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CEAM – Colégio Estadual Augusto Meyer

Física – 1ºAno
Profª Renata Quadros Nervo

CINEMÁTICA

No estudo da cinemática não existe preocupação em explicar o movimento, mas somente em


descrevê-lo estritamente geométrico. Este se restringe à escolha de um referencial e ao registro,
em termos matemáticos, das sucessivas posições ocupadas por um corpo no decorrer do tempo.
Portanto, partindo da posição atual do corpo, num determinado referencial, pode-se determinar a
sua posição futura no mesmo referencial.
Então, cinemética, é a parte da física onde serão representados os movimentos através de sua
conceituação, de seus gráficos e equações sem, no entanto, nos preocuparmos com as suas
causas.

PONTO MATERIAL E CORPO EXTENSO.

Ponto material é todo o corpo cujas dimensões não interferem no estudo de um determinado
fenômeno (móvel ou partícula)

Observe que as dimensões do carro não podem ser desprezadas, pois neste caso ela não é
muito menor que as dimensões da sala.
Nesta situação, o corpo é dito um corpo extenso

REPOUSO, MOVIMENTO E REFERENCIAL

Um corpo está em repouso quando a distância entre este corpo e o referencial não variam com o
tempo.

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Um corpo está em movimento quando a distância entre este corpo e o referencial variam com o
tempo.
O corpo que tomamos como referência para dizer se um outro corpo está em movimento ou
repouso é denominado referencial.
Observe a figura:

POSIÇAO ESCALAR

Costumamos representar a posição de um corpo num instante dado pela letra S.


Na trajetória a seguir temos:

A posição do corpo no instante t = 1h é S = - 4km;


A posição do corpo no instante t = 2h é S = 3km.
A posição escalar de um corpo é medida da distância do corpo até a origem das posições,
acompanhada de um sinal positivo ou negativo.
Estudaremos os conceitos básicos de trajetória, distância, deslocamento, velocidade e
aceleração.

TRAJETÓRIA - É a linha descrita pelo móvel durante o seu movimento, no decorrer do tempo. De
acordo com a trajetória, os movimentos recebem os seguintes nomes:
• Movimento retilíneo: a trajetória é uma reta.
• Movimento curvilíneo: a trajetória é uma curva.

DISTÂNCIA - É o comprimento da trajetória seguida pelo móvel

DESLOCAMENTO - É um vetor que tem por origem o ponto de partida e por extremidade o ponto
de chegada.
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Suponhamos uma partícula que se desloca de um ponto A até um ponto B. Para chegar ao ponto
B ela pode seguir trés caminhos como mostra a figura a baixo.

Comprimento do caminho 1 = 17 m.
Cornprimento do caminho 2 = 5 m.
Comprimento do caminho 3 = 10 m.
Seguindo o caminho 1 sua trajetória será parabólica.
Escolhendo o caminho 2 sua trajetória será retilínea e se o caminho preferido for o 3 a trajetória
será circular.
A distância percorrida, em cada caso, é o comprimento da trajetória:
No caminho 1, ∆S = 17 m.
No caminho 2, ∆S = 5 m.
No caminho 3, ∆S = 10 m.
O deslocamento, nos três casos, é o comprimento da reta que une o ponto de partida ao ponto
de chegada. Portanto, o deslocamento, é de 5 m.

VELOCIDADE - a velocidade (símbolo v) é a razão entre um deslocamento e o intervalo de


tempo levado para efetuar esse deslocamento. Pode ser considerada sob o aspecto vetorial (tem
direção, sentido e módulo) ou escalar, e é matematicamente expressa por:

v = ∆S
∆t

0 que chamamos de velocidade escalar também é cotidianamente conhecido como rapidez.


A velocidade instantânea é definida como o espaço percorrio em um intervalo de tempo que
tende a zero. É a velocidade do corpo naquele instante. Matematicamente:
Quando se considera um intervalo de tempo que não tende a 0, a velocidade é considerada
média.

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A velocidade depende do referencial. Um objeto pode mesmo estar parado (imóvel) em relação a
outro, sendo que ambos estejam se deslocando em relação a um terceiro com a mesma
velocidade.
A velocidade pode ser expressa em inúmeras unidades de medida, que relacionem o espaço (S)
e o tempo (t) na forma v = (S) (t)-1, ou v = S/t
O Sl tem como unidade padrão para velocidade o metro por segundo (m/s), mas unidades
comumente usadas incluem o quilômetro por hora (km/h), centímetro por segundo (cm/s), milhas
por hora (mph - no Sistema Imperial), etc.

EXERCÍCIOS – 1ª lista

01) Um carro percorre 150km em 1h e 50min. Determine a velocidade média do carro, no S.I.
ΔS = 150km = (x1000)= 150 000m
Dados Δt = 1h e 50min= (3600s + 3000s) = 6600s (60min + 50min = 110min)
v=?
v = ΔS
Δt
V = 150000 v = 23m/s
6600

02) Um móvel viaja com velocidade média de 90km/h durante 20min. Calcule a distância
percorrida pelo móvel no S.I.

03) Uma bicicleta percorre 4km com velocidade de 36km/h. determine o tempo gasto, no S.I.

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GRANDEZA É TUDO QUE PODE SER MEDIDO

Grandezas Físicas - Na descrição dos movimentos necessitaremos conhecer as grandezas


físicas, as quais podemos separar em dois grupos: as escalares e as vetoriais.
Exemplos: comprimento, massa, tempo, velocidade, etc.
Certas grandezas ficam perteitamente caracterizadas com apenas um número e uma unidade.
Essas grandezas são chamadas grandezas escalares.

Grandezas escalares são aquelas que ficam perfeitamente caracterizadas com apenas
um número e uma unidade.

Exemplos: massa, comprimento, tempo, etc.


Ocorre também um outro tipo de grandeza que somente fica perfeitamente caracterizada se, além
de um número e uma unidade, também apresentar uma orientação, que é dada por uma direção
e um sentido. Essas grandezas são chamadas grandezas vetoriais.

Grandezas Vetoriais são aquelas que para sua perfeita caracterização, além de um
número e uma unidade, necessitam de uma orientação (direção e sentido).

Môdulo (número e unidade)


Grandeza Vetorial Direção (plano do movimento)
Sentido

Exemplos: força, velocidade, aceleração, etc.

VETORES Vetores – Parte 1 https://youtu.be/6zcy1P0cEJY

Vetores – Parte 2 https://youtu.be/tJ2TZPV67sY

Para reresentar uma grandeza vetorial utilizamos um segmento de reta orientada denominado
vetor que representa três características (módulo, direção e sentido) que tomam as grandezas
vetoriais conhecidas. Exemplos de vetores:

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O nome de um vetor é uma letra qualquer (maiúscula ou minúscula) sobre a qual se coloca uma
seta horizontal.

Determinar o módulo, a direção e o sentido dos vetores a seguir

Módulo: 5 Módulo: 4
Direção: vertical Direção: horizontal
Sentido: para cima Sentido: para à direita

Adição de grandezas vetoriais

1º CASO - Vetores de mesma direção e mesmo sentido. Consideremos os vetores v1 e.v2,


abaixo. O vetor que representa a soma desses dois vetores tem a mesma direção e o mesmo
sentido dos vetores que estão sendo somados. Seu módulo é soma dos módulos desses dois
vetores.

2º CASO - Vetores de mesma direcão e sentidos contrários. Consideremos os vetores v1 e v2


abaixo. O vetor que representa a soma desse dois vetores tem a mesma direção dos vetores que
estão sendo somados. Seu sentido será o do vetor de maior módulo e seu módulo é igual à
diferença dos módulos desses dois vetores.

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3º CASO - Vetores de direções diferentes. Consideremos os vetores v1 e v2, a baixo.

Para elucidar o problema vamos aplicar a regra do paralelogramo que diz o seguinte:
Primeiro: transportemos os vetores de modo que suas origens coincidam.
Segundo: traça-se pela extremidade de cada vetor, uma paralela ao outro, formando-se um
paralelogramo.
Terceiro: o vetor S corresponde à diagonal do paralelogramo com origem nas origens dos dois
Vetores.
O módulo do vetor resultante ou vetor soma é dado pela expressão:

MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME ( MRU ) Parte 1 https://youtu.be/IFdj2WFW-TU

Parte 2 https://youtu.be/sIoQPD3Tk4c

a) Definição
Suponha que você esteja dirigindo um carro de tal forma que o ponteiro do velocimetro fique
sempre na mesma posição, por exemplo, 50 km/h, no decorrer do tempo.
Nem condição você irá percorrer 50 km a cada hora, isto é, se em 1 hora você percorre 50 km,
em 2 horas percorrerá 100 km, e assim por diante.
Ou seja, você percorrerá distâncias iguais em intervalos de tempo iguais.
Para que isto ocorra, a velocidade escalar instantânea deve ser igual à velocidade escalar média
em qualquer intervalo de tempo.

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O movimento descrito nessa situação é denominado movimento uniforme (MU).

Movimento uniforme v = vm = constante = 0

Podemos citar alguns exemplos: uma gota d’agua descendo por um tubo cheio de óleo, um
cicilsta em velocidade constante, a viagem de uma nave interplanetária, a subida ou descida de
uma escada rolante etc.
Na prática, os movimentos não são perfeitamente uniformes. Se a trajetória for retilínea, o
movimento é dito movimento retilíneo e uniforme (MRU).

b) Função horária das posições


O estudo da Cinemática restringe-se à escolha de um referencial e ao registro, em termos
matemáticos, das sucessivas posições ocupadas por um corpo no decorrer do tempo.
Portanto, partindo da posição atual do corpo, num determinado referencial, pode-se determinar a
sua posicão futura no mesmo referencial.
Assim, dados o aqui e o agora do corpo – posição e instante iniciais – para um dado
obseovador, podemos prever o ali e o depois do corpo em relação ao mesmo observador.
Para isso considere um corpo percorrendo com velocidade constante v a trajetória da figura.

Sejam:
s0: a posição do corpo no instante inicial t0 = 0 (posição inicial)
s: a posição do corpo no instante t.
Temos:

Vm = S – S o V m = S – So S – So = v. t S = So + v. t
t – to t

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A função horária das posições de um movimento uniforme é a formula matemática que fornece a
posição do corpo no decorrer do tempo sobre uma determinada trajetória.

Problemas de Aplicação
Um corpo movimenta-se sobre uma trajetória retilínea obedecendo à função horária s = 20 + 4t
(no SI). Determinar:
a) sua posição inicial e sua velocidade;
b) sua posição no instante 5 s;
c) a variação de espaço entre os instantes 2 s e 7 s;
d) o instante em que o ponto material passa pela posição 60 m.

Resolução:
a) Como a função horária das posições é do 1º grau em relação ao tempo, o corpo realiza um
movimento uniforme; logo:

s = 20 + 4 t s0 = 20 m
s = s0 + v t v = 4 m/s

b) s = ? quando t = 5 s
b) s = 20 + 4t → s5 = 20 + 4.5 → s5 = 40m

c) Para t = 2 s
c) s = 20 + 4t → s2 = 28m
c) Para t = 7 s
c) s = 20 + 4t → s7 = 48m

EXERCÍCIOS – 2ª lista

01) Um carro movimenta-se segundo a função horária s = 50 + 8t (no SI).


a) QuaI a posição inicial e a velocidade do carro?
So = 50m
V = 8m/s

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b) Qual a posição do carro no intante 20s?
S= ? t= 20s
s = 50 + 8t
s = 50 + 8.20
s = 50 + 120
s= 170m
c) Em que instante o carro passa pela posição 650m?
t= ? S= 650m
s = 50 + 8t
650= 50+8.t
650-50= 8.t t = 75s
600/8 = t

02) Um corpo movimenta-se sobre uma trajetória retilínea obedecendo à função horária s = 60 –
10t (no SI). Determine:
a) sua posição inicial e sua velocidade;
b) sua posição no instante 3s;
c) o instante em que passa pela origem das posições;
d) a distância percorrida no intervalo de 1s a 10s.

03) Em uma estrada observam-se um caminhão e um jipe, ambos correndo no mesmo sentido.
Suas velocidades são, respectivamente, 54 km/h e 72 km/h. Na data zero, o jipe está atrasado
100 metros em relação ao caminhão. Determine:
a) o instante em que o jipe alcança o caminhão;
b) o caminho percorrido pelo jipe até alcançar o caminhão.

04) Qual é o tempo gasto para que uma composição de metrô de 200 m a uma velocidade de 180
km/h atravesse um túnel de 150 m? Dê sua resposta em segundos.

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EXERCÍCIOS de Revisão

01) (PUC – MG) – Um estudante, observando seus colegas assentados em seus lugares e
recordando seus conceitos de movimento, julga como correto somente:
a) eu estou em repouso em relação aos meus colegas, mas todos nós estamos em movimento
em relação à Terra.
b) mesmo para o professor, que não para de andar, seria possível achar um referencial em que
ele estivesse em repouso.
c) a velocidade de todos os estudantes que eu consigo enxergar agora assentados em seus
lugares é nula para qualquer observador.
d) como não há repouso absoluto, nenhum de nós está em repouso em relação a nenhum
referencial.

02) (PUC – RS) – A afirmação “todo movimento é relativo”, significa:


a) todos os cálculos de velocidade são imprecisos.
b) não existe movimento com velocidade constante.
c) a velocidade depende sempre de uma força.
d) a descrição de qualquer movimento requer um referencial.
e) a velocidade depende sempre de uma aceleração.

Vetores
03) Em referência às grandezas escalares e vetoriais, assinale V para as afirmações verdadeiras
e F para as falsas.
Grandeza escalar é aquela que tem módulo, unidade de medida e direção, como a
velocidade de um corpo.
Grandeza vetorial é aquela que tem módulo, unidade de medida, direção e sentido, como
a força.
Uma grandeza é escalar quando ela é definível por um valor numérico, sem a necessidade
de uma orientação.
Massa e temperatura são grandezas escalares e, portanto, não possuem direção e
sentido.
Vertical e horizontal são exemplos de sentido de um vetor.
A direção de um vetor é a da reta-suporte onde ele atua.
Força é um exemplo de grandeza vetorial.

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04) (FATEC – SP) – Dados os vetores A, B e C, representados na figura em que cada quadrícula
apresenta lado correspondente a uma unidade de medida, é correto afirmar que a resultante dos
vetores tem módulo:
a) 6
b) 4
c) 3
d) 2
e) 1

05) Dados os vetores e , a melhor representação para o vetor + é:


a) E
b) D
c) C
d) B
e) A

06) Nas figuras que seguem, temos representadas duas forças de mesma intensidade que atuam
sobre um ponto material P de massa M. Em qual figura a resultante das forças atinge seu máximo
valor?

Velocidade e aceleração
07) Sobre a grandeza física velocidade, analise as afirmativas abaixo:
I – Trata-se de uma grandeza física escalar.
II – Se a velocidade média de um móvel é nula, ele necessariamente encontra-se em repouso.
III – A unidade de velocidade no SI é m/s.
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Assinale a opção correta:
a) apenas I é verdadeira.
b) apenas II é verdadeira.
c) apenas III é verdadeira
d) são verdadeiras apenas I e II.
e) todas as afirmativas são verdadeiras.

08) Se, durante certa viagem de férias, efetuada de automóvel, alguém afirma que a velocidade
escalar média foi de 80 km/h, significa que:
a) Durante a viagem, o ponteiro do velocímetro jamais pode ter marcado 10 km/h.
b) Durante a viagem toda, o ponteiro do velocímetro indicava menos de 80 km/h.
c) Durante a viagem toda, o ponteiro do velocímetro indicava mais de 80 km/h.
d) Durante a viagem toda, o ponteiro do velocímetro indicava 80 km/h.
e) Durante a viagem, o ponteiro do velocímetro pode ter marcado 100 km/h.

09) Um automóvel percorre, com velocidade constante, 24 km de uma estrada retilínea, em 1/3
de hora. Qual o módulo da velocidade escalar média desse móvel, em unidades do Sistema
Internacional?

10) Um automóvel percorre, com velocidade constante, 18 km de uma estrada retilínea, em 20


minutos. Qual o módulo da velocidade escalar média desse móvel, em unidades do Sistema
Internacional?

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GRÁFICOS do MRU
Além da função de posição outro instrumento é utilizado para descrever os movimentos, o
GRÁFICO.
No caso do MRU, dois gráficos são úteis:
• Posição em função do tempo; (Sxt)
• Velocidade em função do tempo; (vxt)

(Sxt) (vxt)

S(m) v(m/s)

t(s) to t t(s)

Analisando os gráficos podemos determinar a velocidade e o deslocamento.


No gráfico da (Sxt) podemos determinar a velocidade pelo ângulo de inclinação, cuja a tangente é
chamada de coeficiente angular, onde a tangente do ângulo é dada por:

Tg θ = cateto oposto = S – So
cateto adjacente t – to

No gráfico da (vxt) representa uma função constante, no MRU o gráfico da velocidade sempre
será uma reta paralela ao eixo do tempo.
Para determinarmos o deslocamento pelo gráfico calculamos a área do gráfico.

Área = base . altura (b.h)

Gráficos do MRU

Sabe-se que o movimento de um corpo pode ser definido por uma expressão matemática, por
uma tabela ou também por uma representação gráfica. A forma gráfica é muito importante pois
pode fornecer muitos detalhes de um movimento, ou ainda, facilitar a comparação de movimentos
de corpos diferentes.

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Gráfico (v x t)

No movimento uniforme, a velocidade é constante e o diagrama da velocidade em função do


tempo v = f(t) é uma reta paralela ao eixo dos tempos.

• Para o movimento uniforme progressivo tem-se:

• Para o movimento uniforme retrógrado tem-se:

É importante observar, que a área (A) compreendida entre o gráfico e o eixo dos tempos é
numericamente igual ao valor do deslocamento do corpo.

Área do retângulo = base x altura;


Deslocamento = v x t

Gráfico (S x t)
Ao observar que a função horária do espaço no movimento uniforme é do 1º. grau (S = So + v.t),
conclui-se que o gráfico S x t é uma reta inclinada.
• Se o movimento é progressivo, a reta é crescente ou inclinada para cima;

• Se o movimento é retrógrado, a reta é decrescente ou inclinada para baixo;

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É fácil observar no gráfico que a posição inicial do móvel é indicada pelo ponto em que a reta
corta o eixo das ordenadas (eixo S) e que a declividade da reta representa a velocidade escalar
do móvel:

tg θ = cateto oposto = S – So
cateto adjacente t – to

Exercícios resolvidos:

01- O gráfico abaixo representa a velocidade de veículo numa viagem em função do tempo.
Determine:
a) o deslocamento do veículo na viagem;
b) a velocidade média do veículo em km/h.

Resolução
Observa-se, no gráfico, que o veículo descreveu dois movimentos uniformes sucessivos numa
viagem de 5 horas: mantém a velocidade de 90 km/h por 3 horas e, a seguir, mantém a
velocidade de 60 km/h por 2 horas.
Na primeira etapa, tem-se: ∆S1 = v1 . t1 => ∆S1 = 90 . 3 => ∆S1 = 270 km
Na segunda etapa, tem-se: ∆S2 = v2 . t2 => ∆S2 = 60 . 2 => ∆S2 = 120 km
Na viagem toda, tem-se:
∆sTotal =∆s1 + ∆s2 = 270 + 120

∆STotal = 390 km

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É possível determinar o deslocamento do veículo calculando a área do gráfico conforme a
resolução a seguir:

∆sTotal = área 1 + área 2


∆sTotal = 3 . 90 + 2 . 60
∆sTotal 270 + 120

∆STotal = 390 km

02- O diagrama a seguir apresenta a relação entre o espaço ocupado por um móvel e o tempo.

De acordo com o gráfico, determine:


a) A posição inicial e a velocidade do móvel;
b) a função horária do espaço;
c) a posição do móvel no instante 13 s.

Resolução
a) Pelo gráfico, sabe-se que o movimento é uniforme. Para determinar a posição inicial So, basta
verificar em qual ordenada a reta corta o eixo S. Assim, tem-se: So = -23 m.
A velocidade pode ser determinada aplicando a função horária da posição:
S = So + vt onde, para t = 8 s tem-se S = 25 m. Então:
25 = -23 + v (8)
48 = 8.v
v = 6 m/s

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MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE ACELERADO ( MRUV)
Videoaula MRUV https://youtu.be/Ol4Td3C2hk4
Movimento Acelerado
Podemos classificar o movimento acelerado quando um móvel muda sua velocidade
(VARIAÇÃO DE VELOCIDADE).
A aceleração é uma grandeza vetorial que relaciona a variação da velocidade com o tempo gasto
nessa variação.
A fórmula que define a aceleração é:
∆v = v – vo
a= ∆v
∆t
∆t = t – to
Fórmula usual:

a = v - vo
t

Unidade de aceleração no S. I. é: [m/s2], pois a velocidade é dado em m/s e o tempo é dado em s


(segundos).

Unidade: [m/s2]

Fórmula da velocidade: v = vo + a. t

0 movimento acelerado podemos classificar de duas formas. Acelerado e Retardado.


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Tipos de movimento

a) Movimento acelerado
É aquele no qual o módulo da velocidade aumenta no decorrer do tempo.
Para que isso ocorra devemos ter a velocidade e a aceleração com o mesmo sinal.
movimento acelerado v. a > 0 (positiva)

b) Movimento retardado
É aquele no qual o módulo da velocidade diminui no decorrer do tempo. Nesse caso, devemos
ter a velocidade e a aceleração com sinais contrários.
movimento retardado ↔ v. a < 0 (negativa)

Definição:

ACELERAÇÃO – É a variação da velocidade a cada segundo.

Função horária da velocidade no MUV


A função horária da velocidade do MUV é uma equação em que a velocidade do móvel é escrita
em função do instante de tempo. Essa função é uma equação de 1º grau, ou seja, é a equação
de uma reta.

A figura a seguir apresenta o gráfico da função horária da posição, que relaciona a velocidade
com o tempo.
v (m/s)
Mov. acelerado

Mov. retardado
t (s)
Na figura acima, as retas vermelha e azul representam, respectivamente, um movimento
acelerado e um movimento retardado. O ponto em que essas retas tocam o eixo vertical é a

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velocidade inicial do movimento. Além disso, quanto maior é a inclinação dessas retas em relação
ao eixo horizontal, maior é o módulo da velocidade.

EXERCÍCIOS – 3ª lista ( videoaula – https://youtu.be/p0TCWL_gosM )

01) Um móvel, partindo do repouso, acelerou durante 4s e teve sua velocidade aumentada para
20 m/s. Supondo sua aceleração constante, determine o seu módulo e interprete o resultado
obtido.
Vo = 0 v = vo + a.t
t =4s 20= 0 + a.4
V=20m/s 20= 4.a
a=? 20/4 = a a= 5m/s2 M.A.

02) Um ciclista deslocava-se com a velocidade igual a 108 km/h. Num determinado instante o
ciclista freou a bicicleta fazendo-a parar em 10s. Supondo sua aceleração constante, determine o
seu módulo e interprete o resultado obtido.

03) Um corpo percorre uma trajetória retilínea com aceleração constante de 4m/s 2. Determine a
velocidade do corpo no instante 30s, partindo do repouso.

04) A função da velocidade de um móvel em movimento retilíneo é dada por v = 50 + 4t (no S.I.).
a) quaI a velocidade inicial e a aceleração do móvel?
b) qual a velocidade do móvel no instante 5s?
c) em que instante a velocidade do móvel é igual a 100 m/s?
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05) Um ponto materiaI em movimento retilíneo adquire velocidade que obedece à função v = 40 -
10t (no S.I.). Determine:
a) a velocidade inicial;
b) a aceleração;
c) a velocidade no instante 5s
d) o instante em que o ponto material muda de sentido;
e) a classificação do movimento (acelerado ou retardado) nos instantes 2 e 6s.

06) A velocidade de um móvel no decorrer do tempo é indicada pela tabela seguinte:

Calcule a função horária da velocidade desse móvel. ___________________

07) Um móveI parte com velocidade de 4 m/s de um ponto de uma trajetória retilínea com
aceleração constante de 5 m/s2. Ache sua velocidade no instante 16 s.

08) 0 maquinista aciona os freios de um trem, reduzindo sua velocidade de 80 km/h para 60
km/h no intervalo de 1 minuto. Determine, supondo-a constante, a aceleração do trem nesse
intervalo. Dê a resposta em m/s2.

09) Um automóvel, correndo com velocidade de 90km/h, é freado com uma aceleração constante
e para em 5 s. Qual a aceleração introduzida pelos freios?

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Definição da Posição ( videoaula – https://youtu.be/GGLIUbhGwp0 )

Assim como definimos a posição de um corpo em MRU, sem aceleração, podemos também
definir a posição de um corpo que executa um MRUV, com aceleração. A função horária da
posição é uma equação matemática.

S = So + vo.t + a.t2
2

Sendo ΔS = S – S0 , então podemos

ΔS = variação da posição ( Sfinal – S0 inicial )

∆S = vo.t + a.t2
2

Explicação:

a = 2m/s2

to = 0 t = 5s t = 10s
vo = 0 v = a.t = 10m/s v = 20m/s

∆S = vo.t + a.t2
2
so =0 s= s = 10.5 + 2.52 S = 50 + 25 = 75m
2

s = 0.10 + 2.102 S = 100m


2

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Função horária da posição no MUV

A função horária da posição é a equação usada para determinar a posição de um móvel que
descreve um movimento uniformemente variado. Trata-se de uma equação do 2º grau que
depende de variáveis como velocidade inicial, posição inicial e aceleração.
Na figura a seguir, exibimos um gráfico qualitativo que relaciona a posição de um corpo que
descreve um MUV com relação ao tempo.
S (m)
+a

–a

t (s)

O gráfico acima mostra duas curvas, uma vermelha e uma azul, que representam,
respectivamente, os movimentos acelerado e retardado. Perceba que a concavidade da parábola
é o que define se o movimento é acelerado ou não: quando a concavidade está virada para cima,
a aceleração é positiva. No gráfico, a posição inicial de ambos os movimentos se encontra no
ponto onde as curvas cruzam o eixo vertical.

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Equação de Torricelli

É a equação que relaciona a velocidade com o espaço percorrido pelo corpo num movirnento
uniformemente variado.
Podemos obter essa equação da seguinte forma:

S = So + vo.t + a.t2 v = vo +a.t = Equção de Torricelli


2

Isolando o vabor de t na segunda equação e substituindo na primeira, temos:

De t=

Substituindo na equação 1 : s = s0 + v0 ( )+ a( )2

Eliminando os parênteses e reduzindo ao mesmo denominador, obtemos:

v2= v + 2a (s – s0) v2 = v02 + 2.a.∆S

Exemplo: Problema de Aplicação

Um avião, na decolagem, percorre, a partir do repouso e sobre a pista, 900 m com


aceleração escalar constante de 50 m/s2, Calcular a velocidade de decolagem do avião.
Resoluçao:
Esquema

v2 = v + 2a∆s → v2 = 02 + 2 ∙ 50 ∙ 900
v2 = 90 000
v = 300 m/s

Resposta: 300 m/s

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EXERCÍCIOS – 4ª lista

01) Considerando as seguintes funções horárias da posição, onde s é medido em metros e t em


segundos: Ache a função horária da velocidade de cada uma delas.
a) s = 10 + 4t + 3t2 c) s = 1 - t2
So = 10m vo = 4m/s a = 6m/s2 So = 1m vo = 0 a = -2m/s2
v = vo + a.t v = vo + a.t
v = 4 + 6.t v = 0 + -2.t = v = -2.t

b) s = - 8 + t - 5t2 d) s = 4t2

02) 02) Um corpo desloca-se sobre uma trajetória retilínea obedecendo a função horária
s = - 40 - 2t + 2t2 (no SI). Pede-se
a) a posição inicial, a velocidade inicial e aceleração do corpo;
So = -40m vo = -2m/s a = 4m/s2

b) a função horária da velocidade;


v = vo + a.t
v = -2 + 4.t

c) o instante em que o corpo passa pela origem das posições.


t=? S=0
s = - 40 - 2t + 2t2 t = -2 ± 9 = t = 3,5s
0 = -40 – 2t + 2t2 (:2) 2
t2 – t – 20 = 0 (Báskara)

03) Um móvel desIoca-se sobre uma trajetória retilinea obedecedo à função horária s = 6 - 5t + t2
(noSI). Determine:
a) a posição do móvel no instante 5s;
b) o caminho percorido pelo móvel entre os instantes 4s e 6s;
c) o instante em que o móvel passa pela posição 56m.

25
04) Um móvel parte com velocidade de 10 m/s e aceleração constante de 6 m/s2 da posição
20 metros de uma trajetória retilínea. Determine sua posição no instante 12 segundos.

05) Um carro percorre uma estrada a 45 km/h. O motorista quer ultrapassar um outro carro e
acelera uniformemente, até atingir 90 km/h em 10 segundos.
a) qual foi a aceleração do carro nestes 10 segundos?
b) qual a distância percorrida pelo carro nesses 10 segundos?

06) Um trem parte do repouso, da origem das posições de uma trajetória retilínea, com
aceleração constante de 4 m/s2.
a) que velocidade tem após 10s?
b) que distância percoreu em10s?
c) quaI a distância percorrida até o instante em que sua velocidade atinge 60 m/s?
d) qual é sua velocidade média no intervalo de 0 a 10s?

07) Num teste de corrida, um carro consegue atingir a velocidade de 40 m/s em 5 segundos.
Sabendo que o movimento é uniformemente acelerado, e que ele parte do repouso, calcule a
distância percorrida durante 14 segundos.

08) Partindo do repouso no instante t = 0, um ponto material possui aceleração escalar constante
e igual a 2,0 m/s2. QuaI a distância percorrida peto ponto material entre os instantes t 1 = 1s e t2 =
2s?

26
09) Um carro viajando com velocidade escalar de 72 km/h breca repentinamente e consegue
parar em 4 segundos. Considerando a desaceleração uniforme, qual a distância percorrida pelo
carro durante esses 4 segundos?

10) Um ponto material parte do repouso com aceleração constante e 10s após encontra-se a 40m
da posição inicial. Determine:
a) a aceleração do ponto material;
b) a velocidade do ponto material no instante 10s.

11) Uma bicicleta tem velocidade inicial de 4,0 m/s e adquire uma aceleração constante de 1,8
m/s2. Qual é a sua velocidade após percorrer 50m?

12) Um carro corre a uma velocidade de 72 km/h. Quando freado, para após percorrer 50 metros.
Calcule a aceleração introduzida pelos freios.

13) Um trem corre a uma velocidade de 90 km/h, quando o maquinista vê um obstáculo 125m à
sua frente. Calcule o menor módulo da aceleração de retardamento a ser imprimida ao trem para
que não haja choque.

27
14) Um automóvel que anda com velocidade escalar de 72 km/h é freado de tal forma que, 6,0s
após o início da freada, sua velocidade escalar é de 8,0 m/s.
a) qual o tempo gasto pelo móvel até parar?
b) qual a distância percorrida pelo móvel até parar?

15) (Cesgranrio-RJ) Um automóvel, partindo do repouso, leva 5.0s para percorrer 25m em
movimento uniformemente variado. A velocidade final do automóvel é de:
a) 5,0 m/s
b) 15 m/s
c) 25 m/s
d) 10 m/s
e) 20 m/s

16) É dado um movimento cuja equação horária do espaço é s = 8 - 4t + t2(unidades do


Sl).A equação horária da velocidade escalar em função do tempo é:
a) v = 8 - 4t
b) v = - 4 + 2t
c) v = - 4t + 2t2
d) v = 8 + t2
e) v = 8t - 4t2 + t3

17) (Fuvest-SP) Um veículo parte do repouso em movimento retilíneo e acelera a 2 m/s 2. Pode-se
dizer que sua velocidade e a distância percorrida, após 3 segundos, valem, respectivamente:
a) 6 m/s e 9 m
b) 6 m/s e 18m
c) 12 m/s e 36 m
d) 2 m/s e 12 m
e) 3 m/s e 12 m

28
18) Na figura abaixo representamos a situação inicial de uma partícula que tem MUV, com
aceleração escalar 4 m/s2. Determine as equações horárias do espaço e de velocldade escalar.

19) (Osec-SP) Um ponto material lançado verticalmente para cima retornou ao solo após 12s do
seu Iançamento. Calcule sua velocidade incial. Despreze a resistência do ar o adote g = 10 m/s2.
a) 60 m/s
c) 30 m/s
b) 45 m/s
d) 15 m/s
e) 10 m/s

20) Um veículo move-se em uma estrada com velocidade escalar constante de 40 m/s. Num
determinado instante, o motorista aciona o freio, de modo que o veículo adquire uma
desaceleração constante e lgual a 5,0 m/s2, até parar. Depois de quanto tempo o veiculo para?

Análise de gráficos
21) (UFSM-RS) Ao preparar um corredor para uma prova rápida, o treinador observa que o
desempenho dele pode ser descrito, de forma aproximada, pelo seguinte gráfico:
A velocidade média desse corredor, em m/s, é de
a) 8,5
b) 10,0
c) 12,5
d) 15,0
e) 17,5

29
MOVIMENTO QUEDA LIVRE ( MQL) ( Videoaula https://youtu.be/evz253TOgAg )

No estudo de Física a queda livre é uma particularização do movimento uniformemente variado


(MRUV). O movimento de queda livre foi estudado primeiramente por Aristóteles.
Séculos mais tarde, um famoso físico e astrônomo italiano chamado Galileu Galilei, introduziu o
método experimental e acabou por descobrir que o que Aristóteles havia dito não se verificava na
prática. Quando Galileu realizou o experimento na Torre de Pisa e fez a confirmação de que
Aristóteles estava errado, ele percebeu que existia a ação de uma força que retardava o
movimento do corpo. O movimento de queda livre, como já foi dito, é uma particularidade do
movimento uniformemente variado. Sendo assim, trata-se de um movimento acelerado, fato esse
que o próprio Galileu conseguiu provar. Esse movimento sofre a ação da aceleração da
gravidade, aceleração essa que é representada por g e é variável para cada ponto da superfície
da Terra.
Porém para o estudo de Física, e desprezando a resistência do ar, seu valor é constante e
aproximadamente igual a 9,8 m/s2.

Relação entre MRUV e MQL:

MRUV MQL
Direção Horizontal Direção Vertical
Aceleração = a Acel. da gravidade g =10m/s2
∆S ∆h
v = vo + a.t v = vo + g.t
v2 = vo2 + 2. a.∆S v2 = vo2 + 2. g.∆h
∆S = vo.t + a.t2 ∆h = vo.t + g.t2
2 2

30
EXERCÍCIOS – 5ªLista

01) Um móvel é lançado do solo verticalmente com velocidade inicial de 40 m/s. Despreze a
resistência do ar e adote g = 10 m/s2.

a) Qual o tempo gasto pelo corpo para atingir a altura máxima?


t=? hmax v=0
vo = 40m/s t =4s hmax v=0
g = -10m/s2
v = vo + g.t
0 = 40 + (-10).t
0 = 40 – 10.t g = -10m/s2
10.t = 40
t = 40/10
t = 4s vo=40m/s

b) Qual a altura máxima em relação ao solo?


hmax = ?
∆h = vo.t + g.t2
2
∆h = 40.4 - 10. 42
2
∆h = 160 – 160/2
∆h = 160 – 80
∆h = 80m

c) Calcule o tempo gasto pelo corpo para retornar ao solo.


“tempo de subida 4s, retorna ao solo, mesmo trajeto, em mais 4s, então total de t = 8s”

d) Calcule a velocidade ao tocar o solo.


v = vo + a.t
v = 40 – 10.8
v = 40 – 80
v = - 40m/s

31
e) Construa os gráficos s = f(t) e v = f(t).
Gráficos s = f(t). exercício 1.
Da posição (Sxt)
S

80

70

60

50

40

30

20

10

1 2 3 4 5 6 7 8 t

t = 1s ΔS = 40.1 – 10.12 t = 5s ΔS = 40.5 – 10.52


2 2
ΔS = 40 – 5 = 35m ΔS = 200 – 125 = 75m

t = 2s ΔS = 40.2 – 10.22 t = 6s ΔS = 40.6 – 10.62


2 2
ΔS = 80 – 20 = 60m ΔS = 80 – 20 = 60m

t = 3s ΔS = 40.3 – 10.32 t = 7s ΔS = 40.7 – 10.72


2 2
ΔS = 120 – 45 = 75m ΔS = 280 – 245 = 35m

t = 4s ΔS = 40.4 – 10.42 t = 8s ΔS = 40.8 – 10.82


2 2
ΔS = 160 – 80 = 80m ( ponto de altura máxima) ΔS = 320 – 320 = 0m(solo)

Matemeticamente:
Pontos (x;y) = (t;S) = (0;0), (1;35), (2;60), (3;75), (4;80), (5;75), (6;60), (7;35), (8;0)
32
Da velocidade (vxt) v = f(t)

40
30
20
10

1 2 3 4 5 6 7 8 t
-10
-20
-30
-40

t = 1s v = 40 – 10.1 t = 5s v = 40 – 10.5
v = 30m/s v = -10m/s

t = 2s v = 40 – 10.2 t = 6s v = 40 – 10.6
v = 20m/s v = -20m/s

t = 3s v = 40 – 10.3 t = 7s v = 40 – 10.7
v = 10m/s v = -30m/s

t = 4s v = 40 – 10.4 t = 8s v = 40 – 10.8
v = 0 ( ponto de altura máxima v = 0) v = -40m/s

02) (UFMS) Uma pedra é lançada verticalmente da superfície de um planeta, com uma
velocidade inicial de 6 m/s, levando 3 s para atingir a altura máxima. Determine:
a) a aceleração da gravidade no local
b) a altura máxima atingida
33
03) Uma bola é lançada de baixo para cima de uma altura de 25 m em relação ao solo, com
velocidade de 20 m/s. Adotando g = 10 m/s2, calcule:
a) o tempo de subida
b) a altura máxima em relação ao solo

04 ) Abandona-se um corpo do alto de uma montanha de 180 m de altura. Desprezando a


resistência do ar e adotando g = 10 m/s2, determine:
a) o tempo gasto pelo corpo para atingir o solo
b) a velocidade do corpo ao atingir o solo

05) Um corpo é lançado verticalmente para baixo de uma altura de 112 m e com velocidade
inicial de 8 m/s. Dado g = 10 m/s2, calcule:
a) sua velocidade ao tocar o solo
b) o instante em que ele se encontra a 76 m do solo.

34
MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME – MCU

O movimento circular uniforme é um movimento periódico porque é um movimento que se repete


em intervalos de tempos iguais: o móvel passa repetidas vezes pela mesma posição e nas
mesmas condições (mesma velocidade e aceleração)

Características do movimento circular uniforme:


• trajetória circular
• velocidade vetorial constante em módulo e variável na direção e sentido
• velocidade escalar constante
• o móvel percorre distâncias iguais em tempos iguais
• aceleração tangencial nula
• aceleração centrípeta diferente de zero, isto é, existe aceleração centrípeta.

Freqüência (f) : É o número de voltas (n) que o móvel realiza na unidade de . È dada pela
relação, onde: "n" é o número de voltas e "Δt" é o intervalo de tempo.

f = nº voltas
Δt

No Sistema Internacional a unidade de frequência : voltas/segundo ou rotações / segundo


(rps).
Esta unidade recebeu o nome de hertz e se abrevia por hz.
A frequência de um MCU é também muitas vezes expressa em rotações por minuto ( rpm)

Período ( T ): É o intervalo de tempo que o móvel gasta para realizar uma volta completa na
circunferência. Pode ser obtido por:
T=1
f
No Sistema Internacional a unidade de período é: Segundo ( s ).
35
Velocidade escalar , linear ou tangencial ( v ): É a razão entre a variação de posição ( arco
percorrido , distância percorrida ) e o intervalo de tempo em que esta variação ocorreu. Ela indica
a rapidez com que o móvel percorre a circunferência.
Quando é calculada a velocidade escalar para uma volta , já está determinada para todas as
voltas que o móvel possa fazer pois o movimento é uniforme.

v = 2.π.r.f ou v =2.π.r
T

A unidade de velocidade escalar ou linear no Sistema Internacional é: m/s.

Velocidade angular (ω): É a razão entre o ângulo descrito em relação ao centro da


circunferência e o intervalo de tempo gasto em descrevê-lo. Ela indica a rapidez com que o móvel
descreve ângulos.
Quando é calculada a velocidade angular para uma volta , já está determinada para todas as
voltas que o móvel possa fazer pois o movimento é uniforme.

ω = 2.π
ω = 2.π.f ou T

A unidade de velocidade angular no Sistema Internacional é: rad / s.


Relação entre a velocidade escalar e a velocidade angular:

v = 2.π.r.f e ω = 2.π.f

então:

v = ω. r

Aceleração Centrípeta: No movimento circular uniforme o vetor velocidade é constante em


módulo mas é variável em direção a cada ponto da trajetória.
O módulo da aceleração centrípeta é constante e dado por:

Ac = ω2.r ou A c = v2
R

No Sistema Internacional a unidade de aceleração é: (m/s2 ).


36
EXERCÍCIOS – 6° Lista:

01) Uma roda com diâmetro de 60cm gira 240 voltas em 2 min. Determine:
a) Frequência; D = 60cm = 0,6m
f = n° voltas raio= r = D/2 = 0,3m dados do problema
t n° = 240 voltas
f = 240 t = 2min = 120s
120
f = 2Hz

b) Período;
T = 1/f
T=½
T = 0,5s

c) Velocidade escalar;
v = 2.π.r.f
v = 2. 3,14.0,3. 2
v = 3,77m/s

d) Velocidade angular;
ω = 2.π.f
ω = 2.3,14. 2
ω = 12,56rad/s

e) Aceleração centrípeta.
Ac = ω2.r
Ac = 12,562.0,3
Ac = 47,32m/s2

02) Um disco gira a 45rpm. Sabendo que o diâmetro do disco é igual a 16cm, calcule a
velocidade escalar de um ponto de sua periferia. 0,37m/s

37
03) Um disco horizontal de raio 0,30cm gira em torno de seu eixo com velocidade angular de
5rad/s. Ache a velocidade escalar de um ponto da periferia. 0,015m/s

04) Uma roda completa 150 giros por minuto:


a) Qual a frequência, o período e a velocidade angular da roda? 2,5Hz, 0,4s e 15,7rad/s
b) Qual a velocidade escalar de um ponto situado a 12cm do eixo da roda? 1,88m/s

05) Uma roda de raio 60cm percorre uma trajetória retilínea com velocidade de 86,4km/h, sem
escorregar.
a) Com que velocidade gira essa roda; 40rad/s
b) Qual a frequência dessa roda. 6,3Hz

06) Qual o período dos ponteiros de um relógio analógico no S.I.?

a) das horas;.................

b) dos minutos;.................

c) dos segundos.........................

07) Um ventilador gira com frequência 4 Hz. O que significa esse número?
.................................................................................................

38
DINÂMICA ( videoaula – https://youtu.be/MI9Y1SX1fRw )

Quando se fala em dinâmica de corpos, a imagem que vem à cabeça é a clássica e mitológica de
Isaac Newton, lendo seu livro sob uma macieira. Repentinamente, uma maçã cai sobre a sua
cabeça. Segundo consta, este foi o primeiro passo para o entendimento da gravidade, que atraia
a maçã.
Com o entendimento da gravidade, vieram o entendimento de Força, e as três Leis de Newton.
Na cinemática, estuda-se o movimento sem compreender sua causa. Na dinâmica, estudamos a
relação entre a força e movimento.

Força: É uma interação entre dois corpos.

O conceito de força é algo intuitivo, mas para compreendê-lo, pode-se basear em efeitos
causados por ela, como:

39
Aceleração: faz com que o corpo altere a sua velocidade, quando uma força é aplicada.
Deformação: faz com que o corpo mude seu formato, quando sofre a ação de uma força.

Força Resultante: É a força que produz o mesmo efeito que todas as outras aplicadas a um
corpo.

Dadas várias forças aplicadas a um corpo qualquer:

A força resultante será igual a soma vetorial de todas as forças aplicadas:

Fr = Fmaior - Fmenor (sentidos opostos) F1 F2

Fr = F1 + F2 (mesmo sentido) F1 F2

Leis de Newton

As leis de Newton constituem os três pilares fundamentais do que chamamos Mecânica Clássica,
que justamente por isso também é conhecida por Mecânica Newtoniana.

1ª Lei de Newton - Princípio da Inércia

Quando estamos dentro de um carro, e este contorna uma curva, nosso corpo tende a
permanecer com a mesma velocidade vetorial a que estava submetido antes da curva, isto dá a
impressão que se está sendo "jogado" para o lado contrário à curva. Isso porque a velocidade
vetorial é tangente a trajetória.
Quando estamos em um carro em movimento e este freia repentinamente, nos sentimos
como se fôssemos atirados para frente, pois nosso corpo tende a continuar em movimento.
estes e vários outros efeitos semelhantes são explicados pelo princípio da inércia, cujo enunciado
é:

40
"Um corpo em repouso tende a permanecer em repouso, e um corpo em movimento tende a
permanecer em movimento."
Então, conclui-se que um corpo só altera seu estado de inércia, se alguém, ou alguma coisa
aplicar nele uma força resultante diferente se zero.

2ª Lei de Newton - Princípio Fundamental da Dinâmica

Quando aplicamos uma mesma força em dois corpos de massas diferentes observamos que elas
não produzem aceleração igual.
A 2ª lei de Newton diz que a Força é sempre diretamente proporcional ao produto da aceleração
de um corpo pela sua massa, ou seja:

( m/s2 ) “É Δv a cada 1segundo!!”

FR = m.a (kg. m/s2) = Newton

ou em módulo: F=m.a ( kg ) “sempre constante”

Onde:
F é a resultante de todas as forças que agem sobre o corpo (em N);
m é a massa do corpo a qual as forças atuam (em kg);
a é a aceleração adquirida (em m/s²).

A unidade de força, no sistema internacional, é o N (Newton), que equivale a kg m/s² (quilograma


metro por segundo ao quadrado).

Exemplo:

Quando um força de 12N é aplicada em um corpo de 2kg, qual é a aceleração adquirida por ele?
F=m.a
12=2a
a=6m/s²

41
Força de Tração

Dado um sistema onde um corpo é puxado por um fio ideal, ou seja, que seja inextensível, flexível
e tem massa desprezível.

Podemos considerar que a força é aplicada no fio, que por sua vez, aplica uma força no corpo, a

qual chamamos Força de Tração .

T = m.a

v = v0 + a.t Δs = v0. t + a.t2 v2 = v + 2. a. Δs Fr = m. a


2

EXERCÍCIOS – 7ª Lista

01) Determine a aceleração adquirida por um corpo de massa 2 kg, sabendo que sobre ele atua
uma força resultante de intensidade 8 N.
R: 4 m/s2

02) Um bloco de massa 4 kg desliza sobre um plano horizontal sujeito à ação das forças F 1 e F2,
conforme indica a figura. Sendo a intensidade das forças F1 = 15 N e F2 = 5 N, determine a
aceleração do corpo.

R: 2,5 m/s2

42
03) (Faap-SP) Um carro com massa 1.000 kg, partindo do repouso, atinge 30 m/s em 10 s.
Supõe-se que o movimento seja uniformemente variado. Calcule a intensidade da força resultante
exercida sobre o carro.
R: 3000N

04) Um veículo de massa 700 kg sobre um plano horizontal Iiso é freado uniformemente quando
sua velocidade é de 20 m/s e para após percorrer 50 m. Determine a intensidade da força
aplicada pelos freios.
R: 2800N

05) Um automóvel de massa 1.200 kg, partindo do repouso, adquire em 10 s a velocidade de 63


km/h. Calcule a força desenvolvida pelo motor supondo-a constante. Despreze os atritos.
R: 2100N

06) Um corpo de massa 1,8 kg passa da velocidade de 7 m/s à velocidade de 13 m/s num
percurso de 52 m. Calcule a intensidade da força constante que foi aplicada sobre o corpo nesse
percurso. Despreze os atritos.
R: 2,07N

07) Um corpo de massa 5 kg, em repouso, percorre, sob ação de uma força, 20 m em 4 s.
Despreze os atritos.
a) Calcule a intensidade da força aplicada. R: 12,5 N
b) Calcule a velocidade e a distância percorrida pelo corpo em 30s. R: 75 m/s, 1125 m

43
08) Um caixote está em repouso sobre um plano horizontal liso quando é impulsionado por uma
força de 5 N durante 40 s. Sendo 90 km/h a velocidade adquirida pelo caixote durante esse
intervalo de tempo, calcule a massa do caixote.
R: 8kg

09) O gráfico refere-se ao movimento de um carrinho de massa 10 kg lançado com velocidade


de 2 m/s ao longo de uma superfície horizontal. Determine a intensidade da força resultante que
atua sobre o carrinho.
R: 4N

10) Um ponto material de massa m = 3 kg está apoiado numa superfície horizontal perfeitamente
lisa, em repouso. Num dado instante, uma força horizontal de intensidade 6 N passa a agir sobre
o corpo. Determine:
a) a aceleração adquirida pelo ponto material; R: 2m/s2
b) a velocidade e o deslocamento do ponto material 10 s após iniciado o movimento. R: 20m/s,
100m

11) A força resultante sobre um corpo é nula. O que você pode dizer a respeito da velocidade do
corpo?

12) Uma pessoa está em pé no vagão de um trem. Diga (justificando) o que acontece com a
pessoa quando o trem:
a) inicia o movimento;........................................................................................................................
44
b) já em movimento, faz uma curva para a direita;.............................................................................

c) chegando a uma estação, reduz a velocidade...............................................................................

13) O que o uso dos cintos de segurança dos veículos tem a ver com o princípio de inércia?
............................................................................................................................................................

14) Quando afirmamos que uma partícula está em equilíbrio, podemos garantir que a partícula
se encontra necessariamente:
a) em repouso.
b) em movimento.
c) em repouso ou movimento retilíneo uniforme.
d) todas as alternativas estão erradas.

15) Força resultante quer dizer, necessariamente:


a) a única força que age sobre um corpo.
b) a soma vetorial de todas as forças que agem sobre um corpo.
c) a soma algébrica de todas as forças que agem sobre um corpo.
d) todas as alternativas estão corretas.

16) Uma força horizontal, de intensidade 30 N, atua sobre um corpo que inicialmente se encontra
em repouso sobre uma superfície lisa e horizontal. Após 2 segundos, sua velocidade é de 30 m/s.
Calcule a massa do corpo. 2kg

17) Durante quanto tempo uma força de 120 N deve atuar sobre um corpo de massa 5 kg para
aumentar sua velocidade de 1 m/s para 25 m/s? 1s

18) Um automóvel com velocidade de 20 m/s é freado quando um motorista vê um obstáculo. O


carro é arrastado por 40 metros até parar. Se a massa do carro é de 1.000 kg, qual a intensidade
da força média que atuou no automóvel durante a freada? 5.000N

45
19) Na Terra, num local em que a aceleração da gravidade vale 9,8 m/s2, um corpo pesa 98 N.
Esse corpo é então levado para Marte, onde a aceleração da gravidade vale 3,9 m/s 2. Calcule:
a) a massa desse corpo. 10kg
b) o peso desse corpo em Marte. 39N

20) “Perder peso” é a prioridade de muitas pessoas que se submetem às mais diversas dietas,
algumas absurdas do ponto de vista nutricional. O gato Garfield, personagem comilão, também é
perseguido pelo padrão estético que exige magreza, mas resiste a fazer qualquer dieta, como
mostra o “diálogo” abaixo.

A tabela ao lado ilustra a massa e a gravidade dos planetas do Sistema Solar. De acordo com o
enunciado e a tabela, assinale a alternativa correta:

a) o gato perderá Peso apenas se for para Mercúrio.


b) o gato perderá Peso apenas se for para Mercúrio ou para Marte.
c) o gato perderá Peso apenas se for para Mercúrio ou Júpiter.
d) o gato perderá Peso apenas se for para Netuno ou Saturno.
e) o gato perderá Peso apenas se for para Mercúrio, Vênus ou Marte. x

46
3ª Lei de Newton - Princípio da Ação e Reação

Quando uma pessoa empurra um caixa com um força F, podemos dizer que esta é uma força de
ação. mas conforme a 3ª lei de Newton, sempre que isso ocorre, há uma outra força com módulo
e direção iguais, e sentido oposto a força de ação, esta é chamada força de reação.
Esta é o princípio da ação e reação, cujo enunciado é:
"As forças atuam sempre em pares, para toda força de ação, existe uma força de reação."

Força Peso

Quando falamos em movimento vertical, introduzimos um conceito de aceleração da gravidade,


que sempre atua no sentido a aproximar os corpos em relação à superfície.
Relacionando com a 2ª Lei de Newton, se um corpo de massa m, sofre a aceleração da
gravidade, quando aplicada a ele o principio fundamental da dinâmica poderemos dizer que:

F = m.g
A esta força, chamamos Força Peso, e podemos expressá-la como:

P = m .g

ou em módulo: F = m.g
O Peso de um corpo é a força com que a Terra o atrai, podendo ser variável, quando a gravidade
variar, ou seja, quando não estamos nas proximidades da Terra.
A massa de um corpo, por sua vez, é constante, ou seja, não varia.
Existe uma unidade muito utilizada pela indústria, principalmente quando tratamos de força peso,
que é o kilograma-força, que por definição é:
1kgf é o peso de um corpo de massa 1kg submetido a aceleração da gravidade de 9,8m/s².
A sua relação com o newton é:

P = m .g
1kgf = 1kg . 9,8m/s2
1kgf = 9,8 kg .m/s2 = 9,8N

Além da Força Peso, existe outra que normalmente atua na direção vertical, chamada Força
Normal.

47
Esta é exercida pela superfície sobre o corpo, podendo ser interpretada como a sua resistência
em sofrer deformação devido ao peso do corpo. Esta força sempre atua no sentido perpendicular
à superfície, diferentemente da Força Peso que atua sempre no sentido vertical.
Analisando um corpo que encontra-se sob uma superfície plana verificamos a atuação das duas
forças.

Para que este corpo esteja em equilíbrio na direção vertical, ou seja, não se movimente ou não
altere sua velocidade, é necessário que os módulos das forças Normal e Peso sejam iguais,
assim, atuando em sentidos opostos elas se anularão.
Por exemplo:
Qual o peso de um corpo de massa igual a 10kg:
a) Na superfície da Terra (g=9,8m/s²);
b) Na superfície de Marte (g=3,724m/s²).

a) P = m.g b) P = m.g
PT = 10.9,8 PT = 10.3,724
PT = 98N PT = 37,24N

Força de Atrito

Até agora, para calcularmos a força, ou aceleração de um corpo, consideramos que as


superfícies por onde este se deslocava, não exercia nenhuma força contra o movimento, ou seja,
quando aplicada uma força, este se deslocaria sem parar.
Mas sabemos que este é um caso idealizado. Por mais lisa que uma superfície seja, ela nunca
será totalmente livre de atrito.
Sempre que aplicarmos uma força a um corpo, sobre uma superfície, este acabará parando.
É isto que caracteriza a força de atrito:
48
• Opõe-se ao movimento;
• Depende da natureza e da rugosidade da superfície (coeficiente de atrito);
• É proporcional à força normal de cada corpo;
• Transforma a energia cinética do corpo em outro tipo de energia que é liberada ao meio.
A força de atrito é calculada pela seguinte relação:

Fat = µ . N

Onde:
μ: coeficiente de atrito (adimensional)
N: Força normal (N)

Atrito Estático e Dinâmico

Quando empurramos um carro, é fácil observar que até o carro entrar em movimento é
necessário que se aplique uma força maior do que a força necessária quando o carro já está se
movimentando.
Isto acontece pois existem dois tipo de atrito: o estático e o dinâmico.

• Atrito Estático
É aquele que atua quando não há deslizamento dos corpos.
A força de atrito estático máxima é igual a força mínima necessária para iniciar o movimento de
um corpo.
Quando um corpo não está em movimento a força da atrito deve ser maior que a força aplicada,

neste caso, é usado no cálculo um coeficiente de atrito estático: µest.


Então:

Fat est = µest . N

• Atrito Dinâmico
É aquele que atua quando há deslizamento dos corpos.

49
Quando a força de atrito estático for ultrapassada pela força aplicada ao corpo, este entrará em
movimento, e passaremos a considerar sua força de atrito dinâmico.
A força de atrito dinâmico é sempre menor que a força aplicada, no seu cálculo é utilizado o

coeficiente de atrito cinético: µd


Então:

Fat d = µd . N

Força Elástica

Imagine uma mola presa em uma das extremidades a um suporte, e em estado de repouso (sem
ação de nenhuma força).
Quando aplicamos uma força F na outra extremidade, a mola tende a deformar (esticar ou
comprimir, dependendo do sentido da força aplicada).
Ao estudar as deformações de molas e as forças aplicadas, Robert Hooke (1635-1703), verificou
que a deformação da mola aumenta proporcionalmente à força. Daí estabeleceu-se a seguinte lei,
chamada Lei de Hooke:

F=K.x

Onde:
F: intensidade da força aplicada (N);
k: constante elástica da mola (N/m);
x: deformação da mola (m).

A constante elástica da mola depende principalmente da natureza do material de fabricação da


mola e de suas dimensões. Sua unidade mais usual é o N/m (newton por metro) mas também
encontramos N/cm; kgf/m, etc.

50
Exemplo:
Um corpo de 10kg, em equilíbrio, está preso à extremidade de uma mola, cuja constante elástica
é 150N/m. Considerando g=10m/s², qual será a deformação da mola?
Se o corpo está em equilíbrio, a soma das forças aplicadas a ela será nula, ou seja:
F – P = 0, pois as forças tem sentidos opostos.
F=P
K.x = m.g
150x = 100
x = 0,66m

Força Centrípeta

Quando um corpo efetua um Movimento Circular, este sofre uma aceleração que é responsável
pela mudança da direção do movimento, a qual chamamos aceleração centrípeta, assim como
visto no MCU.
Sabendo que existe uma aceleração e sendo dada a massa do corpo, podemos, pela 2ª Lei de
Newton, calcular uma força que assim como a aceleração centrípeta, aponta para o centro da
trajetória circular.
A esta força damos o nome: Força Centrípeta. Sem ela, um corpo não poderia executar um
movimento circular.
Como visto anteriormente, quando o movimento for circular uniforme, a aceleração centrípeta é
constante, logo, a força centrípeta também é constante.
Sabendo que:

ac = v2 Ou ac = ω2 .R
R
Então:

Fc = m . ac = m .ω2 .R = m . v2
R

A força centrípeta é a resultante das forças que agem sobre o corpo, com direção perpendicular à
trajetória.

51
Plano Inclinado

Dadas duas trajetórias:

Em qual delas é "mais fácil" carregar o bloco?


Obviamente, na trajetória inclinada, pois no primeiro caso, teremos que realizar uma força que
seja maior que o peso do corpo. Já no segundo caso, preferimos fazer uma força que seja maior
que uma das componentes de seu peso, neste caso, a componente horizontal, que terá
intensidade menor conforme o ângulo formado for menor.
Por isso, no nosso cotidiano, usamos muito o plano inclinado para facilitar certas tarefas.
Ao analisarmos as forças que atuam sobre um corpo em um plano inclinado, temos:

A força Peso e a força Normal, neste caso, não tem o mesma direção pois, como já vimos, a força
Peso, é causada pela aceleração da gravidade, que tem origem no centro da Terra, logo a força
Peso têm sempre direção vertical. Já a força Normal é a força de reação, e têm origem na
superfície onde o movimento ocorre, logo tem um ângulo igual ao plano do movimento.
Para que seja possível realizar este cálculo devemos estabelecer algumas relações:

52
Podemos definir o plano cartesiano com inclinação igual ao plano inclinado, ou seja, com o eixo x
formando um ângulo igual ao do plano, e o eixo y, perpendicular ao eixo x;
➢ A força Normal será igual à decomposição da força Peso no eixo y;
➢ A decomposição da força Peso no eixo x será a responsável pelo deslocamento do bloco;
➢ O ângulo formado entre a força Peso e a sua decomposição no eixo y, será igual ao ângulo
formado entre o plano e a horizontal;
➢ Se houver força de atrito, esta se oporá ao movimento, neste caso, apontará para cima.
Sabendo isto podemos dividir as resultantes da força em cada direção:
Em y:
F y = N – Py = 0
como o bloco não se desloca para baixo e nem para cima, esta resultante é nula, então:
N = Py
Mas
Py = P.cos θ = m .g .cos θ
então:
N = m .g .cos θ

Em x:
Fx = m .a
Px = m .g
Mas Px = P.sen θ = m .g .sen θ
então:
m .g .sen θ = m .a
a = g .sen θ

Exemplo:
Um corpo de massa 12 kg é abandonado sobre um plano inclinado formando 30° com a
horizontal. O coeficiente de atrito dinâmico entre o bloco e o plano é 0,2. Qual é a aceleração do
bloco?

53
Em y: Em x:
F y = N – Py = 0 Fx = m .g
N = m .g .cos θ Px - Fat = m .g
N = 12.10. cos 30° m .g .sen θ – m .g .cos θ .µ = m .a
N = 104N a = g .( sen θ – µ .cos θ )
a =10. ( 0,5 – 0,2.0,86 )
a = 3,26 m/s2

Sistemas

Agora que conhecemos os princípios da dinâmica, a força peso, elástica, centrípeta e de atito e o
plano inclinado, podemos calcular fenômenos físicos onde estas forças são combinadas.

➢ Corpos em contato

Quando uma força é aplicada à corpos em contato existem "pares ação-reação" de forças que
atuam entre eles e que se anulam.
Podemos fazer os cálculos neste caso, imaginando:

54
Depois de sabermos a aceleração, que é igual para ambos os blocos, podemos calcular as forças
que atuam entre eles, utilizando a relação que fizemos acima:

Exemplo:
Sendo e , e que a força aplicada ao sistema é de 24N, qual é a intensidade da
força que atua entre os dois blocos?

➢ Corpos ligados por um fio ideal

Um fio ideal é caracterizado por ter massa desprezível, ser inextensível e flexível, ou seja, é
capaz de transmitir totalmente a força aplicada nele de uma extremidade à outra.

Como o fio ideal tem capacidade de transmitir integralmente a força aplicada em sua
extremidade, podemos tratar o sistema como se os corpos estivessem encostados:

55
A tração no fio será calculada através da relação feita acima:

T = mB . a

➢ Corpos ligados por um fio ideal através de polia ideal

Um polia ideal tem a capacidade de mudar a direção do fio e transmitir a força integralmente.

Das forças em cada bloco:

Como as forças Peso e Normal no bloco se anulam, é fácil verificar que as forças que causam o
movimento são a Tração e o Peso do Bloco B.

Conhecendo a aceleração do sistema podemos calcular a Tensão no fio:

T = mA . a

56
EXERCÍCIOS– 8ª Lista

01) Dois corpos A e B, de massas respectivamente iguais a 2,0 kg e 3,0 kg, estão apoiados sobre
uma superfície horizontal perfeitamente lisa. Uma força horizontal F = 20,0 newtons, constante, é
aplicada no bloco A. Calcule:
a) a aceleração do conjunto; 4m/s2
b) a força que o bloco A exerce no bloco B. 12N

02) Desprezando-se os atritos, calcule:


a) a aceleração do conjunto; 4,8m/s2
b) a tração entre os blocos A e B. 9,6N

03) Na figura temos três blocos de massas m1 = 1,0 kg, m2 = 2,0 kg e m3 = 3,0 kg, que podem
deslizar sobre a superfície horizontal, sem atrito, ligados por fios inextensíveis. Sendo F3 = 12 N,
obtenha F1 e F2.
a) 12 N, 12 N
b) 4,0 N, 8,0 N
c) 2,0 N, 6,0 N x
d) 6,0 N, 2,0 N
e) 4,0 N, 4,0 N

04) Um homem tenta levantar uma caixa de 5 kg, que está sobre uma mesa, aplicando uma força
vertical de 10 N. Nesta situação, o valor da força que a mesa aplica na caixa é:
a) 0 N
b) 5 N
c) 10 N
d) 40 N x
e) 50 N

57
05) (UFLA-MG) Um bloco de gelo desprende-se de uma geleira e desce um plano inclinado com
atrito. Qual o diagrama que representa corretamente as forças que atuam sobre o bloco?

a) b) c) d) e)

Trabalho ( )

Na Física, o termo trabalho é utilizado quando falamos no Trabalho realizado por uma força, ou
seja, o Trabalho Mecânico. Uma força aplicada em um corpo realiza um trabalho quando produz
um deslocamento no corpo.
Utilizamos a letra grega tau minúscula ( ) para expressar trabalho.
A unidade de Trabalho no SI é o Joule representado por ( J ).
Quando uma força tem a mesma direção do movimento o trabalho realizado é positivo: >0;
Quando uma força tem direção oposta ao movimento o trabalho realizado é negativo: <0.
O trabalho resultante é obtido através da soma dos trabalhos de cada força aplicada ao corpo, ou
pelo cálculo da força resultante no corpo.

58
Força paralela ao deslocamento

Existem três casos básicos de cálculo de trabalho de uma força constante.

I. Quando a força atua no mesmo sentido do deslocamento do corpo:

II. Quando a força atua em sentido oposto ao deslocamento do corpo:

Quando a força é paralela ao deslocamento, ou seja, o vetor deslocamento e a força não formam
ângulo entre si, calculamos o trabalho:

Exemplo:
Qual o trabalho realizado por um força aplicada a um corpo de massa 5kg e que causa um
aceleração de 1,5m/s² e se desloca por uma distância de 100m?

59
Força não-paralela ao deslocamento

III. Quando a força for perpendicular ao deslocamento do corpo:

Sempre que a força não é paralela ao deslocamento, devemos decompor o vetor em suas
componentes paralelas e perpendiculares:

Considerando a componente perpendicular da Força e a componente paralela da força.


Ou seja:

Quando o móvel se desloca na horizontal, apenas as forças paralelas ao deslocamento produzem


trabalho.

60
Logo:

Exemplo:
Uma força de intensidade 30N é aplicada a um bloco formando um ângulo de 60° com o vetor
deslocamento, que tem valor absoluto igual a 3m. Qual o trabalho realizado por esta força?

Podemos considerar sempre este caso, onde aparece o cosseno do ângulo, já que quando a
força é paralela ao deslocamento, seu ângulo é 0° e cos0°=1, isto pode ajudar a entender porque
quando a força é contrária ao deslocamento o trabalho é negativo, já que:
O cosseno de um ângulo entre 90° e 180° é negativo, sendo cos180°=-1

Trabalho de uma força variável

Para calcular o trabalho de uma força que varia devemos empregar técnicas de integração, que é
uma técnica matemática estudada no nível superior, mas para simplificar este cálculo, podemos

calcular este trabalho por meio do cálculo da área sob a curva no diagrama
Calcular a área sob a curva é uma técnica válida para forças que não variam também.

61
Trabalho da força Peso

Para realizar o cálculo do trabalho da força peso, devemos considerar a trajetória como a altura
entre o corpo e o ponto de origem, e a força a ser empregada, a força Peso.
Então:

Potência ( Pot )

Dois carros saem da praia em direção a serra (h=600m). Um dos carros realiza a viagem em
1hora, o outro demora 2horas para chegar. Qual dos carros realizou maior trabalho?
Nenhum dos dois. O Trabalho foi exatamente o mesmo. Entretanto, o carro que andou mais
rápido desenvolveu uma Potência maior.
A unidade de potência no SI é o watt representado por (W).

Pot = 1W = 1J
t 1s

Além do watt, usa-se com frequência as unidades:


1kW (1 quilowatt) = 1000W
1MW (1 megawatt) = 1000000W = 1000kW
1cv (1 cavalo-vapor) = 735W
1HP (1 horse-power) = 746W

62
Potência Média
Definimos a partir daí potência média relacionando o Trabalho com o tempo gasto para realizá-lo:

Como sabemos que:

Então:

EXERCÍCIOS – 9ª lista

01) Uma caixa desliza num plano sem atrito sob a ação de uma força F de intensidade 60 N.
Determine o trabalho dessa força em um deslocamento de 12 m, no mesmo sentido dessa força.
R: 720J

02) Sobre um corpo de massa 8 kg, inicialmente em repouso, age uma força constante F = 80 N,
na direção do deslocamento. Determine o trabalho realizado pela força nos primeiros 20
segundos de movimento.
R: 160.000J

63
03) Um ponto material de massa 6 kg tem velocidade de 8 m/s quando sobre ele passa a agir
uma força de intensidade 30 N na direção do movimento, durante 4 s. Determine:
a) o deslocamento durante esses 4 s; R: 72m
b) o trabalho realizado nesse deslocamento. R: 2160J

04) O gráfico representa a intensidade da força aplicada a um ponto material, em função da


posição sobre uma trajetória. Calcule o trabalho realizado pela força nos deslocamentos:
a) de 0 a 5m;R: 50J b) de 5m a 8m;R: -15J c) de 0 a 8m.R: 35J

05) Uma força, agindo sobre um ponto material, varia com a posição de acordo com o gráfico.
Calcule o trabalho realizado pela força média no deslocamento de 0 a 6 m. *210 J*

06) Um homem de massa igual a 80 kg sobe um morro cuja elevação total é de 20 m, em 10


s. Qual é a potência média que ele desenvolve? Adote g = 10 m/s2.
R: 1600W

64
07) Um motor de potência 60 kW aciona um veículo durante 2 h. Calcule o trabalho desenvolvido
pelo motor.
R: 4,32 x 108 J

08) Uma força horizontal de intensidade 20 N é aplicada a um corpo inicialmente em repouso.


Sabendo que o corpo sofre urn deslocamento de 8 m em 2 s, calcule a potência média dessa
força.
R: 80W

09) Um ponto material tem massa de 4 kg e velocidade inicial de 12m/s. Sabendo que sobre ele
passa a agir uma força de intensidade 20 N, durante 9 s, responda:
a) qual o trabalho realizado por essa força? R: 6210J
b) qual a potência desenvolvida? R: 690W

10) Assinale a alternativa que contém somente unidades de medida para potência:
a) caloria, watt, joule.
b) cavalo-vapor, watt, horse-power.
c) kWh, joule, caloria.
d) cavalo-vapor, joule, watt.
e) horse-power, watt, kWh.

65
Impulso ( I )

Como já vimos, para que um corpo entre em movimento, é necessário que haja uma interação
entre dois corpos.
Se considerarmos o tempo que esta interação acontece, teremos o corpo sob ação de uma força
constante, durante um intervalo de tempo muito pequeno, este será o impulso de um corpo sobre
o outro:

I = F . Δt
As características do impulso são:
-Módulo:
-Direção: a mesma do vetor F.
-Sentido: o mesmo do vetor F.
A unidade utilizada para Impulso, no SI, é: N.s
No gráfico de uma força constante, o valor do impulso é numericamente igual à área entre o
intervalo de tempo de interação:

A = F.Δt = I

66
Quantidade de Movimento ( Q )

Se observarmos uma partida de bilhar, veremos que uma bolinha transfere seu movimento
totalmente ou parcialmente para outra.
A grandeza física que torna possível estudar estas transferências de movimento é a quantidade

de movimento linear , também conhecido como quantidade de movimento ou momentum


linear.
A quantidade de movimento relaciona a massa de um corpo com sua velocidade:

Q=m.v

Como características da quantidade de movimento temos:


-Módulo:
-Direção: a mesma da velocidade.
-Sentido: a mesma da velocidade.
Unidade no SI: kg.m/s.

Exemplo:
Qual a quantidade de movimento de um corpo de massa 2kg a uma velocidade de 1m/s?

Teorema do Impulso
Considerando a 2ª Lei de Newton:

F = m . a = m . Δv
Δt
67
E utilizando-a no intervalo do tempo de interação:
F . Δt = m . Δv
mas sabemos que: I = F . Δt, logo:
I = m . Δv
I = m.v final – m.v inicial
Como vimos:
Q=m.v
então:
I = Q final – Q inicial

I = ΔQ

"O impulso de uma força, devido à sua aplicação em certo intervalo de tempo, é igual a
variação da quantidade de movimento do corpo ocorrida neste mesmo intervalo de tempo."

Exemplo:
Quanto tempo deve agir uma força de intensidade 100N sobre um corpo de massa igual a 20kg,
para que sua velocidade passe de 5m/s para 15m/s?

Conservação da Quantidade de Movimento

Assim como a energia mecânica, a quantidade de movimento também é mantida quando não há
forças dissipativas, ou seja, o sistema é conservativo, fechado ou mecanicamente isolado.
Um sistema é conservativo se:

FR = 0
IR = 0
Qfinal - Qinicial = 0
Então, se o sistema é conservativo temos:

Qfinal = Qinicial
68
Como a massa de um corpo, ou mesmo de um sistema, dificilmente varia, o que sofre alteração é
a velocidade deles.

Exemplo:
Um corpo de massa 4kg, se desloca com velocidade constante igual a 10m/s. Um outro corpo de
massa 5kg é lançado com velocidade constante de 20m/s em direção ao outro bloco. Quando os
dois se chocarem ficarão presos por um velcro colocado em suas extremidades. Qual será a
velocidade que os corpos unidos terão?

Qfinal = Qinicial

EXERCÍCIOS – 10ª Lista

01) Um corpo fica sujeito à ação de uma força F de módulo 20 N, durante 4 s. Qual o módulo do
impulso comunicado ao corpo?
R: 80 N∙s

02) Sobre um corpo de massa 2 kg, inicialmente em repouso, atua uma força que varia com o
tempo de acordo com o gráfico.
a) qual o impulso da força entre 0 e 6 s? R: 40N∙s
b) qual a aceleração média do corpo entre 0 e 6 s? R: 3,33m/s2

69
03) Uma força constante aplicada a um corpo de 5 kg em repouso desloca-o 2 m em 4 s.
a) Determine a aceleração adquirida pelo corpo. R: 0,25m/s2
b) Calcule o módulo do impulso aplicado ao corpo. R: 5N∙s

04) Um carro com massa de 800 kg desloca-se com velocidade 36km/h. Calcule o módulo de
sua quantidade de movimento.
R: 8000kg∙m/s

05) (VUNESP) Um objeto de massa 0,50kg está se deslocando ao longo de uma trajetória
retilínea com aceleração escalar constante igual a 0,30m/s2. Se partiu do repouso, o módulo da
sua quantidade de movimento, em kg. m/s, ao fim de 8,0s, é:
a) 0,80
b) 1,2
c) 1,6
d) 2,0
e) 2,4

06) (FUND. CARLOS CHAGAS) Um corpo de massa 2,0kg é lançado verticalmente para cima,
com velocidade escalar inicial de 20 m/s. Despreze a resistência do ar e considere a aceleração
da gravidade com módulo g = 10 m/s2. O módulo do impulso exercido pela força-peso, desde o
lançamento até atingir a altura máxima, em unidades do Sistema Internacional, vale:
a) 10
b) 20
c) 30
d) 40
e) 50

70
07) Uma partícula de massa 3,0kg parte do repouso e descreve uma trajetória retilínea com
aceleração escalar constante. Após um intervalo de tempo de 10s, a partícula se encontra a 40m
de sua posição inicial. Nesse instante, o módulo de sua quantidade de movimento é igual a:
a) 24kg . m/s
b) 60kg . m/s
c) 6,0 x 102kg . m/s
d) 1,2 x 103kg . m/s
e) 4,0 x 103kg . m/s

08) O corpo de massa 10 kg, mostrado na figura, recebe a ação das forças indicadas e se
desloca 10 metros na horizontal e para a direita:
Dados: F = 100 N; FA = 20 N; g = 10 m/s2; sen q = 0,6 e cos q = 0,8.

Determine os trabalhos realizados pelas forças , , , nessa ordem.

09) (Ufsm-RS) O gráfico representa a elongação de uma mola, em função da tensão exercida
sobre ela. O trabalho da tensão para distender a mola de 0 a 2 m é, em J,

a) 200

b) 100

c) 50

d) 25

e) 12,5

71
10) Sobre os conceitos de potência e energia, analise as afirmativas abaixo e assinale como
verdadeiro (V) ou falso (F) as sentenças a seguir:
(V) (F) Potência é a medida da rapidez com que uma forma de energia é convertida em outra
modalidade qualquer.
(V) (F) Potência também pode ser entendida como a medida da rapidez com que um trabalho é
realizado.
(V) (F) A unidade de medida para potência no SI é o watt.
(V) (F) A unidade de medida para energia elétrica no SI é o kWh.
(V) (F) Potência é uma grandeza física vetorial.

Formulário:

1) v = v0 + a.t 2) Δs = v0.t + a.t2 3) v2 = v + 2.a.Δs


2

4) Fr = m.a 5) τ = F. ∆S . (cos α) 6) P = τ /∆t

7) I = F. ∆t 8) Q = m.v 9) I = ∆Q

72

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