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15/09/2022 17:49 Livro Digital - Princípios de Banco de Dados

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UNIDADE 1

FUNDAMENTOS DE BANCO DE DADOS

Esta unidade tem por objetivos:

• apresentar o que é um banco de dados;

• demonstrar como foi a evolução dos bancos de dados;

• apresentar perspectivas e tendências desta tecnologia.

TÓPICO 1

INTRODUÇÃO A BANCO DE DADOS

1 INTRODUÇÃO

“O período de maior ganho de conhecimento e experiência é o período de maior


dificuldade na vida de cada um”. (Dalai Lama)

Esse tópico tem como objetivo apresentar ao(a) acadêmico(a) conceitos de bancos
de dados. Você aprenderá que existe uma grande diferença entre dado e
informação e que a partir deles é possível gerar conhecimento. Compreender isso
é requisito básico para o bom aproveitamento da disciplina.

FIGURA 1 – DADO, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO

Unidade 1
- Tópico 1

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FONTE: Os autores

Também será abordado um histórico do gerenciamento dos dados. O objetivo é


que se perceba que vários ciclos de aperfeiçoamento aconteceram para se chegar
ao nível tecnológico que temos hoje.

Para fins conclusivos, veremos quais são os principais bancos de dados relacionais
existentes no mundo. Você perceberá que cada um deles possui focos
diferenciados com características e particularidades que necessitam de uma
análise aprofundada para sua melhor compreensão. 

2 CONCEITOS DE BANCO DE DADOS

2.1 DADO E INFORMAÇÃO

Para entendermos melhor o que é um banco de dados, precisamos antes


compreender a diferença que existe entre dado e informação. Dado é um
conteúdo que ainda não foi processado para gerar um significado. Pode-se dizer
que dado é a menor unidade de conteúdo que tem significado no mundo real. Por
exemplo, ao realizar uma pesquisa para mapear a qualidade de uma biblioteca,
normalmente são feitas entrevistas com seus respectivos usuários. A figura a
seguir mostra o formulário WEB onde os dados da pesquisa podem ser coletados.

FIGURA 2 – FORMULÁRIO DE COLETA DE DADOS PARA A PESQUISA

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FONTE: Os autores

Assim que os usuários responderem à pesquisa, os dados vão sendo armazenados


em um depósito de dados. A figura a seguir representa este depósito de dados.

FIGURA 3 – DEPÓSITO DE DADOS DA PESQUISA

FONTE: Os autores

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Mesmo já possuindo os dados, eles não têm uma utilidade bem definida. É
menu possível ler linhas e linhas de pesquisa, porém não se tem um real significado do settings
que ela traz como resultado. A partir desse momento surgem questões como, por
exemplo, qual é o grau de escolaridade dos usuários da biblioteca e como eles
avaliam o atendimento?

Para responder a estas perguntas, precisamos fazer uma análise de todas as


respostas e formatá-las de uma forma mais resumida e de fácil entendimento.
Quando executamos esse processo estamos gerando informação, que é o
processamento de dados para responder a algumas perguntas ou traduzir de uma
forma mais sumarizada o significado dos mesmos. A informação sempre é gerada
com base nos dados. A figura a seguir mostra algumas informações dos dados da
pesquisa.

FIGURA 4 – INFORMAÇÕES DE PARTE DO RESULTADO DA PESQUISA

FONTE: Os autores

A informação gera conhecimento. Rob e Coronel (2011, p. 11) nos dizem que “o
conhecimento implica familiaridade, consciência e compreensão das informações
conforme se apliquem a um ambiente”. Quando conseguimos compreender
informações e relacioná-las ao seu contexto, estamos obtendo conhecimento.

As informações podem ser utilizadas para tomada de decisão. No exemplo


da pesquisa da biblioteca, pode ser feita uma análise para descobrir como
está a qualidade do atendimento, e com base nisso, tomar decisões para
melhorar os pontos fracos.

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2.2 BANCOS DE DADOS
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Agora que já sabemos o que são dados, informações, conhecimento e qual é a


menu diferença entre ambos, precisamos nos concentrar no local onde os dados ficam settings
armazenados. Anteriormente nos referimos a esse local como depósito de dados,
porém, o mais correto seria chamar de banco de dados. Para definir banco de
dados, buscamos uma explanação mais genérica e abrangente escrita por Elmasri
e Navathe (2011, p. 3):

Um banco de dados é uma coleção de dados relacionados. Com dados, queremos dizer
fatos conhecidos que podem ser registrados e possuem significado implícito. Por
exemplo, considere os nomes, números de telefone e endereço das pessoas que você
conhece. Você pode ter registrado esses dados em uma agenda ou, talvez, os tenha
armazenado em um disco rígido, usando um computador pessoal e um software como
Microsoft Access ou Excel. Essa coleção de dados relacionados, com um significado
implícito, é um banco de dados.

Um banco de dados também pode ser chamado de base de dados. Os dados são
armazenados de uma maneira que tem como objetivo facilitar a inclusão,
remoção, consulta e alteração. Eles representam aspectos ou fatos do mundo real,
que muitas vezes é denominado de minimundo ou universo de discurso. Só
devemos armazenar no banco de dados o que faz parte do seu minimundo.

Para exemplificar melhor, pense em um sistema de vendas de ingressos online


para cinemas. Nesse minimundo existem características que são importantes e
necessárias para a venda de ingressos, como por exemplo, o nome do filme,
horário em que ele será reproduzido, o local, se é dublado ou legendado etc. Essas
características precisam estar armazenadas para possíveis consultas e alterações.
Já características como a cor das paredes ou o tipo de piso da sala do cinema não
são fatos necessários para posterior consulta em um sistema e não precisam ser
armazenados no banco de dados.

Para simplificar a definição, podemos dizer que o minimundo é tudo o que existe
no mundo real que é pertinente para a resolução do problema. A figura a seguir
demostra de forma visual este conceito.

FIGURA 5 – CONCEITO DE MINIMUNDO

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FONTE: Os autores

Bancos de dados existem normalmente para serem utilizados por aplicações. Elas
é que realizam consultas e fazem alterações nos dados. Para tornar esse processo
mais simples, existe o Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGDB) que é um
software responsável por manter os bancos de dados que estão sob sua
responsabilidade. Nele existem funções pré-definidas para inserção, remoção,
atualização e consulta dos dados armazenados. A figura a seguir nos dá uma visão
geral da relação entre o SGDB e o seu universo.

FIGURA 6 – SGDB E SEU UNIVERSO

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FONTE: Disponível em: <http://www.devmedia.com.br/conceitos-fundamentais-de-banco-de-dados/164


9>. Acesso em: 18 nov. 2012.

Detalhes do funcionamento e filosofias do SGDB serão vistos em tópicos


posteriores. Por hora, somente memorize que SGDB é um software responsável
pelo gerenciamento de bases de dados.

3 HISTÓRICO DO GERENCIAMENTO DOS DADOS

Conseguimos de forma introdutória definir alguns conceitos básicos relacionados


a banco de dados. Vimos que existe um Sistema Gerenciador de Banco de Dados
que é responsável pelo gerenciamento dos dados. Para a tecnologia chegar a esse
patamar, passou por diversos processos evolutivos que tiveram como resultado a
organização que temos hoje. 

Voltando no tempo, quando a informática estava dando seus primeiros passos, os


sistemas eram desenvolvidos para atender a demandas isoladas, com foco na
resolução de problemas dentro de determinadas áreas. 

Para evidenciar de forma mais clara essa ideia, considere a seguinte situação: um
gerente da área de vendas de uma determinada empresa precisa ter informações
mais detalhadas dos vendedores que ele gerencia e das vendas que são efetuadas.
Todos os dados estão armazenados fisicamente em pastas que se encontram
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- Tópico 1
dentro de gavetas de arquivos.
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Com muito trabalho, ele consegue examinar todas as suas pastas e extrair as
menu informações de que necessitava. Acontece que de uma hora para outra suas settings
vendas aumentaram muito, fazendo com que fosse necessária a contratação de
novos profissionais. Nesse novo cenário, o gerente não consegue mais obter as
informações necessárias dos vendedores e suas vendas, pois o volume cresceu de
tal forma que tornou inviável a análise manual dos dados. 

Esse acontecimento faz com que seja necessário um sistema de computador.


Sendo assim, é feita a conversão do sistema de arquivos manual para um sistema
de informação. Esse novo sistema ainda não utilizava um SGBD (o conceito de
SGBD será visto mais à frente). Todos os dados eram gravados em arquivos e cada
programa que era construído poderia ter um formato diferente de organização
para a gravação. Rob e Coronel (2011, p. 12) fazem um relato do que aconteceu
naquela época.

A conversão de um sistema de arquivos manual para um sistema de arquivos


computadorizado correspondente pode ser tecnicamente complexa (como as pessoas
estão habituadas as interfaces relativamente amigáveis dos computadores de hoje, se
esqueceram de quão hostis eram essas máquinas!). Isso gerou um novo tipo de
profissional, conhecido como especialista em processamento de dados (PD), que devia
ser contratado ou “desenvolvido” a partir da equipe atual. O especialista em PD criava
as estruturas de arquivos computacionais necessárias, escrevendo o software que
gerenciava os dados dentro dessas estruturas e projetava aplicativos que produziam
relatórios com base nos dados dos arquivos. Assim, surgiram vários sistemas
computadorizados “domésticos”.

De uma forma resumida, podemos dizer que existiam programas de


computadores gravando dados em arquivos e eles eram responsáveis por toda a
estrutura e complexidade de gravação. A figura a seguir ilustra essa abordagem.

FIGURA 7 – GERENCIAMENTO DE DADOS EM SISTEMA DE ARQUIVOS

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FONTE: Os autores

Seguindo essa linha, podemos concluir que se a estrutura de dados de um arquivo


fosse alterada, todos os programas que utilizassem esse arquivo precisariam ser
atualizados, pois deixariam de funcionar. Para fins de exemplo, imagine que existe
um arquivo com os dados de clientes. Foi solicitado que seja inclusa uma
observação para cada cliente. Tomando como base a figura anterior, é feita uma
alteração no programa que está rodando no computador 1 e logicamente no
arquivo cliente. A partir desse momento o programa que está no computador 2
para de funcionar, pois ele ainda trabalha com a estrutura de dados antiga. Em
casos mais complexos, ele poderia “corromper” o arquivo cliente, porque não tem
conhecimento da nova estrutura de armazenamento.

Esse problema é conhecido pelo nome de dependência estrutural, em que


independente do tipo de alteração que seja feita no arquivo, todos os programas
precisarão ser alterados. Isso abre margem para erros, tornando todo o processo
mais caro e difícil de ser executado. O desejado seria a independência estrutural,
em que qualquer alteração de estrutura não influenciaria no acesso aos dados.

Como foi mencionado anteriormente, na época, quando o armazenamento de


dados era feito em simples arquivos, os sistemas eram desenvolvidos de forma
isolada, com focos bem distintos. Isso significa que o gerente da área de vendas
tinha o seu sistema, o de recursos humanos
Unidade tinha outro
1
- Tópico 1 e o financeiro poderia ter

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outro específico para a sua necessidade. Conhecendo este cenário, podemos


menu imaginar que o gerente de vendas possui dados dos seus vendedores e que o de settings
recursos humanos também. Como ambos trabalham em sistemas distintos, cada
um tem a sua versão dos dados, ou seja, o nome do vendedor está armazenado no
sistema de vendas e no de recursos humanos.

Redundância de dados é o termo utilizado quando temos o mesmo dado


armazenado em mais de um local. Rob e Coronel (2011, p.18) fazem um alerta para
possíveis problemas que a redundância de dados pode gerar.

A estrutura do sistema de arquivos dificulta a combinação de dados a partir de várias


fontes e sua falta de segurança torna o sistema de arquivos vulnerável a falhas. A
estrutura organizacional realiza o armazenamento dos mesmos dados em locais
diferentes. Os profissionais de bancos de dados utilizam o termo ilhas de informação
para se referir a essa localização dispersa dos dados. Como é improvável que os dados
armazenados em locais diferentes sejam sempre atualizados de modo consistente, as
ilhas de informação, em geral, contém versões diferentesdos mesmos dados [...].

Pode acontecer, por exemplo, que um vendedor tenha uma alteração no seu
nome. Essa alteração pode ter sido feita apenas no sistema de vendas, enquanto
que no de recursos humanos o nome continua desatualizado. A figura a seguir
documenta essa estrutura.

FIGURA 8 – REDUNDÂNCIA DE DADOS

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FONTE: Os autores

A complexidade do gerenciamento de dados é alta no exemplo apresentado


acima. Seria mais correto o dado estar armazenado em um único local para que
todas as aplicações o consumissem.

Outro ponto a ser observado quanto ao armazenamento de dados em arquivos se


refere à concorrência de acesso, ou seja, mais de um usuário tentando acessar o
mesmo dado em um mesmo momento. Um exemplo clássico dessa situação é a
manutenção de saldo de uma conta bancária. 

Imagine uma conta bancária que tem um saldo de R$ 1.500,00. Se dois clientes
retirarem dinheiro dessa conta ao mesmo tempo, teremos um problema de
inconsistência dos dados. Vamos ver na prática como isso acontece: o cliente 1 e o
cliente 2 fazem uma busca no saldo da conta e ambos têm como resultado R$
1.150,00. O primeiro retira R$ 300,00 da conta e o segundo R$ 150,00.
Dependendo de qual cliente finalize a operação por último o saldo da conta
poderá ser R$ 850,00 (R$ 1.500,00 – R$ 300,00) ou R$ 1.000,00 (R$ 1.150,00 – R$
150,00).

O correto seria que quando está sendo feita a manutenção do saldo pelo cliente 1,
o cliente 2 ficasse aguardando a manutenção terminar para daí sim iniciar o seu
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- Tópico 1
procedimento. Em um sistema de arquivos isso é muito complicado de gerenciar.
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Até agora vimos como era o armazenamento de dados em arquivos juntamente


menu com algumas características negativas desse modelo. Percebemos que a settings
dependência estrutural dos dados, a redundância e o acesso concorrente são
fatores dificultadores que podem causar vários erros nos sistemas. Visando
diminuir a complexidade no gerenciamento de dados surge o SGBD ou Sistema
Gerenciador de Banco de Dados. Esse será o nosso próximo assunto. Por
enquanto, entenda que compreender o funcionamento de sistemas que gravam
dados em arquivos é muito útil para evitarmos os mesmos problemas quando
iniciarmos o trabalho com SGBD.

4 SISTEMA GERENCIADOR DE BANCO DE DADOS

4.1 DEFINIÇÕES DE UM SGBD

Um Sistema Gerenciador de Banco de Dados é um software responsável pelo


gerenciamento de base de dados. Uma das principais características dele é retirar
da aplicação à estruturação dos dados, deixando de forma transparente o acesso
aos mesmos. A figura a seguir mostra graficamente onde o SGBD está inserido.

FIGURA 9 – SGBD

FONTE: Os autores

O SGBD elimina boa parte da complexidade do gerenciamento de dados, fazendo


com que o programador tenha um foco maior na lógica da sua aplicação do que no
armazenamento dos dados.
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Ao falarmos de SGBD precisamos entender como funciona a forma básica de


menu armazenamento nesse novo tipo de organização. Ao invés de gravarmos dados em settings
arquivos, gravamos em tabelas. Uma tabela possui colunas e registros. Vamos
resumir a organização de armazenamento de dados de um SGBD:

• Um banco de dados é formando por uma ou mais tabelas.

• Tabelas são locais onde os dados ficam logicamente armazenados.

• Colunas são campos que armazenam um determinado tipo de dado.

• Registros são linhas, que de uma forma mais resumida, pode-se dizer que são
conjuntos de campos preenchidos.

A figura a seguir esclarece esse conceito.

FIGURA 10 – FORMA BÁSICA DE ARMAZENAMENTO DE DADOS

FONTE: Os autores

4.2 FUNÇÕES DE UM SGBD

A seguir listamos algumas funções do SGBD: 

• Manutenção do dicionário de dados – toda aplicação que desejar trabalhar com o


banco de dados fará isso por intermédio do SGBD. Ele mantém definições de
estruturas de dados e como eles estão relacionados. Qualquer alteração de
estrutura é automaticamente atualizada no dicionário de dados. Isso retira a
responsabilidade dos programas que necessitam dos dados de manter a estrutura
de organização dos mesmos. Essa é a função do SGBD que tem toda a estrutura
dos dados em seu dicionário de dados. A figura a seguir traz um exemplo do
dicionário de dados de um banco Mysql.
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FIGURA 11 – DICIONÁRIO DE UM BANCO DE DADOS MYSQL


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FONTE: Os autores

• Segurança – O SGBD é responsável por garantir regras de segurança no que diz


respeito ao acesso a dados e a objetos do banco. Cada usuário deve utilizar algum
meio para se autenticar no SGBD, seja por login e senha ou através de leitura
biométrica. Ao se autenticar, existem regras que definem os acessos, ou seja, quais
bases estão visíveis, quais tabelas ou qualquer outra característica que estará
disponível. Também existem controles em nível de objeto. O usuário pode ter
acesso somente à leitura em um determinado objeto e gravação/leitura em vários
outros.

• Apresentação dos dados em vários formatos – Um exemplo clássico deste


conceito se refere ao trabalho com datas. Para clarificar, vamos pensar em uma
data: 21 de dezembro de 2012. Essa data aqui no Brasil pode ser digitada por um
usuário como 21/12/2012, enquanto que nos Estados Unidos a mesma seria
12/21/2012. O SGBD consegue manipular ambas as datas de forma transparente,
desde que configurado corretamente.

• Controle de acesso simultâneo ao mesmo dado – garante a integridade e


consistência dos dados armazenados no banco quando acessados de forma
concorrente. Isso resolve o problema apresentado no título “3 HISTÓRICO DO
GERENCIAMENTO DOS DADOS”, que descrevia o acesso de dois usuários na
manutenção do saldo de uma conta bancária em um sistema de arquivos.

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• Gerenciamento de backups – o SGBD fornece ferramentas para que o


menu administrador do banco de dados possa configurar e efetuar backups. Se for feito settings
o backup, outra funcionalidade existente é a de retornar os dados que o mesmo
salvou. Isso pode ser necessário por vários motivos como, por exemplo, falhas de
hardware ou manipulação da base de dados de forma incorreta.

• Linguagem de acesso e manipulação dos dados – é fornecida pelo SGBD uma


linguagem estruturada para consulta e alteração dos dados. Através dela, é
possível que o utilizador tenha acesso aos dados de uma forma mais simplificada.
O SQL (Structured Query Language) é uma espécie de linguagem padrão para este
fim.Alguns SGBDs fornecem outra linguagem de programação para possibilitar a
implementação de rotinas que executem no servidor do banco. Isso pode viabilizar
a criação de aplicações mais performáticas, pois ao invés de consumir
processamento e recursos de rede da máquina do usuário, boa parte do programa
roda no servidor.

4.3 ESTRUTURA DE UM SGBD

Os sistemas gerenciadores de bancos de dados são compostos, de uma forma


geral, por módulos com funcionalidades bem definidas. Cada módulo tem sua
responsabilidade no processo de gerenciamento dos dados. Usuários e
programadores interagem com esses módulos a fim de obter seus resultados. A
figura a seguir detalha essa estrutura.

FIGURA 12 – ESTRUTURA DE UM SGBD

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FONTE: Disponível em: <http://www.ime.usp.br/~andrers/aulas/bd2005-1/aula5.html>. Acesso em: 18


nov. 2012.

Vamos detalhar os módulos apresentados na figura anterior.

• Programas aplicativos/consultas – Um usuário comum normalmente utiliza um


sistema e é através desse sistema que o acesso ao banco de dados é feito. Já um
programador tem ferramentas que são específicas para trabalhar com a tecnologia
que o SGBD disponibiliza. Essas ferramentas tem um foco mais centrado na
visualização de dados e manutenção de suas estruturas.

• Processador/otimizador de consultas – Interpreta todos os acessos que são feitos


na base de dados com um foco maior em otimização. Em outras palavras, ele é
responsável por processar e definir “caminhos” para que o usuário tenha uma
resposta a sua solicitação com performance.

• Software para acessar os dados – Esse módulo é o responsável por recuperar os


dados do local onde eles estão armazenados. Esses dados são divididos em dois
grupos: os dados armazenados e a definição dos dados armazenados. O primeiro
grupo se refere aos dados que um usuário comum manipula, como por exemplo,
nomes de pessoas, cidades, endereços, telefones etc. Já o segundo define a forma
de organização dos dados do primeiro grupo. É composto por tabelas, índices,
Unidade 1
- Tópico 1
relacionamentos etc.
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4.4 TIPOS DE USUÁRIOS DO SGBD


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Existem vários tipos de usuários que acessam bancos de dados. Alguns têm um
foco mais gerencial, enquanto outros apenas se concentram na manipulação de
dados da base. A seguir detalhamos alguns tipos de usuários e suas
responsabilidades ou necessidades.

• Administrador do banco de dados (DBA – Database Administrator) – Essa figura é


responsável por toda a administração do banco de dados. Atividades como
instalação, configuração e melhorias em performance fazem parte do seu dia a dia.
Também possui tarefas relacionadas ao gerenciamento de acesso de usuários na
base e um constante monitoramento visando garantir uma alta disponibilidade do
sistema.

• Projetista ou analista de dados – É o profissional que tem como tarefa fazer o


mapeamento dos dados que deverão ser armazenados no banco. Em seguida, vem
à definição da estrutura onde os mesmos serão “organizados”. Isso envolve a
criação/manutenção de tabelas e demais objetos de acordo com a tecnologia do
SGBD. Este usuário tem um grande foco em performance, pois quando vai definir a
estrutura de organização dos dados é crucial que ela seja performática.

• Programador – É a figura que constrói o sistema que irá acessar o banco de


dados. É imprescindível que o sistema desenvolvido manipule os dados de forma
correta, para evitar a perda ou falta de confiança neles.

• Usuário comum – Utiliza o sistema que foi desenvolvido pelo programador para
acessar o banco de dados. Normalmente desconhece as estruturas onde os dados
estão armazenados. Consegue manipular somente o que o sistema permite. Ele é
a sua fronteira com o SGBD.

5 PRINCIPAIS BANCOS DE DADOS DISPONÍVEIS NO MERCADO

Atualmente existem vários fornecedores de bancos de dados. Isso significa que é


necessária uma boa análise antes de decidir qual banco utilizar. Cada um tem as
suas características e peculiaridades. Alguns são apropriados para projetos
menores, outros não. O custo para implantação também deve ser levado em
conta. A seguir, vamos ver uma breve descrição dos principais SGBDs disponíveis
no mercado.

5.1 MYSQL

É um dos SGBDs mais populares do mundo. Inicialmente foi desenvolvido para


aplicações de pequeno porte, porém já superou há muito tempo essa barreira.
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O MySQL teve origem quando os desenvolvedores David Axmark, Allan Larsson e


menu Michael “Monty” Widenius, na década de 90, precisaram de uma interface SQL settings
compatível com as rotinas ISAM que utilizavam em suas aplicações e tabelas. Em um
primeiro momento, tentaram utilizar a API mSQL, contudo a API não era tão rápida
quanto eles precisavam, pois utilizavam rotinas de baixo nível (mais rápidas que rotinas
normais). Utilizando a API do mSQL, escreveram em C e C++ uma nova API que deu
origem ao MySQL. Com o ótimo resultado gerado por essa nova API, o MySQL começou
a ser difundido e seus criadores fundaram a empresa responsável por sua
manutenção, que é a MySQL AB. (MILANI, 2007, p. 23).

Como foi citado acima, a empresa que mantinha inicialmente o Mysql era a Mysql
AB. Ela foi comprada pela Sun em janeiro de 2008. Em abril de 2009, a Oracle, que
é uma das gigantes do mundo de bancos de dados comprou a Sun, sendo hoje
responsável pela manutenção do MySql.

Atualmente, o Mysql se encontra na versão 5.6 e é muito utilizado em aplicações


WEB. Roda em várias plataformas como Linux e Windows. É livre para uso não
comercial. O site oficial é <http://www.mysql.com>.

5.2 ORACLE

Hoje, é um dos bancos de dados mais robustos e confiáveis do mundo corporativo.


Nasceu da ideia de um homem que percebeu que o mercado precisava desse tipo
de tecnologia.

Há quase trinta anos, Larry Ellison vislumbrou uma oportunidade que outras
companhias não haviam percebido, quando encontrou uma descrição de um
protótipo funcional de um banco de dados relacional e descobriu que nenhuma
empresa tinha se empenhado em comercializar essa tecnologia. Ellison e os
cofundadores da Oracle, Bob Miner e Ed Oates, perceberam que havia um
tremendo potencial de negócios no modelo de banco de dados relacional, mas não
se deram conta de que mudariam a face da computação empresarial para sempre.
Hoje a Oracle (Nasdaq: ORCL) continua à frente de seu tempo. A tecnologia Oracle
pode ser encontrada em quase todos os setores do mundo inteiro e nos
escritórios de 98 das empresas citadas na lista “Fortune 100”. A Oracle é a primeira
empresa de software a desenvolver e empregar software empresarial totalmente
habilitado para Internet em toda a sua linha de produtos: banco de dados,
aplicativos empresariais e ferramentas para desenvolvimento de aplicativos e
suporte a decisões. A Oracle é o principal fornecedor de software para
gerenciamento de informações e a segunda maior empresa de software
independente do mundo.

FONTE: Disponível em: <http://www.oracle.com/br/corporate/press/story-346137-ptb.html>. Acesso em: 16 jan. 2013.

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O Oracle possui uma vasta lista de recursos. Tem a linguagem PL/SQL para
menu desenvolvimento de funcionalidades internas. Integra-se com outras linguagens de settings
programação como JAVA, C, C++ etc. Roda em várias plataformas. O site oficial é <h
ttp://www.oracle.com>.

5.3 POSTGRESQL

É conhecido pela sua robustez e confiabilidade e tem uma característica bem


interessante: é um SGBD de código fonte aberto. O texto a seguir descreve esse
banco de dados com uma maior riqueza de detalhes.

Leia a seguir um texto retirado do site da comunidade brasileira de


PostgreSql.

O QUE É O POSTGRESQL?

Para alguns pode parecer um assunto batido, mas esse é um artigo introdutório,
voltado principalmente àqueles que conhecem pouco ou nada sobre o
PostgreSQL. O PostgreSQL é um SGBD (Sistema Gerenciador de Banco de Dados)
objeto-relacional de código aberto, com mais de 15 anos de desenvolvimento. É
extremamente robusto e confiável, além de ser extremamente flexível e rico em
recursos. Ele é considerado objeto-relacional por implementar, além das
características de um SGBD relacional, algumas características de orientação a
objetos, como herança e tipos personalizados. A equipe de desenvolvimento do
PostgreSQL sempre teve uma grande preocupação em manter a compatibilidade
com os padrões SQL92/SQL99.

HISTÓRICO DO POSTGRESQL

O PostgreSQL (conhecido anteriormente como Postgres95) derivou do projeto


POSTGRES da universidade de Berkley, cuja última versão foi a 4.2. O POSTGRES foi
originalmente patrocinado pelo DARPA (Agência de Projetos de Pesquisa Avançada
para Defesa), ARO (Departamento de Pesquisa Militar), NSF (Fundação Cinetífica
Nacional) e ESL Inc. A implementação do projeto POSTGRES iniciou em 1986, já em
87 tornou-se operacional. A primeira versão lançada para o público externo foi em
1989. Devido a uma crítica feita ao seu sistema de regras, o POSTGRES teve essa
parte reimplementada e lançada em uma segunda versão em 1990. Em 1991 foi
lançada a versão 3, com melhorias no executor de consultas e algumas partes do
código foram reescritas. As versões subsequentes,
Unidade 1
- Tópico 1até o Postgres95, foram focadas

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em confiabilidade e portabilidade. O POSTGRES foi utilizado para diversos sistemas


menu de pesquisa e de produção, uma aplicação de análise financeira, um banco com settings
rotas de asteroides, e diversos sistemas de informações geográficas. O código do
POSTGRES foi aproveitado em um produto comercializado pela Illustra Information
Technologies (posteriormente incorporada à Informix, que agora pertence à IBM).

A versão seguinte, o Postgres95, teve mudanças radicais em relação ao projeto


original. O seu código foi totalmente revisado, o tamanho das fontes foi reduzido
em 25%, e a linguagem SQL foi implementada como interface padrão. A
performance foi consideravelmente melhorada e vários recursos foram
adicionados. Em 1996. o nome Postgres95 tornou-se inadequado, o projeto foi
rebatizado “PostgreSQL”, para enfatizar a relação do POSTGRES original com a
linguagem SQL. A numeração da versão voltou a seguir o padrão anterior ao
Postgres95 (considerada a 5.0), e a primeira versão do PostgreSQL foi a 6.0.
Enquanto a ênfase do Postgres95 tinha sido a correção de falhas e otimização do
código, o desenvolvimento das primeiras versões do PostgreSQL foi orientada à
melhoria de recursos e implementação de novos recursos, sempre seguindo os
padrões de SQL anteriormente estabelecidos.

O POSTGRESQL HOJE

A equipe do projeto cresceu e se espalhou pelo mundo. O Grupo Global de


Desenvolvimento do PostgreSQL tem membros nos Estados Unidos, Canadá,
Japão, Rússia, vários países da Europa e alguns outros. Esse grupo é formado
essencialmente por empresas especializadas em PostgreSQL, empresas usuárias
do sistema, além dos pesquisadores acadêmicos e programadores independentes.
Além da programação, essa comunidade é responsável pela documentação,
tradução, criação de ferramentas de modelagem e gerenciamento, e elaboração
de extensões e acessórios.

Pela riqueza de recursos e conformidade com os padrões, ele é um SGBD muito


adequado para o estudo universitário do modelo relacional, além de ser uma
ótima opção para empresas implementarem soluções de alta confiabilidade sem
altos custos de licenciamento. É um programa distribuído sob a licença BSD, o que
torna o seu código fonte disponível e o seu uso livre para aplicações comerciais ou
não. O PostgreSQL foi implementado em diversos ambientes de produção no
mundo, entre eles, um bom exemplo do seu potencial é o banco de dados que
armazena os registros de domínio .org, mantido pela empresa Afilias.

Alguns recursos presentes na versão mais recente:

Subconsultas.

Controle de concorrência multiversão (MVCC).

Integridade Referencial.

Funções armazenadas (Stored Procedures), que podem ser escritas em várias


Unidade 1
- Tópico 1
linguagens de programação (PL/PgSQL, Perl, Python, Ruby, e outras).

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Gatilhos (Triggers).

menu Tipos definidos pelo usuário.


settings
Esquemas (Schemas).

Conexões SSL.

Áreas de armazenamento (Tablespaces).

Pontos de salvamento (Savepoints).


Commit em duas fases.

Arquivamento e restauração do banco a partir de logs de transação.

Diversas ferramentas de replicação.

Extensões para dados geoespaciais, indexação de textos, xml e várias outras.

COMO COMEÇAR?

No site nacional do projeto podem ser encontrados tutoriais de instalação nas


plataformas Linux e Windows, além do manual de referência traduzido. No site
oficial, você encontra toda a documentação. Para baixar o código fonte do
PostgreSQL, você pode utilizar o mirror brasileiro. Depois de seguir as instruções
de instalação do tutorial, você pode escolher uma boa ferramenta gráfica de
gerenciamento.

Alguns links úteis:

Site Oficial (<http://www.postgresql.org>)

Site de marketing (<http://advocacy.postgresql.org/?lang=br>)

Site nacional (<http://www.postgresql.org.br>)

Lista de discussão nacional (<http://br.groups.yahoo.com/group/postgresql-br>)

FONTE: Disponível em: <http://wiki.postgresql.org.br/Introdu%C3%A7%C3%A3o_e_hist%C3%B3rico>. Acesso em: 16 jan.


2013.

5.4 SQL SERVER

É o banco de dados da empresa Microsoft. É considerado um dos principais


concorrentes da Oracle. O texto a seguir descreve o SQL Server.

TODA A HISTÓRIA DO SISTEMA SQL DA MICROSOFT

Você sabe o que é o SQL Server? Se você tem um blog ou um site que utiliza banco
de dados já deve ter, pelo menos, ouvido falar nele. O MS SQL Server é um sistema
de gerenciamento de banco de dados relacional desenvolvido pela Microsoft. A
partir da versão 2008 a plataforma de dados com alta confiabilidade e que permite
a redução de custos com eficiência e robustez.

Tudo começou em março de 1987 quando a Microsoft comprou os direitos do


DataServer da Sysbase para o sistema operacional OS/2. O objetivo era provocar o
interesse e chamar a atenção da comunidade do dBase. Por isso a Microsoft traçou
Unidade 1
- Tópico 1
um acordo com a Ashton-Tate como forma de endossar esse novo processo.
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Assim, a primeira versão do SQL Server se chamava Ashton-Tate/Microsoft SQL


menu Server e chegou ao mercado na metade final de 1988. Em maio do ano seguinte a settings
versão 1.0 para OS/2 era lançada com parca participação da Microsoft (limitando-
se apenas a poucas ferramentas, testes e o projeto visando tornar o aplicativo
mais simples de ser instalado). Na segunda metade de 1990 a união da Microsoft
com a Ashton-Tate se encerrou e a versão 1.1 do SQL Server passou a oferecer
suporte para o Windows 3.0 (que era uma novidade na época). Apesar disso, a
base do SQL era produzida pela Sysbase e a Microsoft sequer tinha acesso ao
código-fonte. Qualquer defeito tinha que ser relatado para a Sysbase e corrigido
apenas por ela. Só em 1991 a Microsoft passou a poder acessar a fonte do SQL
apenas para leitura.

Com o lançamento da versão 4.2 para OS/2 no fim de 1991 a Microsoft já


desenvolvia o banco de dados em conjunto com a Sysbase, o que só mudou em
agosto de 1993 quando a Microsoft finalmente conseguiu a totalidade da criação
do SQL Server e lançou a versão para o Windows NT 3.1. Essa nova versão já era
em 32-bit. Assim, pouco tempo depois, a parceria entre as duas empresas
acabava.

Podemos declarar como principais vantagens do SQL Server o fornecimento de


uma plataforma de grande confiabilidade e robustez capaz de suportar aplicações
de missão crítica de grande exigência. A possibilidade de encriptação dos dados
contidos em todo o banco de dados ou nos arquivos de log. Isso protege os dados
das solicitações não autorizadas sem a necessidade de aplicativos
complementares. Além disso, ele permite o espelhamento do banco de dados a
recuperação automática da página de dados e a compressão do fluxo de logs. Um
aumento na produtividade com a rapidez e simplicidade de instalação,
manutenção e uso. Também possui uma enorme versatilidade na aceitação de
informações e no oferecimento de respostas previsíveis as demandas dos
usuários.

As aplicações vão desde criar aplicações que se utilizem de um banco de dados de


forma rápida e simples até aplicações de alta complexidade com a mesma
facilidade. Da mesma forma o SQL Server garante que seus dados podem ser
acessados de qualquer lugar mesmo estando baseados a distância e serem
acessados por uma enorme variedade de aplicativos diferentes o que o torna
muito prático e de fácil uso para hospedagem de sites na internet.

FONTE: Disponível em: <http://www.artigonal.com/advertising-artigos/toda-a-historia-do-sistema-sql-da-microsoft-1845126.


html>. Acesso em: 16 jan. 2013.

Unidade 1
- Tópico 1

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menu settings
Caro(a) acadêmico(a)! A Leitura Complementar a seguir traz uma visão clara
de questões relacionadas à utilização de um sistema de banco de dados. A
seguir serão apresentados alguns fatores que devem ser analisados quando
trabalhamos com esse tipo de tecnologia.

LEITURA COMPLEMENTAR

GERENCIAMENTO DO SISTEMA DE BANCO DE DADOS: UMA MUDANÇA DE FOCO

A introdução de um sistema de banco de dados em um ambiente de sistema de


arquivos fornece um modelo no qual podem ser aplicados procedimentos e
padrões rígidos. Como consequência, o papel do componente humano muda da
ênfase em programação (no sistema de arquivos) para focar nos aspectos mais
amplos de gerenciamento dos recursos de dados da organização e na
administração do próprio software do banco de dados complexo.

O sistema de banco de dados torna possível atingir usos muito mais sofisticados
dos recursos de dados contanto que seja projetado para aproveitar esse poder
disponível. Os tipos de estruturas de dados criados no banco de dados e a
extensão dos relacionamentos entre elas desempenham um papel poderoso na
determinação da eficiência do sistema.

Embora o sistema de banco de dados apresente vantagens consideráveis em


relação à abordagem de gerenciamento anteriores, também trazem desvantagens
significativas. Por exemplo:

Aumento de custos: os sistemas de banco de dados exigem hardware e software


sofisticado e pessoal altamente treinado. O custo de manutenção do hardware,
software e pessoal necessários para operar e gerenciar um sistema de banco de
dados pode ser substancial. Os custos de treinamento, licenciamento e
atendimento as regulamentações costumam ser negligenciados quando da
implementação desses sistemas.

Complexidade do gerenciamento: os sistemas de banco de dados apresentam


interfaces com muitas tecnologias diferentes e têm um impacto significativo sobre
os recursos e a cultura de uma empresa. As alterações introduzidas pela adoção
do sistema de banco de dados devem ser adequadamente gerenciadas para
garantir que ajudem no progresso dos objetivos da empresa. Levando em conta o
fato que os bancos de dados mantêm dados fundamentais da empresa que são
acessados a partir de várias fontes, as questões de segurança deve ser uma
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- Tópico 1
constante preocupação.
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Manutenção de banco de dados atualizado: para maximizar a eficiência do sistema


menu de banco de dados, deve-se manter o sistema atualizado. Portanto, é necessário settings
fazer atualizações frequentes e aplicar os últimos pacotes e medidas de segurança
a todos os componentes. Como a tecnologia do banco de dados avança
rapidamente, os custos com treinamento de pessoal tendem a ser significativos.

Dependência do fornecedor: Em virtude do alto investimento em tecnologia e


treinamento de pessoal, as empresas podem hesitar em trocar os fornecedores de
banco de dados. Por essa razão, é menos provável que estes ofereçam vantagens
de preço aos clientes existentes, que ficarão restritos quanto a suas escolhas de
componentes de sistema de banco de dados.

Ciclos frequentes de atualização/substituição: os fornecedores de SGBDs atualizam


seus produtos adicionando novas funcionalidades. Em geral, esses recursos são
integrados a novas versões de atualização de software. Algumas dessas versões
exigem atualizações de hardware. Não são apenas as atualizações que geram
custo, mas também o treinamento dos usuários e administradores para que
utilizem e gerenciam adequadamente os novos recursos.

FONTE: Rob e Coronel (2011, p. 18)

RESUMO DO TÓPICO
Neste tópico, você viu que:

• Existe uma grande diferença entre dado, informação e conhecimento.

• Bancos de dados relacionais predominam no mundo do desenvolvimento de


software.

• SGBD ou Sistema Gerenciador de Bancos de Dados foi uma evolução do


paradigma de armazenamento em arquivos.

• Algumas dicas são importantes para ter sucesso na escolha do banco de dados a
ser utilizado.

AUTOATIVIDADES Unidade 1
- Tópico 1

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UNIDADE 1 - TÓPICO 1
menu settings

1 De acordo com o conteúdo estudado, defina o conceito de dado, informação e


conhecimento.

Responder

2 O que é um SGBD ou Sistema Gerenciador de Bancos de Dados e qual é a sua


melhoria em relação ao armazenamento de dados em arquivos? 

Responder

3 Dê quatro exemplos de bancos de dados relacionais disponíveis no mercado. 

Unidade 1
- Tópico 1

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menu settings

Responder

4 Cite as principais funções de um SGBD.

Responder

5 O que faz uma pessoa que tem o cargo de Administrador do Banco de Dados
(DBA – Database Administrator)?

Unidade 1
- Tópico 1

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