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MEMORIAL DESCRITIVO

SISTEMA SOLAR FOTOVOLTAICO CONECTADO À REDE

Marcus Vinicius Canedo Ferreira


UC 7169091

3 kW – Potência de Injeção
(Limitada pelo(s) inversor(ers))
Sumário
Sumário..................................................................................................................................................................2

1 Introdução........................................................................................................................................................... 3

2 Responsabilidade Técnica ....................................................................................................................................3

3 Normas Técnicas ................................................................................................................................................. 4

4 Características Gerais do Cliente ......................................................................................................................... 5

5 Padrão de Entrada ............................................................................................................................................... 5

6 Projeto Elétrico e Equipamentos Utilizados ......................................................................................................... 7

6.1 Módulo Fotovoltaico ........................................................................................................................................ 7

6.2 Inversor Fotovoltaico ........................................................................................................................................ 8

6.3 Dispositivos de Proteção CC e CA ...................................................................................................................... 9

6.4 Materiais Diversos ..........................................................................................................................................10

7 Conexão com a Concessionária..........................................................................................................................10

8 Qualidade da energia ........................................................................................................................................11

8.1 Faixa de Operação da Tensão .........................................................................................................................11

8.2 Faixa de Operação da Frequência ...................................................................................................................11

8.3 Faixa de Operação do Fator de Potência .........................................................................................................12

8.4 Distorção Harmônica ...................................................................................................................................... 12

8.5 Aterramento e Equipotencialização ................................................................................................................12


1 Introdução

Este Memorial Descritivo visa apresentar os aspectos técnicos e legais de um sistema solar
fotovoltaico de MICROGERAÇÃO conectado à rede que será instalado em uma Unidade Consumidora
no município de SÃO GONÇALO, RJ. Nos itens que seguem, serão abordadas características gerais do
local da instalação, bem como características técnicas específicas deste projeto, como equipamentos
utilizados e valores de ajustes para os parâmetros elétricos conforme normativas. Este documento foi
desenvolvido baseado na normas técnicas da concessionária ENEL.

Anexos a este memorial se encontram o projeto elétrico em CAD, que tem como objetivo
apresentar informações necessárias para compreensão de todos os detalhes de instalação, e a
documentação técnica dos equipamentos eletroeletrônicos utilizados no projeto.

Ao todo serão apresentados: desenhos, cálculos, diagramas unifilares, descrição técnica dos
equipamentos, certificados de laboratórios Internacionais e Nacionais e demais Anexos e Formulários
necessários para a obtenção do Parecer de Acesso e registro do micro ou mini-gerador junto à ANEEL.

Neste memorial não será abordado o dimensionamento do sistema do ponto de vista de


eficiência solar energética no local da edificação.

Segue abaixo a lista de documentos anexos vinculados a este memorial e que são necessários
para a compreensão do projeto:

DOCUMENTO DESCRIÇÃO

7169091 – ANEXO I.pdf Formulário de Solicitação de Acesso


7169091 – ANEXO II.pdf Dados da unidade acessante de Microgeração e Minigeração
7169091 – ANEXO III.pdf Procuração para Representação na Concessionária
7169091 – ANEXO IV.pdf Diagrama Unifilar e Blocos
7169091 – ANEXO V.pdf Documento de Responsabilidade Técnica - ART
7169091 – ANEXO VI.pdf Dados Técnicos do Módulo Fotovoltaico
7169091 – ANEXO VII.pdf Dados Técnicos do Inversor Fotovoltaico
7169091 – ANEXO VIII.pdf Registros INMETRO e/ou Certificados de Conformidade - Módulo
7169091 – ANEXO IX.pdf Registros INMETRO e/ou Certificados de Conformidade - Inversor

2 Responsabilidade Técnica
Seguem abaixo as informações de responsabilidade técnica do projeto.

EMPRESA CONTRATADA LEVEROS SOLARSOU S.A.

Responsável Técnico EDUARDO MARTINS DESCHAMPS


Número de Registro – CREA CREA 2514772230
ART 8520818-9
3 Normas Técnicas

As seguintes normas brasileiras e notas técnicas foram utilizadas como referência para a
elaboração do projeto a que se refere este memorial:

RESOLUÇÃO NORMATIVA nº 414, DE 09 DE SETEMBRO DE 2010 - Estabelece as Condições Gerais


de Fornecimento de Energia Elétrica de forma atualizada e consolidada;

RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 482, DE 17 DE ABRIL DE 2012 - Estabelece as condições gerais para o


acesso de Microgeração e mini geração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica,
o sistema de compensação de energia elétrica, e dá outras providências;

RESOLUÇÃO NORMATIVA nº 517, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2012 - Altera a Resolução Normativa nº


482, de 17 de abril de 2012, e o Módulo 3 dos Procedimentos de Distribuição – PRODIST;

RESOLUÇÃO NORMATIVA nº 687, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2015 - Altera a Resolução Normativa nº


482, de 17 de abril de 2012, e os Módulos 1 e 3 dos Procedimentos de Distribuição – PRODIST;

Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST -


Módulo 3 – Acesso ao Sistema de Distribuição;

Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST –


Módulo 8 – Qualidade de Energia Elétrica;

Nota Técnica n° 0129/2012-SRD/ANEEL - Retificação da Seção 3.7 do Módulo 3 dos Procedimentos


de Distribuição;

ABNT NBR 5410/2004 – Instalações elétricas em baixa tensão;

ABNT NBR 5419/2015 – Proteção contra descargas atmosféricas;

NT-6.012 Micro Geração e Mini Geração Distribuida - revisão 05 - Atualizado em 29/04/2019.

NBR 16690/2019 – Instalações Elétricas de Arranjos Fotovoltaicos – Requisitos de Projeto;

NBR 16149/2013 – Sistemas Fotovoltaicos (FV) – Características da interface de conexão com a rede
elétrica de distribuição.
4 Características Gerais do Cliente
Titular: Marcus Vinicius Canedo Ferreira
CPF: 074.935.867-05
Unidade Consumidora: 7169091
Classe: B1 Residencial

Endereço: Rua Samambaia, 109 - Casa 03 - Maria Paula - São Gonçalo - RJ - CEP: 24400-001
Coordenadas Geográficas: -22.89990, -43.11474
Potência Instalada de Geração: 3,24 kWp
Potência Total de Saída dos Inversores: 3,00 kW

5 Padrão de Entrada

O Padrão de Entrada de energia elétrica instalado na Unidade Consumidora e mostrado nas


Figuras 2, 3, 4 e 5 atende aos requisitos da norma de fornecimento da concessionária local.

DADOS TÉCNICOS DO PADRÃO DE ENTRADA


Fornecimento: Bifásico
Tensão de Atendimento: 220/127V
Capacidade de Corrente do Dispositivo de Proteção Geral: Disjuntor - 50 A
Bitola dos Condutores Elétricos: 16 mm²
Código do Medidor: 3625314

No ponto de conexão à rede será instalada uma placa de advertência de geração própria
conforme especificado na norma da concessionária, idêntica ao modelo apresentado na Figura 1.

FIGURA 1 - PLACA DE ADVERTÊNCIA PARA GERAÇÃO PRÓPRIA.


FIGURA 2 - PADRÃO DE ENTRADA FIGURA 3 – DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO GERAL

FIGURA 4 - MEDIDOR DE ENERGIA FOTO ADICIONAL


6 Projeto Elétrico e Equipamentos Utilizados

O ANEXO I contém o layout de integração fotovoltaica, o detalhamento elétrico dos arranjos


fotovoltaicos, o detalhamento das conexões CA (interligação dos inversores com a instalação elétrica da
Unidade Consumidora) e os detalhes da montagem estrutural do sistema. O Gerador Fotovoltaico
proposto utiliza os seguintes equipamentos:

Equipamento Fabricante Modelo INMETRO Qtd


Módulo Fotovoltaico ZNSHINE SOLAR ZXM7-SH144 007528/2022 6
Inversor Fotovoltaico LEVEROS HPK-3000 009608/2022 1

6.1 Módulo Fotovoltaico

Serão utilizados 6 módulos fotovoltaicos do fabricante ZNSHINE SOLAR modelo ZXM7-SH144,


com potência nominal de 540 Wp. Todos os módulos fotovoltaicos utilizados são idênticos, ou seja,
possuem as mesmas características elétricas, mecânicas e dimensionais.

Os dados técnicos do módulo fotovoltaico estão no ANEXO VI.

Os terminais dos módulos fotovoltaicos possuem um conector específico para aplicações


fotovoltaicas para realizar a interconexão entre os mesmos, sendo vedado o seu corte e qualquer tipo
de emenda. A conexão do arranjo fotovoltaico com o(s) inversor(es) ou entre subseções de arranjos
fotovoltaicos distantes entre si, devem ser feitas com o mesmo conector (Tipo MC4) e sua crimpagem
deve ser feita utilizando a ferramenta adequada (alicate de crimpagem MC4).

Um arranjo fotovoltaico é caracterizado por um conjunto de módulos conectados em série e


paralelo, de forma a atingir o nível de tensão e corrente ideais para operação do inversor.

O arranjo fotovoltaico foi dimensionado tendo como base as seguintes diretrizes:

 Potencia elétrica disponibilizada para o inversor fotovoltaico;


 Integração mecânica dos módulos fotovoltaicos;
 Tensão mínima, em ponto de máxima potência, do inversor fotovoltaico;
 Tensão máxima, em circuito aberto, de funcionamento do inversor fotovoltaico;
 Corrente máxima de entrada do inversor fotovoltaico;
 Temperaturas de operação das células fotovoltaicas (influencia nas tensões mínima e máxima);
 Perdas de potência elétrica, por efeito Joule, nos condutores CC.
6.2 Inversor Fotovoltaico

O inversor conectado à rede é responsável por receber a energia elétrica gerada pelos módulos
fotovoltaicos e fazer a inversão de corrente contínua (CC) para corrente alternada (CA). O inversor deve
ser instalado em local de fácil acesso para manutenção e vistoria.

Neste projeto, será instalado um inversor do fabricante LEVEROS modelo HPK-3000, cuja
potência nominal é de 3,0kW. O inversor opera com tensão nominal de saída monofásica.

Os dados técnicos do(s) microinversor(es) utilizado(s) se encontram no ANEXO VII.

Os registros INMETRO e/ou os Certificados de Conformidade (quando for o caso) se encontram


no ANEXO VIII.

Como em todo e qualquer inversor conectado à rede, este modelo se adapta às condições de
operação (tensão, frequência, etc.) da rede à qual estará conectado. Além disso, o inversor conta com
as seguintes funções acopladas:

 Proteção de sub e sobretensão;


 Proteção de Desbalanço de tensão;
 Proteção de sub e sobrefrequência;
 Sistema de sincronismo digital;
 Proteção de Anti-ilhamento;
 Proteção de sobrecorrente;
 Proteção contra falha na Rede;
 Sistema de balanceamento de fases;
 Elemento de desconexão automático;
 Isolamento CC.

Em caso de sobrepotência advinda dos painéis, o inversor executa a limitação de potência


fazendo a alteração do ponto de máxima potência no lado cc, aumentando a tensão do barramento cc
(e consequentemente reduzindo a corrente cc). A potência c.a. é limitada à potência nominal do
inversor, respeitando também os limites de temperatura de operação. A proteção de sobrecorrente é
obtida com disjuntor(es) externo(s) e dedicado(s) a cada inversor, não podendo ser derivados outros
circuitos dessa proteção.

O inversor foi devidamente configurado para operar com rede elétrica da concessionária local.
Os parâmetros do inversor estão setados para a rede Brasil, conforme abaixo:
Tempo máximo
Requisitos de Proteção Potência Instalada até 100 kW
de atuação
Proteção de Subtensão (27) 0,8 p.u 0,2
Proteção de Sobretensão (59) 1,1 p.u 0,2
Proteção de Subfrequência (81U) 59,5 Hz 0,2
Proteção de Sobrefrequência (810) 60,5 Hz 0,2
Proteção de Sobrecorrente (50/51) Disjuntor de acordo com projeto elétrico
Relé de Sincronismo (25) 10° 10% Tensão 0,3Hz
Relé do Tempo de reconexão (62) 180s 180s

6.3 Dispositivos de Proteção CC e CA

O Quadro de Proteção CC conhecido como String Box é o quadro que irá conter as proteções
dos circuitos de corrente contínua. Alguns inversores, normalmente os de maior potência, já possuem
todos os elementos de proteção necessários no lado de corrente contínua, e portanto, dispensam a
String Box. Para os inversores que não possuem, deve-se avaliar a necessidade de cada elemento
(Fusíveis, DPS e Seccionadora). O uso de fusíveis CC só é necessário quando existem mais de duas strings
conectadas ao mesmo ponto, por exemplo, num mesmo MPPT – item 5.3.10 da ABNT NBR 16690/2019).
A necessidade do Dispositivo de Proteção de Surtos no lado CC deve seguir os critérios de análise de
risco dispostos na norma ABNT NBR 5419 e a metodologia existente na IEC 61643-32 - item 5.4.2 da
ABNT NBR 16690/2019).

Quando houver a necessidade do quadro de proteção CC externo ao inversor (String Box), esta
inclui Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPS) específico para aplicação fotovoltaica, com tensão
nominal de 1000V e corrente de descarga nominal e máxima de 20 e 40kA por polo, respectivamente;
Chave Seccionadora com corrente de operação de 32A e tensão máxima de 1000V – e capacidade de
seccionamento sob carga. O String Box pode ser instalado em áreas externas e possui grau de proteção
IP65. No lado em corrente alternada a proteção do sistema será feita por Disjuntor e Dispositivos de
Proteção contra Surto CA.

Neste caso, o inversor terá todos os itens de proteção necessários. A lista abaixo apresenta os
elementos que compõem os sistemas de proteção:

Equipamento Descrição Qtde


Caixa de Proteção CC (String Box) Chave Seccionadora, Fusíveis e DPS 1
Dispositivo de Proteção CA Disjuntor Bipolar Curva C – 25A 1
Dispositivo de Proteção CA DPS CA Classe II – 275V, 45 kA 1
6.4 Materiais Diversos

No subsistema de corrente contínua serão utilizados cabos de cobre estanhado com isolação
em HEPR/XLPE 120°C de 1,8 kV (cabo solar), proteção contra raios UV e com seção mínima de 4,0 mm²,
tanto para os condutores positivo quanto negativo, sendo o positivo de cor vermelha e o negativo de
cor preta. Os condutores possuirão gravados em toda sua extensão as especificações de nome do
fabricante, bitola, isolação, temperatura de operação e certificado do INMETRO.

O dimensionamento dos condutores foi feito levando-se em consideração a capacidade de


condução de corrente do condutor e a queda de tensão máxima no circuito de 1%.

Para o subsistema em corrente alternada serão utilizados condutores de cobre com seção
mínima de 4,0 mm² e isolação em PVC 70°C de 750 V. Estarão de acordo com as normas brasileiras
competentes, e o dimensionamento dos mesmos foram feitos considerando-se a potência máxima de
pico do circuito e todos os critérios técnicos para dimensionamento de condutores elétricos contidos na
NBR 5410/2004, sendo observados os seguintes critérios:

 Seção mínima conforme circuito;


 Capacidade de condução de corrente;
 Queda de tensão máxima de 2%;
 Sobrecarga;
 Curto-circuito;
 Isolação PVC 70°C 750V;
 Método de Instalação;
 Tipo de linha elétrica.

Serão utilizados eletroduto aparente(s) de 1" desde o arranjo fotovoltaico até o quadro de
proteção CC (string box), inversor e quadro de proteção CA.

7 Conexão com a Concessionária

O sistema de Microgeração será conectado à rede da unidade consumidora a fim de que a


energia gerada além da consumida pelo cliente seja injetada na rede da concessionária. O ponto de
conexão do sistema com as instalações elétricas da Unidade Consumidora será no quadro de distribuição
localizado na sala de máquinas da residência (Figura abaixo), onde será também instalado o inversor e
transformador.

A potência do sistema obedece ao estabelecido na norma da concessionária acessada e na


resolução vigente da ANEEL, que estabelecem que a potência máxima de geração não seja maior do que
a potência disponibilizada à Unidade Consumidora.
8 Qualidade da energia

A qualidade da energia é um fator primordial a qualquer instalação elétrica, para que não
ocorram danos a equipamentos elétricos, acarretando prejuízos. Neste sentido, a energia gerada pelo
sistema irá atender aos parâmetros de qualidade exigidos na norma da concessionária local e no módulo
8 do PRODIST. Sempre que algum parâmetro do sistema fotovoltaico ou da rede estiver fora dos limites
considerados normais de operação, o inversor fotovoltaico desconectará o sistema no tempo limite
determinado pela norma, porém, continuará monitorando os parâmetros para que possa reconectar o
sistema assim que possível, respeitando o tempo de reconexão estabelecido. A seguir, são apresentados
os ajustes do sistema para os parâmetros de qualidade.

8.1 Faixa de Operação da Tensão

Quando a tensão da rede sair da faixa de operação especificada o sistema de geração distribuída
deve perceber uma condição anormal de tensão e atuar (cessar fornecimento). As condições
apresentadas na Tabela abaixo devem ser cumpridas com tensões eficazes e medidas no ponto comum
de conexão.

Tensão no ponto de Conexão (% à Vnominal) Tempo Máximo de Desligamento


V < 80% 0,2s
80% ≤ V ≤ 110% Regime Normal de Operação
110 < V 0,2s

8.2 Faixa de Operação da Frequência

A faixa de trabalho da frequência no sistema de geração fotovoltaica irá obedecer aos limites
previstos na norma. Quando a frequência da rede ficar abaixo de 57,5 Hz ou acima de 62 Hz, o inversor
desconectará o sistema fotovoltaico cessando a injeção de energia ativa à rede da concessionária em no
máximo 200 milissegundos. Somente quando a frequência voltar à faixa de 59,5 Hz a 60,5 Hz, o sistema
retornará a injetar energia. Estando a frequência da rede entre 60,5 e 62 Hz, a injeção de energia na
rede será reduzida linearmente até o mínimo de 40% da potência nominal, conforme indicado na figura
abaixo.
8.3 Faixa de Operação do Fator de Potência

O sistema de geração irá atender a norma da concessionária local para geração distribuída no
quesito fator de potência.

O sistema de geração deve garantir o ponto de operação dentro das faixas de fator de potência,
mesmo quando o limite de potência injetada for superior à 20% da potência nominal do gerador.

8.4 Distorção Harmônica

A distorção harmônica total de corrente não irá ultrapassar a 5%, conforme especificado na
descrição técnica do(s) inversor(es). Conforme especificado na norma da concessionária local para
geração distribuída, as distorções harmônicas respeitarão os limites estabelecidos para sistemas
conectados em baixa tensão (1 kV). Esses limites se encontram na Tabela abaixo para limite de distorção
harmônica de corrente.

8.5 Aterramento e Equipotencialização

Aterramento de proteção: consiste na ligação à terra das massas e dos elementos condutores
estranhos à instalação, visando à proteção contra choques por contato direto ou indireto.

Os critérios de aterramento de instalações elétricas de baixa tensão encontram-se bem


estabelecidos na norma NBR 5410:2004, podendo ser complementados pela norma NBR 5419:2015.

Será realizado o aterramento elétrico de acordo com a norma NBR 5410:2004 visando atender
os principais objetivos:

 Obter uma resistência de aterramento a mais baixa possível, menor que 10Ω, para correntes
de falta à terra;
 Manter os potenciais produzidos pelas correntes de falta dentro de limites de segurança;
 Fazer com que os equipamentos de proteção sejam mais sensibilizados e isolem rapidamente as
falhas à terra;
 Proporcionar um caminho de escoamento à terra para descargas atmosféricas;
 Escoar as cargas estáticas geradas nas carcaças dos equipamentos.
A bitola para aterramento entre as estruturas metálicas e a caixa de proteção CC é de 6mm²
conforme recomendado pela IEC/TS 62548:2013 (norma em elaboração no Brasil pela Comissão de
Estudo CE- 03:064.01 do COBEI).

A edificação terá malha de aterramento no esquema TN-S (conforme item 4.2.2.2 da norma
ABNT NBR 5410:2004), com os condutores Neutro e Terra separados ao longo de toda a instalação
porém conectados à mesma Malha de Aterramento, conforme Figura abaixo.

A equipotencialização do sistema (moldura metálica dos módulos fotovoltaicos aos perfis de


alumínio) é obtida com o auxílio de grampos de fixação específicos para aterramento ou clips de
aterramento acoplados aos grampos. A conexão dos perfis de alumínio com o condutor de aterramento
é executada por clipes de aterramento, jumpers entre os perfis e grampos terminadores específicos para
aterramento. Cada agrupamento de módulos deve ser interconectado ao condutor de aterramento. O
aterramento do sistema fotovoltaico (módulos e inversor), será interligado ao barramento de terra
interno da Unidade Consumidora, de acordo com o esquema de aterramento utilizado.

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EDUARDO MARTINS DESCHAMPS


CREA 251477223

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