Você está na página 1de 17

FACULDADE CATÓLICA SALESIANA

CURSO DE ENGENHARIA DE QUÍMICA

FERNANDO FERREIRA TAVEIRA


GUSTAVO SIMÕES ALVARENGA
KETHLYN SALES MAIA
PRICILA ALVES PEREIRA

EXPERIMENTO DE REYNOLDS

Macaé – RJ
Março/2020
FACULDADE CATÓLICA SALESIANA
CURSO DE ENGENHARIA DE QUÍMICA

FERNANDO FERREIRA TAVEIRA


GUSTAVO SIMÕES ALVARENGA
KETHLYN SALES MAIA
PRICILA ALVES PEREIRA

EXPERIMENTO DE REYNOLDS

Trabalho apresentado em cumprimento as


exigências da disciplina Laboratório de
Engenharia Química I, ministrada pelo (a)
professor (a) Priscila Barros no curso de
graduação em Engenharia Química e
Engenharia Ambiental e Sanitária na
Faculdade Salesiana Maria Auxiliadora.

Macaé – RJ
Março/2020
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Comportamento dos Regimes de

Escoamento ................................11

Figura 2: Esquema do Experimento


Reynolds ................................................11

Figura 3: Escoamento Laminar .......................................................................12

Figura 4: Escoamento

Transiente ....................................................................13 Figura 5:

Escoamento Turbulento ...................................................................13 Figura

6: Gráfico Viscosidade .........................................................................14

Figura 7: Perda de
Carga ................................................................................17
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Massa Específica e Viscosidade da Água em Diferentes Temperaturas
….11
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................5
1.1 Objetivo Geral.............................................................................................6
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................8
2.1 Escoamento.................................................................................................8
2.2 Número De Reynolds...................................................................................9
2.3 Regime Laminar.........................................................................................11
2.4 Regime De Transição................................................................................ 12
2.5 Regime Turbulento.....................................................................................13
2.6 Viscosidade................................................................................................14
2.6.1 Viscosidade Dinâmica.............................................................................15

2.6.2 Viscosidade Cinemática..........................................................................15

2.7 Perda De Carga.........................................................................................15


1 INTRODUÇÃO

Este experimento tem como objetivo calcular e discutir os possíveis efeitos do


número de Reynolds em um escoamento em um tubo cilíndrico.
Em 1883 um experimento realizado por Reynolds, demonstrou a existência de
dois tipos de escoamentos: o escoamento laminar e o escoamento turbulento.
O experimento teve como objetivo a visualização do padrão de escoamento de água
através de um tubo de vidro, com o auxílio de um fluido colorido (corante), utilizado
em um reservatório com água, e com tubo de vidro, cuja extremidade é adaptado um
convergente, onde mantido dentro do reservatório e ligado a um sistema externo que
contém uma válvula que tem a função de regular a vazão. No eixo do tubo de vidro é
injetado um líquido corante que possibilitará a visualização do padrão de
escoamento.
Para garantir o estabelecimento do regime permanente, o reservatório
contendo água deve ter dimensões adequadas para que a quantidade de água
retirada durante o experimento não afete abruptamente o nível, e ao abrir ou fechar
a válvula, as observações devem ser realizadas após um intervalo de tempo
considerável. O ambiente também deve ter suas pressões e temperaturas
controladas. Para pequenas vazões o líquido corante forma um filete contínuo
paralelo ao eixo do tubo. Vazões crescentes induzem oscilações que são
amplificadas à medida que o aumento vai ocorrendo, culminando no completo
desaparecimento do filete, ou seja, uma mistura completa no interior do tubo de vidro
do líquido corante, indicando uma diluição total.
É possível concluir que ocorrem dois tipos distintos de escoamentos separados
por uma transição. No primeiro caso, no qual é observável o filete colorido conclui-se
que as partículas viajam sem agitações transversais, mantendo-se em lâminas
concêntricas entre as quais não há troca macroscópica de partículas. No segundo
caso, as partículas apresentam velocidades transversais importantes, já que o filete
desaparece pela diluição de suas partículas no volume de água.
1.1 Objetivo Geral

O objetivo da pratica realizada é acompanhar a forma de escoamento da agua


em um tubo de vidro cilíndrico, utilizando um fluido colorido de corante de azul de
metileno, assim, determinar experimentalmente os valores das vazões volumétricas,
velocidades de escoamento e o número de Reynolds crítico para o escoamento de
fluidos, bem como analisar as características de seus movimentos, e visualizar o
comportamento dos escoamentos laminar, turbulento e a transição entres eles.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Escoamento

Em um tubo transparente, Reynolds adaptou uma sonda de corante de forma


a introduzir um contraste no escoamento para verificar suas condições. Então ele foi
capaz com esse experimento verificar que o contraste de corante apresentava
comportamentos diferentes, de acordo com as diferentes características do tubo, do
fluido e do escoamento, observou o cientista

Para a identificação do tipo de escoamento, Reynolds propôs um parâmetro


adimensional chamado de Reynolds, que relaciona as seguintes propriedades do
fluido: massa específica e viscosidade; geometria do tubo e velocidade média de
escoamento. Por definição, escoamento é um processo de movimentação das
moléculas de um fluido, umas em relação às outras e aos limites impostos.
Os escoamentos são descritos por:
- Parâmetros Físicos
- Pelo comportamento destes parâmetros ao longo do espaço e do tempo.

Quanto as classificações do escoamento em relação à direção da trajetória podem ser


divididos em três:
- Laminar
- Transiente
- Turbulento.
2.2 Número De Reynolds

O número de Reynolds é um número adimensional usado para o cálculo do


regime de escoamento de determinado fluido dentro de um tubo ou sobre uma
superfície. É utilizado, por exemplo, em projetos de tubulações industriais e asas de
aviões. O seu significado físico é um quociente entre as forças de inércia e as forças
de viscosidade.

Número de Reynolds (Re)


• Re < 2300 - Laminar
• 2300 < Re < 4000 - de Transição

• Re > 4000 - Turbulento

É a possibilidade de se avaliar a estabilidade do fluxo podendo obter uma


indicação se o escoamento flui de forma laminar ou turbulenta. O número de
Reynolds constitui a base do comportamento de sistemas reais, pelo uso de modelos
reduzidos. Um exemplo comum é o túnel aerodinâmico onde se medem forças desta
natureza em modelos de asas de aviões. Pode-se dizer que dois sistemas são
dinamicamente semelhantes se o número de Reynolds, for o mesmo para ambos.

O numero de Reynolds para tubos circulares é dado pela seguinte relação:

R! e =

Onde:
Re = Número admissional de Reynolds ρ
= é a massa específica
V = é a velocidade média do escoamento
D= é o diâmetro da tubulação µ = é a
viscosidade do fluido

De acordo com MORAN (2005), o número resultante “baixo”, “intermediário”


ou “alto”, define o tipo de regime em laminar, transitório ou turbulento,
respectivamente. Caso o resultado desse cálculo seja baixo, o escoamento pode ser
classificado como laminar. Será classificado como de transição se o resultado do
cálculo for intermediário. Na hipótese do resultado ser alto, o escoamento é
turbulento.
A tabela abaixo apresenta os valores da massa específica e viscosidade da
água em diferentes temperaturas à pressão de 1 atm. Com ela é possível realizar os
cálculos para determinar o número de Reynolds.

!
Tabela 1. Massa específica e viscosidade da água em diferentes temperaturas

O experimento de Reynolds consiste na injeção de um corante líquido na


posição central de um escoamento de água interno a um tubo circular de vidro
transparente. O comportamento do filete do corante ao longo do escoamento no tubo
define três características distintas:
FIGURA 1: COMPORTAMENTO DOS REGIMES DE ESCOAMENTO

A figura abaixo, é uma representação do esquema do experimento.

!
FIGURA 2: ESQUEMA DO EXPERIMENTO REYNOLDS

2.3 Regime Laminar

Durante esse regime, nota-se uma regularidade das partículas do fluido, onde
se movem em uma linha reta, unidimensional, lembrando o formato de lâminas. Esse
regime raramente ocorre na prática por sua baixa velocidade (MORAN, 2005).
Ocorre quando as partículas de um fluido movem-se ao longo de trajetórias
bem definidas (trajetórias paralelas), apresentando lâminas ou camadas (daí o nome
laminar) cada uma delas preservando sua característica no meio. No escoamento
laminar a viscosidade age no fluido no sentido de amortecer a tendência de
surgimento da turbulência. Este escoamento ocorre geralmente a baixas velocidades
e em fluídos que apresentem grande viscosidade.
É definido pelo número de Reynolds quando seu resultado é menor ou igual a
2300.
Característica do regime laminar:
• O corante não se mistura com o fluido, permanecendo na forma de um
filete no centro do tubo;

• O escoamento processa-se sem provocar mistura transversal entre


escoamento e o filete, observável de forma macroscópica;
• Como “não há mistura”, o escoamento aparenta ocorrer como se lâminas
de fluido deslizassem umas sobre as outras.

!
FIGURA 3: ESCOAMENTO LAMINAR

2.4 Regime De Transição

O regime de transição ocorre entre os regimes laminar e o turbulento, percebe


se que as linhas de fluxo que se moviam em linha reta se tornam onduladas, o que
indica que começa a haver mistura entre uma camada e outra. Ou seja, representa a
passagem do escoamento laminar para o turbulento ou vice-versa.
Para um duto circular, esse regime é definido quando o número de Reynolds é
superior a 2300 e inferior a 4000.
Característica do regime transiente:
• O filete apresenta alguma mistura com o fluido, deixando de ser retilíneo
sofrendo ondulações;

• Essa situação ocorre para uma pequena gama de velocidades e liga o


regime laminar a outra forma mais caótica de escoamento;

• Foi considerado um estágio intermediário entre o regime laminar e o


turbulento.

FIGURA 4: ESCOAMENTO TRANSIENTE


2.5 Regime Turbulento

O escoamento turbulento ocorre quando as partículas de um fluido não se


movem ao longo de trajetórias bem definidas, ou seja, as partículas descrevem
trajetórias irregulares, com movimento aleatório, produzindo uma transferência de
quantidade de movimento entre regiões de massa líquida. Este escoamento é
comum na água, cuja viscosidade e relativamente baixa.
É definido quando o número de Reynolds se resulta em um número superior a
4000. As trajetórias são curvilíneas e irregulares. Elas se entre cruzam, formando
uma série de minúsculos remoinhos. O escoamento turbulento é também conhecido
como “turbilhonário” ou “hidráulico”. Na prática, o escoamento dos fluidos quase
sempre é turbulento. É o regime encontrado nas obras e instalações de engenharia,
tais como adutoras, vertedores de barragens, fontes ornamentais etc.
Característica do regime turbulento:
• O filete apresenta uma mistura transversal intensa, com dissipação rápida;

• São perceptíveis movimentos aleatórios no interior da massa fluida que


provocam o deslocamento de moléculas entre as diferentes camadas do
fluido (perceptíveis macroscopicamente);

• Há mistura intensa e movimentação desordenada.

FIGURA 5: ESCOAMENTO TURBULENTO

2.6 Viscosidade
A viscosidade é uma resistência que o fluido apresenta ao escoamento.
Sendo que essa resistência é definida como o atrito interno que é resultante do
movimento de uma camada de fluido em relação à outra.
!
FIGURA 6: GRÁFICO VISCOSIDADE

Se a força por unidade de área na placa superior da ilustração acima fosse


medida, encontraríamos F/A = m V/d, isto é, a tensão cisalhante F/A é igual à
viscosidade vezes a taxa de deformação, V/d, sendo d a distância entre as placas.
Essa relação essencialmente define a viscosidade.
Um fluido que responde à tensão cisalhante (F/A) desta maneira é chamado
de fluido Newtoniano, pois o fluido possui viscosidade que independem da
velocidade. Muitos dos fluidos nos quais se deseja medir a velocidade são
Newtonianos (exemplo: água, leite, óleos leves,), mas outros são não-Newtonianos,
como as tintas, o ketchup, os fluidos poliméricos, etc.
A viscosidade é uma propriedade que sofre influência da temperatura. Sendo
que em fluidos líquidos, quando se aumenta a temperatura a viscosidade diminui, e
em fluidos gasosos, quando se aumenta a temperatura a viscosidade aumenta.
Sendo que essa variação de temperatura pode ser explicada examinando se o
mecanismo de viscosidade.
Em fluidos com pressões moderadas, a viscosidade é independente da
pressão e depende somente da temperatura. Em fluidos com pressões muito altas, a
viscosidade dos gases e da maioria dos líquidos não tem lei bem definida de
variação com a pressão.

2.6.1 Viscosidade Dinâmica

A viscosidade dinâmica (µ) (também conhecida como viscosidade absoluta) é


dada em termos de força requerida para mover uma unidade de área a uma unidade
de distância.
Sendo a unidade dessa viscosidade dada geralmente em Pa s, P (Poise), cP,
lb/Ft s.
Obs.: P = g / cm s , 1P = 100 cP

2.6.2 Viscosidade Cinemática

A Viscosidade Cinemática (ν) é a relação entre a viscosidade dinâmica (µ)


pela massa específica (ρ):

!
Sendo a unidade dessa viscosidade dada geralmente em m²/s ,ft²/s, St
(Stokes), cSt (CentiStokes).
Obs.: cm²/s = St (Stokes), 1 St = 100 cSt

2.7 Perda De Carga

Perda de carga é a energia perdida pela unidade de peso do fluido quando


este escoa. A perda de carga em um tubo ou canal é a perda de energia dinâmica do
fluido devido à fricção das partículas do fluido entre si e contra as paredes da
tubulação que os contenha.
Devemos ter em mente, que a perda de carga, ou seja, a dissipação de
energia por unidade de peso acarreta uma diminuição da pressão estática do
escoamento, sendo que esta diminuição pode ser observada pela representação da
linha de energia (L.E) do escoamento, que é o lugar geométrico que representa a
carga total de cada seção do escoamento.
Quando um líquido escoa de um ponto para outro no interior de um tubo,
ocorrerá sempre uma perda de energia, denominada perda de pressão (Sistemas de
ventilação ou exaustão) ou perda de carga (Sistemas de bombeamento de líquidos).
Esta perda de energia é devida estacionária aderida à parede interna do tubo.
camada do fluido entra em contato com a parede do tubo ele acaba ganhando a
mesma velocidade da parede da tubulação, ou seja, nula, e passa a influir as
partículas vizinhas por meio da viscosidade e da turbulência, dissipando energia.
O escoamento interno em tubulações sofre forte influência das paredes,
dissipando energia devido ao atrito. As partículas em contato com a parede
adquirem a velocidade da parede, ou seja, velocidade nula, e passam a influir nas
partículas vizinhas através da viscosidade e da turbulência, dissipando energia. Essa
dissipação de energia provoca um abaixamento da pressão total do fluido ao longo
do escoamento que é denominada de perda de carga. Podem ser contínuas, ao
longo dos condutos regulares, ou acidental ou localizada, devido a circunstâncias
particulares, como um estreitamento, uma alteração de direção, a presença de uma
válvula, etc. dependendo do motivo que a causa:

I. Perda de carga Distribuída: A parede dos dutos retilíneos causa


uma perda de pressão distribuída ao longo do comprimento do tubo
fazendo com que a pressão total vá diminuindo gradativamente ao
longo do comprimento e por isso é denominada de perda de carga
distribuída.

II. Perda de carga localizada: Este tipo de perda de carga é


causado pelos acessórios de canalização, isto é, as diversas peças
necessárias para a montagem da tubulação e para o controle do fluxo
do escoamento, que provocam variação brusca da velocidade, em
modo ou direção, intensificando a perda de energia nos pontos onde
estão localizadas, sendo por isso conhecida como perdas de cargas
localizadas. O escoamento sofre perturbações bruscas em pontos da
instalação tais como válvulas, curvas, reduções. Etc.
!
FIGURA 7: PERDA DE CARGA

Você também pode gostar