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(MEMORIAL DESCRITIVO)
Proprietário:
Endereço:
Este memorial tem por objetivo descrever o projeto de instalação elétrica de um sistema de
microgeração fotovoltaica (FV) do tipo on grid em uma unidade consumidora residencial. A edificação
está localizada na _________________________________________________ (ver Folha 1 do
anexo).
Serão instaladas 3 sistemas FV com capacidade individual de 3kW, um deles com os
módulos FV voltados para o norte, outro para o leste e o terceiro para o oeste.
Neste documento não será abordado o dimensionamento do sistema de microgeração no
ponto de vista de eficiência solar energética no local da edificação bem como o estudo do retorno
financeiro sobre o investimento realizado.
Proprietário
Contratante
Projeto Microgeração de Energia
Endereço
Município
Concessionária de Energia AES Eletropaulo
Tarifa B1 – Residencial
Classe Residencial
Número da Instalação
Medidor
Tensão de Distribuição (Alimentação) 240Vac/120Vac
Proteção Geral 125A
Número de Fases 2
Condutores do Ramal de Ligação 25mm²
Consumo Médio Mensal 1000kWh
Capacidade de Instalada 3 x GFV de 3kW cada
Energia Fotovoltaica 900kWh
NT-6.012, Requisitos Mínimos para Interligação de Microgeração e Minigeração Distribuída com Rede
de Distribuição da AES Eletropaulo com Paralelismo Permanente através do Uso de Inversores –
Consumidores de Média e Baixa Tensão (Revisão 02 de 24/03/2015).
ABNT NBR 5410:2004, Instalações elétricas de baixa tensão.
ABNT NBR 16149:2013, Sistemas Fotovoltaicos (FV) - Características da interface de conexão com a
rede elétrica de distribuição.
IEC/TS 62548:2013, Technical Specification. Photovoltaic (PV) arrays – Design requirements.
4) MÓDULOS FOTOVOLTAICOS
Parâmetro CS6P-255P
Potência Máxima 255W
Tensão Máxima (Vmp) 30,2V
Corrente Máxima (Imp) 8,43A
Tensão de Circuito Aberto (Voc) 37,4V
Corrente de Curto Circuito (Isc) 9,00A
Eficiência 15,85%
Temperatura de Operação -40ºC à +85ºC
Tensão Máxima do Sistema 1000V (IEC) / 600V (UL)
Corrente Máxima de Proteção (Fusível) 15A
Classificação de Operação Classe A
Tolerância de Energia 0 à +5W
Certificado do INMETRO 002865/2014
Nota: Características adicionais no catálogo anexo.
Foram dimensionados 36 módulos FV arranjados em 3 grupos de 12 módulos em série (ou 3
strings de 12 módulos cada) com o intuito de gerar a energia proposta e obter a tensão CC adequada
para a entrada do cada inversor (serão usados 3 inversores).
Os módulos serão fixados através de estruturas metálicas de alumínio anodizado com alta
resistência à corrosão. Elas serão montadas diretamente sobre os telhados através de parafusos auto
atarraxantes que se fixam na estrutura de madeira que o sustenta, proporcionando uma alta
resistência a ventos. Todos os pontos de fixação perfuram as telhas cerâmicas e, portanto foram
vedadas com silicone (ver layout do posicionamento dos módulos na Folha 3 do anexo).
5) INVERSORS FOTOVOLTAICOS
Serão utilizados 3 inversores FV modelo PHB3000-SS que possuem potência nominal de 3kW
cada, limitando a potência máxima injetada em 9kW. A injeção será feita entre as 2 fases da instalação
(L1 e L2) no quadro de distribuição principal.
Inversor Nº Potência Instalada
1 (Leste) 3000W
2 (Norte) 3000W
3 (Oeste) 3000W
Total 9kW
Eles serão instalados em uma parede externa protegidos por beiral conforme ilustrado na Folha
7. As características resumidas do inversor estão apresentadas na tabela abaixo bem como os ajustes
realizados para adequação a rede local (consultar o catálogo anexo para obter informações
adicionais):
Parâmetro PHB3000-SS
Potência de Entrada Máxima (CC) 3200W
Tensão de Entrada Máxima (CC) 500Vcc
Faixa de Operação SPMP (MPPT) 125Vcc à 450Vcc
Tensão CC de Partida 125Vcc
Corrente CC Máxima 18A
Número de Strings 1
Consumo em Standby 5W
Potência CA Nominal 3000W
Corrente CA Máxima 15A
Saída Nominal CA (Ajuste) 240Vca (Fases L1 e L2 da rede bifásica)
Faixa de Proteção de Subtensão CA 187,2Vca a 196,8Vca
6) QUADRO DE PROTEÇÃO
Será instalado um quadro de proteção, conhecido como String Box, para cada inversor com
proteções na entrada CC (módulos FV até o inversor) e na saída em CA (do inversor até a rede da
concessionária), conforme esquema elétrico e bay face apresentado na Folha 6 e catálogo anexo.
A parte CC é projetada para absorver surtos provenientes de descargas atmosféricas que
possam incidir diretamente sobre os módulos fotovoltaicos e propagar até a entrada do inversor. A
proteção é executada por Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPS/600Vcc/40kA, ver catálogo
anexo). Este circuito é protegido por 2 fusíveis de 15A do tipo cartucho (um em cada polo) com curva
de proteção e nível de interrupção adequados para a aplicação em geração FV (ver catálogo anexo).
Um disjuntor bipolar de 32A/600Vcc permite o desligamento da entrada do inversor para execução de
serviço de manutenção.
O lado CA é composto por um disjuntor bipolar de 20A e dois Dispositivos de Proteção
contra Surto (DPS/275Vca/20kA/Classe II). Esta proteção faz parte do segundo estágio de absorção
de surtos, sendo o primeiro de maior capacidade (Classe I), está localizado no quadro geral de
entrada, próximo ao medidor de energia (ver item 10).
9) ESTRUTURAÇÃO DE CABEAÇÃO
Todos os cabos serão instalados em eletrodutos aparentes apropriados para sua aplicação
(uso externo exposto à insolação, ou internos sob o telhado ou aparente em parede). O desenho
anexo (Folha 5) ilustra o posicionamento dos eletrodutos no telhado da residência e identifica os cabos
contidos em cada trecho. Além desta proteção, todos os cabos de força CC e aterramento que serão
usados na instalação dos módulos são apropriados para instalação externa, sujeitos à insolação e
intempéries (vide catálogo anexo dos cabos Condumax).
Um tubo de PVC rígido de 2” conduz os cabos de força e de aterramento entre os inversores
FV instalados em uma parede externa e a parte interna do telhado através de um furo na laje. Sob o
telhado, os circuitos CC e CA são derivados em uma caixa de passagem, orientando os circuitos CA
para o quadro de distribuição principal da residência (vide anexo na Folha 8), onde a energia FV
gerada será injetada (Ponto Comum de Conexão com a Rede). Os cabos CC são guiados para os 3
strings de módulos. Uma caixa de passagem e uma eletrocalha aparente de 30x50mm em PVC
abrigam os cabos entre o eletroduto rígido e os string boxes.
Nota: O limite máximo para queda nos condutores CC é de 3% de acordo com a norma IEC/TS
62548:2013. (Tensão Nominal CC = 12 x 30,2Vcc = 362,4Vcc)
Circuitos CA
Cto. Origem Destino Distância Bitola Proteção Resistência Tensão Nom. Corrente Máx. ΔV
CA1 Inversor 1 QDG 15m 6mm² DJ 20A 6,10Ω/km 240Vca 15A 2,75V 1,2%
CA2 Inversor 2 QDG 15m 6mm² DJ 20A 6,10Ω/km 240Vca 15A 2,75V 1,2%
CA3 Inversor 3 QDG 15m 6mm² DJ 20A 6,10Ω/km 240Vca 15A 2,75V 1,2%
Nota: O limite máximo para queda nos condutores CA é de 4% de acordo com a norma ABNT NBR
5410:2013. (Tensão Nominal CA – 240Vca)
De acordo com a norma ABNT NBR 5410:2004, temos as seguintes classificações e fatores de
correção para o ponto de maior carregamento:
Método de Instalação: B1 (eletroduto aparente e cabos unipolares);
Fator de Correção por Temperatura: 0,71 (isolação em PVC e temperatura ambiente máxima
de 50⁰C);
Fator de Agrupamento: 0,57 (para 6 circuitos instalados em eletroduto aparente);
Capacidade de cabo 4mm² isolado em PVC: 32A @ 30⁰C, B1 e 2 condutores carregados;
Capacidade de cabo 6mm² isolado em PVC: 41A @ 30⁰C, B1 e 2 condutores carregados.
Considerando estes casos extremos, as capacidades dos cabos de 4mm² e 6mm² ficaria
reduzidas para 13A e 16,6A respectivamente, portanto atendendo aos valores máximos desta
instalação (8,43A no lado CC e 15A no lado CA).
No ramal de entrada geral, a instalação elétrica original possui fios de 25mm² (1,72Ω/km @
FP=0,95) para os cabos de força (2 fases e o neutro). A distância total entre a entrada aérea no ponto
de conexão com a rede da concessionária e o quadro de distribuição geral é de 35m (passando pelo
quadro de entrada com o medidor). Desta forma, para uma potência máxima injetada de 9000W, a
corrente máxima seria de 37,5A, consequentemente teremos uma queda máxima de:
ΔV = 37,5A x 1,72Ω/km x (2 x 0,035km) = 4,5V que representa 1,9% de queda percentual.
Mesmo considerando um consumo interno nulo, os cabos de entrada suportariam a corrente
máxima injetada com uma queda inferior a 4% entre o ponto de conexão com a rede da AES
Eletropaulo e o ponto de injeção (limite imposto pela ABNT NBR 5410:2013).
Um equipamento para armazenagem de dados será instalado ao lado dos inversores com o
objetivo de armazenar os dados de energia gerada e outros parâmetros funcionais dos inversores (ver
catálogo anexo). Este dispositivo é alimentado por um adaptador de tensão (90Vca~260Vca/9V-1A) e
a comunicação com os inversores é realizada através de interface RS485. Uma interface Ethernet
será conectada a um roteador para conexão à rede WiFi local, permitindo a leitura remota dos
parâmetros do sistema de geração através de softwares apropriados para computadores ou APPs
para tabletes e celulares. O bay face ilustrado na Folha 7 mostra o posicionamento deste registrador
(PHB Logger).
A – Ampere
APPs – Application Softwares (programas desenvolvidos para dispositivo eletrônico móvel)
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
CA – Corrente Alternada
CC – Corrente Contínua
cj - Conjunto
DJ – Disjuntor
DPS – Dispositivo de Proteção contra Surtos
FS – Fusível
FV – Fotovoltaico
GFV – Gerador Fotovoltaico
IP – Grau de Proteção
k – kilo (x103)
LSHF – Low Smoke Halogen Free
m – metro
mm – milímetro
MPPT – Maximum Power Point Tracker
PCC – Ponto Comum de Conexão com a Rede
pcs – peça
PE – Proteção Elétrica
PVC – Policloreto de Vinila
QDG – Quadro de Distribuição Geral
s – segundos
SPMP – Seguimento do Ponto de Máxima Potência
V – Volt
W – Watt
Wh – Watt-Hora
WiFi – Wireless Didelity
Wp – Watt peak
Δ – Delta, significa variação
Ω - Ohm
“ – polegadas