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FÍSICA APLICADA A AGRONOMIA

MRU

Professor: Juliano Passos


(49) 9.9911-6087
Juliano.passos@uniarp.edu.br
O QUE É O MRU?
Um objeto está se movimento quando este, ao longo do tempo, muda sua
posição em relação ao observador. Essa relação de deslocamento e tempo de
deslocamento chamamos de velocidade.
Se, ao longo do tempo, este corpo continua se movendo com a mesma
velocidade, falamos que seu movimento é uniforme. Assim, a cada intervalo
igual de tempo, seu deslocamento espacial será o mesmo. Assim, movimento
retilíneo uniforme (MRU) é descrito como um movimento de um móvel em
relação a um referencial, movimento este ao longo de uma reta de forma
uniforme, ou seja, com velocidade constante.
MRU

V = ΔS
Δt
MRU
Sabendo que, para haver o movimento, as duas constantes (variação de espaço
e variação de tempo) são diferentes de zero.
Variação de espaço (ΔS): diferença entre a posição ocupada pelo objeto no
instante final (Sf) de observação e no instante inicial (Si).

ΔS =Sf−Si
MRU
Variação de tempo (Δt): diferença entre o instante final (tf) de observação e no
instante inicial (ti).

Δt=tf−ti
MRU
A velocidade calculada dessa forma é chama de velocidade média porque entre
o intervalo de tempo usado, a variação do espaço pode ocorrer de formas
diferentes do final ou do inicial. Por exemplo, se realizamos uma viagem de 80
km em 1 hora, podemos falar que a velocidade média nesse intervalo de tempo
foi de 80 km/h. Mas sabemos que durante esse trajeto o carro andou em
alguns momentos a velocidade maior que esse e com velocidade menor em
outros. No entanto, se aproximarmos os instantes final e inicial cada vez mais,
maiores são as chances de o espaço sofrer variações cada vez menor. Assim, o
Δt fica cada vez menor, cada vez mais próximo de 0 (mas nunca sendo 0, em
absoluto). Teremos então a velocidade escalar instantânea.
MRU
Velocidade média: Velocidade instantânea:

Vm = ΔS V = lim ΔS
Δt Δt→0 Δt
MRU
Se pegarmos a relação da
V = ΔS
velocidade:
Δt

E a colocarmos em outro formato, V = S - So


levando em conta as variações de t - to
espaço e tempo, temos:

Considerando to, tempo inicial, S = So + v.t


como zero:
MRU
Eis a função horária do espaço chamada assim pois, sabendo a velocidade e a
posição inicial de um corpo, podemos prever sua posição final ao longo do
tempo.
O movimento que um corpo descreve pode ser classificado de acordo com a
sua orientação em relação à trajetória percorrida.
Movimento progressivo: quando o corpo está se movendo no mesmo sentido
que a trajetória.

Objeto e trajetória no mesmo sentido.


MRU
Assim, a posição ocupada pelo corpo aumenta com o tempo e a velocidade
escalar é positiva.
Movimento retrógrado: quando o corpo está se movendo no sentido contrário
a direção da trajetória.

Objeto e trajetória em sentidos opostos.


MRU
Nesse caso, a posição ocupada pelo corpo diminui com o tempo e a velocidade
escalar é negativa.
Se produzirmos um gráfico dessa equação, uma das possibilidades é esta:

O gráfico descreve um corpo com velocidade


positiva. Perceba que quando começamos a marcar o
tempo (t = 0) o corpo não está no ponto 0 como
posição inicial (S0 – diferente de zero).
MRU
Nesse caso, a posição ocupada pelo corpo diminui com o tempo e a velocidade
escalar é negativa.
Se produzirmos um gráfico dessa equação, uma das possibilidades é esta:

Aqui, um exemplo de velocidade negativa. Também


contrário ao gráfico anterior, o corpo inicia o
movimento junto com a contagem de tempo, então,
a posição inicial é zero e segue no sentido contrário à
trajetória (posição negativa) caracterizando um
movimento retrógrado.
MRU
Um determinado móvel esta se deslocando em uma trajetória retilínea (MRU)
segundo a função horária S = 4+28t. Pede-se:
a) Determinar seu espaço inicial (So).
b) A velocidade do móvel no instante t = 2s.
c) O espaço do móvel no instante t=3s.
d) A variação de espaço nos 5 primeiros segundos.
MRU
Um determinado móvel esta se deslocando em uma trajetória retilínea (MRU) segundo a função horária S = 4+28t. Pede-se:

a) Determinar seu espaço inicial (So).

b) A velocidade do móvel no instante t = 2s.

c) O espaço do móvel no instante t=3s.

d) A variação de espaço nos 5 primeiros segundos.

a) Como S = So + v.t e temos S = 4 + 28t , S0 = 4 m


b) Como o móvel está em MRU, sua velocidade é constante . Se S = S0+ v.t e temos S = 4+28t, v = 28 m/s
c) S = 4+28t, para t = 3s basta substituirmos, S = 4+28.3 = 88m
d) Basta acharmos S5. Pela função temos S5 = 4+28.5 = 144m
FÍSICA APLICADA A AGRONOMIA
MRUV

Professor: Juliano Passos


(49) 9.9911-6087
Juliano.passos@uniarp.edu.br
O QUE É O MRUV?
Diferentemente do MRU, o movimento retilíneo uniformemente variado
também conhecido por MRUV, demonstra que a velocidade varia
uniformemente em razão ao tempo. O Movimento retilíneo uniformemente
variado (MRUV) pode ser definido como um movimento de um móvel em
relação a um referência ao longo de uma reta, na qual sua aceleração é sempre
constante. Diz-se que a velocidade do móvel sofre variações iguais em
intervalos de tempo iguais. No MRUV a aceleração média assim como sua
aceleração instantânea são iguais.
 
ACELERAÇÃO
A aceleração instantânea refere-se a um determinado intervalo de tempo “t”
considerado, definida matematicamente por; α=limΔt->0=Δv/Δt. Para o estudo da
cinemática no ensino médio não é especialmente necessária sabermos a
conceituação matemática de aceleração instantânea, uma vez que envolve
limites assim como diferenciais que só são vistos na maioria das vezes no
ensino superior em relação aos cursos de exatas. Basta sabermos o cálculo da
aceleração média pois ambas no MRUV são iguais como já mencionado.
ACELERAÇÃO
Função da velocidade determinada no MRUV
Para obtermos a função velocidade no MRUV devemos relembrar e aplicar o
conceito de aceleração média.
 
αm=ΔV/Δt
 Δv: Variação de velocidade
 Δt: Variação de tempo
Um carro encontra-se parado em uma rodovia federal devido uma colisão de 2
veículos que estão impedindo o tráfego normal na pista. Imediatamente os 2
veículos são retirados da pista e a mesma é liberada. O condutor do carro que
estava parado então acelera o carro (pisa no acelerador), depois de passados 5s
o velocímetro do carro marca 30 km/h. Qual foi a aceleração média do carro?
αm=ΔV/Δt
30km/h=8,33m/s
αm=8,33-0/5
αm=1,66m/s2
Então, considerando como o exemplo do slide anterior, o móvel com velocidade inicial v 0 no instante t0=0s e num
instante posterior adquire uma velocidade v num instante de tempo t, temos:

α=ΔV/Δt
α=V-Vo/t-to

Como t0= 0s, segue

a=V-V0/t
Isolando V,

V=V0+at
MOVIMENTO ACELERADO E RETARDADO
Movimento acelerado: tomemos como exemplo a função v=15+2t. Sabemos
que sua velocidade inicial é v0=15m/s e a aceleração constante do movimento é
igual a 2m/s2, podemos perceber que qualquer valor para t positivo ou igual a 0
(t≥0) a velocidade sempre será positiva, logo o movimento é acelerado.

Movimento retardado: tomemos como exemplo a função v=-6+2t. Sabemos


que sua velocidade inicial é vo=-6m/s e sua aceleração constante é a=2m/s2,
podemos perceber que para 0≤ t<3 o movimento é retardado, e para t=3 a
velocidade do móvel se anula, assim sendo para t>3 o móvel muda de sentido
passa de retardado para acelerado.
FUNÇÃO HORÁRIA DO MRUV
Sabendo-se que a aceleração no MRUV permanece constante podemos
calcular a variação do espaço de um móvel no decorrer do tempo.

S=So+Vot+at /2 2
EQUAÇÃO DE TORRICELLI
e substituirmos a equação V=vo+at na equação S=So+Vot+at2/2, teremos a
Equação de Torricelli

V =v0 +2αΔs
2 2

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