Você está na página 1de 35

Escola Estadual Joaquim Murtinho

João Victor

Trabalho de
Física

Ponta Porã 26 de Maio de 2022


Escola Estadual Joaquim Murtinho

João Victor

Eletrostática

Joaquim Murtinho

Aluno: João Victor

Serie: 2 ano do ensino médio

Turma: 2 C

Professor: Me. Lays

Ponta Porã 26 de Maio de 2022


Sumário
Eletrostática........................................................................................................................................... 5

Pré-requisitos Matemáticos.................................................................................................................5

AS PARTÍCULAS ELEMENTARES............................................................................................................6

Você já se perguntou do que as “coisas” são feitas?.....................................................................................6

PARTE 1: As partículas que constituem a matéria (= Férmions)..............................................6

Os quarks.......................................................................................................................................................6

Os léptons......................................................................................................................................................7

PARTE 2: A Antimatéria e Antipartículas.............................................................................................7

As antipartículas (=antiquark e antiléptons)..................................................................................................8

PARTE 3: As partículas que mediam as interações (=Bósons).....................................................................9

Partículas mediadoras (=Bósons de Gauge).................................................................................................9

PARTE FINAL: Todas as Partículas Elementares!........................................................................................10

O Átomo.............................................................................................................................................. 10

O que é Átomo?...........................................................................................................................................11

Aristóteles.......................................................................................................................................... 11

Leucipo e Demócrito........................................................................................................................12

John Dalton.........................................................................................................................................13

J. J. Thomson.......................................................................................................................................14

Ernest Rutherford.............................................................................................................................16

James Chadwick................................................................................................................................ 18

Niels Bohr........................................................................................................................................... 19

Como foi desenvolvido o modelo atômico de Bohr?...................................................................................20

Postulados....................................................................................................................................................20

Max Planck.........................................................................................................................................21

Albert Einstein...................................................................................................................................23

W. Heisenberg....................................................................................................................................23
Resumo sobre o princípio da incerteza.................................................................................................24

Modelo Padrão de Partículas............................................................................................................25

Carga Elétrica.....................................................................................................................................26

Quinta essência.................................................................................................................................28

Carga elétrica.....................................................................................................................................28

Processos de Eletrização.................................................................................................................29

Força Elétrica..................................................................................................................................... 31

O que é força elétrica?.............................................................................................................................32

Lei de Coulomb..........................................................................................................................................33

Força elétrica e campo elétrico...............................................................................................................34

Trabalho da força elétrica........................................................................................................................34


Eletrostática
A eletrostática é parte da física que estuda os diversos comportamentos das cargas elétricas
e seus fenômenos, além das interações atrativas e repulsivas entre essas cargas.

Para entender a eletrostática é necessário saber das suas propriedades, que são a carga

elétrica, a eletrização, a força elétrica, o potencial elétrico, o campo elétrico e a energia

potencial elétrica. 

O filósofo e matemático Tales de Mileto foi um dos pioneiros no estudo da eletrostática. Ele

percebeu que o atrito provindo de um fóssil, mais precisamente um âmbar, atraia alguns

objetos leves. 

Willian Gilbert foi o físico e médico pesquisador da eletricidade e do magnetismo no século

XVII. Gilbert foi o criador do pêndulo elétrico, objeto muito importante para os estudos

da eletrostática.  Já Charles Duffay, Otto Von Guericke e

Benjamin Franklin foram outros importantes colaboradores

dessa área. 

O estudo da eletrostática revela a interação existente entre a eletricidade


e o magnetismo. 

https://www.educamaisbrasil.com.br

Pré-requisitos Matemáticos
Jogo de sinal, operação envolvendo notação cientifica, potenciação e radiciação.
AS PARTÍCULAS ELEMENTARES
Você já se perguntou do que as “coisas” são feitas?
Talvez, sua resposta inicial é que as “coisas” são
formadas por átomos. E, você está certo em
pensar assim! Você também deve saber que um
átomo é constituído por estruturas menores:
prótons, nêutrons e elétrons. Talvez, a novidade
é saber que algumas dessas partículas
apresentam estruturas menores ainda,

as partículas elementares. Essas partículas


carregam esse nome, pois são estruturas que não podem ser “quebradas”, ou seja, são partículas
fundamentais e que formam tudo a nossa volta.

Das partículas que constituem um átomo, apenas o elétron é uma partícula elementar. Os prótons e

nêutrons apresentam estruturas internas, os dois apresentam 3 quarks que se mantém unidos

por glúons. Vamos dar uma pausa antes que você se confunda com esses nomes, mas voltaremos a
discuti-los em breve!

A teoria física que melhor descreve as partículas elementares e suas interações é conhecida

como Modelo Padrão. Segundo essa teoria, as partículas elementares se dividem em 2 grupos:

as partículas que formam a matéria (=Férmions) e as partículas responsáveis pelas interações

fundamentais (=Bósons).

PARTE 1: As partículas que constituem a matéria (=


Férmions)
Até onde conhecemos, a matéria representa menos de 5% do Universo e, ela pode ser dividida em 2

famílias de partículas elementares, os quarks e os léptons.

Os quarks
Os quarks aparecem em 6 tipos: up, down, charm, strange, top e

botton. Cada tipo pode aparecer em 3 “cores” diferentes (vermelho,


verde e azul), totalizando 18 quarks distintos.
Na natureza, os quarks são encontrados em grupos, estruturas conhecidas como Hádrons. Esses hádrons

podem ser classificados em Bárions (estruturas de 3 quarks) ou Mésons (estruturas de 1 quark e 1


antiquark).

Os prótons e nêutrons são exemplos de bárions, apresentando 3


quarks cada um conforme a ilustração.

Obs.: Existem regras para esse agrupamento, mas não serão


discutidas neste texto.
Quarks dentro do próton e do Nêutron –
Ilustração: Beatriz Abdalla/Jornal da USP
Os léptons
Os léptons também aparecem em 6 tipos: elétron, neutrino do elétron, múon,

neutrino do múon, tau e neutrino do tau. Note que temos 3 tipos de

neutrinos!

Essas partículas não se agrupam entre si como os quarks.

Os 6 tipos de léptons

Ao todo, a matéria é constituída de 24 partículas elementares: 6 léptons e 18 quarks.

PARTE 2: A Antimatéria e Antipartículas


Ao ouvir a palavra antimatéria, muitos pensam
em algo muito complexo e bem distante da
compreensão de um leigo. Porém, a ideia de
antimatéria é bem simples!

A antimatéria é praticamente um irmão gêmeo


da matéria, enquanto a matéria é constituída
de partículas, a antimatéria é constituída de
antipartículas.

Em geral, a partícula e sua antipartícula


apresentam algumas propriedades idênticas, como: a massa e o spin.

Vimos a pouco que as “coisas” são feitas de matéria, sendo que a matéria é formada por prótons, nêutrons
e elétrons. De maneira análoga, a antimatéria é feita de antiprótons, antinêutrons e antielétrons
(=pósitron). Enquanto o próton tem carga elétrica positiva, o antipróton tem carga elétrica negativa.
Enquanto o elétron tem carga negativa, o pósitron tem carga positiva. E, assim por diante.

Átomo e antiátomo. Fonte: Brasil escola.

As antipartículas (=antiquark e antiléptons)


Para cada quark e cada lépton existe uma respectiva antipartícula, os antiquarks e os antiléptons, eles

estão apresentados nas tabelas a seguir. Note que temos 3 antineutrinos! 

Os 18 Antiquarks

Os 6 antiléptons
Representação

Para fins didáticos, toda vez que nos referirmos a antimatéria utilizaremos uma barra sobre o símbolo
que representa a matéria. Exemplo:

Curiosidade 1: Aniquilação matéria-antimatéria

Um fato interessante sobre o tema é que quando a matéria e a antimatéria se encontram, elas se
aniquilam. Por exemplo, um pósitron deixa de existir rapidamente após encontrar um elétron. 

Curiosidade 2: Assimetria matéria-antimatéria


Acredita-se que no início do Universo havia um pouquinho a mais de matéria em relação a antimatéria,
após aniquilarem restou a matéria que conhecemos hoje. Logo, podemos deduzir que a antimatéria
possui um tempo curto de vida, pois ao encontrar a matéria, deixa de existir. Isso explica a dificuldade
dos cientistas em estudar a antimatéria.

Ao todo, temos 24 partículas elementares que constitui a antimatéria: 6 antiléptons e 18 antiquarks.

PARTE 3: As partículas que mediam as interações (=Bósons)


Toda matéria que observamos se mantém unida e estável graças as interações fundamentais, as quais
ocorrem por meio das partículas mediadoras.  

Partículas mediadoras (=Bósons de Gauge)


As partículas mediadoras são: o fóton, os glúons (existem 8 tipos), os bósons de interação fraca (Z,

W+ e W–) e o gráviton (nunca detectado e desprezível no mundo subatômico).

Essas partículas são responsáveis por mediar as 4 interações fundamentais da natureza: Forte, Fraca,
Eletromagnética e Gravitacional. 

Para cada uma das interações é associada uma partícula mediadora.

A Interação Eletromagnética tem o fóton como partícula mediadora.

A Interação Forte tem o glúon como partícula mediadora.

A Interação Fraca tem o bóson de interação

fraca como partícula mediadora.

A Interação Gravitacional tem

o gráviton como partícula mediadora.

As 12 partículas mediadoras

Como “funcionam” as partículas mediadoras? 


Por exemplo, um próton atrai um elétron através da Interação Eletromagnética, durante o tempo de
interação, há troca de fótons entre as 2 partículas. Da maneira análoga, existe partículas que trocam

glúons e outras que trocam bósons W ou Z. Os neutrinos só trocam bósons W ou Z!

Bóson de Higgs

Existe uma outra partícula de interação, o Bóson de Higgs. Ele


apresenta características um pouco diferente das outras partículas
mediadoras, sendo responsável pelo surgimento das massas das
partículas elementares. Curiosamente, dentre todas as partículas, ela foi O Bóson de Higgs, popularmente conhecida
como ‘A partícula de Deus’
a última a ser detectada, em 2012, pelo experimento Large Hadron

Collider (LHC), no CERN.

Ao todo, os bósons são representados por 13 partículas elementares. Eles apresentam partículas iguais as
suas antipartículas, com exceção dos Bósons W+ e W- (partícula e antipartícula).

PARTE FINAL: Todas as Partículas Elementares!


A tabela abaixo foi retirada do texto “Sobre o discreto charme das Partículas Elementares“ e
agrupa as 61 partículas discutidas até aqui (24 férmions + 24 antiférmions + 13 bósons). 

Todas as partículas elementares

Por enquanto, essas são as partículas elementares! Bom lembrar que a ciência já nos mostrou várias vezes
que está em constante desenvolvimento e evolução!

https://propg.ufabc.edu.br
O Átomo
O átomo é a partícula base formadora de toda matéria. Hoje temos catalogadas 118 espécies atômicas,
que são representadas na tabela periódica e classificadas de acordo com as características físico-químicas
de cada uma.

A hipótese de uma partícula indivisível, substancial à matéria, foi lançada pela primeira vez na Grécia
Antiga por Demócrito, que foi desacreditado pelos seguidores de Aristóteles. Séculos depois Dalton
formulou a primeira teoria atômica, na qual afirmava que o átomo era a menor partícula existente, sendo
indivisível e indestrutível.

Depois de Dalton, vários teóricos tentaram explicar o átomo, sua estrutura e interação com o meio. O
desenvolvimento científico provou que, apesar de a palavra átomo significar “indivisível”, hoje sabemos
que existem diversas partículas subatômicas, ou seja, partículas intrínsecas ao átomo, como quarks,
léptons e Mésons.

O que é Átomo?
Átomo é a partícula microscópica que é base da formação de toda
e qualquer substância. Por muito tempo, acreditou-se que ele era a
menor parte da matéria, o indivisível. Tanto que a palavra átomo provém
do grego e significa aquilo que não se parte.

No decorrer dos anos, foram formuladas teorias atômicas, cada uma


delas com uma estrutura atômica diferente. A evolução dessas teorias foi
agregando à composição do átomo partículas ainda menores, como
os prótons e elétrons. Hoje, apesar de se manter o nome átomo, já
sabemos que não se trata de um elemento indivisível e que existem outras partículas menores, chamadas
de partículas subatômicas.

https://www.manualdaquimica.com/

Aristóteles
À primeira vista não há dúvida de que o atomismo de Leucipo e Demócrito seja um tipo de pluralismo. A

teoria é bastante direta e objetiva: as coisas que existem no mundo sensível são compostas de outras

coisas (no plural) muito pequenas e indivisíveis, chamadas átomos, que existem em número infinito e

com uma variedade infinita de formas. Além disso, existe o vazio, que também participa da composição

dos corpos sensíveis. Mas há, segundo Aristóteles, outro modo de explicar o atomismo que parece indicar

apenas dois princípios: o pleno e o vazio. O pleno seria aquilo que é cheio e  ser; e, portanto, não-vazio,
que é um tipo de não-ser,  mas que não é menos do que o ser. Nesta forma de entender o atomismo, os

corpos sensíveis seriam derivados de modificações no pleno, exatamente como sustentam os monistas. A

estas modificações Aristóteles chama de rarefação e condensação. Neste esquema, o vazio interno aos

corpos sensíveis, seria aquilo que permite que ocorra rarefação e condensação: quanto mais vazio, mais

raro; quanto menos, mais denso. Se se levar em conta que, para Aristóteles, não pode existir algo como o

vazio, especialmente o vazio externo aos corpos, um atomismo sem o vazio, cujo princípio fosse o pleno,

seria um tipo de monismo, como o de Anaxímenes ou Diógenes de Apolônia. Até que ponto, então, para

Aristóteles, o atomismo se enquadra definitivamente nestas categorias: monismo e pluralismo?

https://periodicos.unb.br

Leucipo e Demócrito
A concepção da existência de átomos é bem mais antiga do que se pensa, isto é, há aproximadamente
uns 2400 anos. Os primeiros pensadores filosóficos que cogitaram esta ideia foram: Leucipo e
Demócrito, sendo que Leucipo foi quem propôs pela primeira vez que tudo é feito (todo o universo) de
partículas indivisíveis, chamadas átomos.

A palavra “átomo” vem do grego (a=não, tomo=divisão) e significa “algo que não pode ser cortado”, pois
se acreditava que átomos eram indivisíveis e a matéria era composta por essas minúsculas partículas
elementares, de várias formas e tamanhos. A prova disso seria a infinidade de substâncias existentes na
natureza, cada uma delas com formatos e características diferentes.

Em suma, os filósofos atomistas conceberam o átomo como sendo peças de um quebra-cabeça, as quais
precisavam se unir de forma perfeita para formar estruturas mais complexas.

Segundo eles, cada substância possuía seu tipo de átomo e este variava de acordo com as propriedades
da mesma. Por exemplo, uma substância no estado líquido teria átomos arredondados (por isso,
escoavam) e no estado sólido se apresentaria como átomos pontiagudos.

E mais! Acreditavam que átomos eram eternos.

É claro que esta concepção já foi ultrapassada. Hoje, temos conhecimento de que os átomos não são
indivisíveis e nem tão pouco eternos. Eles podem ser rompidos (fissão nuclear) e até mesmo destruídos.
Mas não podemos deixar de considerar esta linha de estudo traçada por nossos ancestrais, pois ela
permitiu à ciência dar seus primeiros passos até à Idade Moderna e chegar a um estágio avançado, tal
qual é atualmente.

https://mundoeducacao.uol.com.br/

John Dalton
A natureza da matéria sempre foi algo que os pensadores, filósofos e cientistas tentaram explicar. Tanto
que já por volta de 450 a.C., os filósofos gregos Leucipo e Demócrito tiveram a ideia de que a matéria seria
formada por pequenas partículas indivisíveis que não poderiam ser destruídas. Essas partículas receberam
o nome de “átomos”, palavra que em grego significa “indivisível”.

No entanto, isso se chocou com as ideias de Aristóteles (384-322 a.C.), que dizia que a matéria era
descontínua e que tudo seria formado apenas por quatro “elementos”: fogo, terra, ar e água. Essas ideias
foram adotadas pela maioria durante cerca de 2000 anos.

Então, em 1803, o químico inglês John Dalton (1766-1844) retomou as ideias originais de Leucipo e


Demócrito. Depois de realizar vários experimentos para comprovar as suas hipóteses, ele formulou os
seguintes postulados, isto é, proposições que não podem ser comprovadas, mas que são admitidas como
verdadeiras e que servem como ponto de partida para a dedução ou conclusão de outras afirmações:

1-A matéria seria formada por pequenas partículas esféricas, maciças (algo que não é oco, mas que é
compacto) e indivisíveis, denominadas átomos;

2-A matéria seria descontínua, pois entre um átomo e outro haveria espaços vazios;

3-Um elemento químico seria formado por um conjunto de átomos de mesmas massas, tamanhos e


propriedades;

4-Elementos químicos diferentes seriam formados por átomos que teriam massas, tamanhos e
propriedades diferentes;

5-A combinação entre átomos


diferentes, em uma proporção
de números inteiros, Átomos de diferentes elementos, segundo Dalton, com tamanhos e cores fantasia

formaria substâncias diferentes;

6-Uma substância composta seria formada por espécies químicas de diferentes elementos com


quantidade fixa de cada um deles. Dalton deu o nome “átomos compostos” a essas espécies;
7-Os “átomos compostos” seriam formados por um pequeno número de “átomos simples”;

8-Um átomo não poderia ser destruído; em uma reação química, eles apenas se rearranjariam para
formar novas substâncias.

Para explicar sua hipótese, Dalton elaborou um modelo, já que os átomos não podiam ser vistos. Os modelos
não são a realidade, mas uma representação da natureza, uma imagem mental construída a fim de explicar
uma teoria a respeito de algum fenômeno que não pode ser visualizado. Um modelo adequado torna possível
que se compreenda melhor a natureza e que até mesmo se faça previsões sobre o fenômeno estudado.

Esse modelo, hoje chamado de modelo atômico de Dalton, era que o


átomo seria semelhante a uma bola de bilhar, esférica, maciça e
indivisível:

Para melhor representar a sua teoria atômica, Dalton também


substituiu os antigos símbolos que eram usados pelos alquimistas para
representar o que eles acreditavam ser elementos químicos por
símbolos mais apropriados, até porque alguns elementos descobertos
não eram conhecidos pelos alquimistas. O modelo atômico de Dalton parecia com uma
bola de bilhar

Ele propôs uma série de círculos com linhas, pontos ou letras no meio
que representassem cada elemento químico:

Atualmente, sabemos que alguns dos elementos representados por


Dalton são, na realidade, compostos químicos, porque as técnicas
da época ainda não permitiam a sua decomposição nos elementos
que os constituíam. Por exemplo, o que Dalton achava ser o
elemento alumínio (A?) era, na realidade, o composto alumina (A?
2 O3). Símbolos para representar átomos de Dalton

https://www.manualdaquimica.com/

J. J. Thomson
O modelo atômico aceito por quase todo o século XIX foi o proposto por Dalton, que, conforme pode ser
visto no texto Modelo Atômico de Dalton, basicamente se tratava de uma esfera maciça e indivisível.

Entretanto, esse modelo não explicava as características elétricas da matéria, que já eram conhecidas
desde a época do filósofo e matemático grego Tales de Mileto (640-546 a.C.). Ele demonstrou que o atrito
de um pedaço de âmbar (resina fossilizada) com seda ou lã fazia com que eles ficassem eletricamente
carregados, tanto que dois pedaços de âmbar atritados repeliam-se e, por outro lado, eles atraíam a seda
ou lã. A palavra âmbar em grego é elektron e daí que veio o uso da palavra “eletricidade”.

Benjamin Franklin (1706-1790) chamou essas cargas elétricas opostas de carga positiva e carga negativa.
Ele também realizou experimentos envolvendo eletricidade, como um que ficou bastante famoso em razão
do perigo envolvido, quando ele colocou uma chave em uma pipa e um raio durante uma tempestade foi
atraído pela chave.

Além disso, no início do século XIX, os cientistas já realizavam várias experiências envolvendo eletricidade,
como a eletrólise (passagem de corrente elétrica por um sistema líquido) feita por Faraday e a pilha
elétrica criada por Volta, em que havia condução de corrente elétrica por metais.

Assim, para explicar esses fenômenos, o cientista Joseph John Thomson (1856-1940) realizou vários
experimentos envolvendo um dispositivo chamado de ampola de Crookes ou tubo de raios
catódicos. Esse dispositivo foi criado pelo físico inglês Willian Crookes (1832-1919), sendo feito de um
tubo de vidro vedado, com um gás sob baixa pressão (atmosfera rarefeita), em que ele aplicava uma
tensão. Isso era feito porque dentro do tubo haviam dois eletrodos, ou seja, de um lado tinha um fio de
metal ligado ao polo positivo de uma fonte de alta tensão, que ficou sendo chamado de ânodo, e do outro
havia outro metal, chamado de cátodo, que estava ligado ao polo negativo. É interessante que a palavra
eletrodo significa “caminho para a eletricidade”.

Quando a alta tensão era ligada, podiam-se observar raios saindo do cátodo e indo em direção ao ânodo.
Esses raios foram chamados, então, de raios catódicos.

J. J. Thomson observou que essas cargas elétricas tinham massa, pois, colocando-se uma ventoinha
entre os dois eletrodos, quando os raios catódicos passavam, eles movimentavam a ventoinha. Além disso,
como se pode ver na imagem abaixo, quando se colocava um campo elétrico produzido por placas
eletrizadas, esses raios sofriam um desvio e eram atraídos pelo polo positivo do campo elétrico. Isso
comprovou que os raios catódicos eram um feixe de partículas
negativas:

Essa não era uma propriedade somente para um tipo de gás,


mas para qualquer gás que fosse usado no tubo, o resultado
desse experimento era sempre o mesmo. Portanto, essas
partículas negativas, que foram chamadas de elétrons, eram Experimento de Thomson com tubo de raios catódicos

parte constituinte dos átomos de toda matéria, ou seja, dos átomos de qualquer elemento químico.
Desse modo, Thomson propôs um novo modelo atômico, que continuava
esférico como o de Dalton, porém, que explicava a natureza elétrica da
matéria. Para Thomson, o átomo não seria indivisível, como Dalton propôs,
mas sim divisível, ou seja, ele possuiria partículas menores de carga
negativa, os elétrons, que ficavam distribuídos aleatoriamente sobre
uma esfera carregada positivamente. A esfera tinha que ser positiva
para neutralizar as cargas negativas dos elétrons, tendo em vista que o
átomo é eletricamente neutro.
Modelo para o átomo de Thomson

Esse modelo ficou conhecido como modelo do pudim de passas. A


analogia entre o pudim de passas e o modelo atômico de Thomson é
igual à do panetone abaixo, em que as uvas passas ficam distribuídas
aleatoriamente e incrustadas na massa, sendo que a carga positiva
do átomo corresponde a essa massa e os elétrons correspondem às
uvas passas.

Analogia entre o modelo atômico de Thomson e um


panetone com uvas passas

https://www.manualdaquimica.com/

Ernest Rutherford
No ano de 1911, o físico neozelandês Ernest Rutherford conduziu um experimento muito importante que
mudou o modo como o átomo era visto pelos cientistas da época. Até o momento, o modelo atômico
aceito era o de Thomson, que dizia que o átomo seria uma esfera positiva, não maciça, incrustada de
elétrons e com carga elétrica total nula.

O experimento em questão é demonstrado na figura abaixo, onde temos uma amostra do elemento
radioativo polônio dentro de um bloco de chumbo. A radiação alfa (α) que saía do polônio passava por um
pequeno orifício do bloco de chumbo e ia em direção a uma finíssima lâmina de ouro. Atrás dessa lâmina
de ouro havia um anteparo fluorescente, pois foi recoberto de sulfeto de zinco, que mostraria uma
luminosidade onde as partículas alfas incidissem.

O resultado observado foi o seguinte:

1-A maioria das partículas continuou sua trajetória


atravessando a lâmina de ouro;
2-Poucas partículas atravessaram a lâmina e desviaram-se de sua trajetória;

3-Poucas partículas foram refletidas, não atravessando a lâmina.

Cada um desses fatos levou Rutherford à conclusão de que o modelo


de Thomson estava incorreto:

1-O fato de a grande maioria das partículas alfa atravessar a lâmina de


ouro indica que a maior parte do átomo trata-se, na verdade, de espaços
vazios;

2-O fato de poucas partículas que atravessaram a lâmina de ouro terem Trajetória das partículas alfa no experimento de
Rutherford
sofrido um desvio na sua trajetória indica que elas se aproximavam de
alguma região do átomo que tivesse a mesma carga que elas, isto é, carga positiva, sendo assim repelidas;

3-As poucas partículas que foram rebatidas pela lâmina de ouro indicavam que o átomo possui uma região
maciça que impedia essa passagem, com carga igual, isto é, positiva. As partículas refletidas bateriam de
frente com essa região.

Essas observações levaram Rutherford a criar um novo modelo


atômico:

Modelo atômico de Rutherford: O átomo possui uma


região central chamada de núcleo atômico, onde fica
praticamente toda a massa do átomo e que apresenta
carga positiva, e uma região denominada de eletrosfera, Explicação do experimento de Rutherford e modelo
do átomo
onde os elétrons ficam girando ao redor do núcleo.

Esse modelo de Rutherford ficou conhecido como sistema


planetário ou sistema solar, porque o Sol seria o núcleo,
enquanto os planetas seriam os elétrons que ficam girando ao
redor.

Alguns anos mais tarde a terceira partícula subatômica (nêutron)


foi descoberta e alterou-se um pouco o modelo de Rutherford. O
Modelo do átomo de Rutherford
núcleo atômico era composto pelos prótons (partículas positivas) e
nêutrons (partículas neutras), compondo quase que a massa total do
átomo:
Átomo com núcleo formado por prótons e
nêutrons com elétrons girando na eletrosfera

https://www.manualdaquimica.com/

James Chadwick
Quando Ernerst Rutherford (1871-1937) fez o seu famoso experimento com um feixe de partículas alfa, e
propôs um novo modelo para o átomo, houve algumas controvérsias.

Uma delas era que, segundo ele, o átomo teria um núcleo composto de partículas positivas denominadas
prótons. No entanto, percebeu-se que se no núcleo do átomo houvesse mais de um próton, isto
comprometeria a estabilidade do núcleo, porque os prótons, como partículas positivas, iriam sofrer uma
força de repulsão. Elas iriam se repelir e o núcleo iria desmoronar.

Sabemos muito bem que isto não ocorre e que os átomos de fato existem. Assim, Rutherford admitiu que
existiam no núcleo outras partículas semelhantes aos prótons, porém sem carga elétrica. Isto explicaria
esta aparente contradição, pois tais partículas neutras diminuíriam a repulsão entre os prótons e
aumentaria a estabilidade do núcleo. O seu modelo atômico ficou, portanto, conforme aparece abaixo,
com partículas positivas (prótons) e neutras (nêutrons) no núcleo.

Entretanto, esse fato só foi comprovado em 1932, quando o


cientistas James Chadwick utilizou o Princípio de
Conservação da Quantidade de Movimento, que diz
que se a resultante das forças externas que atuam
Núcleo do modelo atômico de Rutherford
sobre o sistema for nula, o movimento total de um
sistema permanecerá inalterado. Ele fez com que feixes de partículas alfa
colidissem com o elemento berílio. Com isso, apareceu um tipo de radiação
diferente. Depois de fazer vários cálculos e medir a massa dessas partículas,
ele verificou que o núcleo do berílio radioativo emite partículas sem carga elétrica
e de massa praticamente igual à dos prótons.
Ele próprio denominou essas partículas de nêutrons. De certa maneira, os
nêutrons “isolam” os prótons, evitando suas repulsões e o consequente
“desmoronamento” do núcleo.

*Características do nêutron:

Em relação às outras partículas subatômicas, temos:

Tabela de Características do nêutron e das outras partículas subatômicas

Experiências posteriores confirmaram que os prótons e os nêutrons são formados por outras partículas,

denominadas quarks (udd – dois deles "down" e um "up").  Quando está ligado ao núcleo, os
prótons e os nêutrons se mantêm unidos pela força forte, que é responsável, também, pela união dos
quarks dentro dos prótons e nêutrons.

Quando livre, o nêutron é instável, decaindo em cerca de 10


minutos, gerando um próton e emitindo um elétron e um
antineutrino.

Decaimento do nêutron livre.

https://mundoeducacao.uol.com.br/

Niels Bohr
O modelo atômico de Bohr, proposto em 1913 por Niels Bohr, apresenta os elétrons distribuídos em
camadas ao redor de um núcleo. Semelhante à órbita de um planeta,
mostra que os elétrons movem-se em sentidos circulares, mas que as
órbitas possuem energias definidas. 

Também conhecido como átomo de Rutherford-Bord, pois foi um


aperfeiçoamento dos trabalhos do cientista Ernest Rutherford, explica
que à medida que as camadas se afastam do núcleo, maior é a energia
dos elétrons. A capacidade de absorção energética ainda possibilita o salto para um nível mais afastado do
núcleo (estado ativo ou excitado) e a emissão de radiação quando retornam ao seu estado fundamental
(estável e de menor energia). 

Como foi desenvolvido o modelo atômico de Bohr?

Para dar continuidade ao modelo atômico de Rutherford, experimento que, dentre outras definições,
chegou a conclusão que no átomo há espaços vazios e partes compostas por partículas pequenas –
futuramente conhecidas como prótons (carga positiva) e elétrons (carga negativa) –, Bohr passou a
observar o funcionamento do átomo de hidrogênio, que possui 1 elétron na camada de valência. 

Antes disso, o especialista em física atômica já tinha percebido que um gás consegue emitir luz no
momento que a corrente elétrica passava por ele. Esse descoberta viria a esclarecer que os elétrons
podem absorver energia elétrica e depois liberá-la na forma de luz. 

A partir dessa visão, o modelo atômico de Bohr foi embasado pela dedução de que o átomo tem uma
quantidade de energia disponível para cada uma das suas órbitas. É justamente por isso que, quando
recebe energia vinda de uma descarga elétrica, algumas das suas partículas passam para uma camada de
energia ainda maior, isto é, uma área mais distante do núcleo. Já quando o efeito é o contrário, ou seja,
retornam ao estado fundamental, liberam a energia excedente, o que resulta na emissão de luz. 

Postulados 

Durante a conclusão dos experimentos, o modelo atômico de Bohr trouxe as seguintes premissas:

Princípio da quantização da energia atômica, ou seja, os elétrons circulam em órbitas que correspondem à
sua quantidade de energia. Sendo assim, não há a possibilidade de orbitar entre dois níveis com
intensidades parecidas. 

Cada elétron move-se em uma órbita, chamada de estado estacionário. Ao absorver energia, salta para um
nível mais energético. Já ao retornar a posição original, libera a mesma quantidade adquirida na passagem.
Esse processo ocorre na forma de luz. 

Existem apenas 7 níveis de energia ou camadas eletrônicas, que são representados pelas letras K (1º), L
(2º), M (3º), N (4º), O (5º), P (6º) e Q (7º). Quando mais longe do núcleo, maior é a energia dos elétrons
localizados. 
Apesar da grande contribuição para os estudos sobre a composição e organização dos átomos, que levou
a premiação do Nobel de Física em 1922, o modelo atômico de Bohr não consegue explicar o que
acontece com os elementos mais complexos. Foi a partir da década de 1920 que os teóricos em Física
Quântica, especialmente Erwin Schrödinger, Louis de Broglie e Werner Heisenberg, complementaram as
pesquisas ao revelar as outras partículas que compõem a estrutura atômica. 

https://www.educamaisbrasil.com.br/

Max Planck
Uma das portas que abrem a física moderna é a teoria quântica, que
apresentam inúmeros percussores, desde Heinrich Hertz (1857 – 1894), o
primeiro a observar o Efeito Fotoelétrico, até Albert Einstein (1879 – 1955), o
famoso físico que utilizou termos quânticos para explicar o Efeito
Fotoelétrico. Contudo, o título de pai de toda Teoria Quântica se dá ao
alemão Max Karl Ernst Ludwig Planck, ou apenas Max Planck (1858 – 1947),
ganhando inclusive um Nobel de Física (1914) pela contribuição nessa área.

Já foi abordado que havia uma luta teórica entre Newton e Huygens com
relação a natureza da luz. O primeiro apontava a ela uma característica corpuscular, já o segundo uma
característica ondulatória. Mesmo Young, por meio do experimento da Fenda Dupla, provado a
característica ondulatória da luz, nada de fato inviabilizou a sua característica corpuscular. Contudo, o
Efeito Fotoelétrico comprova o mesmo, tal como Einstein propôs que toda radiação Eletromagnética é
quantizada. Estas são formadas por pequenos quantuns (“pacotes”) de energia denominados fótons. As
teorias elaboradas por Einstein só foram possíveis por conta dos estudos anteriores de Planck. A Equação
de Planck (ou Equação de Planck – Einstein) a seguir, proposta pelo mesmo é a base de toda Física

quântica.

Essa equação define que qualquer radiação eletromagnética está associada a uma determinada energia.
Ela serviu de base para provar vários aspectos como a Teoria da Relatividade de Einstein e, inclusive na
química, no Princípio de Bohr, no que tange aos níveis quantizados de energia do átomo.
Sabendo que:

Esta última equação, proposta pelo físico francês Louis De Broglie (1892 – 1987), é a que deu início a todo
o estudo acerca das Ondas de Matéria, um enorme marco da física quântica, levando inclusive na
elaboração de um modelo atômico.

A equação de Planck abriu portas pra Einstein, De Broglie, Niels Bohr, Schroedinger e tantos outros. Ser o
percursor de uma teoria que revolucionou o estudo científico e tecnológico é algo que apenas Max Planck
conseguiu.

https://blog.enem.com.br/

Albert Einstein
Em certo momento de sua vida, Albert Einstein mencionou que era mais fácil desintegrar um átomo do
que um preconceito. E este preconceito de pessoas para com os dependentes químicos e/ou adictos existe
e este estigma é como ferro quente marcando vidas e comportamentos.

A dependência química é considerada uma doença pela OMS, mas muitos a veem como uma falta de
caráter, uma degradação moral, criando termos pejorativos, difamatórios e depreciativos como: “nóia”,
“zumbi”, “maconheiro”, “crackeiro”, “bêbado”, “chaminé” e alguns pseudo termos técnicos como
“mentirosos inteligentes” e “manipuladores” para contextualizar, muitas vezes, uma história de um
indivíduo – no caso, o dependente ou adicto – sem, ao menos, atentar do que é ou foi a sua vida.

Existem no Brasil aproximadamente, 37 milhões de dependentes químicos em drogas lícitas e ilícitas, 50%
da população brasileira faz uso do álcool e 12% são dependentes do álcool.
Numa sociedade doente, imediatista, de valores efêmeros que rotula o usuário de drogas em um
subproduto, potencializando o conflito existencial do Homem com ele mesmo e considerando que no
Brasil duas em cada três famílias tem problemas com drogas, a complexidade da doença da dependência
química NÃO PODE e NÃO DEVE ser vista como uma falta de caráter, demonizando o indivíduo perante à
sociedade, pois isto nada mais é que um reflexo de sua própria estrutura, excludente, indiferente e
desumana.(*)

No vídeo anexo, Alexandre Araújo, Presidente do Movimento Faces e Vozes da Recuperação no Brasil, nos
leva a uma reflexão sobre os preconceitos e estigmas que sofre um dependente químico, sobretudo
quando o mesmo sofre uma recaída. E nos lembra que as recaídas podem se tornar momentos de ajustes
do tratamento e correção de erros.

É preciso que tenhamos mais empatia, mais compaixão e mais solidariedade com o ser humano, criando
uma cultura de prevenção, tratamento e recuperação, levando esperança à milhares de famílias que
sofrem com a dependência química.

https://freemind.com.br/

W. Heisenberg
O princípio de incerteza de Heisenberg é um dos pilares conceituais da física quântica. De
acordo com esse princípio, em sistemas de escalas reduzidas, como nos átomos e

moléculas, grandezas relacionadas, tais como quantidade de movimento e posição, não podem ser


medidas simultaneamente com exatidão. Quando se conhece a medida de uma delas dessa forma, perde-
se completamente a precisão sobre a medida da outra grandeza.

Resumo sobre o princípio da incerteza

De acordo com o princípio da incerteza, não é possível que se meça, simultaneamente, as medidas

de posição e quantidade de movimento, pois, quando se conhece uma delas, perde-se a


informação sobre a outra. Além das grandezas de quantidade de movimento e posição, o princípio

também se aplica às grandezas de energia e tempo.

Δx – incerteza da posição

ΔQ – incerteza da quantidade de movimento


ΔE – incerteza da energia

Δt – incerteza do tempo

Analisando a relação anterior, é possível perceber que a incerteza da medida ΔQ, multiplicada pelo erro da

medida Δt, deve ser sempre maior ou igual à constante de Planck (6,62607004.10-34 m2kg/s), dividida
por 2π. Essa constante, já reduzida, pode ser escrita como a constante reduzida de Planck, dada por ħ
=1,0545.10-34 J.s.

Uma das formas de “visualizar” o princípio da incerteza

é medindo a posição de um átomo, uma vez que, para fazê-lo, seria necessário emitir fótons
em direção a ele, os quais, por sua vez, deveriam transferir-lhe quantidade de movimento. Com isso
mediríamos a posição do átomo, mas perderíamos completamente a precisão de sua quantidade de
movimento.
Modelo Padrão de Partículas
Carga Elétrica
Toda a matéria que conhecemos é formada por moléculas. Esta, por sua vez, é formada de átomos, que
são compostos por três tipos de partículas elementares: prótons, nêutrons e elétrons.

Os átomos são formados por um núcleo, onde ficam os prótons e nêutrons e uma eletrosfera, onde os
elétrons permanecem, em órbita.

Os prótons e nêutrons têm massa praticamente igual, mas os elétrons têm massa milhares de vezes
menor. Sendo m a massa dos prótons, podemos representar a massa dos elétrons
como:

Ou seja, a massa dos elétrons é aproximadamente 2 mil


vezes menor que a massa dos prótons.

Podemos representar um átomo, embora fora de escala, por:

Se pudéssemos separar os prótons, nêutrons e elétrons de


um átomo, e lançá-los em direção à um imã, os prótons
seriam desviados para uma direção, os elétrons a uma
direção oposta a do desvio dos prótons e os nêutrons não
seriam afetados.

Esta propriedade de cada uma das partículas é chamada carga elétrica. Os prótons são
partículas com cargas positivas, os elétrons tem carga negativa e os nêutrons tem carga neutra.

Um próton e um elétron têm valores absolutos iguais, embora tenham sinais opostos. O valor da
carga de um próton ou um elétron é chamado carga elétrica elementar e simbolizado por e.

A unidade de medida adotada internacionalmente para a medida de cargas elétricas é o coulomb


(C).

A carga elétrica elementar é a menor quantidade de carga encontrada na


natureza, comparando-se este valor com coulomb, têm-se a relação:

A unidade coulomb é definida partindo-se do conhecimento de densidades de corrente elétrica,


medida em ampère (A), já que suas unidades são interdependentes.

Um coulomb é definido como a quantidade de carga elétrica que atravessa em um segundo, a


secção transversal de um condutor percorrido por uma corrente igual a 1 ampère.

A única modificação que um átomo pode sofrer sem que haja reações de alta liberação e/ou
absorção de energia é a perda ou ganho de elétrons.
Por isso, um corpo é chamado neutro se ele tiver número igual de prótons e de elétrons, fazendo
com que a carga elétrica sobre o corpo seja nula.

Pela mesma analogia podemos definir corpos eletrizados positivamente e negativamente.

Um corpo eletrizado negativamente tem maior número de elétrons do que de prótons, fazendo
com que a carga elétrica sobre o corpo seja negativa.

Um corpo eletrizado positivamente tem maior número de prótons do que de elétrons, fazendo
com que a carga elétrica sobre o corpo seja positiva.

Fique atento:

É comum haver confusão sobre corpos positivamente carregados, principalmente, já que é plausível de


se pensar que para que o corpo tenha carga elétrica positiva ele deva receber carga elétrica positiva, ou
seja, ganhar prótons.

Quando na verdade um corpo está positivamente carregado se ele perder elétrons, ficando com menos
carga elétrica negativa.

Para que durante os cálculos você não se confunda, lembre-se que a física vista a nível de ensino médio
estuda apenas reações elementares e cotidianas, como o movimento de elétrons. As reações onde as
partículas intranucleares (nêutrons e prótons) podem ser modificadas são estudadas na parte da ciência
conhecida como Física Nuclear.

Eletrizar um corpo significa basicamente tornar diferente o número de prótons e de elétrons


(adicionando ou reduzindo o número de elétrons).

Podemos definir a carga elétrica de um corpo (Q) pela relação:

Onde:

Q= Carga elétrica, medida em coulomb no SI

n= quantidade de cargas elementares, que é uma grandeza adimensional e têm sempre valor
inteiro (n=1, 2, 3, 4 ...)

e= carga elétrica elementar 

A eletrostática é basicamente descrita por dois princípios, o da atração e repulsão de cargas


conforme seu sinal (sinais iguais se repelem e sinais contrários se atraem) e a conservação de
cargas elétricas, a qual assegura que em um sistema isolado, a soma de todas as cargas
existentes será sempre constante, ou seja, não há perdas.

https://www.sofisica.com.br/

Atração

Repulsão
Quinta essência

https://www.dicio.com.br/

Carga elétrica
A carga elétrica é uma definição da física que determina como os corpos eletrizados vão se comportar.
Quando eles interagem ou sofrem atrito, acontece a eletrização. Esse fenômeno faz com os que corpos se
atraiam ou se afastem uns dos outros. 

Essa é uma parte muito presente no nosso dia a dia. Praticamente tudo em nossa volta é constituído
de matéria, e toda matéria tem carga elétrica. Essas cargas ficam dentro das partículas dos átomos e são
conhecidas como:

Prótons – Partículas de carga positiva que compõem o núcleo de um átomo;

Elétrons – Partículas de carga negativa localizadas na eletrosfera;

Nêutrons – Partículas de carga neutra que, assim como os prótons, constituem o núcleo do átomo.

A atração ou repulsa dos corpos depende da natureza da carga elétrica:

Corpos com cargas de mesma natureza (ou sinal) – Se repelem. (Positivo com positivo ou negativo com
negativo);

Corpos com cargas de natureza contrária – Se atraem. (Positivo com negativo).


É importante lembrar que os prótons e elétrons possuem o mesmo valor de carga, por isso, estão
propensos a atração.  

De acordo com o Sistema Internacional de Medidas, a unidade para carga elétrica é o Coulomb (C), uma
homenagem a Charles Augustin de Coulomb, físico francês que promoveu vários estudos fundamentais
para a área da eletrostática. 

A coulomb é uma grandeza que deriva do Ampère (A). A quantidade do coulomb equivale à quantia de
carga que é transferida por uma corrente elétrica de um ampère, no período de um segundo. Ou seja: 1,0 C
= 1,0 A.

Os átomos geralmente são neutros e com carga total nula. A carga só é alterada quando são ionizados.

Processos de Eletrização
Existem três processos de eletrização: eletrização por atrito, eletrização por contato e eletrização por
indução.

Todos os corpos ou matérias são constituídos por átomos, e estes são formados por partículas menores
denominadas elétrons, prótons e nêutrons.

Prótons e elétrons possuem carga elétrica de mesma intensidade (valor), mas de sinais contrários, em que
o próton é a carga positiva e o elétron, a carga negativa.
No átomo em seu estado natural não existe uma predominância de carga elétrica, por que o número de
prótons é igual ao número de elétrons, o que o torna neutro. No entanto, quando ele perde ou ganha
elétrons dizemos que está eletrizado.

Corpo eletrizado positivamente

Quando um corpo possui uma maior quantidade de cargas positivas, dizemos que perdeu elétrons, e por
isso está eletrizado positivamente.

Obs.: Um corpo nunca ganha prótons, porque está localizado na parte central do núcleo do átomo.

Corpo eletrizado negativamente

É quando um corpo possui mais cargas negativas que positivas, ou seja, quando ganha elétrons.

Atração dos corpos

Quando partículas estão eletrizadas com cargas de sinais contrários, se atraem.

Atração

Repulsão dos corpos

Quando partículas estão eletrizadas com cargas de sinais iguais,


se repelem.

Repulsão
Processos de Eletrização

Eletrização por atrito

Quando dois corpos inicialmente neutros são atritados, se eletrizam e, em virtude do


atrito ocasionado, um corpo ficará com carga positiva e o outro com carga negativa.

Processo de eletrização por atrito ente o vidro e a lã

Eletrização por contato

Quando dois corpos (um eletrizado e outro inicialmente neutro) entram em contato, o
corpo neutro fica com a mesma carga do eletrizado.

Processo de Eletrização por contato


Eletrização por indução 

É quando a eletrização de um corpo inicialmente neutro (induzido) acontece por


simples aproximação de um corpo carregado (indutor), sem que haja contato entre os
corpos. O induzido deve estar ligado a Terra ou a um corpo maior que possa lhe
fornecer elétrons ou que dele os receba num fluxo
provocado pela presença do indutor.

Processo de eletrização por indução

https://mundoeducacao.uol.com.br/
Força Elétrica
Força elétrica é força que uma carga elétrica exerce sobre outra. Ela é repulsiva para cargas de
mesmo sinal e atrativa para cargas de sinais opostos. Além disso, é uma grandeza vetorial,
proporcional ao módulo das cargas e inversamente proporcional à distância que as separa,

sendo matematicamente descrita pela lei de Coulomb.

Essa força faz os átomos se repelirem ou se atraírem, dando origem, assim, aos diferentes


tipos de ligações químicas, por exemplo. A compreensão sobre a forma como a força elétrica funciona é
fundamental para entendermos diversos fenômenos naturais, bem como o grande número de tecnologias

que dispomos hoje em dia e que funcionam com base na eletricidade.

O que é força elétrica?

Força elétrica é a interação exercida entre cargas elétricas.  Cargas elétricas de mesmo sinal
repelem-se quando aproximadas, e cargas elétricas de sinais diferentes são atraídas. A força elétrica que
uma carga exerce sobre outra carga é proporcional ao produto do módulo de suas cargas e inversamente
proporcional ao quadrado da distância que as separa.

A força
elétrica faz com que as cargas de sinais iguais sejam repelidas.

A força elétrica é também uma grandeza vetorial, pois

apresenta módulo, direção e sentido. A unidade de medida da força elétrica é o newton. Além


disso, é importante lembrar que, independentemente do módulo das cargas que interagem, a força
elétrica exercida sobre ambas as cargas é igual, em decorrência da terceira lei de Newton, chamada
Lei da Ação e Reação.

A lei usada para quantificar a intensidade da força elétrica que uma carga produz sobre outras cargas é

a lei de Coulomb, que foi nomeada como forma de homenagem a seu descobridor, o físico
francês Charles Augustin Coulomb.

Por meio de uma balança de torção, criada por ele mesmo, Charles Coulomb foi capaz de determinar
a intensidade da força entre cargas de forma precisa. Com base em seus resultados experimentais, ele
deduziu a lei matemática que explica a força de interação entre cargas elétricas.

Lei de Coulomb

A fórmula a seguir nos mostra a expressão usada para calcular a intensidade da força
de atração ou repulsão entre duas partículas pontuais (partículas de dimensões
desprezíveis) carregadas com cargas elétricas de módulo Q1 e Q2, separadas no vácuo,
por uma distância d.

Q1 e Q2 – módulos das cargas elétricas (C)

d – distância entre as cargas (m)

k0 – constante eletrostática do vácuo (k0 = 9.109 Nm²/C²)

Uma vez que o módulo da força elétrica que atua entre duas cargas é inversamente
proporcional à distância que as separa, o gráfico que relaciona essa força com a
separação entre as cargas terá um formato parecido com o gráfico a seguir:
Força elétrica e campo elétrico

A força elétrica e o campo elétrico são grandezas intimamente relacionadas. Toda


carga elétrica produz um campo ao seu redor, chamado campo elétrico. Quando uma
partícula eletricamente carregada com carga positiva é abandonada em uma região
onde há campo elétrico, sobre ela surge uma força elétrica proporcional ao módulo de
sua carga. Entretanto, quando uma carga elétrica de sinal negativo é abandonada nas
mesmas condições, ela se move no sentido oposto ao sentido do campo elétrico.

O campo elétrico é, por definição, a força elétrica produzida por unidade de carga.
A relação entre o campo elétrico e a força elétrica é a seguinte:

E – Campo elétrico (N/C)

q – carga elétrica

Trabalho da força elétrica

Trabalho da força elétrica é a quantidade de energia que uma carga elétrica “ganha”
ou “perde” ao se deslocar ao longo de uma região de campo elétrico não nulo. Para
que algum trabalho seja exercido sobre a carga elétrica, é necessário que ela se
desloque, mesmo que parcialmente, na direção das linhas do campo elétrico. A
fórmula utilizada para calcular o trabalho exercido pela força elétrica é mostrada na
figura a seguir:
τ – trabalho (J)

d – Distância

θ – ângulo entre F e d


https://mundoeducacao.uol.com.br/

Você também pode gostar