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MICROGERAÇÃO FOTOVOLTAICA

Capacidade de geração 7,56kWp

GFV7,56kWp

Categoria: B Comercial - Trifásico


Proprietário:
Endereço:
Sumário
1 – MEMORIAL DESCRITIVO ................................................................................................. 2
2 - OBJETIVO........................................................................................................................ 2
3 – CRONOGRAMA PARA IMPLANTAÇÃO ............................................................................. 3
4 – LOCALIZAÇÃO DA UNIDADE GERADORA.......................................................................... 3
5 – RELAÇÕES DE CARGAS ATUAIS DA UNIDADE CONSUMIDORA .......................................... 4
6 – NORMAS TÉCNICAS ........................................................................................................ 4
7 – CONSIDERAÇÕES GERAIS ................................................................................................ 4
8 – PONTO DE CONEXÃO...................................................................................................... 4
9 – SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA ........................................................................................ 5
10 - ATERRAMENTO ............................................................................................................. 5
11 – DADOS GERAIS DO SISTEMA ........................................................................................ 6
11.1 – LOCAL DA INSTALAÇÃO .......................................................................................... 7
11.2 – DIMENSIONAMENTO DO GERADOR........................................................................ 8
11.3 – DESCRIÇÃO DO SISTEMA ........................................................................................ 8
11.4 - EMISSÕES ............................................................................................................... 9
11.5 – RADIAÇÃO SOLAR .................................................................................................. 9
11.6 – POSICIONAMENTO DOS MÓDULOS ...................................................................... 10
11.7 – ESTRUTURAS DE APOIO........................................................................................ 11
11.8 - MÓDULOS ............................................................................................................ 12
11.9 - INVERSOR............................................................................................................. 14
11.10 - CABEAMENTO .................................................................................................... 15
11.11 – QUADRO ELETRICO ............................................................................................ 15
11.12 – ISOLAÇÃO GALVÂNICA E ATERRAMENTO ............................................................ 16
11.13 – SISTEMA DE MONITORAMENTO ......................................................................... 17
11.14 - VERIFICAÇÕES..................................................................................................... 18
11.15 – REGISTROS INMETRO ......................................................................................... 19
11.16 – PADRÃO DE ENTRADA ........................................................................................ 21
11.17 – ANEXO (DIAGRAMA MULTIFILAR) ............................................................... (anexo)
11.18 – ANEXO (DATASHEET MÓDULOS) ................................................................. (anexo)
11.19 – ANEXO (DATASHEET INVERSORES).............................................................. (anexo)
12 – CONCLUSÕES ...................................................................................................................... 22

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1-MEMORIAL DESCRITIVO

Cliente:

Endereço:

Unidade Consumidora:

Finalidade do projeto: Geração de energia fotovoltaica

Potência do gerador: 7,56kWp

Engenheiro Responsável:

Número CREA:

- Fonte geradora: Módulos fotovoltaicos do tipo Poli Cristalino (Si-Poly) que possuem como
matéria prima o silício que através de reação com a luz solar produz energia.

- Fixação: Suportes de alumínio compostos por partes de aço inoxidável e galvanizado realizam
a fixação da fonte geradora sobre o telhado do imóvel.

- Cabeamento: Cabos próprios para energia fotovoltaica com diâmetro nominal de 6mm² serão
utilizados para a conexão entre os módulos e o inversor. Tais cabos são projetados para
trabalhar externamente.

- Conexão: As conexões são realizadas através de conectores do tipo MC4 afim de reduzir
emendas que possam apresentar mal contato através do tempo.

- Transformação: A fonte gera energia no padrão CC e se faz necessária a conversão e


sincronização desta energia gerada com a energia fornecida pela rede, sistema esse que recebe
o nome de On-grid e utiliza-se de um inversor próprio para esta função.

- Proteção: O sistema é protegido por uma caixa elétrica conhecida como String-box e conta com
disjuntores CC e CA e DPS CC e CA.

- Aterramento: Todo o sistema é devidamente aterrado afim de dar a proteção necessária ao


sistema ao longo de sua via útil.

2-OBJETIVO

Participar do programa de microgeração distribuída obtendo créditos com a geração


fotovoltaica obtidos através da medição realizada por um medidor bidirecional ou dois
medidores aptos a registrar os eventos de geração e consumo. O objetivo deste estudo é dar
condições e viabilizar a implantação do gerador do ponto de vista técnico, para que o instalador
possa se referenciar no momento da instalação afim de corrigir possíveis falhas de execução.

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3 – CRONOGRAMA PARA IMPLANTAÇÃO

O cronograma para a implantação do sistema considera fatores adversos e pode ser alterado
conforme se faça necessário.

Etapas Inicio Termino


Elaboração Projeto 08/05/17 15/05/17
Solicitação de Acesso 16/05/17 16/05/17
Parecer Concessionária 16/05/17 19/06/17
Levantamento Equipamento 19/06/17 23/06/17
Instalação 26/06/17 05/07/17
Vistoria da Companhia 05/07/17 09/07/17
Substituição do Medidor 09/07/17 15/07/17
Finalização do projeto 16/07/17

4 – Localização da Unidade Geradora

O Local de instalação pode ser observado no mapa abaixo e possui as seguintes características:
Barracão térreo com aproximadamente 500m², localizado em área residencial com bairro já
formado e sem sombreamento, o mesmo está cercado por imóveis de altitude menor ou igual
com rua de asfalto a frente e gramado em um dos lados, configuração está que maximiza a
geração pelos módulos fotovoltaicos.

Rua – Unidade consumidora:

Coordenadas Geográficas: -

Altitude: 786 metros

Temperatura média anual: 20,5 °C

Umidade relativa média anual: 72,1%

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5 – RELAÇÃO DE CARGAS ATUAIS DA UNIDADE CONSUMIDORA

Qtd. Descrição Potência (W) Total (kW)


1 Geladeira 500 0,5
1 Televisão 200 0,2
10 Pontos de Tomada 150 1,5
15 Lâmpadas Compacta 30 0,45
1 Chuveiro 220v 5500 5,5
1 Ar Condicionado 9000 BTU´s 900 0,9
Carga Total Instalada: 9,05 kW

6 – NORMAS TÉCNICAS

- NDU-013, Norma de distribuição unificada 013 – Critérios para a conexão de acessantes de


geração distribuída ao sistema de distribuição da Energisa – Conexão em baixa tensão.

- ABNT NBR 5410:2004, Instalações elétricas de baixa tensão.

- ABNT NBR 16149:2013, Sistemas Fotovoltaicos (FV) – características da interface de conexão


com a rede elétrica de distribuição.

7 – CONSIDERAÇÕES GERAIS

Nenhuma adequação física se faz necessária para a implantação do gerador fotovoltaico, tendo
em vista o retorno econômico e social a médio prazo o sistema visa suprir cerca de 70% da
energia consumida atualmente. Com uma produção de energia média de 966 kWh/mês o
gerador fotovoltaico possui uma depreciação energética em torno de 0,7% ao ano o que se
enquadra nos valores estimados inicialmente. Opta-se pelo uso de dois inversores unicamente
pelo fato de compatibilidade entre as tensões do imóvel e do equipamento, as próximas
alternativas precisariam trabalhar em conjunto com transformadores, fator esse que reduziria a
eficiência do sistema. O posicionamento dos módulos voltado para o norte favorece o cenário
de geração máxima possível nas circunstancias em que se encontram. Um risco importante para
se considerar é a segurança no momento da instalação, já que o imóvel possui alta elevação,
devendo neste momento os instaladores estarem aptos a trabalhos em altura e com todos os
equipamentos de proteção necessários.

8 – PONTO DE CONEXÃO

O ponto de conexão com a rede é o local onde a energia gerada pelos módulos fotovoltaicos e
transformada pelo inversor será injetada na rede seu posicionamento é de grande importância

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para que possamos acompanhar o sentido da corrente e direcionar a energia gerada da melhor
maneira.

O ponto de injeção da energia gerada será diretamente nas fases principais (L1, L2 e L3)
localizadas no quadro de distribuição principal, o ponto de conexão está localizado a
aproximadamente 30 metros do quadro de medição e proteção geral, e a aproximadamente 20
metros do inversor que fornecerá a energia.

9 – SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

Junto ao padrão de entrada de energia, próximo a caixa de medição e proteção será instalada
uma placa de advertência com os seguintes dizeres: “CUIDADO – RISCO DE CHOQUE ELÉTRICO
– GERAÇÃO PRÓPRIA”. A placa foi confeccionada em PVC conforme orientações normativas
contidas na norma NDU-013, seguindo como exemplo a imagem abaixo.

10 – ATERRAMENTO

A edificação possui malhas de aterramento no esquema TT (conforme norma ABNT NBR


5410:2004) resultando em uma resistência de aterramento inferior a 10Ω mesmo em solo seco.
A instalação original composta por 3 hastes de 2,44 metros com seção de 5/8” enterradas no
solo abaixo do barracão garantem a qualidade do aterramento.

Os cabos de aterramento dos módulos fotovoltaicos são próprios para instalação externa
sujeitos a insolação e intempéries causadas pelo tempo. A bitola para aterramento entre as
estruturas metálicas e os string box é de 6mm² conforme recomendado pela IEC/TS 62548:2013
(norma elaborada pela comissão de Estudo CE03:064.01 do COBEI). A conexão entre a moldura
dos módulos e o cabo terra é executada por terminais de fixação, afim de garantir a qualidade

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do aterramento, é feito a quebra do anodizado da estrutura metálica para maior segurança do
aterramento.

Algumas condições do aterramento podem ser verificadas através de imagem abaixo:

11 – DADOS GERAIS DO SISTEMA

Potência total: 7,56 kWp

MÓDULOS (ARRANJOS) String 01 String 02 String 03


POTÊNCIA MÓDULOS 270 W 270 W 270 W
MODELO MÓDULOS - CANADIAN CS6P-270P CS6P-270P CS6P-270P
QUANTIDADE MÓDULOS 6 11 11
POTÊNCIA PICO 1620 W 2970 W 2970 W
DESTINO INVERSOR 01 INVERSOR 02 INVERSOR 02
CORRENTE OPERAÇÃO 8,75 A 8,75 A 8,75 A
CORRENTE CURTO CIRCUITO 9,32 A 9,32 A 9,32 A
TENSÃO OPERAÇÃO 184,8 Vcc 338,8 Vcc 338,8 Vcc
TENSÃO CIRCUITO ABERTO 227,4 Vcc 416,9 Vcc 416,9 Vcc
ÁREA DO ARRANJO 11 m 19 m 19 m
PESO 180 Kg 330 Kg 330 Kg

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INVERSORES INVERSOR 01 INVERSOR 02
MARCA WEG WEG
MODELO SIW300 M015 SIW300 M050
POTÊNCIA 1500 W 5000 W
MAXIMA CORRENTE ENTRADA 10 A 15 A / 15 A
MAXIMA CORRENTE SAÍDA 7A 22 A
MAXIMA TENSÃO ENTRADA 600 Vcc 750 Vcc
TENSÃO SAIDA 220 Vca 220 Vca
FREQUENCIA 60 Hz 60 Hz
TENSÃO DE OPERAÇÃO (MPPT) 160 – 500 Vcc 175 – 500 Vcc
NÚMERO DE STRINGS 1 2

DADOS DE GERAÇÃO GERADOR 7,56 kWp


ENERGIA GERADA POR MÊS 966 Kwh
IRRADIAÇÃO MÉDIA DIÁRIA 5,07 KWh/dia
QUANTIDADE TOTAL DE MÓDULOS 28
QUANTIDADE TOTAL DE INVERSORES 2
PROTEÇÃO GERAL 90 A
NÚMERO DE FASES 3
TIPO DE MEDIDOR ATUAL ANALOGICO

11.1 – LOCAL DA INSTALAÇÃO

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11.2 – DIMENSIONAMENTO DO GERADOR

O gerador foi dimensionado com base no consumo anual do imóvel, chegando à conclusão que
a quantia gerada de aproximadamente 966kWh/mês atende as necessidades financeiras do
projeto. Tal dimensionamento utiliza como fonte de dados o portal da Cresesb para obter
informações sobre a irradiação e inclinação ideal dos módulos, informações necessárias para
podermos calcular e dimensionar corretamente. Neste projeto foi considerado percas por
transformação, transmissão, temperatura, poeira e depreciação, o valor total de eficiência do
projeto encontrado é de 84%.

Irradiação diária:

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
4,47 4,69 5,33 5,03 4,98 4,96 5,85 5,82 4,66 5,26 4,59 5,22

Para o local onde o sistema será instalado, na latitude - S e longitude - W encontramos como
base para análise mais próxima a estação de Mineiros/GO, localizada a 144 Km de distância do
ponto pesquisado, analisando a tabela chegamos a uma irradiação média de 5,07 kWh/m²/dia
em uma inclinação ideal de 20° ao norte.

Foram relacionados 28 módulos fotovoltaicos com potência de 270 Wp cada arranjados em 3


strings divididos entre 2 inversores. No primeiro inversor com potência nominal de 1500w está
arranjado 1 string com 6 módulos, já no segundo inversor com potência nominal de 5000w estão
2 strings com 11 módulos cada, sendo utilizado neste caso as duas entradas MPPT do inversor.

Potencia diária gerada: 7560 * 5,07 = 38.330 Wh/dia

Considerando Eficiência de 84% do sistema: 0,84*38.330 = 32.197 Wh/dia

Geração em um mês (30 dias): 32.197*30 = 965.910 Wh/mês

Geração total: 966 Kwh

11.3 – DESCRIÇÃO DO SISTEMA

O gerador fotovoltaico tem a capacidade de transformar a energia advinda do sol em


eletricidade, tal geração ocorre de maneira limpa sendo este um dos vários benefícios desta
solução que vem ganhando mais adeptos a cada dia. O gerador trabalha de modo independente
não dependendo de nenhum treinamento especifico para o cliente, o próprio equipamento
realiza a desconexão com a rede em caso de falhas no sistema. Pela sua configuração simples
existem uma vasta gama de aplicações para a energia.

Composição do gerador:

Módulos: Gera a energia em CC.

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Inversor: Converte a energia CC em CA (mesma que nós utilizamos) e sincroniza com a rede da
companhia.

Estrutura: suporte para fixação dos módulos.

Cabeamentos: Cabos específicos para utilização externa, conta com várias proteções.

Conectores: Conexões especiais para garantir a eficiência e longa vida útil do sistema, também
podem ficar expostos.

Disjuntor CA: Permite o desligamento da energia que vai para a rede habilitando o equipamento
para manutenções.

Disjuntor CC: Permite o desligamento da energia provinda dos módulos habilitando o


equipamento para manutenções.

DPS CC: Realiza a proteção dos módulos e do inversor contra possíveis surtos de descargas
atmosféricas.

DPS CA: Realiza a proteção do inversor contra possíveis surtos que possam se propagar através
da rede da companhia.

11.4 – EMISSÕES

O crescente volume de emissão de gases de efeito estufa é motivo de debate e preocupação no


Brasil e no mundo que aumenta a cada dia. A energia fotovoltaica é uma das maneiras de frear
esta evolução. Estima-se que para cada kWH gerado existe uma redução de 0,57 CO², sendo
assim, podemos realizar a seguinte comparação:

Redução nas emissões mensais: 966*0,57 = 550 Kg

Redução nas emissões Anuais: (966*12)*0,57= 6.607 Kg

Redução em 25 anos: ((966*12)*25)*0,57 = 165.186 kg

A redução de CO² estimada em 25 anos seria equivalente a 1.180 árvores plantadas ou a cerca
de 1.460.250 Km rodados de carro. Tais iniciativas podem representar a longo prazo uma
melhoria significativa na qualidade de vida do planeta.

11.5 – RADIAÇÃO SOLAR

Os valores de irradiação solar são apenas orientações para auxiliar no dimensionamento do


sistema fotovoltaico, pois são valores consolidados de um histórico de medições que varia ao
longo dos anos. O valor de irradiação solar depende da localidade e pode haver grandes
variações em todo o território nacional. A fonte utilizada para a consulta dos dados é a SunData,
e pode ser verificada através do site: www.cresesb.cepel.br.

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Para o local onde o sistema será instalado, na latitude - S e longitude - W encontramos como
base para análise mais próxima a estação de Mineiros/GO, localizada a 144 Km de distância do
ponto pesquisado, analisando a tabela chegamos a uma irradiação média de 5,07 kWh/m²/dia
em uma inclinação ideal de 20° ao norte.

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
4,47 4,69 5,33 5,03 4,98 4,96 5,85 5,82 4,66 5,26 4,59 5,22

KWH/M²/DIA
7
6
5
4
3
2
1
0
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov Dez

11.6 – POSICIONAMENTO DOS MÓDULOS

Os módulos possuem posicionamento estratégico com orientação para o Norte afim de


maximizar a geração durante o ano. O posicionamento pode ser conferido por imagem abaixo.

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11.7 – ESTRUTURAS DE APOIO

Os módulos serão fixados através de estruturas metálicas de alumínio anodizado de alta


resistência e suportes de aço galvanizado com parafusos em Inox da marca Romagnole. Elas
serão montadas diretamente sobre o telhado do barracão com parafusos auto atarraxantes que
se fixam na diretamente na estrutura proporcionando uma alta resistência. Segue abaixo
algumas informações disponibilizada pelo fabricante:

 Dimensionamento segundo cargas de vento NBR 6123


 Aço zincado segundo norma NBR 6323
 Dimensionamento estrutural segundo NBR 8800
 Fácil instalação, pois o parafuso é instalado por cima da telha
 Vigas e clamps em alumínio 6063-T6 de alta resistência
 Parafusos dos clamps em aço inox
 Impermeabilização garantida por vedação de borracha (parafuso rosca dupla) ou
borracha nitrílica (parafuso auto brocante)
 Transfere carga diretamente à viga do telhado (parafuso rosca dupla)

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11.8 – MÓDULOS

Módulo fotovoltaico é a unidade formada por um conjunto de células solares, interligadas


eletricamente e encapsuladas, com o objetivo de gerar eletricidade. O equipamento utilizado e
abordado neste projeto é o módulo de silício policristalino (p-Si), são células formadas por
diversos cristais fundidos e solidificados direccionalmente, as bordas das partículas de cristais
reduz a eficiência dos módulos policristalinos quando comparados ao monocristalino. Por outro
lado, sua produção requer menor energia e material, resultando em um custo final menor.

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Os módulos são interligados em série dentro de cada string, tal tipo de ligação faz com que a
corrente do sistema seja sempre constante e a sua tensão se some, o resultado se comprova
através de medição realizada posteriormente a montagem, os três strings instalados devem
obrigatoriamente possuir contar com as medições próximas as fornecidas na tabela abaixo:

STRING TENSÃO Vcc CORRENTE Icc


STRING 01 184,8 V 8,75 A
STRING 02 338,8 V 8,75 A
STRING 03 338,8 V 8,75 A

O modelo de ligação em série tem sua representação citada abaixo, passo importante para que
não ocorra erros de interpretação durante a sua instalação e deve ser seguido com cuidado.
Ligações em paralelo ou mista são utilizados com mais frequência em sistemas off-grid, pois
trabalham com banco de baterias e precisam que a sua corrente seja mais elevada afim de
otimizar o carregamento.

Algumas características dos módulos podem ser verificadas através da tabela abaixo, caso exista
a necessidade de consulta mais detalhada, pode se consultar o anexo 11.8 DATASHEET DOS
MÓDULOS que acompanha este memorial.

Descrição Módulo CS6P-270P


FABRICANTE CANADIAN SOLAR
NOMINAL MAX POWER (Pmax) 270w
TENSÃO OPERAÇÃO (Vmp) 30.8 V
TENSÃO CIRCUITO ABERTO (Voc) 37.9 V
CORRENTE OPERAÇÃO (Imp) 8.75 A
CORRENTE CIRCUITO ABERTO (Isc) 9.32 A
EFICIENCIA 16.79%
REGISTRO INMETRO 0005589/2016

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11.9 - INVERSOR

O papel principal do inversor fotovoltaico no sistema é inverter a energia elétrica gerada pelos
painéis, de corrente contínua (CC) para corrente alternada (CA). O seu papel secundário é
garantir a segurança do sistema sincronizando a energia CA com a energia fornecida pela
concessionária, o inversor também tem importante papel na medição da energia gerada afim
de se ter um registro para comparar com o desconto fornecido pela companhia.

No objeto do nosso estudo utilizaremos dois inversores que trabalham com uma tensão em
corrente alternada de 220V, foi necessária a configuração de dois inversores pelo fato da rede
de tensão trifásica fornecida pela companhia trabalhar com o esquema 127V entre fases, caso
fosse dimensionado somente um inversor deveríamos utilizar um transformador para elevar a
tensão afim de se obter os dados de saída do equipamento único de potência maior. Os dados
dos dois inversores podem ser encontrados descritos na tabela abaixo, caso seja necessário
informações mais detalhadas pode-se verificar o anexo 11.19 – DATASHEET DO INVERSOR onde
possui todas as informações pertinentes aos equipamentos relacionados.

Descrição WEG SIW300 M015 WEG SIW300 M050


TENSÃO MÁXIMA CC 600 V 750 V
FAIXA DE TENSÃO MPPT 160 – 500 V 175 – 500 V
TENSÃO NOMINAL CC 360 V 400 V
CORRENTE MÁXIMA (POR STRING) 10 A 15 A / 15 A
NÚMERO DE MPPT 1/1 2/2
POTÊNCIA NOMINAL 1.500 W 4.600 W
TENSÃO NOMINAL CA 220 V 220 V
FAIXA DE TENSÃO CA 180-280 V 180-280 V
FREQUÊNCIA DA REDE 60 Hz 60 Hz
CORRENTE MÁXIMA CA 7A 22 A
EFICIÊNCIA MÁXIMA 97,2% 97%
PESO 9,2 Kg 26 Kg
TOPOLOGIA Transformerless Transformerless
REGISTRO INMETRO 006065/2016 004010/2016

Caso a rede da concessionária opere fora das faixas toleradas para a tensão e frequência (ABNT
60149:2013) os inversores serão bloqueados e desconectados da rede através de 2 relés de
proteção conectados em série (interno de cada inversor) em um intervalo de tempo inferior a 2
segundos, esta proteção é conhecida como “anti-ilhamento” e após o reestabelecimento da
rede pela concessionária o religamento dos inversores é executado em 180 segundos, conforme
exigência da companhia.

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11.10 – CABEAMENTO

O cabo utilizado na parte fotovoltaica será o energyflex BR 0,6/1Kv (1500Vdc), material unipolar,
flexível, com condutor de cobre estanhado, isolação em HEPR e cobertura em PVC com
resistência a UVB para tensões até 1 Kv.

Segue abaixo características construtivas:

1. Condutor: Fios de cobre estanhado encordoado, classe 5.


2. Isolação: Composto termofixo à base de etileno-propileno de alto módulo (HEPR), apropriado
para temperatura de operação no condutor em regime permanente de até 90°C.
3. Cobertura: Camada extrudada de cloreto de polivinila – PVC (ST2), com características
especiais de resistência à chama, resistente ao UVB e livre de chumbo (isento de metais
pesados).
Normas de referência:
- NBR NM 280 – Condutores para Cabos Isolados (IEC 60228MOD)
- NBR 6251 – Cabos de Potência com isolação extrudada para tensões de 1 à 35 kV – Requisitos
construtivos.
- NBR 7286 - Cabos de Potência com isolação extrudada de borracha etilenopropileno (EPR)
para tensões de 1 à 35 kV – Requisitos de desempenho.
Aplicação:
Cabos para instalações fixas em sistemas DC ou AC, facilitando as conexões de equipamentos
em sistemas industriais, para aplicação em instalações fixados em suportes, bandejas, leitos,
dutos ou ao ar livre sujeito ás intempéries. Para atender requisitos de resistência ao UVB e de
resistência à queima, estes cabos são fornecidos com um revestimento de cobertura
especialmente formulado para atendimento aos requisitos das normas UL 2556 e IEC 60332-1.
Devido ao revestimento especial dos condutores, estes cabos são particularmente
recomendados para garantir uma melhor performance das conexões ao longo de toda sua vida
útil, principalmente nas interligações de painéis e módulos de conexão nos Sistemas
fotovoltaicos.
Ensaios e Características mecânicas: Todos os cabos produzidos são testados em fábrica,
mediante os procedimentos e métodos de ensaios previstos pelas normas NBR’s
complementares, e submetidos aos seguintes ensaios de recebimento:
Teste de continuidade e resistência elétrica máx. do condutor , referida à 20°C
-Tensão elétrica aplicada de 3,5 kV durante 5 min
- Medição da resistência de isolamento à temperatura ambiente.
- Durante a instalação estes cabos são recomendados para o esforço máximo de tração nos
condutores de 4 kgf/mm² e para instalação final raio mínimo de curvatura de 4 vezes (4xd) o
diâmetro externo.

11.11 – QUADRO ELÉTRICO

O quadro elétrico ou string-box é o conjunto de componentes responsáveis pela segurança e


manobra do sistema, ambos inversores contarão com o quadro elétrico individualizado
facilitando a manutenção caso necessária e aumentando a segurança do sistema. A proteção do

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lado CC contará com um disjuntor bipolar de 32 A 600Vcc e um DPS (Dispositivo de Proteção
contra Surto) 1000Vcc 40Ka para cada string vinda dos módulos (três no total). Já o lado CA
contará com um disjuntor bipolar de 32 A CA e dois DPS 275 Vca 50 kA para cada inversor (dois
no total). O posicionamento dos componentes que compõem o quadro elétrico pode ser
observada a partir da imagem abaixo, atenção deve ser dada ao tipo de circuito que o
componente pertence, não podendo ser misturados circuitos CC com circuitos CA.

11.12 – ISOLAÇÃO GALVANICA E ATERRAMENTO

Ambos os inversores relacionados no projeto contam com isolação galvânica interna, tal fato
acontece quando dois circuitos devem se comunicar porem seus terras devem estar em
diferentes potenciais. É um método eficaz de separar os circuitos, prevenindo que correntes
indesejadas fluam entre duas seções que compartilham um mesmo terra. A isolação galvânica
também é utilizada para segurança evitando assim choques acidentais.

Abaixo podemos tirar como referência a isolação galvânica presente em um transformador,


embora seja um equipamento distinto ao qual estamos trabalhando focamos no seu
funcionamento, e pode ser utilizado como referência.

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11.13 – SISTEMA DE MONITORAMENTO

Os inversores relacionados ao projeto estão habilitados ao sistema de monitoramento remoto


via WIFI, sendo necessário a configuração após a instalação do equipamento em campo. Após a
instalação e configuração do equipamento o usuário e técnico responsável pelo sistema terão
acesso a um login e senha, ao qual dará acesso a página de monitoramento do sistema, sendo
possível obter relatórios de geração e de possíveis erros. Devido a conectividade dos inversores
também é possível realizar a atualizar do firmware remotamente caso seja disponibilizada pelo
fabricante do equipamento, sendo necessário uma pessoa física no local para manter a
integridade e garantir que o equipamento estará ligado durante todo o processo.

Abaixo segue uma tela de modelo de como funciona o monitoramento, lembrando que os dados
reais somente estarão disponíveis após a instalação e configuração dos inversores.

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11.14 – VERIFICAÇÕES

Conforme apresentação da tabela abaixo, todos os itens relacionados para o projeto atendem
aos valores informados pelos fabricantes, garantindo assim seu funcionamento e garantia
dentro das normas presentes em vigor.

DIMENSIONADO FABRICANTE STATUS


Tensão string01 para inversor 01 184,8 V 600 V OK
Tensão string02 para inversor 02 338,8 V 750 V OK
Tensão string03 para inversor 02 338,8 V 750 V OK
Corrente string01 para inversor 01 8,75 A 10 A OK
Corrente string02 para inversor 02 8,75 A 15 A OK
Corrente string03 para inversor 03 8,75 A 15 A OK
Potência total (Pmax) entrada Inversor 01 1620 W 1800 W OK
Potência total (Pmax) entrada Inversor 02 5940 W 6000 W OK
Tensão saída CA Inversor 01 220 V 220 V OK
Tensão saída CA Inversor 02 220 V 220 V OK
Corrente máxima saída CA (Cabeamento) 22 A 50 A OK
Corrente máxima disjuntores CC 8,75 A 32 A OK
Corrente máxima disjuntor CA 22 A 32 A OK

Após verificações dos componentes verificamos quais serão as quedas de tensões existentes no
cabeamento, tanto dos módulos para o inversor, como do inversor até o ponto de conexão com
a rede.

Circuitos CC
Cto. Origem Destino Distância Bitola Proteção Resistência Tensão Nom. Isc Máx. ΔV
CC1 String 1 Inversor 1 25m 6mm² DPS 5,09Ω/km 184,7Vcc 9,32A 2,37V 1,3%
CC2 String 2 Inversor 2 25m 6mm² DPS 5,09Ω/km 338,8Vcc 9,32A 2,35V 0,7%
CC3 String 3 Inversor 2 30m 6mm² DPS 5,09Ω/km 338,8Vcc 9,32A 2,84 0,8%

Nota: O limite máximo para queda nos condutores CC é de 3% de acordo com a norma IEC/TS
62548:2013.
Circuitos CA
Cto. Origem Destino Distância Bitola Proteção Resistência Tensão Nom. Isc Máx. ΔV
CA1 Inversor 1 QDG 30m 6mm² DJ 32A 5,09Ω/km 220Vca 7A 1,42V 0,7%
CA2 Inversor 2 QDG 20m 6mm² DJ 32A 5,09Ω/km 220Vca 22A 4,47V 2%

Nota: O limite máximo para queda nos condutores CA é de 4% de acordo com a norma ABNT
NBR 5410:2013. (Tensão Nominal CA – 220Vca)
De acordo com a norma ABNT NBR 5410:2004, temos as seguintes classificações e
fatores de correção para o ponto de maior carregamento:
 Método de Instalação: B1 (eletroduto e cabos unipolares);
 Fator de Correção por Temperatura: 0,71

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 Fator de Agrupamento: 0,57
 Capacidade de cabo 6mm² isolado em PVC: 32A @ 30⁰C, B1 e 2 condutores carregados;
Considerando estes casos extremos, as capacidades dos cabos de 6mm² ficaria reduzida
para 23A, portanto atendendo aos valores máximos desta instalação (9,32A no lado CC e 22A no
lado CA).
No ramal de entrada geral, a instalação elétrica original possui fios de 25mm² (1,72Ω/km
@ FP=0,95) para os cabos de força (3 fases e o neutro). A distância total entre a entrada no
ponto de conexão com a rede da concessionária e o stringbox é de 20 metros. Desta forma, para
uma potência máxima injetada de 7.560W, a corrente máxima seria de 22A, consequentemente
teremos uma queda máxima de:
ΔV = 22A x 1,72Ω/km x (2 x 0,020km) = 1,51V que representa 0,7% de queda percentual.
Mesmo considerando um consumo interno nulo, os cabos de entrada suportariam a
corrente máxima injetada com uma queda inferior a 4% entre o ponto de conexão com a rede
da ENERGISA e o ponto de conexão (limite imposto pela ABNT NBR 5410:2013).

11.15 – REGISTRO INMETRO

Tanto os inversores como os módulos possuem registro INMETRO e diversos certificados


internacionais, sendo abordado neste projeto unicamente o registro de caráter nacional. Abaixo
pode ser conferido a validade dos registros necessários.

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Toda documentação aqui apresentada foi retirada diretamente do portal do inmetro pode ser
acessado através do endereço: www.inmetro.gov.br

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11.16 – PADRÃO DE ENTRADA

O padrão de entrada atende as normas impostas pela ENERGISA, a única alteração necessária
para ligação efetiva do gerador fotovoltaico é a substituição do relógio analógico para o
bidirecional ou a instalação de um segundo relógio, que possua a habilidade de contabilizar a
energia recebida e a energia enviada. O padrão de entrada conta com poste de concreto
embutido ao muro com o visor de medição voltado para a calçada com fácil acesso, próximo ao
medidor deverá ser colocada sinalização de maneira a orientar as partes interessadas que o
imóvel está fornecendo energia.

Abaixo podemos conferir uma foto do padrão de entrada atual.

O diagrama abaixo representa o padrão de entrada juntamente com uma amostra do medidor,
o disjuntor geral não precisa ser alterado, pois a potência máxima do sistema não ultrapassa o
a demanda do imóvel, permanecendo assim inalterado.

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12 - CONCLUSÕES

O projeto de energia fotovoltaica visa viabilizar e dar as condições necessárias para a instalação
do sistema de maneira segura e correta tanto para o cliente como para a concessionária. Todos
os tópicos aqui citados foram analisados com base nesta instalação, podendo haver variações
decorrentes de mudança climática e social. Vale ressaltar q o valor de energia gerado pelo
sistema não é padronizado, sendo influenciado por diversos fatores de caráter incontrolável,
caso o consumo do imóvel venha a subir após a implantação do sistema consequentemente
haverá um aumento no valor da conta de energia, tal situação deve ser repassada e
acompanhada com o cliente para a extinção de problemas futuros. Conclui-se que a obra de
implantação é viável tanto do ponto de vista econômico quanto social e deve ser acompanhada
de perto durante o início da entrada em funcionamento afim de verificar se a geração em campo
condiz com a proposta informada e também verificar possíveis problemas na geração.

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