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Colégio do I Ciclo do ensino Secundário nº 176 “10 de Dezembro”-Comuna

da Huíla

ELABORADO POR: AMILTON NTYAMBA

Lubango, Março de 2018


Material de Apoio da 9ªclasse.

INDÍCE

INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 3

UNIDADE I # MOVIMENTO .................................................................................................................... 4

1.2 - MOVIMENTO TRANSLACIONAL DOS CORPOS. PONTO MATERIAL OU CORPO PON-


TUAL. ........................................................................................................................................................ 5

1.3 - POSIÇÃO DE UM CORPO PONTUAL NO ESPAÇO E REFERENCIAL .................................. 5

1.4 - RELATIVIDADE DO MOVIMENTO. DEFINIÇÃO DE REPOUSO. TRAJECTÓRIA DE UM


CORPO, TIPOS DE TRAJECTÓRIA...................................................................................................... 8

1.6 - MOVIMENTO RECTILÍNEO UNIFORME (M.R.U) ...................................................................... 11

1.7 - VELOCIDADE ................................................................................................................................ 12

1.8 - MOVIMENTO RECTILÍNEO NÃO UNIFORME (M.R.N.U) ........................................................ 16

1.9 - VELOCIDADE MÉDIA NO (MRNU) ............................................................................................. 16

1.10- ACELERAÇÃO ............................................................................................................................. 18

1.11 - DESLOCAMENTO NO MRUV ................................................................................................... 21

1.12 - QUEDA LIVRE ............................................................................................................................. 23

UNIDADE II # ELECTROSTÁTICA ...................................................................................................... 26

2.1 – OS FENÓMENOS ELÉCTRICOS E SUA IMPORTÂNCIA ................................................. 26

2.2 - ELECTRIZAÇÃO DOS CORPOS .......................................................................................... 27

2.3 - DOIS TIPOS DE CARGAS. INTERACÇÃO DOS CORPOS CARREGADOS. ................. 29

2.4 – TRANSFERÊNCIA DA CARGA ELECTRICA DE UM CORPO PARA OUTRO. CORPOS


MAUS CONDUTORES E CORPOS BONS CONDUTORES DAS CARGAS ELECTRICAS. ........ 32

2.5 - ELECTROSCÓPIO .................................................................................................................. 34

2.6 - ESTRUTURA DOS ÁTOMOS. O ELECTRÃO. .................................................................... 35

2.7 - TROVOADA COMO FENÓMENO ELECTROSTÁTICO. UTILIDADE DE E CONSTITUI-


ÇÃO DO PÁRA-RAIOS ....................................................................... ERRO! MARCADOR NÃO DEFINIDO.

2.7.1 - RAIOS: CONCEITOS GERAIS ..................................................... ERRO! MARCADOR NÃO DEFINIDO.


2.7.2 - FORMAÇÃO DE CARGAS NAS NUVENS ...................................... ERRO! MARCADOR NÃO DEFINIDO.

UNIDADE III # ENERGIA ELÉCTRICA ................................................................................................ 36

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 36

Elaborado pelo Professor: Amilton da S. M. Ntyamba (ASMN) 1


Material de Apoio da 9ªclasse.

3.1 - A CORRENTE ELÉCTRICA ................................................................................................... 36

3.2 - FONTES DE CORRENTE ELÉCTRICA ................................................................................ 37

3.3 - O CIRCUITO ELÉCTRICO E SEUS COMPONENTES........................................................ 38

3.4 - EFEITOS DA CORRENTE ELÉCTRICA ............................................................................... 39

3.5 - INTENSIDADE DA CORRENTE ELÉCTRICA. UNIDADES ............................................... 40

3.6 - MEDIÇÃO DA CORRENTE ELÉCTRICA. O AMPERIMETRO........................................... 41

3.7 - TENSÃO ELÉCTRICA OU D.D.P (DIFERENÇA DE POTENCIAL). UNIDADES ............. 43

3.8 - RESISTÊNCIA ELÉCTRICA DE UM CONDUTOR .............................................................. 50

3.9 - LEI DE OHM PARA UMA PORÇÃO DO CIRCUITO ........................................................... 49

3.10 - RESISTIVIDADE ELÉCTRICA. .............................................................................................. 51

BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................................... 59

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Material de Apoio da 9ªclasse.

Introdução
Uma das disciplinas mais fascinantes que compõem o universo escolar é com
certeza a Física, pois nos permite explorar de uma forma mais intensa, os fenó-
menos que ocorrem a nossa volta e connosco. Trata--se de uma ciência com di-
versas ramificações que permite ao homem compreender de forma mais completa
tudo o que o cerca. Física é uma ciência que estuda os aspectos mais gerais da
natureza.

O termo Física vem do grego φύσις (physiké) o que quer dizer natureza. Uma
ciência que tem como principais objectivos entender e descrever os fenómenos
da natureza. Como a Física está sempre evoluindo e não possui delimitações fica
até mesmo difícil definir qual é o seu campo de actuação. Quando paramos para
observar o nosso entorno, descobrimos que os fenómenos da natureza que nos
cercam no dia-a-dia e a Física nos ajuda a compreender como e porquê eles
acontecem. Pelo fato de estudar os mais diferentes fenómenos, a Física se tornou
uma ciência bastante ampla e assim precisou ser dividida em ramos diferenciados
que são: Mecânica, Termologia, Óptica, Electricidade e a Acústica.

Mecânica é o ramo da Física que estuda os fenómenos que são decorrentes dos
movimentos dos corpos ou estuda os corpos em movimentos e também em re-
pouso.

Termologia é o ramo da Física que estuda o calor e os efeitos que ele tem sobre
a matéria.

Óptica é um dos ramos da Física mais interessantes tem como principal tema de
estudo os fenómenos luminosos como, por exemplo, a formação de imagens.

Electricidade é o ramo da Física que é responsável pelo estudo dos fenómenos


eléctricos e magnéticos.

Acústica é a parte da Física que estuda os fenómenos sonoros.

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Material de Apoio da 9ªclasse.

UNIDADE I # Movimento
A natureza é tudo aquilo que existe desde as partículas pequenas até aos astros
que se encontram grandes distâncias da terra. E tudo que existe constitui o mun-
do material.

Matéria é tudo aquilo que podemos apalpar, ver, sentir directamente com os nos-
sos órgãos sensórias (sentido). É aquilo que existe realmente no universo ou
cosmo na Terra e fora dela.

Uma das propriedades mas importante da matéria é o seu movimento. Na natu-


reza tudo que existe encontra-se em movimento. Na natureza tudo sofre trans-
formações.

Matéria desenvolve-se e muda constantemente. As transformações da matéria


ocorrem em algum lugar e num determinado tempo.

Movimento é toda transformação que ocorre na matéria, assim como a variação


da posição de um corpo de um lugar para outro.

De todas as variações, a mais simples é o movimento mecânico. Ex.: o movi-


mento de um carro numa estrada.

Movimento mecânico é a variação de posição de um corpo no espaço em rela-


ção a outros corpos no decorrer do tempo.

O movimento dos corpos na natureza é fenómeno natural.

A parte da Física que estuda os fenómenos dos movimentos dos corpos chama-
se mecânica. Ela divide-se em três partes principais Que são: Cinemática, Di-
nâmica e Estática.

 Cinemática é parte da mecânica que descreve os movimentos dos corpos,

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restabelecendo a relação entre a posição, velocidade, a aceleração desses


corpos e o tempo em que decorre o movimento.
 Dinâmica estuda as causas dos movimentos dos corpos.
 Estática estuda os corpos em repouso.

OBS: mas nós estudaremos apenas a Cinemática

1.2 - Movimento translacional dos corpos. Ponto material ou cor-


po pontual.
O movimento dos corpos na natureza e na técnica podem ser muito variados e
complexos. O tipo mas simples do movimento de um corpo é aquele em que to-
das as suas partes se movem identicamente ou paralelamente umas em relação a
outras.

Movimento translacional: é aquele em que todos os pontos do corpo percorrem


distâncias idênticas e descrevem trajectórias paralelas idênticas. Ex.: o movimen-
to de uma gaveta que se abre, de uma caixa que desliza por um plano inclinado
ou de uma mala que se levante do chão.

Ponto material ou Corpo pontual: é aquele que em determinadas condições as


suas dimensões podem ser desprezadas.

Ex.: os Planetas, as estrela e o Sol em princípio não são corpos pequenos. Mas
se considerarmos os seus tamanhos em relação as distancias entre eles, são
considerados pontos matérias ou corpo pontual.

Portanto um corpo pode ser considerado em certas condições corpo pontual e


noutra não pontual. Ex.: o movimento de uma criança de sua casa a escola, num
percurso de 2 km a criança pode ser considerada um corpo pontual, mas se ela
se desloca da sua carteira para o quadro, já não a podemos considerar como cor-
po pontual.

1.3 - Posição de um corpo pontual no espaço e referencial


Quando falamos da posição de um corpo, estamos a considerar a sua posição
com relação outros corpos ou conjunto de corpos.

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A posição de um ponto numa linha é determinada por uma coordenada, a distân-


cia ao longo da linha é medida desde a origem das coordenadas até ao corpo em
que são coordenados.

Referencial ou sistema de referência - é o sistema em relação ao qual se pode


classificar se um determinado objecto se encontra em repouso ou em movimento.

Repouso - considera-se que um objecto está em repouso quando a sua posição


não muda em relação ao referencial escolhido.

Exemplo: Se na figura abaixo considerarmos:

Referencial - a árvore

 A moça sentada na cadeira está em repouso em relação à árvore (não mu-


da de posição em relação à árvore)
 O carro está em movimento em relação à árvore
 O condutor do carro está em movimento em relação à árvore

Referencial - o carro

 O condutor do carro está em repouso em relação ao carro


 A árvore está em movimento em relação ao carro
 A moça sentada no banco de jardim está em movimento em relação ao
carro

Se o corpo se move nos limites de um plano por exemplo um barco num lago, a
partir do corpo tomado como referencial traçamos duas coordenadas perpendicu-
lares entre si conforme a representação OX e OY que se chamam sistema de co-
ordenadas rectangulares X e Y.

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4 A (3;4)

3 x

Neste caso a posição do corpo ou ponto A no plano é determinado pelas coorde-


nadas X=3 e Y=4 em relação a origem do sistema de coordenadas.

Quando os corpos se movem no espaço como por exemplo um avião é necessá-


rio traçar três rectas perpendiculares entre si (três eixos de coordenadas) OX, OY,
OZ.

Ex.: determine a posição A (3;4;1,5) de um ponto material no espaço.

A (3;4;1,5)

B (3;4)

Exercícios

1) Represente graficamente os seguintes pontos:


a) A (-3;5)
b) B (3;2)

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c) P (4;5;3)

1.4 - Relatividade do movimento. Definição de repouso. Trajectória

de um corpo, tipos de trajectória.


Se pretendermos achar a posição de um corpo em qualquer instante do seu mo-
vimento, necessitaremos conhecer o caminho que o corpo segue, durante um in-
tervalo de tempo determinado.

Chamamos de Trajectória - conjunto de pontos pelos quais um determinado ob-


jecto em movimento passou ou seja uma linha descrita por um corpo durante o
seu movimento relativamente num dado referencial.

Ex.:

M0 M5

Existem diferentes tipos de trajectórias: rectilínea, curvilínea e mista.

1.5 – Deslocamento de um corpo

Deslocamento (∆S ou ∆r) é o comprimento entre a posição inicial e a posição


final ou seja é um segmento de recta que une a posição inicial de um corpo com a
sua posição final. A sua unidade no sistema internacional SI é metro (m).

Espaço é a posição de um corpo em certo instante (momento) em relação a um


dado referencial.

O deslocamento é grandeza vectorial que é determinada por um sentido e por um

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valor numérico que é o seu módulo ou intensidade, grandezas deste tipo recebe o
nome de grandezas vectoriais ou simplesmente vectores. Ex.: força ( ⃗ ), velo-
cidade ( ⃗⃗ ), aceleração ( ⃗ ) e próprio deslocamento ( ⃗ ).

As grandezas físicas definidas apenas pelo seu valor numérico chamam-se gran-
dezas escalares. Ex.: tempo (t), volume (V), massa (m) e etc.

Para projectar um vector sobre um eixo traça-se o sistema de coordenadas ou X e


ou Y.

Ex.: y

As projecções podem ser positivas, negativas ou nulas.

Coordenadas do vector deslocamento

Consideremos um ponto material, que se encontra na posição A cujas coordena-


das são (X;Y). Se efectuar um deslocamento , na figura acima vemos que:
e ; a variação de posição da partícula na coordenada X é dada
por: e o deslocamento será:

(1)

Para e a variação da posição da partícula será dada por:


e deslocamento será:

(2).

Logo, X0 e Y0; são as coordenadas de posições iniciais e X e Y, são as coordena-


das de posições finais.

Para calcular o módulo do vector deslocamento recorremos ao teorema de Pitá-


goras o quadrado da hipotenusa é igual a soma do quadrado dos catetos.
Isto é:

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√ (3)

Ex.: Um atleta, parte de um ponto situado a -5Km para Oeste e 1km para Norte
do ponto de referência e chega ao ponto situado a 3km para Este e 4km para nor-
te. Determine:

a) O valor das projecções do deslocamento do atleta.


b) O módulo do vector deslocamento.

a) Dados Fórmula Resolução

b) Dados Fórmula Resolução

√ √

R: O módulo do vector deslocamento é

Exercícios

1) Um ponto material move-se da posição de coordenadas (-2;4) para a posi-


ção (-5;1) em relação a origem do sistema de coordenadas. Determine:
a) O valor das projecções do deslocamento.

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b) O módulo do vector deslocamento.


c) Faça a sua representação gráfica.
2) Um corpo move-se a partir de um ponto de deslocamento (2;5) ao ponto de
coordenadas (6;2). Determine:
a) As projecções.
b) O módulo do deslocamento do corpo.
3) Um atleta, parte de um ponto situado a -6Km para Oeste e 1km para Norte
do ponto de referência e chega ao ponto situado a 9km para Este e 6km
para norte. Determine:
c) O valor das projecções do deslocamento do atleta.
d) O módulo do vector deslocamento.
e) Faça a sua representação gráfica.
4) Um automóvel parte de um ponto de deslocamento (-4;5) e chega aos pon-
tos (3;-1). Determine:
a) As projecções do deslocamento do automóvel
b) O módulo do deslocamento do automóvel.
5) Um ciclista parte de um ponto situado a 3km para Oeste e a 1km para Nor-
te do corpo de referência e realiza um deslocamento de módulo 6km, que
forma um ângulo de 30o com a direcção Este. Determine a posição do ci-
clista quando termina o seu deslocamento.
6) Observando os movimentos de um jogador de futebol demonstrou-se que,
durante o jogo percorreu aproximadamente 12km.
Como se classifica a grandeza percorrida: deslocamento ou trajectória.

1.6 - Movimento rectilíneo uniforme (M.R.U)


A trajectória do movimento de um corpo pode ser Rectilínea ou Curvilínea. Con-
forme for esta trajectória, os movimentos dos corpos dividem-se em Rectilíneos e
Curvilíneos.

Independentemente da sua trajectória, os movimentos dividem em Uniforme e


Variados.

O movimento é chamado de Rectilíneo quando é dado ao longo de uma recta em


relação a um sistema de referência.

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Movimento rectilíneo uniforme é aquele em que um corpo sofre deslocamentos


iguais em intervalos de tempos iguais.

Gráfico da posição em função do tempo no (M.R.U)

O gráfico dado é uma linha recta mostrando que o corpo percorrer sempre a
mesma distancia para o mesmo intervalo de tempo, apresentando desta forma a
mesma velocidade. Neste caso em cada instante o corpo percorre 10m.

1.7 - Velocidade
Chama-se velocidade a relação entre o deslocamento de um corpo e tempo em
que se efectua esse deslocamento. A velocidade deste movimento é representa-
da por v.

No sistema internacional (S.I), a unidade padrão de velocidade é o m/s e o km/h

a sua expressão é: ou seja:

(4)

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Gráfico da velocidade em função do tempo (m/s)

A velocidade indica-nos o deslocamento que o corpo realiza na unidade de tem-


po. Sendo assim, o deslocamento pode ser calculado pela seguinte equação:

. (5)

Nos cálculos numéricos não se usam vectores nem nas suas projecções sobre os
eixos das coordenadas, assim devemos usar as coordenadas ,
para o deslocamento e velocidade respectivamente.

Deste modo a equação cinco toma a seguinte forma:

Substituindo nessas equações os valores de dados nas equações 1 e 2


termos:

( )

( ))

As equações representam a lei do movimento rectilíneo uniforme


(MRU) as coordenadas do corpo dependem linearmente do tempo, ou seja repre-
sentam a posição do corpo no MRU.

Destas deduzimos que:

(7a)

(7b)

Estas equações nos mostram que a velocidade é a rapidez da variação da posi-


ção de um corpo em movimento. Se os corpos partem da origem de referencial

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e ; as equações 6 e 7 tomam a seguinte forma:

Para as velocidades teremos:

Se o vector velocidade tem o sentido igual ao do eixo x a projecção da velocidade


é positiva.

Logo o módulo do vector deslocamento será representado por:

Se o sentido do vector deslocamento for contrario ao eixo x a projecção é negati-


va.

Logo o módulo do vector velocidade será representado por:

Ex.: Um veículo percorre uma estrada com velocidade constante de 60 km/h.


Quantos quilómetros ele percorre em 20 minutos?

Dados Fórmula Resolução

⁄ ⁄

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Exercícios

1) Um carro encontra-se no km 32 em relação a uma determinada rodovia


ao mesmo tempo, o condutor verifica seu relógio ao qual o mesmo marca
13h. Posteriormente seu veículo encontra-se no km 160, novamente o
condutor verifica seu relógio que marca 14h:30min. O condutor, um
amante da cinemática resolve calcular sua velocidade, considerando a
mesma constante durante todo o percurso. Qual foi o valor da velocidade
calculada?
2) Um determinado móvel está se deslocando em uma trajectória rectilínea
segundo a função horária . Pede-se
a) Determinar seu espaço inicial ( ).

b) A velocidade do móvel no instante t = 2s.

c) Espaço do móvel no instante t = 3s.

d) A variação de espaço nos 5 primeiros segundos.

4) Uma bicicleta movimenta-se sobre uma trajectória rectilínea segundo a função


horária (no SI). Pede-se:

a) Sua posição inicial;

b) Sua velocidade.

5) Um ponto material movimenta-se sobre uma trajectória rectilínea segundo


a função horária (no SI). Determine o instante em que o
ponto material passa pela posição 36 m?
6) Um móvel passa pela posição 10 m no instante zero ( ) com a velo-
cidade de 5m/s. Escreva a função horária desse movimento.
7) Dois móveis, A e B, partem simultaneamente, do mesmo ponto, com ve-
locidades constantes . Qual a distância entre
eles, em metros, depois de 5s, se eles se movem na mesma direção e no
mesmo sentido?
8) Dois automóveis partem simultaneamente de uma bomba de gasolina e
seguem por uma estrada que vai de Oeste a este, um com a velocidade

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de 60km/h e outro a 90km/h. Determine a posição dos automóveis e a


distância entre eles. 30 Minutos depois da sua partida.
a) Quando ambos se movem no mesmo sentido;
b) Ambos se movem no mesmo sentido.

1.8 - Movimento Rectilíneo Não Uniforme (M.R.N.U)


Vimos que no movimento rectilíneo uniforme o deslocamento depende linearmen-
te do tempo, segundo a equação . Na vida prática este tipo de movimen-
to é raro e em geral, os movimento que conhecemos não são uniforme.

Movimento rectilíneo não uniforme ou variado é aquele em que o corpo per-


corre deslocamentos desiguais em intervalos de tempos iguais.

1.9 - Velocidade média no (MRNU)


No caso do movimento não uniforme não podemos calcular a velocidade pela

equação e o deslocamento não pode ser calculado pela equação

Pois que as velocidade nos diversos pontos da trajectória varia. Assim em alguns
casos no M.R.N.U utiliza-se os conceitos de velocidade média (vm) e nos outros
casos o conceito de velocidade instantânea (vi).

Para o nosso caso estudaremos os conceitos de velocidade média e velocidade


instantânea.

Velocidade média ( ) é o espaço em média, percorrido pelo corpo por unidade


de tempo.

A sua expressão é:

Para determinar o deslocamento

Noutros caso utiliza-se a rapidez média que não é uma grandeza vectorial mas

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sim uma grandeza escalar.

Rapidez média ( ) é comprimento da trajectória em média que o corpo percorre


por unidade de tempo.

Sua expressão é:

A sua unidade no SI é a mesma que a da velocidade, ou seja o m/s.

Velocidade instantânea é a velocidade que um corpo possui num instante dado


em um determinado ponto da trajectória.

Ex.: Um corpo percorre 60km durante 10h. Determine a velocidade média do cor-
po.

Dados Fórmula Resolução

Exercícios

1) Suponhamos que um corpo percorre 800km durante 16h. Determine a sua


velocidade média.
2) Um automóvel desloca-se durante 6horas. No decurso da primeira hora o
movimento foi rectilíneo e teve uma velocidade média de 80km/h e nas res-
tantes 5horas também foi rectilíneo mas sem direcção diferente, com velo-
cidade média de 50km/h. Calcular a rapidez média do automóvel durante
todo o tempo do movimento.
3) Um automóvel realizou um certo percurso de linha recta de um ponto para
outro, teve a metade do percurso a velocidade de 60km/h. A que velocida-
de constante deve movimentar-se no resto do tempo, se a velocidade mé-
dia do movimento for igual a 65km/h.
4) A primeira metade de um percurso rectilíneo foi percorrida por um automó-
vel, desde o lugar de partida, com velocidade constante de 50km/h; e a se-
gunda metade com uma velocidade constante de 60km/h. Determine a ve-

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locidade média do automóvel.


5) O gráfico da função horária , do movimento uniforme de um móvel,
é dado ao a seguir. Determine a que velocidade constante, em m/s, é reali-
zado o movimento.

1.10- Aceleração
Chama-se aceleração de um corpo em movimento que é igual ao quociente da
variação da velocidade do corpo pelo intervalo de tempo determinado. Represen-
ta-se pela letra a.

A sua unidade no sistema internacional (SI) é o m/s2.

E a sua expressão matemática é:


⃗⃗ ⃗⃗
⃗⃗ ou (10)

Chamamos por variação instantânea o movimento segundo o qual o corpo se


desloca num dado ponto da trajectória no instante qualquer.

Conhecida a aceleração e a velocidade inicial e o tempo pretendendo-se conhe-


cer a velocidade final usa-se a seguinte expressão:

a sua projecção no eixo OX será:

(11)

Se no movimento rectilíneo uniformemente variado, a velocidade aumenta unifor-


memente em intervalos de tempo iguais o movimento chama-se movimento rec-

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tilíneo uniformemente acelerado (M.R.U.A). De modo que da equação 11 te-


mos: a = a

(12)

Se a velocidade diminui uniformemente em intervalos de tempo iguais o movimen-


to chama-se movimento rectilíneo uniformemente retardado (M.R.U.R). a = a

(13)

Quando o corpo parte do estado de repouso a velocidade inicial é nula e as equa-


ções 12 e 13 tomam a seguinte forma:

Aceleração média é uma grandeza que mede a rapidez com que um corpo varia
durante um certo intervalo de tempo. A sua expressão matemática é:

Ex.: Em 2 horas, a velocidade de um carro aumenta de 20 km/h a 120 km/h. Qual


a aceleração nesse intervalo de tempo?

Dados Fórmula Resolução

Exercícios

1) Um autocarro move-se com uma velocidade de 30km/h parando, ao travar,


em 4segundos. Com que aceleração se moveu enquanto travava.
2) Um carro movia-se, em linha recta, com velocidade de 20 m/s quando o
motorista pisou nos freios fazendo o carro parar em 5s. Determine a acele-
ração do carro.

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3) Que velocidade do movimento se alcançaria se um corpo se movesse recti-


lineamente com uma aceleração de 10m/s2 durante 1800s partindo com ve-
locidade inicial igual a zero? Expresse o resultado em km/h.
4) Um automóvel correndo com velocidade de 90 km/h, é freado com acelera-
ção constante e para em 5 s. Qual a aceleração introduzida pelos freios?
5) Um avião a jato, partindo do repouso. é submetido a uma aceleração cons-
tante de 4 m/s². Qual o intervalo de tempo de aplicação desta aceleração
para que o jato atinja a velocidade de decolagem de 160 m/s?
Representação gráfica da velocidade no MRUV

A relação da velocidade de um movimento rectilíneo uniformemente variado com


o tempo pode ser expressa, não só sob a forma algébrica, mas também grafica-
mente. Para isso é necessário ter em conta os eixos coordenados perpendicula-
res entre si.

V(m/s)

t(s)

Exercícios

1) Seja a equação , onde a aceleração é de 2m/s2. Calcular a ve-


locidade do primeiro segundo, no fim do segundo, do terceiro do quarto e
do quinto segundo. Faça a sua representação gráfica.
2) Dada a equação uma partícula desloca-se com aceleração
de 2m/s2 com uma velocidade inicial de 3m/s. Calcula a velocidade e faça a
sua representação gráfica.
3) Faça a representação gráfica dada a equação de uma par-
tícula que desloca-se com aceleração de 5m/s2 com uma velocidade inicial
de 3m/s. Calcula a velocidade no instante 1; 2; 3 e 4 segundo. Diga de que

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movimento se trata.

1.11 - Deslocamento no MRUV


Considerando a equação do M.R.U.V e trazendo o seu gráfico
conhecido.

O deslocamento S durante um intervalo de tempo é numericamente igual a ária


do trapézio ABC que, é o produto da semi-soma das suas bases pela altura
isto é:

[ ]

(16)

Mas sabendo que a velocidade é substituindo em 16 nos dá:

ou

M.R.U.A (17)

M.R.U.R (18)

Conhecendo apenas as velocidades iniciais e finais e a aceleração podemos de-


terminar o deslocamento S como extraindo o valor de t temos:

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Substituindo em 16 nos dá:

(19)

Da equação 19 deduz-se:

Ex.: Um móvel é animado com um movimento uniformemente acelerado, o mes-


mo possui uma variação de velocidade de 5m/s à 31m/s em 15s. Determine o es-
paço percorrido.

Dados Fórmula Resolução

[ ] [ ]

[ ]

Exercícios

1) Um avião para deslocar-se da terra deve possuir uma velocidade de


800km/h. A que distância de ponto de partida se encontra o avião quando
alcança essa velocidade se percorrer a pista com aceleração de 2m/s 2 num
tempo de 4h.
2) Um móvel é animado com um movimento uniformemente acelerado, o
mesmo possui uma variação de velocidade de 5m/s à 31m/s em 15s. De-
termine o espaço percorrido e a aceleração durante 4s.

3) Um avião a jato, partindo do repouso é submetido a uma aceleração cons-


tante de 4 m/s². Qual o intervalo de tempo de aplicação desta aceleração
para que o jato atinja a velocidade de decolagem de 160 m/s? Qual a dis-
tância percorrida até a decolagem?
4) Um móvel animado com o movimento uniformemente acelerado percorre a

Elaborado pelo Professor: Amilton da S. M. Ntyamba (ASMN) 22


Material de Apoio da 9ªclasse.

partir do repouso 56m e 5s. Determine:


a) A aceleração do movimento.
b) A velocidade final ao fim de 3s.
5) Determine a velocidade final de uma partícula que se desloca desde a ori-
gem com um movimento rectilíneo uniformemente retardado sabendo que
a mesma possui uma aceleração de 15m/s2 e um tempo de 6s.
6) Um ponto material parte do repouso com uma aceleração constante de
8m/s².
a) Que distância terá percorrido após 10 segundos de movimento?
b) Qual será sua velocidade após ter percorrido 1600 m?
c) Qual será sua velocidade escalar média nos 10 primeiros segundos de movi-
mento?
7) Ao iniciar a travessia de um túnel rectilíneo de 200 metros de comprimento, um
automóvel de dimensões desprezíveis movimenta-se com velocidade de 25 m/s.
Durante a travessia, desacelera uniformemente, saindo do túnel com velocidade
de 5 m/s.
O módulo de sua aceleração escalar, nesse percurso, foi? Justifique com cálculos
a sua escolha.
a) 0,5 m/s²
b) 1,0 m/s²
c) 1,5 m/s²
d) 2,0 m/s²
e) 2,5 m/s²

1.12 - Queda livre


Quando um corpo é solto, ou lançado de uma determinada altura adquire um mo-
vimento de queda em trajectória vertical ou parabólica.

Denomina-se Queda livre o movimento vertical de cima para baixo, durante o


qual o corpo não enfrenta nenhum obstáculo. Considerando desprezível a resis-
tência do ar. Este corpo fica sujeito apenas a força de gravidade.

Galileu Galilei ao estudar este fenómeno estabeleceu três princípios:

Elaborado pelo Professor: Amilton da S. M. Ntyamba (ASMN) 23


Material de Apoio da 9ªclasse.

1º O movimento de um corpo em queda livre é um MRUV.

2º Todos os corpos caem com a mesma aceleração de gravidade.

Portanto a = g onde g=9,8m/s2.

3º A trajectória é sempre vertical em que x = y

Para este tipo de movimento a aceleração é constante, deste modo as suas ex-
pressões são:

Velocidade final é dada por: –

A altura do corpo num instante qualquer é dada por:

Altura máxima é dada por:

De cima para baixo

Elaborado pelo Professor: Amilton da S. M. Ntyamba (ASMN) 24


Material de Apoio da 9ªclasse.

A altura do corpo num instante qualquer é dada por:

Para calcular a velocidade

Ex.: Determine a velocidade de uma esfera mecânica que cai de um prédio du-
rante um tempo de 2s.

Dados Fórmula Resolução

⁄ ⁄

Exercícios

1) Um corpo é abandonado de uma altura de 80m. Desprezando a resistência


do ar e admitindo g = 10m/s2, determine:
a) A posição nos instantes t = 0 e t = 3 s
b) A velocidade quando t = 4 s

2) Uma pedra é solta do terraço de um prédio com uma altura de 1200 m. Se o


seu movimento for uniformemente variado, calcula:

a) O tempo que a pedra demora a atingir o solo.

b) A velocidade a que a pedra chega ao solo.

3) De um avião deixa-se cair uma bomba que no instante de choque com a Terra
esta possui uma velocidade de 400m/s. Calcula:

Elaborado pelo Professor: Amilton da S. M. Ntyamba (ASMN) 25


Material de Apoio da 9ªclasse.

a) O tempo que demora ao cair.

b) De que altura caiu.

4) Determine a velocidade de uma esfera mecânica que cai de um prédio durante


um tempo de 2,5s

5) De uma altura de 2km um avião atirou um quite de medicamento, que no mo-


vimento de lançamento possui uma velocidade inicial de 500cm/s. Calcular a ve-
locidade do quite de medicamento no momento de chocar com a terra.

6) Quanto tempo demora um corpo ao cair de uma montanha de 750m de altura?


Qual será a sua velocidade no momento em que colide com a terra? Consideran-
do g=9,8m/s2.

UNIDADE II # Electrostática

2.1 – Os fenómenos eléctricos e sua importância


No nosso quotidiano mencionamos palavras tais como: Electricidade, energia
eléctrica e corrente eléctrica. A energia da corrente eléctrica é utilizada a qualquer
momento e em todo lugar.

É de grande importância visto que utilizamo-la nas nossas casas, nas escolas,
cidades, hospitais, fabricas e industria.

Portanto, todas as actividades da sociedade moderna dependem do uso da ener-


gia da electricidade.

Definição 1:

A electricidade é a parte da Física que estuda os fenómenos associados a uma


propriedade denominada carga eléctrica.

A electricidade divide-se em três partes: A electrostática, a electrodinâmica e o


electromagnetismo.

Definição 2:

A electrostática é a parte da electricidade estuda os efeitos produzidos por cargas


eléctricas em repouso em determinado referencial.

Elaborado pelo Professor: Amilton da S. M. Ntyamba (ASMN) 26


Material de Apoio da 9ªclasse.

2.2 - Electrização dos corpos


Nos dias hoje notamos objectos que depois de serem friccionados atraem miga-
lhas de papéis não só como também o cabelo. Esta atracção é devido a existên-
cia de cargas eléctricas friccionada. Ex.: Pique em pedacinhos, um lenço de papel
e coloque-os sobre uma mesa. Quanto menores os pedacinhos, melhor. Passe
um pente de plástico varias vezes em seus cabelos. Agora, aproxime o pente dos
papeizinhos.
O que ocorreu? Você sabe explicar de que maneira os papeizinhos foram atraí-
dos?
O fenómeno descrito e uma electrização. O pente foi electrizado ao passar em
seus cabelos.
Estudaremos três processos básicos de electrização de corpos: o atrito, o con-

tacto e um que é decorrência da indução electrostática.

Electrização por atrito

Ao atritarmos entre si duas substâncias diferentes, elas se electrizam com cargas


elétricas de sinais opostos. Isso se verifica com isolantes ou condutores de elec-
tricidade.
Como exemplo, esfreguemos um pano de lã sobre um pedaço de vidro. Este ce-
dera electrões para a lã e, desse modo, ficará electrizado positivamente, enquan-
to a lã, negativamente.

Electrização por contacto


Para electrizarmos um corpo metálico, podemos fazer uso de um outro corpo pre-
viamente electrizado, encostando um no outro. Se encostarmos uma esfera de
alumínio (neutra) em outra esfera de alumínio electrizada negativamente, haverá
passagem de electrões da esfera electrizada para a esfera neutra e, ao final, esta-
rão ambas negativas. Na electrização por contacto os corpos ficarão com cargas
elétricas de mesmo sinal.

Elaborado pelo Professor: Amilton da S. M. Ntyamba (ASMN) 27


Material de Apoio da 9ªclasse.

Electrização por influência ou por indução

A indução electrostática é um fenómeno de separação de cargas elétricas de


sinais contrários em um mesmo corpo.
Esse tipo de electrização ocorre quando aproximamos um corpo electrizado de
outro corpo neutro.

Estes fenómenos no século XVII eram chamados de electricidade.

Chamamos de electrização a carga eléctrica ou electricidade aos co r-


pos que depois de serem friccionados provocam fenómenos eléctricos.
Ex.: ao friccionarmos uma vara de plástico com um pedaço de lâmina de
acetato, adquirem carga eléctrica tanto a vara de plástico como lâmina.

Exercícios de classe

1. Se um corpo A, electrizado positivamente, repele outro corpo electrizado B


e este, por sua vez, atrai um terceiro corpo C, também electrizado, respon-

Elaborado pelo Professor: Amilton da S. M. Ntyamba (ASMN) 28


Material de Apoio da 9ªclasse.

da:

a) Quais os sinais das cargas eléctricas de B e de C?

b) O que acontecera se colocarem A e C em presença um do outro?

2.3 - Dois tipos de cargas. Interacção dos corpos carregados.


Inúmeras experiências feitas com protões e electrões levaram a concl u-
são das seguintes propriedades: electrão repele electrão, protão repe-
le protão e electrão atrai protão.

Por outro lado, experiências feitas com os neutrões revelaram que estes
não geram nenhuma força eléctrica, nem de atra cção nem de repulsão,
quer estejam em presença de electrões ou de protões, ou mesmo entre
si. Isso levou os cientistas a concluírem que existem dois tipos de carga
eléctrica, uma para o protão e outra para o ele ctrão. Por mera conven-
ção, estabeleceu-se que a carga do electrão seria negativa (-) e a do
protão positiva (+).

Carga eléctrica ou Quantidade de electricidade

A quantidade de electricidade (ou carga eléctrica) de um protão e igual


a de um electrão, excepto pelo sinal. A unidade de carga eléctrica no
Sistema Internacional e o coulomb (C), uma homenagem ao francês
Charles Augustin Coulomb (1736-1806).

Definição:

Carga eléctrica é a propriedade ou atributo dos corpos caracterizado pelas atrac-


ções e repulsões.

A sua unidade representa uma grande quantidade de electricidade. Por


isso usam-se seus submúltiplos:

Micro coulomb............1μC = 10 -6 C

Nano coulomb............1nC = 10 -9 C

Pico coulomb............1pC = 10 -12 C

A carga eléctrica do protão foi denominada carga eléctrica elementar e

Elaborado pelo Professor: Amilton da S. M. Ntyamba (ASMN) 29


Material de Apoio da 9ªclasse.

seu valor é representado pelo símbolo e.

Experimentalmente, determinou-se o valor de carga eléctrica elementar:

Para um conjunto de n electrões, dizemos que a quantidade de ele ctri-


cidade Q desse conjunto vale:

Do mesmo modo, um conjunto de n protões apresenta uma quantidade


de electricidade vale:

Onde:

Q - é a carga do electrão medida em Coulomb (C)

n - é o numero de carga elementares do electrão.

ē - é a carga eléctrica elementar (ē =1.6×10 -19 C)

Obs.: Os corpos eléctricas com o mesmo sinal repelem-se.

Os corpos eléctricos com sinais contrários atraem-se.

Trabalho de laboratório 1

INTERAÇÃO DOS CORPOS ELECTRIZADOS

Mediante este trabalho de laboratório comprovarás que o comportamento dos corpos


electrizados se ajusta aos resultados previstos na lei da interacção eléctrica.

Materiais necessários:

Vara de plástico; lâmina de plástico; suporte da agulha magnética com a sua base; por-
ção de papel de jornal ou pano.

Procedimento:

1. Segura a lâmina de plástica curva e fricciona o seu extremo, com um pedaço de


papel; depois coloca sobre o suporte.
2. Electriza também a vara de plástico, utilizando o mesmo método.
3. Comprova que quando aproximas a vara de plástico electrizada da lâmina de
plástico na parte electrizada, esta é repelida.
4. Faz um registo no caderno dos resultados obtidos na experiência.

Actividades

1. Descreve a interacção de duas varas de plástico que foram electrizadas ao


friccionar com um pedaço de papel bem seco.

Elaborado pelo Professor: Amilton da S. M. Ntyamba (ASMN) 30


Material de Apoio da 9ªclasse.

2. O que sucede se duas varas de vidro se electrizarem e se aproximarem


uma da outra?
3. Como demonstrar que a carga eléctrica que adquire uma vara de vidro fric-
cionada com um pedaço de seda é distinta da que adquire uma vara plásti-
ca friccionada com um pedaço de papel?
4. Quantos tipos de carga eléctrica existem na natureza? Como são denomi-
nadas e quais são os sinais que as representam?
5. Uma partícula apresenta carga eléctrica negativa de 3,2 ∙ 10 -15 C. Essa par-
tícula tem excesso ou falta de electrões? Calcule essa diferença.
6. De um corpo neutro retiramos 104 electrões. Ele ficou com carga eléctrica
negativa ou positiva? Qual e o valor de sua carga eléctrica?
7. Na electrósfera de um átomo existem 44 electrões. Sendo e = 1,6 ∙ 10 -19 C
o valor da carga elementar, podemos afirmar que a carga eléctrica da elec-
trósfera e a carga eléctrica do núcleo valem, respectivamente:

a) -70,4 ∙ 10-19 C e zero

b) 3,0 ∙ 10-19 C e zero

c) -7,0 ∙ 10-19 C e +7,0 ∙ 10-19 C

d) -70,4 ∙ 10-19 C e +70,4 ∙ 10-19 C

e) -3,0 ∙ 10-19 C e +3,0 ∙ 10-19 C

5. Considerando que e = 1,6 ∙ 10-19 C, quantos electrões devem ser retirados


de um corpo para que sua carga eléctrica final seja 4 C?

8. Um corpo que não esta electricamente carregado contem electrões? Expli-


que.
9. O que e carga eléctrica elementar?
10. Nos vértices de um triângulo ABC estão colocadas três partículas electri-
zadas. Sabemos que a partícula A tem carga eléctrica positiva e que ela
atrai a partícula B. Sabendo que B atrai a partícula C:

a) Determine os sinais das cargas eléctricas de B e de C;

b) Responda se a partícula A repele ou atrai a partícula C.

Elaborado pelo Professor: Amilton da S. M. Ntyamba (ASMN) 31


Material de Apoio da 9ªclasse.

11. Observe as figuras abaixo, onde a partícula A possui carga eléctrica positi-
va e as partículas B, C e D estão electrizadas com cargas eléctricas des-
conhecidas. As setas indicam o sentido da forca eléctrica em cada partícu-
la. Copie cada uma das figuras no seu caderno e identifique o sinal de suas
cargas eléctricas.

12. Na figura, indica-se o sinal da carga eléctrica de cada uma das partículas.
Copie a figura no seu caderno e pinte uma seta indicando a forca eléctrica
em cada par de partículas.

2.4 - Transferência da carga eléctrica de um corpo para outro.


Corpos maus condutores e corpos bons condutores das car-
gas eléctricas.
Condutor elétrico é todo corpo que permite a movimentação de carga no seu inte-
rior. Caso não seja possível essa movimentação, então o corpo é chamado de

Elaborado pelo Professor: Amilton da S. M. Ntyamba (ASMN) 32


Material de Apoio da 9ªclasse.

mau condutor eléctrico ou isolador eléctrico.

A seguir mostramos numa tabela alguns condutores e alguns isolantes:

BONS CONDUTORES BONS ISOLANTES


� Metais em geral � Vidro
� Grafite � Cera
� Cerâmica � Borracha
� Água � Seda

Nos materiais condutores as cargas eléctricas podem-se movimentar através da


matéria que os constitui. Os condutores eléctricos mais comuns são os metais,
que caracterizam-se por possuírem átomos com grande quantidade de electrões-
livres, que podem se movimentar através do metal. por exemplo: o alumínio pos-
sui 2 electrões na última camada, o ferro possui 2 e o cobre possui 1. Esses elec-
trões possuem uma ligação fraca com o núcleo, tendo certa liberdade de movi-
mentação, o que confere condutibilidade aos metais. Esses metais são muito
bons condutores da electricidade

Normalmente, o movimento dos electrões livres no metal é caótico e imprevisível.


No entanto, em certas condições, esse movimento torna-se ordenado, constituin-
do o que chamamos de corrente eléctrica.

Isoladores são substâncias tais como: o vidro e polietileno, por exemplo, através
dos quais as cargas eléctricas não fluem. Nesses materiais, as cargas eléctricas
mantem-se a superfície.

Os metais não podem ser electrizados, pois eles não podem reter as cargas num
lado como os alguns materiais maus condutores de cargas.

Actividades

1. Porque se pode electrizar uma vara de plástico, enquanto uma vara de co-
bre não?

Elaborado pelo Professor: Amilton da S. M. Ntyamba (ASMN) 33


Material de Apoio da 9ªclasse.

2.5 - Electroscópio
O electroscópio de pêndulo é baseado no processo de indução para detectar se
um corpo está ou não electrizado. Ele possui um fio isolante amarrado a uma es-
fera metálica.

O electroscópio de folhas também se utiliza do processo de indução para detectar


se um corpo está ou não electrizado. Caso seja aproximado um corpo electrizado
positivamente da esfera condutora, as cargas negativas serão atraídas para a
esfera, já as cargas positivas se acumularão nas lâminas metálicas que irão abrir,
devido a repulsão de cargas iguais.

O Pêndulo eléctrico e o Electroscópio

Para constatar se um corpo está ou não electrizado, utilizamos dispositivos de-


nominados electroscópios. Existem os electroscópios de folhas e o de pêndulo.

Trabalho de laboratório 2

O ELECTROSCÓPIO

Materiais e instrumentos necessários:

Electroscópio escolar; vara de plástico; pedaço de papel jornal ou pano.

Elaborado pelo Professor: Amilton da S. M. Ntyamba (ASMN) 34


Material de Apoio da 9ªclasse.

Procedimento:

1. Segura a vara de plástico e sem a electrizar aproxima-a do electroscópio e toca-o.


2. Electriza a vara de plástico e aproxima-a novamente do electroscópio. Toca-o
momentaneamente coma vara. O que sucede?
3. Repete duas vezes esta operação, quer dizer, electriza a vara e toca com ela o
accionador do electroscópio. Observa o comportamento do seu indicador.

Actividades

1. Como se pode avaliar a medida da carga de um corpo com um electroscó-


pio?
2. Como determinar o sinal da carga de um corpo com a ajuda de um elec-
troscópio

2.6 - Estrutura dos átomos. O electrão.


Sabemos hoje que a matéria e constituída por átomos e que estes, por sua vez,
são formados por três tipos de partículas elementares: protões, electrões e neu-
trões.

Segundo o modelo atómico actual, podemos distinguir no átomo duas regiões dis-
tintas: um núcleo central e uma região que o envolve, a electrósfera. O núcleo e
uma região muito compacta, onde estão os protões e os neutrões.

Na electrósfera estão os electrões, girando ao redor do núcleo numa trajectória


não conhecida.

Das partículas que constituem o átomo, o electrão foi a primeira a ser descoberta:
em 1897; o protão foi descoberto em 1919, e o neutrão só em 1932.

Em todos os átomos, o número de protões e igual ao de electrões. No entanto, o


átomo de um elemento químico e diferente do átomo de outro elemento químico.
Em cada um, encontramos uma quantidade particular de protões e electrões, que

Elaborado pelo Professor: Amilton da S. M. Ntyamba (ASMN) 35


Material de Apoio da 9ªclasse.

é o seu número atómico.

UNIDADE III # Energia Eléctrica

INTRODUÇÃO
Os aparelhos electroeletrónicos que se encontram nas residências precisam de energia
eléctrica para o seu funcionamento. Tal energia é obtida quando eles são ligados em
alguma fonte de energia, como uma pilha ou uma tomada. Quando isso é feito, algo
invisível acontece. Electrões livres, que se encontram nos meios condutores desses
aparelhos, passam a se movimentar de maneira ordenada, transportando a energia
eléctrica necessária para o seu funcionamento. Esse movimento ordenado dos elec-
trões é conhecido como corrente eléctrica e pode ocorrer nos condutores sólidos, como
os metais, em gases e líquidos ionizados. Vamos aprender um pouco mais sobre a cor-
rente eléctrica, discutindo a sua intensidade, sentido convencional e propriedades em
geral.

A partir de agora passaremos a estudar o movimento da carga eléctrica. Veremos


desde os Princípios Básicos até como todo processo de produção de energia
eléctrica é realizado.

Para começar, um tipo de corrente mais comum, é aquela que é produzida em


fios condutores, que são aqueles feitos de metais, como por exemplo, o cobre. Os
metais são bons condutores de electricidade, pois possuem electrões livres e
quando esses materiais estão em equilíbrio, os electrões se encontram em movi-
mento desordenado, como mostra a figura abaixo:

3.1 - A Corrente Eléctrica

Elaborado pelo Professor: Amilton da S. M. Ntyamba (ASMN) 36


Material de Apoio da 9ªclasse.

IMPORTANTE:

CORRENTE ELÉTRICA É O MOVIMENTO DIRIGIDO E ORDENADO DAS


PARTICULAS CARREGADAS, “CARGAS ELÉTRICAS”.

Sentido da corrente

Embora a corrente eléctrica nos metais seja constituída de electrões em movi-


mento ordenado, por convenção, tradicionalmente, admite-se que o sentido da
corrente eléctrica é oposto ao movimento dos electrões.

Portanto de agora em diante iremos utilizar o sentido convencional, para indicar o


sentido da corrente eléctrica.

3.2 - Fontes de corrente eléctrica


As fontes de corrente eléctrica possibilitam que se mantenha o campo eléctrico
necessário para originar o movimento das partículas carregadas.

Nelas, as forças realizam um trabalho que permite separar as partículas com car-
ga positiva das partículas com carga negativa, estas acumulam-se nos pólos da
fonte (lugares onde se ligam condutores por meio de bornes ou terminais), onde
um fica carregado positivamente e outro negativamente. Portanto origina-se um
campo eléctrico entre os pólos.

Destacamos duas fontes de corrente eléctrica: Elementos galvânicos, acumulado-


res.

Elementos galvânicos

Pilha seca é um dos elementos galvânicos de maior aplicação prática.

Elaborado pelo Professor: Amilton da S. M. Ntyamba (ASMN) 37


Material de Apoio da 9ªclasse.

3.3 - O circuito eléctrico e seus componentes


Para se manter o fluxo de uma corrente, é necessário um meio material transmis-
sor, continuo e condutor, que se designa por circuito ou por rede eléctrica. Uma
interrupção no circuito interrompe a corrente.

Os circuitos contêm componentes, que convertem a energia eléctrica transportada


pela corrente noutras formas de energia, tais como luz e calor. A intensidade da
corrente no final do circuito é a mesma no início.

Os diferentes aparelhos que funcionam a corrente eléctrica denominam-se con-


sumidores de corrente ou motores. Ex.: computador, Ferro de engomar, lâm-
padas, etc.

Circuito eléctrico é a ligação de componentes eléctricos.

QUADRO DE SIMBOLOS DE COMPONENTES ELÉCTRICOS

Elaborado pelo Professor: Amilton da S. M. Ntyamba (ASMN) 38


Material de Apoio da 9ªclasse.

Exercícios

1. Faz um esquema de circuito eléctrico com os seguintes componentes: 1


lâmpada, um interruptor aberto e uma tomada.

3.4 - Efeitos da corrente eléctrica


Podemos comprovar a existência da corrente eléctrica, realizando algumas expe-
riencias. Portanto, existem cinco efeitos principais da corrente eléctrica:

1. Efeito Magnético

Corrente eléctrica produz campo magnético. Esse efeito é facilmente verificado


com uma bússola e será estudado no electromagnetismo.

2. Efeito Químico

Quando a corrente eléctrica atravessa uma solução iónica ocorre a electrólise.


Esse efeito é aplicado na galvanização de metais e estudo na disciplina de quími-
ca

3. Efeito Fisiológico

Quando a corrente atravessa o corpo humano.

Corrente (A) Efeito


0,001 Perceptível
0,005 Causa dor
0,010 Contracção muscular involuntária (espasmo)
0,015 Perda do controle muscular

Elaborado pelo Professor: Amilton da S. M. Ntyamba (ASMN) 39


Material de Apoio da 9ªclasse.

Atravessa o coração, causa sérios rompimentos, provavelmente


0,070 fatal se durar mais de 1s.

4. Efeito Luminoso

Quando a corrente eléctrica atravessa um gás, sob baixa pressão, ocorre emissão
de luz. Esse efeito é aplicado nas lâmpadas fluorescentes e de vapor de sódio.
Será estudado em física moderna.

5. Efeito Térmico ou Efeito Joule

Electrões em movimento aquecem o condutor, devidas as colisões dos electrões


livres com os átomos. Esse efeito ocorre nos aquecedores eléctricos, chuveiros
eléctricos, ferros eléctricos, chapinha, torradeira, secador de cabelo...

Exercícios

3.5 - Intensidade da corrente eléctrica. Unidades


Definição:

Intensidade da corrente eléctrica é a quantidade de carga eléctrica que passa por


uma secção de um condutor na unidade de tempo.

Cuja sua expressão matemática é:

UNIDADES NO SI:
q → carga eléctrica ⇒ Coulomb (C)
Δt → intervalo de tempo ⇒ segundo (s)
I→ intensidade de corrente eléctrica ⇒ Coulomb por
Segundo (C/s) = Ampere (A)

Elaborado pelo Professor: Amilton da S. M. Ntyamba (ASMN) 40


Material de Apoio da 9ªclasse.

IMPORTANTE:

� FREQÜENTEMENTE UTILIZAMOS SUBMÚLTIPLOS DO AMPERE.

1 mA = 10-3 A (miliampere)

1 μA = 10-6 A (microampere)

� Quando a corrente eléctrica mantém sentido invariável ela é denominada corren-


te contínua (C.C.). Caso o sentido da corrente eléctrica se modifique no decorrer do
tempo, ela é denominada corrente alternada (C.A.)

Exercícios

1) Através de uma seção transversal de um fio condutor passaram


elétrons num intervalo de tempo de 200 s. Qual o valor da intensidade de
corrente eléctrica através desse condutor?
2) Determine o número de electrões recebidos por um corpo carregado com a
carga – 64 mC.

3.6 - Medição da corrente eléctrica. O amperímetro


Um amperímetro é um aparelho utilizado na medição da intensidade da intensida-
de de corrente eléctrica que percorre qualquer ponto de um circuito.

As escalas dos amperímetros estão graduadas em ampére (A) ou no submúltiplo


miliampere (mA).

As características fundamentais de um amperímetro são:

- Resistência muito pequena para que o consumo de energia seja mínimo;

- Deve ser ligado em série no ponto do circuito onde se pretende medir a corrente,
uma vez que a carga eléctrica que o atravessa é a mesma.

Se o regime da corrente não é regular, a intensidade da corrente variará de ins-


tante para instante.

O funcionamento do amperímetro baseia-se no efeito que a corrente eléctrica

Elaborado pelo Professor: Amilton da S. M. Ntyamba (ASMN) 41


Material de Apoio da 9ªclasse.

produz ao deslocar a agulha indicadora sobre a escala.

Trabalho de laboratório

MEDIÇÃO DA INTENSIDADE DA CORRENTE ELÉCTRICA EM DIFERENTES


PONTOS DO CIRCUITO.

Instrumento e materiais necessários:

Fonte de corrente, lâmpada de incandescência, interruptor, condutores de ligação e am-


perímetro.

Procedimento:

1. Desenha no caderno o esquema de um circuito eléctrico composto pelos equipamen-


tos e materiais anteriormente expressados, onde o amperímetro fica instalado a direi-
ta da lâmpada.
2. Realiza a montagem do circuito.
3. Liga o circuito.
4. Mede a intensidade da corrente segundo a indicação do amperímetro.
5. Desliga o circuito.
6. Instala agora o amperímetro a direita da lâmpada,
7. Liga novamente o circuito.
8. Mede novamente a intensidade da corrente segundo a indicação do amperímetro.
9. Desliga o circuito.
10. Responde as perguntas:
a) Qual é a utilidade do amperímetro?
b) Como se liga o circuito?
c) Existem diferenças nos valores das duas medições realizadas?
d) A que conclusões chegaste?

Exercícios

1. Como se denomina o instrumento usado para medir a intensidade de cor-


rente eléctrica?
2. Como se liga o amperímetro no circuito?
3. Em que unidades se graduam as escalas dos amperímetros?

Elaborado pelo Professor: Amilton da S. M. Ntyamba (ASMN) 42


Material de Apoio da 9ªclasse.

3.7 - Tensão eléctrica ou d.d.p (diferença de potencial). Unida-


des
É a energia eléctrica transferida para um condutor por unidade de carga que atra-
vessa o mesmo condutor. A diferença de potencial ou tensão entre dois pontos A
e B do condutor, de potenciais VA e VB., respectivamente, representa-se por:

, pode então escrever-se: , desta equação define-se como uni-


| |

dade de potencial no S.I o Volt (V).

Volt: é a diferença de potencial entre dois pontos de um circuito onde a energia


eléctrica de 1 joule é convertida noutra forma de energia, quando a carga de 1
Coulomb passa de um ponto para outro.

Para medir a d.d.p entre quaisquer dois pontos de um circuito eléctrico utiliza-se
um aparelho denominado voltímetro. Nos esquemas representa-se pela letra V.

As características fundamentais de um voltímetro são:

- Resistência muito elevada para que a intensidade da corrente que o percorre


seja desprezável.

- Deve ser ligado em paralelo ao circuito, nos pontos entre os quais se pretendem
medir a diferença de potencial.

Na prática utilizam-se múltiplos e submúltiplos do volt, como quilovolt (V), milivolt


(mV) … 1mV=0,001= e 1kV=1000=

Trabalho de laboratório 3

Instrumentos necessários

MEDIÇÃO DA D.D.P ELÉCTRICA. O VOLTÍMETRO

Instrumentos e materiais necessários:

Fonte de corrente, voltímetro, lâmpadas (2), interruptor e condutores de corrente.

Procedimento:

1. Desenha no caderno o esquema de um circuito eléctrico em série composto pelos


equipamentos e materiais supra citados.
2. Realiza a montagem do circuito ligando o voltímetro nos extremos de uma das
lâmpadas.

Elaborado pelo Professor: Amilton da S. M. Ntyamba (ASMN) 43


Material de Apoio da 9ªclasse.

3. Fecha o circuito.
4. Mede a d.d.p segundo a indicação do voltímetro.
5. Desliga o circuito.
6. Liga o voltímetro nos extremos da outra lâmpada.
7. Faz o registo dos resultados obtidos.

Exercícios de classe

3.8 - Corrente eléctrica nos metais


Os metais estão ligados por retículos cristalinos, sendo que cada átomo fica cir-
cundado por 8 ou 12 outros átomos do mesmo elemento metálico, tendo, portan-
to, atracções iguais em todas as direcções.

Além disso, visto que os átomos dos metais possuem apenas 1, 2 ou 3 electrões
na última camada electrónica (e essa camada normalmente é bem afastada do
núcleo, e, consequentemente, atrai pouco os electrões); o resultado é que os
electrões escapam facilmente e transitam livremente pelo reticulado. Uma “nu-
vem” ou “mar” de electrões livres funciona então como uma ligação metálica,
mantendo os átomos unidos.

Essa estrutura em retículos e esse tipo de ligação química resultam em uma série
de propriedades que são características dos átomos. Veja as principais delas:

Condução de electricidade: os metais são óptimos condutores de electricidade,


sendo, em razão dessa propriedade, muito utilizados em fios eléctricos. Essa pro-
priedade é explicada pelo fato de que como os metais possuem um “mar” de elec-
trões livres, ou deslocalizados, esses electrões permitem a transição rápida de
electricidade através do metal. Quando submetidos a uma voltagem externa, es-
ses electrões livres dirigem-se ao polo positivo da fonte externa. Esse movimento
dos electrões é o que chamamos de corrente eléctrica.

Condução de calor: a explicação para o fato de os metais serem bons condutores


térmicos é baseada na presença dos electrões livres que são dotados de movi-
mento, como foi explicado no item anterior. Esses electrões permitem o trânsito
rápido do calor; e por isso os metais são usados em panelas e caldeiras industri-

Elaborado pelo Professor: Amilton da S. M. Ntyamba (ASMN) 44


Material de Apoio da 9ªclasse.

ais.

Densidade elevada: normalmente os metais são densos, em virtude das estrutu-


ras compactas dos retículos cristalinos.

Pontos de fusão e ebulição altos: a força de atracção causada pelo “mar” de elec-
trões livres é muito forte, mantendo os átomos unidos com muita intensidade. As-
sim, para que se rompa essa ligação é preciso fornecer altas energias externas.

Essa é uma característica que permite o uso dos metais em caldeiras, tachos e
reactores nucleares, onde ocorrem aquecimentos intensos e eles não derretem. O
tungsténio (W) é um exemplo muito importante, pois ele é o metal de maior ponto
de fusão (3 403, 85 º C), sendo usado na fabricação de filamentos de lâmpadas
incandescentes.

Resistência à tracção: os fios metálicos são muito resistentes às forças que se


aplicam sobre eles ao serem puxados ou alongados. Isso ocorre porque a intensi-
dade da ligação metálica é muito elevada e difícil de romper.

Em virtude dessa propriedade, esses metais são aplicados em cabos de aço de


elevadores ou de veículos suspensos (como o bondinho do Pão de Açúcar, no
Rio de Janeiro) e em vergalhões de aço colocados dentro de estruturas de con-
creto armado em pontes e edifícios.

Maleabilidade e ductilidade: maleabilidade é a capacidade de moldar os metais


em lâminas finas, por martelar o metal aquecido ou passá-lo por cilindros lamina-
dores; e a ductilidade é a transformação de fios por fazer o metal passar por furos
sob aquecimento. Essas duas propriedades resultam do fato de os átomos dos
metais poderem “escorregar” uns sobre os outros.

As chapas ou lâminas metálicas são muito usadas na produção de veículos,


trens, aviões, navios, geladeiras, embalagens de alumínio, decoração, bandejas,
etc. Já os fios são usados na confecção de cabos, arames e fios eléctricos.

3.9 - Corrente eléctrica nos electrólitos


Uma solução é capaz de conduzir corrente eléctrica? Por que levamos um choque
maior quando estamos molhados do que quando estamos secos? O que é "água

Elaborado pelo Professor: Amilton da S. M. Ntyamba (ASMN) 45


Material de Apoio da 9ªclasse.

de bateria"? Questões como essas nos remetem à mesma resposta: electrólitos.

A corrente eléctrica, como sabemos, é o fluxo ordenado de electrões, ou seja, os


electrões se movimentando de um ponto a outro. Para isso acontecer, duas coi-
sas são fundamentais: uma diferença de potencial, capaz de atrair os electrões e
um meio de propagação que permita sua passagem.

Os electrólitos são soluções que permitem a passagem dos electrões, mas isso
não garante que eles possam trafegar livremente. Nos electrólitos os electrões
trafegam "presos" aos iões. Existem electrólitos fortes, que praticamente não im-
pedem a passagem dos iões, electrólitos médios, que apresentam alguma resis-
tência à corrente, electrólitos fracos, que se opõem fortemente, mas permitem a
passagem da corrente, e os não-electrólitos, soluções que não permitem que a
corrente eléctrica os atravesse.

Funcionamento

Quando aplicamos uma diferença de potencial em um material, o pólo positivo


começa a atrair os electrões desse material que, chegando ao pólo, caminham
pelo circuito até chegar na outra ponta, o pólo negativo, onde podem ser reinseri-
dos no material. Está complicado? Vamos pensar directamente nos electrólitos
que a explicação ficará mais clara.

Pense em uma solução de cloreto de sódio em água. Sabemos o sal irá se disso-
ciar em iões Na+ e Cl-. Quando mergulhamos dois fios na solução, um ligado ao
pólo positivo e um ao negativo de uma pilha, o positivo começa a atrair os iões de
carga negativa - no caso o cloreto (Cl-) por possuírem cargas elétricas opostas.

Ao atingir o pólo positivo, o electrão excedente do ião é capturado pelo pólo fa-
zendo com que o Cl- se transforme em Cl. O pólo negativo atraiu os iões sódio
(Na+) e o electrão capturado percorre todo o circuito até chegar ao pólo negativo,
encontrando então o ião. Como o ião é positivo, ele tem falta de electrões, portan-
to ele captura o electrão "disponível" no pólo negativo e também deixa de ser um
ião, neutralizando-se.

Cloreto de sódio

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Material de Apoio da 9ªclasse.

Acredito que esse exemplo tornou o mecanismo mais compreensível, mas gosta-
ria de ressaltar que no caso do NaCl não é exactamente assim que acontece. Vo-
cê poderá perguntar: então por que esse exemplo, já que não é bem assim? A
ideia é que você entenda primeiramente o mecanismo. Para fins didácticos, o clo-
reto de sódio é um óptimo exemplo, pois estamos muito habituados a ele.

Você percebeu que para uma solução permitir a condução de corrente uma coisa
parece fundamental: a presença de iões na solução. Os iões são as "caronas"
que citei anteriormente, são eles que permitirão o fluxo electrónico.

Nem todas as substâncias quando em solução libera iões. Compostos iónicos


como os sais e bases já são formadas por iões e, quando em solução, os deixam
livres, em um processo que chamamos de dissociação. Compostos como os áci-
dos, que não possuem iões quando em solução sofrem um processo que cha-
mamos de ionização e passando a possuí-los, embora livres. Substâncias que
não sofram ionização não liberarão nenhum tipo de ião quando em solução.

Dessa forma, podemos classificar as substâncias em:

Iónicas, moleculares e iónicas ou moleculares.

Substâncias iónicas, quando em solução ou quando fundidas (líquidas), liberam


iões, portanto conduzem corrente eléctrica.

Substâncias moleculares, quando em solução, se sofrerem ionização, liberam


iões e conduzem corrente eléctrica. Se não sofrerem ionização não conduzem
corrente.

Substâncias iónicas ou moleculares, quando no estado sólido não liberam iões e


não conduzem corrente eléctrica.

Para que uma solução seja um electrólito é necessária a existência de iões livres.

Respondendo às questões iniciais:

1) Por que levamos um choque maior quando estamos molhados do que quando
estamos secos?

R.: Porque, quando molhados, os sais existentes em nossa pele, resultado da


transpiração, formam um electrólito forte, facilitando a passagem da corrente eléc-

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Material de Apoio da 9ªclasse.

trica.

2) O que é "água de bateria"?

R.: É um electrólito capaz de permitir a troca de electrões entre as placas que


constituem a bateria. Normalmente são soluções ácidas.

3.10 - Corrente eléctrica nos gases


A Electrização por influência pode ocorrer nas tempestades, isto porque a parte
baixa da nuvem fica negativa e electrizada, por influência, a superfície da Terra,
carregando-a positivamente.

As Trovoadas resultam da acumulação de electricidade nas nuvens.

A descarga, que acontece quando o campo eléctrico na região entre duas nuvens
ou entre uma nuvem e a Terra excede o campo de disrupção (salto de uma faísca
entre dois corpos carregados de electricidade) eléctrica do ar, cria-se preferenci-
almente onde o campo eléctrico for mas intenso.

Pára-raios é uma haste metálica ligada à Terra que se coloca no topo de edifícios
com a finalidade de os proteger dos relâmpagos.

Mas qual a diferença entre raio, relâmpago e trovão?

O raio é uma gigantesca faísca eléctrica, dissipada rapidamente sobre a Terra,


causando efeitos danosas. Relâmpago é a luz gerada pelo arco elétrico.

Trovão é o ruído (estrondo) produzido pelo deslocamento do ar devido ao súbito


aquecimento causado pela descarga do raio.

Raios: Conceitos gerais

Raios podem ser considerados belos fenómenos da Natureza. Porém, por outro
lado, eles podem desencadear incêndios em florestas, danificar instalações, pre-
judicar a prestação de serviços e ferir ou matar pessoas e animais. Embora seja
fenómeno conhecido desde a origem do homem, a sua previsão de ocorrência ou
de comportamento na atmosfera ainda não é possível. Para esse entendimento
do fenómeno, a ponto de se antecipar ou interferir na electrodinâmica do relâm-

Elaborado pelo Professor: Amilton da S. M. Ntyamba (ASMN) 48


Material de Apoio da 9ªclasse.

pago ou mesmo tirar proveito desse fenómeno, torna-se necessária a obtenção


de informações da forma mais completa possível. Como auxílio para esses pro-
pósitos de segurança, de conhecimento e de aplicação, conta-se actualmente
com vários recursos tecnológicos, técnicas e metodologias de observação e me-
dição dos relâmpagos. Várias dessas técnicas de detecção lidam, em geral, como
o registo de descargas elétricas atmosféricas nuvem solo, montando um banco de
dados com registos de cada descarga detectada organizados temporalmente.

Como uma síntese do que se conhece sobre os relâmpagos, pode-se informar


que eles consistem de descargas elétricas atmosféricas, de carácter transiente,
portando uma alta corrente eléctrica (em geral, superior a várias dezenas de kA).
Elas são consequências de cargas elétricas que se acumulam em nuvens cúmu-
los-nimbos (~10-100°C) e ocorrem quando o campo elétrico excede localmente a
capacidade isolante do ar (> 400kV/m).

Aplicação

Uma delas é a construção dos anúncios luminosos. Nos tubos destes anúncios,
cada cor corresponde a um gás diferente.

Exercícios

3.11 - Lei de Ohm para uma porção do circuito


Segundo Ohm a diferença de potencial entre dois quaisquer pontos A e B do
condutor (designados por ou VAB) e, a uma dada temperatura proporcio-
nal a intensidade da corrente, I, que percorre a porção AB do fio condutor:

É importante salientar que esta lei só pode ser aplicada a uma porção de um con-
dutor metálico filiforme, limitada por dois pontos entre os quais passa a mesma
corrente de intensidade I.

A intensidade da corrente eléctrica numa porção de um circuito é directamente


proporcional a tensão nos seus extremos e inversamente proporcional a sua re-
sistência.

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Material de Apoio da 9ªclasse.

Trabalho de laboratório 4

ESTUDO DA LEI DE OHM PARA UMA PORÇÃO DO CIRCUITO

Instrumentos e materiais necessários:

Reóstato de 0-50Ω, fonte de alimentação, voltímetro, amperímetro, condutores A e B,


cabos de ligação (8) e papel milimétrico.

Procedimentos:

1. Realiza a montagem do circuito como mostra o esquema.


2. Depois de ligar a fonte de alimentação, com o reóstato faz variar o valor da resis-
tência e observa como variam as indicações do voltímetro.
3. Liga o condutor A ou B de acordo com o esquema do circuito.
4. Fecha o interruptor K e move o cursor C do reóstato até que a d.d.p. nos extremos
do condutor seja de 1V. Anota a indicação do amperímetro na tabela.
5. Repete a experiência para valores de d.d.p. de 2V e 3V, respectivamente.
6. Com os valores da d.d.p. e da intensidade de corrente, traça um gráfico de I.
7. Que relação de dependência existe entre a d.d.p. aplicada ao condutor e a inten-
sidade decorrente que circula.
8. Calcula o valor da resistência para cada par de valores da d.d.p. e a intensidade
de corrente. Descreve as conclusões.

Exercícios

3.12 - Resistência eléctrica de um condutor


É uma grandeza física que mede o grau de dificuldade que um condutor oferece
ao movimento dos portadores de carga eléctrica, ou seja, a passagem da corrente
eléctrica.

A resistência, R, de um condutor, quando submetido a uma diferença de potencial


e percorrido por uma corrente de intensidade I, é definida por:

Elaborado pelo Professor: Amilton da S. M. Ntyamba (ASMN) 50


Material de Apoio da 9ªclasse.

A unidade da resistência eléctrica no S.I é o Ohm (Ω)

O ohm é a resistência eléctrica de um condutor que quando entre os seus extre-


mos se aplica uma diferença de potencial de um volt, e percorrido por uma corren-
te de intensidade 1A.

A resistência eléctrica de um condutor depende não só da sua forma e das suas


dimensões mas também do material que o constitui.

Para um condutor filiforme, a resistência eléctrica e:

- Directamente proporcional ao seu comprimento, l;

- Inversamente proporcional a área da sua secção da recta, S.

Exercícios

3.13 - Resistividade eléctrica.


É a grandeza que caracteriza o tipo de material de que é feito o condutor. E deno-
ta-se por (ρ) ró.

Mede-se em Ωm (no sistema internacional).

O Ohm metro: é a resistividade de uma substância tal que um condutor, constituí-


do por esta substância, com um metro de comprimento e um metro quadrado de
área de secção recta, apresenta uma resistência eléctrica de um ohm.

Os condutores mais utilizados aparecem com as unidades Ωmm e Ωcm.

Múltiplos de Ω

1km Ω =

1M Ω =

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Variação da resistividade com a temperatura

Em determinados intervalos de temperatura, a resistividade da maioria dos condu-


tores varia linearmente com temperatura de acordo com a expressão:

onde representa a resistividade do material à temperatura de referência ϴ0 e α


representa o coeficiente de temperatura do material.

O coeficiente de temperatura pode apresentar valores positivos ou negativos:

- Se α > 0 a resistividade aumenta com a temperatura, o que se verifica com os


metais e com ligas metálicas;

- Se α <0, a resistividade diminui com o aumento da temperatura, o que se verifica


com o carbono e com os semicondutores.

Exercícios

3.14 - Reóstato
Reóstatos são resistências variáveis. Podem ser de dois tipos: de resistência va-
riável continuamente e de resistência variável descontinuamente.

O reóstato de resistência variável continuamente baseia-se no fato de a resistên-


cia de um condutor ser directamente proporcional ao seu comprimento. O reóstato
é um simples fio metálico AB tal que se pode colocar no circuito o fio todo, ou uma
parte dele.

Para realizarmos comodamente essa operação, o reóstato possui um cursor C O


circuito é ligado a uma extremidade fixa A do condutor e ao cursor C. Desse modo
a corrente percorre sempre a parte AC do reóstato. A resistência dessa parte AC
varia com o comprimento AC. Mudando-se o cursor para uma posição tal que seja
maior que AC, coloca-se no circuito uma resistência maior. Mudando-se o cursor
para tal que seja menor que AC, coloca-se no circuito uma resistência menor. Em
particular, quando o cursor está em B, a resistência de todo o reóstato está no
circuito; quando ele está em A, o reóstato está fora de circuito.

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Material de Apoio da 9ªclasse.

Figura 128

Como esses fios tem vários metros de comprimento, eles são enrolados ao redor
de um tubo isolante, para economia de espaço.

Quando se usa um reóstato, não se sabe exactamente qual a resistência que está
sendo colocada no circuito. Só se sabe o máximo que se pode colocar é a foto-
grafia de um reóstato.

Reóstato de variação contínua

É constituído de várias resistências, ligados em série, e mais uma haste metálica.


Uma extremidade do circuito é ligada ao ponto A, a outra ao ponto E. Colocando-
se a haste a na posição AR a corrente não passa pelo reóstato. Na posição BE, a
corrente passa só pela resistência; na posição CE a corrente passa pelas resis-
tências e que estão em série; então fica intercalada no circuito a resistência. Na
posição DE é intercalada no circuito a resistência. Esse reóstato é de variação
descontínua porque a resistência só pode variar de um dos valores ou.

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Material de Apoio da 9ªclasse.

Figura 131

Os reóstatos são representados esquematicamente como indica a figura 132 a)


ou b).

Figura 132

3.15 - Associações de resistências em série (ligação de conduto-


res)
A característica tensão-corrente de um sistema de várias resistência tem sempre
o mesmo aspecto que a característica de uma única resistência; nomeadamente,
é uma recta que passa pela origem. O declive dessa recta é a resistência equiva-
lente. Podemos usar algumas regras simples para calcular a resistência equiva-
lente, quando as resistências estiverem ligadas em série ou em paralelo.

Na associação em série, temos um único caminho para a passagem da corrente


eléctrica. Por isso, quando temos lâmpadas associadas em série (pisca- pisca) e
uma delas se queima ou é retirada, as outras se apagam, pois teremos um circui-
to aberto, ou seja, o caminho é interrompido.

Como temos somente um caminho para a corrente eléctrica percorrer, todas as


lâmpadas são percorridas pela mesma corrente, ou seja:

Já a tensão (U) será dividida entre elas e essa divisão dependerá das resistências
de cada lâmpada, quem tiver maior resistência terá maior tensão. As- sim, pode-

Elaborado pelo Professor: Amilton da S. M. Ntyamba (ASMN) 54


Material de Apoio da 9ªclasse.

mos escrever:

Assim, o sistema é equivalente a uma única resistência com valor igual à so-
ma das duas resistências.. Esse único resistor é denominado resistor equivalente
e é dado por:

Exercícios

3.16 - Associação de resistências em paralelo (Ligação de con-


dutores)
Associação em paralelo Ao contrário da anterior, aqui a corrente eléctrica terá
mais de um caminho para percorrer, ou seja, teremos pequenos circuitos dentro
de um maior. Por isso, quando uma lâmpada queima ou é retirada uma residên-
cia, nada acontece com as outras, pois estão associadas em paralelo.

Diz-se que duas resistências estão ligadas em paralelo, se os dois terminais de


cada uma das resistências estiverem ligados entre os mesmos pontos, como
mostra a figura.

Num sistema de duas resistências ligadas em paralelo, a diferença de potencial é


a mesma nas duas resistências.

Assim como as lâmpadas, os aparelhos em uma residência estão ligados a uma


mesma tensão, ou seja, todos os resistores associados estarão submetidas à

Elaborado pelo Professor: Amilton da S. M. Ntyamba (ASMN) 55


Material de Apoio da 9ªclasse.

mesma tensão. Então, temos:

Já a corrente será dividida nos diversos caminhos, ou seja, a corrente no sistema


é a soma das correntes em cada resistência:

Tal como na associação em série, na associação em paralelo podemos substituir


os resistores do circuito por um só (resistor equivalente), sem o circuito perder
suas características. Na associação em paralelo o resistor equivalente é uma úni-
ca resistência que verifica a equação;

Em alguns sistemas com várias resistências é possível simplificar o sistema subs-


tituindo sucessivamente as resistências que se encontrarem em série ou em para-
lelo por uma resistência equivalente, até obter uma única resistência equivalente.

Exercícios

3.17 - Cálculo do trabalho da corrente mediante a potência.

Exercícios

3.18 - Aquecimento dos condutores devido a circulação da cor-


rente. Lei de Joule.

Exercícios

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Material de Apoio da 9ªclasse.

3.19 - Aplicações da Lei de Joule


Desta expressão, a tensão nos extremos da pressão do circuito é

Se considerarmos todo circuito fechado, com uma fonte que tem uma F.e.m (For-
ça electromotriz), E, uma resistência interna r, da fonte, neste caso a força F.e.m
é igual a soma das tensões no circuito, isto é,

Expressão da lei de Ohm para o circuito completo. Esta equação mostra que em
circuito fechado a intensidade da corrente eléctrica depende da F.e.m, da resis-
tência externa e da resistência interna da fonte.

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Material de Apoio da 9ªclasse.

Exercício

Um circuito é formado por duas lâmpadas L1 e L2, uma fonte de 6 V e uma resis-
tência R, conforme desenhado na figura. As lâmpadas estão acesas e funcionan-
do em seus valores nominais (L1= 0,6 W e 3 V e L2= 0,3 W e 3 V). Determine o
valor da resistência R.

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Bibliografia
-Baptista Jesus J, Física 9ª classe Edição 2010.

-Detlaf A.A, Yavorski B.M, prontuário de Física 2 ª Edição Editora Mir Moscovo.

-Ródina N.A, Piórichkine A.V, Física1 Editora Mir Moscovo.

-Maria da G. S. D. B., Jesus J. B., Física 9ª classe Edição 2014.

-Carlos F., Jorge V., Luís S., Victor D. T., Física 9º Ano 7ª Edição, Lisboa 1999.

-Philippa Wingate, Guia Essencial de Física 1ª Edição, Lisboa 1994.

-http://web.educom.pt/%7Epr1258/9ano/a6_movimento9ano.htm

-http://www.daneprairie.com.

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