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SOLDA EM CHAPA DE AÇO

GALVANIZADA
• 1. SOLDA PARA AÇO GALVANIZADO RECOMENDAÇÕES
GERAIS
• 2. AVISO IMPORTANTE

ÍNDICE: • 3. PROCESSO ELETRODO REVESTIDO


• 4. PROCESSO GMAW-MIG/MAG Transferência curto
circuito e Transferência spray

• 5. PROCESSO GMAW-MIG/MAG Transferência


pulsada e Duplo pulso ou duplo ciclo térmico

• 6. GMAW – MIG – Brasagem– Com Gás 100% Argônio,


PROCESSO ARAME TUBULAR – com ou sem gás de
proteção, PROCESSO ARAME TUBULAR TIPO ALMA
METÁLICA (Metal Cored) e PROCESSO GTAW – TIG

• 7. Segurança na SOLDA
SOLDA PARA AÇO
GALVANIZADO
RECOMENDAÇÕES GERAIS
• A melhor maneira de se soldar chapas
galvanizadas, independente do processo de
solda, é remover a camada da região a ser
soldada, o que gera duas operações:
1. Remover a camada de zinco por escovamento
ou outro meio;
2. E, após a solda, reaplicar por spray uma nova
camada de zinco ou tinta anticorrosiva. Em
alguns casos, a reaplicação de camada de zinco
é feita mesmo quando a mesma não foi
removida antes da soldagem.
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• posicionar a chapa de maneira que o respingo não
vá aderir sobre a superfície. Isto quer dizer, por
exemplo, posicionar a chapa e soldar na posição
vertical descendente ou inclinada. Esta solução
geralmente se aplica em chapas mais finas devido a
menor penetração que se obtém ao soldar nesta
posição. Em chapas galvanizadas, a penetração é
ainda menor.
• o ideal é ter o menor comprimento de arco possível,
operar sempre com maior velocidade de soldagem
e, quando possível, agitar a poça de fusão para
permitir o escape dos gases. O objetivo é minimizar
a interferência junto ao arco pela queima do zinco.

• Importante!

• * Atente para o fato de que remover a camada de


zinco pode ser tão tóxico como soldar sobre a
camada. Sempre use EPI com a adequada
proteção, principalmente o de respiração. Use
máscaras com filtro apropriado e tenha boa
ventilação local.
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- PROCESSO ELETRODO
REVESTIDO
• Eletrodo da classe E6010 ou celulósico é o indicado;
• Utilizar corrente alternada é o recomendado;
• Utilize um movimento conhecido como “chicote” movendo
o eletrodo para frente e para trás, em movimentos
rápidos. Esta técnica “agita” a poça de fusão e ajuda a
vaporização do zinco, reduzindo a ocorrência de
porosidade e trinca;
• Use eletrodo com diâmetros acima de 3,2mm,
especialmente em chapas acima de 6mm. O objetivo é
queimar a camada de zinco pelo uso de maior corrente de
soldagem;
• Este processo gera bastante respingos, mas não há muito
mais a ser feito para reduzir esta ocorrência. Para amenizar
a aderência, o ideal é usar spray anti-respingos. 3
PROCESSO GMAW –
MIG/MAG
• Os arames mais comuns são o ER70S-6 e o ER 70S-3 (muito popular
nos EUA);
• Existem outros tipos de arame ou processo desenvolvidos para
soldagem de chapas galvanizadas, como o arame tubular metal cored
(alma metálica) e o tubular autoprotegido.
• Tipos de transferência metálica no processo GMAW – MIG/MAG
1. Para chapas finas (abaixo de 4mm), utilize a transferência curto
circuito e opere com stickout máximo de 10 vezes o diâmetro do
arame. Coloque o bico de contato paralelo ou até 3mm para fora do
bocal e assim terá excelente estabilidade do arco. Use gás 100%
CO2 ou mistura de argônio com, no mínimo, 20% de CO2.
Movimentos do arco podem minimizar ocorrência de porosidade
devido ao agito da poça de fusão e permitir o escape de gases. O
mesmo acima serve para serem feitas soldas fora de posição como
vertical descendente, sobre cabeça ou vertical ascendente.
2. Transferência spray com arco curto (menor tensão/volts) pode
também ser utilizada e operar em maiores velocidades. Siga o acima
mencionado sobre stickout, posição do bico de contato e
movimentos com a tocha para permitir escape de gases. 4
3.Transferência pulsada é uma boa opção
principalmente quando o equipamento possui
curvas/programas que possibilitem o uso de
pulsado com arco curto. Maior frequência de
pulsação “agita” mais a poça de fusão e reduz
bastante a ocorrência de porosidade e de
respingos.
4.Duplo pulso ou duplo ciclo térmico pode ser
uma outra ótima alternativa devido à agitação da
poça de fusão de forma cadenciada executada
por este recurso. Respingos, porosidade e trincas
formam a maioria dos problemas que ocorrem
em outros processos, mas com MIG/MAG se tem
mais opções para reduzir estas ocorrências,
sendo algumas mencionadas acima. Neste
processo, é possível tentar diversos tipos de
combinações de gases (sempre envolvendo a
presença do CO2) e, seguindo as dicas acima, ter
ótimos resultados.

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• GMAW – MIG – Brasagem– Com Gás 100% Argônio
• O uso de arames AWS ERCuSi-A nesta variação do processo GMAW é muito
comum na indústria automotiva. Permite se soldar com baixo aporte térmico e
fusão por capilaridade, similar ao processo de brasagem. Haverá menor diluição
e queima do zinco, além de redução de geração de respingos e porosidade e
suscetibilidade a trinca.
• - PROCESSO ARAME TUBULAR – com ou sem gás de proteção

• Não é recomendado este processo, pois ele gera a chamada escória. Uma opção
seria o tipo arame tubular auto protegido AWS E71T-11, por gerar mínima
escória, mas haverá excesso de fumos e ainda poderá ocorrer porosidade fina
alinhada.
• - PROCESSO ARAME TUBULAR TIPO ALMA METÁLICA (Metal Cored)

• Similar ao MIG/MAG e com diversas opções dadas pelos fabricantes;


• Idealmente utilize gás mistura, mas alguns operam com 100% de CO2.
• - PROCESSO GTAW – TIG

• Caso não tenha outro processo disponível dos acima mencionados, o TIG
somente terá sucesso na soldagem de chapas galvanizadas caso a camada de
zinco for totalmente removida da região a ser soldada. Caso seja tubo
galvanizado, a camada de zinco de seu interior também deverá ser removida.
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• Fique de olho na segurança!

• Além dos cuidados mencionados anteriormente na soldagem


de chapas galvanizadas e nas ocorrências com poros e
respingos, existe a questão de segurança devido ao índice de
toxidade causado pela queima e vaporização do zinco.
Portanto, é imperativo utilizar EPI e ventilação local
apropriados nas operações de soldagem, particularmente na
soldagem de chapas galvanizadas.

• Os vapores e gases gerados pela queima do zinco, se inalados,


causam desconforto e sintomas similar a gripe, febre e mal-
estar geral, causando até mesmo afastamento do trabalho.

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