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Por: “ João Soba” 2021/2022

Tema A: Movimento
Assunto: Introdução
A Física, em conjunto com outras ciências materiais, estuda as propriedades
objectivas do mundo material que nos rodeia.
O ar, a água, os corpos celestes, as plantas, os animais, em resumo, tudo o que
nos rodeia, constitui o mundo, a Natureza.
Tudo o que existe realmente no Universo, na Terra e fora dela, tudo o que
podemos ver, apalpar e sentir, através dos nossos órgãos sensoriais, é designado pela
ciência como matéria.
Def: matéria é tudo o que existe, actuando sobre os nossos órgãos sensoriais,
produz impressões.
Uma das propriedades mais importante da matéria é o seu movimento. Tudo que
nos rodeia está em constante movimento.
O que é o movimento ?
Movimento é a mudança de posição de um corpo no decorrer do tempo. A um
corpo em movimento dá-se o nome de móvel.
A parte da física que estuda os fenómenos e as leis que regem o movimento dos
corpos chama-se mecânica.
O problema fundamental da mecânica consiste em determinar a posição do
corpo em movimento a qualquer instante.
A mecânica é dividida em três partes, que são: Cinemática, Dinâmica e Estática.
 Cinemática: é a parte da mecânica que estuda o movimento de um corpo sem se
preocupar com suas causas.
 Dinâmica : estudas as causas do movimento.
 Estática: é a parte da mecânica que estuda os corpos em repouso.

Sumário: movimento translacional dos corpos. Corpo pontual


Denomina-se movimento translacinal ( ou de translação ) aquele movimento
em que todos os pontos do corpo percorrem distâncias idênticas e descrevem trajectórias
paralelas idênticas.
Exemplo: o movimento de uma gaveta ao abrir e fechar; o movimento de uma
caixa que desliza por um plano inclinado, etc
 Corpo pontual
Para estudar o movimento translacional dos corpos, quer dizer, a sua mudança
de posição no espaço, não é necessário determinar a posição de cada uma das partículas
do corpo no caso em que as suas dimensões são muito pequenas em relação à distância
entre ele e os outros corpos. Sendo assim, podem ser desprezadas as suas dimensões.
Def: considera-se corpo pontual (ou ponto material) aquele corpo que em
determinadas condições podemos desprezar as suas dimensões.
Quando as dimensões de um corpo não são desprezadas para o estudo do seu
movimento, ele é chamado corpo não pontual (ou corpo extenso).

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Exemplo: Um carro que realiza uma manobra para estacionar numa vaga é um
corpo extenso. Já o mesmo carro, em uma viagem ao longo de uma estrada, pode ser
considerado como corpo pontual.
Actividades:
1. O que entendes por movimento de translação?
2. Que diferença existe entre corpo pontual e corpo não pontual?
3. Quais dos seguintes casos os corpos podem ser considerados pontuais:
a) Um automóvel que desloca de Caxito à Maquela do Zombo.
b) O mesmo automóvel fazendo manobras em um parque de estacionamento.
c) O movimento de translação da terra em torno do Sol.
d) O movimento de rotação da terra em torno do seu eixo.
Sumário: Relatividade do movimento. Definição de Repouso e Movimento
As palavras movimento e repouso não representam nenhuma novidade, pois
fazem parte do nosso vocabulário quotidiano.
 Em geral, considera-se que um corpo está em movimento quando a sua
posição muda no decorrer do tempo. Quando esse corpo não muda de
posição, diz-se que está em repouso ou parado.
 O conceito de movimento ou de repouso é relativo, isto é, depende de um
referencial escolhido. Um mesmo corpo pode estar em movimento em
relação a um dado referencial e em repouso em relação a outro referencial.
Ex: O passageiro que viaja num autocarro movem-se em relação à pessoa
parada na estação, mas encontra-se em repouso em relação ao outro viajante que se
encontra dentro do mesmo.
 Referencial
Def: Referencial ou Sistema de referência é o corpo em relação ao qual
analisamos se um corpo está em movimento ou em repouso.
A escolha do referencial é feita de modo totalmente arbitrária, podendo ser o
automóvel em que viajamos, a nossa casa, a árvore, o sol, o hospital,etc.
Depois de escolhido o referencial, podemos dizer se um corpo está em repouso
ou em movimento, considerando apenas a sua distância até ao referencial.
Se a distância entre o corpo e o referencial varia com o tempo, dizemos que ele
se encontra em movimento; se essa distância permanece sempre a mesma, dizemos que
o corpo está em repouso.
Actividades:
1) Quando é que podemos dizer que um corpo está em movimento? E
quando é que podemos dizer que está em repouso?
2) Porque razão os conceitos de movimento e repouso são relativos?
3) Em física, como se chama o corpo em relação ao qual analisamos se um
corpo está em repouso ou em movimento?
Assunto: Posição de um corpo pontual no espaço.
A posição de um corpo pontual numa linha recta é determinada por uma coordenada,
ou seja, a distância ao longo da linha medida desde a origem das coordenadas( corpo de
referência) até a posição final do corpo em questão.

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Se o corpo se mover nos limites de um plano, como por exemplo, um barco num
lago, a partir do corpo tomado como referência, traça-se duas rectas perpendiculares
entre si, conforme vem representado na figura abaixo, 0X e 0Y, que se chamam
simplesmente eixos X e Y e formam o sistema de coordenadas rectangulares (X0Y).

A posição é dada pelas coordenadas, medidas a partir da origem de coordenadas 0, ao


longo dos eixos X e Y. No ponto A da fig. Por exemplo, 𝑥 = 3, 𝑦 = 4; no ponto B, 𝑥 =
2 e 𝑦 = −1,5.
Para indicar a posição de um corpo no espaço, como por exemplo, um avião no ar, é
necessário traçar mentalmente três rectas perpendiculares entre si (três eixos de
coordenadas ), representadas habitualmente por 0X, 0Y e 0Z, e através deles
determinaremos a posição do corpo no espaço.

Em resumo:
 A posição de um corpo sobre uma linha recta, no plano e no espaço (ar) é
determinada, respectivamente, por um, dois ou três números coordenados.
Actividades:
1. Representa num sistema de coordenadas os seguintes pares numéricos: 𝐴(3; 2) ,
𝐵( −1; 1) , 𝐶(−3; 3) , 𝐷(2; −1,5), 𝐸(−2; −3)
a) Tendo em conta o número de coordenadas, diga em que espaço se situa?
Solução

a) R: tendo em conta o número de coordenadas, a posição do corpo se situa no plano.

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2. Representa a posição de um avião que se encontra no ponto 𝑴(4; 3; 5) até no


ponto𝑵( 3; 1; 3)
Solução

Sumário: Deslocamento de um corpo. Trajectória e tipos de trajectória


Def: o deslocamento é uma medida do segmento de recta orientado que une
a posição inicial e a posição final do corpo.


O deslocamento é uma grandeza vectorial que se representa por um vector,
S . Este vector nos indica uma direcção, um sentido e um valor numérico.
A unidade de medida do deslocamento no S.I é o metro (m).
Durante o movimento, o corpo vai percorrendo uma certa linha, ou seja,
vai formando sucessivos pontos que denominamos de trajectória.

Def: a trajectória de um corpo é a linha que une as sucessivas posições ocupadas pelo
corpo ao longo do tempo. A trajectória pode ou não coincidir com a recta.
A trajectória de um corpo depende do referencial escolhido.
 Tipos de trajectórias
A trajectória pode ser: rectilínea ou curvilínea ( circular, elíptica,
parabólica, etc.).
1. Trajectória rectilínea: é aquela em que o corpo em movimento descreve uma
linha recta.
Ex: o movimento de um comboio.

2. Trajectória curvilínea: é a aquela em que o corpo em movimento descreve uma


curva.
Ex: o movimento de uma cobra.
2.1.Trajectória circular: é aquela em que o movimento do corpo forma um
círculo.
Ex: o movimento do ponteiro de um relógio.
2.2.Trajectória elíptica: é aquela em que o movimento do corpo forma uma
elipse.
Ex: o movimento de um planeta.
2.3. Trajectória parabólica: é aquela em que o corpo em movimento descreve
uma parábola.

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Ex: o movimento de uma bomba largada por um avião.


De acordo com a forma da trajectória, os movimentos são classificados em:
rectilíneo e curvilíneo.
 Movimento rectilíneo: é aquele em que a trajectória é uma recta.
 Movimento curvilíneo: é aquele em que a trajectória é uma curva.
Actividades:
1. Como se denomina o caminho percorrido por uma criança ao sair da sua casa
para a escola?
a) Que diferença existe entre trajectória rectilínea e curvilínea?
b) De que depende a trajectória de um corpo?
2. O que é o deslocamento? De que categorias de grandezas físicas pertence?
Sumário: Cálculo dos valores da projecção e módulo do deslocamento de um ponto
no plano
- Noção de trigonometria( seno e cosseno) .
As funções circulares são também chamadas funções trigonométricas,
porque definem à custa das medidas dos lados do triângulo rectângulo.
Def: a trigonometria é o ramo da matemática que estuda as relações entre
lados e ângulos de um triângulo.

 Triângulo rectângulo
Teorema de Pitágoras: a soma do quadrado dos catetos é igual ao quadrado da
hipotenusa.
𝑎2 + 𝑏 2 = 𝑐 2
Pitágoras: numa circunferência a ordenada e a abcissa é igual a −1 , 1 ou ±1.

Def. Seno do ângulo alfa (sen  ) – é a razão entre as medidas do lado oposto e o raio
vector ( hipotenusa)
𝑃𝑃´
𝑠𝑒𝑛 ∝ = 𝑂𝑃  𝑠𝑒𝑛 ∝=
𝑦
𝑟
 𝑦 = 𝑟𝑠𝑒𝑛 ∝
Def: cosseno do ângulo alfa (cos  ) – é a razão entre as medidas do lado adjacente e o
raio vector( hipotenusa)
0𝑃´ 𝑥
𝑐𝑜𝑠 ∝=  𝑐𝑜𝑠 ∝=  𝑥 = 𝑟𝑐𝑜𝑠 ∝
0𝑃 𝑟

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Considerando o triângulo 0PP´ rectângulo, e, como diz o Pitágoras que a ordenada e a


abcissa é igual a -1 , 1 ou ±1, teremos:
𝑃𝑃´ 0𝑃´
(PP´)2 + (0P´)2 = (0P)2 ou ( 0𝑃 )2 + ( 0𝑃 )2 =12 ; logo teremos: sen2  cos2  1
Está definido o teorema de Pitágoras.
Um triângulo rectângulo é determinado pelas projecções ortogonais de um corpo
pontual no plano dos seus eixos de coordenadas (x;y ).

projecções:

𝐼) 𝑆𝑥 = 𝑥 − 𝑥0 ( 𝑛𝑎 ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 )
𝐼𝐼) 𝑆𝑦 = 𝑦 − 𝑦0 ( 𝑛𝑎 𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙 )

Só é possível determinar o módulo do deslocamento( 𝑆 ), aplicando o teorema de


Pitágoras
S2 = ( x– x0 )2 + ( y – y0 )2  ou

Exercícios:
1. Um corpo, em movimento, desloca-se de uma posição inicial com as
coordenadas (-1, 3) para a posição final com as coordenadas ( −4, 1). Calcular:
a) O valor da projecção do vector deslocamento.
b) O módulo do deslocamento
solução
Dados: representação gráfica a) Cálculo do valor das projecções:
P0 ( -1,3) Sx = x-x0 e Sy = y-y0
P( -4,1) sx =-4-(-1) Sy = 1-3
Sx= -4+1Sy =-2m
Sx=-3m
Onde:
X0 =-1m ; y0 = 3m
X= -4m ; y = 1m
c) Seu módulo
Sabendo que da figura temos um triângulo, vem:

𝑆 = √(−3)2 + (−2)2  𝑆 = √ 9 + 4  𝑆 = √13 = 3,6𝑚


2. Um corpo em movimento desloca-se da posição de coordenadas( 2,1), de forma
que as projecções do vector deslocamento seja igual a 𝑆𝑥 = 3𝑚 e 𝑆𝑦 = 2𝑚.
Calcular as coordenadas da posição final do corpo.

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Solução
Dados: Fórmula Resolução
P0 ( 2,1) I) 𝑆𝑥 = 𝑥 − 𝑥0 𝑥 = 𝑆𝑥 + 𝑥0 𝑥 = (3 + 2)𝑚 𝑥 = 5𝑚
Sx =3m
Sy = 2m II) 𝑆𝑦 = 𝑦 − 𝑦0 𝑦= 𝑆𝑦 + 𝑦0 𝑦 = (2 + 1)𝑚  𝑦 = 3𝑚
Onde:
𝑥0 =2m ; y0 =1m
𝑥 =? e y=?
Actividade:
3. Um ciclista parte de um ponto situado a 3km para oeste e a 1km para norte do
corpo de referência e realiza um deslocamento de módulo 6km, que forma um
ângulo de 30º com direcção a este. Calcular:
a) A posição do ciclista quando termina o seu deslocamento.
b) O valor das projecções do vector deslocamento.
Sumário: Movimento Rectilíneo Uniforme (M.R.U)
Independentemente da trajectória de um corpo, os movimentos se dividem em uniformes e variados.
Def: Movimento rectilíneo uniforme (M.R.U): é aquele em que a velocidade
permanece constante. Neste caso, a velocidade instantânea é igual a velocidade média
em qualquer intervalo de tempo, ou seja :𝑣 = 𝑣𝑚 = constante ≠ 0.
Sendo assim, no movimento rectilíneo uniforme, o corpo percorre distâncias iguais
em intervalos de tempos iguais.
Por exemplo, se um automóvel percorre 20m em 1s, em 2s percorrerá 40m, em 3𝑠
60m e assim por diante.
O movimento rectilíneo uniforme, apresenta as seguintes características:
 O corpo descreve uma trajectória rectilínea;
 O corpo possui uma velocidade constante;
 O corpo percorre espaço variável.

 velocidade do (M.R.U)
A velocidade é uma grandeza física vectorial que caracteriza a rapidez da variação
da posição do corpo no espaço em relação a outros corpos no decorrer do tempo.

A velocidade é uma grandeza vectorial que se representa por um vector, v . Este
vector tem: uma direcção, um sentido e um valor numérico.
Para calcular a velocidade de um corpo que se move com movimento rectilíneo
uniforme, divide-se a distância percorrida pelo tempo gasto para percorrê-la.

ou  forma escalar

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Onde:
S⟶ deslocamento do corpo;
 t⟶ intervalo de tempo em que se efectuou esse deslocamento.
Com base a expressão da velocidade, podemos calcular o deslocamento, fazendo:
S  v.t ( m)
Esta equação , nos indica que no M.R.U o deslocamento depende linearmente do
tempo.
E o tempo:
𝑆
𝑡= 𝑣 (s )
No S.I de unidades a velocidade é expressa em metros por segundo (m/s) ou m.s-1 .
vulgarmente, quando nos referimos à velocidade de um automóvel, fazemo-lo em
quilómetro por hora(km/h).
1km=1000m1h= 60min=60.60s= 3600s
Função horária do movimento rectilíneo uniforme (MRU)
Quando um corpo está em movimento uniforme sua posição varia no decorrer do tempo
em relação a um referencial. A equação matemática que relaciona a variação da posição
com o tempo é chamada função horária e é representada por:

𝑺 = 𝑺𝟎 + 𝒗. 𝒕 (1.a)
Onde: 𝑆0 ⟶ é a posição inicial do corpo no instante 𝑡0 =0;
𝑆 ⟶ Posição final do corpo no instante 𝑡 e 𝑣 ⟶ a velocidade.
Para o movimento que ocorre ao longo do eixo de coordenada (𝑥), a função horária
pode ser representada por:
𝑥 = 𝑥0 + 𝑣. 𝑡 (1.b)
As equações 1.a e 1.b são iguais ( função horária do M.R.U). Nestas equações, as
grandezas 𝑆, 𝑆0 , 𝑥, 𝑥0 e 𝑣 podem ser positivas ou negativas. Assim se a velocidade for
positiva (𝑣 >) ou seja quando o corpo está se mover no sendido adotado para a
trajectória, seu movimento é chamado progressivo; quando a velocidade for negativa
(𝑣 >) ou seja quando o corpo está se mover no sentido oposto ao adotado, seu
movimento é chamado rectrógrado (𝑺 = 𝑺𝟎 − 𝒗. 𝒕).
Representação gráfica do M.R.U
Gráficos da posição em função do tempo.
Como a função horária do M.R.U é do 1º grau em relação ao tempo, o gráfico da
posição em função do tempo é representado por uma recta inclinada em relação ao eixo
dos tempos. Podemos dividir este gráfico em dois casos:
 No movimento progressivo ( velocidade positiva) a inclinação da recta é
positiva.
 No movimento rectrógrado ( velocidade negativa) a inclinação da recta é
negativa

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Gráficos da velocidade em função do tempo


Como no M.R.U a velocidade é constante, os seus gráficos é uma recta paralela em
relação ao eixo dos tempos.

Exercícios:
1. Transforma:
a) 72km/h em m/s b) 15m/s em km/h
Solução
Admitindo que 1km=1000m e 1h=3600s, vem:
1𝑘𝑚
72.1000𝑚 72000𝑚 1000 1𝑘𝑚 3600𝑠 54000𝑘𝑚
a) = = 20𝑚/𝑠; b) 15. 1ℎ = 15. 1000 . = = 54𝑘𝑚/ℎ
1.3600𝑠 3600𝑠 1𝑘𝑚 1000
3600𝑠

2. Qual é a velocidade de um corpo que percorre em linha recta uma distância de


600km durante 10h?

Dados: Fórmula Resolução:


S  600km S 600km
v v  60km / h
t  10s t 10h
v?
3. Um corpo com a velocidade de 30m/s , desloca-se em linha recta durante
1minuto. Calcule o seu deslocamento.
Dados Fórmula Resolução
𝑣 =30m/s 𝑆 = 𝑣𝑡 𝑆 = 30 × 60=1800m
𝑡 = 1𝑚𝑖𝑛 = 60𝑠
𝑆 =?
4. Dada a equação do movimento de um corpo, 𝑆 = 20 + 10. 𝑡 no S.I. Determina:
a) A posição inicial do corpo e a sua velocidade.
b) O deslocamento realizado do primeiro ao quarto segundo.

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Solução
a) Comparando a equação dada 𝑆 = 20 + 10. 𝑡 com a equação 𝑆 = 𝑆0 + 𝑣. 𝑡,
conclui-se que : 𝑆0 = 20m e v= 10m/s
b) Para t=1s
𝑠1 = 20 +10.t ⇒ 𝑆1 = 20 +10.1 ⇒ 𝑆1 = 30m
Para𝑡 = 4𝑠
𝑆4 = 20 + 10.4 ⇒ 𝑆4 = 20 + 40 ⇒ 𝑆4 = 60𝑚
O delocamento deslocamento realizado entre os intantes 1s e 4s será:
∆𝑆 = 𝑆4 − 𝑆1 ⇒ ∆𝑆 = 60𝑚 − 30𝑚 ⇒ ∆𝑆 = 30m
Resposta: o deslocamento realizado do primeiro ao quarto segundo é de 30m.
5. As equações do movimento de dois móveis são A e B, são:

𝑆𝑎 = 30 + 20. 𝑡 e 𝑆𝑏 = 10 + 30. 𝑡 no S.I

a) Qual dos móveis se movimenta mais rápidamente? Porque?


b) Depois de quanto tempo os móveis estarão na mesma posição?
c) Qual é a posição de encontro em relação ao móvel A?

Solução
a) O móvel B movimenta-se mais rapidamente. Porque 𝑣𝑏 > 𝑣𝑎
b) Dois móveis se encontram quando suas posições são iguais, logo:
𝑆𝑎 = 𝑆𝑏 ⇔ 30 + 20. 𝑡 = 10 + 30. 𝑡 ⇒ 20. 𝑡 − 30. 𝑡 = 10 − 30 ⇔ -10.t = - 20 ⇒
20
𝑡 = 10 = 2𝑠
Logo, os móveis se encontrarão no instante 𝑡 = 2𝑠
c) A posição de encontro em relação ao móvel A é:
𝑆𝑎 = 30 + 20. 𝑡 ⇒ 𝑆𝑎 = 30 + 20.2 ⇒ 𝑆𝑎 = 70m
Actividades:
1. Um homem percorre de bicicleta 480m de uma estrada, com uma velocidade de
240m/min. Calcula o tempo que o ciclista levou a percorrer esse espaço.
2. Dois automóveis partem simultaneamente de uma bomba de gasolina e seguem
por uma estrada que vai de Oeste à este, um com a velocidade de 60km/h e outro
com a velocidade de 90km/h. Determina a posição dos automóveis , e a distância
entre eles, 30minutos (1/2h) depois da sua partida, se:
a) Ambos se movem no mesmo sentido.
b) Ambos se movem em sentidos contrários.
3. Dada a equação do movimento de um corpo 𝑥 = 20 + 10𝑡 no S.I. Determine:
a) A posição inicial e a velocidade do automóvel
b) A posição do móvel depois de 4s
c) Classifique o movimento dizendo se ele é progressivo ou retrógrado.
Sumário: Movimento Rectilíneo não Uniforme
Na vida quotidiana, os movimentos que conhecemos não são uniformes, isto é, em
intervalos de tempos iguais, os corpos tem deslocamentos diferentes, o que significa que
a velocidade do corpo varia ao longo do tempo.

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O movimento rectilíneo no qual a velocidade varia com o decorrer do tempo chama-se


movimento rectilíneo não uniforme ou variado.
Nos movimentos variados podem considerar-se a velocidade média e a velocidade
instantânea.
Assunto: velocidade Média
Def: a velocidade média (𝑉𝑚 ) dá-nos o deslocamento um corpo, em média, por unidade
do tempo.
Assim, se um corpo realiza um certo deslocamento ( 𝑆), num intervalo de temp (∆𝑡),
para calcular a velocidade média (𝑉𝑚 ), dividimos 𝑆 por∆𝑡:
𝑆
𝑣𝑚 =
∆𝑡
Frequentemente, usa-se a rapidez média ,ou celeridade média (𝑟𝑚 ) que não é um vector
mas sim uma grandeza escalar que é determinada pelo comprimento total da trajectória
percorrida por um móvel num dado intervalo de tempo:
𝑑
𝑟𝑚 =
∆𝑡
A unidade da rapidez média no SI é a mesma que a da velocidade, ou seja, m/s .
Exercícios de aplicação:
1. Um automóvel percorre 120km durante 6h. Determine a velocidade média do
automóvel.
Dados: Fórmula Resolução
𝑆
𝑆 = 120𝑘𝑚 𝑣𝑚 = ∆𝑡
120𝑘𝑚
t = 6h 𝑣𝑚 = = 20𝑘𝑚/ℎ
6ℎ

𝑉𝑚 = ?

1. Um automóvel desloca-se com velocidade de 5km/h durante 4minutos e


finalmente 20km/h durante 2minutos. Determine:
a) O espaço total percorrido em quilómetros
b) A rapidez média para toda viagem.
Resolução
5𝑘𝑚 1 20𝑘𝑚 1
𝑉1 = , 𝑡1 = 4𝑚𝑖𝑛 = 15 ℎ ; 𝑉2 = , 𝑡2 = 2𝑚𝑖𝑛 = 30 ℎ
ℎ ℎ

a) Cálculo do espaço total percorrido


5𝑘𝑚 1ℎ 20𝑘𝑚 1ℎ 1𝑘𝑚 2𝑘𝑚
𝑑 = 𝑑1 + 𝑑2 ⇒ 𝑑 = 𝑣1 . 𝑡1 + 𝑣2 . 𝑡2 ⇒ 𝑑 = . + . = + ⇒
ℎ 15 ℎ 30 3 3
𝑑 = 1𝑘𝑚
b) Cálculo da rapidez média.
𝑟𝑚= 𝑑
=
1𝑘𝑚
=
1𝑘𝑚 1𝑘𝑚 1𝑘𝑚×30
= 3ℎ =
⇒ 𝑟𝑚 = 10𝑘𝑚/ℎ
𝑡1 +𝑡2 1ℎ+1ℎ 2ℎ+1ℎ 3ℎ
15 30 30 30

Actividades:

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1. Um ciclista desloca-se durante 6h, no decurso da 1ªh o movimento foi


rectilíneo e teve uma velocidade média de 6km/h e noutros 5h também foi
rectilíneo, mas em direcções diferentes, com velocidade média de 60km/h.
Calcular a rapidez média durante o tempo todo de andamento
Assunto: velocidade instantânea
Def: velocidade instantânea é a velocidade que o corpo possui num dado instante e num
certo ponto da trajectória.
A velocidade instantânea é uma grandeza vectorial ,cujo sentido coincide com o sentido
do deslocamento realizado neste instante.
 Aceleração média
Def:A aceleração média (am ) é a grandeza que mede a rapidez com que a velocidade
de um corpo varia durante um certo intervalo de tempo.
A expressão matemática que nos permite calcular aceleração média é dada por:
∆𝑣 𝑣−𝑣0
𝑎𝑚 = = (1)
∆𝑡 ∆𝑡

Onde: v →variação da velocidade do corpo; t →intervalo de tempo em que a


velocidade variou.
 Aceleração instantânea
Denomina-se aceleração instantânea a aceleração com a qual um corpo se
move, num dado instante e num dado ponto da trajectória. Tal como a velocidade,

aceleração também é uma grandeza vectorial e representa-se por ( a ).
Se conhecermos o valor da aceleração𝑎𝑚 , podemos determinar o valor da
velocidade do corpo, em qualquer instante, no caso de se conhecer a velocidade
inicial𝑣0 .
Da equação (1) deduz-se que:
𝑣 = 𝑣0 + 𝑎. 𝑡
A unidade no SI da aceleração é o metros por segundo quadrado (m/s2 ou
-2
m.s ).

Sumário: Movimento Rectilíneo Uniformemente Variado (M.R.U.V).


Velocidade no M.R.U.V
Def: O M.R.U.V é aquele em que a velocidade varia em valores iguais em intervalos de
tempos iguais.
No M.R.U.V a aceleração permanece constante, e consequentemente a aceleração
média é igual a aceleração instantânea ou seja:𝑎𝑚 = 𝑎 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 ≠ 0.
O Movimento Rectilíneo uniformemente variado pode ser: Acelerado ou Retardado.
 No Movimento Rectilíneo uniformemente Acelerado, a velocidade aumenta
ao longo do tempo, o valor da aceleração média é positivo, ou seja 𝑎𝑚 >0
logo temos:
𝑣 =𝑣0 + 𝑎. 𝑡
 No movimento Rectilíneo uniforme Retardado, a velocidade diminui ao
longo do tempo, o valor da aceleração é negativo, ou seja𝑎𝑚 < 0, logo temos:
𝑣 =𝑣0 − 𝑎. 𝑡

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Exemplo: no caso de um condutor, observando o voltímetro de um automóvel


em movimento rectilíneo e que tenha feito as seguintes observações:
𝑂𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎çã𝑜 → 60km/h
1. Observação (1s após a 1ª) → 65km/h
2. Observação (1s após a 2ª) → 70km/h
3. Observação (1s após a 3ª) → 75km/h
4. Observação (1s após a 4ª) → 80km/h
Pode-se notar que o valor da velocidade aumentou 5km/h em cada um segundo (1s). Se
estivermos diante de um movimento variado como este no qual o valor da velocidade
aumenta em quantidades iguais em cada um segundo (1s), diz-se que o movimento é
uniformemente acelerado.
Observação → 40km/h
1. Observação (1s após a 1ª)→ 35km/h
2. Observação (1s após a 2ª) → 30km/h
3. Observação (1s após a 3ª) → 25km/h
4. Observação (1s após a 4ª) →20km/h
Observou-se que neste exemplo, o valor da velocidade diminui de 5km/h em cada um segundo. Nesta situa
Assunto: Gráfico da velocidade em função do tempo no M.R.U.V.
A relação de velocidade de um M.R.U.V com o tempo pode ser expressa, não só sob a
forma algébrica, mas também graficamente.
Ex: Dada a aceleração do movimento de um móvel que parte do repouso : 𝑎 =
1,5𝑚/𝑠 2 . Calcular a velocidade que vai do 1º ao 4º segundos. Anotar o resultados numa
tabela e em seguida, construir o gráfico velocidade-tempo.
Dados. Fórmula Resolução
1,5𝑚
𝑎= 𝑣 = 𝑎. 𝑡 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 = 0𝑠; 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 = 1𝑠 ; 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 = 2𝑠 ;
𝑠2

𝑡 = 0,1,2,3,4𝑠 𝑣 = 0 ; 𝑣 = 1,5𝑚/𝑠 ; 𝑣 = 3,0𝑚/𝑠


𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 = 3 →v=4,5m/s e para t=4s→ 𝑣 = 6,0𝑚/𝑠
Tabela de resultados Gráfico velocidade-tempo

Sumário: Deslocamento no M.R.U.V


No movimento com aceleração constante, (M.R.U.V), que ocorre ao longo do eixo de
coordenadas (𝑥), a velocidade no decorrer do tempo não permanece constante, varia de
acordo com as equações:
𝑣 = 𝑣0 + 𝑎. 𝑡 (M.R.U.A) (1 )
𝑣 = 𝑣0 − 𝑎. 𝑡 (M.R.U.R) (2)

[Data] 13
Por: “ João Soba” 2021/2022

Para determinar o deslocamento no M.R.U.V, consideremos o movimento de um corpo


como mostra a figura baixo:

Toda área da figura pode ser dividida em faixas idênticas dispostas por baixo do
gráfico da velocidade. O deslocamento durante o tempo (t), é igual a área do
trapézio (OABC), como é conhecida geometricamente, que é igual ao produto da
semi-soma do comprimento das suas bases (base menor e base maior) pela altura
(b  B )
S h
2
Onde:
Base menor ⇒AO =𝑣0 ; Base maior ⇒ BC  v ; Altura ⇒ OC  t . Logo o
desslocamento (𝑆) será:
(𝑣0 + 𝑣)
𝑆= .𝑡
2
Sumário: velocidade média no M.R.U.V
Para os movimentos em que a velocidade varia, caracteriza-se a velocidade média. Para
calcular a velocidade média, deve-se ter em conta que:
(𝑣0 +𝑣 )
𝑆 = 𝑣𝑚 . 𝑡 (1) e 𝑆 = 2
. 𝑡 (2)
Comparando (1) e (2), teremos : 𝑆 = 𝑆
𝑣0 +𝑣
. 𝑡  𝑣𝑚 =
(𝑣0 +𝑣 ) (𝑣0 +𝑣 )
𝑣𝑚 . 𝑡 = 2 2.𝑡
.𝑡 ⇒ 𝑣𝑚 =
2
A velocidade média no M.R.U.V, é igual a semi-soma da velocidade inicial e final.
Por vezes acontece ser necessário calcular o deslocamento de um corpo que se move
com aceleração constante. A equação que permite calcular o deslocamento pode ser
obtida da equação (2):
v=v0t +at (3) equação da velocidade no M.R.U.V
Substituindo (3) em (2), temos:
(𝑣 + 𝑣 + 𝑎.𝑡) (2𝑣0 + 𝑎.𝑡) 2𝑣0 𝑡 𝑎.𝑡 2 𝟏
𝑆= 0 0 .𝑡 ⇒ 𝑆 = .𝑡 ⇒ 𝑆 = + ⇒ 𝑺 = 𝒗𝟎 𝒕 + 𝒂𝒕𝟐 (4)
2 2 2 2 𝟐
deslocamento no M.R.U.A.
𝟏
Para o M.R.U.R. temos: 𝑺 = 𝒗𝟎 𝒕 − 𝒂𝒕𝟐
𝟐

Se existir posição inicial (𝑺𝟎 ) então:


𝟏
𝑺 = 𝑺𝟎 + 𝒗𝟎 𝒕 + 𝟐 𝒂𝒕𝟐 → Função horária do M.R.U.V

[Data] 14
Por: “ João Soba” 2021/2022

𝟏
Se 𝑆0 = 0 e 𝑣0 = 0, temos: 𝑺 = 𝒂𝒕𝟐
𝟐

Para o movimento que ocorre ao longo do eixo de coordenadas (𝑥), a equação do


movimento pode ser representada por:
𝟏
𝒙 = 𝒙𝟎 + 𝒗𝟎 𝒕 + 𝒂𝒕𝟐
𝟐
Extraindo da equação (3) a grandeza t e substituindo-a na equação (4), obtemos:
𝑣 2 −𝑣02
∆𝑆 = (5) equação de Torricelli
2𝑎

Esta equação, nos permite calcular o deslocamento, quando conhecermos a velocidade


inicial, velocidade final e a aceleração. Ainda a partir desta equação, podemos calcular a
velocidade do corpo em qualquer ponto da trajectória , quando 𝒗𝟎 = 0 :
𝑣 2 = 2𝑎 △ 𝑆 ⇒ 𝑣 = √2𝑎 △ 𝑆
Exercícios de aplicação:
1. Dada a equação do movimento de um corpo, 𝑆 = 20 + 2𝑡 + 4𝑡 2 no SI.
Determine:
a) De que movimento se trata?
b) A posição inicial, a velocidade inicial e a aceleração do movimento.
c) Espaço percorrido pelo corpo depois de 2s.
Resolução
a) Trata-se do M.R.U.A , pois que 𝑎 > 0
b) Comparando a equação dada 𝑆 = 20 + 2𝑡 + 4𝑡 2 com a equação
1 1
𝑆 = 𝑆0 + 𝑣0 𝑡 + 2 𝑎𝑡2 , conclui-se que: 𝑠0 =20m ; 𝑣0 =2m/s ; 4𝑡 2 = 𝑎𝑡 2 ⇒
2
2
a =8m/s
c) 𝑆 = 20 + 2.2 + 4(2)2 ⇒ 𝑆 = 20 + 4 + 16 ⇒ 𝑆 = 40𝑚
2. Um ponto material em movimento adquire velocidade que obedece à função
horária 𝑣 = 20 − 4𝑡 no (S.I). Determine:
a) A velocidade inicial e a aceleração.
b) A velocidade no instante 2𝑠
c) O instante em que o ponto material muda de sentido.
Resolução
a) comparando a equação dada 𝑣 = 20 − 4𝑡 com a equação 𝑣 = 𝑣0 − 𝑎𝑡,
conclui-se que: 𝑣0 = 20𝑚/𝑠 e 𝑎 = −4𝑚/𝑠 2
b) Para 𝑡 = 2𝑠
𝑣 = 20 − 4𝑡 ⇒ 𝑣 = 20 − 4 × 2 ⇒ 𝑣 = 20 − 8 ⇒ 𝑣 = 12𝑚/𝑠
c) O ponto material muda de sentido quando a 𝑣 = 0 , logo temos:
0 = 20 − 4𝑡 ⇒ 4𝑡 = 20 ⇒ 𝑡 = 5𝑠
3. A velocidade de um autocarro aumenta uniformemente de 72km/h para 90km/h
em 2s. Determine:
a) A rapidez média
b) A aceleração
c) A distância percorrida

[Data] 15
Por: “ João Soba” 2021/2022

Dados
𝑣0 =72𝑘𝑚/ℎ = 20𝑚/𝑠 ;
𝑣 = 90𝑘𝑚/ℎ = 25𝑚/s
𝑡 = 20𝑠 ;
a)𝑣𝑚 =? b) 𝑎 = ? e b) 𝑆 = ?
Resolução
a) 𝑟𝑚 =
𝑣0+𝑣
2
→ 𝑟𝑚 =
20+25
2
=
45
2
→ 𝑣𝑚 = 22,5𝑚/𝑠 b) 𝑣 = 𝑣0 + at 𝑎 = 𝑣−𝑣0
𝑡
𝑎 = 25−20
2
 a= 2,5m/𝑠 2
1
at  𝑆 = 20.2 + .2,5(2)2=40 +5  𝑆 = 45𝑚
1 2
b) 𝑆=𝑣0 𝑡 + 2 2
4. Um objecto parte do repouso (𝑣0 =0) com uma aceleração constante igual a
8m/s2, seguindo uma linha recta . determine:
a) Sua rapidez passado 5s
b) A rapidez média; c) Espaço percorrido em 5s.
Resolução
𝑣2 402
a) 𝑣 = 𝑎𝑡 ⇒ 𝑣 = 8.5 = 40𝑚/𝑠 b) 𝑟𝑚 = 2𝑎𝑡 → 𝑟𝑚 = 2.8.5 = 20𝑚/𝑠
1 1 2
c) 𝑆 = 2 𝑎𝑡2 ⇒ 𝑆 = 2 × 8 × 5 = 100𝑚
5. A velocidade de um comboio é reduzida uniformemente de 12m/s a 8m/s
enquanto este se desloca de 80m. Calcule:
a) A aceleração
b) Quanto espaço terá ainda o comboio de percorrer até parar, considerando que a
aceleração se mantém constante.
Resolução
Trata-se de M.R.U.R
Dados: 𝑣0 =12m/s ; 𝑣 = 8𝑚/𝑠 e 𝑆 = 80𝑚 a) 𝑎 =? e b) 𝑆 =?
82 −122 64−144
a) 𝑣 = 𝑣0 + 2𝑎∆𝑆 𝑣 2 − v 2 0 = 2𝑎∆𝑆 ⇒a = = ⇒ a = - 0,5m/s2
2.80 160
b) no momento de paragem tem-se v=0 , logo a equação de torricelli fica:
0 = 𝑣02 + 2𝑎∆𝑆 → 0 = 122 + 2(−0,5)∆𝑥 ⇒ −144 = −1∆𝑆 ⇒ ∆𝑆 = 144𝑚
Actividades do aluno:
1. um avião ao levantar, rola sobre a pista durante 15s e no momento de deslocar
possui uma velocidade de 100m/s .Calcula:
a) A aceleração com que se moveu o avião.
b) O espaço percorrido pelo avião na pista.
2. O maquinista de um comboio, ao aproximar-se da estação, desligou o motor da
locomotiva. O movimento decorreu com uma aceleração constante a=0,1m/s2
em sentido contrário ao do movimento.
a) Que deslocamento realizou o comboio, se no momento de desligar o motor , a
velocidade era de 72km/h
b) Quanto tempo demorou o comboio a parar?
3. Um autocarro com uma aceleração constante de 1,5m/s2, que distância terá
percorrido quando a velocidade for igual a 54km/h?

[Data] 16
Por: “ João Soba” 2021/2022

4. Um avião para deslocar da Terra, deve possuir uma velocidade de 180km/h. A


que distância do ponto de partida se encontra o avião quando alcança essa
velocidade se percorrer a pista com uma aceleração de 2,5m/s2.
5. Um foguetão move-se com uma aceleração de 45m/s2 e num determinado
instante alcança uma velocidade de 900m/s. Que distância percorrerá nos 2,5s
seguintes?
6. A que distância da Terra se encontrará uma nave cósmica depois de 30 minutos
de lançamento, supondo que durante todo o tempo se movimentou
rectilineamente e com aceleração constante, igual a 98m/s2 ?
7. A equação horária de um corpo é 𝑥 = 2 + 3𝑡 + 2𝑡2 no (S.I). determine:
a) O tipo de movimento . b) A posição inicial, a velocidade inicial e a aceleração
do movimento.
b) A posição final e a velocidade final do corpo depois de 1s.
8. Sendo 𝑣 = 2 + 2𝑡 a equação da velocidade de um corpo no SI. Determina:
a) O tipo de movimento. A velocidade inicial e a aceleração do móvel.
b) Encontrar a velocidade final e a posição final do móvel depois de 8s.
Assunto: Queda livre
Quando um corpo é somente deixado cair ou é lançado na vertical e, se considerar que
a resistência do ar é desprezível, os corpos ficam sujeitos apenas à força gravítica. Por
este motivo, estes corpos são chamados de graves e o seu movimento é designado por
queda livre. Independentemente de o corpo estar a cair ou subir.
Assim, podemos definir a queda livre como um movimento uniformemente variado de
subida e de decida que os corpos realizam no vácuo ou nas proximidades da terra e de
aceleração constante.
A aceleração que estes corpos estão sujeitos é a aceleração da gravidade, nas
proximidades da Terra tem um valor constante de (g= 9,8  10m / s 2 ).
Segundo estudos feitos por Galileu sobre a queda livre, afirma que:
 O movimento de queda livre é rectilíneo uniformemente variado;
 Num dado local, a aceleração da queda é a mesma para todos os corpos, isto
é, cairiam todos de uma dada altura no mesmo intervalo de tempo se não
houvesse resistência do ar;
 O ar opõe a resistência a queda.
Como o movimento da queda livre é um movimento rectilíneo uniformemente variado,
as equações que definem este movimento são as mesmas demonstradas anteriormente
no M.R.U.V, substituindo apenas a aceleração (a) pela aceleração da gravidade (g) e a
medida (x) do percurso pela altura (h).
Assim, temos:
Quando o corpo sobe as equações do movimento são:
𝑣 = 𝑣 𝑜 – 𝑔𝑡
1 2
ℎ = ℎ0 + 𝑣0 𝑡 − 𝑔𝑡
2
𝑣 2 = 𝑣 2 0 − 2𝑔ℎ

 Quando o corpo desce as equações do movimento são:

[Data] 17
Por: “ João Soba” 2021/2022

𝑣 = 𝑣0 + 𝑔𝑡 𝑣 = 𝑔𝑡
1 1
ℎ = ℎ0 + 𝑉0 𝑡 + 2 𝑔𝑡2 se ℎ0 =0 e 𝑣0 =0 , teremos ℎ= 𝑔𝑡2
2

𝑣 2 = 𝑣0 + 2𝑔ℎ 𝑣 2 = 2𝑔ℎ ⇔ 𝑣 = √2𝑔ℎ


A partir destas equações, podemos determinar o tempo de subida e a altura
máxima(ℎ𝑚á𝑥 ) . Assim, vem:
𝑣 = 𝑣𝑜 – 𝑔𝑡 sabendo que o corpo ao atingir altura máxima tem-se 𝑣 = 0 𝑒 𝑡 = 𝑡𝑠 ,
logo
𝑣0
0 = 𝑣0 − 𝑔𝑡𝑠 ⇒ 𝑣0 = 𝑔𝑡𝑠 ⇔ 𝑡𝑠 = 𝑔
(1) ⟶ tempo de subida
1 1
ℎ = 𝑣0 𝑡 − 𝑔𝑡2 ⇒ ℎ = 𝑣0 𝑡 − 𝑔𝑡2𝑠 (2) sendo ℎ = ℎ𝑚 e substituindo (1) em
2 2
(2), teremos:
𝑣20
ℎ𝑚á𝑥 = Obtemos assim a fórmula que nos permite calcular a altura máxima.
2𝑔

Exercícios:
1. Um corpo cai de um avião de uma altura de 1200m. Considerando g=10m/s2,
calcula:
a) O tempo que o corpo demora a atingir o solo.
b) A velocidade a que o corpo chega ao solo
Dados Fórmula Resolução

1 2ℎ 2.120 2400
h=120m a) ℎ = 2 𝑔𝑡2 ⇔ 𝑡 = √ 𝑡=√ =√ =15,5s
𝑔 10 10

g=10m/s2
t=? b) 𝑣 = 𝑔𝑡 𝑣 = 10.15,5 ⇒ 𝑣 = 155𝑚/s
𝑣=?
2. Um corpo é lançado para cima com uma velocidade inicial de 10m/s.
Considerando que g=10m/s2. Determine:
a) A altura máxima atingida pelo corpo;
b) O tempo que demorou a atingir esta altura (tempo de subida);
c) A velocidade do corpo depois de 2s; ( o corpo estará a subir ou a descer)?
Dados Fórmula Resolução
𝑣2 102 100
𝑣0 =10m/s a) ℎ𝑚á𝑥 = 2𝑔 ℎ𝑚.𝑎𝑥 = 2.10 = ⇒ ℎ𝑚á𝑥 = 5𝑚
20
𝑣0 10
𝑔 = 10𝑚/𝑠 b) 𝑡𝑠 = 𝑡𝑠 = 10 = 1𝑠
𝑔

ℎ𝑚á𝑥 =? c) 𝑣 = 𝑔𝑡 𝑣 = 10.2 = 20𝑚/𝑠


𝑡𝑠 =? 𝑒 𝑣 =? Portanto, o corpo estará a descer.
Actividades:
1. Deixa-se cair uma pedra de uma altura de 20m. Considerando g=10m/s2.
Determine:

[Data] 18
Por: “ João Soba” 2021/2022

a) O tempo que a pedra demora a atingir o solo.


b) A velocidade a que a pedra chega ao solo.
2. Uma bola é lançada verticalmente para cima com uma velocidade inicial de
20m/s, considere g=10m/s2 e calcula:
a) A altura máxima atingida pela bola;
b) O tempo que a bola levou para atingir esta altura.

Representação gráfica do M.R.U.V


No movimento rectilíneo uniformemente variado , temos três tipos diferentes de
gráficos: velocidade-tempo, posição-tempo e aceleração-tempo.
1º gráficos da velocidade em função do tempo
Como a equação da velocidade em função do tempo é do 1º grau, o seu gráfico é uma
recta inclinada em relação ao eixo dos tempos. Podemos dividir esse gráfico em dois
casos:
 M.R.U.A (aceleração positiva) a inclinação da recta é positiva
 M.R.U.R (aceleração negativa) a inclinação da recta é negativa

2º gráficos da posição em função do tempo


Para este movimento, a equação da posição em função do tempo é do 2º por isso os seus
gráficos é uma parábola. Dividindo os gráficos em dois casos, teremos:
 M.R.U.A a concavidade da parábola é positiva ( para cima).
 M.R.U.R a concavidade da parábola é negativa ( para baixo).

3º Gráficos da aceleração em função do tempo


Como no M.R.U.V a aceleração é constante, os seus gráficos é uma recta
paralela em relação ao eixo dos tempos.

actividades:

[Data] 19
Por: “ João Soba” 2021/2022

1. Um carro arranca a partir da origem de referência , estando inicialmente em


repouso, com aceleração constante de 2m/s2. Representar os gráficos v-t, x-t, a-t.
2. Sendo 𝑣 = 15 − 3.t a equação do móvel no S.I. representa os gráficos V-t, x-t
e a-t
Tema B – ELECTROSTÁTICA
Assunto: os fenómenos eléctricos e a sua importância
A palavra electrostática significa : electro- carga e estático, repouso. Portanto,
electrostática é a parte da física que estuda os fenómenos eléctricos que resultam das
cargas eléctricas em repouso.
Fenómenos eléctricos e a sua importância
A electricidade, energia eléctrica e a corrente eléctrica, são palavras já
conhecidas por nós. A energia da corrente eléctrica é aproveitada diariamente nas
nossas casas, nos transportes, na escola, na nossa cidade, nos hospitais, em fábricas e
indústrias, ou seja, praticamente em todas as actividades. Na natureza , existem corpos
que quando friccionados eles adquirem propriedades de atrair outros corpos mais leves,
a este fenómeno chamamos fenómenos eléctricos.
Chama-se fenómeno eléctrico: a propriedade que um corpo adquire, depois de
friccionado, em atrair ou repelir outros corpos.
A electricidade estuda os fenómenos eléctricos originados pelas cargas
eléctricas em repouso e em movimento.
Os fenómenos eléctricos são muito importantes na vida quotidiana pois
aproveita-se a corrente da energia eléctrica para a iluminação das ruas, nas nossas casas,
para fazer funcionar os electrodomésticos nas nossas casas, nos hospitais, nas
indústrias, etc.
Actividades:
1. O que é a electrostática?
2. Que são fenómenos eléctricos? Que importância tem na nossa vida?
Assunto: ELECTRIZAÇÃO DOS CORPOS.
Os fenómenos eléctricos foram descobertos a anos pelo cientista grego Tales de Milleto
no ano 600 a.C, ao longo das suas experiências. Ao esfregar uma Regina fóssil, o âmbar
com pele de carneiro, observou que o pedaço de palha era atraído pelo âmbar quer dizer
adquiria propriedade de atrair corpos livres.
Electrização: é o processo pelo qual um corpo adquire a propriedade de atrair ou repelir
outros corpos.
 Um corpo está electrizado quando adquire a propriedades de atrair ou repelir
outros corpos.
Os fenómenos que surgem por intermédio de uma fricção de um corpo por outro, são
chamados de fenómenos electrostáticos.

[Data] 20
Por: “ João Soba” 2021/2022

Um corpo electrizado é um corpo que ganhou ou perdeu electrões.


 Se o corpo ganhou electrões, então , foi electrizado negativamente, ao passo que,
se o corpo perdeu electrões então, foi electrizado positivamente.
Tipos de electrização
Podemos identificar três tipos de electrização: electrização por fricção, por contacto e
por influência.
1. Electrização por fricção (ou por atrito): ocorre quando um corpo é
friccionado sobre outro e adquire propriedades de atrair outros corpos. Na
electrização por fricção, os corpos adquirem cargas iguais, mas de sinais
contrários.
EX: carregando um pente passando-o várias vezes no cabelo.
2. Electrização por contacto: ocorre quando colocamos em contacto um corpo
neutro e um corpo electrizado, uma parte da carga eléctrica passará para o corpo
neutro. Na electrização por contacto, os corpos ficam electrizados com cargas
de mesmo sinal.
3. Electrização por influência( ou por indução): ocorre quando aproximamos um
corpo neutro à um corpo electrizado , mas sem os tocar, ou seja, sem contacto
dos corpos. Na indução, ocorre apenas uma separação entre algumas cargas
positivas e negativas do corpo.
Neste tipo de electrização, o corpo que provoca a indução é denominado indutor
e o que sofre a indução é o induzido.
Ex: quando aproximamos um íman com um prego.
Assunto: CARGAS ELÉCTRICAS.

 Tipos de cargas eléctricas


A carga eléctrica é uma propriedade da matéria.
Existem dois tipos de cargas eléctricas, que são:
 Carga eléctrica positiva (+)
 Carga eléctrica negativa (-)
O electroscópio é um aparelho que se destina a indicar a existência de cargas eléctricas,
ou seja, identificar se um corpo está ou não electrizado.
Os electroscópios mais comuns são o pêndulo electrostático e o electroscópio de folha.
O pêndulo electrostático é constituído por uma esfera leve e pequena, em geral de
cortiça, suspensa por um fio flexível e isolante, preso a um suporte.
Assunto: INTERACÇÃO DOS CORPOS CARREGADOS

 Lei fundamental da electrostática.


Os corpos carregados ou electrizados interactuam-se obedecendo a “lei da
electrostática”.

[Data] 21
Por: “ João Soba” 2021/2022

De acordo com esta lei, os corpos electrizados quando interactuam manifestam o


seguinte comportamento:
“Os corpos que possuem carga de mesmo sinal repelem-se , e os corpos que possuem
carga de sinal contrário atraem-se .”
Princípio da conservação das cargas eléctricas
O princípio da conservação das cargas eléctricas pode ser assim enunciado:
“Num sistema electricamente isolado, a soma algébrica das quantidades de cargas
positivas e negativas é constante”.
Unidade da carga eléctrica no sistema internacional (SI)
A unidade da carga eléctrica (q) no SI é o Coulomb, em homenagem ao Físico francês
Charles Augustin Coulomb (1736-1806).
Actividades:
1. Quando é que se diz que um corpo está electrizado?
2. Que diferença existe entre electrização por contacto e electrização por
influência?
3. Quantos tipos de cargas eléctricas existem na natureza? Como são denominados
e quais são os seus sinais que apresentam?
4. Como é que os corpos carregados se interagem ?
Assunto: Transferência de cargas eléctricas de um corpo para outro. Corpos maus
condutores e corpos bons condutores da cargas eléctricas
Durante a fricção, ocorre a transferência de cargas eléctricas. Quando um corpo é
friccionado, ele passa as suas cargas para o corpo em que o mesmo é friccionado e,
recebe deste as cargas de sinal diferente daquela que possuía.
Nem todos os corpos apresentam mesmas propriedades de atraírem ou repelirem outros
corpos. Assim, podemos classificar os corpos em: bons e maus condutores da carga
eléctrica.
 Os corpos maus condutores ou isoladores : são os materiais que não
permitem o deslocamento de cargas eléctricas até outras partes do corpo.
Estes materiais podem adquirirem facilmente a propriedade de atrair
outros corpos quando friccionado com uma outra da mesma espécie..
Ex.Plásticos, madeira, borracha, vidro, etc.
 Os corpos bons condutores: são os materiais que permitem o
deslocamento de cargas eléctricas até outras partes do corpo. Porém,
esses materiais não conseguem atrair sequer um pedacinho de papel Ex.
Os materiais de metal: alumínio, cobre ferro, etc.
Actividades:
1. Dê mais exemplos de corpos bons e maus condutores da carga eléctrica.
2. Porquê é que se pode electrizar uma vara de vidro ou plástico que se sustém com
uma mão , enquanto que uma vara de cobre não.

[Data] 22
Por: “ João Soba” 2021/2022

3. Porque razão os metais são bons condutores da corrente eléctrica?


Assunto: estrutura dos átomos. O electrão
Sabemos que todos corpos são constituídos por moléculas e átomos.
Durante anos, o átomo era considerado como a unidade estrutural mínima da
substância, o que quer dizer, o último pilar da constituição dos corpos, imutável e
indivisível.
Portanto, a palavra átomo é de origem grega que significa indivisível.
Á - TOMO
Não Divisível
Assunto: NOCÕES ELEMENTARES SOBRE A ESTRUTURA DOS ÁTOMOS

 Partículas fundamentais do átomo


Sabemos que todos corpos são constituídos de átomos, ou seja, como defendia o grego
Leucípo e seu seguidor Demócrito “ o mundo é feito de átomos”. Assim o átomo é uma
palavra de origem grega que significa não divisível ou indivisível ( A= não;
Tomo= divisível).
O homem desde então, usa modelos atómicos para explicar as estruturas dos átomos.
Um modelo atómico é um conjunto de ideias que explicam a estrutura dos átomos.
O primeiro modelo atómico foi proposto por John Dalton que baseando-se na sua
experiência e nas ideias de Leucípo e Demócrito, concluí que:
 O átomo é a unidade fundamental de constituição da matéria; é indivisível,
indestrutível e não pode ser criado.
Depois da descoberta do electrão (e- ) protão (p+) e neutrão(n) , o Inglês Josephp
Thomoson( 1856-1940) propôs um outro modelo atómico.
 O átomo é formado de electrões (e-), protões (p+) e neutrões , essas partículas se
encontram desordenadamente dispersas por toda a parte do átomo.
Essa ideia não existiu por muito tempo, devido da breve experiência realizada por
outro físico Inglês Ernest Rutherford( 1871-1937), conclui-se que:
 O átomo é formado por um núcleo e envoltório. No núcleo estão p+e n ;e no
envoltório estão os electrões (e- ) distribuídos em camadas de energia.
Representação esquemática dos átomos

[Data] 23
Por: “ João Soba” 2021/2022

Nos átomos que possuem vários electrões, estes distribuem-se por camadas. A última
camada dos átomos não pode ter mais de oito electrões.
Os átomos que possuem na última camada 1, 2 e 3 electrões tem a facilidade de lhes
perder, enquanto os que tem mais de 5 electrões na última camada, tem a facilidade de
capturar electrões adicionais e retêm-nos com maior força.
Quando um átomo perde um ou mais electrões deixa de ser neutro e adquire uma carga
positiva. Nestas condições é chamado ião positivo. Quando um átomo capta um
electrão adicional então, este adquire uma carga negativa e converte-se em ião negativa
IMPORTANTES:
 O electrão é a partícula que tem a menor carga eléctrica negativa e que não
se pode dividir. O electrão foi descoberto por Thomoson em 1897
 O valor do electrão foi determinado pelo físico inglês R. Millikan(1868-
1953).
 A carga eléctrica do protão é igual, em valor, à do electrão, mas de sinal
contrário. O protão foi descoberto por Ernest Rutherford em 1914.
 Em condições normais, os átomos são neutros, porque a carga total positiva
do núcleo é igual a carga total negativa dos electrões no envoltório. Ou seja,
o átomo é electricamente neutro porque a quantidade de protões do núcleo é
igual a quantidade de electrões no envoltório.
 O electrão, protão e neutrão são as partículas fundamentais do átomo.
Actividades:
1. Qual é o nome da partícula que possui a menor carga negativa que existe na
natureza ? e qual é o nome da partícula com menor carga positiva?
2. Porque é que os átomos, apesar de serem constituídos por partícula que possuem
cargas eléctricas, são neutros no estado normal?
3. Porque é que quando um átomo perde um electrão, adquire uma carga positiva?
Assunto: explicação da electrização dos corpos por contacto e por influência
Os conhecimentos sobre a estrutura dos átomos e dos corpos bons e maus
condutores, permitem explicar os fenómenos da electrização dos corpos.
Em condições normais, todos os corpos têm igual número de electrões e de protões.
Como a carga eléctrica do protão é igual à do electrão, mas de sinal contrário, os
corpos são electricamente neutros.
Os protões por estarem situados nos núcleos dos átomos que integram os corpos
sólidos não se pode deslocar. Os únicos capazes de se transferirem de um átomo para
outro, ou, através da estrutura dos corpos, são os electrões.
Se para um corpo neutro se transferir electrões de outro corpo, o primeiro
adquire a carga negativa, enquanto que o segundo adquire carga positiva.
Daqui se deduz que um corpo está carregado negativamente quando possui
electrões em excesso; enquanto que o outro está carregado positivamente quando possui

[Data] 24
Por: “ João Soba” 2021/2022

protões em excesso. Em resumo, os corpos se electrizam, o que quer dizer se carregam


electricamente quando adquirem ou perdem electrões.
Tema C: ENERGIA ELÉCTRICA
Assunto: A corrente eléctrica.
A palavra corrente geralmente relaciona-se com o movimento de alguma coisa.
Ex: a corrente do rio, a corrente do ar, a corrente sanguínea, etc.
Sabemos que as substâncias são constituídas por diferentes partículas , tais
como, molécula, átomo, protões(p+), electrões(e-)e os iões (carga positiva e
negativa). Estas partículas movem-se no interior dos condutores e todas as
direcções. Para que haja uma corrente eléctrica, o movimento das partículas tem
que ser ordenado e dirigido numa só direcção.
Def: a corrente eléctrica é o movimento dirigido e ordenado das partículas
carregadas, que atravessam um condutor.
 Condições para que exista a corrente eléctrica
Para que haja corrente eléctrica deve-se criar um campo eléctrico em torno do
condutor, as partículas através do campo eléctrico deslocar-se-ão no condutor em
uma direcção e produz-se a corrente eléctrica.
OBS. existem dois tipos de corrente eléctrica: corrente contínua (CC) e a
corrente alternada (CA).
 Corrente contínua: é aquela que o movimento das cargas eléctricas
ocorre sempre no mesmo sentido
 Corrente alternada: é aquela que a corrente eléctrica muda de sentido
em cada instante.
Assunto: A energia eléctrica na vida quotidiana
A energia eléctrica é de vital importância para o desenvolvimento de um país e
para o desenvolvimento da humanidade, já que com ela funcionam as fábricas e as
indústrias; iluminam as cidades e participa nas novas tecnologias da informação,
aplicada na electromedicina e na biotecnologia, nos transportes, etc.
Assunto: fontes de corrente eléctrica
Def: as fontes de corrente eléctrica são corpos que produzem a corrente eléctrica.
Ex: barragens, acumuladores, geradores, painel solar, elementos galvânicos, etc.
As fontes de corrente eléctrica têm a função de converter a energia mecânica, interna,
química, térmica ou qualquer tipo de energia em energia eléctrica.
Algumas fontes de corrente eléctrica onde a energia interna se transforma em energia
eléctrica são: elementos galvânicos e acumuladores.
Elementos galvânicos: são corpos que transformam a energia química produzida nas
reacções das substâncias em energia eléctrica. Ex: A pilha seca

[Data] 25
Por: “ João Soba” 2021/2022

Os acumuladores: São dispositivos capazes de armazenar energia eléctrica durante um


instante. Ex: a bateria.
Para que o acumulador funcione como fonte de corrente, deve ser carregado antes, para
isso, faz-se chegar a corrente de outra fonte.
Os acumuladores têm grande utilização na técnica moderna. Ex: nos automóveis, os
acumuladores, põem em funcionamento o motor de arranque e permite acender os
faróis, etc.
Actividades:
1. O que é a corrente eléctrica?
2. Quais são as condições necessárias para a existência da corrente eléctrica?
3. Qual é a função das fontes de corrente?
Assunto: Circuito eléctrico e os seus componentes
Def: o circuito eléctrico é um conjunto formado por fontes de corrente, por
receptores, por interruptores, ligados entre si por condutores.
As fontes de correntes, os receptores, os interruptores, e os condutores são
componentes do circuito.
Para que haja corrente no circuito, este tem que estar fechado, quer dizer, estar
unicamente composto de elementos que conduzem electricidade.

Reapresentação esquemática de um circuito.

 Alguns sinais convencionais

Assunto: Efeito da corrente Eléctrica


A corrente eléctrica não é visível, mas podemos perceber claramente seus efeitos.
 Denomina-se efeito térmico ou efeito Joule da corrente eléctrica o aquecimento
provocado ao circular a corrente por um condutor. Este efeito aplica-se nos
ferros de engomar, nos aquecedores, nas lâmpadas incandescentes, etc.
 Efeito químico: ocorre quando a corrente eléctrica passa por certas soluções,
contribuindo para a reacção química. Alguns exemplos da utilização na

[Data] 26
Por: “ João Soba” 2021/2022

indústria são a electrólise, aplicada na separação de gases, purificação de


alumínio, etc.
 Efeito magnético: ocorre quando a passagem da corrente eléctrica por um
condutor dá origem a um campo magnético a seu redor. Esse efeito é a base para
o funcionamento dos motores, transformadores, geradores, etc.
 Efeito luminoso: a corrente eléctrica, circulando em um recipiente no qual há
gases metálicos (mercúrio, sódio) provoca emissão de luz, como acontece com a
lâmpada fluorescente.
Assunto: Sentido da corrente eléctrica
Nos condutores metálicos, a corrente eléctrica é o movimento dirigido dos electrões.
Nos electrões, a corrente eléctrica é o movimento dos iões positivo e negativo.
Por convenção, o sentido da corrente eléctrica é o sentido em que se movem as cargas
positivas no condutor, ou seja, o sentido do pólo positivo para o pólo negativo da fonte
da corrente. Mas o verdadeiro sentido da corrente é do pólo negativo para o pólo
positivo.
Sentido
Sentido
Convencional real
OBS: para comprovar a existência da corrente eléctrica num circuito usa-se um aparelho
chamado Galvanómetro.
Actividades:
1. Como se pode reconhecer a existência da corrente eléctrica num circuito?
2. Qual é o efeito que a corrente eléctrica provoca quando se utiliza um
ferro eléctrico?
3. Qual é o sentido que se adopta para a corrente eléctrica?
Assunto: A carga Eléctrica e intensidade da corrente eléctrica.
Dissemos atrás que a corrente eléctrica é o movimento dirigido e ordenado das
partículas carregadas.
Def: A carga eléctrica é o conjunto de partículas carregadas que movem no condutor.
Representa-se por q .
Def: Intensidade da corrente eléctrica num circuito é a quantidade de carga eléctrica
que passa através da secção transversal de um condutor numa unidade de tempo.
A intensidade da corrente é uma grandeza física directamente proporcional à carga (q) e
inversamente proporcional ao tempo (t);logo:
𝐪 𝐪
𝐈=  𝐪 = 𝐈. 𝐭  𝐭 =
𝐭 𝐈
Onde: I é a intensidade da corrente; q é a carga que passa pela secção transversal e t é o
tempo em que circulou a carga eléctrica.

[Data] 27
Por: “ João Soba” 2021/2022

Unidades da Intensidade da corrente eléctrica


No S.I, a unidade da intensidade da corrente é Ampere (A), em homenagem ao cientista
Francês André Marie Ampère (1775-1836).
Utiliza-se também os submúltiplos do Ampere: o miliampère(mA) e o micro-
ampère(𝜇𝐴):
𝟏𝒎𝑨 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟏𝑨 = 𝟏𝟎−𝟑 𝑨e 𝟏𝝁𝑨 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎𝟏 = 𝟏𝟎−𝟔 𝑨
Ao passo que a unidade da carga eléctrica no S.I, chama-se Coulomb (C), em honra ao
cientista Francês Charles Coulomb (1736-1806).
A unidade da carga eléctrica, o Coulomb, define-se como a carga que passa pelo
circuito em 1𝑠 quando a intensidade da corrente é de 1𝐴.
Para medir a intensidade da corrente eléctrica que circula por um circuito, utiliza-se um
instrumento denominado amperímetro.
Para medir a intensidade da corrente eléctrica, liga-se em série os dois terminais do
amperímetro ao circuito.
Importante:
 A expressão “corrente forte”significa que a carga eléctrica que circula no
circuito, numa unidade de tempo, é grande.
 A expressão “ corrente fraca”significa que a corrente que circula no circuito,
numa unidade de tempo, é pequena.
 A carga eléctrica do electrão é muito pequena, igual à 1,610−19 𝐶
Exercícios
1. Se pelo circuito de um ferro eléctrico circula em 2𝑠 uma carga eléctrica de
8𝐶,que intensidade da corrente eléctrica houve?
Dados Fórmula Resolução

𝐼 = 2  4𝐴
𝑞 8
𝑡 = 2𝑠 𝐼= 𝑡

q = 8C
I =?
R: A intensidade da corrente eléctrica que houve no circuito do ferro eléctrico é de 4𝐴.
2. Pelas espiras de um fogão eléctrico circulou durante 10minutos uma intensidade
de corrente eléctrico de 5𝐴. Que valor da carga se movimentou?
Dados Fórmula Resolução

𝑡 = 10𝑚𝑖𝑛 = 600𝑠 𝑞 = 𝐼. 𝑡 𝑞 = 5.600  𝑞 = 3000𝐶


𝐼 = 5𝐴
𝑞 =?

[Data] 28
Por: “ João Soba” 2021/2022

R: A carga que movimentou é de 3000𝐶.


Actividades
1. Como se define a unidade da carga eléctrica?
2. Qual é a unidade de medida da intensidade da corrente eléctrica adoptada no S.I?
3. Como se chama o aparelho utilizado para a medição da intensidade da corrente
eléctrica?
4. Num circuito circula uma intensidade da corrente de 3𝐴 durante 1min. Qual é o
valor da carga eléctrica que circula?
Assunto: Diferença de potencial eléctrico. Unidades
Para que haja corrente eléctrica num circuito é necessário que se aplique uma d.d.p a
este circuito. Assim:
Def: A d.d.p ou tensão eléctrica (𝑼) é o trabalho necessário para fazer deslocar uma
carga eléctrica de um ponto para outro.
A d.d.p ou tensão eléctrica é uma grandeza física directamente proporcional ao trabalho
realizado no circuito e inversamente proporcional a carga deslocada. Representa-se por
(𝑼). Logo:
𝑊
𝑈=  𝑊 = 𝑈. 𝑞
𝑞
Nota: d.d.p é a força electromotriz que faz deslocar uma carga eléctrica de um ponto
para outro.
Unidade da tensão eléctrica ou d.d.p
No S.I, a unidade de medida da d.d.p ou tensão eléctrica é o Volt (V), em honra ao
cientista italiano Alexandre Volt( criador da primeira pilha).
Na prática, utiliza-se unidades menores e maiores que o Volt como: o milivolt(mV) e o
quilovolt (kV).
1𝑚𝑉 = 0,001𝑉 = 10−3 𝑉 ; 1𝑘𝑉 = 1000𝑉 = 103 𝑉
Para medir a diferença de potencial (d.d.p) utiliza-se um instrumento denominado
voltímetro.
O voltímetro liga-se em paralelo ao circuito , já que mede sempre a d.d.p entre dois
pontos do circuito.

Exercícios
1. Qual é o valor da d.d.p nos extremos de uma lâmpada eléctrica, se no circuito
circular uma carga de 160𝐶 e realiza um trabalho de 3200𝐽?

[Data] 29
Por: “ João Soba” 2021/2022

Dados Fórmula Resolução


𝑊 3200𝐽
q=160C 𝑈= 𝑈= = 20𝑉
𝑞 160𝐶

W=3200J

𝑈 =?
2. Um circuito eléctrico está ligado durante 1800𝑠 e nele circula uma intensidade
de 0,5 𝐴. Calcular o trabalho realizado no circuito, se o voltímetro ligado a ele
regista 2𝑘𝑉.
Dados Fórmula
t = 1800s 𝑊 = 𝑞. 𝑈 ; com 𝑞 = 𝐼. 𝑡 logo: 𝑊 = 𝐼. 𝑡. 𝑈
I = 0,5A
𝑈 = 2𝑘𝑉 = 2000𝑉 Resolução
𝑊 =? 𝑊 = 0,5.1800.2000 = 1800000𝐽
Actividades
1. Qual é o trabalho necessário para fazer deslocar uma carga de 120𝐶 numa rede
eléctrica de tensão igual a 6𝑉 ?
2. Calcula o valor da d.d.p nos extremos de um acumulador que realiza um
trabalho de 1000𝐽 e passa uma carga de 250𝐶 .
Assunto: Corrente eléctrica nos metais
Sabes que os metais, no estado sólido, possuem uma estrutura cristalina, a qual por sua
vez é formada por átomos que possuem poucos electrões no seu último nível e que estão
debilmente ligados ao núcleo. Devido ao movimento próprio da substância, escapam-se
electrões destes átomos que são denominados electrões livres.
Em condições normais, os electrões livres movem-se desordenadamente no interior da
estrutura cristalina, mas não constituem uma corrente eléctrica.
Contudo, se se ligar uma porção de um condutor metálico a uma fonte de corrente, o
campo eléctrico no interior do condutor provoca que os electrões livres adquiram um
movimento ordenado e orientado na direcção da acção das forças eléctricas que actuam
sobre eles, provocando a corrente eléctrica.
Conclusão: a corrente eléctrica nos metais deve-se ao movimento ordenado dos
electrões livres.
Assunto: corrente eléctrica nos electrólitos
A condução da corrente eléctrica nas soluções líquidas salinas, ácidas e alcalinas,
denominadas electrólitos, tem características diferentes das observadas nos metais, uma
vez que os portadores da carga eléctrica não são os electrões.
Quais são essas partículas responsáveis no transporte da carga eléctrica?
Para dar resposta a esta pergunta analisemos a seguinte experiência: se colocarmos dois
condutores limpos, denominados eléctrodos, num recipiente com água destilada e

[Data] 30
Por: “ João Soba” 2021/2022

ligarmos todos os componentes que constituem um circuito, notaremos que a lâmpada


não acende porque a água destilada não contém partículas carregadas livres. Mas se
dissolvermos o sal comum (cloreto de sódio) na água destilada, verificaremos que a
lâmpada acenderá porque na solução de cloreto de sódio há partículas livres carregadas
capazes de transmitir carga eléctrica entre os eléctrodos.
Portanto, os electrólitos são substâncias que no estado líquido ou em solução aquosa
conduzem a corrente eléctrica. Nos electrólitos, os portadores da carga eléctrica são os
iões positivos e os iões negativos.
Assunto: Corrente eléctrica nos gases
Os gases são maus condutores da electricidade, ou seja, não contém partículas livres
portadoras de cargas eléctricas.
Que condição deve existir para que os gases conduzam a corrente eléctrica?
Para que haja a condução da corrente eléctrica nos gases utiliza-se um equipamento
denominado corrente de indução ( a finalidade deste equipamento é permitir uma d.d.p
entre os terminais) e coloca-se, nos seus terminais dois arames dobrados de forma que
os seus extremos fiquem separados uns centímetros que ao se aproximar uma chama de
vela ocorrem saltos de faíscas entre os dois arames devido à elevada d.d.p entre os
terminais do equipamento e o calor gerado pela vela, o que faz com que o ar conduza a
corrente eléctrica.
Portanto, a chama da vela fornece energia cinética aos electrões e estes movem-se com
maior rapidez, chocam-se entre si e desprendem-se dos átomos. Os átomos que cedem
ou ganham electrões convertem-se em iões positivos ou negativos.
O fenómeno de ruptura dos átomos denomina-se ionizado.
Outro fenómeno de descarga eléctrica nos gases é os raios que se originam na atmosfera
nos dias de trovada. O raio contém cargas provenientes da ironizarão do ar, que
circulam entre as nuvens e o solo.
Actividades
1. Quais são as partículas responsáveis pelo transporte da carga eléctrica nos
metais?
2. O que são electrólitos? E quais os portadores de carga eléctrica nestes
condutores?
3. Que condições se requerem para que os gases produzam a corrente eléctrica?
Assunto: Lei de Ohm para uma porção do circuito.
A lei de Ohm estabelece uma relação entre as grandezas eléctricas: tensão (V) ,
corrente(I) e a resistência (R) em um circuito. Esta lei enuncia-se da seguinte forma:
«Num condutor metálico mantido à temperatura constante, a intensidade da corrente
eléctrica é directamente proporcional à diferença de potencial e inversamente
proporcional a resistência».

[Data] 31
Por: “ João Soba” 2021/2022

Em 1826, foi o George Simon Ohm quem descobriu experimentalmente a relação


matemática que exprime esta lei.
𝑈 U
I=  V = I. R  𝑅 =
R I
Onde: 𝐈 é a intensidade da corrente eléctrica;𝐕é a diferença de potencial e 𝐑 é a
resistência.
Assunto: Resistência de um condutor. Unidades.
Def: A resistência eléctrica (R) é a dificuldade que os condutores apresentam quando
são atravessados por corrente eléctrica.
Influência da temperatura sobre a resistência de um condutor metálico
Ao elevar a temperatura de um condutor metálico, aumenta a sua energia interna e,
portanto, aumenta também o movimento vibratório dos iões da rede cristalina do metal,
o que provoca um número de choques dos electrões livres com os iões, o que quer dizer,
que aumenta a resistência do condutor.
«Nos condutores metálicos, quanto maior é a temperatura, maior é a resistência que
oferece á circulação da corrente eléctrica».
Unidade da Resistência Eléctrica
No S.I, a unidade de medida da residência eléctrica é Ohm ( representa-se por  ), em
homenagem ao físico Alemão Gorge Simon Ohm ( 1789-1854).
Na prática, utiliza-se unidades múltiplas do Ohm o quiloohm e o megaohm.

;
1k  1000 10  1M  1000000 10 
3 6

A resistência eléctrica de um condutor mede-se mediante um aparelho chamado


ohmímetro.
Importantes:
 Condutores Óhmicos são condutores que obedecem a lei de Ohm.
 Condutores não òhmicos são condutores que não obedecem a lei de Ohm.
Exercícios:

1. A resistência de um condutor metálico é de 30  . Calcula o valor da d.d.p deste


aparelho, sabendo que a intensidade da corrente que o atravessa é de 2,5𝐴.

𝑈 = 2,5.30 .  𝑈 = 75𝑉
2. Numa lâmpada de uma lanterna, com uma d.d.p. aplicada de 3,5𝑉, circula a
intensidade da corrente de 0,28𝐴. Determina a resistência do filamento da
lâmpada.
3,5
𝑅=  𝑅 = 12,5 
0,28
3. Qual é a intensidade da corrente que indica o amperímetro A do circuito abaixo?

[Data] 32
Por: “ João Soba” 2021/2022

3
I=  I = 1,5A
2

Actividades:
1. Qual é a relação de dependência que existe entre a d.d.p. aplicada num
condutor metálico e a intensidade da corrente que circula?
2. Porque é que a temperatura influi sobre a resistência dos condutores
metálicos?
3. O amperímetro da figura abaixo mostra uma intensidade de 2𝐴. Que d.d.p
mostrará o voltímetro?

4. Um condutor tem uma resistência de 2𝑘  . Qual o valor da resistência,


no SI?
Assunto: Factores de que depende a resistência de um condutor .
 Resistência específica
A resistência eléctrica de um condutor depende :
 Do material de que é feito;
 Do seu comprimento;
 Da área da sua secção.
A resistência eléctrica de um condutor metálico é directamente proporcional ao seu
comprimento e inversamente proporcional à área da sua secção transversal, e depende
do valor da resistência específica ( 𝜌 ) do material de que é fabricado o condutor.
A expressão matemática que estabelece essa relação é a seguinte:
𝑙 𝑆
𝑅=𝜌  𝜌=𝑅
𝑆 𝑙
A unidade da resistência específica ou resistividade ( 𝜌) no SI é  . 𝑚.
Mas se a área da secção transversal do condutor vier em 𝑚𝑚2 , o seu comprimento em
𝑚, e a sua resistência eléctrica em  ; a unidade da resistência específica será:
𝑚𝑚2
𝜌= 
𝑚
Na tabela abaixo dão-se a conhecer as resistências específicas de algumas substâncias à
temperatura de 200 𝐶.

[Data] 33
Por: “ João Soba” 2021/2022

Substância 𝒎𝒎𝟐
𝝆= 
𝒎
Prata 0,016
Cobre 0,017
Ouro 0,024
Alumínio 0,028
Tungsténio 0,055
Ferro 0,098
Chumbo 0, 210
Mercúrio 0,958

Exercícios:

1. A resistência específica do cobre a 200 𝐶 é 1,7 × 10−8  . 𝑚. Determina a


resistência de um fio de cobre de 1m de comprimento e 0,2 × 10−4 𝑚2 de área
de secção transversal nesta temperatura.
1
𝑅 = 1,7 × 10−8  𝑅 = 8,5 × 10−4 
0,2 × 10−4
2. Um fio de ferro de 2m de comprimento tem resistência de 5  . Sabendo que a
resistividade eléctrica do ferro é de 1,0 × 10−7  . 𝑚, determine a área de sua
secção transversal.

ρ. l 1,0 × 10−7 × 2
S= 𝑆 =  𝑆 = 2,5 × 10−7 𝑚2
R 5
Actividades:

1. O filamento de tungsténio de uma lâmpada tem resistência de 40  a 200 𝐶.


Sabendo que sua secção transversal mede 0,12𝑚𝑚2 e que a resistividade vale
5,6 × 10−8  . 𝑚𝑚2 /𝑚, determine o comprimento do filamento.
Assunto: Reóstato
Def: reóstatos são resistências variáveis, ou seja, uma barreira variável que dificulta a
passagem da corrente eléctrica em seu condutor. Com essa variação é possível
aumentar ou diminuir a intensidade da corrente eléctrica num circuito.
Aplicações de reóstatos no quotidiano.
Uma utilização prática dos reóstatos está no rádio, ao aumentar e diminuir o som
(volume), estamos utilizando um reóstato, isso acontece porque na medida em que se
aumenta o volume do som, automaticamente se diminui a resistência eléctrica.
Um outro exemplo de aplicação do reóstato no nosso quotidiano é a variação da
velocidade de rotação de uma ventoinha e também na diminuição da intensidade da luz
no cinema.
A representação de um reóstato no circuito é feita través de símbolos:

[Data] 34
Por: “ João Soba” 2021/2022

Assunto: Ligação de condutores em série e em paralelo.


 Ligação em série
Sabes que os circuitos são formados por diferentes componentes que se ligam
entre si de diversas formas, uma das mais simples é denominada ligação em
série.

Ao fechar o interruptor do circuito, todos os amperímetros indicam o mesmo valor de


intensidade de corrente. Ao abrir o mesmo interruptor ou retirar qualquer lâmpada, os
amperímetros não registam nenhum valor de intensidade de corrente, porque não há
circulação da mesma. Podemos afirmar que:
 Num circuito em série, a intensidade da corrente é a mesma em todas as suas
partes, ou seja, 𝐼 = 𝐼1 = 𝐼2 .
Se ligarmos, em seguida em paralelo com cada um dos condutores de resistências 𝑅1 e
𝑅2 , voltímetros que nos permitam medir as d.d.p. nos extremos de cada um deles, assim
como entre os extremos da ligação em série ( circuito a baixo), compravaremos que a
d.d.p. entre os extremos de 𝑅1 e 𝑅2 é igual da tensão existente entre a e d.

Destes resultados concluímos que:


 Num circuito em série, a diferença de potencial entre os extremos da associação
de receptores é igual à soma das diferenças de potencial nos extremos de cada
um deles: 𝑈 = 𝑈1 + 𝑈2
Aplicando a lei de Ohm podemos encontrar uma expressão que nos permite calcula a
resistência total do circuito, numa ligação em série:
𝑈
Como, 𝑅 = , temos que: 𝑈 = 𝐼. 𝑅
𝐼

𝑈1 = 𝐼1 × 𝑅1 e 𝑈2 = 𝐼2 × 𝑅2 logo, 𝑅. 𝐼 = 𝑅1 × 𝐼1 + 𝑅2 × 𝐼2 como, 𝐼 = 𝐼1 =
𝐼2
 Logo podemos afirmar que: Num circuito-série, a resistência total do circuito é
igual à soma das resistências de cada um dos condutores nele ligados:
𝑅 = 𝑅1 + 𝑅2

 Ligação de condutores em paralelo

[Data] 35
Por: “ João Soba” 2021/2022

Nas associações de condutores em série, ao desligar um componente qualquer


interrompe-se a corrente em todo o circuito. Mas, nas nossas casas, ao termos ligadas
as luzes de um quarto, o frigorífico e o televisor, ao desligarmos um deles, os outros,
não deixam de funcionar.
Isto ocorre porque estes equipamentos estão ligados de uma forma que se denomina
ligação em paralelo.

Características da associação em paralelo:


 A intensidade total da corrente no circuito é igual à soma das intensidades das
correntes que se ramificam por cada um dos condutores: 𝐼 = 𝐼1 + 𝐼2
 Num circuito em paralelo, os valores da diferença de potencial entre os
respectivos terminais são iguais: 𝑈 = 𝑈1 = 𝑈2
𝑈
Aplicando a lei de Ohm para uma porção do circuito, 𝑅 = , obteremos:
𝐼
𝑈1 𝑈2 𝑈
𝐼1 = 𝑅 𝐼2 = 𝑅 𝐼=𝑅
2 2

Como 𝐼 = 𝐼1 + 𝐼2 , temos:
𝑈 𝑈1 𝑈2
𝑅
= 𝑅2
+ 𝑅2
e como 𝑈 = 𝑈1 = 𝑈2 ; pode-se escrever a equção:
𝑈 𝑈 𝑈
= + se dividiemos ambos os termos da igualidade por U, obtemos:
𝑅 𝑅2 𝑅2

1 1 1
= +
𝑅 𝑅2 𝑅2

Conclusão: Num circuiro-paralelo, o inverso do valor da resistência total do circuito é


igual à soma dos inversos dos valores das resistência de cada um dos elementos nele
ligados.
Quando se ligam dois ou mais condutores em paralelo, a resistência total do circuito
diminui, pois aumenta a área de secção transversal por onde circula a corrente eléctrica,
e a resistência é proporcional a área da secção transversal do condutor.

[Data] 36
Por: “ João Soba” 2021/2022

Exercícios:
1. Determine no circuito abaixo, os valores que indicam o voltímetro 𝑈3 e o
amperímetro 𝐴2 , assim como o valor das resistências 𝑅1 e 𝑅2 .

Solução
Como trata-se de uma ligação em séria, logo o valor de 𝑈3 será à soma de 𝑈1 e 𝑈2 .
Assim, teremos : 𝑈3 = 𝑈1 + 𝑈2  𝑈3 = 14 + 26  𝑈3 = 40𝑉
O valor do amperímetro 𝐴2 será igual ao valor do amperímetro 𝐴1 . Assim temos:
𝐼2 = 𝐼2 = 2
Os valores das resistências 𝑅1 e 𝑅2 serão obtidas aplicando a lei de Ohm. Assim:

𝑅1 =
𝑉1
𝐼
=
14
2
 𝑅1 = 7  ; 𝑅2 =
𝑉2
𝐼
=
26
2
 𝑅2 = 13 

2. Considere a associação de resistores em paralelo da figura a seguir:

Determine no circuito, a resistência equivalente, a d.d.p em cada resistor e a corrente


eléctrica em cada resistor e a corrente total.
Solução

A resistência equivalente:
1
𝑅𝑒𝑞
1 1
=𝑅 +𝑅 +𝑅
1
 𝑅1 = 10
1
+ 15 + 12  𝑅𝑒𝑞 = 4 
1 1
1 2 3 𝑒𝑞

A d.d.p em cada resistor é igual a tensão fornecida pela fonte: 120V. Assim temos:
𝑈1 = 120𝑉 ; 𝑈2 = 120𝑉 e 𝑈3 = 120𝑉

A corrente eléctrica em cada resistor : 𝐼1 = 𝑅 =


𝑈 120
10
 𝐼2 = 12𝐴 ; 𝐼2 = 𝑅𝑈 = 120
15

1 2

𝐼2 = 8𝐴 ; 𝐼3 = 𝑅 =
𝑉 120
12
 𝐼3 = 10𝐴
3

A corrente total será dada pela soma : 𝐼 = 𝐼1 + 𝐼2 + 𝐼3  𝐼 = 12 + 8 + 10  𝐼 = 30𝐴


Tarefa:

[Data] 37
Por: “ João Soba” 2021/2022

1. Como é o valor da intensidade da corrente em qualquer parte de um circuito em


série?
2. Que grandeza física tem o mesmo valor para todos os condutores ligados em
paralelo?
3. Num circuito estão ligadas duas lâmpadas em paralelo, cada uma com uma
resistência de 120  . Determina a resistência total do circuito.
Assunto: Potência da corrente eléctrica.
Def: A potência eléctrica é uma grandeza física que mede a rapidez com que a
energia é transformada na unidade de tempo.
Esta, do mesmo modo que a potência mecânica, representa-se por P e calcula-se
pela seguinte equação:
𝐸
𝑃=
∆𝑡
Onde: E é a energia transformada, mede-se em Joule (J)
∆𝑡- é o tempo em que a energia foi transformada, mede-se em segundo(s).
A unidade da potência eléctrica, no S.I, é a mesma que a unidade da potência
mecânica, O Watt (W) , que equivale ao Joule por segundo (J/s)
Na prática, utilizam-se outras unidades múltiplas do watt, tais como:
1hW = 100W = 102 W ; 1KW = 1000W = 103 W 1MW = 1000000 = 106 W

A partir da equação da potência eléctrica, podemos determinar a quantidade de


energia transformada ou consumida nas nossas casas. Assim temos:
𝐸 = 𝑃. ∆𝑡
A partir desta expressão, podemos concluir que: a energia transformada por qualquer
aparelho depende da potência do aparelho e do tempo de funcionamento.
Vimos anteriormente que a energia mede-se em Joule (J). Mas na prática empregam-se
outras unidades, como no caso do quilowatt-hora (KWh). Assim temos:

𝟏𝑲𝑾𝒉 = 𝟏𝟎𝟎𝟎𝑾. 𝟑𝟔𝟎𝟎𝒔 = 𝟑𝟔𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎𝑱 = 𝟑𝟔 × 𝟏𝟎𝟓


Determinação da potência eléctrica de um consumidor
A potência eléctrica (P) de um consumidor depende da tensão aplicada e da
corrente que circula nos seus terminais. Matematicamente, essa relação é
representada pela seguinte fórmula:
𝑃 = 𝑈. 𝐼
Onde , P - potência eléctrica(W)
U – diferença ia de potencial nos terminais do aparelho(V)
I – intensidade da corrente que o percorre (A).

[Data] 38
Por: “ João Soba” 2021/2022

Na tabela abaixo, apresentam-se alguns valores da potência eléctrica de diferentes


consumidores:
Equipamento Potência(W)
Lâmpada de lanterna 0,3 -2,4
Espiral de aquecimento 9 – 18
Tubo fluorescente 15 – 32
Lâmpada doméstica 15 – 100
Receptor de rádio 5 – 15
Ventoinha de mesa 45 – 70
Televisor 45 – 180
Ferro eléctrico 100 – 300
Fogão eléctrico 600 – 12.000
Secador de cabelo 300 – 2000
Máquina de lavar 180 – 3000
A potência de um receptor pode-se medir directa ou indirectamente. Para medir
directamente a potência eléctrica usa-se um instrumento chamado wattímetro.
Assunto: Cálculo do trabalho da corrente mediante a potência.
A partir da equação da potência podemos calcular o trabalho que realiza a corrente
eléctrica, isto é:
𝑊
𝑃= e 𝑊 = 𝑃. 𝑡
𝑡

Se na última equação, substituirmos 𝑃 em função de 𝑈 𝑒 𝐼 , obtém-se:


𝑊 = 𝑈. 𝐼. 𝑡
O trabalho se mede em joule( J).
Sabemos que o trabalho é a medida da variação da energia no processo de
transformação de um tipo de energia em outro.
 A grandeza física que caracteriza a energia eléctrica que se transforma em
outros tipos de energia, chama-se trabalho da corrente eléctrica.
Se conhecermos para que potência está destinado um consumidor eléctrico e o tempo de
duração durante o qual circula a corrente , podemos calcular o trabalho da corrente
eléctrica, ou seja, o consumo de energia eléctrica.
Na prática para expressar o trabalho utilizam-se múltiplos de joule, tais como: o watt-
hora (Wh), quilowatt-horra (Kwh), e o megawatt-hora (MWh):
1𝑊ℎ = 3600𝐽 ; 1𝐾𝑊ℎ = 3600000𝐽 e 1𝑀𝑊ℎ = 36. 108 𝐽
Exercícios :
1. Qual é a potência eléctrica de uma lâmpada que tem uma d.d.p aplicada de
220V e cuja intensidade da corrente eléctrica de 0,11A ?
𝑃 = 𝑈. 𝐼  𝑃 = 220.0,11 = 24,2𝑊

[Data] 39
Por: “ João Soba” 2021/2022

2. Que energia eléctrica se consome em 30min para fazer funcionar um motor


se a intensidade da corrente no circuito é de 0,5A e a d.d.p. nos bornes do
motor é de 12V
𝑊 = 𝑈. 𝐼. 𝑡  𝑊 = 12 × 0,5 × 1800 = 10800𝐽
3. Calcula o trabalho realizado durante 10min pela corrente eléctrica que
circula por uma lâmpada, se a potência eléctrica da lâmpada é de 0,06KW?
𝑊 = 𝑃 × 𝑡  𝑊 = 60 × 600 = 36000𝐽
4. Qual é a energia transformada por um forno eléctrico que tem 1000𝑊 de
potência, sabendo que o forno funciona durante 1ℎ?
𝐸 = 𝑃 × ∆𝑡  𝐸 = 1000𝑊 × 3600𝑠 = 3600000𝐽 𝑜𝑢 𝐸 = 3,6 × 106 𝐽
Assunto: A corrente eléctrica e o efeito Joule. Aplicações da lei de Joule
Vimos atrás que a corrente eléctrica que percorre um condutor metálico é um
movimento ordenado de electrões, e que estes, ao percorrerem o condutor, chocam com
os iões positivos do metal. Em virtude desses choques, iões passam a vibrar mais,
ganhando energia, e os electrões passam a mover-se mais devagar, perdendo energia.
O aumento do movimento das partículas corresponde ao aumento de temperatura
sucedido e, portanto, ao aquecimento. Este aquecimento é uma prova de que ocorreu
uma transformação da energia eléctrica noutra forma de energia sob a forma de calor.
Este efeito da corrente eléctrica chama-se efeito térmico ou efeito Joule, em
homenagem ao físico igrlês James Prescott Joule (1818-1890), que estudou este
fenómeno.
Def: efeito Joule ou efeito térmico é um fenómeno físico que resulta na transformação
de energia eléctrica em energia térmica (calor).
Joule determinou experimentalmente que:
 A energia produzida por um condutor quando percorrido por uma corrente
eléctrica é directamente proporcional à resistência do condutor (R), ao
quadrado da intensidade da corrente que o percorre (I) e ao tempo durante o
qual está em funcionamento (∆𝑡), relaçãoexpressa pela seguinte expressão:
𝑄 = 𝑅𝐼 2 ∆𝑡
𝑈
Se introduzirmos a equação 𝐼 = 𝑅 na expressão de efeito joule, teremos :

𝑈 2 . ∆𝑡
𝑄=
𝑅
Onde, Q é a quantidade de calor, e a sua unidade no SI é o Joule (J).
Aplicações da lei de Joule
Existem vários aparelhos que funcionam como resultado do feito Joule. Exemplos:
aquecedores, contador de energia , lâmpada eléctrica, fogão eléctrico, forno eléctrico,
ferro de engomar, secador de cabelo, soldador eléctrico, torradeira, chuveiro, etc.
Exercícios:

[Data] 40
Por: “ João Soba” 2021/2022

1. Calcula a resistência eléctrica de um condutor que dissipa 64𝐽 de calor quando


percorrido poruma corrente eléctrica de 4 𝐴 durante 2𝑠.
𝑄 64 64
𝑅= 2 = = = 2
𝐼 ∆𝑡 16 × 2 32

2. Um fio condutor de resistência eléctrica igual a 0,5  é percorrido por uma


corrente eléctrica de 2,0𝐴 durente um intervalo de tempo de 2 𝑚𝑖𝑛. Determina a
quantidade de calor dissipada por esse fio.
𝑄 = 𝑅𝐼 2 ∆𝑡  𝑄 = 0,5 × 4 × 120 = 240𝐽
Tarefa
1. Num calorímetro verteu-se 0,25𝑘𝑔 de álcool. Sob o álcool encontra-se um
arame de ferro cuja resistência é de 20  . Este arame está ligado a um reóstato,
a um amperímetro, a um interruptor e a uma fonte de corrente. Ao fechar o
circuito, o amperímetro regista uma intensidade da corrente de 5𝐴. Calcula o
tempo que é necessário ter fechado o circuito para que a temperatura do álcool
se eleve em 100 𝐶.
Assunto: Fusíveis (corta circuitos). Curto-circuito
Se num circuito eléctrico a resistência diminuir bruscamente, a intensidade da corrente
aumentará rapidamente, provocando uma grande transformação de energia por efeito
Joule. Nesta situação ocorre um curto-circuito.
Esta intensidade da corrente eléctrica superior ao normal pode causar avarias ou mesmo
incêndios em aparelhos ou instalações que não estão preparados para tais valores.
Def: Os fusíveis são dispositivos de segurança de um circuito eléctrico, que servem
para evitar que a intensidade da corrente ultrapasse o valor máximo adequado à
instalação eléctrica ou ao aparelho. Estes são constituídos por um fio de resistência
muito elevada, que funde quando a intensidade da corrente ultrapassa valores que
possam danificar os aparelhos ou a instalação. Assim, quando, por qualquer razão,
ocorre um aumento repentino da intensidade da corrente, o fio do fusível aquece, devido
ao efeito de Joule, fundindo-se e interrompendo a passagem da corrente.
Actividades:
1. Em que consiste um curto-circuito?
2. Qual é a função do fusível em circuitos eléctricos?

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