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FÍSICA

Cinemática
A Cinemática é a parte da Mecânica que estuda e descreve o movimento dos corpos, sem se
preocupar com suas causas (forças).

Repouso, Movimento e Referencial


Examine as seguintes situações:
- Quando estamos dentro de um veículo em movimento, a paisagem circundante é fundamental
para estabelecermos os conceitos de movimento e repouso
- Quando observamos o movimento do sol através da esfera celeste, podemos concluir que a
Terra se movimenta ao redor do Sol.
- Uma pessoa nasce e cresce em um ambiente fechado, sem janelas, não saindo dali durante
toda a sua existência. Nesse caso, pode ser que essa pessoa não tenha condições de afirmar se
aquele ambiente está em repouso ou em movimento.
Em todos esses casos, percebemos que o movimento é determinado a partir de um referencial: a
paisagem é o referencial do carro e o Sol é o referencial da Terra; se uma pessoa passar a sua
vida toda num ambiente absolutamente fechado, não terá referencial para perceber qualquer
movimento, a não ser o de seu próprio corpo. “Portanto um corpo está em repouso quando a
distância entre este corpo e o referencial não varia com o tempo. Um corpo está em
movimento quando a distância entre este corpo e o referencial varia com o tempo”.

Trajetória
Este é outro conceito importante no estudo do movimento.
Vamos partir da figura abaixo. Ela representa uma esfera abandonada de um avião que voa com
velocidade constante:
Em relação ao solo, a trajetória da esfera é um arco de parábola;
e em relação ao avião, a trajetória é um segmento de reta vertical.

Então, podemos concluir que a trajetória:


- é a linha descrita ou percorrida por um corpo em movimento;
- depende do referencial adotado.

Deslocamento Distância Percorrida


O deslocamento de um corpo é uma grandeza vetorial, cujo
módulo equivale ao comprimento do segmento de reta,
compreendidos entre os pontos iniciais e finais do movimento.

Velocidade Média
Quando falamos que um veículo percorreu 100 km em 2 h, é fácil determinar que em média ele
50 km a cada 1 h.
Nós dividimos a distância total e o tempo total da viagem. Isso não significa que o veículo andou
sempre na mesma velocidade, pois o veículo pode ter parado em um posto de combustível para
abastecer. Nós sabemos apenas a distância total e o tempo total da viagem, nada sabemos dos

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acontecimentos durante a mesma. Mas se o motorista quisesse a viagem no mesmo tempo e
andando sempre na mesma velocidade ele deveria andar sempre a 50 km/h. É a velocidade
escalar média. Normalmente não usaremos o termo distância e sim deslocamento escalar (∆s) e,
para indicarmos o tempo decorrido usaremos intervalo de tempo (∆t). Dessa maneira:

A unidade de velocidade no SI é o m/s.

Movimento Uniforme (MU)

Suponhamos que você esteja dirigindo um carro de tal forma que o ponteiro do velocímetro fique
sempre na mesma posição, por exemplo, 80 km/h, no decorrer do tempo. Nessa condição, você
irá percorrer 80 km a cada hora de viagem, em duas horas percorrerá 160 km, e assim por diante.
O movimento descrito nessa situação é denominado movimento uniforme (MU).

Equação Horária do MU

Ao longo de um movimento, a posição de um móvel varia no decorrer do tempo. É útil, portanto,


encontrar uma equação que forneça a posição de um móvel em um movimento uniforme no
decorrer do tempo. A esta equação denominamos equação horária do movimento uniforme.

que nos dá a posição S em cada instante t > 0, para todo o movimento.


S = posição em um instante qualquer(m)
S0 = posição inicial (m)
V = velocidade (m/s)
t = tempo (s)

Movimento Uniformemente Variado (MUV)


Analisando um movimento de queda livre, podemos verificar que o deslocamento escalar vai
aumentando com o decorrer do tempo, isso mostra que a velocidade escalar do corpo varia com
o tempo. Trata-se então de um movimento variado.

Galileu já havia descoberto esse movimento e concluiu que,


desprezando a resistência do ar, quando abandonamos do repouso os
corpos próximos a superfície da terra caem com velocidades
crescentes, e que a variação da velocidade é constante em intervalos
de tempos iguais. Podemos então concluir que este é um movimento
uniformemente variado (MUV).
Observamos um MUV quando o módulo da velocidade de um corpo
varia de quantidades iguais em intervalos de tempos iguais, isto é,
apresenta aceleração constante e diferente de zero.
No caso da trajetória ser retilínea, o movimento é denominado movimento retilíneo uniformemente
variado (MRUV). Portanto em um movimento retilíneo uniforme.
Aceleração Escalar
É a variação total da velocidade em relação ao intervalo total de tempo.
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∆V = V - V0
∆t = t - t0

Unidades SI
No SI medimos a velocidade em m/s, o tempo em segundos (s), e a aceleração em m/s 2

Função horária da velocidade


a = constante ≠ 0

fazendo t0 = 0, podemos escrever a equação horária da velocidade, ou seja

v = velocidade em um instante qualquer(m)


V0 = velocidade inicial (m/s)
t = tempo (s)
a = aceleração (m/s2)

Função horária da Posição

S = posição em um instante qualquer(m)


S0 = posição inicial (m)
V0 = velocidade inicial (m/s)
t = tempo (s)
a = aceleração (m/s2)

A Equação de Torricelli

O físico italiano Evangelista Torricelli estudou matemática em Roma. Nos últimos meses de vida
de Galileu, Torricelli se tornou seu aluno e amigo íntimo, o que lhe proporcionou a oportunidade
de rever algumas teorias do mestre. Uma das conseqüências disso foi a unificação que Torricelli
fez das funções horárias estabelecidas por Galileu para o movimento uniformemente variado.

Torricelli isolou o tempo da função

obtendo

e substituindo o valor de t na função horária dos espaços;

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Obteve a equação de Torricelli:

v = velocidade em um instante qualquer(m)


V0 = velocidade inicial (m/s)
a = aceleração (m/s2)

Queda Livre

Um corpo é dito em queda livre quando esta sob ação exclusiva da gravidade terrestre (ou da
gravidade de outro corpo celeste).
Foi Galileu quem estudou corretamente pela primeira vez, a queda livre de corpos.
Galileu concluiu que todos os corpos em queda livre, isto é, livres do efeito da resistência do ar,
tem uma propriedade comum. Corpos em queda livre têm a mesma aceleração quaisquer que
sejam suas massas.

Galileu abandonou corpos de


diferentes massas, e
percebeu que eles cairiam
simultaneamente na
ausência de resistência do ar.

Esta aceleração de queda livre é denominada aceleração da gravidade e, nas proximidades da


terra, é suposta constante e com módulo g = 9,8 m/s2, valor este que por praticidade, é
usualmente aproximado para g=10 m/s2. Na realidade, a aceleração da gravidade, embora seja
independente da massa do corpo em queda livre, varia com o local, dependendo da latitude e da
altitude do lugar.
Se o corpo em queda livre tiver uma trajetória retilínea, seu movimento será uniformemente
variado; neste caso, a aceleração escalar do corpo será constante e valerá sempre a = -g,
independente do sentido do movimento. Desta forma, se um objeto for lançado para cima (v 0 > 0),
ele irá frear (desacelerar) até parar (v = 0) e depois seu sentido de movimento será invertido (v >
0).

Dinâmica
É a parte da Física que estuda os movimentos e o que os causa.

O Conceito de Força
Geralmente utilizamos uma força com o objetivo de empurrar, puxar ou levantar objetos. Essa
idéia é correta, porém incompleta. A idéia de puxar ou empurrar está quase sempre associado à
idéia de contato, o que exclui uma característica fundamental da noção de força: a ação à
distância. A atração gravitacional entre o Sol e a Terra, por exemplo, é exercida a milhões de
quilômetros de distância.

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Em relação ao estudo dos movimentos e de suas causas, pode-se dizer que força é a ação
capaz de modificar a velocidade de um corpo.
Podemos resumir, então a definição de força da seguinte forma:

Força é uma grandeza vetorial que caracteriza


a ação de um corpo sobre outro e que tem como efeito a deformação ou a alteração
da velocidade do corpo sobre o qual ela está sendo aplicada.

A Primeira Lei de Newton (lei da inércia)

Antes de falarmos da Primeira Lei de Newton, devemos pensar em uma pergunta: “o que
acontece com o movimento de um corpo livre de qualquer
força? " Essa pergunta pode ser respondida em duas
partes. A primeira trata do efeito da inexistência de forças
sobre o corpo em repouso: se nenhuma força atua sobre
o corpo em repouso, ele continua em repouso. A
segunda parte trata do efeito da inexistência de forças sobre
o corpo em movimento: se nenhuma força atua sobre o
corpo em movimento, ele continua em movimento.
Mas que tipo de movimento? Já que não existem forças
atuando sobre o corpo, sua velocidade não varia. Desta
forma, o único movimento possível do corpo na ausência de
qualquer força atuando sobre ele é o movimento retilíneo
uniforme.
A Primeira Lei de Newton reúne as duas respostas
anteriores em um único enunciado:
Todo corpo tende a manter seu estado de repouso ou
de movimento retilíneo e uniforme, a menos que forças
externas provoquem variação na sua velocidade.
De acordo com a primeira Lei de Newton, podemos afirmar que na ausência de forças, todo corpo
tende a ficar como está: parado se estiver parado, em movimento retilíneo uniforme, se estiver
em movimento (retilíneo uniforme). Por este motivo essa lei também é chamada de Princípio da
Inércia.

Segunda lei de Newton

F= força (N)
M= massa (kg)
a= aceleração (m/s2)

Unidade de força no SI: Newton (N)

Peso e massa de um corpo


Massa: quantidade de matéria de um corpo (nunca muda)
Peso: força da gravidade ( depende do planeta)

P= peso (N)
m= massa (kg)
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g= aceleração da gravidade (m/s2)

Terceira lei de Newton (princípio da ação e reação).

“a toda ação corresponde uma reação, com mesma intensidade, mesma direção e sentidos
contrários”

Energia

A energia se apresenta de diversas formas na natureza. Por exemplo, os alimentos que nos
proporcionam energia química, a combustão da gasolina libera energia térmica, energia elétrica é
utilizada em diversos aparelhos, transformando-se em energia sonora, energia luminosa, etc.
Para medir a quantidade de energia transferida de um corpo para outro vamos introduzir o
conceito de trabalho.
Trabalho
O significado da palavra trabalho, na Física, é diferente do seu significado habitual, empregado na
linguagem comum. O trabalho, na Física é sempre relacionado a uma força que desloca uma
partícula ou um corpo. Dizemos que uma força F realiza trabalho quando atua sobre um
determinado corpo que está em movimento. A partir dessa descrição podemos dizer que só há
trabalho sendo realizado se houver deslocamento, caso contrário o trabalho realizado será nulo.
Assim, se uma pessoa sustenta um objeto, sem deslocá-lo, ela não está realizando nenhum
trabalho sobre o corpo.
Quando uma força F atua sobre um corpo no mesmo sentido de seu movimento (ou
deslocamento) ela está favorecendo o movimento desse corpo, considera-se positivo o trabalho
realizado pela força.
Quando a força F atua no sentido contrário ao movimento do corpo, contra o movimento
(deslocamento), o trabalho realizado pela força é considerado negativo.

Desta maneira podemos escrever que trabalho  realizado por uma força horizontal constante,
durante um deslocamento horizontal d é

Onde F é o módulo da força constante e d é o deslocamento (em módulo). O sinal + é usado


quando a força e o deslocamento possuem o mesmo sentido, e o sinal -, quando possuem
sentidos contrários.
Energia cinética
Para variar a velocidade de um corpo em movimento é preciso o concurso de forças externas, as
quais realizam certo trabalho. Esse trabalho é uma forma de energia que o corpo absorve (ou
perde) pelo fato de estar em movimento em relação a um dado sistema de referência.
Chamamos essa energia de movimento de energia de cinética. Para uma partícula de massa m
e velocidade v
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a energia cinética é:

e assim como o trabalho, mede-se a energia cinética em joules.


m= massa (Kg)
v= velocidade (m/s)

Energia Potencial
Um corpo possui energia quando é capaz de realizar trabalho. Suponha, então, um corpo situado
certa altura acima do solo. Se este corpo for abandonado, chegando ao solo, é fácil perceber que
será capaz de realizar certo trabalho: amassar um objeto, perfurar o solo, etc. Pode-se, pois
concluir que aquele corpo possuía energia na posição elevada.
A energia que um corpo possui, em virtude de estar situado a certa altura acima da superfície da
Terra, é denominada energia potencial gravitacional. Há outras situações, semelhantes a essa,
nas quais um corpo também possui energia em virtude da posição que ele ocupa. Por exemplo,
um corpo situado na extremidade de uma mola comprimida (ou esticada) possui energia em
virtude de sua posição. Se um corpo comprimir uma mola e soltarmos esse corpo, ele será
empurrado pela mola e poderá realizar trabalho. Neste caso, a energia que o corpo possui na
ponta da mola comprimida ou esticada é denominada energia potencial elástica.
Energia Potencial Gravitacional
Para uma massa m a uma altura h acima do solo, nosso referencial usual de energia zero,
podemos definir a energia potencial gravitacional Ep como

onde g é a aceleração da gravidade.

Termologia
Temperatura
Temperatura e calor são grandezas básicas no estudo da termologia. De maneira simplificada
pode-se definir temperatura como uma grandeza que permite avaliar o nível de agitação das
moléculas de um corpo. A medida que se aquece um corpo, a velocidade com que suas
moléculas se movem aumenta, caracterizando um aumento na energia cinética dessas
moléculas, da mesma forma um resfriamento do corpo provoca a diminuição da velocidade e da
energia cinética de suas moléculas
Calor
Colocando dois corpos de temperaturas diferentes em contato térmico, observamos o mais
quente esfriar e o mais frio esquentar. O corpo mais quente perde calor e o corpo mais frio ganha
calor. Os corpo trocarão calor até atingirem a mesma temperatura, neste caso estarão em
equilíbrio térmico. Portanto o calor é a energia em trânsito do corpo mais quente para o corpo
mais frio por causa da diferença de temperatura dos corpos em contato térmico.

Escalas Termométricas
Dentre os diversos tipos, estudaremos as escalas termométricas a partir do termômetro de
mercúrio, o mais simples e comum. É constituído de uma haste oca de vidro, ligada a um bulbo
contendo mercúrio. Ao ser colocado em contato com um corpo ou ambiente cuja temperatura se
quer medir, o mercúrio se dilata ou contrai, de forma que cada comprimento de sua coluna

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corresponde a um valor de temperatura. A parede da haste é graduada convenientemente, para
indicar a temperatura correspondente a cada comprimento da coluna de mercúrio.
As escalas termométricas mais importantes são a Celsius, a Fahrenheit e a Kelvin, e são
atribuídos aos pontos fixos (ponto de fusão PF e ponto de ebulição da água PE).

Conversão de Temperaturas
Embora usualmente se empregue o grau celsius (ºC) como unidade prática de temperatura, a
conversão entre escalas é muito importante, pois o kelvin é a unidade de temperatura do SI, e o
grau fahrenheit (°F) ainda é bastante utilizado em livros e filmes de língua inglesa.

Observe que ambas as escalas Celsius e Kelvin são


centigradas, pois o intervalo e calibração (do ponto de fusão do gelo ao de ebulição da água) é
dividido em 100 graus, ou 100 partes. Na escala Fahrenheit, este intervalo é subdividido em 180
partes (graus frahrenheit).
A menor temperatura que existe na natureza é o chamado zero absoluto, ou seja, 0 K. Por
isso a escala Kelvin é dita absoluta. Nas outras escalas, os zeros foram escolhidos
arbitrariamente, não levando em conta a possibilidade de haver uma menor temperatura possível
na natureza, o que só foi descoberto depois da criação das primeiras escalas térmicas.
Pense um Pouco!
_ Qual a temperatura normal do corpo humano, em °F?
_ A temperatura ideal da cerveja é em torno de 4 °C, antes de beber. Se dispomos apenas de um
termômetro com escala Kelvin, qual a temperatura absoluta correspondente ao mesmo estado
térmico da cerveja ideal?

Dilatação Térmica
O aumento de temperatura provoca um afastamento das moléculas e um conseqüente aumento
do tamanho do corpo.

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Dilatação linear
A dilatação térmica linear, ou simplesmente dilatação linear, ocorre em corpos em que o
comprimento é a dimensão mais importante, como por exemplo, em cabos e vigas metálicas.

Por esse motivo, quando sujeitos a variações de temperatura, corpos com esse formato sofrerão,
principalmente, variações no comprimento.
Essas variações estão diretamente relacionadas a três fatores:
_ o comprimento inicial do objeto (representada por L 0);
_ o material de que ele é feito (representado por );(°C-1)
_ a variação de temperatura sofrida por ele (representada por ).

A partir desses três fatores, pode-se chegar a uma equação matemática que mostra como
determinar a alteração de comprimento sofrida por um corpo devido a variações de temperatura,
como se vê na figura abaixo, em que representa precisamente a alteração de comprimento:

Dilatações superficial e volumétrica

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As dilatações superficiais e volumétricas são aquelas em que prevalecem, respectivamente,
variações de área e de volume.

Os fatores que influenciam a dilatação térmica nesses casos são os mesmos da dilatação linear,
ou seja: a dimensão inicial do material e a variação de temperatura.

Assim, as equações que determinam essas dilatações são muito semelhantes à equação da
dilatação linear, como se pode ver no quadro abaixo.

PERÍMETRO E ÁREA DE FIGURAS PLANAS

Os cálculos de perímetro e área são necessários, seja para a compra de um móvel, para saber as
dimensões ou a medida da superfície de um determinado cômodo, para saber quanto de papel é
necessário para encapar um livro, etc.

* PERÍMETRO

Perímetro de um polígono é a soma das


medidas dos lados desse polígono.

Observação: Para calcular o perímetro de um polígono, devemos usar a mesma unidade de


medida para todos os seus lados.

Exemplo 1: Determine o perímetro da figura abaixo.

Sol.:
P = 10 cm + 3 cm + 2 cm + 7 cm + 2 cm + 1 cm + 3 cm + 8 cm
P = 36 cm
Exemplo 2: Quanto mede o lado de um octógono equilátero cujo
perímetro é igual a 120 cm?

Sol.: Um octógono equilátero possui todas as suas medidas iguais, e


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chamemos de x a medida de um dos lados do octógono, então temos:

P  xxxxxxxx
120  8 x
120
x
8
x  15cm

O METRO QUADRADO, MÚLTIPLOS E SUBMÚLTIPLOS

Quando precisamos medir uma superfície menor que o metro quadrado, podemos utilizar
seus submúltiplos: decímetro quadrado (dm2), centímetro quadrado (cm2) ou milímetro quadrado
(mm2).
Quando precisamos medir uma superfície maior do que o metro quadrado, podemos
utilizar seus múltiplos: quilômetro quadrado (km2), hectômetro quadrado (hm2) ou decâmetro
quadrado (dam2).

Veja no esquema abaixo como as transformações de unidades de medida de superfície podem


ser feitas.

Como a tabela nos mostra cada unidade é 100 vezes maior que a unidade posicionada à sua
direita e 100 vezes menor que a unidade posicionada à sua esquerda.

ÁREA DO QUADRADO

Área do quadrado = medida do lado . medida do lado


 A = l2

Exemplo 1: Calcule a área de um terreno


quadrado com 41,6 m de lado.

Sol.:

A=l.l
A = 41,6 . 41,6
A = 1 730,56 m2

Exemplo 2: Ache a medida do lado de um quadrado cuja área é de 121 cm 2.

Sol.:
11
A=l.l
121 = l2
l=±
l = ± 11  por se tratar de medida, não consideramos a resposta negativa
l = 11 cm

ÁREA DO RETÂNGULO

Área do retângulo = medida da base . medida da


altura  A = b . h

ou

Área do retângulo = medida do comprimento .


medida da largura  A = c . l

Exemplo 1: Calcule a área do retângulo Exemplo 2: Quanto mede a altura de um


abaixo. retângulo, cuja base é igual a 26 cm e a área
é igual a 364 cm2:?

Sol.:

A=b.h
364 = 26 . h
Sol.:
h=
A=b.h
A = 12,5 . 6 h = 14 cm
A = 75 cm2

ÁREA DO PARALELOGRAMO

Área do paralelogramo = medida da base .


medida da altura  A = b . h

Exemplo 1: Determine a área do paralelogramo abaixo:

Sol.: A = b . h A = 25 . 20 A = 500 cm2


Exemplo 2: Determine a área do paralelogramo que possui 8 cm de
base e altura igual a da base.

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Sol.: Primeiro vamos calcular a altura.
A=b.h
3 A = 8 . 4,8
h  .b A = 38,4 cm2
5
3
h  .8
5
24
h
5
h  4,8cm

Agora podemos calcular a área.

TRIÂNGULO

Exemplo 1: Calcule a área do triângulo abaixo.

Sol.:

b.h
A
2
12.5
A
2
60
A
2
A  30m 2

A fórmula tradicional de cálculo da área do triângulo, ensinada e muito utilizada no ensino

fundamental é . Entretanto, outras fórmulas foram desenvolvidas para realizar


este cálculo. Uma delas é a fórmula de Herão (ou de Heron), que dá a área do triângulo em
função da medida dos três lados do triângulo. O nome faz referência ao matemático grego Herão
de Alexandria.

onde: a, b e c são as medidas dos lados do triângulo e s


é o valor do semiperímetro do triângulo.

Exemplo 2: Calcule a área do triângulo a seguir.


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Sol.:

Primeiro vamos calcular o semiperímetro.

a  b  c 14  7  9 30
s    15
2 2 2

Agora que calculamos o semiperímetro podemos aplicar a fórmula.

A  12 5cm2

ÁREA DO LOSANGO

Exemplo 1: Se um losango possui diagonal Sol.:


maior medindo 10cm e diagonal menor
medindo 7cm, qual será o valor de sua área?

Sol.:

Exemplo 2: Um losango apresenta área igual


a 60 m2. Sabendo que a diagonal menor
mede 6m, encontre a medida da diagonal
maior.

ÁREA DO TRAPÉZIO

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Exemplo 1: Calcule a área da seguinte considerando que o valor do m2 é de R$
região. 42,00.

Sol.: Sol.:

A
10  6  .3 A
 20  10  .14
2 2
16.3 30.14
A A
2 2
48 420
A A
2 2
A  24m 2 A  210m 2

Exemplo 2: Calcule o valor de um lote que


possui o formato de um trapézio,
Preço do lote  210 . 42 = R$ 8820,00

LEIS DE NEWTON

Isaac Newton, nascido em Woolsthorpe, em 4 de janeiro de 1643, foi físico e matemático e


descreveu as leis que explicam vários comportamentos relativos aos movimentos dos corpos.
Newton é o autor de Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, obra na qual ele descreve
a Lei da Gravitação Universal e as leis dos movimentos – Leis de Newton.

A Primeira Lei de Newton (lei da inércia)


Antes de falarmos da Primeira Lei de Newton, devemos pensar em uma pergunta: “o que
acontece com o movimento de um corpo livre de qualquer força? " Essa pergunta pode ser
respondida em duas partes. A primeira trata do efeito da inexistência de forças sobre o corpo em
repouso: se nenhuma força atua sobre o corpo em repouso, ele continua em repouso. A
segunda parte trata do efeito da inexistência de forças sobre o corpo em movimento: se
nenhuma força atua sobre o corpo em movimento, ele continua em movimento.
Mas que tipo de movimento? Já que não existem forças atuando sobre o corpo, sua velocidade
não varia. Desta forma, o único movimento possível do corpo na ausência de qualquer força
atuando sobre ele é o movimento retilíneo uniforme.
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A Primeira Lei de Newton reúne as duas respostas anteriores em um único enunciado:
Todo corpo tende a manter seu estado de repouso ou de movimento retilíneo e
uniforme, a menos que forças externas provoquem variação na sua velocidade.
De acordo com a primeira Lei de Newton, podemos afirmar que na ausência de forças, todo corpo
tende a ficar como está: parado se estiver parado, em movimento retilíneo uniforme, se estiver
em movimento (retilíneo uniforme). Por este motivo essa lei também é chamada de Princípio da
Inércia.

Segunda lei de Newton

F= força (N)
M= massa (kg)
a= aceleração (m/s2)

Unidade de força no SI: Newton (N)

Peso e massa de um corpo


Massa: quantidade de matéria de um corpo (nunca muda)
Peso: força da gravidade ( depende do planeta)

P= peso (N)
m= massa (kg)
g= aceleração da gravidade (m/s2)

Terceira lei de Newton (princípio da ação e reação).

“A toda ação corresponde uma reação, com mesma intensidade, mesma direção e sentidos
contrários”

Se um corpo A aplicar uma força sobre um corpo B, receberá deste uma força de mesma
intensidade, mesma direção e de sentido contrário.

Assim, |FA-B| = |FB-A|.

As forças de ação e reação possuem as seguintes características:


 Possuem a mesma natureza, ou seja, são ambas de contato ou de campo;
 São forças trocadas entre dois corpos;
 Não se equilibram e não se anulam, pois estão aplicadas em corpos diferentes.
A terceira lei é muito comum no cotidiano. O ato de caminhar e o lançamento de um foguete
são exemplos da aplicação dessa lei. Ao caminharmos somos direcionados para frente graças à
força que nossos pés aplicam sobre o chão.

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TERMOLOGIA
A termometria é uma parte da termologia que estuda a temperatura e suas formas pelas
quais a mesma pode ser medida.
Antes de entrarmos na termometria propriamente dita, iremos definir os estados de
agregação molecular de uma substância.

Uma substância pode se apresentar em três estados físicos definidos (sólido, líquido, gás).

 Estado sólido: Uma substância que se encontra no estado sólido possui forma definida,
independendo do recipiente em que ela é colocada; Ex: Um gelo estando em um copo ou
em uma jarra manterá sua forma, ao mesmo tempo também possui volume invariável.
Entre suas moléculas agem intensas forças coesivas justificando sua estrutura molecular,
onde as mesmas se encontram mais próximas uma das outras.
 Estado líquido: Nesse estado a substância assume uma forma de acordo com o
recipiente em que é colocada. Assim como o sólido o estado líquido possui volume
invariável. Suas moléculas estão mais “livres” em relação ao estado sólido.
 Estado Gasoso: No estado gasoso suas moléculas se encontram totalmente separadas
uma das outras. Sua forma e volume são definidas unicamente em relação ao recipiente
que a contém.

Vide figura abaixo:

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Agora passemos a falar especialmente da termometria. O primeiro conceito importante que
devemos destacar é o conceito de temperatura.
A temperatura é uma grandeza física escalar que está associada ao grau de agitação
molecular de um sistema. O grau de agitação térmica molecular não pode ser medida
diretamente, por isso a medida da temperatura é feita indiretamente medindo-se grandezas
físicas que variam com ela, por exemplo, pressão, volume, etc. Vale ressaltar que a sensação
térmicaé uma forma de medição imprecisa da temperatura.

Quando falamos em estado físico acima percebemos que a temperatura do estado sólido
,líquido e gasoso estão relacionados da seguinte forma.

T sólido < T líquido< T gasoso

Uma vez que as moléculas dos gases estão mais “agitadas” em relação aos outros estados
físicos.

Voltemos às medições da temperatura. Os termômetros são instrumentos capazes de


medir a temperatura de um corpo. Existem vários deles com os mais variados processos de
medição. Um termômetro é composto por uma haste metálica e um bulbo (que contém a
substância termométrica). Os termômetros mais comuns são os clínicos, na qual o mercúrio é a
substância termométrica.

Graduação de um Termômetro
A graduação de um termômetro consiste basicamente na determinação dos
chamados pontos fixos .Os pontos fixos servem como referência para medida de todos os
outros valores de temperatura. Essa graduação é feita a partir de uma substância pura, no caso a
água a uma pressão de 1atm(atmosfera). O primeiro ponto fixo é obtido mergulhando-se o
termômetro em um recipiente que contenha gelo em fusão. Já o segundo ponto fixo é
determinado mergulhando-se o termômetro em um recipiente que contenha água em ebulição.

 1º Ponto fixo =Ponto de Fusão do Gelo (corresponde a 0 ºC a um 1 atm)


 2º Ponto Fixo = Ponto de Ebulição da água (corresponde a 100 ºC a um 1 atm)

Lembrarmos que a pressão varia proporcionalmente a temperatura, somente, podemos dizer


que a água pura satura (vaporiza) a 100ºC a uma dada pressão correspondente a 1 atm.

Definidos os pontos fixos da água na escala Celsius, destacamos 2 escalas importantes de


temperatura; Fahrenheit e Kelvin.

Escala Fahrenheit ( Utilizada em países de língua inglesa)

 1º ponto Fixo: 32
 2º ponto Fixo: 212

Escala Kelvin (é a escala de temperatura do SI)

 1º ponto Fixo: 273


 2º ponto Fixo: 373

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A partir dos respectivos valores dos pontos fixos de cada escala podemos relacionar essas
escalas de modo a obter uma equação que converta uma temperatura em uma dada escala para
outra escala. Vejamos:

Escalas termométricas: Kelvin, Fahrenheit e


Celsius.
Por Interpolação obtemos a equação

TC/5 =TF-32/9 = TK-273/5

Relação entre as Escalas:

1)Escalas Relativas: CELSIUS E


FAHRENHEIT

=
2) Escala Absoluta: KELVIN

TK = TC + 273

Termodinâmica – Calor e movimento Equilíbrio térmico


O estudo da temperatura e do calor será o tema deste e do próximo módulo. Um conceito
interessante para iniciar esse estudo é o de equilíbrio térmico. E nada melhor do que pensar no
tradicional café com leite para entender seu significado. O que ocorre quando se misturam o café
quente com o leite frio? Os dois se amornam e ficam numa só temperatura. Fisicamente falando,
o que aconteceu é que houve transferência de calor, até que a temperatura do sistema (o café
com leite) ficasse uniforme. Dizemos, portanto, que equilíbrio térmico é um estado termodinâmico
em que um sistema, formado por dois ou mais corpos em contato e isolados de influências
externas, tende a um estado final caracterizado por uma uniformidade na temperatura. Por se
tratar de uma grandeza física, a temperatura precisa ser medida. O instrumento empregado para
isso é o termômetro. Existe uma grande variedade de termômetros, que utilizam grandezas
diferentes. O mais comum é aquele que se põe debaixo do braço para medir a temperatura
corporal. Esse modelo de termômetro relaciona a temperatura com a altura da coluna de um
líquido no interior de um tubo bem fino de vidro e baseia- -se no efeito da dilatação estabelecido
na termodinâmica.

Para que os termômetros cumpram sua função de medir a temperatura, é preciso que
estejam associados a uma escala. A mais comum é a Celsius, baseada no ponto de
congelamento (0 ºC) e no de ebulição da água (100 ºC) ao nível do mar. Alguns países de língua
inglesa preferem utilizar a escala Fahrenheit, na qual o ponto de fusão do gelo é marcado com 32
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graus Fahrenheit (32 ºF) e o ponto de ebulição da água, com 212 ºF. A fórmula para converter
Celsius em Fahrenheit é TºF = TºC x 1,8 + 32. Já a transformação de Fahrenheit em Celsius se
faz assim: TºC = (TºF – 32)/1,8. Outra escala muito empregada, principalmente para medir
temperaturas extremas, é a Kelvin (também conhecida como escala absoluta). Ela é baseada no
limite inferior possível para a temperatura de um corpo, que é de –273 ºC, também conhecida
como zero absoluto (ou 0 K). No caso da escala Kelvin, não se usa o termo “graus” nem o
símbolo º para designá-lo. Comparando-a com a escala Celsius, a conversão entre elas é TK =
TºC + 273.
Para finalizar esta breve introdução, é importante saber que o calor é a energia transferida
de um corpo para outro em virtude, unicamente, de uma diferença de temperatura entre eles. A
unidade usada para medir calor no Sistema Internacional é o joule (J). Outra unidade, muito
antiga, também comumente empregada é a caloria (1 caloria ou 1 cal). Uma caloria é a
quantidade de calor que deve ser transferida a 1 grama de água para que sua temperatura se
eleve em 1 ºC. A relação entre joule e caloria é a seguinte: 1 cal = 4,18 J.

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Termodinâmica – Calor e movimento Tudo se transforma
Desde cedo, aprendemos quais são os três estados da matéria – o sólido, o líquido e o gasoso –,
também chamados de fase sólida, fase líquida e fase gasosa. O plasma, conhecido como o
quarto estado da matéria, é pouco estudado porque não é encontrado naturalmente na Terra.
Considerando os três estados mais comuns, é importante saber que algumas substâncias podem
mudar de fase quando submetidas a uma mudança de temperatura. A água, por exemplo, pode
congelar se reduzirmos demais a temperatura, ou tornar-se um gás se elevarmos a temperatura.
Variações de pressão também podem mudar o estado físico dos materiais. Para entender a
mudança de fase dos materiais, é importante antes saber como seus átomos e moléculas se
organizam. Na fase sólida, as moléculas estão distribuídas regularmente, num arranjo chamado
de cristalino. Os sólidos têm forma e volume bem definidos e suas forças de coesão são intensas.
Na fase líquida, os átomos se apresentam mais afastados uns dos outros do que na fase sólida e
seus movimentos de vibração se fazem mais livremente. Isso explica por que eles escoam com
certa facilidade e se moldam à forma do recipiente onde são colocados. Na fase gasosa, por fim,
as substâncias não apresentam nem forma nem volume definidos. As forças que mantêm as
moléculas unidas são extremamente fracas, o que lhes dá grande liberdade de movimento

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