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MÓDULO
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Curitiba, 2022
O projeto gráfico atende aos objetivos da coleção de diversas formas.
As ilustrações, os diagramas e as figuras contribuem para a construção
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP) correta dos conceitos e estimulam um envolvimento ativo com os temas
(Angela Giordani / CRB 9-1262 / Curitiba, PR, Brasil) de estudo. Sendo assim, fique atento aos seguintes ícones:
Coloração artificial Escala numérica
U85 Usinger, Liane Grassmann. Coloração semelhante à natural Fora de escala numérica
Conquista : Solução Educacional : ensino médio : formação
geral básica : módulo 2 : ciências da natureza e suas tecnologias : Fora de proporção Imagem ampliada
física : mecânica da força / Liane Grassmann Usinger. – Curitiba :
Cia Bras. de Educação e Sistemas de Ensino, 2022. Formas em proporção Representação artística
160 p. : il.
Imagem microscópica
ISBN 978-65-5984-178-3 (Livro do professor)
CDD 370
2022
© Copyright – Todos os direitos reservados à Companhia
Brasileira de Educação e Sistemas de Ensino S.A.
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OBJETIVOS DO CAPÍTULO
X Estudar as leis de Newton,
relacionando agentes físicos da
Mecânica com aplicações práticas
observadas no cotidiano.
X Estudar o agente físico chamado força,
que é capaz de causar um movimento
ou de modificar suas características.
X Explorar as características e
aplicações científicas das principais
forças da Mecânica.
X Resolver situações-problema que
promovam a relação entre força e sua
aplicação às leis de Newton.
5
FORÇA
É possível dizer que força é o resultado da interação
entre corpos. Dessa forma, para que uma força possa
atuar, é necessário haver um corpo que a aplique e
um corpo que receba sua atuação. Qualquer força está
associada a atos, como esfregar, puxar, empurrar, atrair
ou repelir. Além disso, as forças têm módulo, direção e
sentido, pois são grandezas vetoriais.
©Shutterstock/StunningArt
Pessoas exercendo força sobre uma corda,
Representação e classificação puxando-a, ilustrando uma situação de
interação de forças de contato.
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A figura a seguir mostra uma força de
rst
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hu
LQWHQVLGDGHb1QDGLUH©¥RYHUWLFDOHFRPVHQWLGR
©S
para cima, sendo aplicada sobre um bloco por
intermédio de uma corda. A intensidade dessa
ch
evi
1 Conceito de
hu
©S
força em
Física.
F = 20 N
©Shutterstock/Dkn0049
4• • FÍSICA
Efeitos produzidos por forças
©Shutterstock/Aerial-motion
Alteração no movimento
Quando um conjunto de forças é aplicado simultaneamente a um
mesmo corpo, dizemos que o corpo está sujeito aos efeitos de um sistema
de forças. A força resultante (FR) de um sistema de forças é a única força
capaz de produzir um efeito equivalente ao do sistema de forças aplicado
ao corpo. Forças são agentes físicos capazes de produzir alguns efeitos
variados sobre os corpos nos quais atuam. É importante, no entanto, ter
em mente que há uma enorme diferença entre a grandeza que produz
determinado efeito e a grandeza que quantifica esse efeito. Esse tipo Forças intensas atuando sobre o jet
ski fazem com que ele acelere e saia
de confusão comum ocorre demasiadamente entre força e aceleração.
do repouso. Depois disso, essas forças
Para evitar esse tipo de erro conceitual, é necessário conhecer quais são podem continuar atuando, provocando
exatamente os efeitos que as forças podem causar em corpos quaisquer. o aumento do módulo da velocidade.
Deformação
©Shutterstock/Milos Muller
FIS
ig
/L
ock
rst
tte
hu
©S
→
F1
→ Equilíbrio estático: quando o corpo estiver em repouso.
F4
Equilíbrio dinâmico: quando o corpo estiver em
→
F3
movimento retilíneo e uniforme (MRU).
→
F2 Os chamados corpos extensos (corpos com
dimensões não desprezíveis) também estão em
equilíbrio quando realizam movimento de rotação
A resultante das forças aplicadas sobre
G esse
G uniforme. Um típico exemplo disso é a roda de um
corpo
G éG igual à soma vetorial das forças F1 , F2 , automóvel quando ele está se movimentando com
F3 e F4 . Isso pode ser representado pela seguinte velocidade de módulo constante. Enquanto gira
equação vetorial: ao redor de um eixo central, o movimento que ela
realiza é de rotação uniforme.
6• • FÍSICA
ATIVIDADES
1. A grandeza física responsável por provocar 4. Classifique as forças F1 e F2, aplicadas sobre os
variações de velocidade em um corpo é blocos da figura, quanto a intensidade, direção
denominada aceleração. Classifique essa frase e sentido.
como verdadeira ou falsa e justifique sua F1 = 15 N
resposta.
Essa frase é falsa. A grandeza física responsável por provocar
variações de velocidade em um corpo é denominada força. A
aceleração apenas mede matematicamente as alterações na velocidade. F2 = 15 N
©Shutterstock/Tersetki
2. Cite um exemplo em que forças causam
variação no módulo e um exemplo em que
causam variação na direção da velocidade de
um corpo. Cite também um exemplo em que F1: intensidade 15 N; direção horizontal; sentido para a direita.
forças causam deformação de um corpo. F2: intensidade 15 N; direção vertical; sentido para cima.
Variação no módulo: um objeto que cai do alto de uma construção 5. (UEMG) “Kimbá caminhava firme, estava
(a força gravitacional denominada peso provoca o aumento do
módulo da sua velocidade). chegando. Parou na porta do prédio, olhando
Variação da direção: um veículo fazendo uma curva (a força
tudo. Sorriu para o porteiro. O elevador
de atrito entre o chão e os pneus desvia a trajetória do veículo, demorou.”
permitindo que ele descreva uma curva).
Ao ler o texto, dois candidatos fizeram as
Deformação de um corpo: uma mola sendo distendida ou
seguintes afirmações:
comprimida (ela sofre deformação).
Candidato 1: Kimbá caminhava firme, mas
3. (UFPR) O Sistema Internacional de Unidades diminuiu sua velocidade, pois estava chegando.
(SI) tem sete unidades básicas: metro (m), Enquanto ele parava, a força resultante e a
quilograma (kg), segundo (s), ampere (A), aceleração de Kimbá tinham a mesma direção e
mol (mol), kelvin (K) e candela (cd). Outras sentido, mas sentido contrário à sua velocidade.
unidades, chamadas derivadas, são obtidas Candidato 2: Kimbá parou em frente à porta
a partir da combinação destas. Por exemplo, do prédio. Nessa situação, a velocidade e a
o coulomb (C) é uma unidade derivada, e a aceleração dela são nulas, mas não a força
representação em termos de unidades básicas resultante, que não pode ser nula para manter
é 1 C = 1 A.s. A unidade associada a forças, no Kimbá em repouso. A variação da velocidade está
SI, é o newton (N), que também é uma unidade associada à ação de uma
Fizeram afirmações corretas: força resultante. Quando o
derivada. Assinale a alternativa que expressa módulo do vetor velocidade
a) os candidatos 1 e 2.
corretamente a representação do newton em sofre uma redução, podemos
unidades básicas. X b) apenas o candidato 1. concluir que a aceleração e a
força resultante estão atuando
x a) 1 N = 1 kg · m/s .
2
d) 1 N = 1 kg/s. c) apenas o candidato 2. na mesma direção e no
FIS
b) 1 N = 1 kg · m2/s2. e) 1 N = 1 kg · m2. d) nenhum dos dois candidatos. mesmo sentido,
mas no sentido contrário ao do
c) 1 N = 1 kg/s2. vetor velocidade.
6. (UFAC) As duas forças que agem sobre uma
De acordo com a 2.ª lei de Newton, a equação fundamental da
dinâmica é dada por: FR = m · a.
gota de chuva são: a força peso e a força devido
No Sistema Internacional de Unidades, a unidade de força é o à resistência do ar. Estas têm a mesma direção e
newton (N). sentidos opostos. A 250 m acima do solo, a gota
Mas, escrevendo em termos de unidades básicas para massa está com uma velocidade de 144 km/h, e essas
(kg) e aceleração (a = Δs/Δt ⇒ m/s2), N pode ser equivalente a: forças passam a ter o mesmo módulo. Qual a
[N] = [kg] · [m/s2]. velocidade da gota ao atingir o solo?
a) 20 m/s d) 50 m/s
b) 30 m/s e) 60 m/s
O enunciado afirma que as forças, em determinado momento, passam a
apresentar o mesmo módulo, ou seja, a força resultante passa a ser nula. X c) 40 m/s
v da
e a ativi d
d de
Isso significa que o corpo começa a se deslocar com velocidade constante e Ag p de fazer
gora, você po
quista Enem.
ão Conq
ção
16 da seç
encontra-se em equilíbrio dinâmico. Portanto, chegará ao solo com a mesma
velocidade de 144 km/h ou 40 m/s.
5. LEIS DE NEWTON E SUAS APLICAÇÕES • •7
LEIS DE NEWTON
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1.ª lei de Newton
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A 1.ª lei de Newton é também conhecida como lei da inércia. Como vimos
anteriormente, inércia é a tendência natural que os corpos apresentam de
se manter em equilíbrio, estático ou dinâmico. Logo, de acordo com a 1.ª lei
de Newton, observando um ponto material tendendo a permanecer em
equilíbrio, a resultante das forças que atuam sobre ele é nula.
Em corridas de motos, por exemplo, é comum ocorrer acidentes
em que elas tombam nas curvas. Você já reparou a trajetória que elas
seguem enquanto rolam e quicam no solo? Elas escapam pela tangente, pois
tendem, por inércia, a manter o estado de movimento que tinham. Como a sua
velocidade é sempre tangente às curvas que descrevem, ao tombarem, as motos
tendem a realizar um movimento uniforme na mesma reta que continha o vetor
velocidade no momento do acidente. 3 Centrifugação.
©Shutterstock/Dziurek
a resultante das forças que agem
em um corpo tem módulo igual
a zero, ele tende, por inércia,
a permanecer em repouso
ou em movimento retilíneo e
uniforme. A força resultante é
o agente físico responsável por
variações de velocidade de um
corpo. Dessa forma, se a soma
vetorial das forças sobre uma
partícula é nula, a velocidade
dela obrigatoriamente permanece
constante (repouso ou MRU).
Ao cair em uma curva e se desprender
da moto, o motociclista tende a manter,
por inércia, sua trajetória retilínea.
EM13CNT306
CONECTADO
8• • FÍSICA
3.ª lei de Newton Nesse trecho, quando Newton
diz que a corda puxará o cavalo
No livro Philosophiae na direção da pedra, na
Naturalis Principia Mathematica realidade, ele pretende dizer
(Princípios matemáticos da que a corda puxará o cavalo
Filosofia natural), Newton no sentido oposto ao que ela
enunciou a sua terceira lei foi puxada, ou seja, no sentido
(também conhecida como lei da que vai do cavalo para a pedra.
ação e reação) da seguinte forma:
Quando uma pessoa rema em um caiaque, ela empurra
a água para trás e a água a empurra para a frente,
fazendo com que o caiaque se movimente.
pássaros, sustentando-os.
Flo k/
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ter
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FIS
pois a corda distendida, pela
mesma tendência a relaxar ou e) As forças que constituem um par de ação e reação sempre
distorcer-se, puxará o cavalo na apresentam a mesma natureza (são ambas de contato ou de campo).
direção da pedra, tanto quanto De agora em diante, serão estudados diversos casos em que forças
ela puxa a pedra na direção do serão representadas em corpos. Assim, desde já, é preciso saber como
cavalo, e obstruirá o progresso representar as forças que constituem qualquer par de ação e reação.
de um tanto quanto promove Observe a figura:
o do outro.
→
→ F
–F
NEWTON, Isaac. Principia – princípios
matemáticos de Filosofia Natural. Tradução de
Trieste Ricci, Leonardo G. Brunet, Sônia T. Gehring
e Maria H. C. Célia. 2. ed. São Paulo: Edusp, 2020.
Livro I. O homem exerce uma força sobre a caixa e a caixa exerce uma força sobre o homem,
constituindo, assim, um par de ação e reação.
m: Massa em kg (SI)
FR = m · a
10 • • FÍSICA
PRINCIPAIS FORÇAS DA
DKO Estúdio
MECÂNICA E APLICAÇÕES
DAS LEIS DE NEWTON –
Força peso
Ao aproximar dois corpos,
Ao soltar um corpo qualquer de determinada observamos a existência de um par
altura (livre da ação de forças que atuam para cima), de forças de atração, chamadas de
como uma caneta de plástico, notamos que ele cai forças gravitacionais.
instantaneamente em direção ao solo. Da mesma
forma, ao tentarmos sustentar um corpo de grande A força peso é o resultado da interação a distância entre
massa, também podemos sentir a sua tendência corpos que têm grande massa. Essa interação pode
de cair em direção ao solo. Esse movimento é produzir, como efeito, uma aceleração, denominada de
provocado pela ação de uma força conhecida como aceleração da gravidade. Como toda força, a força peso
força gravitacional, que produz como efeito uma é uma grandeza vetorial (representada por P) e, por ser
aceleração vertical, também para baixo: a aceleração uma força, é medida em newton (N) no SI.
da gravidade.
Determinação da força peso
©Shutterstock/Jacob Lund
FIS
G G
P =m· g
A força gravitacional também é conhecida como Então, a força peso P fica definida por:
força peso. É comum adotarmos a expressão força
peso quando nos referimos a um corpo que está nas • módulo: P = m · g;
proximidades de um planeta (ou outro corpo celeste • direção: da linha que une os centros de
de grande dimensão) e que pode ser acelerado massa do corpo (m) e do astro (M) (de forma
pela ação dessa força. Por outro lado, a expressão simplificada, dizemos que a direção da força
força gravitacional geralmente é empregada em peso é vertical);
situações mais genéricas, para nos referirmos à força
• sentido: para o centro do astro (de forma
de atração que surge da interação entre corpos de
simplificada, dizemos que o sentido da força
grandes dimensões, como no caso da atração entre a
peso é para baixo).
Terra e a Lua.
©Shutterstock/Photobank Gallery
descreveria uma trajetória curvilínea em torno da
Terra e, portanto, deveria manter-se em movimento
retilíneo (e uniforme). Com isso, Newton constatou
que quaisquer duas massas (corpos) sempre se
atraem com uma força que depende de suas massas
+80,6Ǵ2&20($$(;3/,&$52
e da sua distância.
)$72'($/8$3(50$1(&(5(0
5%,7$$25('25'2126Ǵ2
O peso de um corpo é uma força (grandeza 3/$1(7$
vetorial). Já a massa é a medida de inércia desse
corpo (grandeza escalar).
Todos os objetos no Universo atraem todos os outros objetos com uma força
©Shutterstock/Fargon
direcionada ao longo da linha que passa pelos centros dos dois objetos e que
é proporcional ao produto das suas massas e inversamente proporcional ao
quadrado da distância entre os dois objetos.
G Ј m1 Ј m2
F=
m2 d2 m1 e m2: Massa dos corpos em
kg (SI)
d: Distância em m (SI)
→
F
→
–
F O cientista Henry Cavendish (1731-1810)
d
determinou experimentalmente a constante da
gravitação universal (G), encontrando um valor de
N Ј m2
byb–11bb .
kg2
m1
12 • • FÍSICA
Força normal
Divo Padilha
→
N
Jack Art
casuais. →
N
a) Atletas sobre um pódio para receber a
premiação referente a uma competição
esportiva.
Quando um atleta sobe ao pódio, seus pés o →
P
empurram para baixo em virtude do contato entre α
a) Elevador subindo
Nesse caso, pode haver duas situações, como ilustrado a seguir.
N
N
v a FR
v a FR N<P
N>P Movimento retardado
P
Movimento acelerado P
14 • • FÍSICA
b) Elevador descendo d) Elevador caindo em queda livre
Nesse caso, também pode haver duas situações, Caso os cabos de um elevador arrebentem
como ilustrado a seguir. acidentalmente e ele despenque, o elevador
(e tudo o que estiver dentro dele) passará a cair
com aceleração igual à gravitacional. Nessa situação
pouco comum, os passageiros terão a sensação
N surpreendente de não ter peso algum, porque a
N
força normal que agia sobre eles passará a ser nula.
v a FR
v a FR
N>P
N<P
P Movimento retardado
Movimento acelerado
P
v a=g FR = P
Logo, conforme a 2.ª lei de Newton, as duas N=0
situações ilustradas podem ser descritas da seguinte
Movimento acelerado
maneira:
P
• Movimento acelerado (aceleração e velocidade
apresentam o mesmo sentido) – o elevador FR PyD⇒3ȡ1 PyJ⇒1 3ȡ3∴ (N = 0)
é acelerado a partir do repouso, iniciando o
movimento de descida:
Como a força normal sobre pessoas e objetos
FR PyD⇒3ȡ1 PyD⇒1 3ȡPyD∴ (N < P) torna-se nula, isso significa não haver mais força de
• Movimento retardado (aceleração e velocidade contato entre eles e o chão do elevador. Se fosse
apresentam sentidos opostos) – o elevador é possível observar um caso desses, notaríamos algo
freado na descida, até atingir o repouso: muito curioso: dentro do elevador, passageiros e
outros corpos ficariam flutuando.
FR PyD⇒1ȡ3 PyD⇒1 3PyD∴ (N > P)
Em situações como essa (quando um corpo
c) Elevador subindo ou descendo com fica sujeito somente à força peso), dizemos
velocidade constante ou em repouso que as pessoas se encontram em estado de
imponderabilidade. É a mesma sensação que os
Como o elevador está em repouso ou em
astronautas experimentam quando estão na órbita
movimento retilíneo uniforme, a resultante das
da Terra.
forças que agem sobre o passageiro é nula. Nesse
caso, peso e normal precisam ter o mesmo módulo
e, consequentemente, a pessoa não tem qualquer
alteração em sua sensação de peso.
FIS
v = constante
ou v = 0
N=P
7. (UDESC) Em uma bola pesada são conectadas 9. (UERJ) Em uma fábrica, caixas são colocadas no
ǡ
͵Ǥ ponto A de uma rampa e deslizam até o ponto
as duas cordas iguais e as seguintes situações: ǤɅ
I. Um puxão rápido na corda inferior fará com horizontal, conforme indica o esquema.
que ela se parta.
II. Um puxão lento na corda inferior fará com
que a corda superior se parta. A
B
solo
ǦͲǡ͵×À
A, a caixa alcança o ponto B com velocidade de
ͳǡʹȀǤ
da caixa em função do tempo.
v (m/s)
F4 = 6 N F3 = 9 N
F2 = 3 N
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17 a 20 da seç
16 • • FÍSICA
Força elástica Com os testes realizados por Hooke, umaG
mola puxada primeiramente por uma força Fel
Em Física, a palavra “elástica” é empregada apresentou uma deformação xG1. Em seguida, a
1
m
Fel Lei de Hooke
Deformação
P m A chamada lei de Hooke (Felb b.b⋅b[WDPE«P
pode ser escrita na forma vetorial. Para isso, analise
agora uma situação em que uma mola presa a um
FIS
bloco é comprimida, como na figura a seguir.
ro
mi
ani
G G
k /R
Fel = K Ј x
c
s to
te r t
hu
©S
Força de tração
A palavra “tração” deriva do verbo “tracionar”, que significa esticar
ou puxar. Dessa forma, quando um corpo sofre um puxão, a força que é
aplicada em suas extremidades é chamada de tração.
Nas imagens ao lado, temos alguns exemplos de atuação da força de
tração.
©S
Jack Art
objeto por intermédio de uma → →
–T –T
corda ou podem, ainda, diminuir →
Ppessoa
a intensidade da força necessária
para puxar algo preso a um
cabo, quando ao menos uma das
roldanas for móvel. b) O uso de uma associação de polias fixas e móveis diminui
a força necessária para elevar determinada carga.
Polias são usadas em motores
de automóveis, bicicletas (nesse →
P
caso, são polias dentadas, pelas
quais passa a correia), elevadores
de pessoas ou de carga, tirolesas, →
P/2
→
P/2
portas e gavetas com corrediças,
etc. Observe os exemplos a seguir. → →
P/2 P/2
→
P
Jack Art
FIS
De cada lado da polia móvel, deve ser exercida uma força de
PµGXOR3SDUDFLPDSDUDTXHDIRU©D3TXHDWXDVREUHHODSDUDEDL[R
seja equilibrada. Como a corda, por meio da polia, transmite essa força
até a pessoa que deseja manter o objeto suspenso, cabe a ela exercer
Jack Art
XPDIRU©DGHPµGXOR3SDUDUHDOL]DUHVVDWDUHID$VVLPSDUDPDQWHU
em equilíbrio um corpo, a pessoa precisa aplicar uma força com metade
do módulo do peso desse corpo.
θ 30˚
Dados:
m = 12 kg
x1 = x cm
x2 = (x + 4) cm g = 10 m/s2
K = 4,0 · 103 N/m
©Shutterstock/Dkn0049
→
| P1 | = 40 Calculando a deformação:
Fel = PAx ⇒ K · x = P · sen 30° ⇒ K · x = m · g · sen 30°
→
| P2 | = 80 4 · 103 · x = 12 · 10 · 0,5 ⇒ 4 · 103 · x = 60 ⇒ x = 0,015 m
∴ x = 1,5 cm.
20 • • FÍSICA
Força de atrito
Imagine um automóvel estacionado em uma que ela dá, seus pés empurram o chão para
ladeira íngreme. A figura mostra as forças que agem trás. Pela lei da ação e reação, o chão reage
sobre um carro nessa situação. e empurra os pés dessa pessoa para a frente,
Como é comum fazer em exemplos que proporcionando o movimento desejado. Se a
apresentam planos inclinados, o desenho mostra superfície fosse muito lisa, como uma pista
o peso decomposto do automóvel. Os efeitos da de gelo, a pessoa tentaria se deslocar, mas
componente peso normal (Pn) e da força normal (N) ficaria patinando, ou seja, escorregando no
se anulam. Isso impede que o carro penetre no chão mesmo lugar.
ou se movimente para cima perpendicularmente ao
solo. A componente peso tangencial (Pt) deveria ser a
Divo Padilha
responsável por provocar movimento, mas, como foi
mencionado, o automóvel permanece em repouso.
Força de atrito
a
on
oB
aol
k/P
Divo Padilha
oc
rst
tte
hu
©S
Quando um objeto escorrega, em virtude da
O curling é uma modalidade esportiva
rugosidade das superfícies em contato, ele acaba integrante das Olimpíadas de Inverno.
empurrando o chão para a frente. Por sua vez, o Nessa modalidade, os atletas varrem o
chão reage e empurra o objeto para trás. Essas duas piso de gelo para provocar a sua fusão.
Isso diminui o atrito entre a pedra e o
forças constituem o par de ação e reação de atrito. chão, permitindo que ela deslize por
Nesse caso, o atrito atua no sentido contrário ao da distâncias maiores.
velocidade de escorregamento do objeto.
©Shutterstock/Songquan Deng
22 • • FÍSICA
Determinação da força de atrito cinético
Como vimos, a força de atrito surge em duas situações: quando há
escorregamento ou quando há tendência de escorregamento entre duas
superfícies. Para cada um desses casos, a força de atrito recebe uma
denominação diferente.
Pensando no radical grego “kinetics”, que significa movimento, os
físicos deram o nome de atrito cinético à força que atua contrariamente ao
escorregamento efetivo (e não apenas à tendência) entre duas superfícies.
A figura a seguir mostra um corpo deslizando sobre uma superfície.
G A
ampliação ajuda a entender a origem da força de atrito cinético ( FAc ).
FIS
permite escrever a seguinte equação:
FAc = μc · N
Determinação da força de atrito estático estático e a força F (que têm mesma direção
e sentidos contrários) necessitam ter mesma
A fotografia mostra uma esteira usada para intensidade (FAe = F).
transportar produtos dentro de uma fábrica. Ela
só consegue cumprir adequadamente sua função Se o módulo da força F começar a aumentar
porque os produtos colocados sobre ela não gradativamente, o módulo da força de atrito estático
escorregam, e eles só não escorregam porque uma FAe também aumentará. Assim, essas duas forças
força paralela à superfície de apoio permite que a sempre têm valores iguais em módulo, mantendo
resultante das forças que agem sobre eles seja nula. o corpo em repouso. No entanto, se o módulo de F
continuar a aumentar, em algum instante ele ficará
Já sabemos que atrito cinético é a força que
prestes a se movimentar. Nesse momento, a força
se opõe ao efetivo escorregamento entre duas
de atrito estático terá atingido o seu valor máximo
superfícies. No caso da esteira, porém, não há
(FAemáx).
movimento relativo entre eles, ou seja, há apenas
uma tendência de escorregamento. Em casos assim, v = 0 (iminência de movimento)
24 • • FÍSICA
Em qualquer situação, para determinar a Para entender o motivo dessa diferença entre os
intensidade da força de atrito estático, precisamos coeficientes, imagine que um corpo está sobre uma
nos lembrar de que, em repouso, a resultante superfície sem deslizar. Nesse caso, suas rugosidades
das forças deve ser nula. No entanto, no caso e as da superfície ficam microscopicamente
exclusivo de a força de atrito estático atingir seu encaixadas. Isso provoca certa resistência ao início
valor máximo, seu módulo pode ser calculado pela de um deslizamento. Agora, se um escorregamento
seguinte equação, em que N é o valor da força começar, esses encaixes se rompem, e a resistência
normal entre o corpo e a superfície de apoio e ȝe mencionada naturalmente diminui. Traduzindo essas
representa o que se chama de coeficiente de atrito resistências, respectivamente, como a força máxima
estático: de atrito estático e a força de atrito cinético,
é possível escrever:
FAe = μe · N
EM13CNT306
FIQUE POR DENTRO
FREIOS ABS
mais eficiente que os freios convencionais, pois não
Quando um motorista percebe um obstáculo à sua frente,
trava as rodas, evitando, assim, o escorregamento
ele pisa nos freios, esperando que o atrito entre os pneus
dos pneus sobre o asfalto. Nesse caso, as rodas não
e a pista faça o veículo parar. No entanto, dependendo do
travam porque o atrito estático passa a atuar na
tipo de piso, as rodas travadas causam um escorregamento
situação. As rodas do veículo continuam girando
(em que atua o atrito cinético ou atrito dinâmico), o que
sem que ocorra deslizamento entre elas e o solo,
pode ocasionar um movimento descontrolado do carro,
permitindo que o condutor tenha maior controle
provocando graves acidentes.
sobre o veículo. Além disso, quando o carro está
No entanto, acidentes dessa natureza podem ser evitados equipado com esse sistema de freios ABS, a distância
por meio do sistema de freios do tipo ABS (Antilock Brake que ele percorre enquanto está sendo freado torna-
System – sistema de freio antibloqueio). Esse sistema é
FIS
-se menor.
©Shutterstock/Toa55
Dessa forma, a força de atrito cinético diminui, e o disco, após ser golpeado por um dos jogadores, consegue praticamente manter o mesmo módulo
de velocidade até ser atingido novamente pelo adversário. O ar torna menor também a força de contato (normal) entre o disco e a superfície da mesa,
contribuindo para diminuir ainda mais a força de atrito.
15. (UFPA) Sobre uma mesa plana alguns estudantes conseguiram montar um experimento simples,
usando dois corpos cujas massas são: m = 3 kg e M = 7 kg, em que simulam duas situações distintas,
conforme a descrição e a figura a seguir.
I. Não existe o atrito.
II.
ɊαʹȀǤ
Tendo em vista as duas situações (I - sem atrito e II - com atrito) e admitindo-se que o atrito na polia e
a sua massa são desprezíveis e a aceleração da gravidade é g = 10 m/s2, então, pode-se afirmar que as
acelerações a1 e a2 nos casos I e II são, em m/s2, iguais respectivamente a
a) 2 e 1. b) 3 e 2. c) 4 e 2. X d) 3 e 1. e) 4 e 1.
→
• corpo m: Pm – T = m · al
→
N al Somando as equações, obtemos a equação geral:
→
T Pm + T – T = (M + m) · al ⇒ m · g = (M + m) · al
M
m · g 3 · 10 30
→
→ →
al = = = ∴ a = 3 m/s2.
N al M + m 7 + 3 10
PM
m
ll. Com atrito (μ = 2/7)
→
PM Aplicando a 2.ª lei de Newton, FR = m · all, obtemos as seguintes equações:
• corpo M: T – Fat = M · all
→ →
N all • corpo m: Pm – T = m · all
→ Somando as equações, obtemos a equação geral:
→ T
Fat M Pm + T – T – Fat = (M + m) · all ⇒ m · g – μ · M · g = (M + m) · all
→ →
→
N all 2
PM m · g − μ · M · g 3 · 10 − 7 · 7 · 10 30 − 20 ∴ a = 1 m/s2.
a lI = = =
m M+m 7+3 10
dades
p de fazer as ativi
→
gora, você po
PM
Ag em.
ção Conqquista En
23 a 31 da seç
26 • • FÍSICA
EM13CNT306, EM13CNT304
CONQUISTA ENEM
FIS
a um dado referencial, só muda de estado
a partir de uma força resultante não nula
impressa sobre ele.
III. Uma força resultante sobre um corpo
pode ser quantificada como a variação da
quantidade de movimento linear desse
corpo em um dado intervalo de tempo.
IV. O módulo da velocidade de um corpo é
sempre constante quando submetido a uma Qual modelo de cinto oferece menor risco de
força centrípeta. lesão interna ao motorista?
V. A força gravitacional que um objeto em a) 1 d) 4
queda livre exerce sobre a Terra tem X b) 2 e) 5
módulo diferente e sentido oposto à força
que a Terra exerce sobre este objeto. c) 3
28 • • FÍSICA
24. ENEM O curling é um dos 26. ENEM O freio ABS é um sistema que evita que
esportes de inverno mais TEMA as rodas de um automóvel sejam bloqueadas
antigos e tradicionais. QUENTE durante uma frenagem forte e entrem em
No jogo, dois times com derrapagem. Testes demonstram que, a
quatro pessoas têm de deslizar pedras de partir de uma dada velocidade, a distância de
granito sobre uma área marcada de gelo e frenagem será menor se for evitado o bloqueio
tentar colocá-las o mais próximo possível das rodas.
do centro. A pista de curling é feita para ser O ganho na eficiência da frenagem na ausência
o mais nivelada possível, para não interferir de bloqueio das rodas resulta do fato de:
no decorrer do jogo. Após o lançamento, a) o coeficiente de atrito estático tornar-se
membros da equipe varrem (com vassouras igual ao dinâmico momentos antes da
especiais) o gelo imediatamente à frente da derrapagem.
pedra, porém sem tocá-la. Isso é fundamental X b) o coeficiente de atrito estático ser maior
para o decorrer da partida, pois influi que o dinâmico, independentemente da
diretamente na distância percorrida e na superfície de contato entre os pneus e o
direção do movimento da pedra. Em um pavimento.
lançamento retilíneo, sem a interferência c) o coeficiente de atrito estático ser menor
dos varredores, verifica-se que o módulo que o dinâmico, independentemente da
superfície de contato entre os pneus e o
da desaceleração da pedra é superior se pavimento.
comparado à desaceleração da mesma pedra
d) a superfície de contato entre os pneus
lançada com a ação dos varredores. e o pavimento ser maior com as rodas
A menor desaceleração da pedra de granito desbloqueadas, independentemente do
ocorre porque a ação dos varredores diminui o coeficiente de atrito.
módulo da: e) a superfície de contato entre os pneus
a) força motriz sobre a pedra. e o pavimento ser maior com as rodas
desbloqueadas e o coeficiente de atrito
X b) força de atrito cinético sobre a pedra. estático ser maior que o dinâmico.
c) força peso paralela ao movimento da pedra. 27. ENEM Com um dedo, um garoto pressiona contra
d) força de arrasto do ar que atua sobre a pedra. a parede duas moedas, de R$ 0,10 e R$ 1,00,
e) força de reação normal que a superfície uma sobre a outra, mantendo-as paradas. Em
exerce sobre a pedra. contato com o dedo está a moeda de R$ 0,10
e contra a parede está a de R$ 1,00. O peso da
25. (IFSUL – RS) Na figura [...], está representado
moeda de R$ 0,10 é 0,05 N e o da de R$ 1,00 é
um bloco de 2,0 kg sendo G pressionado contra a 0,09 N. A força de atrito exercida pela parede é
parede por uma força F . O coeficiente de atrito
suficiente para impedir que as moedas caiam.
estático entre as superfícies de contato vale 0,5,
e o cinético vale 0,3. Considere g = 10 m/s2. Qual é a força de atrito entre a parede e a
moeda de R$ 1,00?
a) 0,04 N
b) 0,05 N
FIS
c) 0,07 N
d) 0,09 N
X e) 0,14 N
30 • • FÍSICA
DO
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A
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rst
tte
hu
©S
OBJETIVOS DO CAPÍTULO
X Estabelecer a condição de equilíbrio
de um ponto material e de um corpo
extenso.
X Relacionar as condições de equilíbrio
de um ponto material e de um corpo
extenso com situações práticas do
cotidiano.
X Definir o conceito de momento de
uma força.
X Resolver situações-problema que
envolvam pontos materiais e corpos
extensos.
6
ESTÁTICA DO PONTO MATERIAL
ESTÁT Centro de gravidade
O termo “está
“estático” é usado para nos referirmos a algo
que se encontra par
parado. Do ponto de vista da Física, um objeto
Centro de gravidade é o lugar
é considerado estático se permanece em repouso em relação a um
geométrico no qual se pode
referencial, ou seja, se a força resultante sobre esse corpo for nula.
considerar que todo o peso de um
Essa situação é classif
classificada como equilíbrio estático.
corpo está concentrado, ou seja, é o
O estudo do equilíbrio depende das dimensões dos corpos envolvidos. ponto de aplicação da força peso.
Com relação às dimensões, os corpos podem ser classificados como: ponto
material ou corpo extenso. Um corpo pode ser considerado um ponto Na maioria das situações
material quando suas dimensões não influenciam no fenômeno analisado. estudadas no Ensino Médio, a
3RUH[HPSORXPFDUURTXHUHDOL]DXPDYLDJHPGHbNPSRGHWHUVHX aceleração da gravidade tem pouca
tamanho desprezado para o estudo do movimento. Por outro lado, o corpo variação e, por isso, considera-se
deve ser considerado um corpo extenso quando suas dimensões devem ser que ela é constante. Além disso, o
levadas em consideração. Por exemplo: um carro que está estacionando centro de gravidade coincide com o
entre dois outros veículos. centro de massa. Mas é importante
diferenciar os conceitos de centro
Citando um exemplo real de aplicação do equilíbrio estático, de gravidade e de centro de massa.
tanto as pontes sustentadas por arcos romanos quanto as estaiadas
utilizam basicamente os mesmos conhecimentos físicos que garantem O centro de massa (CM)
e explicam o equilíbrio. Entre esses conhecimentos físicos destacam-se representa o ponto onde podemos
o centro de gravidade e a estática do ponto material. supor que toda a massa de um
Deixar clara a ideia da diferença entre centro de massa e centro de gravidade. corpo está concentrada e sobre
Sustentada por de 37 arcos romanos e com o qual todas as forças externas
30 metros de altura, a ponte da imagem à esquerda atuam. O centro de gravidade (CG)
cruza o Rio Ouse, em West Sussex, na Inglaterra, e
representa o ponto em que a força
suporta uma estrutura ferroviária de 450 metros
de extensão sobre o vale do rio. Muito peso do corpo atua.
admirado pela elegância arquitetônica,
o viaduto do Vale do Ouse teve sua
Corpos com simetria
inauguração em 1841. Grande parte geométrica e cuja massa
dos aproximadamente 11 milhões esteja distribuída de maneira
de tijolos usados na ponte original homogênea têm seu centro de
foram substituídos já na década de gravidade coincidente com seu
1890 para fortalecer a estrutura.
centro geométrico.
©Shutterstock/By Drone Photos Videos
©Shutterstock/Flyby Photography
CG
CG
32 • • FÍSICA
Determinação da posição do centro
de massa de sistemas de corpos
Quando temos dois corpos com massas iguais
e com as mesmas dimensões, separados por uma
distância qualquer, podemos dizer, de modo intuitivo,
que o centro de massa está situado entre eles,
equidistante do centro de massa de cada um dos Quando todos os segmentos do
corpos. Contudo, se um dos corpos tiver maior massa, corpo estão combinados e o corpo é
o centro de massa estará próximo dele. Essa ideia pode dado como um objeto único e sólido
Divo Padilha
na posição anatômica, o centro de
ser expressa de modo mais preciso por meio de uma
gravidade está localizado numa
equação que permite determinar a posição do centro posição aproximadamente anterior
de massa, na direção X, por exemplo, com base em uma à segunda vértebra sacral. A posição
média ponderada. precisa do centro de gravidade
para uma pessoa depende de suas
Generalizando, para um sistema formado por proporções e da sua anatomia.
n partículas ou corpos em um plano cartesiano,
adotando a origem do plano – (x;y) = (0;0) –
como referencial, temos que:
Divo Padilha
x1 Ј m1 + x2 Ј m2 + x3 Ј m3 + ... + xn Ј mn
XCM =
m1 + m2 + m3 + ... + mn
y1 Ј m1 + y2 Ј m2 + y3 Ј m3 + ... + yn Ј mn
YCM =
m1 + m2 + m3 + ... + mn
FIS
truque de mágica!
O centro de gravidade do
conjunto (garfos, apoio, A imagem mostra um conjunto de pedras dispostas umas
palito) está na direção do sobre as outras de uma forma que conseguem se manter em
ponto de apoio, que está equilíbrio. Observe que, quando a distribuição da massa não é
localizado na borda uniforme, o centro de gravidade fica deslocado para o lado que
do frasco. tiver maior massa.
A 30º 60º C
P = 100 N
34 • • FÍSICA
Da condição de equilíbrio aplicada ao eixo horizontal, temos: Resolução pelo
teorema de Lamy
3 1
T1x = T2x ⇒ T1 · cos 30° = T2 · cos 60° T1 · = T2 ·
2 2
T2 = T1 · 3 (l) A figura a seguir mostra as
Da condição de equilíbrio aplicada ao eixo vertical, temos: forças que atuam sobre o ponto B.
FIS
T1
envolvendo poucos cálculos.
Desvantagem do teorema de
Logo, temos que:
Lamy: resolve apenas problemas
que tenham três forças em
T1 1 T
cos 60° = = 1 ∴ T1 = 50 N equilíbrio.
P 2 100
T2 3 T2 ∴ T = 50 ·
sen 60° = = 2 3 N
P 2 100
Vantagem do método poligonal: resolução simples, envolvendo
poucos cálculos.
Desvantagem do método poligonal: só é útil para cálculos quando
resulta em algum tipo específico de polígono, como o triângulo
retângulo.
36 • • FÍSICA
3. (UNESP) Num jato que se desloca sobre uma pista horizontal, em
movimento retilíneo uniformemente acelerado, um passageiro
decide estimar a aceleração do avião. Para isto, improvisa um
pêndulo que, quando suspenso, seu fio fica aproximadamente
ǡɅαʹͷι
em relação ao avião. Considere que o valor da aceleração da
ͳͲȀ2, e que sen 25° ≅ 0,42;
ʹͷι؆ͲǡͻͲǢʹͷι؆ͲǡͶǤǡ
módulo aproximado da aceleração do avião e melhor representa
a inclinação do pêndulo?
X a)
b)
c)
FIS
d)
e)
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p de fazer as ativi
gora, você po
Ag
quista En em .
19 a 21 da seçção Conq
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Stu
Nas imagens a seguir, uma pessoa solta o parafuso de
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lan
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uma roda de automóvel com uma chave de roda em L
lu
k/B
oc
e, em outra situação, alguém tenta mover um bloco de
rst
u tte
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madeira com o uso de um pé de cabra.
©S
Se fossem utilizadas ferramentas de braço maior,
será que seria mais fácil soltar o parafuso ou remover
o bloco?
©Shutterstock/Mezzotint
©Shutterstock/Akimov Igor
Definição de momento de força
Tanto nessas situações quanto em diversas
outras de nosso cotidiano, o conceito de momento F
de força dá suporte para analisá-las. Essa grandeza
física, também conhecida como torque, está
relacionada ao fato de uma força poder provocar
©Shutterstock/Freedom Life
d
a rotação ou variação da rotação de um corpo.
O
Dependendo da maneira como uma força é aplicada
sobre um corpo, ela produz uma tendência de girar o
objeto, e a grandeza física momento de força –
ou torque – é capaz de quantificar essa tendência.
O
A ilustração a lado apresenta duas ferramentas, d
conhecidas como chaves de boca. Elas recebem dois
torques diferentes: um no sentido horário (chave
de cima) e outro no sentido anti-horário (chave de F
baixo), em torno do eixo de rotação O.
38 • • FÍSICA
O torque, ou momento de força, pode ser Observações importantes
definido pelo produto da força (F) pela distância
1. O torque será nulo em duas situações: se a força
(d) equivalente ao comprimento do segmento
for nula ou se ela for aplicada sobre qualquer reta
perpendicular à linha de aplicação da força que
que passe pelo eixo de rotação. Sobre esse último
passa pelo eixo de rotação.
caso, observe o exemplo a seguir.
Divo Padilha
Divo Padilha
A equação que permite calcular tal grandeza é:
EXEMPLOS RESOLVIDOS
Ao trocar o pneu de um automóvel, o dono de da chave, essa força deve ser perpendicular ao
um veículo aplica uma força F de intensidade igual braço da chave.
FIS
Db1VREUHDH[WUHPLGDGHGHXPDFKDYHGH
Portanto α = 90°.
rodas, com o objetivo de soltar um dos parafusos.
Considere uma chave de rodas com braço que mede A imagem ilustra essa situação:
bFPXWLOL]DGDSDUDDVROWXUDGRSDUDIXVR
→
F
'HWHUPLQHRPRPHQWRP£[LPRHP1bybPTXH
a força aplicada pelo dono pode exercer sobre a = 90°
chave e o ângulo α entre a linha de ação dessa
força e o braço da chave para que esse momento
seja máximo.
RESPOSTA 6HQGRDIRU©DLJXDODb1HRFRPSULPHQWRGR
Para que o momento produzido pela força F braço igual a 0,5 m, temos:
seja máximo, além de ser exercida na extremidade M = F · d ⇒ M = 100 · 0,5 ∴ M = 50 N · m
CM
d: Distância em m (SI)
Desse modo, o momento resultante pode ser
determinado pela soma aritmética:
MR = + MF – MP – MF
1 2
40 • • FÍSICA
ATIVIDADES
EM13CNT306
4. (UECE) Desejando-se montar uma árvore de Considere um monjolo composto de uma cuba
natal usando um pinheiro natural e de pequeno de massa 3 kg (quando vazia), com um volume
porte, será necessário removê-lo de uma interno correspondente a um tronco de seção
floresta. Assim, optou-se por realizar a extração transversal trapezoidal, equivalente ao volume
dessa planta, mediante o tombamento de seu de um cubo de aresta a igual a 20 cm. A água
tronco. Assumindo-se que o caule pode ser escoa para dentro dessa cuba com uma vazão Z
tratado como uma haste rígida, a força para
ʹԜͲͲͲ
3/s. No instante em
que haja maior torque em relação ao ponto de que o recipiente se encontra completamente
fixação no solo deverá ser aplicada, nesse caule, cheio, inicia-se o movimento de descida.
a) o mais próximo possível do solo. O torque de Considere também que o centro de massa do
conjunto (cuba + água) está a uma distância de
b) na altura média da árvore. uma força é
dado por: 80 cm do eixo de rotação e que o equipamento
c) em qualquer ponto. M = F · d. encontra-se na horizontal, até que a cuba esteja
X d) o mais distante possível do solo. Nessa totalmente cheia.
equação, F é a força perpendicular ao braço do movimento e d, a
distância até o ponto de fixação. Portanto, para que se tenha o maior O tempo para que ela esteja completamente
torque, a força deve ser aplicada no ponto mais distante do solo (que cheia e o momento de força produzido por ela
é o ponto de fixação).
sobre o braço do monjolo nesse instante, em
5. A figura ilustra um tipo de monjolo, uma relação ao eixo fixo de rotação ao qual o braço
ferramenta hidráulica simples, que se usava encontra-se fixado, são, respectivamente:
antigamente para moer grãos de milho e café,
(Dados: g = 10 m/s2 e dágua = 1 g/cm3.)
por exemplo.
a) 4 s e 8,8 N · m.
b) 240 min e 88 N · m.
c) ʹͶͲͺԜͺͲͲȉ
Ǥ
Divo Padilha
d) 4 s e 880 N · m.
X e) 4 s e 88 N · m.
1 000 = m
m = 8 kg
0, 008
O peso total do conjunto cuba + água pode ser calculado por:
Pt = Pc + Pa
Portanto:
Pt = (mc + ma) · g ⇒ Pt = (3 + 8) · 10 = 110 N
O momento provocado pela força peso do conjunto equivale
Divo Padilha
42 • • FÍSICA
Equilíbrio do corpo extenso
Ao tratar da condição de repouso de
um corpo cujas dimensões não podem ser
desprezadas, além de exigir que sua velocidade
escalar permaneça nula (força resultante sobre
o corpo deve ser nula), é preciso evitar que o
corpo gire. Mas, caso o equilíbrio seja dinâmico, a
velocidade do corpo deve ser constante e diferente
de zero (força resultante continua sendo nula) e ele
pode estar girando de modo uniforme. Assim, para
que corpos extensos permaneçam em equilíbrio,
G G
além de a resultante das forças ser nula ( FR = 0), o
G G
momento resultante deve ser nulo ( MR = 0). Nessa
situação, o corpo mantém sua velocidade escalar
©Shutterstock/Niroworld
©Shutterstock/K Satdamrong
extenso são:
Equilíbrio de translação
G G G G G G G
FR = 0 ou FR = F1 + F2 + F3 + ... + Fn 0
Equilíbrio de rotação
G G G G G G G
MR = 0 ou MR = M1 + M2 + M3 + ... + Mn 0
Quando um corpo está em equilíbrio, a soma dos
momentos que tendem a fazê-lo girar no sentido
horário é igual à soma dos momentos que tendem
a fazê-lo girar no sentido anti-horário. Assim, na
resolução de problemas, esse modo de pensar pode Para essa situação, o sistema encontra-se em
ser uma forma interessante para chegarmos mais equilíbrio. Considere que as forças que
G as crianças
facilmente aos resultados desejados. aplicam sobre a gangorraGde pesoG Pg equivalem
FIS
aos seus próprios pesos ( P1 e P2 ) e que
G o apoio
exerça sobre a gangorra uma força F . Sendo assim,
¦ MAnti-horário = ¦ MHorário podemos obter a seguinte ilustração:
→
F
d1 d2
A
→
P1
→
→
P2
Pg
¦ MAnti-horário = ¦ MHorário
1 Experimento
prático. M P1 = M P2 ⇒ P1 · d1 = P2 · d2
EXEMPLOS RESOLVIDOS
Considere uma situação em que um esportista RESPOSTA
GHQDGRDUW¯VWLFRFRPbNJGHPDVVDYDLVDOWDU Para a resolução, vamos considerar que a
de um trampolim, que é uma barra homogênea força que o nadador exerce sobre o trampolim
GHSHVRb1HFRPPHWURVGHFRPSULPHQWR é sua própria força peso. Assim, marcando as
O trampolim é sustentado pelos apoios situados forças exercidas sobre o trampolim, bem como as
em A, B e C, que representam os pontos de distâncias da linha de ação dessas forças até o
contato entre os suportes e a barra. A figura a suporte B, obtemos a ilustração a seguir.
seguir ilustra o momento em que o nadador
está em repouso sobre o trampolim, antes do
salto. Os centros de massa da barra e do nadador →
FB Nadador
HQFRQWUDPVHUHVSHFWLYDPHQWHDbPHDbPGR
→
VXSRUWH%HRDSRLR$HVW£DbPGHGLVW¤QFLDGH% FC
e B se encontra DbPGH&&RQVLGHUDQGRTXH
o apoio C exerce sobre o trampolim uma força de CM
LQWHQVLGDGHb1GHWHUPLQHDVLQWHQVLGDGHVGDV A B C
forças que os suportes A e B exercem sobre o ele.
→
→
PN
→
P
FA
1,0 m 1,5 m
Nadador 2,5 m
5,0 m
A B C
44 • • FÍSICA
G Aplicando o equilíbrio de rotação para a barra
FA : Força que o suporte A exerce sobre
o trampolim. (trampolim) e tomando o ponto B como o ponto
G de rotação, temos:
FB : Força que o suporte B exerce sobre
o trampolim. ¦ MAnti-horário = ¦ MHorário
B B
EM13CNT306
ATIVIDADES
9. (FAMERP – SP) O pai de uma criança 10. (MACKENZIE – SP) Uma cancela manual é
pretende pendurar, no teto do quarto de constituída de uma barra homogênea AB de
seu filho, um móbile constituído por: seis comprimento L = 2,40 m e massa M = 10,0 kg,
carrinhos de massas iguais, distribuídos em está articulada no ponto O, onde o atrito é
dois conjuntos, A e B; duas hastes rígidas de desprezível. A força F tem direção vertical e
massas desprezíveis, com marcas igualmente sentido descendente, como mostra a figura [...].
espaçadas; e fios ideais. O conjunto A já está
preso a uma das extremidades da haste
principal do móbile.
FIS
X c) 200 N
Sabendo que o móbile será pendurado ao
teto pelo ponto P, para manter o móbile em
equilíbrio, com as hastes na horizontal, o pai da
criança deverá pendurar o conjunto B, na haste
principal, no ponto
a) 5 Para resolver a questão, vamos utilizar a condição de
equilíbrio de um corpo extenso: MA = MB
b) 1 Em MA, temos quatro carrinhos pendurados, e a Para resolver a questão, vamos tomar o ponto O como eixo de
G G
distância do ponto P é d = 2. Já em MB, temos dois articulação entre os pontos MF e MP .
X c) 4
carrinhos e precisamos descobrir a que distância d eles Aplicando a condição de equilíbrio, temos:
d) 3 precisam ser pendurados para que o móbile permaneça MF = MP ⇒ F · dA = F · dB ⇒ F · 0,4 = P · 0,8
em equilíbrio. Vamos chamar essa distância de x.
e) 2 F · d = F · d ⇒ 4 · m · g · 2 = 2 · m · g · x A distância do centro de massa até ponto O é o dobro da distância
A A B B
de onde a força F é aplicada até o ponto O. Assim, para que a barra
8=2·x⇒x= 8 ⇒x=4 permaneça em equilíbrio, a força F deve ser o dobro da força peso.
2
F = 2P ⇒ F = 2 · m · g ⇒ F = 2 · 10 · 10 ⇒ F = 200 N
P · d1 = Fel · d2 ⇒ m · g · d1 = K · ΔL · d2 ⇒ 1 · 10 · 3 = 60 · ΔL · 5
30 = 300 · ΔL ∴ ΔL = 0,1 m
46 • • FÍSICA
EM13CNT306, EM13CNT303
Trabalho e segurança
Os guindastes são equipamentos robustos
e com alta capacidade para transportar
cargas pesadas. São utilizados para içamento
(levantamento) e movimentação de peças ou
estruturas a alturas e distâncias elevadas. Operar
esses equipamentos requer planejamento apurado,
ckk
dimensionamento criterioso, estrita obediência às
y lu ik
normas e regulamentações existentes, bem como
Un
ck/ to
o envolvimento de profissionais qualificados.
ers t
hut
©S
[...] o planejamento da 2. Pessoas – Elas estão aptas a • Riscos e medidas de prevenção
movimentação de guindastes deve operar os equipamentos? A na operação de guindaste
focar três pontos prioritariamente: experiência dos colaboradores • Técnica de amarração de cargas
está de acordo com o nível de
1. Equipamentos – Os • Estudo do manual do fabricante
dificuldade da operação? As
equipamentos têm capacidade
pessoas são certificadas? • Estudo sobre as tabelas de cargas
adequada para a operação? Eles
estão em condições seguras de 3. Procedimentos – Eles estão • Estudo da influência do vento na
operação, foram inspecionados bem definidos e cobrem operação de guindaste com carga
e testados? Existe um todos os pontos da operação?
Os colaboradores têm • Sinalização manual e via rádio
responsável técnico legalmente
habilitado? conhecimento e aplicam esses • Interpretação do plano de
procedimentos? rigging
[...] • Prática operacional com
Além do planejamento, uma operações de movimentação do
operação segura de movimentação transportador e operações de
de cargas não pode prescindir de içamento de carga.
profissionais com aptidão, saúde A operação de guindastes
avaliada através de exames médicos quase sempre envolve uma
FIS
conforme programa de controle equipe composta por um
médico de saúde ocupacional supervisor de movimentação de
(PCMSO), capacitado em curso cargas, um operador para cada
ministrado por profissionais com equipamento e auxiliares de
proficiência no assunto. [...] tal movimentação de cargas (sinaleiros
formação deve englobar, no mínimo: amarradores). Todos eles devem
©Shutterstock/Billion Photos
Alavanca
Alavanca é todo objeto utilizado para multiplicar o efeito de uma
força por meio do momento de força. Normalmente esse dispositivo é
constituído por uma barra que pode girar em torno de um eixo, uma
força que provoca rotação e outra força que se opõe à rotação. Observe
a imagem a seguir e a descrição subsequente de cada um dos itens
nela indicados.
FP
PF
FR
G
FP : Força potente, exercida pelo operador da alavanca. Essa é a
força aplicada com o objetivo de levantar, sustentar e equilibrar.
G
FR : Força resistente, exercida pelo objeto a ser levantado,
sustentado e equilibrado.
PF: Ponto fixo, em torno do qual a alavanca pode girar. Na
ilustração anterior, o apoio em torno do qual a barra pode girar é
chamado de cunha, cutelo, fulcro ou, simplesmente, ponto de apoio.
Em geral, uma alavanca é usada para que o operador faça um
esforço menor do que faria caso tentasse levantar ou sustentar
determinado objeto diretamente. Isso significa que utilizar uma
alavanca pode trazer certa vantagem, a qual é expressa por meio de
uma relação chamada de vantagem mecânica VM. Para calcular essa
vantagem, basta dividir o módulo da força resistente pelo módulo da
força potente. Assim:
48 • • FÍSICA
Tipos de alavanca 2 Aprofundamento do conteúdo. Agora, veja alguns exemplos
de aplicações práticas de alavancas
As alavancas são classificadas em três tipos:
do cotidiano. Tente identificar
©Shutterstock/Zenobillis
a
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©Shutterstock/Apisit Hrpp
©Shutterstock/Fotokolia
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Interpotente: é aquela em que a força potente
está em alguma posição entre o ponto fixo e a força
resistente.
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Inter-resistente: é aquela em que a força
resistente está em alguma posição entre o ponto
fixo e a força potente.
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→
FP
©Shutterstock/Grandpa
barra e um pedaço de madeira são utilizados
para mover uma pedra pesada.
Que tipo de alavanca está sendo
utilizada? A pedra seria removida com mais
facilidade se a madeira estivesse mais
próxima ou mais afastada dela?
3 Comentário da questão.
EXEMPLOS RESOLVIDOS
A RESPOSTA
O exemplo ilustra uma alavanca interpotente.
→
FU Suponha que FU esteja aplicada sobre o ponto
de rotação A e que as linhas de ação de FP e FR
HVWHMDPUHVSHFWLYDPHQWHDbFPHbFPGRHL[RGH
→ rotação. Considere também que o antebraço precise
FR VXSRUWDUXPDIRU©DGHUHVLVW¬QFLDLJXDODb11HVVH
sentido, determine a força potente necessária para
De acordo com a situação ilustrada, o bíceps sustentar o antebraço na horizontal.
(músculo) tenta sustentar o antebraço, sendo ele
o responsável pelo surgimento da força potente RESPOSTA
sobre o antebraço. Por outro lado, o peso do Simplificadamente, podemos entender que o
conjunto antebraço e esfera, é responsável pela antebraço é uma barra e que as forças mostradas
força resistente. na ilustração são aplicadas sobre ela, com A sendo
Então, simplificadamente, temos: o ponto em torno do qual essa barra rotaciona.
G
FP – força potente, aplicada pelo bíceps sobre
o antebraço;
50 • • FÍSICA
Sendo assim, podemos esquematizar essa Como a linha de força de FU passa pelo ponto
situação da seguinte maneira: de rotação A, o momento de FU é nulo.
Então, aplicando o equilíbrio de rotação para a
→
FP barra, temos:
→
A
¦ MAnti-horário = ¦ MHorário
A A
FU dP →
FR
FP · dP = FR · dR
dR
FPy y
1HVVHHVTXHPDGPb bbFPHGRb bbFP
representam, respectivamente, as distâncias das FP · 3 = 1 800 ∴ FP 1
linhas de ação de FP e de FR até o ponto A.
EM13CNT301, EM13CNT307
ATIVIDADES
14. (ACAFE – SC) Para cortar galhos de árvores a) Como é classificada essa alavanca,
um jardineiro usa uma tesoura de podar, como interfixa, interpotente ou inter-resistente?
mostra a figura 1. Porém, alguns galhos ficam Por quê?
na copa das árvores e como ele não queria subir
nas mesmas, resolveu improvisar, acoplando à
tesoura cabos maiores, conforme figura 2.
O torque ou tesoura, terá
momento que fazer uma
linear é força menor
determinado para produzir
pela o mesmo
expressão torque que É uma alavanca interfixa, pois o ponto fixo está localizado entre a
MF = F · d. produziria
Logo, como utilizando a força potente e a resistente.
o jardineiro tesoura sem
aumentou os esses braços. b) Onde está o ponto fixo?
braços da
No ponto C.
Assim, assinale a alternativa correta que
completa as lacunas da frase a seguir. c) Qual é a força resistente?
Utilizando a tesoura da __________ o rapaz teria O peso do objeto.
que fazer uma força __________ a força aplicada
na tesoura da __________ para produzir o mesmo d) Qual é a força potente?
FIS
torque. A força F.
X a) figura 2 – menor do que – figura 1
b) figura 2 – maior do que – figura 1 e) Considerando que a massa do objeto
c) figura 1 – menor do que – figura 2 apoiado na extremidade esquerda seja
d) figura 1 – igual – figura 2 de 100 kg, determine o módulo da força
F para que o conjunto permaneça em
15. Para sustentar um pesado objeto, uma pessoa
equilíbrio.
utiliza uma alavanca constituída por uma
barra de peso desprezível apoiada sobre um ¦ MAnti-horário = ¦ MHorário
fulcro, conforme indica a figura a seguir. Com
A A
base nesse esquema, responda às questões F · 0,8 = PO · 0,2 ⇒ F ∙ 0,8 = mO · g · 0,2 ⇒ F ∙ 0,8 = 100 ∙ 10 ∙ 0,2
propostas e, quando necessário, para a F ∙ 0,8 = 200 ∴ F = 250 N
aceleração da gravidade, adote 10 m/s2.
©Shutterstock/FisBioFacil
força aplicada ___________.
X a) interpotente – por Pedro nos palitos –
pelos palitos no sushi
b) inter-resistente – por Pedro nos palitos – →
FP
pelos palitos no sushi
→ →
c) interpotente – pelos palitos no sushi – por FrC FR
Pedro nos palitos
d) inter-resistente – pelos palitos no sushi –
por Pedro nos palitos F bR
¦ MAnti-horário = ¦ MHorário
A A
dades
p de fazer as ativi
gora, você po
Ag
quista En em.
30 a 34 da seçção Conq
52 • • FÍSICA
que g = 10 m/s2, que cos 60° = sen 30° = 0,5 e
CONQUISTA ENEM considerando as informações da figura, pode-se
TEMA afirmar que a frequência fundamental de ondas
QUENTE estacionárias no trecho AB da corda é
19. ENEM Slackline é um esporte no qual o atleta a) 56 Hz c) 35 Hz e) 40 Hz
deve se equilibrar e executar manobras X b) 50 Hz d) 48 Hz
estando sobre uma fita esticada. Para a prática
do esporte, as duas extremidades da fita 21. (ACAFE – SC) A tecnologia tem ajudado
são fixadas de forma que ela fique a alguns na realização de nossas atividades diárias
centímetros do solo. Quando uma atleta dando-nos objetos que dão mais praticidade e
de massa igual a 80 kg está exatamente no conforto. A cadeira é um desses objetos. Hoje
meio da fita, essa se desloca verticalmente, há cadeiras construídas com vários materiais
formando um ângulo de 10° com a horizontal, e objetivos, e que apresentam mais tecnologia
como esquematizado na figura. Sabe-se que a incorporada que antigamente. Recentemente,
aceleração da gravidade é igual a 10 m · s–2, apareceu no mercado a cadeira gamer para
cos (10°) = 0,98 e sen (10°) = 0,17. quem deseja ficar muito tempo sentado,
jogando vídeo game ou estudando. As figuras 1,
2, 3 e 4 mostram uma pessoa sentada e imóvel
em uma cadeira gamer, em quatro posições
distintas e com os pés sem tocar no chão.
FIS
um ângulo de 60° com a barra. Considere que assento, a pressão de um dos pés da cadeira
um diapasão seja colocado para vibrar próximo sobre o solo é a mesma, nas quatro figuras.
desse sistema e que ondas estacionárias se
lll. Se a área de contato da pessoa com o encosto
estabeleçam no trecho AB da corda.
da cadeira não se alterar nas quatro figuras,
Sabendo que a então a pressão sobre o encosto da cadeira é
velocidade de a mesma nas quatro figuras.
propagação de uma lV. A força aplicada por um dos pés da cadeira
onda por uma corda sobre o solo depende somente do peso da
de densidade linear de pessoa.
massa μ, submetida a V. Nas quatro figuras a força resultante sobre
a cadeira é nula.
uma força de tração T,
A opção contendo apenas afirmações corretas é:
T
é dada por v = , a) I – III – IV c) III – IV
P X b) II – V d) I – II – III
a) o semáforo é mantido em equilíbrio devido à 25. (UDESC) Ao se fechar uma porta, aplica-se uma
atuação exclusiva de duas forças no ponto X: força na maçaneta para ela rotacionar em torno
uma força vertical representada pelo vetor de um eixo fixo onde estão as dobradiças.
força peso do semáforo e outra de tração Com relação ao movimento dessa porta, analise
orientada ao longo do cabo. as proposições.
b) a força peso e a componente vertical da I. Quanto maior a distância perpendicular
força de tração orientada ao longo do cabo entre a maçaneta e as dobradiças, menos
formam um par ação/reação conforme a efetivo é o torque da força.
terceira lei de Newton.
II. A unidade do torque da força no Sl é o N · m,
c) para o sistema da figura, o aumento do
podendo também ser medida em Joule (J).
ângulo entre o cabo e a haste horizontal
de 30° para 40° gera acréscimo na III. O torque da força depende da distância
intensidade da componente vertical perpendicular entre a maçaneta e as
da força de tração com o consequente dobradiças.
aumento na força peso do semáforo. IV. Qualquer que seja a direção da força, o seu
d) em relação a um eixo horizontal paralelo à torque será não nulo, consequentemente a
haste e que passa pelo ponto X, o somatório porta rotacionará sempre.
das forças é diferente de zero, pois atua
somente a componente horizontal da Assinale a alternativa correta.
força de tração responsável por manter o a) Somente a afirmativa II é verdadeira.
semáforo fixo à haste horizontal. b) Somente as afirmativas I e II são
X e) no sistema mostrado na figura, as verdadeiras.
componentes das forças que atuam em c) Somente a afirmativa IV é verdadeira.
relação a um eixo horizontal que passa
pelo ponto X têm soma igual a zero, assim X d) Somente a afirmativa III é verdadeira.
como as componentes das forças que e) Somente as afirmativas II e III são
atuam em relação a um eixo vertical que verdadeiras.
passa pelo ponto X.
26. ENEM O mecanismo que
23. ENEM A figura mostra uma balança de braços permite articular uma TEMA
iguais, em equilíbrio, na Terra, onde foi porta (de um móvel ou QUENTE
colocada uma massa m, e a indicação de uma de acesso) é a dobradiça.
balança de força na Lua, onde a aceleração da Normalmente, são necessárias duas ou mais
gravidade é igual a 1,6 m/s2, sobre a qual foi
colocada uma massa M. dobradiças para que a porta seja fixada no móvel
ou no portal, permanecendo em equilíbrio e
podendo ser articulada com facilidade.
No plano, o diagrama vetorial das forças que as
dobradiças exercem na porta está representado em
a) b)
A razão das massas M/m é
a) 4,0 c) 0,4 e) 0,25
X b) 2,5 d) 1,0
54 • • FÍSICA
c) e) Nessa situação, qual foi a massa da barra obtida
pelos alunos?
X d)
a) 3,00 kg d) 6,00 kg
27. (UEL – PR) Um pedreiro precisa transportar
b) 3,75 kg X e) 15,00 kg
material para o primeiro piso de uma construção.
Para realizar essa tarefa, ele utiliza um sistema do c) 5,00 kg
tipo elevador mostrado na figura a seguir. 29. (UPE) O BMX, também conhecido como
bicicross, é o caçula do ciclismo. A origem
da modalidade data das décadas de 1960
e 1970, época em que as vertentes mais
tradicionais do esporte — estrada e pista —
já faziam parte dos Jogos Olímpicos. O BMX
surgiu graças à admiração de jovens norte-
-americanos pelo motocross. A vontade de
imitar as manobras dos ídolos, aliada à falta de
equipamento, fez bicicletas serem utilizadas
em pistas de terra. Nasceu, então, o Bicycle
Moto Cross, ou simplesmente BMX. O BMX
fez sua primeira aparição olímpica nos Jogos
Olímpicos de Pequim 2008, com disputas
tanto no masculino quanto no feminino. No
O peso máximo que pode ser levantado pelo Rio de Janeiro-2016, foi a terceira vez em que
sistema é limitado pelo peso do pedreiro e não o BMX distribuiu medalhas em uma edição
pelo suporte ou pela corda. O pedreiro pesa 800 N. dos jogos.
A partir dessas informações, responda aos itens Fonte: http://tecnologia.hsw.uol.com.br/fibras-opticas5.htm, acessado
a seguir. em: 14 de julho de 2016. (Adaptado).
FIS
ponto A. estático no ponto de apoio B, na condição de
M = 2 400 N · m
deslizamento iminente?
28. ENEM Em um experimento, um professor levou a) 1,7
para a sala de aula um saco de arroz, um b) 1,4
pedaço de madeira triangular e uma barra X c) 1,0
de ferro cilíndrica e homogênea. Ele propôs
que fizessem a medição da massa da barra d) 0,7
utilizando esses objetos. Para isso, os alunos e) 0,5
fizeram marcações na barra, dividindo-a em
oito partes iguais, e em seguida apoiaram-na 30. (UECE) Considere uma gangorra defeituosa,
sobre a base triangular, com o saco de arroz em que o ponto de apoio não está no centro.
pendurado em uma de suas extremidades, até É possível que, mesmo assim, haja equilíbrio
atingir a situação de equilíbrio. estático, com a gangorra na horizontal e uma
criança em cada extremidade, desde que
56 • • FÍSICA
DO
BR
EN
AL
IN
HA
7
PO
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A
OBJETIVOS DO CAPÍTULO
X Conhecer as noções de conceitos
iniciais relacionados a trabalho e
energia.
X Determinar o trabalho de forças
constantes e variáveis.
X Relacionar as diferentes modalidades
de energia com trabalho e teoremas
rs
Tou
do trabalho e de energia.
val a
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X
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tte
X Resolver situações-problema,
referentes a trabalho e energia, que
permitam uma contextualização com
o cotidiano.
7
Assim como força, energia também que compartilham a mesma
©Wikimedia
pode ser tratada como um conceito unidade de medida, que, no
intuitivo, que não tem uma definição capaz 6,«RMRXOHb-2QRPHGHVVD
de reunir todas as características de suas várias unidade é uma homenagem a
modalidades nas diversas teorias em que é utilizada. -DPHV3UHVFRWW-RXOH
Apesar das dificuldades de definir essa grandeza ȡLQGXVWULDOLQJO¬V
de uma maneira única, na Mecânica, é relativamente que desenvolvia atividades
simples determinar em que situações um corpo científicas.
ou uma partícula tem energia, pois isso ocorre em
apenas dois casos: Trabalho é o resultado -DPHV3UHVFRWW-RXOH
• quando esse corpo ou essa partícula está em de uma construção teórica
movimento; desenvolvida para calcular quanta energia uma força
• quando esse corpo ou essa partícula, colocado(a) aplicada em um corpo fornece a ele ou retira dele. Em
em certa posição, tem possibilidade de iniciar Física, o que conhecemos atualmente a respeito de
movimento espontaneamente. trabalho foi teorizado por diversos cientistas ao longo
de séculos.
Mesmo que a pessoa não tenha noção ou
O veículo, por estar em
conheça a definição de trabalho para a Física, ela
movimento, tem uma
quantidade específica já aplica essa grandeza em seu cotidiano. Para
de energia. A bola, que as tarefas na agricultura,
está na mão da pessoa, por exemplo, o uso de
apesar de estar em
repouso, ferramentas manuais ou
motorizadas, permite a
realização de trabalho.
©Shutterstock/Fujji
também apresenta
certa quantidade de ©Shutterstock/Everett Collection
a possibilidade de
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entrar em movimento
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espontaneamente a
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Por causa de costumes que adquirimos na Na agricultura moderna, o trabalho de preparo da terra e
o plantio são realizados por meio da aplicação de forças,
linguagem do dia a dia, é comum cometermos com o auxílio de equipamentos modernos.
alguns equívocos quando tratamos de assuntos
que exigem rigor científico. Um exemplo de erro
comum é dizer que um corpo, uma partícula ou
uma substância realizou determinado trabalho.
Cientificamente, trabalho é atributo de uma força.
Assim, um corpo pode estar sob ação de uma força, e
ela é que pode ser capaz de realizar trabalho.
Trabalho e energia são grandezas distintas,
mas mantêm uma íntima relação entre si, tanto
58 • • FÍSICA
Trabalho de uma força constante
Suponha uma situação corriqueira no dia a dia Considerando que F é a intensidade da força
de qualquer pessoa: uma caixa em repouso sobre constante aplicada sobre a caixa, Δs é o módulo do
o solo plano e horizontal deve ser colocada em deslocamento sofrido pelo corpo e α representa
G
movimento e se deslocar durante algum tempo. Com o ângulo formado entre os vetores força ( F ) e
G
esse
G intuito, aplica-se sobre esse objeto uma força deslocamento ( 's ), podemos concluir que o trabalho
F constante, cuja direção forma determinado ângulo (τF) realizado por uma força constante é obtido pela
G
em relação à direção do deslocamento 's sofrido seguinte equação:
pela caixa, conforme mostra a figura a seguir.
→
F τF: Trabalho em J (SI)
F: Força em N (SI)
τF = F · Δs · cos α Δs: Deslocamento em m (SI)
α cos α: Cosseno do ângulo α
→
Δs
A determinação do trabalho de uma força
constante depende do cosseno do ângulo formado
entre essa força e o deslocamento realizado pelo
corpo no qual ela está aplicada. Dessa forma, é
Sempre que um corpo está se movimentando possível fazer uma análise trigonométrica da
ou tem possibilidade de entrar em movimento equação do trabalho de uma força constante.
espontaneamente, ele apresenta certa quantidade
de energia. Isso significa que a caixa, inicialmente Como trabalho é uma grandeza escalar, mas
parada, não continha energia relacionada ao força e deslocamento são vetoriais, essas duas
movimento. No entanto, após a aplicação da força grandezas físicas, envolvidas na equação usada para
G
F , como ela adquiriu movimento, é possível concluir calcular o trabalho de uma força constante, devem
que passou a ter essa energia. Mas como ocorreu a ser usadas em módulo. Assim, o trabalho de uma
transferência de energia para essa caixa? força sempre apresenta o mesmo sinal do cosseno
do ângulo formado entre a força e o deslocamento
Quando uma pessoa aplica uma força sobre FRVbα). Acompanhe, a seguir, os casos possíveis.
a caixa, a energia acumulada bioquimicamente
na musculatura dessa pessoa é despendida e • 6HrbɆbαbbrFRVα é positivo. Nesse caso,
transferida ao objeto empurrado. Fisicamente, a o trabalho também tem sinal positivo (τFb!b
força que é aplicada sobre a caixa fornece energia
a ela, realizando o trabalho que provoca o seu
deslocamento.
Pensando nessa situação, podemos levantar
a seguinte questão: se uma força for aplicada
FIS
por alguém contra uma parede, tentando, sem
êxito, movimentá-la, estará fornecendo energia Isso ocorre quando ao menos parte da força que
a essa parede? Nesse caso, novamente, a energia realiza o trabalho é favorável ao deslocamento do
acumulada nos músculos é usada para contraí-los corpo. Nesse caso, dizemos que essa força fornece
ou distendê-los com a intenção de movimentar a energia ao corpo, ajuda ou provoca o seu movimento
parede sobre a qual a força foi aplicada. Nesse caso, e realiza um trabalho denominado motor.
como o corpo empurrado não adquire movimento, a
força exercida não realiza trabalho. Assim, a parede
não recebe nada da energia despendida, pois a
energia química antes armazenada na musculatura
transforma-se, por exemplo, em energia térmica.
Um dos objetivos da alimentação é a reposição energética para
o organismo por meio dos nutrientes ingeridos. No processo de
um esforço físico, ocorre transformação de energia química em
mecânica ou térmica.
7. TRABALHO E ENERGIA • • 59
• 6HrbbαbɆbrFRVα é negativo. Nesse caso, Se calcularmos a área do retângulo presente no
o trabalho também tem sinal negativo (τFbb gráfico do módulo da força pelo eixo que representa
os espaços ocupados pelo corpo, chegaremos ao
seguinte resultado:
Área = F · Δs
Como o que está sendo representado no
Isso ocorre quando ao menos parte da força diagrama é a componente de uma força na direção
que realiza o trabalho é contrária ao deslocamento do deslocamento, o cosseno ângulo entre F e Δs vale
do corpo. Nesse caso, dizemos que essa força retira um. Assim, ao calcular o trabalho dessa força, temos:
energia do corpo, atrapalha o seu movimento e τF = F · Δs · cos α = F · Δs
realiza um trabalho denominado resistente.
1 Encaminhamento do conteúdo. Comparando os resultados do trabalho da força
• Se αb brFRVα é nulo. Nesse caso, o trabalho e da área do diagrama, podemos concluir que:
também vale zero (τFb b
N
τF Área
60 • • FÍSICA
Trabalho da resultante das forças No caso apresentado na ilustração, verticalmente,
a resultante é nula e, por esse motivo, o corpo se
A resultante das forças é o resultado da soma vetorial desloca apenas na horizontal.
de todas as forças que agem sobre um corpo. Outra Portanto, para descobrir o trabalho da
maneira de defini-la é dizer que ela é a força fictícia que, resultante, basta apenas aplicarmos a equação
se agisse sobre um corpo, causaria o mesmo efeito das do trabalho de uma força constante (τFb b)b·bΔs).
forças que verdadeiramente atuam sobre ele. Desenvolvendo esse cálculo, chegamos a uma
conclusão interessante: o trabalho da resultante
A figura a seguir mostra um exemplo em que um das forças coincide com a soma algébrica dos
objeto se desloca sob a ação de diversas forças. trabalhos individuais de cada uma das forças que
efetivamente atuam sobre o corpo que sofre o
N deslocamento. Observe os cálculos a seguir, que
F comprovam isso:
Ds
WFR = FR · Δs ⇒ WFR = (F · cos αȡ)A) · Δs
a
FA WFR = F · Δs · cos αȡ)A · Δs
WFR = F · Δs · cos αȡ)A · ΔVyFRVr
WFR = WF + WFA
P
Como os trabalhos das forças peso e normal
Quando precisamos descobrir o valor do são nulos, pois essas forças são perpendiculares
trabalho da resultante das forças que atuam sobre ao deslocamento do corpo, nada modifica se a
um objeto, podemos fazer isso determinando, expressão matemática anterior for escrita assim:
primeiramente, qual o módulo dessa resultante. WFR = WF + WFA + WP + WN
FIS
sistema perde energia na forma de calor e sobre os pés do usuário durante a queda,
que a força de atrito estática, na iminência do é correto afirmar que
deslizamento, é maior que a dinâmica. X a) é nulo pois a força de reação é
Assim, é correto afirmar que, em módulo, o perpendicular ao deslocamento.
trabalho realizado pela força de atrito estático é b) é dado pelo produto da força de reação
X a) zero. pelo comprimento do arco de círculo da
b) maior que o realizado pela força de atrito trajetória.
dinâmica. c) é dado pelo produto da força peso do
c) menor que o realizado pela força de atrito usuário pelo comprimento do arco de
dinâmica. círculo da trajetória.
d) igual ao realizado pela força de atrito d) é nulo pois a força peso é constante.
dinâmica. Odotrabalho de uma força depende da força,
deslocamento escalar e do cosseno ativ
p de fazer a at vidade
ivi
do ângulo formado entre os vetores força e deslocamento. Na situação gora, você po
Ag
quista Enem .
exposta, a força de atrito estático atua sobre um corpo em repouso. Sendo
24 da seç ão Conq
ção
assim, o deslocamento escalar é nulo e, portanto, o trabalho dessa força
também é nulo.
7. TRABALHO E ENERGIA • • 61
ENERGIA
A energia está presente no Universo de diversas formas. Temos, por
exemplo, a energia mecânica, a elétrica, a nuclear e a térmica, entre
outras modalidades.
©Shutterstock/Milkovasa
©Shutterstock/Plukaaom
A modalidade de energia
©Shutterstock/Vlastas
©Shutterstock/Industryviews
estudada neste capítulo será
a energia mecânica. Ela está
presente em diversas situações do
dia a dia. Suas aplicações, assim
como sua relação com o cotidiano,
são importantes para entendermos
seu conceito e seu significado.
EEMOÇÕES EM PAUTA
EM13CNT101, EM13CNT304,
problemas que contribuem para a redução desse
ENERGIA E CONSCIÊNCIA EM13CNT305, EM13CNT309,
EM13CNT310 importante recurso. E isso já não é mais apenas
uma preocupação de ambientalistas e técnicos
A crise de energia no mundo sempre gera
alarmistas, mas um problema reconhecido pelas
muitas discussões. Portanto, é válido destacar que os
autoridades da maioria dos países.
recursos energéticos são disputados por interesses
estatais desde a Primeira Revolução Industrial. Nesse 1R%UDVLOPDLVGHGDHQHUJLD«
sentido, a expansão da demanda energética mundial produzida nas hidrelétricas, que dependem de
provocou mudanças climáticas, impactos ambientais água em níveis adequados em seus reservatórios
e a escassez de recursos em diversos países. para gerar energia. Infelizmente, a ausência
de chuvas que vem ocorrendo recentemente,
©Shutterstock/Lassedesignen
62 • • FÍSICA
O impacto potencial no setor energético merece um
ENERGIA E SOCIEDADE cuidado especial. Em primeiro lugar, é fundamental
A energia desempenha papel singular nas sociedades impedir que a crise sanitária se transforme também
do planeta. De um lado, é o sangue da vida econômica, em uma crise energética, com problemas na segurança
que fornece os serviços e infraestrutura essenciais do abastecimento de combustíveis e energia elétrica.
para a civilização, tais como transporte, comunicações, Em segundo lugar, é necessário impedir que as
alimento, produtos industriais e recreação. De outro, consequências da crise ameacem a sustentabilidade
sua abundância ou carência determinam a segurança da indústria, os interesses nacionais e a política
nacional, a competitividade industrial, o meio energética nacional.
ambiente, a economia e a estrutura social. Em 1989,
os EUA consumiram 81 quadsbbXQLGDGHV ALMEIDA, Edmar. $FULVHGD&RYLGHRVHWRUGHHQHUJLDQR
Brasil. Disponível em: https://petroleohoje.editorabrasilenergia.
térmicas britânicas) de energia. Isso equivale à FRPEUDFULVHGDFRYLGHRVHWRUGHHQHUJLDQREUDVLO
HQHUJLDTXHSRGHVHUIRUQHFLGDSRUPLOK·HVGH $FHVVRHPPDLR
barris de petróleo por dia em um ano. Significa um
JDVWRGH86bELOK·HVVHPFRQVLGHUDURVFXVWRV
Uma questão bastante preocupante em relação
de manutenção da segurança do fornecimento. Algum
à crise sanitária presente é o fato de a pandemia de
fornecimento de energia é crucial para manter a
coronavírus ter agravado o problema da fome em
segurança nacional.
muitos países. Segundo a Organização das Nações
O objetivo de uma estratégia energética nacional Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a crise
sólida é fornecer fontes de energia, conversão de SRGHWHUGHL[DGRPDLVGHPLOK·HVGHSHVVRDV
energia e tecnologias de utilização que satisfaçam às desnutridas no mundo em 2020.
necessidades nacionais de maneira economicamente
eficiente e segura para o meio ambiente. Não
existem fontes energéticas perfeitas. O petróleo
Energia mecânica
tem disponibilidade limitada. Todos os combustíveis Os tipos de energia mecânica abordados aqui
fósseis causam danos ambientais. As opções pela serão representados pelas energias cinética e
energia nuclear despertam preocupação com potencial, apresentadas a seguir.
segurança e destino de rejeitos. A energia solar é
relativamente cara e, em muitas áreas, pouco prática. E Energia cinética
mesmo a conservação exige larga participação social.
A palavra “cinética” tem o mesmo radical
O desafio lançado à ciência é o de melhorar nossas
“cine-” (derivado do grego) utilizado nas palavras
técnicas de aproveitamento de energia e atingir
“cinemática” e “cinema”. Você sabe o que esse radical
conquistas que nos deem novas opções.
significa? Trata-se de um prefixo usado para indicar
HAHN, Sookap. Os papéis da ciência dos materiais e da engenharia para uma
movimento. Assim, Cinemática é a parte da Física
sociedade sustentável. Estudos Avançados6¥R3DXORYQS que estuda os movimentos. Energia cinética é,
FIS
S então, o tipo de energia que um corpo tem quando
está efetivamente em movimento. Logo, a energia
cinética não pode ser armazenada por um corpo.
©Shutterstock/Denis Belitsky
7. TRABALHO E ENERGIA • • 63
Quando um corpo se encontra em movimento Um objeto qualquer, colocado, por exemplo,
com velocidade constante de módulo v, podemos a certa altura do solo, tem potencial para cair
dizer que ele tem energia do tipo cinética. Mas espontaneamente. Assim, ele apresenta energia
como podemos calcular essa energia? Calculando o potencial. Da mesma forma, molas esticadas
trabalho necessário para fazer com que esse corpo, ou comprimidas e uma flecha apoiada na corda
inicialmente em repouso, adquira uma velocidade de tracionada de um arco também têm essa forma
módulo v. de energia.
Vamos considerar um corpo de massa m Nesses três últimos exemplos mencionados,
inicialmente em repouso.
G Então, aplicamos sobre ele existe uma importante coincidência: em todos os
uma força horizontal F constante. Supondo que não casos, antes de os corpos citados terem potencial
haja
G atrito, a única força que atua sobre esse corpo é para adquirir movimento, em algum instante, alguma
F . Sendo a a sua aceleração, teremos: força foi aplicada sobre eles para fazer com que esse
potencial passasse a se manifestar. Para levantar
F
F=m·a⇒a= um objeto até certa altura, é preciso jogá-lo para
m cima ou suspendê-lo; para esticar ou comprimir
uma mola, é necessário puxar ou empurrar suas
De acordo com a equação de Torricelli, temos: extremidades; para colocar uma flecha na posição
v2 = v 0 + 2 · a · Δs de ser lançada, é preciso puxá-la com a corda de
2
um arco.
Considerando v0b bWHPRV
Enquanto essas forças são aplicadas e os
v2 = 2 · F · Δs corpos envolvidos nesses casos se deslocam, elas
m realizam trabalho. Assim, quem aplica essas forças
2
m v transfere energia aos corpos, que têm suas posições
= F · Δs = IJ
2 modificadas. Parte dessa energia é cinética e existe
Dessa forma, para um corpo de massa m que apenas enquanto há deslocamento. A outra parcela
se movimenta com uma velocidade de módulo v, dessa energia é potencial e pode ser armazenada
a energia cinética deve ser calculada conforme a pelo corpo mesmo que ele esteja em repouso.
seguinte equação: Depois de algumas noções a respeito de energia
potencial, para que ela possa ser determinada, é
EC: Energia cinética em J (SI) necessário saber o que são forças conservativas e
m · v2 v: Velocidade em m/s (SI) quais são elas.
EC =
2
m: Massa em kg (SI)
ka
TXLORZDWWKRUDN:bybK
©S
Energia potencial
Quando um corpo contém energia? Um carro
em movimento em uma estrada tem energia? E
se ele estiver parado? Um livro em repouso em
cima de uma mesa tem energia? Conforme vimos
anteriormente, um corpo pode ter energia em duas
situações: quando ele está em movimento (energia
cinética) ou quando ele apresenta possibilidade,
ou seja, potencial para adquirir movimento
espontaneamente. Por esse motivo, a modalidade de
energia relacionada a esse segundo caso é chamada
de energia potencial.
64 • • FÍSICA
Forças conservativas
Em quase tudo aquilo que estudamos,
encontramos classificações e regras de nomenclatura.
Em Biologia, por exemplo, o ser humano é classificado
como um animal vivíparo, pelo fato de seus
g
Pan
embriões se desenvolverem completamente dentro
l ka
Bel
do organismo da mãe. Segundo outro critério de
ck/
rsto
utte
classificação, o ser humano é um animal onívoro, pelo
h
©S
fato de se alimentar de substâncias de origem animal
e vegetal. De forma similar, em Física, as muitas forças
que existem podem ser classificadas segundo diversos
Considerando que o
critérios: podem ser de campo ou de contato, internas
deslocamento do objeto de
ou externas e, como interessa analisar neste momento,
massa m durante a descida
podem ser conservativas ou não conservativas.
ocorreu na mesma direção da
Para entender o conceito de força conservativa, superfície inclinada, temos que:
to
info
podemos usar como exemplo o cálculo do trabalho
gic
τP = P · Δs · cos α
/Ma
da força peso para deslocar um corpo de um ponto A
ck
rsto
(situado a uma altura h) até um ponto B (situado no h
tte
Como cos α = , temos:
Shu
chão). Observe, na sequência, os resultados obtidos 's
quando isso é feito com trajetórias distintas. h
τP = P · 's · ⇒ τP = m · g · h
1) Por exemplo, uma ferramenta solta, por 's
descuido, do alto de uma construção (ponto A) Analisando os cálculos desses dois casos, cujos
até o chão (ponto B): resultados são idênticos, é possível dizer que o
trabalho da força peso não depende da trajetória
VHJXLGDQHVVHVH[HPSORVȡGHSHQGHDSHQDVGDV
posições inicial e final do corpo que é deslocado.
(VVDFDUDFWHU¯VWLFDȡW¯SLFDGDVFKDPDGDVIRU©DV
FRQVHUYDWLYDVȡ«DSUHVHQWDGDVRPHQWHSRUDOJXPDV
forças, como o peso, a força elástica (que atua sobre
molas) e a força elétrica (que atua sobre cargas
elétricas). Dessa forma:
7. TRABALHO E ENERGIA • • 65
Energia potencial gravitacional Energia potencial elástica
Para que exista energia potencial em uma Suponha que uma mola colocada sobre o solo
situação qualquer, é necessário que haja a atuação tenha uma de suas extremidades presa a uma
de alguma força conservativa, conforme demonstra parede, conforme mostra a figura a seguir. Considere
a definição matemática de energia potencial. Como que PR seja o ponto de referência (referencial
estudaremos três forças conservativas, também serão adotado).
abordados três tipos diferentes de energia potencial:
Jack Art
a gravitacional (relacionada à força peso); a elástica
(relacionada à força elástica); e a elétrica (relacionada
à força elétrica, estudada em Eletrostática).
Como o próprio nome sugere, energia potencial Se um objeto de massa m for encostado na
gravitacional é aquela que surge em decorrência extremidade livre da mola e, depois, for empurrado
da interação gravitacional entre dois corpos. Dessa contra a parede (até uma posição A), a mola sairá
forma, quando um objeto que se encontra no solo de sua posição relaxada (ponto de referência) e
terrestre é elevado até certa altura, a força que é sofrerá uma deformação (compressão). Na figura, o
G
exercida realiza trabalho. O resultado disso é que vetor ( x ), de sentido para a esquerda,
G representa
o sistema Terra-objeto adquire energia potencial essa deformação da mola, e Fel «DIRU©DHO£VWLFDȡ
gravitacional. FRQVHUYDWLYDȡTXHDPRODDSOLFDVREUHRFRUSR
Jack Art
de massa m colocado em um ponto A a certa altura
h em relação ao chão.
A →
m g
→
P
PR
Quando o corpo é deslocado para a esquerda
(retirando a mola de seu ponto de referência), a
A energia potencial do sistema (massa m e força que é aplicada sobre ele realiza trabalho. O
planeta Terra) é expressa matematicamente por resultado disso é que o sistema constituído pela
F
EPA = WAcons , em relação a um referencial. Nesse massa m e pela mola adquire energia potencial
caso, a força conservativa é o peso, então podemos elástica. Para determinar o valor dessa energia
P
dizer que EPA = WA , em relação ao referencial. potencial, é necessário calcular o trabalho
Como o cálculo do trabalho da força peso já foi realizado pela força conservativa para deslocar a
feito anteriormente, esse resultado pode ser massa m da posição A até a posição de referência.
F
reaproveitado. Assim, concluímos que: Matematicamente, EPA = WAcons , em relação ao
3 Sobre o ponto de referência. referencial adotado.
EP: Energia potencial gravitacional
em J (SI)
m: Massa em kg (SI)
EP = m · g · h g: Aceleração da gravidade em
m/s2 (SI)
h: Altura em m (SI)
66 • • FÍSICA
No caso abordado, a força conservativa é a
F
elástica. Então, podemos dizer que: EPA = WAel ,
em relação ao referencial.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES!
Assim como ocorre com qualquer outra força, o trabalho
de uma força conservativa (peso, elástica ou elétrica)
Jack Art
também pode ser classificado como motor (quando
apresenta valor positivo) ou resistente (quando
apresenta valor negativo).
Analisando, por exemplo, o caso de um objeto caindo, o
trabalho do peso é motor, pois o ângulo formado entre o
peso (vertical para baixo) e o deslocamento do corpo (para
EDL[R«PHQRUTXHr3HQVDQGRTXHDTXHGDGHREMHWRV
é espontânea, é possível generalizar e afirmar que:
3RVL©¥R$Vb bH)elb b.byb[3RVL©¥RGHUHIHU¬QFLD35
• quando o trabalho das forças conservativas que agem
Vb b[H)elb b sobre um corpo é motor, o movimento é espontâneo;
• quando o trabalho das forças conservativas que agem
O módulo da força elástica varia linearmente sobre um corpo é resistente, o movimento é forçado.
com a deformação da mola, sendo calculado pela lei
de Hooke (Felb b.byb[&RPRRWUDEDOKRUHDOL]DGRSRU
uma força de módulo variável pode ser calculado
pela área compreendida entre o eixo horizontal e o EM13CNT301
gráfico dessa força em função do espaço (posição)
da massa m, é indispensável que esse gráfico seja
CIÊNCIA EM PRÁTICA
desenhado.
Com o experimento proposto, vamos verificar
Construindo o diagrama Fel × s, temos: como ocorre a transferência de energia. Ele não
requer qualquer arranjo especial para ser posto em
prática, pois sua realização é extremamente simples.
Materiais
• bolinha de pingue-pongue
• HVSLUDOGHFDGHUQRRXDSRVWLODGHSUHIHU¬QFLD
de plástico)
• tesoura
Para concluir o cálculo da energia potencial
elástica armazenada pelo sistema massa-mola na Como fazer
posição A, devemos recorrer à seguinte relação: 1. Coloque os materiais sobre uma superfície
FIS
x ·K · x horizontal.
EpA = Área ⇒ EpA = .
2
2. Corte um pedaço de 6 cm da espiral.
Assim, a energia potencial elástica para uma 3. Pressione a bolinha contra a espiral apoiada na
mola helicoidal pode ser calculada pela seguinte mesa, comprimindo metade da espiral.
equação: 4. Solte a bolinha.
Conclusão
Ep: Energia potencial elástica
em J (SI) 3. Depois de soltar a bolinha, o que ocorre de
K · x2 K: Constante elástica em N/m (SI) inusitado com ela?
Ep =
2 x: Deformação em m (SI) 4. Por que isso aconteceu?
7. TRA
TRABALHO
B E ENERGIA • • 67
Shutterstock/Salienko Evgenii
c k
Sto
presentes. Quando a corda começa a frear
ida
lor
k/F
a queda, a pessoa está em movimento,
toc
ers
encontra-se em certa posição em relação
utt
Sh
ao solo e a corda que a prende encontra-
ov
rl
Yu
-se deformada. Esse é um exemplo no qual
ey
ndr
podemos observar a presença das energias
k/A
toc
cinética, potencial gravitacional e potencial
ers
utt
elástica ao mesmo tempo.
Sh
As energias cinética e potencial dependem de
ak
EM13CNT301
c
sto
r
68 • • FÍSICA
ATIVIDADES
5. (UPF – RS) Sobre as leis da Mecânica, é correto Assinale a alternativa correta.
afirmar: a) Somente as afirmativas III e V
a) Quando uma força horizontal de valor são verdadeiras.
variável e diferente de zero atua sobre um b) Somente as afirmativas II e IV
corpo que desliza sobre uma superfície são verdadeiras.
horizontal sem atrito, sua aceleração
c) Somente as afirmativas I e IV
permanece constante.
são verdadeiras.
X b) A força resultante é nula sobre um corpo
X d) Somente as afirmativas I e II
que se movimenta, em linha reta, com
são verdadeiras.
velocidade constante.
e) Somente as afirmativas II e V
c) Todo corpo em queda livre, próximo da
são verdadeiras.
superfície terrestre, aumenta sua energia
potencial. 8. (UFRGS – RS) Em 16 de julho de 1969, o
d) Quando um corpo de massa m exerce uma foguete Saturno V, com aproximadamente
força F sobre um corpo de massa 2m, o ͵ԜͲͲͲǡ
segundo corpo exerce sobre o primeiro carregando a cápsula tripulada Apollo 11,
uma força igual a 2F, uma vez que sua que pousaria na Lua quatro dias depois.
massa é maior.
e) Quando um corpo gira com velocidade
angular constante, a força que atua sobre
ele é nula.
6. (UECE) Assinale a opção que apresenta a
mesma unidade de medida de energia cinética.
2
X a) (movimento linear) /massa.
b) (movimento linear)/massa.
c) massa · comprimento.
d) massa · aceleração. Disponível em: < https://airandspace.si.edu/multimedia-
gallery/39526jpg> Acesso em: 29 ago. 2019.
O gráfico abaixo apresenta a posição vertical y
do foguete Saturno V durante os 15 primeiros
segundos após o lançamento (símbolos +).
A linha contínua ajusta esses pontos com a
função y(t) = 1,25 t2.
FIS
7. (UDESC) Um elevador está
descendo com velocidade TEMA
constante, analise as QUENTE
proposições.
I. A força exercida pelo cabo sobre o elevador
é constante.
II. A energia cinética do elevador é constante.
III. A aceleração do elevador é constante e
diferente de zero. Com base nesse gráfico, a energia cinética
IV. A energia mecânica do sistema Terra – ×ͳͲ±ǡ
elevador é constante. aproximadamente,
V. E energia potencial gravitacional Terra – X a) 937,5 MJ d) 187,5 MJ
elevador é constante. b) ͵ͷǡͲ
e) 93,8 MJ
c) 234,4 MJ
7. TRABALHO E ENERGIA • • 69
9. (UFSM – RS) A história da maioria dos b)
municípios gaúchos coincide com a chegada
dos primeiros portugueses, alemães, italianos
e de outros povos. No entanto, através dos
vestígios materiais encontrados nas pesquisas
arqueológicas, sabemos que outros povos,
anteriores aos citados, protagonizaram a nossa
história. Diante da relevância do contexto e da c)
vontade de valorizar o nosso povo nativo, “o
índio”, foi selecionada a área temática CULTURA
e as questões foram construídas com base na
obra “Os Primeiros Habitantes do Rio Grande
do Sul” (Custódio, L. A. B., organizador. Santa
ǣǢǡʹͲͲͶȌǤ
“Os habitantes das florestas subtropicais d)
sobreviviam da coleta de plantas, da caça e da
pesca realizada através de lanças.”
[...]
Em uma corrida com velocidade constante,
ͳԜͻͲ
foram transformadas em energia cinética de
X e)
translação de um índio de 84 kg. Considerando
1 cal ≅ 4,2 J, o módulo da velocidade do índio
foi, em m/s, de:
a) 2 c) 6 X e) 13
b) 4 d) 9
Dados: Ec = 1 690 · 4,2 = 7 098 J; m = 84 kg.
11. (UNESP – SP) Uma criança está sentada no
A energia cinética é dada por:
topo de um escorregador cuja estrutura tem
Ec = m · v 2 .
a forma de um triângulo ABC, que pode ser
2
perfeitamente inscrito em um semicírculo de
Então, podemos determinar a velocidade da seguinte maneira:
2
diâmetro AC = 4 m. O comprimento da escada
7 098 = 84 · v ⇒ v2 = 2 · 7098 ⇒ v2 = 169 ⇒ v = 13 m/s do escorregador é AB = 2 m.
2 84
TEMA
10. (INSPER – SP) As leis
da gravitação universal, QUENTE
aplicadas ao movimento de planetas e satélites
em órbita estável, permitem concluir que a
energia cinética desses corpos depende de sua
massa, da massa do centro de forças em torno
do qual orbitam e da distância mútua entre
eles (raio orbital). Assim, o gráfico que melhor Considerando que a energia potencial
representa qualitativamente a energia cinética gravitacional da criança no ponto B, em relação
(Ec) de planeta ou satélite em órbita estável, em ao solo horizontal que está em AC , é igual a
função do raio orbital (r), é o ilustrado em: 342 joules, e adotando g = 5,7 3 m/s2,
a massa da criança é igual a:
a)
a) ͵Ͳ X c) ʹͲ e) 18 kg
b) 25 kg d) 24 kg
da
ivid
fazer as attivi dess
de
dad
Ag
A gora, você de faz
ê pode
ta
uiistta
Conquis Ene
En m
em .
33 da
27 a 33
27 ão Co
da seção
70 • • FÍSICA
TEOREMAS QUE
7
00
RELACIONAM TRABALHO
sya
/Ru
tock
ers
E ENERGIA
utt
Sh
O conceito de trabalho de uma força está
diretamente relacionado à aplicação de uma força, que,
por sua vez, pode transformar um tipo de energia em
outro ou transferir a energia entre diferentes corpos de
um sistema.
Agora que já foram abordadas as
grandezas trabalho e energia, elas precisam ser
matematicamente relacionadas. Para isso, serão
demonstrados e interpretados três importantes
teoremas, que são especialmente úteis na
Mecânica, mas que podem ser utilizados também Considerando que a resultante das forças que
na Eletrostática. Um dos motivos pelos quais agem sobre esse corpo é constante, o trabalho dela
é importante conhecermos os teoremas que pode ser calculado da seguinte forma:
relacionam trabalho e energia é que eles nos
WFR = FR · Δs · cos 0°
permitem fazer uma interpretação correta da
grandeza trabalho. Utilizando a 2.ª lei de Newton, podemos
reescrever essa equação substituindo o valor de FR:
Trabalho e energia cinética WFR = m · a · Δs (Equação I)
Quando uma força atua de forma favorável ou Como FR é constante, a aceleração adquirida
contrária ao movimento de um corpo, o trabalho pelo objeto em movimento também tem que ser
realizado por ela é dito motor ou resistente, constante. Conforme os estudos da Cinemática, o
respectivamente. Dessa maneira, parece lógico movimento em que a aceleração escalar é constante
imaginar que, se o trabalho de uma força pode é chamado de uniformemente variado e obedece à
ajudar ou atrapalhar o movimento de um corpo, equação de Torricelli, que relaciona velocidade
ele também pode ser associado ao aumento ou à e deslocamento:
v2 v20
diminuição da velocidade desse corpo. v2 = v20 + 2a · Δs ⇒ v2 – v 0 = 2a · Δs ⇒
2
= a · Δs
2
Multiplicando os dois termos dessa equação
Teorema da energia cinética pela massa m do corpo deslocado, temos:
A hipótese levantada no parágrafo anterior pode
m · v2 m · v20
FIS
ser comprovada por meio de uma demonstração = m · a · Δs (Equação II)
matemática. Para isso, suponha um objeto de massa 2 2
m que se desloca em uma superfície horizontal sob
Igualando as equações I e II, temos:
a ação de forças que constituem uma resultante de
intensidade FR. Durante o movimento desse objeto, sua m · v2 m · v20
velocidade escalar, que começa com o valor v0, assume FR =
2 2
o valor v após um deslocamento Δs. Observe a figura
a seguir: m · v2
Como é a energia cinética do corpo,
então: 2
F = Ec Ec = Ec
R f i
7. TRABALHO E ENERGIA • • 71
O trabalho da resultante das forças aplicadas Escrevendo a igualdade mencionada, temos:
sobre um corpo é igual à variação de sua energia
F F F
cinética. Acons
B = A PR + PRB
cons cons
(Equação I)
72 • • FÍSICA
Shutterstock/Viaval Tours
FIS
não conservativas (Fñ cons), podemos concluir que:
Utilizando o teorema da energia mecânica,
WFR = WFcons + WFncons
surgem três resultados possíveis para o trabalho da
resultante das forças que agem sobre um corpo:
Substituindo, nessa equação, o teorema da
a) WFncons > 0, ou seja, o trabalho é motor
energia cinética ( F = Ec Ec ) e o teorema da
seguinte resultado:
cons f i
b) WFncons
= 0, ou seja, o trabalho é nulo
(nesse caso, Emf = Emi );
Ecf Eci = Epf Epi + WFncons WFncons
c) < 0, ou seja, o trabalho é resistente
Ecf + Epf = Eci + Epi + WFncons (nesse caso, Emf < Emi ).
5 Encaminhamento do conteúdo.
7. TRABALHO E ENERGIA • • 73
ORGANIZE AS IDEIAS
A tabela a seguir tem o objetivo sistematizar as ideias estudadas até aqui. Nos espaços
em branco, insira as equações e os conceitos que faltam para completá-la.
EXEMPLOS RESOLVIDOS
→
N
→
Fat
74 • • FÍSICA P
Dessa forma, percebemos que atuam sobre o corpo as forças peso, normal e de atrito. Como existe a
atuação da força de atrito, uma força não conservativa dissipativa, podemos utilizar o teorema da energia
mecânica.
WFncons
= Emf Emi = ΔEm = ( Ecf + Epf ) – ( Eci + Epi )
Com esses dados, podemos notar que, no início, há apenas energia potencial gravitacional e, no fim,
quando o objeto atinge o repouso, há apenas energia potencial elástica. Sabendo que, entre as forças que
atuam no sistema, normal e atrito não são conservativas, concluímos que:
IJat + IJN = Ep – Epg i
ef
K · xi2 2
IJat + IJN = – m · g · hi ⇒ IJat + 0 = 500 · 0, 8 – 20 · 10 · 4
2 2
500 · 0, 82
IJat + 0 = – 20 · 10 · 4 ⇒ IJat = 160 – 800 ⇒ IJat = –640 J.
2
Como a força de atrito cinético é uma força dissipativa, o trabalho dessa força é negativo.
7 Gabaritos.
ATIVIDADES
12. (UECE) Considere um objeto, que partiu do 14. (EBMSP – BA) O Sol, a água, o vento, o petróleo,
repouso e tem sua velocidade crescente, se o carvão e o átomo são fontes que suprem o
deslocando sem atrito e sob a ação de uma única consumo atual de energia no mundo, mas, à
força. Suponha que sua energia cinética, após um medida que a população do planeta cresce e
tempo t desde sua partida, seja E, e no instante os itens de conforto à disposição da espécie
2t seja 4E. Sobre o trabalho realizado pela força humana se multiplicam, aumenta também
atuando no objeto, é correto afirmar que a demanda por energia, exigindo novas
X a) vale 3E durante o intervalo entre t e 2t. alternativas e técnicas de obtenção.
DOCA, Ricardo Helou et al. Tópicos de Física, v. 1. São Paulo: Saraiva,
b) é nulo, tendo em vista que há apenas 2007, p. 302.
variação de energia cinética.
Sobre a aplicação e a conversão da energia, que
c) vale 5E durante o intervalo entre t e 2t.
desempenha um papel essencial em todos os
d) não é possível ser determinado, por não setores da vida, é correto afirmar:
haver informação sobre o valor da força
a) O Sol emite em cada metro quadrado da
nem sobre o deslocamento.
ǡ±ǡͳԜͶͲͲǡͲ
Dados: Eci = E; Ecf = 4E.
a cada segundo, portanto, em cada
Pelo teorema da energia cinética, temos que:
segundo, produz, aproximadamente,
WFR = ΔEc = Ecf – Eci = 4E – E ⇒ WFR = 3E
ͲǡͷͳͲͲιǡ
elevação da temperatura da atmosfera,
FIS
13. (UFTM – MG) Em uma
sendo o calor específico da água igual a
quermesse, um homem TEMA ͳǡͲ
Ȁιǡ
atira rolhas de cortiça QUENTE ͷͶͲ
Ȁ
com uma espingarda de ar ǡʹͷιǤ
comprimido, em pequenas caixas numeradas.
O objetivo é derrubar as caixas. Contudo, ao b) A energia potencial gravitacional de
acertar determinada caixa, a rolha de massa um corpo tem valor máximo igual a
5 g, transferindo toda sua energia, consegue GMT m
U( r ) = quando o corpo está
apenas empurrar a caixa sem a derrubar. Se r
a rolha atinge seu alvo com velocidade de infinitamente afastado da Terra, sendo G
28 m/s, o módulo do trabalho da força de a constante de gravitação universal, MT a
atrito, em J, é, aproximadamente: massa da Terra, m a massa do corpo e r
a) 1 c) 3 e) 5 a distância que os separa.
X b) 2 d) 4
7. TRABALHO E ENERGIA • • 75
X c) O trabalho realizado por um corpo Considerando g a aceleração da gravidade,
extenso, de massa m, lançado calcule o trabalho realizado pela força peso do
verticalmente de baixo para cima, que bloco, ao longo do percurso AB.
atinge uma altura máxima h, é igual a mgh,
sendo h a altura medida entre o centro de
A
massa do corpo e o plano horizontal de
referência e g o módulo da aceleração da
gravidade local. R
B
d) A variação da energia cinética associada a
R/3
um carro que acelera a partir do repouso
±
͵ͲǡͲȀ±
a) ΫȀ͵
igual à energia cinética do mesmo carro
͵ͲǡͲȀ± b) Ͳ
ͲǡͲȀǤ c) mgR/3
e) A energia potencial elástica armazenada em X d) 2mgR/3
uma mola, quando um bloco de peso P se e) mgR
encontra fixo na extremidade livre da mola
vertical, de constante elástica k, estando o
sistema em equilíbrio, é igual a P .
2k
15. (UFRGS – RS) Na figura abaixo, um corpo de
massa M desliza com velocidade constante 17. (UNESP – SP) Uma das modalidades esportivas
sobre um plano inclinado que forma um ângulo em que nossos atletas têm sido premiados
Ʌ
Ǥ× em competições olímpicas é a de barco a vela.
da aceleração da gravidade e despreze a Considere uma situação em que um barco de
resistência do ar. ͳͲͲǡ
Ͳǡǡ
a ação do vento em movimento acelerado,
até atingir a velocidade de 18 km/h. A partir
desse instante, passa a navegar com velocidade
constante. Se o barco navegou 25 m em
movimento acelerado, qual é o valor da força
aplicada sobre o barco? Despreze resistências
ao movimento do barco.
FR = 80 N
Assinale a alternativa que preenche
18. (UNIPAR – PR) Na modalidade do salto em
corretamente as lacunas do enunciado abaixo,
na ordem em que aparecem. ǡͲ
saltar, com relativa facilidade, uma altura de
Quando o centro de massa do corpo desce uma ʹǡͲǡ
αͻǡͺȀ2. Utilizando essa
altura h, os trabalhos realizados pela força peso mesma quantidade de energia, se esse salto fosse
e pela força de atrito entre corpo e plano são, realizado na Lua (g = 1,6 m/s2), a altura do salto
respectivamente, ........ e ........ . atingida por esse atleta seria de:
a) Mgh — Mgh X a) 12,25 m Dados: m = 60 kg; gT = 9,8 m/s2; hT = 2 m;
X b) Mgh — –Mgh 2
b) ͳͳǡͷͲ gL = 1,6 m/s .
c) ɅȄȂ O módulo do trabalho da força peso é dado
c) ͳͲǡͺͲ por: | WP | = m · g · h.
d) ɅȄ
Ʌ d) 9,75 m Igualando os módulos dos trabalhos da força
e)
ɅȄɅ e) 9,25 m
peso na Terra e na Lua, temos:
76 • • FÍSICA
19. (ESPCEX) No plano inclinado abaixo, um 20. (UEL – PR) Suponha que o conjunto formado
bloco homogêneo encontra-se sob a ação de pelo satélite e pelo foguete lançador possua
uma força de intensidade F = 4 N, constante e ͳȉͳͲ3 toneladas e seja impulsionado
paralela ao plano. O bloco percorre a distância por uma força propulsora de aproximadamente
AB, que é igual a 1,6 m, ao longo do plano com ͷȉͳͲ7 N sendo o sentido de lançamento desse
velocidade constante. foguete perpendicular ao solo.
Desconsiderando a resistência do ar e a perda
Dados: adote a
de massa devido à queima de combustível,
aceleração da gravidade
assinale a alternativa que apresenta,
αͳͲȀ2,
corretamente, o trabalho realizado, em joules,
3 pela força resultante aplicada ao conjunto nos
Ͳια e
2 ʹǡͲ
Ǥ
1 Considere a aceleração da gravidade em todo o
Ͳια .
2 percurso descrito.
a) ͶǡͲȉͳͲ7 J
Desprezando-se o atrito, então a massa do b) ͺǡͲȉͳͲ7 J
bloco e o trabalho realizado pela força peso c) ͶǡͲȉͳͲͳͲ J
quando o bloco se desloca do ponto A para o ͳͲ
X d) ͺǡͲȉͳͲ J
ponto B são, respectivamente, e) ͳͲǡͲȉͳͲͳͲ J
4 3 Dados: m = 1 · 103 ton = 106 kg; Δs = 2 · 103 m; g = 10 m/s2;
a) kg e –8,4 J.
15 F = 5 · 107 N; θ = 0° (ângulo formado entre os vetores força F e
deslocamento).
4 3
X b) kg e –6,4 J. Considerando que as forças que atuam sobre o corpo na
15 direção do movimento (vertical) são as forças peso (P) e a
propulsora (F), podemos calcular o trabalho da resultante como
2 3 sendo a soma dos trabalhos dessas forças:
c) kg e –8,4 J.
5 WFR = τF + τP = F · Δs · cos(0°) ± m · g · h =
= F · Δs – m · g · h (subida)
8 3
d) kg e 7,4 J. WFR = 5 · 107 · 2 · 103 – 106 · 10 · 2 · 103
15
WFR = 10 · 1010 – 2 · 1010 ⇒ WFR = 8 · 1010 J.
4 3
e) kg e 6,4 J.
15
τP = 4 3 · 10 · 0,8 3 ⇒ τP = –6,4 J.
15
7. TRABALHO E ENERGIA • • 77
SISTEMAS CONSERVATIVOS
©Shutterstock/Xyz
E NÃO CONSERVATIVOS
Sistemas conservativos
Parece natural afirmar que um sistema Como podemos perceber nessa rápida
conservativo é aquele em que a energia mecânica demonstração, a causa de um sistema ser
se conserva ( Em = Em ). Entretanto, a conservação da conservativo reside no fato de o trabalho das
f i
energia mecânica é a consequência de um sistema forças não conservativas ser nulo, tendo como
ser conservativo, não a causa (ou condição de consequência a conservação da energia mecânica
ocorrência). A demonstração do chamado teorema da do sistema. Nesse sentido, é importante pensarmos
conservação da energia mecânica permite perceber na seguinte questão: é possível dizer que um
a diferença entre as causas e consequências de um sistema conservativo é aquele em que só atuam
sistema conservativo. forças conservativas? Apesar de a resposta parecer
ser claramente sim, em um sistema conservativo
Teorema da conservação de energia também podem atuar forças não conservativas,
Recordando o teorema da energia mecânica, bastando que o trabalho total realizado por elas seja
temos: WFncons
b b Em f Em i b bΔEm. Supondo uma nulo.
situação em que o trabalho das forças não A figura a seguir mostra um exemplo de
conservativas é nulo ( WFncons
b bHVVHWHRUHPDSRGH sistema conservativo em que atua uma força não
VHUHVFULWRDVVLPb b Em f Em i , ou seja: conservativa:
Em i
Em f
78 • • FÍSICA
As duas únicas forças que atuam nessa situação aquele em que os seus objetos exercem, ou podem
são o peso do corpo e a normal: exercer, forças entre si, mas sobre os quais não há
ação de forças externas. Voltando ao exemplo de
• peso ⇒ força conservativa – por formar ângulo
jogo de sinuca, as bolas em movimento recebem a
agudo (menor que 90°) com o deslocamento do
ação de uma força externa: a força de atrito com a
corpo, realiza trabalho motor durante toda
mesa. Por isso, esse sistema se caracteriza como um
a descida;
sistema não isolado. Como consequência, após uma
• normal ⇒ força não conservativa – por ser tacada, as bolas trocam energia com o meio e, nesse
perpendicular ao deslocamento do corpo, caso, perdem energia para a mesa, até pararem.
não realiza trabalho.
Relembrando as modalidades de energia vistas,
Até o momento, examinamos diversos tipos de é possível fazer uma associação com as etapas de
sistemas e de situações físicas envolvendo a energia produção de energia em uma usina hidrelétrica.
mecânica. De modo geral, os sistemas definem o
Usinas hidrelétricas não podem ser instaladas
objeto de estudo em determinada situação. Tudo
em qualquer local. É necessário que o rio no qual
que está ao redor do sistema é conhecido como
elas são construídas apresente desníveis acentuados,
vizinhança, e o limite que separa um sistema da sua
ou seja, grandes quedas-d’água. Com a construção
vizinhança é denominado fronteira. Neste tópico,
de barragens, formam-se regiões de alagamento
vamos nos concentrar em um tipo de sistema
que armazenam uma gigantesca quantidade de
especial, para o qual o princípio da conservação de
água. Recordando a equação da energia potencial
energia mecânica é sempre válido: sistema fechado
JUDYLWDFLRQDO(Sb bPbybJbybKVHXPDJUDQGH
e isolado. Por definição, um sistema fechado é
massa de água está a uma grande altura, então
aquele em que não há troca de matéria ou energia
há uma enorme quantidade de energia potencial
com o ambiente externo, isto é, a quantidade de
gravitacional acumulada. Quando parte dessa água
matéria ou energia permanece constante ao longo
é liberada para escoar pelas barragens e começa a
do tempo.
cair (h diminui), sua energia potencial sofre variação
Em um jogo de sinuca, por exemplo, o sistema (diminuição), pois a força peso dessa massa de
formado pelas bolas do jogo permanece fechado água realiza trabalho motor. Como essa força é a
enquanto todas elas estiverem na mesa. A perda resultante, ocorre também variação (aumento) da
de matéria ou energia de um sistema o caracteriza energia cinética dessa massa de água. Ao atingir
como um sistema aberto, que, em geral, leva à as turbinas da usina hidrelétrica, a massa de água
variação de energia mecânica. Por exemplo, se que estava represada chega com grande energia
uma bola for encaçapada em um jogo de sinuca, cinética (velocidade). Depois de passar por processos
a quantidade de energia que ela tinha deixa de que envolvem eletromagnetismo, boa parte dessa
integrar o sistema, havendo assim uma mudança na energia é transformada em energia elétrica. As
quantidade da energia mecânica total. usinas hidrelétricas conseguem transformar energia
Além de fechado, um sistema mecânico potencial gravitacional em energia elétrica sem
conservativo deve ser isolado. Um sistema isolado é gerar resíduos tóxicos, como ocorre nas usinas
FIS
termelétricas ou nucleares.
Shutterstock/Bbearlyam
7. TRABALHO E ENERGIA • • 79
Observe a imagem, a seguir, que esquematiza
o funcionamento de uma usina hidrelétrica, e
Sistemas não conservativos
identifique as transformações de modalidades de De acordo com o princípio da conservação
energia envolvidas nas etapas I – II e II – III. da energia mecânica, se o valor do trabalho
8 Encaminhamento da atividade. realizado pelas forças externas ou não
conservativas que atuam sobre um corpo for
negativo (resistente), zero (nulo) ou positivo
(motor), ocorrerá, respectivamente, diminuição,
manutenção ou aumento no valor da energia
mecânica que ele tinha inicialmente.
©Shutterstock/Snapgalleria
II Considere o exemplo do lançamento de
um ônibus espacial (sistema). Em virtude da
ação da força de propulsão para cima (força
IIII externa exercida pela vizinhança sobre o
III sistema), ocorre um aumento de energia
mecânica do sistema. Inicialmente, por estar
em repouso no solo, o ônibus espacial não
tem energia cinética nem energia potencial
gravitacional em relação ao solo.
Ao realizar trabalho motor, a força
propulsora transfere energia para o sistema,
FIQUE POR DENTRO e o ônibus espacial ganha energia cinética
(aumenta sua velocidade) e também energia
ENGENHEIRO DE ENERGIA
EM13CNT301 potencial gravitacional (aumenta sua altura
O engenheiro de energia é um profissional em relação ao solo).
Shutterstock/Vaks-Stock Agency
Shutterstock/Artsiom P
e termonucleares); estações e subestações de
distribuição de energia elétrica; refinarias de
petróleo ou etanol; plataformas e poços de
extração de petróleo; e postos de trabalho
administrativo de controle e gestão.
Esse profissional deve combinar habilidades
e conhecimentos dos principais ramos das
engenharias, como Engenharia
Civil, Mecânica e Elétrica, e ainda
as especificidades da produção
energética, com foco nos setores
locais e globais. Ele também deve ter
profundo conhecimento de vários
ramos da Física, como mecânica dos
sólidos e dos fluidos, Termodinâmica,
Eletromagnetismo e Eletrodinâmica,
além de conhecimento de normas
técnicas e de segurança dos sistemas com
os quais trabalha.
80 • • FÍSICA
Dissipação da energia mecânica
Em Física, a palavra “dissipar” indica a
transformação de qualquer modalidade de energia
útil em outra modalidade de energia.
Vamos analisar, por exemplo, o funcionamento
do motor de um carro do ponto de vista das
transformações de energia. A reação química de
combustão que ocorre em seu interior libera
energia térmica, que é parcialmente convertida
em energia de movimento das partes internas do
motor, o que faz com que o carro possa se mover
em relação ao solo. Mas nem toda a energia térmica
gerada na combustão é transformada em energia
de movimento, parte dela é liberada pelo sistema
de escapamento de gases. Assim, como a função
principal do carro é o movimento, a energia química da
a
hat
atc
combustão que foi aproveitada para gerar movimento
onr
rrik
é considerada energia útil. Já a energia térmica liberada
o
nB
iwa
pelo escapamento pode ser tratada como não útil.
Ap
ck/
sto
Nesse caso, a energia mecânica do motor não é
er
utt h
©S
conservada porque existe a realização de trabalho
de forças dissipativas que reduzem a quantidade
dessa energia do corpo, ou seja, a variação da
energia mecânica é negativa:
WFncons
ΔEm ou WFncons Em f Em i Em processos mecânicos gerais, as principais
forças resistentes e, por isso, dissipativas são as forças
FIS
prejudicial. Afinal espera-se justamente que essa
força possa dissipar energia quando o intuito é parar
o veículo em uma eventual situação de perigo.
Outro exemplo do cotidiano em que podemos
observar a atuação de forças dissipativas é o salto
de paraquedas – o paraquedista precisa que a força
de arrasto ou de resistência do ar atue para que ele
chegue ao solo em segurança. A força de resistência
©Shutterstock/Marina-Kruglyakova
7. TRABALHO E ENERGIA • • 81
FIQUE POR DENTRO
ENGENHARIA DE MATERIAIS
O engenheiro de materiais é
um profissional que pesquisa e
desenvolve produtos por meio de
processos químicos para atender
às demandas da indústria.
Essa área da engenharia pode
©Shutterstock/Pand P Studio
impactar diretamente no meio
ambiente, buscando, por exemplo,
melhorias em materiais que
propiciem o avanço tecnológico
do ciclo energético de forma
sustentável. EM13CNT307
HAHN, Sookap. Os papéis da Ciência dos Materiais e da engenharia para uma sociedade sustentável. Estudos Avançados, v. 8, n. 20, p. 36-42, abr. 1994. p. 40-41.
82 • • FÍSICA
Lei da conservação de energia
“Na natureza, nada se cria, nada se perde. Tudo A energia total de um sistema considerado
se transforma.” A lei de Lavoisier foi enunciada isolado e fechado sempre se conserva,
com base na comparação da massa de reagentes permanecendo constante ao longo do tempo.
e de produtos em reações químicas. Apesar de a Logo, enquanto um tipo de energia diminui, outro
aplicação original dessa lei se referir a massas de necessariamente tem que aumentar.
substâncias, sua essência pode ser estendida para Por exemplo, um avião, no início da
outras grandezas físicas, como a energia. aterrissagem, apresenta grande quantidade de
Em diversas situações do cotidiano, não notamos energia cinética. Ao frear, essa energia é dissipada
ganho ou perda de energia. O que percebemos são pela força de atrito e transformada em outras
transformações entre múltiplas modalidades de modalidades de energia – térmica, sonora, etc.
energia existentes. Assim, é possível enunciar que:
a energia não pode ser criada nem destruída, ela só
pode ser transformada ou transferida.
©Shutterstock/Roseed Abbas
FIS
em decorrência da ação de dissipação da energia
mecânica pelo trabalho da força de atrito. Essa
energia dissipada transforma-se, na realidade,
em energia térmica, sonora e em outras energias,
transferidas para as vizinhanças do sistema.
Se adicionarmos todas essas outras formas
de energia ao sistema, além da energia mecânica,
teremos que:
7. TRABALHO E ENERGIA • • 83
EM13CNT301, EM13CNT307, EM13CNT309
ATIVIDADES A energia mecânica total é dada pela soma das energias cinética e
potencial: ET = EC + EP
21. (UNINOVE – SP) Um operário ergue uma carga Considerando-se essas informações, é correto
de 50 kg de massa trazendo-a do chão até uma afirmar que: Nos pontos N e P, a energia potencial é a
mesma. Com a perda de energia, temos que
altura de 6,0 m, onde ele se encontra. Para essa a) ECN = ECP e ETP = ETQ. ETN > ETP. Logo, isso implica
tarefa, o operário utiliza um moitão simples de perda de energia cinética.
b) ECN = ECP e ETP > ETQ. Então, E > E .
uma roldana fixa e outra móvel, como ilustra a CN CP
c) ECN > ECP e ETP = ETQ. Da mesma forma, de P até Q,
figura. X d) ECN > ECP e ETP > ETQ. deve ocorrer perda de energia
total. Assim, ETP > ETQ.
23. (UNIFOR – CE) Uma bala de massa 50 gramas
incide com velocidade de 400 m/s numa
prancha de madeira, atravessa-a e sai com
velocidade de 200 m/s, na mesma direção.
A energia dissipada pela força resistente da
madeira sobre a bala tem módulo, em joules:
a) 4,0 · 103 c) 2,0 · 103 e) 8,0 · 102
3
X b) 3,0 · 10 d) 1,0 · 103
24. (UFPA) Um menino solta uma moeda, a
Desprezando a inércia das roldanas e do cabo e partir do repouso, sobre um plano inclinado.
considerando a aceleração da gravidade com o Desprezando-se o atrito, pode-se afirmar que a
valor 10 m/s2, pode-se afirmar que o trabalho velocidade, ao final da rampa, é
realizado: a) igual a de qualquer ponto anterior à do final.
a)
±͵ԜͲͲͲ
Ǥ b) diretamente proporcional à altura do plano.
X b)
±Ȃ͵ԜͲͲͲ
Ǥ
c) diretamente proporcional ao quadrado da
altura do plano.
c) pela força exercida pelo operário é de X d) diretamente proporcional à raiz quadrada da
ͳԜͷͲͲ
Ǥ altura do plano.
d) pela força exercida pelo operário é de e) inversamente proporcional à altura do plano.
ȂͳԜͷͲͲ
Ǥ
25. (UFRGS – RS) Um dispositivo de lançamento
e) pela força exercida pelo operário depende vertical de massas consiste em um tubo com uma
da velocidade constante com que a carga é mola sobre a qual são colocados objetos. Após a
erguida. mola ser comprimida, o sistema massa-mola é
liberado. Não há contato entre a massa e a parede
do tubo, e a resistência
do ar é desprezível.
22. (UFMG) Observe o perfil de uma montanha-
Na figura I, um objeto de
-russa representado nesta figura: massa m é colocado sobre
uma mola de constante
elástica k. A mola é então
comprimida por uma
distância X. Quando o
sistema é liberado, o
objeto é arremessado
Um carrinho é solto do ponto M, passa pelos verticalmente e atinge
pontos N e P e só consegue chegar até o uma altura h. Na figura II, um objeto de massa 2m é
ponto Q. Suponha que a superfície dos trilhos colocado sobre a mesma mola e esta é comprimida
apresenta as mesmas características em toda por uma distância 2X. Nesse caso, a altura H atingida
a sua extensão. Sejam ECN e ECP as energias pelo objeto, após a liberação do sistema, é
cinéticas do carrinho, respectivamente, nos a) h/2. c) h 2 . e) 4h.
pontos N e P e ETP e ETQ as energias mecânicas b) h. X d) 2h.
totais do carrinho, também respectivamente,
nos pontos P e Q. p de es
e fazer as atividades
Agora, você pod
quist
C qui
ã Con a Ene
sta m.
d seção
9 a 42 da
39
84 • • FÍSICA
CONQUISTA ENEM
26. ENEM Para que se faça a reciclagem das latas de que o disco desce, parte de sua energia
alumínio são necessárias algumas ações, dentre potencial gravitacional é transformada em
elas: energia cinética de translação e energia cinética
1) recolher as latas e separá-las de outros de rotação; etapa 2 - o cálculo da energia
materiais diferentes do alumínio por catação; cinética de rotação do disco no ponto mais
baixo de sua trajetória, supondo o sistema
2) colocar as latas em uma máquina que
conservativo. Ao preparar a segunda etapa,
separa as mais leves das mais pesadas por
ele considera a aceleração da gravidade igual
meio de um intenso jato de ar;
a 10 m · s–2 e a velocidade linear do centro de
3) retirar, por ação magnética, os objetos massa do disco desprezível em comparação
restantes que contêm ferro em sua com a velocidade angular. Em seguida, mede
composição. a altura do topo do disco em relação ao chão
As ações indicadas possuem em comum o fato de no ponto mais baixo de sua trajetória, obtendo
a) exigirem o fornecimento de calor. 1/3 da altura da haste do brinquedo. As
b) fazerem uso da energia luminosa. especificações de tamanho do brinquedo, isto
é, de comprimento (C), largura (L) e altura (A),
c) necessitarem da ação humana direta. assim como da massa de seu disco de metal,
d) serem relacionadas a uma corrente foram encontradas pelo estudante no recorte
elétrica. de manual ilustrado a seguir.
X e) ocorrerem sob a realização de trabalho de
uma força.
27. ENEM Um automóvel, em movimento uniforme,
anda por uma estrada plana, quando começa
a descer uma ladeira, na qual o motorista faz
com que o carro se mantenha sempre com
velocidade escalar constante.
Durante a descida, o que ocorre com as energias
potencial, cinética e mecânica do carro?
a) A energia mecânica mantém-se constante,
já que a velocidade escalar não varia e,
portanto, a energia cinética é constante.
b) A energia cinética aumenta, pois a energia
potencial gravitacional diminui e quando
uma se reduz, a outra cresce.
FIS
c) A energia potencial gravitacional mantém-
-se constante, já que há apenas, forças
conservativas agindo sobre o carro. Conteúdo: base de metal,
hastes metálicas, barra
X d) A energia mecânica diminui, pois a energia
superior, disco de metal.
cinética se mantém constante, mas a
energia potencial gravitacional diminui. Tamanho (C × L × A):
300 mm × 100 mm × 410 mm.
e) A energia cinética mantém-se constante, já
que não há trabalho realizado sobre o carro. Massa do disco de metal: 30 g.
7. TRABALHO E ENERGIA • • 85
29. (UEPG – PR) Em relação aos conceitos 31. ENEM Um projetista deseja construir um
envolvendo energia, assinale o que for correto. brinquedo que lance um pequeno cubo ao
(01) Energia cinética – uma moto à velocidade longo de um trilho horizontal, e o dispositivo
de 25 m/s tem menos energia cinética precisa oferecer a opção de mudar a velocidade
que movendo-se a uma velocidade de de lançamento. Para isso, ele utiliza uma mola
50 km/h. e um trilho onde o atrito pode ser desprezado,
conforme a figura.
(02) Energia mecânica – a energia não é criada
e nem destruída, mas sim transformada.
No caso de uma montanha-russa, durante
a subida que se processa lentamente,
os carrinhos armazenam energia
cinética até atingir o ponto mais alto da
Para que a velocidade de lançamento do cubo
montanha. Quando descem percorrendo
seja aumentada quatro vezes, o projetista deve
todo o trajeto até o ponto de partida,
a energia cinética vai sendo dissipada, a) manter a mesma mola e aumentar duas
transformando-se em energia potencial. vezes a sua deformação.
X b) manter a mesma mola e aumentar quatro
X(04) Energia potencial gravitacional – um
praticante de salto ornamental possui vezes a sua deformação.
no ponto de partida do trampolim uma c) manter a mesma mola e aumentar
certa quantidade de energia potencial dezesseis vezes a sua deformação.
gravitacional, significando que, desprezando d) trocar a mola por outra de constante
forças dissipativas, ao chegar à água, a força elástica duas vezes maior e manter a
peso exercida sobre ele terá realizado um deformação.
determinado trabalho motor que, de acordo e) trocar a mola por outra de constante
com o teorema da energia cinética, provoca elástica quatro vezes maior e manter a
um aumento no valor desta grandeza. deformação.
X(08) Energia potencial elástica – um arqueiro, TEMA
32. ENEM
ao distender seu arco, despende uma QUENTE
certa quantidade de energia. Parte desta
energia é armazenada na corda do arco e,
quando liberada, é convertida em energia
cinética da flecha.
30. ENEM Uma análise criteriosa do desempenho de
Usain Bolt na quebra do recorde mundial dos 100
metros rasos mostrou que, apesar de ser o último
dos corredores a reagir ao tiro e iniciar a corrida,
seus primeiros 30 metros foram os mais velozes
já feitos em um recorde mundial, cruzando essa
marca em 3,78 segundos. Até se colocar com o
corpo reto, foram 13 passadas, mostrando sua
potência durante a aceleração, o momento mais
importante da corrida. Ao final desse percurso,
Bolt havia atingido a velocidade máxima de
12 m/s. A figura representa o processo mais usado
Disponível em: http://esporte.uol.com.br. Acesso em: 5 ago. 2012 nas hidrelétricas para obtenção de energia
(adaptado). elétrica no Brasil. As transformações de energia
nas posições I → II e II → III da figura são,
Supondo que a massa desse corredor seja igual respectivamente,
a 90 kg, o trabalho total realizado nas
13 primeiras passadas é mais próximo de: a) energia cinética → energia elétrica e
energia potencial → energia cinética.
a) 5,4 × 102
d) 1,3 × 104
3
b) energia cinética → energia potencial e
X b) 6,5 × 10
e) 3,2 × 104
energia cinética → energia elétrica.
c) 8,6 × 103
86 • • FÍSICA
X c) energia potencial → energia cinética e Quando o carrinho se movimenta sozinho, sem
energia cinética → energia elétrica. deslizar, a energia potencial elástica é convertida
d) energia potencial → energia elétrica e em energia cinética pela ação da força de atrito:
energia potencial → energia cinética. a) dinâmico na roda, devido ao eixo.
e) energia potencial → energia elétrica e X b) estático na roda, devido à superfície rugosa.
energia cinética → energia elétrica. c) estático na superfície rugosa, devido à roda.
33. ENEM Uma das modalidades presentes d) dinâmico na superfície rugosa, devido à roda.
nas Olimpíadas é o salto com vara. As e) dinâmico na roda, devido à superfície rugosa.
etapas de um dos saltos de um atleta estão
representadas na figura. 35. (FUVEST – SP) Dois corpos de massas iguais
são soltos, ao mesmo tempo, a partir do
repouso, da altura h1 e percorrem os diferentes
trajetos (A) e (B), mostrados na figura, onde
x1 > x2 e h1 > h2.
7. TRABALHO E ENERGIA • • 87
TEMA
quiques. Uma bola de massa igual a 0,4 kg é
37. ENEM Um garoto foi à loja QUENTE solta verticalmente de uma altura inicial de
comprar um estilingue
e encontrou dois modelos: um com borracha 1,0 m e perde, a cada choque com o solo, 80%
mais “dura” e outro com borracha mais “mole”. de sua energia mecânica. Considere desprezível
O garoto concluiu que o mais adequado seria o a resistência do ar e adote g = 10 m/s2.
que proporcionasse maior alcance horizontal, D, O valor da energia mecânica final, em joule, após a
para as mesmas condições de arremesso, quando bola quicar duas vezes no solo, será igual a
submetidos à mesma força aplicada. Sabe-se que X a) 0,16 c) 1,60 e) 3,20
a constante elástica kd (do estilingue mais “duro”) b) 0,8 d) 2,56
é o dobro da constante elástica km (do estilingue
mais “mole”). 41. (UEFS – BA)
D
A razão entre os alcances d , referentes aos
Dm
estilingues com borrachas “dura” e “mole”,
respectivamente, é igual a
a) 1 X b)
1 c) 1 d) 2 e) 4
4 2
38. (IFCE) Um corpo de massa 4 kg é abandonado
de uma altura de 320 m em relação ao solo. A A figura representa um sistema massa-mola
aceleração da gravidade no local vale 10 m/s2. A ideal, cuja constante elástica é de 4 N/cm. Um
energia cinética ao atingir o solo, em J, é igual a corpo de massa igual a 1,2 kg é empurrado
contra a mola, comprimindo-a de 12,0 cm.
X a) 12 800 c) 3 200 e) 800
Ao ser liberado, o corpo desliza ao longo da
b) 6 400 d) 1 600 trajetória representada na figura. Desprezando-
39. ȋ ȂȌ
ͳԜͲͲͲ
-se as forças dissipativas em todo o percurso e
desligado é empurrado em uma rua plana e considerando a aceleração da gravidade igual a
horizontal por um grupo de pessoas que, juntas, 10 m/s2, é correto afirmar que a altura máxima
exercem uma força constante e horizontal de H atingida pelo corpo, em cm, é igual a
600 N sobre o veículo. A partir do repouso, o X01) 24 03) 28 05) 32
carro adquire uma velocidade de 2 m/s após 02) 26 04) 30
percorrer 10 m em linha reta.
42. (ITA – SP) Um bloco de massa m sustentado
por um par de molas idênticas, paralelas e de
constante elástica k, desce verticalmente com
velocidade constante e
de módulo v controlada
por um motor, conforme
ilustra a figura.
(http://estudio01. Se o motor travar
proj.ufsm.br) repentinamente,
ocorrerá uma força de
A energia dissipada ao final desses 10 m foi de: tração máxima no cabo
a) ͳԜͲͲͲ
c) ͵ԜͲͲͲ
e) ͷԜͲͲͲ
com módulo igual a
b) ʹԜͲͲͲ
X d) ͶԜͲͲͲ
a) mg + (mg )2 + 2kmv 2
40. ENEM Bolas de borracha, ao caírem no chão,
quicam várias vezes antes que parte da sua b) mg + (mg )2 + kmv 2
energia mecânica seja dissipada. Ao projetar uma
bola de futsal, essa dissipação deve ser observada X c) mg + 2kmv 2
para que a variação na altura máxima atingida
após um número de quiques seja adequada às d) mg + 4 kmv 2
práticas do jogo. Nessa modalidade é importante
que ocorra grande variação para um ou dois e) mg + kmv 2
88 • • FÍSICA
DO
BR
EN
AL
IN
HA
PO
8
NT
OE
I LH
AD
A
DE DE
OBJETIVOS DO CAPÍTULO
¤ Interpretar a quantidade
de movimento para uma
partícula e para um sistema de
partículas.
¤ Compreender o teorema do
impulso e suas aplicações.
¤ Entender a conservação da
quantidade de movimento e
em que situações um sistema é
considerado isolado.
¤ Estabelecer a relação entre
conservação da quantidade de
movimento e energia, para os
diferentes tipos de colisões.
cz
Resolver situações-problema
_
Jag
¤
ck/
observados em eventos
©S
cotidianos.
8
Em ac
acidentes automobilísticos, nem sempre é fácil
quem foi o culpado pela ocorrência. Por esse
descobrir qu
motivo, é comu
comum peritos policiais serem chamados para fazer
©Shutterstock/Pretty Vectors
um parecer técnico a respeito. Ao chegar ao local em que ocorreu
a colisão, eles tentam avaliar a direção e o sentido dos movimentos
dos carros envolvidos (antes e depois do acidente), as massas
desses veículos, as dis
distâncias percorridas por eles durante
uma possível
í l ffrenagem (marcas de pneu deixadas no asfalto
podem ajudar nisso) e os danos causados nos automóveis.
Com base nessas informações, eles conseguem calcular
os valores aproximados das velocidades dos carros antes
da colisão. Isso pode servir como prova para acusar ou
inocentar os condutores dos veículos.
A Dinâmica Impulsiva é a parte da Mecânica que Durante a colisão de dois carros, as
apresenta os elementos necessários para estudar o que ocorre em massas e as velocidades de cada um
colisões e como se comportam corpos em explosões e empurrões, além são fatores determinantes para as
deformações ocorridas.
de outros fatos e fenômenos físicos.
QUANTIDADE DE MOVIMENTO
O estudo das leis de Newton mostra que todo corpo tem certa
inércia, ou seja, determinada dificuldade para alterar seu estado de
movimento. A medida da inércia de um corpo é sempre a sua massa.
Dessa forma, corpos com maior massa têm maior tendência a manter-
-se em repouso ou a efetuar movimento em linha reta e com
velocidade constante.
Complementando essa ideia, podemos afirmar que a
dificuldade para alterar o estado de movimento de um
corpo depende também de outro fator. Você perceberá
isso claramente respondendo à seguinte questão:
o que é mais difícil parar, um carro com velocidade de
10 km/h ou o mesmo carro movendo-se a
100 km/h? É simples perceber que, quanto maior
for o módulo de velocidade de um corpo,
mais complicado será freá-lo. Esse é um dos
motivos pelos quais é tão perigoso dirigir
em alta velocidade.
90 • • FÍSICA
Quantidade de movimento de uma partícula
Reunindo os fatores massa e velocidade, Dessas observações, concluímos que, ao fazer
podemos definir uma nova grandeza, denominada determinada força atuar sobre um móvel, é possível
quantidade de movimento. De certa forma, é pará-lo ou não, dependendo da direção e do sentido
possível dizer que essa grandeza representa dessa força e da velocidade com que o móvel se
informalmente uma medida da dificuldade de parar movimenta. Assim, a dificuldade para frear um corpo
um corpo. Matematicamente, seu valor pode ser deve receber tratamento vetorial. Por esse motivo, a
calculado pela seguinte equação: Q = m · v. quantidade de movimento de um corpo fica descrita
completamente conforme a equação a seguir:
Como força resultante é o agente físico
responsável por provocar variações de velocidade
em um corpo, constatamos que:
Q: Quantidade de movimento em
a) uma força aplicada na mesma direção e no G G kg · m/s (SI)
mesmo sentido da velocidade de um corpo Q =m· v
m: Massa em kg (SI)
tende a deixá-lo mais rápido;
v: Velocidade em m/s
b) uma força aplicada na mesma direção, mas
no sentido contrário ao da velocidade de um Visto que qualquer massa é sempre expressa
corpo tende a deixá-lo mais lento; por um número positivo, o vetor quantidade
c) uma força aplicada perpendicularmente de movimento de um corpo tem as seguintes
à velocidade de um corpo não altera sua características:
rapidez (vale lembrar que o trabalho dela é • módulo: Q = m · v;
nulo, nesse caso), mas provoca variação na G
direção do movimento que ele realiza. • direção: mesma de v ;
G
• sentido: mesmo de v .
Quanto às unidades, no Sistema Internacional
(SI), usam-se kg para massa, m/s para velocidade
e, consequentemente, kg · m/s para quantidade
de movimento.
Observe que a quantidade de movimento de
um corpo é uma grandeza vetorial (diferentemente
da energia, que é escalar) e que ela tem a direção
e o sentido definidos pelo vetor velocidade. Logo,
se duas bolas de basquete de mesma massa e
mesma velocidade colidem frontalmente, elas têm,
FIS
antes e depois da colisão, vetores de quantidade
de movimento de sentidos contrários. A energia,
por outro lado, é igual para ambas, pois ela não
depende da direção e do sentido do movimento.
→
v
©Shutterstock/Studio 37
©Shutterstock/Yoran Fotografie
A soma da quantidade de movimento de cada uma das inúmeras partículas resultantes de uma explosão de fogos de artifício ou
provocada por uma bomba permite determinar a quantidade de movimento do sistema.
EM13CNT306
ATIVIDADES
1. (UECE) Considere um veículo de massa constante que se desloca em linha reta. Este veículo tem seu
momento linear dado por p = 4t, onde t é o tempo e a constante multiplicativa 4 tem a unidade de
medida apropriada. Assim, é correto afirmar que
a) sua velocidade é constante. c) sua energia cinética é constante.
X b) sua aceleração é constante. d) sua energia cinética é decrescente.
A quantidade de movimento ou momento linear é dada pelo produto da massa pela velocidade do corpo.
Examinando a constante multiplicativa 4, podemos notar que ela tem dimensão de força e, como a massa é constante, a aceleração também é.
A análise dimensional a seguir comprova esse fato:
p = m · v = kg
m
s
Mas, como p = 4t, devemos analisar a unidade da constante multiplicativa 4:
p m
4 = = kg · 2 = m · a
t s
Logo, a constante multiplicativa representa força. Se a força é constante, a aceleração também é, de acordo com a 2.ª lei de Newton (F = m · a).
92 • • FÍSICA
2. (UECE) Considere um vagão com uma carga 4. (UECE) Considere duas massas iguais
líquida, que é puxado por uma locomotiva em penduradas por uma corda flexível e
uma via reta horizontal. Despreze os atritos e inextensível que passa por uma polia presa ao
considere que a força aplicada pela locomotiva teto. Desconsiderando-se todos os atritos, de
ao vagão seja constante. modo que as massas possam subir ou descer
Caso haja vazamento dessa carga, o momento livremente, e considerando, nesse arranjo, a
linear do conjunto formado pelo vagão e a situação em que uma das massas está subindo
carga no seu interior com velocidade constante, é correto afirmar
que o módulo da soma vetorial dos momentos
a) varia somente pela aplicação da força.
lineares das massas é
X b) varia pela aplicação da força e pela
a) o dobro do módulo do momento linear de
variação na massa.
uma das massas.
c) varia somente pela perda de massa do
b) o triplo do módulo do momento linear de
vagão.
uma das massas.
d) não varia mesmo com mudança na massa.
X c) zero.
O momento é dado por Q = m · v. A aplicação da força interfere na
aceleração diferente de zero e, consequentemente, na variação da d) igual ao módulo do momento linear de
velocidade adquirida. Nesse sentido, podemos dizer que o conjunto uma das massas.
depende da força aplicada e da variação de massa decorrente do
vazamento. Se uma das massas está subindo com velocidade constante, a outra
deve estar descendo com velocidade constante, de mesmo módulo e
3. (FATEC – SP) Em uma aula do curso de direção, mas de sentido oposto.
Logística Aeroportuária, o professor propõe Portanto: Q1 + Q2 = mv + m(–v) ⇒ Qres = 0.
aos alunos que determinem a quantidade de 5. (FATEC – SP) Uma esfera se move sobre uma
movimento da aeronave tipo 737–800 em voo superfície horizontal sem atrito. Num dado
de cruzeiro, considerando condições ideais. instante, sua energia cinética vale 20 J e sua
Para isso ele apresenta valores aproximados, ×ʹͲȉǤ
fornecidos pelo fabricante da aeronave. Nestas condições, é correto afirmar que sua
INFORMAÇÃO DADO a)
ͳǡͲȀ
b)
ͷǡͲȀǤ
Massa máxima de decolagem ͻԜͲͲͲ
c)
ͳͲȀǤ
Velocidade média de cruzeiro ʹͲȀ d) ±ͳǡͲǤ
X e) ±ͳͲǤ
Com base nos dados apresentados no quadro, o
Dados: E = 20 J; Q = 20 N · s.
±ǡȉȀǣ
7 m · v2
X a) ͳǡȉͳͲ A quantidade de movimento ou momento Se Q = m · v e E =
2
, então:
7 linear (Q) é o produto da massa pela
b) ʹǡͲȉͳͲ velocidade. Assim, para a velocidade de 20
20 = m · v ⇒ v = (l)
c) ʹǡȉͳͲ7 cruzeiro (720 km/h = 200 m/s), temos que: m
2 2 2
Q = m · v ⇒ Q = 79 000 · 200 m
20 m 20
d) ͵ǡͲȉͳͲ7
m 2 20
v ⇒ 20 =
FIS
20 = · = · 2 =
Q = 1,58 · 107 kg · m/s 2 2 m 2 m 2m
e) ͵ǡȉͳͲ7 Q ≅ 1,6 · 107 kg · m/s 20 · 2m = 202 ⇒ 2m = 20 ⇒ m = 10 kg
as atividades
Agora, você pode fazer
Conquista Enem.
28 e 29 da seção
©Shutterstock/
Master1305
As pernas flexionadas funcionam como
uma mola, que realiza uma força para
restituir o seu formato inicial.
94 • • FÍSICA
Caso o corpo já estivesse em movimento,
G o que
aconteceria se o sentido da força F fosse contrário a
esse movimento? Nesse caso, a velocidade seria reduzida,
e o impulso dessa força teria um sentido negativo.
Dessa forma, podemos concluir que impulso é uma
grandeza do tipo vetorial e que sua intensidade (IF) depende
diretamente de dois fatores, como foi exposto anteriormente. Assim, ©Shutterstock/Jianbing Lee
no caso de uma força constante, a equação do impulso é: Quando uma força é contrária ao
movimento, provoca um impulso
negativo. Nessa imagem, o chão (de
IF: Impulso em N · s (SI)
areia) exerce sobre o atleta uma força
G G F: Força em N (SI) contrária ao sentido do movimento,
I F = F · 't provocando um impulso negativo.
Δt: Intervalo de tempo em s (SI)
FIS
constante aplicada sobre um corpo durante um
intervalo de tempo Δt.
Movimento
Força
F Massa
Área
Força elástica
0 Δt Tempo
Note que, nessa ilustração, conforme o corpo vai
sendo impulsionado pela mola, a deformação vai
Se a área do retângulo presente no gráfico
diminuindo. Logo, a força elástica também diminui.
do módulo da força pelo intervalo de tempo for
Portanto, nesse caso, o corpo sofre um impulso
calculada, chegaremos ao seguinte resultado:
(aplicado pela mola) de uma força variável.
N
IF = A1 – A2
F (N)
20
A1 e A2 são figuras planas de triângulos. Logo,
essas áreas podem ser determinadas assim:
A1 A = base altura
0 2
4 A2 6 t(s)
Portanto, usando os valores numéricos (todos
–14 os valores devem ser aplicados em módulo)
indicados no gráfico (F × t), temos:
4 · 20 2 · 14
IF = = 40 – 14 ∴ IF = 26 N · s
2 2
Teorema do impulso
Considere um corpo de Se a resultante dessas forças for diferente de zero, esse corpo
massa m que recebe a ação de será impulsionado por ela e sofrerá variações em sua velocidade.
várias forças, como mostra a Para relacionar essas e outras grandezas, é necessário demonstrar um
figura a seguir. importante teorema da Mecânica.
Para fazer essa dedução, suponha que a resultante das forças que agem
sobre o corpo seja constante. Aplicando a 2.ª lei de Newton (FR = m · a) e
utilizando a equação de definição da aceleração média, temos:
G G G
G G m · v m · ( v v 0 )
FR = m · a = =
t t
G G
G m · ( v v0 ) G G G
FR = FR · t = m · v m · v 0
t
G G G G
Como I FR = FR · 't e Q = m · v , a equação anterior pode ser escrita
assim:
I FR = Q Q 0 = Q
96 • • FÍSICA
FIQUE POR DENTRO
EM13CNT306
A preservação da integridade física é uma Caso o veículo não esteja equipado com esse
preocupação bastante relevante quando se trata dispositivo de segurança, em uma colisão violenta, a
do desenvolvimento de tecnologias na produção pessoa será projetada para a frente, batendo a cabeça
de equipamentos e dispositivos de segurança. No rapidamente contra o para-brisa. Em situações como
setor automobilístico, o air bag é uma representação essa, a batida da cabeça contra o painel do veículo
importante das aplicações práticas do teorema ocorre em um intervalo de tempo tão pequeno que as
do impulso. forças envolvidas no processo passam a ter grandes
De uso obrigatório segundo o Código Nacional intensidades (capazes de causar traumatismos
de Trânsito, esse dispositivo tem como função cranianos ou até mesmo a morte).
aumentar o tempo de contato do passageiro com a Outro exemplo de dispositivo que apresenta o
superfície de impacto (em vez de ser, por exemplo, mesmo mecanismo físico de proteção é o cinto de
com o painel do carro, o contato será com o próprio segurança inflável ou com revestimento de material
air bag, que ficará entre a cabeça do ocupante do estofado, como espuma. Essas modalidades de cinto
veículo e o painel). amortecem o impacto contra o corpo graças à bolsa
Dessa forma, a força que o air bag aplica sobre inflável ou ao estofado que os envolve.
a cabeça da pessoa é distribuída ao longo de um Esse amortecimento da colisão representa
intervalo de tempo maior, apresentando, assim, uma vantagem em relação ao cinto comum – ele
menor intensidade. aumenta o tempo de contato entre o corpo e o
dispositivo, diminuindo a magnitude das forças
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©Shutterstock/Africa Studio
©Fotoarena/Zuma Press/Goodrich
Corporation
Cinto de segurança com Cinto de segurança inflável
revestimento estofado
ATIVIDADES
FIS
6. (UEL – PR) Uma funcionária de um a) αͳͲͺȉǢcα͵ԜͲͲ
ǡ
×Ͳǡ b) αͳͲͺͲȉǢcα͵ԜͲͲ
utiliza patins para se movimentar no interior
c) αͳͺͲȉǢcαͳԜͺͲͲ
da loja. Imagine que ela se desloque de um
ponto a outro, sob a ação de uma força F X d) α͵ͲȉǢcαͳԜͲͺͲ
constante, durante um intervalo de tempo e) αʹͲȉǢcαʹԜͳͲ
de 2,0 s, com uma aceleração constante de 7. (UFRGS – RS) Impulso específico é uma
͵ǡͲȀ2. Assinale a alternativa que indica o medida da eficiência do uso do combustível
valor do impulso (I) produzido por esta força por motores a jato para produzir o necessário
F e a energia cinética (Ec) adquirida pela impulso. Ele é calculado pela razão entre os
pessoa (despreze a ação do atrito e considere módulos do impulso produzido pelo motor e
toda a massa corpórea concentrada no centro
Àǡ
ǡ±ǡȀ
Ǥ
Ȍǣ A figura abaixo representa a força produzida
por um motor a jato durante 30 s.
tempo foi de
d) ͳԜ͵ͷ t (s)
a) ͳ͵ǡͷ 4
Após a aplicação dessa força (t = 4 s),
X b) ͳ͵ǡͷ e) ʹԜͷͲ
ǣ
c) ʹͷǡͲ a) ͲȀ Dados: Ec0 = 100 J; m = 2 kg; Δt = 4 s.
Podemos determinar a velocidade inicial desta
8. (UFJF – MG) O sistema de air bag de um carro b) ͵ͲȀ forma:
é formado por um sensor de aceleração, uma c) ͺͲȀ
bolsa inflável e outros acessórios secundários. m v 20 2 v20 ⇒ v = 10 m/s
X d) ͷͲȀ Ec0 = 2 ⇒ 100 = 0
O sensor, ao detectar uma grande desaceleração, 2
faz a bolsa inflar rapidamente, protegendo, O impulso da força, em um gráfico F × t, pode ser determinado
pela área do gráfico. Logo, usando os dados do gráfico, temos que:
assim, o motorista. Considere uma situação em
N N
ǡ
ͻͲȀȋʹͷȀȌǡ I = Área ⇒ I = (B + b) h = (30 + 10) 4 ⇒ IF = 80 N · s
2 2
±ͺͲǤ
Pelo teorema do impulso, temos:
Esse carro sofre uma colisão frontal. Ao término
IF = Q – Q0 ⇒ IF = m · |Δv| ⇒ 80 = 2 · (v – 10) ⇒ 40 = v – 10
da interação do motorista com o air bag, o v = 50 m/s
motorista está em repouso. Despreze o intervalo
de tempo para a bolsa inflar. 10. (UNIFESP – SP) Uma menina deixa cair uma
a) Considerando que o tempo de colisão bolinha de massa de modelar que se choca
entre o motorista e o air bag foi de 0,5 s,
Ǣ
calcule o módulo da força resultante tem massa 10 g e atinge o chão com velocidade
média exercida pelo air bag sobre o ͵ǡͲȀǤǦ
motorista. exercido pelo chão sobre essa bolinha é
Observação: o air bag não desacelera todo o corpo do motorista, vertical, tem sentido para
mas apenas a cabeça e o pescoço! –2
X a)
×͵ǡͲȉͳͲ ȉǤ
Considerando a massa do motorista, de 80 kg, e a velocidade inicial do
veículo, pelo teorema do impulso, temos que: b) ×͵ǡͲȉͳͲ–2ȉǤ
I = Fm · Δt = Q – Q0 ⇒ Fm · Δt = m · |Δv| c)
×ǡͲȉͳͲ–2ȉǤ
Fm =
m 'v
=
80 · 0 – 25
⇒ Fm = 4 000 N. d) ×ǡͲȉͳͲ–2ȉǤ
't 0, 5
e) cima e módulo igual a zero.
b) Determine o trabalho realizado por essa
Dados: m = 0,01 kg; v0 = 3 m/s.
força resultante sobre o motorista durante
Pelo teorema do impulso, temos que:
a colisão e calcule que altura atingiria um IF = Q – Q0 ⇒ IF = m · |Δv| ⇒ IF = 0,01 · |0 – 3| = –0,03 N · s
͵
|IF| = 3 · 10–2 N · s
para lançá-lo verticalmente para cima.
A bolinha exerce sobre o chão uma força vertical para baixo. Logo, o
Pelo teorema da energia cinética, temos: impulso exercido tem mesma direção e sentido. No entanto, o chão
m v 2 m v 20 80 252 exercerá sobre ela um impulso de sentido contrário, vertical, mas de
FR = =0 FR = –25 000 J. baixo para cima.
2 2 2
as atividades
Agora, você pode fazer
Podemos considerar que esse trabalho é transformado em energia
ão Conquista Enem.
30 e 31 da seç
potencial gravitacional. Então:
| WFR | = EPg = mgh ⇒ 25 000 = 3 · 10 · h ⇒ h = 833 m.
98 • • FÍSICA
CONSERVAÇÃO DA QUANTIDADE
DE MOVIMENTO
Forças internas e externas
As forças aplicadas em um corpo podem ser classificadas
dependendo de critérios diversos. De acordo com a sua natureza,
elas podem ser de campo ou de contato e, dependendo de outros
fatores, elas também podem ser chamadas de conservativas ou não
conservativas.
©Shutterstock/Iurii Osadchi
Agora, veremos que as forças atuantes podem ser classificadas
como internas ou externas.
Em um sistema semelhante ao da imagem anterior, constituído por Considerando, obviamente, que
dois patinadores que se empurram, várias forças atuam sobre os corpos as forças internas atuam todas
pertencentes a esse sistema. Observe essas forças na figura a seguir, durante um mesmo intervalo de
que representa os dois patinadores em contato com o solo. tempo, o impulso total dessas
forças é sempre nulo em um
sistema qualquer:
Corel
N1 N2
G G
I Fint = F1,2 · 't + F2,1 · 't
F2,1 F1,2
Sistemas
mecanicamente
P1 P2
isolados
G G
Nessa situação, F1,2 e F2,1 constituem o parG de ação
G e reação das Para dar continuidade
forças que um patinador aplica sobre o outro; N1 e N2 são as ao estudo, é importante nos
G reações
G
do solo, ou seja, as forças normais em cada um dos atletas; P1 e P2 são lembrarmos do teorema do
os resultados das interações gravitacionais entre os patinadores e a impulso:
Terra, ou seja, o peso deles. G G G
G I FR = Q Q 0
G Como o sistema é constituído apenas pelos dois patinadores, F1,2 Como em qualquer sistema,
e F2,1 são consideradas forças internas, pois são trocadas entre os
as forças só podem ser internas
próprios corpos G do sistema.
G Usando o mesmo tipo de raciocínio,
G G ou externas, esse teorema pode
os pares N1 e N2 e P1 e P2 são formados por forças externas, pois
ser reescrito assim:
FIS
todas essas forças são trocadas entre um dos corpos do sistema e G G G G
algum outro corpo qualquer que não faz parte do sistema (as normais I Fint + I Fext = Q Q 0
são trocadas com o solo e os pesos, com a Terra). Assim: Já que o impulso total de
G
forças internas ( I F ) é sempre
int
nulo em todos os sistemas
Forças internas são trocadas entre os corpos constituintes de um possíveis, a equação anterior
sistema, e forças externas são trocadas entre um corpo do sistema pode ser sempre reduzida a:
e um corpo não pertencente a ele (agente externo). G G G
I Fext = Q Q 0
seguinte forma:
rst
tte
hu
mAbybYAbbPBbybYBb bPAbybYȤAbbPBbybYȤB
©S
©Shutterstock/Inked Pixels
B
FIS
os corpos A e B se aproximam com uma velocidade transformação está em curso: parte da energia
relativa de aproximação (vaprox) que pode ser obtida potencial elástica volta a ser cinética. É a fase de
desta forma: restituição.
EM13CNT307
307
CONECTADO
Uma das situações mais desagradáveis é surgiam vítimas fatais. A aplicação dos
sofrer algum acidente de trânsito. Fora o perigo conhecimentos físicos da Dinâmica Impulsiva
que isso pode oferecer à saúde das pessoas e o desenvolvimento de novos materiais
envolvidas, podem surgir complicações jurídicas possibilitaram a criação de carros mais seguros.
e, normalmente, prejuízos financeiros. É comum, A necessidade de carros que consumissem
por exemplo, motoristas ficarem irritados após menores quantidades de combustível e que
baterem seus veículos, uma vez que o estrago fossem eficientes e mais seguros, além de
causado no automóvel pode ser muito grande em confortáveis, surgiu entre 1973 e 1979, com as
comparação à intensidade da colisão sofrida. crises do petróleo. A partir dessa época, a indústria
automobilística começou a substituir grande parte
©Shutterstock/StockPhotoslv
102 • • FÍSICA
ATIVIDADES A lei descrita é a da conservação do
momento linear ou da quantidade
de movimento, por meio da qual é
11. (UECE) Em 20 de julho de 1969, passados c) o princípio da conservação do momento
50 anos, o homem pôs os pés em solo lunar. A linear, aplicado ao sistema homem nave,
movimentação de naves espaciais como a Apolo não é válido, pois o astronauta executa
11, que fez o transporte rumo à lua, é feita pela uma força para sair da nave.
expulsão de gases do foguete em uma direção X d) no sistema composto pela nave e pelo
e movimento da nave na direção oposta. Há astronauta, o momento linear total é zero
uma lei de conservação envolvida nesse modo após a saída do tripulante.
de deslocamento que é denominada lei de Nessa situação, a ação de forças externas é desprezível em comparação à
possível que a nave se movimente após ejetar
conservação a massa dos gases no sentido contrário. A magnitude das forças internas trocadas entre o astronauta e a nave. Sendo
assim, considerando um sistema isolado, a quantidade de movimento (ou
a) da energia potencial. troca de forças internas entre momento linear total) para o sistema é nula.
as massas dos gases e da
b) da energia elástica. nave, desprezando a ação de 14. (UECE) Noticiou-se, recentemente, que duas
forças externas, permite que
c) do momento de inércia. a expulsão dos gases composições do VLT (veículo leve sobre trilhos)
X d) do momento linear. impulsione a nave em em Fortaleza colidiram frontalmente. Suponha
sentido oposto ao da ejeção.
que os dois trafegavam em uma única linha
12. (UESPI) Considere a situação em que um
reta antes do choque e que as composições
homem e uma caixa repousam frente a frente
eram idênticas, viajavam vazias e à mesma
sobre uma superfície horizontal sem atrito. A
velocidade. Assim, é correto concluir que, nesse
resistência do ar no local é desprezível. Sabe-se
trecho reto descrito, o centro de massa do
que a massa do homem é de 100 kg, enquanto
sistema composto pelos dois trens
que a massa da caixa é de 50 kg. Num dado
instante, o homem empurra a caixa, que passa a a) se deslocou somente antes da colisão e
se mover em linha reta com velocidade escalar com velocidade constante.
igual a 8 m/s. Nestas circunstâncias, qual é o b) se deslocou somente após a colisão e com
módulo da velocidade de recuo do homem após velocidade constante.
empurrar a caixa? X c) não se deslocou até a ocorrência da
X a) 4 m/s Dados: mH = 100 kg; vC = 8 m/s; mC = 50 kg colisão.
b) 5 m/s Pela conservação da quantidade de d) se deslocou com velocidade variável.
movimento, temos:
c) 8 m/s Qantes = Qdepois 0 = mH · vH + mC · vC
Dado que as composições eram idênticas e trafegavam à mesma
velocidade, até o momento da colisão, o centro de massa do sistema
d) 10 m/s 0 = 100 · vH + 50 · 8 –100 · vH = 400 manteve-se inalterado e estava localizado no ponto médio do segmento
vH = –4 m/s que unia ambas as composições.
e) 12 m/s
O sinal negativo indica que o homem se
desloca em sentido oposto ao da caixa. 15. (UDESC) Considere dois patinadores que
patinam juntos com a mesma velocidade v.
O patinador A tem massa m e o patinador B tem
massa 2 m. Em um dado momento o patinador
13. (UECE) Considere uma situação inicial em A empurra o B e, imediatamente, a velocidade
FIS
que um astronauta está inicialmente sem do A vai a zero. Desconsidere quaisquer
movimento em relação à sua nave, e esta forças de atrito, e assinale a alternativa que
também está parada em relação a um dado corresponde ao percentual de variação da
referencial inercial. Depois disso, o astronauta velocidade do patinador B, após o empurrão.
sai do transporte sem o uso de qualquer a) 25% c) –25% e) –33%
propulsão, apenas empurrando a nave. Assim, é b) –50% X d) 50%
correto afirmar que Dados: mA = m; mB = 2m.
a) no sistema composto pela nave e pelo Antes: vA = v; vB = v.
astronauta, o momento linear total é Depois: v’A = 0; v’B = ?
sempre maior que zero, pois o astronauta Pela conservação da quantidade de movimento, temos:
se move, sendo sua velocidade não nula. Qantes = Qdepois (mA + mB) · v = mA · v’A + mB · v’B
b) após a saída do tripulante, a nave (m + 2m) · v = mA · 0 + 2m · v’B 3m · v = 2m · v’B 3v = 2v’B
v’B = 1,5 · v.
permanece parada, pois a força exercida
Logo, se a velocidade de B era v e passou a ser igual a 1,5 · v, ela
pelo tripulante para sair da nave atua aumentou em 0,5 · v, ou seja, em 50%.
somente nele mesmo.
8. IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO • • 103
16. (UNICAMP – SP) Suponha Tipos de colisões
que o esquilo do filme TEMA
Em um sistema de corpos que sofre
A era do gelo tenha QUENTE
desenvolvido uma técnica uma colisão, pode haver perda de energia cinética
para recolher nozes durante o percurso para em virtude do aquecimento, de deformações e do som
sua toca. Ele desliza por uma rampa até atingir provocados no impacto. O que jamais ocorre como
uma superfície plana com velocidade de consequência de um choque mecânico é qualquer
10 m/s. Uma vez nessa superfície, o esquilo ganho de energia cinética para o sistema de corpos
passa a apanhar nozes em seu percurso. Todo o envolvido. Por esse motivo, o módulo da velocidade
movimento se dá sobre o gelo, de forma que o de afastamento entre corpos que se chocam é sempre
atrito pode ser desprezado. A massa do esquilo menor ou, no máximo, igual ao módulo da velocidade
é de 600 g e a massa de uma noz é de 40 g. de aproximação entre eles (vafastbɆbYaprox).
a) Qual é a velocidade do esquilo após colher Como foi visto, a razão entre essas velocidades
5 nozes?
determina um coeficiente de restituição
mE = 0,6 kg
mN = 0,04 kg FRPSUHHQGLGRHQWUH]HURHXPbɆbHbɆb3RGHPRV
mE,N = mE + 5mN = 0,6 + 5 · 0,04 = 0,8 kg classificar diferentes tipos de colisão de acordo
vE = 10 m/s como o valor desse coeficiente.
Qantes = Qdepois mE · vE = mE,N · v’ 0,6 · 10 = 0,8 · v’ 0,8v’ = 6
©Shutterstock/Nomad_Soul
v’ = 7,5 m/s
17. Em uma partida de hóquei sobre o gelo, dois Colisão inelástica, anelástica ou plástica
jogadores se aproximam em sentidos opostos Esse tipo de colisão ocorre quando, após o
e mesma direção, para uma tentativa de tacada choque, os corpos seguem com a mesma velocidade
sobre o disco, peça que eles tentam levar até (v’Bb bYȤA), isto é, permanecem unidos.
o gol com o auxílio de tacos. O jogador A tem
velocidade de 5 m/s e o jogador B, 3 m/s. A velocidade de afastamento entre os corpos é
Logo após a colisão, o atleta A e o atleta B têm, definida por:
respectivamente, velocidades de 1 m/s e 3 m/s, vafast YȤBȡYȤA
ambas no mesmo sentido inicial do atleta A.
Considerando que a colisão é unidirecional, Nesse caso, ela é nula (vafastb b3RUWDQWRR
determine o seu coeficiente de restituição. FRHILFLHQWHGHUHVWLWXL©¥RYDOH]HURHb b
Convencionando o sentido da velocidade do atleta A como
©Shutterstock/Igor Kovalenko
104 • • FÍSICA
Colisão parcialmente elástica CIÊNCIA EM PRÁTICA
Esse tipo de colisão ocorre quando, após EM13CNT301 2 Gabarito.
o choque, os corpos seguem com velocidades O experimento proposto na sequência nos
diferentes (v’BbɅbYȤA) e o coeficiente de restituição permite observar o tipo de colisão que ocorre
p
ILFDFRPSUHHQGLGRHQWUHHbbHbb entre bolinhas de gude.
e
Materiais
M
©Shutterstock/Master1305
• bolinhas de gude (pelo menos duas)
GHbPHVPRWDPDQKRHPDFL©DV
Como fazer
Co
1. Pegue duas bolinhas de mesmo tamanho.
1
2. Em uma superfície horizontal, de preferência
2
lisa, jogue uma das bolinhas, rolando e sem
perder o contato com o chão, contra a outra,
em repouso. Procure rolar a bolinha em linha
Quando um lutador golpeia um saco de boxe, parte da energia reta e sem girá-la.
cinética do sistema se perde na colisão. Podemos perceber isso
porque a pancada produz energia sonora. Conclusão
Co
18. As duas bolinhas apresentam movimento
18
Colisão perfeitamente elástica após a colisão?
Esse tipo de colisão ocorre quando, após
o choque, os corpos seguem com velocidades
diferentes (v’BbɅbYȤA) e o sistema não perde energia
cinética (Ec b b(c ). Nesse caso, o coeficiente de
inicial final
UHVWLWXL©¥RYDOHH[DWDPHQWHHb b Colisões e energia
Para um sistema isolado, quando ocorre uma
©Shutterstock/R-Type
FIS
Em um pêndulo de Newton, podemos observar inúmeras envolvidos perde parte
colisões, nas quais as esferas retornam para alturas muito dessa energia. Para a
próximas às iniciais. Na natureza, não há ocorrência de colisões
perfeitamente elásticas, uma vez que sempre há, por menor que resolução de questões de e
seja, transformação de energia mecânica em outra modalidade vestibular, consideramos
de energia em uma colisão. que ocorre conservação
de energia cinética e
Em uma colisão perfeitamente elástica, temos da energia mecânica do
um caso especial: quando dois corpos idênticos, ou sistema somente se a
seja, de mesma massa e mesmo volume, colidem, colisão for perfeitamentee
ocorre a troca das velocidades. Por exemplo, para elástica.
dois corpos em que mAb bPB, temos que:
Antes da colisão Depois da colisão
vA YHYB ȡYYȤA ȡYHYȤB Y
8. IMPULSO E QUANTIDADE
NTIDADE DE MOVIMENTO • • 105
ORGANIZE AS IDEIAS
A tabela a seguir tem o objetivo sistematizar as ideias estudadas até aqui. Nos espaços em branco, insira
as equações e os conceitos que faltam para completá-la.
Coeficiente de Quantidade de
Colisão Energia cinética (Ec)
restituição movimento (Q)
Conserva Não conserva
Inelástica e=0
(Qantes = Qdepois) (Ec > Ec )
antes depois
Conserva Conserva
Perfeitamente elástica e=1
(Qantes = Qdepois) (Ecantes = Ecdepois)
EM13CNT301, EM13CNT306
ATIVIDADES Se os automóveis permaneceram unidos após a colisão, temos uma colisão do
tipo inelástica. Nessa colisão, apenas a quantidade de movimento do sistema
19. (UECE) Em um dado jogo de sinuca, duas das a) EINICIAL > EFINAL e QINICIAL < QFINAL é conservada. A
perda de energia
bolas se chocam uma contra a outra. Considere b) EINICIAL > EFINAL e QINICIAL > QFINAL cinética é máxima
que o choque é elástico, a colisão é frontal, sem para esse tipo de
X c) EINICIAL > EFINAL e QINICIAL = QFINAL
rolamento, e despreze os atritos. No sistema colisão.
composto pelas duas bolas há conservação de d) EINICIAL = EFINAL e QINICIAL > QFINAL
Para a colisão
a) momento linear e força. perfeitamente elástica, e) EINICIAL = EFINAL e QINICIAL = QFINAL
b) energia cinética e força. tanto a quantidade de 21 . (UERJ) Considere um patinador X que colide
movimento quanto a
X c) momento linear e energia cinética. elasticamente com a parede P de uma sala.
energia cinética do Os diagramas abaixo mostram segmentos
d) calor e momento linear. sistema se conservam.
orientados indicando as possíveis forças que
20. (FAMERP – SP) Um automóvel trafegava com agem no patinador e na parede, durante e
velocidade constante por uma avenida plana após a colisão. Note que segmento nulo indica
e horizontal quando foi atingido na traseira força nula. Como o patinador colide com a parede, durante
por outro automóvel, que trafegava na mesma o intervalo de tempo de interação, existem
forças trocadas que obedecem ao princípio da
direção e sentido, também com velocidade
constante. Após a colisão, os automóveis
ficaram unidos e passaram a se mover com a
mesma velocidade.
X e) V’1 = 0,5 m/s e V’2 = 3 m/s. Assim, para as intensidades das quantidades de movimento adquiridas
para a sonda Rosetta e o robô, adotando o sentido da velocidade v1
como positivo, temos que:
0 = m1 · v1y + m2 · v2y ⇒0 = m1 · v1 · sen θ + m2 · (–v2 · sen α)
0 = m1 · v1 · sen θ – m2 · v2 · sen α ⇒ m2 · v2 · sen α = m1 · v1 · sen θ
v 2 m1 · sen 3000 · 0, 6 18 ⇒ v 2 = 22,5
= = =
v1 m2 · sen 100 · 0, 8 0, 8 v1
as atividades
Agora, você pode fazer
sta Enem.
40 a 42 da seção Conqui
108 • • FÍSICA
EM13CNT101, EM13CNT204, EM13CNT301, EM13CNT306, EM13CNT307
CONQUISTA ENEM
28. (FAMERP – SP) Dois carros idênticos e de impulsiva média gerada por esse impacto
mesma massa, viajando no mesmo sentido, equivale ao peso de quantos tijolos iguais?
trafegam em uma estrada plana e retilínea, X a) 2
sendo que o carro da frente tem o dobro da
b) 5
velocidade do outro. Dessa forma, é correto
dizer que a distância de cada automóvel ao c) 10
centro de massa do sistema composto pelos d) 20
carros: e) 50
a) diminui com o passar do tempo. 31. (UPE) Em um experimento utilizando bolas
b) é constante. de bilhar, uma bola A é arremessada com
X c) aumenta com o passar do tempo. velocidade horizontal de módulo vA, em uma
d) é maior para o carro mais veloz. superfície horizontal fixa e sem atrito. A bola A
colide elasticamente com outra bola idêntica,
29. (UNIOESTE – PR) Considere as seguintes B. Sobre o movimento do centro de massa do
assertivas sobre quantidade de movimento conjunto de bolas, sabendo que a bola B está
linear (momento linear): sempre em contato com a superfície, assinale a
I. A lei de conservação da quantidade de alternativa correta.
movimento linear (momento linear) é
válida na Física Clássica e na Mecânica
Quântica e é um dos princípios
fundamentais de conservação na Física
devido a sua universalidade e generalidade;
II. A quantidade de movimento linear de um
sistema se conserva se a resultante das
a) Permanece em repouso, durante o
forças que atuam sobre ele for igual a zero;
movimento de A e B na plataforma.
III. A quantidade de movimento linear é uma
b) Permanece em repouso, durante o
grandeza vetorial, ou seja, caracteriza-se
movimento na rampa da partícula B.
por módulo, sentido e direção.
c) Está em movimento uniformemente
Assim, é correto afirmar que
variado, antes da colisão.
a) apenas as assertivas I, II são corretas.
X d) Está em movimento uniforme, depois
b) apenas as assertivas II e III são corretas. da colisão, enquanto B ainda está na
c) apenas a assertiva II é correta. plataforma.
X d) as assertivas I, II e III são corretas. e) Está em movimento uniforme, durante o
e) as assertivas I, II e III são incorretas. movimento descendente da partícula B.
FIS
30. ENEM Em qualquer obra 32. (UPE) Em uma aula de Educação Física,
de construção civil é TEMA o professor convida os estudantes para
fundamental a utilização QUENTE observar o movimento de uma bola de
de equipamentos de basquete de 500 g, arremessada contra o
proteção individual, tal como capacetes. Por solo. Nesse experimento, as velocidades da
exemplo, a queda livre de um tijolo de massa bola imediatamente antes e depois da colisão
2,5 kg de uma altura de 5 m, cujo impacto foram determinadas e estão mostradas na
contra um capacete pode durar até 0,5 s, figura a seguir. Três afirmações propostas pelo
resulta em uma força impulsiva média maior do professor acerca da colisão da bola com o chão
que o peso do tijolo. Suponha que a aceleração devem ser analisadas pelos estudantes como
gravitacional seja 10 m · s–2 e que o efeito verdadeiras (V) ou falsas (F). São elas:
de resistência do ar seja desprezível. A força
110 • • FÍSICA
a) Sabendo que a compressão máxima da O percurso correto é o
mola nessa colisão foi de 10 cm. Calcule a a) B2 X c) B1 e) B5
velocidade do elevador no instante inicial
b) B3 d) B4
da colisão com a mola. v = 4m/s
b) Após iniciada a colisão, o elevador 38 . (ESPCEX) Uma granada de mão, inicialmente
para em 0,2 s. Calcule a força média em repouso, explode sobre uma mesa
resultante sofrida pelo elevador durante a indestrutível, de superfície horizontal e sem
compressão da mola. Fm = –20 kN atrito, e fragmenta-se em três pedaços de
massas m1, m2 e m3 que adquirem velocidades
36. (UECE) Um projétil disparado horizontalmente coplanares entre si e paralelas ao plano da
de uma arma de fogo atinge um pedaço de mesa.
madeira e fica encravado nele de modo que
Os valores das massas são m1 = m2 = m e
após o choque os dois se deslocam com mesma
m3 = m . Imediatamente após a explosão, as
velocidade. Suponha que essa madeira tenha a 2
mesma massa do projétil e esteja inicialmente G
em repouso sobre uma mesa sem atrito. A massas m1 e m2 adquirem as velocidades v1 e
G
soma do momento linear do projétil e da v 2 , respectivamente, cujos módulos são iguais
madeira imediatamente antes da colisão é a v, conforme o desenho abaixo.
igual à soma imediatamente depois do choque. Desprezando todas as forças externas, o
G
Qual a velocidade do projétil encravado módulo da velocidade v3 , imediatamente após
imediatamente após a colisão em relação à sua a explosão é
velocidade inicial?
a) O dobro. c) A mesma.
X b) A metade. d) O triplo.
37. (INSPER – SP) Sobre uma pista retilínea, lisa
e horizontal, dois móveis, A e B, de massas
mA = 100 kg e mB = 60 kg, são lançados em
sentidos opostos, indo colidir frontalmente.
O gráfico horário (1) mostra as posições que
A e B ocupam sobre a pista até colidirem
no instante t = 4,0 s. O gráfico (2) mostra as
posições ocupadas pelo móvel A após a colisão
e cinco possíveis percursos para o móvel B.
2 3
a) v d) · 2v
4 2
FIS
X e) 2 · 2v
b) 2
v
2
c) 2v
a) 30 km/h d) 70 km/h
b) 40 km/h e) 75 km/h
X c) 60 km/h
112 • • FÍSICA
LIVRO DE DO
BR
EN
CAPÍTULO AL
IN
HA
5
PO
NT
I LH
FÍSICA
AD
A
E SUUAS TE
T O OGIAS
CNOL
C AS DA NATUREEZA
CIIÊNCI
LEIS DE NEWTON
1ª. lei de Newton ou princípio da inércia: todo corpo pontual continua em seu
estado de repouso ou de movimento em uma linha reta, a menos que seja forçado a
mudar aquele estado por forças imprimidas sobre ele.
2ª. lei de Newton ou princípio fundamental da 3ª. lei de Newton ou princípio da ação e reação:
Dinâmica: a aceleração que um corpo adquire a toda força de ação há sempre uma força
é diretamente proporcional à força resultante a oposta de reação, de mesma intensidade, mesma
que ele está sujeito. direção e sentido oposto; essas forças são
G G
FR = m · a aplicadas em corpos diferentes.
DKO Estúdio
Quanto maior a massa de um corpo, mais difícil será colocá-lo em movimento.
G
Campo Força peso (P )
PRINCIPAIS FORÇAS
DA MECÂNICA E
FÍS
Forças* G
Força normal (N )
APLICAÇÕES DAS G
LEIS DE NEWTON Contato
Força de tração (T )
G
Classificação das forças quanto *Além dessas, há ainda outras forças, que não
Força elástica (Fel )
ao tipo de interação entre os corpos: aparecem nesse mapa conceitual porque não
são abordadas nas questões selecionadas para G
este Livro de atividades. Força de atrito (FAT )
LIVRO DE ATIVIDADES • •1
F ÍS
IC A
Módulo: P = m · g
Direção: da linha que une os centros de massa do corpo (m) e do
G astro (M). De forma simplificada, costuma-se dizer que a direção
P
da força peso é vertical.
Sentido: para o centro do astro. De forma simplificada, costuma-
-se dizer que o sentido da força peso é para baixo.
DKO Estúdio
Módulo: condicionado pela ação das outras forças.
G
N Direção: perpendicular à superfície de contato.
DKO Estúdio
Sentido: depende da situação analisada.
Módulo: Fel = K · Δx
G Direção: do segmento de reta que passa
Fel
pelo eixo principal da mola.
Divo Padilha
Módulo: FAT = μ · N
G Direção: paralela às superfícies de contato.
FAT
Sentido: oposto ao deslizamento ou à tendência de
Divanzir Padilha
2• • FÍSICA
Polias e roldanas Elevadores
A associação de polias fixas e móveis diminui a Considere um corpo de massa m apoiado sobre
força necessária para movimentar uma carga. uma balança de molas no interior de um elevador.
P
Vantagem mecânica: F =
2n
Onde n é o número de polias móveis.
Sandra Ribeiro
→
F
• subindo em movimento
reto e retardado;
N < P, logo FR = P – N = m · a
• descendo em movimento
reto e acelerado.
LIVRO DE ATIVIDADES • •3
ATIVIDADES
O enunciado afirma
que, em determinado $3(5)(,2$0(172
$$3(5)
3((5)
5)((,2$0(1
(,
, 22$$0((117
722
momento, as forças
passam a apresentar 3. (UFAC) As duas forças que agem sobre uma gota de chuva são: a força peso e a força
o mesmo módulo, ou
seja, a força resultante devido à resistência do ar. Estas têm a mesma direção e sentidos opostos. A 250 m
passa a ser nula. Isso acima do solo, a gota está com uma velocidade de 144 km/h, e essas forças passam a
significa que a gota ter o mesmo módulo. Qual velocidade da gota ao atingir o solo?
continua se deslocando
com velocidade a) 20 m/s Xc) 40 m/s e) 60 m/s
constante. Portanto, b) 30 m/s d) 50 m/s
chegará ao solo com a
mesma velocidade de
144 km/h, ou 40 m/s.
4• • FÍSICA
$352)81'$0(172
$3
$$352)
3552)
2)881'$0(17
1''$$0((117
722 FORÇA PESO E LEI DA GRAVITAÇÃO
4. (UFPI) As formigas costumam trabalhar
em grupo. Considere que a figura abaixo UNIVERSAL DE NEWTON
representa um grupo de formigas carregando
uma folha e que as forças mostradas, exercidas
$$6Ǵ,0,/$2
6ǴǴ,0,/$
Ǵ,0,/$
, 0 , /$ 2
pelas formigas sobre a folha, sejam coplanares 5. (UFPI) Depois de analisar as afirmativas abaixo,
e de mesmo módulo F. É correto afirmar que a indique a opção correta.
folha: I. Massa e peso representam uma mesma
quantidade física expressa em unidades
Dados: diferentes.
3 1 1 II. A massa é uma propriedade dos corpos
sen 60° = , cos 60° = e cos 120° = –
2 2 2 enquanto o peso é o resultado da interação
entre dois corpos.
III. O peso de um corpo é proporcional à sua
massa.
a) Apenas a afirmativa I é correta.
b) Apenas a afirmativa II é correta.
c) Apenas a afirmativa III é correta.
d) As afirmativas I e II são corretas.
a) encontra-se em equilíbrio, ou seja, a Xe) As afirmativas II e III são corretas.
resultante das forças que atuam nela é
nula. $$3(5)(,2$0(172
33(5)
((55)((,
, 22$
2$0(1
$00(1
(1 7
722
b) desloca-se para a esquerda sob a ação de 6. (UFRGS – RS) Na preparação para executarem
uma força resultante de módulo 2F. tarefas na Lua, onde o módulo da aceleração
c) desloca-se para a esquerda sob a ação de da gravidade é cerca de 1/6 do módulo da
uma força resultante de módulo F. aceleração da gravidade na superfície da Terra,
Xd) desloca-se para cima sob a ação de uma astronautas em trajes espaciais praticam
força resultante de módulo F. totalmente submersos em uma piscina, em um
e) desloca-se para cima sob a ação de uma centro de treinamento.
força resultante de módulo 1,5F. Como um astronauta com um traje espacial
Para resolver a questão, basta analisar a força resultante em
tem peso de módulo P na Terra, qual deve ser o
cada eixo. módulo da força de empuxo para que seu peso
aparente na água seja igual ao peso na Lua?
Eixo x: F – F · cos 60° – F · cos 60° ⇒ F – F · 1 – F · 1 = 0
2 2 a) P/6
Eixo y: F + F · sen 60° – F · sen 60° ⇒ F + F · 3 –F· 3 =F b) P/3
2 2
Logo, podemos observar que a força resultante tem módulo F.
c) P/2
d) 2P/3
Xe) 5P/6
FIS
LIVRO DE ATIVIDADES • •5
$352)81'$0(172
7. (UFRGS – RS) Em 16 de julho de 1969, o foguete Saturno
ǡ
͵ԜͲͲͲǡ
lançado carregando a cápsula tripulada Apollo 11, que
pousaria na Lua quatro dias depois.
Em sua trajetória rumo à Lua, a espaçonave Apollo 11
esteve sujeita às forças de atração gravitacional exercidas
pela Terra e pela Lua, com preponderância de uma ou de
outra, dependendo da sua distância à Terra ou à Lua.
Considere ML = MT/81, em que ML e MT são,
respectivamente, as massas da Lua e da Terra.
Na figura abaixo, a distância do centro da Terra ao centro
da Lua está representada pelo segmento de reta, dividido Disponível em: <https://airandspace.si.edu/multimedia-
em 10 partes iguais. gallery/39526jpg> Acesso em: 29 ago. 2019.
MT MT 1 1
= ⇒ =
( d − x )2 81 ⋅ x 2 ( d − x )2 81 ⋅ x 2
8. (IFCE) O valor da aceleração da gravidade num ponto x em torno da Terra, a uma altitude equivalente a
4 vezes o raio da Terra, acima da superfície, m/s2, é igual a
Dado: gTerra = 10 m/s2
a) 1,0 b) 0,6 c) 0,8 Xd) 0,4 e) 1,2
FIS
Como o atrito é desprezível, agem sobre a esfera apenas as forças peso e normal. A figura a
seguir mostra a força normal e as componentes da força peso. N
Observando a ilustração, percebemos que a componente horizontal da força peso (P · sen θ) é a →
força resultante responsável pela aceleração. a
LIVRO DE ATIVIDADES • •7
C5 H17 Relacionar 12. (1(0 A força de atrito é uma força que
informações
apresentadas em
depende do contato entre corpos. Pode
diferentes formas ser definida como uma força de oposição à
de linguagem e tendência de deslocamento dos corpos e é
representação usadas
nas ciências físicas,
gerada devido a irregularidades entre duas
químicas ou biológicas, superfícies em contato. Na figura, as setas
como texto discursivo, representam forças que atuam no corpo e o
gráficos, tabelas, ponto ampliado representa as irregularidades
relações matemáticas ou
linguagem simbólica. que existem entre as duas superfícies.
A força (F) aplicada sobre Na figura, os vetores que representam as forças que provocam o deslocamento e o
o corpo que pode provocar atrito são, respectivamente:
o deslocamento está
representada na figura Xa) d)
como uma seta de direção
horizontal, com sentido para
a direita. A força de atrito (FAt) b) e)
está representada na direção
horizontal e com sentido
oposto à força F, ou seja,
apontando para a esquerda. c)
$3(5)(,2$0(172
13. (UDESC) A figura mostra dois blocos de massa m e M unidos por
um fio ideal, suspensos por uma polia ideal. Considere que o fio
está o tempo todo tensionado.
Analise as proposições com relação à figura [...].
I. A condição de equilíbrio é dada quando m = M, portanto a
aceleração do sistema é nula.
II. Para M > m a quantidade M – m é inversamente proporcional
à aceleração do sistema.
III. Para M > m a quantidade M + m é diretamente proporcional à
aceleração do sistema.
IV. Fora da condição de equilíbrio, a aceleração do sistema é diretamente
proporcional à aceleração gravitacional.
V. Fora do equilíbrio, o módulo das acelerações dos blocos são iguais, no entanto, as
acelerações têm sentidos opostos.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas IV e V são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas I, III e V são verdadeiras.
FIS
8• • FÍSICA
14. (FAMERP – SP) Em um local em que a 15. (UERJ) A questão a seguir aborda situações
aceleração gravitacional vale 10 m/s2, uma relacionadas ao ambiente do metrô, referindo-
pessoa eleva um objeto de peso 400 N por meio -se a uma mesma composição, formada por
de uma roldana fixa, conforme mostra a figura, oito vagões de dois tipos e movida por tração
utilizando uma corda que suporta, no máximo, elétrica. Para seus cálculos, sempre que
uma tração igual a 520 N. necessário, utilize os dados e as fórmulas a
seguir.
CARACTERÍSTICAS DA COMPOSIÇÃO
velocidade máxima 100 km/h
aceleração constante 1,10 m/s2
desaceleração constante 1,25 m/s2
Gerais
quantidade tipo I 2
de vagões tipo II 6
massa média por passageiro 60 Kg
comprimento médio 22,0 m
largura 3,00 m
altura 3,60 m
tipo I ͵ͺԜͲͲͲ
massa
Por vagão tipo II ͵ͷԜͲͲͲ
(https://brasilescola.uol.com.br.) quantidade 4
motores potência por
140 kW
A máxima aceleração que a pessoa pode motor
→ 2
T a = 1,10 m/s
T T · cos T
Sobre o corpo, atuam as forças peso e tração. A
figura ao lado mostra o diagrama dessas forças:
→ → T
a
FR O sen θ pode ser determinado com base nos T · sen T
dados da imagem do enunciado:
0, 1
→ sen θ = = 0,1
P 1
m·g
Observando a figura, é possível concluir que
a componente horizontal da tração representa a força resultante na
direção do movimento:
FR = m · a ⇒ T · sen θ = m · a
0, 22
T · 0,1 = 0,2 · 1,1 ⇒ T =
0, 1
T = 2,2 N LIVRO DE ATIVIDADES • •9
16. (ACAFE – SC) Um trenó de neve é puxado por
oito cachorros, realizando um movimento
retilíneo com velocidade de módulo constante
em uma estrada horizontal. Na figura [...],
pode-se vê-lo de cima. Sobre o trenó estão: um
homem, carnes sobre panos, alguns troncos de
árvore e uma caixa.
Com base no exposto e desconsiderando
as massas das cordas e a resistência do ar,
assinale a alternativa correta.
a) Sobre o trenó não existe força de atrito.
b) Todos os cachorros aplicam sobre o trenó forças de mesma intensidade.
Xc) Força normal sobre o trenó tem maior módulo que a força peso do trenó.
d) O módulo da força resultante sobre o trenó é a soma das forças aplicadas pelos cachorros sobre
as cordas.
a) Incorreta. A força atrito é contrária ao movimento do trenó. Ela deve existir para que o trenó se mantenha em movimento retilíneo uniforme
(MRU).
b) Incorreta. O trenó se desloca em MRU, sendo nula a intensidade da força resultante no eixo horizontal; logo, a força de atrito é igual à soma
das forças aplicadas pelos cães. No entanto, isso não significa que cada um deles esteja aplicando a mesma força.
c) Correta. A força normal, nesse caso, é numericamente igual à soma do peso do trenó e do peso da carga. Logo, seu módulo é maior que a
força peso que atua sobre o trenó.
d) Incorreta. A força resultante sobre o trenó é nula, uma vez que ele se move em MRU.
17. (1(0 A nanotecnologia pode ser caracterizada quando os compostos estão na ordem de milionésimos
de milímetros, como na utilização de nanomateriais catalíticos nos processos industriais. O uso desses
materiais aumenta a eficiência da produção, consome menos energia e gera menores quantidades
de resíduos. O sucesso dessa aplicação tecnológica muitas vezes está relacionado ao aumento da
velocidade da reação química envolvida. O êxito da aplicação dessa tecnologia é por causa da realização
de reações químicas que ocorrem em condições de: C5 H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de
produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a
a) alta pressão. O aumento da velocidade da Xd) maior superfície de contato. que se destinam.
reação química envolvida
b) alta temperatura. resulta no aumento da eficiência e) elevada energia de ativação.
c) excesso de reagentes. da produção. Isso acontece em virtude da existência de uma superfície de contato maior entre as
nanopartículas catalíticas com os reagentes e por conta da diminuição da energia de ativação.
18. (INSPER – SP) Uma pessoa está segurando um livro no interior de um elevador em movimento vertical,
uniforme e descendente. Em determinado instante, rompe-se o cabo de sustentação do elevador e ele
passa a cair em queda livre. De susto, a pessoa solta o livro. A ação dissipativa do ar ou de outro tipo de
atrito é desprezível.
A partir do momento em que é abandonado, e enquanto o elevador não tocar o chão, o livro:
a) cairá, atingindo o piso rapidamente, com aceleração maior que a do elevador, para um
observador em referencial não inercial, dentro do elevador.
b) manterá um movimento uniforme de queda em relação à pessoa, que está em referencial não
inercial, podendo até atingir seu piso.
FIS
Xc) cairá em queda livre também, com aceleração igual à do elevador, e não irá atingir seu piso, para
qualquer observador em referencial inercial.
d) deverá subir em relação aos olhos da pessoa, que está em um referencial não inercial, pois sua
aceleração será menor que a do elevador.
e) manterá um movimento uniforme de subida em relação aos olhos da pessoa, que está em
referencial não inercial, podendo até atingir seu teto.
Quando ocorrer o rompimento do cabo, o elevador e o livro iniciarão um movimento de queda livre. Então, ambos cairão com a mesma
aceleração – a da gravidade. E, como eles iniciaram a queda com a mesma velocidade inicial e estão sob a mesma aceleração, o livro não
atingirá o piso para qualquer observador em referencial inercial.
10 • • FÍSICA
19. (UESC – BA) Um homem que se encontra 20. (1(0 Os freios ABS são uma importante
no interior de um elevador em movimento medida de segurança no trânsito, os quais
lê, no dinamômetro, o peso de uma funcionam para impedir o travamento das
massa de 1,0 kg como sendo igual a 6,0 N, rodas do carro quando o sistema de freios é
conforme a figura. Considerando-se o acionado, liberando as rodas quando estão
módulo da aceleração da gravidade local, no limiar do deslizamento. Quando as rodas
10 m/s2, é correto afirmar que o elevador: travam, a força de frenagem é governada pelo
atrito cinético.
As representações esquemáticas da força de
atrito fat entre os pneus e a pista, em função
da pressão p aplicada no pedal de freio, para
carros sem ABS e com ABS, respectivamente,
são:
Xa)
e)
LIVRO DE ATIVIDADES • • 11
$352)81'$0(172
21. (UDESC) Os blocos de massas m1 e m2 estão presos entre si por um fio de massa
desprezível, como mostra na figura [...]. Uma força horizontal e constante, F0, é
aplicada sobre a massa m2. Os coeficientes de atrito entre os blocos e a superfície
Ɋǡ
constante.
A figura a seguir representa as forças que atuam no bloco. Somando as duas equações, temos:
m1 m2 F0 F0 – Fat 1 – Fat 2 = (m1 + m2) · a
T T F0 – μ · m1 · g – μ · m1 · g = (m1 + m2) · a
F0 − μ ⋅ g ⋅ (m1 + m2 )
a=
Fat Fat m1 + m2
2 1
F0
Para determinar a aceleração, vamos utilizar a 2ª. lei de a= −μ⋅g
m1 + m2
Newton:
⎪⎧T − Fat1 = m1 ⋅ a
⎨
⎪⎩F0 − T − Fat 2 = m2 ⋅ a
TOME NOTA!
2
86((67((63$
RA AN OTAR O QUE
PA
AQUI.
APREND EU ATÉ
FIS
12 • • FÍSICA
22. (PUCPR) A máquina de Atwood é um dispositivo utilizado para levantar carga,
comumente sendo visto na construção civil. O arranjo deste dispositivo é
bastante simples, consiste basicamente em dois recipientes presos cada um em
uma das pontas de uma corda que, por sua vez, passa para uma roldana presa ao
teto do ambiente onde será utilizado. Considere que o arranjo a seguir dispõe de
dois baldes iguais com massa de 3 kg cada um, ambos com certa quantidade de
areia. No primeiro momento, o balde 1 possui em seu interior 7 kg de areia e, ao
deixar o sistema se movimentar a partir do repouso, ele desce com aceleração
10
igual a m/s2.
9
Depois disso, 2 kg de areia que estavam presentes no balde 2 são transferidas para o balde 1.
Novamente o sistema é reposicionado e colocado em repouso. Considerando g = 10 m/s2, qual será o
valor da nova aceleração que o balde 1 adquire em m/s2?
Desconsidere todos os atritos e também a inércia da roldana.
10 5 7 9
Xa) b) 8 c) d) e)
3 3 3 4
A massa de cada corpo equivale à soma da massa de areia e do balde Situação final:
(mcorpo = mareia + mbalde). m’1 = (10 + 2) = 12 kg
Situação inicial: m’2 = (8 – 2) = 6 kg
m1 = 10 kg g = 10 m/s2
m2 = (m +3) kg Aplicando a 2ª. lei de Newton para os recipientes, temos:
10
ai = m/s2 ⎪⎧P1 − T = m ’1 ⋅ a f
9 ⎨
⎩⎪T − P2 = m ’2 ⋅ a f
g = 10 m/s2
Representando as forças que atuam sobre os corpos, temos: Somando as duas equações:
Aplicando a 2ª. lei de Newton para os recipientes, temos: P1 – P2 = (m’1 + m’2) · af
m1 · g – m2 · g = (m1 + m2) · af
g ⋅ (m ’1 − m ’2 )
→ →
af =
FR a m ’1 + m ’2
→ →
a FR
→ → 10 ⋅ (12 − 6) 60
T T af = =
12 + 6 18
10
→
→
P2
af = m/s2
P
3
⎧⎪P1 − T = m1 ⋅ ai
⎨
⎩⎪T − P2 = m2 ⋅ ai
Somando as duas equações:
P1 – P2 = (m1 + m2) · a
m1 · g – m2 · g = (m1 + m2) · ai
m1 + m2 9 (10 + m + 3)
10 10 ⋅ (7 − m) 1 (7 m)
= ⇒ =
9 (13 + m) 9 (13 + m)
13 + m = 63 – 9 · m
m = 5 kg
LIVRO DE ATIVIDADES • • 13
23. (UEPG – PR) Um bloco, com uma massa de 24. (EFOMM – RJ) A figura que se segue mostra
100 g, encontra-se inicialmente em repouso uma plataforma, cuja massa é de 100 kg, com
sobre um plano inclinado de 30° em relação à um ângulo de inclinação de 30° em relação
horizontal. Ele é solto, a partir de uma altura à horizontal, sobre a qual um bloco de 5 kg
de 1 m em relação ao solo e movimenta-se ao de massa desliza sem atrito. Também não há
longo do plano. atrito entre a plataforma e o chão, de modo
Desprezando forças de atrito, assinale o que for que poderia haver movimento relativo entre
correto. o sistema e o solo. Entretanto, a plataforma é
mantida em repouso em relação ao chão por
(01) A força normal que o plano inclinado
meio de uma corda horizontal que a prende
exerce sobre o bloco é 0,5 N.
ao ponto A de uma parede fixa. A tração na
X(02) A aceleração do bloco durante seu referida corda possui módulo de:
movimento ao longo do plano inclinado é
5 m/s2.
(04) Quando o bloco encontrava-se em
repouso, a força peso do bloco e a força
normal exercida sobre ele eram iguais em
módulo.
X(08) O tempo que o bloco leva para percorrer
o plano inclinado, de modo que sua altura
25 25
se reduza para a metade em relação ao a) N d) N
2 4
10
solo, é s. b) 25 N 25
5 Xe) 3 N
2
Somatório: 10 (02 + 08) . c) 25 3 N
Diagrama de forças: Dados:
N mP = 100 kg
mB = 5 kg
g = 10 m/s2
Py A figura a seguir representa o diagrama de forças e a aceleração na
Px
direção horizontal e inclinada.
P N
o
30
a’
(01) Falsa. A força normal é igual, em módulo, à componente 30o
perpendicular da força peso: PBt.sen30o
3 3
N = Py = m · g · cos 30° = 0,1 · 10 · = ⇒ N = 0,866 N PBt.cos30o
2 2
a 30o
(02) Verdadeira. Aceleração do bloco durante a descida:
Px mg ⋅ sen 30° 1
a= = = 10 · ⇒ a = 5 m/s2 A aceleração a pode ser determinada da seguinte maneira:
m m 2
FR = PBt ⇒ m · a = PBt · sen30°
(04) Falsa. Nesse caso, a força normal era igual à componente
perpendicular da força peso. m · a = m · g · 0,5 ⇒ a = 10 · 0,5
(08) Verdadeira. O deslocamento no plano inclinado para o bloco a = 5 m/s2
FIS
14 • • FÍSICA
25. (ESC. NAVAL – RJ) Uma cabine de elevador de massa M é puxada para cima por meio de um cabo
quando, de seu teto, se desprende um pequeno parafuso. Sabendo que o módulo da aceleração relativa
do parafuso em relação à cabine é de 4/5 g, onde g é o módulo da aceleração da gravidade, qual a razão
entre o módulo da tração T no cabo e o peso P da cabine, T/P?
a) 1/2 b) 2/3 c) 3/4 Xd) 4/5 e) 1
N Fat = μc · N
k · y · sen θ Direção
y
θ
do movimento Fat = μc · mg · (1 – · sen θ) (equação 4)
k · y · cos θ x
Fat = μc· N Eixo horizontal:
Fat = Fel x
P = m·g Fat = K · y · cos θ
Para que o sistema esteja em equilíbrio dinâmico, as ⎛ m ⋅g ⎞
forças resultantes nas direções vertical e horizontal Fat = ⎜ ⎟ · y · cos θ (equação 5)
⎝ x ⎠
devem ser nulas.
Igualando as equações 4 e 5, temos:
Eixo vertical:
N + Fel y = P ⇒ N + K · y · sen θ = m · g (equação 2) ⎛ y ⎞ m⋅ g
μc ⋅ m ⋅ g ⎜ 1– ⋅ sen θ ⎟ = ⋅ y ⋅ cos θ
⎝ x ⎠ x
LIVRO DE ATIVIDADES • • 15
CAPÍTULO
ESTÁTICA DOS SÓLI DOS
6
EQUILÍBRIO DO PONTO MATERIAL
Desvantagem do método poligonal: só é útil
Para que um ponto esteja
G Gem equilíbrio, basta que a para cálculos quando resulta em algum tipo
resultante seja nula: FR = 0 . específico de polígono, como o triângulo
retângulo.
Situações que envolvem equilíbrio de ponto A 30º C
material podem ser resolvidas de três maneiras. 60º
T2
• Resolução pelo método da decomposição: Método da T2
inicialmente, é necessário decompor os vetores decomposição T1
em suas componentes. Depois, somamos ou
B
subtraímos os vetores na mesma direção e, por 30º
T1x T2x x
T1
Teorema de Lamy
T2
B
T1
P
P = 100 N
• Resolução pelo método poligonal: os vetores 120º 150º
devem ser posicionados a fim de formar um
P
triângulo retângulo.
Vantagem do método poligonal: resolução
simples, envolvendo poucos cálculos.
P
16 • • FÍSICA
MOMENTO DE FORÇA
O conceito de momento de força, também conhecido como torque, está relacionado ao
fato de uma força poder provocar a rotação ou a variação da rotação de um corpo.
Dependendo da maneira como uma força é aplicada sobre um corpo, ela produz uma
tendência de girar o objeto, e a grandeza física momento de força (ou torque) é capaz de
quantificar essa tendência.
SITUAÇÕES DE EQUILÍBRIO
Repouso MRU Rotação uniforme
Classificação do equilíbrio Estático Dinâmico Dinâmico
G
Força resultante ( FR ) Nula Nula Nula
G
Momento resultante ( MR) Nulo Nulo Nulo
G Constante e diferente
Velocidade do centro de massa ( v ) Nula Nula
de zero
G Constante e diferente
Velocidade angular ( Z ) Nula Nula
de zero
CENTRO DE MASSA
FIS
Centro de massa (CM) é o lugar geométrico no qual podemos considerar que toda a
massa de um corpo está concentrada.
x1 m1 + x2 m2 + x3 m3 + ... + xn mn
XCM =
m1 + m2 +...+ mn
y 1 m1 + y 2 m2 + y3 m3 + ... + y n mn
YCM =
m1 + m2 +...+ mn
LIVRO DE ATIVIDADES • • 17
ATIVIDADES
newtons, de:
Xa) 10 c) 10 3 e) 15 3 30°
b) 15 d) 20 F
FIS
T1
P P P 200
Dados: sen 30° = ⇒T= = ∴ T = 400 N
T sen 30D 0, 5
m (lâmp + soq) = 0,5 kg
T2 F
g = 10 m/s2 cos 30° = ⇒ F = T · cos 30° = 400 · 0,8 ∴ F = 320 N
T
As forças que atuam no ponto de junção dos fios são representadas na
poligonal acima.
Calculando a tensão no fio esticado através da janela (T1), temos:
P mg 0, 5 10 5
sen30° = ⇒ sen 30° = = ⇒ 0,5 = ⇒
T1 T1 T1 T1
5
T1 = ∴ T1 = 10 N
0, 5
18 • • FÍSICA
3. (UFPE) Uma barra horizontal de massa desprezível possui uma
de suas extremidades articulada em uma parede vertical. A outra fio
extremidade está presa à parede por um fio que faz um ângulo de 45º
45° com a horizontal e possui um corpo de 55 N pendurado. Qual
o módulo da força normal à parede, em newtons, que a articulação
exerce sobre a barra?
Sobre o ponto do fio em contato com a extremidade da barra atuam as forças peso (P), normal
(N) e tração (T), representadas na figura a seguir:
T
P
45º
APROFUNDAMENTO
4. (UFPR) Um objeto de Gmassa G m = 10 kg está suspenso por dois cabos
que
G exercem
G trações T1 e T2 de mesma intensidade T, de modo que
| T1 | = | T2 | = T. As trações exercidas pelos cabos estão dispostas
conforme mostra a figura ao lado, fazendo um ângulo de 30° com a
direção horizontal. O objeto está em equilíbrio estático e sujeito à atração
gravitacional da Terra. Nesse local, a aceleração gravitacional é
g = 10 m/s2.
1
As medições no local são executadas por um observador inercial. Sabe-se que sen 30° = cos 60° = ,e
2
3
que sen 60° = cos 30° = .
2
Levando em consideração os dados apresentados, assinale a alternativa que apresenta corretamente o
valor do módulo da tração exercida por cada cabo.
50 3 100 3 200 3
a) T = N b) T N Xc) 100 N d) T = N e) 200 N
3 3 3
Dados do enunciado:
m = 10 kg
FIS
g = 10 m/s2
A figura a seguir apresenta o diagrama de forças.
→ →
Como os ângulos formados entre os cabos e o eixo horizontal são T1 T2
→ →
iguais, T1 = T2. Logo, as componentes verticais dessas trações também T1y T2y
são iguais. Assim, podemos equacionar essa situação da seguinte 30º 30º
maneira: → →
T1x 10 kg T2x
2 · Ty = P ⇒ 2 · T · sen 30° = m · g
2 · T · 0,5 = 10 · 10
→
T = 100 N P
LIVRO DE ATIVIDADES • • 19
5. (UNISINOS – RS) Um bloco de peso P é suspenso por três fios (F1, F2 e F3) e mantido em equilíbrio,
conforme mostrado na figura. O ângulo que o fio F2
±Ʌα͵ͲιǤ×Ù
nos três fios são, respectivamente, T1, T2 e T3.
Dados
ÂNGULO 30° 45° 60°
SENO 0,50 0,71 0,86
COSSENO 0,86 0,71 0,50
Fe sen 30º T T=
b 1
Fe Fe
2
mo
la d Eixo vertical:
T a
30º 60º Fe cos 30º T cos 60º Fely + Ty = P ⇒ Fel · sen 30° + T · sen 60° = P
c 1
K·x· + T · sen 60° = P (equação 2)
m 2
Utilizando os dados da equação 1 na equação 2, temos:
P 1 1 3
P K · x · + T · sen 60° = P ⇒ K · x · + 3 · K · x · =m·g
Eixo horizontal: 2 2 2
Felx = Tx ⇒ Fel · cos 30° = T · cos 60° Isolando a deformação da mola:
Considerando que as forças que De acordo com o enunciado, os garotos têm massas iguais e a
Cosmo e Damião aplicam sobre a → distância de cada um deles até o ponto de apoio é a mesma. Como
N
gangorra equivalem a seus pesos o torque depende do produto da força exercida e do braço de força,
e desconsiderando o torque da podemos concluir que os torques são iguais. Sabendo que os pesos
d →
força normal, de reação do apoio Pc de Cosmo e Damião são iguais, consequentemente eles têm massas
sobre a gangorra, temos o seguinte iguais. Esse torque seria representado por:
esquema: M = P · d ⇒ M = m · g · d ∴ Md = M c
→
Pd d
APERFEIÇOAMENTO
AP
AAPERF
PEERF
RFEEIÇOAMENT
EIÇ
I ÇOOAAMEENNT
TOO
8. (UEL – PR) Observe a figura e responda.
Na figura, é possível observar esculturas construídas com
a sobreposição de pedras. Com base nos conhecimentos
sobre equilíbrio e estática, é correto afirmar que cada
uma das esculturas está em equilíbrio estático
a) instável, pois o momento de força atuante na pedra
superior varia com o tempo.
b) estável, pois a resultante das forças que atuam sobre
a última pedra é positiva.
Michael Grab – Equilíbrio em Pedras Xc) instável, pois a resultante das forças que atuam
sobre o conjunto das pedras é nula.
Observando a figura, podemos concluir que todas as
esculturas estão dispostas de tal maneira que o movimento d) estável, pois a resultante das forças que atuam sobre
é eminente. Logo, apresentam equilíbrio estático instável. a primeira pedra é positiva.
e) instável, pois a resultante das forças que atuam
sobre o conjunto das pedras é negativa.
9. (UECE) Duas bicicletas são equipadas com freios de diferentes tecnologias. Uma delas tem a rotação
do pneu reduzida pela ação da força de atrito entre uma pastilha de freio e o aro, próximo ao pneu. Na
outra, o freio faz a pastilha realizar força de atrito em um disco concêntrico ao pneu, mas com diâmetro
muito pequeno em relação ao aro. Supondo que a força de atrito seja de mesma intensidade nos dois
FIS
τAro = Fat · R
r disco aro
→
τDisco = Fat · r
Logo, como R > r, temos:
τAro > τDisco > 0
LIVRO DE ATIVIDADES • • 21
APROFUNDAMENTO EQUILÍBRIO DO CORPO EXTENSO
10. (CEFET – GO) Uma pessoa tenta, manualmente,
com uma pequena chave de roda, desapertar $6Ǵ,0,/$2
uma porca que prende a roda de um carro 11. (CFTMG – MG) Um objeto cujo peso tem
que foi excessivamente apertada por um módulo P é colocado no ponto médio de uma
borracheiro. Depois de várias tentativas sem barra, de peso desprezível, apoiada sobre os
êxito, ela literalmente sobe sobre a chave de cavaletes A e B, conforme ilustrado:
roda, apoiando um de seus pés na extremidade
livre da mesma, a 30 cm do eixo da porca (ver
figura), e assim, com seu peso perpendicular à
barra, consegue seu objetivo. Sabendo-se que
a massa da pessoa é 70 kg e pode exercer, com
as mãos, uma força perpendicular à barra de, Sendo RA e RB as intensidades das forças
no máximo, 294 N, qual seria o comprimento exercidas na barra pelos apoios, é correto
mínimo de um pedaço de cano, envolvendo concluir que
completamente a barra-alavanca da chave de Xa) RA + RB = P c) RA = RB < P
roda, que ela poderia utilizar para aumentar b) RA – RB = P d) RA < RB < P
o braço desta alavanca e assim resolver o Além do peso da barra, atuam sobre ela as forças de contato RA e RB,
problema manualmente, de maneira mais fácil, conforme mostra a figura a seguir.
segura e com menos esforço? (Considere a
aceleração da gravidade g = 9,8 m/s2 e 70 kg
como sendo a massa correspondente ao peso
mínimo capaz de girar a porca.)
Cano Considerando que a força exercida pelo bloco sobre a barra tem o
30 cm mesmo módulo que o peso P do bloco, para o equilíbrio de translação
da barra, podemos concluir que a força peso é anulada pela soma das
1 cm
forças nos dois apoios, ou seja, RA + RB = P.
APERFEIÇOAMENTO
30 cm
a) 70,5 cm d) 70,0 cm
12. (UECE) Uma gangorra de um parque de
Xb)69,5 cm e) 69,0 cm diversão tem três assentos de cada lado,
c) 68,5 cm igualmente espaçados um do outro, nos
Quando a pessoa sobe na chave, o momento aplicado em relação ao respectivos lados da gangorra. Cinco assentos
eixo da porca é de:
estão ocupados por garotos cujas respectivas
M=F·d⇒M=m·g·d
massas e posições estão indicadas na figura:
M = 70 · 9,8 · 0,3
M = 205,8 N · m
A distância em relação ao eixo de rotação para que ela consiga o
mesmo momento, mas aplicando 294 N de força, é de:
M = F · d ⇒ 205,8 = 294 · d
d = 0,695 m ∴ d = 69,5 cm
LIVRO DE ATIVIDADES • • 23
C5 H17 Relacionar
informações apresentadas
em diferentes formas 16. (ENEM) As pessoas que utilizam objetos cujo princípio de funcionamento é o mesmo
de linguagem e
representação usadas do das alavancas aplicam uma força, chamada de força potente, em um dado ponto
nas ciências físicas, da barra, para superar ou equilibrar uma segunda força, chamada de resistente,
químicas ou biológicas, em outro ponto da barra. Por causa das diferentes distâncias entre os pontos de
como texto discursivo,
gráficos, tabelas, relações
aplicação das forças, potente e resistente, os seus efeitos também são diferentes. A
matemáticas ou linguagem figura mostra alguns exemplos desses objetos.
simbólica.
Em qual dos objetos a força
Em uma pinça, a força
potente está aplicada
potente é maior que a força
entre o fulcro e o ponto de resistente?
apoio da força resistente.
Xa) Pinça.
Portanto, a distância da
força potente em relação b) Alicate.
ao ponto de apoio é
menor que a distância da c) Quebra-nozes.
força resistente. Como d) Carrinho de mão.
seus torques devem ser
praticamente iguais, a e) Abridor de garrafa.
força potente é maior do
que a força resistente.
C5 H17 Relacionar 17. (ENEM) Retirar a roda de um carro é uma tarefa facilitada por algumas características
informações
apresentadas em
da ferramenta utilizada, habitualmente denominada chave de roda. As figuras
diferentes formas de representam alguns modelos de chaves de roda:
linguagem e representação
usadas nas ciências
físicas, químicas ou
biológicas, como texto
discursivo, gráficos,
tabelas, relações
matemáticas ou linguagem
simbólica.
Para forças de mesma
intensidade (F) aplicadas
perpendicularmente nas
Em condições usuais, qual desses modelos permite a retirada da roda com mais
extremidades dos braços
das chaves, temos os facilidade?
seguintes momentos: a) 1, em função de o momento da força ser menor.
M1 = 2 · F · 20 ⇒
M1 = F · 40 Xb) 1, em função da ação de um binário de forças.
F1 d2
índice 2 está relacionado à lâmina de corte. Sobre a vantagem mecânica da tesoura, é
correto afirmar:
a) Se d1 for menor que d2, F2 é maior que F1. Na relação da vantagem mecânica
b) Se d1 for menor que d2, F1 é igual a F2. apresentada no enunciado, percebemos
que F1 é inversamente proporcional a d1,
Xc) Se d1 for maior que d2, F2 é maior que F1. bem como F2 é inversamente proporcional
d) Se d1 for maior que d2, F1 é maior que F2. a d2. Logo, a única alternativa que traz
uma relação coerente com a proporção
e) Se d1 for igual a d2, F1 é maior que F2. apresentada é a c.
24 • • FÍSICA
APROFUNDAMENTO 100 cm
b) 16,5 N d) 14,5 N
Dados do enunciado: Considerando que as forças aplicadas pelos G G
Py = 20 N corpos sejam, em módulo, iguais a seus ¦ Manti-horário = ¦ Mhorário
pesos, temos:
Para resolver essa questão, podemos avaliar Py · 46 + Pv · 6 = Px · 40
o equilíbrio de rotação da barra em torno do →
20 · 46 + 10 · 6 = Px · 40
FA
ponto A.
920 + 60 = Px · 40
A figura a seguir mostra as forças aplicadas y x 980 = Px · 40
sobre a barra pelos centros de massa dos
z
corpos X e Y, bem como a reação do apoio →
Px = 24,5 N
→ A →
A sobre ela. Py Py Px
6 cm 40 cm
46 cm
3
cos 30° = sen 60° = 20 N
2 40 N
60 N
a) ͳԜͻͲͲȀ Xc) ͵ԜͺͲͲȀ e) ԜͲͲȀ Desenho Ilustrativo Fora de Escala
Fel x
K · x = 380 ⇒ K · 0,1 = 380
K = 3 800 N/m
LIVRO DE ATIVIDADES • • 25
21. (UNESP) Para alcançar o teto de uma garagem, 22. (FUVEST – SP) Um vídeo bastante popular na
uma pessoa sobe em uma escada AB e fica internet mostra um curioso experimento em
parada na posição indicada na figura 1. A que uma garrafa de água pendurada por uma
escada é mantida em repouso, presa por corda é mantida suspensa por um palito de
cordas horizontais, e apoiada no chão. Na dente apoiado em uma mesa.
figura 2 estão indicadas algumas distâncias e
desenhadas algumas forças que atuam sobre
a escada nessa situação: seu peso PE = 300 N,
a força aplicada pelo homem sobre a escada
G
FH = 560 N e a tração aplicada pelas cordas, T. A
força de contato com o solo, aplicada no ponto
B, não está indicada nessa figura.
G G
c) | F | = | P |cos(T)
26 • • FÍSICA
CAPÍTULO
TRA BA LHO E EN ERGI A
7
TRABALHO DE UMA FORÇA
Trabalho é uma grandeza escalar definida pela quantidade de energia transferida de um sistema a outro
ou transformada de um tipo em outro. O trabalho de uma força é representado por τF e é medido em
QHZWRQyPHWUR1bybPRXPDLVFRPXPHQWHHPMRXOH-QR6,
mov.
Nessa equação, o ângulo α
v
F F representa o ângulo
G entre os
vetores força ( F) e deslocamento
D D
G
(Δ s).
Casos particulares
Trabalho motor
DKO Estúdio
movimento e o deslocamento sofrido pelo corpo.
τF = F · Δs
Trabalho resistente
τF = –F · Δs
Trabalho nulo
LIVRO DE ATIVIDADES • • 27
Trabalho total das forças
O trabalho total realizado sobre o corpo pode ser calculado de duas formas:
I. pela determinação do trabalho da força resultante (τTotalb b WFR );
II. pela soma do trabalho próprio de cada força aplicada ao sistema
(τTotalb b W1 + W2 + W3 + W4 + W5 + ... + Wn ).
Energia cinética
A energia cinética (Ec) está relacionada ao movimento do corpo e não pode ser
armazenada.
vO v m v2
m m EC =
2
Δs
FIS
Energia potencial A g
m
A energia potencial gravitacional (Epg) está relacionada
a uma diferença de altura em relação a um referencial e P
Epg = m · g · h
28 • • FÍSICA
A energia potencial elástica (Epe) está
relacionada à deformação de um material elástico e
Teorema da energia cinética
pode ser armazenada. O trabalho realizado pela resultante das forças
que agem sobre um corpo para deslocá-lo entre dois
pontos é igual à variação da enérgica cinética do
corpo entre esses dois pontos.
WFR = ΔEc
Energia mecânica
As energias cinética e potencial dependem
Trabalho da força peso
de fatores diferentes. Enquanto a energia cinética
e variação da energia
está associada à velocidade de um corpo, a energia
potencial gravitacional:
potencial está associada à posição que ele ocupa
τP = –ΔEpg
em relação a certo nível de referência. Mas um
corpo pode apresentar simultaneamente essas duas
modalidades de energia.
A energia mecânica é uma grandeza escalar
definida pela soma da energia cinética e da energia
potencial de um sistema mecânico.
Trabalho da força
Ela é representada por Em e é medida em joule elástica e variação
kg m2 da energia potencial
(J) no SI, ou em . elástica:
s2
WF = –ΔEpe
el
Em = Ep + Ec
Sistemas conservativos
FIS
ΔEm = 0
LIVRO DE ATIVIDADES • • 29
Alguns exemplos de sistemas conservativos:
• lançamentos de
• movimento no plano
projéteis no vácuo; • sistema planetário;
inclinado sem atrito;
hA > h B
ΔEm = WF
dis
ATIVIDADES
30 • • FÍSICA
2. (UEMS) Um carro parte do repouso em uma $352)81'$0(172
trajetória retilínea sofrendo ação de uma
força que, em função do deslocamento, tem o 4. (FGV – SP) A figura mostra o mesmo bloco
seguinte comportamento: deslizando sobre duas rampas. A primeira
está inclinada de um ângulo θ1 em relação à
F (N) horizontal e a segunda está inclinada de um
100 ângulo θ2, também em relação à horizontal,
sendo θ1 menor que θ2.
d (m)
0 100 200 300
LIVRO DE ATIVIDADES • • 31
5. (UFRN) O conceito de energia é considerado
fundamental para a ciência. No entanto,
ENERGIA (CINÉTICA,
as variações de energia só são percebidas
nos processos de transformação desta,
POTENCIAL E MECÂNICA)
C6 H20 Caracterizar causas ou efeitos dos
durante a realização de um trabalho e/ou a $6Ǵ,0,/$2 movimentos de partículas, substâncias, objetos
transferência de calor. Para ilustrar a afirmação ou corpos celestes.
acima, considere que um caixote está sendo 6. (1(0 Um automóvel, em movimento
empurrado, ao longo de uma distância de uniforme, anda por uma estrada plana,
9,0 m, sobre o piso horizontal de um armazém, quando começa a descer uma ladeira, na qual
por um operário que realiza uma força o motorista faz com que o carro se mantenha
horizontal constante de 100,0 N. Considere, sempre com velocidade escalar constante.
ainda, que existe uma força de atrito de 90,0 N, Durante a descida, o que ocorre com as
produzida pelo contato entre o piso e o caixote. energias potencial, cinética e mecânica do
Dados: carro?
• Trabalho realizado sobre um corpo por a) A energia mecânica mantém-se constante,
uma força constante: τF = F · d · cos θ, onde já que a velocidade escalar não varia e,
portanto, a energia cinética é constante.
F é o módulo da força que atua sobre o
corpo, d é o módulo do vetor deslocamento b) A energia cinética aumenta, pois a energia
do corpo e θ o ângulo entre a força e o vetor potencial gravitacional diminui e quando
deslocamento. uma se reduz, a outra cresce.
• Teorema do trabalho-energia: WFr = ΔEC, c) A energia potencial gravitacional mantém-
onde Fr é o módulo da força resultante. -se constante, já que há apenas forças
conservativas agindo sobre o carro.
A partir dessas informações, calcule:
Xd) A energia mecânica diminui, pois a energia
a) o trabalho realizado pelo operário sobre o
caixote; cinética se mantém constante, mas a
F = 100 N
energia potencial gravitacional diminui.
Δs = 9 m e) A energia cinética mantém-se constante,
θ = 0° já que não há trabalho realizado sobre o
O trabalho realizado pelo operário sobre o caixote pode ser calcu- carro.
lado utilizando a seguinte equação: A energia potencial é dada por: Como o carro está em movimento
τF = F · Δs · cos θ Ep = m · g · h uniforme, a velocidade é
constante. Logo, a energia cinética
τF = 100 · 9 · 1 Sendo uma descida, a altura também permanece constante.
τF = 900 J diminui. Portanto, a energia
potencial gravitacional também A energia mecânica é calculada
b) o trabalho que é convertido em energia diminui. pela soma das energias potencial
e cinética. A energia potencial
térmica (trabalho do atrito); A energia cinética é dada por: diminui e a energia cinética
Fat = 90 N m v2 permanece constante; assim, a
Δs = 9 m EC = energia mecânica diminui.
2
α = 180°
Trabalho da força de atrito:
$3(5)(,2$0(172
τFat = Fat · Δs · cos θ
τFat = 90 · 9 · (–1) 7. (UECE) Um elevador, de modo simplificado,
τFat = –810 J pode ser descrito como um sistema composto
FIS
c) o trabalho da força resultante sobre o por duas massas ligadas por uma corda
caixote no processo. inextensível e suspensas por uma polia de
Para calcular o trabalho da força resultante sobre o caixote, basta eixo fixo. Uma das massas é um contrapeso e a
somar o trabalho realizado pelo operário e o trabalho da força de outra massa é a cabine com seus passageiros.
atrito: Considerando uma situação em que a cabine
τFR = τF + τFat executa uma viagem de subida, é correto
τFR = 900 + (–810) afirmar que:
τFR = 90 J
Xa) o trabalho realizado pela força peso é
negativo sobre a cabine e positivo sobre o
contrapeso.
32 • • FÍSICA
b) o trabalho total realizado pela força peso a) Qual é a constante elástica k da
sobre o conjunto cabine e contrapeso é micromola?
sempre nulo. Observando o gráfico, podemos concluir que:
c) a energia cinética do contrapeso tem F = 0,80 · 10–6 N
sempre o mesmo valor da energia cinética x = 0,80 μm = 0,80 · 10–6 m
da cabine, pois as duas velocidades têm o Aplicando os dados do gráfico na equação da força elástica, temos:
mesmo módulo. Fel = K · x ⇒ 0,80 · 10–6 = K · 0,80 · 10–6
K = 1,0 N/m
d) a energia potencial da cabine é sempre
decrescente nessa viagem.
a) Correta. A força peso é conservativa. Logo, o trabalho da força peso
b) Qual é a energia necessária para
pode ser representado por: produzir uma compressão de 0,10 μm na
τFcos = τP ⇒ τFcos = E micromola?
Dados do enunciado:
τFcons = τP = Epi − Epf = m · g · hi – m · g · hf = –m · g · (Δh)
x = 0,10 μm = 1,0 · 10–7 m
Quando a cabine sobe, o contrapeso desce. Para a subida da cabine,
hf > hi. Assim, como o Δh > 0, τP < 0 (negativo). Portanto, para a Para calcular a energia necessária para comprimir a mola, vamos
descida do contrapeso, hf < hi. Assim, como o Δh < 0, τP > 0. utilizar a seguinte equação:
b) Incorreta. Como o trabalho da força peso depende da massa do K x2
EPe =
corpo, a cabine e o contrapeso terão trabalhos de sinais contrários, 2
mas nunca de mesmo módulo, já que suas massas são diferentes. 1⋅ (1 ⋅ 10−7 )2
Assim, o somatório dos trabalhos não será nulo. EPe = = 0,5 · 10–14
2
c) Incorreta. Como a energia cinética depende da massa do corpo, a EPe = 5 · 10–15 J
cabine e o contrapeso terão energias cinéticas diferentes.
d) Incorreta. A energia potencial gravitacional da cabine é crescente, já c) O medidor de aceleração foi dimensionado
que na subida a altura do corpo está aumentando.
de forma que essa micromola sofra uma
APROFUNDAMENTO deformação de 0,50 μm quando a massa
tem uma aceleração de módulo igual a 25
8. (UNICAMP – SP) Sensores de dimensões vezes o da aceleração da gravidade. Qual é
muito pequenas têm sido acoplados a circuitos o valor da massa “m” ligada à micromola?
microeletrônicos. Um exemplo é um medidor Dados do enunciado:
de aceleração que consiste em uma massa x = 0,50 μm = 5,0 · 10–7 m
m presa a uma micromola de constante a = 25 · 10 = 250 m/s2
elástica k. Quando o conjunto é submetido a K = 1,0 N/m
G
uma aceleração a, a micromola
G se deforma, Para calcular a massa “m” ligada à micromola, basta igualar a equação
aplicando uma força Fel na massa (ver da 2ª. lei de Newton à força elástica:
medidor de aceleração.
ç
TEOREMAS QUE RELACIONAM
TRABALHO E ENERGIA
$6Ǵ,0,/$2
FIS
LIVRO DE ATIVIDADES • • 33
Assinale a alternativa correta abaixo considerando g = 9,8 m/s2.
Xa) Parte da energia cinética do saltador é convertida em energia potencial elástica na vara, o que
ajuda a impulsionar o atleta. Em um cálculo aproximado, considerando-se somente a conversão
de energia cinética em energia potencial gravitacional, a velocidade de Tiago pode ser estimada
como 39 km/h. Este valor, entretanto, não corresponde ao valor real, pois outras variáveis devem
ser consideradas.
b) A velocidade durante a corrida do saltador não é tão importante quanto à força física necessária
para firmar a vara no chão e depois utilizar a força dos braços para formar uma sólida alavanca,
responsável por elevar o atleta. Não é possível estimar qualquer valor de velocidade baseado
apenas nos dados fornecidos, pois é necessário conhecer o tempo que o atleta leva para chegar à
altura máxima.
c) Apenas uma pequena parte da energia cinética do saltador é convertida em energia potencial
elástica na vara. Em um cálculo aproximado, considerando-se somente a conversão de energia
cinética em energia potencial gravitacional, a velocidade de Tiago pode ser estimada como
39 km/h. Este valor corresponde ao valor real.
d) Toda energia cinética do saltador é convertida em energia potencial elástica na vara. Em um
cálculo aproximado, considerando-se somente a conversão de energia cinética em energia
potencial gravitacional, a velocidade de Tiago pode ser estimada como 35 km/h. Este valor
corresponde ao valor real.
e) A corrida não é tão importante quanto à força física necessária para firmar a vara no chão e
depois utilizar a força dos braços para formar uma sólida alavanca, responsável por elevar o
atleta. Com base nos dados do enunciado da questão, a velocidade de Tiago pode ser estimada
como 30 km/h.
Aplicando a conservação de energia mecânica, desprezando a perda h= 6,03 m
da energia cinética ao se transformar em energia elástica na vara e Considerando o solo como referencial, temos:
desconsiderando a energia cinética ainda mínima na altura máxima,
bem como o atrito com o ar, podemos estimar a velocidade final com Emi = Emf ⇒ Eci + Epi = Ecf + Epf
que o atleta faz sua tentativa de salto. m vi2
Eci = Epf ⇒ = m · g · hf ⇒ vi = 2 gh
Dados do enunciado: 2
m = 75 kg vi = 2 9, 8 6, 03 ⇒ vi = 10,87 m/s
g = 9,8 m/s2 vi = 39,1 km/h
10. (UECE) Um pêndulo ideal, formado por uma esfera presa a um fio, oscila em um plano vertical sob a
ação da gravidade, da tensão no fio e de uma força de atrito entre o ar e a esfera. Considere que essa
força de atrito seja proporcional à velocidade da esfera. Assim, é correto afirmar que, no ponto mais
baixo da trajetória, Para a situação descrita, no ponto mais alto, a energia potencial gravitacional é máxima, enquanto a energia
cinética é nula. No ponto mais baixo, a energia potencial gravitacional é mínima; e a energia cinética, máxima.
a) a energia cinética é máxima e a perda de energia mecânica pelo atrito é mínima. Logo, a perda de
energia mecânica por atrito no ponto mais baixo é máxima, já que a
b) a energia cinética e a potencial são máximas. força de atrito, de acordo com o enunciado, é proporcional à velocidade
e, nesse ponto, a velocidade é
Xc) a energia cinética e a perda de energia mecânica pelo atrito são máximas. máxima.
d) a energia cinética e a potencial são mínimas.
11. (FGV – SP) Devido a forças dissipativas, parte da energia mecânica de um sistema foi convertida em
calor, circunstância caracterizada pelo gráfico apresentado.
FIS
34 • • FÍSICA
$3(5)(,2$0(172
$$3(5)
3((5)
5)((,2$0(1
(,
, 22$0(1
$ 0 (1 7
722 C6 H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
12. (1(0 O brinquedo pula-pula (cama elástica) é composto por uma lona circular flexível horizontal
presa por molas à sua borda. As crianças brincam pulando sobre ela, alterando e alternando suas
formas de energia. Ao pular verticalmente, desprezando o atrito com o ar e os movimentos de rotação
do corpo enquanto salta, uma criança realiza um movimento periódico vertical em torno da posição
de equilíbrio da lona (h = 0), passando pelos pontos de máxima e de mínima alturas, hmáx e hmín,
respectivamente. Esquematicamente, o esboço do gráfico da energia cinética da criança em função de
sua posição vertical na situação descrita é:
a) d)
b) e)
Xc)
K x2
Ec = Em – m · g · h –
2
Observando a equação, podemos concluir que essa situação é
representada por uma função quadrática com coeficiente do termo de
segundo grau negativo. Logo, sua concavidade é voltada para baixo.
De acordo com o enunciado, há conservação da energia Segunda situação: 0 → hmáx
mecânica, uma vez que são desprezados o atrito com o ar e os Em = Ec + Ep
movimentos de rotação do corpo enquanto salta. Em = Ec + m · g · h
Para a resolução, vamos dividir o problema em duas situações. Isolando Ec, temos:
Primeira situação: hmín → 0 Ec = Em – m · g · h
Em = Ec + Ep + Epel Para essa etapa, a energia cinética diminui com o aumento da altura h.
K x2 Observando a equação, é possível concluir que se trata de uma função
Em = Ec + m · g · h + (com x = h) afim. Portanto, a alternativa que corresponde às situações descritas é
2
Isolando Ec: a letra c.
13. (UNIOESTE – PR) Um projétil é disparado do chão verticalmente com uma velocidade de 20,0 m/s. A
que altura ele estará, quando a sua velocidade for de 8,0 m/s? Considere que a perda de energia, devido
ao atrito com o ar, equivale a 20% da energia potencial gravitacional adquirida pelo projétil. Tome
FIS
g = 10,0 m/s2.
a) 21,0 m Xb) 14,0 m c) 8,50 m d) 12,0 m e) 23,5 m
Dados do problema: Em f – Em i = –0,2 · Ep 1 2 2
–1,2 · g · hf = (v v i )
vi = 20 m/s –0,2 · Ep = Epf + Ecf – Eci 2 f
vf = 8 m/s
m v 2f m vi2 –2,4 · 10 · hf = (82 – 202) ⇒ –24 · hf = 336
g = 10,0 m/s2 –0,2 · m · g · hf = m · g · hf + –
2 2 hf = 14,0 m
Variação da energia mecânica: v2 v2
–0,2 · g · hf – g · hf = f – i
Emf – Emi = ΔEm 2 2
Conforme descrito no enunciado, temos:
ΔEm = –0,2 · Ep
LIVRO DE ATIVIDADES • • 35
14. (PUC – SP) Um garoto corre com velocidade de Dessa forma, é possível concluir que o módulo
5 m/s em uma superfície horizontal. Ao atingir do trabalho das forças não conservativas, nesse
o ponto A, passa a deslizar pelo piso encerado percurso, é:
até atingir o ponto B, como mostra a figura. a) nulo c) 250 J e) 575 J
Xb) 75 J d) 325 J
Dados do enunciado:
g = 10 m/s2 vA = 5 m/s hA = 15 m
m = 2 kg vB = 10 m/s hB = 7,5 m
Aplicando o teorema da energia mecânica, temos:
WFncons
= ΔEm ⇒ WFncons
= (Ecf + Epf) – (Eci + Epi)
m vB2 m v 2A
WFncons =( + m · g · hB) – ( + m · g · h A)
2 2
2 2
2 10 25
WFncons =( + 2 · 10 · 7,5) – ( + 2 · 10 · 15)
2 2
WFncons
= 250 – 325 = –75 J
| WFncons
| = 75 J
Considerando a aceleração da gravidade
g = 10 m/s2, o coeficiente de atrito cinético $352)81'$0(172
$$352)
3522))881'$0(17
1''$$0((117
72
2
entre suas meias e o piso encerado é de:
16. (UPE) Uma partícula de massa m é abandonada
a) 0,050 c) 0,150 e) 0,250
de um ponto A cuja altura é igual a H e passa
Xb) 0,125 d) 0,200 pelos pontos B e C, conforme mostra a figura.
Dados do enunciado: As coordenadas do ponto C são iguais a xC = d
g = 10 m/s2 Δs = 10 m e yC = h, onde h < H, e as forças de atrito são
v0 = 5 m/s θ = 180° (ângulo formado entre desprezíveis. Sabendo que a altura máxima
os vetores força de atrito e
v=0
deslocamento)
atingida pela partícula vale ymáx, e sua
Considerando que a força de atrito seja a única força que atua na
coordenada horizontal, quando ela toca o solo,
direção do movimento, então, pelo teorema da energia cinética, temos: vale xmáx, assinale a alternativa correta.
WFR = ΔEC = ECf – ECi
m v 2f m vi2 m v 2f m vi2
WFat = – ⇒ Fat · Δs · cos 180° = –
2 2 2 2
2 2
m vf m vi
μ · N · Δs · cos 180° = – ⇒ μ · m · g · Δs · cos 180° =
2 2
m v 2f m vi2
–
2 2
02 52
μ · 10 · 10 · (–1) = – ⇒ –100 · μ = –12,5
2 2 a) ymáx = H – h
μ = 0,125
Xb) ymáx = (H – h)sen2 (θ) + h
15. (UNISA – SP) Em um local em que a aceleração c) xmáx = d + 2(H – h)sen (2θ)
da gravidade tem intensidade g = 10 m/s2, uma
esfera de massa m = 2 kg se move ao longo da d) xmáx = d + 2(H – h)sen (θ)
trajetória esquematizada. Sua velocidade ao e) xmáx = dcos (θ)
passar pelo ponto A é vA = 5 m/s e ao passar Como a força peso é a única Para calcular ymáx que o corpo
por B, vB = 10 m/s. força que realiza trabalho, atinge depois do ponto C, vamos
FIS
vC = 2 g (H h)
36 • • FÍSICA
17. (UFJF – MG) Um carro com massa total de V02P
Xd)
ͳԜͲͲͲ 2gF Dados do enunciado:
rampa com uma altura de 5 m em relação à sua V02P g = 10 m/s2 vf = 0
e)
base. O carro está com suas rodas travadas, gF v = v0 θ = 180°
mas desliza ao longo do comprimento da Para a resolução, vamos utilizar o
m v 20
rampa, que está coberta com uma fina camada teorema da energia mecânica: –F · d = – (equação 1)
2
de óleo, vazado do próprio carro. Suponha WFncons
= ΔEm
A massa pode ser escrita em
que o atrito entre as rodas do carro e a rampa Na situação descrita, a variação função do peso:
seja desprezível. No fim da rampa há um longo da energia mecânica corresponde
P
à variação da energia cinética. P=m·g⇒m=
trecho horizontal coberto por areia, cujo atrito Portanto, podemos utilizar o g
com as rodas do carro fazem-no parar a uma teorema da energia cinética: Substituindo m na equação 1,
determinada distância da base da rampa. F · Δs · cos 180° = temos:
Considere g = 10 m/s2 e que o coeficiente de m v 2f m vi2 –F · d = –
v 20 P
– ⇒ F · d · (–1) =
atrito cinético entre a areia e as rodas do carro 2 2 2g
m 02 m v 20 v 20 P
vale 0,5. 2
–
2 d=
2 gF
a) Determine a velocidade do carro na base
da rampa. 19. (ESPCEX – SP) Um corpo homogêneo de massa
Dados do enunciado: 2 kg desliza sobre uma superfície horizontal,
Em i = Em f
vi = 0 m/s sem atrito, com velocidade constante de 8 m/s
m v 2f no sentido indicado no desenho, caracterizando
hi = 5 m m · g · hi = ⇒ vf = 2 g h
2
hf = 0 m a situação 1.
v = 2 10 5 = 100
Como o atrito é desprezível, A partir do ponto A, inicia a subida da rampa,
vf = 10 m/s
para calcular a velocidade do onde existe atrito. O corpo sobe até parar na
carro na base da rampa vamos
utilizar a conservação da energia situação 2, e, nesse instante, a diferença entre
mecânica: as alturas dos centros de gravidade (CG) nas
b) Calcule a distância percorrida pelo carro situações 1 e 2 é 2,0 m.
desde a base da rampa até parar. A energia mecânica dissipada pelo atrito
Cálculo da força de atrito no eixo Utilizando a equação de Torricelli, durante a subida do corpo na rampa, da
horizontal coberto por areia: podemos determinar a distância situação 1 até a situação 2, é
Fat = μ · N ⇒ Fat = μ · m · g percorrida:
Dado: adote a aceleração da gravidade
Fat = 0,5 · 1 000 · 10 ⇒ v2 = v 20 + 2 · a · Δs ⇒
g = 10 m/s2
Fat = 5 000 N v 2 v 20
s =
Para calcular a aceleração, vamos 2a
utilizar a 2ª. lei de Newton:
0 102
FR = Fat ⇒ m · a = Fat Δs =
2 5
1 000 · a = 5 000
Δs = 10 m
a = 5 m/s2
Nesse caso, a aceleração é
negativa.
18. (ITA – SP) Uma pequena esfera com peso de
módulo P é arremessada verticalmente para
cima com velocidade de módulo v0 a partir do
solo. Durante todo o percurso, atua sobre a a) 10 J Xc)24 J e) 40 J
esfera uma força de resistência do ar de módulo
FIS
b) 12 J d) 36 J
F constante. A distância total percorrida pela Dados do enunciado:
esfera após muitas reflexões elásticas com o m = 2 kg g = 10 m/s2 hf = 2 m vi (A) = 8 m/s
solo é dada aproximadamente por
m v 2f
= m · g · hf + Edis
V02 (P F) 2
a)
2gF 2 82
= 2 · 10 · 2 + Edis ⇒ Edis = 64 – 40
2 2
V (P + F )
b) 0 Edis = 24 J
2gF
2V02P
c)
gF
LIVRO DE ATIVIDADES • • 37
CAPÍTULO
I M PU LSO E QUA NTI DA DE
DE MOV I M ENTO
8
A quantidade de movimento é uma grandeza
vetorial definida pelo produto da massa de um TEOREMA DO IMPULSO
corpo por sua velocidade. No SI, Ga quantidade de
O impulso de uma força resultante responsável
movimento é representada por Q e é medida em
pelo movimento é igual à variação da quantidade
⎛ kg ⋅ m ⎞
quilograma-metro por segundo ⎜ ⎟. de movimento do corpo no intervalo de tempo
⎝ s ⎠ considerado.
G G
Módulo: Q = m · v IFR = 'Q
G
Q Direção: do vetor velocidade.
Sentido: do vetor velocidade.
m
v
COLISÕES
Se o impulso das forças externas sobre
um sistema for desprezível, sua quantidade de
movimento irá se manter constante durante o
intervalo de tempo de um evento (uma explosão,
IMPULSO DE UMA FORÇA uma batida, um empurrão, etc).
Observe o exemplo de colisão a seguir:
O impulso de uma força é uma grandeza vetorial
definida pelo produto entre força aplicada em um
corpo e o intervalo de tempo de aplicação dessa
G
força. No SI, o impulso é representado por I F e é
medido em newton-segundo (N · s).
G Módulo: I = F · Δt
IF Direção: do vetor força.
Sentido: do vetor força.
38 • • FÍSICA
• Há perda de energia cinética (E&bGHSRLVbb(&bDQWHV). mA mB mA mB
vA vB
v
• O coeficiente de restituição vale zero (eb=b0).
Antes Depois
mA mB mA mB
vA vB v’A v’B
Antes + Depois +
ATIVIDADES
Q = M · v (equação 1)
Considerando que a resistência do ar é desprezível e que v0 = 0, a
velocidade da esfera, imediatamente antes de tocar o solo, é:
v = g · T (equação 2)
Substituindo os dados da equação 2 na equação 1, temos:
Q=M·g·T
LIVRO DE ATIVIDADES • • 39
2. (UFSM – RS) Ao preparar um corredor para
uma prova rápida, o treinador observa que o Ele será impulsionado por dois mecanismos
desempenho dele pode ser descrito, de forma azimutais, em que o motor inteiro se movimenta
aproximada, pelo seguinte gráfico: para fazer o navio virar. Seu conjunto de baterias
pode prover até 4 MWh.
A navegação autônoma se baseará em um
extenso conjunto de sensores redundantes,
incluindo câmeras no visível e no infravermelho,
Radar (Radio Detection And Ranging), Lidar
(Light Detection And Ranging) e AIS (Automatic
Identification System), um sistema de
monitoramento de curto alcance já utilizado em
[...] navios e serviços de tráfego de embarcações.
Se o corredor [...] tem massa de 90 kg, qual a
<https://tinyurl.com/yapk5b5f> Acesso em: 10.10.2018. Adaptado.
quantidade de movimento, em kg · m/s, que ele
¹Calado – distância vertical entre a superfície da água e a parte mais baixa
apresentará ao final da aceleração?
do navio naquele ponto.
Xa) ͳԜͳʹͷ d) ͳͶԜͲʹ
Se o navio, considerado estável, percorre
b) ʹԜʹͷͲ e) ʹʹԜͷͲͲ
um trecho qualquer em velocidade de
c) ͳͲԜͲͲͲ cruzeiro, podemos concluir que a quantidade
Analisando o gráfico, é possível perceber que o corredor para de de movimento, em kg · m/s, nesse trecho
acelerar quando atinge a velocidade de 12,5 m/s. De acordo com o
enunciado, o atleta tem massa de 90 kg. especificado é, aproximadamente,
Substituindo esses dados na equação da quantidade de movimento, a) 1,37 · 104 Xd) 1,37 · 10
7
temos:
b) ͶǡͻͷȉͳͲ4 e) ͶǡͻͷȉͳͲ7
Q = m · v ⇒ Q = 90 · 12,5
Q = 1 125 kg · m/s
c) 8,32 · 104
Dados do enunciado:
40 • • FÍSICA
a) 1,0 · 103 kg · m/s De acordo com o enunciado,
o automóvel se desloca com IMPULSO DE UMA FORÇA E
b) 1,8 · 103 kg · m/s
TEOREMA DO IMPULSO
velocidade constante. Logo, ele
c) 2,0 · 103 kg · m/s está em movimento uniforme.
Para determinar sua velocidade,
Xd) 3,0 · 103 kg · m/s basta aplicar os dados do gráfico
na equação da velocidade média: $6Ǵ,0,/$2
$$6
6ǴǴ,0,/$
Ǵ,0,/$
,0,/$22
e) ͷǡͲȉͳͲ3 kg · m/s
's s s
6. (UDESC) O airbag e o cinto de segurança são
v= ⇒v= f i
't t f ti
itens de segurança presentes em todos os
Nesse caso, s equivale a x. Substituindo o valor da carros novos fabricados no Brasil. Utilizando
Substituindo os dados do gráfico, velocidade na equação da os conceitos da primeira lei de Newton, de
temos: quantidade de movimento, impulso de uma força e variação da quantidade
5 ( 4) 9 temos:
v= ⇒v= de movimento, analise as proposições.
52 3 Q = m · v ⇒ Q = 1 · 103 · 3
v = 3 m/s Q = 3,0 · 103 kg · m/s I. O airbag aumenta o impulso da força
média atuante sobre o ocupante do carro
$352)81'$0(172 na colisão com o painel, aumentando a
5. (UFPR) Um objeto de massa m constante quantidade de movimento do ocupante.
está situado no topo de um plano inclinado II. O airbag aumenta o tempo da colisão
sem atrito, de ângulo de inclinação θ, do ocupante do carro com o painel,
conforme mostra a figura ao [...]. O objeto está diminuindo, assim, a força média atuante
inicialmente em repouso, a uma altura H sobre ele mesmo na colisão.
da base do plano inclinado, e pode ser III. O cinto de segurança impede que o
considerado uma partícula, tendo em conta ocupante do carro, em uma colisão,
as dimensões envolvidas. Num dado instante, continue se deslocando com um
ele é solto e desce o plano inclinado, chegando movimento retilíneo uniforme.
à sua base num instante posterior. Durante o IV. O cinto de segurança desacelera o ocupante
movimento, o objeto não fica sujeito a nenhum do carro em uma colisão, aumentando a
tipo de atrito e as observações são feitas por quantidade de movimento do ocupante.
um referencial inercial. No local, a aceleração
gravitacional vale, em módulo, g. Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e IV
são verdadeiras.
Xb) Somente as afirmativas II e III
são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas I e III
são verdadeiras.
Levando em consideração os dados d) Somente as afirmativas II e IV
apresentados, assinale a alternativa que são verdadeiras.
corresponde ao valor do módulo da quantidade e) Todas as afirmativas são verdadeiras.
de movimento (momento linear) Q que o objeto I. Incorreta. O impulso durante a colisão é mantido constante. O
de massa m adquire ao chegar à base do plano airbag provoca a diminuição da força média de impacto e aumen-
ta o tempo de colisão.
inclinado.
II. Correta. Para que o impulso se mantenha constante, é neces-
Xa) Q = m 2gH d) Q = m 2gH sen T sário o aumento do tempo de colisão e, consequentemente, a
FIS
LIVRO DE ATIVIDADES • • 41
$3(5)(,2$0(172 $352)81'$0(172
7. (FFFCMPA – RS) Em uma cobrança de 9. (ACAFE – SC) Um drone eleva uma caixa de
penalidade máxima, estando a bola de futebol ͷǡͲ
inicialmente em repouso, um jogador lhe módulo 2 m/s, como mostra a figura abaixo. Em
imprime a velocidade de aproximadamente certa altura, o fio que prende a caixa ao drone
108 km/h. Sabe-se que a massa da bola é de arrebenta e o drone passa a subir sozinho.
ͷͲͲǡ
ǡ±
do jogador permanece em contato com ela
ͲǡͲͳͷǤ±
pé do jogador aplica na bola tem o valor de,
aproximadamente:
a) ͷ c) ͷͲͲ e) ʹԜͲͲͲ
b) ͷͲ Xd) ͳԜͲͲͲ
Dados do enunciado: I = Q – Q0
m = 500 g = 0,5 kg F · Δt = m · |Δv| ⇒ F · Δt = m · v
Considere o intervalo de tempo entre o instante
vi = 0 m/s – m · v0 ⇒ F · Δt = m · (v – v0) em que a caixa se solta do drone e o instante
vf = 108 km/h = 30 m/s F · 0,015 = 0,5 · (30 – 0) ⇒ F · em que a caixa começa a descer para marcar
Δt = 0,015 s
0,015 = 15 com V as afirmações verdadeiras e com F as
Substituindo os dados do exercício
F = 1 000 N falsas. Considere o sistema conservativo.
no teorema do impulso, temos:
( V ) O trabalho realizado pela força peso sobre
8. (UFJF – MG) A possibilidade de diminuir o a caixa é –10 J.
módulo da força que atua sobre um objeto até
( F ) A quantidade de movimento da caixa
ele parar, aumentando-se o tempo de atuação
permanece constante.
da força, tem muitas aplicações práticas como,
por exemplo, o uso de “airbags” em automóveis ( V ) O impulso aplicado pela força peso sobre a
ou, nas competições de salto em altura, o uso de caixa é –10 N · s.
colchões para aparar a queda dos atletas. Um
( V ) A energia cinética da caixa na altura
atleta cai sobre um colchão de ar, recebendo
máxima alcançada é nula.
ͲͲȉǤ±±
F que atua sobre esse atleta e qual é a variação ( F ) A energia potencial gravitacional do drone
da quantidade de movimento ΔQ do atleta, permanece constante.
respectivamente, nas seguintes situações: (i) se A sequência correta, de cima para baixo, é:
Ͳǡͷ×
ǡȋȌ Xa) V – F – V – V – F c) F – V – F – V – V
para 0,1 s após o impacto inicial?
b) V – V – F – F – F d) F – F – V – F – V
a) ȋȌ αͳԜʹͲͲΔαͲͲȉǢȋȌ
αԜͲͲͲΔα͵ԜͲͲͲȉǤ Dados do enunciado: A segunda afirmação é falsa.
Como a velocidade varia após o
b) (i) F = 300 N e Δα͵ԜͲͲͲȉǢȋȌ m = 5 kg
rompimento do fio, a quantidade
αͲΔαͲͲȉǤ v0= 2 m/s de movimento também varia, pois
A primeira afirmação é verdadeira. Q = m · v.
c) (i) F = 300 N e ΔαͲͲȉǢȋȌ Primeiramente, para calcular A terceira afirmação é verdadeira.
αͲΔαͲͲȉǤ o trabalho realizado pela força O impulso é dado por:
peso sobre a caixa, precisamos
Xd) ȋȌ αͳԜʹͲͲΔαͲͲȉǢȋȌ I = Q – Q0 ⇒ I = m · Δv
FIS
0, 4
a) Ͳǡͷ b) 0,84 c) ͳǡͲ Xd) 2,24
Dados do enunciado:
m = 0,14 kg
vA = 10 m/s
vB = 6 m/s
Como se trata de uma colisão, podemos aplicar o princípio da
conservação da quantidade de movimento:
Qantes = Qdepois ⇒ mA · vA + mB · vB = Qdepois
0,14 · 10 + 0,14 · 6 = Qdepois ⇒ 1,4 + 0,84 = Qdepois
Qdepois = 2,24 kg · m/s
LIVRO DE ATIVIDADES • • 43
$3(5)(,2$0(172
$$3(5)
3((5)
5)((,2$0(1
(,
, 22$0(1
$ 0 (1 7
722 C6 H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
b) d)
Como se trata de sistema mecanicamente isolado,
há conservação da quantidade de movimento:
Qdepois = Qantes ⇒ Qdepois = 3 · mv
carrinho 1 carrinho 2
44 • • FÍSICA
C6 H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas,
substâncias, objetos ou corpos celestes.
15. (1(0 Durante um reparo na Estação Espacial 17. (UEFS – BA) O termo colisão representa um
Internacional, um cosmonauta, de massa evento durante o qual duas partículas se
90 kg, substitui uma bomba do sistema de aproximam e interagem por meio de forças
ǡ͵Ͳǡ que são consideradas como muito maiores
danificada. Inicialmente, o cosmonauta e a que quaisquer forças externas presentes. Um
bomba estão em repouso em relação à estação. bloco A, de massa igual a 0,4 kg, inicialmente
Quando ele empurra a bomba para o espaço, em repouso na horizontal, em uma superfície
ele é empurrado no sentido oposto. Nesse sem atrito, é atingido por um bloco B de 0,2 kg
processo, a bomba adquire uma velocidade de que se movimenta ao longo do eixo x com uma
0,2 m/s em relação à estação. velocidade de 2,0 m/s. Após a colisão, o bloco
Qual é o valor da velocidade escalar adquirida B atinge uma velocidade de 0,4 m/s no sentido
pelo cosmonauta, em relação à estação, após o oposto ao inicial.
empurrão? Com base nessas informações, é correto
a) ͲǡͲͷȀ c) 0,40 m/s Xe) 0,80 m/s afirmar que a energia cinética perdida na
colisão, em mJ, é igual a:
b) 0,20 m/s d) ͲǡͷͲȀ
Como o sistema é mecanicamente isolado, há conservação da a) 104 c) 100 Xe) ͻ
quantidade de movimento: b) 102 d) 98
Qantes = Qdepois Dados do enunciado:
0 = mC · vC + mB · vB ⇒ 0 = 90 · vC + 360 · 0,2 mA = 0,4 kg vA = 0 v’B = –0,4 m/s
90 · vC = –72 mB = 0,2 kg vB = 2 m/s
vC = –0,8 m/s Como o sistema é mecanicamente isolado, há conservação da
A velocidade adquirida pelo cosmonauta, em módulo, é igual a 0,8 m/s. quantidade de movimento:
Qantes = Qdepois ⇒ mA · vA + mB · vB = mA · v’A + mB · v’B
16. (FUVEST – SP) Um rapaz de massa m1 corre
0,4 · 0 + 0,2 · 2 = 0,4 · v’A + 0,2 · (–0,4)
numa pista horizontal e pula sobre um skate
0,4 + 0,08 = 0,4 · v’A
de massa m2, que se encontra inicialmente
v’A = 1,2 m/s
em repouso. Com o impacto, o skate adquire
Agora, vamos calcular a energia cinética perdida:
velocidade e o conjunto rapaz + skate segue em
mB ⋅ (vB )2 0, 2 ⋅ ( 2 )
2
direção a uma rampa e atinge uma altura máxima Eantes = = = 0,4 J
h. A velocidade do rapaz, imediatamente antes de 2 2
tocar no skate, é dada por Edepois =
mA (v ’A )2 m (v ’B )2
+ B
2 2
Note e adote: 0, 4 ⋅ (1, 2 )
2
0, 2 ⋅ ( − 0, 4 )
2
Edepois = +
Considere que o sistema rapaz + skate não 2 2
perde energia devido a forças dissipativas, Edepois = 0,288 + 0,016 = 0,304 J
após a colisão. Ediss = |Edepois – Eantes|
Ediss = |0,304 – 0,4| = 0,096 J
(m1 + m2 ) (m1 + m2 ) Ediss = 96 mJ
a) gh Xd) 2gh
m2 m1 18. (UNICAMP – SP) Recentemente, um foguete
b)
(m1 + m2 )
gh e)
(2m1 + m2 )
gh da empresa americana SpaceX foi lançado
2m1 m1 na Flórida (EUA), levando dois astronautas à
m1 Vamos considerar v a velocidade do rapaz Estação Espacial Internacional (ISS). Este foi
c) 2gh imediatamente antes de tocar no skate, e v’ o primeiro lançamento tripulado dos EUA em
FIS
Ͷͷι
Ǥ
$352)81'$0(172
19. (UFRGS – RS) A figura abaixo mostra dois
corpos, identificados como X e Y, cada um de
massa 1 kg, movendo-se sobre uma superfície
horizontal sem atrito. Os módulos de suas
velocidades são vX = 4m/s e vYαȀǤ
46 • • FÍSICA
A partícula, agora, descreve uma trajetória 21. (FMJ – SP) Uma bola de massa 1 kg é chutada a
parabólica e, ao atingir seu ponto de altura 12 m/s, a partir do solo, formando um ângulo
máxima, nessa trajetória, ela se acopla a uma Ͷͷι
Ǥ
partícula 2, sofrendo, portanto, uma colisão mais alto de sua trajetória, a bola colide e adere
inelástica. a um balde de massa 2 kg, que se encontra em
Essa segunda partícula possui o dobro de repouso na extremidade de uma plataforma
massa da primeira, está em repouso antes da plana e horizontal, conforme mostra a figura
colisão e está presa ao teto por um fio ideal,
de comprimento maior que H, constituindo,
assim, um pêndulo. Considerando que apenas
na colisão atuaram forças dissipativas, e que
o campo gravitacional local é constante. O
sistema formado pelas partículas 1 e 2 atinge
uma altura máxima h igual a:
H H H H
a) b) c) Xd)
3 9 16 18
Considerando a aceleração da gravidade
Realizaremos as etapas de resolução com base na ilustração a seguir. bPV2, 2 b≅bHDUHVLVW¬QFLDGRDUGHVSUH]¯YHO
determine:
D
a) a altura máxima, em metros, atingida pela
C bola.
x Dados do enunciado:
vi = 12 m/s θ = 45° mba = 2 kg
g = 10 m/s2 mbo = 1 kg
Para calcular o tempo que a bolinha leva para atingir a altura máxima,
Para determinar a velocidade (vB) da partícula 1 após o lançamento vamos utilizar a equação da velocidade do MUV:
oblíquo, vamos utilizar a conservação da quantidade de movimento, 2
adotando o nível horizontal do ponto B como: vy = v0y – g · t ⇒ 0 = 12 · – 10 · t
2
EMi = EMf ⇒ Epi = Ecf t = 0,85 s
Utilizando a função horária do MUV, obtemos a altura máxima:
m vB2
m·g·H= ⇒ vB = 2 g H g 2
2 hmáx = h0 + v0y · t – ·t
Antes de a partícula 1 colidir com a partícula 2, sua velocidade (vc) é 2
igual à componente horizontal de vB: hmáx = 0 + 8,5 · 0,85 – 5 · 0,852
2 hmáx ≅ 3,6 m
vC = vBx = vB · cos 45° = 2 gH ∴ vC = g H
2
Para determinar a altura máxima da partícula 1 após o lançamento do
ponto B, utilizaremos a equação de Torricelli: b) a velocidade da bola, em m/s,
vc2 = vBx2 – 2 · g · x ⇒ 0 = ( g H )2 – 2 · g · x imediatamente antes e depois da colisão
H totalmente inelástica com o balde.
x=
2 Imediatamente antes da colisão, a velocidade da bola é igual à
Observando a figura do enunciado, podemos concluir que m1 = m e velocidade horizontal de vi:
m2 = 2m. Para determinar a velocidade após o choque, aplicaremos o 2
princípio da conservação da quantidade movimento: vx = vi · cos 45° ⇒ vx = 12 ·
2
Qantes = Qdepois ⇒ m · vC = (m + 2 · m) · v’ vx = 8,4 m/s
Para calcular a velocidade imediatamente após a colisão, vamos utilizar
FIS
m vC gH
v’ = ∴ v’ = a conservação da quantidade de movimento:
3 m 3
Qantes = Qdepois ⇒ mbo · vi + mba · vba = (mbo + mba) · v
Aplicando novamente a conservação da energia mecânica logo após a
colisão até o ponto D, obtemos o valor de h: mbo vi + mba vba 1 8, 4 + 2 0 8, 4
v’ = ⇒v= =
Emi = Emf mbo + mba 1+ 2 3
2 v ≅ 2,8 m/s
3 m ⎛ g⋅H ⎞ H ⎛ H⎞
· ⎜
⎜ 3 ⎟⎟
+ 3 m g = 3 · m · g · ⎜h + ⎟
2 ⎝ ⎠ 2 ⎝ 2⎠
3 m g H H H
· +3·m·g· =3·m·g·h+3·m·g·
2 9 2 2
H
h=
18
LIVRO DE ATIVIDADES • • 47
22. (AMAN – SP) Dois blocos A e B, livres da ação de
quaisquer forças externas, movem-se separadamente
em um plano horizontal cujo piso é perfeitamente liso,
sem atrito. (ANTES DA COLISÃO)
O bloco A tem massa mA = 1 kg e move-se com uma
velocidade vA = 1 m/s, na direção do eixo y, no sentido
indicado no desenho.
O bloco B tem massa mB = 1 kg e move-se com
velocidade vBαʹȀͲι
eixo y, no sentido indicado no desenho. Após a colisão
movimentam-se juntos em outro piso, só que agora
rugoso, com coeficiente de atrito cinético μC = 0,1,
conforme o desenho [...]. (DEPOIS DA COLISÃO)
O conjunto dos blocos A e B, agora unidos, percorreu até parar a distância de:
Dados:
aceleração da gravidade g = 10 m/s2
3 1
Ͳια
Ͳια
2 2
a) 0,200 m b) 0,340 m c) ͲǡͷͲ Xd) Ͳǡͺͷ e) ͲǡͻͷͲ
Dados: Decomposição da velocidade no bloco B: 2
⎛ 3⎞
μC = 0,1 v’2 = v ’2x + v ’2y ⇒ v’2 = ⎜ + 12 =
mA = 1 kg mB = 1 kg 3 ⎜ 2 ⎟⎟
vA = 1 m/s vB = 2 m/s g = 10 m/s2
vBx = vB · sen 60° = 2 · = 3 m/s ⎝ ⎠
2 3 7
1 + 1 ⇒ v’2 = m/s
A figura mostra a decomposição do vetor vBy = vB · cos 60° = 2 · = 1 m/s 4 4
velocidade após a colisão: 2
Utilizando o teorema da energia cinética,
Conservação da quantidade de movimento no obtemos a distância d percorrida após a
B A
eixo x: colisão:
vBx
Qantes (x) = Qdepois (x) ⇒ mB · vBx = (mA + mB) · vx’ τFr = ΔEC
vBy 60° vA
3 FAt · Δs · cos 180° = EC final – EC inicial
60°
1 · 3 = (1 + 1) · vx’ ⇒ vx’ = m/s
2
–μC · (mA + mB) · g · d = 0 –
(mA + mB ) v’2
Conservação da quantidade de movimento no
A+B 2
vx’ eixo y:
(1 + 1) ⋅ ( 7 4 )
Qantes (y) = Qdepois (y) ⇒ 0,1 · (1 + 1) · 10 · d =
vy’ v’ mB · vBy + mA · vAy = (mA + mB) · vy’ 2
7
1 · 1 + 1 · 1 = (1 + 1) · vy’ ⇒ vy’ = 1 m/s 0,1 · 10 · d =
8
Para determinar v’, basta aplicar o teorema de d = 0,875 m
Pitágoras:
23. (AMAN – SP) Dois caminhões de massa m1 = 2,0 ton e m2 = 4,0 ton, com
velocidades v1 = 30 m/s e v2 = 20 m/s, respectivamente, e trajetórias
perpendiculares entre si, colidem em um cruzamento no ponto G e
passam a se movimentar unidos até o ponto H, conforme a figura ao
lado. Considerando o choque perfeitamente inelástico, o módulo da
velocidade dos veículos imediatamente após a colisão é:
FIS