSICA
DO
BR
EN
AL
IN
HA
PO
4
NT
I LH
AD
A
ORMEMEN T E
VA toc
k/L
ucian
aE
llin
gto
n
ters
hut
©S
OBJETIVOS DO CAPÍTULO
¤ Definir movimento
uniformemente variado.
¤ Reconhecer as grandezas
da função do movimento
uniformemente variado.
¤ Resolver situações que
necessitem da equação de
Torricelli.
¤ Analisar os movimentos
verticais e bidimensionais.
4
No capítulo anterior, estudamos os conceitos e as grandezas
©Shutterstock/Tusumaru
relacionados aos movimentos uniformes. Neste capítulo, vamos
estudar os movimentos em que a velocidade varia conforme a
passagem do tempo.
Em situações em que os corpos estão sujeitos a variações
constantes de velocidade e têm trajetória em linha reta, o movimento
é classificado como movimento retilíneo uniformemente variado
05893RUH[HPSORTXDQGRXPFDUURHVW£LQLFLDOPHQWHDbNPK
e o motorista aciona o acelerador, fazendo com que, a cada segundo,
DYHORFLGDGHDXPHQWHHPbNPKRPRYLPHQWRGRFDUURWRUQDVH
uniformemente variado.
40 200 40 200
20 220 20 220
0 240 0 240
t0 = 0 s t0 = 2 s
Para corpos em
MUV, em intervalos
de tempos iguais,
a variação da
velocidade é igual. 100 120 140 100 120 140
80 160 80 160
60 180 60 180
40 200 40 200
20 220 20 220
0 240 0 240
t0 = 4 s t0 = 6 s
'v
a=
't
86 • • FÍSICA
Observamos que, nesse caso, o módulo do vetor aceleração é constante, isto é, igual
em todos os instantes de tempo. Movimento retilíneo uniformemente variado é aquele em
que o módulo da aceleração do móvel é constante durante o tempo.
v0 v
a a
t0 = 0 t
Como o módulo da aceleração é constante e não nulo, seu valor coincide com o da
aceleração média desse corpo. Logo: a = am.
v v0
Desenvolvendo a igualdade anterior, temos: a = . Como t0b bDHTXD©¥RSRGH
t t0
ser reescrita para chegarmos à função horária da velocidade:
v(t) = v0 + a · t
FICA A DICA!
A função horária da velocidade permite
descrever a velocidade de um corpo em MRUV com 2
2SURGXWRDbybW«DSDUFHOD
o transcorrer do tempo. O termo v0 representa a qque quantifica o ganho ou a
YHORFLGDGHLQLFLDOGRFRUSRQRWHPSRWb bLVWR«D pperda de velocidade durante
velocidade com que o corpo começa o movimento. o movimento.
FIS
e sentido.
O movimento retardado é definido quando os
vetores velocidade e aceleração têm mesma direção,
mas sentidos contrários.
Storm
/Digital
erstock
©Shutt
4. MOVIME
MOVIMENTO
IMENN TO UNIFORMEMENTE VAR
VARIADO
RIAD
DO • • 87
Gráfico da velocidade em função do tempo
A função horária da velocidade no MRUV é No diagrama a seguir, a aceleração é negativa,
GDGDSRUYWb bY0bbDbybW(OD«DQ£ORJD¢IXQ©¥R HRUHVSHFWLYRJU£ILFRGDYHORFLGDGHHPIXQ©¥R
DILPI[b bDbyb[bbE(VVDUHOD©¥RSHUPLWHD GRWHPSR«UHSUHVHQWDGRSRUXPDUHWDLQFOLQDGD
UHSUHVHQWD©¥RJU£ILFDGDYHORFLGDGHGHPRGR SDUDbEDL[R
©sciencephotos/Alamy/Fotoarena
VHPHOKDQWHDRTXH«IHLWRSDUDUHSUHVHQWDU
JUDILFDPHQWHDIXQ©¥RDILP
1DH[SUHVV¥RYWb bY0bbDbybWRWHUPRv0
FRUUHVSRQGHDRFRHILFLHQWHOLQHDUHLQGLFDRQGH
DUHWDLQWHUFHSWDRHL[RGDVRUGHQDGDVHRWHUPR
a FRUUHVSRQGHDRFRHILFLHQWHDQJXODULQGLFDQGR
DLQFOLQD©¥RGDUHWD1RGLDJUDPDDVHJXLUFRPR
DbDFHOHUD©¥R«SRVLWLYDRUHVSHFWLYRJU£ILFRGD
Observe que, em ambos os gráficos, a aceleração,
YHORFLGDGHHPIXQ©¥RGRWHPSR«UHSUHVHQWDGR
relacionada ao coeficiente angular da reta, e
SRUbXPDUHWDLQFOLQDGDSDUDFLPD
DbYHORFLGDGHLQLFLDOUHODFLRQDGDDRFRHILFLHQWH
v
OLQHDUbGDUHWDSRGHPVHUREWLGRVJUDILFDPHQWHSRU
'v
a= ; v0ɅHY
a>0 't
v=0
t
v0
O
FUNÇÃO HORÁRIA DA POSIÇÃ
DO MOVIMENTO RETILÍNEO
UNIFORMEMENTE VARIADO
$IXQ©¥RKRU£ULDGDSRVL©¥RSHUPLWHGHVFUHYHUFRPRYDULDDSRVL©¥RGHXP
R GHXP
P
FRUSRHP0589¢PHGLGDTXHRWHPSRWUDQVFRUUH(VVDIXQ©¥RFRUUHVSRQGHD
RQ
QGH D
XPDIXQ©¥RTXDGU£WLFDHQWUHDSRVL©¥RVHRWHPSRW
a · t2
VW V0Y0yW
2 lic
k
kC
ee
/G
ck
sto
ter
ut
Sh
O termo s0 UHSUHVHQWDDSRVL©¥RLQLFLDOGRFRUSR v0UHSUHVHQWDDYHORFLGDGHLQLFLDOH
ORFL
ORFLGD
FL G GH LQL
GD QLFL
FLDO
FL DO H ©
o termo aUHSUHVHQWDDDFHOHUD©¥R2EVHUYHTXHHVVDIXQ©¥R«VHPHOKDQWH¢IXQ©¥RGD
SRVL©¥RGHXPFRUSRHPPRYLPHQWRXQLIRUPHVb bV0bbYbybWPDVFRPXPWHUPRDPDLV
§ a · t2 ·
¨¨ ¸¸ RTXDOFRUUHVSRQGHDRDFU«VFLPRRX¢UHGX©¥RGRGHVORFDPHQWRHPUD]¥RGD
© 2 ¹
DFHOHUD©¥RRXGDGHVDFHOHUD©¥R
88 • • FÍSICA
Gráfico da posição em EQUAÇÃO DE TORRICELLI
função do tempo Além de seus estudos com fluidos
A posição de um corpo em MRUV é definida HbGRbHVWDEHOHFLPHQWRGRSULQF¯SLRGHIXQFLRQDPHQWR
SRUXPDIXQ©¥RTXDGU£WLFDI[b bDbyb[2bbEbyb[bbF dos barômetros, o físico e matemático italiano
Hb«bREWLGDSHODUHOD©¥RI¯VLFD (YDQJHOLVWD7RUULFHOOLVHGHGLFRX
DbHVWXGRVFLQHP£WLFRV$RDQDOLVDUDYHORFLGDGH
GHbTXHGDGHXPDJRWDGȤ£JXDSHUFHEHXTXH
havia uma relação de proporcionalidade entre a
a · t2 velocidade e a raiz quadrada da altura. Seus estudos
s(t) = s0 + v0 · t +
2 levaram à dedução de uma equação
que relaciona velocidade,
aceleração e deslocamento
Com base nas propriedades das funções independentemente
quadráticas, já estudadas em Matemática, é possível do tempo.
fazer algumas considerações a respeito do gráfico
correspondente à função da posição do MRUV:
EVANGELISTA
• a representação gráfica dessa função é sempre
dada por um arco de parábola, em que a 725dz,&(/ǭ,
concavidade é definida pelo sinal da aceleração;
• acelerações positivas determinam parábolas
com concavidade para cima, acelerações
negativas determinam parábolas com Evangelista
concavidade para baixo; Torricelli, um
dos principais
físicos na área
s s v=0 da Mecânica.
s0 ns
mo
om
diaC
a<0 ikime
©W
a>0
s0
Essa equação ficou conhecida como
t t equação de Torricelli e pode ser bastante útil
v=0 para modelar alguns problemas envolvendo
movimentos uniformemente variados. Utilizando
• o termo independente s0 determina o ponto no as funções horárias da velocidade e dos espaços
qual a parábola intercepta a ordenada, isto é, (desenvolvidas por seu mestre Galileu) para esse
RbHL[RGRVWHPSRV tipo de movimento, ele chegou a uma equação
FIS
§ b ' · que relaciona os quadrados das velocidades,
• os vértices das parábolas ¨ x v = ; y v = ¸
© 2a 4a¹ DbDFHOHUD©¥RHRGHVORFDPHQWR
©Shutterstock/Whitemocca
O que a Física tem a ver com isso?
Existem diversas profissões que
exigem análises de gráficos, tabelas
e quadros. Na bolsa de valores, por
exemplo, os chamados analistas
realizam diversos tipos de estudo do
mercado para saber se é o momento
de comprar ou de vender ações de
determinada empresa. Uma das
análises mais utilizadas é a gráfica,
que permite obter informações
normalmente invisíveis quando
apenas números são analisados.
Na Medicina, não é raro
encontrar situações em que os
dados contidos em gráficos tenham
de ser desvendados no momento
©Shutterstock/Gorodenkoff
de apresentar diagnósticos
a pacientes. Isso ocorre na
leitura de eletrocardiogramas,
eletroencefalogramas, ecografias e
vários outros exames. Nas diversas
engenharias que existem, os
profissionais se deparam muitas
vezes com informações contidas em
tabelas e quadros ou gráficos.
Caso eles não saibam interpretar
o que leem, certamente terão muita
dificuldade para pôr em prática seus
projetos. Até mesmo um jornalista
deve ser hábil o bastante com a
representação gráfica. No momento
use
Creative Ho
jornalística.
Não é por acaso que as
diversas grandezas da Física têm
suas variações representadas
graficamente. Essa é uma forma
eficiente de informar o que se deseja
de forma mais clara e concisa.
90 • • FÍSICA
EM13CNT303
ATIVIDADES
1. (IFCE) Um automóvel possui velocidade 3. (PUCPR) Considere os dados a seguir.
constante v = 20 m/s. Ao avistar um O guepardo é um velocista por excelência.
semáforo vermelho à sua frente, o motorista O animal mais rápido da Terra atinge uma
freia o carro imprimindo uma aceleração
ͳͳͲȀǤ
de –2 m/s2. A distância mínima necessária para O que é ainda mais notável: leva apenas
o automóvel parar, em m, é igual a: (Despreze três segundos para isso. Mas não consegue
qualquer resistência do ar neste problema) manter esse ritmo por muito tempo; a maioria
das perseguições é limitada a menos de meio
a) 50 c) 400 X e) 100
minuto, pois o exercício anaeróbico intenso
b) 200 d) 10 produz um grande débito de oxigênio e causa
uma elevação abrupta da temperatura do
Aplicando a equação de Torricelli, temos: corpo (até quase 41 °C, perto do limite letal).
v = v 20 + 2 · a · Δs ⇒ 0 = 202 + 2 ∙ (–2) · Δs Um longo período de recuperação deve se
0 – 202 – 400 seguir. O elevado gasto de energia significa
= Δs ⇒ Δs = = 100 m
–4 –4 que o guepardo deve escolher sua presa
cuidadosamente, pois não pode se permitir
muitas perseguições.
Considere um guepardo que, partindo do
2. (UFJF – MG) Uma pequena aeronave não repouso com aceleração constante, atinge
tripulada, de aproximadamente dois metros de ͳͲͺȀײ
ǡ
comprimento, chamada X-43A, foi a primeira mantendo essa velocidade nos oito segundos
aeronave hipersônica que utilizou com sucesso subsequentes. Nesses onze segundos de
um sistema de propulsão por foguete chamado movimento, a distância total percorrida pelo
Scramjet. Ao contrário de foguetes, que guepardo foi de
devem carregar tanto o combustível quanto o
comburente, os Scramjets transportam apenas a) 180 m X d) 285 m
FIS
3
b) ͵͵ǡ͵Ͳ e) ͳʹԜͶͶǡͲ
Para calcular a distância percorrida nesse trecho, vamos utilizar a
c) ʹͶʹǡͺͷͲ equação da posição do MRUV:
TOME NOTA!
ÇO
USE ESTE ESPA
AN OTAR O QUE
PARA
AQUI.
APREND EU ATÉ
92 • • FÍSICA
LANÇAMENTO VERTICAL
ps
sna
k/Ic
toc
s
ter
hut
Quando um corpo é solto do repouso de
©S
determinada altura (queda livre) ou é lançado
verticalmente para cima ou mesmo lançado
verticalmente para baixo, após o momento do
lançamento e desprezando a resistência do ar,
Db¼QLFDDFHOHUD©¥RTXHDWXDVREUHHOH«DDFHOHUD©¥R
da gravidade. Como seu valor é aproximadamente
constante para corpos nas imediações da
superfície terrestre, podemos considerar que o
movimento realizado em qualquer um desses casos
«buniformemente variado.
O EXQJHHMXPS é um esporte de
adrenalina cujo objetivo é saltar de
um lugar alto, em queda livre, preso
apenas por um cabo elástico.
Do ponto de vista da
Dinâmica, se um objeto estiver
sujeito somente ao próprio peso,
podemos afirmar que a força
resultante que atua sobre ele
é somente a força peso. Nesse
caso, a aceleração do corpo,
independentemente de sua
massa, é igual à aceleração local
da gravidade:
G G
FIS
FR = P
G G
m ·a= m ·g
G G
a=g
k u
rch
ste
Nei
tali
/Vi
ock
ODWLWXGHGHrDRQ¯YHOGRPDU«DSUR[LPDGDPHQWH
bPV2, mas, em muitos casos, ela é arredondada
SDUDbPV2.
©Shutterstock/Pixel-shot
+
v0 < 0
a<0
Acelerado
g
Descida
Em quedas livres, os corpos percorrem distâncias cada vez
maiores em intervalos de tempo iguais.
Origem das posições
Origem da posição v0 = 0
a>0
das posições, quando um corpo é lançado
g verticalmente para cima, ele descreve um
movimento uniformemente retardado até que,
no ponto mais alto da trajetória, sua velocidade
Descida
se anule. Na subida, o vetor velocidade e o vetor
aceleração têm sentidos contrários.
+
Em quedas livres, devemos
desconsiderar a ação da força de
resistência do ar. Subida
v0 > 0
a<0
Retardado
94 • • FÍSICA
Equacionamento
• Lançamento para baixo
Como vimos, desprezando a resistência do ar, (chão como referencial,
qualquer lançamento vertical nas proximidades da v0 < 0):
superfície da Terra é um movimento g · t2
uniformemente variado. Logo, s(t) = s0bȡY0yWbȡ
2
para determinar a posição e a
velocidade e encontrar instantes YW bȡY0bȡJyW
de tempo, podemos descrever • Queda livre (referencial v2 ȡY0)2bȡyJyΔs
tais movimentos usando no ponto de origem do
as mesmas equações já movimento, v0 = 0, s0 = 0):
apresentadas para o MUV. 2
g·t
s(t) = +
2
v(t) = +g · t
• Lançamento para
2
v = +2 · g · Δs cima (chão como
referencial,
v0 > 0):
FICA A DICA! s(t) = s0 + v0yWbȡ
g · t2
2
I
Independentemente de um corpo ser lançado para cima ou para v(t) = v0bȡJyW
bbaixo, devemos sempre adotar uma orientação de referência.
IIsso é fundamental para que as grandezas espaço, velocidade v2 = v02bȡyJyΔs
eescalar e aceleração escalar possam ter seus sinais usados de
forma adequada. Observe os dois exemplos possíveis:
Trajetória orientada para cima Trajetória orientada para baixo
Origem da posição
+
g a = –g g a = +g
+
Origem da posição
FIS
• entre os instantes
t 2t e 3t, o móvel se
deslocou 5x unidades
de medida de
comprimento;
Já vimos que, em um gráfico v × t, a área compreendida
entre o diagrama e o eixo dos tempos é numericamente
igual ao deslocamento descrito pelo móvel. Antes de aplicar
essa propriedade, observe algumas construções geométricas
feitas na figura a seguir: • entre os instantes
3t e 4t, o móvel se
v
deslocou 7x unidades
x de medida de
comprimento.
x
x x
x x
x x x
x x x
x x x x
t
t 2t 3t 4t
Com essas observações,
percebemos uma regularidade
nos resultados, que estabelece
um teorema conhecido como
regra de Galileu:
96 • • FÍSICA
EM13CNT204, EM13CNT301
ATIVIDADES
6. (FASA – BA) Durante seus estudos sobre os 8. Bonecas de cerâmica e vasos de flor são
movimentos de queda, do alto da torre de muito comuns em sacadas de apartamentos.
Pisa, Galileu deixou cair corpos de dimensões No entanto, caso caiam, esses belos enfeites
pequenas. Quanto a esta experiência, abaixo oferecem riscos aos pedestres que transitam
são feitas algumas proposições; a saber: pelas caçadas. Imagine a seguinte situação:
I. “A velocidade de cada objeto lançado era uma pessoa acidentalmente deixa cair seu
constante durante o percurso de queda”. vasinho de flor de uma sacada de 5 m de altura.
Considerando que a aceleração da gravidade é
II. “Na comparação entre a queda de dois
de 9,8 m/s2, determine a velocidade com que o
objetos, soltos ao mesmo tempo, o mais
vaso atinge o solo.
pesado chegava ao solo bem antes daquele
(Desconsidere a resistência do ar.)
mais leve”.
III. “Para todos os objetos lançados, a
v2 = 2 · g · Δs
aceleração observada no movimento era
v2 = 2 · 9,8 · 5
praticamente a mesma”.
v2 = 98
Das três proposições, a(s) correta(s) é(são): v ≅ 9,89 m/s
X a) somente III. I. Falsa. O movimento durante a
queda é uniformemente variado.
b) somente II.
II. Falsa. O tempo de queda não
c) somente I. depende das massas. 9. (UEL – PR) Um corpo A é abandonado da altura
d) somente I e II. III. Verdadeira. A aceleração de 180 m, sob ação exclusiva da gravidade,
observada era aproximadamente a cuja aceleração pode ser considerada 10 m/s2.
e) I, II e III. aceleração da gravidade local.
Do mesmo ponto, outro corpo B é abandonado
7. (UFGD – MS) Há mais de 70 anos, um dos 2,0 s mais tarde. Nesta queda de 180 m, a
principais atrativos turísticos do México é a máxima distância entre A e B é de:
Quebrada de Acapulco: mergulhadores saltam a) 180 m
de rochas a 45 metros de altura, sobre as
X b) 100 m
ondas do mar, sem qualquer equipamento
de proteção. Considerando o salto como um c) 80 m
movimento de queda livre de velocidade d) 40 m
vertical inicial nula, desprezando-se a e) 20 m
resistência do ar e tomando a aceleração da
gravidade como g = 10 m/s2, então o tempo A distância será a maior possível quando o corpo A chegar ao
entre o salto e a entrada na água, bem como a solo. Assim, primeiro é necessário determinar o tempo para A
velocidade do mergulhador ao atingir a água, chegar ao solo.
são, respectivamente: g t2 10 · t 2
sA = s0A + v0A ∙ t – ⇒ 0 = 180 + 0 ∙ t –
a) Tempo = 2,5 segundos, 2 2
FIS
velocidade = 25 m/s. 5 ∙ t2 = 180
t2 = 36 ⇒ t = 6 s.
X b) Tempo = 3,0 segundos,
Como o corpo B é solto 2 segundos após A ter começado a cair, é
velocidade = 30 m/s. necessário descobrir onde ele estará após 4 segundos de queda:
c) Tempo = 3,5 segundos, g t2 10 42
sB = s0B + v0B ∙ t – ⇒ sB = 0 + 0 ∙ 4 –
velocidade = 35 m/s. 2 2
d) Tempo = 4,0 segundos, sB = 5 · 16 ⇒ sB = 80
velocidade = 40 m/s. sA→B = sA – sB ⇒ sA→B = 180 – 80 ⇒ sA→B = 100 m
©sciencephotos/Alamy/Fotoarena
b) o tempo total do movimento da bola;
Como a bola retorna ao ponto de lançamento, o tempo de subida
é igual ao tempo de descida.
ttotal = ts + td
ttotal = 2 + 2 = 4 s
as atividades
Agora, você pode fazer
sta Enem.
24 e 25 da seção Conqui
98 • • FÍSICA
Tempo de movimento e alcance
No lançamento horizontal, o tempo de movimento é
igual ao tempo de movimento de um objeto abandonado
do repouso. Isso se deve ao fato de que a velocidade
horizontal não interfere nas propriedades do movimento
vertical.
©Sh
Eixo y utte
rsto
ck/O
vx still
vx Is F
ranc
vy = 0 k Ca
mhi
vx
vy
Queda
livre vy vx
(MUV)
vy A velocidade horizontal no
lançamento é constante.
vx Eixo x
Movimento uniforme
vy
vx = constante
2·h
A = vx ·
g
RESPOSTA
Em primeiro lugar, devemos determinar o Sabendo qual foi o tempo gasto pelo objeto
tempo de queda do ovo. Podemos descobrir esse para chegar ao solo, podemos determinar a
tempo utilizando a equação que determina o velocidade de lançamento por meio da equação
tempo de queda no movimento de queda livre. do alcance:
2·h
2·h 2 · 125 A = vx · ⇒ 10 = vx · 5
250 g
t= = =
g 10 10 10
vx = ⇒ vx = 2 m/s.
5
t= 25 ⇒ t = 5 s A velocidade de lançamento do ovo foi de
bPV
EM13CNT204, EM13CNT301
ATIVIDADES
11. (AFA – SP) Duas armas são disparadas 12. (FUVEST – SP) Um drone voando na horizontal,
simultaneamente, na horizontal, de em relação ao solo (como indicado pelo
uma mesma altura. Sabendo-se que os sentido da seta na figura), deixa cair um pacote
projéteis possuem diferentes massas e de livros. A melhor descrição da trajetória
desprezando a resistência do ar, pode-se realizada pelo pacote de livros, segundo um
afirmar que: observador em repouso no solo, é dada pelo
a) a bala mais pesada atinge o solo em percurso descrito na
um tempo menor.
X b) o tempo de queda das balas é o
5
mesmo.
c) a bala que foi disparada com maior 1 2 4
velocidade atinge o solo em um
tempo maior. g
3
assim: t =
2·h c) trajetória 3. compostos, cada direção pode ser
g analisada separadamente, pois uma não
X d) trajetória 4. depende da outra.
O significado físico dessa equação é que o tempo de
queda não depende da massa dos objetos, e sim da
e) trajetória 5.
altura inicial e da aceleração da gravidade.
100 • • FÍSICA
13. (CPS – SP) 14. Em algumas regiões de difícil acesso por terra,
é comum o lançamento de mantimentos pelo
“O importante não é competir e, sim, celebrar.” ar. Considere que, para enviar mantimentos
a uma dessas regiões, um helicóptero voa
Em sua sabedoria milenar, a cultura indígena horizontalmente com velocidade constante de
valoriza muito o celebrar. Suas festas são 20 m/s a uma altitude de 720 metros. A que
manifestações alegres de amor à vida e à distância ele deve soltar os mantimentos para
natureza. Depois de contatos com outras culturas, que eles caiam exatamente sobre o ponto
as comunidades indígenas criaram diversos desejado? (Considere que g = 10 m/s2.)
mecanismos políticos, sociais e econômicos. Foi
nesse contexto que nasceu a ideia dos Jogos Primeiro, é necessário determinar o tempo de queda.
dos Povos Indígenas cujo objetivo é unir as g · t2 (–10) · t 2
y = y0 + v0y ∙ t + ⇒ 0 = 720 – 0 ∙ t +
comunidades. Todos participam, promovendo a 2 2
integração entre as diferentes tribos através de sua 5 ∙ t2 = 720 ⇒ t2 = 144 ⇒ t = 12 s
cultura e esportes tradicionais. x = x0 + v · t ⇒ x = 0 + 20 · 12 ⇒ x = 240 m
Também é possível resolver o exercício pela relação do alcance,
(Carlos Justino Terena Disponível em: http://www.funai.gov.br/indios/jogos/ para demonstrar que a resposta obtida é a mesma.
jogos_indigenas.htm Acesso em: 29.08.2010. Adaptado)
Desde outubro de 1996, os Jogos dos Povos 15. (UEFS – BA) Da borda de uma mesa, uma esfera
Indígenas são realizados, em diversas é lançada horizontalmente de uma altura h,
modalidades, com a participação de etnias com velocidade inicial v0. Após cair livre de
de todo o Brasil. Uma dessas modalidades é o resistência do ar, a esfera toca o solo horizontal
arco e flecha em que o atleta tem direito a três em um ponto que está a uma distância d da
lances contra um peixe desenhado num alvo, vertical que passa pelo ponto de partida, como
que fica a 30 metros de distância. Ao preparar representado na figura.
o lance, percebe-se que o atleta mira um pouco
v0
acima do alvo. Isso se deve à
a) baixa tecnologia do equipamento, já que
não possui sistema de mira adequado. h
X b) ação da gravidade que atrai a flecha em
direção à Terra.
c) inadequada percepção do tamanho do
alvo, por conta da distância. d
FIS
Para compensar a ação da gravidade, que tende a atrair a flecha
h g
para a Terra, o atleta precisa dispará-la um pouco acima da b) h · X e) d·
direção do alvo. 2· d 2· h
g Para o movimento na vertical, temos queda
c) d · 2·h
h livre. O tempo de queda é: t =
g
Para o movimento na horizontal, temos MU.
2·h
d = Δsx ⇒ d = vx · t ⇒ d = vx ·
g
d· g g
d· g = v0 · 2·h ⇒ = v0 ⇒ v0 = d ·
2·h 2·h
as atividades
Agora, você pode fazer
quista Enem.
26 e 27 da seção Con
Componentes da velocidade
©Gustoimages/Science Photo Library/Fotoarena
102 • • FÍSICA
Tempo de lançamento e alcance
Durante o lançamento oblíquo, o tempo de movimento é igual ao de um objeto
lançado para cima, em virtude do princípio da independência dos movimentos de Galileu.
Observe, na imagem, um objeto sendo lançado obliquamente com velocidade inicial v0
HbXP¤QJXORθ em relação ao solo.
Eixo y
MUV
vy
vx
vx
FICA A DICA!
vx vy A velocidade vertical de um objeto
vy vx
llançado obliquamente varia pela
vx DD©¥RGDIRU©DSHVRTXHbDWXD
v0
vy
vverticalmente para baixo.
v0y
vx
v0x
Eixo x
vy MU
De acordo com a imagem, é possível observar Observe que, nessa equação, o tempo de
que o objeto é lançado do solo e retorna até o movimento depende somente da velocidade
solo. Desse modo, o tempo de movimento pode inicial na vertical (v0y) e da gravidade (g) e não é
ser determinado pela função da posição de um influenciado pela velocidade horizontal.
g · t2
REMHWRODQ©DGRSDUDFLPDVWb bV0bbY0bybWbȡb , O alcance do movimento de um objeto lançado
2 obliquamente representa, tal qual o alcance do
considerando que:
lançamento horizontal, o deslocamento horizontal,
• a posição inicial é igual à posição final e ambas o qual pode ser obtido pelo deslocamento de um
são nulas, logo s0b bVb b objeto em MRU:
• a velocidade inicial é a velocidade inicial na Δs = v · t
vertical, logo v0b bY0y .
Desse modo:
Assim sendo:
g · t2 • o deslocamento na horizontal é igual ao alcance,
0 = v0yyWbȡ logo ΔVb b$
2
FIS
§ g· t · § g· t · • a velocidade horizontal do movimento é obtida
t · ¨ v0y – ¸ ¨ v0y – =0
© 2 ¹ © 2 ¸¹ pela decomposição do vetor velocidade e
ou t = 0 ½ «bUHSUHVHQWDGDSRUYx;
° °
Logo: ® § g· t · ¾ • o tempo de movimento é igual ao tempo
ou
° ¨ 0yv – ¸ = 0 °
¯ © 2 ¹ ¿ determinado pelo movimento vertical:
g· t
v0ybȡ =0 2 · v0y
2 t= .
g
g· t
v0y = Assim sendo:
2
2 · v0y
t= 2 · v0y
g A = vx ·
g
2·g
104 • • FÍSICA
Para isso, o jogador deve definir o ângulo e a força do arremesso de
E aí? Está
cada pássaro, de acordo com as habilidades de cada espécie, puxando esperando
o que para
o estilingue para trás. Com base nessas definições, os jogadores aprender
F ísica e se
conseguem prever conceitos de MUV como alcance e altura máxima, diver tir
ao mesmo
tempo?
além de outros conceitos, como força, velocidade e aceleração.
EXEMPLOS RESOLVIDOS
No jogo Angry Birds, um pássaro foi lançado com velocidade inicial (v0HPPµGXORLJXDODbPV
ID]HQGRXP¤QJXORGHrFRPDKRUL]RQWDO(VVHODQ©DPHQWRFRQVHJXLXDWLQJLUXPDFDL[DGHGLQDPLWH
HH[SORGLURVSRUFRVYHUGHV'HVSUH]DQGRRDWULWRHDUHVLVW¬QFLDGRDUHFRQVLGHUDQGRJb bbPV,
FDOFXOHDDOWXUDP£[LPDHPPHWURVTXHRS£VVDURFRQVHJXLXDWLQJLUHDGLVW¤QFLDKRUL]RQWDOTXH
separava o pássaro da caixa de dinamite. Dica: utilize 3 ≅ 1,7.
©Rovio
RESPOSTA
Para calcular a altura máxima que o pássaro Primeiramente, precisamos encontrar o valor
conseguiu atingir, devemos primeiramente de vx:
calcular V0y. Para isso, basta utilizarmos a equação vx = v · cos α ⇒ vx yFRVr
da decomposição vetorial: 3
vx = 10 · ⇒ vx = 5 3 PV
v0y = v0 · sen α 2
Substituindo o resultado na equação do
v0y yVHQr
alcance, temos:
1
FIS
v0y = 10 · 2 · v0y
2 A = vx ·
v0y PV g
2·5
Sabendo que V0y«LJXDODbPVVXEVWLWX¯PRV A=5 ·
10
esse resultado na equação altura máxima:
10
v 0 y2 52 25 A=5 ·
H= ⇒H= = ⇒+ P 10
2·g 2 · 10 20
A=5 ·1
3DUDFDOFXODUDGLVW¤QFLDKRUL]RQWDOTXH
A=5 m
separava o pássaro da caixa de dinamite,
utilizamos a equação do alcance horizontal, que A = 5 · 1,7
HTXLYDOHMXVWDPHQWHDHVVDGLVW¤QFLD
A = 8,5 m
16. (PUC-Campinas – SP) Um objeto foi lançado 18. (UEM – PR) Em uma partida de futebol
obliquamente a partir de uma superfície disputada em campo plano, um jogador chuta
plana e horizontal de modo que o valor da uma bola a partir do solo com uma velocidade
componente vertical de sua velocidade inicial ʹͲȀǤɅ
era v0y = 30 m/s e o da componente horizontal velocidade forma com o solo. Durante o
era v0x = 8,0 m/s. Considerando a aceleração movimento, a bola bate em um muro localizado
gravitacional igual a 10 m/s2 e desprezando a a 20 m do ponto de lançamento e vertical ao
resistência do ar, o alcance horizontal do objeto campo. Suponha g = 10 m/s2 e despreze a
foi resistência do ar na bola. Assinale o que for
a) 12 m X c) 48 m e) 240 m correto.
b) 24 m d) 78 m (01) A trajetória da bola descreve uma elipse.
X(02) Ʌα͵Ͳιǡ
No movimento vertical, na altura máxima a velocidade é igual a bola (até a altura máxima) é de 1 s.
zero.
(04) ɅαͶͷιǡ ͳ
Vf = v0 + a ∙ t
atingir a parede.
A aceleração atua no sentido contrário à subida:
(08) Caso a bola atinja o ponto mais alto do
0 = 30 – 10 ∙ t
movimento, neste ponto a velocidade da
t = 3 segundos
Sabemos que o tempo de subida é igual ao tempo de descida.
bola é nula.
t total = ts + td X(16) Enquanto a bola estiver subindo, o
t total = 3 + 3 = 6 s módulo da velocidade vertical diminui.
No movimento horizontal, a velocidade é constante, então: Somatório: 18 (02 + 16)
's 's
v= ⇒8= ⇒ 's = 6 ∙ 8 ⇒ 's = 48 m
't 6 (01) Falsa. A trajetória descreve uma parábola.
(02) Verdadeira.
v0x = v0 ∙ cos θ
17. (UEFS – BA) Em um planeta X, uma pessoa v0y = v0 ∙ sen θ ⇒ v0y = 20 ∙ 0,5 ⇒ v0y = 10 m/s
descobre que pode pular uma distância v0y 10
horizontal máxima de 20,0 m se sua velocidade t= ⇒t= ⇒t=1s
g 10
escalar inicial for de 4,0 m/s. (04) Falsa.
Nessas condições, a aceleração de queda livre 2
no planeta X, em 10–1 m/s2, é igual a v0x = v0 ∙ cos θ ⇒ v0x = 20 ∙
2
⇒ v0x = 10 2 m/s
20
a) 10 c) 6 e) 2 Δs = v0x ∙ t ⇒ t = ⇒ t = 1,43 s
14
X b) 8 d) 4 (08) Falsa. Na altura máxima, vy = 0, e v = vx.
'LFDRDOFDQFH«P£[LPRTXDQGRR¤QJXORGHODQ©DPHQWR (16) Verdadeira. Trata-se de um movimento retardado.
«LJXDODrFRPDKRUL]RQWDO
2 2
4 24
⇒ 20 = 2 2
g
16
g=
20
g = 0,8 m/s
106 • • FÍSICA
19. Em um jogo de futebol, quando uma falta
as atividades
2 · 15, 3
Agora, você pode fazer
A = 7,14 ∙ ⇒ 21,85 m
10
sta Enem.
30 a 32 da seção Conqui
EEMOÇÕES EM PAUTA
er
1RDQRGHDUHJL¥RGR3DQWDQDOVRIUHXFRP
©Shutterstock/Ryan Fletch
FIS
que a ajuda chegue por outro meio de transporte.
No Iraque, por exemplo, durante a guerra contra o
(VWDGR,VO¤PLFRHPR5HLQR8QLGRHQYLRXXP
avião para sobrevoar as áreas atingidas pela guerra,
ODQ©DQGRGRDOWRSURYLV·HVFRPR£JXDDOLPHQWRVH
remédios.
Ao serem abandonados no ar pelo avião, os
kits de ajuda, assim como a água, descrevem um
lançamento horizontal, como o que estudamos
Simon_g
Materiais
• cronômetro • régua • livros, totalizando
• 2 canos de aproximadamente • fita de papel (do tamanho dos DSUR[LPDGDPHQWHbFP
1 metro canos) GHbDOWXUD
• fita adesiva • bola de gude
Como fazer
1. Una os dois canos lado a lado utilizando
a fita adesiva nas extremidades.
Conclusão
20. Podemos obter a velocidade média dividindo a 21. Podemos determinar o valor da aceleração
distância percorrida pelo intervalo de tempo. em m/s2 dividindo o valor obtido na
Determine a velocidade média da bolinha quarta coluna pelo tempo. O que é
completando a tabela e responda: ela manteve- possível afirmar sobre os valores da
-se constante durante os três lançamentos? aceleração?
A velocidade é maior quanto maior for o deslocamento considerado. Os alunos devem encontrar valores constantes.
108 • • FÍSICA
to
pho
ORGANIZE AS IDEIAS
_
k /Im
toc
s
ter
hut
©S
As imagens a seguir caracterizam alguns
movimentos uniformemente variados. Construa uma
relação entre elas e os conceitos estudados, listando
as características de cada movimento.
us
llpl
/Nu
k
toc
s
tter
hu
©S
aly
Nas
ilip
k/F
toc
ters
hut
©S
FIS
110 • • FÍSICA
a) Indefinido, pois ele é nulo, assim como a) 8 m/s e 6 m/s
a velocidade vertical nesse ponto. b) 7 m/s e 8 m/s
X b) Vertical para baixo, pois somente o peso X c) 7 m/s e 5 m/s
está presente durante o movimento.
d) 8 m/s e 5 m/s
c) Horizontal no sentido do movimento,
e) 7 m/s e 6 m/s
pois devido à inércia o objeto mantém
Considere:
seu movimento.
sen 30° = 0,5
d) Inclinado na direção do lançamento, cos 30° = 0,9
pois a força inicial que atua sobre o objeto Aceleração da gravidade = 10 m/s2
é constante.
29. (UFGD – MS) Um projétil foi disparado com
e) Inclinado para baixo e no sentido do
um ângulo θ acima da horizontal e com uma
movimento, pois aponta para o ponto onde
velocidade inicial v0, em um local onde a
o objeto cairá.
aceleração da gravidade é igual a g. Ao chegar
27. ENEM Em uma experiência didática, cinco a sua altura máxima, depois de um tempo t,
esferas de metal foram presas em um barbante, é possível afirmar, desprezando a resistência
de forma que a distância entre esferas do ar, que
consecutivas aumentava em progressão a) a velocidade do projétil é igual à
aritmética. O barbante foi suspenso e a velocidade inicial v0 .
primeira esfera ficou em contato com o chão.
X b) a distância máxima que esse projétil irá
Olhando o barbante de baixo para cima, as
distâncias entre as esferas ficavam cada vez v 2 · sen T
alcançar será 0 .
maiores. Quando o barbante foi solto, o som g
das colisões entre duas esferas consecutivas c) a distância horizontal percorrida será
e o solo foi gerado em intervalos de tempo igual a v0 · t.
exatamente iguais. A razão de os intervalos v 2 · sen T
d) a altura máxima será igual a 0 .
de tempo citados serem iguais é que a: 2· g
a) velocidade de cada esfera é constante. e) não é possível fazer afirmações, pois não
X b) força resultante em cada esfera é se sabe a massa do projétil.
constante.
30. (UCB – DF) Uma espingarda atira um projétil
c) aceleração de cada esfera aumenta com a 200 m/s na direção horizontal e a 5,00 m
o tempo. de altura. Considere que a única influência
d) tensão aplicada em cada esfera aumenta que o ar exerce é uma aceleração constante
com o tempo. de 1,00 × 10–2 m/s2 na mesma direção, mas
e) energia mecânica de cada esfera aumenta em sentido oposto ao da velocidade inicial do
com o tempo. projétil, durante todo o movimento. Admitindo-
-se que a aceleração da gravidade é de
28. (FGV – RJ) Uma criança solta um carrinho 10,0 m/s2, é correto afirmar que a distância
FIS
no escorregador de uma piscina. O carrinho e o tempo até o projétil tocar o solo são,
desliza até a extremidade inferior do respectivamente, de
escorregador e se descola dele, com velocidade
a) 400 m e 2,00 s.
igual a 8 m/s na direção que forma um ângulo
de 30° com a horizontal, a 45 cm de altura em b) 1,00 km e 5,00 s.
relação à superfície da água. O atrito entre o c) 100 m e 0,50 s.
carrinho e o escorregador, a resistência do ar X d) 200 m e 1,00 s.
e o tamanho do carrinho devem ser ignorados. e) 9,50 km e 9,50 s.
As velocidades horizontal e vertical do
carrinho, ao atingir a superfície da água, são,
respectivamente, próximas de
32. (UFPR) Na cobrança de uma falta durante uma partida de futebol, a bola, antes do chute, está a uma
distância horizontal de 27 m da linha do gol. Após o chute, ao cruzar a linha do gol, a bola passou a uma
altura de 1,35 m do chão quando estava em movimento descendente, e levou 0,9 s neste movimento.
Despreze a resistência do ar e considere g = 10 m/s2.
a) Calcule o módulo da velocidade na direção vertical no instante em que a bola foi chutada.
v0y = 6 m/s
g = 10 m/s2
V0y V0
H t = 0,9 s
1,35 m
T
x
V0x
27 m
b) Calcule o ângulo, em relação ao chão, da c) Calcule a altura máxima atingida pela bola
força que o jogador imprimiu sobre a bola em relação ao solo.
pelo seu chute. h = 1,8 m
θ = arctg 0,2
112 • • FÍSICA
DO
BR
EN
AL
LIVRO DE IN
CAPÍTULO HA
PO
NT
1 ILH
AD
A
FÍSICA
C AS DA NATUREEZA
CIIÊNCI
E SUUAS TE
T O OGIAS
CNOL
I NTRODUÇÃO À F ÍSICA
tífico é um
PROBLEMATIZA
A ÇÃO
Método cien
processos
Deffinição do problema ou tema que deve ser investigado.
conjunto de
s quais a
e etapas pelo
senvolve
ciência se de
ento
e o conhecim
HIPÓTESES
nstituído e
Levantamento de informações sobre o fenômeno.
fic o é co
cientí
te testado.
continuamen
EXPERIMENTAÇÃO ou OBSERVAÇÃO
Recolhimento de dados relacionados à problematização.
ANÁLISE
Análise dos resultados e comparação com as hipóteses.
GRANDEZA FÍSICA
Tudo o que pode ser medido ou quantificado.
F DAME
FUN AMENT
AM NT TAIS D IV
DER VAD
A AS
Def
efini
efini
in
n das poor si sós. D ini
De
Def nidas
nida em
e fu unçã
nçãoo das gra
raande
ndezas
zas fu
unda
ndamen
men
ntai
t s.
ta s
Ex : mass
Ex. masssa,
a compri
com
ompri
p mene to,
t te
to tempo
m , etc.
mpo e c. E : velo
Ex. elocid
cidade
cidadee, acel
e er
e ção
era ãoo, etc.
LIVRO DE ATIVIDADES • •1
F ÍS SISTE INTERNACIONAL DE UNIDADES,
SISTEMA
IC A
UNIDADES FUNDAMENTAIS DO SI
Grrandezas Unidades Símboolo
Comp
primento metro m
M ssa
Ma quilograma kg
Tempo segundo s
Corrente elétrica ampere A
Temperatura kelvin K
Quantidade de matéria mol mol
Intensidade luminosa candela cd
Notação científica
A notação científica é utilizada na representação de números muito pequenos ou muito grandes e deve
ser expressa por:
Se a medida da grandeza é um valor maior ou igual a um, E é um número inteiro não negativo.
Se a medida da grandeza é um valor menor do que um, E é um número inteiro não positivo.
N · 10EWDOTXHɆ_1_H(VHMDXPQ¼PHURLQWHLUR
OPER AÇ ÃO
Adição Subtração Multiplicação Diviisãão
FIS
1,3
1, 3 · 101 + 6 · 10–11 4 · 105 – 3 · 103
3 · 102 · 5 · 10–11 6 · 102 : 2 · 10–11
130
13 0 · 10–1 + 6 · 10–11 00 · 103 – 3 · 10
40 03
Exemplo 3 · 5 · 102 + (–
(–1)
1
6 : 2 · 102 – (––1))
(13 1 –1
30 + 6) · 10 (40
4000 – 3) · 1003 1
15 · 10
15 1 3
3 · 10
13 1 –11
1 6 · 10 39
97 · 100 3
2• • FÍSICA
GRANDEZAS ESCALARES × VETORIAIS
Vetor Sentido
Grandezas escalares
são grandezas
definidas somente pelo
o
vetoriais sã
módulo, como tempo, Grandezas Módulo
massa, volume, área, definidas Direção
grandezas
temperatura, energia, ulo, direção
por mód
como
etc. e sentido, e,
m en to, velocidad
desloca c.
força, et
aceleração,
Decomposição vetorial
G
Observe na ilustração que o vetor v representa a hipotenusa de um triângulo retângulo, e as
G G
.
v vx = v · cos α
vy vy (cateto oposto)
vy = v · sen α
x
vx (cateto adjacente)
Adição de vetores
Vetores na mesma direção: realizamos uma soma aritmética.
G G G G G
a a=8 R = a+b + c + d
. . . . .
b b=4 R = a + b + (–c) + d
c c=6 R = a + b–c+ d
d d=3 R = 8 + 4–6 + 3
R R=9 R=9
FIS
LIVRO DE ATIVIDADES • •3
Vetores em diferentes direções: realizamos a decomposição vetorial (figura 1), somamos algebricamente
as componentes em mesma direção (figura 2) e determinamos o vetor resultante pelo teorema de Pitágoras
(figura 3).
ax = a · cos α bx = b · cos β
a ay = a · sen α by = b · sen β
Figura 1
by
Rx = ax + bx
Ry = ay + by
ay
bx ax x
Figura 2
by
R
FIS
R2 = R2x + R2y
Ry
ay
ax bx
x
Rx
Figura 3
4• • FÍSICA
ATIVIDADES
Massa, energia e temperatura
são grandezas escalares,
MÉTODO CIENTÍFICO E GRANDEZAS FÍSICAS uma vez que podem ser
caracterizadas pelo valor do
seu módulo e pela unidade de
$6Ǵ,0,/$2 medida associada. Já a força
é uma grandeza vetorial, pois
1. (UECE) As grandezas físicas escalares são expressas apenas pelo seu valor numérico e além do módulo e da unidade
unidade de medida. As grandezas físicas vetoriais além do valor numérico e unidade de de medida, precisamos
medida, para serem expressas, necessitam de direção e sentido. Com base nisso, assinale conhecer a direção e o
sentido para defini-la.
a opção que corresponde a uma grandeza física de natureza vetorial.
a) Massa c) Temperatura
b) Energia Xd) Força
O modelo ondulatório foi
2. (UNIR – RO) Isaac Newton muito colaborou para o desenvolvimento científico. Sobre
proposto e defendido no
suas contribuições, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. século XVII pelo físico e
matemático Christiaan
( F ) Formulou a teoria ondulatória da luz. Huygens. Newton propôs o
modelo corpuscular da luz.
( V ) Estudou alguns fenômenos ópticos, que culminaram com a elaboração de uma
Durante seus estudos,
teoria sobre as cores. Newton percebeu que a luz
( V ) Elaborou a 1.a e 2.a leis do movimento, lançando as bases da mecânica. branca, ao passar por um
prisma, se decompunha em
( V ) Desenvolveu as primeiras ideias relativas à gravitação universal. feixes com cores diferentes,
que ele chamou de espectro
( F ) Introduziu o método experimental no estudo dos fenômenos naturais. da luz branca. Estudos
posteriores indicaram que
Assinale a sequência correta. as cores diferentes estão
a) FFVVF relacionadas ao fato de a luz ter comprimentos de onda diferentes. Dessa forma, Newton lançou a hipótese de que a luz não
era pura, mas sim formada pela mistura ou superposição de todas as cores do espectro.
b) FFFVV Newton estudou fenômenos relacionados ao movimento e formulou as três leis que determinam a dinâmica dos corpos: lei da
c) VVVFF inércia, lei da superposição de forças e lei da ação e reação.
Em seu livro Principia Mathematica, Newton descreveu a interação entre massas e formulou a lei da gravitação universal,
Xd) FVVVF utilizada até hoje para explicar movimentos de corpos na superfície da Terra e de corpos celestes.
e) VVFVF O método experimental (método científico) foi introduzido por Galileu Galilei.
3. (UNIFOR – CE) Grandezas físicas são aquelas que podem ser medidas, ou seja, que
descrevem quantitativamente a propriedade observada no estudo do fenômeno
físico. Em estudos físicos, elas se apresentam nas formas vetoriais ou escalares.
Analise as proposições abaixo e assinale a alternativa que apresenta apenas
grandezas vetoriais: a) Incorreta. Energia, área e volume são grandezas escalares.
a) energia, área, campo elétrico e volume. b) Correta. Velocidade, aceleração, força e campo elétrico são
grandezas vetoriais. Por isso, além do módulo (valor numérico),
Xb) velocidade, aceleração, força e campo elétrico. precisam de sentido e direção para serem definidas.
c) volume, pressão, energia e temperatura. c) Incorreta. Volume, energia e temperatura são grandezas
escalares.
d) aceleração, área, velocidade e pressão.
FIS
LIVRO DE ATIVIDADES • •5
C1 H3 Confrontar interpretações
I. Falsa. O peso é uma grandeza Assinale a alternativa correta. científicas com interpretações baseadas no
vetorial. senso comum, ao longo do tempo ou em
Xa) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. diferentes culturas.
II. Verdadeira. Um vetor é
definido por um segmento de b) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. C6 H20 Caracterizar causas ou efeitos dos
reta orientado (seta), contado a movimentos de partículas, substâncias,
partir de um ponto no espaço, c) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras. objetos ou corpos celestes.
cujo comprimento representa d) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
uma escala em uma grandeza,
que tem direção e sentido. e) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
III. Verdadeira. Grandezas
vetoriais são aquelas $3(5)(,2$0(172
caracterizadas por um valor
numérico (intensidade 5. (1(0 Na linha de uma tradição antiga, o astrônomo grego Ptolomeu (100-170 d.C.)
ou módulo), uma direção
e um sentido. Portanto, as
afirmou a tese do geocentrismo, segundo a qual a Terra seria o centro do Universo,
três grandezas citadas são sendo que o Sol, a Lua e os planetas girariam em seu redor em órbitas circulares.
exemplos de grandezas A teoria de Ptolomeu resolvia de modo razoável os problemas astronômicos da sua
vetoriais.
época. Vários séculos mais tarde, o clérigo e astrônomo polonês Nicolau Copérnico
IV. Falsa. Temperatura é uma
grandeza física escalar.
(1473-1543), ao encontrar inexatidões na teoria de Ptolomeu, formulou a teoria do
heliocentrismo, segundo a qual o Sol deveria ser considerado o centro do Universo,
com a Terra, a Lua e os planetas girando circularmente em torno dele. Por fim, o
astrônomo e matemático alemão Johannes Kepler (1571-1630), depois de estudar
o planeta Marte por cerca de trinta anos, verificou que a sua órbita é elíptica. Esse
resultado generalizou-se para os demais planetas.
Kepler não foi o único a
ter estudos na área da A respeito dos estudiosos citados no texto, é correto afirmar que
Astronomia, contudo
seus estudos foram a) Ptolomeu apresentou as ideias mais valiosas, por serem mais antigas e
generalizados e testados tradicionais.
por meio de medidas
tomadas pelo astrônomo
b) Copérnico desenvolveu a teoria do heliocentrismo inspirado no contexto
Tycho Brahe. político do Rei Sol.
c) Copérnico viveu em uma época em que a pesquisa científica era livre e
amplamente incentivada pelas autoridades.
d) Kepler estudou o planeta Marte para atender às necessidades de expansão
econômica e científica da Alemanha.
Xe) Kepler apresentou uma teoria científica que, graças aos métodos aplicados,
C1 H3 Confrontar pôde ser testada e generalizada.
interpretações científicas com
interpretações baseadas no $352)81'$0(172
senso comum, ao longo do
tempo ou em diferentes 6. (1(0
culturas.
C5 H19 Avaliar métodos,
processos ou procedimentos A lenda diz que, em um belo dia ensolarado, Newton estava relaxando sob uma macieira.
das ciências naturais que
contribuam para diagnosticar Pássaros gorjeavam em suas orelhas. Havia uma brisa gentil. Ele cochilou por alguns minutos.
ou solucionar problemas de De repente, uma maçã caiu sobre a sua cabeça e ele acordou com um susto. Olhou para
ordem social, econômica ou cima. “Com certeza um pássaro ou um esquilo derrubou a maçã da árvore”, supôs. Mas não
ambiental.
havia pássaros ou esquilos na árvore por perto. Ele, então, pensou: “Apenas alguns minutos
FIS
antes, a maçã estava pendurada na árvore. Nenhuma força externa fez ela cair. Deve haver
alguma força subjacente que causa a queda das coisas para a Terra”.
Para resolução, primeiramente, vamos converter a medida de mm para m. Para isso, basta dividir por 1 000 = 103.
108
= 105 m
103
105 = 0,1 · 106
Somando as duas grandezas físicas, temos:
0,1 · 106 + 1,0 · 106 = 1,1 · 106 m
11. (UFU – MG) Em 2014, um importante trabalho publicado revelou novos dados sobre a estrutura
em larga escala do Universo, indicando que nossa galáxia faz parte de um superaglomerado
chamado Laniakea, com massa de cerca de 1017 estrelas como o sol, que tem 2 · 1030 kg de massa,
aproximadamente. Em 2015, o Prêmio Nobel de Física foi concedido a cientistas que descobriram uma
das menores massas, 4 · 10–33 g, a de um neutrino, um tipo de partícula elementar. Em ciência, uma
maneira de se trabalhar com valores muito grandes ou muito pequenos é a ordem de grandeza. Com
base nas duas descobertas apontadas, quantas vezes a ordem de grandeza da massa de Laniakea é
maior do que a de um neutrino?
82
Xa) 10 b) 1079 c) 1049 d) 1062
De acordo com os dados do problema, a massa do superaglomerado Laniakea é 1017 vezes maior que a massa do sol, que tem
2 · 1030 kg. Portanto, a massa do Laniakea é:
1017 · 2 · 1030 = 2 · 1047 kg
Como 2 é menor que 10 , a ordem de grandeza do superaglomerado permanece 1047.
A massa do neutrino é 4 · 10–33 g. Para transformar em kg, basta dividir por 103:
FIS
4 · 1033
= 4 · 10–36 kg
103
Como 4 é maior que 10 , adicionamos 1 ao expoente. Logo, a ordem de grandeza do neutrino é igual a 10–35.
Ao determinar a razão entre a massa do superaglomerado Laniakea e a massa de um neutrino, obtemos o resultado pretendido:
massa Laniakea 1047
= = 1082.
massa neutrino 1035
8• • FÍSICA
$352)81'$0(172 C5 H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às
finalidades a que se destinam.
12. (1(0 C5 H19 Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou
solucionar problemas de ordem social, econômica ou ambiental.
Benjamin Franklin (1706-1790), por volta de 1757, percebeu que dois barcos que compunham a frota com a
qual viajava para Londres permaneciam estáveis, enquanto os outros eram jogados pelo vento. Ao questionar o
porquê daquele fenômeno, foi informado pelo capitão que provavelmente os cozinheiros haviam arremessado
óleo pelos lados dos barcos. Inquirindo mais a respeito, soube que habitantes das ilhas do Pacífico jogavam óleo
na água para impedir que o vento a agitasse e atrapalhasse a pesca. Em 1774, Franklin resolveu testar o fenômeno
jogando uma colher de chá (4 ml) de óleo de oliva em um lago onde pequenas ondas eram formadas. Mais
curioso que o efeito de acalmar as ondas foi o fato de que o óleo havia se espalhado completamente pelo lago,
numa área de aproximadamente 2 000 m2, formando um filme fino.
Embora não tenha sido a intenção original de Franklin, esse experimento permite uma estimativa da ordem
de grandeza do tamanho das moléculas. Para isso, basta supor que o óleo se espalha até formar uma camada
com uma única molécula de espessura.
5$026&+,+LVWµULD&%0(,QIRUPD©¥RQMDQDGDSWDGR
Nas condições do experimento realizado por Franklin, as moléculas do óleo apresentam um tamanho
da ordem de:
a) 10–3 m b) 10–5 m c) 10–7 m Xd) 10 m
–9
e) 10–11 m
(01) Verdadeira.
Verdadeira Um vetor é representado graficamente por um segmento
segment
de reta orientado (uma flecha). A direção de um vetor é determinada
GRANDEZAS ESCALARES × VETORIAIS pela reta que passa por ele, isto é, é a reta suporte do segmento que o
representa. O sentido, por sua vez, é indicado pela ponta da flecha.
(02) Verdadeira. A multiplicação de um vetor por um escalar é o produto entre um vetor e um número qualquer. Se temos o vetor
G G
$6Ǵ,0,/$2
$$6
6ǴǴ,0,/$
Ǵ,0,/$
, 0 , /$ 2 v sendo multiplicado por um escalar (n) qualquer, sua direção será a mesma do vetor v se n for positivo, e o sentido também
. .
X(02) O produto de um número real n por um vetor v é também um vetor, de mesma direção e sentido
G
.
(04) A soma de dois vetores colineares é igual à soma de seus módulos, e a diferença é a subtração
entre seus módulos.
(08) É impossível obter o valor do vetor resultante da soma de três vetores não colineares pelo método
do paralelogramo.
(16) Graficamente, a diferença entre dois vetores sobre um plano é um terceiro vetor representado
pela diagonal maior do paralelogramo formado entre eles.
Somatório: 03 (01 + 02)
(04) Falsa. É necessário conhecer o sentido e a direção dos vetores para determinar o método que será utilizado.
(08) Falsa. É possível resolver dois a dois.
(16) Falsa. É necessário conhecer o ângulo entre os vetores para determinar a diagonal. LIVRO DE ATIVIDADES • •9
G G
14. (UDESC) Considere os vetores F1 e F2 $3(5)(,2$0(172
que representam deslocamentos e são 16. (UNIVERSIDADE IGUAÇU – RJ)
perpendiculares
G entre si. Sabendo-se que
F1 tem módulo igualGa 8 cmG e que o vetor
resultante da soma F1 + F2 tem módulo igual a
G
10 cm, então o vetor F2 possui módulo igual a:
Xa) 6 cm d) 4 cm
b) 36 cm e) 18 cm
c) 2 cm
0, 6
Pela relação trigonométrica no triângulo retângulo, temos: sen = cateto oposto ⇒ sen = = 0,6
hipotenusa 1, 0
Cálculo do vetor 2a – b: horizontal: 2 · 0,4 – 0,4 = 0,4; vertical: 2 · (–0,4) – 1 = –1,8.
cateto oposto 1, 8
10 • • FÍSICA Recorrendo à relação de tangente no triângulo retângulo, temos: tangente = ⇒ tangente = = 4,5
cateto adjacente 0, 4
17. (UESB – BA)
Decomposição do vetor A:
horizontal: 6 cm para a direita; Decomposição do vetor B:
vertical: 6 cm para cima. horizontal: 2 cm para a direita;
X vertical: 6 cm para baixo.
X
y
A B
É necessário prestar muita atenção quando se opera com grandezas vetoriais, pois o mecanismo
da operação é diferente daquela com grandezas escalares, uma vez que não envolve apenas valores
numéricos, mas também orientações espaciais. Na figura, estão representados dois vetores A e B, e
as dimensões x e y são idênticas, com valores iguais a 2,0 cm. Com base nas informações fornecidas, é
correto afirmar que o módulo do vetor resultante entre os vetores A e B, em cm, é igual a
a) 9,4 Xb) 8,0 c) 6,5 d) 5,3 e) 4,0
De acordo com a decomposição dos vetores A e B, podemos concluir que suas componentes verticais se anulam, uma vez
que têm o mesmo módulo, mas estão em sentidos contrários. Logo, o vetor resultante será dado pelo resultado da soma das
componentes horizontais:
a + b = 6 + 2 = 8 cm
$352)81'$0(172
18. (UEFS – BA) Grandezas vetoriais são frequentemente expressas em termos de vetores unitários
que são os que não possuem dimensão, mas têm módulo igual a +1 e são utilizados para especificar
uma determinada direção e sentido, não tendo nenhum outro significado físico. Considerando-se
os três vetores velocidades: v1 = (2i + 4j) m/s, v2 = (–3i – 4j) m/s e v3 = (i + j) m/s, então o vetor
v = 2 v1 – v2 + v3 tem módulo, em m/s, de, aproximadamente,
a) 15,1 b) 14,9 c) 14,7 d) 14,5 Xe) 15,3
FIS
LIVRO DE ATIVIDADES • • 11
CAPÍTULO
I NTRODUÇÃO À CI N EM ÁTICA
2
CONCEITOS INICIAIS
Posição
Também chamada de espaço, é uma grandeza física representada pela letra s e é medida, no SI,
HPbPHWURVP
No esquema a seguir, podemos definir:
A B C
sA = –2 m
1RWHTXHQ¥RVDEHPRVQDGDVREUHRHVWDGRGHPRYLPHQWRGHVVDVSHVVRDVVHHVW¥RSDUDGDVHPUHOD©¥R
DXPUHIHUHQFLDORXHPPRYLPHQWRQHPTXDQWRVPHWURVHODVM£SHUFRUUHUDP$SRVL©¥R«FRPRRUHWUDWRGH
XPLQVWDQWH
Referencial
XPDSRVL©¥RDUELWU£ULDXWLOL]DGDSDUDDQDOLVDURHVWDGRGHPRYLPHQWRRXUHSRXVRGHXPFRUSRRX
DLQGDVXDWUDMHWµULD2UHIHUHQFLDOPDLVFRPXP«D7HUUDDSHVDUGHQ¥RH[LVWLUUHIHUHQFLDODEVROXWR
M vi
Movimeentoo posiiçã
po ção va
vari
riaa em relaçção a cerrto
Reepo
pousoo posi
po s çãão fix
si fi a reefeerenc
renccia
re i l
12 • • FÍSICA
Trajetória
$WUDMHWµULDGHXPFRUSRGHSHQGHGRUHIHUHQFLDODGRWDGR
Grandezas físicas
Grandez
eza física Definição Equação
Velocidade méd
édia É definida como a razão entre o deslocamento escalar e o intervalo 's
(vm) de tempo. Sua unidade no SI é o metro por segundo (m/s). vm =
't
FIS
LIVRO DE ATIVIDADES • • 13
ATIVIDADES
Para resolução, vamos
fazer uma análise
gráfica do movimento
CONCEITOS INICIAIS
do sistema ônibus-
-bolinha. $6Ǵ,0,/$2
O estudante, que está
em referencial com 1. (UEG – GO) Um estudante dentro de um ônibus, com velocidade constante, brinca
velocidade constante, com uma bolinha de borracha jogando-a verticalmente para cima e pegando-a
lança a bolinha para novamente. Desconsiderando a resistência do ar, qual é o gráfico que melhor
cima. Um observador
de fora do ônibus representa a trajetória descrita pela bolinha para um observador na rua?
enxerga a bolinha
subindo e, em seguida,
descendo, e também
o deslocamento do
ônibus para a frente.
a) Xc) e)
Logo, o observador da
rua que acompanha
a composição desses
movimentos enxerga
a trajetória de uma
parábola com a
concavidade voltada b) d)
para baixo, como
representado na
alternativa c.
a) Incorreta. A posição 2. (IFRS) Uma pessoa está sentada no banco de um ônibus em movimento numa
das árvores em relação
ao ônibus varia. rodovia plana, margeada por árvores. Assinale a alternativa que apresenta a
b) Incorreta. A posição descrição correta com relação ao movimento apresentado.
dos passageiros a) As árvores na beira da estrada estão em repouso em relação ao ônibus.
permanece a mesma.
c) Incorreta. A força b) Os passageiros do ônibus, mesmo sentados, estão em movimento em relação a
aplicada ao frear o este.
ônibus é contrária
ao movimento que
c) Durante uma freada brusca, sobre uma pessoa que foi projetada para frente,
estava sendo efetuado. atuou uma força na direção e no sentido do movimento do ônibus.
Pelo princípio da d) Se a força resultante sobre o ônibus for nula, ele terá sua velocidade diminuída
inércia, um corpo que
está em movimento gradativamente.
tende a continuar em Xe) Num trecho onde o ônibus manteve a velocidade constante, ele executou um
movimento.
movimento uniforme.
d) Incorreta. Se a força
resultante for nula, o ônibus estará em repouso ou em movimento retilíneo uniforme.
e) Correta. Para que um corpo esteja em movimento uniforme, sua velocidade deve ser constante.
3. (UEPB) Um professor de Física verificando em sala de aula que todos os seus alunos
A condição de se encontram sentados, passou a fazer algumas afirmações para que eles refletissem
repouso ou e recordassem alguns conceitos sobre movimento. Das afirmações seguintes
FIS
14 • • FÍSICA
C5 H17 Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências
$3(5)(,2$0(172 físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
4. (1(0 Em uma corrida de regularidade, cada corredor recebe um mapa com o trajeto a ser seguido e
uma tabela indicando intervalos de tempo e distâncias entre postos de averiguação. O objetivo dos
competidores é passar por cada um dos postos de averiguação o mais próximo possível do tempo
estabelecido na tabela. Suponha que o tempo previsto para percorrer a distância entre dois postos de
verificação consecutivos seja sempre de 5 min 15 s, e que um corredor obteve os seguintes tempos nos
quatro primeiros postos.
ÚLTIMO POSTO
4.o POSTO ...
ȍ
Ȏ
Caso esse corredor consiga manter o mesmo ritmo, seu tempo total de corrida será:
a) 1 h 55 min 42 s Xc) 1 h 59 min 54 s e) 2 h 05 min 21 s
b) 1 h 56 min 30 s d) 2 h 05 min 09 s
Conforme descrito no enunciado, o tempo para percorrer a distância entre dois postos de verificação consecutivos é de 5 min 15 s.
De acordo com a tabela, o tempo previsto para o corredor chegar ao último posto é de 1 h 55 min 30 s.
Com essas informações, podemos calcular o número total de postos na corrida.
Primeiro, vamos converter 5 min 15 s em segundos. Para isso, basta multiplicarmos 5 por 60 e somarmos com 15 s, obtendo
315 segundos.
Agora, vamos converter 1 h 55 min 30 s em segundos.
1 hora tem 60 minutos. Então, 1 h 55 min é igual a 115 minutos, que, em segundos, equivalem a 6 900 s. Somando os 30 segundos
restantes, temos que 1 h 55 min 30 s é igual a 6 930 segundos.
O tempo previsto entre dois postos é de 315 s. O tempo previsto para o corredor chegar ao último posto é de 6 930 s.
6 930
Para calcular o número total de postos, basta dividirmos 6 930 por 315: = 22.
315
Logo, no total, há 22 postos na corrida.
Pela tabela, percebemos que o corredor sempre leva 5 min 27 s para ir de um posto até o próximo.
A distância, em segundos, de um posto até outro é: 327 s.
O tempo gasto para percorrer 22 postos é: 327· 22 = 7 194 s.
FIS
Essa é a resposta. Porém, vemos que o formato das alternativas do enunciado está em horas, minutos e segundos. Então, precisamos
7 194
fazer a conversão. Vamos começar convertendo 7 194 segundos para minutos. Assim: = 119, com resto de 54. Ou seja, 7 194
segundos equivalem a 119 min 54 s. 60
Para completar, vamos converter 119 min em horas. Para isso, basta dividirmos 119 por 60.
119
= 1, com resto de 59. Assim, 119 min equivalem a 1 h 59 min.
60
Logo, podemos concluir que o corredor leva 1 h 59 min 54 s para completar a corrida.
LIVRO DE ATIVIDADES • • 15
$352)81'$0(172
G
5. (1(0 Um foguete viaja pelo espaço sideral com os propulsores desligados. A velocidade inicial v tem
módulo constante e direção perpendicular à ação dos propulsores, conforme indicado na figura. O
piloto aciona os propulsores para alterar a direção do movimento quando o foguete passa pelo ponto A
G
e os desliga quando o módulo de sua velocidade final é superior a 2 | v |, o que ocorre antes de passar
.
A representação gráfica da trajetória seguida pelo foguete, antes e depois de passar pelo ponto B, é:
v A v A
a) d)
B B
v A
v A
b)
B e)
B
v A
TOME NOTA!
2
86((6Ǵ((63$
$ 127$ 5248(
3$5$
7 $ 48,
$35(1'(8$
16 • • FÍSICA
VELOCIDADE 8. (1(0 Em uma corrida de dez voltas disputada
por dois carros antigos, A e B, o carro A
$6Ǵ,0,/$2 completou as dez voltas antes que o carro B
completasse a oitava volta. Sabe-se que durante
6. (IFRS) Na Olimpíada do Rio de Janeiro, toda a corrida os dois carros mantiveram
o canoísta Isaquias Queiroz conquistou a velocidades constantes iguais a 18 m/s e
ͳͳԜͲͲͲǡ 14 m/s. Sabe-se também que o carro B gastaria
completando o percurso em 3 min e 58,529 s. 288 segundos para completar oito voltas.
A velocidade média de Isaquias durante a A distância, em metro, que o carro B percorreu
prova dessa categoria, expressa em km/h, do início da corrida até o momento em que
com aproximação, é o carro A completou a décima volta foi mais
a) 10 d) 25 próxima de
Xb) 15 e) 30 a) ԜͶͺͲǤ
c) 20 b) ͷԜͳͺͶǤ
c) ͷԜͲͶͲǤ
P
Primeiramente, é necessário transformar o tempo gasto
d) ͶԜͲ͵ʹǤ
nno percurso em segundos: Xe) ͵ԜͻʹͲǤ
3 min 58,529 s = 238,529 s
Agora, vamos calcular a velocidade média do canoísta
A
ddurante o trajeto: Primeiramente, vamos utilizar a equação da
's 1000 velocidade média para calcular a distância
vm = ⇒ vm = ⇒ vm ≅ 4,2 m/s percorrida em 8 voltas pelo carro B:
't 238, 529
P
Para transformar em km/h, basta multiplicar por 3,6: Δs = Δv · Δt ⇒ Δs = 14 · 288
vm = 4,2 · 3,6 ≅ 15 km/h Δs = 4 032 m
Logo, se 8 voltas equivalem a 4 032 metros,
podemos concluir que 10 voltas equivalem a
5 040 metros.
Tempo gasto pelo carro A para completar 10 voltas:
7. (MACKENZIE – SP) Nos Estados Unidos da Δs = Δv · Δt ⇒ 5 040 = 18 · Δt
América, a unidade de medida mais comum Δt =
5 040
= 280 segundos
para a velocidade dos carros e 18
Agora, vamos calcular a distância que o carro B
motos no trânsito é a milha por percorreu do início da corrida até o momento que o
hora (mph). Um carro que se carro A completou a décima volta:
encontra a uma velocidade de Δs = Δv · Δt ⇒ Δs = 14 · 280
50 mph tem uma velocidade Δs = 3 920 metros.
correspondente, em m/s,
de aproximadamente:
Dado: 1 milha = 1,6 quilômetro
Xa) 22 d) 15
b) 35 e) 30
c) 80
FIS
LIVRO DE ATIVIDADES • • 17
9. (UERJ)
Três teses sobre o avanço seja capaz de voar 3 km por dia. Tanto o homem
quanto o macaco, quando picados, só carregam o
da febre amarela vírus da febre amarela por cerca de três dias. Depois
Como a febre amarela rompeu os limites da disso, o organismo produz anticorpos. Em cerca
Floresta Amazônica e alcançou o Sudeste, atingindo de dez dias, primatas e humanos ou morrem ou se
os grandes centros urbanos? A partir do ano curam, tornando-se imunes à doença.
passado, o número de casos da doença alcançou Para o infectologista Eduardo Massad, professor
níveis sem precedentes nos últimos cinquenta da Universidade de São Paulo, o rompimento da
anos. Desde o início de 2017, foram confirmados barragem da Samarco, em Mariana (MG), em 2015,
779 casos, 262 deles resultando em mortes. Trata- teve papel relevante na disseminação acelerada
-se do maior surto da forma silvestre da doença já da doença no Sudeste. A destruição do habitat
registrado no país. Outros 435 registros ainda estão natural de diferentes espécies teria reduzido
sob investigação. significativamente os predadores naturais dos
Como tudo começou? Os navios portugueses mosquitos. A tragédia ambiental ainda teria afetado
vindos da África nos séculos XVII e XVIII não o sistema imunológico dos macacos, tornando-os
trouxeram ao Brasil somente escravos e mais suscetíveis ao vírus.
mercadorias. Dois inimigos silenciosos vieram Por que é importante determinar a “viagem”
junto: o vírus da febre amarela e o mosquito Aedes do vírus? Basicamente, para orientar as campanhas
aegypti. A consequência foi uma série de surtos de de vacinação. Em 2014, Eduardo Massad elaborou
febre amarela urbana no Brasil, com milhares de um plano de imunização depois que 11 pessoas
mortos. Por volta de 1940, a febre amarela urbana morreram vítimas de febre amarela em Botucatu
foi erradicada. Mas o vírus migrou, pelo trânsito (SP): “Eu fiz cálculos matemáticos para determinar
de pessoas infectadas, para zonas de floresta na qual seria a proporção da população nas áreas não
região Amazônica. No início dos anos 2000, a febre vacinadas que deveria ser imunizada, considerando
amarela ressurgiu em áreas da Mata Atlântica. Três os riscos de efeitos adversos da vacina. Infelizmente,
teses tentam explicar o fenômeno. a Secretaria de Saúde não adotou essa estratégia.
Segundo o professor Aloísio Falqueto, da Os casos acontecem exatamente nas áreas onde eu
Universidade Federal do Espírito Santo, “uma havia recomendado a vacinação. A Secretaria está
pessoa pegou o vírus na Amazônia e entrou na correndo atrás do prejuízo”. Desde julho de 2017,
Mata Atlântica depois, possivelmente na altura de mais de 100 pessoas foram contaminadas em São
Montes Claros, em Minas Gerais, onde surgiram Paulo e mais de 40 morreram.
casos de macacos e pessoas infectadas”. O vírus O Ministério da Saúde afirmou em nota que,
teria se espalhado porque os primatas da mata desde 2016, os estados e municípios vêm sendo
eram vulneráveis: como o vírus desaparece da orientados para a necessidade de intensificar as
região na década de 1940, não desenvolveram medidas de prevenção. A orientação é que pessoas
anticorpos. Logo os macacos passaram a ser mortos em áreas de risco se vacinem.
por seres humanos que temem contrair a doença.
O massacre desses bichos, porém, é um “tiro no NATHALIA PASSARINHO Adaptado de bbc.com, 06/02/2018.
FIS
pé”, o que faz crescer a chance de contaminação Estima-se que um mosquito seja capaz de voar
de pessoas. Sem primatas para picar na copa das 3,0 km por dia, como informa o texto.
árvores, os mosquitos procuram sangue humano.
Nessas condições, a velocidade média do
De acordo com o pesquisador Ricardo mosquito corresponde, em km/h, a:
Lourenço, do Instituto Oswaldo Cruz, os mosquitos Xa) 0,125 O texto informa que um mosquito é capaz de
transmissores da doença se deslocaram do b) 0,250 voar 3 km por dia, ou seja, 3 km a cada 24 h.
Norte para o Sudeste, voando ao longo de rios e Aplicando essa informação diretamente à
c) 0,600 equação da velocidade média, temos:
corredores de mata. Estima-se que um mosquito
d) 0,800 v =
's
=
3
= 0,125 km/h.
m
't 24
18 • • FÍSICA
$3(5)(,2$0(172 11. (MACKENZIE – SP) O autódromo José Carlos
Pace, mais conhecido como Autódromo de
10. (IFMT) A velocidade escalar média é a razão Interlagos, foi inaugurado no dia 12 de maio
entre o espaço percorrido por um móvel de 1940 e sedia o Grande Prêmio do Brasil de
pelo intervalo de tempo durante o qual Fórmula 1 desde 1972. Esse circuito tem cerca
o deslocamento ocorre. Ao contrário da ͶԜ͵ͲͲ Ǥ
velocidade vetorial média, que contabiliza
No Grande Prêmio do Brasil de 2018, a pole
apenas a distância em linha reta entre o ponto
position, posição garantida pelo menor tempo
de partida e o ponto de chegada, a velocidade
de uma volta completa durante os treinos, foi
escalar média considera o espaço total
de Lewis Hamilton com aproximadamente
percorrido. Com base nestas informações, a
1 minuto e 7 segundos. Esse tempo é, inclusive,
velocidade escalar média de um automóvel que
o da volta mais rápida da história desse
percorre a primeira metade de uma rodovia
autódromo.
com velocidade de 40 km/h e a segunda
metade da rodovia com velocidade de 60 km/h Nesse mesmo Grande Prêmio, durante a prova
é de: definitiva, a volta mais rápida foi de Valtteri
Bottas com aproximadamente 1 minuto
Xa) 48 km/h
e 10 segundos de duração. Considerando
b) 50 km/h as voltas mencionadas, os tempos acima
c) 40 km/h e a extensão do circuito do Autódromo
d) 100 km/h de Interlagos, qual é, aproximadamente,
e) 60 km/h a diferença entre as velocidades médias
de Hamilton e Bottas, em km/h?
a) 15
De acordo com o enunciado,
enunciado a velocidade escalar média
b) 20
é a razão entre o espaço percorrido por um móvel e o Xc) 10
intervalo de tempo em que ocorre o deslocamento:
d) 5
's
vm = .
't e) 25
Primeira metade do trecho:
's 's
v1 = ⇒ Δt1 =
't1 v1
Na resolução, utilizaremos a equação da
Segundo trecho: velocidade média para calcular as velocidades
's 's médias de Hamilton e Bottas.
v2 = ⇒ Δt2 =
't 2 v2 's 4 300
vmH = = = 64,18 m/s
'tH 67
Percurso total:
's 4 300
2 · 's 2 · 's 2 · v1 · v 2 vmB = = = 61,43 m/s
vm = ⇒ vm = ⇒ vm = 'tB 70
't + 't 's 's v1 + v 2 Diferença entre as velocidades:
1 2 +
v1 v 2
Δv = (64,18 – 61,43) m/s ⇒ Δv = 2,75 m/s
Substituindo os valores, temos: Para transformar de m/s para km/h, basta
2 · 40 · 60 multiplicar por 3,6:
vm = ⇒ vm = 48 km/h
40 + 60 2,75 · 3,6 ≅ 10 km/h
FIS
LIVRO DE ATIVIDADES • • 19
$352)81'$0(172
12. (UERJ) Observe no gráfico a curva representativa do movimento de um veículo ao longo do tempo,
traçada a partir das posições registradas durante seu deslocamento.
= = =1
cateto adjacente x 2 – x1 4–0 4
Logo, a velocidade média é igual a 1 m/s.
13. (FUVEST – SP) Um estímulo nervoso em um dos dedos do pé de um indivíduo demora cerca de
30 ms para chegar ao cérebro. Nos membros inferiores, o pulso elétrico, que conduz a informação do
estímulo, é transmitido pelo nervo ciático, chegando à base do tronco em 20 ms. Da base do tronco ao
cérebro, o pulso é conduzido na medula espinhal. Considerando que a altura média do brasileiro é de
1,70 m e supondo uma razão média de 0,6 entre o comprimento dos membros inferiores e a altura de
uma pessoa, pode-se concluir que as velocidades médias de propagação do pulso nervoso desde os
dedos do pé até o cérebro e da base do tronco até o cérebro são, respectivamente:
a) 51 m/s e 51 m/s. c) 57 m/s e 57 m/s. e) 68 m/s e 68 m/s.
b) 51 m/s e 57 m/s. Xd) 57 m/s e 68 m/s.
FIS
De acordo com enunciado, temos: Δs2 = diferença entre a altura média e o comprimento dos
Δt1 = 30 ms = 0,03 s, correspondendo ao tempo que o pulso membros inferiores.
elétrico leva para sair do dedo do pé e chegar ao cérebro. Comprimento dos membros inferiores: 1,70 · 0,6 = 1,02.
Δs1 = 1,70 m. Δs2 = 1,70 – 1,02 = 0,68 m
Velocidade escalar média do pé até o cérebro: Δt2 = 0,03 – 0,02 = 0,01 s
's1 1, 70 0, 68
v1 = ⇒ v1 = = 56,66 m/s ⇒ v1 ≅ 57 m/s. v2 = = 68 m/s
't1 0, 03 's2 0, 01
Velocidade média da base do tronco até o cérebro: v2 =
't 2
20 • • FÍSICA
ACELERAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS
$6Ǵ,0,/$2 C1 H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
14. (1(0
a) Incorreta. A inércia
representa a capacidade
Ao soltar um martelo e uma pena na Lua em 1973, o astronauta David Scott confirmou do corpo de se opor à
alteração de seu estado,
que ambos atingiram juntos a superfície. O cientista italiano Galileu Galilei (1564-1642), um seja movimento, seja
dos maiores pensadores de todos os tempos, previu que, se minimizarmos a resistência do repouso. Quanto maior
ar, os corpos chegariam juntos à superfície. for a massa de um corpo,
mais difícil será mudar seu
estado de inércia. Como os
OLIVEIRA, A. A influência do olhar. Disponível em: cienciahoje.org.br. Acesso em: 15 ago. 2016 (adaptado). dois corpos têm massas
Na demonstração, o astronauta deixou cair em um mesmo instante e de uma mesma diferentes, a inércia também
será diferente para cada um.
altura um martelo de 1,32 kg e uma pena de 30 g. Durante a queda no vácuo, esses
objetos apresentam iguais: b) Incorreta. As massas dos corpos são diferentes, logo o impulso também será diferente.
a) inércias. c) Incorreta. O trabalho é dado pelo produto da força pelo deslocamento. No caso dos dois objetos
caindo, o trabalho é realizado pela força peso (m · g · h). Como a massa dos corpos é diferente, o
b) impulsos. trabalho realizado pelo martelo será maior que o trabalho realizado pela pena.
c) trabalhos. d) Correta. A resultante das forças é igual ao peso: R = P ⇒ m · a = m · g ⇒ a = g
Xd) acelerações. e) Incorreta. A energia potencial gravitacional depende das massas dos objetos. Como as massas são
diferentes, a energia potencial de cada um é diferente.
e) energias potenciais.
15. (IFMT) A grandeza física que mede a rapidez da variação da velocidade chama-se a) Incorreta. Se o veículo
aceleração. Sabendo dessa informação, um veículo que sai do município de Cáceres mantiver a velocidade, sua
e vai até ao Trevo o Lagarto, em Várzea Grande, cuja distância é de 210 km, para rapidez será a mesma.
concluir essa viagem em pouco tempo deverá: b) Correta. A aceleração média é dada pela seguinte equação:
'v 'v
a) manter a velocidade. am =
't
⇒ Δt =
am
Xb) aumentar a velocidade. Observando a equação, é possível concluir que o intervalo de tempo é inversamente proporcional à aceleração.
Como a aceleração é definida pela variação da velocidade por um intervalo de tempo, aumentando a velocidade,
c) diminuir a velocidade. a aceleração também aumentará, e o tempo gasto para percorrer os 210 km será menor.
d) nada deverá ser feito com a velocidade. c) Incorreta. Ao diminuir a velocidade, o tempo gasto para percorrer o trajeto será maior.
d) Incorreta. Se nada for feito com a velocidade, sua rapidez permanecerá constante.
e) controlar o deslocamento do veículo.
e) Incorreta. O deslocamento não tem relação com a distância entre as duas cidades.
16. (UFRGS – RS) Trens MAGLEV, que têm como princípio de funcionamento a
suspensão eletromagnética, entrarão em operação comercial no Japão nos próximos
anos. Eles podem atingir velocidades superiores a 550 km/h. Considere que um
trem, partindo do repouso e movendo-se sobre um trilho retilíneo, é uniformemente
acelerado durante 2,5 minutos até atingir 540 km/h.
Nessas condições, a aceleração do trem, em m/s2, é:
a) 0,1 Dados:
v = 540 km/h = 150 m/s
Xb) 1
t = 2,5 min = 150 s
c) 60
FIS
LIVRO DE ATIVIDADES • • 21
$3(5)(,2$0(172
C5 H17
Relacionar
17. (1(0 Para garantir segurança ao dirigir, alguns motoristas instalam dispositivos
informações em seus carros que alertam quando uma certa velocidade máxima (vmax) pré-
apresentadas em -programada pelo usuário de acordo com a velocidade máxima da via de tráfego,
diferentes formas é ultrapassada. O gráfico exibido pelo dispositivo no painel do carro após o final de
de linguagem e
representação uma viagem fornece a velocidade (km/h) do carro em função do tempo (h).
usadas nas
ciências físicas, Velocidade (km/h)
químicas ou
biológicas, como texto discursivo, gráficos,
tabelas, relações matemáticas ou linguagem
simbólica.
vmáx
0 Tempo (h)
$352)81'$0(172
18. (UFSM – RS) Um determinado veículo é conduzido em uma cidade com uma
velocidade escalar constante e igual a 54 km/h. O condutor desse veículo faz todos
os dias um mesmo trajeto de 5 km; ao longo desse trajeto, há 2 semáforos em
pontos diferentes. Cada semáforo, quando indica o sinal vermelho, permanece aceso
durante um período de 1,0 minuto, em seguida troca direto para o verde. Se, durante
o trajeto, der o azar de o condutor ter que parar o veículo nos dois semáforos,
durante o tempo máximo dos dois sinais vermelhos, e desejar chegar ao destino
ainda no mesmo tempo, como se todos os semáforos estivessem abertos, qual será o
valor da velocidade média em que deverá conduzir o veículo?
a) Igual a 65 km/h. Primeiramente, vamos encontrar a velocidade do carro do condutor em m/s.
Para isso, dividimos 54 por 3,6, obtendo o valor de 15 m/s para a velocidade.
b) Igual a 72 km/h.
Utilizando a equação da velocidade média, podemos calcular o tempo que o
c) Igual a 70 km/h. motorista leva para percorrer todo o trajeto com os sinais verdes. Isolando
o tempo, temos:
Xd) Maior que 80 km/h.
's 5 000
e) Menor que 65 km/h. t= ⇒t= ⇒ t = 333,33 s
FIS
'v 15
Ou seja, em condições normais, o motorista levaria 333,33 segundos para chegar a seu destino.
Caso ele pegue os dois sinais fechados, ele terá 2 minutos a menos (1 minuto para cada sinal) para percorrer o
mesmo trajeto de 5 km. Portanto, terá de aumentar a velocidade para compensar o tempo que perdeu nos dois
sinaleiros. Ou seja, o novo tempo t’ deve ser:
t’ = 333,33 s – 120 s = 213,33 s
Para que ele consiga percorrer os 5 km nesse novo tempo, precisará aumentar a velocidade para:
's 5 000
v= ⇒v= ⇒ v = 23,43 m/s
t’ 213, 33
Transformando o resultado em km/h, teremos 84,4 km/h.
22 • • FÍSICA
CAPÍTULO
MOV I M ENTO U N I FORM E
3
MOVIMENTO UNIFORME
v S R f
m v2
Fc
R
v ZR
1 Z 2 S f
s( ) = s0 + v . t
s(t f
T
v v
v>0
v v
FIS
0 0
t t
v<0
LIVRO DE ATIVIDADES • • 23
Independentemente do tipo de movimento, em um diagrama v × t, a área compreendida entre o eixo do
tempo e a linha que corresponde à velocidade do móvel é numericamente igual ao deslocamento.
Velloci
o dade
oc dadde
Áreaa = Δs
Áre
0
t Te po
Tem p
s s
s0
v>0
v<0
s0
0 t 0
TRANSMISSÃO DE MOVIMENTO
O movimento circular pode ser transmitido por As relações matemáticas válidas para polias
rodas pelo contato (engrenagens) ou pela ligação ligadas por uma correia ou esteira são válidas
entre elas usando uma correia ou corrente. também para engrenagens postas em contato.
Existe uma pequena diferença entre os dois casos:
Polias interligadas por correias as polias ligadas por uma corrente giram no mesmo
sentido, enquanto as engrenagens em contato giram
Ambas as polias têm a mesma velocidade linear. em sentidos contrários.
vA = vB
Polias interligadas por eixos
ωA · RA = ωB · RB Ambas as polias têm a mesma velocidade
angular e a mesma frequência.
vA v
= B
RA RB
ωA · RA = ωB · RB
2 · S · fA · R A = 2 · S · fB · RB fA = fB
fA · RA = fB · RB
24 • • FÍSICA
ATIVIDADES
MOVIMENTO UNIFORME
$6Ǵ,0,/$2
1. (MACKENZIE – SP) Uma partícula descreve um movimento uniforme cuja função horária é s = –2 + 5t,
com s em metros e t em segundos. Nesse caso, podemos afirmar que a velocidade escalar da partícula é:
a) –2 m/s e o movimento é retrógrado.
b) –2 m/s e o movimento é progressivo.
Xc) 5 m/s e o movimento é progressivo.
Analisando a equação da função horária, podemos concluir que a
d) 5 m/s e o movimento é retrógrado. velocidade é positiva e tem valor igual a 5 m/s; logo, o movimento é
e) –2,5 m/s e o movimento é retrógrado. progressivo.
2. (1(0 Uma empresa de transportes precisa efetuar a entrega de uma encomenda o mais breve possível.
Para tanto, a equipe de logística analisa o trajeto desde a empresa até o local da entrega. Ela verifica
que o trajeto apresenta dois trechos de distâncias diferentes e velocidades máximas permitidas
diferentes. No primeiro trecho, a velocidade máxima permitida é de 80 km/h e a distância a ser
percorrida é de 80 km. No segundo trecho, cujo comprimento vale 60 km, a velocidade máxima
permitida é 120 km/h. Supondo que as condições de trânsito sejam favoráveis para que o veículo
da empresa ande continuamente na velocidade máxima permitida, qual será o tempo necessário,
em horas, para a realização da entrega?
a) 0,7 C6 H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
b) 1,4
Xc) 1,5
d) 2,0
e) 3,0
LIVRO DE ATIVIDADES • • 25
3. (UNESP) Juliana pratica corridas e consegue correr 5,0 km em meia hora. Seu próximo desafio é
participar da corrida de São Silvestre, cujo percurso é de 15 km. Como é uma distância maior do que
a que está acostumada a correr, seu instrutor orientou que diminuísse sua velocidade média habitual
em 40% durante a nova prova. Se seguir a orientação de seu instrutor, Juliana completará a corrida de
São Silvestre em
a) 2 h 40 min
b) 3 h 00 min
c) 2 h 15 min
Xd) 2 h 30 min
e) 1 h 52 min
Velocidade de Juliana para percorrer 5 km em 30 min (0,5 h): Tempo gasto por Juliana para percorrer a São Silvestre de acordo
s = s0 + v · t com as orientações do instrutor:
5 15
5 = 0 + v1 · 0,5 ⇒ v1 = ⇒ v1 = 10 km/h s = s0 + v · t ⇒ 15 = 0 + 6 · t ⇒ t = ⇒ t = 2,5 h
0, 5 6
Como o instrutor orientou Juliana a reduzir a velocidade em 40%,
a velocidade com que ela deve percorrer os 15 km é de:
10 · 0,4 = 4
v2 = 10 – 4 = 6 km/h
$3(5)(,2$0(172
4. (FUVEST – SP) João está parado em um posto de gasolina quando vê o carro de seu amigo passando
por um ponto P, na estrada, a 60 km/h. Pretendendo alcançá-lo, João parte com seu carro e passa pelo
mesmo ponto P, depois de 4 minutos, já a 80 km/h. Considere que ambos dirigem com velocidades
constantes. Medindo o tempo, a partir de sua passagem pelo ponto P, João deverá alcançar seu amigo,
aproximadamente, em:
a) 4 minutos.
b) 10 minutos.
Xc) 12 minutos.
d) 15 minutos.
e) 20 minutos.
26 • • FÍSICA
5. (UFRGS – RS) Em grandes aeroportos e shoppings, existem esteiras móveis horizontais para facilitar o
deslocamento de pessoas. Considere uma esteira com 48 m de comprimento e velocidade de 1,0 m/s.
Uma pessoa ingressa na esteira e segue caminhando sobre ela com velocidade constante no mesmo
sentido de movimento da esteira. A pessoa atinge a outra extremidade 30 s após ter ingressado na
esteira. Com que velocidade, em m/s, a pessoa caminha sobre a esteira?
a) 2,6
b) 1,6
c) 1,0
d) 0,8
Xe) 0,6
Na situação descrita no problema, temos a velocidade da esteira Substituindo os valores do problema na equação, temos:
de 1 m/s e precisamos descobrir a velocidade com que a pessoa 48 48
caminha sobre ela. 1 + vp = ⇒ vp = –1
30 30
Portanto, a velocidade relativa (vr) para um observador fora da
Nessa etapa, precisamos encontrar o MMC:
esteira é a soma das velocidades da esteira (ve) e da pessoa (vp):
vr = ve + vp 48 – 30 18
⇒ vp = ⇒ vp = 0,6 m/s
.
vp =
's 30 30
vr =
't
Desprezando a curvatura da Terra e adotando no cálculo final 3 = 1,7, o tempo que esse avião leva
para ir de B até C, em segundos é igual a:
a) 06 Xc) 10 e) 14
b)) 08 d)) 12
co
ttg
ca
AB 3 AB 1, 7 No enunciado, a velocidade é fornecida em
ttg 30q AB 12000 AB 6800 m
12000 3 12000 3 km/h. Vamos transformar para m/s:
Distância de A até C:
D 1 872
520 m/s
AC AC 3, 6
ttg 45q 1 AC 12000 m Tempo gasto pelo avião de B até C:
12000 12000
's 's 5 200
Para calcular a distância de B até C, basta diminuir AC de AB:
P v 't 't 't 10 s
't v 520
BC = AC – AB BC = 12 000 – 6 800 BC = 5 200 m
B
LIVRO DE ATIVIDADES • • 27
$352)81'$0(172
$$352)
3552)
2)881
81'$
1''$0(1
$0
0(172
(172
7. (FATEC – SP) Os dispositivos eletrônicos
TABELA PARCIAL DE VELOCIDADES REFERENCIAIS
colocados em vias públicas, conhecidos como
radares fixos (ou “pardais”), funcionam por V M (km/h) VC (km/h)
meio de um conjunto de sensores dispostos
90 83
no chão dessas vias. Os laços detectores
(conjunto de dois sensores eletromagnéticos) 81 74
são colocados em cada faixa de rolamento. Uma
72 65
vez que motocicletas e automóveis possuem
materiais ferromagnéticos, ao passarem pelos 63 56
sensores, os sinais afetados são processados e
determinadas duas velocidades. Uma entre o 54 47
primeiro e o segundo sensor (1.o laço); e a outra 45 38
entre o segundo e o terceiro sensor (2.o laço),
conforme a figura. $UW&7%
máximo permitido para aquele local e faixa de De acordo com os dados apresentados na tabela,
FIS
28 • • FÍSICA
MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME
$6Ǵ,0,/$2
$$6Ǵ,0,/$
6Ǵ,,0
0,/$22
8. (UNIFOR – CE) Um carrossel gira uniformemente, efetuando uma rotação completa a
cada 4,0 segundos. Cada cavalo executa movimento circular uniforme com frequência
em rps (rotação por segundo) igual a:
a) 8,0
b) 4,0
c) 2,0
d) 0,5
Xe) 0,25
LIVRO DE ATIVIDADES
TIV • • 29
C5 H17 Relacionar $3(5)(,2$0(172
informações
apresentadas em
11. (1(0 Na madrugada de 11 de março de 1978, partes de um foguete soviético
diferentes formas
de linguagem e reentraram na atmosfera acima da cidade do Rio de Janeiro e caíram no Oceano
representação Atlântico. Foi um belo espetáculo, os inúmeros fragmentos entrando em ignição
usadas nas ciências devido ao atrito com a atmosfera brilharam intensamente, enquanto “cortavam o
físicas, químicas ou
biológicas, como texto céu”. Mas se a reentrada tivesse acontecido alguns minutos depois, teríamos uma
discursivo, gráficos, tragédia, pois a queda seria na área urbana do Rio de Janeiro e não no oceano.
tabelas, relações
matemáticas ou linguagem simbólica.
30 • • FÍSICA
13. (UFCE) Um automóvel se desloca em uma $352)81'$0(172
estrada horizontal com velocidade constante de
modo tal que seus pneus rolam sem qualquer 14. (UNICAMP – SP) Anemômetros são
deslizamento na pista. Cada pneu tem diâmetro instrumentos usados para medir a velocidade
D = 0,50 m, e um medidor colocado em um do vento. A sua construção mais conhecida é a
deles registra uma frequência de 840 rpm. proposta por Robinson em 1846, que consiste
A velocidade do automóvel é de: em um rotor com quatro conchas hemisféricas
presas por hastes, conforme figura abaixo. Em
a) 3π m/s c) 5π m/s Xe) 7π m/s
um anemômetro de Robinson ideal, a velocidade
b) 4π m/s d) 6π m/s do vento é dada pela velocidade linear das
conchas. Um anemômetro em que a distância
entre as conchas e o centro de rotação é
r = 25 cm, em um dia cuja velocidade do vento é
De acordo com os dados do enunciado, trata-se de
um movimento circular uniforme. Portanto, devemos v = 18 km/h, teria uma frequência de rotação de
calcular a velocidade linear do carro fazendo uma relação
com a velocidade angular das rodas.
v = ω · R (equação 1)
ω = 2 · π · f (equação 2)
Utilizando os dados da equação 2 na equação 1, temos:
v = 2 · π · f · R (equação 3)
O raio do pneu é dado pela seguinte relação:
D 0 , 50
R= ⇒R= ⇒ R = 0,25 m
2 2
n 840
f= ⇒f= ⇒ f = 14 Hz
't 60
Substituindo os valores na equação 3, temos:
v=2·π·f·R
v = 2 · π · 0,25 · 14
v = 7π m/s
LIVRO DE ATIVIDADES • • 31
15. (UNICAMP – SP) Considere um computador que armazena informações em um disco rígido que gira a
uma frequência de 120 Hz. Cada unidade de informação ocupa um comprimento físico de 0,2 μm na direção
do movimento de rotação do disco. Quantas informações magnéticas passam, por segundo, pela cabeça
de leitura, se ela estiver posicionada a 3 cm do centro de seu eixo, como mostra o esquema simplificado
apresentado abaixo? (Considere π ≅ 3.)
TRANSMISSÃO DE MOVIMENTO
$6Ǵ,0,/$2
16. (FUVEST – SP) Uma criança, montada em um velocípede, se desloca em trajetória retilínea com
velocidade constante em relação ao chão. A roda dianteira descreve uma volta completa em um
segundo. O raio da roda dianteira vale 24 cm e o das traseiras 16 cm. Podemos afirmar que as rodas
traseiras do velocípede completam uma volta em aproximadamente:
a) 0,5 s Xb) 0,6 s c) 1 s d) 1,5 s e) 2 s
FIS
Para a resolução, vamos utilizar a equação que relaciona o acoplamento de polias por correias:
1 1 1 1
fA · RA = fB · RB ⇒ · RA = · RB ⇒ · 24 = · 16
tA tB 1 tB
16
tB = ⇒ tB = 0,6 s
24
32 • • FÍSICA
17. Analise as seguintes afirmações sobre polias ligadas por correntes. I. Incorreta. A polia de menor
raio terá sempre uma frequência
I. Quando ligadas por correntes, as polias sempre terão frequências iguais. maior, pois ela terá de executar
mais voltas para acompanhar a
II. A velocidade angular de polias ligadas por correntes é igual.
polia de maior raio.
III. A velocidade linear de polias ligadas por correntes é igual. II. Incorreta. A velocidade angular
IV. As razões entre as frequências e os raios de polias ligadas por correntes é diretamente proporcional
à frequência. Logo, como as
são iguais. frequências são diferentes, a
É correto o que se afirma em: velocidade angular também será.
III. Correta. Em polias acopladas
a) I e II. por correias ou correntes,
b) IV, apenas. a velocidade linear das
extremidades das polias é a
Xc) III, apenas. mesma, uma vez que, nesse tipo
d) II e IV. de situação, a velocidade linear
da correia é compartilhada pelas
e) I e IV. duas polias.
IV. Incorreta. A velocidade linear
18. (1(0 Na preparação da madeira em uma indústria de móveis, utiliza-se uma pode ser escrita como o produto
lixadeira constituída de quatro grupos de polias, como ilustra o esquema [...]. Em da velocidade angular pelo raio.
cada grupo, duas polias de tamanhos diferentes são interligadas por uma correia Como a velocidade linear das
polias ligadas por correntes é a
provida de lixa. Uma prancha de madeira é empurrada pelas polias, no sentido
mesma, temos:
A → B (como indicado no esquema), ao mesmo tempo em que um sistema é
vA = vB ⇒ ωA · RA = ωB · RB
acionado para frear seu movimento, de modo que a velocidade da prancha seja 2 · S · fA · RA = 2 · S · fB · RB
inferior à da lixa. fA f
fA · RA = fB · RB ⇒ = B
RB RA
C5 H17 Relacionar informações
apresentadas em diferentes formas
de linguagem e representação
usadas nas ciências físicas,
químicas ou biológicas, como
texto discursivo, gráficos,
tabelas, relações matemáticas ou
linguagem simbólica.
A B
3 4
e) 1, 2, 3 e 4 no sentido anti-horário.
LIVRO DE ATIVIDADES • • 33
$3(5)(,2$0(172
a) Incorreta. A velocidade
19. (PUCRS) O acoplamento de engrenagens por correia C, como o que é encontrado
angular seria a mesma se
as engrenagens estivessem nas bicicletas, pode ser esquematicamente representado por
acopladas por um mesmo
eixo.
b) Incorreta. Aceleração
centrípeta é uma grandeza
inversamente proporcional
ao tamanho do raio da roda.
Portanto, como os raios
são diferentes, a aceleração Considerando-se que a correia em movimento não deslize em relação às rodas A e B,
centrípeta também será enquanto elas giram, é correto afirmar que
diferente.
a) a velocidade angular das duas rodas é a mesma.
c) Correta. Nesse caso,
as polias têm a mesma b) o módulo da aceleração centrípeta dos pontos periféricos de ambas as rodas
velocidade linear que a tem o mesmo valor.
correia:
vA = vB ⇒ ωA · RA = ωB · RB Xc) a frequência do movimento de cada polia é inversamente proporcional ao seu raio.
2·π · fA · RA = 2· π · fB · RB d) as duas rodas executam o mesmo número de voltas no mesmo intervalo de tempo.
fA =
2 · S · fB · RB
⇒ fA =
e) o módulo da velocidade dos pontos periféricos das rodas é diferente do
2 · S · RA módulo da velocidade da correia.
fB · RB 20. (UFPR) Um ciclista movimenta-se com sua bicicleta em linha reta a uma velocidade
RA
constante de 18 km/h. O pneu, devidamente montado na roda, possui diâmetro
Analisando a equação, igual a 70 cm. No centro da roda traseira, presa ao eixo, há uma roda dentada
percebemos que a de diâmetro 7,0 cm. Junto ao pedal e preso ao seu eixo há outra roda dentada de
frequência é inversamente diâmetro 20 cm. As duas rodas dentadas estão unidas por uma corrente, conforme
proporcional ao raio.
mostra a figura. Não há deslizamento entre a corrente e as rodas dentadas. Supondo
d) Incorreta. A polia B
executa mais voltas, pois que o ciclista imprima aos pedais um movimento circular uniforme, assinale a
tem uma frequência maior. alternativa correta para o número de voltas por minuto que ele impõe aos pedais
e) Incorreta. De acordo durante esse movimento. Nesta questão, considere π = 3.
com o enunciado, trata-se
de uma correia ideal, sem
deslizamento. Portanto, a a) 0,25 rpm d) 25,0 rpm
velocidade em qualquer
ponto da roda é a mesma b) 2,50 rpm xe) 50,0 rpm
da correia.
c) 5,00 rpm
Dados do enunciado:
D R v · Rca
ωco = roda ⇒ ωco =
v = 18 km/h = 5 m/s Rco Rroda · Rco
Rroda = 35 cm = 0,35 m Substituindo os valores fornecidos no enunciado,
Rca = 3,5 cm = 0,035 m temos:
Rco = 10 cm = 0,1 m 5 · 0, 035
ωco = ⇒ ωco = 5 rad/s
C
Como a coroa e a catraca são interligadas por uma 0,1· 0, 35
ccorreia, conforme o esquema apresentado, concluímos
qque as velocidades lineares são iguais. Assim, temos: Transformando de rad/s para rpm:
vco = vca ⇒ ωco · Rco = ωca · Rca 5 5
rot
2S 2·3 5
⇒ ⇒ · 60 = 50 rpm
1 1 6
min
60 60
34 • • FÍSICA
$352)81'$0(172
21. (UNICAMP – SP) Em 1885, Michaux lançou o biciclo com uma roda dianteira diretamente acionada
por pedais (Fig. A). Através do emprego da roda dentada, que já tinha sido concebida por Leonardo da
Vinci, obteve-se melhor aproveitamento da força nos pedais (Fig. B). Considere que um ciclista consiga
pedalar 40 voltas por minuto em ambas as bicicletas.
v = 2 · π · f · Rroda
5 9
v=2·3· · 0,3 ⇒ v = ⇒ v = 3 m/s
3 3
LIVRO DE ATIVIDADES • • 35
CAPÍTULO
MOV I M ENTO
U N I FORM EM ENTE VA RI A DO
4
Movimento
uniformemente
variado
caracterizado por
Velocidade Aceleração
variável constante
descrito por
Função Função
Equação de
horária das horária da
Torricelli
velocidades posição
2
v(t) = v0 + a ∙ t s(t) = s0 + v0 ∙ t + a ∙ t v2 = v20 + 2 ∙ a ∙ Δs
2
v3 v2 v1 v0
Em movimentos
a a a a
t=3s t=2s t=1s t=0s
acelerados, o módulo
Divo Padilha. 2011. Digital.
da velocidade
v0 v1 v2 v3
aumenta com o
FIS
a a a a tempo.
t=0s t=1s t=2s t=3s
36 • • FÍSICA
Exemplos de MUV com
aceleração = aceleração da gravidade
Movimentos
bidimensionais
eixo y
eixo y MUV vx
vy vx
vx vx
vy = 0 vx
vy vx vy
queda vy
v>0 vx
livre vy
vx
(MUV) vx
Acelerado
vy
Retardado
g m vy v0
m
g
v<0 v0y
a<0 vx vx
a<0 eixo x v0x eixo x
Subida Descida movimento uniforme
vx = constante vy vy MU
Gráficos do MUV
$IXQ©¥RKRU£ULDGDYHORFLGDGHQR089«GDGDSRUYWb bY0bbDbybW(OD«DQ£ORJD¢IXQ©¥RDILP
I[b bDbyb[bbE(VVDUHOD©¥RSHUPLWHDUHSUHVHQWD©¥RJU£ILFDGDYHORFLGDGHGHPRGRVHPHOKDQWHDRTXH
«IHLWRSDUDUHSUHVHQWDUJUDILFDPHQWHDIXQ©¥RDILP1DH[SUHVV¥RYWb bY0bbDbybWRWHUPRv0 corresponde
ao coeficiente linear e indica onde a reta intercepta o eixo das ordenadas. Já o termo a corresponde ao
coeficiente angular e indica a inclinação da reta.
v v
a>0 v0 a<0
v=0 v=0
t t
v0
A função horária da posição permite descrever como varia a posição de um corpo em MUV à medida que
o tempo transcorre, conforme uma função quadrática. A representação gráfica da função é uma parábola.
s s v=0
FIS
s0
a<0
a>0
s0
t t
v=0
LIVRO DE ATIVIDADES • • 37
ATIVIDADES
De acordo com o enunciado, o ciclista parte do repouso. Logo, aplicando diretamente a equação da aceleração, obtemos a velocidade
média que o ciclista atinge após 7 segundos.
'v
am = v ⇒ Δv = am · Δt
't
Δv = 2,0 · 7,0 = 14,0 m/s
2. (UNEMAT – MT) Quando uma partícula de massa m se desloca ao longo de uma trajetória retilínea com
velocidade v, constante, ao longo de todo o trajeto, afirmamos que a partícula apresenta “Movimento
Retilíneo Uniforme”. Considera-se que quando a partícula se deslocar em Movimento Retilíneo
Uniforme Variado, ela deve apresentar as seguintes características:
Xa) a aceleração é constante, porém diferente de zero ao longo do trajeto.
b) a velocidade da partícula pode ser constante, porém o tempo gasto é diferente de zero.
c) a variação do espaço percorrido e a variação do tempo gasto são diferentes de zero, enquanto
que a velocidade permanece constante. Consideramos que uma partícula está em movimento retilíneo uniformemente
variado quando ela tem uma aceleração constante e diferente de zero.
d) o conceito de aceleração está relacionado a uma mudança de velocidade, no entanto não se refere
à mudança de tempo.
e) a partícula de massa m pode estar acelerada, entretanto essa aceleração não pode ser negativa.
3. ȋȌ±ǡǡ
ͷԜͶͲͲȀ
após 50 segundos. Supondo que esse foguete se desloque em trajetória retilínea, sua aceleração escalar
média é de
2
Xa) 30 m/s b) 150 m/s2 c) 388 m/s2 d) 108 m/s2 e) 54 m/s2
FIS
38 • • FÍSICA
$3(5)(,2$0(172
$$3(5)
3((5)
5)((,2$0(1
(,
, 22$0(172
$0(172
4. (UNIUBE – MG) Segundo teste realizado pela revista Quatro Rodas, o Corolla 2015 1.8 GLi, modelo
ǡ
ͲͳͲͲȀͻǡǤ
A intensidade da aceleração média desenvolvida por esse modelo de carro é de, aproximadamente:
a) 4 m/s2
b) 10 m/s2
c) 12 m/s2 C6 H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
2
Xd) 3 m/s
e) 7 m/s2
Dados do enunciado:
Δv = 100 km/h = 27,8 m/s
Δt = 9,6 s
Para calcular a intensidade da aceleração média do veículo, vamos utilizar a seguinte equação:
'v 27, 8
am = ⇒ am = ⇒ am = 2,89 ⇒ am ≅ 3 m/s2
't 9, 6
5. (OBF) Uma partícula executa um movimento retilíneo uniformemente variado. Num dado instante a
partícula tem velocidade 50 m/s e aceleração negativa de módulo 0,2 m/s2. Quanto tempo decorre até
a partícula alcançar a mesma velocidade em sentido contrário?
Xa) 500 s De acordo com o enunciado, na ida, a partícula tem uma velocidade de 50 m/s. Portanto, na volta, sua velocidade deverá ser
igual a –50 m/s.
b) 250 s Tempo gasto pela partícula de v = 50 m/s até v = 0 m/s:
50
c) 125 s v1 = v0 + a · t1 ⇒ 0 = 50 + (–0,2) · t1 ⇒ t1 = ⇒ t1 = 250 s
0, 2
d) 100 s Tempo gasto pela partícula de v = 0 m/s até v = –50 m/s:
50
e) 10 s v2 = v0 + a · t2 ⇒ –50 = 0 + (–0,2) · t2 ⇒ t2 =
0, 2
⇒ t2 = 250 s
Dados do enunciado:
v = 100 km/h = 27,7 m/s
Δt = 0,36 s
FIS
LIVRO DE ATIVIDADES • • 39
$352)81'$0(172
7. (UFRGS – RS) Um automóvel viaja por uma estrada retilínea com velocidade constante. A partir de
dado instante, considerado como t = 0, o automóvel sofre acelerações distintas em três intervalos
consecutivos de tempo, conforme representado no gráfico abaixo.
±
×ǡ
nos mesmos intervalos de tempo. Informação: nos gráficos, (0,0) representa a origem do sistema
de coordenadas.
Xa) d)
b) e)
40 • • FÍSICA
FUNÇÃO HORÁRIA DA $3(5)(,2$0(172
v (m/s)
$6Ǵ,0,/$2
20
8. (ACAFE – SC) O gráfico da figura abaixo mostra
o comportamento da velocidade (v) de um 15
veículo variando em função do tempo (t) em
uma trajetória retilínea. 10
0 2 4 6 8 10 12 t (s)
S
c)
2 Observando o gráfico v × t, é possível concluir que se
d) 4π trata de um movimento retilíneo uniformemente variado.
Utilizando a função horária da posição, temos:
a · t2 a · t2
s = s 0 + v0 · t + ⇒ s – s 0 = v0 · t +
2 2
A área desse gráfico refere-se à distância percorrida
durante um intervalo de tempo. Calculando a área da
a · t2
figura geométrica em questão, que é um semicírculo, Δs = v0 · t +
obtemos a distância percorrida pelo veículo. 2
Δs = A
Aceleração média do carro:
Acírculo = π · R2
Como a área do semicírculo corresponde à metade da 'v v – v0
am = ⇒ am =
área do círculo, temos: 't t – t0
S · R2
Asemicírculo = =2·π 20 – 5 15
2 am = = = 1,25 m/s2
12 – 0 12
O gráfico nos mostra que, quando t = 0, a velocidade
inicial v0 é igual a 5 m/s.
Substituindo os valores na função horária, temos:
a · t2 1, 25 t 2
FIS
Δs = v0 · t + ⇒ Δs = 5 · t +
2 2
Δs = 5 · t + 0,625 · t2
LIVRO DE ATIVIDADES • • 41
$352)81'$0(172
10.ȋȂȌǡ±
ǡ±
Ǥ
Ù
²
Ǥǡ
irregular, com 22,5 m de comprimento, trafega carregado por uma rodovia e passa por um posto
rodoviário com velocidade constante de 20 m/s. O policial, que está sobre uma motocicleta assimilável
ǡ
distância de 42 m. Acelera então constantemente com módulo 1,0 m/s2. Alcança o ponto extremo
traseiro e prossegue com a mesma aceleração constante até o ponto extremo dianteiro para dar sinal
ao motorista. Pode-se afirmar corretamente que o módulo aproximado da velocidade da motocicleta,
Ȁǡ
ǣ
a) 100
b) 120
c) 135
d) 150
Xe) 155
42 • • FÍSICA
EQUAÇÃO DE TORRICELLI
$6Ǵ,0,/$2
11. ȋ
Ȍǡ
ǡ
Ø × Ǥ
estação, a composição acelera uniformemente até atingir a velocidade de 22 m/s e, após ter atingido
ǡ
ͳԜʹͲͲǤÀǡ
±
parar na estação seguinte, Maracanã. Estime, em metros, a distância total percorrida pela composição
entre as duas estações. (Considere: aceleração constante = 1,10 m/s2; desaceleração constante =
1,25 m/s2)
12. (UERJ) Um guarda rodoviário, ao utilizar um radar, verifica que um automóvel em movimento
uniformemente variado passa por um ponto de uma rodovia com velocidade de 10 m/s. Cinco
segundos depois, o automóvel passa por outro ponto da mesma rodovia com velocidade de 25 m/s.
Admita que a infração por excesso de velocidade seja aplicada quando, nesse intervalo de tempo, a
distância entre esses dois pontos é superior a 120 m. Indique se o automóvel foi multado, justificando
sua resposta com base nos cálculos.
Primeiramente,
P i i t vamos calcular
l l a aceleração:
l ã v2 = v02 + 2 · a · Δs
v = v0 + a · t Isolando Δs, temos:
225 = 10 + a · 5 ⇒ 15 = 5 · a v 2 – v 20 252 – 102 525
Δs = ⇒ Δs = =
a = 3 m/s2 2·a 2·3 6
S
Sabendo o valor da aceleração do veículo, utilizaremos Torricelli Δs = 87,5 m
ppara calcular o deslocamento: O automóvel não foi multado, pois a distância percorrida no
intervalo de tempo é inferior a 120 m.
$3(5)(,2$0(172
13. (UECE) Em função da diferença de massa entre a Terra e a Lua, a gravidade aqui é cerca de seis vezes
a encontrada na Lua. Desconsidere quaisquer forças de atrito. Um objeto lançado da superfície da
Terra com uma dada velocidade inicial vT atinge determinada altura. O mesmo objeto deve ser lançado
a uma outra velocidade vL caso seja lançado do solo lunar e atinja a mesma altura. A razão entre a
velocidade de lançamento na Terra e a de lançamento na Lua, para que essa condição seja atingida é,
FIS
aproximadamente,
a) b) 10 c) 10 Xd) 6
N
Nesse caso, como não sabemos o tempo, podemos utilizar a Utilizando os dados do enunciado, temos:
eq
equação de Torricelli:
v 2Terra 2
vLua v2 12 · gLua
v2 = v02 + 2 · a · Δs ⇒ v2 = 2 · g · h = ⇒ Terra
2
=
6 · 2 · gLua 2 · gLua vLua 2 · gLua
Isolando a altura, temos:
Is
2
v2 § v Terra · v Terra
h=
2·g ¨ ¸ ⇒6 = = 6
v
© Lua ¹ vLua
LIVRO DE ATIVIDADES • • 43
$352)81'$0(172
$$352)
3552)
2)881
81'$0(172
1''$0(1
$0(172
14. (FPS – PE) Um automóvel percorre uma rodovia com velocidade inicialmente constante igual a
ͺͲȀǤÀ
ͲȀǡ
nesse trajeto uma distância igual a 20 m. O módulo da desaceleração sofrida pelo automóvel nesse
percurso foi de aproximadamente:
2
Xa) 5,4 m/s b) 7,5 m/s2 c) 2,5 m/s2 d) 11 m/s2 e) 15 m/s2
Considerando-se um sistema de referência ideal orientado de cima para baixo, podemos associar o
gráfico ao movimento aproximado de
a)
±
±
Ǥ
b) um foguete, alçando voo a partir de um lançamento no solo.
c) uma fruta, caindo de uma árvore direto ao solo.
Xd) ǡǡ
ǡ±
ao solo.
e) uma águia de bico amarelo em seu sobrevoo, atacando uma presa posicionada próxima
à superfície do oceano.
FIS
Analisando o gráfico, verificamos que a velocidade escalar é positiva. Logo, o movimento é orientado para baixo, descartando as
alternativas a e b.
Dentre as opções que sobraram, a que melhor descreve a situação apresentada no gráfico é a alternativa b.
0 a t1: com o paraquedas fechado, o paraquedista tem movimento acelerado até atingir a primeira velocidade limite v1.
t1 a t2: quando o seu peso e a resistência do ar estão equilibrados.
t2 a t3: quando o paraquedas abre e o peso do paraquedista é menor do que a resistência do ar.
t3 e t4: a velocidade se estabiliza.
t4 e t5: o paraquedista chega ao solo e sua velocidade se anula.
44 • • FÍSICA
16.ȋ Ȍ
±
ǡ O enunciado descreve
que o projétil foi
ǡ±
ǡ lançado verticalmente
quando então retorna a ele, caindo no mesmo local de onde partiu. Supondo que, para cima, atingiu
para esse movimento, a superfície da Terra possa ser considerada como sendo uma altura H e caiu
no mesmo lugar.
um referencial inercial e que qualquer tipo de resistência do ar seja desprezada, Com isso, podemos
considere as seguintes afirmativas: concluir que somente
1.
×ǡ
ǡ a afirmativa 3 é
verdadeira.
é nula.
1. Incorreta. No ponto
2.
±ʹǤ mais alto da trajetória,
a velocidade é nula. A
3. ±± aceleração corresponde
±
Ǥ à aceleração da
gravidade, uma vez
Assinale a alternativa correta. que se trata de um
a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira. lançamento vertical.
b) Somente a afirmativa 2 é verdadeira. 2. Incorreta. O
deslocamento total é
Xc) Somente a afirmativa 3 é verdadeira. igual a 0.
d) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras. 3. Correta. O tempo
de subida até a altura
e) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. H é igual ao tempo
de queda, pois a
17. (UNIUBE – MG) aceleração é a mesma
em todo o percurso.
a velocidade depende
uma mesma altura e desprezando-se a resistência do ar, o corpo de maior
apenas da aceleração
Ǥ e do tempo de queda,
III. Os corpos de massas 1 g e 10 g cairão com a mesma aceleração, e suas que são iguais.
velocidades serão iguais entre si a cada instante, se forem abandonados de III. Verdadeira.
Desprezando a
uma mesma altura e quando for desprezada a resistência do ar. resistência do ar,
Ù
ǡ±ȋ Ȍ os dois corpos
cairão com a mesma
correta(s) a(s) afirmação(ões) contida(s) em: aceleração, com a
a) II, apenas. c) I, apenas. e) I e II, apenas. mesma velocidade
e ao mesmo tempo
Xb) III, apenas. d) I e III, apenas. quando abandonados
da mesma altura.
LIVRO DE ATIVIDADES • • 45
$3(5)(,2$0(172 19. (FGV – SP) A figura ilustra um tubo cilíndrico
×
18. (FUVEST – SP) Em uma tribo indígena de uma uma trena para graduar a altura da quantidade
ǡ
de óleo. A montagem tem como finalidade o
um jovem é deixar-se cair em um rio, do alto estudo do movimento retilíneo de uma gota de
Ǥ água dentro do óleo. Da seringa, é abandonada,
verticalmente, a partir do repouso, de uma do repouso e bem próxima da superfície livre
altura de 45 m em relação à superfície da do óleo, uma gota de água que vai descer
água. O tempo decorrido, em segundos, entre pelo óleo. As posições ocupadas pela gota,
o instante em que o jovem iniciou sua queda em função do tempo, são anotadas na tabela,
e aquele em que um espectador, parado no alto e o marco zero da trajetória da gota é admitido
ǡ
junto à superfície livre do óleo.
jovem na água é, aproximadamente,
Xa) 3,1 s (cm) t (s)
b) 4,3
0 0
c) 5,2
d) ǡʹ 1,0 2,0
e) 7,0 4,0 4,0
9,0 ǡͲ
Note e adote:
ͳǡͲ 8,0
Considere o ar em repouso e ignore sua
(Física em contextos - Mauricio Pietrocola e outros)
resistência. Ignore as dimensões das pessoas
envolvidas. Velocidade do som no ar: 360 m/s. É correto afirmar que a gota realiza um
Aceleração da gravidade: 10 m/s2. movimento:
a) com aceleração variável, crescente com
o tempo.
Para calcular o tempo percorrido entre o instante em b) com aceleração variável, decrescente com
que o jovem iniciou sua queda até atingir a superfície da o tempo.
água, vamos utilizar a equação do lançamento vertical:
c) uniformemente variado, com aceleração
a · 't12 10 · 't12
s= ⇒ 45 = de 1,0 cm/s2.
2 2
Xd) uniformemente variado, com aceleração
45
5
= 't12 ⇒ Δt1 = 9 =3s de 0,5 cm/s2.
Intervalo de tempo que o som do impacto do jovem na e) uniformemente variado, com aceleração
água leva para chegar até o ouvido do espectador: de 0,25 cm/s2.
's 45
Δt2 = = ⇒ Δt2 = 0,1 s
v som 360
O tempo decorrido entre o instante que o jovem saltou
e o instante que o espectador ouviu o barulho da água é Observando a tabela, podemos perceber que a velocidade
igual à soma de Δt1 e Δt2: da gota sofre uma variação que é constante com o tempo.
Logo, temos um movimento uniformemente variado, o que
Δt = 3 + 0,1 = 3,01 s. elimina as alternativas a e b.
FIS
46 • • FÍSICA
20. (CEFET – CE) Duas pedras são lançadas do $352)81'$0(172
mesmo ponto no solo no mesmo sentido.
A primeira tem velocidade inicial de módulo 21. (EEAR – SP) Um jogador de basquete lança
ʹͲȀͲι
ǡǡǡ uma velocidade de módulo igual a v0 e com
±͵ͲιǤ Ʌǡ
Ǥǡ
O módulo da velocidade inicial da segunda
jogador sai do repouso e inicia um movimento
ǡ
ǡÀ
alcance, é:
até a posição final xFǡ
Ǥ
Despreze a resistência do ar.
a) 10 m/s
b) 10 3 m/s .
c) 15 m/s
Xd) 20 m/s
e) 20 3 m/s .
3 20 · 3 · 20
20 · 3 = v 20 · ⇒ v 20 = ⇒ v 20 = 400 Logo, ao substituir a equação anterior na equação da
20 3 aceleração, temos:
v= 400 ⇒ v = 20 m/s 2
xF § v 2 sen2T ·
a ¨ 0 ¸¸
2 v 0 sen T ¨©
2 2
xF ¹
xF 4 v 04 sen2T cos2 T
a
2 v 20 2
sen T xF2
2 v 20 cos2 T
a
xF
LIVRO DE ATIVIDADES • • 47
22. (ITA – SP) Um sistema de defesa aérea testa separadamente dois mísseis contra alvos móveis que se
G
deslocam com velocidade v a constante ao longo de uma reta distante de d do ponto de lançamento dos
mísseis. Para atingir o alvo, o míssil 1 executa uma trajetória retilínea, enquanto o míssil 2, uma trajetória
com velocidade sempre orientada para o alvo. A figura ilustra o instante de disparo de cada míssil, com o
alvo passando pela origem do sistema de coordenadas xy. Sendo os módulos das velocidades dos mísseis
G
iguais entre si, maiores que v a e mantidos constantes, considere as seguintes afirmações:
I. Os intervalos de tempo entre o disparo e a colisão podem ser iguais para ambos os mísseis.
II. Para que o míssil 1 acerte o alvo é necessário que o módulo da componente y de sua velocidade
G
seja igual a v a .
III. Desde o disparo até a colisão, o míssil 2 executa uma trajetória curva de concavidade positiva com
relação ao sistema xy.
Considerando V como verdadeira e F como falsa, as afirmações I, II e III são, respectivamente,
a) V, V e V.
b) F, F e F.
c) V, F e V.
d) F, V e F.
Xe) F, V e V.
Encontro 1
Trajetória
do míssil 1
Trajetória
FIS
va do míssil 2 v1
Alvo móvel v2 x
I. Falsa. O míssil 1 descreve uma trajetória retilínea até atingir o alvo. Logo, a distância percorrida é a menor possível. Portanto, o
intervalo de tempo do míssil 1 é menor do que o do míssil 2.
II. Verdadeira. O míssil 1 e o alvo percorrem a mesma distância vertical no mesmo tempo. Logo, as componentes verticais de suas
velocidades são iguais.
III. Verdadeira. Observando a ilustração, podemos concluir que a trajetória do míssil 2 é descrita por uma parábola com a concavidade
voltada para cima.
48 • • FÍSICA