Você está na página 1de 216

2018

Eletricista Instalador
Predial de Baixa Tensão
1º Bimestre
2018
Eletricidade Geral
Universidade Federal de Minas
Gerais Sumário
Pró-reitoria de Extensão da UFMG
Prof.ª Benigna Maria de Oliveira
Eletricidade Geral ......................................................................... 01
Diretor da EEUFMG Apresentação ................................................................................ 02
Prof. Alessandro Fernandes Moreira

Coordenação Geral Unidade 1: Introdução à eletricidade ............................................... 03


Prof. Aldo Giuntini de Magalhães
Um Começo de Conversa ............................................................... 03
Supervisão de Área
Roosevelt Natividade Brasil do Carmo
- Ponto de Partida – Tópico Gerador ............................................... 03
- Em Busca de Informação ............................................................. 05
Instrutores da Disciplina 2018
Bruno Mateus Oliveira Silva - Colocando o Conhecimento em Prática ........................................ 14
Catharina de Almeida Carvalhais
Cleiton Rogério Salgado - Recapitulando .............................................................................. 14
Gabriel Tadeu Costa Catharino
Lucas Gustavo Ribeiro Rocha - Para Saber Mais .......................................................................... 14
Luíza de Oliveira Trindade
Natália da Mata Cota Martins Unidade 2: As leis básicas da eletricidade ........................................ 17
Thayná Maciel Athayde
- Um Começo de Conversa............................................................. 17
Preparação e Revisão do Texto
Cleiton Rogério Salgado - Ponto de Partida – Tópico Gerador ............................................... 17
Gabriel Tadeu Costa Catharino
Lucas Gustavo Ribeiro Rocha - Em Busca de Informação .............................................................. 18
Natália da Mata Cota Martins - Colocando o Conhecimento em Prática ........................................ 24
- Recapitulando .............................................................................. 24
- Para Saber Mais .......................................................................... 24
Disciplina
Eletricidade Geral

Ementa
 Estrutura da matéria: desde a partícula subatômica até a molécula

 Grandezas elétricas

 Efeito Joule

Objetivos da aprendizagem
Propiciar o desenvolvimento da compreensão em nível básico dos conceitos
relacionados à natureza da eletricidade.
Diferenciar as grandezas elétricas e suas unidades.
Explicar o princípio de funcionamento de equipamentos simples, como o chuveiro
elétrico.

Conteúdo da disciplina
 O conceito de matéria

 A molécula

 O átomo

 As partículas subatômicas

 Cargas elétricas

 Grandezas elétricas

 Lei de Ohm

 Lei de Kirchoff

 Efeito Joule
Unidade 1
Introdução à Eletricidade

1.1 Um começo de conversa


Qualquer profissional precisa ter bom conhecimento sobre o que está envolvido em
seu trabalho, o que não é diferente no caso do eletricista. Assim como o padeiro
precisa conhecer em detalhes os ingredientes e também todo o processo de fabricação
de um pão, o eletricista precisa conhecer com o que está lidando. Muitos eletricistas
trabalham dia após dia sem entender quais fenômenos estão envolvidos em seu
trabalho.
O objetivo dessa unidade é ampliar o conhecimento sobre os fundamentos envolvidos
na eletricidade. Você aprenderá:

 O conceito de matéria, elemento químico e átomo

 Partículas subatômicas e carga elétrica

 Grandezas elétricas

 Efeito Joule

1.2 Ponto de partida – tópico gerador


A eletricidade está presente em nossas vidas, de forma que é quase impossível
imaginar nosso cotidiano sem ela. Já pensou em como poderia armazenar carnes sem
a geladeira? Como tomaria sorvete se não houvesse freezer? Como iluminaria sua casa
se não houvessem lâmpadas? Como faria uma vitamina sem liquidificador? Dispensaria
um banho quente ao chegar do trabalho? Todas essas coisas são comodidades são
possíveis graças ao fato de conseguirmos utilizar a energia elétrica e convertê-la em
diferentes formas de energia.
Figura 1. Lâmpada elétrica
o curioso é que a eletricidade está presente até mesmo em nosso próprio corpo. Um
músculo só se movimenta quando um impulso elétrico parte do cérebro até ele. Além
do corpo humano, a eletricidade também está na natureza, a exemplo dos trovões e
relâmpagos.

Figura 2. Raios

Figura 3. Representação de impulsos elétricos percorrendo um neurônio humano


A eletricidade é invisível, não tem cor e nem cheiro, mas podemos observar seus
efeitos como a luz, o calor e até mesmo o choque elétrico. Esses efeitos são possíveis
devido à tensão elétrica, potência elétrica e corrente elétrica.
Para entender do que se trata essa unidade, você saberia responder às questões
abaixo?

 Determinado equipamento tem um selo impresso em sua carcaça com os


seguintes dizeres: Tensão nominal 127V. O que isso significa?

 O manual de um chuveiro orienta que ele deve ser conectado a um cabo de


10mm para uma distância inferior a 30 metros. Porque eu não poderia usar um
cabo de 1,5mm?

 Determinado liquidificador possui 500W, outro porém tem 200W. Qual é mais
forte? Porque ele é mais forte?

1.3 Em busca de informação


1.3.1 Conceito de matéria
Para entender um pouco mais sobre eletricidade é necessário primeiramente entender
um conceito simples: afinal, o que é matéria? De forma sucinta, matéria é tudo aquilo
que ocupa lugar no espaço e possui massa. A água, por exemplo, possui massa e
também ocupa lugar no espaço; exemplo disso é que podemos encher uma garrafa
com um volume definido, como uma garrafa PET de 2L.
Não só a água, mas em geral todo objeto que podemos tocar é matéria, como um fio
elétrico, uma árvore ou até mesmo nossa própria mão.
Estudamos o conceito de matéria porque os fenômenos elétricos acontecem dentro
das minúsculas partículas que a compõem.

Figura 4. Um copo de
água também é matéria,
pois ocupa lugar no
espaço e possui massa.
1.3.2 Elemento químico
Outro conceito extremamente importante é o conceito de elemento químico. De
forma simples, elemento químico é o constituinte básico de toda substância. Outra
forma de caracterizar elemento químico é dizer que é o “conjunto de átomos que
possuem o mesmo número atômico”. Se você estudou química no ensino médio,
certamente irá se lembrar da tabela periódica, onde estão descritos todos os
elementos químicos.
Podemos então dizer que o elemento químico é um ingrediente na receita que forma a
matéria.

Figura 5. A tabela periódica. Todos os elementos conhecidos estão dispostos nessa tabela.

1.3.3 Átomo
O nome átomo significa “indivisível”. Ao longo da história, sempre se procurou
descobrir a menor parte que compunha a matéria. Foram muitas as experiências que
tentaram descrever uma partícula fundamental, equivalente ao que conhecemos hoje
como elemento químico. Com o avanço da ciência, no entanto, descobriu-se que na
verdade era possível dividir o átomo em partículas menores, o que é chamado de
partícula subatômica. O átomo é então a unidade básica da matéria, que consiste em
um núcleo central com subpartículas de carga elétrica positiva e neutras envolto por
uma nuvem de subpartículas de cargas negativas.
A imagem clássica do átomo é bastante semelhante à representação dos planetas do
sistema solar. Os planetas seriam como as partículas que estão ao redor do núcleo. O
sol seria como o núcleo atômico.
Figura 6. Representação da física clássica
para o átomo, bastante semelhante à
representação do sistema solar.

Uma curiosidade interessante é que o


átomo tem dimensões infinitamente
pequenas, de tal maneira que não
conseguimos vê-lo nem mesmo
utilizando um microscópio. No entanto,
se o tamanho de um átomo fosse
representado numa escala com o
tamanho de um estádio de futebol, a dimensão do núcleo seria comparada apenas a
um alfinete no meio do campo! A partir dessa visualização, podemos entender que o
átomo na verdade possui um grande espaço vazio.

1.3.4 Molécula
A molécula é a menor estrutura que
caracteriza um material. Por exemplo, se dois
átomos de oxigênio se juntam, tem-se a
molécula de gás oxigênio. Porém, se três
átomos de oxigênio se juntam ao mesmo
tempo, tem-se molécula de gás Ozônio.
Observe que o ingrediente das duas moléculas
é o mesmo, apenas o átomo de oxigênio, mas
como se ligam de maneira diferente, é
possível obter substâncias diferentes.

Figura 7. Representação da molécula do gás


oxigênio, muito utilizado em ambiente
hospitalar e do gás ozônio, gás que forma a
camada de ozônio que minimiza os danos dos
raios solares.
1.3.5 Partículas subatômicas e carga elétrica
De forma breve, podemos dizer que a matéria é constituída por átomos que se
agrupam formando moléculas. Os átomos por sua vez são constituídos por partículas
menores, por isso são chamadas de partículas subatômicas. São elas: os prótons,
elétrons e nêutrons. O próton possui carga elétrica positiva, o nêutron tem carga
elétrica neutra enquanto o elétron
tem carga elétrica negativa.

Figura 8. Representação das


partículas subatômicas

Qualquer corpo em seu estado


normal possui igual número de
prótons e elétrons, o que torna o corpo neutro. Caso haja um maior número de
prótons, o corpo terá carga positiva. Caso o número de elétrons seja maior, o corpo
possui carga negativa.
Cargas elétricas de mesmo sinal tendem a se repelir, enquanto cargas elétricas de
sinais contrários tendem a se atrair. Dessa maneira, sabemos que os prótons que estão
no núcleo atraem os elétrons que tem carga negativa.

1.3.6 Entendendo a eletricidade - Os elétrons livres

A eletricidade é um termo geral que


compreende uma variedade de
fenômenos resultantes da presença
de cargas elétricas. Esse nome deriva
do termo latim “electrum”, que está
relacionado à âmbar ( seiva de
árvore cristalizada). A história da
eletricidade remonta a um
experimento simples observado por
Tales de Mileto, que ao esfregar um
pedaço de âmbar e pele, observou
que estes se atraiam.

Figura 9. Âmbar eletrizado atraindo eletricamente uma pena.


Como mencionado anteriormente, os elétrons estão sempre ao redor do núcleo.
Alguns deles que estão mais longe do núcleo tem uma força de atração menor e por
isso podem acabar se desprendendo daquele átomo. Esses elétrons que se
desprendem são chamados de elétrons livres. Os elétrons livres se movimentam pelo
material e podem ser incorporados a outros átomos.

Figuras 10 e 11. Representações dos elétrons livres se movimentando em um


condutor.

1.3.7 Condutores elétricos


Em certas substâncias, a atração que o núcleo exerce sobre os elétrons é pequena e
esses elétrons tem maior facilidade de se libertar e se deslocar. É o que ocorre nos
metais como a prata, o cobre, o alumínio e o ouro. Por conta dessa propriedade são
denominados condutores elétricos. De forma geral, condutor elétrico é um material
que oferece pouca resistência à passagem dos elétrons.

Figura 12. Materiais bons condutores de energia elétrica: cobre, prata e ouro.

1.3.8 Isolantes elétricos


Quando os elétrons mais externos ao núcleo estão submetidos a uma atração maior,
dificultando consideravelmente que esses saiam, as substâncias que nas quais esse
processo ocorre são chamadas de isolantes elétricos. É o caso do vidro, do plástico e
da porcelana, por exemplo. Um isolante elétrico é um material que oferece elevada
resistência à passagem de corrente elétrica.
Figura 13. A fita isolante é um ótimo exemplo de
material com propriedades isolantes elétricas.

Uma observação importante é que um material


isolante não é sempre isolante, depende da
tensão à qual ele está exposto. Se um alicate de
eletricista tem proteção de até 1000V significa
que ele isola tensões até esse valor. Caso o valor da tensão à qual ele está exposto seja
superior a isso, o alicate deixa de ser isolante e passa a ser condutor de eletricidade e
caso esteja na mão do eletricista, poderá lhe causar um choque.

1.3.9 Analogia com a água - grandezas elétricas


Nesse ponto já aprendemos importantes conceitos sobre a natureza da matéria. Agora
precisaremos aprender sobre grandezas elétricas e para isso utilizaremos uma analogia
com a hidráulica.
Se forem conectadas duas caixas de água em um mesmo nível, não haverá fluxo de
água entre elas. No entanto, se uma caixa de água for colocada no chão enquanto a
outra for colocada em cima de uma casa, a água fluirá de uma caixa para outra. O que
fez surgir esse fluxo de água foi a diferença de altura entre as duas caixas, ou seja, a
diferença de
potencial entre as
caixas.
Figura 14. Analogia
com a hidráulica.
Diferença de altura
entre duas caixas de
água

1.3.10 A tensão
elétrica
Os condutores
possuem massa e ocupam lugar no espaço, logo são formados de matéria. A matéria é
composta por moléculas, as quais são um conjunto de átomos. Os átomos, por sua vez,
tem pequenas partículas que podem se desprender do núcleo, chamadas de elétrons
livres. Essas partículas invisíveis estão em constante movimento de forma
desordenada. Para que esses elétrons livres passem a se movimentar de maneira
ordenada nos condutores é necessário que uma força os empurre. A essa força é dado
o nome de tensão elétrica. A tensão elétrica também é conhecida como d.d.p ou
diferença de potencial, força eletromotriz e também voltagem.
Dessa forma podemos considerar que quando entre as extremidades de um condutor
existir uma diferença de concentração de elétrons, isto é, de carga elétrica, existirá um
potencial elétrico ou uma tensão elétrica entre esses dois pontos.
Observe que é o mesmo que acontece na analogia com as caixas d’água. É necessário
haver uma força ocasionada pela diferença de potencial para que as partículas possam
se mover ordenadamente.
Existem dois tipos de tensão que serão tratados com maiores detalhes em outra
unidade. A tensão contínua que não varia ao longo do tempo, possuindo polaridade
definida. É o caso das pilhas e baterias por exemplo. A tensão alternada é aquela que
troca de polaridade constantemente, provocando nos circuitos um fluxo de corrente
ora em um sentido, ora em outro.
Em resumo, tensão elétrica é a força que impulsiona os elétrons livres em um
condutor. A unidade de medida
da tensão elétrica é o Volt (V).

Figura 15. Tensão elétrica é a força


que “empurra os elétrons em um
condutor.

1.3.11 A corrente elétrica


Os elétrons livres dos átomos de uma certa substância normalmente se deslocariam
em todas as direções. Quando, em um condutor, estiver sendo aplicada uma tensão ou
força eletromotriz, o movimento de deslocamento dos elétrons livres será mais
intenso em um determinado sentido, diz-se que existe uma corrente elétrica ou um
fluxo elétrico no condutor.
A intensidade de corrente elétrica é caracterizada pelo número de elétrons livres que
atravessa uma determinada seção do condutor na unidade de tempo.
Em resumo, a corrente elétrica é o movimento ordenado de elétrons livres nos
condutores, quando existe uma diferença de potencial (tensão) entre suas
extremidades. A unidade de medida da corrente elétrica é o Ámpere (A).
Figura 16. Representação da corrente
elétrica em um condutor ocasionada pela
força (tensão) exercida pela pilha nas
extremidades do condutor

1.3.12 Potência elétrica


Potência elétrica é a medida da capacidade de realizar trabalho por unidade de
tempo. A potência é o produto (multiplicação) da corrente elétrica pela tensão
elétrica. Dessa forma, quanto maior for qualquer uma das duas, maior será a potência
desenvolvida. Também é importante dizer que se não houver corrente elétrica, ou
seja, se o dispositivo estiver desligado, não haverá qualquer valor de potência elétrica.
A potência elétrica tem grande importância porque é a partir dela que compramos os
aparelhos elétricos. Se desejamos por exemplo uma furadeira mais forte, compramos
uma que tenha potência superior. Se desejamos um chuveiro que aqueça mais a água,
compramos aquele com maior valor de potência elétrica.

Figuras 17 e 18. Comparação de duas furadeiras de uma mesma marca, uma de 550W e outra
de 700 W. Como a de 700 W tem maior potência, ela conseguirá executar um serviço mais
facilmente do que a outra.

A concessionária de energia emite a conta de cobrança a partir da potência consumida,


de forma que quanto maior for a potência consumida, maior será o valor da conta.
1.3.13 Resistência elétrica
A resistência elétrica é a medida da dificuldade de passagem de corrente elétrica.
Voltando à analogia com as caixas de água apresentada no início da unidade, quanto
maior o diâmetro do cano que liga as caixas, maior será o fluxo de água. De outro
modo, com um cano com menor diâmetro, diremos que o fluxo de água será menor.
Entendemos então que o cano do primeiro caso oferece uma resistência menor à
passagem de água, enquanto no segundo caso haverá uma resistência, ou dificuldade
maior à passagem de água.
Portanto, resistência elétrica é a medida da dificuldade de passagem de corrente
elétrica. Sua unidade é o Ohm (Ω).

Figura 19. Representação das três grandezas elétricas com suas unidades. A resistência elétrica
é o que dificulta a passagem de corrente elétrica

1.3.14 Efeito Joule


Essa dificuldade de passagem de corrente elétrica vem do fato de que os elétrons
livres, ao passarem pelo material, se chocam com outros átomos e outros elétrons,
perdendo energia. Qualquer colisão ou atrito gera calor. Portanto, quanto maior for a
corrente que atravessa certo material, mais calor será desprendido a partir da
resistência.
Qualquer material possui determinado valor de resistência elétrica, alguns mais
enquanto outros menos. Até mesmo um fio de instalações elétricas tem resistência,
por menor que ela seja. É devido à essa resistência que os fios aquecem. É por isso
também que o chuveiro elétrico funciona. A resistência do chuveiro é percorrida por
um alto valor de corrente. Devido ao seu valor de resistência, há muitas colisões entre
elétrons, o que desprende calor que é direcionado para a água do banho.
Conceituamos então o Efeito Joule: um corpo qualquer ao ser percorrido por corrente
elétrica gera calor.

Figura 20. Representação do Efeito Joule

1.4 Colocando o conhecimento em prática


1. Com um marca-texto grife cada uma das definições aprendidas nessa unidade.
2. Tente responder de forma simplificada: o que é corrente, tensão, resistência e
potência?
3. Monte um quadro deixando uma coluna para cada grandeza elétrica. Escreva
nas linhas qual a unidade (em que se mede) cada uma delas.

1.5 Recapitulando
Aprendemos um pouco sobre a natureza da matéria e de onde vem a eletricidade: dos
elétrons livres, partículas subatômicas que se desprendem dos átomos que formam
moléculas e se movimentam por ação de uma força (tensão) e esse movimento é
chamado de corrente elétrica.
O parágrafo acima resume o aprendizado de toda essa unidade.

1.6 Para saber mais


Assista ao filme “Viagem na eletricidade” disponível no Youtube. Esse filme ilustra de
maneira bastante didática os conceitos básicos envolvidos na eletricidade
Lista de fontes das imagens utilizadas na unidade
Figura 1: https://goo.gl/images/cPPKs6
Figura 2: https://goo.gl/images/WJdNSJ
Figura 3: http://1.bp.blogspot.com/-28tFkT7Co-
o/UYKYrsgYzQI/AAAAAAAAGXQ/OG0PigzKhvI/s1600/01.jpg artFragm�Ty��&
Figura 4: https://imgs.jusbr.com/publications/artigos/images/copo-dagua-
e14295543564821490179067.jpg
Figura 5: http://www.infoescola.com/wp-
content/uploads/2009/08/small_tabela_grande.jpg
Figura 6: https://pt.energia-nuclear.net/uploads/definicio/4/1/atomo.jpg
Figura 7: https://biologianet.uol.com.br/upload/conteudo/images/2014/10/oxigenio-
e-ozonio.jpg]

Figura 8: http://rincon.com.br/Imagens/ggAtomoEsq.gif
Figura 9: https://www.mundodaeletrica.com.br/wp-content/uploads/2014/05/tales-
e-o-ambar.jpg
Figuras 10: https://encrypted-
tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTtiCV1gO63JQsj7C3eRkG9_iJyyNKZXjeGwRwe
W8I3vE27vyOr
Figura 11:https://n.i.uol.com.br/licaodecasa/ensmedio/fisica/corel/corel1.jpg
Figura 12: https://acendeounao.files.wordpress.com/2011/03/loslaposka.jpg
C3eRkG9_iJyyN
Figura 13: https://encrypted-bn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTunWVCd7To0D-
7SZ6peD03CxxYYoykOWif5NV4nseKgtLFC0ON
Figura 14: https://image.slidesharecdn.com/ddjrotcvqniphq2cszrz-140521150140-
phpapp02/95/eletricidade-aplicada-20-638.jpg?cb=1400684697
Figura 15: http://www.ufjf.br/fisicaecidadania/files/2016/11/eletrica3.png
Figura
16: http://s1.static.brasilescola.uol.com.br/artigos/fa8c0d9c8e30502a57ca3954d249f
3c8.jpg?i=http://brasilescola.uol.com.br/upload/vestibular/fa8c0d9c8e30502a57ca395
4d249f3c8.jpg&w=600&h=350&c=FFFFFF&t=1
Figuras 17: https://a-static.mlcdn.com.br/640x480/furadeira-de-impacto-
mondial-700w-1-2-power-tools-ffi-
05/magazineluiza/160140300/c8f09e0403a31dacc756840dc74bdb8b.jpg
Figura 18: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSer2DNVFYC-
lmYm39TUgh29IjrNZc7VuyP2iPySbYJHNy6ed7C
Figura 19: https://camilasoares.files.wordpress.com/2017/05/4877de00-03da-499f-
9b74-f0dc60e397de.jpg
Figura 20: http://3.bp.blogspot.com/-abFJmo9E8u4/VfXG8U9_2II/AAAAAAAAAsE/k0-
324pt8Q0/s1600/Resistor.jpg
Unidade 2
As leis básicas da
eletricidade

2.1 Um começo de conversa


A eletricidade não foi algo que se tornou parte de nossas vidas de um momento para
outro. Primeiramente cientistas descobriram o fenômeno, depois trabalharam em
possíveis aplicações. Outros cientistas desenvolveram produtos que depois de muito
tempo se tornaram acessíveis para a população.
Nesta unidade você aprenderá as leis básicas da eletricidade. O objetivo é que você
consiga determinar o valor de uma grandeza quanto tem a posse dos valores de outras
grandezas.

2.2 Ponto de partida – tópico gerador


Os cientistas que tem a física como campo de estudo tentam entender se conseguem
descrever os fenômenos naturais a partir de equações matemáticas. A relação entre a
física e a matemática é conhecida desde muito tempo, portanto é coerente
associarmos essas duas áreas.
Uma célebre frase de um grande pensador chamado Pitágoras é “ A matemática é o
alfabeto com o qual Deus escreveu o universo”. Essa frase de Pitágoras fez muito
sentido a partir dos estudos de um matemático conhecido como Fibbonacci. Ele
descobriu uma sequência numérica muito especial, em que o próximo número é
obtido a partir da soma dos dois anteriores. É uma sequência infinita, escreveremos
aqui apenas os primeiros termos: 1,1,3,5,8,13, 21.... O interessante dessa sequência é
que ela se faz presente
no desenvolvimento
de seres vivos.
Observe a imagem:
Figura 21:
Representação da
sequência de
Fibbonacci na
natureza
Figura 22: A sequência de Fibbonacci também
está presente no padrão de desenvolvimento
do número de ramificações de uma planta

A partir dessas ilustrações pudemos


perceber que a matemática também está
na natureza. Os estudiosos da eletricidade
George Simon Ohm e Kirchoff procuraram entender se a matemática também estava
presente nos fenômenos elétricos. A partir dos estudos desses grandes cientistas, é
que formulamos a base do estudo da eletricidade: A lei de Ohm e as Leis de Kirchoff.

2. 3 Em busca de informação
2.3.1 Circuitos elétricos
Antes de aprendermos sobre as leis básicas da eletricidade, é importante saber onde
elas se aplicam: nos circuitos elétricos. Um circuito elétrico nada mais é do que um
conjunto de equipamentos elétricos em uma malha fechada. Lembre-se da analogia
com a hidráulica apresentada na unidade 1.
Figura 23: Comparação entre as transformações de energia em circuitos
2.3.2 A Lei de Ohm
Georg Simon Ohm (1789-1854) observou em seus estudos que ao aplicar uma tensão
em um resistor, haveria passagem de corrente elétrica sobre ele. Mais além, ele
enunciou uma lei que diz “para um condutor mantido à temperatura constante, a
razão entre a tensão entre dois pontos e a corrente elétrica é constante”. Essa
constante é o que chamamos de resistência elétrica. Essa formulação ficou conhecida
como Lei de Ohm em homenagem a seu descobridor.
Em outras palavras, a Lei de Ohm diz que quanto maior for a tensão aplicada em um
condutor, maior será a corrente que o percorrerá.

Lembre-se da analogia com a água:

Figura 24: Exemplo de circuito hidráulico. Quanto maior for a pressão de água, maior
será o fluxo de água nos canos

Figura 25: Exemplo de circuito elétrico. Mantendo o mesmo resistor, se a tensão


aumentar, a corrente também irá ser maior
A equação matemática que descreve a Lei de Ohm está na imagem abaixo:

Figura 26: A lei de Ohm


Aplicamos a Lei de Ohm em circuitos simples, como o da figura abaixo:
Considerando o circuito da figura 27, imagine que a tensão que a fonte V fornece seja
de 12V e que o valor da resistência R seja de 4 Ω. Qual seria o valor da corrente I que
percorre o circuito?

Esse é um exemplo de questão típica


que envolve a Lei de Ohm. Para
resolvê-lo basta dividir a tensão V pela
resistência R. Dividindo 12V por 4Ω
obtemos um valor de corrente de 3 A.

Figura 27: Aplicando a Lei de Ohm a


um circuito simples
Uma forma de se lembrar da Lei de Ohm é dizer “VOU RIR”. V (tensão) é igual à R
(resistência) multiplicada pela I (intensidade de corrente). Em alguns livros, a tensão
(V) também é identificada com a letra (U).
Abaixo segue uma imagem que facilita o trabalho com o triângulo da Lei de Ohm. A
grandeza que desejo descobrir deve estar tampada e preciso então observar a forma
como vejo as outras duas grandezas. Se uma grandeza estiver em cima da outra,
significa que preciso dividí-las. Caso uma grandeza esteja ao lado da outra significa que
preciso multiplica-las.

Figura 28: Utilizando o triângulo da Lei de Ohm

2.3.3 A Lei de Ohm para a potência


Ohm também formulou uma relação para a potência, a qual utiliza o mesmo raciocínio
da anterior. Apenas a disposição do triângulo é diferente

Figura 29: triângulo da Lei


de Ohm para a potência,
também conhecido como
“PIV”
Figura 30: A imagem mostra todas as relações que podemos identificar a partir da Lei de Ohm

2.3.4 A Lei de Kirchoff para a tensão ou LKT


A Lei de Kirchoff para tensão tem nome ligeiramente complicado, mas apresenta um
conceito simples e fundamental. Ela diz que “em uma malha fechada, a soma dos
ganhos ou elevações de tensão deve ser igual à soma das quedas ou gastos de
tensão”.

Figura 31: A imagem representa um circuito com 3 resistores e uma fonte E. Segundo a
Lei de Kirchoff, a soma das elevações de tensão (provenientes da fonte) deve ser igual
às quedas de tensão somadas (gastos de tensão dos resistores R).
Figura 32: Aplicando a Lei de Kirchoff nesse circuito e supondo que a bateria forneceça
9V, a soma das tensões que as pilhas gastam deve ser igual a 9V também.
A LKT será especialmente útil quando estudarmos circuitos série em detalhes

2.3.5 A Lei de Kirchoff para a corrente ou LKC


Kirchoff enunciou outra Lei semelhante, porém aplicada à corrente elétrica. É a LKC
(Lei de Kirchoff para corrente), ela diz que “A soma das correntes que entram em um
nó deve ser igual à soma das correntes que saem desse mesmo nó.”
Um nó seria entendido também como uma emenda. A LKC será particularmente útil no
estudo de circuitos paralelos.

Figura 33: Exemplo de nó. A


soma das correntes que saem
do nó (i1+i3) deve ser igual à
soma das correntes que entram
no mesmo nó (i2+i4)
2.4 Colocando o conhecimento em prática
1. Escreva o triângulo da Lei de Ohm e mostre as três formas de se escrever as
relações entre as grandezas elétricas
2. Resuma o que diz a Lei de Kirchoff para Tensão.

3. Resuma o que diz a Lei de Kirchoff para Corrente.

2.5 Recapitulando
Nessa unidade pudemos observar relações matemáticas entre os fenômenos da
eletricidade: as chamadas Leis básicas da eletricidade. A Lei de Ohm evidencia a
relação entre a corrente elétrica e a tensão elétrica. Para um mesmo resistor, quanto
maior for o valor de tensão aplicado, maior será a corrente que percorrerá o resistor.
A Lei de Kirchoff para Tensão e a Lei de Kirchoff para Corrente tem nomes ligeiramente
difíceis, mas demonstram um conceito simples. A primeira diz que a soma das quedas
de tensão tem que ser igual à soma das elevações de tensão em uma malha fechada. A
segunda diz que a soma das correntes que entram em um nó devem ser iguais à soma
das correntes que saem desse mesmo nó.

2.6 Para saber mais


Assista a um vídeo muito interessante falando sobre a matemática na natureza.

 Donald no país da matemágica


https://www.youtube.com/watch?v=wbftu093Yqk

Acesse um conteúdo completo sobre a Lei de Ohm em

 http://www.dreaminc.com.br/sala_de_aula/lei-de-ohm/
No site Phet Colorado existem animações que ajudam a entender diversos fenômenos
físicos, em especial a Lei de Ohm e a Lei de Kirchoff

 https://phet.colorado.edu/pt_BR/
Lista de fontes das imagens utilizadas na unidade
Figura 21: https://noosfero.ufba.br/modelagem-matematica/fibonacci.png
Figura 22: http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/alegria/fibonacci/broto1.png
Figura
23: http://www.pontociencia.org.br/galeria/content/Fisica/Eletromagnetismo/01%20-
%20Analogia%20Eletrico-hidraulica_1_Circuito%20simples%20corrigido.jpg
Figura 24: http://www.dreaminc.com.br/sala_de_aula/wp-content/uploads/lei-de-
ohm.gif
Figura 25: http://www.dreaminc.com.br/sala_de_aula/wp-content/uploads/tabela-lei-
de-ohm-.gif
Figura 26: http://www.dreaminc.com.br/sala_de_aula/wp-content/uploads/formula-
de-ohm.jpg

Figura 27: http://www.grupoescolar.com/a/b/7E538.jpg


Figura 28: http://4.bp.blogspot.com/-
PaW45R_lrAg/VZf4Fi0pIPI/AAAAAAAAAXA/iOa5MTCpjXQ/s1600/dedos.jpg
Figura 29: http://1.bp.blogspot.com/_-5M8QX-
l3D8/SwieScqh8KI/AAAAAAAAAWY/2rcvfLo77DE/s320/lei+de+ohm.PNG
Figura 30: https://lh5.googleusercontent.com/-
e3EATDTBKzU/TW_NQr7n4cI/AAAAAAAAAFo/iofEBVT_kik/s1600/Lei_Ohm_Formulas.
GIF
Figura 31: http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAAvi8AI-1.jpg
Figura 32: http://3.bp.blogspot.com/-Hgrre_QYMyw/TY8-yG2f-
fI/AAAAAAAAAUU/TAXUcbNiUFc/s1600/circuito+em+s%25C3%25A9rie.png
Figura 33: http://e-
lee.ist.utl.pt/realisations/CircuitsElectriques/ApprocheCircuits/LoisKirchhoff/Figures/z
oom/Figura4.gif
2018
Leitura e Interpretação
de Projetos Elétricos
Universidade Federal de Minas
Gerais Sumário
Pró-reitoria de Extensão da UFMG
Prof.ª Benigna Maria de Oliveira
Leitura e Interpretação de Projetos Elétricos ................................ 1
Diretor da EEUFMG Apresentação ................................................................................... 3
Prof. Alessandro Fernandes Moreira
Unidade 1: Introdução á Disciplina e Normas Técnicas ..................... 4
Coordenação Geral
Prof. Aldo Giuntini de Magalhães Um Começo de Conversa ................................................................. 4

Supervisão de Área - Objetivos da Aprendizagem ............................................................. 4


Roosevelt Natividade Brasil do Carmo - Em Busca de Informação ................................................................ 4
Instrutores da Disciplina 2018 - Para Saber Mais ............................................................................ 7
Bruno Mateus Oliveira Silva
Catharina de Almeida Carvalhais
Cleiton Rogério Salgado Unidade 2: Choque Elétrico e Segurança em Instalações ................... 8
Gabriel Tadeu Costa Catharino
Lucas Gustavo Ribeiro Rocha - Um Começo de Conversa............................................................... 8
Luíza de Oliveira Trindade - Objetivos da Aprendizagem ............................................................. 8
Natália da Mata Cota Martins
Thayná Maciel Athayde - Em Busca de Informação ................................................................ 8
Preparação e Revisão do Texto
Cleiton Rogério Salgado Unidade 3: Projeto Elétrico .............................................................. 10
Gabriel Tadeu Costa Catharino
- Um Começo de Conversa.............................................................. 10
Lucas Gustavo Ribeiro Rocha
Natália da Mata Cota Martins - Objetivos da Aprendizagem .......................................................... 10
- Em Busca de Informação .............................................................. 10
- Colocando o Conhecimento em Prática ........................................ 22
Disciplina
Leitura e Interpretação de
Projetos Elétricos

Ementa
Leitura de projetos elétricos; Normas técnicas básicas para Eletricistas
NBR 5410:2005, NBR 5419:2015, ND5.1 e NR10; Fundamentos de projetos
elétricos residenciais de baixa tensão; Fundamentos de desenho técnico
para instalações elétricas; Equipamentos elétricos, conceitos, aplicações e
dimensionamento: tomadas, interruptores, disjuntores, cabos,
interruptores diferenciais residuais, eletrodutos; Fundamentos de
sistemas Fotovoltaicos; Aterramento e SPDA; Choque elétrico, proteção e
segurança em trabalhos com eletricidade.
Objetivos da aprendizagem
A disciplina Leitura e Interpretação de Projetos Elétricos tem por objetivo
fornecer aos estudantes os arcabouços teórico e prático necessários para
a leitura de projetos elétricos. Ao longo do ano letivo, os estudantes
elaboram um projeto elétrico de uma pequena casa, de forma a fixar os
conceitos aprendidos e desenvolver habilidades projetivas, analíticas e
envolvendo tópicos de manutenção.
Espera-se ao final do curso que o estudante seja capaz de ler e interpretar
projetos elétricos com facilidade, conhecendo os vários equipamentos e
tecnologias disponíveis na atualidade, bem como compreender as várias
formas possíveis de instalação destes equipamentos.
Conteúdo da disciplina
Para alcançarmos os objetivos, a metodologia de ensino será baseada em
aulas expositivas em quadro branco, utilização de transparência e slides,
aulas práticas demonstrativas, trabalhos teóricos extraclasse, trabalhos
práticos extraclasse, lista de exercícios, visitas técnicas, aulas práticas nas
instalações da escola e aulas práticas na sala de desenho projetivo.
Unidade 1
Introdução à disciplina e
Normas Técnicas
1.1 Um começo de conversa
Por que se cria uma norma?

Ter uma instalação baseada nas normas é indiscutivelmente o correto, pois


assim fica assegurado o bom funcionamento, a conservação dos bens e
principalmente a segurança. Normas existem para regulamentar, trazer uma
igualdade as demais instalações elétricas e melhorar o âmbito de qualidade das
instalações elétricas, e a NBR-5410 existe justamente pela preocupação com as
instalações elétricas de baixa tensão, pois muitos acidentes ocorrem neste tipo
de instalação com usuários que nem sempre possuem qualificação. Cumprir a
norma é assegurar que estas instalações estejam dentro do que é considerado
um funciona mento seguro.

1.2 Objetivos da aprendizagem


Conhecimentos das normas que regem as instalações elétricas

1.3 Em busca de informação


1.3.1 O que é a ABNT?
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é
o órgão responsável pela normalização técnica no
Brasil, fornecendo insumos ao desenvolvimento
tecnológico brasileiro. Trata-se de uma entidade
privada e sem fins lucrativos e de utilidade pública,
fundada em 1940.

1.3.2 NBR 5410:2005 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão


Quando se fala de eletricidade ou qualquer assunto relacionado, o primordial é
a segurança. Eletricidade é um fenômeno manipulável pelo ser humano, mas
não totalmente dominado, por isso, para os profissionais desta área existem
uma série de recomendações, as NBR’s. As NBR’s advertem os profissionais
sobre as normas básicas de instalações elétricas, para que as mesmas não
ofereçam riscos a edificações, aos seres humanos, animais, bens materiais e
etc. NBR significa Norma Brasileira. As NBR’s são aprovadas pela ABNT,
Associação Brasileira de Normas Técnicas, e é a ABNT que disponibiliza a norma
NBR-5410 em pdf.

1.3.3 Diferenças entre NR e NBR


As NR’s são normas regulamentadoras para temas relacionados à segurança e
medicina do trabalho no território nacional, publicadas unicamente pelo
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Diferentemente, as NBR’s são normas
técnicas, concebidas através de consensos e estudos relacionados ao tema, elas
estipulam requisitos de qualidade, desempenho, segurança e etc.

1.3.4 NBR 5410


A NBR-5410 é a norma que estipula as condições adequadas para o
funcionamento usual e seguro das instalações elétricas de baixa tensão, ou
seja, até 1000V em tensão alternada e 1500V em tensão contínua. Esta norma
é aplicada principalmente em instalações prediais, públicas, comerciais, etc.
Para o profissional da área funciona como um guia, sobre o que se deve ou não
fazer, ela traz um texto diferenciado explicando e colocando regras em
instalações de baixa tensão, e faz grande diferença conhecê-la e acima de tudo
aplicá-la. Conhecer a norma e os tópicos nela propostos esclarece muitas das
dúvidas dos profissionais da área.

1.3.5 Objetivo da NBR 5410


No geral, esta norma estabelece as condições a que devem satisfazer as
instalações elétricas de baixa tensão a fim de garantir a segurança de pessoas e
animais, o funcionamento adequado da instalação e conservação dos bens. Ou
seja, segurança das pessoas e animais que habitam a instalação,
funcionamento e conservação dos bens.

1.3.6 NBR 5410 se aplica:


Como dito anteriormente, a NBR-5410 é uma normatização voltada às
instalações prediais, porém quando se fala de instalação predial, logo
pensamos na instalação residencial, por isso os tópicos abaixo esclarecem e
exemplificam a aplicação desta norma.

• Áreas descobertas externas a edificações;


• Locais de acampamento, marinha e instalações análogas;
• Instalações temporárias como canteiros de obras, feiras, etc.;
• Circuitos elétricos alimentados sobtensão nominal igual ou inferior a
1000 V em correntealternada (CA), frequência inferior a 400 Hz, ou a 1500
V e corrente contínua (CC) (modificação vinda da norma NR-10, que
estabelece o que é baixa tensão);
• Circuitos elétricos que não estão dentro de equipamentos, funcionando
sobre tensão superior a 1000 volts, e alimentados por uma instalação igual
ou inferior a 1000 volts e corrente alternada. Circuitos de lâmpadas de
descarga, por exemplo;
• Fiações e redes elétricas que não estejam cobertas pelas normas
relativas aos equipamentos de utilização;
• Linhas elétricas fixas de sinal com exceção dos circuitos internos dos
equipamentos
• Instalações novas e já existentes, sobre reforma;

1.3.7 NBR 5410 não se aplica:


Alguns dos pontos citados pertencem a normas próprias e específicas a
instalação, mesmo estando dentro das instalações de baixa tensão, por isso a
NBR-5410 não se aplica aos mesmos.
• Instalações de tração elétrica;
• Instalações elétricas de veículos motores, carros elétricos, por exemplo;
• Instalações de embarcações e aeronaves;
• Equipamentos para supressão de perturbações radioelétricas, na
medida em que não comprometa a segurança das instalações;
• Iluminação pública;
• Redes públicas de distribuição elétrica
• Instalações de proteção contra quedas diretas de raios, porém esta
norma considera as consequências dos fenômenos atmosféricos sobre as
instalações, por exemplo, seleção dos dispositivos de proteção contra
sobre tensão;
• Instalações em minas;
• Instalações em cercas elétricas;
A aplicação da NBR-5410 não dispensa o seguimento de outras normas
aplicadas em situações ou lugares específicos e os regulamentos que a
instalação deve seguir.

1.3.8 NBR 5419:2015 – SPDA


É muito importante que sejam definidas nas instalações prediais sistemas que
protejam todos aqueles que utilizam do espaço, entre muitos cuidados e
sistemas devem ser tomadas medidas para que se minimizes os impactos das
descargas atmosféricas. Com este intuito a ABNT criou normas para diversas
áreas incluindo uma norma para a proteção de estruturas contra descargas
atmosféricas.
A NBR 5419 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas, é a norma
que trata dentre outros importantes assunto do SPDA (sistemas de proteção
contra descargas atmosféricas). Seu campo de aplicação é definido na própria
norma em seu capitulo 1.

1.3.9 NBR ISO/CIE 8995 – Iluminação


Propicia a visualização do ambiente, permitindo que as pessoas vejam, se
movam com segurança e desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente,
precisa e segura, sem causar fadiga visual e desconforto. Pode ser natural,
artificial ou uma combinação de ambas.

1.3.10 ND 5.1 e ND 5.2 (CEMIG) Distribuição e Entrada de Energia


Esta Norma tem por objetivo estabelecer as diretrizes técnicas para o
fornecimento de energia elétrica em tensão secundária, a edificações
individuais (ND 5.1), edificações de uso coletivo e em edificações agrupadas
(ND 5.2), a partir das redes de distribuição aéreas, bem como fixar os requisitos
mínimos para as entradas de serviço destas edificações.

Esta Norma está estruturada em função dos seguintes tópicos:


• critérios de projeto e dimensionamento dos componentes das entradas
de serviço;
• instalações básicas referentes a cada tipo de padrão de entrada;
• materiais padronizados e aprovados para utilização nos padrões de
entrada.

1.4 Para saber mais


Para saber mais sobre os assuntos basta procurar nos sites das companhias
distribuidoras de energia, no nosso caso a CEMIG. Além do próprio site da ABNT
Unidade 2
Choque elétrico e segurança
em instalações

2.1 Um começo de conversa


É importante que o eletricista de baixa tensão tenha conhecimento dos riscos
que a eletricidade pode oferecer para o ser humano. Somente dessa forma ele
poderá exercer seu trabalho de forma segura, garantindo a sua integridade
física e a integridade física do futuro usuário das instalações.

2.2 Objetivos da aprendizagem


Conhecer os possíveis danos que os choques elétricos podem causar, além das
atitudes a se tomar para evita-los.

2.3 Em busca de informação


2.3.1 Efeitos colaterais no corpo humano
Choque elétrico:
O choque elétrico é uma perturbação que atinge o corpo de seres humanos e
animais quando esse corpo é percorrido por uma corrente elétrica. Essa
perturbação pode provocar desde um leve incomodo até efeitos mais graves
como parada cardíaca, queimaduras e danos permanentes ao organismo.
Alguns fatores que contribuem para a variação dos efeitos do choque são: a
intensidade da corrente que atravessa o corpo, a resistência elétrica do corpo e
o tempo de exposição à corrente.

• Intensidade da corrente que atravessa o corpo:


Como principais efeitos dos choques, de diferentes intensidades de corrente,
provocados por circuitos elétricos em instalações residenciais (127V/220V –
60Hz), podemos citar: (fonte: Apostila CEMIG Instalções Residenciais)
 Intensidade até 9mA: geralmente não produzem consequências
mais graves;
 Intensidade de 9 a 20mA: contrações musculares violentas,
crispação muscular e asfixia, se a zona torácica for atingida;
Intensidade de 20 a 100mA: contrações violentas, asfixias,
perturbações circulatórias, fibrilações ventricular;
 Intensidade acima de 100mA: asfixia imediata, fibrilação
ventricular, queimaduras;
 Vários ampères: asfixia imediata, queimaduras graves, etc.
Além destes efeitos podemos citar outro efeito importante chamado limite de
largar, define-se como o valor máximo da corrente que um indivíduo pode
suportar e largar um condutor ativo (condutor afeto à passagem da corrente
elétrica). Experiências indicam para este limite os seguintes valores médios:

Em corrente alternada 50/60 Hz:... 10mA para mulheres; 16mA para homens;
Em corrente contínua:.....................51mA para mulheres; 76mA para homens.

A CEI 479 indica como limiar de “largar” 10mA. Correntes inferiores a este
limite, mesmo não ocasionando graves lesões diretas no organismo, podem
estar na origem de quedas, acidentes com partes móveis de máquinas, etc.
Unidade 3
Projeto Elétrico

3.1 Um começo de conversa


Projetos elétricos são fundamentais na execução de instalações elétricas, através deles
todas as possíveis dúvidas quanto às instalações podem ser sanadas. É fundamental
que um eletricista saiba ler e interpretá-los.

3.2 Objetivos da aprendizagem


Aprender a ler, interpretar e executar projetos elétricos residenciais.

3.3 Em busca de informação


3.3.1 Carga mínima de iluminação
Para se determinar as cargas de iluminação em unidades residenciais, pode ser
utilizado o seguinte critério:

a) Em cômodos com área igual ou inferior a 6m² , deve ser prevista uma
carga mínima de 100 VA;

b) Em cômodos com área superior a 6m² , deve ser prevista uma carga de
100 VA para os primeiros 6m², acrescido de 60 VA para cada aumento de
4m² inteiros.

Notas:
· Os valores aqui apurados correspondem à potência destinada à
iluminação para efeito de dimensionamento dos circuitos, e não
necessariamente à potência nominal das lâmpadas.
· O número de pontos de iluminação deve ser tal que, distribua
uniformemente a iluminação geral, prevendo também pontos de
iluminação para destaques específicos.

Área (m²) – 6,0m² = Resto

Resto ÷ 4,0m² = I,d

100VA + ( I x 60VA) = Carga de iluminação

I => Inteiro da divisão

3.3.2 Carga mínima para os pontos (caixas) de tomadas


Os pontos de tomadas são caracterizadas como sendo de uso geral (TUG’s) ou
específicas (TUE’s).
São chamadas de específicos (TUE), todos os pontos de tomadas que
alimentam carga cuja corrente nominal é superior a 10A, ou seja, 1270VA em
127V (P = 127V x 10A). A potência deste ponto de tomada deve ser portanto, a
de utilização, ou seja, a potência máxima do equipamento a ser utilizado
naquele local. São destinadas à ligação de equipamentos fixos e estacionários.
Exemplos:

O projetista deve escolher o número, a localização e o tipo delas em função do


lay-out de sua instalação e das necessidades do usuário, lembrando que elas
devem estar no máximo a 1,50m do aparelho.
Os pontos de tomadas de uso geral (TUG): não se destinam à ligação de
equipamentos específicos e nelas são sempre ligados aparelhos móveis ou
aparelhos portáteis.

São recomendadas por norma as seguintes quantidades de pontos de tomadas


TUG’s:

a) Em banheiros pelo menos um ponto de tomada; atendidas as


restrições de 9.1, para locais contendo banheira ou chuveiro; (Ver
figura 3.3)

b) Em cozinhas, copas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos um


ponto de tomada para cada 3,5m (ou fração) de perímetro;
c) Nos demais cômodos, um ponto de tomada para cada 5m (ou fração)
de perímetro, se a área for superior a 6 m² ou apenas um ponto de
tomada se a área for inferior a 6 m² ;

d) Em subsolos, sótãos, garagens e varandas (churrasqueira e circulação¹)


pelo menos um ponto de tomada.

Devem ser atribuídas a estes pontos de tomadas as seguintes potências:

d) Em banheiros, cozinhas, copas e áreas de serviço no mínimo 600VA por


ponto tomada, até 3 pontos de tomadas e 100VA para cada uma dos
excedentes; sempre considerando cada um dos ambientes
separadamente;

Exemplo: se temos 1 ponto de tomada = 600VA;


2 pontos de tomada = 1.200VA;
3 pontos de tomada = 1.800VA;
4 pontos de tomada = 1.900VA.

f) Nos demais cômodos 100VA por ponto de tomada.

¹Além dos cômodos da norma, para disciplina

Figura 3.3
3.3.3 Simbologia
Para a interpretação de um projeto elétrico é
essencial a utilização de símbolos. Existem aqueles
normalizados que são apresentados:
Como a simbologia normalizada pode
eventualmente ser modificada é essencial a
utilização de uma legenda em seu projeto.

Na disciplina o símbolo de terra será a letra “T” de


cabeça para baixo.

Abaixo temos as caixas de embutir utilizadas em


instalações elétricas:
3.3.4 Determinação do tipo de consumidor ou tipo de fornecimento
Deve ser feito de acordo com as instruções das normas da concessionária de
energia que atende o local das instalações. Para o caso da CEMIG, são
atendidos em baixa tensão aqueles consumidores que apresentarem carga
(potência instalada) igual ou inferior a 75 kW.
De acordo com a Norma ND 5.1 da CEMIG, estão na tabela seguinte os tipos de
fornecimento para instalações residenciais em região urbana em baixa tensão:

De posse de sua carga total calculada nos itens 1 e 2, determine quantas fases a
sua residência receberá da concessionária local. Esta informação é muito
importante para o próximo exercício.
Para fornecimento tipo A, monofásica, todos os circuitos terão ligação fase-
neutro, 127V.
Para fornecimento tipo B e C, deveremos ter os circuitos de iluminação e
tomadas de uso geral no menor valor de tensão, 127V, ou seja estes circuitos
serão monofásicos. As tomadas de uso específico, de maior potência, podem
ser ligadas em duas fases, 220V.
Todas as potências médias da tabela acima estão em W e possuem o FP =1 ou
cos θ =1, exceto as marcadas com um F.

Potências nominais dos condicionadores de ar tipo janela

Valores válidos para aparelhos até 12000 BTU/h ligados em 127V ou 220 V e
para os aparelhos acima de 14000BTU/h ligados em 220V.
3.3.5 Projeto da iluminação
NOTAS:
1. A FASE (numa instalação é o condutor vermelho) é o condutor que deve
ser interrompido para se comandar uma lâmpada.
2. O NEUTRO (condutor azul) não deve ser interrompido. Ele sempre deve
ser ligado diretamente na base rosqueada da lâmpada.
3. O RETORNO (condutor preto), o condutor que vai do comando à
lâmpada, deve, portanto, ser ligado no disco central da lâmpada.
4. Conforme item 5.6.6.1.2 da página 76 da norma, o neutro não é
interrompido no comando “unipolar” (interruptor simples).

Identificação dos condutores no eletroduto para facilitar a leitura da


planta (DEVERÁ SER SEGUINDO NA DISCIPLINA)

Os condutores deverão estar como os representados no lado de cima do


eletroduto (como em negrito na figura acima).

3.3.5.1 Interruptor Simples: Comando de uma ou mais lâmpadas de um


único ponto
Na Figura 3.4 vemos representado um eletroduto contendo os condutores necessários
ao comando simples de uma lâmpada. Vemos que o condutor fase é interrompido no
interruptor (que é instalado numa caixa retangular padronizada de 5x10cm ou 2x4”) e
então retorna à lâmpada recebendo neste trajeto o nome de condutor retorno. A caixa
octogonal do teto, onde fixamos a lâmpada, também pode ser vista nesta figura. Esta
caixa é representada em planta, como na Figura 3.6.

Figura 3.3

Figura 3.4

Figura 3.5 Figura 3.6

O diagrama esquemático em planta de um cômodo com um único ponto de luz


no teto, sendo comandado também de um único interruptor (E), perto da
porta, é mostrado na Figura 3.6.
3.3.5.2 Interruptor Duplo: Comando separado de duas luminárias
Neste tipo de comando temos dois interruptores simples numa mesma caixa
5x10cm ou 2x4”, cada um comandando uma das duas lâmpadas,
separadamente. Temos então dois retornos, um para cada lâmpada ou grupo
de lâmpadas.
3.3.5.3 Sistema THREE WAY: Comando de uma luminária ou um grupo de
luminárias de dois pontos

Quando desejamos comandar uma ou mais lâmpadas de dois pontos diferentes


(aplicações típicas: escadas, cama da suíte, salões, etc.), necessitamos do
sistema “three-way”. Neste tipo de comando precisamos interligar os
interruptores, o que é feito pelos retornos paralelos (vide figura abaixo). O
neutro deve ser ligado na lâmpada, a fase em um dos comandos e o retorno
liga então o outro comando à lâmpada.

Nota: Tanto o sistema de comando como o


interruptor possuem o mesmo nome: “three-
way”. Dizemos então: o sistema “three-way”
possui dois interruptores “three-way”.
3.3.5.4 Sistema FOUR-WAY: Comando de uma luminária ou um grupo de
luminárias de três pontos
Este comando é constituído por 2 interruptores “three-way” e 1 chamado,
intermediário. O esquema equivalente pode ser visto abaixo. Observe que os 3
interruptores são interconectados pelos retornos paralelos. O neutro vai
diretamente para a lâmpada, a fase para um dos “three-way” e o retorno do
outro “three-way” para a lâmpada.
Caso queiramos comandar uma lâmpada de mais de três pontos distintos é
necessário introduzirmos, (n-2) intermediários, onde n = número de pontos de
comando.
Abaixo listamos alguns símbolos normalizados pela NB-3 para a execução de
um projeto elétrico residencial em baixa tensão.
3.4 Colocando o conhecimento em prática
Os conhecimentos adquiridos nessa seção e em algumas outras serão colocados em
prática nas aulas de Laboratório de Eletricidade.
Universidade Federal de Minas
Gerais Sumário
Pró-reitoria de Extensão da UFMG
Prof.ª Benigna Maria de Oliveira
Laboratório de Eletricidade.......................................................... 47
Diretor da EEUFMG Apresentação ................................................................................ 48
Prof. Alessandro Fernandes Moreira

Coordenação Geral Unidade 1: Normas de Segurança .................................................. 49


Prof. Aldo Giuntini de Magalhães
Um Começo de Conversa ............................................................... 49
Supervisão de Área
Roosevelt Natividade Brasil do Carmo
- Objetivos da Aprendizagem ........................................................... 49
- Em Busca de Informação ............................................................. 50
Instrutores da Disciplina 2018
Bruno Mateus Oliveira Silva
Catharina de Almeida Carvalhais Unidade 2: Ferramentas .................................................................. 54
Cleiton Rogério Salgado
Gabriel Tadeu Costa Catharino - Um Começo de Conversa............................................................. 54
Lucas Gustavo Ribeiro Rocha
Luíza de Oliveira Trindade
- Objetivos da Aprendizagem ........................................................... 54
Natália da Mata Cota Martins - Em Busca de Informação .............................................................. 55
Thayná Maciel Athayde

Preparação e Revisão do Texto Unidade 3: Instrumentos de Medição ............................................... 57


(exceto onde mencionado)
Cleiton Rogério Salgado - Um Começo de Conversa............................................................. 57
Gabriel Tadeu Costa Catharino - Objetivos da Aprendizagem .......................................................... 57
Lucas Gustavo Ribeiro Rocha
Natália da Mata Cota Martins - Em Busca de Informação .............................................................. 57
- Anexo I ........................................................................................ 66
Disciplina:
Laboratório de Eletricidade

Ementa
Segurança em instalações elétricas; Ferramentas e instrumentos de medição; Leis de
Ohm e Kirchhoff; Tomadas, Lâmpadas e Interruptores.

Objetivos da aprendizagem
A disciplina Laboratório de Eletricidade tem como objetivo fornecer aos alunos
conhecimento e familiaridade com instrumentos de medição e ferramentas utilizados
na profissão de Eletricista. E ainda promover um suporte às disciplinas Eletricidade
Geral e Leitura e Interpretação de Projetos Elétricos no contexto prático possibilitando
ao aluno a oportunidade de comprovar os conceitos da eletricidade de forma prática e
de fácil entendimento. Assim, capacitando-o a realizar toda a montagem de
instalações elétricas prediais da maneira correta.
Espera-se ao final do curso que o aluno seja capaz de montar e realizar manutenção
em instalações elétricas prediais de forma autônoma e com qualidade.

Conteúdo da disciplina
A disciplina aborda assuntos práticos da profissão do eletricista, e proporcionando aos
alunos a oportunidade de trabalhar os conhecimentos adquiridos do ponto de vista
prático.
Unidade 1
Normas de Segurança
1 Um começo de conversa
1.1 Um começo de conversa
Nós, seres humanos, estamos sempre procurando através do trabalho, uma forma de
sobrevivência e obtenção de bens para ter um conforto e uma qualidade de vida
almejados. Mas de todos os nossos bens, a vida e a integridade - física e mental – são,
sem dúvida, os mais preciosos de todos eles. Não tem dinheiro que pague ou bem
material que compense a perda de uma vida ou da integridade de uma pessoa.
Uma vez que se perde uma vida ou mesmo a integridade, não há como corrigir,
desfazer ou reparar, por mais que se deseje, e nem mesmo com todo o avanço atual
da ciência. Esse é um dos poucos fatores que a humanidade ainda não conseguiu
controlar. Por isso elas são tão importantes.
Além do mais, toda a existência da humanidade, desde seu surgimento até os dias
atuais, sempre foi pautada nas relações afetivas. O ser humano constrói relações
afetivas com outros indivíduos e procura conservá-las, e o fracasso causa bastante
sofrimento para os envolvidos, como é o caso da perda de uma vida.
Infelizmente, acidentes sempre foram uma grande causa de morte de pessoas. A
maioria desses acidentes é causados por erros banais, coisas simples que poderiam ser
evitadas, principalmente nas relações de trabalho. Por isso, atualmente, existem
diversas normas que abordam a questão da segurança das pessoas, sobretudo no
ambiente de trabalho.

1.2 Objetivos da aprendizagem


Instalações elétricas são ambientes que possuem potencial risco à vida e integridade
física de seres humanos. Os principais riscos são choque elétrico e queimaduras. O
choque elétrico é a sensação sentida por uma pessoa quando tem o seu corpo
sujeitado à passagem de uma corrente elétrica, seja ela alternada ou contínua.
1.3 Em busca de informação
1.3.1 O Risco do Choque Elétrico
Os fatores que determinam a gravidade do choque elétrico são: Percurso da corrente
elétrica; Características da corrente elétrica; Resistência elétrica do corpo humano.
Vamos falar sobre cada um deles com mais detalhes.

 Percurso da corrente elétrica: Os órgãos percorridos pela corrente elétrica podem


sofrer sérios danos. Os choques em que a corrente elétrica passa pelo coração e/ou
cérebro são os que o risco de morte é maior.

 Características da corrente elétrica: As características da corrente elétrica que


influenciam o choque elétrico são:
i. Tipo de corrente: Contínua ou alternada, sendo dentre estas a alternada mais
perigosa;
ii. Intensidade da corrente que está circulando o corpo no momento do choque:
Quanto maior a corrente maior a lesão;
iii. Tempo de exposição: Apenas alguns milissegundos são suficientes para causar
danos ou até mesmo a morte;
 Resistência elétrica do corpo humano: Cada parte do seu corpo oferece uma
resistência diferente à passagem de corrente elétrica.
Repare que em nenhum dos fatores citados foi mencionada a tensão elétrica. Ou seja,
a tensão por si só não influencia no choque, o que nos leva a concluir que baixa tensão
também pode matar ou causar danos graves. Por isso, tenha CUIDADO.
A Norma Regulamentadora NR-10, do Ministério do Trabalho, determina, as exigências
e condições necessárias do ambiente de trabalho, conforme descreve o item 10.1.1,
“objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de
forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou
indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade.” Em
mais detalhes, ela estipula:

 Planejamento do trabalho a ser realizado: Ter o projeto que será realizado, em


papel, e bem claro na sua cabeça, pode evitar a realização de ligações erradas,
poupar tempo e evitar acidentes.
 Trabalhar somente em circuitos desenergizados: Circuitos desenergizados não
são capazes de forçar a passagem de corrente elétrica, prevenindo a maioria
dos acidentes. É preciso ficar atento à componentes armazenadores de
energia, que mesmo depois de terem o seu circuito de alimentação desligados,
ainda não estão desenergizados.
O trabalho em circuitos energizados só é permitido se todas as pessoas
próximas usarem equipamentos de proteção que protejam suas vidas e
integridades físicas de todos os possíveis acidentes. Em geral são necessários
tantos equipamentos, que tornam inviável o trabalho com o circuitos
energizados, sendo realizados somente em casos extremos.
 Garantir que o circuito não será ligado: Quando se trabalha em um projeto
onde várias pessoas também tem acesso aos equipamentos de segurança,
como disjuntores, é necessário certificar que não há a possibilidade de o
circuito ser energizado por outra pessoa, enquanto o trabalhado ainda está
sendo realizado.
É importante atentar-se também para outros riscos:
 Altura
 Queda de objetos
 Tropeçar
 escorregar
 Cortes e perfurações

1.3.2 Circuitos desenergizados


Poucos parágrafos acima mencionamos que a NR-10 determina que ao trabalhar em
um circuito elétrico, este deve estar desenergizado. Mas como vamos saber que um
circuito está desenergizado? Algumas pessoas vão responder, que basta desligar o
disjuntor que alimenta o circuito em questão, e o circuito estará desenergizado. Mas
de acordo com a NR-10, esta resposta está ERRADA.
Por questões de segurança, para considerar um circuito desenergizado é necessário
atender uma série de exigências que vamos discutir a seguir. É importante destacar
que seguir a sequência do procedimento exigido é de extrema importância. Vamos ao
que interessa, para desenergizar um circuito é necessário:
1. Desligar o disjuntor que alimenta o circuito, ou região em que o trabalho será
executado;
2. Bloquear o disjuntor, preferencialmente com um cadeado, de forma a impedir
que ele possa ser religado por outra pessoa;
3. Identificar o bloqueio, para que outras pessoas possam saber o motivo e quem o
colocou;
4. Testar, com um instrumento se de fato não há tensão no circuito – sempre
deve-se realizar um teste em um local energizado para evitar uma medição
falsa;
5. Aterrar o circuito.
Desta forma, o trabalhador se protege de forma eficiente de um eventual choque
elétrico de qualquer origem.
1.3.3 Normas do laboratório
O Laboratório de Eletricidade do CIPMOI possui rígidas normas de segurança que tem
o objetivo de proteger os alunos e os instrutores. O não cumprimento dessas regras
pode acarretar em severas penalidades aos envolvidos, que podem chegar a ser
desligados do projeto.
Desta forma, visando a segurança de todos os envolvidos, para acessar o laboratório é
obrigatório:
1. Uso de calçado fechado com sola de borracha, preferencialmente tênis ou
botina de segurança para eletricista;
2. Uso de calça comprida;
3. Manter o cabelo sempre preso (para cabelos grandes);
4. Antes de energizar a montagem, todos devem colocar os óculos de proteção;
5. Chamar o professor para conferir a montagem antes de energizá-la.
6. Tenha extrema atenção enquanto a bancada estiver energizada, ou estiver
próximo de qualquer equipamento energizado.
Ainda atentando para a segurança de todos os presentes, ao acessar a sala, o aluno
deve seguir rigidamente as seguintes regras:
1. É proibido comer e beber dentro do laboratório;
2. Tomar água é permitido, mas o faça longe das bancadas;
3. É proibido qualquer tipo de brincadeira dentro do laboratório, independente da
atividade realizada, mesmo que a bancada esteja desligada;
4. Nunca acesse o laboratório se estiver molhado, ou suado, mesmo que em uma
pequena parte do corpo;
5. É proibido utilizar adornos pessoais, como relógio, pulseira, anel, aliança, colar
corrente, etc.;
6. É proibido trabalhar com circuitos energizados;
7. É proibido energizar o circuito sem a autorização do professor;
8. Nunca altere a montagem enquanto ela ainda estiver energizada;
9. Nunca conecte um instrumento em um circuito energizado;
10. Quando fizer alguma montagem ou instalação elétrica, tenha sempre certeza do
que está fazendo – em caso de dúvida chame o professor;
11. Sempre confira a montagem com o diagrama de ligações;
12. Quando utilizar um instrumento antes de energizar, confira sempre se a sua
ligação e sua escala estão corretos;
13. Sempre que desligar a bancada, confirme se a mesma está desenergizada
utilizando um voltímetro;
14. Antes de manusear a montagem, certifique-se de que ela está desligada e
desenergizada;
15. Só trabalhe com equipamentos em perfeito estado;
16. Sempre que for necessário algum material, o aluno deve solicitar ao professor;
17. Ao terminar a montagem, os alunos devem deixar a bancada limpa e organizada
e devolver todo o material utilizado ao lugar adequado;
18. Aluno que chegar atrasado perderá pontos da atividade prática;
19. Práticas não compatíveis com o ambiente do laboratório serão punidas;
20. Comportamentos inadequados, que comprometam a segurança de algum aluno
(inclusive do autor) ou do professor, serão severamente punidos;
21. Os alunos que causarem qualquer dano a algum material ou equipamento
deverão arcar com os custos do reparo, ou com a substituição do mesmo;
22. O uso de celular NÃO é permitido;
23. Ao final da aula, desligar todos os interruptores e disjuntores.

1.3.4 Em caso de acidentes com eletricidade


Um acidente é uma situação bastante traumática, tanto para quem sofre, como para
quem somente presencia. Sabemos que ninguém gostaria de estar envolvido em um
acidente, no entanto, infelizmente eles ainda acontecem. Então devemos saber como
nos portar caso testemunhemos algum, até porque alguns segundos podem fazer a
diferença para salvar uma pessoa. Assim, para evitar novos acidentes e maiores danos
ao acidentado, devemos:

 Primeira medida: Desligar o circuito que causa o acidente – antes de tocar ou se


aproximar do acidentado;
Atenção: Pode haver mais de um circuito provocando o acidente, então:
 Certifique-se de que o local do acidente está de fato desenergizado;
 Certifique-se de que não há risco de novos acidentes;
 Se não for possível desligar o local do acidente:
 Isole a área imediatamente;
 Informe a pessoa ou empresa responsável pelo desligamento para que possa
realizá-lo;
 Só então chame socorro médico.
Unidade 2
Ferramentas
2 Um começo de conversa

2.1 Um começo de conversa


Para realizar qualquer trabalho, um eletricista precisará ter em mãos algumas
ferramentas, se não tiver ferramenta alguma será impossível fazer qualquer tipo de
trabalho.
Mas não basta possuir algumas ferramentas, para a execução de uma instalação
elétrica com qualidade é necessário saber como e qual ferramenta utilizar, pois
existem ferramentas específicas e adequadas para cada função. Geralmente estas
ferramentas facilitam a execução do trabalho, economizam tempo e esforço na sua
execução.
Por esses motivos é importante adotar ferramentas adequadas para cada trabalho e
também de qualidade.
Mas como escolher a ferramenta ideal para comprar? Qual ferramenta deve ser
utilizada em cada caso? O que pode ser feito para a ferramenta para ter uma boa
durabilidade?

2.2 Objetivos da aprendizagem


Em geral, o custo de ferramentas está diretamente relacionado à sua qualidade,
porém o benefício oferecido pode, em pouco tempo, compensar o valor gasto. A
durabilidade que uma boa ferramenta pode ter é outra vantagem que deve ser levada
em consideração durante a aquisição.
Se você quer comprar uma ferramenta de boa qualidade, vá a uma loja especializada.
Por exemplo, se você for em uma loja de produtos importados (popularmente
conhecida como loja de 1,99) muito provavelmente você irá encontrar chaves de
fenda, philips, e talvez até alicates. Mas não se pode esperar destas ferramentas o
mesmo que se espera de uma ferramenta comprada em uma loja especializada. O
objetivo da primeira ferramenta é ser barata, é vendida em lojas que atingem um
público diversificado, como lojas de produtos importados, armarinhos,
supermercados, loja de utilidades, etc. Ou seja, é uma ferramenta para um uso
eventual, uma pessoa que vai usar para um hobby, ou pequenos reparos, ela não
suporta um uso constante, ou um trabalho pesado. Mas as ferramentas de maior
qualidade já atendem estas necessidades, elas são vendidas em lojas especializadas
pois não são voltadas para o público em geral, são de uso profissional. As pessoas que
precisam de uma ferramenta apenas para realizar pequenos ajustes não estão
dispostas a pagar um valor elevado por elas, por isso a comercialização é mais restrita,
se resumindo à loja especializadas.
Mas o tempo de vida útil de ferramentas não está só relacionado à sua qualidade, mas
também com os cuidados tomados no manuseio e armazenamento.

Figura 2. 1 – Exemplos de
tamanhos de chave de fenda

Figura 2. 2 - Exemplos de tipos de alicate

2.3 Em busca de informação


2.3.1 Ferramentas
Ao se falar sobre durabilidade de ferramentas, seria desnecessário dizer que para que
elas tenham uma longa vida útil, é necessário usá-las de forma adequada. Porém,
ainda assim, não é difícil ver pessoas utilizarem alicate como martelo, para fixar um
prego ou bater em algo; chave de fenda ou philips como talhadeira ou alavanca.
Alguns dos motivos que levam a pessoa a realizar esta prática é a falta de ferramentas
adequadas, e a pressa para realizar o trabalho. Mas qualquer que seja o motivo, deve
ser combatido.
Outro erro comum, cometido por diversas pessoas, é utilizar chaves de fenda ou
philips de tamanhos inadequados ao trabalhar com parafusos. Uma chave maior, ou
menor que o adequado pode danificar o parafuso e a ferramenta, além de dificultar o
seu trabalho.
Para finalizar, precisamos lembrar que é importante manusear a ferramenta com
firmeza. A queda de uma ferramenta pode danificá-la, causar um acidente, ou
danificar a instalação ou outro equipamento. Quando se trata de uma chave de fenda
ou philips, a firmeza ao manusear evita desgastes no parafuso e na ferramenta, por
isso, é necessário pressionar a chave contra o parafuso.
A Norma Regulamentadora NR-10, do Ministério do Trabalho, exige que sejam
utilizadas sempre ferramentas isoladas quando se trabalha em uma instalação elétrica,
mesmo estando ela desenergizada. Existem ferramentas isoladas de todos os tipos,
por exemplo, alicates, chaves de fenda, philips, de boca, chave inglesa, canhão, allen, e
até mesmo arco de serra e faca. Elas são também conhecidas como ferramentas de
eletricista.

Figura 2. 3 – Exemplos de ferramentas isoladas

2.3.2 EPI
EPI é a sigla para equipamento de proteção individual, que são equipamentos que
visam dar segurança às pessoas. Em um ambiente em que há riscos é sempre
obrigatório o uso de EPIs para evitar acidentes. Em uma obra, por exemplo, há risco de
queda de objetos, seja de andares superiores, ou causada por um profissional que
esteja trabalhando sobre uma escada ou andaime.
Como para cada trabalho e local há um risco diferente, e para cada tipo e nível de risco
há um EPI adequado, é recomendável consultar um técnico de segurança do trabalho
para que ele possa, analisando o seu trabalho e os riscos envolvidos, te recomendar os
EPIs necessários.
Ao adquirir um EPI deve-se verificar a qualidade do equipamento, verificando o
número do seu CA – Certificado de Aprovação – um certificado que atesta que o
produto foi testado e aprovado de acordo com as exigências para garantir a segurança
do usuário.
Unidade 3
Instrumentos de Medição
3 Um começo de conversa

3.1 Um começo de conversa


A quantização das grandezas elétricas é de extrema importância para o dia-a-dia de
um eletricista. Para isso, precisamos utilizar um instrumento capaz de medir a
grandeza desejada. Mas como podemos saber qual é o instrumento adequado para
cada caso? Como utilizar cada instrumento? Como configurar o instrumento?

3.2 Objetivos da aprendizagem


Utilizar um instrumento para realizar uma medição elétrica pode parecer uma tarefa
simples, sobretudo para pessoas desinformadas, mas há diversos fatores que precisam
ser observados, como o instrumento correto a ser utilizado, a forma de operar o
instrumento e de conectá-lo ao local de medição. Neste texto são abordados todos
esses fatores envolvidos para realizar uma medição de maneira correta e com
segurança.

3.3 Em busca de informação


3.3.1 Amperímetro
Amperímetro é um instrumento que mede a corrente elétrica que passa por um ramo
(ou fio). Na figura 3.1, vemos o símbolo que representa um
amperímetro.

 Deve ser ligado sempre em série no ramo que se deseja medir


a corrente;
 Para ligar um amperímetro deve-se abrir o ramo onde se deseja
Figura 3.1: Símbolo
medir a corrente para conectar o instrumento; do amperímetro
 Possui duas conexões (para dois cabos) pois a corrente precisa
circular pelo amperímetro e retornar para o circuito;
Por exemplo, para fazer a medição nos ramos ab, ac e bc do circuito representado no
item 1(a) da figura 3.2, devemos fazer as conexões do amperímetro como nos circuitos
dos itens 1(b), 1(c) e 1(d), respectivamente. Na figura, o terminal vermelho do
amperímetro é o positivo e o azul é o negativo. Por convenção, a corrente elétrica
conduz-se do positivo para o negativo.

Figura 3.2: Ligação correta de um amperímetro em um circuito

Amperímetro possui baixa impedância, (combinação da resistência com outros fatores


que limitam a passagem de corrente) tão baixa que é considerada desprezível ao
circuito, como um fio, para que não interfira na corrente do circuito em que é
conectado – se sua impedância não fosse baixa, ao conectar o amperímetro no circuito
a corrente seria reduzida, sendo impossível medir a corrente real do ramo;

 O valor de cada escala determina SEMPRE o limite MÁXIMO da corrente que


pode ser medida;
 A escolha de uma escala abaixo do valor da corrente medida pode causar a
queima do amperímetro (ou do seu fusível), devido ao fato de o instrumento
não suportar aquela corrente;
 Um amperímetro NUNCA deve ser ligado em paralelo, pois como possui uma
impedância desprezível, não limita a passagem de corrente, provocando um
curto circuito;
 Alguns amperímetros possuem fusíveis de proteção do instrumento. Assim há
situações em que uma corrente alta pode não queimar o instrumento e sim o
fusível. Portanto, quando o amperímetro não estiver funcionando, o problema
pode ser um fusível queimado.
3.3.2 Voltímetro
Voltímetro é um instrumento que mede a tensão elétrica ou diferença de potencial
elétrico. Para medir uma diferença de potencial precisamos de dois pontos e assim
dois cabos, não se tem diferença somente com um ponto.

 Deve ser ligado sempre em paralelo com os pontos que se


deseja medir a tensão;
Figura 3: Símbolo de
Por exemplo, para a medição da diferença de potencial entre os um voltímetro
pontos a-b, a-c e b-c no circuito representado no item 1(a) da figura
3.2, o voltímetro deve ser conectado como indicado abaixo, na figura 3.4, nos itens
2(a), 2(b) e 2(c) respectivamente. Na figura, o terminal vermelho do voltímetro é o
positivo e o azul é o negativo. Diferente da corrente, a tensão elétrica é uma grandeza
que depende de um ponto de referência. Por isso, só é possível encontrar a diferença
de potencial de um ponto em relação a outro.

Figura 3.4: Ligação correta de um voltímetro em um circuito

 Voltímetro possui alta impedância (combinação da resistência com outros


fatores que limitam a passagem de corrente), tão alta, que na maioria das
vezes pode ser considerada infinita, isto é importante para o voltímetro não
interferir no circuito em que é conectado – se isso ocorresse, ele não mediria a
tensão real;
 O valor de cada escala determina SEMPRE o limite MÁXIMO da tensão que
pode ser medida;
A escolha de uma escala abaixo do valor da tensão medida pode causar a queima do
voltímetro, devido ao fato de o instrumento não suportar aquela tensão.

3.3.3 Instruções Gerais - Escala


Escala é a ordem de grandeza da variável (tensão, corrente, distância, etc.) que um
instrumento é capaz de medir. Alguns instrumentos, como é o caso dos que medem
grandezas elétricas, são capazes de medir mais de uma ordem de grandeza, ou seja,
possuem mais de uma escala, em geral várias. Mas é preciso dizer ao instrumento qual
escala utilizar. Isto vai depender da ordem de grandeza da variável que o usuário
deseja medir.
 A escala geralmente é selecionada através da escolha dos bornes de ligação no
instrumento e/ou através de uma chave seletora;
 Não é recomendado fazer a seleção ou troca da escala com o instrumento
energizado, por provocar seu desgaste precoce, e principalmente, por não dar
ao usuário nenhuma chance de corrigir um possível erro na seleção da escala, o
que pode danificar o instrumento;
 Os valores indicados nas escalas são os valores máximos que cada escala pode
medir – podermos fazer uma associação com outros instrumentos, por
exemplo, uma trena de 5m pode medir uma distância de até 5m, não pode
medir uma distância maior do que essa, se o usuário tentar puxar essa trena
por mais de 5m pode danificá-la;
 A escala utilizada DEVE ser SEMPRE maior do que a variável a ser medida para
evitar danos ao instrumento: a escolha de uma escala abaixo do valor da
variável medida pode causar a queima do instrumento, devido ao fato de ele
não suportar uma corrente ou tensão tão alta. Entretanto a escolha de uma
escala de valor muito mais alto que a variável a ser medida pode causar
imprecisão na medição – seria como tentar medir a espessura de uma folha de
papel ou fio de cabelo com uma trena;
 Ao fazer uma medição, é recomendável a escolha de uma escala que seja
garantidamente maior que a variável que vai ser medida, mesmo que muito
mais alta. E ao fazer a medição, tendo uma ideia melhor da ordem de grandeza
da variável, se for detectado que há uma escala mais próxima dela, mas com
valor superior à grandeza que será medida, então pode ser feita a troca para
esta escala menor;
 No caso de instrumentos específicos para uso fixo (em painel, por exemplo) a
escolha da escala pode ser feita de diversas maneiras (inclusive através de
configuração digital), neste caso é necessário consultar o manual do
equipamento;
 Cada instrumento possui faixas de medição e formas de ligação diferentes, por
isso é necessário muito cuidado e atenção;
 O manual também deve ser consultado sempre que houver dúvida quanto ao
uso do instrumento.

3.3.4 Multímetro
É um instrumento que mede diversas grandezas elétricas, as mais comuns são: tensão,
corrente, resistência e teste de continuidade. Mas muitos instrumentos também
medem frequência, capacitância, indutância, temperatura e teste de transistor (um
componente eletrônico). Atualmente, os multímetros existentes no mercado são
praticamente todos digitais. A figura 3.5, nos mostra a foto de um multímetro.
Uma parte essencial de um multímetro são as pontas de prova, ou pontas de teste.
Elas são um par de cabos, normalmente um vermelho e outro preto, que são utilizados
para conectar o instrumento aos pontos onde serão feitas as medições. Em uma das
extremidades de cada ponta possui um cabo rígido que facilita o manuseio e uma
ponteira para conexão ao ponto de teste. A outra extremidade dos cabos é um
conector para encaixe no multímetro. As pontas de prova são muito importantes para
o funcionamento correto de um multímetro. Um par de pontas de prova está
exemplificado na figura 3.6.
Multímetros são instrumentos muito versáteis e por isso é necessário ter muita
atenção ao utilizá-lo.

 Pode ser usado como amperímetro


se for escolhida uma escala de
medição de corrente – verifique as
instruções referentes ao uso do
amperímetro;
 Pode ser usado como voltímetro se
for escolhida uma escala de medição
de tensão – verifique as instruções
referentes ao uso do voltímetro;
 Cada instrumento possui suas
próprias faixas de medição e formas
de ligação, deve-se estar sempre
atento para não cometer erros, pois
há risco de queima do aparelho, e
nos casos mais graves até mesmo
risco à vida de pessoas;
 Em multímetros digitais, quando a
grandeza medida é maior que a
escala de medição, o aparelho indica
na tela a inscrição “OL”, informando
ao usuário que a grandeza medida
está acima do limite da escala
selecionada.

Figura 3.5:Exemplo de multímetro


Figura 3.6: Pontas de prova de um multímetro

A seleção da escala em um multímetro é feita girando-se uma chave seletora rotativa


até que a seta presente nela aponte para a escala escolhida. Observe que ao selecionar
a escala, o usuário está automaticamente escolhendo também a grandeza elétrica que
ele irá medir. Vale ressaltar que o valor indicado em cada escala é sempre o valor
máximo que ela pode medir. Se houver necessidade de medir uma grandeza de valor
maior, é necessário escolher outra escala, mas se o instrumento não possuir uma
escala maior, a medição não pode ser realizada com ele. É importante lembrar que não
é recomendado girar a chave seletora com as pontas de prova do instrumento
energizadas – conectadas ao ponto de medição.
A maior parte dos multímetros possui três ou quatro bornes para conexão das pontas
de prova. E a escolha de quais bornes devem ser utilizados, dependerá da grandeza
que será medida e da escala selecionada.
Observe no multímetro da figura 3.5, que abaixo da chave seletora há quatro
conectores. Eles são os bornes para conexão das pontas de prova. Destes quatro
conectores, são sempre utilizados dois de cada vez, dependendo da grandeza elétrica
que será medida e da escala selecionada. A identificação de quais bornes devem ser
utilizados é simples, e para fazê-la é necessário analisar o instrumento, pois há uma
indicação do local em que devem ser conectadas as pontas de prova para cada
grandeza e escala disponíveis. Observe que abaixo de cada conector há uma inscrição,
vamos analisá-las:

 VΩHz: Indica as unidades de medida de tensão (V - Volt), resistência (Ω - Ohm),


e frequência (Hz - Hertz), sinalizando ao usuário que para medir estas
grandezas devemos utilizar este borne;
 mA: Indica ao usuário que para medir corrente nas escalas de mA, este borne
deve ser utilizado;
 20A: Indica que para medir corrente na escala de 20A, devemos utilizar este
borne;
 COM: Indica que este borne é o comum, ele deve ser utilizado em qualquer
grandeza e escala escolhida.
Então podemos perceber que para medir correntes elétricas há duas possibilidades de
conexão das pontas de prova, o borne mA e 20A. A identificação do borne correto para
cada caso deverá ser feita de acordo com a escala utilizada. Então se analisarmos as
escalas de corrente deste multímetro através da figura 3.5, vemos que ele nos dá
quatro opções: 2mA, 20mA, 200mA e 20A. E assim fica fácil entender que se
utilizarmos as escalas de 2mA, 20mA ou 200mA, devemos utilizar o borne mA, mas se
for utilizada a escala de 20A, deve ser utilizado o borne com a indicação desta escala.
Como só há um borne com indicação para tensão, resistência e frequência, a escolha
dos bornes para conexão das pontas de prova para medir alguma destas grandezas
não depende da escala utilizada. Assim, a partir do momento que o usuário sabe qual
grandeza vai medir, já podem ser conectadas as pontas de prova, mas no caso da
medição de corrente, para conectá-las é necessário saber também a escala que será
utilizada.
Se o usuário tiver escolhido o borne com a indicação da grandeza/escala utilizada, mas
não tiver certeza onde a outra ponta de prova deve ser conectada, este instrumento
possui ainda outra indicação que o ajuda neste caso. Observe na figura 3.5, que abaixo
da identificação de cada borne há uma linha indicando a ligação de cada um dos
bornes com o comum (COM). Então, com esta indicação, podemos concluir que uma
das pontas de prova deve sempre ser conectada no borne comum (COM),
independente da grandeza que será medida e da escala selecionada.
Se você estiver lendo este manual colorido, pode observar na figura 3.5 que os bornes
VΩHZ, mA e 20A deste multímetro são vermelhos e o borne COM é preto, esta
diferenciação de cores é uma indicação da cor da ponta de prova que deve ser
conectada em cada borne. Nem todos os multímetros possuem esta indicação de
cores, mas a recomendação vale para qualquer caso, a ponta de prova preta deve
sempre ser conectada no borne COM, e a vermelha no outro borne utilizado, qualquer
que seja ele. A diferenciação das cores das pontas de prova visa ajudar o usuário na
posição em que devem ser utilizadas ao realizar uma medição que tenha polaridade.
A medição de tensão e corrente elétricas possui uma particularidade devido às
características destas grandezas, elas podem ser contínuas (sempre constantes) ou
alternadas (variam com o tempo), e assim as chamamos de tensão contínua e tensão
alternada, e da mesma forma para a corrente. Em geral, quando a tensão é contínua, a
corrente também será, e vice-versa. E a mesma coisa acontece no caso de serem
alternadas, quando uma (tensão ou corrente) é alternada, a outra também será. Por
isso adotou-se uma forma padronizada de se referir sempre à corrente, já que a tensão
seguirá a mesma forma. E surgiram siglas para ajudar a se referir à forma da corrente e
consequentemente à da tensão:

 Corrente alternada: CA (Português) ou AC (Inglês);


 Corrente contínua: CC (Português) ou DC (Inglês).
Tensões e correntes contínuas possuem polaridade, então, para a medição destas
grandezas, a diferenciação de cores das pontas de prova nos ajuda muito. A ponta de
prova vermelha é conectada ao ponto de potencial mais alto e a preta no potencial
mais baixo. Em instrumentos digitais, se a conexão for feita invertida, aparecerá o
símbolo de negativo (-) na tela, indicando que as pontas estão invertidas, mas o valor
da medição está correto. O importante é só mesmo alertar o usuário que a polaridade
utilizada está invertida, ou seja, onde ele pensava que é positivo, na verdade é
negativo, e onde ele achava ser negativo, na realidade é positivo. Isto é decisivo para o
funcionamento da maioria dos circuitos de corrente contínua. Já no caso de
instrumentos analógicos, não é possível realizar uma medição negativa, neles o
ponteiro deflete para o lado oposto, não para o lado da escala que marca o valor da
medida. Em contraposição, na corrente e tensão alternadas não há polaridade, então a
cor das pontas de prova tem pouco impacto.
Quando se deseja medir tensão ou corrente,
em geral, é necessário escolher se a
grandeza é contínua, ou alternada. Por isso
alguns multímetros possuem um botão
DC/AC (CC/CA em Português) para o usuário
fazer a escolha da forma da grandeza que
será medida. Observe o botão mencionado
no multímetro da figura 3.5. Estes
instrumentos mostram na tela a forma que
estiver selecionada, DC ou AC. Outros
multímetros possuem duas faixas de escalas
de tensão, uma para tensão contínua e outra
para tensão alternada. O mesmo ocorre com
a corrente, há uma faixa de escalas para
corrente contínua e outra para corrente
alternada. Na figura 5, vemos um exemplo
de multímetro que possui escalas diferentes
para tensão contínua e alternada, neste caso
até mesmo os valores das escalas são
diferentes. Observe que com este
multímetro só é possível medir corrente
contínua, este modelo não possui escala de
corrente alternada.
Devido aos fatores já apresentados, para
evitar acidentes que podem levar a danos
Figura 5.5: Exemplo de multímetro
materiais e pessoais, recomendamos que os
procedimentos para preparar um multímetro para fazer uma medição sejam realizados
em uma ordem bem específica, conforme apresentado a seguir:
1. Ter muita clareza da grandeza elétrica que deseja medir;
2. Selecionar no instrumento, a escala mais adequada para realizar a medição, de
acordo com a grandeza a ser medida;
3. Conectar as pontas de prova no instrumento de acordo com a escala
selecionada;
4. Ligar o instrumento – em alguns modelos, o instrumento é ligado ao selecionar
a escala a ser utilizada (e consequentemente da grandeza que será medida);
5. Conectar o instrumento ao circuito, observando a forma de ligação de acordo
com a grandeza que será medida, se houver dúvida, vale a pena recorrer à este
texto, ou outra literatura confiável e desenhar o esquema de ligação.

3.3.5 Segurança dos Multímetros


Sabemos que quando se está trabalhando com eletricidade existem grandes perigos.
Uma forma das formas, e a mais eficiente, de reduzir o risco de acidentes, é
desenergizar o local onde o trabalho será realizado. No entanto, existem algumas
tarefas críticas que não podem ser realizadas com o circuito desenergizado, como por
exemplo, medir tensão ou corrente, pois nesta condição não haverá presença de
tensão e corrente elétricas. Então, como precisamos manter o circuito energizado para
realizar tais medições, deve-se tomar muito cuidado para evitar acidentes. Pensando
nisso, a IEC (Comissão Internacional de Eletrotécnica), uma entidade que busca
estabelecer padrões internacionais na área da elétrica, eletrônica e afins, estabeleceu
a IEC 1010, norma que determina características técnicas para a fabricação de
instrumentos de medição visando a segurança. Atualmente a norma em vigor é a IEC
61010.
Como o risco do uso do instrumento pode variar dependendo do local em que ele seja
utilizado, a norma dividiu o uso dos instrumentos em 4 categorias, de acordo com o
risco dos locais de uso. Assim, as categorias são classificações dadas aos instrumentos
de medição quanto à sua segurança, e determinam onde um instrumento pode ser
utilizado. Elas podem ser I, II, III ou IV, sendo que, quanto maior o número da
categoria, maior é seu nível de segurança. Então, em um local onde é exigido um
instrumento categoria I, podemos utilizar um instrumento de qualquer categoria, mas
onde é exigida categoria II, um instrumento de categoria I já não pode ser utilizado. Em
resumo, podemos dizer que onde é exigido uma categoria, podemos utilizar aquela
mesma, ou qualquer outra superior.
É importante observar que as categorias não apresentam relação com a capacidade
dos instrumentos de medir alguma grandeza elétrica. Elas dizem respeito somente ao
nível de proteção do instrumento.
Anexo a este texto, temos um artigo que explica com detalhes todos os fatores de
segurança de multímetros, passando pelos riscos da utilização, as categorias, os
detalhes de especificação dos instrumentos, e dicas de segurança. O artigo
apresentado em anexo é uma adaptação do artigo retirado do endereço eletrônico:
http://www.vortex.com.br/notas/abc_seguranca.pdf
Para facilitar o entendimento do artigo, vamos abordar primeiramente alguns
conceitos da área de elétrica:

 Transiente: é um surto de tensão elétrica, que ocorre num período de tempo


muito curto, mas que pode conter níveis de tensão muito altos. Transientes
geralmente são gerados por equipamentos eletrônicos, manobras na rede
elétrica, ou descargas atmosféricas;
 Arco elétrico: é um efeito elétrico que ocorre quando a corrente elétrica
consegue vencer a rigidez dielétrica do ar, ou seja, a corrente “salta” de um
ponto a outro, passando pelo ar. O arco-elétrico gera uma luz muito forte e
atinge altíssimas temperaturas, podendo chegar a milhares de graus Celsius;
 Impedância: sabemos que a resistência é uma propriedade da matéria que
limita a passagem da corrente elétrica. Mas ela não é o único efeito que possui
esta propriedade sobre a corrente elétrica. Existem dois outros fenômenos
(capacitância e indutância), mas que só ocorrem sob a corrente alternada. A
combinação destes três fenômenos recebe o nome de impedância, ou seja, é a
dificuldade que um circuito elétrico coloca à passagem da corrente.
 TVSS: protetor contra tensão transiente;
 DMM (Digital Multi Meter): Designação de multímetro em Inglês.
A última página do artigo é de leitura opcional para quem quiser se aprofundar no
assunto.

Anexo I
ABC de
Segurança dos Multímetros
Segurança de multímetros e você

Nota de Aplicação
Picos de tensão ou transiente -- Novos padrões de segurança
Não dispense a segurança - um risco inevitável Para lhe proteger contra transientes, a
sua vida pode depender disso À medida que os sistemas de distrib uição segurança deve fazer parte do projeto
Quando o assunto é segurança, escolher um e cargas tornam-se mais complexos, as interno do equip amento de teste. Qual
multímetro é como escolher um capacete possibilidades de sobrecarga de especificação de performance você
para motocicleta - se você tem uma cabeça transientes e súbitas mudanças deve procurar, especialmente se você
de “ dez dólares” , escolh a um capacete de temporária s na tensão ou corrente sabe que poderá trabalh ar em
“dez dólares” . Se você valoriza sua cabeça, aumentam. Motores, capacitores e circuitos de alta energia ? O objetivo
obtenha um capacete seguro. Os acidentes equipamentos conversores de energia, de definir novas especificações para
com motocicletas são óbvio s, mas e quanto como inversores de freqüência, podem ser equipamentos de teste foi dirigid o
aos multímetros? A partir do momento que um primeiro gerador desses transie ntes, recentemente pela IEC (Internatio nal
você escolh e um multímetro com junto com raio s que ocorrem em linhas de Electrotechnical Commission/
classificação de tensão alta o suficiente, você transmissão. Se você está medin do Comissão Internacio nal de
não está seguro? Tensão é tensão, correto? sistemas elétricos, esses transientes são Eletrotécnica), uma organização que
Não exatamente. Técnicos que analisam invisíveis e riscos completamente desenvolve padrões internacionais de
a segurança de multímetros descobrem com inevitáveis. Eles ocorrem regularmente segurança para equipamentos de
freqüência que unid ades danificadas foram em circuitos de energia de baixa tensão e teste.
submetidas a uma tensão muito mais alta do podem atingir valores de pico em milhares Por alguns anos, a indústria usou o
que o usuário imaginava estar medindo. de volts. Nestes casos, o usuário depende padrão IEC 348 na projeto de
Ocorrem acidentes ocasio nais quando o da margem de segurança já construída equipamentos. Este padrão foi
medidor, limitado a baix as tensões (1000V ou dentro do multímetro para proteção. substituído pelo IEC 1010. Embora
menos), é utilizado para medir tensão média, A escala de tensão e a faixa de tensão medidores IEC 348 de qualid ade
como 4160V. Como sempre, a queima não não revela rão sozin has a capacid ade de tenham sido usados durante anos por
teve nada a ver com mau uso - era um pico um multímetro para suportar impulsos de técnicos e eletricistas, o fato é que os
de alta tensão ou transie nte momentâneo alto transiente. medidores criados para o novo padrão
que atingiu a entrada do multímetro sem Indícios importantes sobre o risco de IEC 1010 oferecem um nível
prévio aviso. segurança causado por picos vieram de significativamente maior de
aplicações envolvendo medições na barra segurança. Vejamos como isso é
de fonte de ferrovia s de comutador realizado.
elétrico. A tensão nominal da barra era
apenas 600V, mas multímetros
classificados para 1000V duraram apenas
poucos minutos medindo enquanto o trem
estava em operação. Um olhar apurado
revelo u que a parada e a saída do trem
gerava picos de 10.000 V. Estes
transientes não pouparam os circuitos de
entrada do multímetro. As lições tomadas
a partir desta in vestigação levaram a
significativas melhoras nos circuitos de
proteção de entrada dos multímetros.

Vórtex Equipamentos Fone (31) 3427-7700 Fax (31) 3427-7792 vortex@vortex.com.br


Proteção de transiente
A verdadeira questão para a Compreendendo categorias: localização,
proteção de circuito de multímetros
não é somente a faixa de tensão
máxima estipula da, mas uma
combinação tanto do estado fixo
como da capacidade de tensão
máxima de transiente. Proteção de
transiente é vital. Quando transientes
se ligam a circuitos de alta energia,
eles tendem a ser mais perigosos
porque estes circuitos podem
apresentar correntes intensas. Se
um transiente causa um arco, a
corrente pode sustentá-lo ,
produzin do uma avaria ou explosão,
que ocorre quando o ar ao redor
torna-se ionizado e condutivo. O
resultado é um choque de arco, um
evento que causa mais ferimentos e
lesões todo ano do que o já
conhecido risco de choque elé trico.

Categorias de sobretensão
O mais importante conceito para a
compreensão dos novos padrões é a
Categoria de Sobretensão das
instalações de I a IV, geralmente Figura 1. Localização, localização, localização.

abreviadas como CAT I, CAT II, C AT


III etc. ( Ver figura 1). A divisão de um
sistema de distribuição de energia
em categoria s é baseada no fato de
que um transiente perigoso de alta
energia como um raio será atenuado
ou amortecid o à medid a que viaja
ao longo da impedância (resistência
ac) do sistema. Um número de CAT
maior indica um ambiente elétrico de
maior potência disponível e
transientes de maior energia .
Portanto, um multímetro projetado
para um padrão de CAT III está apto
a suportar um transiente de maior
energia do que um multímetro de
padrão CAT II.
Dentro de cada categoria, um
limite de maior tensão identifica um
transiente de maior capacid ade
de sobretensão: um multímetro
CATIII - 1000V possui maior
proteção comparado a um CAT III –
600V. O grande proble ma ocorre
quando alg uém escolhe um
multímetro de capacid ade CAT II –
1000V pensando que é superior a
um multímetro CAT III – 600V.
2
Tabela 1. Categorias de sobretensão. IEC 1010 aplica-se a equipamentos de teste de baixa tensão (<1000V)
localização...
Não se trata somente
de nível de tensão
Na Figura 1, um técnico trabalhando
em equipamentos de escritório num Teste Independente
ambiente CAT I poderia de fato Teste independente é a chave
encontrar tensões muito maio res do para a conformidade de segurança
que aquela s de lin ha de energia ac Procure por um símbolo e um nome de
medidas pelo eletricista de motor num laboratório de teste in dependente como
local CAT III. Ainda que transie ntes em UL, CSA, TÜ V ou outra organização de O que o símbolo
circuitos ele trônicos CAT I, teste reconhecida. CE indica?
independente da tensão, são Cuidado com expressões do tipo Um produto possui marca CE
claramente uma menor ameaça, “Designed to meet specificatio n…”. Os (Conformité Européenne) para
porque a energia disponível para um planos dos projetistas nunca são um indicar sua conformidade a certas
arco é bem limitada. substituto para um real teste exig ências essencia is rela tivas a
Isto não significa que não há risco independente. saúde, segurança, ambie nte e
elétrico em equip amentos CAT I ou Co mo você pode afirmar que está proteção do consumidor
CAT II. O risco primário é de choque obtendo um medidor genuíno CAT III ou estabelecid as pela Comissão
elétrico, não de transie ntes ou CAT II. Infelizmente nem sempre é tão
explosão de arco. Os choques, que Européia e exigid a através do uso
fácil. Para um fabricante, é possível de “ diretrizes’. Há diretrizes que
serão discutid os adiante, podem ser auto-certificar que seu multímetro é CAT
tão letais quanto explo sões de arco. afetam diversos tipos de produtos.
II ou CAT III sem qualq uer verificação Produtos externos à União
Para citar outro exemplo, uma linha independente. A IEC (International
aérea de uma casa para uma unidade Européia não podem ser
Electrotechnical Comission) desenvolve importados e lá vendid os se não
comercial isola da poderia ser somente e propõe padrões, mas não é
120V ou 240V, mas ainda é estiverem de acordo com diretrizes
responsável pela obediê ncia aos aplicáveis. A conformidade com as
tecnicamente CAT IV. Por quê? padrões. Procure por um símbolo e um
Qualquer condutor externo está sujeito diretrizes pode ser obtida
nome de la boratório de teste fornecendo-se conformidade a um
a transie ntes de altíssima energia independente como UL, CSA, padrão técnico rele vante, como IEC
associados a raios. Mesmo condutores TUV ou outra organização de teste 1010 para produtos de baixa
subterrâneos são CAT IV, porque reconhecida. Este símbolo somente tensão. Os fabricantes são
embora não sejam diretamente pode ser usado se o produto completou autorizados a auto-certificar que
atingid os por raios, um relâ mpago nas com sucesso o teste junto ao padrão da atenderam os padrões, alegar suas
redondezas pode in duzir um transiente agência, que é baseado nos padrões própria s Declarações de
devido à presença de altos campos nacionais/internacio nais. UL 3111, por Conformidade e marcar o produto
eletromagnéticos. Em se tratando de exemplo, é baseado no IEC 1010. Num com “ CE” . A marca “CE”, no
Categoria s de Instalação de mundo imperfeito, este é o mais próximo entanto, não é uma garantia de
Sobretensão, a regra número um é: que você pode chegar da garantia de teste independente.
localização, lo calização, lo calização... que o multímetro que você escolh eu foi
(Para mais discussões sobre realmente testado para segurança.
Categoria s de Instalação, vide página
6, “Aplicando categoria s ao seu
trabalho.”)

Vórtex Equipamentos Fone (31) 3427-7700 Fax (31) 3427-7792 vortex@vortex.com.br


Proteção contra os dois principais riscos elétricos:
Transientes - o perigo escondido

Agora, vamos consid erar um Quando o arco se forma dentro do 4. Este arco pode ter uma
cenário de pio r hip ótese no qual um multímetro, uma onda de choque de temperatura chegando a 6.000ºC,
técnico está executando medições altíssima pressão pode causar um que é maior do que a temperatura
num circuito ativo de controle de estrondoso barulh o! Exatamente de uma tocha de oxi-acetileno! À
motor trifásico, usando um medidor como um tiro ou explo são de um medida que o arco cresce,
sem as precauções de segurança carro. No mesmo instante, o técnico alimentado pela corrente de curto
necessárias. vê um flash de arco azul brilh ante circuito disponível, aquece o ar em
Eis o que pode acontecer: nas pontas de prova - as correntes volta. São criadas uma explosão de
1. Um relâmpago causa um de falta superaqueceram as pontas, choque e uma bola de fogo. Se o
transiente na linha de energia , que, que começam a queimar, formando técnico tiver sorte, a explosão o
por sua vez, gera um arco entre os um arco a partir do ponto de jogará para longe e o removerá das
terminais de entrada dentro do contato para a ponta. proximidades do arco; embora
multímetro. Os circuitos e 3. A reação natural é puxar de ferido, sua vida está salva. No pio r
componentes preventivos falh aram volta, a fim de quebrar o contato caso, a vítima estará sujeita a
ou estavam faltando. Talvez não com o circuito quente. Mas, assim queimaduras fatais a partir do
fosse um multímetro classificado que as mãos do técnico se afastam, aquecimento do arco ou explo são.
para CAT III. O resultado é um um arco é formado do terminal do
curto direto entre os dois terminais motor para cada sonda. Se estes Além de usar um multímetro
de medição através do multímetro e dois arcos juntam-se para formar classificado para a apropriada
das pontas de teste. um só arco, há agora outro curto Categoria de Sobretensão, quem
2. Uma corrente de falta ele vada - direto fase-a-fase, desta vez trabalha com circuitos ativos deve
possivelmente de milhares de diretamente entre os terminais do estar protegido com roupa
ampéres - flui no curto circuito motor. resistente ao fogo, óculos de
recém criado. Isto ocorre em segurança ou, melhor ainda,
milésimos de segundo. protetor facial e luvas isolantes.

Um relâmpago causa um transiente


na linha de energia, criando um arco
entre o terminal de entrada do Então, uma alta corrente flui no
medidor, resultando em estrondos. circuito fechado que é formado.
1 Um arco começa nas pontas.

1 2

Na junção daqueles
arcos, o arco de alta
energia resultante
pode criar uma
situação de ameaça à
vida para o usuário.

4
3

Quando você afasta as pontas,


como reação ao ruído agudo, arcos
são formados para os terminais do
motor que você está testando.

Vórtex Equipamentos Fone (31) 3427-7700 Fax (31) 3427-7792 vortex@vortex.com.br


Explosão de arco e choque elétrico
Use o fusível de alta energia correto
Choque elétrico

Enquanto a maioria das pessoas está


consciente do perigo do choque elé trico,
poucas imaginam quão pouca corrente e
quão baix a tensão são necessárias para um
choque fatal. Fluxos de corrente tão baix os
quanto 30 mA podem ser fatais (1mA
=1/1000A). Vejamos os efeitos de um fluxo
de corrente ao longo de um homem de 65 kg:
• A cerca de 10 mA, ocorre paralisia
muscular nos braços, de forma que ele não
pode relaxar o punho.
• A cerca de 30 mA, ocorre paralisia
respiratória. Sua respiração para e os
resultados geralmente são fatais.
• A cerca de 75-250 mA, para exposição
acima de 5 segundos, ocorre fibrilação
ventricula r, causando descoordenação dos
Figura 3. Mau uso de DMM para medição de corrente . músculos do coração; o coração não pode
mais funcionar. Correntes maiores causam
Transie ntes não são somente a fonte de Utilize somente um multímetro com fibrilação em menos de 5 seg. Os resultados
possíveis curto-circuitos e risco de entradas de corrente protegidas por geralmente são fatais.
explosão. Um dos mais comuns maus fusíveis de alta energia. Nunca substitua
usos de multímetros portáteis pode um fusível queimado com um fusível Agora vamos calcular o limiar para uma
causar uma similar cadeia de eventos. errado. Utilize somente os fusíveis de tensão de risco. A resistência aproximada do
Digamos que um usuário esteja alta energia especificados pelo corpo abaixo da pele de uma mão a outra,
fazendo medições de corrente em fabricante. Estes fusíveis funcionam em através do corpo, é 1000Ω. Uma tensão de
circuitos de sinal. O procedimento é certa faix a de tensão e com interrupção somente 30V ao longo de 1000Ω causará
selecionar a função corrente, inserir as de curto circuito proje tadas para sua um fluxo de corrente de 30 mA. Felizmente, a
pontas nos terminais de entrada “ mA” segurança. resistência da pele é muito maior. É a
ou “ A” , abrir o circuito e tomar as resistência da pele , especialmente a camada
medições. Num circuito em série, a Proteção de sobrecarga externa de célula s mortas, que protege o
corrente é sempre a mesma. A Fusíveis protegem contra sobrecorrente. corpo. Sob condições úmidas, ou se houver
impedância de entrada do circuito de A alta impedância de entrada dos um corte, a resistência da pele cai
corrente deve estar baix a o suficie nte terminais de volts/ohms garante que radicalmente. A aproximadamente 600V, a
para não afetar a corrente do circuito em uma condição de sobrecorrente é resistência da pele cessa de existir. Ela é
série. A impedância de entrada no improvável, então os fusíveis não são “ furada” pela alta tensão.
terminal de 10A de um medidor Flu ke é necessários. Proteção de sobrecarga, Para fabricantes e usuário s de
.01Ω. Compare isto à impedância de por outro la do, é necessária. Ela é multímetros, o obje tivo é prevenir contato
entrada nos terminais de tensão: 10MΩ fornecid a por um circuito de proteção acidental com circuitos ativos a todo custo.
(10.000.000 ohms). que suprime altas tensões a um nível Procure:
Se as pontas de teste estão à aceitável. Além disso, um circuito • Medidores e pontas de teste com
esquerda nos terminais de corrente e, térmico de proteção detecta uma isolamento duplo.
acidentalmente, são conectadas numa condição de sobretensão, protege o • Medidores com entradas recuadas e pontas
fonte de tensão, a baix a impedância medidor até que a condição seja de teste com conectores de entrada
torna-se um curto circuito! Não existe removida e depois retorna revestidos
problema se a chave seletora estiver na automaticamente à operação normal. O • Pontas de teste com proteção para os
posição volts; as pontas estão ain da benefício mais comum é proteger o dedos e superfície anti-deslizante.
conectadas a um circuito de baixa multímetro de sobrecargas quando • Medidores e pontas de teste feitas com
impedância*. Por essa razão os estiver em modo ohms. Assi m, proteção materiais duráveis, não condutores e de alta
terminais de corrente devem estar de sobrecarga com recuperação qualidade.
protegid os por fusíveis. Esses fusíveis automática é fornecida para todas as
são a única proteção contra danos para funções de medição durante o tempo
o multímetro e seu usuário. em que as pontas estiverem nos
terminais de entrada de tensão.

* Alguns multímetros, como os da Série Fluke 180, possuem função Input Alert,
5
que emite um beep de aviso se o multímetro estiver nesta configuração.
Trabalhe com segurança Aplicando categorias ao seu trabalho
Segurança é uma responsabilidade de todos. Atalhos para
No entanto, hoje em dia , ela está em suas compreender categorias Categorias Múltiplas
mãos. Algumas maneiras rápid as de Há uma situação que às vezes
Nenhuma ferramenta por si só pode garantir aplicar o conceito de categorias confunde aquele s que tentam
a segurança. É a combinação dos aparelhos ao seu trabalho diá rio :
adequados e práticas seguras de trabalh o que aplicar categorias ao mundo real.
• A regra número 1 é: quanto mais Numa certa parte de um
fornece a máxima proteção. A seguir alg umas
dicas para lh e ajudar em seu trabalho: próximo você estiver da fonte de equipamento,
• Trabalhe em circuitos desenergizados energia , maior o número da existe freqüentemente mais
sempre que possível. Utilize procedimentos categoria e maior perig o potencial de uma categoria. Por exemplo ,
adequados de trava. Se estes procedimentos de transientes. em equipamentos de escritório,
não estiverem em prática, considere que o • Quanto maior a corrente de do lado de fornecimento de
circuito está energizado. curto circuito disponível num energia 120V/240V ao
• Em circuitos energizados, use equip amento determinado ponto, maior o receptáculo é CAT II. O circuito
de proteção: número de CAT.
- Ferramentas isoladas; eletrônico, por outro lado, é CAT I.
• Outro meio de dizer a mesma Em construções de controle de
- Óculos ou proteção facia l;
- Luvas isoladas; retire reló gio s e coisa é quanto maior a sistemas, como painéis luminosos
outras jóias impedância de fonte menor o ou equip amentos de controle
- De pé sobre materia l isola do; número CAT. Impedância de fonte industrial, como controladores
- Roupas resistentes ao fogo é simplesmente a impedância programáveis, é comum
• Ao fazer medições em circuitos energizados: total, incluin do a impedância dos acharmos circuitos ele trônicos
- Primeiro enganche o prendedor terra, cabos, entre o ponto no qual você (CAT I) e circuitos de energia
depois entre em contato com a ponta está medindo e a fonte de (CAT III) e m locais bastante
“ quente” . Retire primeiro a ponta “quente” , energia . Esta impedância é o que
depois a ponta terra. próximos.
enfraquece transie ntes. O que fazer em tais situações?
- Pendure o medid or se possível. Tente
evitar segurá-lo em suas mãos, para • Finalmente, se você possui Como em todas situações reais,
minimizar a exposição pessoal aos efeitos alguma experiência em aplicação use o senso comum. Neste caso,
de transientes. de aparelh os de TVSS (Transient isto significa utilizar o multímetro
- Use o método de teste de três pontos, Voltage Surge Suppression), você com a capacidade de alta
especialmente ao checar se um circuito entende que um aparelh o TVSS categoria. De fato, não é realista
está morto. Primeiro, teste um circuito instalado num pain el deve ter esperar que as pessoas
sabidamente ativo. Segundo, teste o capacid ade de manip ula r mais atravessem o processo de
circuito alvo. Terceiro, teste o circuito altas energias do que um
ativo novamente. Isto verifica se seu definição de categoria todo o
instalado no computador. Em tempo. O que é realista, e muito
medidor trabalhou bem antes e depois da
medição. terminologia CAT, o TVSS de recomendado, é escolher um
- Use o antigo truque dos eletricistas de pain el é uma aplicação CAT III e o multímetro especificado para as
manter uma mão em seu bolso. Isto computador é uma carga maiores categorias, nas quais
diminui a chance de um circuito fechado receptáculo conectada e, ele poderia ser usado.
através de seu tórax e ao lo ngo de seu portanto, uma instala ção CAT II.
coração.
Como você pode ver, o conceito
de categorias não é novo e
exótico. É simplesmente uma
extensão dos mesmos conceitos
de senso-comum que as pessoas
que trabalham com eletricidade
profissionalmente aplicam todos
os dias.

Utilize equipamentos
de proteção como
óculos de segurança 6
e luvas isoladas.

Vórtex Equipamentos Fone (31) 3427-7700 Fax (31) 3427-7792 vortex@vortex.com.br


Como avaliar a classificação de segurança de um DMM

Compreendendo classificações
de tensão
Os procedimentos de teste IEC 1010
levam em conta três critério s
princip ais: tensão de estado estável,
tensão de transie nte de impulso de
pico e impedância de fonte. Estes três
critérios ju ntos lh e dirão o verdadeiro
valor de tensão de um multímetro.

Quando 600V é mais


do que 1000V?
A tabela 2 nos aju dará a entender a Tabela 2: Valores de teste de transiente para categorias de instalação de sobretensão.
(Valores de 50/150V/300V não inclusos).
verdadeira cla ssificação de tensão de
um instrumento:
1. Dentro de uma categoria, uma maior Fuga e afastamento A linha de fundo
“ tensão de funcio namento” (tensão de Além de serem testados para um valor Se você está dia nte da tarefa de
estado estável) é associa da a um maior real de transiente de sobretensão, os substituir seu multímetro, antes de
transiente, como é de se esperar. Por multímetros são obrigados pela IEC começar sua compra, faça uma
1010 a terem distância s mínimas de análise da pio r situação do seu
exemplo, um medidor CAT III 600V é
“ fuga” e “ afastamento” entre trabalho e determin e em qual
testado com transie ntes de 6000V categoria suas aplicações e usos
enquanto um medidor CAT III 1000V é componentes internos e nós de
encaixam-se.
testado com transie ntes de 8000V. circuito. “ Fuga” mede a distância Primeiro escolha um multímetro
2. O que não é tão óbvio é a diferença através de uma superfície. classificado para a maior categoria
entre o transie nte de 6000V para CAT III “ Afastamento” mede distância s pelo ar. na qual você possa estar
600V e o transie nte de 6000V para CAT Quanto mais alta a categoria e o nível trabalhando. Depois, procure um
II 1000V. Eles não são o mesmo. É aqui de tensão de trabalh o, maiores as multímetro com uma faixa
que entra a impedância de fonte. A Lei exig ências de espaçamento interno. de tensão para esta categoria. Não
Uma das princip ais diferenças entre o se esqueça das pontas de teste. O
de Ohm (Amps=Volts/Ohms) nos diz
antigo IEC 348 e o IEC 1010 é a maior padrão IEC 61010 também se aplica
que a fonte de teste de 2Ω para CAT III às pontas de teste: elas
possui seis vezes a corrente da fonte de exig ência de espaçamento no último. devem possuir categoria e tensão
teste de 12Ω para CAT II. tão alta quanto ou maior do que a do
multímetro. Quando se trata da sua
segurança pessoal, não deixe as
pontas de teste serem o “ elo fraco” .
O medidor CAT III 600V oferece
claramente melhor proteção de
transiente comparado ao medidor CAT II
1000V, mesmo que sua assim chamada
“ cla ssificação de tensão” possa ser
percebid a como sendo menor.

Procure classificações
de tensão e categoria
de pontas de teste e
multímetros.
7

Vórtex Equipamentos Fone (31) 3427-7700 Fax (31) 3427-7792 vortex@vortex.com.br


2018
Comunicação e Relações Humanas
1º Bimestre
Universidade Federal de Minas
Gerais

Reitor
Sumário
Prof. Jaime Arturo Ramirez
Apresentação .................................................................................. 3
Vice-reitora
Prof.ª Sandra Goulart de Almeida

Pró-reitoria de Extensão da UFMG Unidade 1: A profissão .................................................................... 4


Prof.ª Benigna Maria de Oliveira
- Mão de obra qualificada no Brasil
Diretor da EEUFMG
Prof. Alessandro Fernandes Moreira - Soldador: função, responsabilidades, campo de atuação

Vice- Diretor da EEUFMG


Prof. Cícero Murta Diniz Starling Unidade 2: Ética no trabalho .............................................................. 8
Coordenação Geral - Conceito
Prof. Aldo Giuntini de Magalhães
- Ética profissional
Supervisão de Área
- Dicas
Prof. Antônio Augusto Moreira de
Faria

Instrutores da Disciplina Unidade 3: Linguagem e comunicação no trabalho........................... 12


Bruno Mateus Oliveira Silva
Catharina de Almeida Carvalhais - Como se comunicar no ambiente de trabalho
Viviani Cristina de Oliveira
- Linguagem oral e escrita
Preparação e Revisão do Texto - Adequação linguística
Bruno Mateus Oliveira Silva
Catharina de Almeida Carvalhais
Marcelo Soares Santos
Viviani Cristina de Oliveira Unidade 4: Interpretação de textos................................................... 19
- Somos todos da família Silva?
- Dicas de interpretação

Sumário
Disciplina
Comunicação e Relações
Humanas

Ementa
Reflexão sobre a profissão: campo de atuação, função, responsabilidades, tratamento
aos superiores e colegas; estudo da linguagem e da comunicação no ambiente de
trabalho com foco nas adequações das modalidades oral e escrita em contextos
diferenciados; definição de ética no trabalho e sua aplicação prática no dia a dia;
interpretação de texto.

Objetivos da aprendizagem
• Proporcionar ao aluno uma discussão sobre sua carreira profissional e qualificação;
• Promover a reflexão acerca da postura ética e da linguagem adequada no ambiente
de trabalho;
• Analisar e compreender a linguagem em suas diferentes manifestações;
• Promover a desenvoltura do aluno para apresentações orais no ambiente de
trabalho.

Conteúdo da disciplina
• A profissão;
• Linguagem oral e escrita; verbal e não-verbal; formal e informal;
• Adequação linguística;
• Interpretação de charges e tiras;
• Interpretação de texto.
Unidade 1
A profissão

1.1 Um começo de conversa


O termo mão de obra, tradicionalmente, designa o trabalho manual empregado
diretamente na produção industrial. Você sabe qual é, em sua área, a situação atual da
mão de obra qualificada no Brasil?

1.2 Objetivos da aprendizagem


Neste capítulo, iremos iniciar uma discussão sobre sua carreira profissional e a
importância da qualificação. Ao final desta unidade, é importante que você tenha
entendido a função e as características do soldador, além de obter mais informações
sobre o mercado de trabalho.

1.3 Em busca de informação

1.3.1 Função do Soldador


O Soldador é responsável pelo processo que une os materiais metálicos,
transformando-os em peças utilizadas, por exemplo, na construção civil, caldeiras
agrícolas ou industriais. Abaixo temos uma relação das principais funções de um
Soldador:

1. Examinar as peças a serem soldadas, consultar desenhos, especificações ou outras


instruções, para organizar o roteiro de trabalho.
2. Executar a solda, aproximando o eletrodo da peça até formar um arco elétrico,
deslocando-o convenientemente ao longo da linha de junção, para constituir o cordão
de soldagem.
3. Retirar das partes soldadas o excesso de solda através de esmeril, a fim de dar
acabamento final do trabalho.
4. Propor soluções técnicas para conclusão de casos que exijam tratamento
diferenciado.
5. Anotar os materiais a serem utilizados nos diversos serviços, encaminhando os itens
faltantes para providências de compras, de forma a evitar atrasos e interrupções nos
serviços.
6. Zelar pela segurança individual e coletiva, utilizando equipamentos de proteção
apropriados, quando da execução dos serviços.
7. Executar tratamento e descarte de resíduos de matérias provenientes de seu local
de trabalho.
8. Zelar pela guarda, conservação, manutenção e limpeza dos equipamentos,
instrumentos e materiais utilizados, bem como do local de trabalho.
9. Executar outras tarefas correlatas, conforme necessidade ou a critério de seu
superior.
10. Executar outras tarefas para o desenvolvimento das atividades do setor, inerentes
à sua função, como transmitir as expectativas da empresa em relação aos funcionários
e vice-versa.

1.3.2 Riscos da Profissão


Por existir bastante risco de acidentes durante o trabalho, é necessário que o
profissional utilize equipamentos de segurança como luvas e óculos de proteção, o que
diminui significativamente os riscos de acidentes. O soldador tem a tarefa de realizar
todos os trabalhos de soldas em equipamentos e máquinas, e sem os devidos cuidados
com relação ao uso de EPI’s, os riscos de lesão na visão, lesões auditivas e
queimaduras aumentam substancialmente. Faz parte da rotina de trabalho de um
soldador a soldagem em diferentes posições, controle do ângulo de trabalho, leitura e
interpretação de simbologias da área de soldagem e forte conhecimento em matérias
de base e de adição.

1.3.3 Técnicas que o Profissional deve dominar


Soldagem em diversas posições, regulagem dos parâmetros de soldagem, controle do
ângulo de trabalho, leitura e interpretação das simbologias de soldagem,
conhecimento também dos materiais de adição e dos materiais de base.

1.3.4 Mercado de Trabalho


Uma profissão altamente requisitada em um país em expansão que na maioria das
vezes proporciona salários e benefícios bem acima da média.
O setor industrial está em constante expansão. Segundo pesquisa realizada pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de empregos industriais
subiu 0,3% de dezembro de 2009 até janeiro de 2010. Alguns especialistas afirmam
que um dos maiores obstáculos enfrentados pela indústria é a escassez de mão-de-
obra qualificada para exercer determinadas funções mais técnicas. Esse é o caso do
soldador, um profissional praticamente em extinção no Brasil na atualidade.
O Brasil cresce e o setor de solda também. Novos processos estão ganhando força, e
Petrobrás já fala em mudança de cenário. Novas usinas de mineração e energia, além
de inúmeros empreendimentos na construção civil, novas fábricas automobilísticas e
crescimento sem fim nos setores naval, petrolífero, de gás, petroquímico, metalúrgico,
eletromecânico e de papel e celulose. Isto sem falar na importância e magnitude do
pré-sal.
A lista de empreendimentos é grande, e a expectativa de crescimento da indústria
brasileira para os próximos anos também. O desenvolvimento do País alavanca outros
diversos setores, e a soldagem é um dos que certamente precisam e vão avançar. Com
demandas cada vez mais ascendentes e prazos sempre mais curtos, um dos maiores
desafios do setor, de acordo com o especialista da área e superintendente executivo
do Departamento de Certificação e Qualificação da Fundação Brasileira de Tecnologia
da Soldagem (FBTS), Alfredo Barbosa, é em relação à mão de obra especializada.
Qualidade, eficiência, rapidez e produtividade são as características que todos os
empreendimentos devem ter, mas quando o setor ainda carece de novos,
competentes e especializados profissionais, as empresas ficam sem ter para onde
correr. Algumas aumentam a utilização de sistemas de soldagem automatizados,
outras buscam no exterior os trabalhadores que por aqui andam em falta.
Outro entrave é a aposta das empresas em aderir aos sistemas mais modernos. A
cadeia de fornecedores desses equipamentos está bastante evoluída para atender à
demanda recorrente, mas ainda há empresas que necessitam de engenheiros
especializados em conduzir e obter o máximo desempenho desses equipamentos. A
busca pela melhoria da competitividade é nacional e internacional.
“O grande desafio que vejo na formação de mão de obra é a formação de profissionais
mais especializados. Hoje, há grande preocupação com a produtividade, que está
associada ao custo e ao prazo. As encomendas, ou seja, a demanda tem sido muito
forte e requer um atendimento mais rápido. E o prazo vem cada vez mais se
encurtando nos novos contratos. Para reduzir prazo, é preciso investir em tecnologia e
novos processos de soldagem. Esses processos têm maior produtividade, mas hoje
ainda existem soldadores de eletrodos que reagem ao processo mais mecanizado.
Deve-se fazer um trabalho de qualificação com soldadores de processos
semiautomáticos”, avalia o executivo.
“Esta busca não terá outro caminho que a adoção de novas tecnologias aplicadas ao
processo de soldagem. Já existem várias tecnologias prontas para serem aplicadas ao
processo produtivo, tanto no sentido de preparação das juntas a serem soldadas,
como também no processo de soldagem propriamente dito”, afirma o
superintendente executivo do Departamento de Cursos e de Gestão Tecnológica da
FBTS Marcelo Maciel Pereira.
Mas ainda é possível observar que os processos mais utilizados atualmente, tratando-
se dos estaleiros nacionais, são de eletrodo revestido. Alguns ainda estão no nível de
100% de uso desse processo, mas a disparidade é grande, já que os estaleiros de nível
mais elevado praticamente abandonaram o eletrodo revestido e basicamente atuam
com arames tubulares, arco submerso e arame sólido – GMAW. Os processos
MIG/MAG, claro, são amplamente utilizados por toda a indústria.

1.3.5 Como a disciplina de Comunicação e Relações Humanas pode ajudar no


contexto dessa profissão?
Um bom profissional não é caracterizado somente pelas habilidades técnicas que
possui, mas também pela forma como se relaciona com seus clientes, superiores e
demais colegas no ambiente de trabalho. Saber se relacionar bem com o conjunto de
indivíduos que fazem parte do ambiente de trabalho é uma regra válida para qualquer
profissão e uma boa conduta pode levar uma pessoa a posição de destaque e abertura
de novas oportunidades dentro de uma empresa ou mesmo em um trabalho próprio.
Desse modo, saber escrever corretamente, falar corretamente, ter empatia, se
comunicar através de um email, montar um bom currículo, entre outros pontos, pode
dizer mais sobre um profissional do que ele imagina. Esses pontos são o complemento
de uma pessoa bem qualificada e que dificilmente lhe serão ensinados, mas com toda
certeza será cobrado que ele possua caso deseje ir mais além no que trabalha,
aumentando suas possibilidades de sucesso.

1.4 Colocando o conhecimento em prática


Individualmente, escreva em uma folha de papel no mínimo 5 pontos em sua forma de
se comunicar que precisam melhorar. Por exemplo: aprender a escrever bem um email
ou não falar tão rápido. Depois de listar essas características, pense no que pode fazer
para melhorar e escolha uma delas para compartilhar com toda a turma.

1.5 Recapitulando
Para fixar o que foi visto nesta unidade, tente responder as questões abaixo:
1. Qual o papel do mestre de obras no canteiro de obras?
2. Como esta disciplina pode ajudar você na sua vida profissional?
3. Quais características o profissional mestre de obras deve possuir ou aprimorar?
Unidade 2
Ética no Trabalho

2.1 Um começo de conversa


Você sabia que a ética profissional é um conjunto de atitudes e valores positivos
aplicados no ambiente de trabalho? A ética no ambiente de trabalho é de fundamental
importância para o bom funcionamento das atividades da empresa e das relações de
trabalho entre os funcionários.

2.2 Objetivos da aprendizagem


Neste capítulo, iremos iniciar uma reflexão sobre a postura ética no ambiente
profissional. Ao final desta unidade, é importante que você tenha entendido o que é a
ética profissional e a necessidade de ter condutas que vão ao encontro do que a
empresa que você está trabalhando acredita.

2.3 Em busca de informação

2.3.1 Como funciona a ética no trabalho?


Para esclarecer, é preciso dizer que existe a ÉTICA em si e, dentro dela, existe a ÉTICA
PROFISSIONAL. A Ética, no sentido amplo, é um conjunto de valores morais e princípios
que norteiam a conduta humana na sociedade. Ela serve para que haja equilíbrio e
bom funcionamento social, possibilitando que ninguém saia prejudicado. Neste
sentido, a ética, embora não possa ser confundida com as leis, está relacionada com o
sentimento de justiça social. Constrói-se a ética de uma sociedade com base nos
valores históricos e culturais.
O QUE É? A Ética Profissional é um conjunto de normas de conduta que deverão ser
postas em prática no exercício de qualquer profissão. Seria a ação "reguladora" da
ética agindo no desempenho das profissões, fazendo com que o profissional respeite
seu semelhante quando no exercício da sua profissão.
PARA QUÊ? Ela serve para orientar não apenas o teor das decisões (o que devo fazer)
como também o processo para a tomada de decisão (como devo fazer).
QUAL A IMPORTÂNCIA? A adoção de princípios éticos e comportamentais reflete o
tipo de organização da qual fazemos parte e o tipo de pessoa que somos. Nosso
respeito pelas diferenças individuais e a preocupação crescente com a
responsabilidade social, na qual inserimos as questões de segurança, meio-ambiente e
saúde no cotidiano da nossa vida profissional, refletem as relações com seus
empregados e para com a sociedade.
NÃO SE ESQUEÇA!!! Cada indivíduo tem o seu próprio padrão de valores. Por isso,
torna-se imperativo que cada empregado faça sua reflexão, de modo a compatibilizar
seus valores individuais com os valores expressos nos Princípios Éticos.

2.3.2 Ética na Sociedade


Como visto anteriormente, toda a sociedade tem suas próprias regras estipuladas a
serem seguidas, e que a partir delas são criadas as punições, que podem coibir a
transgressão dos valores éticos, no entanto não significa sua extinção, nem mesmo
representa o melhor caminho a ser tomado. Dessa forma, para que haja a proteção
dos valores éticos, a sociedade tem que tomar as decisões em conjunto e jamais uma
imposição de cima, ou seja, para preservar os valores éticos é necessário que a
sociedade deseje, seja educada para tal, que aceite e principalmente pratique durante
toda a sua vida.
Assim, pode-se dizer que os valores considerados como éticos variam dentro de
determinadas sociedades de acordo com o que o “povo” daquele local julga mais
adequado. Exemplo disso são alguns países que adotam a pena de morte para alguns
crimes e até mesmo tribos indígenas que consideram o canibalismo uma prática
adequada, ou seja, não é antiético que essas práticas ocorram nesse determinado
lugar, cabendo aos demais indivíduos respeitar os valores estabelecidos por
determinadas culturas dentro das sociedades.

2.3.3 Dicas para uma boa Conduta Ética


Para agir eticamente em seu ambiente de trabalho e ter boa convivência com os
colegas e superiores, siga as dicas abaixo:
01. Seja honesto em qualquer situação;
02. Nunca faça algo que você não possa assumir em público;
03. Seja humilde, tolerante e flexível. Muitas ideias aparentemente absurdas podem
ser a solução para um problema. Para descobrir isso, é preciso trabalhar em equipe,
ouvindo as pessoas e avaliando a situação sem julgamentos precipitados ou baseados
em suposições;
04. Ser ético significa, muitas vezes, deixar de ganhar dinheiro e benefícios em um
determinado momento;
05. Dê crédito a quem merece. Nem sonhe em aceitar elogios pelo trabalho de outra
pessoa. Cedo ou tarde, será reconhecido o autor da ideia e você ficará com fama de
mau-caráter;
06. Pontualidade vale ouro. Se você sempre se atrasar, será considerado indigno de
confiança e pode perder boas oportunidades de negócio;
07. Evite criticar os colegas de trabalho ou culpar um subordinado pelas costas. Se
tiver de corrigir ou repreender alguém, faça-o em particular, cara a cara;
08. Respeite a privacidade do vizinho. É proibido mexer na mesa, nos pertences e
documentos de trabalho dos colegas e do chefe. Também devolva tudo o que pedir
emprestado rapidamente e agradeça a gentileza;
09. Ofereça apoio aos colegas. Se souber que alguém está passando por dificuldades,
espere que ele mencione o assunto e ouça-o com atenção;
10. Faça o que disse e prometeu. Quebrar promessas é imperdoável;
11. Aja de acordo com seus princípios e assuma suas decisões, mesmo que isso
implique ficar contra a maioria;
12. Reconheça os erros, mas não exagere no arrependimento nem na culpa. A fala
correta é: “não foi um erro intencional, isso não vai ocorrer de novo e vou remediar o
acontecido”;
13. A relação de trabalho é mediada pela hierarquia. O subordinado amigo deve ao
chefe o mesmo respeito que os demais – e o chefe amigo precisa ser extremamente
cuidadoso para não beneficiar o subordinado que lhe é próximo;
14. Caso trabalhe com alguém de quem não gosta, troque cumprimentos, mantenha
distância e não comente a antipatia que sente. Isso minimiza os atritos e evita que os
outros reparem a incompatibilidade e façam fofocas;
15. Afaste-se das fofocas e maledicências. Só o fato de prestar atenção nelas pode lhe
dar a fama de fofoqueiro. E aquele que lhe conta a última, pode levar, também, um
comentário péssimo sobre você;

2.4 Colocando o conhecimento em prática


Em duplas, leiam a notícia sobre o uso do celular no trabalho e, em seguida, respondas
às questões em folha separada para ser entregue ao professor.

1) Como a ética está relacionada a notícia lida anteriormente?


2) De acordo com o texto, por que o uso de aparelhos eletrônicos está sendo proibido?
3) Quais foram os aparelhos proibidos de uso no ambiente de trabalho citado?
4) De acordo com o texto, em que momento e local será permitido o uso do aparelho
celular?
5) Em sua opinião, essa medida poderá ajudar na redução do número de acidentes no
canteiro de obras? Por quê?
6) De acordo com o que já foi discutido em sala, você acha correta a medida tomada
por essa empresa em proibir o uso de aparelhos celular?
7) Você acha que essa medida poderia ser aplicada em outros locais além do canteiro
de obras? Se sim, quais?
8) Em seu ponto de vista, como o uso os aparelhos citados no texto tem afetado a vida
das pessoas atualmente? Cite 5 pontos negativos.

2.5 Recapitulando
Para fixar o que foi visto nesta unidade, tente responder as questões abaixo:
1. O que é a ética profissional?
2. Por que não pode unir os seus valores morais com os valores éticos da sua
empresa?
3. Dê, no mínimo, 3 exemplos de boas condutas éticas.
Unidade 3
Linguagem e
Comunicação

3.1 Um começo de conversa


A comunicação é a base das relações humanas, por isso, quando má utilizada, ela pode
causar mal-entendidos, agressões verbais, perda de tempo com retrabalho, falta de
motivação e estresse. Nesta unidade, iremos refletir acerca do comportamento das
pessoas em diferentes situações de comunicação que podem ocorrer no ambiente de
trabalho.

3.2 Objetivos da aprendizagem


Neste capítulo, iremos analisar e compreender a linguagem e a sua utilização em
diferentes formas, seja na vida profissional ou na vida pessoal. Ao final desta unidade,
é desejado que você saiba identificar qual o tipo de linguagem utilizar em situações do
dia a dia e como comunicar de forma clara no trabalho.

3.3 Em busca de informação

3.3.1 Conceito de Língua e Linguagem


Considera-se linguagem qualquer sistema ou modo de comunicação. Toda mensagem,
manifestada na forma oral, escrita, ou mesmo por meio de uma imagem, é um tipo de
linguagem. Se considerarmos, por exemplo, um gesto, uma fotografia ou uma palavra,
nos três casos estaremos em contato com um tipo de linguagem. Portanto,
independentemente do veículo ou do contexto em que ocorre uma situação, se é
possível extrair um significado daquele respectivo contexto, está-se diante de uma
manifestação da linguagem.
A língua, por sua vez, é um tipo de veiculação da linguagem. Ou seja, dentre os
diversos tipos de se transmitir uma mensagem ou de se comunicar algo, a língua é um
desses meios. Nota-se, portanto, que a língua é um subgrupo da linguagem.
Além de ser um tipo de manifestação da linguagem, uma determinada língua possui
um conjunto de palavras, denominado léxico, e um sistema que permite a combinação
do léxico, de modo que sentenças dotadas de sentido sejam formadas.
Sintetizando os conceitos estudados, temos:
Língua: sistema de combinação das palavras.

Linguagem: qualquer sistema ou modo de comunicação.

3.3.2 A Língua como Capacidade Humana


A língua é uma forma singular de linguagem: ela possui um vocabulário e um sistema
que permite a combinação entre as palavras presentes no vocabulário.
Somente os seres humanos têm a capacidade de adquirir uma língua. Essa tese é
defendida por Chomsky através da Teoria Gerativista, que consiste, em síntese, no
conceito de que somente o ser humano é capaz de produzir enunciados, por possuir o
que é denominado Faculdade da Linguagem. A faculdade da linguagem está presente
na composição fisiológica do cérebro humano. Isso significa dizer que os seres
humanos nascem com esse organismo, ou, linguisticamente falando, o ser humano
nasce com essa capacidade. Devido a essa capacidade humana, uma criança de três
anos pode não só repetir frases ou comentários, mas também criá-los sem jamais tê-
los escutado.
Os animais, por outro lado, não têm a faculdade da linguagem. Eles podem, no
máximo, repetir sons emitidos pelos humanos, tal como fazem os papagaios.
Vale salientar, no entanto, que os animais das mais variadas espécies possuem um
sistema de comunicação que lhes proporciona o entendimento de algumas
mensagens. Notem que não estamos falando que os animais constroem frases a partir
da organização de um conjunto de palavras, eles tão somente se comunicam por meio
de um sistema de linguagem específico de cada espécie

3.3.3 Adequação Linguística


De acordo com cada situação em que nos encontrarmos, devemos selecionar o
método de comunicação a ser usado. Ao usar a língua, tudo é permitido, desde que
seja respeitado o contexto em que se passa o processo de comunicação. No Brasil, por
exemplo, todos falam a Língua Portuguesa, porém existem variantes dessa língua
dependendo de onde ela é falada
Cada comunidade tem sua própria forma de se expressar. Se pensarmos em nível
nacional, cada região do país tem sua maneira de usar a língua. Um gaúcho fala
diferentemente do mineiro, que fala diferentemente do paulista, que fala
diferentemente do pernambucano e assim por diante. A essas diferenças chamamos
variantes linguísticas. Não há uma variante melhor que a outra, todas são igualmente
importantes e representativas da cultura das comunidades que as falam. Logo, quando
rimos de alguém que fala “Nóis fizemu um bolo procê”, estamos agindo com
preconceito, o preconceito linguístico, porque julgamos nossa forma de falar superior
à do outro. Portanto, cada população deve preservar sua forma de se comunicar
dentro de sua comunidade, pois essa fala nos representa, ela é parte determinante do
que somos.
Com a língua escrita, não é muito diferente. Temos os vários ambientes de escrita, e
cada um deles é diferente do outro. Tanto na língua falada quanto na língua escrita,
devemos respeitar algumas convenções. A língua falada – ou oral - é mais espontânea
e não exige que se siga determinadas regras ao se comunicar. Por exemplo: em uma
situação de comunicação, se não houve compreensão entre os interlocutores, a
linguagem pode ser repetida quantas vezes forem necessárias até que haja
entendimento entre os agentes da comunicação (quem está se comunicando).
A linguagem escrita é um sistema de normas que devem ser seguidas ao se comunicar.
Na modalidade escrita, existem alguns padrões estabelecidos para haja entendimento
entre pessoas que falam a mesma língua, porém são de regiões onde se fala dialetos
diferentes.

3.3.4 Preconceito Linguístico


Erroneamente, algumas pessoas associam o uso da língua a determinadas condições
sociais, que chamaremos de status. Assim, ao se depararem com uma forma diferente
de se falar determinada língua, elas consideram um erro aquela forma de se expressar,
ignorando, portanto, a existência da variação linguística. O julgamento pejorativo
contra determinadas variantes linguísticas é chamado de Preconceito Linguístico.
Segundo a linguista Marta Scherre, é “o julgamento depreciativo, desrespeitoso,
jocoso e, consequentemente, humilhante da fala do outro ou da própria fala".

3.3.5 Variação Linguística


A Variação Linguística ocorre a partir das diferentes maneiras de se falar determinada
língua, afinal cada comunidade tem sua própria forma de se expressar, que
conhecemos como Variantes Linguísticas. O fenômeno da Variação Linguística ocorre
em função de dois fatores principais, que atuam sobre as maneiras de se expressar.
Esses fatores são: influências histórica e regional.
Ex.: podemos destacar os falares mineiro, gaúcho, paraense, paraibano, etc como
variantes linguísticas.
Separamos o poema “Samba do Arnesto”, de Adoniran Barbosa, como exemplo do
conceito de variação linguística.
Samba do Arnesto - Adoniran Barbosa
O Arnesto nos convidou pra um samba, ele mora no Brás

Nós fumos não encontremos ninguém


Nós voltermos com uma baita de uma reiva
Da outra vez nós num vai mais
Nós não semos tatu!
No outro dia encontremo com o Arnesto

Que pediu desculpas mais nós não aceitemos


Isso não se faz, Arnesto, nós não se importa
Mas você devia ter ponhado um recado na porta
Um recado assim ói: "Ói, turma, num deu pra esperá
Aduvido que isso, num faz mar, num tem importância,

Assinado em cruz porque não sei escrever.

Um bom profissional não é caracterizado somente pelas habilidades técnicas que


possui, mas também pela forma como se relaciona com seus clientes, superiores e
demais colegas no ambiente de trabalho. Saber se relacionar bem com o conjunto de
indivíduos que fazem parte do ambiente de trabalho é uma regra válida para qualquer
profissão e uma boa conduta pode levar uma pessoa a posição de destaque e abertura
de novas oportunidades dentro de uma empresa ou mesmo em um trabalho próprio.
Desse modo, saber escrever corretamente, falar corretamente, ter empatia, se
comunicar através de um e-mail, montar um bom currículo, entre outros pontos, pode
dizer mais sobre um profissional do que ele imagina. Esses pontos são o complemento
de uma pessoa bem qualificada e que dificilmente lhe serão ensinados, mas com toda
certeza será cobrado que ele possua caso deseje ir mais além no que trabalha,
aumentando suas possibilidades de sucesso.

3.3.6 A Importância da Comunicação no Ambiente de Trabalho


De acordo com a professora Júnia Miranda Carvalho, coordenadora do curso de
Gestão Estratégica da Comunicação, do Instituto de Educação Continuada (IEC) da PUC
Minas, ter boa capacidade de se comunicar e de se relacionar com as pessoas são
atributos fundamentais para que o profissional obtenha ascensão na sua carreira. Ela
afirma que “a cultura e boa educação são fundamentais em qualquer situação da vida,
em especial no mundo do trabalho e dos negócios. Essas qualidades são
imediatamente percebidas nos testes de seleção, pelos superiores, colegas de trabalho
e clientes, sobretudo o modo de falar, agir, escrever e em todo o comportamento
cotidiano de quem exerce uma atividade profissional”. “Falar corretamente, evitando
gírias e jargões, de forma clara e objetiva, facilita o entendimento até das pequenas
instruções no dia a dia das empresas”, acrescenta a professora.

3.4 Colocando o conhecimento em prática

É hora de conversar com o chefe


Dicas para você não colocar tudo a perder na hora de entrar na “salinha”

Nem é preciso dizer de qual figura


profissional todo mundo lembra quando
pensa em pedido de aumento, férias e
folgas ou para lidar com situações como
assumir um erro, relatar problemas
referentes à atuação de outro colega e,
até mesmo, enfrentar assédio moral ou
sexual. Mas, quem nunca tremeu, suou
ou colocou tudo a perder quando precisou falar com o chefe?
Por isso, elaboramos uma lista de situações, que pode ajudá-la no convívio com seu
chefe e livrá-la dos famosos “fora”.
Pedir aumento
Esta é uma situação extremamente normal e deve ser tratada com calma, confiança,
transparência e sobriedade. Tenha em mente que, por melhor que seja o seu
relacionamento com seu chefe, pedir aumento é uma reunião de negócios e implicará
negociação.
Pedir férias
Você poderá utilizar a mesma lógica anterior para seu pedido de férias, evidenciando
que elas contribuirão para a manutenção e a obtenção de um nível superior de
resultados.
Pedir folga em um momento inoportuno
Considere que, se o momento é inoportuno, você apenas deverá pedir folga se
realmente for muito importante e imprescindível. É importante deixar claro o seu
planejamento sobre o que já fez ou fará, antes e depois, para que o ritmo de suas
atribuições não sofra prejuízos.
Falar de algum colega de trabalho
Verifique se o que você tem a dizer atende a três requisitos básicos:
- É um fato sobre o qual não há dúvidas e não apenas uma opinião pessoal?
- Está dentro da sua esfera de competência?
- O que você tem a dizer está isento de carga afetiva e vai efetivamente contribuir e
agregar valor?
Se o que você tem a falar não atender aos três requisitos é melhor não dizer, ou pelo
menos refletir mais antes de fazê-lo.
Assumir um erro
Errar é humano, assumir as consequências é profissional. Fale com franqueza sobre o
que aconteceu e quais foram as causas que o conduziram ao erro, como você as
compreendeu, o que aprendeu e principalmente o que fez para corrigir, eliminar ou
diminuir as possíveis consequências negativas. Assegure-se de ter entendido bem o
que aconteceu e, tanto quanto possível, já ter tomado providências antes mesmo que
os efeitos sejam sentidos ou da necessidade de expor o ocorrido. Aja
preventivamente!
Se o assunto for assédio no trabalho
O assédio normalmente acontece em situações de abuso de poder, onde alguém tenta
obter "concessões" de uma pessoa que lhe seja subordinada. Mesmo que esse alguém
seja seu chefe, não se intimide: dignidade e postura firme, porém educada, são as
melhores atitudes. Mesmo que não seja o caso, procure demonstrar que você
"entendeu" o assédio como uma revelação de um sentimento e não apenas de uma
manifestação de caráter moral (assim você oferece uma saída digna para a outra
pessoa). Demonstre que corresponder ao "sentimento" é impossível.
Se a questão persistir, tente ao menos mais duas vezes a mesma fórmula. Se ainda
assim o problema continuar, e se achar necessário, procure os mecanismos internos
(RH, por exemplo) e externos (legislação). Mas procure sempre as estratégias menos
extremas.

Após ler e discutir o material complementar sobre “A hora de conversar com o chefe”,
responda o exercício abaixo:
1) Assinale V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas em relação às diversas
situações e atitudes no ambiente de trabalho:
( ) O que você diz aos seus superiores molda as impressões deles sobre você e isso
pode resultar na diferença entre ser promovido ou ser deixado de lado.
( ) Escolha o melhor momento para falar com seu chefe. Evite dias muito atribulados
e estressantes, tente abordá-lo num dia mais tranquilo.
( ) Se a obra estiver atrasada, deixe que o engenheiro crie estratégias para executar o
trabalho conforme o cronograma.
( ) Ao pedir um aumento, evite justificar o aumento apenas dizendo que você faz
bem o seu trabalho, que não chega atrasado, que não falta, etc. Isso tudo nada mais é
que obrigação. Para merecer o aumento, é necessário mostrar que você está fazendo
um trabalho além do que foi contratado e que está gerando benefícios para a
empresa.
( ) Nunca exponha sua opinião em uma reunião de trabalho. Interrupções só
atrapalham o andamento da discussão e não acrescentam nada para a melhoria do
trabalho.
( ) Não aceite tudo que o chefe falar sem questionar, isso torna o ambiente de
trabalho pesado e pode prejudicar na produtividade. Se seu chefe fez ou falou algo
que te ofendeu, espere o melhor momento e converse com ele sobre o que te
incomodou. Isso mostra maturidade e contribui para o crescimento profissional tanto
do seu chefe quanto do seu.
( ) Os chefes apreciam funcionários com iniciativa e criatividade, e geralmente estão
sempre abertos a maneiras de ajudar a empresa a funcionar melhor.
( ) Se você estiver tendo problemas com um colega, tente resolver a situação sozinho
antes de informá-la ao seu superior. E se você precisar falar com o seu chefe sobre
isso, descreva a situação objetivamente e tão sem envolvimento quanto possível, e
evite discussões emocionalmente carregadas.
( ) Quando quiser um aumento de salário, faça comparações com colegas do tipo "eu
trabalho mais que fulano", "o fulano é folgado, eu faço todo trabalho meu e dele
junto, por isso mereço ganhar mais". Esse tipo de justificativa tem sustentação sólida e
mostra que você é superior a eles.
( ) Independente de seu chefe ser uma pessoa acessível e, até ser seu amigo fora do
ambiente de trabalho, a hierarquia deve ser respeitada.
( ) A vida pessoal não deve interferir na vida profissional. Deixar os problemas fora do
ambiente de trabalho e agir de forma otimista é essencial para um ambiente de
trabalho saudável.
( ) Quando você tiver notícias importantes a compartilhar, quer boas ou ruins, espere
a hora certa para contar. Alertar seu chefe ou colegas sobre problemas potenciais
pode dar-lhe a chance de reagir e resolver uma situação antes que ela piore.
( ) Não há problemas em mentir. Se for uma mentira pequena, que não prejudicou
ninguém, ela não manchará a sua imagem como profissional.

3.5 Recapitulando
Para fixar o que foi visto nesta unidade, tente responder as questões abaixo:
1. Qual a importância da linguagem na comunicação?
2. Explique a diferença da linguagem verbal, não-verbal e mista.
3. Cite 3 exemplos de aplicação da linguagem mista.
4. Quando se deve usar a linguagem formal e informal?
5. Existe falar certo e errado?
Unidade 4
Interpretação de Textos

4.1 Um começo de conversa


Nesta unidade, será um dos momentos em que iremos discutir a importância da
leitura, da escrita e da interpretação de textos e enunciados. A leitura e a escrita são
poderosos meios de comunicação que permitem a você entender e apreciar as ideias
dos outros, expressar as suas e ativar seus conhecimentos. Isso também ajuda o
sujeito leitor a se integrar no mundo de um modo mais igualitário e justo para exercer
sua cidadania.
Saber ler adequadamente um texto tem a mesma importância que saber comunicar-
se corretamente: qualquer informação mal interpretada pode gerar grandes
transtornos, principalmente, no trabalho.

4.2 Objetivos da aprendizagem


Neste capítulo, iremos aprender como interpretar textos de forma eficaz e discutir a
importância da leitura e da escrita. Ao final desta unidade, é desejado que você
consiga compreender os pontos-chave de um texto, sintetizar ideias e resumir
assuntos longos em pequenos trechos.

4.3 Em busca de informação

4.3.1 O que é interpretar um texto?


Estudos mostram que as dificuldades dos alunos na resolução dos problemas que lhes
são propostos em sala de aula não decorreriam de eles não compreenderem com
clareza o que os professores e os livros didáticos querem lhes comunicar. Assim, a
interpretação correta de textos e enunciados é, na verdade, o real problema a ser
resolvido na maioria das vezes.
Mas o que significa INTERPRETAR um texto ou enunciado? Interpretar significa
descobrir, entender a mensagem que o autor quis transmitir com aquele texto que
escreveu, ou seja, é entender a ideia principal que o texto tem a repassar aos leitores.
Outro ponto importante é que não só os textos devem ser interpretados, mas também
as figuras têm uma mensagem associada que cabe a nós entender de que se trata.
Exemplo disso são as famosas charges que contam uma “historinha” sobre algum
assunto, geralmente carregando humor, críticas ou ironias. E além destas, como um
profissional, você lidará com figuras o tempo todo, as quais terá que interpretar, ou
seja, entender o que essa imagem quer lhe dizer.

Disponível em: http://goo.gl/eYhqHD. Acesso em: 10 de setembro de 2014.


A charge apresentada foi publicada no período da Copa do Mundo de 2014 e retrata
dois acontecimentos marcantes deste período: a queda do viaduto Guararapes, em
Belo Horizonte no dia 03 de julho e, a lesão sofrida pelo jogador Neymar, no dia 04 de
julho, no jogo do Brasil contra a Colômbia nas quartas-de-final da Copa.
Duke brinca com as palavras para criticar sobre a importância que foi dada às duas
notícias.
A palavra coluna é ambígua, ou seja, possui dois significados diferentes. Ela tanto pode
ser a coluna vertebral (Neymar) quanto pode ser a coluna de sustentação do viaduto,
como podemos verificar nas definições do Dicionário On Line Caldas Aulete.
Coluna - 1. Arq. Estrutura cilíndrica usada para sustentar abóbadas, entablamentos
etc., e/ou enfeitar construções, composta de três partes: base ou pedestal, fuste,
capitel. 2. Anat. A parte do esqueleto formada pela sobreposição articulada das
vértebras, e que serve de sustentação vertical do corpo. [Tb. apenas coluna.]
Duke brinca também com as palavras fraturada e superfaturada, por serem palavras
com os sons semelhantes (TROCADILHO).
Ao fazer essas brincadeiras Duke quis criticar a importância das duas notícias. Qual
coluna é a mais importante, a do Neymar ou a do viaduto Guararapes, que matou duas
pessoas e deixou dezenas feridas? Qual das duas notícias foi mais veiculada?

4.3.2 Dicas para Interpretação de Textos e Charges


Dicas para interpretação de texto:
1. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;
2. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá até o fim,
ininterruptamente. Procure, através do contexto, entender o sentido da
palavra;
3. Ler com atenção e cuidado para se entender o que o autor quis dizer;
4. Voltar ao texto tantas vezes quanto precisar;
5. Não permita que prevaleçam suas ideias sobre as do autor;
6. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compreensão;
7. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procure a mais exata ou a mais
completa;
8. Verificar, com atenção e cuidado, o que de cada questão está pedindo;
9. Preste MUITA atenção em algumas palavras como: não, correta, incorreta,
certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem nas
perguntas e que, às vezes, dificultam entender o que se perguntou e o que se
pediu.

Dicas para interpretação de uma charge:


1. Para que haja compreensão de uma charge, deve haver uma interação entre
os elementos expressos e os conhecimentos prévios do leitor.
2. Elementos humorísticos: o exagero nos traços das personagens retratadas;
introdução de elementos inesperados; recursos que provocam riso no leitor.
3. Cenário: ambiente físico ou lugar representado na charge.
4. Personagens: seres fictícios ou reprodução de personalidades do contexto
retratado na charge.
5. Contexto sócio-histórico: é a situação em que ocorre o fato que originou a
charge. Alguns elementos são inseridos na charge para melhor compreensão
do contexto. São eles: tempo, cenário, personagens etc.

Como a crítica é expressa na charge?


Geralmente, o chargista utiliza a ironia, que tem por objetivo expressar o contrário
daquilo que se pensa ou do que é evidente. O humor ou sarcasmo é utilizado para
evidenciar a ironia.
4.4 Colocando o conhecimento em prática
Para o aprendizado de interpretação, nada melhor do que a prática para ganhar
conhecimento. Então, nessa primeira atividade, você receberá uma folha com 4 textos
curtos e neles terá que retirar a ideia principal que o autor quis transmitir e escrever
abaixo nas linhas indicadas.

4.5 Recapitulando
Para fixar o que foi visto nesta unidade, escolha uma notícia recente, do seu interesse,
e faça um resumo do que foi lido com as ideias principais e escolha um novo título.
2018
Informática Básica
1º Bimestre
Universidade Federal de Minas
Gerais Sumário
Pró-reitoria de Extensão da UFMG
Prof.ª Benigna Maria de Oliveira
Apresentação .................................................................................... 3
Diretor da EEUFMG
Prof. Alessandro Fernandes Moreira
Unidade 1: Conceitos Básicos de Computadores ............................... 4
Coordenação Geral
Prof. Aldo Giuntini de Magalhães - Um Começo de Conversa................................................................ 4

Instrutores da Disciplina 2018 - Ponto de Partida – Tópico Gerador .................................................. 4


Lauren Caroline Britto Batista - Em Busca de Informação ................................................................ 5
Luíza de Oliveira Trindade
Melchior Augusto Syrio de Melo - Colocando o Conhecimento em Prática ......................................... 11
Preparação e Revisão do Texto - Recapitulando ............................................................................... 11
Lauren Caroline Britto Batista
Luíza de Oliveira Trindade
Melchior Augusto Syrio de Melo
Unidade 2: Programas, Menus e Campos de Trabalho .................... 12
Colaboradores - Um Começo de Conversa.............................................................. 12
Lucas Rangel Rodrigues Martins
Matheus F. Dias Miranda - Ponto de Partida – Tópico Gerador ................................................ 12
Samuel Pereira Lopes Vieira
Matheus de Freitas Dias Miranda - Em Busca de Informação .............................................................. 13
Mateus Coelho Silva
Tereza Raquel Barros Campos - Colocando o Conhecimento em Prática ......................................... 18
Tiago de Oliveira Campos - Recapitulando ............................................................................... 18

Unidade 3: Arquivos, Pastas e Comandos........................................ 20


- Um Começo de Conversa.............................................................. 20
- Ponto de Partida – Tópico Gerador ................................................ 20
- Em Busca de Informação .............................................................. 21
- Colocando o Conhecimento em Prática ......................................... 25
- Recapitulando ............................................................................... 26

Unidade 4: Introdução Às Redes de Computadores e Internet .......... 27


- Um Começo de Conversa.............................................................. 27
- Ponto de Partida – Tópico Gerador ................................................ 27
- Em Busca de Informação .............................................................. 28
- Colocando o Conhecimento em Prática ......................................... 39
- Recapitulando ............................................................................... 40

Unidade 5: Arquivos, Pastas e Comandos........................................ 41


- Um Começo de Conversa.............................................................. 41
- Ponto de Partida – Tópico Gerador ................................................ 41
- Em Busca da Informação .............................................................. 42
- Colocando o Conhecimento em Prática ......................................... 51
- Recapitulando ............................................................................... 52
-Para saber mais ............................................................................. 52
Disciplina
Informática

Ementa
A seguinte apostila tem por finalidade apresentar os componentes do computador
explicar o que é um sistema operacional, o que são os programas e como abrí-los e
fechá-los. Aprenderemos a como utilizar a Internet e como criar e gerenciar uma conta
de e-mail.

Objetivos da aprendizagem
A disciplina de Informática tem como objetivo apresentar os principais processos de
soldagem utilizados na indústria e em laboratórios de pesquisa por meio de uma
abordagem teórica. Nessa disciplina o aluno também tem a oportunidade de participar
de debates em sala de aula sobre cada processo, entendendo os fenômenos físico-
químicos envolvidos, as diferentes técnicas operacionais e as vantagens, desvantagens,
aplicações e limitações de cada processo.

Conteúdo da disciplina
O conteúdo abordado no 1º bimestre está descrito nos tópicos abaixo:
o Conceitos Básicos de Computadores.
o Programas, Janelas e Menus.
o Arquivos, Pastas e Comandos.
o Redes de Computadores e Internet
o E-mail e seu gerenciamento
Unidade 1
Conceitos Básicos de
Computadores

1.1 Um começo de conversa


Máquinas de datilografar, armários de arquivos, calculadores com registro. Essas são
apenas algumas das coisas que foram substituídas pelo computador. Hoje em dia o
computador está ligado a praticamente todas as atividades possíveis. Em uma obra,
por exemplo, alguém usou um computador para desenhar as plantas de construção.
Com certeza os registros de material e despesas da obra estão guardados em um
computador. Quando o trabalhador sai para tomar um cafezinho, a padaria não utiliza
mais uma máquina registradora, mas um computador para marcar o produto
comprado, quanto foi pago e ainda calcular quanto de troco deve ser devolvido.
Transferir dinheiro de uma conta para outra antigamente demorava quase 6 horas.
Uma hora indo até o banco, duas de fila, mais um para ir até outro banco e mais duas
horas de fila. Com um computador e internet fazer pagamentos, transferir dinheiro e
ainda saber quanto você gastou no churrasco da semana passada não demora mais
que 15 minutos.
Os computadores estão em todos os lugares. Mais cedo ou mais tarde, todos nós
teremos que sentar na frente de um computador, seja para trabalhar ou se divertir.
Dessa forma, para que o computador seja uma máquina que facilita nossa vida (e não
o contrário), devemos “entrar de cabeça” na era digital e iniciarmos o quanto antes
nossa “inclusão digital”.

1.2 Ponto de Partida – Tópico Gerador


Todo profissional envolvido nos trabalhos de soldagem deve estar consciente das
atividades que precisa desempenhar como um todo e, também, conhecer os riscos
decorrentes da utilização dos equipamentos manuseados para a execução dessas
atividades. É indispensável, ainda, que esse profissional se preocupe em adotar

Unidade 1 - Conceitos Básicos de Computadores


medidas de saúde e segurança capazes de minimizar acidentes, e que vão permitir o
desempenho de seu trabalho de forma segura e eficaz.

1.3 Em busca de informação

É sempre difícil explicar em poucas palavras o que é um computador. Contudo a


melhor explicação que podemos dar sobre ele é:

“O COMPUTADOR É UMA MÁQUINA CAPAZ DE REALIZAR DIVERSAS TAREFAS


AUTOMÁTICAS, PROCESSAR E ARMAZENAR DADOS E INFORMAÇÕES.”

Figura 1.1 – Foto do primeiro computador digital construído da década de 40, o ENIAC

1.3.1 Conceitos Básicos


Alguns termos e palavras para entendermos melhor o universo dos computadores:

Esquema do Computador

Hardware: É a parte física do computador, composta de peças, fios, chips, placas,


etc. Exemplos: HD, Drive de DVD, Impressora, mouse e teclado.
Software: São os programas. Eles são o que tornam os computadores úteis e
capazes de realizar as mais diversas tarefas que desejarmos. Exemplos:
Calculadora, Word, Excel e PowerPoint.

Unidade 1 - Conceitos Básicos de Computadores


Tipos de Computadores
Microcomputadores: Computadores residenciais e pessoais. Também
chamados de ‘PC’ (Personal Computer) ou Desktop. Por muito tempo, foi
o tipo de computador mais utilizado.

Notebooks: Computadores portáteis. Normalmente mais


caros que os microcomputadores, mas de funções e

utilidades semelhantes. Sua principal diferença em relação ao PC é a


presença de bateria que possibilita a portabilidade. É nesta categoria que se
encontram os netbooks (voltados para o uso da internet) e ultrabooks (mais
poderosos que os notebooks comuns).
Smartphones: São celulares com tecnologias avançadas, possuindo
programas e um sistema operacional (serão discutidos nos próximos
tópicos). Nos últimos anos, sua popularidade aumentou bastante e hoje o
número de vendas de smartphones já supera dos microcomputadores.

Tablets: Nova geração de computadores portáteis. Mais finos, são muitas


vezes a fusão do notebook com os celulares. Apesar da praticidade de
locomoção e armazenamento costumam ser mais limitados, sem tantas
utilidades práticas, que o notebook ou o microcomputador.

Funcionamento dos Computadores


A forma como os computadores funcionam é bem simples. Ele recebe uma
informação, processa, e devolve um resultado. Em outras palavras,
utilizando os programas e aplicativos adequados, o computador pega as
informações que fornecemos para ele, transforma-as, realizando aquela
operação que queremos e nos devolve tudo pronto. Por exemplo, a função
calculadora ou editor de texto. Digitamos os números e o símbolo da
operação que queremos que o computador realize. Internamente ele
resolve a operação e nos apresenta o resultado.
Resumindo o computador funciona sob três aspectos: Entrada,
Processamento e Saída.

Unidade 1 - Conceitos Básicos de Computadores


O desenho acima pode representar o ato de uma pessoa digitar um texto
em um editor. Enquanto ela tecla as letras para compor o texto (entrada), o
computador realiza um processamento para que a pessoa consiga ver num
dispositivo de saída, uma tela e/ou impressora, o que ela digita.

1.3.2 Componentes de Entrada, Processamento, Armazenamento e Saída


Mouse: Auxilia na utilização do computador. Exibe um ponteiro na tela
que permite ‘apontar e marcar’ qualquer elemento selecionável da tela.
Possui dos botões principais: um à esquerda (com função de selecionar) e
um à direita (com função de abrir a caixa de opções do item ou
ambiente). O mouse possui geralmente dois a três botões. O apertar de um botão
é denominado de click. O mouse possui um cursor com o qual o usuário
apontará sobre certo elemento na tela, cuja confirmação de uma ação é efetuada
com um ou dois clicks sobre um dos botões. O uso de um ou dois clicks sobre
determinado botão pode variar conforme o programa. Os mouses presentes em
computadores portáteis são os chamados mouses touchpad.
Teclado: Utilizado para entrada manual de dados ou comandos
para os mais diversos aplicativos e programas. O teclado do
computador possui teclas de caracteres normais, dispostos em
uma ordem que facilita a digitação, teclas de funções (ctrl, shift, capslock, etc.) e o
teclado numérico. Algumas teclas possuem dois símbolos.
Quando se deseja utilizar um símbolo que está na parte superior de determinada
tecla, utiliza-se o pressionamento da tecla SHIFT seguido da tecla desejada.
Quando se deseja estabelecer todas as letras maiúsculas, pressiona-se a tecla
CAPSLOCK (que ativa uma luz em alguns teclados). A tecla SHIFT também é
utilizada para ativar apenas uma letra maiúscula, caso a tecla CAPSLOCK esteja
desativada. Para se utilizar o teclado numérico auxiliar (situado no lado direito)
deve-se ativar a tecla NUMLOCK (que ativa também uma luz correspondente). O
uso das teclas específicas como F1, F2,..., F12, são as chamadas teclas de função e
dependem do programa em uso. A tecla CTRL é denominada tecla de controle que
deve ser associada com outra tecla para funcionar, por exemplo: CTRL+P (é um
atalho para imprimir na maioria dos programas).
Drive de CD/DVD-ROM: Equipamento que lê e fornece para o
computador os dados armazenados em um CD ou DVD. Pode também ser
um componente de saída na medida em que alguns drives, além de ler,
gravam informações nos CDs/DVDs.
WebCam: Permite a captação de imagens pelo computador. Muito
utilizado em Videos-Chats (Video-Conversas/Conferências) pela internet,
possui um microfone embutido. Alguns computadores portáteis possuem
webcams integrados à sua estrutura.

Caixas de som: São responsáveis por reproduzir sons de músicas e vídeos.

Unidade 1 - Conceitos Básicos de Computadores


2

Microprocessador: Ele é o cérebro do computador. Muitas vezes,


chamado de apenas de processador, é responsável por manipular e
processar os dados, bem como gerar ordens de execução e gravação dos
mesmos. O microprocessador, ou o conjunto destes, de um computador
também recebe o nome de Unidade Central de Processamento (Central
Prossecing Unit), ou ‘CPU’.
Memória - RAM: Também chamada de memória principal, ela é
responsável por armazenar temporariamente os dados e informações que
foram ou serão lidas ou manipuladas pela CPU. Tem ainda função de ler,
gravar e recuperar dados.
Disco Rígido: Também chamado de Disco Magnético ou, simplesmente,
‘HD’ (Hard Disk). É a memória secundária do computador. Armazena de
forma permanente os dados e informações (arquivos e programas).

SSD: Novo dispositivo de armazenamento que está


substituindo aos poucos os antigos discos rígidos. Possui uma
maior velocidade de leitura e gravação, além de ser mais resistente a impactos.
Porém, o HD ainda é muito mais utilizado, devido a seu baixo custo se comparado
ao SSD.
Placa-Mãe: Placa responsável por conectar todos os componentes do
computador, ou seja processador com memória RAM, disco rígido, entre
outros.
Monitor: Vídeo. Tela onde aparecem as imagens e informações do
computador.

Impressora: Imprime textos, desenhos, gráficos e diversos outros tipos


de documentos criados no computador. Pode também ser um
dispositivo de entrada/saída, uma vez que muitas impressoras são
também scanners (aparelhos que digitalizam documentos e os envia
para o computador).
Modem: Componente de entrada/saída que converte sinal analógico em
digital e vice-versa, permitindo aos computadores se conectarem à
Internet.

Estabilizador: Protege os componentes do computador das variações de


tensão da rede elétrica. Esse componente é encontrado na maioria dos
computadores.

Gabinete: Carcaça onde são instalados os componentes de


processamento do computador. Muitas vezes, ao dizermos CPU ou

Unidade 1 - Conceitos Básicos de Computadores


Computador, estamos nos referindo ao gabinete. Nele também se instala as
adaptações de fonte, que alimentam com energia o computador, e o cooler que é
um ventilador que serve para refrigerar o computador.

1.3.2.1 Ligar e Desligar o Computador e Outras Funções


Ligar o computador:
• Quando necessário, conectar os componentes externos do computador (teclado,
mouse, monitor, impressora, etc.);
• Verificar os cabos de energia do PC (microcomputador);
• Verificar se a tensão ou “voltagem” está correta, 110 volts ou 220 volts;
• Caso todos os cabos estiverem conectados, ligar o estabilizador, caso tenha um. O
estabilizador possui um botão Liga/Desliga de acesso e identificação simples;
• Ligar o PC através do botão Liga/Desliga que se encontra no gabinete;
• Aguardar os procedimentos de inicialização do PC;
• Informar senha e nome do usuário, caso existam e quando for solicitado;

Desligar o computador - Windows 7 e Windows XP


• O procedimento de desligar o PC é muito importante para preservar o equipamento
e as informações armazenadas nele, portanto, é muito importante acostumar-se a
seguir o procedimento de desligar;
• Clicar no botão Iniciar;
• Clicar na opção Desligar;
• Selecionar a opção Desligar/Desativar o computador;
• Aguardar a mensagem de desligar o computador, quando existir e somente então,
desligar apertando o botão Liga/Desliga do computador ou esperar o computador
desligar automaticamente;
• Desligar o estabilizador através do botão Liga/Desliga do estabilizador.

Windows XP Windows 7

Desligar o computador - Windows 8

Unidade 1 - Conceitos Básicos de Computadores


• No Sistema Operacional Windows 8, o botão Iniciar foi removido, e portanto é
necessário realizar outros passos para desligar o computador:
• Aproximar o mouse no canto inferior direito (perto de onde mostra a data) até que
apareça um conjunto de figuras;
• Clicar na figura da engrenagem;
• Clicar em Liga/Desliga;
• Por fim, clicar em Desligar.

Desligar o microcomputador - Windows 10


• No Sistema Operacional Windows 8, basta clicar no menu iniciar;
• No canto inferior esquerdo veremos um botão com o símbolo de desligar, basta
clicar nele;
• Escolha a opção de desligar o computador.

Outras funções do botão Desligar:


• Além da opção de desligar o computador, ao se clicar no botão “Desligar” no menu
iniciar, aparecem outras opções.
• Fazer Logoff: Encerra a sessão atual (fechando todos os programas), finalizando as
alterações realizadas e desconectando o usuário atual. Em seguida solicita as
informações para conectar um outro usuário;
• Trocar usuário: Altera os usuários do computador, sem com isso encerrar os
programas em execução;
• Reiniciar: Desliga rapidamente o computador, ligando-o imediatamente em seguida;
• Suspender: Mantém a sessão aberta (na memória) e coloca o computador em estado

Unidade 1 - Conceitos Básicos de Computadores


de baixa energia;
• Hibernar: Salva a sessão e desliga o computador. Ao ligá-lo novamente a sessão é
reaberta;

1.4 Colocando o conhecimento em prática


Atividade 1

Realize repetidas vezes (3 no mínimo) os corretos procedimentos de ligar e desligar o


computador. É importante repetir a atividade para memorizar os procedimentos
corretos. Realizar o ligamento e o desligamento correto de um computador evita a
perda de dados e informações e previne contra eventuais danos.
ATENÇÃO: Se essa é a primeira vez que você realiza esses procedimentos, peça para
que o instrutor ou alguém com bons conhecimentos de informática lhe ajude.
Atividade 2

Pense em três tarefas realizadas pelo computador. Descreva como o esquema de


funcionamento do computador (entrada > processamento > saída) aparece nessas
tarefas.
Atividade 3

Pense em três tarefas realizadas pelo computador. Descreva os hardwares envolvidos


nessas tarefas, classificando-os em hardware de entrada, processamento,
armazenamento e saída.

1.5 Recapitulando
Para fixar o conteúdo estudado tente responder com suas palavras:
o O que é Software, Hardware?
o Qual o esquema básico de funcionamento do computador?
o Em quais categorias se classificam os hardwares do computador? Dê exemplos.
o Como desligar corretamente o computador?
o Cite ao menos duas outras funções que o botão desligar possui e explique-as.

Unidade 1 - Conceitos Básicos de Computadores


Unidade 2
Programas, Menus e
Campos de Trabalho

2.1 Um começo de conversa


Como vimos na unidade anterior um computador é formado de parte física, as peças,
os hardwares, e parte lógica virtual, os programas, os softwares. Quando falamos das
peças do computador e do seu esquema de funcionamento, estávamos falando quase
que apenas dos hardwares de um computador. Agora vamos falar um pouco sobre os
softwares. Na verdade, como existem inúmeros e diferentes softwares, é quase
impossível falar sobre cada um deles separadamente. O que faremos, de fato, é
aprender a usar alguns softwares, começando por aqueles que nos ajudam a melhorar
e utilizar o computador com maior facilidade e exatidão.

2.2 Ponto de Partida – Tópico Gerador


Vamos pensar um pouco sobre o que seria um computador que possuísse a parte física
(hardwares), mas não possuísse programas. Um computador apenas com peças é
apenas uma caixa cheia de fios e chips, mas incapaz de resolver e realizar tarefas para
as pessoas. O que permite a interação entre a máquina e as pessoas são os softwares.
Um dos softwares principais em um computador doméstico é o sistema operacional. O
SO (ou, no inglês, OS) é um programa que permite ao usuário entender e trabalhar
com funções básicas do computador, além de criar um caminho para que diferentes
programas possam “conversar” com a máquina. Nosso estudo se pautará no SO
conhecido como Windows 7 e trabalharemos aprendendo como esse SO nos apresenta
as funções do computador.

12
2.3 Em busca de informação

2.3.1 Área de Trabalho ou Desktop


É a área principal da tela do Windows, é o local onde aparecem os ícones, também
chamados de atalhos. Com estes atalhos é possível executar programas, abrir pastas e
arquivos.
Pode ser personalizado, ou seja, modificado para se adequar ao gosto do usuário;
Quando o computador permanece muito tempo sem uso, ativa-se automaticamente a
proteção de tela, que impede que o monitor sofra desgastes e prejudique a imagem.
Para retornar ao uso normal, basta movimentar o mouse ou apertar alguma tecla do
teclado (recomenda-se as teclas direcionais: setas).

2.3.2 Menu Iniciar


É onde estão localizados todos os programas que estão instalados no computador.

Utilizando-se o mouse, clique no botão Iniciar ou aperte a tecla com o símbolo do

Windows no teclado;
Para cada item listado, ao apontar o mouse e clicar uma vez
com o botão esquerdo do mouse, o item será executado;
Note que neste menu, alguns itens podem conter sub-
menus.

2.3.3 Programas e suas características

13
Programas, ou softwares, nos permitem realizar diversas tarefas com o computador, entre
elas: Digitar textos, criar planilhas, editar imagens e vídeos, criar apresentações, entre outras
tarefas. Cada programa possui características próprias, porém a maioria apresentam
semelhanças. As principais características comuns são mostradas abaixo:

2.3.3.1 Janelas
O programa é apresentado ao usuário em forma de uma ou mais janelas. Para
exemplificarmos uma janela, utilizaremos a janela de um aplicativo do Windows: ‘Bloco de
Notas’. Para abri−lo clique no botão Iniciar / Todos os Programas / Acessórios / Bloco de
Notas.

2.3.3.2 Barra de Títulos


Esta barra mostra o nome do arquivo ('Sem Título', na imagem acima), ou com o
que se está trabalhando no programa, e também o nome do aplicativo (Bloco de
Notas) que está sendo executado na janela. Através desta barra, conseguimos mover a
janela pela tela do computador usando o mouse quando a mesma não estiver
maximizada. Para isso, clique na barra de título, mantenha o clique, arraste e solte o
mouse. Assim, você estará movendo a janela para a posição desejada. Depois é só
soltar o clique.
Na Barra de Título encontramos os botões de controle da janela. Estes são:
• Minimizar: este botão oculta a janela da Área de trabalho e mantém o botão
referente a janela na Barra de Tarefas. Para visualizar a janela novamente, clique em
seu botão na Barra de tarefas.
• Maximizar/Restaurar: Este botão aumenta o tamanho da janela até que ela ocupe
toda a Área de Trabalho. Para que a janela volte ao tamanho original, o botão na
Barra de Título, que era o maximizar, alternou para o botão Restaurar. Clique neste
botão e a janela será restaurada ao tamanho original. /
• Fechar: Este botão fecha o aplicativo que está sendo executado e sua janela. Esta
mesma opção poderá ser utilizada através do menu Arquivo/Sair.
• Se os arquivos que estiverem sendo criados ou modificados dentro da janela não

14
foram salvos antes de fechar o aplicativo, o Windows emitirá uma tela de alerta
perguntando se queremos ou não salvar o arquivo, ou cancelar a operação de sair do
aplicativo.
2.3.3.3 Barra de Menus
Esta barra apresenta os menus do aplicativo. Através deles é possível realizar todas
as ações e ter acesso a todas as funcionalidades do programa. Por exemplo, no menu
Arquivo é possível salvar e imprimir o documento, bem como abrir um novo
documento. Cada menu tem sua funcionalidade específica, apresentando muitas vezes
sub-menus.
2.3.3.4 Barra de Rolagem
Ajusta na janela a área de exibição do documento, permitindo e facilitando a
visualização do trabalho que se está realizando.
2.3.3.4 Atalhos
A maioria dos programas possui atalhos para determinadas funções. Para isso, é
preciso apertar uma combinação de pelo menos duas teclas. Por exemplo, no Bloco de
Notas para se salvar o arquivo ao invés de ir em Arquivo -> Salvar, pode-se apertar ao
mesmo tempo as teclas Ctrl e S. Os atalhos podem variar em cada programa.
Alguns dos principais atalhos são:
• Ctrl + C: Copia o item selecionado;
• Ctrl + X: Recorta o item selecionado;
• Ctrl + V: Cola o item que foi copiado ou recortado anteriormente;
• Ctrl + P: Imprime o documento que se está trabalhando;
• Ctrl + S: Salva o documento;
• Ctrl + O: Permite escolher um arquivo e então abri-lo no programa.

2.3.3 Aparência, Ícones e Painel de Controle


2.3.3.1 Papel de Parede e Proteção de Tela
Papel de Parede, é o “fundo” da área de trabalho. Tanto a imagem que compõem
o fundo de tela como outras características da área de trabalho podem ser
modificadas. Passos para personalização do Desktop:
• Clique com o botão direito do mouse em qualquer área livre do desktop;
• Aparecerá o menu de características do desktop. Nele há opções para alterar o
tamanho e organizar os atalhos da área de trabalho, bem como para alterar a
aparência do fundo de tela e criar novos ícones (atalhos para arquivos que também
serão criados).
• Selecionando a opção Propriedades, abrirá uma janela com diversas opções. São
elas: Temas, Área de Trabalho, Proteção de Tela, Aparência e Configurações.
• Temas: Permite alterar o estilo geral do desktop e das janelas em grupos pré-
definidos (forma, tamanho, letra);

15
• Área de Trabalho: Permite alterar o ‘plano de fundo’ (papel de parede), ainda sendo
possível buscar nos arquivos do computador uma nova imagem (como fotos e
desenhos). Ainda permite modificar o alinhamento do wallpaper, a cor do fundo de
tela e as propriedades dos ícones de alguns atalhos (‘Personalizar área de trabalho’);
• Proteção de tela: Permite modificar o estilo da proteção e suas configurações (tempo
de espera até ser ativado, letreiro digital, cores, etc.);
• Aparência: Permite uma alteração mais detalhada das janelas, sendo possível não só
mudar seu estilo, mas também suas cores e fonte de letras;
• Configurações: Permite modificar as propriedades de cores e nitidez do vídeo. Ajusta
a resolução da tela, o que por sua vez interfere no tamanho da mesma. As
configurações de resolução da tela devem sempre estar de acordo com as
configurações do monitor.

2.3.3.1 Ícones
• São os símbolos que representam os aplicativos.
• Utilizando-se do apontador (mouse), clica-se duas vezes com o botão direito para executá-lo.
• Pode-se mover os ícones, mudar sua aparência ou apagá-lo da área de trabalho.
• Um ícone pode representar um arquivo de texto, música, foto, entre outros, e ainda
representar um programa (aplicativo). Você pode adicionar ícones na área de trabalho, assim
como pode excluí-los.
• Alguns ícones são padrões do Windows: Meu Computador, Meus Documentos, Meus locais
de Rede, Internet Explorer.
• Os ícones podem ser criados na própria área de trabalho, clicando com o botão direito do
mouse na área de trabalho, usando a opção NOVO/PASTA e está criado o ícone.
• Ao se clicar com o botão direito do mouse sobre um ícone, abre-se o menu do ícone.
• No menu do ícone podemos realizar ações sobre o ícone como abrir, abrir com, copiar,
imprimir, verificar, enviar para, excluir, etc. Aqui também encontra-se o sub-menu de
propriedades do ícone, onde é possível ver e alterar algumas de suas características.

2.3.3.2 Barra de Tarefas

A barra de tarefas mostra quais as janelas estão abertas neste momento, mesmo
que algumas estejam minimizadas ou ocultas sob outra janela, permitindo assim,
alternar entre estas janelas ou entre programas com rapidez e facilidade.
A barra de tarefas é muito útil no dia a dia. Imagine que você esteja criando um
texto em um editor de texto e um de seus colegas lhe pede para você imprimir uma
determinada planilha que está em seu computador. Você não precisa fechar o editor
de textos. Apenas salve o arquivo que está trabalhando, abra a planilha e mande
imprimir. Não é preciso esperar que a planilha seja totalmente impressa, deixe a
impressora trabalhando e volte para o editor de textos, dando um clique no botão
correspondente na Barra de tarefas.

16
A Barra de tarefas ainda apresenta ícones para inicialização rápida de alguns
programas. Por exemplo, o Media Player (Reprodutor de músicas e vídeos) e o Internet
Explorer (Navegador de internet).
Clicando com o botão direito do mouse sobre a Barra de tarefas, abre-se o menu
onde é possível ajustar a apresentação das janelas na tela ou ver e modificar as
propriedades da Barra de tarefas. No sub-menu ‘Propriedades’ é possível modificar as
características da Barra de tarefas (estilo, posição, apresentação dos botões, bloqueio),
do menu Iniciar (estilo, apresentação) e da Barra de ferramentas (área conjunta da
Barra de tarefas onde aparecem notificações de uso e configuração do computador).

2.3.3.3 Painel de Controle


O painel de controle permite que sejam feitas as configurações mais importantes dentro do sistema
operacional. Configurações de hardware como teclado, instalação de novos componentes (periféricos),
impressoras, configurações de áudio e vídeo, configurações de componentes (periféricos) referentes a redes de
computadores e configurações de softwares como a instalação de novos programas e a configuração de perfis de
usuário.

17
Aparência e Temas Permite configuração de aparência de pastas, menus e área de trabalho.

Conexões de rede e Permite criar ou alterar uma conexão com uma rede local ou Internet.
Internet

Adicionar ou remover Permite adicionar, remover e alterar programas e componentes do Windows.


Programas

Som, fala e Permite alterar e configurar esquemas de sons, alto falante e volume.
dispositivos de áudio

Desempenho Permite ajustar efeitos visuais, liberar espaço e organizar itens no disco rígido, backup
e manutenção de dados e consultar informações básicas sobre o micro.

Impressoras e outros Permite adicionar e configurar uma impressora instalada.


itens de hardware
Contas de Usuário Permite criar e gerenciar as contas dos usuários do sistema.

Data, hora, idiomas e Permite alterar as configurações de data e hora do sistema e opções regionais dos
opções regionais programas.

Opções de Permite configurar o Windows para as necessidades visuais, auditivas e motoras do


Acessibilidade usuário.

2.4 Colocando o conhecimento em prática


Atividade 1

Utilizando o mouse, acesse o Menu Iniciar e abra três programas diferentes. Tente
reconhecer em cada um onde se encontram as Barras de Título, Menus e Rolagem.
Atividade 2

Utilizando somente o teclado, acesse o Menu Iniciar e abra três programas diferentes.
Identifique em cada um onde se encontram os botões de minimizar, maximizar e
fechar. Feche um dos programas, maximize outro e minimize o terceiro.
Atividade 3

Após realizar a atividade 2, no programa que você realizou o comando de maximizar


observe como o desenho do botão se altera para a forma de restaurar. Acione este
botão repetidas vezes e observe a mudança do botão e explique com suas palavras
qual a diferença de ação entre as duas formas do botão. Procure na Barra de Tarefas o
programa que você minimizou na atividade 2 e recupere-o (abra-o novamente através
do ícone da barra de tarefas).

2.5 Recapitulando
Para fixar os conteúdos aprendidos nessa unidade tente responder com suas palavras:
o Onde ficam, nas janelas, as Barras de Título, Menus e Rolagem?
o Onde ficam os botões de minimizar, maximizar e fechar nas janelas?

18
o É possível alterar a aparência da sua Área de Trabalho no computador?
o O que é Papel de Parede e Proteção de Tela no computador?
o Para que serve a Proteção de Tela?
o Para alterar as configurações do computador, desde a aparência até os
programas instalados, onde o usuário deve ir?
o Como abrir o sub-menu de um ícone ou seção?

19
Unidade 3
Arquivos, Pastas e
Comandos

3.1 Objetivos da aprendizagem


Todo o trabalho que você cria e salva no computador fica guardado na forma de um
arquivo. Você ter arquivos de textos, documentos, arquivos de planilhas, arquivos de
imagens, fotos, figuras, arquivos de vídeo (filmes, clipes), arquivos de áudio (música,
mp3) entre outros tantos. Como os arquivos são os trabalhos que você realiza no
computador eles podem ser alterados, copiados, apagados e salvos através do que
chamamos de comandos de arquivos.
Para facilitar ao usuário quando ele quer achar um arquivo que tenha criado, esses são
guardados dentro de diretórios no computador que chamamos de pastas. As pastas
também podem ser modificadas, de uma forma diferente dos arquivos, para facilitar a
organização do usuário quando este trabalha com seus arquivos no computador.

3.2 Ponto de Partida - Tópico Gerador


Imagine que na sua casa e no seu trabalho existem uma série de documentos, fotos e
planilhas que você precisa guardar. Antes de tudo você não pode simplesmente
colocar tudo junto dentro de uma caixa e colocar a caixa em algum canto escuro e
pouco visitado do armário (a não ser que você queira nunca mais achar nada).
Na hora de guardarmos nos “arquivos” em casa ou no trabalho uma boa prática de
organização é separar aqueles que são de um mesmo tipo. Guardamos os recibos
juntos, as fotos em álbuns, documentos em envelopes. Além disso tentamos identificar
tanto os arquivos quanto os lugares onde os colocamos. Escrevemos no recibo o nome
“Abril” e guardamos dentro do envelope que identificamos como “recibos de aluguel”.
Escrevemos “Filha na praia” no verso da foto e colocamos no álbum “Férias de
Dezembro”.
Outra coisa importante é avaliarmos quando e quantas vezes vamos precisar mexer
nos nossos arquivos de novo. Quando guardamos uma “Certidão de Nascimento” no
envelope de “Documentos”, sabemos que pouquíssimas vezes vamos precisar mexer
nele de novo e que é importante que ele fique em lugar segura para não perder ou
estragar. Sendo assim acabamos guardando esse envelope junto com vários outros
documentos parecidos em um lugar de mais difícil acesso, como em cima do armário,
no fundo de um baú. Agora de você vai guardar o orçamento de um projeto elétrico
que você está executando, você sabe que é importante que essa planilha esteja em
lugar fácil e rápido de você encontrar, até porque você precisará mexer nela e atualizá-
la quase todos os dias. Então acaba guardando a pasta com “Orçamentos da Obra” em
uma gaveta ou em um estrato em cima da mesa.
Essa mesma lógica de organização é utilizada nos computadores. É sempre importante
organizar bem seus arquivos em pastas e suas pastas em outras pastas ou diretórios
maiores para que nada se perca e tudo esteja ao alcance quando necessário.

3.3 Em busca de informação


3.3.1 Pastas (diretórios)
Como já falamos, as pastas nos computadores são locais que criamos para podermos
organizar melhor os arquivos que guardamos no computador. Alguns diretórios já
existem no Windows quando ligamos o computador, outros somo nós quem criamos,
podem mudar seu nome, local, ou mesmo apagando-os depois. Muitas vezes, para
fazermos uma boa organização precisamos criar pastas dentro de pastas, o que
chamamos de sub-pastas.

3.3.1.1 Criando Pastas


Quando você quer criar uma pasta você primeiro escolhe o local onde essa pasta vai
ficar. Uma vez decidido isso você, usando o mouse, dá um click com o botão direito em
espaço vazio do local. No Menu que irá aparecer você vai com o ponteiro do mouse
até a opção “Novo” e, assim que abrir uma nova seção do menu com várias opções,
click com o botão esquerdo do mouse em “Pasta”.
Na pasta “Meus Documentos” vemos no lado esquerdo tarefas de arquivo e pasta,
para criar, click na opção criar uma pasta depois é só clicar com o botão direito na
pasta, nomear e na opção propriedades, configurar.

3.3.2 Arquivos
3.3.2.1 Copiando Arquivos
Copiar um arquivo é criar um arquivo idêntico ao copiado, ou seja, copia-se um
arquivo para obter as informações do mesmo em um outro arquivo. Os procedimentos
para copiar um arquivo são os seguintes:
• Clique com o botão direito do mouse no arquivo que deseja copiar;
• Selecione a opção COPIAR;
• Logo após, clique novamente com o botão direito do mouse no local onde deseja
armazenar a cópia do arquivo;
• Selecione a opção COLAR e então a cópia estará pronta para ser utilizada.

3.3.2.2 Salvando Arquivos


Salvar um arquivo é gravá−lo no disco rígido, disquete, CD ou pen-drive para que não
seja perdido com a falta de energia . Lembrando que, quando criamos um arquivo, ele
está armazenado na memória RAM, por isso a necessidade de salvá−lo. Desta forma,
poderemos utilizá−lo posteriormente.
Quando criamos um arquivo no editor de texto ou em uma planilha eletrônica, estes
arquivos estão sendo guardados temporariamente na memória RAM. Para transferir
eles para o disco rígido, devemos salvá−los. A primeira vez que vamos salvar um
arquivo, temos que dar um nome para o mesmo e escolher uma pasta, um local no
disco. Para isso, execute os seguintes passos quando for salvar um arquivo pela
primeira vez:
• Clique no menu Arquivo / Salvar como. A seguinte tela será mostrada:

A janela Salvar Como no Windows XP traz uma barra de navegação de pastas à


esquerda da janela (observe a figura acima). Esta barra fornece atalhos para locais em
seu computador ou na rede como: A pasta Histórico (ou Documentos Recentes) que
mostra a última pasta e arquivos que foram acessados; a Área de Trabalho (Desktop);
A pasta Meus Documentos; Meu computador, que permite acessar as unidades
disponíveis em seu micro, como Disco Rígido, disquete e unidade de CD; E, por último,
a pasta Meus locais de Rede.
• Como é a primeira vez que está salvando o arquivo, será aberta a tela do Salvar
Como para você definir o local e o nome do arquivo.
• Basta clicar no ícone Meus Documentos na esquerda da janela e selecionar a pasta
que será salvo o arquivo criado por você, ou antes, criar uma pasta que deseja salvar
esse arquivo.
Depois que os arquivos já têm um nome, o comando salvar só atualiza as alterações.

3.3.2.3 Movendo Arquivos


Há diferentes maneiras de mover um arquivo, ou seja, mudar o diretório de residência
do mesmo. Um modo mais simples seria o de apenas clicar no arquivo com o botão
esquerdo do mouse, segurar e arrastar para o local onde queira que o mesmo esteja.
Porém, há limitações para essa maneira de mover o arquivo, então aprenderemos
outro modo mais conhecido como “Recortar e Colar”. As instruções estão a seguir:
• Clique no arquivo com o botão direito do mouse, e selecione a opção RECORTAR
clicando com o botão esquerdo na mesma. Esta opção pode ser substituída se clicar
no arquivo e apertar logo em seguida CTRL+X;
• Logo em seguida, vá até a pasta ou diretório para o qual deseja que o arquivo seja
transferido no seu computador;
• Dentro do diretório, clique com o botão direito do mouse no local onde deseja que o
arquivo esteja e selecione a opção COLAR. Esta opção também pode ser substituída,
porém por apertar CTRL+V.
Caso seu desejo seja duplicar o arquivo, isso é, salvar uma cópia em outro local,
utilizamos o modo “Copiar e Colar”, explicado a seguir:
• Clique no arquivo com o botão direito do mouse, e selecione a opção COPIAR
clicando com o botão esquerdo na mesma. Esta opção pode ser substituída se clicar
no arquivo e apertar logo em seguida CTRL+C;
• Logo em seguida, vá até a pasta ou diretório para o qual deseja que o arquivo seja
duplicado no seu computador;
• Dentro do diretório, clique com o botão direito do mouse no local onde deseja que o
arquivo esteja e selecione a opção COLAR .Esta opção também pode ser substituída,
porém por apertar CTRL+V.

3.3.2.4 Recuperando Arquivos Excluídos


• Dê um clique duplo no ícone da Lixeira.

• Na janela que surgir, selecione os itens a serem recuperados.


• Clique com o botão direito e selecione a opção Restaurar
• O item será restaurado no local original antes de ser eliminado .

3.3.3 Meu Computador, Windows Explorer e Lixeira


3.3.3.1 Meu Computador
No Windows, tudo o que você tem dentro do computador – programas, documentos,
arquivos de dados e unidades de disco, por exemplo – torna−se acessível em um só
local chamado Meu Computador.
Quando você inicia o Windows, o Meu computador aparece como um ícone na Área de
Trabalho ou no menu iniciar.
O Meu computador é a porta de entrada para o usuário navegar pelas unidades de
disco. Para que os arquivos de cada departamento não se misturem, utilizamos o Meu
computador para dividirmos o Disco em pastas que organizam os arquivos de cada um
dos departamentos.
Para poder abrir essas e qualquer outra pasta, é só dar dois clicks rápidos na pasta.

O Windows Explorer tem a mesma função do Meu Computador: Organizar o disco e


possibilitar trabalhar com os arquivos fazendo, por exemplo, cópia, exclusão e
mudança no local dos arquivos. Enquanto o Meu Computador traz como padrão a
janela sem divisão, você observará que o Windows Explorer traz a janela dividida em
duas partes. Mas tanto no primeiro como no segundo, esta configuração pode ser
mudada.
Podemos criar pastas para organizar o disco de uma empresa ou casa, copiar arquivos
para outras mídias (CD, DVD, Pen-Drives), apagar arquivos indesejáveis e muito mais.
No Windows Explorer, você pode ver a hierarquia das pastas em seu computador e
todos os arquivos e pastas localizadas em cada pasta selecionada. Ele é especialmente
útil para copiar e mover arquivos.
O painel da esquerda é uma árvore de pastas hierarquizada que mostra todas as
unidades de disco, a Lixeira, a Área de trabalho ou Desktop, também tratado como
uma pasta; O painel da direita exibe o conteúdo do item selecionado à esquerda e
funciona de maneira idêntica às janelas do Meu Computador. No Meu Computador,
como padrão ele traz a janela sem divisão, mas é possível dividi-la também, clicando
no ícone Pastas na Barra de Ferramentas. Para abrir o Windows Explorer, clique sobre
o botão iniciar com o botão direito do mouse e selecione a opção Explorar.
Preste atenção na tela, todas as pastas com um sinal de + (mais) indicam que contém
sub-pastas. As pastas que contêm um sinal de – (menos) indicam que já está aberta ou
já estamos visualizando as sub−pastas.

3.3.3.2 Lixeira do Windows


A Lixeira é uma pasta especial do Windows ela se encontra na Área de trabalho, como
já mencionado, mas pode ser acessada através do Windows Explorer. Se você estiver
trabalhando com janelas maximizadas, não conseguirá ver a lixeira. Para verificar o
conteúdo da lixeira, dê dois clique sobre o ícone e surgirá à janela com programas,
pastas, arquivos e outros que foram jogados na lixeira. Para jogar algo na lixeira basta
clicar com o botão direto no objeto (ou apertar a tecla Delete) e aparecerá a figura a
seguir. Então é só clicar em sim.

Ou se estiver na área de trabalho clique no objeto mantenha o clique e arraste até a


lixeira e solte.

Ao Esvaziar a Lixeira, você está excluindo definitivamente os arquivos do seu Disco


Rígido. Estes não poderão mais ser mais recuperados pelo Windows. Então, esvazie a
Lixeira somente quando tiver certeza de que não precisa mais dos arquivos ali
encontrados.
• Abra a Lixeira
• No menu ARQUIVO, clique em Esvaziar Lixeira.
Você pode também esvaziar a Lixeira sem precisar abri−la, para tanto, basta clicar com
o botão DIREITO do mouse sobre o ícone da Lixeira e selecionar a opção Esvaziar
Lixeira.

3.4 Colocando o conhecimento em prática


Atividade 1

Abra o Bloco de Notas e digite um pequeno texto explicando com suas palavras “Qual
o melhor local no computador para se salvar um arquivo que você precisará usar todos
os dias”. Salve o seu arquivo no local que você descreveu em seu texto. Não se
esqueça de dar um nome que identifique seu arquivo.
Atividade 2

Crie uma pasta no diretório “Meus Documentos”. Dê o nome de “Aula sobre Pastas e
Arquivos” para essa pasta. Usando o comando de teclado “Ctrl+C” copie o arquivo da
atividade 1 e cole a cópia, utilizando o comando “Ctrl+V” na pasta que você criou.
Atividade 3

Utilizando o comando “Ctrl+X” recorte o arquivo da atividade 1 e cole, utilizando o


mouse e o menu do diretório, na Lixeira do Windows. Logo depois, retorne à pasta da
atividade 2 e altere o nome do arquivo nessa pasta. Utilize o mesmo procedimento
usado para mudar o nome de pastas. ATENÇÂO: em caso de dúvidas peça ajuda ao
professor ou a um colega que já tenha feito a atividade.

3.5 Recapitulando
Para fixar os conteúdos dessa unidade tente responder com suas palavras:
o O que são pastas e arquivos?
o Para que servem as pastas do computador?
o Como se faz para mudar o nome de um arquivo ou pasta?
o Como se faz para recuperar um arquivo que foi excluído indevidamente?
o O que é e que tipo de arquivos ficam no diretório chamado de Lixeira?
Unidade 4
Introdução à Redes de
Computadores e Internet

4.1 Um começo de conversa


Atualmente tudo está conectado a uma rede de computadores e a maior e mais
famosa delas é a Internet – Rede Mundial de Computadores. Vamos entender um
pouco mais sobre como funciona uma rede de computador e como a Internet liga
vários computadores a um grande sistema de informação, diversão e serviços e
utilidades.

4.2 Ponto de Partida - Tópico Gerador


Vamos pensar no que caracteriza uma rede, qualquer que seja. Uma rede é uma
ligação emaranhada, imagine aqui uma rede de pesca, de vários pontos. Usando um
exemplo bem prático, vamos pensar na rede elétrica de uma casa. Os fios ligam vários
pontos de energia, como luz, tomadas, chuveiros, etc, à uma central de distribuição de
eletricidade. De uma maneira ou outra todos os aparelhos elétricos da casa quando
ligados à tomada ou os pontos de luz, estão conectados com o quadro de distribuição
de energia da casa.
Ampliando o pensamento, o quadro da casa está ligado a um poste de luz, onde várias
outras casas estão também ligadas. O poste está ligado a uma central regional de
energia que, por sua vez está ligada à usina geradora de energia elétrica. O que temos
então é uma grande rede elétrica onde inúmeros aparelhos, lâmpadas e residências
estão ligadas umas às outras para receberem eletricidade.
Imagine se ao invés de apenas enviar energia elétrica os fios da rede elétrica pudessem
também enviar textos, imagens, sons e outras informações tanto para um lado quanto
para o outro. Pense que ao invés de lâmpadas e chuveiros nas pontas da rede
houvessem aparelhos capazes de entender e mostrar para as pessoas todas essas
informações que são enviadas e recebidas. Se você pensou que esses aparelhos
poderiam ser computadores, então você já começou a entender bem o que é uma
rede de computadores.

Unidade 4 - Introdução à Redes de Computadores e Internet


4.3 Em busca de informação
4.3.1 Rede de Computadores

Exemplo de Rede de Computadores

Uma rede de computadores é composta basicamente de dois ou mais computadores


interligados, com a finalidade de trocar informações ou compartilhar recursos. Os
sistemas podem ser unidos por meio de cabos ou por meio de sinais sem fio (wireless).
A necessidade de conectar dois ou mais computadores para a troca de informações
surgiu na década de 1960 dada a necessidade de compartilhar informações militares
em locais diferentes com facilidade.
Atualmente, é muito difícil encontrar um computador que não trabalhe em rede, pois
inclusive nas casas que contam com um só sistema, este passa a formar parte de uma
rede mundial quando se conecta à internet.
Uma das grandes vantagens de ligar dois, ou mais micros em rede é a possibilidade de
troca de arquivos sem a necessidade de usar mídias físicas (CDs, pendrives, cartões de
memória, etc). Com o advento da rede fica muito fácil para o usuário passar
informações de uma máquina a outra.
Além disso, é possível compartilhar recursos entre os usuários de uma rede. Um
exemplo muito comum é o de impressoras compartilhadas. Se houver uma só unidade
de impressora em um escritório, ela pode ser conectada à uma rede interna do
escritório para que todos os funcionários da empresa possam imprimir seus
documentos de seus respectivos computadores. Isso significa um redução de custo
considerável pois uma única impressora vai atender um determinado grupo de
funcionários.

4.3.2 Internet – Rede Mundial de Computadores

Unidade 4 - Introdução à Redes de Computadores e Internet


A internet é um conjunto de várias redes de computadores conectadas mundialmente.
Imagine várias redes de uma empresa, redes de computadores de uma universidade,
de um serviço militar, ou de governo. Essas redes estão conectadas entre si por uma
rede maior e que engloba todas as outras, chamada de Internet Com ela, é possível
realizar a troca de informações e realização de diversos tipos de comunicações à longa
distância.
Ela é capaz de providenciar vários serviços muito úteis e importantes para os usuários.
Alguns exemplos são as caixas de correio eletrônico (e-mail) que permitem o envio
praticamente instantâneo de mensagens entre duas contas, redes de telefonia pela
internet (Skype, Whatsapp) que realizam videochamadas e chamadas de voz pela
internet, acesso de informações através de páginas da internet, dentre outros.
A internet está cada vez maior e mais diversificada. Manter-se informado e saber como
utilizá-la corretamente é essencial para a vida moderna. Cada vez mais nossa vida
depende do conhecimento dessa ferramenta para facilitar nossas atividades do dia a
dia. Seja para estudarmos, para nos comunicarmos ou até mesmo para agendar
consultas médicas, ou pagar nossos impostos.
Para conectar-se à Internet, é necessário que você se ligue a uma rede que está
conectada na Internet. Essa rede à qual você se liga é fornecida pela sua operadora de
internet (Oi, Vivo, NET, dentre outros provedores de internet) Assim, para se conectar
à Internet, você liga o seu computador à rede do provedor de acesso à Internet; isto é
feito por meio de modems e sua linha telefônica, ou por meio de rede de banda larga.

4.3.2.1 World Wibe Web - WWW

A World Wide Web é a parte mais conhecida da internet. Ela consiste em uma coleção
global de documentos e recursos multimídia (Fotos, Videos, documentos, etc) que
estão conectados entre si através de ligações entre cada documento. Esses
documentos são exibidos em nossos computadores como páginas da web.

Exemplo de Página da Web exibida em um computador.

Unidade 4 - Introdução à Redes de Computadores e Internet


Ela é chamada de Web (teia, do inglês) pois esses documentos que podemos acessar
online estão dispostos como uma teia de aranha, onde um ponto está conectado a
vários outros através de ligações entre os documentos.

Exemplificação de como a World Wide Web está conectada como uma teia de aranha. Cada ponto
representa uma página da web, e cada ligação é um link que conecta duas páginas.

Tais ligações entre as páginas da web são chamadas de hiperligações (ou apenas
link, da língua inglesa). Estas hiperligações são referências dentro de uma página da
web que nos levam a outras páginas. Ir de uma página à outra é a famosa ação de
navegar na web, pois estamos em um mar de informações propiciado pela rede da
World Wide Web. Podemos identificar um hiperlink em uma página pela sua cor
diferente do texto, normalmente azul, e geralmente ele vem sublinhado, mas não é
regra. Um hiperlink já acessado por você, normalmente fica indicado por uma
coloração roxa no lugar do azul, mas, novamente, não é regra.
Um site da internet (também conhecido como website) consiste em um conjunto
de várias páginas da web.

Exemplo de hiperlinks. O que está em azul é um hiperlink que não foi acessado ainda pelo usuário. O
que está em roxo, é um hiperlink já acessado pelo usuário.

Unidade 4 - Introdução à Redes de Computadores e Internet


4.3.3 Servidores e Domínio
Servidores são conjuntos de computadores que fornecem os arquivos da WWW. Por
exemplo, ao acessar uma página da web, um servidor envia os arquivos ao seu
computador para que então sejam exibidos.
Cada página da web está em um domínio, como por exemplo Google.com.br. Os
domínios foram criados a fim de facilitar a memorização de endereços de websites e
englobam uma mesma rede de computadores pertencentes ao site.
Vamos a um exemplo: O endereço Google.com.br é um domínio, ou seja, um conjunto
de computadores pertencentes à empresa Google. Ao acessar essa rede, estamos
comunicando nosso computador com os servidores da rede do Google, que enviam
arquivos para que possam ser exibidos em nossas máquinas.

4.3.4 Endereço de Web (URL)


Para acessar uma página da Web é necessário conhecer um caminho para acessar o
arquivo que queremos na internet. Os endereços de tais páginas na rede são
padronizados e chamados de URL, ou simplesmente endereço. Eles são dados da
Seguinte forma:
www.google.com.br
• www. - Indica que o domínio pertence à WWW
• google - indica o nome da empresa ou serviço que mantém o website
• .com - indica que o domínio é comercial
• .br - indica que o domínio encontra-se no brasil.
Os endereços da Web podem também ser encontrados em outras formas, como por
exemplo:
www.ufmg.br
• www. - Indica que o domínio pertence à WWW
• ufmg - indica o nome da empresa ou serviço que mantém o website
• .br - indica que o domínio encontra-se no brasil.
Os Endereços podem pertencer a um subdomínio de um site. Um subdomínio é uma
seção específica de um website. O site abaixo nos leva para a seção de conteúdo em
português (pt.) do site Wikipedia.
pt.wikipedia.org
• pt. - Indica que o domínio pertence a um subdomínio da empresa ou serviço que
mantém o site
• wikipedia - indica o nome da empresa ou serviço que mantém o website
• .org - indica que o domínio é de uma organização não lucrativa.

Hoje em dia não é mais necessário digitar o www. antes dos sites para acessá-los. Ele é

Unidade 4 - Introdução à Redes de Computadores e Internet


adicionado automaticamente ao acessar um site.

4.3.5 Navegador da Web (Browser)


Agora que já sabemos os conceitos básicos da internet e como é dado um endereço de
uma página na World Wide Web, podemos começar a acessar essa rede com uma
infinidade de recursos.
Entretanto, para acessar a web, necessitamos de um programa para que possamos
realizar a navegação pelos arquivos. Da mesma forma que utilizamos o Windows
Explorer para acessar os arquivos em nossos computadores, precisamos de um
Navegador da Web (ou Browser) para acessar e exibir corretamente os sites na
internet. Utilizaremos para tal o Google Chrome em nossas aulas para o acesso à
WWW.
Através do nosso navegador, podemos acessar os sites com todos os recursos que
foram citados nas seções anteriores, tais como caixas de e-mail, acesso a arquivos,
comunicações telefônicas, dentre outros.
Para abrir o Google Chrome, clicamos duas vezes com o botão esquerdo do mouse em

seu ícone no desktop ou procuramos seu ícone no menu iniciar.

Janela do Google Chrome

Na barra longa no topo da janela encontramos a barra de endereços, onde podemos


inserir o endereço da Web que desejamos acessar ou ver o endereço da página atual
que estamos visitando. Vamos testar juntos entrando no site da Wikipedia. A
Wikipédia é uma enciclopédia gratuita que pode ser acessada em diversas línguas e
oferece milhares de páginas com todo o tipo de conteúdo e informações sobre o
conhecimento humano. O endereço da Wikipédia em Português é pt.wikipedia.org.

Inserindo na barra de endereços e apertando a tecla Enter acessamos a


página da Wikipédia.

Unidade 4 - Introdução à Redes de Computadores e Internet


Imagem Provisória

É importante que saibamos alguns atalhos no Google Chrome para facilitar nossa
navegação na Web.
As setas à esquerda da barra de endereços permitem navegar mais facilmente pela
web.

• Para voltar à página anterior que visitamos, apertamos a tecla para a esquerda.
• Para avançarmos à página que visitamos depois da atual, apertamos a tecla para a
direita . Caso a página atual seja a última visitada, essa seta não estará disponível
para uso.
Caso você necessite atualizar a página para ver novas atualizações, você precisa
recarregar a página. Usamos este recurso em sites de notícias, redes sociais, ou
quando uma página da web não foi carregada corretamente.

• Para recarregar a página atual, basta apertar o botão Atualizar .


Caso desejemos salvar uma página da web que gostamos muito ou que possa ser útil,
podemos marcá-la como favorito, e o Google Chrome ira salvar o Endereço da Página
da Web para que ela possa ser acessada mais facilmente no futuro.

• Para Salvar a página nos favoritos, basta apertar o botão de estrela.


Mas atenção! O conteúdo da internet muda constantemente, então após um longo
período, pode ser que a página deixe de existir ou tenha seu conteúdo atualizado ou
até mesmo apagado.
Ao salvar um favorito, você será perguntado com qual nome você deseja salvar a
página e em qual pasta. Os favoritos são organizados em pastas do mesmo jeito que os
arquivos em um sistema operacional. Você pode organizá-los da maneira que
entender, clicando em “Editar...”

Unidade 4 - Introdução à Redes de Computadores e Internet


Salvando um favorito na Wikipédia (Foto Própria)

Para ver ou organizar os favoritos, clique com o botão esquerdo do mouse no menu
Opções no canto superior direito da tela e depois clique em Favoritos.

4.3.6 Tipos de Sites


Na internet podemos encontrar diversos tipos de sites, sejam eles blogs, sites de
notícias, redes sociais, servidores de e-mail, dentre outros. Vamos falar um pouco
sobre cada tipo.
4.3.6.1 E-mail - Correio Eletrônico
E-mail é um termo que vem do inglês, e sua tradução literal é correio eletrônico. O e-
mail é uma ferramenta extremamente difundida na internet nos dias atuais e diversos
sites utilizam ele para realizar cadastros ou um contato direto com você. Com ele é
possível receber e enviar mensagens quase instantâneamente. É possível também
enviar fotos, vídeos e arquivos para o destinatário em anexadas à mensagem.
Existem diversos provedores de email, ou seja, diversos sites que possibilitam criar
uma caixa de e-mails onde você pode receber e enviar as mensagens eletrônicas. No
anexo desta apostila encontramos um guia sobre criação de uma conta de e-mail no
servidor do google Gmail. Após criada uma conta, cada pessoa pode receber e enviar
emails através de um endereço eletrônico, escolhendo um nome de usuário na forma
de usuario@provedor.com.br.
Exemplos de provedores de email:
• Gmail (Google): gmail.com
• Outlook (Microsoft): outlook.com.br
• Yahoo Mail: mail.yahoo.com
Um exemplo de um endereço de email do provedor Gmail é joaozinho@gmail.com.
Observação: acentos e caracteres especiais não podem ser utilizados no nome de

Unidade 4 - Introdução à Redes de Computadores e Internet


usuário.

4.3.6.2 Blogs ou Blogue


Blogs são sites normalmente utilizados para uso pessoal onde as pessoas escrevem
sobre assuntos do cotidiano, seus pensamentos, viagens, etc. Ele é disposto em
pequenos textos dispostos em ordem cronológica e de fácil atualização. O formato de
blog já foi muito popular. Com o advento das redes sociais seu uso declinou embora
ainda seja comum. Ainda, algumas pessoas conseguem tornar seus blogues rentáveis
com a publicação de propagandas em páginas do site.
Exemplos de Provedores de Blogs:
• Blogger (Google): blogger.com
• Wordpress: br.wordpress.com

4.3.6.3 Site de Notícias


Após a criação da internet, a velocidade de comunicação entre as pessoas aumentou
muito rapidamente e permitiu com que sites se especializassem na publicação de
notícias, atendendo à necessidade de fornecer informação de forma ágil e precisa.
Muitas vezes, por oferecerem outros tipos de conteúdo, os sites de notícias são
chamados de portais. Entretanto, também podemos encontrar portais para assuntos
específicos, como futebol, entretenimento, política, dentre outros.
Exemplos de Portais:
• uol.com.br - Portal UOL (Diversos tipos de Conteúdo)
• globo.com.br - Portal da Globo (Diversos tipos de Conteúdo)
Portais e Sites de Notícias:
• noticias.uol.com.br/ - Portal de Notícias do UOL
• g1.com.br - Portal de Notícias da Globo
• nexojornal.com.br - Jornal Nexo
• brasil.elpais.com/ - Jornal El País Brasil
• bbc.com/portuguese - Portal BBC Brasil
Portais de Futebol:
• esporte.uol.com.br - Portal de Esportes do UOL
• globoesporte.globo.com - Portal de Esportes da Globo
Portais de Tecnologia:
• tecmundo.com.br - Tecmundo
• olhardigital.com.br - Olhar Digital

Unidade 4 - Introdução à Redes de Computadores e Internet


4.3.6.4 Redes Sociais
A comunicação entre pessoas com o surgimento da internet também teve sua
alteração. Hoje em dia, ao sairmos para festas, restaurantes ou até mesmo um
barzinho, vamos encontrar pelo menos uma pessoa mexendo no celular. Grandes são
as chances dela estar se comunicando através de uma rede social.
Esse tipo de site foi criado para criar laços de comunicação virtual, criando um
ambiente onde podemos criar publicações sobre acontecimentos de nossa vida,
publicar fotos para nossos amigos e família, vídeos, compartilhar pensamentos e links
da internet. A diferença de uma Rede Social para um Blogue é que a rede social é um
único site onde, ao criarmos uma conta, podemos decidir quais pessoas podem ver as
suas publicações, adicionando-as às como “amigos” ou seguindo a pessoa para que
vejamos suas postagens. O blogue na grande maioria das vezes é público, e qualquer
um pode encontrar seu blogue através de motores de Busca (vide seção 4.6)
Hoje em dia, as redes sociais evoluíram de tal forma a não serem utilizadas apenas
para contatos sociais. Muitas redes, como por exemplo o LinkedIn, podemos criar
contatos profissionais a fim de expor nossa experiência profissional, como um
currículo online. Já no GetNinja, cadastramos nossas habilidades (Mestre de Obras,
Eletricista, Cadista, Soldador, etc...) e podemos ser contratados por qualquer um que
entre no site.
Importante: Cuidados nas Redes Sociais
É muito importante que tenhamos cuidado ao compartilhar nossas informações na
internet, seja ela em blogues ou em redes sociais. Muitas vezes, pessoas mal
intencionadas podem utilizar, por exemplo, sua localização e rotina para realizar
assaltos por exemplo. Ainda, é importante que tenhamos cuidado para não entrarmos
em sites duvidosos que podem conter vírus de computador ou golpes. Devemos ter
cuidado para não confundirmos opinião com notícias nas redes sociais.
Por fim, é extremamente importante verificar as fontes de notícias que vemos na
internet, para não compartilharmos notícias falsas (fake news) ou boatos e rumores
que não são verdades. Caso não haja fonte, a notícia esteja mal escrita, datas
estranhas e informações absurdas, grandes chances são da notícia ser falsa. Sempre
pesquise no Google as informações e verifique se ela é verdadeira antes de sair
enviando no zapzap para a família toda os textos e notícias que chegam até você!
Exemplos de Redes sociais:
• Facebook: facebook.com.br
• Twitter: twitter.com.br
• LinkedIn: br.linkedin.com
• GetNinjas: getninjas.com.br
Redes Sociais Especializadas em envio de mensagens:
• Whatsapp: whatsapp.com
• Facebook Messenger: messenger.com (É necessário ter uma conta no Facebook)
• Telegram: web.telegram.org (Em inglês, alternativa para o Whatsapp)

Unidade 4 - Introdução à Redes de Computadores e Internet


4.3.7 Motores de Busca
Até aqui, podemos uma boa diversidade de conteúdos na internet. Mas para descobrir
cada vez mais, aumentar nossos conhecimentos e buscar informações, precisamos de
uma ferramenta que nos ajude a navegar melhor por entre as bilhões de páginas na
internet. Para isso, utilizamos os Motores de Busca.
Os motores são ferramentas que identificam as páginas e conteúdos da internet e as
salvam em um grande banco de dados. Esse banco de dados pode ser acessado pelos
usuários para realizar uma pesquisa em seu conteúdo, fornecendo a cada pesquisa os
links mais relevantes para o conteúdo que pesquisamos.
O Google é uma das ferramentas mais antigas e poderosas para busca na internet.
Nele podemos pesquisar mais conteúdos que desejamos saber mais sobre, pesquisar
dúvidas ou até mesmo a receita de bolo que nossas avós faziam antigamente. As
possibilidades são infinitas e os motores de busca são a porta de entrada para a
imensidão da internet.
Para pesquisar, basta entrar em um dos motores de busca, escrever com o teclado um
termo de pesquisa na grande barra de escrita da página e apertar a tecla enter.

Exemplos de Motores de Busca:


• Google: google.com.br
• Yahoo: yahoo.com.br
• Bing: bing.com.br
Vamos fazer uma pesquisa rápida no Google. Primeiro, abrimos o navegador e
digitamos a URL www.google.com.br.

Página Inicial do Google.com.br

Em seguida, na barra central, digitamos um termo de busca. Em nosso exemplo, vamos


pesquisar CIPMOI. No caso do Google, conforme digitamos, sugestões de busca serão

Unidade 4 - Introdução à Redes de Computadores e Internet


fornecidas pelo motor. Essas sugestões normalmente são os termos mais pesquisados
em conjunto com a palavra que você pesquisou.

Pesquisa de um termo e sugestões fornecidas pelo Google

Para realizarmos a pesquisa, basta apertar a tecla Enter ou clicar no botão


Pesquisa Google. O botão ao lado “Estou com sorte” direciona você diretamente para
o primeiro resultado da busca, que normalmente é o mais relevante para o termo
pesquisado.

Pesquisa do termo CIPMOI no Google


Ao pesquisar, uma lista de sites serão fornecidos em forma de lista. Em azul você pode
encontrar um link para a página referida, em verde a URL da página e logo abaixo de
cada resultado uma pequena descrição do conteúdo encontrado na página, de acordo
com o termo pesquisado.

4.3.8 A Nuvem - Computação em Nuvem


Com certeza, alguma vez todos nós já ouvimos sobre a Nuvem na internet mas
podemos não entender o que ela realmente é ou como funciona. A computação em
nuvem se refere à utilização de servidores remotos para o armazenamento e execução

Unidade 4 - Introdução à Redes de Computadores e Internet


de programas. Calma que vamos explicar!
Em nosso curso de informática, nós iremos aprender a trabalhar no Pacote Office da
Microsoft, que contém um Editor de Textos (Office), um Editor de Planilhas (Excell) e
um Editor de Apresentações (PowerPoint). Para executar e utilizar esses três
softwares, necessitamos de uma máquina que os tenha instalados em sua memória. A
ideia da Computação em Nuvem é que através da internet, possamos utilizar
programas, como por exemplo o Pacote Office, sem que tenhamos a necessidade de
instalá-los em nossos computadores. Basta o acesso à internet para criar textos,
planilhas e apresentações. Toda a execução do programa é feita pelos servidores de
um site, por isso servidores remotos, eles não estão em nosso ambiente. É como se
entrássemos em um site para fazer um texto. O computador que vai “pensar” é o do
site que estamos entrando.
Ainda, é possível utilizar armazenamento em Nuvem. Podemos salvar nossos arquivos
em um servidor remoto e acessá-los em qualquer computador ou dispositivo com
internet. Um exemplo é quando o professor de informática esquece o pendrive ou o
computador em casa. Caso a aula esteja salva em um site de armazenamento em
nuvem, basta entrar em um site e fazer o download do arquivo da aula.
Outro exemplo muito prático é do aluno que tem um trabalho de informática para
entregar amanhã, mas o computador dele pegou fogo. Para ele criar a apresentação,
basta ele entrar no Google Drive com o celular e criar a apresentação para o professor.
Exemplos de Sites de Computação em Nuvem:
• Google Drive - drive.google.com (Gratuito)
Através do google drive, podemos utilizar 15 GB de armazenamento na nuvem.
Podemos criar e editar arquivos de Texto, Apresentações e Planilhas em editores na
nuvem, de forma muito similar ao pacote Office. É necessário ter uma Conta Google
(Gmail) para sua utilização. A conta Google já dá o direito ao uso do Google Drive.
• Dropbox - www.dropbox.com (2 GB Gratuitos)
É um site de Armazenamento em nuvem. Uma conta gratuita dá direito a 2 GB de
armazenamento.
• Office 365 - https://www.office.com/ (Serviço Pago)
É o pacote Office na nuvem oficial da Microsoft. Infelizmente para sua utilização
deve-se pagar uma taxa mensalmente. Possui maior compatibilidade da com a
versão de software do Office.

4.4 Colocando o conhecimento em prática


Atividade 1
Descreva com suas palavras o que é a Internet.
Atividade 2

Unidade 4 - Introdução à Redes de Computadores e Internet


Como acessamos um site na Internet? Quais tipos de sites podemos encontrar na
web?
Atividade 3
Quais cuidados devemos ter nas redes sociais?
Atividade 4
O que é a Nuvem e como podemos utilizá-la para facilitar nossas vidas?

4.5 Recapitulando
Para fixar os conteúdos dessa unidade tente responder com suas palavras:
o Para que colocamos computadores em rede?
o Como acessar um site e como utilizar um navegador de internet?
o Como utilizar os recursos da internet para facilitar nossas vidas?

Unidade 4 - Introdução à Redes de Computadores e Internet


Unidade 5
O e-mail

5.1 Um começo de conversa


Como vimos na unidade anterior, a Internet é uma rede evolucionária, que nos
permite fazer pesquisas, conhecer coisas novas, estarmos o tempo todo atualizados,
realizar serviços de utilidade pública como pagamentos de contas e enviar e receber
correspondências, ver filmes, ouvir músicas e muito mais.
Ainda assim, ninguém tem dúvidas que saber usar a internet hoje em dia é tão
indispensável quanto saber usar um computador, ou um telefone celular. Com base
nisso conheceremos agora como usar os alguns serviços que a Internet nos oferece e
como usá-la com segurança.

5.2 Ponto de Partida - Tópico Gerador


Para começarmos bem essa unidade é importante que você tenha compreendido o
funcionamento da Internet e que para acessá-la usamos um programa que traduz as
informações que vem e são enviadas pela Internet. Neste ponto, saber utilizar um
navegador de forma básica é essencial para que continuemos nosso estudo. Iremos
aprender como criar contas de e-mail e como gerenciá-la.
5.3 Em busca de informação
5.3.1 E-mail - Correio Eletrônico
O e-mail é um dos recursos mais antigos e é um dos mais utilizado da Internet.
Qualquer pessoa que tenha um endereço na Internet pode mandar mensagens
gratuitamente para outras que também possuam uma caixa de e-mails. Não importa a
distância a localização da pessoa, basta o acesso à internet para que as mensagens
possam ser acessadas. O e-mail facilitou e agilizou a comunicação entre as pessoas. O
envio de uma mensagem é praticamente instantâneo. Caso fossemos enviar uma
carta, dependendo da localização de envio, ela pode demorar até meses para chegar
ao destinatário.
Hoje, ter um endereço de e-mail é essencial para nossa comunicação, lazer e trabalho.
A utilizamos para realizar cadastros em outros sites, comunicar com nossos colegas de
trabalho, escola, dentre outras finalidades. No caso de uma conta de email do Google
(Gmail), tê-la nos possibilita a utilização de diversas ferramentas de computação em
nuvem, como o Google Drive.
5.3.1.1 Estrutura de um endereço de E-mail
A mensagem de email, possui destinatário, assunto (ou título) e a mensagem em si, de
forma muito similar a uma carta, porém no domínio digital. E é possível também enviar
fotos, vídeos e diversos tipos de arquivos juntamente com uma mensagem de e-mail.
Esses arquivos que são enviados em conjunto com a mensagem são chamados de
anexos.
Um endereço de correio eletrônico obedece à seguinte estrutura: à esquerda do
símbolo @ - chamado de arroba - fica o nome ou apelido do usuário, à direita fica o
nome do domínio/provedor que fornece o acesso à caixa de e-mails. Um exemplo
fictício de email seria:
aluno@cipmoi.com.br (pronuncia-se “aluno arroba cipmoi ponto com ponto br”)
Atualmente, existem muitos provedores de e-mail na Internet. Os principais são o
Gmail, o Outlook - antigo hotmail, e o Yahoo. Cada provedor, conforme dito
anteriormente, terá uma terminação diferente:
• Gmail: NomeDeUsuario@gmail.com
• Hotmail/Outlook: NomeDeUsuario@hotmail.com ou
NomeDeUsuario@outlook.com
• Yahoo: NomeDeUsuario@yahoo.com
Ainda, é possível que sites possuam um provedor próprio, então podemos encontrar
emails com as mais diferentes terminações, como por exemplo:
• Facebook: suporte@facebook.com
• G1: contato@g1.com.br
5.3.1.2 Criando uma conta de E-mail
Para criar uma conta de e-mail nos servidores/provedores que oferecem o serviço
gratuitamente é necessário preencher um pequeno cadastro. Nessa apostila, vamos criar
um endereço de e-mail do Gmail, mas o procedimento pode ser estendido para os outros
provedores visto que essa etapa é muito similar entre todos eles.
Primeiro abrimos nosso navegador, digitamos o enderço do www.gmail.com e
apertamos enter.

Página Inicial do Gmail (Foto Própria)

Em seguida, clicamos com o botão esquerdo do mouse em “Mais Opções” e em


seguida em “Criar Conta”

Detalhe “Mais Opções”(Foto Própria)

Na página seguinte, vamos preencher nossos dados em cada campo da tela. Coloque
seu Nome, e Sobrenome nos campos indicados.
No campo seguinte, você deve escolher seu nome de usuário. Ele deve ser único,
exclusivo para você. Caso já exista um endereço de email com o nome de usuário que
você colocou, a página irá informá-lo. É possível usar apenas letras, números e pontos
finais. Uma dica é usar as iniciais de cada letra do nome conforme o exemplo abaixo:

• Nome: Joãozinho Fulano de Tal da Silva


• Usuário Sugerido: joaozinhoFTS@gmail.com
Caso já exista um usuário, coloque seu número favorito, ou um que você goste.

5.3.1.3 Criando uma senha


Em seguida, você deve criar uma senha para sua conta. Ela é secreta e não deve ser
passada para ninguém, visto que informações pessoais de sua conta podem tornar-se
comprometidas cajo outra pessoa possua acesso à sua conta. A senha não deve ser
óbvia como “12345” ou “papagaio”. Utilize números e caracteres juntamente com sua
senha. Procure utilizar mais de uma palavra e misture letras maiúsculas, minúsculas e
símbolos. Observe os exemplos de boas senhas:
• Papagaio1Passaro
• Atletico()Churrasco7
• Cimento&brita&Agua3
• eletricidade#Fiacao
Observe que apenas é possível utilizar caracteres de a-z, A-Z, 0-9 e símbolos simples.
“ç” por exemplo não é permitido.
Uma dica mais avançada é utilizar números no lugar de algumas letras. Colocar o
número 4 no lugar das letras “a”, o número 1 na letra “i” ou o número 0 (zero) na letra
“o” são boas opções. Observe os exemplos abaixo:
• papaga1o*Passar0 - observe que o “i” foi trocado por 1, e o “o” pelo número Zero (0)
• Atletico()Churr4sco7 - observe que a letra “a” de churrasco foi trocada por um 4.
IMPORTANTE!
Seja criativo, mas lembre-se! Sua senha deve ser de fácil memorização e é
importante decorá-la. Ela deve ser secreta e NUNCA deve ser contada a ninguém.
Sua conta possui informações pessoais que não devem ser compartilhadas com
ninguém.
Em seguida, preencha no formulário sua data de nascimento, seu sexo, seu celular e
caso você já tenha, um endereço de e-mail com o qual você tenha acesso.

É importante colocar seu número de celular ou um endereço de e-mail atual pois esses
serão os métodos com os quais você poderá recuperar sua senha caso a esqueça.
Ao colocar seu número de celular, será enviada uma mensagem ao seu número com

um código. Insira o código no campo seguinte e aperte a tecla .


Em seguida, será mostrada uma janela com os termos e condições de uso da conta
Google. Clique em “Concordo”.
Em seguida, você será direcionado para uma página de boas vindas. Leia todas as
informações e clique em “Prosseguir para Gmail”.
Pronto! Criamos nossa conta de email! Agora, fomos direcionados para a página inicial
do Gmail. Caso apareça alguma janela de informações, é importante lê-la para
entendermos melhor o serviço com os quais criamos nossa conta. Assim podemos
compreender melhor a utilidade e como utilizar nossa conta de email.

Janela de Boas-Vindas do Gmail. Leia as informações contidas nela e clique em próximo. Repita até
chegar ao fim.

5.3.2 Utilizando o E-mail


Chegamos agora à nossa caixa de entrada. Nessa página podemos ver nossos e-mails,
enviar emails e gerenciar nossa conta. Vamos aprender a abrir pastas, abrir, enviar e
apagar e-mails, dentre outros recursos.
5.3.2.1 A Divisão dos e-mails no Gmail
Os e-mails são divididos automaticamente em 3 pastas pelo Gmail: “Principal”, “Social”
e “Promoções”. Clicando nas abas podemos visualizar os emails em cada categoria:

• “Promoções” - Emails que o Gmail entender que sejam promoções ou relacionados à


compras, como emails do site americanas.com.br (site das Lojas Americanas)
• “Social” - Emails que o Gmail entender que sejam relacionadas às suas redes sociais,
como Facebook, Twitter ou LinkedIn.
• “Principal” - Todos os outros e-mails.
É importante verificar todas as abas de seu e-mail pois vez ou outra, um email pode
ser classificado de forma errada e parar em uma aba diferente da que você esperaria
que ele chegasse!

5.3.2.2 Abrindo um E-mail


Para abrir um e-mail, clique em cima de um dos itens na lista.

Para voltar à Caixa de entrada, utilize o botão na parte superior esquerda da


tela.

5.3.2.3 Escrevendo um Email

Para escrever um e-mail, clique no botão no canto esquerdo da tela.


Uma pequena janela como a indicada abaixo, será aberta à direita da tela.
Vamos entender o que é cada campo desta janela.
• Para - Aqui deve ser inserido o destinatário da mensagem, como por exemplo,
melchior.cipmoi@gmail.com
• Assunto - O título do email, sobre o quê é a mensagem que está sendo enviada.
• Cc - “Com cópia”. Aqui deve ser inserido um endereço de email com o qual uma
cópia do e-mail será enviada. Todos os destinatários vão saber para quem o e-mail
foi direcionado e para quem ele foi enviado como cópia.
• Cco - “Com Cópia Oculta”. Aqui deve ser inserido um endereço de email com o qual
uma cópia do email será enviada. Os endereços inseridos aqui não saberão para
quem a mensagem era destinada inicialmente nem para quem ela foi enviada com
cópia.

• Minimizar, maximizar ou fechar a janela do e-mail. (Caso você a fecha,


ela ficará salva na pasta “Rascunhos”)z

• Formatar texto. Aprenderemos mais sobre isso no capítulo seguinte sobre


Microsoft Word.

• Inserir um anexo de seu computador. Aqui você pode enviar um arquivo de seu
computador com um limite de tamanho. Esse limite varia de acordo com o provedor.

• Inserir um anexo do Google Drive. Aqui você pode colocar o link para um arquivo
que esteja salvo em Nuvem em sua conta do Google.

• Inserir uma foto. Você pode enviar uma foto de seu computador ou colar o URL
de uma imagem na internet.

• Inserir um Link de uma página na web no texto do email.

• Inserir um Emoticon/Emoji, uma carinha com sentimentos, uma figurinha.

• - Excluir o rascunho. Caso você pressione o botão, a mensagem que você está
escrevendo será deletada e não será possível recuperá-la.
Para enviar um email, sua mensagem deve conter pelo menos um destinatário, um
assunto e um texto. Para escrever o texto do email, clique na parte central da janela e

digite sua mensagem. Ao fazer isso, clique no botão .


Você pode ver todos os e-mails enviados na pasta “Enviados” no canto esquerdo da
tela.

5.3.2.4 Respondendo E-mails


Para responder um e-mail, clique no botão no canto superior direito de
uma mensagem que esteja aberta.
Ao clicar nesse botão, uma caixa de texto será aberta embaixo da tela para responder
ao destinatário do e-mail. Caso você tenha pressionado o botão e nada aconteça, role

a tela para baixo o máximo possível. Lá será exibido o quadro abaixo.

Da mesma forma que enviamos um email, basta escrever a mensagem e, caso queira
ou necessite, insira anexos e formate o texto. Não é necessário colocar o assunto

quando respondemos emails. Para enviar, clique no botão .


5.3.2.5Encaminhando E-mails
Vez ou outra, necessitamos repassar uma mensagem que foi recebida por nós a outros
destinatários. Para isso, dizemos que vamos “encaminhar” o email.
Para encaminhar uma mensagem, abra a mensagem que você deseja encaminhar. No
botão de resposta , clique na seta apontando para baixo . No menu exibido,
clique em Encaminhar.

Uma caixa similar à de resposta será exibida. Entretanto, já haverá um texto escrito,
no caso a mensagem a ser encaminhada. Basta escrever os destinatários e apertar o

botão .
E-mail a ser encaminhado após apertar o botão Encaminhar

5.3.3 Navegando entre as Pastas


Diferentemente das abas, as pastas organizam os e-mails
da mesma forma que pastas em nosso computador. No
canto esquerdo da tela, podemos ver as pastas com as
quais nossa conta de email é organizada. Vamos falar dos
mais importantes.
• Entrada – onde fica armazenado todo os e-mail
recebidos
• Com estrela - e-mails marcados com estrela na sua caixa
de entrada. Para marcar um e-mail com estrela, clique

no símbolo para que ele seja visualizado também


nessa pasta.
• Rascunhos - E-mails que começaram a ser escritos mas
não foram enviados
• Todos os e-mails - Todos os e-mails de sua caixa de
entrada, incluindo os das pastas Spam e Lixeira
• Spam - E-mails suspeitos que sejam classificados como
“trotes”, golpes ou vírus de computador. Vide seção
5.3.3
• Lixeira – e-mail que foram excluídos.

5.3.4 SPAM, Phishing e Segurança no E-mail


Infelizmente, nem todas as pessoas estão de forma bem intencionada na internet.
Muitas ameaças
5.3.4.1 SPAM
Spam são e-mails indesejados que chegam à sua caixa de e-mail sem que sejam
solicitados ao usuário. O Spam não traz nenhum dano físico para a sua máquina. No
entanto, uma caixa de e-mail com uma grande variedade de e-mail indesejáveis faz
com que o usuário perca um bom tempo de seu dia excluindo essas mensagens, e o
torna suscetível a cair em golpes, a baixar vírus ou roubar dados de seu computador.
Normalmente, os Spams são filtrados automaticamente, e enviados à pasta Spam.
Vez ou outra, um e-mail que não é spam pode ser classificado como, e cair nessa pasta.
Caso você esteja à espera de um e-mail e ele está demorando muito para aparecer na
caixa de entrada, verifique a sua caixa de Spam.
5.3.4.2 Phishing
Um termo muito comumente encontrado em caixas de entrada é o termo phisinhg.
Essa é uma definição encontrada no site do antivírus avast:
“PHISHING É UMA MANEIRA DESONESTA QUE CIBERCRIMINOSOS USAM PARA ENGANAR VOCÊ A REVELAR
INFORMAÇÕES PESSOAIS, COMO SENHAS OU CARTÃO DE CRÉDITO, CPF E NÚMERO DE CONTAS BANCÁRIAS.
ELES FAZEM ISSO ENVIANDO E-MAILS FALSOS OU DIRECIONANDO VOCÊ A WEBSITES FALSOS.”
Fonte: https://www.avast.com/pt-br/c-phishing

5.3.4.3 Segurança no E-mail


Devemos estar sempre atentos com nossa segurança no e-mail. Para saber se uma
mensagem é um SPAM ou uma tentativa de Phishing, o Avast recomenda alguns
pontos muito interessantes:
• Tenha bons hábitos online e não responda links adicionados a e-mails não solicitados
ou no Facebook.
• Não abra anexos contidos em e-mail que não foram solicitados.
• Proteja suas senhas e não revele-as a ninguém.
• Não forneça informações confidenciais a ninguém - no telefone, pessoalmente ou via
e-mail.
• Verifique a URL do website (o endereço do site). Em muitos casos de phishing, o
endereço de e-mail pode parecer legítimo, mas a URL pode estar com erro de grafia
ou o domínio pode ser diferente (.com quando deveria ser .gov).
• Mantenha seu navegador atualizado e utilize atualizações de segurança.

Fonte: https://www.avast.com/pt-br/c-phishing

IMPORTANTE!
Gostaríamos de ressaltar para que você SEMPRE verifique os links que você vai entrar
antes de clicá-los. Basta posicionar o mouse em cima de um link e ver no canto inferior
direito da tela qual a URL que ela redireciona. Verifique a grafia e busque por erros de
digitação. Caso esteja em dúvida se o link é verdadeiro, pesquise no Google a pessoa e
instituição que supostamente lhe enviou o e-mail. Veja qual o site oficial deles e veja
se as URL coincidem.
Bancos normalmente não enviam e-mails para você, muito menos pedindo suas
informações ou pedindo para que você as atualize através de um link no e-mail.
É muito improvável que um desconhecido na internet diga que você ganhou um
prêmio, um desconto absurdo, ou até mesmo uma promoção com a qual você nunca
participou. Novamente, caso esteja em dúvida, pesquise no Google o site da instituição
ou quem lhe enviou o e-mail. Veja se os resultados são confiáveis. Sempre busque a
fundo informações caso você suspeite de uma mensagem em sua caixa de entrada.

5.4 Colocando o conhecimento em prática


Atividade 1

Você deverá enviar um e-mail ao professor de acordo com as instruções dadas em


aula. Fique atento para o Destinatário, Assunto e texto da mensagem.

Atividade 2

Agora que você já aprendeu a usar recursos da internet, escolha dois colegas de sala e
envie para eles um e-mail com uma mensagem legal e gentil. Procure um link de um
site interessante no Google e anexe ao e-mail.
Atividade 3

Agora que você recebeu dois e-mails de 2 colegas diferentes, encaminhe um dos e-
mails para o(a) professor(a) para que ele veja que seus alunos realmente aprenderam
a mexer em suas caixas de e-mail.
Atividade 4

Envie para seu professor(a) um e-mail alertando sobre as ameaças e perigos que
podemos encontrar nos e-mails. Cite três pontos importantes para nos prevenirmos
dessas ameaças. Caso necessário, utilize os links da apostila ou pesquise no google
como se prevenir.

5.5 Recapitulando
Para fixar os conteúdos dessa unidade sugere-se as seguintes tarefas:
o Pesquise na Internet os conteúdos das unidades anteriores.
o Pesquise na Internet os conteúdos aprendidos em outras disciplinas.
o Refaça as pesquisas utilizando outros sites de buscas.
o Troque e-mails com seus colegas de sala.

ATENÇÃO: Não envie e-mails com “correntes”, mensagens, imagens e textos para
pessoas as quais você não tenha absoluta certeza que gostam desse tipo de e-mail.
Não prestar atenção nesse ponto pode fazer com que seus e-mails se tornem spams
para quem os recebe.
5.6 Para saber mais
O site do antivírus Avast contém muitas informações sobre as ameaças, perigos online,
curiosidades e como se prevenir contra elas. Acesse o link https://www.avast.com/pt-
br/c-online-threats para saber mais sobre as ameaças que podem nos afetar na
internet.
Matemática

2018
Universidade Federal de Minas
Gerais Sumário
Pró-reitoria de Extensão da UFMG
Prof.ª Benigna Maria de Oliveira
Unidade 1: Aritmética ................................................................ .......4
Diretor da EEUFMG
Prof. Alessandro Fernandes Moreira

Coordenação Geral -1.1 Números Naturais........................................................................4


Prof. Aldo Giuntini de Magalhães
-1.2 Números Inteiros..........................................................................14
Instrutores da Disciplina 2018 - 1.3 Expressões Númericas................................................................18
Luiza Lopes
Sarah Baldi - 1.4 Números Racionais.....................................................................21
Thayna Athayde
Victor Costa - 1.5 Conversão de Unidades..............................................................21
Victor Cruz
- 1.6 Frações........................................................................................52
Preparação e Revisão do Texto
Caio César, Instrutor de Matemática
Gean Teixeira, Instrutor de
Matemática
Guilherme Oliveira, Instrutor de Unidade 2: Razão e Proporção .................................................... ....54
Matemática
Rodrigo Cristiano, Gerente e Instrutor
de Matemática
Thales Thomé Nogueira, Gerente e -Regra de Três Simples .................................................................. .56
Instrutor de Matemática
Diego Silva, Instrutor de Matemática -Regra de Três Composta ........................................................... ...58
Henrique Costa, Instrutor de
Matemática.
Luiza Lopes, Instrutora de
Matemática.
Disciplina
Matemática

Ementa
A seguinte apostila tem por finalidade auxiliar na capacitação dos trabalhadores da
construção civil.
Auxiliando os mesmos sobre a compreensão da natureza humana, através da
abstração e organização de pensamentos resolutivos e da matéria que nos cerca
através da aritmética, álgebra e da geometria.

Objetivos da aprendizagem
Conseguir modelar e resolver problemas do dia a dia, com o uso dos conhecimentos
matemáticos.

Conteúdo da disciplina
Unidade 1
Aritmética

1.1 Números Naturais

Os Números Naturais são os números inteiros, positivos e maiores ou igual a 0 (zero).


O conjunto N abaixo representa os Números Naturais:

N = {0,1,2,3,4,5,6...}
Observe o número natural abaixo:
4876
O algarismo 6 representa as unidades; o número 7 representa as dezenas; o número 8
representa as centenas; e o número 4 representa os milhares.
Logo o número natural 4876 possui 4 milhares, 8 centenas, 7 dezenas e 6 unidades. Lê-
se quatro mil oitocentos e setenta e seis.

Operações Algébricas com Números Naturais:


Na Matemática podemos realizar operações algébricas com os números a fim de
resolvermos determinados problemas. As operações algébricas básicas são: adição,
subtração, multiplicação e divisão.
1.1.1 Adição

A adição é a operação algébrica que representa a junção, a soma de duas ou mais


parcelas resultando em um número final que é chamado de soma ou total. Ela é
composta pelas parcelas – números que desejamos somar –, pelo símbolo + que tem
como função indicar que a operação em questão é uma adição e pelo símbolo = que
representa a igualdade dos termos. A ordem das parcelas não altera o resultado.
Exemplo:
5 + 3 = 8

↓ ↓ ↓
parcelas soma ou total
A adição também pode ser realizada com mais de duas parcelas:
2 + 4 + 7 = 13
6 + 5 + 7 + 5 = 23
Para realizar a operação de números com dois algarismos utilizamos o seguinte
método:

34
+25
__
59

A unidade do primeiro número deve estar em cima da unidade do segundo número. A


dezena do primeiro deve estar em cima da dezena do segundo e assim por diante.
Soma-se primeiro as unidades e depois as dezenas.

Exemplo:
11
345
+ 289

_____
634
Nesse caso, ao somarmos as unidades (5+9), percebe-se que o número é maior que 10.
No caso, 14. Logo, mantemos a unidade (4) e colocamos o número 1 na casa das
dezenas para que o mesmo seja adicionado às outras dezenas. Ao somarmos as
dezenas (1+4+8) encontramos o número 13. Da mesma forma, mantemos o algarismo
3 e colocamos o número 1 nas centenas. Por fim, soma-se as centenas e obtemos o
total: 634

Exercícios:
1) Realize as operações abaixo:
a) 43 + 25 =

b) 84 + 78 =
c) 120 + 85 =
d) 1358 + 247 =
e) 5786 + 2874 =
f) 248 + 125 + 345 =

g) 95 + 325 + 78 =
h) 147 + 785 + 21 =

2) Resolva os problemas a seguir:


a) João juntou R$548,00 para comprar um videogame. Seu pai o ajudou com mais
R$195,00. Quantos reais João tem ao todo?
b) Em uma caixa, havia 57 bananas, 38 pêras e 29 laranjas. Quantas frutas havia
na caixa?

1.1.2 Subtração

A subtração é a operação algébrica que indica a remoção de uma certa quantidade de


um valor numérico. Ela é composta pelas parcelas – números que desejamos subtrair –
pelo símbolo - que tem como função indicar que a operação em questão é uma
subtração e pelo símbolo = que representa a igualdade dos termos. A ordem das
parcelas altera o resultado.
Para realizar a operação devemos utilizar o seguinte método:
549

- 321
_____
228

Como na adição, as unidades devem estar alinhadas, assim como as dezenas e as


centenas. Inicia-se a operação pelas unidades das parcelas, passando logo depois pelas
dezenas, e, por fim, pelas centenas.

Exemplo:

421
- 97
____

324

Nesse caso o valor numérico da unidade da primeira parcela é inferior ao da segunda


parcela. O que devemos fazer é:

- Tomar emprestado uma dezena da primeira parcela e transferi-la para as unidades.


Logo, teremos 11 unidades (10 transferidas + 1 já contida no numeral) e 1 dezena (2 já
contidas – 1 tomada emprestada). Só então realiza-se a subtração (11 – 7)

- Realizamos o mesmo processo para as dezenas. Percebe-se que o valor numérico das
dezenas da primeira parcela (1) é inferior ao da segunda parcela (7). Então toma-se
emprestado 1 centena da primeira parcela para transferi-la para as dezenas. Logo,
teremos 11 dezenas (10 transferidas + 1 já contida) e 3 centenas (4 já contidas – 1
tomada emprestada). Só então realiza-se a subtração.

- Por fim subtrai-se a casa das centenas.

Caso o numeral possua um algarismo na casa dos milhares, o processo de subtração


será o mesmo.
Exercícios:

1) Realize as operações abaixo:


a) 345 – 123 =
b) 223 – 61 =
c) 1438 – 324 =
d) 876 – 277 =

e) 6547 – 984 =
f) 675 – 98 =
g) 927 – 85 =

2) Resolva os problemas abaixo:


a) Comprei um livro de aventura e já li 356 páginas, mas ainda faltam 144 páginas
para eu acabar de ler. Quantas páginas contém este livro que eu comprei?
b) Eu tenho 45 anos e meu filho tem 23. Quantos anos eu tinha quando ele nasceu
?

c) 322 das 629 maçãs dos pés de maçã do quintal de Marcos caíram. Quantas
maçãs sobraram?
d) Jonas tem 5.470 figurinhas. Katia tem 148 figurinhas a menos que Jonas.
Quantas figurinhas eles têm juntos?
e) 7866 correram a maratona desse ano. Somente 2591 concluíram a prova.
Quantos não os que concluíram?

1.1.3 Multiplicação
A multiplicação é a operação algébrica que tem como propriedade o aumento
ordenado de uma certa quantidade (duplicada, triplicada, quadruplicada, etc.). Ela é
composta por fatores que após multiplicados resultam no produto. A ordem dos
fatores não altera o produto.

31 x 25 = 775 25 x 31 = 775
↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓

Fatores Produto Fatores Produto


Para realizar a operação devemos utilizar o seguinte método:

- Começando pela unidade do 2º fator, multiplicamos o mesmo por cada um dos


numerais do 1º fator:
5 x 3 = 15
Como a multiplicação resultou em um resultado maior que 10, transferimos a sua
dezena para a casa das dezenas. Logo, colocamos 5 na casa das unidades do resultado
e o 1 foi então transferido. Então seguimos:
5x1=5
5+1=6
Multiplica-se normalmente e soma o resultado com a dezena transferida da operação
anterior.

5 x 2 = 10
Nesse caso, não há necessidade de transferir a dezena já que todo o numeral foi
multiplicado.
Após isso, realizamos a multiplicação do algarismo da dezena do 2º fator com todo o
numeral do 1º fator. O resultado dessa parte começa a ser escrito a partir da casa das
dezenas.
3x3=9
3x1=3
3x2=6
- Por fim, soma-se os resultados.

1065 + 6390 = 7455

Exemplo:
Exercícios:

1) Realize as operações abaixo:


a) 45 x 25 =
b) 435 x 52 =
c) 756 x 98 =
d) 6574 x 87 =

e) 345 x 648 =
f) 867 x 453 =

2) Resolva os problemas abaixo:

a) Minha tia encomendou 15 doces para cada convidado, e foram 186 convidados.
Quantos doces minha tia encomendou?
b) Com 12 prestações mensais iguais de 325 reais posso comprar uma moto.
Quanto vou pagar por essa moto?
c) Joãozinho ganhou 53 figurinhas. No outro dia ele ganhou o dobro. Quantas
figurinhas ele ganhou ao total?
1.1.4 Divisão
A divisão é a operação algébrica que tem como função dividir um acerta quantidade
em partes iguais. Ela é composta pelo Dividendo (valor que desejamos dividir), Divisor
(quantidade de partes em que desejamos dividir o Dividendo), Quociente (resultado) e
Resto.

Para realizar a operação devemos utiliza-se o seguinte método:


- Separa o dividendo em partes, de forma que a primeira parte seja o menor possível,
mas maior que o divisor. No caso acima, separamos o algarismo 47 do dividendo (475).
- Então, dividimos essa parte pelo divisor:
47 ÷ 25 = 1
1 x 25 = 25

47 – 25 = 22
- Obtemos assim, o resto da divisão anterior. Após isso, o algarismo da próxima casa
decimal é adicionado ao 22, resultado 225.
- Realiza-se a divisão:
225 ÷ 25 = 9
O resto nesse caso é zero.
Assim o quociente é o resultado a divisão de cada parte:

475 ÷ 25 = 19
Exemplo:

Exercícios:
1) Realize as operações abaixo:
a) 345 ÷ 5 =
b) 2348 ÷ 2 =
c) 876 ÷ 3 =
d) 5674 ÷ 23 =
e) 9546 ÷ 36 =
f) 4537 ÷ 234 =

g) 65740 ÷ 45 =
h) 438 ÷ 25 =

2) Resolva os problemas abaixo:

a) Andalia ganhou 25 sacos de pirulito com 50 pirulitos cada saco, e distribuiu 634
entre os colegas da rua, e guardou o restante. Quantos pirulitos ela ganhou e quantos
restaram?
b) Numa pista de atletismo uma volta tem 400 metros. Numa corrida de 10.000
metros, quantas voltas o atleta tem de dar nessa pista?
c) Um livro tem 216 páginas. Quero terminar a leitura desse livro em 18 dias,
lendo o mesmo número de páginas todos os dias. Quantas páginas preciso ler por dia?
d) Quero distribuir meus 116 chaveiros entre 3 amigos de modo que cada um
receba a mesma quantidade. Quantos chaveiros cada amigo vai receber? Quantos
chaveiros ainda restarão para mim?
e) Trabalhei durante uma tarde e recebi R$200. Guardei R$35 para mim e o
restante dividi igualmente entre meus 3 filhos. Quantos reais cada um recebeu?

1.2 Números Inteiros


O conjunto dos Números Inteiros é formado por números positivos, negativos e o
algarismo zero.
O estudo dos números negativos é de grande importância para a resolução de
problemas, tendo diversas aplicações no dia a dia:

Observe a imagem acima: Em qual dos dois locais o tempo está mais frio?

1.2.1 Comparação de números inteiros


A comparação de dois números permite verificar qual deles é maior. Para isso,
tomamos como exemplo o extrato bancário:
Imagine que João retirou o seu extrato bancário em Janeiro e visualizou o seguinte
valor:
-50
Já em Fevereiro João visualizou o seguinte valor:
-30
Qual dos dois algarismos tem o maior valor?
Podemos responder à pergunta fazendo a seguinte reflexão: Em qual dos dois meses
João possui menos dinheiro?
Para números negativos, quanto maior o algarismo que acompanha o sinal negativo,
menor valor ele terá. No caso do extrato bancário, no mês de Janeiro, João possui
menor valor do que em Fevereiro.
Podemos concluir:
- Números positivos são sempre maiores que zero.

- Números positivos são sempre maiores que números negativos.


- Números negativos são sempre menores que zero.
- Para números negativos, quanto maior o algarismo menor será o seu valor.
Exercício:
1) Marque o algarismo de maior valor

a) -2 4 -5
b) 1 -3 -1
c) -2 -1 -3
d) -35 -25 -10
e) 1 3 -8

1.2.2 Adição e Subtração de Números Inteiros


Exemplo:
-3 + 5 =
Para realizarmos a operação de adição, devemos atentar se os algarismos têm o
mesmo sinal ou sinais opostos.
Nesse caso, temos algarismos de sinais opostos (um negativo e o outro positivo).
Para algarismos de sinais opostos devemos subtrair um do outro. O resultado terá o
mesmo sinal do algarismo de maior valor.

5–3=2
Como 5 é maior que 3 o resultado será positivo. Logo:
-3 + 5 = 2
Exemplo:
-5 + 3 =
Nesse caso, realizamos a subtração:
5–3=2
Entretanto, o algarismo que tem o sinal negativo (5) tem maior valor que o algarismo
negativo (3). Assim, o resultado deverá ser negativo:

-5 + 3 = -2
Exemplo:
-4 + (-2) =
Para realizar a operação de termos com mesmo sinal, deve-se somar os termos. O
resultado terá o mesmo sinal dos termos.
Nesse caso, temos dois números negativos, logo:

4+2=6 -4 + (-2) = -6
Para a subtração temos três casos:
1º Caso:
-4 - 5 =
Nesse caso, temos dois algarismos de mesmo sinal. Como visto anteriormente:
Para realizar a operação de termos com mesmo sinal, deve-se somar os termos. O
resultado terá o mesmo sinal dos termos.

4+5=9 -4 - 5 = -9
2º Caso:
5–7=
Nesse caso, temos algarismo de sinais opostos (+5) e (-7). Como visto anteriormente:
Para algarismos de sinais opostos devemos subtrair um do outro. O resultado terá o
mesmo sinal do algarismo de maior valor.
7–5=2

Como o 7 é maior que 5, preservamos o sinal negativo:


5 – 7 = -2
3º Caso:
Qual a diferença entre as operações abaixo?
- 4 - (-3) = - 4 + (-3) =

A primeira operação é uma subtração e a segunda é uma adição.


Na subtração, devemos trocar o sinal do segundo termo, logo:
-4 – (-3) = -4 + 3
Após isso, realiza-se normalmente a operação:

- 4 + 3 = -1
Outros exemplos do 3º caso:
a) - 5 - (+ 3) =
- 5 - 3 = -8
b) 9 - (-2) =

9 + 2 = 11

c) -6 - (-7) =
-6 + 7 = 1

Exercícios:
1) Realize as operações abaixo:
a) –7+4=
b) –3+1=
c) –4+9=

d) –5+6=
e) – 8 + (-3) =
f) – 15 + (-5) =
g) –2–6=
h) 4–7

i) – 15 – 4
j) – 12 – (+3)
k) – 3 – ( - 5)
l) 5 – (+6)
m) 4 – (-7)
1.2.3 Multiplicação e Divisão de Números Inteiros

Exemplo:

(-4) x 5 =

Para a multiplicação de números com sinais opostos, realizamos a multiplicação dos


algarismos e o resultado terá sinal negativo.

4 x 5 = 20 (-4) x 5 = -20

Exemplo:

(-3) x (-8) =

Para a multiplicação de números com mesmo sinal, realizamos a multiplicação dos


algarismos e o resultado terá sinal positivo.

3 x 8 = 24 (-3) x (-8) = +24

Outros exemplos:
a) (-22) x 45 = -990
b) 32 x (-6) = -192
c) (-25) x (-7) = +175

d) (-15) x (-36) = +540


Na divisão, o processo se repete:
Exemplo:
45 ÷ (-5) =
Para a divisão de números com sinais opostos, realizamos a divisão dos algarismos e o
resultado terá sinal negativo.

45 ÷ 5 = 9 45 ÷ (-5) = -9

Exemplo:
(-135) ÷ (-3) =
Para a divisão de números com mesmo sinal, realizamos a divisão dos algarismos e o
resultado terá sinal positivo.

135 ÷ 3 = 45 (-135) ÷ (-3) = +45

Exercícios:
1) Realize as operações abaixo:
a) (-56) x 21
b) 75 x (-3)

c) 256 ÷ (-2)
d) (-34) x (-5)
e) (-26670) ÷ (-42)
f) (-625) ÷ 25
1.3 Expressões Numéricas

Uma expressão numérica é uma sequência de cálculos que, operações de adição,


subtração, multiplicação e divisão simultaneamente.
Tomemos como exemplo a expressão numérica abaixo:
–64 : (–8) . (–2) =
É possível resolvê-la de duas maneiras: primeiro efetuando a divisão e posteriormente
a multiplicação ou vice-e-versa, primeiro efetuando a multiplicação e posteriormente a
divisão. Observe abaixo esta expressão resolvida destas duas formas.

–64 : (–8) . (–2) =

8 . (–2) =
–16

–64 : (–8) . (–2) =


–64 : 16 =

–4

Notamos que, de acordo com a ordem da resolução, o resultado se altera! Qual deles é
o correto, o primeiro ou o segundo? Apesar de diversos problemas matemáticos terem
diferentes modos de resolução, independentemente do caminho escolhido para se
resolver, o resultado deve ser sempre o mesmo. Das duas formas de resolução acima,
a correta é a primeira e o motivo de uma estar certa ou errada, será nosso assunto
daqui em diante.
Concluímos assim que, para resolver expressões numéricas, devemos obedecer
algumas ordens de resolução, ou seja, qual operação resolveremos primeiro e quais
resolveremos em seguida.
Prioridades de Resolução:
Estabeleceremos três ordens de resolução para expressões numéricas começando da
menos importante para mais importante. Ou seja, das prioridades numeradas abaixo
de 1 à 3, sempre que formos resolver uma expressão numérica, começaremos
verificando a ordem de cálculo de acordo com a regrinha descrita no número 3. Caso a
expressão não se enquadre a esta regra, passamos para número 2 e, por último, para
número 1.

Prioridade 1: Quando temos apenas operações de multiplicação e divisão em


uma expressão numérica, resolveremos as operações da esquerda para direita, ou
seja, na ordem que elas aparecem.
EXEMPLO 1 Resolva a expressão –16 : (–8) . (–2) . (–4) =
Na expressão numérica deste exemplo existem apenas operações de multiplicação e
divisão. Sendo assim, resolveremos estes cálculos, um de cada vez, na ordem em que
eles aparecem.
–16 : (–8) . (–2) . (–4) =
2 . (–2) . (–4) =
–4 . (–4) =

16
EXEMPLO 2 Resolva a expressão 81 : (–9) . (–2) : 6 =
Da mesma forma que no exemplo 1, como existem apenas operações de multiplicação
e divisão, resolveremos estes cálculos, um de cada vez, na ordem em que eles
aparecem.
81 : (–9) . (–2) : 6 =
–9 . (–2) : 6 =
18 : 6 =
3

Prioridade 2: Quando não temos símbolos que ordenam a resolução da


expressão – como parênteses ( ), colchetes [ ] e chaves { } – com alguma operação em
seu interior mas, existem tanto operações de adição e subtração como operações de
multiplicação e divisão, resolvemos primeiramente as operações de multiplicação e
divisão (na ordem em que elas aparecem) e depois as de adições.
EXEMPLO 3 Resolva a expressão –168 : (–13) + 2 =
Neste exemplo, temos operações de divisão e adição. Note que, o parêntese presente
não possui nenhuma operação em seu interior: seu objetivo é apenas separar o sinal
negativo do número 13 do sinal de divisão que o precede. Dessa forma, resolvemos
primeiramente a divisão e posteriormente a adição.
–169 : (–13) + 2 =
13 + 2 =
15

EXEMPLO 4 Resolva a expressão –2 – (–10) . 3 =


Assim como no exemplo 3, nesta expressão temos apenas operações de subtração e
multiplicação. Lembre-se que, como vimos anteriormente no capítulo de números
inteiros, o sinal negativo antes do parênteses muda o sinal do interior do parênteses.
–2 – (–10) . 3 =
–2 – (–30) =
–2 + 30 =
28

Prioriridade 3: Quando existem símbolos de ordenação de resolução,


resolvemos primeiro as operações que estão entre parênteses ( ), em segundo lugar as
que estão entre colchetes [ ] e, em terceiro lugar, as que estão entre chaves { }.
EXEMPLO 5 Resolva a expressão –3 . [2 . (–80 : 8)] =
Neste exemplo, temos sinais que ordenam a expressão. Dessa forma, resolveremos
primeiro as operações que estão entre parênteses e posteriormente as que estão
entre chaves.

–3 . [2 . (–80 : 8)] =
–3 . [2 . (–10)] =
–3 . (–20) =
60
EXEMPLO 6 Resolva a expressão (–10 – 2) . (–8 + 5) – (–49 : 7) =
Assim como no exemplo 5, resolveremos primeiro as operações que estão entre
parênteses. Observe que podemos resolver as operações que estão no interior de cada
parêntese separadamente ou as três de uma vez já que as operações que estão dentro
dos parênteses não interferem nas demais que estão de fora.
(–10 – 2) . (–8 + 5) – (–49 : 7) =

–12 . (–3) – (–7) =


36 – (–7) =
43
Exercícios:
EXERCÍCIO 1 Resolva as expressões abaixo.
a) –10 . (–2) + (–4) : (–2) =

b) –7 + 3 – (–4) : (–4) =
c) 100 : [2 . (–20 : 4 . 2)] =
d) 15 – 12 : {–2 . [–10 + (–2) . (–4)]} =
e) (3 + 2) . (5 – 1) + 4 =
f) 20 : 4 + 3 . 6 – 15 : 3 =

g) 90 – [25 + (5 . 2 – 1) + 3] =
h) –5 + 80 : {–4 + 2 . [15 : (–15) + 3 – 4]} =
i) 50 – 2 . {7 + 8 : 2 – [9 – 3 . (–5 + 4)]} =
j) –1 . (–12) . (–2) – [6 . (–4)] =

1.4 Números Racionais

Você já aprendeu a lidar com números que representam quantidades inteiras. Esse
tipo de número é muito importante. Mas será que só com eles é possível resolver
qualquer problema numérico?
Pense na seguinte situação: Você tem 5 litros de água para dividí-los, de forma igual,
em duas vasilhas. Quantos litros ficariam em cada vasília?
Sabemos que em cada vasilia deveriam ficar 2,5 litros. Não é mesmo? Mas vamos
pensar um pouco mais sobre esse número.
O número 2,5 não é uma quantidade inteira. É fácil perceber que são dois litros
inteiros mais metade de um litro.
Devido a problemas como o anterior, houve a necessidade de se criar um outro
conjunto de números que considerasse também os que não são inteiros. Esse conjunto
é denominado Conjunto dos Números Racionais e será tema desse capítulo.
Mas o que é exatamente um número racional?
Um número racional é qualquer número que pode ser encontrado através de uma
divisão entre números inteiros. Por exemplo o 2,5 encontrado no problema proposto
no início do capítulo é um número racional, pois pode ser encontrado dividindo-se 5
por 2.

Pergunta: Mas , espere um pouco. O 3 pode ser encontrado dividondo o 12 por 4. Será
que o 3 é também um número racional? Mas eu achava que ele era inteiro.

Resposta: Sim o três é um número racional, e é também um número inteiro. Não há


problemas em ser os dois. Na verdade todos os números inteiros são numeros
racionais. Mas cuidado, nem todo número racional é inteiro, por exemplo o 2,5 é
racional, mas não é inteiro.

Exemplos:
São exemplos de números racionais os números:

2,5 pois é resultado de 5 dividido por 2.


1,2 pois é resultado de 6 dividido por 5.
3 pois é resultado de 6 dividido por 2.
5 pois é resultado de 15 dividido por 3.
1,5 pois é resultado de 6 dividido por 4.

1,6 pois é resultado de 8 dividido por 5.

Problema: Pegue uma calculadora e faça a seguinte conta: 5 dividido por 9. Achou o
resultado extranho?
Agora faça na calculadora a conta: 13 dividido por 11. Extranhou de novo?
No primeiro caso apareceu o número 0,55555...

No segundo caso apareceu o número 1,181818...

Números desse tipo são chamados dízimas periódicas. As dízimas periódicas tem uma
parte que repete infinitamente depois da vírgula.

Pergunta: As dízimas periódicas são números racionais?


Resposta: Sim, as dízimas periódicas são números racionais. Observe que a dízima
0.5555... foi obtida através da divisão de dois inteiros, no caso 9 e 5. Assim como
1,18181818... foi obtido dividindo 13 por 11.

Resumindo: Os números inteiros, os números com casas decimais finitas e as dízimas


periódicas são números racionais.

Pergunta: Então todos os números são racionais?

Resposta: Não, nem todos os números são racionais. Observe que nas dízimas
periódicas tem alguns números que vão repetindo infinitamente. Se não houver esse
conjunto de números que se repetem não se trata de uma dízima periódica, logo não é
um número racional.

Exemplos de números que não são racionais:


3.14159265359...
2.71828182846...
1.41421356237...

Operações com Números Racionais

Agora que já sabemos o que são os números racionais, queremos apreder a fazer
contas com eles. Como será que ficam as operações de soma, subtração, multiplicação
e divisão entre os números racionais?

1.4.1 SOMA

A soma se dá de uma forma muito simples. Basta, ao armar a conta colocar as vírgulas
uma em baixo da outra.

Exemplo: Vamos somar os números 3,6 e 4,2.

3,6
+ 4,2
_____
7,8

Pergunta: Mas e quando é necessário elevar algum número?


Resposta: Opera-se da mesma forma que aprendemos para os números inteiros.

Exemplo:

1
4,5
+3,7

_____
8,2

Confira se você entendeu:


Calcule:
A) 2,3 +5,4
B) 7,2 + 3,5
C) 5,6 + 8,9

D) 5,7 + 12,36
E) 7,5 + 8,7

1.4.2 Subtração

A maneira de operar a subtração também é muito parecida com a soma. Deve-se


primeiramente colocar vírgulas debaixo de vírgulas e depois realizar a operação como
se fazia quando tratáva-mos com números inteiros.

Exemplo:
8,7
-5,3
____
3,4

Pergunta. Mas e quando é necessário "tomar emprestado"?


Resposta: Opera-se da mesma forma de quando eram números inteiros.

4 14
5,4

-2,6
_____
2,8
Confira se você aprendeu:
Calcule:
A) 12,43 - 11,12
B) 5,3 - 2,4
C) 2,4 - 1,8

D) 27,32 – 2.5
E) 4,5 – 3,7

1.4.3 Multiplicação

E para multiplicar números racionais?


Também é simples. Primeiramente desconsidere as vírgulas e opere as contas do
mesmo modo que você fazia para números inteiros, depois você conta o número de
casas após a vírgula que os dois números tem juntos e esse será o número de casas
após a vírgula que deverá ter o resultado.
Como esse caso é um pouco diferente do que a gente já viu até agora, vamos fazer um
exemplo passo a passo.
Exemplo: Suponha que temos que efetuar a seguinte multiplicação:
2,3 x 1,2.

Como foi dito, primeiramente opere a conte como se não houvessem vírgulas:

23
X 12
____
46
+ 23

________
276
Agora lembramos das vírgulas. Temos uma casa depois da vírgula na primeira parcela e
uma na segunda parcela, logo temos, ao todo, duas casas após a vírgula. Sendo assim,
o resultado da multiplicação é:

2,3x1,2=2,76.

Confira se você aprendeu:

A) 1,3 x 4,5

B) 2,4 x 5,3
C) 3,25 x 2,5
D) 1,2 x 5
E) 2,6 x 3

1.4.4 Divisão

Para operar as divisões é melhor dividir em dois casos. Primeiramente discutiremos o


caso em que o número em que aparece vírgula está no dividendo, depois vamos
discutir quando ele está no divisor.

1.4.4.1 Dividendo com casas decimais

Quando o dividendo tem alguma casa decimal, opera-se a conta, primeiramente como
se não houvesse vírgula, depois coloca-se no resultado o mesmo número de casas
decimais que havia no dividendo, ou seja, anda-se com a vírgula para a esquerda.

Exemplo: 2,56 : 8

Primeiramente divida como se não houvesse vírgula. Divida 256 por 8.

256:8 = 32
Observamos que na conta original havia duas casas depois da vírgula, sendo assim no
resultado também deve haver duas casas, ou seja, o resultado é:

2,56 : 8 = 0,32

Pergunta. Mas e se o número com vírgula estiver no divisor?

Resposta: Opere de forma muito parecida. Primeiramente faça o cálculo como se não
houvesse vírgula, depois conte quantas casas depois da vírgula tem no divisor. Mas
agora ao invés de aumentar no resultado esse número de casas, você vai reduzir, ou
seja, vai andar com a vírgula para a direita.

Exemplo: Como seria possível fazer o cálculo 15 : 0,5?

Primeiramente façamos a conta como se não houvesse vírgula. Vamos dividir 15 por 5.

15 : 5 = 3.

Mas no divisor existe uma casa decimal após a vírgula, logo devemos andar com a
vírgula uma casa para a direita no resultado. Sendo assim, o resultado do cálculo é:

15 : 0,5 = 30.

Pergunta: Mas esse resultado é possível? O 15 foi dividido por algum número e o
resultado foi maior que 15. Pode isso?

Resposta: Sim, pode. Pense na seguinte situação: Que conta você faria para calcular
quantas notas de dois reais precisaria para completar 100 reais? Você faria 100
dividido por 2, não é mesmo? Agora pense em que conta deveria ser feita para
descobrir quantas moedas de 50 centavos eu deveria juntaria para completar 15 reais.
Por semelhança com o primeiro caso deveria ser 15 dividido por 0,5. Concorda? Mas a
gente já sabe que deveria ser 30 moedas. Sendo assim podemos aceitar que 15 : 0,5 =
30.
1.4.4.2 Divisor e dividendo com casas decimais

Agora pensemos no caso de acontecer as duas coisas ao mesmo tempo, ou seja, se no


divisor e no dividendo houverem números com vírgula.
Simples, faça as duas coisas que você já aprendeu. Opere primeiramente como se na
conta não houvessem números com vírgula, depois conte quantas casas depois da
vírgula tem no dividendo e ande esse número de casas com a vírgula para a esquerda
no resultado, guarde esse resultado. Agora conte quantas casa decimais tem no
divisor e ande esse número de casas com a vírgula para a direita no resultado que você
guardou.

Exemplo: Vamos dividir 2,56 : 3,2


Primeiramente dividimos como se não houvessem vírgulas, ou seja, faremos

256 : 32 = 8

No dividendo há duas casas depois da vírgula, logo andaremos duas casas com a
vírgula para a esquerda no resultado. Sendo assim fica 0,08, guardamos esse resultado,
mas ele ainda não é o resultado final.
Agora observamos que tem 1 casa depois da vírgula no divisor, logo andaremos uma
casa com a vírgula para a direita no resultado que guardamos, ficando com o resultado
0,8.
Sendo assim, concluímos que:

2,56 : 3,2 = 0,8.

Confira se você aprendeu.


Calcule:

A) 1,24 : 2
B) 12,6 : 3
C) 15,8 : 4
D)134 : 0,2
E) 512 : 1,6

F) 12 : 0,3
G) 1,44 : 2,4
H) 8,1 : 1,8
I) 2,4 : 0,08

Problemas:

1) Preciso colocar arame farpado em volta de um terreno retangular que mede 0,2 km
de largura e 0,3 km de comprimento. Quantos metros de arame farpado devo usar?

2) Para cobrir a distancia entre duas cidades, um automóvel abastecido com gasolina,
consome 20 litros e abastecido com álcool, consome 28 litros. Sabe-se que o preço da
gasolina é R$ 2,60 e o preço do álcool é R$ 1,50. Qual será a economia se for utilizado
álcool?

3) O preço de uma corrida de táxi é formada de duas partes: uma fixa, chamada
“bandeirada”, e uma variável, de acordo com os quilômetros percorridos. Em Cuiabá a
bandeirada é de R$ 9,60 e o preço por quilômetro percorrido é de R$ 3,50. Quanto
pagará uma pessoa que percorrer de táxi 12 quilômetros?

4) A altura de uma casa era de 4,78 metros. Foi construído um 2º andar e a altura da
casa passou a ser de 7,4 metros. De quantos metros a altura inicial da casa foi
aumentada?

5) A milha é uma unidade usada para medir distâncias. Ela equivale a cerca de 1,6
quilômetro. Se cada carro percorrer 240 quilômetros, quantas milhas terá percorrido?

6) Um ciclista percorreu 4,5 quilômetros de manhã. À tarde ele percorreu duas vezes e
meia essa distância. Quantos quilômetros ele percorreu ao todo?
7) No mês de junho a gasolina e o álcool chegaram aos preços mais baixos do ano. A
gasolina foi vendida a R$ 2,67 e o álcool a R$ 1,38 o litro.
a) Calcule a diferença entre o preço da gasolina e o preço do álcool?
b) Calcule quanto gastou uma pessoa que abasteceu o seu carro com 45 litros de
gasolina.

c) Calcule quanto gastou uma pessoa que abastecer o seu carro com 45 litros de álcool
.

d) Calcule quanto gastou um proprietário de um carro FLEX(bicombustível) que


abasteceu o seu carro com 20 litros de gasolina mais 20 litros de álcool.

e) Calcule com quantos litros de gasolina foi abastecido um carro cujo gasto foi de R$
93,45.

8) Em uma festa junina, dona Maria ficou responsável pela barraca do refrigerante,
sendo assim ela comprou 24 litros de refrigerante. Sabendo que cada copo, cabe 0,3
litros. Quantos copos dona Maria ira utilizar?

9) Uma pipa de vinho contém 63 garrafas de 7 litros cada uma. Se cada garrafa tivesse
0,9 litros, cada pipa conteria?
a) 40 garrafas
b) 49 garrafas
c) 54 garrafas
d) 72 garrafas

e) 81 garrafas

10) Uma panificadora recebe uma encomenda de 48 quilogramas de farinha. Para ser
vendida, o proprietário da panificadora resolve embalar essa farinha em sacos de 0,5
quilogramas. Quantos sacos serão utilizados?
a) 94 c) 96 e) 98
b) 95 d) 97
1.5 Conversão de Unidades

Um começo de conversa
As unidades de comprimento estão constantemente presentes no nosso dia-a-dia:
para medir o tamanho de uma pessoa, a largura de uma mesa, a altura de um prédio
ou a distância percorrida em uma estrada, elas são fundamentais para fornecer a
informação de maneira clara e completa. Por exemplo, se uma pessoa diz “Hoje
caminhei dez!”, a informação não pode ser entendida por não sabermos se ela
caminhou dez metros ou dez quilômetros.

Medidas de Comprimento:

Como exemplos de unidades de comprimento, podemos citar o quilômetro (km),


hectômetro (hm), decâmetro (dam), metro (m), decímetro (dm), centímetro (cm) e
milímetro (mm). Para converter uma destas unidades para outra diferente, utilizamos
a tabela 1 abaixo:

X10

km hm dam m dm cm mm

÷ 10
Tabela 1: Conversão de unidades de comprimento.

EXEMPLO 1
Para ir de casa até sua escola, Otávio percorre 2 quilômetros. Quantos metros tem seu
trajeto de ida e volta?
Pela tabela 1 acima, percebemos que para transformar de quilômetro para metro,
devemos multiplicar por dez três vezes. Dessa forma, para ir de casa até a escola, ele
percorre:
2 quilômetros x 10 x 10 x 10 = 2000 m
Observe que multiplicar um número por dez três vezes é o mesmo que multiplicá-lo
por mil, pois 10 x 10 x 10 = 1000.
Então, na ida e na volta, ele percorre 2000 m x 2 = 4000 metros.

EXEMPLO 2
Quantos metros tem uma régua de 30 centímetros?
Pela tabela 1 acima, percebemos que para transformar de centímetro para metro,
devemos dividir por dez duas vezes. Dessa forma:
30 centímetros ÷ 10 ÷ 10 = 0,3 m
Observe que dividir um número por dez duas vezes é o mesmo que dividi-lo por cem.

Medidas de Área:
As unidades de área, assim com as de comprimento, estão diretamente ligadas ao
nosso cotidiano. Entretanto, enquanto as unidades de comprimento fornecem
medidas lineares, as de área fornecem as medidas de uma superfície. Elas estão
presentes ao se comprar um lote, pintar uma parede, ladrilhar um piso ou azulejar
uma parede. Para todos estes exemplos citados, o primeiro fato que precisamos saber
é a medida da área das superfícies.
Como exemplos de unidades de comprimento, podemos citar o quilômetro quadrado
(km²), hectômetro quadrado (hm²), decâmetro quadrado (dam²), metro quadrado
(m²), decímetro quadrado (dm²), centímetro quadrado (cm²) e milímetro quadrado
(mm²). Para converter uma destas unidades para outra diferente, utilizamos a tabela 2
abaixo:

x100

km hm dam m dm cm mm

÷ 100

Tabela 2: Conversão de unidades de área.

EXEMPLO 1
Paulo deseja instalar em sua nova casa um piso de granito com peças quadradas de 1
m x 1 m. Quantos centímetros quadrados tem cada peça de piso?
Primeiramente, calculamos a área de cada piso: 1 m x 1 m = 1 m²
Pela tabela 2 acima, percebemos que para transformar de metro quadrado para
centímetro quadrado, devemos multiplicar por cem duas vezes. Dessa forma:
1 m² x 100 x 100 = 10000 cm²

EXEMPLO 2
Um hectare corresponde a um hectômetro quadrado. Quantos metros quadrados têm
cinco hectares?
Pela tabela 2 acima, percebemos que para transformar de hectômetro quadrado para
metro quadrado, devemos multiplicar por cem duas vezes. Dessa forma:
5 hm² x 100 x 100 = 50000 m²

Medidas de Volume:
As unidades de volume possuem grande importância nas situações que envolvem
capacidades e quantidades de sólidos. Podemos definir volume como o espaço
ocupado por um corpo ou a capacidade que ele tem de comportar alguma substância.
Para comprar uma determinada quantidade de brita ou calcular a capacidade de uma
caixa d’água, utilizamos as medidas de volume.
Como exemplos de unidades de comprimento, podemos citar o quilômetro cúbico
(km³), hectômetro cúbico (hm³), decâmetro cúbico (dam³), metro cúbico (m³),
decímetro cúbico (dm³), centímetro cúbico (cm³) e milímetro cúbico (mm³). Além
disso, vale ressaltar que um litro é igual a um decímetro cúbico. Para converter uma
destas unidades para outra diferente, utilizamos a tabela 3 abaixo:

km hm dam m dm cm mm

÷ 1000
Tabela 3: Conversão de unidades de volume.

EXEMPLO 1
Catarine deseja construir em sua fazenda uma piscina de 6 metros de comprimento, 3
de largura e 2 de profundidade. Qual o volume máximo de água, em decímetros, que
esta piscina comportará?

Primeiramente, calculamos o volume da piscina: 6 m x 3 m x 2 m = 36 m³


Pela tabela 3 acima, percebemos que para transformar de metro cúbico para
decímetro cúbico, devemos multiplicar por mil uma vez. Dessa forma:
36 m³ x 1000 = 36000 dm³

EXEMPLO 2
Paulo comprou uma caixa d’água de 20000 mil litros. Quantos metros cúbicos de água
sua caixa comporta?
Pela tabela 3 acima, percebemos que para transformar de decímetro cúbico para
metro cúbico, devemos dividir por mil uma vez. Dessa forma:

20000 dm³ ÷ 1000 = 20 m³

EXERCÍCIO 1 Faça as conversões abaixo:


a) 45 milímetros para centímetros
b) 380 litros para metro cúbico

c) 12 decâmetros quadrados para decímetros quadrados


d) 0,5 hectômetros para metros
e) 0,085 metros cúbicos para litros
f) 7000 centímetros quadrados para metros quadrados
EXERCÍCIO 2 Luiz Gustavo é eletricista e leu em um projeto elétrico que o perímetro de
um cômodo era de 12700 mm. Ele então decidiu comprar a metade desse
comprimento em metros de fio para a instalação. Quantos metros de fio ele irá
comprar?

EXERCÍCIO 3 Um mestre de obras recebeu material suficiente para produzir 4 m³.


Sabendo que a capacidade de sua betoneira é de 400 litros, quantas vezes a betoneira
irá trabalhar para que todo o material seja transformado em concreto?

EXERCÍCIO 4 Considere uma cozinha de 3,0 x 4,0 m (3 metros de largura e 4 metros de


comprimento) com pé direito de 3,0 m (ou seja, a distância do chão da cozinha até seu
teto é de 3,0 metros). Nesta cozinha há uma janela de 2,0 x 2,0 m (2 metros de largura
e 2 metros de altura) e uma porta de 0,8 x 2,0 m (0,8 metros de largura e 2 metros de
altura). Calcule a quantidade de cerâmica 0,4 x 0,4 m que será utilizada no piso da
cozinha e a quantidade de azulejo de 0,2 x 0,2 m que será utilizada em toda a altura
das paredes. A planta baixa da cozinha segue abaixo.
1.6 Frações

Em muitos momentos na vida prática precisamos tratar de partes de alguma


quantidade. Por exemplo: Metade das pessoas de Belo Horizonte torcem para tal time,
ou a casa irá ocupar dois terços do terreno, ou um quinto da nota do bimestre será
dada em exercícios.
As frações são ferramentas matemáticas que nos ajudam a lidar com esse tipo de
problema. É muito importante ter conhecimento sobre frações, pois no trabalho pode
ser útil para realizar alguns tipos de cálculos.

Fundamentos

A forma de representar frações é a seguinte:

A)5/3 B)3/8 C)4/5


D)7/16 E)12/37 F) 15/16.

Note que são necessários dois números para representar a fração. O número que fica
na parte de cima se chama Numerador. No caso da fração da letra A o numerador é 5,
no caso da letra B o numerador é 3, na letra C o numerador é 4, na letra D o
numerador é 7, na letra E o numerador é 12 e na letra F o numerador é 15.
Já o número que fica na parte de baixo é chamado de Denominador. Na fração da letra
A o denominador é 3, na letra B o denominador é 8, na letra C é 5, na letra D é 16, na
letra E é 37 e na letra F é 16.
Entendendo o significado das frações.

Mas como se pode entender por exemplo uma fração do tipo ¾ ?


Para entender o significado dessa fração precisamos primeiro entender o significado
da fração ¼. Essa fração significa 1 inteiro dividido em 4 partes. O seguinte desenho
representa o que estamos querendo dizer.

O círculo completo representa 1 inteiro, e a parte pintada de azul corresponde a ¼, ou


seja, 1 inteiro dividido em 4 partes.

Mas e os ¾, como eu representaria em um desenho?


Note que a figura atual tem três partes de um quarto cada pintados, ou seja, ao todo
são três quartos pintados.

Exercício: Desenhe em seu caderno dois círculos.

A) No primeiro círculo pinte uma parte que represente a fração ½.

B) No segundo círculo pinte uma parte que represente a fração 4/8.

Você notou alguma coisa interessante?


Perceba que você dividiu o círculo de formas diferentes, porém a parte que você
pintou é igual, nos dois círculos.
Isso quer dizer que as frações ½ e 4/8 representam as mesmas quantidades.
Percebendo isso você está pronto para entender outro conceito importante em
frações, o conceito de simplificação.

Simplificação.

Como foi visto na seção anterior, duas frações podem ser escritas de formas diferentes
mas representar as mesmas quantidades, como no caso do exemplo ½ e 4/8.
Sendo assim se eu quiser representar metade de alguma coisa eu poderia usar ½ ou
4/8 que estaria correto. Mas representar metade com a fração ½ é mais simples que
com 4/8. Não é mesmo? O que queremos agora é achar o jeito mais simples de
representar uma fração, ou seja, Simplificar.

Mas como é que se simplifica uma fração? Como, por exemplo, seria possível sair de
4/8 e chegar em ½?

É simples. Tem que encontrar um número que divida o numerador e o denominador


ao mesmo tempo e operar essa divisão.
Para nosso exemplo, precisamos encontrar um número que divida o 4 e que divida o 8
também. Você consegue pensar em algum número? O número 2 serve. Não é mesmo?
Então vamos lá. Vamos dividir o numerador por 2. Quatro dividido por 2 dá 2, então o
numerador da nova fração fica sendo 2. Agora vamos dividir o denominador. Oito
dividido por 2 dá 4, então o denominador da nova fração dá 4. Sendo assim a nova
fração fica sendo 2/4.

Exercício: Desenhe agora um círculo e pinte nele a fração correspondente à que


obtivemos, ou seja, 2/4.

Você percebeu que a parte do círculo que você pintou também corresponde a metade
do círculo? Isso quer dizer que a fração 2/4 também corresponde à metade. Mas dá
para simplificar a fração 2/4? Existe algum número que divide 2 e 4 ao mesmo tempo?
Existe sim. O número 2 divide 2 e 4. Vamos dividir o numerador; 2 dividido por 2 dá 1.
Dividindo o denominador 4 por 2 dá 2. Sendo assim o novo numerador fica sendo 1 e o
novo denominador fica sendo 2. Logo a fração a que chegamos é ½.
Toda a conta que fizemos pode ser resumida da seguinte forma:

4/8= 4:2/8:2 = 2/4 = 2:2/1:2.

Observação: No momento em que foi perguntado um número que divida o 4 e o 8 ao


mesmo tempo, você poderia ter respondido 4. Daria certo? Sim, daria. Vamos fazer
assim: O numerador da fração é 4, dividindo ele por 4 da 1. O denominador é 8,
dividindo ele por 4 dá 2. Sendo assim o numerador da fração em que chegamos é 1 e o
seu denominador é 2, ou seja, chegamos em ½ em uma só etapa. Concluímos portanto
que, existe mais de uma maneira de se chegar à mesma resposta em um problema de
simplificação. Você pode escolher qualquer número que divida o numerador e o
denominador ao mesmo tempo para simplificar.

Mas quando vou saber que a simplificação acabou?

Quando você chegar em uma fração em que não existe um número que divida o
numerador e o denominador ao mesmo tempo.

Exercícios resolvidos

Simplifique as seguintes frações:


A) 12/60

B) 60/72
C) 15/6

Resposta.

A) 12/60 = 12:2/60:2 = 6/30 = 6:2/30:2 = 3/15 = 3:3/15:3 = 1/5


B) 60/72 = 60:2/72:2 = 30/36 = 30:2/36:2 = 15/18 = 15:3/18:3 = 5/6
C) 15/6 = 15:3/6:3 = 5/2

Exercício

SIMPLIFIQUE AS FRAÇÕES:
a) 14/16
b) 18/36
c) 5/25
d) 12/20

e) 21/49
f) 4/32
g) 11/33
h) 9/27
i) 20/35

j) 12/30

Operações Aritméticas com frações

MMC
Antes de começar a aprender as operações com frações, precisamos aprender o
conceito e a operação de Mínimo Múltiplo Comum (MMC).
Vamos analisar cada uma dessas palavras. Primeiramente, o que é um múltiplo?
Simplificadamente múltiplos de um número são os números que dão para dividir por
ele.
Exemplos:
Os múltiplos de 2 são (2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20, 22, 24, ...)

Os múltiplos de 3 são (3, 6 , 9, 12, 15, 18, 21, 24, 27, 30, 33, 36, 38, ...)
Os múltiplos de 5 são (5, 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 45, 50, 55, 60, 65, ...)

Mas e múltiplos comuns, o que são?


Os múltiplos comuns entre dois números, são como o próprio nome diz, os múltiplos
dos dois ao mesmo tempo.
Exemplos:

Múltiplos comuns de 2 e 3
(6, 12, 18, 24, 30, 36, 42, 48, 54...)

Os Múltiplos comuns entre 4 e 6 são:


(12, 24, 36, 48, 60, 72, 84 ...)

Os múltiplos comuns entre 8 e 12 são


(24, 48, 72, 96, 120, ...)

Os múltiplos comuns entre 3 e 5 são

(15, 30, 45, 60, 75, 90, 105, 120, ...)

Agora somos capazes de deduzir o que é um Mínimo Múltiplo Comum ou MMC. Se


trata do menor de todos os múltiplos comuns de dois ou mais números.
Dos exemplos anteriores temos:
O MMC de 2 e 3 é 6.

O MMC de 4 e 6 é 12.
O MMC de 8 e 12 é 24.

Sendo assim uma maneira de encontrar o Mínimo Múltiplo comum entre dois
números seria listar todos os múltiplos de um, todos os múltiplos do outro, ver quais
são comuns e escolher o menor destes.

Mas esse método dá muito trabalho. Será que tem uma forma mais fácil?

Sim, tem um método mais fácil. Na verdade tem dois métodos. Iremos ver os dois e o
aluno escolhe qual acha melhor para usar.
O primeiro método consiste em fatorar os dois números ao mesmo tempo, e
multiplicar os valores encontrados. Coloca-se os dois números separados por uma
vírgula e prossegue-se dividindo esses números por outros menores até se obter 1 nas
duas colunas. Após o 1 ser obtido nas duas colunas multiplica-se os fatores utilizados.
Exemplo:
MMC de 4 e 6

Outro método consiste em pegar o maior dos números de que se quer encontrar o
MMC, e verificar se ele é divisível pelo menor, caso seja o maior dos dois números já é
o MMC. Caso o maior dos dois números não seja divisível pelo menor, tenta-se o
dobro do maior número, caso ainda não seja divisível tenta-se o triplo, o quádruplo,
assim sucessivamente até encontrar um número que seja divisível pelo menor, o
número obtido nesse processo é o MMC.
Vamos calcular o MMC de 6 e 4 por esse método.
Primeiro passo: Verifica-se se o maior número é divisível pelo menor. Nota-se que 6
não é divisível por 4, logo 6 NÃO é o MMC
Segundo passo: Verifica-se o dobro de 6 é divisível por 4. Nota-se que 12 é divisível por
4, logo 12 é o MMC.

Vamos calcular o MMC de 3 e 5 por esse método.


Primeiro passo: Verifica-se se o maior número é divisível pelo menor. Nota-se que 5
não é divisível por 3, logo 5 NÃO é o MMC
Segundo passo: Verifica-se o dobro de 5 é divisível por 3. Nota-se que 10 não é divisível
por 3, logo 10 NÃO é o MMC.
Terceiro passo: Verifica-se o triplo de 5 é divisível por 3. Nota-se que 15 é divisível por
3, logo é 15 é o MMC.

Exercícios: Calcule o MMC entre:

A) 2 e 4
B) 6 e 8
C) 7 E 3
D) 12 E 15
E) 20 e 25

Soma e subtração de frações

Primeiramente aprenderemos a somar e subtrair frações com mesmo denominador.


Esses casos são muito simples, basta conservar os denominadores e soma ou subtrair
os numeradores.
Exemplos:
A) 1/3 + 7/3 = 8/3
B) 3/8 - 1/8 = 2/8, que simplificando dá 1/4

C) 4/5 + 2/5 = 6/5

Mas e quando os denominadores são diferentes?

Nesses casos precisamos usar o que aprendemos sobre MMC. É necessário calcular o
MMC dos denominadores das frações que se quer calcular a soma, esse valor será o
denominador da fração resultante.
O denominador é obtido pelo seguinte processo: Divide-se o denominador da fração
resultante por cada denominador das frações iniciais, multiplica-se esses resultados
pelos numeradores e soma-se.
2/4 + 5/6 = (6+10)/12 = 16/12 que simplificando dá 4/3.

Exercícios:
A) 2/5 + 5/3
B) 3/8 + 5/12
C) 5/2 - 3/5
D) 5/3 - ¾

Multiplicação de Frações

A multiplicação é a mais simples das operações com frações. O numerador da fração


resultado é obtido multiplicando-se os numeradores das parcelas. O denominador da
fração resultante é obtido multiplicando-se os denominadores das parelas.

Exemplo:
2/5 x 3/8 = 6/40 que simplificando dá 3/20

5/3 x 1\4 = 5/12


2/7 x ¾ = 6/28 que simplificando dá 3/14.

Uma das utilidades do produto de fração é calcular o valor das partes de um inteiro.
Exemplo: Quanto vale ¾ de uma quantia de 200 reais.

A forma de calcular é: Multiplica-se a fração ¾ pelo 200.


Mas como se faz essa conta?
O 200 é contado como uma fração que tem numerador 200 e denominador 1.
¾ x 200/1 = 600/4 = 150.
Logo ¾ de 200 é 150.

Divisão de frações
A divisão de frações pode ser transformada em uma multiplicação. Imagine que você
tenha que dividir duas frações, como no exemplo:
5/3 : 7/4
Transforma-se a divisão em multiplicação da seguinte forma: Conserva-se a primeira e
multiplica-se pelo inverso da segunda. O inverso da segunda é obtido trocando a
posição do numerador com o denominador. Sendo assim a conta apresentada
anteriormente fica:

5/3 : 7/4 = 5/3 x 4/7 = 20/21

Exemplos:
2/3 : 6/5 = 2/3 x 5/6 = 10/18 que simplificando dá 5/9
4/5 : ¾ = 4/5 x 4/3 =16/15
2/9 : 5/3 = 2/9 x 3/5 = 6/45 que simplificando dá 2/15.

Exercícios:
A) 2/3 : 5/4
B) 5/7 : 2/9
C) 4/3 : 5/8
D) 8/5 : 2/3

Exercícios de Capítulo

1) Desenhe dois retângulos de mesmo tamanho. Pinte 1/3 de um deles e 1/4 do outro.
Qual a maior fração: 1/3 ou 1/4?

2) Efetue as adições: a) 5/8 + 3/2 =


b) 8/6 + 1/3 =

c) 5/6 + 2/5 =
d) 7/4 + 3/7 =
e) 1/9 + 4/5 =
3) Efetue as subtrações:
a) 1/8 - 5/2 =

b) 8/7 - 1/3 =
c) 5/2 - 7/5 =
d) 7/2 - 3/9 =
e) 1/9 - 3/5 =

4) 3. Efetue as operações:
a) 5/4 + ¾ - ¼ =
b) 2/5 + 1/5 – 3/5 =
c) 8/7 – 3/7 + 1/7 =
d) 7/3 – 4/3 – 1/3 =

e) 1/8 + 9/8 -3/8=


f) 7/3 – 2/3 + 1/3 =
g) 7/5 + 2/5 – 1/5 =

5) Um mês tem trinta dias. Escreva a fração do mês correspondente a:

a) 1 dia
b) 5 dias
c) 17 dias
d) 29 dias

6) Que fração representa uma semana no mês de abril?

7) Participam de uma conferência 9 brasileiros, 6 ingleses e 4 argentinos. Que fração


do total de membros da conferência representa os brasileiros? E os ingleses? E os
argentinos?

8) Para encher um álbum de figurinhas, Karina contribuiu com 1/6 das figurinhas,
enquanto Cristina contribuiu com ¾ das figurinhas. Com que fração das figurinhas as
duas juntas contribuíram?
9) Ana está lendo um livro. Em um dia ela leu ¼ do livro e no dia seguinte leu 1/6 do
livro. Então calcule: a) A fração do livro que ela já leu. b) A fração do livro que falta
para ela terminar a leitura.

10) Com 12 litros de leite, quantas garrafas de 2/3 de litros poderão ser cheias
Unidade 2
Razão e Proporção

Você já se deparou com problemas do tipo:

- Quantas partes de água deverão ser usadas para partes de cimento e areia, ao se
fazer uma quantidade de concreto?

- Para pintar uma casa, gasto duas latas com cinco litros de tinta, se eu levar latas
maiores, vou comprar menos latas?

- Para encher um tanque com duas torneiras gasto um tempo mas e pra encher um
tanque maior com cinco torneiras?

É possível relacionar ou entender como as “coisas” funcionam juntas? Do ponto de


vista matemático, físico ou técnico, estas “coisas” são chamadas de grandezas, se elas
existem e podem ser medidas, são chamadas de grandezas físicas. Exemplo de
grandezas:

- Um carrinho de areia;
- As horas de um relógio;
- O peso de seu professor;
- A largura de uma porta;
- O volume de uma caixa d’água.

Portanto, o estudo da razão e proporção é a ferramenta para comparar grandezas


físicas.
2.1 Razão
É uma forma de dizer divisão, ou seja, quando analisarmos duas grandezas pela razão,
vamos analisar a divisão entre elas, por exemplo:

Caso 1: Por mês, João tem um salário de R$ 2000,00, Carlos tem um salário de R$
1000,00 e Antônio é tem um salário de R$1500,00.

Qual a razão entre o salário de João e Carlos?

Razão foi dois. Portanto, podemos concluir que o salário do João é duas vezes maior
que o salário de Carlos.

Atenção: É necessário manter a ordem da pergunta e da razão, vamos inverter!!!

Vamos analisar a razão entre o salário do Carlos e o salário de João:

á $ 1000,00
= = 0,5
á ã $2000,00

Desta vez, a razão foi de 0,5. Portanto, o salário de Carlos é 0,5 do salário de João, ou
seja, é a metade.

No mesmo caso, vamos analisar outras razões:

Qual a razão entre o salário de João e Antônio?


Razão foi aproximadamente 1,33. Portanto, podemos concluir que o salário do João é
1,33 vezes maior que o salário de Antônio.

Para treinar, analise a razão entre o salário de Antônio e o salário de João.

Observação: Para fixar o termo, o salário do João, Carlos e Antônio são grandezas
físicas.

Caso 2: Em uma sala de aula, temos 60 alunos. 45 são mulheres e 15 são homens. Qual
a razão entre os mulheres e homens na sala?

A razão foi de três. Portanto, o número de mulheres na sala é três vezes maior que o
de homens. Deixo como exercício fazer a razão inversa deste caso 2.
Qual a razão entre os homens e mulheres na sala?
IMPORTANTE: A razão é uma operação básica elementar, uma divisão, mas
para compreender o sentido do resultado, você deverá praticar e pensar a respeito do
resultado.

Continuando a matéria, vamos conversar sobre a proporção, uma ideia que está no
nosso cotidiano e que formalmente será a igualdade entre razões.

2.2 Proporção
A proporção será a igualdade entre razões, ou seja, se eu igualar duas ou mais divisões,
eu terei a proporção entre elas.

O caso mais famoso de proporção que temos na construção civil e que os alunos do
CIPMOI deverão saber é a escala. É tão importante que mais adiante teremos um
espaço só pra escala, mas dentro do nosso assunto, a escala, é a relação das
dimensões que estão no projeto com as dimensões que estão na vida real ou vice-
versa.

Para quem ainda não percebeu o conceito, vamos fazer dois exemplos.
Caso 1: A razão entre a altura de um galpão e o comprimento de sua sombra, no meio
da tarde, é de 16 para 4. Se a sombra é de 5 metros, qual é a altura do prédio?

Por definição, a proporção é a igualdade entre as razões, neste caso, temos duas :
Razão 1=Razão 2

Como o valor da altura do galpão era desconhecido e era a resposta da pergunta,


chamamos de “x”.

No final desta do capítulo, tem uma série de exercícios sobre razão e proporção. Para
uma excelente fixação, por favor, faça todos.

Agora que estão claros os conceitos de razão e proporção, podemos apresentar o


estudo da regra de três. A regra de três é a analise das variações das grandezas, ou
seja, é a proporção matematicamente aplicada. Estás grandezas poderão ser
diretamente proporcionais ou inversamente proporcionais. O caso “diretamente
proporcional” é quando as grandezas crescem ou diminuem juntas, por exemplo, o
valor da compra de pães na padaria, quanto mais pães, maior o valor que pagará. Já o
caso “inversamente proporcional”, é quando uma grandeza cresce enquanto a outra
diminui, por exemplo, as quantidades de gasolina em relação a distancia percorrida
por um veiculam, quanto maior a viagem, menor a quantidade de gasolina ao chegar
ao destino. Podemos dividir as regras de três em dois grupos:

Regra de três simples: é a variação entre duas e somente duas grandezas.


Regra de três composta: é a variação entre mais de duas grandezas.
Os métodos de resolução dos dois grupos são bastante semelhantes, vou apresentar
um método que nunca falhará, caso seja seguido o passo a passo. Pegaremos um
exemplo de regra de três simples e um de regra de três composta.

2.3 REGRA DE TRÊS SIMPLES

Caso 1: Para se construir um muro de 17m² são necessários 3 trabalhadores. Quantos


trabalhadores serão necessários para construir um muro de 51m²?

Passo 1: Encontre as grandezas, neste caso são “Área do muro” e “Nº de


trabalhadores”.
Passo 2: Faça o seguinte quadro.

Nº de trabalhadores (pessoas) Área do muro (m²)

3 17
X 51

Perceba que já coloquei como “x” o valor a ser encontrado. Uma dica coloque a coluna
que estiver o “x” sempre na esquerda, será mais fácil desta forma.

Passo 3: Avalie se são grandezas diretamente proporcionais ou inversamente


proporcionais, neste exemplo, são diretamente proporcionais.

ATENÇÃO: Caso seja inversamente proporcional, a fração SEM o “x” deverá ser
invertida.

Passo 4: Iguale as razões.

Passo 5: Resolva a expressão.


Caso 2: Um automóvel com velocidade de 80 km/h gasta 15 minutos em certo
percurso. Se a velocidade for reduzida para 60 km/h, que tempo, em minutos, será
gasto no mesmo percurso?

Passo 1: Encontre as grandezas, neste caso são “Velocidade” e “Tempo”.


Passo 2: Faça o seguinte quadro.

Tempo (Minutos) Velocidade (km/h)

15 80
X 60

Perceba que já coloquei como “x” o valor a ser encontrado. Uma dica coloque a coluna
que estiver o “x” sempre na esquerda, será mais fácil desta forma.

Passo 3: Avalie se são grandezas diretamente proporcionais ou inversamente


proporcionais, neste exemplo, são INVERSAMENTE proporcionais.

ATENÇÃO: Caso seja inversamente proporcional, a fração SEM o “x” deverá ser
invertida.

Passo 4: Iguale as razões. Lembre-se de inverter a segunda razão.

Passo 5: Resolva a expressão.


Quanto mais exercício fizer, mais ficará claro saber se é diretamente ou inversamente
proporcional.

2.4 REGRA DE TRÊS COMPOSTA


Caso 1: Numa gráfica existem TRÊS impressoras que funcionam ininterruptamente, 10
horas por dia, durante 4 dias, imprimindo 240.000 folhas. Tendo-se quebrado umas
das impressoras e necessitando-se imprimir, em 6 dias, 480.000 folhas, quantas horas
por dia deverão funcionar ininterruptamente as duas máquinas restantes?

Como explicado para a regra de três simples, os passos são quase os mesmos, vamos
comparar:
Passo 1: Encontre as grandezas, neste caso são quatro, “Impressoras”, “Tempo por
dia”, “dias” e “folhas”.
Horas por dia (horas) Impressoras Folhas (unidade) Dias
(unidade)
10 3 240.000 4
x 2 480.00 6

Perceba que já coloquei como “x” o valor a ser encontrado. Uma dica coloque a coluna
que estiver o “x” sempre na esquerda, será mais fácil desta forma.

Passo 3: Avalie se são grandezas diretamente proporcionais ou inversamente


proporcionais, neste exemplo, são diretamente proporcionais. Você vai ter que fazer
está comparação entre todas as grandezas e a grandeza que está com o “x”, uma
comparação de cada vez.
“Horas por dia” com “Impressoras” => Inversamente proporcional
“Horas por dia” com “Folhas” => Diretamente proporcional

“Horas por dia” com “dias” => Inversamente proporcional

ATENÇÃO: Caso seja inversamente proporcional, a fração SEM o “x” deverá ser
invertida.

Passo 4: Iguale as razões mas como agora são várias, de um lado da igualdade fica a
razão que você quer encontrar o valor e do outro lado o produto das razões.

Perceba que foi invertido as razões que são inversamente proporcionais.

Passo 5: Resolva a expressão.

Percebeu a semelhança? Agora é fazer os exercícios e fixar o conhecimento.

Exercícios

1) Três caminhões transportam 200m3 de areia. Para transportar


1600m3 de areia, quantos caminhões iguais a esse seriam necessários? R:24
caminhões

2) A comida que restou para 3 náufragos seria suficiente para alimentá-los por 12 dias.
Um deles resolveu saltar e tentar chegar em terra nadando. Com um náufrago a
menos, qual será a duração dos alimentos? R:18 dias

3) Para atender todas as ligações feitas a uma empresa são utilizadas 3 telefonistas,
atendendo cada uma delas, em média, a 125 ligações diárias. Aumentando-se para 5 o
número de telefonistas, quantas ligações atenderá diariamente cada uma delas em
média? R:75 ligações

4) Um pintor, trabalhando 8 horas por dia, durante 10 dias, pinta 7.500 telhas. Quantas
horas por dia deve trabalhar esse pintor para que ele possa pintar 6.000 telhas em 4
dias? R:16 horas

5) Em uma disputa de tiro, uma catapulta, operando durante 6 baterias de 15 minutos


cada, lança 300 pedras. Quantas pedras lançará em 10 baterias de 12 minutos cada?
R:400 pedras

6) Dez guindastes móveis carregam 200 caixas num navio em 18 dias de 8 horas de
trabalho. Quantas caixas serão carregadas em 15 dias, por 6 guindastes, trabalhando 6
horas por dia?
R:75

7) Com a velocidade de 75 Km/h, um ônibus faz um trajeto em 40 min. Devido a um


congestionamento, esse ônibus fez o percurso de volta em 50 min. Qual a velocidade
média desse ônibus? R:60km/h

8) Sabendo que os números a, 12 e 15 são diretamente proporcionais aos números 28,


b e 20, determine os números a e b. R: a=21 e b= 16

9) Uma tábua com 1,5 m de comprimento foi colocada na vertical em relação ao chão
e projetou uma sombra de 53 cm. Qual seria a sombra projetada no mesmo instante
por um poste que tem 10,5 m de altura? R:371 cm
10) Uma certa quantidade de suco foi colocado em latas de 2 litros cada uma,
obtendo-se assim 60 latas. Se fossem usadas latas de 3 litros, quantas latas seriam
necessárias para colocar a mesma quantidade de suco? 40 latas
11) Se 6 impressoras iguais produzem 1000 panfletos em 40 minutos, em quanto
tempo 3 dessas impressoras produziriam 2000 desses panfletos? R:160

12) Uma empresa tem 750 empregados e comprou marmitas individuais congeladas
suficientes para o almoço deles durante 25 dias. Se essa empresa tivesse mais 500
empregados, a quantidade de marmitas adquiridas seria suficiente para quantos dias?
R: 15

13) Um texto ocupa 6 páginas de 45 linhas cada uma, com 80 letras (ou espaços) em
cada linha. Para torná-lo mais legível, diminui-se para 30 o número de linhas por
página e para 40 o número de letras (ou espaços) por linha. Considerando as novas
condições, determine o número de páginas ocupadas. R:18

14) Se foram empregados 4 kg de fios para tecer 14 m de uma maquete de fazenda


com 80 cm de largura, quantos quilogramas serão necessários para produzir 350 m de
uma maquete de fazenda com 120 cm largura? R:150

15) Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m 3 de areia. Em 5 horas, quantos


caminhões serão necessários para descarregar 125m 3 ? R:25 caminhões

16) Numa fábrica de brinquedos, 8 homens montam 20 carrinhos em 5 dias.Quantos


carrinhos serão montados por 4 homens em 16 dias? R:32 carrinhos

17) Uma gráfica possui 5 máquinas iguais que produziram juntas uma encomenda de
1.200 cartelas de adesivos em 4 horas. Essa gráfica recebeu uma encomenda de 1.300
cartelas desse adesivo, porém, 3 dessas máquinas não poderão ser utilizadas por
estarem em manutenção. Portanto, o tempo necessário para produzir essa nova
encomenda será maior do que as
anteriores em:
18) Três torneiras enchem uma piscina em 10 horas. Quantas horas levarão 10
torneiras para encher 2 piscinas? Resposta: 6 horas.

19) Uma equipe composta de 15 homens extrai, em 30 dias, 3,6 toneladas de carvão.
Se for aumentada para 20 homens, em quantos dias conseguirão extrair 5,6 toneladas
de carvão? Resposta: 35 dias.

20) Vinte operários, trabalhando 8 horas por dia, gastam 18 dias para construir um
muro de 300m. Quanto tempo levará uma turma de 16 operários, trabalhando 9 horas
por dia, para construir um muro de 225m? Resposta: 15 dias.

21) Um caminhoneiro entrega uma carga em um mês, viajando 8 horas por dia, a uma
velocidade média de 50 km/h. Quantas horas por dia ele deveria viajar para entregar
essa carga em 20 dias, a uma velocidade média de 60 km/h? Resposta: 10 horas por
dia.
APOSTILA CIPMOI 2018

A equipe do CIPMOI agradece a ArcelorMittal por sua colaboração no desenvolvimento das apostilas.
Declaramos também nossa gratidão por acreditarem no projeto e oferecerem apoio a ele.

Atenciosamente,
Equipe CIPMOI 2018
Cleiton Rogério Salgado, Coordenador e Instrutor de Eletricidade Geral
Matheus Pires Oliveira, Coordenador e Instrutor de Laboratório de Soldagem
Catharina de Almeida Carvalhais, Gerente de Comunicação e Instrutora de Comunicação e Relações Humanas
Luiz Augusto Ferreira Martins, Gerente de Desenhista Cadista para Construção Civil e Instrutor de Desenho Projetivo
Lucas Gustavo Ribeiro Rocha, Gerente de Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão e Instrutor de Laboratório de Eletricidade
Luíza de Oliveira Trindade, Gerente de Informática e Instrutora de Informática
Luíza Lopes Abreu Mappa, Gerente de Matemática e Instrutora de Matemática
Larissa Cavalieri Furtado, Gerente de Mestre de Obras e Instrutora de Gestão de Obras
Arthur Electo de Moura Lima, Gerente de Tecnologia da Soldagem e Instrutor de Processos de Soldagem
Victor Sudré Rosado Paz Gonçalves, Instrutor de AutoCAD
Vinicius Sudré Rosado Paz Gonçalves, Instrutor de AutoCAD
Bruno Mateus Oliveira Silva, Instrutor de Comunicação e Relações Humanas
César Romero Afonso Goulart Júnior, Instrutor de Fundamentos de Soldagem
Edu Oliveira Torres Junior, Instrutor de Gestão de Obras
Melchior Augusto Syrio de Melo, Instrutor de Informática
Victor Costa Fiuza de Oliveira, Instrutor de Matemática
Victor Cruz de Souza, Instrutor de Matemática
Gabriel Tadeu Costa Catharino, Instrutor de Projetos Elétricos
Guilherme Oliveira Pinto, Instrutor de Projetos em Construção Civil
Igor Gomes Amaral, Instrutor de Projetos em Construção Civil
João Guilherme França, Instrutor de Técnicas Construtivas
Viviani Cristina de Oliveira, Instrutora de Comunicação e Relações Humanas
Lauren Caroline Britto Batista, Instrutora de Informática
Natália da Mata Cota Martins, Instrutora de Laboratório de Eletricidade
Thayna Maciel Athayde, Instrutora de Matemática
Sarah Baldi Alves de Andrade, Instrutora de Matemática
Priscila Caroline Saraiva Jardim, Instrutora de Técnicas Construtivas

Você também pode gostar