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Resumos Físico-Química 9º ano

Posição de corpos em referenciais:


Referencial: sistema de coordenadas associado a um corpo, ou corpos, que define uma
origem e um conjunto de direções a partir das quais é possível localizar um ou mais corpos
relativamente à origem.

Num referencial com apenas uma direção, a posição de um corpo corresponde à


abcissa desse mesmo referencial. A posição é representada por x e tem como unidade S.I. o
metro (m).
Diferença entre repouso e movimento:
Corpo em repouso: mantém a sua posição em relação à origem do referencial ao longo do
tempo.
Corpo em movimento: varia a sua posição em relação à origem do referencial ao longo do
tempo.

Os conceitos de repouso e de movimento são relativos pois dependem do referencial


escolhido.
Exemplo: uma pessoa a andar de bicicleta está em movimento em relação à estrada mas
em repouso em relação à bicicleta.

Sentido do movimento:
Num referencial com apenas uma direção, o movimento pode ocorrer em dois
sentidos:
 sentido positivo: quando o corpo se afasta da origem do referencial
 sentido negativo: quando o corpo se aproxima da origem do
referencial

Trajetória de um corpo:
Trajetória: conjunto de posições ocupadas por um corpo num dado intervalo de tempo. Tal
como a posição de um corpo, a trajetória depende do referencial escolhido.

Podemos classificar a trajetória como:


 retilínea (em linha reta)
 curvilínea (em linha curva)
Consequentemente, podemos ter movimentos retilíneos ou curvilíneos.

Distância percorrida:
A distância percorrida (ou espaço percorrido) é o comprimento da trajetória de um corpo.
É representada por s e tem como unidade S.I. o metro (m).

Numa trajetória retilínea ou curvilínea, sem inversão de sentido, a distância percorrida pode
ser calculada da seguinte forma:

s=|xf−xi|
Sendo:

 xf – posição final
 xi – posição inicial
Diferença entre instante e intervalo de tempo:
O instante representa-se por t e tem como unidade S.I. o segundo (s).
O intervalo de tempo representa-se por Δt e também tem como unidade S.I. o segundo
(s).
O intervalo de tempo corresponde à duração de um movimento, entre dois instantes, e
calcula-se da seguinte forma:

Δt=|tf−ti|
Sendo:

 tf – instante final
 ti – instante inicial
Gráficos posição-tempo:

Os gráficos posição-tempo indicam-nos a posição que um corpo ocupa ao longo do tempo.


No entanto, não nos dão informação sobre a sua trajetória.
A inclinação da linha do gráfico indica-nos a rapidez do movimento:
 quanto maior a inclinação, maior a rapidez

Rapidez e rapidez média:


A rapidez representa-se por r e tem como unidade S.I. o metro por segundo (m/s).
A rapidez de um movimento nem sempre é constante. Nesses casos, podemos calcular
a rapidez média:
rm=s/Δt

Diferença entre rapidez e velocidade:


A velocidade representa-se por v e tem como unidade S.I. o metro por segundo (m/s).
Enquanto que a rapidez é uma grandeza escalar (apenas é caracterizada pelo seu valor), a
velocidade é uma grandeza vetorial (é caracterizada por um valor, direção e sentido).
O vetor que caracteriza a velocidade tem direção tangente à trajetória, sentido do
movimento e valor que corresponde à rapidez com que o corpo se move.

A velocidade apenas se mantém constante


quando:
 o seu valor não varia, nem a direção nem o sentido do movimento
O valor da velocidade pode ser medido com um velocímetro.

Aceleração e aceleração média:

Quando existe variação do valor de velocidade, existe aceleração que pode ser:
 positiva: se o valor da velocidade aumentou
 negativa: se o valor da velocidade diminuiu
Quando a velocidade é constante, dizemos que a aceleração é nula, e que o movimento é
uniforme.
A aceleração representa-se por a e tem como unidade S.I. o metro por segundo ao
quadrado (m/s²).

A aceleração também é uma grandeza vetorial, ou seja, também é caracterizada por um


valor, direção e sentido. Num movimento acelerado (em que a aceleração é positiva) o vetor
tem a mesma direção e sentido do movimento. Num movimento retardado (em que a
aceleração é negativa) o vetor tem a mesma direção do movimento, mas sentido oposto.
Se a aceleração não for constante, é possível calcular a aceleração média:
am=vf−viΔt
Sendo:

 vf – velocidade final
 vi – velocidade inicial
Se a aceleração for constante, o valor da aceleração em qualquer instante é igual ao valor da
aceleração média.

Tipos de movimentos:

Movimento retilíneo uniforme: a velocidade é constante e a aceleração é nula.


 Movimento uniformemente acelerado: a velocidade aumenta
uniformemente e a aceleração é positiva e constante.

 Movimento uniformemente retardado: a velocidade diminui


uniformemente e a aceleração é negativa e constante.

Gráficos velocidade-tempo:

Os gráficos velocidade-tempo indicam-nos se houve ou não variação do valor da


velocidade no movimento de um corpo, ou seja, se foi um movimento uniforme, acelerado
ou retardado.

Tempo e distância de reação:

Tempo de reação: intervalo de tempo que decorre desde que o condutor observa um
obstáculo até ao instante que inicia a travagem.
Fatores que influenciam o tempo de reação: fadiga; álcool; sonolência; uso de drogas;
uso do telemóvel.

Distância de reação: distância percorrida no tempo de reação; depende do tempo de reação


e da velocidade
A distância de reação pode-se calcular através da seguinte forma:

dreação=v×Δtreação
Neste caso:
 dreação – distância de reação
 Δtreação – tempo de reação

Tempo de travagem: intervalo de tempo durante o qual o veículo trava.


Fatores que influenciam o tempo de travagem:
condições climatéricas (chuva, neve, gelo, …)
estado do veículo (pneus, suspensão, travões, …)
tipo de piso (terra, alcatrão, …).

Distância de travagem:
distância percorrida no tempo de travagem
depende do tempo de travagem e da velocidade

A distância de travagem pode-se calcular através da seguinte forma:

dtravagem=(v×Δttravagem)/2
Neste caso:

 dtravagem – distância de travagem


 Δttravagem – tempo de travagem

Distância de segurança: distância percorrida desde que o condutor vê o obstáculo até à


imobilização do veículo.

A distância de segurança pode-se calcular através da seguinte forma:

distância de segurança = distância de reação + distância de travagem

FORÇAS E MOVIMENTOS
FORÇAS
O que é uma força?
Força: interação entre corpos, por contacto ou à distância, que lhes pode causar deformação,
bem como alterar o estado de repouso ou de movimento.
A força é representada por F e tem como unidade S.I. o newton (N). Mede-se com
o dinamómetro.
Como a força é uma grandeza vetorial, é caracterizada por um valor (ou intensidade),
direção, sentido e ponto de aplicação.
Lei da ação-reação (3ª Lei de Newton):
A 3ª Lei de Newton demonstra-nos que as forças atuam sempre aos pares, em corpos
diferentes: A toda a ação (força exercida) corresponde uma reação (outra força) com a
mesma intensidade, a mesma direção, mas sentido oposto.
 Exemplo: Um taco exerce uma força numa bola e essa bola exerce uma força no
taco com a mesma intensidade, a mesma direção, mas sentido oposto.
Estas duas forças formam um par ação-reação.
Reação normal
Um corpo em repouso sobre uma superfície plana e horizontal atua sobre essa superfície
uma força de valor igual ao seu peso. Por sua vez, a superfície onde se encontra esse corpo
exerce uma força com a mesma intensidade, a mesma direção, mas sentido oposto.
 Exemplo: Um livro sobre uma mesa exerce sobre esta uma força vertical,
descendente, de valor igual à do seu peso. Por sua vez, a mesa exerce uma força
vertical, ascendente e com a mesma intensidade sobre o livro.

A força de reação da superfície sobre o corpo designa-se reação normal.


Resultante das forças aplicadas:
 Força resultante (ou resultante de forças):
 força que produz os mesmos efeitos que todas as forças aplicadas num
corpo
Calcula-se das seguintes formas:
 Duas forças com a mesma direção e sentido
Fr=F1+F2

 Duas forças com a mesma direção mas sentidos opostos


Fr=F1−F2 ; se F1 > F2
Fr=F2−F1 ; se F2 > F1

 Duas forças com direções perpendiculares

F
r
¿
¿ √ ( F 1 )2 + ( F 2 ) 2
1ª E 2ª LEIS DE NEWTON
Lei da Inércia (1ª Lei de Newton):
 Quando a força resultante é nula:
 se o corpo estiver em repouso, continua em repouso
 se o corpo estiver em movimento, continua em movimento retilíneo
uniforme

Tal facto justifica-se pela inércia dos corpos.


 Inércia:
 propriedade dos corpos que nos indica a maior ou menor dificuldade em
alterar o seu estado de repouso ou de movimento
 é tanto maior quanto maior for a sua massa
Lei fundamental da dinâmica (2ª Lei de Newton):
 Quando a força resultante não é nula:
 o corpo adquire aceleração

 Se a aceleração tiver sentido do movimento, o corpo adquire movimento retilíneo


uniformemente acelerado
 Se a aceleração tiver sentido oposto do movimento, o corpo adquire movimento
retilíneo uniformemente retardado

Para uma determinada força resultante, o corpo adquire maior aceleração quanto menor for
a sua massa. Ou seja, a aceleração e massa são grandezas inversamente proporcionais:
Fr=m×a⃗

Se a força resultante for o peso:


P=m×g⃗
Sendo:
 g⃗ – aceleração gravítica

FORÇAS NA SEGURANÇA RODOVIÁRIA:


Força de colisão
 A força de colisão é tanto maior:
 quanto maior a massa
 quanto maior a velocidade
 quanto menor o tempo de colisão
vc o l i s ã o
F c o l i s ã o=− m ¿
∆t

Pressão
A pressão traduz-se na força exercida por unidade de área. É tanto maior quanto
menor a área:
P=F/A

A unidade S.I. da pressão é o pascal (Pa).

Elementos de segurança rodoviária


Os elementos de segurança visam aumentar o tempo de colisão e distribuir as forças por
áreas maiores de forma a diminuir a sua pressão e assim reduzir os efeitos de uma colisão.

 Elementos de segurança:
 cinto de segurança
 encosto de cabeça
 airbag
 capacete
 estrutura com zonas deformáveis

FORÇAS RESISTENTES AO MOVIMENTO


Força de atrito
 Força de atrito:
 força que se opõe ao deslizamento ou à tendência para esse movimento e
que resulta da interação do corpo com a superfície em contacto

A força de atrito é tanto maior quanto maior for a rugosidade da superfície.


As forças de atrito podem ser:
 úteis:
 exemplo: a força que resulta do contacto entre os dedos da nossa mão e a
superfície de uma caneta para a conseguirmos segurar
 prejudiciais;
 exemplo: a força que resulta do contacto ente as peças de um mecanismo de
um relógio e que se opõe ao movimento entre estas

O atrito pode ser reduzido:


 através de lubrificantes
 polindo as peças em contacto
Força de resistência do ar
 Força de resistência do ar:
 força que se opõe ao movimento de corpos no ar

A força de resistência do ar depende da forma do corpo e da sua velocidade. Quanto


maior a velocidade maior a resistência do ar.

FORÇAS, MOVIMENTOS E ENERGIA


TIPOS FUNDAMENTAIS DE ENERGIA
Energia cinética e energia potencial
 A energia pode ser:
 cinética (associada ao movimento)
 potencial (“armazenada” e pronta para ser utilizada)
 gravítica
 elástica
 química
 elétrica
A energia cinética é tanto maior:
 quanto maior for a velocidade
 quanto maior for a massa

A energia potencial gravítica é tanto maior:


 quanto maior for a altura
 quanto maior for a massa

TRANSFORMAÇÕES E TRANSFERÊNCIAS DE ENERGIA


Transformações de energia
A energia potencial pode transformar-se em energia cinética e vice-versa:
 durante uma subida de um corpo: a energia cinética transforma-se em energia
potencial gravítica
 durante a descida de um corpo: a energia potencial gravítica transforma-se em
energia cinética
Energia mecânica
A soma das energias cinética e potencial correspondem à energia total de um sistema,
designa-se por energia mecânica e é constante.
Em=Ec+Ep
Transferência de energia por ação de forças
O trabalho é a energia transferida por ação de forças. Pode ser:
 positivo (ou potente): quando a força tem sentido do movimento
 negativo (ou resistente): quando a força tem sentido oposto ao movimento
 nulo: quando a força é aplicada num corpo em repouso
FORÇAS E FLUÍDOS
A IMPULSÃO
O que é a impulsão?
 Impulsão:
 força vertical, com sentido ascendente, exercida por um fluido sobre um
corpo nele imerso

É devido a esta força que os corpos aparentam pesar menos dentro de um fluido como
a água. A esse peso dá-se o nome de peso aparente.
A impulsão e a flutuação dos corpos
A relação entre o peso e a impulsão exercida num corpo é que determina a flutuação
ou não desse corpo:
 Quando o peso é maior que a impulsão: o corpo afunda
 Quando o peso é menor que a impulsão: o corpo flutua
 Quando o peso é igual à impulsão: o corpo permanece em equilíbrio
Fatores que influenciam a Impulsão
A impulsão é tanto maior:
 quanto maior for o volume de fluido deslocado
 quanto maior a densidade do fluido

A impulsão não depende do peso.


COMO CALCULAR O VALOR DA IMPULSÃO
Lei de Arquimedes
Todo o corpo mergulhado num fluido sofre por parte do fluido uma força vertical com
sentido de baixo para cima, cuja intensidade é igual ao peso do fluido deslocado pelo
corpo.
I
¿

Pf l ui d o d e s l o c a d o

Fórmulas para calcular o valor da impulsão

Consequentemente à Lei de Arquimedes, é possível calcular a impulsão através das


seguintes fórmulas:
I
¿

m f l u i d o d e s l o c a d o
¿
g
¿⃗

I
¿

ρ f l u i d o d e s l o c a d o
¿
v f l u i d o d e s l o c a d o
¿
g

Sendo:
 ρ f l u i d o d e s l o c a d o – densidade do fluido deslocado

Podemos também calcular o valor da impulsão através da diferença entre o peso de


um corpo e o seu peso aparente:
I=P−Pa

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