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Trabalho de

Física
C. E. Professora Ruth Taldo
França

Professor: Alcimar

Alunos: Daniela Rebello Lopes

Turma: 1002-Regular
Cinemática
A cinemática é um dos ramos da mecânica, a área da Física que estuda o movimento.
A mecânica, por sua vez, tem como áreas principais a cinemática, a dinâmica e a
estática. A cinemática concentra-se no estudo do movimento dos corpos sem levar
em conta as causas do movimento.

Seja a trajetória de pequenas partículas ou até mesmo as órbitas planetárias, todo


movimento macroscópico pode ser descrito a partir de equações de
movimento. Essas equações relacionam grandezas como posição, velocidade e
aceleração com a passagem do tempo. Para entendê-las, entretanto, é necessário que
conheçamos alguns conceitos simples, mas indispensáveis para entendermos o
movimento dos corpos.

*Conceitos fundamentais da Cinemática


Vamos conhecer alguns dos conceitos que são fundamentais para o estudo da
cinemática.

→ Referencial:
Referencial é a posição em que o observador se encontra. Geralmente ele é
escolhido como a origem de um plano cartesiano. É a partir do referencial que são
determinadas as posições das coisas.

Para uma pessoa parada na rua, por exemplo, um carro passa movendo-se a 60
km/h, entretanto, para o motorista do veículo, o carro está parado, uma vez que
ambos estão se movendo na mesma velocidade.

→Posição Escalar:

Lugar onde se encontra um corpo em relação a um referencial previamente adotado.


Sendo a distância da origem até a posição do corpo. Geralmente é utilizada quando
se está posicionado ao longo de uma linha, seja ela curva ou reta.

S0 → Posição inicial (onde se inicia a contagem do movimento).

S → Posição final (onde se encerra a


contagem do movimento).

– As posições à direita da origem tem sinal


positivo

– As posições à esquerda da origem tem


sinal negativo

→O tempo:

Momento em que um corpo se encontra em uma posição de sua trajetória.


t 0 → tempo inicial

t → tempo final

→Intervalo de tempo:

Diferença entre o tempo final e o inicial.

Δt = t − t0

→Velocidade média:

Relação entre o deslocamento e o intervalo de tempo gasto.

A velocidade média, no entanto, apenas dá uma ideia do quão rápido se esteve


durante um deslocamento, e não a realidade.

Obs.: a média é um elemento estatístico.

v m = ∆s ∆t

→Velocidade instantânea:

Velocidade que o móvel possui no momento da medição.

Conversão de km/h para m/s

Apesar de o Sistema Internacional dar a velocidade em metros por segundo, é


provável haver situações em que seja dada em quilômetros por hora. Nesse caso, será
necessário que se faça a conversão.

km/h=1000/3,600s=⅓,6=m/s

Assim:

→MRU (Movimento Retilíneo


Uniforme):
Corpos que se deslocam em trajetória retilínea e com velocidade constante – ou seja,
sem aceleração – estão em movimento retilíneo uniforme, ou MRU. Corpos em
MRU percorrem sempre a mesma distância em um mesmo intervalo de tempo.

-Função horária da posição

Para um corpo em MRU, a posição num instante t qualquer é dada pela função horária
da posição:

S (t) = S0 + v . t, em que:

-> S0 é posição inicial, no instante t = 0;

-> v é a velocidade de deslocamento;

-> t é o tempo do deslocamento.


Conhecendo a posição inicial (S0) e a velocidade de deslocamento (v), podemos calcular
a posição S(t) que o corpo ocupa em um instante qualquer (t). Com isso, determinamos
o comportamento do objeto móvel no decorrer do tempo.

No S.I., a posição dos corpos é medida em metros e a velocidade, em m/s. Lembre-se de


que, em movimentos progressivos, os corpos apresentam velocidade positiva e, em
movimentos retrógrados, velocidade negativa.

Repare que a expressão S (t) = S0 + v . t é uma função do 1° grau. Seu coeficiente


linear determina a posição inicial S0 do corpo e o coeficiente angular, a velocidade v do
corpo.

Gráficos do MRU

É muito comum na cinemática o estudo do movimento de um corpo ser feito por meio
de gráficos que relacionam os parâmetros físicos do movimento com o tempo. A equação
que define um MRU é uma função linear (ou função de 1º grau), e, por isso, sempre
determina uma reta.

Velocidade em função do tempo

Todo corpo que executa MRU mantém uma velocidade constante. Se a intensidade da
velocidade não varia, então o gráfico da velocidade em função do tempo deve ser uma
reta paralela ao eixo do tempo.
No caso de um corpo móvel que executa um movimento progressivo (no sentido adotado
como positivo), a velocidade é positiva. Assim, o gráfico da velocidade em função do
tempo é uma reta acima da velocidade v = 0. Veja:

Já um objeto em um MRU retrógrado, a velocidade é negativa. Para essa situação, o


gráfico da velocidade em função do tempo também é uma reta, mas na posição em que v
< 0. Veja:

A área sob a curva do gráfico é numericamente igual ao deslocamento escalar sofrido


pelo corpo nesse intervalo de tempo. Veja:
Mas atenção: a área, naturalmente, não indica o sentido do deslocamento. Para
definirmos se o deslocamento é positivo ou negativo, devemos analisar se o movimento é
progressivo (ΔS > 0) ou retrógrado (ΔS < 0).

Posição em função do tempo

Podemos também construir gráficos que representam a posição de um corpo que


executa MRU em cada instante do percurso. Para isso, basta construir o gráfico da
mesma função horária da posição:

S (t) = S0 + v . t

Num movimento progressivo (v > 0), o móvel avança nas posições ao longo da trajetória
com o passar do tempo, a partir de um ponto de origem. Assim, o gráfico da posição em
função do tempo é uma reta crescente.
→Movimento progressivo e retrógrado

Os movimentos serão chamados de progressivos ou retrógrados de acordo


com o seu sentido em relação a um marco inicial.

Se o movimento em direção ao sol for adotado como positivo, os veículos nesse sentido
executarão movimento progressivo

No estudo do movimento uniforme, existe a determinação da função horária da posição,


equação que fornece a posição em que se encontrará um móvel após certo intervalo de tempo.
A função horária da posição para o movimento uniforme é dada por:

s = s0 + v.t

s: Posição final;

s0: Posição inicial;

v: Velocidade;

t: Instante de tempo.
Os movimentos dos móveis sempre obedecem a uma orientação, seguindo uma reta
numerada que indicará o sentido do aumento e da diminuição das posições. Como exemplo,
podemos citar as placas indicadoras de quilometragem nas rodovias que mostram ao
motorista qual é a posição ocupada por ele em relação a um ponto de origem denominado de
marco inicial. Se o motorista afasta-se do marco inicial, os valores de sua posição aumentam;
mas se ele se aproxima do ponto zero, seus valores de posição diminuem.

● Movimento progressivo

O movimento de um móvel será classificado como progressivo se a sua velocidade estiver no


mesmo sentido do crescimento dos valores das posições. Nesse caso, a velocidade será
considerada um número maior que zero (v > 0).

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Assim sendo, a função horária da posição deve ser usada como: s = s0 + v.t.

Como a função horária do movimento uniforme é uma função do primeiro grau, o gráfico
para o movimento progressivo é uma reta crescente.

● Movimento retrógrado
O movimento de um móvel será classificado como retrógrado se a sua velocidade estiver no
sentido oposto ao crescimento das posições. Nesse caso, a velocidade será considerada um
número menor que zero (v < 0).

Assim sendo, a função horária da posição deve ser usada como: s = s0 – v.t.

Como a função horária do movimento uniforme é uma função do primeiro grau, o gráfico
para o movimento retrógrado é uma reta decrescente.

→Aceleração:

A aceleração é a grandeza física que relaciona a mudança da velocidade em


relação ao tempo.
A aceleração mede a mudança da velocidade em relação ao tempo.
Aceleração é a grandeza física que mede a variação da velocidade de um móvel em função do
tempo. A unidade de aceleração no Sistema Internacional de Unidades (SI) é o m/s² (metro
por segundo ao quadrado).

Tipos de aceleração

Quando um movimento apresenta aceleração, a sua velocidade é alterada. Se a velocidade do


móvel muda de maneira uniforme, a sua aceleração é constante, e o seu movimento é
uniformemente variado. Caso a velocidade do móvel mude aleatoriamente, dizemos que o seu
movimento é variado. Além disso, o movimento em que há o aumento da velocidade é
chamado de acelerado, enquanto o movimento no qual ocorre a diminuição da velocidade é
chamado de retardado.

Preste atenção no sinal dado à aceleração: Quando um movimento é acelerado, sua


aceleração terá módulo positivo; enquanto em um movimento retardado, a aceleração será
negativa. Quando o movimento for uniformemente variado, a aceleração terá sempre o
mesmo módulo.

Confira um quadro comparativo com os diferentes casos e tipos de aceleração:

Classificação dos diferentes casos de aceleração.

Aceleração escalar média e instantânea


Velocidade e aceleração são fundamentalmente grandezas vetoriais, pois são definidas por
seu módulo, direção e sentido, porém, no estudo da Cinemática, é comum resolvermos
problemas que envolvam deslocamentos retilíneos, ou seja, os que ocorrem em uma única
direção. Para resolver esses exercícios, não é necessário recorrer ao formalismo vetorial,
portanto, exclusivamente nesses casos, grandezas como velocidade e aceleração são tratadas
como grandezas escalares.

A aceleração escalar média é definida como a variação da velocidade escalar em função do


tempo, enquanto a aceleração escalar instantânea é a medida de variação da velocidade
instantânea. A diferença fundamental entre essas duas grandezas é o intervalo de tempo: a
aceleração escalar instantânea é definida para intervalos de tempo muito pequenos, próximos
de 0:

A diferença entre aceleração escalar média e instantânea é o intervalo de tempo em que elas
são medidas.

Fórmula de aceleração

A aceleração pode ser calculada por meio da variação da velocidade em relação ao tempo.
Para tanto, usamos a seguinte fórmula:

a – aceleração

Δv – variação de velocidade

Δt – intervalo de tempo

v – velocidade final

v0 – velocidade inicial

t – instante final

t0 – instante inicial

Na fórmula mostrada acima, chamamos de v e v0 as velocidades final e inicial de um


movimento, dadas em m/s (metros por segundo), enquanto t e t0 tratam-se dos instantes de
tempo inicial e final.

Unidade de aceleração
A unidade de aceleração adotada pelo SI é o metro por segundo ao quadrado (m/s²). Essa
unidade mede quantos metros por segundo a velocidade de um móvel é alterada a cada
segundo.

Exemplo:

● Um móvel que tem aceleração de 5 m/s² tem a sua velocidade aumentada em 5


m/s a cada segundo.
● Um veículo com aceleração de -3 m/s² tem a sua velocidade retardada em 3 m/s a
cada segundo.

→MRUV (Movimento Retilíneo Uniformemente Variado)

EXPLOSÃO DE VELOCIDADE O guepardo atinge 72 km/h em apenas 2 segundos.


Sua aceleração é a mesma de um carro de Fórmula 1

Variação gradual
O movimento retilíneo uniformemente variado, ou MRUV, é o que segue uma
trajetória retilínea e apresenta uma alteração uniforme no módulo de velocidade. É
um movimento com aceleração diferente de zero e constante – a velocidade do corpo
aumenta ou diminui de maneira uniforme ao longo do percurso.

Módulo: é o valor da intensidade de uma medida. O módulo da velocidade, por


exemplo, é um valor em m/s ou km/h. O módulo não indica nem direção nem
sentido da velocidade.

O MRUV em que o corpo apresenta um aumento do módulo da velocidade é


chamado de movimento acelerado.
Já o MRUV em que o objeto móvel apresenta diminuição do módulo da velocidade é
chamado de movimento retardado.

A aceleração é uma grandeza vetorial – ou seja,para defini-la inteiramente é preciso


considerar seu valor (módulo), sua direção e seu sentido.Uma aceleração cujo
sentido coincide com o sentido adotado como positivo para a trajetória tem valores
positivos (a > 0). No sentido oposto ao sentido adotado como positivo, valores
negativos (a < 0).

FUNÇÃO HORÁRIA DA VELOCIDADE


O MRUV é caracterizado pela alteração da velocidade do corpo. A equação que
fornece a velocidade do corpo em um instante qualquer é a chamada função horária
da velocidade:

v (t) = v0 + a . t, em que:

-> v(t) é a velocidade do corpo num instante t;

-> v0 é a velocidade inicial do corpo;


-> a é a aceleração do corpo;

-> t é um instante qualquer.

Se um atleta parte do repouso e acelera uniformemente a 3 m/s2, a função horária de


sua velocidade é:

v(t) = v0 + a . t ⇒ v(t) = 0 + 3 . t ⇒ v(t) = 3 . t

Se o atleta consegue manter essa aceleração por 3 segundos, sua velocidade ao final
da aceleração é:

v(t) = 3 . t ⇒ v = 3 . 3 ⇒ v = 9m/s

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