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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO- UFMA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA - CCET


COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA
LABORATÓRIO DE CALOR E FLUÍDO

1° EXPERIMENTO:
NÚMERO DE REYNOLDS

PROF. GLAUBER CRUZ


DISCENTES: RAFYZA NALU DE FATIMA SILVA - 2022024826
VICTOR RUBEN SILVA CÂMARA - 2021015850

SÃO LUÍS - MA
2022

8
RAFYZA NALU DE FATIMA SILVA - 2022024826
VICTOR RUBEN SILVA CÂMARA - 2021015850

Relatório de experimento apresentado


como parte dos requisitos para
aprovação na disciplina Laboratório de
Calor e Fluído I, do período 2022.2,
ministrado pelo Prof. Clauber Cruz.

Universidade Federal do Maranhão - UFMA


Coordenação do curso de Engenharia Mecânica
Laboratório de Calor e Fluído I

São Luís -Ma


Setembro de 2022
RESUMO

Em experiências, Reynolds demonstrou a existência de dois tipos de


escoamento, a partir de um número adimensional usado para o cálculo do regime
de escoamento de um fluido sobre determinada superfície e a depender do valor do
módulo de velocidade do fluido, o regime pode ser classificado em três tipos
distintos. Regime Laminar, Transição e Turbulento. O objetivo deste experimento é
visualizar o tipo de escoamento de um fluido por um tubo, e através do número de
Reynolds determinar o tipo de escoamento por meio da vazão do fluido. Para essa
determinação, foi calculado o número de Reynolds através das características
físicas do fluido, água, tais como a velocidade de escoamento, a massa específica e
a viscosidade dinâmica da água, além dos diâmetros dos tubos utilizados.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Escoamento Laminar…………………..……………………………………………...…8

Figura 2. Escoamento Turbulento …………………………………………………………………9

Figura 3 - Dispositivo de Reynolds ……………………………………………………………….10

Figura 4 - Bancada para o experimento de Reynolds………………………………………..…11

Figura 5 - Válvula de descarga………………………………………………………………...….12

Figura 6 - Béquer de 2,5 L com precisão de 200 ml e Béquer de 1,5 L com precisão de
50 ml………………………………………………..………………………………………………..12
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Regime laminar…………………………………………………………………………..12

Tabela 2: Regime de transição…………………………………………………………………….13

Tabela 3: Regime Turbulento………………………………………………………………………13

Tabela 4: 17
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Levantamento Laminar 1……………………………………………………...……….14

Gráfico 2: Levantamento Laminar 2………………………………………………………………14

Gráfico 3: Levantamento Laminar 3………………………………………………………………15

Gráfico 4: Levantamento de Transição 1…………………………………………………………15

Gráfico 5: Levantamento de Transição 2………………………………………………………...15

Gráfico 6: Levantamento de transição 3………………………………………………………….16

Gráfico 7: Levantamento Turbulento 1……………………………………………………………16

Gráfico 8: Levantamento Turbulento 2……………………………………………………………16

Gráfico 9: Levantamento Turbulento 3……………………………………………………………17


Sumário

INTRODUÇÃO 8

OBJETIVO 9

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 9

MATERIAIS 11

MÉTODOS 11

RESULTADOS E DISCUSSÃO 13

CONCLUSÃO

RE19FERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO

Fluidos são substâncias que são capazes de escoar e cujo volume toma a
forma de seu recipiente. Quando em equilíbrio, os fluidos não suportam forças
tangenciais ou cisalhantes, podendo se deformar continuamente sob a aplicação de
uma tensão de cisalhamento. Todos os fluidos possuem um certo grau de
compressibilidade e oferecem pequena resistência à mudança de forma, a
viscosidade.

O escoamento de líquidos ou gases através de tubos ou dutos é geralmente


usado em aplicações de aquecimento e resfriamento e nas redes de distribuição de
fluidos. Nesse tipo de escoamento, o fluido, em geral, é forçado a escoar por um
ventilador ou uma bomba. De forma geral, tubos apresentam seções de escoamento
de seção transversal circular, onde escoam líquidos. Já os gases circulam
geralmente por dutos, que possuem seções de escoamento de seção transversal
não circular (ÇENGEL e CIMBALA, 2011).

De acordo com ÇENGEL (2007), quando duas camadas fluidas se movem


uma em relação à outra, desenvolve-se uma força de atrito entre elas e a camada
mais lenta tenta reduzir a velocidade da camada mais rápida. Tal resistência interna
ao escoamento é quantificada pela propriedade do fluido chamada de viscosidade.

Em 1880, Osborne Reynolds, engenheiro britânico, estudou a transição entre


os regimes laminar e turbulento em um tubo. Ele comparou os parâmetros e
encontrou um critério pelo qual o regime pode ser classificado, que corresponde ao
número de Reynolds, razão entre as forças de inércia e as forças viscosas (FOX &
MCDONALD, 2006).

Quando a viscosidade age no fluido no sentido de amortecer a tendência de


surgimento da turbulência, tem-se um escoamento laminar. As partículas do fluido
movem-se ao longo de trajetórias bem definidas, apresentando lâminas ou
camadas, cada uma delas preservando sua característica no meio, apresentado na
figura 1

Figura 1- Escoamento Laminar


O escoamento laminar ocorre geralmente a baixas velocidades e em fluidos
que apresentam grande viscosidade. O que garante a organização das partículas do
fluido durante o movimento são as tensões viscosas entre as várias camadas do
fluido, as forças devido a essas tensões são grandes o suficiente para conter as
forças de inércia.

Em contrapartida, se as partículas do fluido não se movem ao longo de


trajetórias bem definidas, ou seja, apresentam trajetórias irregulares, com
movimento aleatório, tem-se um escoamento do tipo turbulento, em que geralmente
encontram-se fluidos com baixa viscosidade, como apresentado na figura 2

Figura 2 - Escoamento Turbulento

2. OBJETIVO:

O experimento teve como objetivo observar a diferença entre um escoamento


laminar e turbulento, verificando também o regime de transição, bem como
determinar o número de Reynolds para o fluxo de água em cada tipo de
escoamento.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:

Em 1883 Reynolds demonstrou a existência desses dois tipos de


escoamento. O experimento teve como objetivo a visualização do padrão de
escoamento de água através de um tubo de vidro, com auxílio de um fluido colorido
(corante).
O número de Reynolds é de suma importância, seja com ou sem superfície
livre, podendo ser desprezado somente em regiões do escoamento distantes dos
altos gradientes de velocidade fluidos (WHITE, 2010). Esse parâmetro é uma
medida da razão entre as forças e a inércia e efeitos viscosos (MUNSON, 2004).
Assim,

𝑅𝑒 = 𝘱𝑉²𝐿²/μ𝑉𝐿 = 𝘱𝑉𝐿/μ = 𝑉𝐿/υ (1)


Onde L é o comprimento (m) característico (diâmetro do tubo), V é a
velocidade (m/s) do escoamento e υ é a viscosidade cinemática do fluido (m²/s),
determinada por
υ = 𝘱/μ (2)

Quanto maior for o valor do número de Reynolds, maior será a chance do


escoamento tornasse instável, pois as forças de inércia irão superar as forças
viscosas e começar a dominar o escoamento (HIBBELER, 2014)

Reynolds utilizou um dispositivo que consiste de um tubo transparente


inserido em um recipiente com paredes de vidro, onde um corante é introduzido na
entrada do tubo, apresentado na figura 3. Para pequenas vazões o líquido corante
forma um filete contínuo paralelo ao eixo do tubo e assim que as vazões vão
crescendo ocorre oscilações que aumentam à medida que o crescimento vai
ocorrendo, resultando no completo desaparecimento do filete. (NETO, 2011)

Figura 3 - Dispositivo de Reynolds


4. MATERIAIS E MÉTODOS:

4.1 Materiais

● Bancada para o experimento Reynolds


● Reservatório de água
● Balde
● Proveta de 2,5 L com precisão de 200 ml
● Proveta de 1,5 L com precisão de 50 ml
● Um Cronômetro

4.2 Métodos

Inicialmente foi verificado o nível da água no reservatório, ligado o suprimento


de água e ajustado até que o nível da mesma ficasse ideal, um pouco acima do tubo
de descarga permitindo uma pequena vazão, e após preparar a bancada,
apresentado na figura 4, foi identificado que o equipamento estava com problemas
impossibilitando realizar o experimento com o corante, seguindo o experimento
apenas com a água.

Figura 4 - Bancada para o experimento de Reynolds

Fonte: Autores

Foram realizadas algumas medições iniciais porém descartadas tendo em


vista que o equipamento ainda não estava ajustado corretamente e após algumas
verificações foi identificado a melhor maneira de ajustar a válvula de descarga,
apresentado na figura 5, para com que não houvesse divergências nas medições.
Figura 5 - Válvula de descarga

Fonte: Autores

Após todos os ajustes, foi possível iniciar o experimento com a ajuda de dois
alunos para cronometrar o tempo solicitado e para manusear o béquer,
representado na figura 6, e o tubo da água.

Figura 6 - Proveta de 2,5 L com precisão de 200 ml e Proveta de 1,5 L com precisão de
50 ml

Fonte: Autores

A primeira parte consistiu em realizar 3 medições para cada tempo solicitado,


começando com o tempo inicial de 10 segundos, depois 20 segundos e por fim 30
segundos. Procedimento realizado para cada regime, totalizando 9 medições para
cada, resultados apresentados nas tabelas 1, 2 e 3.

Tabela 1: Regime laminar


Tabela 2: Regime de transição

Tabela 3: Regime Turbulento

Com as medidas obtidas, foi possível realizar os cálculos da variância, do


desvio padrão e o número de Reynolds para cada regime. Os resultados
encontrados são discutidos a seguir.
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES:

Os resultados foram obtidos através de cálculos feitos com o software de


modelagem matemática MATLAB, com valor de υ =1.003*10-6, apresentam em sua
quase totalidade valores de número de Reynolds discrepantes em comparação aos
valores encontrados na literatura para definição do tipo de regime. Os únicos
números de Reynolds condizentes foram encontrados na segunda e terceira
medições do regime Laminar por 10 segundos, onde ele ficou abaixo de 2000 e,
portanto, caracterizando um regime laminar. Os gráficos abaixo mostram (de forma
crescente) os números de Reynolds para cada medida em relação a cada
velocidade previamente calculada através das vazões volumétricas.

Gráfico 1: Levantamento Laminar 1

Gráfico 2: Levantamento Laminar 2


Gráfico 3: Levantamento Laminar 3

Gráfico 4: Levantamento de Transição 1

Gráfico 5: Levantamento de Transição 2


Gráfico 6: Levantamento de transição 3

Gráfico 7: Levantamento Turbulento 1

Gráfico 8: Levantamento Turbulento 2


Gráfico 9: Levantamento Turbulento 3

Seguindo a lógica matemática, o número de Reynolds aumenta com o


aumento da velocidade, tornando-se demasiado alto para quase todos os regimes.
Numericamente falando, todos foram turbulentos a partir do regime de transição
para todas as medidas. Durante as medidas de regime laminar por 10 segundos,
houve 1 valor correspondente a cada tipo (laminar, transição e turbulento), nos
outros tempos, houveram valores correspondentes a regime de transição e
turbulento.

Na tabela abaixo, é possível ver os valores médios para velocidades e Reynolds,


assim como os desvios padrão.

Tabela 4: Média geral para cada regime

Nota-se um desvio padrão relativamente alto, o que puxou a média para cima nos 2
regimes, tornando todos os regimes turbulentos e com altas velocidades.
6. CONCLUSÃO

Os valores calculados não são satisfatórios do ponto de vista científico, pois


não correspondem ou sequer se aproximam dos valores determinados pela
literatura. Essa distância pode ser explicada pelas condições de medição e
obtenção dos dados iniciais de volume e tempo, que não foram feitos com um
controle sistemático adequado do fluxo de água que saia da bomba, o que é
evidenciado pelo aumento crescente do número de Reynolds que mesmo que não
conforme, se mantém proporcional, sendo o mais alto o regime turbulento, o mais
baixo o regime laminar e o regime de transição como intermediário
REFERÊNCIAS

ÇENGEL, Y. A.; CIMBALA, J. M. Mecânica dos fluidos: fundamentos e aplicações.


São Paulo: McGraw-Hill, 2007.

FOX E MACDONALD, Introdução à Mecânica dos Fluidos, 2ª Edição, Editora


Guanabara Dois, RJ, 1981.

FOX, ROBERT W.; MCDONALD, ALAN T. Introdução à mecânica dos fluidos. 6ª. ed.
Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos e Científicos, 2006, 798 p.

HIBBELER, R. Mecânica dos Fluidos, 1 ed. Pearson Education, 2014

MUNSON, B. et al. Fundamentos da Mecânica dos Fluidos, 4 ed. Edgard Blucher,


2004.

WHITE, F. Mecânica dos Fluídos, 6 ed. McGraw Hill Brasil, 2010.

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