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Por Prof.: Mário Alberto Nito “Lic.


r

REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

LICEU DE KIMBELE

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA


PARA ÀS 11ªCLASSES

Por: Mário Alberto Nito “Lic.”

KIMBELE, 2021
TEMA I:FORÇAS E MOVIMENTO
SUBTEMA 1: MOVIMENTO MECÂNICO- CINEMÁTICA
1.0. Introdução
Os corpos na natureza, podem efectuar movimento mecânico de diversas maneiras, isto é, deslocar-se por
diversas trajectórias, com uma velocidade maior ou menor, etc. Para compreender a tarefa principal da
mecânica, é necessário saber descrever duma forma concisa e exacta o movimento do móvel e como varia a
sua posição ao longo do tempo quando esta realiza um determinado movimento. Por outro, diremos que é
preciso estabelecer a ligação entre as grandezas que caracterizam o movimento cinemático (não necessita a
causa do movimento) com o movimento dinâmico (necessita a causa do movimento).
A ciência Física que estuda o movimento é Mecânica. Ela preocupa-se tanto com o movimento em si
quanto como agente que o faz iniciar ou cessar. Tradicionalmente divide-se em três partes, a saber:
Cinemática (do grego kinema, que significa movimento): estuda o movimento mecânico dos corpos sem
considerar suas causas que os provocam, se preocupa apenas em descreve-los.
Dinâmica (do grego dynamis - força): estuda o movimento especificando as causas, ou seja, as forças que
iniciam ou cessam o movimento. Ela faz ligação entre o movimento e as forças que o causam.
Estática: é o estudo das condições de equilíbrio e da ausência de movimento, um caso particular da
dinâmica em que a resultante das forças é nula, isto é, ausência aceleração.
→ →
F R =0 com a =0
No estudo da Cinemática verificamos importantes conceitos básicos, como: Referencial; Movimento;
Repouso; Partícula; Móvel e Trajectória.
Se com o ocorrer do tempo, a posição do corpo no espaço variar, diz-se que o corpo se desloca e realiza um
movimento mecânico, ou seja, o movimento mecânico ocorre quando um corpo varia a sua posição em
relação a outro tomado como referencial no decorre do tempo.
Chama-se movimento mecânico de um móvel a variação da sua posição no espaço em relação aos outros
corpos com o ocorrer do tempo.
Se a posição de um corpo não variar em relação a outro tomado como referencial no decorrer do tempo,
diz-se que está em repouso.
O espaço e o tempo são dois parâmetros inseparáveis, pois os acontecimentos só podem ocorrer no espaço
e no tempo.

1.1. Definiçôes dos conceitos básicos


Em muitos problemas da cinemática é frequente o uso da palavra ponto material ou partícula material,
portanto, urge a necessidade de defini-lo.
Um ponto material é um corpo em que todos os seus pontos se movem de maneira igual e em que são
desprezadas as suas dimensões durante o seu movimento quando comparado com a distância que percorre
em relação a um referencial. Assim como todos pontos têm o mesmo movimento, basta estudar o
movimento de um deles, ao qual se atribui toda massa do corpo (centro de massa). Em mecânica, qualquer
corpo independentemente das suas dimensões em determinadas condições pode ser considerado como
partícula material.
Por exemplo, ao estudar o movimento de um automóvel durante o deslocamento de Luanda até Uíge, não
nos interessa as demissões, pois por maior que ele seja, seu comprimento é muito pequeno comparado com

1
a distância entre as duas localidades, nestas condições as dimensões do autocarro podem ser desprezadas e
o autocarro é dito um ponto material.
Então porque ponto e porque material?
Ponto: objecto considerado não ter dimensões ou, objecto cuja dimensões são desprezíveis.
Material: porque, embora as dimensões do corpo sejam desprezadas, sua massa é tida em conta.
Todo corpo onde suas dimensões (tamanho e forma) não podem ser desprezadas quando comparada com a
distância percorrida chama-se Corpo extenso.
Suponhamos que o mesmo autocarro do exemplo anterior faz uma manobra em um estacionamento ou
numa garagem seu tamanho deixa de ser desprezado, pois é necessário verificar se o portão está bem aberto
de modo a não chocar; o mesmo acontece quando esse autocarro faz ultrapassagem com outro não
podemos considera-lo como ponto material. Na cinemática, todo corpo tem massa independentemente de
ser um ponto ou corpo extenso.
A trajectória é uma linha formada pelo conjunto das posições sucessivamente ocupadas durante o
movimento de uma ou mais partículas.
Assim podemos dizer: trajectória é o caminho efectivamente percorrido por uma partícula material em
movimento. De acordo com a trajectória, o movimento do corpo pode ser rectilíneo, curvelineo e circular.
O movimento é rectilíneo se a sua trajectória tem a forma de uma linha recta; será curvilíneo se a sua
trajectória tem a forma de uma curva; É circular se trajectória tem a forma de uma circunferência;.
A forma da trajectória depende do referencial adoptado
Exemplo1: Consideremos uma esfera abandonada de um avião que move horizontalmente com uma
velocidade constante e consideremos dois observadores distintos: um observador, A, se encontra em
repouso no interior do avião e um outro observador, B, em repouso no solo. O movimento da esfera é visto
de formas diferentes:
Para observador que está no solo (referencial ligado à Terra), vê a descrever uma trajectória parabólica,
enquanto para um passageiro do avião (referencial ligado ao avião) a trajectória é rectilínea.

1.2. Relatividade do movimento. Noção de referencial


Os conceitos de movimento e repouso, são relativos porque cada um deles pressupõe o outro, ou seja, não
existe nenhum movimento e nenhum repouso absoluto, mas sim ambos são relativos.
Em nossa experiencia quotidiana não vemos dificuldades para responder a pergunta: o que é o movimento
e o que é o repouso?
Se observamos uma casa, árvore na berma da rua diríamos que eles estão em repouso. Mas se olharmos
uma pessoa andando na rua diríamos que ele está em movimento.
Mas quando estamos sentados no interior de um automóvel em movimento, estamos em repouso ou em
movimento?
Neste caso, não podemos afirmar que estamos em movimento ou em repouso sem ter em conta a que corpo
se tomou como referência (a paisagem exterior ou qualquer corpo no interior do veículo, como por
exemplo, o assento de um ocupante).
Em relação ao veículo estamos em repouso e ao mesmo tempo em relação as paisagens (casas, árvores e
outros veículos que se encontram fora do autocarro) estamos em movimento.
Com estes exemplos, percebe-se bem que a afirmação corrente de que um corpo está parado ou se move
não é explícita, nem está completa. É que o estado de movimento ou repouso de um corpo depende sempre
2
do estado de movimento ou de repouso de outro que se tome como referencia: assento de um automóvel
que se desloca ao longo de uma estrada está em repouso em relação o automóvel, mas move-se em relação
à estrada
A paisagem é o referencial do autocarro e Sol é referencial da Terra.
O sistema de referência é um corpo ou corpos escolhidos em relação aos quais se descreve o movimento
de um corpo qualquer. Esta escolha é arbitrária. Em Física, tomamos o sistema cartesiano para estudar o
movimento de uma ou varias partículas em relação a outro (os) em que o centro deste (origem do sistema
cartesiano) pode representar o observador fixo ou observador em movimento.
Um corpo está em movimento ou em repouso em relação ao referencial escolhido, conforme a sua posição
varia ou não em relação a ele no decorrer do tempo.

1.3.Posição de umaparticula material numa trajectória


A primeira etapa em Cinemática é determinar em cada instante a posição de um corpo, isto é,a sua
localização no tempo e no espaço. A posição de uma particula material pode ser associada à noção de
marco quilométrico numa estrada, cuja função é apenas localizar os veículos que nela circulam e não
indicar o quanto o veículo andou.
Por exemplo, se um Carro está nokm 60não significa que tenha andado necessariamente 60 km . O marco
quilométrico apenas localiza o Carro nessa estrada e fornece a posição. Se o Carro partiu no km 30 e sofreu
um acidente no Km 60 ,a distância que ele andou nesse intervalo foi de 30 km .
Chama-se posição de um corpo o local onde ele se encontra numdadoinstanteem relação a um referencial
adotado.
Costuma-se representar a posição de um corpo num dado instante pela letra S,inicial da palavra inglesa
Space.
Para localizar uma partícula, temos de escolher um referencial que será denominado de origem dos espaços
e adotar um sentido positivo. O comprimento da trajectória que vai da origem do referencial até a posição
da a partícula, é o espaço percorrido.
Resumidamente têm-se:
1 º Escolher arbitrariamente um referencial sobre a trajetória, ao qual chamamos de origem das posições
ou dos espaços;
2 º Atribuir umsentido positivodatrajetória. Por convenção indica-se positivo para direita do
eferencial.Para direção vertical pode ser: positiva para cima ou positivo para baixo.
3 º Medir o comprimento da trajectória que vai da origem do referencial até onde está a partícula.

A posição de um corpo numa


linha recta é determinada por uma cordenada ( X ).Num plano (duas dimensões), é determinada por duas
cordenada ( X , Y ).No espaço,são necessárias três coordenadas ( X , Y , Z ).
1.4.Deslocamento e espaço percorrido ou distância
1.4.1 Vector deslocamento

3
Quando um corpo muda de posição num referencial, sofre um deslocamento, isto é, sai deum ponto para
outro (∆ r⃗ ).
Chama-se deslocamento de um corpo o vector que une a posição inicial à posição final do corpo.
O deslocamento não depende da forma da trajetória seguida pelo corpo,depende apenasda posição inicial
(ponto de partida) eda posiçãofinal (ponto de chegada) do corpo:
∆ r⃗ =⃗r f −⃗r i
O valor algébrico do deslocamento é também chamado de deslocamento escalar(∆ s)
s f >s i ⟹ ∆ s >0(move no sentido positivo da trajectória)
s f <s i ⟹ ∆ s <0( move no sentido negativo da trajectória)
s f =si ⟹ ∆ s=0(regressa na posiçãoinicial)
1.4.2 Espaço percorrido ou distância percorrida
Chama-seespaço percorrido( ∆ s )a medida algébrica do comprimento da trajetória que vai doreferencial
(origem das posições) até onde está a partícula. É a medida da distânciapercorrida.
O espaço percorrido é uma grandeza escalar que pode ser calculado pela expressão:
∆ s=s f −si
1.5.Velocidade média
A velocidade é um conceito que está ligado a rapidez, isto é, caracterizaa rapidez da variação da posição
de uma partículano decorrer do tempo.
A velocidade média é uma grandeza física vectorial que indica o deslocamento realizado porintervalo de
tempo.
∆ r⃗
⃗v m=
∆t
A direcção e o sentido do vector velocidade média são do deslocamento. Isto significa que a velocidade
nosdá orientação para onde a partículase dirige.E o seu módulo indica a rapidez com que o deslocamento
foi realizado.
Para movimento rectelineo,o vector velocidade média fica caracterizado pelo seu valor algébrico que
também, por vezes é chamado velocidadeescalar, pelo que podemos escrever:
∆s ∆x
v m= ou v m=
∆t ∆t
1.5.1Velocidade instantânea
Quando olhamos para o velocímetro de um automóvel ovalor que vemos assinalado é o módulo da
velocidade instantânea. O conceito instantâneo implica que idealmente o intervalo de tempo usado para
dar o valor da velocidade deveria ser nulo. Como todo um fenómeno leva um certo tempo para acontecer,
então considera-se o intervalo de tempo tender a zero e não igual a zero.
A velocidade de uma partícula num dado ponto da trajetória quando o intervalo de tempo tende a zero
chama-se velocidade instantânea.
Pelo que pode escrever-se:
∆ r⃗ d ⃗r
⃗v = lim =
∆t→0 ∆ t dt

4
∆ r⃗ ∆ r⃗
A expressão lim ,Significa limite do deslocamento por intervalo de tempo ( ) quando o intervalo de
∆ t →0 ∆ t ∆t
tempo tende a zero(∆ t →0 )
d ⃗r
A expressão ,significa derivada da posição em ordem ao tempo
dt
A velocidade instantânea tem direção tangente a cada ponto da trajetória e o sentido do movimento ao
longo da trajetória
Unidades da velocidade e sua conversão no SI
A unidade da velocidade no SI é metro por segundo (m/ s)Outras unidades
Para passar km/h para m/s divide-se o número dado por 3,6:
180
Ex 1 :180 km/h= =50 m/ s
3,6
Para passar m/s parakm/h multiplica-seo número dado por 3,6 :
Ex 2 :25 m/s=25 × 3 ,6=90 km/h
Unidades de tempo: hora, minuto e segundo
No SI, a unidade de tempo é o segundo, s.
1
1 h=60 min=3600 s ⇔1 s= h
3600

1.6.Aceleração média e instantânea


A aceleração é também uma grandeza física que mede rapidez. Ela mede a rapidez da variação da
velocidade de um corpo por intervalo de tempo.
Acelerar um corpo significa variar a sua velocidade, istoé, aumentar ou diminuir o seu valor absoluto ou a
sua direcção.
∆ ⃗v
a⃗ m=
∆t
Se o intervalo de tempo considerado for muito pequeno, istoé, tende a zéro,usaremos a expressão
aceleração instantânea.
∆v dv
a= lim ⟹ a=
∆ t →0 ∆t dt
A aceleração tem a direção da variação da velocidade e Sentido da velocidade para movimento acelerado e
oposto a velocidade para movimentos retardado.
A unidade da aceleração no SI é metro por segundo ao quadrado(m/ s2 )
De modo geral, a unidade de aceleração é quociente da unidade de velocidade por unidade de tempo:
km/h cm/s m/s km/h km/h
, , , ,
s s s min h

1.7- MOVIMENTO UNIFORME (MU)


1.7.1 Movimento Rectelíneo e Uniforme (MRU)

5
Os movimentoscujos módulos da velocidade é constante (não nula) são chamados de movimento
uniformes.
Quando a trajectória da partícula é uma linnha com velocidade constanteem módulo, direcção e sentido
em todos os instantes o movimento é chamado movimento rectelíneo e uniforme (MRU).Uniforme,
significa a rapidez com que o movel se movimenta é constante.
Características fundamentais
Qualquer que seja o movimento uniforme de uma partìculaindependentemente do tipo de trajetória que
descreve, percorre espaços iguais em intervalos de tempos iguais.
Se a velocidade instantânea é a mesma em todos os instantes, ela coincide com a velocidade média,
qualquer que seja o intervalo de tempo considerado.
O quociente entre ∆ s e ∆ t é costante.Este quociente é a velocidade no movimento uniforme.
∆s ∆x
v=v m = ou v m= ; onde v=constante ≠ o
∆t ∆t
Equação das posições do MRU
Uma equação que relaciona a
posição ocupada por um corpo em
função do tempo chama-se
equações das posições ou equação
horaria ou ainda lei do
movimento.
Da expressão:
∆x
v=
∆t
∆ x=v . ∆ t ⇒ x−x 0=v (t−t 0)
x=x 0 + v .(t−t 0 )Para t 0=0
x=x 0 + v . t ⇔ s=s0 + vt
Lei dos espaços (MRU): O espaço percorrido é directamente proporcional ao intervalo de tempo gasto.
Se a partícula está na origem do referencial ( x 0=s0 =0) no instante inicial (t 0=0 ),a equação vém:
x=v . t ⇔ s=v .t
Onde:
t 0é o instante inicial:é o início da contagem do tempo (t=0 ).
x 0=s0 é a posição inicial: é a posição ocupada pela partícula no inicio da contagem do tempo(t=0 );
N.B: Espaço inicial e final, significam início e fim da contagem do tempo e não do movimento.

Movimento progressivo e retrógrado


O movimento é chamado progressivo quando a partícula caminha no sentido positivo da trajectoria.Seus
espaços crescem no decurso do tempo e sua velocidade escalar é positiva ( v> 0).
x=x 0 + v . t ⇔ s=s0 + vt

6
O movimento é chamado retrógrado quando a partícula caminha no sentido negativo da trajectoria.Seus
espaços decrescem no decurso do tempo e sua velocidade escalar é negativa ( v< 0) x=x 0−v .t ⇔ s=s 0−vt
Note que o sinal atribuída à velocidade escalar indica o sentido do movimento.
Quando a velocidade da partícula num certo instante é nula pode ocorrer duas situações: está em repouso
ou muda de sentido ( v=0 ¿.
No movimento rectelíneo, a equação das posições é normalmente apresentado como uma equação do
primeiro grau em função do tempo t .
X =x ( t ) ou s=s(t)
Onde o tempo t é a varialvel independente que só assume valores positivos contados a partir de zero.
Representação gráfica da Função horaria ou lei do MRU

1.8-MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO (MUV)


Os movimentos que observamos diariamente, as velocidades em geral não permanecem constantes. A
velocidade pode variar em direção, sentido e em módulo, como acontece nos casos em que um Carro faz
uma curva,frea (trava),etc. Neste caso,como há variação da velocidade em função do
tempo,entãoexisteaceleração.
Os movimentos cujos módulos da velocidade varia em quantidades iguais em intervalos de tempo iguais
são chamados de movimento uniformemente variado uniformes.
Quando a trajectória da partícula é uma linnha recta com acelaração constante (não nula) em todos os
instantes do movimento é chamado movimento rectelineo uniformemente variado-MRUV
Características fundamentais
Qualquer que seja o movimento uniformemente variado de uma partìcula independentemente do tipo de
trajetória que descreve, a velocidade varia em quantidades iguais em intervalos de tempos iguais.Quer
dizer, a sua caceleração é constante
a=constante ≠ 0
1.8.1.Equação das velocidades do MRUV
Uma equação que relaciona a velocidade instantânea de um corpo em função do tempo chama-se equações
das velocidades.É representada por v=v (t)
Essa função estabelece como varia a velocidade escalar no decorrer do tempo
Se a aceleração é a mesma em todos os instantes ela coincide com a aceleração média, qualquer que seja o
∆v
intervalo de tempo considerado: a ¿ a m=
∆t
v−v 0
a=
t−t 0

7
Sendo v 0 a velocidade inicial,isto é velocidade no instante inicial ( t 0=0 ) e v a velocidade num instante t
,vem:
v−v 0 v−v 0
a= = ⇒ v=v 0+ a . t
t−0 t
v 0 e asão constantes e a cada valor de t corresponde um valor de v .
Se a partícula parte do repouso ( v 0=0) no instante inicial (t=0 ),a equação vém:
v=a . t
Lei da velocidade: a variação do módulo da velocidade é diretamenteproporcional ao intervalo de tempo
em que se verifica essa variação.
Quando o módulo da velocidade aumentaem quantidades iguais no decorrer do tempo chama-se
movimento uniformemente acelerado-MRUA
v=v 0 + a .t
Nesse movimento, a aceleração e velocidade tem o memo sentido.
a< 0 e v< 0 ;Aceleradono sentido negativo da trajectoria
a> 0 e v> 0 ;Aceleradono sentido positivo da trajectoria.
Quando o módulo da velocidade diminui em quantidades iguais no decorrer do tempo chama-se
movimento uniformemente retardado-MRUR
v=v 0 −a . t
Nesse movimento, a aceleração e velocidade tem sentido opostos.
a> 0 e v< 0 ;Retardadono sentido negativo da trajectoria
a< 0 e v> 0 ;Retardadono sentido positivo da trajectoria.

Velocidade média no MRUV:


(v 0+ v )
v m=
2

Representação gráfica da equação da velocidade no MRUV

1.8.2.Equação horária das posições do MRUV


Para obter a equação das posições parte-se da área do gráfico das
velocidades. A multiplicação de v que está no eixo Ye o tempo t que
está no eixo X resulta o deslocamento (∆ s=v ×t ),logo esse
deslocamento será calculado pela área do trapézio dado por:

8
(Base maior+ base menor ) (B+b)
Àreado trapézio= × altura ⟹ A= ×h
2 2
Onde : A=∆ s ; B=v ; b=v 0 ; h=∆ t=t−t 0
( v0+ v ) ( v 0+ v )
∆ s= × ∆ t ⇒ ∆ s= × ( t−t 0 ) (1)
2 2
Para t 0=0
Como v=v 0 + at(2)
Substituindo (2) em (1) vém:

( )
2
v 0 + v 0 +a . t 2 v 0 t+ at
∆ x= ∙t ⇒ ∆x=
2 2
2 v 0 at 2 1 2
x−x 0= + ⇒ x =x 0+ v 0 t+ a t (MRUA )
2 2 2
1 2
x=x 0 + v 0 t− a t (MRUR)
2
Lei dos espaços (MUV): o espaço percorrido é diretamente proporcional ao quadrado dos tempos gasto.
1
Na equação horaria do MUV observe que o coeficiente de t 2é a .Daí, se a função for do tipo
2
2
: s=5+2t + 4 t no SI,devemos igualar:
1 2
4= a⇒ a=2× 4=8 m/s
2
Portanto, para se obter a aceleração a partir da equação horária do espaço basta multiplicar o coeficiente t 2
por 2.
Representação gáfica da equação do espaço no MRUV
A equação da posição do MRUV,é do
segundo grau. O que significa que o gráfico
posição-tempo tem a forma de uma
parábola. A concavidade será virada para
cima se aceleração for positiva ou para
baixo se aceleração for negativa.

1.8.3 EQUAÇÃO DE TORRICELLI


Suponhamos que desejamos saber a velocidade atingida no final de um deslocamento rectelíneo em que
houve uma aceleraçãoconstante, mas em que não sabemos quanto tempo demorou esse deslocamento a
serefetuado.
O italiano Evangelista Torricelli demostrou uma equação que relaciona a velocidade, aceleração e o
espaço percorrido sem conhecer o tempo gasto. Não é uma equação horária, pois, não há variável tempo.
É obtida eliminando o parâmetro tempo t na equação da velocidade e substitui-la na equação do espaço.

9
1 2
x=x 0 + v 0 t + at
2
v−v 0
t= (2)
a
Substituindo (2) em (1) vem:

( ) ( )
2 2 2 2
v−v 0 1 v−v 0 v . v 0−v 0 v −2 v ∙ v 0 +v 0
∆ x=x 0 + v 0 + a ∆ x= +
a 2 a a 2a
2 2 2
2
v . v 0−v 0 a (v −v 0 )
2
2(v . v 0−v 0 )+v −2 v ∙ v 0+ v 0
∆ x= + ∙ ∆ x=
a 2 a
2 2a
2 2 2
Onde :(v−v 0) =v −2 v ∙ v 0 + v 0 2 2 2
2 v . v 0−2 v 0 + v −2 v ∙ v 0 + v 0 v −v 0
2 2
2 2
v . v 0−v 0 a v −2 v ∙ v 0 +v 0
2 ∆ x= =
∆ x= + ∙ 2a 2a
2
a 2 a 2 2
v −v 0 =2 ∙ a ∙ ∆ x
2 2
v =v 0 +2 ∙ a∙ ∆ x (Relação entre a velocidade, aceleração e deslocamento)

1.9 MOVIMENTO DE QUEDA LIVRE .ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE


A experiência monstra que, largando de uma mesma altura umcorpo leve e outro mais pesado,o mais
pesado chega primeiro ao solo em relação ao mais leve.O ar exerce sobre eles uma força de resistencia,que
se soma com peso (força de ataração exercido pela Terra sobre o corpo).Os efeitos da resistencia do ar são
mais visíveis no corpo mais leve.
O astrônomo e físico italiano Galileu Galilei (1564-1642) demontrou que se a resistência do ar for
desprezável (muito pequeno) ,ou seja,se não houvesse resistência do ar (no vácuo),os corpos caem com
movimento uniformemente variado.
Chama-se Queda livre ao movimentona vertical de um corpo em que a única forçaque actua sobre ele é
a força gravítica desprezando resistencia do ar.
Não sendo a resistencia do ar desprezável,não se pode dizer que o corpo esteja a cair em queda livre, pois
o ar dificulta, ou seja,se opõe ao movimento do corpo. Para que um corpo seja considerado em queda
livre,o mesmo tem de se encontrar apenas sujeito à acção da força gravitica.
A aceleração do movimento de queda livre (movimento na vertical de um corpo no vácuo)é
denominadaaceleração da gravidadeindicadopor g. Nestas situações,os corpos são designados de graves,
independentemente de corpo estar a cair ou subir. Num mesmo local,a aceleração de queda é igual para
todos os corpos independetemente da sua massa, forma ou tamanho.
O valor normal da aceleração da gravidade nas proximidade da superfície terrestre é constante. O seu valor
tomado ao nível do mar,a uma latitude de 45 ° é:
2
g=9 , 8 m/ s
Na resolução de exercícios,para efeitos de cálculo,arredondamos para : g=10 m/ s2
2
10 m/s singnificauma varaição da velocidade de 10 m/s em cada segundo,ou seja,de 36 k m/h em cada
segundo.Assim,em apenas 4s de queda o corpo atingiria 144 k m/h se não houvesse a resistencia do ar.
Caracteristicas da aceleração da gravidade

10
Direção: vertical.
Sentido: apontado sempre de cima para baixo ( para o centro da Terra)
Módulo: g=9 , 8 m/ s2
1.9.1.Equações que descrevem o movimento de Queda livre
Galileu Galilei realizou uma série de experiencias sobre a queda dos corpos na superfície da Terra chegou
as seguintes conclusões:
O movimento de queda livre é Rectelineo Uniformemente Variado de aceleração constante.É acelerado
quando o corpo desce,pois a velocidade tem o mesmo sentido ao da aceleração de gravidade .É retardado
quando o corpo sobe,pois a velocidade tem sentido contrário ao da aceleração da gravidade. No entano, são
válidas as equações do movimento rectelineo uniformemente variado vista anteiormente.Aqui
representaremos a posição por y ou h e a aceleração por g(a=± g )
Independentemente de o corpo ser lançado para cima ou para baixo a sua aceleração terá
sempredirecçãovertical e sentido para baixo.Neste caso,o sinal da
aceleração da gravidad é determinado pela orientação do sentido positivo
da trajectoria e não do facto de o corpo estar subindo ou descendo.Subir ou
descer está apenas associado ao sinal da velocidade.
Orientando-seosentido positivo da trajectória para baixo (corpo abandonado
de uma altura)o sinal de g será positiva(+ g).
Orientando-se osentido positivo da trajectória para cima ( lançado
verticalmente para cima ) o sinal de g será negativo(−g) .

Caso geral
As funções do MUV descrevem o lançamento na vertical e a queda livre são:
1 2 1 2
Equação das posições ou espaço: x=x 0 + v 0 t + a t ⟺ h=h0 +v 0 t+ g t
2 2
Equação das velocidades:
v=v 0 + at ⟺ v =v 0 +¿ Equação de Torricelli: v 2=v 02 +2 ∙ a . ∆ x ⟺ v 2=v 02 +2 ∙ g . ∆ h
1.9.3.Queda livre sem velocidade inicial (MRUA)
Quando um corpo é abandonado (largado a partir do repouso)
de uma altura h , chega ao solo (chão) no instantet depois de
ser abandonado. Neste,orienta-se o sentido positivo da
trajectória para baixo e o sinal de g será positiva(+ g).

Considerando como origem da trajectória o ponto de


pratida,temos : v 0=0 e h0=0
1 2 2
h= ∙ g ∙ t v=g ∙ t v =2∙ g ∙ h
2
1.9.3.1 Tempo de queda
O tempo gasto pelo corpo desde o ponto de partida até chegar aosolo(chão) denomina-setempo de queda
(t queda) .

11
Quando corpo atige ao solo terá percorrido a distanciah.
1 2
2
2 2 2h
h= g t /×2 ⇒ 2 h=¿ ⇒ t queda = t queda = 2 h
g g √
O tempo de queda é directamente proporcional a distancia que deve percorrer. Depende apenas da altura
de partida e aceleração de gravidade do local em que cai.
1.9.3.2 Velocidade de queda
A velocidade do corpo no instante que atinge o solo(chão) denomina-se velocidade de queda ( v queda).
Obtem-se substituindo o valor do tempo de queda na lei das velocidades

Senot queda =
√ 2h
g
⇒ v=g t queda ⇒ v=g
√2h
g
,passando g para dentro do radical, temos:

v=
√ 2 h g2
g
⇒ v queda =√ 2 gh

1.9.4.Lançamento vertical para cima.Movimento ascencional


Um corpo lançado verticalmente ao ar de baixo para cima com uma velocidade inicial v 0, diz-se que tem
movimento ascensional durante a subida.O seu movimento divide-se em duas fases:ascendente (MRUR) e
outradescendente (MRUA).
Neste caso,orientando-se o sentido positivo da trajectória para cima e o sinal de g será negativo(−g).
Na fase de ascendente( MRUR) com v 0 ≠ 0 e h0=0 ,temos:
1 2
h=h0 + v 0 ∙ t− g ∙ t
2
2 2
v=v 0 −g∙ t ; v =v 0 −2∙ g . ∆ h
1.9.4.1 Altura máxima e tempo de subida
A altura atingida pela particula no instante em que muda de sentido,isto é,a velocidade é nula e desce em
movimento acelerado denomina-sealtura máxima.
O tempo gasto pelo corpo desde o ponto de lençamento até atingir a altura máxima denomina-se tempo de
subida. (t s ¿.
Para determinar a altura máxima e o tempo de subida anula-se a velocidade final ( v=0) na lei da
velocidade ou na equação de Torricelli.
Para o tempo de subida ( v=0) temos: v=v 0 −¿ ⇒0=v 0−¿⇒>¿ v 0
v0
t subida=
g
Para altura máxima ( v=0) temos: v 2=v 02−2 ∙ g .(h−h0) , com h 0=0
2
2 v0
v 0 −2∙ g . hmáx =0 ⇒ hmáx =
2g
O mesmo resultado se chega se substituirmos a expressão do tempo de subida na lei do movimento (
1 2
h=h0 + v 0 ∙ t− g ∙ t ).
2

12
A altura máxima atingida pelo corpo lançado verticalmente para cima depende da velocidade de
lançamento e da acleração de gravidade.
1.9.4.2 Tempo de voo
O tempo gasto de duração do movimento (ida e volta) denomina-se tempo voo ou tempo total.
Quando o corpo regressa ao solo,o seu espaço volta ser nulo (h=0),pois estará na origem da trajectoria.
1 2 1 2
Fazendo,h=0 ⇒ h=v 0 t− ¿ ⇒ v 0 t− ¿ =0 /×2 ⇒ ( 2 v 0 t−¿ ) =0
2
2 2
Evidenciandot ,vém: t ∙ ( 2 v 0 −¿ )=0
O produto só é zero quando um dos factores for nulo (a × b=o ; se a=0 ou b=0)
t=0 ∨ ( 2 v 0−¿ ) =0
2 v0
2 v 0 =g t voo ⇒ t total =t Voo =
g
Onde
v0
=t ⇒ t =2 ∙ t subida
g s Voo
A velocidade da partícula no instante que resgressa ao ponto em que foi lançado será calculada pela
expressão : v queda =v 0−g t total
Nota:no vácuo o tempo do movimento de ida e volta é o dobro do tempo de subida.
t Voo =2∙ t subida
A velocidade (inicial) de lançamento e de chegada ao ponto de lançamento têm o mesmo módulo e
sentidos contrários.
2 v0
v queda =v 0−g ∙ ⇒ v queda=v 0−2 v 0
g
v queda =−v 0 ;(c . q . d )
1.9.5-LANÇAMENTO OBLÍQUO
Os corpos lançados com velocidade inicial,nos quais a única força que actua é a força peso do corpo são
chamado de projécteis ou graves.
O termo projéctil é aplicado quer a uma bala disparada por uma arma de fogo quer para qualquer objecto
lançado ao ar (pedra,bola,etc.).
Consideres um corpo (uma bola) sendo lançado obliquamente a partir do solo,com velocidade inicial ⃗v 0
numa direção que forma com a horizontal um ângulo θ .Desprezada a resistencia do ar,ocorpo fica sob
acção exclusiva de seu peso e sujeito apenas,portanto,à aceleração da gravidade.A trajectória descrita,em
relação a Terra,é uma parábola.
O movimento descrito pelo corpo pode ser considerado como resultado da composição de dois movimentos
simultaneos e independentes:um movimento vertical uniformemente variado,cuja aceleração é a da
gravidade,e um movimento horizontal uniforme,pois na horizontal não há aceleração.
a) Movimento horizontal (MRU):Consideremos um eixo Ox com origem no ponto de lançamento e
orientado no sentido da velocidade horizontal ⃗v x ,dada pela projeção sobre esse eixo da velocidade de
lançamento ⃗v 0 .

13
Sendo a componente v 0 x =v x =cte e v 0 x =v 0 ∙ cosθ
x=v x ∙ t ⇒ x=( v 0 ∙ cosθ ) ∙ t
b) Movimento vertical(MRUV)
Consideremos o eixo oy com origem no ponto de lançamento e sentido positivo orientado para cima.O
módulo da componente da velocidade ⃗v y diminui a medida que o corpo sobe,anula-se no ponto mais alto e
aumenta à medida que o corpo desce.
Equação das posições (espaço): v 0 y =v 0 ∙ senθ
1 2 1 2 2
y=v 0 y t− g t ⇒ y=(v ¿¿ 0 ∙ senθ) ∙t− g t t ¿
2 2
Equação das velocidades: v y =v 0 y −¿ ⇒v y =v 0 ∙ senθ−¿
Equação de Torricelli: v y 2=v 0 y 2−2 ∙ g . y
1.9.5.1 Altura máxima
Utilizando a equação de Torricelli v y 2=v 0 y 2−2 ∙ g . y , como v y =0,vém:
2
v0 y
y máx = ; onde v 0 y =v 0 ∙ senθ
2g
2 2 2
(v 0 ∙ senθ ) v 0 sen θ
y máx = ou y máx =
2g 2g
A altura máxima no lançamento oblíquo depende do módulo da velocidade inicial e da inclinação ou
amplitude do angulo.
Tempo de Subida
v0 y
Fazendo v y =0 em v y =v 0 y −¿ ⇒ t s = onde v 0 y =v 0 ∙ senθ
g
v 0 ∙ senθ
t subida =
g
1.9.5.2 Alcance e tempo de voo
A distancia horizontal que o corpo percorre desde o lançamento até o instante em que retorna ao nível
horizontal do lançamento é denominado alcance.O máximo deslocamento do corpo na direção vertical
chama-se altura máxima do lançamento.
Quando o corpo retorna ao nivel de lançamento
1 2 2 v0 y
y=0⇒ y=v 0 y t− ¿ ⇒ t voo=
2 g
x=v 0 x t voo
Substituindo o tempo de voo (t ¿¿ voo)¿ na expressão na x=v 0 x t voo vém:
2
2 v 0 y v0x 2 v ∙ cosθ ∙ v 0 ∙ senθ v 0 2 cosθ ∙ senθ
x máx = ; Onde v 0 x =v 0 ∙ cosθ e v 0 y =v 0 ∙ senθ x máx = 0 =
g g g
Da relação trigonométrica,2 senθ ∙ cosθ=sen 2 θ ,vém:

14
2
v 0 sen 2 θ
x máx =
g
O alcance depende do tempo de voo e da velocidade de lançamento e do ângulo de lançamento.É máximo
quando sen 2θ=1 ou seja, quando θ=45 °
1.9.5.3 Velocidade de queda
No instante que o projetil chega ao solo, temos:
v queda =√ v 0 x 2 +v y2 onde v x =v ox e v y =−g t voo
O angulo que faz no instante que atinge o solo é obtido pela seguinte relação trigonométrica.
vy
tgθ=
vx
1.9.6.LANÇAMENTO HORIZONTAL
Consideremos um corpo (uma bola) lançado horizontalmente com velocidade inicial ⃗v 0. Adota-se o sentido
positivo para baixo com a aceleração da gravidade positivo(+ g).
Neste caso, ocorpo também descreve uma trajectoria parabólica,resultante da composição de dois
movimentos:
Na direção horizontal(Ox): MRU
x=v x t ; e v 0 x =v 0=v x
Na direção vertical ¿):MRUV com aceleração ⃗g,caso de queda livre:
1 2
y= g t e v y =¿
2
Tempo de queda
O tempo de queda corresponde o instante em que o corpo atinge o solo .Quando o corpo atige o solo, o
corpo terá percorrido o espaço y

t 2queda =
2y
g
⇒ t queda =

2y
g
Velocidade de queda: v queda =√ v 0 x 2 +v y2 onde v y =g t queda → v y =√ 2 gy
Alcance
O alcance corresponde a distancia horizontal percorrida pelo corpo desde o ponto de lançamento e o ponto
de queda.

x=v 0 x t queda ; onde t queda =


√ 2y
g

15
1.10.MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME -Movimento periódico
No dia-dia,temos muitos exemplos de corpos que realizam MCU: um disco,as pás de um ventilador,a
caderinha da roda gigante de carrossel,as rodas de uma bicicleta em andamento,um satélite em torno da
Terra,o movimento da Terra em torno do Sol, omovimento da Lua em torno da Terra,etc.
Chama-se MCU é aquele em que a particula descreve uma circunferência com a velocidade constante
em módulo variando de direção constantemente.
Ao movimento de uma particula material que se repete com a as mesmas características ao fim de
intervavlos de tempos iguais chama-se movimento periódico
A particula material passa por determinado ponto da trajectoria sempre com a mesma velocidade.
Características do MCU
 A particula descreve arcos iguais em intervalos de tempos iguais
 É periódico,pois em cada uma volta completa ( ciclo ) o movimento se repete em intervalo de tempos
iguais;isto é,a particula passa por determinado ponto da trajectoria sempre com a mesma velocidade e
aceleração sem mudar de sentido.
Sendo periódico o MCU é caracterizado por duas grandezas fundamentais:a frequência e o período.
Frequência,é o número de voltas ( ciclos) que a particula efectua por unidade de tempo.Ou seja, o número
de vezes que o movimento da particula se repete por unidade de tempo.
n
f= Onde n é o numro de voltas ou ciclos efectuado;
∆t
∆ t é o intervalo de tempo que demorou para efectuar essas voltas ou ciclos.
A sua unidade no SI é voltas ou cíclos por segundo que denominamos de Hertz(Hz)
1 volta
=1 Hz
1s
Sempre que o tempo é expresso em segundo a frequencia exprime-se em Hz .
Exemplo:Uma particula efecua 50 voltas em 10segundos.
n 50 voltas 5 voltas
n=50 voltas e ∆ t=10 s f = →f= = =5 Hz Isto signfica que em cada um segundo
∆t 10 s 1s
efectua 5 voltas.
Outras unidade da frequencia:Rotações por minuto(r . p .m),Rotações por segundo (r . p . s),Rotações por
hora(r . p .h)
1 1
1 r . p . m= r . p . s= Hz
60 60
Der . p . m para Hz divide-se por 60
De Hz parar . p . m multiplica−se por 60

16
Exemplo:
120rot 120 rot
120 r . p . m→ = =2 rot /s=2 Hz
1 min 60 s
Isto signfica que em cada um segundo efectua duas rotações
Período:é o intervalo de tempo que uma particula demora para dar uma volta completa (ou ciclo de
rotações completo).
Sempre demora o mesmo tempo para dar uma volta,isto é, o período é constante no MCU.
∆t
T=
n
né o numro de voltas ou ciclos efectuado
Qundo a particula descreve um pequeno arco o intervalo de tempo necessário para descrevê-lo ∆ t não é
um período.Período deve dar uma volta completa.
Relação entre frequencia e Período
A relação da frequencia e o período é uma relação inversa
1 −1 1 −1 −1
T = ou T ¿ f ; f = ou f ¿T ; 1 s =1 Hz
f T

1.10.1Velocidade Linear E Angular


Seja um movel percorrendo uma trajectória circular de raio R e centro em C.
O ponto A é a origem das posições e P é a posição do movel num instante t qualquer.O arco da trajectória,
AP, descreve um ângulo chamado fase ou angulo horario.
A medida do angulo φ relaciona-se com comprimento do arco descrito s com o raio R da trajectória.É
medido no SI em radiano (rad ).
∆s
∆ φ= ⇒∆ s=∆ φ ∙ R
R
Neste movimento o movel percorre sobre a trajectória distancias iguais em intervalos de tempo iguais.O
angulo φ que o movel descreve (varre) durante o movimento em intervalo de tempo iguais quando passa
pelo mesmo ponto é sempre o mesmo (2 π ).
Definimos a velocidade angular (ω ¿ ,como a razão entre a variação do angulo descrito, ∆ φ, e o intervalo
de tempo correspondente,∆ t ,ou seja: mede a rapidez com que o angulo varia em função do tempo.
Os angulo ∆ φ descrito são directamente proporcionais aos intervalos de tempo ∆ t .
∆φ φ−φ0
ω m= ou ω m= No SI:rad / s
∆t t−t 0
ω m é a velocidade angular média
∆ φ é o deslocamento angular

17
Lei do movimento para MCU
φ−φ 0=ω ( t−t 0 )Parat 0=0 ⇒ φ=φ0 +ω t

Onde ω=constante ≠ 0
O valor do ω pode ser positivo ou negativo,consoante o corpo se movimenta sobre a trajectória no sentido
horário ou anti horário.
∆s ∆φ
=v=constante ; =ω=constante
∆t ∆t
Observações:
∆s
A velocidade escalar, de finida pela relação =v é tambem chamado de velocidade linear. A velocidade
∆t
linear leva em considerações a distancia percorrida (arco descrito) na unidade de tempo;A velocidade
angular leva em consideração o ângulo descrito na unidade de tempo.
1.10.2 Relação entre a velocidade linear e angular
Para uma volta completa,o espaço percorrido é o comprimento da circunferencia ( ∆ s=2 πR ),o ângulo
descrito é 360 ° ou 2 π rad (∆ φ=2 π ) e o tempo gasto é o período T .
∆ s=2 πR ; ∆ t=T ; ∆ φ=2 π
∆φ 2π −1 −1 ∆s 2 πR
ω= ⇒ ω= ou ω=2 π .T onde T =f ω=2 πf v= ⇒ v= ⇒ v=ωR
∆t T ∆t T
A velcidade linear de uma particula que pertence um sistema em rotação é directamente proporcional ao
raio.
v=2 πfR
Note que:
-A velocidade linear v depende da frequencia ou do período do movimento e do raio da circunferencia
descrita;
-A velocidade angular ω depende apenas da frequencia ou do período,mas não de pende do raio.
1.10.2 Aceleração Centripeta
A velocidade de uma particula que se move por uma trajectoria circular é sempre tangente a
trajectoria.Existe uma força actuante sobre a particula que tem o sentido apontado para o centro da
trajectória,e é sempre perpendicular à velocidade denominada força centripeta, (⃗ F cp ¿.Está força só faz
variar a direção da velocidade e não o seu módulo.Se não existir a força centripeta a particula move-se em
linha reta.
Como toda variação da velocidade em função do tempo implica uma aceleração ,então no MCU,existe
uma aceleração que esta associado com a variação da direção da velocidade denominadaaceleração
centripeta ou normal(⃗a cp ).O seu sentido é apontado para o centro da trajectória e a sua direção é
perpendicular a trajectoria (normal).
2
v
a cp= ; com v=ωR
R

18
( ωR )2 ω 2 R2
a cp= = ⇒ acp =ω 2 R
R R
Onde
2 2 2
ω=2 πf ⟹ a cp=(2 πf ) R ⇒ acp =4 π f R
1.11Movimento Circular Uniformemente Variado (MCUV)
Se durante o movimento circular de uma partícula o módulo da velocidade variar em quantidades iguais,
então, o movimento não é uniforme é chamado circular uniformemente variado.
Chama-se movimento circular uniformemente variado aquele cuja aceleração angular constante (não
nula), isto é, o módulo da velocidade angular varia em quantidades iguais em intervalos de tempos iguais.
α =constante ≠ 0
Definimos aceleração angular,α ,como sendo a grandeza que mede a taxa de variação da velocidade
angular em função ao tempo.
∆ ω ω−ω0
α= =
∆t t−t 0
Para t 0=0 → ω=ω0 + αt (lei da velocidade no MCUV)
A unidade SI da aceleração angular é radiano por segundo ao quadrado (rad / s2)
A aceleração angular pode ter valores positivos ou negativos.Se a velocidade angular aumentar em
módulo,o movimento é acelerado e a aceleração angular tem o sinal da velocidade angular.Se a velocidade
angular diminuir em módulo,o movimento é retardado e a aceleração angular tem sinal contrário ao da
velocidade angular.

Função horária do MCU


Por analogia do movimento linear,podemos obter a lei do movimento circular uniformemente variado
fazendo:
x=θ ; v=ω ;a=α
1 2 1 2
x=x 0 + v 0 t + a t ⟺ θ=θ 0 +ω0 t+ αt
2 2
1 2
Paran voltas θ=2 πn ,temos: 2 πn=θ0 +ω 0 t+ αt
2
1.11. 1 Relaçãoentre aceleração tangencial e angular
Partindo da relação v=ωR e dividindo os dois membros por ∆ t :
v=ωR /÷ ∆ t
v ωR v ω
= onde =a t e =α a t=Rα
∆ t ∆t ∆t ∆t

19
A velocidade angular pode ser medida em rotação por minutos ou voltas por minutos(rot /min):
1
1 rot /min= ×2 π rad /s
60

SUBTEMA 2:INTERACÇÕES ENTRE CORPOS-DINÂMICA


Introdução
Neste capítulo iniciaremos o estudo da Dinamica, isto é, os movimentos e suas causas. Duas novas
grandezas surgem:força e massa. Discutiremos os principios fundamentais da Dinamica propostos por
Newton e leis experimentais que regem o comportamento de força, como a força de atrito estático e
cinético.
Na cinemática fizemos uma descrição matemática dos movimentos sem discussão das causas que os
produzem. Estudaremos agora na Dinamica.
A Dinamica é a parte da Mecanica que estuda os movimentos e suas causas
É intuitivo que há uma relação entre força e movimento. Procurar como a força está relacionada ao
movimento e vice-versa é o objectivo da Dinâmica. Assim, a Dinâmica tem por objectivo a resolução de
dois problemas básicos:
1 º ) Conhecendo o movimento de um corpo, caracterizar as forças que agem sobre ele;
2 º ) Conhecendo as forças que agem sobre um corpo, caracterizar o seu movimento.
Estudaremos as relações entre o movimento e força através dos três pilares que se baseia a Mecânica
classica ou newtoniana chamadas leis de Newton relactivos ao movimento.
2.1 Noção de força
Intuitivamente, todos nós temos a ideia do que seja uma força, através do seus efeitos. Assim, falamos em
força muscular ao lenvantar um peso, ao empurrar um carro e ao esticar um elástico, etc. Em todas essas
situações em que temos que puxar, empurrar, levantar, esticar, comprimir ou colocar um corpo em
movimento estamos exercendo força. Em muitos casos os efeitos das forças não são vísiveis. Por exemplo,
os pilares de uma ponte ou os tijolos numa parede, suportam forças enormes.
Na natureza as forças existem sempre aos pares, isto é, apenas há força se houver interacção entre dois
corpos.
Interacção não significa necessáriamente contacto. Dois corpos podem interagir um com o outro sem que
existe contacto entre eles. Por exemplo, quando largamos um objeto é puxado para baixo atraves da força
gravítica ou força –peso (força que a Terra atrai todos corpos).
Em função da aproximidade dos corpos na interacção dos corpos podemos distinguir dois tipos de forças:
Interacção ou força de contacto ocorrem quando as superficies dos corpos têm de estar em contacto um
com o outro para a transmissão da força.
Há situações em que um objecto exerce força sobre outro, mesmo a distância. Por exemplo aproximamos
um imã de outro, ao largar um objecto de uma altura (força gravitacional).

20
São exemplos de interacção de contacto a força que é feita para empurrar uma carteira, um carrinho de
supermercado, a força que se faz sobre uma bola quando se lhe dá um pontapé.
Interacção à distância ocorrem sem que seja necessário qualquer tipo de contacto entre os corpos. Hoje
diz-se que estas forças são força de campo por posuirem um campo associado a elas.Um campo é uma
região do espaço onde um corpo pode sentir a acção de uma força sem que à vista desarmada se observe o
que a provoca.
São exemplos de interacção à distância (ou força de campo) a força gravitacional entre um planeta e um
corpo, a força magnética entre íman e corpos ferromagnéticos (como por exemplo, prego ou limalha de
ferro) ou a força elétrica entre uma esferografica electrizada (por ter sido esfregado no cabelo) e
pedacinhos de papel.
Chama-se força toda interacção ou todo o agente físico capaz de provocar num corpo uma variação da
sua velocidade ou uma deformção.
2.1.1.Força Resultante
Chama-se força resultante de várias forças a soma vectórial de todas as força que actuam sobre um corpo,
que sozinha, produz no corpo o mesmo efeito se várias forças actuam simultaneamente sobre ele.

F R =⃗
F1 + ⃗
F 2+ ⃗
F3 … … . ⃗
Fn
Quando a resultante das forças actuantes sobre um corpo for nula ou quando não existem força agindo
sobre ele, o corpo é dito isolado.
Caracteristicas de uma força
A força é uma grandeza vectorial pois poduz variação de velocidade, que é uma grandeza vectorial. A
variação da da velocidade no decurso do tempo determina a aceleração, daí que temos uma força aplicada
um ponto material provoca uma Aceleração que tem a mesma direcção e sentido da aceleração que a
origina. Portanto, para ser definida a força, precisamos de uma direção, sentido e módulo (intensidade) e
um ponto de aplicação.
Direcção:a linha recta em que se encontra apoiado o vector. A direreção pode ser: horizontal, vertical e
oblíqua (diagonal);
Sentido:é indicado pela seta (extremidade). Pode ser para direita, esquerda, baixo, cima, etc.
Módulo (norma ou intensidade):é a medida algébrica não negativo da foça : ‖⃗
F‖=F
Ponto de aplicação:é definido pela origem do vector. É onde a força é aplicada na particula.
A unidade da força no SI é o newton, que se indica por N (que corresponde à força necessária para acelerar
a massa de1 kg).
Na pratica é o quilograma-força (Kgf )
1 Kgf =9 , 8 N
No sistema CGS a unidade de massa é o grama (g), a unidade da aceleração é o centimetro por segundo
ao quadrado (cm/ s s ¿e a unidade de força é o dina (dyn).
2 5
1 dyn=1 g . cm/s 1 N=10 dyn

21
Se as forças tem mesma direção e sentido, devemos adicioná-las(vectorialmente); e se tem a mesma
direção e sentidos contrario,devemos subtraí-las(vectorialmente).
O sentido da força resultante ⃗
F R , será da força que tiver maior valor absoluto.
Para forças concorrente, ou seja,θ=60 °temos:

F R2=F 12 + F22 +2 F 1 ∙ F 2 ∙ cos θ ⟹ F R= √ F 12+ F 22+ 2 F 1 ∙ F 2 ∙ cos θ


Efeitos de uma força
Quando uma força não produz qualquer movimento mas uma deformação, o efeito da força é estático.
Isso ocorre, por exemplo, quando esticamos uma mola, comprimimos uma esponja ou flexionamos uma
regua.
Se a força produz apenas uma aceleração dizemos que o efeito da força é dinamico.
Por exemplo, quando empurramos um carro, fazendo a sua velocidade variar, aplicamos uma força sobre
ele. Cessando a força, no mesmo instante cessa a aceleração.
Força→Causa; Aceleração→ efeito dinamico.
Equilibrio de um corpo
Se a resultantes das forças actuantes sobre um corpo é nula, dizemos que está em equilibrio, as forças se
compensam uma das outras.
F R =∑ ⃗
⃗ F externaactuantes =⃗0
Um ponto material é chamado isolado quando não existe forças actuando nele, ou as forças que actuam tem
soma vectorial nula.
Há dois tipos básicos de equilibrio :Estático e dinâmico.

1 º Equilibrio estático:
Acontece quando a velocidade vectorial é nula com tempo: o que significa que o corpo está em repouso em
relação a um certo referencial.O repouso é chamado equilibrio estático.

F R =⃗0 e ⃗v =⃗0
2 º Equilibrio dinâmico:
A acontece quando o corpo tem velocidade vectorial constante não nula: o que significa que o corpo está
em movimento rectelineo e uniforme (MRU) pois sua velocidade é constante em módulo, direcção e
sentido. O MRU é chamado equilibrio dinâmico.

F R =⃗0 e ⃗v =constante ≠ ⃗0
O conceito de equilibrio é relactivo ao referencial. Um carro em movimento acelerado em relação ao solo
não está em equilíbrio, porém um passageiro em repouso em seu interior está em equilíbrio estático em
relação ao carro.
2.2 Princípios fundamentais da mecânica clássica

22
No século XVIII, Newton publicou o seu mais importante livro “Princípios Matemáticos da Filosofia
Natural (Filosofia Natural era o nome dado ao estudo da Natureza) ”. Nesse livro, Isaac Newton
apresentou três leis do movimento, isto é, três regras que se verificam em todos os movimentos.
A mecânica newtoniana basea-se nas ideias de massa e de força que relacionam estes conceitos físicos
com as grandezas cinemática já estudadas. As leis fundamentais da Dinâmica ou leis de Newton do
mvimento são três: Lei da Inercia ou 1ª Lei de Newton, Lei fundamentalda Dinamica ou 2ª Lei de Newton
e a Lei da acção e reacção ou 3ª Lei de Newton..
2.2.1 Lei da Inércia- 1ª Lei de Newton .Referências inerciais
Esta lei descreve o que acontece com um corpo quando sobre ele actua um conjuto de forças de resultantes
nula ou quando sobre ele não está agindo nenhuma força.
A inercia traduz a “resistencia” de um corpo à alteração da sua velocidade
A inercia é a propriedade de um corpo de resistir a qualquer variação da sua velocidade.
A massa de um corpo é a medida quantitativa da inércia desse corpo. Quanto maior for a massa de um
corpo maior será a força necessária para alterar a sua velocidade.
A lei pode ser enuciada de seguinte modo:
1 ª Lei de Newton:Se a resultante de todas forças que actuam sobre um corpo for nula permanecerá em
repouso ou em movimento rectelíneo
Isto significa que, se ele está parado, permanece parado; se está animado de certa velocidade, vai manter
essa velocidade em linha recta (MRU).
F R =∑ ⃗
⃗ F externaactuantes =⃗0
A afirmação de que um corpo permanece em repouso ou em movimento quando sobre ele não agir
nenhuma força depende do referencial. Os referenciais em relação aos quais vale o principio da inercia
são chamados referencias inerciais. São referenciais em repouso ou em MRU.
Para corpos em movimento de rotação não são, sistemas inerciais, pois a rotação implica uma aceleração.
Um corpo em repouso tende, por inercia, a permanecer em repouso; um corpo em movimento tende, por
inercia a continuar MRU.
Por exemplo, um carro em MRU em relação ao solo, quando é travado de repente (freado) os passageiros
tendem, por inercia, a proseguir com a velocidade que tinham em relação ao solo. Assim, deslocam-se (são
atirado) para frente em relação ao carro. Analogamente, quandso o carro parte, os passageiros sentem-se
atirados para trás (em relação ao carro) por inercia, pois tendem a permanecer na situação de repouso em
que se encontravam em relação ao solo.
Um Carro numa curva tende, por inercia,a sair pela tangente matendo a velocidade que possuia,até que
força consigam altera-la.
2.1.1.2 Lei Fundamental da Dinâmica ou 2 ª Lei de Newton
Esta lei descreve o que acontece com os corpos quando submetidos a forças de resultantes não nula.
Sabe-se que para pôr um corpo em movimento, por exempolo um livro em repouso sobre uma mesa, é
preciso imprimir-lhe uma força de resultante não nula, dando-lhe um empurão durante um certo intervalo

23
de tempo maior ou menor, dependendo da intensidade da força resultante. O livro ao entrar em movimento
e a sua quantidade de movimento varia em função da variação da sua velocidade.
Neste caso, o impulso recebido pelo livro será medida pela variação da sua quantidade de mavimento.
⃗I =∆ ⃗p ; onde ∆ ⃗p=m ∙ ∆ ⃗v

A grandeza física que relaciona a resultante das forças actuante e o intervalo de tempo de actuação chama-
se impulso de uma força,representado por:

24
Por Prof.: Mário Alberto Nito “Licenciado”

⃗I =⃗
FR ∙ ∆ t
∆ ⃗p
F R ∙ ∆ t=m∙ ∆ ⃗v ; onde ∆ ⃗p =m∙ ∆ ⃗v⃗
⃗ FR=
∆t

⃗ m ∙ ∆ ⃗v ∆ ⃗v
FR= ; onde ⃗a =
∆t ∆t

F R =m. a⃗ Equação fundamental da Dinâmica ( 2ª lei de Newton )
Em módulo:
F R =m. a

Sua unidade é definido por:1 kg ∙ 1m/ s2=N (Newton)


Enuciado da 2ª lei de Newton:A aceleração adquirida por um corpo é directamente proporcional à força
resultante que age sobre ele, inversamente proporcional á massa do corpo e tem a mesma direcção e
sentido da força resultante.
A massa inercia lé a constante de proporcionalidade.
Consequencias da lei
-Para mesma força, a aceleração é inversamente proporcional a massa:
Duas grandezas são inversamentes proporcinais quando o produto entre eles é constante
F 1=F2 ⇒ m1 ∙ a 1=m2 ∙ a2
-Para mesma massa, a aceleração é inversamente proporcinal a força resultante
Duas grandezas são directamente proporcinais quando a razão entre eles é constante.
F 1 a1
m1=m2 ⇒ =
F 2 a2
-Para mesma aceleração,a força resultante é directamente proporcional a massa
F 1 m1
a 1=a2 ⇒ =
F 2 m2
O peso de um corpo é a força de atração exercida pela Terra sobre ele.
Para um corpo em queda onde se despreza a força de resistencia do ar a força resultante é igual a força
peso.

F R =⃗
P=m . ⃗g ⇒ F R =P=m. g
Na prática o peso é medido em quilograma força (kgf ¿ , é o peso de um corpo de 1 kg de massa num local
onde a aceleração de gravidade é igual a 9 , 8 m/s 2
A relação entre o quilograma força e newton é:
2 2
P=m. g → 1 kgf =1kg ∙ 9 , 8 m/s , ondekg ∙ m/s =N
1 kgf =9 , 8 N

25
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2.1.1.3 Lei da Acção e Reacção -3 ª Lei de Newton


Esta lei descreve que as acções que os corpos exercem uns sobre os outros são mútuas e simultaneas
(actuam aos pares). Não há forças isoladas. Nas interacções entre corpos, as forças actuam aos pares. Para
qualquer ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade, isto é, as ações mútuas de dois corpos
uns do outro são sempre iguais e de sentido oposto.
Qualquer objeto que puxe ou pressione outro objecto é sempre puxado ou pressionado por esse outro
objecto. Se pressionar uma pedra com um dedo, o dedo também é pressionado pela pedra.
Enuciado: sempre que um corpo exerce uma força sobre outro, simultaneamente o segundo exerce sobre o
primeiro uma força de mesma direção e a mesma intensidade, mas de sentido contrário (oposto).
Ou seja, quem faz acção sofre sempre simultaneamente uma reação com a mesma intensidade e direcção
de sentido oposto.
A relação matemática que estabelece a terceira lei de Newton é:

m 1 m 2

m A ∙ ⃗a A =−mB ∙ ⃗aB ⇒ ⃗
F A =−⃗
FB
Ou

F AB=−⃗F BA

Em módulo: ‖⃗
F AB‖=‖⃗
F BA‖

Características da força que constituem um par Acção – Reacção


 Mesma linha de acção;
 Sentidos:contrario ou opostos;
 Mesma intensidade ou módulo;
 Estão aplicadas em corpos diferentes (não se equilibram). A resultante é nula por serem simétrica
A Terceira Lei é válida: Quer as forças exerçam-se por contacto, quer exerçam-se a distância. Por exemplo,
A força gravítica que a lua exerce na terra e a força gravítica que a terra exerce na lua constituem um par
acção – reação.
As forças que actuam sobre um sistema de partículas podem ser interiores ou exteriores. As forças
interiores são aquelas que resultam da interação entre as partículas do mesmo sistema; e as forças
exteriores são aquelas aplicadas ao sistema por agentes que não pertencem a este sistema.
Outras forças actuantes
Força normal(⃗
F n ou ⃗
N ) força de contacto que as superfícies exercem perpendicularmente sobre os corpo.

Força de tenção no fio (⃗


T ), força que os fios, cabos ou cordas exercem sobre os corpos ligados a ele.

26
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2.1.2 Força de atrito e coeficiente de atrito


Quando há movimento ou tendência do movimento de um corpo em relação à superfície, a superfície
exerce sobre ele uma reacção perpendicular à superfície e uma outra tangencialmente (paralela) à
superfície de sentido contrário ao movimento ou tendencia ao movimento.
A palavra atrito provém do latim atríto que significa fricção. Refere-se a resistência que os corpos opõem
quando tem tendencia de se mover ou se movem sobre uma superficie em contacto. Para que exista atrito
deve haver contacto directo entre duas superfícies. A força de atrito é um caso particular da lei da acção e
reacção.
A força de atrito é uma força que surge sempre que há movimento ou tendencia ao movimento de um corpo
em relação a um superficie de contacto.
As superficeis em contacto apresentam uma certas rugorosidade (mesmo aquelas superfícies polidas). Estas
asperezas encaxam-se mutuamente e opõem-se.
O atrito é povocado pela rugusidade existente entre duas superficies em contacto.
Caracteristica da força de atrito
 Agente:superficie de contacto;
 Direção: tangente (paralela) a superfície;
 Sentido: contrário (oposto) a tendência do movimento ou ao movimento;
 Módulo ou intensidade, proporcional a força normal (força de compressão que o corpo faz com a
superfície de apoio).Quanto mais o objecto pressionar essa superfície, maior será a força de atrito.
F at =μ ∙ N
É independente da extensão das áreas das superfícies em contacto, mas sim da natureza ou características
das superfícies em contacto (lisa ou rugosa).
Miú ( μ) é constante de proporcionalidade chamado coeficiente de atrito que depende da natureza das
superfícies que contactam. É uma grandeza adimencianal e seu valor varia de zero a um.
0≤μ≤1
μ=0 ; Superficie muito lisa , o atrito é zero(casos ideias)μ=1 ; Superficies muito rugosas A força de atrito
pode ser: estático e cinético (dinâmico)
A força de atrito estático, aquela que surge quando há tendência do movimento ou seja quando a força
aplicada é insuficiente para fazer mover o corpo.
Varia a medida que aumentamos a intensidade da força aplicada até atingir o seu valor máximo o corpo
fica na iminência do movimento. Nesta condição a força de atrito é máximo.
F at (máximo)=μ e ∙ N

2.1.2.1 Força de atrito dinâmico


Quando a força aplicada atinge o valor da força de atrito máximo o corpo fica na iminência de
deslizamento, acrescentando mais pequena intensidade da força aplicada, o corpo começa a mover. Essa
força de atrito que aparece quando o corpo está em movimento chama-se cinético ou dinamico.Tem um
valor constante e menor que o atrito estático e não depende da velocidade de deslizamento das superfícies.
27
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Pode ser de deslizamento ou escorregamento quando uma superfície escorrega sobre outra sem que
nenhuma das duas gire;
De rolamento quando uma das superfícies gira em relação a outra.
F at =μ c ∙ N

SUBTEMA 3:MOVIMENTO OSCILATÓRIO MECÂNICO


3.1 Oscilações mecânicas e Características Gerais dos Osciladores

28
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Chama-se oscilações mecânicas aos movimentos periódicos de uma partícula material que descreve
sempre a mesma trajectoria em sentidos opostos durante intervalos de tempos iguais em torno da sua
posição de equilíbrio.
Ex.:MCU, vibração de um corpo suspenso numa mola ou num fio, vibração do extremo de uma lâmina em
que a outra extremidade fica fixa, vibrações das árvores, provocado pelo vento, os batimentos do coração,
as vibrações de uma corda de uma guitarra, o movimento dos para-brisas de um automovel,etc. mudando
periódicamente de sentido em torno dasua posição de equilibrio.
Para fazer com que os corpos abandonem o estado de equilibrio teremos de lhe transmitir uma certa
quantidade de energtia através do trabalho realizado por uma força exterior.
A força que leva o ponto material a ocupar a sua posição de equilibrio é uma componente tangencial da
resultante das forças que actuam sobre ele e chama-se força de restabelecimento ou restauradora.Tem a
direcção e sentido apontado para a posição de equilíbrio e contrário ao deslocamento da particula.Esta
componente é igual a zero na posição de equilibrio e cresce em módulo à medida que a particula material
se afasta dessa posição.
Os sistemas que executam movimentos oscilatórios, são chamados osciladores. Todos os osciladores têm
uma posição de equilíbrio.
A caracteristica mais importante de um movimento oscilatório é a sua periocidade,isto é,a repetição do
movimento com as mesmas características ao fim de intervalos de tempos iguais.
3.1.1 Classificação do movimento oscilatório de um corpo segundo a natureza das forças que actuam
sobre ele
A resultante das forças que actuam sobre uma particula tem uma componente tangencial-a força de
restabelecimento.
Aos movimentos periódicos de uma particula material (corpo) que decorrem sob a acção de uma força de
restabelecimento da-se o nome de oscilações próprias desse corpo.
Na prática as oscilações próprias nunca têm lugar,pois sobre um oscilador actua ainda a força de
resistencia do meio (força de atrito,resistencia do ar).Como resultado do atrito,as oscilações passam a ser
mais retardadas,ou seja,aumentam o intervalo de tempo que leva para fazer perfazer uma oscilação
completa e diminui,progressivamente,a amplitude das oscilações.
Os movimentos oscilatórios de uma particula material resultantes da acção de duas força:a força de
restabelecimento e a força de resistência do meio (atrito),recebem o nome de oscilações livres
amortecidas.
Quando por exemplo,no chão se encontra uma máquina com funcionamento periódico (um motor
electrico),verifica-se que o chão estremece juntamente com ele.Estas oscilaçõe são provocados por ações
exteriores que se repetem periodicamente.
As oscilações de uma particula material sob acção de uma força exterior periódica recebe o nome de
oscuilações forçadas.Evidentemente que neste caso continuam ainda a actuar o atrito e a força de
restabelecimento.
3.1.2-Parâmetros do movimento oscilatório

29
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As gradezas que caracterizam um dado movimento oscilatório quantitativamente, permitindo destinguí-lo


de um outro tipo de movimento,chama-se parâmetro desse movimento oscilatório.
O movimento oscilatório de um ponto material é caracterizado por três parametros:operíodo,a frequência e
a amplitude.Uma vez que o periodo e a frequencia são inversas uma da outra,para descrição completa do
movimento oscilatório basta empregar duas características:a amplitude e uma das grandezas: período ou
frequencia.
Chama-se período (T), a grandeza que nos caracteriza a periocidade com que se repete um dado
movimento oscilatório.É o intervalo de tempo necessário para que ocorre uma oscilação.
Chama-se frequencia de oscilação (f), a grandeza que caracteriza a velocidade com que se repetem as
oscilações.É o número de oscilações (vibrações) efectuado pelo corpo por unidade de tempo
1 −1
f= ;1 s =1 Hz
T
Chama-se e elongação(x), de uma particula material oscilante, a posição ocupada em relação à sua
posição de equilíbrio num dado instante.É o espaçopercorridoentre a posição de equilibrio e a posição
que ele ocupa num dado instante.Pode ser positivo, negativo ou nulo (quando se encontra na posição de
equilíbrio).
Chama-se amplitude de oscilação (A),à grandeza que caracteriza o valor absoluto da elongação máxima
em relação à posição de equilibrio.É a distância máxima entre a posição de equilíbrio e a posição que ele
ocupa no instante em que muda de sentido do movimento
A=‖x máx‖

Chama-se fase(φ), de uma particula oscilante a grandeza que caracteriza em cada instante,a posição
ocupada pela particula oscilante,a direção e o sentido do movimento oscilatório.Exprime-se em radianos.
3.1.3 Movimento Harmónico Simples (MHS)
Sistema Corpo-mola.Lei de Hook
Para estudar este tipo de movimento oscilatório podemos pensar num corpo preso a uma mola e posto a
oscilar horizontalmente em torno da sua posição de equilíbrio numa superfície sem atrito.Fazendo coincidir
a origem do referencial (trajetória) com a posição de equilibrio,em cada instante a posição ou espaço da
partícula num dado ponto da trajetória chama-se elongação.
Como o sistema corpo-mola move-se sem atrito, a força resultante é igual a força elástica( força de
restabelecimento) que é directamente proporcional a elongação.
F=−kx . Leide Hook F R =Felastica como F R=ma

Na vertical a resultante é nula, pois não há aceleração:


F R =N−P=0
−k k
ma=−kx ⟹ a= ∙ x ; onde , k=
m m
a=−k ∙ x e F R=−k .m . x

30
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Propriedade fundamental do MHS: a aceleração é directamente proporcinal a elongação e desentido


oposto.
Chama-se movimento harmónico simples (MHS ) ao movimento oscilatório de uma particula,em que a
única força actuante é uma força de restabelecimento proporcional a elongação de sentidos opostos.

3.1.4 Equações do movimento harmónico simples e sua representação gráfica


A formula que descreve a variação da elongação de uma particula em função do tempo recebe o nome de
equação do movimento harmonico ou lei do movimento.Em Física, ao movimentos que obedece uma lei
do seno ou coseno chama-se movimento harmónico.
3.1.4.1 Equação horária da elongação ou lei do MHS
Para estabelecer as funções horárias da elongação, velocidade e aceleração do MHS,podemos recorrer ao
métodogeométrico,para tal, vamos fazer uma analogia com o MCU.
Consideremos uma partícula P realizando um MCU onde a sua projecção P ´ sobre o eixo horizontal
realizando um movimento de vai-vém (MHS) em relação a O (posição de equilibrio),cujo raio é igual a
amplitude A .A abcissa x define a posição de P ´
Observando o triângulo achurado[ OPP ´ ], podemos obter a equação da elongação

Onde OP=R ; OP ´ =x P ´ e R=A

Temos:
OP ´ x P ´
cos φ= = x =R cos φ
op R p´

x P ´ = A cos φ(1)
Onde φ é a fase do movimento, que representa o espaço angular no MCU dado por:
φ=φ 0+ ωt (2)
Substituindo (2) em (1),teremos:
x= A cos ( φ0 +ωt ) Equação horária da elongação no MHS

Como estamos estudar um movimento periódico, sabemos que

( )
2π 2π 2π Para:
ω= ⟹ φ= t x= A cos φ 0+ t
T T T x0
t=0 → x=x 0 x 0= A cos ( φ0 ) ⟹ cosφ 0=
A
Ou x= A cos ( φ0 +2 πft )
(
x máx =A ; para φ 0+

T )
t =±1

31
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3.1.4.2 Equação horária da velocidade no M.H.S


Para deduzir a função horária da velocidade de P ´ (MHS),projetamos a velocidade de P no eixo horizontal
x

Observando a triângulo a chorado[ V P ´ P V P ]


,podemos obter a equação da velocidade no
MHS:

−V P ´
sin φ=
VP
- V P ´ =V P senφ/×(−1)⇒ V P ´ =−V P senφ ; onde v P=ωR e R= A
v=−ωA senφ ⇒ v =−ωAsen ( φ0 +ωt )

(
v=−ωAsen φ 0+

T
t )
O sinal negativo indica que o sentido de v Q é contrário ao sentindo positivo do movimento,nocaso de x
.Quando o ponto passa pela posição de equilibrio a velocidade atingem os seus valores máximos.

(
v máx=ωA ; para φ0 +

T )
t =± 1

3.1.4.3 Equação horária da aceleração no M.H.S


A aceleração de P´ (MHS) deduz-se projetando a velocidade de P sobre o eixo horizontal. Observando a
triângulo a chorado[ a P ´ a P P ],podemos obter a equação da aceleraçãono MHS

a P ´ P −a P ´
cos φ= =
aP P aP
−a P ´ =aP cos φ/×(−1)⇒ aP ´ =−a p cos φ ; onde a p=ω 2 R e R= A

32
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2
a=−ω Acos ( φ 0+ ωt )oua=−ω Acos φ0 +
2
( 2π
T
t )
Da equação da aceleração vê-se que, x= A cos ( φ0 +ωt )
2
a=−ω x
3.1.5 Representação gráfica das funções horária do MHS
As funções horária da elongação,velocidade e aceleração podem ser representado num sistema cartesiao
ortogonal. São funções periódicas sinusoidais de periodo,2 π . Por questão de simplicidade, considera-se
nula a fase inicial,isto é,φ 0=0.
Fazendo, nessas funções,t assumiir os seguintes valores:
T T 3T 5T nT
0, , , ,T , , ∙∙ ∙∙ ∙ ∙∙ ∙ com n=1 , 2 , 3 , 4 , 5∙ ∙ ∙∙ ∙
4 2 4 4 4
π
Mas, se um período corresponde a um angulo de2 π ,um quarto de período corresponderá um angulo de
2
.Diz-se, por isso, que a elongação e a velocidade estão desfaseadas

3.1.6 Dinâmica do movimento harmonico simples:Oscilações elásticas


As oscilações elásticas realizam-se sob acção de forças elásticas.Um exemplo destas oscilações são da
mola com um pequeno corpo preso na sua extremidade-Pendulo elastico.
Desprezando o atrito e afastarmos o corpo da sua posição de equilíbrio (posição em que a mola não é
deformada),isto é, esticando ou comprimindo a mola e em seguida deixarem, ele vai tender a voltar para a
posição de equilíbrio realizando um movimento de vaivém em torno desta posição, pelo facto de estar
sujeito a uma força resultante com direção e sentido sempre para a posição de equilíbrio.
3.1.6 .1 Período e frequência de oscilações elásticas
No MHS,o oscilador move-se sempre entre duas posições extremas. Paraou corpo ligado a uma mola, essas
posições correspondem a compressão e distensão máxima. A amplitude, A, é a distância entre uma posição
extrema do oscilador e posição de equilíbrio.
−k 2
a= ∙ x ( 1 ) e a=−ω x (2)
m
Igualando estas expressões anterio,temos:

−ω 2 x=
−k
m
k
∙ x →ω 2= ⇒ ω=
m
k
m √
A frequência angualar,que caracteriza o oscilador, depende da sua constante de elasticidade e da massa
a:não está relacionado com as condições iniciais

Atendendo que: T =
ω

33
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2π m Como
T= ⇒ T =2 π

√k
m
k
f=
1 f=
T 2π

1
m
k
⇒f=
2
1
π √ k
m

A frequência e período de oscilação de um pendulo elástico não dependem da amplitude só das


característica natural da própria mola representado pela constante elástica K e da massa do corpo.
Quanto maior é massa mais lento será o seu movimento; e quanto maior é a rigidez da mola maior será a
frequência de oscilações.
3.1.6.2 Energia doOscilador Harmónico Simples
No MHS,o oscilador alcança sempre as mesmas posições extremas, o que significa que a sua energia
mecânicanão diminui durante o movimento. Para o sistema corpo-mola energia mecânica do oscilador
conserva-se, pois a única força que actua é a elástica, uma força conservativa associado a energia potencial
elástica.
E M =E c + E P elastica

1 2 1 2
EP = k x e Ec = m v
elastica
2 2
Como noMHS, v=−ωAsenωt
1 2 1 2 2 2
Ec = m (−ωAsenωt ) = m A ω sen ωt (1)
2 2
Da relação fundamental da trigonometria sen2 ωt+ cos2 ωt=1
2 2 2
sen ωt+ cos ωt=1−cos ωt (2)
Substituindo a expressão (2) em (1),vem:
1 1 1
Ec = m A ω ( 1−cos ωt ) ⟹ E c = m A ω − m A ω cos ωt
2 2 2 2 2 2 2 2
2 2 2
1 1 1
( x= Acosωt )2 ⇔ x 2=cos 2 ωt Ec = m A ω − mω x ⇒ E c = m ω ( A −x )
2 2 2 2 2 2 2
2 2 2
A energia mecânica total transferida para o oscilador quando foi posto a vibrar:
1 2 1 2
E M = k x + m v =constante Na sua posição de equilíbrio( x=0 ),o corpo possui apenas energia cinética
2 2
(a velocidade é máxima).A energia potencial elástica é igual a zero
1 2 1 1
E M = k x + mω ( A −x ) ⇒ E M =Ec = m ω A
2 2 2 2 2
2 2 2
Nas posições extremas (ponto de inversão sentido do movimento) a velocidade do corpo é nula
v=0 e A=x máx
1 2 2
EM= m ω x
2
Comom ω2=k então
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1 2
E M = k A =constante
2
1 2 2 1
Para uma posição qualquer temos E M = m ω x + m ω ( A −x )
2 2 2
2 2
As amplitudes das oscilações dependem da energia total fornecida ao sistema

A=
√ 2 EM
k
ou A=
mω √
2 EM
2

3.1.7-Pêndulo Gravítico Simples


Um pendulo gravitico é um sistema constituído por uma particula de massa m suspenso por um fio de
comprimento l e de massa desprezável fixo por um ponto.Desviando o fio de um angulo (afastando-o da
sua posição de equilibrio) θ em relação a vertical e e largado,começa a oscilar com trajectória circular num
plano vertical em torno da posição de equilíbrio.
Despresando o atrio e a resistencia do ar,o corpo fica sujeita a duas forças:a força peso do corpo ( ⃗
P) e a
força de tracção no fio ( ⃗
T ).Quando o corpo esta em repouso a força peso e a tracção no fio equilibram-
se.Ao afastarmos da sua posição de equilibrio a força de tracção no fio não tem a mesma direção do
peso.Neste caso a força peso decompõe-se em duas componentes:uma na direção vertical ( ⃗ Pn) ou normal e
outra na direçãoparalela ao movimento ou tangencial ( ⃗ Pt ) que leva ocorpo devolta para a sua posição de
equilibrio.Num pendulo gravítico é a componente tangencial da força peso docopo responsável paela
oscilação.

F R =0 ⇒ T⃗ − ⃗
P =0 ⇒ T⃗ = ⃗
Pn
y

⃗ x
F R =−⃗
Pt ⇒ m ⃗a =−m ⃗g senθ ⇒ a⃗ =−⃗g senθ ondesenθ=
x
l
x g
a⃗ =−⃗g onde =k=constantea=−kx Então o movimento do pêndulo gravítico é harmónico simples.
l l
−mg
F= x
l
3.1.7.1 Período e frequencia de oscilação
x
Para um pendulo gravitico a aceleração é dado por a⃗ =−⃗g .Sabe-se que o sistema realiza MHS,logo a
l
sua aceleração é dada por a=ω 2 x .Comparando estas duas equações,teremos:

x
l
g
−g =ω 2 x ⇒ ω 2= ⇒ ω=
l
g
l √ T=

√g
l
⇒ T =2 π
l
g √
Onde


2π 1 1 1 l
T= f= ⇒f = ⇒f=
ω

T l 2π g

g

35
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O período e a frequencia não dependem da massa da particula oscilante dependem apenas do valor da
aceleração de gravidade (g) onde se realiza a experiênvcia e do comprimento do fio (l ¿.

TEMA II:ONDAS E LUZ


SUBTEMA 1:ONDAS E SUAS PROPRIEDADES
4.1 Conceito de Ondas mecânicas
Introdução
O movimento ondulatório é fruto de vibração.Quando atiramos uma pedra na áagua,notamos que as
molecula de água oscilam para cima e para baix.Algumas folhas,deixadas na superficie da ágaua,não são
transportadas por ela durante a passagem da onda.Ela apenas se movimenta para cima e para baixo devido
á energia que recebem.O mesmo acontece quando produzimos uma pertubação em uma corda
esticada,notamos a perturbação a propar de uma e extremidade para outra.

Ao fenómeno que ocorre em determinado ponto,após um certo intervalo de tempo,ele pode ser percebido
em outro ponto distante chama-se fenómeno de propagação.
A propagação de oscilações (vibrações) através de um dado meio da-se o nome de movimento
ondulatório.
O corpo responsavel pela perturbação,isto é,o corpo que produz um movimento ondulatório nomeio
circundante recebe o nome a designação de vibrador
Denomina-seonda mecanicao movimento causado por uma perturbação que se propaga através de um
meio
4.1.1 Propagação de uma onda e propriedades
Quando uma onda se propaga numa corda este não sofre modificação permanente e quando uma parte da
corda é atingida pela onda as particulas vibram obrigando as outras mais poximas também vibrar devida a
elasticidade do meio,para cima e para baixo,mas a corda não se desloca acompanhado a onda.Na água
acontece o mesmesmo,as folhas,cortiça flutuam na superficie da agua,não serão transportados durante a
passagem da onda,as particulas da superficie da água vibram e obrigam as particulas proximas a vibrar
também devido a elasticidade do meio.Assim,todas as ondas,independentemente da sua natureza,têm uma
propriedade comum: tansmite energia de um ponto a outro sem o transporte de matéria.
4.1.1.2Classificação das ondas

36
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As ondas podem ser classificads de três modos:quanto à natureza,a direção de vibração e a direção de
propagação.

4.1.2.1 Quanto aNaturezas das ondas


Quanto à natureza,as ondas podem ser:.
a) Mecânicas:são aquelas que precisam de um meio material para se propagar
Exemplo:ondas sonoras,ondas em molas,ondas na superficie da água.
Elas não se propagam no vácuo,pois são criadas pela deformação de um meio elástico.
Ummeio elástico é um meio deformável que,ao sofrer uma modificação,tende a retornar à sua posição
inicial
b) Ondas electromagnéticas: são originadas pelas vibrações de um campo elecrtomagnético ou cargas
electricas oscilantes,não precisam necessiamente de um meio material para a sua propagação.Eleas
propagam-se no vácuo e em alguns meios materias.
Exemplo:ondas de radio,raio X ,luz visível,electrões oscilantes nas antens transmisora de uma estação de
radio ou TV,etc.
4.1.2.2 Quanto a direção de vibração
Quanto a direção de viração e propação as onas podem ser:
a) Ondas transversais:aquelas cujas vibrações são perpendiculares à direcção de propagação.Essas ondas só
se pode propagar em sólidos e superfícies de líquidos.
Exemplo:ondas em corda,ondas na superficie da água,onda electromagnéticas.

b) Longitudinais: são aquelas cujas vibrções coincidem com a direcção de propagação.


Exemplo:O som,ao comprimirmos algumas espiras de uma mola,aulgumas espiras vizinhas entra em
vibração.
4.1.2.3 Quanto a direção de propagação as ondas
Quanto ao número de dimensões em que se propagam as ondas podem ser:
a) Unidimensional:quando se propaga numa direcção.Exemplo:Onda em uma corda,mola,etc.
b) Bidimensional: quando se propaga ao longo de um plano,como as ondas na superficie da água.
c) Tridimensional.quando se propagam em todas as direcções.Por exemplo,ondas sonora numa atmosfera
tranquila e as ondas electromagenéticas.
4.1.3 Ondas Periódica

37
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Todas ondas é resultado de um movimento viratório.Quando o movimento e, conseqeuentemente,o formato


das ondas se repetem em intervalo de tempos iguais,eles são períodicas.
Na figura a seguir,representamos uma pessoa que executa um movimento vertical na extremidade livre da
corda.Se os movimentos forem feitos em intervalo de tempos iguais,teremos ondas peridicas se propagando
ao longo da corda.

Aos pontos mais altos da corda (a e b) denomina-semos de cristas da onda.Aos pontos mais baixos (c e
d),vales.A distância da posição de equilibrio de uma particula até o máximo afastamento,denominamos
amplitude da onda.
O comprimento de onda ( λ ¿ é a distância entre duas cristas ou entre dois vales consecutivos.
Chamamos período da onda (T ¿ o tempo decorrido até que duas cristas ou dois vales consecutivos passem
por um ponto e freqüência da onda (f) o número de cristas ou vales consecutivos que passam por um
mesmo ponto, em uma determinada unidade de tempo.
A frequencia (f ) de uma onda é o número oscilações completa que a onda realiza na unidade de tempo.É o
número de vibraões que a fonte de ondas realiza na unidade de tempo.
Portanto, o período e a freqüência são relacionados por:
1
f=
T
A unidade internacionalmente utilizada para a freqüência é Hertz(Hz) sendo que 1 Hzequivale à passagem
de uma crista ou de um vale em 1 segundo.
A velocidade de onda pode ser determinado pela razão entre a distância percorrida pela perturbação e o
tmpo gasto em percorre-la.
Como num intervalo de tempo igual (T ¿ a um perido, a onda se desloca de um comprimento de onda ( λ ¿
,temos:
∆x v −1 −1
v= Onde: v=λf ⟹ λ= =v f ; Com f =T
∆t f
∆ x= λ e ∆t=T
λ=vT
λ −1 −1
v= ⇒ v= λ T Com T =f
T
Essa equação vale para todas as ondas periodicas(som,ondas na agua,luz) e é chamada equação
fundamental das ondas.
4.1.4 Velocidade de propagção de uma onda unidimensional
38
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A velocidade de uma onda depende do meio em que ela se propagaVarios são os factores que influenciam
na velocidade de propagação de onda:a densidade do meio,sua elasticidade,a temperatura,etc.
Em uma corda esticada a velocidade das ondas depende da intensidade da força de tração do fio e da
densidade linear da corda.
Quanto maior a força de tração,isto é, quanto mais esticado estivaer a corda, maior será a velocidade de
propagação das ondas
Quanto maior for a densidade linear,isto é,quanto mais pesada for a corda, menor será a velocidade da
onda.

v=
√ T
μ
Onde T é a intensidade da força de tracção da corda
μ é a densidade linear da corda que caracteriza a natureza da corda (pesada ou leve).no SI: kg /m
m
μ= Ondel é o comprimento da corda e m a massa da corda.
l

√ √
T T ∙l
v= ⇒ v=
m m
l

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