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Física Aplicada

Apostila de Teoria
SUMÁRIO

CINEMÁTICA ................................................................................................................................. 3

1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS............................................................................................... 3

2. MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME (MRU) ........................................................................ 5

EXERCÍCIOS DE MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME..................................................... 8

3. MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO (MRUV) ..................................... 26

EXERCÍCIOS DE MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO ..................... 30

4. MOVIMENTO CIRCULAR (MC) ............................................................................................. 51

5. MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME (MCU) ...................................................................... 55

6. TRANSMISSÃO DE MCU ...................................................................................................... 56

EXERCÍCIOS DE MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME ................................................... 58

ESTÁTICA .................................................................................................................................... 68

1. GRANDEZAS VETORIAIS..................................................................................................... 68

2. EQUILÍBRIO DE UM PONTO MATERIAL .............................................................................. 71

EXERCÍCIOS DE VETORES E DE EQUILÍBRIO EM PONTO MATERIAL .......................... 72

3. EQUILÍBRIO DE CORPOS EXTENSOS .............................................................................. 110

EXERCÍCIOS DE EQUILÍBRIO DE CORPOS EXTENSOS ............................................... 111

ANOTAÇÕES ............................................................................................................................. 130


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CINEMÁTICA

A cinemática é a parte da mecânica que estuda e descreve os movimentos, sem se


preocupar com as suas causas. Seu objetivo é descrever apenas como se movem os corpos.

1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS

Em geral, na cinemática, estuda-se o movimento de um corpo qualquer, tratando o mesmo


como uma partícula ou um ponto material. Esta representação é possível devido às dimensões
do corpo em movimento, considerado nestes estudos, serem desprezíveis em comparação com as
demais dimensões que participam do fenômeno.

Outro conceito importante que deve ser ressaltado é o de movimento. No dia a dia costuma-
se associar a ideia de movimento a tudo que esteja em constante mudança, atividade, animação,
agitação, evolução, desenvolvimento etc. Entretanto, na física, a ideia de movimento assume um
significado restrito:

MOVIMENTO: Variação, em função do tempo, da posição de um corpo


em relação a outro corpo que serve de referência.

Considerando isto, o conceito de movimento de um corpo está associado a outro corpo que
serve de referência.

a) SISTEMA DE REFERÊNCIA

Quando se diz que um corpo está em movimento, há de se explicitar em relação a que outro
corpo sua posição se altera em função do tempo. Imagine um trem que se aproxima de uma estação
onde alguns passageiros aguardam sentados. Em relação à estação, o trem está em movimento e
os passageiros estão em repouso. Já em relação ao trem, tanto a estação quanto os passageiros
estão em movimento. Neste sentido, o conceito de movimento é relativo, ou seja, depende do corpo
de referência adotado.

Sendo assim, na cinemática, deve-se sempre associar o movimento de um corpo a um


referencial, cuja definição pode ser dada por:

REFERENCIAL: todo corpo ou ponto em relação ao qual se verifica a


variação de posição de outro corpo.

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b) MOVIMENTO, REPOUSO E TRAJETÓRIA

Quando a posição de um corpo varia, em relação a um dado referencial, durante um intervalo


de tempo qualquer, diz-se que há movimento. Por outro lado, se a posição do corpo não varia, em
relação a um referencial, durante um intervalo de tempo, diz-se que esse corpo está em repouso.

Outro conceito que depende fundamentalmente do referencial adotado é o de trajetória. A


trajetória de um corpo pode ser entendida como o caminho que ele percorreu durante sucessivos
instantes de tempo, ao longo de seu movimento.

A B

Figura 1: Exemplos de trajetórias: A) Retilínea e B) Parabólica.

c) DESLOCAMENTO E DISTÂNCIA PERCORRIDA

Deslocamento decorre da definição de movimento. O conceito de distância percorrida, vem


da definição de trajetória. Note o conceito de cada um deles através da figura abaixo.

Figura 2: Deslocamento (∆𝑆) e distância percorrida do ponto A ao ponto B (𝑑1 ou 𝑑2 ).

Supõe-se que um corpo partindo do ponto A alcance o ponto B ora pelo caminho 1, ora pelo
caminho 2. O deslocamento do corpo, em ambos os casos, é ∆𝑆 que liga os dois pontos. Assim,
dado um sistema de referência, a partir do qual se possa determinar a posição 𝑆𝑖 do ponto A e a
posição 𝑆𝑓 do ponto B, define-se o deslocamento ∆𝑆:

∆𝑺 = 𝑺𝒇 − 𝑺𝒊

Já as distâncias percorridas dependerão do comprimento de cada uma das trajetórias,


caminho 1: 𝑑1 e caminho 2: 𝑑2 .

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d) VELOCIDADE MÉDIA E VELOCIDADE INSTANTÂNEA

A velocidade média (𝑉𝑚 ) é definida a partir do conceito de deslocamento. Ela informa a


rapidez com que o corpo se desloca entre duas posições. Logo, define-se a velocidade média como
sendo a razão entre o deslocamento ∆𝑆 e o intervalo de tempo ∆𝑡 associado:

∆𝑺
𝑽𝒎 =
∆𝒕

A definição de velocidade instantânea (𝑉), ou simplesmente velocidade, é similar à da


velocidade média. É o valor para que tende a velocidade média do corpo quando ∆𝑡 tende a zero.

∆𝑺 𝒅𝑺
𝑽 = 𝐥𝐢𝐦 =
∆𝒕→𝟎 ∆𝒕 𝒅𝒕

A velocidade instantânea é a derivada do espaço em relação ao tempo.

2. MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME (MRU)

O MRU é aquele em que o deslocamento do corpo (em relação a um referencial) se dá em


uma trajetória retilínea (em linha reta) com o valor de velocidade constante.

Exemplo: Se um móvel em movimento retilíneo uniforme está com velocidade de 20 m/s, isto
significa que em qualquer instante o valor da velocidade deste móvel será de 20 m/s, ou seja, não
haverá variação na velocidade do mesmo.

Figura 3: Móvel em movimento retilíneo uniforme (MRU).

Todo corpo em movimento sofre uma variação de posição. Para indicar a posição de um
corpo em um determinado instante, utilizamos a equação denominada Função Horária do Espaço,
na qual 𝑆 é a posição final, 𝑆𝑜 é a posição inicial, 𝑉 é a velocidade e 𝑡 é o tempo:

Função Horária do Espaço


(FHS)
𝑺 = 𝑺𝒐 + 𝑽(𝒕 − 𝒕𝒐 )

IMPORTANTE! Quando o móvel se desloca no sentido da orientação positiva da trajetória,


sua velocidade é positiva e seu movimento é chamado progressivo; quando ele se desloca
em sentido contrário à orientação positiva da trajetória, temos que a velocidade é negativa e
o movimento é retrógrado ou regressivo.
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a) GRÁFICOS NO MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME

De um modo geral, utilizaremos os gráficos para mostrar a evolução no tempo de grandezas


como espaço, velocidade e aceleração.

Espaço em função do tempo (S x t)

𝑺 = 𝑺𝒐 + 𝑽(𝒕 − 𝒕𝒐 )

Velocidade em função do tempo (V x t)

𝑽 = 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆

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b) PROPRIEDADES DOS GRÁFICOS DO MRU

No gráfico S x t, temos:

Pela definição de tangente: 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜


𝑡𝑔𝜃 =
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒

Aplicando a definição de tangente, tem-se: Δ𝑆


𝑡𝑔𝜃 =
Δ𝑡

Δ𝑆 𝑉𝑚 = 𝑡𝑔𝜃
Sabendo-se que 𝑉𝑚 = Δt
, então:

No gráfico V x t, temos:

Definição da área de um retângulo: 𝐴 = 𝑏 .ℎ

Aplicando a definição de área no gráfico V x t: 𝐴 = Δ𝑡 . 𝑉𝑚

ΔS 𝐴 = Δ𝑆
Sabendo-se que 𝑉𝑚 = Δ𝑡
, então

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EXERCÍCIOS DE MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME

1) Um móvel percorre uma trajetória retilínea e suas posições variam com o tempo conforme o
gráfico abaixo.

Determinar:
a) A função horária dos espaços em cada trecho;

b) O gráfico da velocidade em função do tempo.

Respostas:

a) 0≤𝑡 ≤2𝑠 𝑆 = 5𝑡 (𝑆𝐼)


2≤𝑡 ≤6𝑠 𝑆 = 16 − 3𝑡 (𝑆𝐼)
b)

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2) A velocidade de um móvel que percorre uma reta, varia com o tempo conforme o gráfico abaixo.
Sabe-se que no instante 𝑡 = 0 o móvel está na posição 𝑆 = 4 𝑚.
Pede-se:
a) A função horária dos espaços em cada trecho;

b) O gráfico dos espaços em função do tempo.

Respostas:

a) 0≤𝑡 ≤2𝑠 𝑆 = 4 − 3𝑡(𝑆𝐼)


2≤𝑡 ≤4𝑠 𝑆 = −8 + 3𝑡 (𝑆𝐼)
b)

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3) Uma partícula percorre uma trajetória retilínea e sua posição varia com o tempo segundo o
gráfico abaixo.
Pede-se:
a) O instante em que ocorre a inversão do sentido
do movimento;

b) As funções horárias dos espaços;

c) O instante em que o móvel passa pela origem da


trajetória.

Respostas:

a) 𝑡 =4𝑠
b) 0≤𝑡 ≤4𝑠 𝑆 = 8 − 3𝑡 (𝑆𝐼)
4≤𝑡 ≤8𝑠 𝑆 = −12 + 2𝑡 (𝑆𝐼)
c) 𝑡𝐼 = 2,7 𝑠 𝑡𝐼𝐼 = 6,0 𝑠

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4) Uma partícula percorre uma trajetória retilínea e sua posição varia com o tempo segundo o
gráfico abaixo.
Pede-se:
a) O deslocamento (Variação de espaço) total e
em cada trecho;
b) O espaço percorrido entre 0 e 6 segundos;
c) A classificação do movimento em cada trecho;
d) Esboçar o gráfico da velocidade em função do
tempo.
Respostas:

a) 0≤𝑡 ≤2𝑠 Δ𝑆𝐼 = −16𝑚


2≤𝑡 ≤4𝑠 Δ𝑆𝐼𝐼 = 0
4≤𝑡 ≤6𝑠 Δ𝑆𝐼𝐼𝐼 = 20 𝑚
0≤𝑡 ≤6𝑠 Δ𝑆𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 4 𝑚
b) 𝑆 = 36 𝑚
c) 0≤𝑡 ≤2𝑠 Mov. Regressivo
2≤𝑡 ≤4𝑠 Repouso
4≤𝑡 ≤6𝑠 Mov. Progressivo
d)

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5) A velocidade de uma partícula que se movimenta sobre uma trajetória retilínea, varia com o
tempo segundo o gráfico abaixo. Sabe-se que no instante 𝑡 = 0 a posição do móvel é 𝑆𝑜 = −2𝑚.

Pede-se:
a) O gráfico do espaço em função do tempo;

b) A posição do móvel em 𝑡 = 3 𝑠 e 𝑡 = 5𝑠.

Respostas:

a)

b) 𝑆3 = 7 𝑚
𝑆5 = 7 𝑚

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6) A velocidade de um móvel que percorre uma reta varia com o tempo conforme o gráfico abaixo.
Sabe-se que no instante 𝑡 = 6 𝑠 o móvel está na posição 𝑆 = 10 𝑚.

Pede-se:
a) A posição do móvel no instante 𝑡 = 0;

b) A posição do móvel em 𝑡 = 3 𝑠 e 𝑡 = 5𝑠.

Respostas:

a) 𝑆𝑜 = 2 𝑚

b)

𝑆3 = 10 𝑚
𝑆5 = 8 𝑚

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7) Um móvel com trajetória retilínea e em Movimento Uniforme obedece no seu movimento o


diagrama abaixo.
Pede-se:
a) Instante(s) onde o móvel inverte o sentido do
movimento;
b) Instante(s) onde o móvel passa pela origem da
trajetória;
c) O deslocamento (variação de espaço) total e
em cada trecho;
d) A classificação do movimento em cada trecho;
e) Esboçar o gráfico da velocidade em função do
tempo;
f) O espaço percorrido entre 0 e 5 segundos;
g) A equação horária dos espaços em cada
trecho;
h) A posição do móvel para t = 3 segundos.

Respostas:

a) 𝑡 =2𝑠
b) 𝑡 =4𝑠
c) ∆𝑆0,2 = 6 𝑚
∆𝑆2,5 = −15 𝑚
∆𝑆0,5 = −9 𝑚
d) 0≤𝑡 ≤2𝑠 Mov. Progressivo
2≤𝑡 ≤5𝑠 Mov. Regressivo
e)

f) 𝑑0,5 = 21 𝑚
g) 0≤𝑡 ≤2𝑠 𝑆 = 4 + 3𝑡 (𝑆𝐼)
2≤𝑡 ≤5𝑠 𝑆 = 20 − 5𝑡 (𝑆𝐼)
h) 𝑆 =5𝑚

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8) Um móvel com trajetória retilínea e em Movimento Uniforme obedece no seu movimento o


diagrama abaixo.
Pede-se:
a) Instante(s) onde o móvel inverte o sentido do
movimento;
b) Instante(s) onde o móvel passa pela origem da
trajetória;
c) O deslocamento (Variação de espaço) total e
em cada trecho;
d) A classificação do movimento em cada trecho;
e) Esboçar o gráfico da velocidade em função do
tempo;
f) O espaço percorrido entre 0 e 7 segundos;
g) A equação horária dos espaços e em cada
trecho;
h) A posição do móvel para 𝑡 = 5 𝑠

Respostas:

a) 𝑡 =3𝑠
b) 𝑡 = 2,4 𝑠 𝑡 =4𝑠
c) ∆𝑆0,3 = −20 𝑚
∆𝑆3,7 = 16 𝑚
∆𝑆0,7 = −4 𝑚
d) 0≤𝑡 ≤3𝑠 Mov. Regressivo
3≤𝑡 ≤7𝑠 Mov. Progressivo
e)

f) 𝑑0,7 = 36 𝑚
g) 0≤𝑡 ≤3𝑠 𝑆 = 16 − 6,67𝑡 (𝑆𝐼)
3≤𝑡 ≤7𝑠 𝑆 = −16 + 4𝑡 (𝑆𝐼)
h) 𝑆 =4𝑚

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9) Um móvel com trajetória retilínea e em Movimento Uniforme obedece no seu movimento o


diagrama abaixo. Quando 𝑡 = 2 𝑠, sabe-se que o móvel se encontra na posição de 10 metros
em sua trajetória.
Pede-se:
a) Instante(s) onde o móvel inverte o sentido do
movimento;
b) Instante(s) onde o móvel passa pela origem da
trajetória;
c) O deslocamento (variação de espaço) total e
em cada trecho;
d) A classificação do movimento em cada trecho;
e) Esboçar o gráfico do espaço em função do
tempo;
f) O espaço percorrido entre 0 e 8 segundos;
g) A equação horária dos espaços em cada
trecho;
h) A posição do móvel para 𝑡 = 6 𝑠.

Respostas:

a) 𝑡 =2𝑠
b) 𝑡 =7𝑠
c) ∆𝑆0,2 = 8 𝑚
∆𝑆2,8 = −12 𝑚
∆𝑆0,8 = −4 𝑚
d) 0≤𝑡 ≤2𝑠 Mov. Progressivo
2≤𝑡 ≤8𝑠 Mov. Regressivo
e)

f) 𝑑0,8 = 20 𝑚
g) 0≤𝑡 ≤2𝑠 𝑆 = 2 + 4𝑡 (𝑆𝐼)
2≤𝑡 ≤8𝑠 𝑆 = 14 − 2𝑡 (𝑆𝐼)
h) 𝑆 =2𝑚

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10) Um móvel com trajetória retilínea e em Movimento Uniforme obedece no seu movimento o
diagrama abaixo. Quando 𝑡 = 9 𝑠, sabe-se que o móvel se encontra na posição de 49 metros
em sua trajetória.
Pede-se:
a) Instante(s) onde o móvel inverte o sentido do
movimento;
b) Instante(s) onde o móvel passa pela origem da
trajetória;
c) O deslocamento (variação de espaço) total e
em cada trecho;
d) A classificação do movimento em cada trecho;
e) Esboçar o gráfico do espaço em função do
tempo;
f) O espaço percorrido entre 0 e 9 segundos;
g) A equação horária dos espaços em cada
trecho;
h) A posição do móvel para 𝑡 = 8 𝑠.

Respostas:

a) 𝑡 =5𝑠
b) Não passa
c) ∆𝑆0,5 = −15 𝑚
∆𝑆5,9 = 24 𝑚
∆𝑆0,9 = 9 𝑚
d) 0≤𝑡 ≤5𝑠 Mov. Regressivo
5≤𝑡 ≤9𝑠 Mov. Progressivo
e)

f) 𝑑0,9 = 39 𝑚
g) 0≤𝑡 ≤5𝑠 𝑆 = 40 − 3𝑡 (𝑆𝐼)
5≤𝑡 ≤9𝑠 𝑆 = −5 + 6𝑡 (𝑆𝐼)
h) 𝑆 = 43 𝑚

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11) Um móvel com trajetória retilínea e em Movimento Uniforme obedece no seu movimento o
diagrama abaixo. Quando 𝑡 = 3 𝑠, sabe-se que o móvel se encontra na posição de 20 metros
em sua trajetória.
Pede-se:
a) Instante(s) onde o móvel inverte o sentido do
movimento;
b) Instante(s) onde o móvel passa pela origem da
trajetória;
c) O deslocamento (variação de espaço) total e
em cada trecho;
d) A classificação do movimento em cada trecho;
e) Esboçar o gráfico do espaço em função do
tempo;
f) O espaço percorrido entre 0 e 7 segundos;
g) A equação horária dos espaços em cada
trecho;
h) A posição do móvel para 𝑡 = 5 𝑠.

Respostas:

a) 𝑡 =3𝑠
b) Não passa
c) ∆𝑆0,3 = −24 𝑚
∆𝑆3,7 = 24 𝑚
∆𝑆0,7 = 0 𝑚
d) 0≤𝑡 ≤3𝑠 Mov. Regressivo
3≤𝑡 ≤7𝑠 Mov. Progressivo
e)

f) 𝑑0,7 = 48 𝑚
g) 0≤𝑡 ≤3𝑠 𝑆 = 44 − 8𝑡 (𝑆𝐼)
3≤𝑡 ≤7𝑠 𝑆 = 2 + 6𝑡 (𝑆𝐼)
h) 𝑆 = 32 𝑚

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3. MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO (MRUV)

O MRUV é aquele que se realiza em uma trajetória retilínea e que o valor numérico da sua
velocidade varia com o decorrer do tempo. A variação da velocidade com o decorrer do tempo é
denominada de aceleração. Logo, no MRUV a aceleração será constante e diferente de zero.

∆𝑽
𝒂=
∆𝒕

IMPORTANTE: No MRUV quando a velocidade e a aceleração têm mesmo sinal (ambas são
positivas ou ambas são negativas) o movimento é dito acelerado. Quando a velocidade e a
aceleração possuem sinais diferentes, o movimento é retardado.

Função Horária da Velocidade


𝑽 = 𝑽𝒐 + 𝒂(𝒕 − 𝒕𝒐 )
(FHV)

Função Horária do Espaço 𝒂


𝑺 = 𝑺𝒐 + 𝑽𝒐 (𝒕 − 𝒕𝒐 ) + (𝒕 − 𝒕𝒐 )𝟐
(FHS) 𝟐

a) GRÁFICOS NO MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO

Velocidade em função do tempo (V x t)

𝑽 = 𝑽𝒐 + 𝒂(𝒕 − 𝒕𝒐 )

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Espaço em função do tempo (S x t)


𝒂
𝑺 = 𝑺𝒐 + 𝑽𝒐 (𝒕 − 𝒕𝒐 ) + (𝒕 − 𝒕𝒐 )𝟐
𝟐

Aceleração em função do tempo (a x t)


𝒂 = 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆

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b) PROPRIEDADES DOS GRÁFICOS DO MRUV

No gráfico V x t, temos:

Pela definição de tangente: 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜


𝑡𝑔𝜃 =
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒

Aplicando a definição de tangente, tem-se: ΔV


𝑡𝑔𝜃 =
Δ𝑡

ΔV 𝑎 = 𝑡𝑔𝜃
Sabendo-se que 𝑎 = , então:
Δt

No gráfico a x t, temos:

Definição da área de um retângulo: 𝐴 = 𝑏 .ℎ

Aplicando a definição de área no gráfico V x t: 𝐴 = Δ𝑡 . 𝑎

ΔV 𝐴 = ΔV
Sabendo-se que 𝑎 = Δ𝑡
, então

Portanto, se tivermos um gráfico a x t no MRUV, a área abaixo da curva, nos fornecerá o


valor da variação de velocidade.
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c) EQUAÇÃO DE TORRICELLI

A equação de Torricelli permite o cálculo da velocidade final de um corpo que esteja em


Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV) mesmo sem saber o intervalo de tempo
decorrido. Elaborada pelo físico e matemático italiano Evangelista Torricelli, a equação de Torricelli
relaciona grandezas como aceleração, velocidade inicial e final e o deslocamento de um corpo em
MRUV e foi elaborada a partir da união da função horária da velocidade (FHV) com a função horária
da posição (FHS).

FHV: FHS:
𝒂
𝑺 = 𝑺𝒐 + 𝑽𝒐 . (𝒕 − 𝒕𝒐 ) + . (𝒕 − 𝒕𝒐 )𝟐
𝑽 = 𝑽𝒐 + 𝒂. (𝒕 − 𝒕𝒐 ) 𝟐

Isolando o termo temporal: 𝑽 − 𝑽𝒐 𝑎 𝑽 − 𝑽𝒐 2


𝑆 = 𝑆𝑜 + 𝑉𝑜 . ( )+ .( )
𝒂 2 𝒂
𝑉 − 𝑉𝑜 = 𝑎 . (𝑡 − 𝑡𝑜 )
𝑉 − 𝑉𝑜 𝑎 𝑉 − 𝑉𝑜 2
𝑽 − 𝑽𝒐 𝑆 − 𝑆𝑜 = 𝑉𝑜 . ( )+ .( )
(𝒕 − 𝒕𝒐 ) = 𝑎 2 𝑎
𝒂
𝑉 − 𝑉𝑜 𝑎 𝑉 2 − 2. 𝑉𝑜 . 𝑉 + 𝑉𝑜 2
𝑆 − 𝑆𝑜 = 𝑉𝑜 . ( )+ .( )
𝑎 2 𝑎2

𝑉𝑜 . 𝑉 − 𝑉𝑜 2 𝑎 𝑉 2 − 2. 𝑉𝑜 . 𝑉 + 𝑉𝑜 2
∆𝑆 = ( )+ .( )
𝑎 2 𝑎2

𝑉𝑜 . 𝑉 − 𝑉𝑜 2 𝑉 2 − 2. 𝑉𝑜 . 𝑉 + 𝑉𝑜 2
∆𝑆 = ( )+( )
𝑎 2𝑎

MMC:
2. 𝑉𝑜 . 𝑉 − 2. 𝑉𝑜 2 + 𝑉 2 − 2. 𝑉𝑜 . 𝑉 + 𝑉𝑜 2
∆𝑆 = ( )
2𝑎

− 2. 𝑉𝑜 2 + 𝑉 2 + 𝑉𝑜 2 𝑉 2 − 𝑉𝑜 2
∆𝑆 = ( ) → ∆𝑆 = ( )
2𝑎 2𝑎

𝑉 2 − 𝑉𝑜 2 = 2𝑎 . ∆𝑆 → 𝑽𝟐 = 𝑽𝒐 𝟐 + 𝟐𝒂 . ∆𝑺

𝑽𝟐 = 𝑽𝒐 𝟐 + 𝟐 . 𝒂. ∆𝑺

Em que:

𝑉 é a velocidade escalar final no estudo do movimento. No SI, é dada em 𝑚/𝑠;

𝑉𝑜 é a velocidade escalar inicial no estudo do movimento. No SI, é dada em 𝑚/𝑠;

𝑎 é a aceleração escalar. No SI, é dada em 𝑚/𝑠 2 ;

∆𝑆 é o deslocamento escalar. No SI, é dado em 𝑚;

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EXERCÍCIOS DE MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO

1) A velocidade de uma partícula que se movimenta sobre uma trajetória, varia com o tempo
segundo o abaixo. Sabe-se que no início da contagem do tempo o espaço do móvel é 30 m.
Pede-se:
a) As funções horárias da velocidade;
b) As funções horárias do espaço;
c) O gráfico da aceleração em função do tempo.

Respostas:

a) 0≤𝑡 ≤2𝑠 𝑉 = 30𝑡 (𝑆𝐼)


2≤𝑡 ≤4𝑠 𝑉 = 120 − 30𝑡 (𝑆𝐼)
b) 0≤𝑡 ≤2𝑠 𝑆 = 30 + 15𝑡 2 (𝑆𝐼)
2≤𝑡 ≤4𝑠 𝑆 = −90 + 120𝑡 − 15𝑡 2 (𝑆𝐼)
c)

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2) A aceleração de uma partícula em movimento retilíneo varia com o tempo de acordo com o
gráfico abaixo. Sabe-se que para 𝑡 = 0, tem-se 𝑉 = 0 e 𝑆 = 50 𝑚.

Pede-se:
a) O gráfico da velocidade em função do tempo;
b) As funções horárias do espaço em cada
trecho.
Respostas:

a)

b) 0≤𝑡 ≤2𝑠 𝑆 = 50 + 3𝑡 2 (𝑆𝐼)


2≤𝑡 ≤6𝑠 𝑆 = 32 + 18𝑡 − 1,5𝑡 2 (𝑆𝐼)

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3) O gráfico a seguir representa a velocidade escalar de um móvel durante 15 s de movimento.


Com base nessas informações, faça o que se pede.
Pede-se:
a) As funções horárias da velocidade;
b) As funções horárias do espaço, sabendo que
em 𝑡 = 10 𝑠, a posição do móvel é 𝑆 = 100 𝑚.
Respostas:

a) 0≤𝑡 ≤5𝑠 𝑉 = 10 + 4𝑡 (𝑆𝐼)


5 ≤ 𝑡 ≤ 10 𝑠 𝑉 = 30 𝑚/𝑠
10 ≤ 𝑡 ≤ 15 𝑠 𝑉 = 90 − 6𝑡 (𝑆𝐼)
b) 0≤𝑡 ≤5𝑠 𝑆 = −150 + 10𝑡 + 2𝑡 2 (𝑆𝐼)
5 ≤ 𝑡 ≤ 10 𝑠 𝑆 = −200 + 30𝑡 (𝑆𝐼)
10 ≤ 𝑡 ≤ 15 𝑠 𝑆 = −500 + 90𝑡 − 3𝑡 2 (𝑆𝐼)

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4) Um móvel se desloca sobre uma trajetória conforme o diagrama abaixo.


Pede-se:
a) Classifique os movimentos do móvel para cada
intervalo de tempo;
b) O instante de tempo em que a velocidade é
máxima;
c) As velocidades do móvel nos instantes 𝑡 = 2 𝑠,
𝑡 = 5 𝑠 e 𝑡 = 8 𝑠;
d) O gráfico da aceleração em função do tempo;
e) As funções horárias do espaço para cada
intervalo de tempo, sabendo que em 𝑡 = 0, a
posição do móvel é 𝑆 = 50 𝑚.
Respostas:

a) 0≤𝑡 ≤3𝑠 Mov. Prog. Acelerado


3≤𝑡 ≤8𝑠 Mov. Prog. Retardado
b) 𝑡 =3𝑠
c) 𝑡 = 2 𝑠 → 𝑉 = 6 𝑚/𝑠
𝑡 = 5 𝑠 → 𝑉 = 4,8 𝑚/𝑠
𝑡 =8𝑠 →𝑉 =0
d)

e) 0≤𝑡 ≤3𝑠 𝑆 = 50 + 2𝑡 + 𝑡 2 (𝑆𝐼)


3≤𝑡 ≤8𝑠 𝑆 = 33,8 + 12,8𝑡 − 0,8𝑡 2 (𝑆𝐼)

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5) Um móvel se desloca sobre uma reta segundo o diagrama abaixo. Sabe-se que para 𝑡 = 30 𝑠 a
posição do móvel é 𝑆 = −10 𝑚.
Pede-se:
a) Classifique os movimentos do móvel para cada
intervalo;
b) A distância percorrida no intervalo de 0 a 15 s;
c) O gráfico do espaço em função do tempo;
d) As funções horárias da velocidade para cada
intervalo.
Respostas:

a) 0≤𝑡 ≤5𝑠 Mov. Prog. Acelerado


5 ≤ 𝑡 ≤ 15 𝑠 Mov. Progressivo
15 ≤ 𝑡 ≤ 30 𝑠 Mov. Prog. Retardado
b) 𝑑 = 425 𝑚
c)

d) 0≤𝑡 ≤5𝑠 𝑉 = 20 + 2𝑡 (𝑆𝐼)


5 ≤ 𝑡 ≤ 15 𝑠 𝑉 = 30 𝑚/𝑠
15 ≤ 𝑡 ≤ 30 𝑠 𝑉 = 60 − 2𝑡 (𝑆𝐼)

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6) A aceleração de uma partícula obedece ao gráfico abaixo. Sabendo-se que para 𝑡 = 0 sua
velocidade é 𝑉 = 30 𝑚/𝑠, faça o que se pede.
Pede-se:
a) As funções horárias da velocidade para
cada intervalo de tempo;
b) O gráfico da velocidade em função do
tempo;
Respostas:

a) 0≤𝑡 ≤2𝑠 𝑉 = 30 − 10𝑡 (𝑆𝐼)


2≤𝑡 ≤4𝑠 𝑉 = 10 𝑚/𝑠
4≤𝑡 ≤6𝑠 𝑉 = −110 + 30𝑡 (𝑆𝐼)
6≤𝑡 ≤8𝑠 𝑉 = 130 − 10𝑡 (𝑆𝐼)
b)

40
Física Aplicada – Apostila de Teoria

41
Física Aplicada – Apostila de Teoria

7) A velocidade de uma partícula que se movimenta sobre uma trajetória retilínea varia com o
tempo segundo o gráfico abaixo. Sabe-se que no intervalo 0 < 𝑡 < 4 𝑠, a variação do espaço é
de 60 𝑚.
Pede-se:
a) As funções horárias das velocidades;
b) O gráfico da aceleração em função do tempo;
c) A velocidade máxima da partícula
Respostas:

a) 0≤𝑡 ≤2𝑠 𝑉 = 15𝑡 (𝑆𝐼)


2≤𝑡 ≤4𝑠 𝑉 = 60 − 15𝑡 (𝑆𝐼)
4≤𝑡 ≤6𝑠 𝑉 = −40 + 10𝑡 (𝑆𝐼)
b)

c) 𝑉 = 30 𝑚/𝑠

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Física Aplicada – Apostila de Teoria

43
Física Aplicada – Apostila de Teoria

8) Um móvel em movimento uniformemente variado obedece no seu movimento ao diagrama


abaixo. Sabe-se que para 𝑡 = 0, o móvel encontra-se em 𝑆 = 40 𝑚.
Pede-se:
a) O instante em que a velocidade é máxima;
b) O instante em que o móvel para;
c) A classificação do movimento em cada trecho;
d) As funções horárias da velocidade em cada
trecho;
e) As funções horárias do espaço em cada
trecho;
f) O gráfico do espaço em função do tempo;
g) O gráfico da aceleração em função do tempo;
h) O instante em que o móvel inverte o sentido do
movimento.
Respostas:

a) 𝑡 =5𝑠
b) 𝑡 = 10 𝑠
c) 0≤𝑡 ≤5𝑠 Mov. Prog. Acelerado
5 ≤ 𝑡 ≤ 10 𝑠 Mov. Prog. Retardado
d) 0≤𝑡 ≤5𝑠 𝑉 = 30 + 6𝑡 (𝑆𝐼)
5 ≤ 𝑡 ≤ 10 𝑠 𝑉 = 120 − 12𝑡 (𝑆𝐼)
e) 0≤𝑡 ≤5𝑠 𝑆 = 40 + 30𝑡 + 3𝑡 2 (𝑆𝐼)
5 ≤ 𝑡 ≤ 10 𝑠 𝑆 = −185 + 120𝑡 − 6𝑡 2 (𝑆𝐼)
f)

g)

h) Não inverte

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Física Aplicada – Apostila de Teoria

45
Física Aplicada – Apostila de Teoria

9) O comportamento de um móvel que percorre uma trajetória em movimento uniformemente


variado obedece ao diagrama abaixo. Sabe-se que para 𝑡 = 2𝑠, o móvel encontra-se na posição
𝑆 = 40 𝑚.
Pede-se:
a) O instante em que a velocidade é máxima;
b) O instante em que ele para;
c) A classificação do movimento em cada trecho;
d) O gráfico da aceleração em função do tempo;
e) As funções horárias do espaço em cada
trecho;
f) As funções horárias da velocidade em cada
trecho;
g) O gráfico do espaço em função do tempo;
h) O instante em que o móvel inverte o sentido do
movimento.
Respostas:

a) 𝑡 =2𝑠
b) 𝑡 =6𝑠
c) 0≤𝑡 ≤2𝑠 Mov. Prog. Acelerado
2≤𝑡 ≤6𝑠 Mov. Prog. Retardado

d)

e) 0≤𝑡 ≤2𝑠 𝑆 = −20 + 20𝑡 + 5𝑡 2 (𝑆𝐼)


2≤𝑡 ≤6𝑠 𝑆 = −60 + 60𝑡 − 5𝑡 2 (𝑆𝐼)
f) 0≤𝑡 ≤2𝑠 𝑉 = 20 + 10𝑡 (𝑆𝐼)
2≤𝑡 ≤6𝑠 𝑉 = 60 − 10𝑡 (𝑆𝐼)
g)

h) Não inverte
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Física Aplicada – Apostila de Teoria

47
Física Aplicada – Apostila de Teoria

10) A aceleração de uma partícula obedece ao gráfico abaixo. Sabendo-se que no instante 𝑡 = 8 𝑠,
tem-se 𝑉 = −10 𝑚/𝑠, faça o que se pede.
Pede-se:
a) As funções horárias da velocidade;
b) O gráfico da velocidade em função do tempo.

Respostas:

a) 0≤𝑡 ≤4𝑠 𝑉 = −50 − 10𝑡 (𝑆𝐼)


4≤𝑡 ≤8𝑠 𝑉 = −170 + 20𝑡 (𝑆𝐼)
b)

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Física Aplicada – Apostila de Teoria

11) O diagrama a seguir indica a aceleração escalar de um móvel. Sabe-se que no instante 𝑡 = 0,
o móvel encontra-se na posição de 𝑆 = −10 𝑚 e que em 𝑡 = 2 𝑠 a sua velocidade escalar é de
𝑉 = 5 𝑚/𝑠, faça o que se pede.
Pede-se:
a) O gráfico da velocidade em função do tempo.
b) As funções horárias do espaço para cada
trecho;

Respostas:

a)

b) 0≤𝑡 ≤1𝑠 𝑆 = −10 + 2𝑡 + 2𝑡 2 (𝑆𝐼)


1≤𝑡 ≤3𝑠 𝑆 = −12,5 + 7𝑡 − 0,5𝑡 2 (𝑆𝐼)

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Física Aplicada – Apostila de Teoria

50
Física Aplicada – Apostila de Teoria

4. MOVIMENTO CIRCULAR (MC)

O MC ocorre quando um corpo ou objeto se desloca descrevendo uma trajetória com formato
de circunferência, diz-se, então, que este está realizando um movimento circular. Como exemplo
de movimento circular pode-se citar o movimento dos ponteiros de um relógio, o movimento de
rotação da terra e o movimento das rodas de uma bicicleta, roda gigante, entre outros, observe as
figuras abaixo:

Figura 4: Exemplos práticos de movimento circular.

No movimento circular temos duas características muito importantes: Período e


Frequência.

O período (𝑻) é o tempo necessário para a ocorrência de uma repetição. Por exemplo, o
ponteiro dos segundos em um relógio possui um período de 1 minuto (60 segundos) que é o tempo
gasto pelo ponteiro para completar uma volta no relógio.

𝚫𝒕
𝑻=
𝒏

Já a frequência (𝒇) indica quantas repetições ocorrem em uma unidade de tempo. Assim,
a unidade de frequência é o inverso do segundo (1/s) que é chamada de hertz (𝐻𝑧). Outra unidade
utilizada é o rpm (rotações por minutos).

𝟏
𝑻=
𝒇

𝟏 𝑯𝒛 = 𝟔𝟎 𝒓𝒑𝒎

51
Física Aplicada – Apostila de Teoria

a) ESPAÇO ANGULAR (𝜽)

Se um objeto sai da origem O e percorre uma trajetória circular até o ponto P, pode-se
determinar a sua posição em cada instante de tempo por meio do comprimento do arco S que este
descreve durante o movimento ou por meio do ângulo central θ. O ângulo θ permite determinar a
posição do objeto em qualquer instante, por isso θ é chamado de espaço angular.

Figura 5: Diagrama esquemático de um espaço angular.

O ângulo 𝜃 é dado em radianos e se relaciona com o espaço linear descrito e o raio 𝑅 do


círculo. Dos conceitos de geometria tem-se:

𝑶𝑷 𝑺
𝜽= = ⇒ 𝑺 = 𝜽. 𝑹
𝑹 𝑹

b) VELOCIDADE ANGULAR MÉDIA (𝝎𝒎 )

A velocidade angular média define a variação angular ∆𝜃 que um ponto em movimento


circular percorre por unidade de tempo. Nesse caso, seja 𝜃1 o espaço angular de um objeto num
instante 𝑡1 , e 𝜃2 o espaço angular do mesmo objeto num instante 𝑡2 posterior a 𝑡1 .

Figura 6: Diagrama esquemático da velocidade angular.

52
Física Aplicada – Apostila de Teoria

No intervalo de tempo ∆𝑡 = 𝑡2 − 𝑡1 a variação do espaço angular é ∆𝜃 = 𝜃2 − 𝜃1 e por


definição a velocidade angular média é:

∆𝜽
𝝎𝒎 =
∆𝒕

c) VELOCIDADE ANGULAR INSTANTÂNEA (𝝎)

A velocidade angular instantânea (𝜔) é o valor limite ao qual tende a velocidade angular,
quando o intervalo de tempo ∆𝑡 tende a zero.

∆𝜽
𝝎 = 𝐥𝐢𝐦
∆𝒕→𝟎 ∆𝒕

Como ∆𝜃 é medido em radianos e ∆𝑡 em segundos, decorre que tanto a velocidade angular


média quanto a instantânea é medida em radianos por segundo (𝑟𝑎𝑑/𝑠).

d) RELAÇÃO ENTRE VELOCIDADE LINEAR (𝑽) E VELOCIDADE ANGULAR (𝝎)

Considerando que:

𝑺𝟏 = 𝜽𝟏 . 𝑹 e 𝑺𝟐 = 𝜽𝟐 . 𝑹

então:

𝑺𝟐 − 𝑺𝟏 = (𝜽𝟐 − 𝜽𝟏 ). 𝑹 ⇒ ∆𝑺 = ∆𝜽. 𝑹

Ao dividir os dois lados da equação acima por ∆𝑡, tem-se:

∆𝑺 ∆𝜽
= .𝑹
∆𝒕 ∆𝒕

lembrando que:

∆𝑺 ∆𝜽
𝑽= e 𝝎=
∆𝒕 ∆𝒕

tem-se:

𝑽 = 𝝎. 𝑹

e) ACELERAÇÃO ANGULAR MÉDIA (𝜶𝒎 )

A aceleração angular média (𝛼𝑚 ) define a variação da velocidade angular ∆𝜔 que um ponto
em movimento circular sofre por unidade de tempo. Nesse caso, seja 𝜔1 a velocidade angular de

53
Física Aplicada – Apostila de Teoria

um objeto num instante 𝑡1 , e 𝜔2 a velocidade angular do mesmo objeto num instante 𝑡2 posterior a
𝑡1 .

Figura 7: Diagrama esquemático da aceleração angular.

No intervalo de tempo ∆𝑡 = 𝑡2 − 𝑡1 , a variação da velocidade angular é ∆𝜔 = 𝜔2 − 𝜔1 e por


definição a aceleração angular média é:

∆𝝎
𝜶=
∆𝒕

f) ACELERAÇÃO ANGULAR INSTANTÂNEA (𝜶)

A aceleração angular instantânea 𝛼 é o valor limite ao qual tende a aceleração angular,


quando o intervalo de tempo ∆𝑡 tende a zero.

∆𝝎
𝜶 = 𝐥𝐢𝐦
∆𝒕→𝟎 ∆𝒕

g) RELAÇÃO ENTRE ACELERAÇÃO ESCALAR (𝒂) E ACELERAÇÃO ANGULAR (𝜶)

Considerando que:

𝑽𝟏 = 𝝎 𝟏 . 𝑹 e 𝑽𝟐 = 𝝎 𝟐 . 𝑹

então:

𝑽𝟐 − 𝑽𝟏 = (𝝎𝟐 − 𝝎𝟏 ). 𝑹 ⇒ ∆𝑽 = ∆𝝎. 𝑹

Ao dividir os dois lados da equação acima por ∆𝑡, tem-se:

∆𝑽 ∆𝝎
= .𝑹
∆𝒕 ∆𝒕
54
Física Aplicada – Apostila de Teoria

lembrando que:
∆𝑽 ∆𝝎
𝒂= e 𝜶=
∆𝒕 ∆𝒕

tem-se:
𝒂 = 𝜶. 𝑹

5. MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME (MCU)

Um corpo está em MCU se sua trajetória for descrita por um círculo com um "eixo de rotação"
a uma distância R, e sua velocidade for constante, ou seja, a mesma em todos os pontos do
percurso. Embora a velocidade linear seja constante, ela sofre mudança de direção e sentido, logo
existe uma aceleração, mas esta aceleração não influencia no módulo da velocidade, e a ela
chamamos de aceleração centrípeta. Esta aceleração é relacionada com a velocidade angular da
seguinte forma:

Figura 8: Diagrama esquemático dos vetores velocidade e aceleração alterando-se a cada


instante.

𝑽𝟐
𝒂𝒄 = 𝑹
e 𝑽 = 𝝎. 𝑹

(𝝎. 𝑹)𝟐 𝝎𝟐 . 𝑹𝟐
𝒂𝒄 = = = 𝝎𝟐 . 𝑹
𝑹 𝑹

Lembrando que 𝑆 = 𝜃. 𝑅, sendo possível converter a função horária do espaço linear para o espaço
angular:

𝑺 = 𝑺𝒐 + 𝑽(𝒕 − 𝒕𝒐 )

55
Física Aplicada – Apostila de Teoria

Ao dividir os dois lados da equação acima por 𝑅, tem-se:

𝑺 𝑺𝒐 𝑽
= + (𝒕 − 𝒕𝒐 )
𝑹 𝑹 𝑹
Então:

𝜽 = 𝜽𝒐 + 𝝎(𝒕 − 𝒕𝒐 )

6. TRANSMISSÃO DE MCU

Uma das aplicações do MCU é a transmissão por meio de correias, engrenagens, ou eixo
comum. Abaixo vamos analisar cada caso e verificar as relações em cada um.

a) CORREIAS

Ligam duas circunferências por corda ou correia, transmitindo, pelo fio a velocidade linear
de uma circunferência para a outra, podendo, ou não, girarem com velocidades angulares
diferentes. Como consequência das velocidades lineares serem iguais, a polia de menor raio gira
com maior frequência que a de raio maior.

Muito usado em bicicletas colocando os pedais na circunferência de raio maior, que para
cada pedalada completa, fará a menor rodar bem mais que uma volta.

Figura 9: Diagrama esquemático de correias.

𝑉𝐴 = 𝑉𝐵

𝜔𝐴 . 𝑅𝐴 = 𝜔𝐵 . 𝑅𝐵

Lembrando que:

𝜔 = 2𝜋𝑓

56
Física Aplicada – Apostila de Teoria

Podemos escrever da seguinte forma, também:

𝑓𝐴 . 𝑅𝐴 = 𝑓𝐵 . 𝑅𝐵

Essas relações podem ser usadas sempre que o sistema for ligado por correias ou fios, outra
observação importante é que ambas as circunferências rodarão no mesmo sentido: ambas no
sentido horário ou ambas no sentido anti-horário.

b) ENGRENAGENS

Também transferem, em módulo, a velocidade linear, todavia no sentido contrário. Na


imagem da direita abaixo, se a engrenagem A rodar no sentido horário, a engrenagem B rodará no
sentido anti-horário e a C no sentido horário de novo, sempre alternando o sentido de rotação,
porém com o mesmo módulo de velocidade linear e com o sinal trocado.

Figura 10: Diagrama esquemático de engrenagens.

Basicamente, são discos dentados que podem ser feitos de diversos metais ou ligas
resistentes (para serviços mais pesados, como máquinas, câmbios e motores) ou de plástico (para
usos mais leves, como em relógios mecânicos de parede, por exemplo).

𝑉𝐴 = −𝑉𝐵

𝜔𝐴 . 𝑅𝐴 = −𝜔𝐵 . 𝑅𝐵

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Física Aplicada – Apostila de Teoria

c) FIXAS POR EIXO COMUM

São polias ou circunferências que são fixadas por alguma haste que liga os eixos de rotação.
Ela conserva a velocidade angular do movimento, e não a velocidade linear.

Figura 11: Diagrama esquemático de polias fixadas por uma haste.

𝜔𝐴 = 𝜔𝐵

𝑓𝐴 = 𝑓𝐵

𝑉𝐴 𝑉𝐵
=
𝑅𝐴 𝑅𝐵

EXERCÍCIOS DE MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME

1) Um menino passeando na roda gigante de um parque de diversões descreve meia volta em


20 𝑠. Determine:

a) O deslocamento angular;

b) A velocidade angular média;

c) A velocidade linear média, sabendo que a roda tem raio igual a 5 𝑚.

Respostas: a) ∆𝜃 = 𝜋 𝑟𝑎𝑑, b) 𝜔 = 𝜋⁄20 𝑟𝑎𝑑/𝑠, c) 𝑉 = 𝜋⁄4 𝑚/𝑠

58
Física Aplicada – Apostila de Teoria

2) Um corpo realizando um movimento circular numa trajetória de 10 𝑚 de raio tem, no instante


𝑡 = 2 𝑠, velocidade angular de 𝜔 = 𝜋 𝑟𝑎𝑑/𝑠 e no instante 𝑡 = 7 𝑠, velocidade angular de 𝜔 =
5𝜋 𝑟𝑎𝑑/𝑠. Para esse intervalo de tempo, determine:

a) A variação da velocidade angular;

b) A aceleração angular média;

c) A aceleração escalar média.

Respostas.: a) ∆𝜔 = 4𝜋 𝑟𝑎𝑑/𝑠, b) 𝛼 = 0,8𝜋 𝑟𝑎𝑑/𝑠 2 , c) 𝑎 = 8𝜋 𝑚/𝑠 2

3) Um objeto de massa “m” descreve uma trajetória circular de raio 𝑅⁄3, com velocidade escalar
√𝑉⁄2. Se o raio é aumentado para 2𝑅⁄3 e a velocidade para √3𝑉⁄3, qual é a razão das
acelarações centrípetas de antes e depois desses aumentos?

Resposta: 3⁄2

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Física Aplicada – Apostila de Teoria

4) Uma partícula descreve um movimento circular uniforme e sua função horária do espaço angular
é 𝜃 = 𝜋𝑡 (𝑆𝐼). Para esse movimento, determine:

a) O espaço angular inicial e a velocidade angular;


b) O período e a frequência;
c) O intervalo de tempo necessário para a partícula completar 3 voltas.
Respostas: a) 𝜃𝑜 = 0 e 𝜔 = 𝜋 𝑟𝑎𝑑/𝑠, b) 𝑇 = 2𝑠, 𝑓 = 0,5 𝐻𝑧, c) 𝑡 = 6 𝑠

5) Dois móveis, A e B, descrevem movimentos circulares uniformes sobre uma mesma trajetória e
são regidos pelas funções horarias do espaço angular 𝜃𝐴 = 𝜋 + 0,5𝜋𝑡 e 𝜃𝐵 = 2𝜋𝑡, ambas no SI.
Determine:

a) O instante em que o móvel B alcança o móvel A;


b) O instante em que o móvel B estará uma volta na frente do móvel A.
Respostas: a) 𝑡 = 2/3 𝑠, b) 𝑡 = 2 𝑠

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Física Aplicada – Apostila de Teoria

6) Um corpo descreve movimento circular uniforme em uma trajetória de raio 10 𝑚 e sua função
horária do espaço angular é 𝜃 = 0,2𝑡 (𝑆𝐼). Para esse movimento, determine:

a) O módulo da velocidade linear;


b) O módulo da aceleração centrípeta.

Respostas: a) 𝑉 = 2 𝑚/𝑠 e b) 𝑎𝑐 = 0,4 𝑚/𝑠 2

7) Depois de descer uma ladeira, uma bicicleta possui uma velocidade de 10 𝑚/𝑠, e após 10 𝑠 sua
velocidade é 5 𝑚/𝑠. Sendo o raio da roda da bicicleta 𝑅 = 25 𝑐𝑚, encontre a aceleração angular
sofrida pela roda da bicicleta.
Resposta: 𝛼 = −2 𝑟𝑎𝑑/𝑠 2

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Física Aplicada – Apostila de Teoria

8) Uma pedra amarrada em um barbante realiza um movimento circular e uniforme, em um plano


horizontal, com velocidade de 3 𝑚/𝑠. Sendo o valor da aceleração centrípeta igual a 18 𝑚/𝑠 2 ,
determine o raio da circunferência.
Resposta: 𝑅 = 0,5 𝑚

9) A figura mostra um disco que gira em torno do centro O. A velocidade do ponto X é de 0,5 𝑚/𝑠
e a do ponto Y é de 0,1 𝑚/𝑠. A distância XY vale 20 𝑐𝑚. Qual o valor da velocidade angular do
disco?
Resposta: 𝜔 = 2 𝑟𝑎𝑑/𝑠

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Física Aplicada – Apostila de Teoria

10) Duas polias cujos raios correspondem a 𝑅𝐴 = 30 𝑐𝑚 e 𝑅𝐵 = 5 𝑐𝑚 estão ligadas por uma correia
dentada. Determine as rotações realizadas pela polia B, sabendo que a frequência de rotação
em A é de 10 𝑟𝑝𝑚.

Resposta: 𝑓𝐵 = 60 𝑟𝑝𝑚

11) Três polias de raios iguais a 10 𝑐𝑚, 20 𝑐𝑚 e 40 𝑐𝑚 estão conectadas, sem escorregamento, por
duas correias mantidas tensas conforme a figura. Se a polia de raio maior gira com frequência
de 5 𝐻𝑧, qual a frequência da a polia de tamanho menor?
Resposta: 𝑓𝐵 = 10 𝐻𝑧

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Física Aplicada – Apostila de Teoria

12) Dois discos estão ligados por uma correia, de modo que o movimento de um disco é transmitido
para o outro sem escorregamento da correia. O disco maior tem frequência de 120 𝑟𝑝𝑚 e raio
de 20 𝑐𝑚. Para o disco menor, cujo raio é de 5 𝑐𝑚, determine:

a) A frequência em 𝐻𝑧;
b) O período, em 𝑠;
c) A velocidade angular, em 𝑟𝑎𝑑/𝑠;
d) A velocidade linear, em m/s, de um ponto de sua periferia.
Respostas: a) 𝑓 = 8 𝐻𝑧, b) 𝑇 = 0,125 𝑠, c) 𝜔 = 16𝜋 𝑟𝑎𝑑/𝑠, d) 𝑉 = 0,8𝜋 𝑚/𝑠

13) Um conjunto de duas engrenagens é parte do motor de um automóvel. Os discos 1 e 2, de


diâmetros 40 𝑐𝑚 e 60 𝑐𝑚, respectivamente, são conectados por uma correia inextensível e giram
em movimento circular uniforme. Se a correia não desliza sobre os discos, determine a razão
entre as velocidades angulares dos discos.

𝜔 3
Resposta: 𝜔1 = 2
2

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Física Aplicada – Apostila de Teoria

14) Duas engrenagens A e B tem raios de 10 𝑐𝑚 e de 2 𝑐𝑚 e estão diretamente conectadas entre


si. A engrenagem maior gira com frequência de 500 𝑟𝑝𝑚. Determine a frequência de rotação,
em 𝐻𝑧, da engrenagem menor.
Resposta: 𝑓𝐵 = 41,7 𝐻𝑧

15) A figura abaixo representa três engrenagens: A (16 dentes), B (12 dentes) e C (8 dentes). Elas
giram vinculadas, conforme indicado, sendo que B gira no sentido horário.

a) Em que sentido giram as engrenagens A e C?


b) Qual das engrenagens terá maior velocidade angular?
c) Quantas voltas a engrenagem C efetua para cada volta que A completa?
Respostas: a) anti-horário, b) C, c) 2 voltas

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Física Aplicada – Apostila de Teoria

16) A figura a seguir mostra as medidas dos diâmetros da roda (C), da catraca (B) e da coroa (A)
de uma bicicleta comum. Se um ciclista passeando com essa bicicleta pedalar com frequência
de 1 𝐻𝑧, qual o módulo da velocidade de tráfego da bicicleta? (Use 𝜋 = 3 e despreze
escorregamentos).
Resposta: 𝑉 = 7,2 𝑚/𝑠

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Física Aplicada – Apostila de Teoria

17) Um ciclista movimenta-se com sua bicicleta em linha reta a uma velocidade constante de 5𝑚/𝑠.
O pneu, devidamente montado na roda, possui diâmetro igual a 70 𝑐𝑚. No centro da roda
traseira, presa ao eixo, há uma roda dentada de diâmetro 7,0 𝑐𝑚. Junto ao pedal e preso ao seu
eixo há outra roda dentada de diâmetro 20 𝑐𝑚. As duas rodas dentadas estão unidas por uma
corrente, conforme mostra a figura. Não há deslizamento entre a corrente e as rodas dentadas.
Supondo que o ciclista imprima aos pedais um movimento circular uniforme, calcule o número
de rotações por minuto. Nesta questão, considere 𝜋 = 3.

Resposta: 50 𝑟𝑝𝑚

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Física Aplicada – Apostila de Teoria

ESTÁTICA

1. GRANDEZAS VETORIAIS

a) Vetor

Na Física, certas grandezas necessitam de três elementos: um módulo, direção e sentido.


Tais grandezas são denominadas grandezas vetoriais e são representadas por um ente geométrico
denominado vetor.

⃗ é representado por um segmento orientado. No exemplo, 𝑟 é a reta suporte do


Um vetor 𝑉
vetor e define sua direção e o sentido é de A para B.

⃗|
O módulo ou intensidade do vetor é representado por: 𝑽 = |𝑽

A uma reta orientada costuma-se associar um vetor unitário ou versor 𝑢


⃗ , cujo módulo é
unitário, e tem a mesma direção e sentido que a reta.

Um vetor 𝑉⃗ que tem a mesma direção e sentido que reta orientada pode ser representado
pelo produto de seu módulo pelo versor da reta:

⃗𝑽 = 𝑽 . ⃗𝒖

e sua direção é dada pelo versor:

⃗𝑽
⃗ =
𝒖
𝑽

68
Física Aplicada – Apostila de Teoria

b) Componentes ou projeção de um vetor

Seja o exemplo abaixo:

⃗ segundo a reta orientada ou eixo 𝑟 é o segmento orientado A’B’,


A componente do vetor 𝑉
logo:

𝑽𝒓 = 𝑽. 𝒄𝒐𝒔𝜽

Se o vetor tiver sentido oposto ao eixo, a sua componente segundo esse eixo é negativa.

𝑽𝒓 = −𝑽. 𝒄𝒐𝒔𝜽

c) Componentes cartesianas de um vetor

Seja um sistema cartesiano de eixos 𝑂𝑥 e 𝑂𝑦. O versor do eixo 𝑂𝑥 é representado por 𝑖 e o


⃗ terá uma componente 𝑉𝑥 segundo o eixo 𝑂𝑥 e 𝑉𝑦 segundo o eixo 𝑂𝑦.
do eixo 𝑂𝑦 por 𝑗. Um vetor 𝑉

Dessa forma:

𝑽𝒙 = 𝑽. 𝒄𝒐𝒔𝜶

𝑽𝒚 = 𝑽. 𝒄𝒐𝒔𝜷

69
Física Aplicada – Apostila de Teoria

d) Forças concorrentes

As forças são grandezas vetoriais e são representadas por vetores. Dizemos que um
conjunto de forças são concorrentes quando as suas retas suportes ou linhas de ação passam todas
por um mesmo ponto.

⃗ 𝑹 ) é a soma vetorial das forças. Nesse caso: 𝑭


A força resultante (𝑭 ⃗𝑹=𝑭
⃗ 𝟏+𝑭
⃗ 𝟐+𝑭
⃗𝟑

e) Determinação da resultante de um sistema de forças

❖ Duas forças de mesma direção e sentido:

O módulo da força resultante é: 𝑭𝑹 = 𝑭𝟏 + 𝑭𝟐

❖ Duas forças de mesma direção e sentidos opostos.

O módulo da força resultante é: 𝑭𝑹 = 𝑭𝟏 − 𝑭𝟐

❖ Duas forças perpendiculares.

O módulo da força resultante é: 𝑭𝑹 = √𝑭𝟏 𝟐 + 𝑭𝟐 𝟐

𝑭𝟐
𝒕𝒂𝒏𝜽 =
𝑭𝟏

70
Física Aplicada – Apostila de Teoria

❖ Duas forças quaisquer. Regra do paralelogramo

Aplicando-se a lei dos cossenos:

𝑭𝑹 = √𝑭𝟏 𝟐 + 𝑭𝟐 𝟐 + 𝟐. 𝑭𝟏 . 𝑭𝟐 . 𝒄𝒐𝒔𝜽

2. EQUILÍBRIO DE UM PONTO MATERIAL

Ponto material é um corpo de dimensões desprezíveis. Nesse caso, representamos por um


ponto e associamos a uma massa. Dizemos que um ponto material está em equilíbrio quando a
força resultante sobre ele é nula. Assim, para um sistema de forças concorrentes, projeta-se todas
as forças nos eixos 𝑂𝑥 e 𝑂𝑦.

∑ 𝑭𝑹 𝑿 = 𝑭𝟏 𝑿 + 𝑭𝟐 𝑿 + 𝑭𝟑 𝑿 + ⋯ + 𝑭𝒏 𝑿 = 𝟎

∑ 𝑭𝑹 𝒚 = 𝑭𝟏 𝒚 + 𝑭𝟐 𝒚 + 𝑭𝟑 𝒚 + ⋯ + 𝑭𝒏 𝒚 = 𝟎

71
Física Aplicada – Apostila de Teoria

EXERCÍCIOS DE VETORES E DE EQUILÍBRIO EM PONTO MATERIAL

1) No esquema abaixo, determine a força resultante dos vetores e seu ângulo com a horizontal
aplicando o método das projeções.
a)
Dados:
|𝐹1 | = 50 𝑁
|𝐹2 | = 40 𝑁
|𝐹3 | = 30 𝑁

Respostas:
|𝐹𝑅 | = 9,4 𝑁
𝜃 = 45,3°

72
Física Aplicada – Apostila de Teoria

b)
Dados:
|𝐹1 | = 50 𝑁
|𝐹2 | = 20 𝑁
|𝐹3 | = 40 𝑁

Respostas:
|𝐹𝑅 | = 44,0 𝑁
𝜃 = 320,5° (−39,5°)

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Física Aplicada – Apostila de Teoria

c)
Dados:
|𝐹1 | = 40 𝑁
|𝐹2 | = 30 𝑁
|𝐹3 | = 10 𝑁
|𝐹4 | = 50 𝑁

Respostas:
|𝐹𝑅 | = 28,3 𝑁
𝜃 = 235,6° (−124,4°)

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Física Aplicada – Apostila de Teoria

d)
Dados:
|𝐹1 | = 10 𝑁
|𝐹2 | = 20 𝑁
|𝐹3 | = 11 𝑁
|𝐹4 | = 30 𝑁

Respostas:
|𝐹𝑅 | = 24,9 𝑁
𝜃 = 323,2° (−36,8°)

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Física Aplicada – Apostila de Teoria

e)
Dados:
|𝐹1 | = 19 𝑁
|𝐹2 | = 50 𝑁
|𝐹3 | = 40 𝑁
|𝐹4 | = 50 𝑁

Respostas:
|𝐹𝑅 | = 13,6 𝑁
𝜃 = 66,6°

76
Física Aplicada – Apostila de Teoria

f) * Calcular também o ângulo com 𝐹3 .


Dados:
|𝐹1 | = 40 𝑁
|𝐹2 | = 30 𝑁
|𝐹3 | = 20 𝑁
|𝐹4 | = 50 𝑁
|𝐹5 | = 50 𝑁

Respostas:
|𝐹𝑅 | = 10,4 𝑁
𝜃 = 281,6° (−78,4°)
𝜃 = 8,4° (com 𝐹3 )

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Física Aplicada – Apostila de Teoria

g)
Dados:
|𝐹1 | = 12 𝑁
|𝐹2 | = 30 𝑁
|𝐹3 | = 40 𝑁
|𝐹4 | = 10 𝑁
|𝐹5 | = 35 𝑁
|𝐹6 | = 5 𝑁
|𝐹7 | = 20 𝑁
|𝐹8 | = 70 𝑁

Respostas:
|𝐹𝑅 | = 63,5 𝑁
𝜃 = 118,4°

78
Física Aplicada – Apostila de Teoria

2) Um corpo de peso P é sustentado por duas cordas inextensíveis, conforme a figura. Sabendo
que a intensidade da tração na corda AB é de 80 𝑁, calcule:

a) O valor do peso P;
b) A intensidade da tração na corda BC.

Respostas:

a) |𝑃⃗| = 40,0 𝑁
⃗ 𝐵𝐶 | = 69,3 𝑁
b) |𝑇

79
Física Aplicada – Apostila de Teoria

3) Determine as intensidades das trações nos fios ideais 1 e 2, sabendo-se que o sistema está em
equilíbrio na posição indicada.

Respostas:

⃗ 1 | = 150,7 𝑁
a) |𝑇
⃗ 2 | = 250,4 𝑁
b) |𝑇

80
Física Aplicada – Apostila de Teoria

4) O corpo da figura tem peso 80 𝑁 e está em equilíbrio suspenso por fios ideais. Calcule a
intensidade das forças de tração suportadas pelos fios AB e AC.

Respostas:

⃗ 𝐴𝐵 | = 70,2 𝑁
|𝑇

⃗ 𝐴𝐶 | = 61,5 𝑁
|𝑇

81
Física Aplicada – Apostila de Teoria

5) Para o sistema em equilíbrio abaixo, determine as trações nas cordas A e B sabendo que o
corpo C tem peso igual a 100 𝑁.

Respostas:

⃗ 𝐵 | = 100 𝑁
|𝑇

⃗ 𝐴 | = 173 𝑁
|𝑇

82
Física Aplicada – Apostila de Teoria

6) Determine as intensidades das trações nos fios ideais 1 e 2, sabendo-se que o sistema está em
equilíbrio na posição indicada.

Respostas:

⃗ 1 | = 150 𝑁
|𝑇

⃗ 2 | = 259 𝑁
|𝑇

83
Física Aplicada – Apostila de Teoria

7) Determine as intensidades das trações nos fios ideias 𝐴𝐵 e 𝐵𝐶 da figura abaixo.

Respostas:

⃗ 𝐴𝐵 | = 41,7 𝑁
|𝑇

⃗ 𝐵𝐶 | = 25,0 𝑁
|𝑇

84
Física Aplicada – Apostila de Teoria

8) Determine a tração nos cabos 𝐴𝐵 e 𝐴𝐷 para o equilíbrio do motor de 250 𝑘𝑔.

Respostas:

⃗ 𝐴𝐵 | = 5000,0 𝑁
|𝑇

⃗ 𝐴𝐷 | = 4330,1 𝑁
|𝑇

85
Física Aplicada – Apostila de Teoria

9) O corpo da figura abaixo tem intensidade de peso de 80 𝑁 e está em equilíbrio na posição


indicada. Calcule a intensidade das forças de tração suportadas pelos fios 𝐴𝐵 e 𝐴𝐶.

Respostas:

⃗ 𝐴𝐵 | = 72,7 𝑁
|𝑇

⃗ 𝐴𝐶 | = 58,2 𝑁
|𝑇

86
Física Aplicada – Apostila de Teoria

10) Dois blocos de massas 𝑚 = 10 𝑘𝑔 e 𝑀 = 20 𝑘𝑔 estão suspensos por cabos, conforme ilustrado
na figura. O cabo A é preso ao teto e faz um ângulo de 60° com a horizontal. O cabo B
é perpendicular à direção vertical.
Considerando que os blocos estão em equilíbrio estático, qual o valor do módulo da tensão no
cabo A?

Resposta:

⃗ 𝐴 | = 346,4 𝑁
|𝑇

87
Física Aplicada – Apostila de Teoria

11) Na figura a seguir, o peso|𝑃 ⃗⃗⃗1 | é de 500 𝑁 e a corda RS é horizontal. Determine os valores das
tensões |𝑇⃗⃗⃗1 |, |𝑇
⃗⃗⃗2 |, |𝑇
⃗⃗⃗3 | e o peso |𝑃 ⃗⃗⃗⃗2 |, em Newton.

Respostas:

⃗ 1 | = 707,1 𝑁
|𝑇
⃗ 2 | = 500,0 𝑁
|𝑇
⃗ 3 | = 577,4 𝑁
|𝑇

|𝑃⃗2 | = 288,7 𝑁

88
Física Aplicada – Apostila de Teoria

12) Um bloco de massa 𝑚 = 100 𝑘𝑔 está suspenso pelo sistema de cordas mostrada na figura
abaixo. Determinar as tensões em todas as cordas.
Respostas:

⃗ 𝐴𝐷 | = 379,1 𝑁
|𝑇
⃗ 𝐵𝐷 | = 268,2 𝑁
|𝑇
⃗ 𝐷𝐸 | = 517,6 𝑁
|𝑇
⃗ 𝐶𝐸 | = 517,6 𝑁
|𝑇

89
Física Aplicada – Apostila de Teoria

13) Para o sistema da figura, em equilíbrio, determine a relação entre as intensidades dos pesos
dos corpos A e B. Admita que os fios e as polias são ideais.
Resposta:

|𝑃⃗𝐴 |
= 1,73
|𝑃⃗𝐵 |

90
Física Aplicada – Apostila de Teoria

14) A figura mostra o esquema de sustentação de duas cargas por meio de um cabo de aço. O cabo
está fixo em A e passa por uma pequena roldana em B. O esforço no cabo AC é de 500 𝑁.
Calcular as cargas P e Q. Considere os fios ideais e despreze o atrito.

Respostas:

⃗ 𝐴𝐵 | = 626,1 𝑁
|𝑇

|𝑃⃗| = 376,8 𝑁

91
Física Aplicada – Apostila de Teoria

15) No sistema em equilíbrio esquematizado, o fio BC deve permanecer horizontal. Os fios e a polia
são ideais. Sendo 𝑀1 = 3 𝐾𝑔, determine:

a) A intensidade de peso do bloco 2;

b) A tração no fio AB.

Respostas:

a) |𝑃⃗2 | = 52 𝑁
⃗ 𝐴𝐵 | = 60 𝑁
b) |𝑇

92
Física Aplicada – Apostila de Teoria

16) Na figura, os blocos A, B e C estão em equilíbrio. Sabendo-se que a intensidade do peso do


bloco C é |𝑃⃗𝐶 | = 500 𝑁, determine os pesos dos blocos A e B.

Respostas:

|𝑃⃗𝐴 | = 673,6 𝑁

|𝑃⃗𝐵 | = 766,0 𝑁

93
Física Aplicada – Apostila de Teoria

17) O sistema da figura abaixo está em equilíbrio. Sabe-se que a intensidade do peso do corpo 1
é |𝑃⃗1 | = 300 𝑁. Determine a intensidade dos pesos dos corpos 2 e 3.

Respostas:

|𝑃⃗2 | = 459,6 𝑁

|𝑃⃗3 | = 808,4 𝑁

94
Física Aplicada – Apostila de Teoria

18) No sistema abaixo, que está em equilíbrio, o peso do bloco 1 é 150 𝑁. Considerando os fios e
as polias como ideais, determine a intensidade do peso do bloco 2.
Respostas:

|𝑃⃗2 | = 113,05 𝑁

95
Física Aplicada – Apostila de Teoria

19) Na figura abaixo, determine as intensidades dos pesos dos blocos A e B e das forças tensoras
nos cabos 1 e 2, para que o sistema permaneça em equilíbrio. Dado que |𝑃⃗𝐶 | = 400𝑁.

Respostas:

|𝑃⃗𝐴 | = 433,3 𝑁

|𝑃⃗𝐵 | = 772,7 𝑁

⃗ 2 | = 363,6 𝑁
|𝑇

⃗ 1 | = 565,7 𝑁
|𝑇

96
Física Aplicada – Apostila de Teoria

20) Determine o valor das trações nos fios MO e NO para que o sistema permaneça em equilíbrio.
Lembre-se que todas as polias são ideais.

Dado: 𝑃𝐴 = 100 𝑁, 𝑃𝐵 = 200 𝑁 e 𝑃𝐶 = 100 𝑁

Respostas:

|𝑃⃗𝑁𝑂 | = 143,8 𝑁

|𝑃⃗𝑀𝑂 | = 174,5 𝑁

97
Física Aplicada – Apostila de Teoria

21) Determine a intensidade de peso de 𝑃2 e a força tensora no fio 𝑂𝐴, sabendo que o corpo 1 tem
uma intensidade de peso igual a 80 𝑁 e está em equilíbrio na posição indicada. Desprezar os
pesos dos fios e das polias.

Respostas:

⃗ 𝑂𝐴 | = 40 𝑁
|𝑇

|𝑃⃗2 | = 140 𝑁

98
Física Aplicada – Apostila de Teoria

⃗ |.
22) Determine o ângulo a e a reação normal |𝑁

Dados: |𝑃⃗𝐴 | = 30 𝑁 , |𝑃⃗𝐵 | = 60 𝑁 e |𝑃⃗𝐶 | = 50 𝑁.

Respostas:

⃗ | = 20 𝑁
|𝑁

𝜃 = 53°

99
Física Aplicada – Apostila de Teoria

23) Na figura, E é uma esfera de peso 400√3 𝑁, em equilíbrio, apoiada sobre um plano horizontal
indeformável. Desprezando-se os pesos dos fios (inextensíveis) e das roldanas, bem como
todos os atritos, podemos afirmar que os valores da reação do apoio F e o ângulo 𝜃 são
respectivamente:
Respostas:

|𝐹 | = 173,2 𝑁

𝜃 = 60°

100
Física Aplicada – Apostila de Teoria

24) Um corpo de massa 200 𝑘𝑔 é mantido em equilíbrio sobre um plano inclinado de 30° em relação
à horizontal mediante um fio que passa por uma polia fixa e que sustenta na outra extremidade
um corpo de massa 𝑴. O fio forma com a reta de maior declive do plano um ângulo de 45°.
Determinar:
a) A massa 𝑴;

b) A força exercida pelo corpo contra o plano.

Respostas:

a) 𝑀 = 141,4 𝑘𝑔

b) |𝐹𝑝 | = −1732 𝑁

101
Física Aplicada – Apostila de Teoria

25) A figura abaixo mostra dois blocos de massas 𝑚𝐴 e 𝑚𝐵 conectados por um fio inextensível de
massa desprezível, que passa por duas polias também de massa desprezível. O bloco de
massa 𝑚𝐴 está sobre um plano inclinado que forma um ângulo 𝜃 com a horizontal e sustenta o
bloco de massa 𝑚𝐵 . Qual o valor de 𝑚𝐵 capaz de manter o sistema em equilíbrio?
Resposta:

𝑚𝐵 = 2. 𝑚𝐴 . 𝑠𝑒𝑛𝜃

102
Física Aplicada – Apostila de Teoria

26) Determine a intensidade do bloco B e a reação normal do plano no bloco A para que o sistema
permaneça em equilíbrio. Admita que a superfície do plano seja perfeitamente lisa.

Dado |𝑃⃗𝐴 | = 400 𝑁.

Respostas:

|𝑃⃗𝐵 | = 200,0 𝑁

⃗ 𝐴 | = 346,4 𝑁
|𝑁

103
Física Aplicada – Apostila de Teoria

27) Um bloco de massa 𝑀 = 8 𝑘𝑔 encontra-se apoiado em um plano inclinado e conectado a um


bloco de massa m por meio de polias, conforme figura abaixo. O sistema encontra-se em
equilíbrio estático, sendo que o plano inclinado está fixo no solo. As polias são ideais e os fios
têm massa desprezível. Considerando que 𝜃 = 30° e que não há atrito entre o plano inclinado
e o bloco de massa M, qual o valor da massa m?

Resposta:

𝑚 = 3,46 𝑘𝑔

104
Física Aplicada – Apostila de Teoria

28) No sistema em equilíbrio representado na figura abaixo, a intensidade do bloco 2 é 100 𝑁.


Determine a intensidade do peso do bloco 1 e da reação que o plano exerce sobre o corpo 2,
admitindo que as superfícies de apoio são perfeitamente lisas.
Respostas:

|𝑃⃗1 | = 64,2 𝑁

⃗ | = 86,6 𝑁
|𝑁

105
Física Aplicada – Apostila de Teoria

29) Determine a intensidade do peso do corpo B para que o sistema permaneça em equilíbrio. Pede-
se, ainda, a intensidade da reação da superfície do plano inclinado sobre o corpo A, admitindo
que a superfície do plano inclinado é perfeitamente lisa.

Dado: |𝑃⃗𝐴 | = 30 𝑁 e |𝑃⃗𝐶 | = 10 𝑁.

Respostas:

|𝑃⃗𝐵 | = 42,9 𝑁

⃗ 𝐴 | = 18,3 𝑁
|𝑁

106
Física Aplicada – Apostila de Teoria

30) Determine a intensidade do peso do corpo B para que o sistema permaneça em equilíbrio. Pede-
se, ainda, a intensidade da reação da superfície do plano inclinado sobre o corpo A, admitindo
que a superfície do plano inclinado é perfeitamente lisa.

Dado: |𝑃⃗𝐴 | = 30 𝑁 e |𝑃⃗𝐶 | = 10 𝑁.

Respostas:

|𝑃⃗𝐵 | = 47,6 𝑁

⃗ 𝐴 | = 11,6 𝑁
|𝑁

107
Física Aplicada – Apostila de Teoria

31) Na figura abaixo, qual deve ser a intensidade de peso do corpo A, as reações das superfícies
sobre os corpos e as forças tensoras para o sistema manter-se em equilíbrio? Sabe-se que as
superfícies são perfeitamente lisas.

Dados: |𝑃⃗𝐵 | = 300 𝑁 e |𝑃⃗𝐶 | = 200 𝑁.

Respostas:

⃗ 1 | = |𝑇
|𝑇 ⃗ 2 | = 100,0 𝑁

|𝑃⃗𝐴 | = 115,5 𝑁

⃗ 𝐶 | = 173,2 𝑁
|𝑁

⃗ 𝐴 | = 57,8 𝑁
|𝑁

108
Física Aplicada – Apostila de Teoria

32) Determine o valor da intensidade de peso do corpo B para o sistema permanecer em equilíbrio.
Pede-se ainda a reação da superfície do plano inclinado sobre o corpo A, sabendo-se que a
superfície do plano inclinado é perfeitamente lisa.

Dados: |𝑃⃗𝐴 | = 300 𝑁 e |𝑃⃗𝐶 | = 100 𝑁.

Respostas:

|𝑃⃗𝐵 | = 455,6 𝑁

⃗ 𝐴 | = 125,0 𝑁
|𝑁

109
Física Aplicada – Apostila de Teoria

3. EQUILÍBRIO DE CORPOS EXTENSOS

Na figura 12 abaixo, considere 𝐹 a intensidade de uma força aplicada no ponto P de uma


chave que pode girar livremente em torno do ponto O.

Figura 12: Exemplo de corpo extenso.

A tendência de rotação que a força 𝐹 produz na chave, em relação ao ponto O, é chamada de


momento (𝑀) da força 𝐹 . Por convenção, o momento é positivo quando a força tende a provocar
rotação no sentido anti-horário, em relação ao ponto O, e, negativo, quando a rotação é no sentido
horário.

𝑴 = ± 𝑭 .𝒅

a) Equilíbrio de translação

A força resultante é nula:


∑ 𝐹 = 𝐹1 + 𝐹2 + 𝐹3 + ⋯ + 𝐹𝑛 = 0

b) Equilíbrio de rotação

O momento resultante é nulo.

∑ 𝑀 = 𝑀1 + 𝑀2 + 𝑀3 + ⋯ + 𝑀𝑛 = 0

110
Física Aplicada – Apostila de Teoria

EXERCÍCIOS DE EQUILÍBRIO DE CORPOS EXTENSOS

1) Considere a barra homogênea de 1,0 𝑚 de comprimento e peso de intensidade 10 𝑁. Determine


a intensidade da reação do apoio C e do peso do bloco B.

Dado: intensidade do peso do bloco A de 20 𝑁.

Respostas:

⃗ 𝐶 | = 31,25 𝑁
|𝑉

|𝑃⃗𝐵 | = 1,25 𝑁

111
Física Aplicada – Apostila de Teoria

2) Determine a intensidade da reação do apoio A e da força |𝐹 | aplicada à barra homogênea de


peso 20 𝑁 e comprimento de 2 𝑚, ilustrada na figura, de modo a mantê-la na horizontal, quando
apoiada no suporte A.
Respostas:

⃗ 𝐴 | = 50 𝑁
|𝑉

|𝐹 | = 30 𝑁

112
Física Aplicada – Apostila de Teoria

3) Uma barra homogênea AB de peso 10 𝑁 e comprimento de 50 𝑐𝑚 está apoiada num ponto O a


10 𝑐𝑚 da extremidade A de onde pende o bloco 1 de peso 50 𝑁. Determine a distância 𝑑, a partir
da extremidade B, em que deve ser colocado um bloco 2 de peso 10 𝑁 para que a barra fique
em equilíbrio horizontal.
Resposta:

𝑑 = 5 𝑐𝑚

113
Física Aplicada – Apostila de Teoria

4) A barra abaixo esquematizada é homogênea, tem seção constante e peso 𝑃 = 200 𝑁.


Determine o valor das reações nos apoios.

Dado: |𝐹1 | = 30 𝑁, |𝐹2 | = 20 𝑁, |𝐹3 | = 50 𝑁.

Respostas:

⃗ 𝐴 | = 20,0 𝑁
|𝐻

⃗ 𝐴 | = 146,0 𝑁
|𝑉

⃗ 𝐵 | = 134,0 𝑁
|𝑉

114
Física Aplicada – Apostila de Teoria

5) A barra representada abaixo é homogênea, tem seção constante e peso 𝑃 = 100 𝑁. Determine
o valor das reações nos apoios.

Dado: |𝐹1 | = 40 𝑁, |𝐹2 | = 100 𝑁, |𝐹3 | = 60 𝑁.

Respostas:

⃗ 𝐴 | = 100,0 𝑁
|𝐻

⃗ 𝐴 | = 124,0 𝑁
|𝑉

⃗ 𝐵 | = 76,0 𝑁
|𝑉

115
Física Aplicada – Apostila de Teoria

6) A barra esquematizada é homogênea, tem comprimento de 7 𝑚 e peso de 250 𝑁. Determine a


intensidade das reações nos apoios.

Dado: |𝐹1 | = 20 𝑁, |𝐹2 | = 40 𝑁, |𝐹3 | = 50 𝑁, |𝐹4 | = 30 𝑁.

Respostas:

⃗ 𝐴| = 0
|𝐻

⃗ 𝐴 | = 89 𝑁
|𝑉

⃗ 𝐵 | = 101 𝑁
|𝑉

116
Física Aplicada – Apostila de Teoria

7) A barra abaixo esquematizada é homogênea, tem seção constante, seu comprimento 𝐿 = 6 𝑚


e tem peso próprio de 𝑃 = 50 𝑁. Determine o valor das reações nos apoios.

Dado: |𝐹1 | = 20 𝑁, |𝐹2 | = 40 𝑁, |𝐹3 | = 50 𝑁, |𝐹4 | = 30 𝑁.

Respostas:

⃗ 𝐴| = 0
|𝐻

⃗ 𝐴 | = 50 𝑁
|𝑉

⃗ 𝐵 | = 40 𝑁
|𝑉

117
Física Aplicada – Apostila de Teoria

8) A barra esquematizada na figura abaixo é homogênea, tem seção constante, seu comprimento
é 𝐿 = 6,0 𝑚 e tem peso próprio 𝑃 = 40,0 𝑘𝑁. Determine o valor das reações nos apoios.

Dado: |𝐹1 | = 10,0 𝑘𝑁, |𝐹2 | = 50,0 𝑘𝑁, |𝐹3 | = 40,0 𝑘𝑁, |𝐹4 | = 20,0 𝑘𝑁.

Respostas:

⃗ 𝐴| = 0
|𝐻

⃗ 𝐴 | = 57,5 𝑘𝑁
|𝑉

⃗ 𝐵 | = 42,5 𝑘𝑁
|𝑉

118
Física Aplicada – Apostila de Teoria

9) A barra abaixo esquematizada é homogênea, tem seção constante, seu comprimento é 𝐿 = 8 𝑚


e a intensidade de seu peso próprio é 100 𝑁. Determine a intensidade das reações nos apoios.

Dado: |𝐹1 | = 50 𝑁, |𝐹2 | = 40 𝑁, |𝐹3 | = 30 𝑁, |𝐹4 | = 20 𝑁.

Respostas:

⃗ 𝐴 | = 12,9 𝑁
|𝐻

⃗ 𝐴 | = 78,1 𝑁
|𝑉

⃗ 𝐵 | = 46,6 𝑁
|𝑉

119
Física Aplicada – Apostila de Teoria

10) A barra abaixo esquematizada é homogênea, tem seção constante, seu comprimento é 𝐿 = 6 𝑚
e a intensidade de seu peso próprio é 200 𝑁. Determine a intensidade das reações nos apoios.

Dado: |𝐹1 | = 30 𝑁, |𝐹2 | = 20 𝑁, |𝐹3 | = 50 𝑁, |𝐹4 | = 40 𝑁.

Respostas:

⃗ 𝐴 | = 2,98 𝑁
|𝐻

⃗ 𝐴 | = 112,14 𝑁
|𝑉

⃗ 𝐵 | = 102,50 𝑁
|𝑉

120
Física Aplicada – Apostila de Teoria

11) Considere o mobile esquematizado na figura abaixo. As bolas estão presas por meio de fios, de
massas desprezíveis, a três barras horizontais, também de massas desprezíveis. O conjunto
todo está em equilíbrio e suspenso num único ponto A. Se a massa da bola 4 é de 100 𝑔, qual
a massa, em quilogramas, da bola 1?

Resposta:

𝑀1 = 1,8 𝑘𝑔

121
Física Aplicada – Apostila de Teoria

12) Refazer o exercício anterior (11) considerando que a barra horizontal que segura as bolas tenha
massa não desprezível de 300 𝑔, cada.

Resposta:

𝑀1 = 5,55 𝑘𝑔

122
Física Aplicada – Apostila de Teoria

13) O sistema mostrado na figura está em equilíbrio. Os pesos das roldanas, bem como as forças
de atrito, são desprezíveis. A massa da barra é 1 𝑘𝑔 e o peso 1 é de 80 𝑁. Determine o valor do
peso 2.

Respostas:

|𝑃⃗2 | = 7,5 𝑁

123
Física Aplicada – Apostila de Teoria

14) No sistema em equilíbrio apresentado abaixo a barra AB, de comprimento 𝐿 = 8,0 𝑚 é


homogênea, tem secção constante e peso 𝑃 = 100,0 𝑁. Determinar a força tensora no fio BC e
a reação exercida pelo pino, sobre a barra em A.

Dado: |𝑃⃗1 | = 80,0 𝑁.

Respostas:

⃗ 𝐴 | = 225,2 𝑁
|𝐻

⃗ 𝐴 | = 180,0 𝑁
|𝑉

⃗ | = 225,2 𝑁
|𝑇

124
Física Aplicada – Apostila de Teoria

15) No sistema em equilíbrio apresentado abaixo a barra AB, de comprimento 𝐿 = 4,0 𝑚 é


homogênea, tem secção constante e peso 𝑃 = 200,0 𝑁. Determinar a força tensora no fio BC e
a reação exercida pelo pino, sobre a barra em A.

Dado: |𝑃⃗1 | = 50,0 𝑁.

Respostas:

⃗ 𝐴 | = 259,8 𝑁
|𝐻

⃗ 𝐴 | = 250,0 𝑁
|𝑉

⃗ | = 259,8 𝑁
|𝑇

125
Física Aplicada – Apostila de Teoria

16) No sistema em equilíbrio representado abaixo a barra AB, de comprimento 𝐿 = 3,0 𝑚 é


homogênea, tem secção constante e peso 𝑃 = 200,0 𝑁, está apoiada na extremidade B sobre
uma parede vertical perfeitamente lisa. Determinar a reação exercida pela parede e a reação
exercida pelo pino, sobre a barra em A.

̅̅̅̅ = 2,0 𝑚.
Dado: |𝑃⃗1 | = 100,0 𝑁, 𝐴𝐶

Respostas:

⃗ 𝐴 | = 288,7 𝑁
|𝐻

⃗ 𝐴 | = 300,0 𝑁
|𝑉

⃗ | = 288,7 𝑁
|𝑁

126
Física Aplicada – Apostila de Teoria

17) No sistema em equilíbrio representado abaixo a barra AB, de comprimento 𝐿 = 5,0 𝑚 é


homogênea, tem secção constante e peso 𝑃 = 100,0 𝑁, está apoiada na extremidade B sobre
uma parede vertical perfeitamente lisa. Determinar a reação exercida pela parede e a reação
exercida pelo pino, sobre a barra em A.

̅̅̅̅ = 3,0 𝑚.
Dado: |𝑃⃗1 | = 40,0 𝑁, 𝐴𝐶

Respostas:

⃗ 𝐴 | = 128,2 𝑁
|𝐻

⃗ 𝐴 | = 140,0 𝑁
|𝑉

⃗ | = 128,2 𝑁
|𝑁

127
Física Aplicada – Apostila de Teoria

18) No sistema abaixo em equilíbrio a barra AB, de comprimento 𝐿 = 10,0 𝑚 é homogênea, tem
secção constante e peso 𝑃 = 400,0 𝑁, está apoiada na extremidade B sobre uma parede vertical
perfeitamente lisa. Determinar a reação exercida pela parede e a reação exercida pelo pino,
sobre a barra em A.

̅̅̅̅ = 6,0 𝑚.
Dado: |𝑃⃗1 | = 100,0 𝑁, |𝑃⃗2 | = 200,0 𝑁, 𝐴𝐶

Respostas:

⃗ 𝐴 | = 381,4 𝑁
|𝐻

⃗ 𝐴 | = 600,0 𝑁
|𝑉

⃗ | = 281,4 𝑁
|𝑁

128
Física Aplicada – Apostila de Teoria

19) No sistema abaixo em equilíbrio a barra AB, de comprimento 𝐿 = 8,0 𝑚 é homogênea, tem
secção constante e peso 𝑃 = 600,0 𝑁, está apoiada na extremidade B sobre uma parede vertical
perfeitamente lisa. Determinar a reação exercida pela parede e a reação exercida pelo pino,
sobre a barra em A.

̅̅̅̅ = 5,0 𝑚
Dado: |𝑃⃗1 | = 100,0 𝑁, |𝑃⃗2 | = 200,0 𝑁, 𝐴𝐶

Respostas:

⃗ 𝐴 | = 736,1 𝑁
|𝐻

⃗ 𝐴 | = 800,0 𝑁
|𝑉

⃗ | = 636,1 𝑁
|𝑁

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