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Posição de corpos em referenciais

 Referencial:
 sistema de coordenadas associado a um corpo, ou
corpos, que define uma origem e um conjunto de
direções a partir das quais é possível localizar um
ou mais corpos relativamente à origem.

Diferença entre repouso e movimento


 

 Corpo em repouso:
 mantém a sua posição em relação à origem do
referencial ao longo do tempo
 

 Corpo em movimento:
 varia a sua posição em relação à origem do
referencial ao longo do tempo
 
 Entende-se por sistema a região do Universo sobre a qual se pretende
realizar um estudo;

T Diferença entre instante e intervalo de tempo


 

O instante representa-se por t e tem como unidade S.I. o segundo (s).


 

O intervalo de tempo representa-se por Δt e também tem como


unidade S.I. o segundo (s).
 

O intervalo de tempo corresponde à duração de um movimento, entre


dois instantes, e calcula-se da seguinte forma:

Δt=|tf−ti|
Sendo:

 tf – instante final
 ti – instante inicial
 
 A posição de um corpo refere-se a um instante t;
 A distância percorrida refere-se a um intervalo de tempo ∆t;

rajetória de um corpo
 

 Trajetória:
 conjunto de posições ocupadas por um corpo num
dado intervalo de tempo
 

Tal como a posição de um corpo, a trajetória depende do referencial


escolhido.
 

Podemos classificar a trajetória como:


 retilínea (em linha reta)
 curvilínea (em linha curva)
 

Consequentemente, podemos ter movimentos retilíneos ou


curvilíneos.

Distância percorrida
 

 A distância percorrida (ou espaço percorrido) é o


comprimento da trajetória de um corpo. É representada
por s e tem como unidade S.I. o metro (m).
A posição de um corpo refere-se a um instante t;
A distância percorrida refere-se a um intervalo de tempo ∆t

 Rapidez média:
Relaciona-se com a distância percorrida;
 Relaciona-se com o intervalo de tempo que o corpo demorou a
percorrê-la;
 Entende-se por rapidez média a grandeza física escalar que indica a
distância percorrida pelo corpo em função do tempo;
 Calcula-se pela expressão: rm = d/∆t;
 Exprime-se, no SI, em metros por segundo;
No dia a dia confunde-se com a velocidade média.

Movimento retilineo:

Movimento retilíneo:
 Num movimento retilíneo, o corpo descreve uma trajetória retilínea;
 Num movimento retilíneo faz-se coincidir o eixo xx com a trajetória;
 Entende-se por posição de um corpo o valor da abcissa num eixo xx
coincidente com a trajetória;
 A posição de um corpo exprime-se, no SI, em metros.

Gráficos posição-tempo:

Os gráficos posição-tempo indicam-nos a posição que um corpo ocupa


ao longo do tempo. No entanto, não nos dão informação sobre a sua
trajetória.
 

A inclinação da linha do gráfico indica-nos a rapidez do movimento:


 quanto maior a inclinação, maior a rapidez
 

No entanto, se a linha do gráfico for horizontal, isso significa que o


corpo permaneceu em repouso.
 Gráficos posição - tempo:
 Não representam a trajetória percorrida;
 Permitem saber a posição do corpo num instante qualquer;
 Permitem saber o instante de partida;
 Permitem saber se o corpo se move (a posição varia em função do
tempo);
 Permitem saber se o corpo está em repouso (a posição não varia em
função do tempo);
 Permitem saber a distância percorrida entre dois instantes;
 Permitem saber a rapidez média do corpo entre dois instantes.

Velocidade de um corpo:
Velocidade de um corpo:
 Velocidade e rapidez média são grandezas diferentes apesar de se
exprimirem na mesma unidade;
 Mede-se num instante e não num intervalo de tempo;
 O velocímetro de um veículo indica o valor da sua velocidade naquele
instante;
 Trata-se de uma grandeza vetorial, pois para além do valor numérico
apresenta direção e sentido;
 Representa-se por um vetor;
 O comprimento indica a sua intensidade;
 A reta que suporta o vetor indica a sua direção (tangente à trajetória);
 A seta do vetor indica o sentido do movimento.

Tipos de movimentos:
Tipos de movimentos
 

 Movimento retilíneo uniforme:


 a velocidade é constante
 a aceleração é nula

 Movimento uniformemente acelerado:


 a velocidade aumenta uniformemente
 a aceleração é positiva e constante

 Movimento uniformemente retardado:


 a velocidade diminui uniformemente
 a aceleração é negativa e constante
 Gráficos velocidade-tempo:
 Permitem obter informações sobre o movimento:
 O valor da velocidade no instante inicial;
 O valor da velocidade em qualquer instante;
 O tipo de movimento;
 O valor da aceleração média num intervalo de tempo.


Aceleração média:
Aceleração média:
 Sempre que a velocidade varia (em valor, direção ou sentido) num certo
intervalo de tempo, usa-se uma nova grandeza que caracteriza essa
variação, é a aceleração média;
 Trata-se de uma grandeza vetorial, pois para além do valor numérico
apresenta direção e sentido;
 Representa-se por um vetor;
 O comprimento indica a sua intensidade;
 A reta suporte do vetor indica a sua direção;
 A seta do vetor indica o sentido.
 Indica a variação média da velocidade (aumento ou diminuição) por
unidade de tempo;
 Exprime-se, no SI, em metro por segundo ao quadrado (m/s2);
 Representa-se por am;
 Calcula-se, nos movimentos retilíneos, por am=∆v/∆t;
 Nos movimentos retilíneos uniformes, a aceleração média é nula;
 Nos movimentos retilíneos acelerados, os vetores aceleração média e
velocidade têm a mesma direção e sentido;
 Nos movimentos retilíneos retardados, os vetores aceleração média e
velocidade têm a mesma direção, mas sentidos opostos.
 Movimentos retilíneos uniformemente variados:
 Movimento retilíneo uniformemente acelerado;
 Movimento retilíneo uniformemente retardado;
 A aceleração média é constante, não varia.

 Movimento retilíneo uniformemente acelerado:


 A aceleração é constante e igual à aceleração média;
 O módulo da velocidade aumenta;
 No gráfico velocidade-tempo, representa-se por uma linha reta com
declive positivo;
 O móvel percorre distâncias cada vez maiores em intervalos de tempo
iguais.
 Os vetores aceleração e velocidade têm a mesma direção e sentido.
 Movimento retilíneo uniformemente retardado:
 A aceleração é constante e igual à aceleração média;
 O módulo da velocidade diminui;
 No gráfico velocidade-tempo, representa-se por uma linha reta com
declive negativo;
 O móvel percorre distâncias cada vez menores em intervalos de tempo
iguais.
 Os vetores aceleração e velocidade têm a mesma direção, mas sentido
oposto.

 Gráficos velocidade-tempo:
 Permitem obter informações sobre o movimento:
 O valor da velocidade no instante inicial;
 O valor da velocidade em qualquer instante;
 O tipo de movimento;
 O valor da aceleração média num intervalo de tempo;
 A distância percorrida pelo móvel num intervalo de tempo, área
entre a linha do gráfico e o eixo dos tempos (eixo horizontal).

 Segurança rodoviária:

Tempo de reação:
 intervalo de tempo que decorre desde que o
condutor observa um obstáculo até ao instante que
inicia a travagem
 

 Tempo de travagem:
 intervalo de tempo durante o qual o veículo trava
 Tempo de reação depende das características do condutor (idade, estado
emocional, …);
 Tempo de travagem depende da velocidade do veículo quando se inicia a
travagem, das características do veículo (estado dos pneus e dos travões) e das
características do piso;

 Distância de reação:
 distância percorrida no tempo de reação
 depende do tempo de reação e da velocidade
 Distância de travagem:
 distância percorrida no tempo de travagem
 depende do tempo de travagem e da velocidade
 Distância de segurança é o somatório entre a distância de reação e a distância
de travagem.
 Força:
 interação entre corpos, por contacto ou à distância,
que lhes pode causar deformação, bem como
alterar o estado de repouso ou de movimento
 

A força é representada por F e tem como unidade S.I. o newton (N).


Mede-se com o dinamómetro.
 

Como a força é uma grandeza vetorial, é caracterizada por um valor


(ou intensidade), direção, sentido e ponto de aplicação.
 Forças exercidas por contacto e exercidas à distância;

Lei da ação-reação (3ª Lei de Newton)


 

A 3ª Lei de Newton demonstra-nos que as forças atuam sempre aos


pares, em corpos diferentes: A toda a ação (força exercida) corresponde
uma reação (outra força) com a mesma intensidade, a mesma direção,
mas sentido oposto. 
 Exemplo: Um taco exerce uma força numa bola e essa bola
exerce uma força no taco com a mesma intensidade, a
mesma direção, mas sentido oposto.
 

Estas duas forças formam um par ação-reação.


Resultante das forças que atuam num corpo.

 Noção de resultante das forças de um sistema/corpo;


 Adição de forças com a mesma direção e sentido;
 Adição de forças com a mesma direção e sentido oposto;
 Adição de forças perpendiculares;
 Aplicação do teorema de Pitágoras;

Lei da Inércia (1ª Lei de Newton)


 

 Quando a força resultante é nula:


 se o corpo estiver em repouso, continua
em repouso
 se o corpo estiver em movimento, continua
em movimento retilíneo uniforme
 

Tal facto justifica-se pela inércia dos corpos.


 

 Inércia:
 propriedade dos corpos que nos indica a maior ou
menor dificuldade em alterar o seu estado de
repouso ou de movimento
 é tanto maior quanto maior for a sua massa
 

Lei fundamental da dinâmica (2ª Lei de Newton)


 

 Quando a força resultante não é nula:


 o corpo adquire aceleração
 

 Se a aceleração tiver sentido do movimento, o corpo


adquire movimento retilíneo uniformemente acelerado
 Se a aceleração tiver sentido oposto do movimento, o corpo
adquire movimento retilíneo uniformemente retardado
 

Para uma determinada força resultante, o corpo adquire maior


aceleração quanto menor for a sua massa. Ou seja, a aceleração e
massa são grandezas inversamente proporcionais:

Fr=m×a⃗ 
 

Se a força resultante for o peso:

P=m×g⃗ 
Sendo:

 g⃗  – aceleração gravítica


Força de colisão
 

 A força de colisão é tanto maior:


 quanto maior a massa
 quanto maior a velocidade
 quanto menor o tempo de colisão
 
Fcolisão=−m×vcolisãoΔt
 

Pressão
 

A pressão traduz-se na força exercida por unidade de área. É tanto


maior quanto menor a área:
P=FA
 

A unidade S.I. da pressão é o pascal (Pa).


 

Elementos de segurança rodoviária


 

Os elementos de segurança visam aumentar o tempo de colisão e


distribuir as forças por áreas maiores de forma a diminuir a sua
pressão e assim reduzir os efeitos de uma colisão.

 Elementos de segurança:
 cinto de segurança
 encosto de cabeça
 airbag
 capacete
 estrutura com zonas deformáveis
 

FORÇAS RESISTENTES AO MOVIMENTO


 

Força de atrito
 
 Força de atrito:
 força que se opõe ao deslizamento ou à tendência
para esse movimento e que resulta da interação do
corpo com a superfície em contacto
 

A força de atrito é tanto maior quanto maior for a rugosidade da


superfície.

As forças de atrito podem ser:


 úteis:
 exemplo: a força que resulta do contacto entre os
dedos da nossa mão e a superfície de uma caneta
para a conseguirmos segurar
 prejudiciais;
 exemplo: a força que resulta do contacto ente as
peças de um mecanismo de um relógio e que se
opõe ao movimento entre estas
 

O atrito pode ser reduzido:


 através de lubrificantes
 polindo as peças em contacto

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