Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
(MEMORIAL DESCRITIVO)
Categoria: Residencial
Este memorial tem por objetivo descrever o projeto de instalação elétrica de um sistema de
microgeração fotovoltaica (FV) do tipo on grid em uma unidade consumidora residencial. A edificação
está localizada na Rua Guaperoba, 108, São Paulo, capital.
Será instalado um sistema fotovoltaico com capacidade individual de 3,35kWp, todos os
módulos FV voltados para o leste.
Neste documento não será abordado o dimensionamento do sistema de microgeração no
ponto de vista de eficiência solar energética no local da edificação bem como o estudo do retorno
financeiro sobre o investimento realizado.
4) MÓDULOS FOTOVOLTAICOS
Parâmetro 335PHK-36
Potência Máxima 335 Wp
Tensão Máxima (Vmp) 38,10 V
Corrente Máxima (Imp) 8,79 A
Tensão de Circuito Aberto (Voc) 45,44 V
Corrente de Curto Circuito (Isc) 9,25 A
Eficiência 17%
Temperatura Operação Nominal (NOCT) 43ºC +/- 2ºC
Tensão Máxima do Sistema 1500 VCC (IEC)
Corrente Máxima de Proteção (Fusível) 15A
Classificação de Operação Classe A
Peso 22.2 kg / 48.84 lbs
Certificado do INMETRO 001347/2021
Foram dimensionados 10 módulos FV arranjados em um grupo de dez módulos em série (ou 1/1
string de 10 módulos) com o intuito de gerar a energia proposta e obter a tensão CC adequada para a
entrada do inversor (será usado 1 inversor).
Os módulos serão fixados através de estruturas metálicas de alumínio anodizado com alta
resistência à corrosão. Elas serão montadas diretamente sobre os telhados através de parafusos auto
atarraxantes que se fixam na estrutura de madeira que o sustenta, proporcionando uma alta resistência
a ventos. Todos os pontos de fixação perfuram as telhas e, portanto foram vedadas com silicone.As
conexões elétricas intermediárias e finais entre os módulos serão executadas por conector do tipo MC4
de engate rápido.
A string alimentará um inversor FV, totalizando 1 / 1 string conectada individualmente com o
inversor conforme ilustrado no diagrama multifilar anexado no processo de homologação.
Proporcionando uma tensão máxima de circuito aberto de 1500Vcc em operação sob carga máxima.
Estes valores se enquadram na faixa operacional para tensão de entrada CC do inversor FV. A tabela
abaixo descreve a potência instalada por string e total:
5) INVERSOR FOTOVOLTAICO
Será utilizado um inversor FV modelo MIC2500TL-X que possue potência nominal de 2,5kW
cada, limitando a potência máxima injetada em 2,5kW. A injeção será feita entre as duas fases da
instalação (L1, L2) no quadro de distribuição principal.
Inversor Nº Potência Instalada
1 (LESTE) 2,5kW
Total 2,5kW
Ele será instalado em uma parede externa protegido por beiral conforme as características
resumidas do inversor, que estão apresentadas a seguir, bem como os ajustes realizados para
adequação a rede local. Conforme detalhamento abaixo:
Parâmetro MIC 2500TL-X
Potência de Entrada Máxima (CC) 2500
Tensão de Entrada Máxima (CC) 550Vcc
Faixa de Operação SPMP (MPPT) 200Vcc à 500Vcc
Tensão CC de Partida 80Vcc
Corrente CC Máxima 13A
Número de Strings 1/1
Consumo em Standby 5
Potência CA Nominal 2500W
Corrente CA Máxima 12,5A
Saída Nominal CA (Ajuste) 230Vca
Frequência Nominal (Faixa) 60 Hz
Fator de Potência 0,8 (indutivo/capacitivo)
Máxima Eficiência 97,6%
Eficiência SPMP (MPPT) > 99,9%
Proteção de Anti-Ilhamento Integrado
Retorno após Reestabelecimento (Ajuste) 180s
Grau de Proteção IP65
Certificado do INMETRO 002821/2020
Caso a rede da concessionária opere fora das faixas toleradas para tensão e frequência (ABNT
NBR 60149:2013), o inversor será bloqueado e desconectado da rede através de 1 relé de proteção
conectado em série, em um intervalo de tempo inferior a 2 segundos. Esta proteção é conhecida como
“anti-ilhamento” e após o reestabelecimento da rede pela concessionária, o religamento dos inversores
é executado em 180 segundos.
6) QUADRO DE PROTEÇÃO
Será instalado um quadro de proteção, conhecido como String Box, para o inversor com
proteções na entrada CC (módulos FV até o inversor) e na saída em CA (do inversor até a rede da
concessionária), conforme esquema elétrico
A parte CC é projetada para absorver surtos provenientes de descargas atmosféricas que possam incidir
diretamente sobre os módulos fotovoltaicos e propagar até a entrada do inversor. A proteção é executada
por Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPS/1000Vcc/45kA. Este circuito é protegido por
2 fusíveis de 15A do tipo cartucho (um em cada polo) com curva de proteção e nível de interrupção
adequados para a aplicação em geração FV. Um disjuntor bipolar de 32A/1000Vcc permite o
desligamento da entrada do inversor para execução de serviço de manutenção.
O lado CA é composto por um disjuntor bipolar de 20A e dois Dispositivos de Proteção
contra Surto (DPS/275Vca/45kA/Classe II). Esta proteção faz parte do segundo estágio de absorção
de surtos, sendo o primeiro de maior capacidade (Classe I), está localizado no quadro geral de
entrada, próximo ao medidor de energia.
7) ATERRAMENTO
O sistema de microgeração será conectado à rede da unidade consumidora afim de que energia
gerada além da consumida pelo cliente seja devolvida para a concessionária. O ponto de conexão do
sistema de microgeração com as instalações elétricas da unidade consumidora será no quadro de
distribuição secundário localizado na entrada da casa. Esta alternativa é a que mais viabiliza e tem a
menor perda do sistema de geração no empreendimento, uma vez que o quadro tem espaço para novos
disjuntores.
O Padrão de entrada de energia elétrica instalado na unidade consumidora, possui caixa de
medição bifásica e caixa de disjuntor, medidor digital, bitola cabo do ramal de entrada do cliente é de
25mm², disjuntor bipolar de 100A e atende os requisitos contidos no ‘Fornecimento de Energia Elétrica
em Tensão Secundária’.
No ponto de conexão à rede elétrica será instalada uma placa de advertência de geração própria
conforme especificado na norma da Concessionária Enel - SP NT 6.12 – PÁGINA 29:
O sistema de medição de energia utilizado pelo usuário deverá ser do tipo bidirecional. Em outras
palavras, o medidor instalado na entrada deste usuário, será capaz de registrar o consumo e a geração
de eletricidade. Este medidor bidirecional certificado pelo INMETRO é homologado pela ENEL, e será
instalado pela mesma. Segue abaixo foto da entrada do consumidor Roberto Machado UC 49573420,
demonstrando a entrada padronizada e local provável de instalação do medidor bidirectional:
CABO 25mm²
DISJUNTOR DE 100A
CABO 25mm²
9) ESTRUTURA DE CABEAÇÃO
Todos os cabos serão instalados em eletrodutos aparentes apropriados para sua aplicação
(uso externo exposto à insolação, ou internos sob o telhado ou aparente em parede). O desenho
ilustra o posicionamento dos eletrodutos no telhado da residência e identifica os cabos contidos em cada
trecho. Além desta proteção, todos os cabos de força CC e aterramento que serão usados na instalação
dos módulos são apropriados para instalação externa, sujeitos à insolação e intempéries.
Um eletroduto galvanizado rígido de 1” conduz os cabos de força e de aterramento entre os
inversores FV instalados em uma parede externa e a parte interna do telhado através de um furo na
laje. Sob o telhado, os circuitos CC e CA são derivados em uma caixa de passagem, orientando os
circuitos CA para o quadro de distribuição principal da residência onde a energia FV gerada será injetada
(Ponto Comum de Conexão com a Rede). Os cabos CC são guiados para a string de módulos.
10) MEMORIAL DE CÁLCULO
Nota: O limite máximo para queda nos condutores CC é de 3% de acordo com a norma IEC/TS
62548:2013. (Tensão Nominal CC = 10 x 38,1Vcc = 381Vcc)
Circuitos CA
Cto. Origem Destino Distância Bitola Proteção Resistência Tensão Nom. Corrente Máx. ΔV
CA1 Inversor 1 QDG 10m 6mm² DJ 20A 6,10Ω/km 220Vca 15A 2,75V 1,2%
Nota: O limite máximo para queda nos condutores CA é de 4% de acordo com a norma ABNT NBR
5410:2013. (Tensão Nominal CA – 220Vca)
De acordo com a norma ABNT NBR 5410:2004, temos as seguintes classificações e fatores de
correção para o ponto de maior carregamento:
Método de Instalação: B1 (eletroduto aparente e cabos unipolares);
Fator de Correção por Temperatura: 0,71 (isolação em PVC e temperatura ambiente máxima de
50⁰C);
Fator de Agrupamento: 0,57 (para 6 circuitos instalados em eletroduto aparente);
Capacidade de cabo 6mm² isolado em PVC: 41A @ 30⁰C, B1 e 2 condutores carregados.
Considerando estes casos extremos, a capacidade do cabo de 6mm² ficaria reduzida para 16,6A ,
portanto atendendo aos valores máximos desta instalação (8,79A no lado CC e 20A no lado CA).
No ramal de entrada geral, a instalação elétrica original possui fios de 25mm² (1,72Ω/km @
FP=0,95) para os cabos de força (2 fases e o neutro). A distância total entre a entrada aérea no ponto
de conexão com a rede da concessionária e o quadro de distribuição geral é de 15m (passando pelo
quadro de entrada com o medidor). Desta forma, para uma potência máxima injetada de 3350W, a
corrente máxima seria de 15,22A, consequentemente teremos uma queda máxima de:
ΔV = 15,22 x 1,72Ω/km x (2 x 0,015km) = 0,8V que representa 0,9% de queda percentual.
Mesmo considerando um consumo interno nulo, os cabos de entrada suportariam a corrente
máxima injetada com uma queda inferior a 4% entre o ponto de conexão com a rede da ENEL e
o ponto de injeção (limite imposto pela ABNT NBR 5410:2013).