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Curso de Projeto

de Energia Solar FV
_______
Setembro/2022

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CONHECIMENTO É A NOSSA ENERGIA

Somos uma empresa de geração, transmissão e

distribuição de CONHECIMENTO!

A experiência e o conhecimento nos permite


SERVIÇOS TREINAMENTOS
assessorar nossos parceiros a entregarem

projetos de energia solar com excelência!

Possuímos 3 unidade de negócios, sendo elas:

Comunicação e Mídia, Cursos e Treinamentos e

Prestação de Serviços Especializados COMUNICAÇÃO E MÍDIA

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CONHECIMENTO É A NOSSA ENERGIA

Bruno Henrique Kikumoto de Paula


Engenheiro Eletricista (UDESC-SC) Mestrado em Engenharia Elétrica
(UNICAMP).

Atuou como gerente projetos de equipamentos eletrônicos da linha


branca na Whirpool Brasil de 2007 a 2016. Atuou na Whirlpool Co.
EUA em Iowa (expatriado) de 2011 a 2013, atuando em projetos de
Smart-Grids, em cooperação com programas do DOE (Department of
Energy USA).

Atuou como engenheiro projetista de energia solar na Etapa Energia


de 2017 a 2019, atuando como Responsável Técnico no projeto,
execução e comissionamento de micro e minigeração GD.

É professor nos cursos de Energia Solar da UNICAMP desde 2016.


Atualmente é Diretor Executivo e Sócio do Canal Solar, empresa de
comunicação, consultoria e treinamento em energia solar
fotovoltaica.

canalsolar.com.br
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Fatos sobre a
geração de
energia elétrica

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Página 2
Fatos sobre a geração de energia elétrica

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Fatos sobre a geração de energia elétrica

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Fatos sobre a geração de energia elétrica
• Geração de energia elétrica no Brasil por fonte

Geração de Eletricidade no Brasil por Fonte

SOLAR

Fonte: https://www.iea.org

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ENERGIA SOLAR PRESENTE E FUTURO

https://about.bnef.com/new-energy-outlook/

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GERAÇÃO CENTRALIZADA VS. DISTRIBUÍDA

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MERCADO REGULADO E MERCADO LIVRE


ACR – MERCADO CATIVO ACL – MERCADO LIVRE

GERAÇÃO GERAÇÃO PRODUTOR AUTO-PRODUTOR


CENTRALIZADA DISTRIBUÍDA INDEPENDENTE DE ENERGIA (APE)
DE ENERGIA (PIE)

TELHADOS FAZENDAS
CONSUMO SOLARES
USINAS SOLARES PRÓPRIO COMPARTILHA
PARQUES SOLARES PARQUES SOLARES
VENDA DA ENERGIA MENTO
COMERCIALIZAÇÃO DE CONSUMO PRÓPRIO /
EM LEILÕES ENERGIA VENDA DOS EXCEDENTES

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Tipos de
sistemas
fotovoltaicos

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Primeiras aplicações
Primeiras aplicações para energia fotovoltaica foram na área aeroespacial, sendo a
primeira nave a Vangard 1, lançada em 1958

Vanguard 1 Estação Espacial Internacional


(o satélite mais antigo ainda em órbita)

Primeira Primeira
instalação Usina Solar
comercial Fotovoltaica
terrestre se
deu no
Japão em
1966, no
farol da ilha
Ogami
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Tipos de sistemas fotovoltaicos
Sistemas grid-tie ou on-grid: são sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica,
que têm a função de produzir energia em paralelismo com a rede elétrica. São
usados em locais atendidos pela rede de distribuição de energia elétrica.

Unidade Unidade
Consumidora (UC) Consumidora (UC)

Rede Pública

Medidor de
energia

Inversor CC-CA Painéis solares Inversor CC-CA Painéis solares

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Sistemas grid-tie ou on-grid: principais componentes

Módulos ou Inversor CC-CA: String-box:


painéis Converte a Quadro elétrico
fotovoltaicos: energia de que conecta os
Convertem a corrente contínua módulos
energia da luz para alternada fotovoltaicos ao
em eletricidade inversor

Cabos e Sistemas de fixação: Usados para


conectores: fixar os módulos fotovoltaicos ao
Conectam os telhado ou ao solo. Um tipo de
módulos sistema deve ser usado para cada
fotovoltaicos à tipo de telhado ou superfície (laje,
string-box e ao solo), conforme a necessidade.
inversor.

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Sistemas grid-tie ou on-grid: exemplos de aplicações

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Sistemas off-grid ou autônomos: são sistemas com baterias, que trabalham


desconectados da rede elétrica. São usados em locais não atendidos pela rede
elétrica. Necessariamente esses sistemas precisam de baterias para poder
disponibilizar energia em horários de baixa geração solar ou no período noturno.

Consumidor
alimentado em
tensão alternada

Inversor CC-CA Baterias Controlador de Painéis solares


carga

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Sistemas off-grid ou autônomos: principais componentes

Módulos ou Inversor CC-CA: String-box:


painéis Converte a Quadro elétrico
fotovoltaicos: energia de que conecta os
Convertem a corrente contínua módulos
energia da luz para alternada. fotovoltaicos ao
em eletricidade. inversor.

Controlador de carga: Banco de baterias:


Conecta os módulos Armazena energia para
fotovoltaicos ao banco ser usada em horários
de baterias. Realiza o de pouca geração solar
controle das carga das ou no período noturno.
baterias, evitando É um elemento
sobrecarga ou essencial no sistema
descarga excessiva. off-grid.

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Sistemas off-grid ou autônomos: exemplos de aplicações

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Sistemas fotovoltaicos híbridos: são sistemas que trabalham conectados à rede
elétrica e, além de serem alimentados por painéis solares, permitem o
armazenamento e o fornecimento de energia através de bancos de baterias. São
usados em locais atendidos pela rede elétrica. As baterias permitem o
gerenciamento do uso da energia (evitando, por exemplo, o consumo de energia da
concessionária em horário de ponta) e também possibilitam a operação ilhada.

Rede CA Cargas
alimentadas em
tensão alternada

Gerador
a diesel

Inversor CC-CA Painéis solares Inversor de bateria Baterias

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Sistemas fotovoltaicos híbridos: principais componentes

Módulos ou Inversor CC-CA String-box:


painéis grid-tie: Converte Quadro elétrico
fotovoltaicos: a energia de que conecta os
Convertem a corrente contínua módulos
energia da luz para alternada. fotovoltaicos ao
em eletricidade. inversor.

Inversor CC-CA para uso com


Banco de baterias: Armazena
baterias: No modo on-grid, armazena
energia para ser usada em horários
energia nas baterias e descarrega (retira
de pouca geração solar ou no
energia da rede ou injeta de volta). No
período noturno, evitando consumo
modo off-grid (quando o sistema está
de energia da rede elétrica ou
ilhado), fornece tensão alternada para
servindo como fonte principal
alimentação de cargas locais.
quando o sistema estiver operando
no modo ilhado.

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Sistemas fotovoltaicos híbridos: exemplos de aplicações

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Conceitos básicos
de eletricidade

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Tensão elétrica
• Tensão é a diferença de potencial medida entre dois terminais de uma fonte elétrica
• Exemplos de fontes: bateria, pilha, rede elétrica, módulo fotovoltaico
• A tensão é medida em volts [símbolo: V]
• Nome popular da tensão elétrica: “voltagem”

A tensão pode ser


medida com um
multímetro no V
modo “voltímetro”.

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Corrente elétrica
• Intensidade de corrente elétrica é quantidade de carga elétrica que circula em um condutor por
unidade de tempo
• Em linguagem simples, a intensidade da corrente é uma medida da quantidade de elétrons que se
deslocam por um condutor durante um determinado intervalo de tempo
• A corrente elétrica existe em um circuito fechado no qual existem uma fonte de tensão e uma carga
• A intensidade da corrente elétrica é medida em ampères [símbolo: A]
• Nome popular da tensão elétrica: “amperagem”

A intensidade da
corrente pode ser
A
medida com um
multímetro no modo
“amperímetro”.

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Potência elétrica
• Potência é o produto da tensão [V] e da
intensidade de corrente elétrica [A]
Potência reativa
• A potência elétrica expressa a quantidade de (apenas ocupa espaço)
energia consumida ou produzida por um [Var]
equipamento em um dado intervalo de tempo.
Em resumo: potência é a energia dividida pelo
tempo. Potência
aparente
• São conhecidos três tipos de potência elétrica : [VA]
 Potência ativa, medida em watt [W]: é a potência Potência ativa (útil)
[W]
útil de uma instalação elétrica. É a potência que
é convertida, transformada ou utilizada.
 Potência reativa, medida em volt-ampère reativo
[Var]: é a energia que não se transforma e não é
utilizada no circuito. A potência reativa apenas
circula pelas instalações elétricas, ocupando
espaço nos condutores elétricos. É uma potência
não útil.
 Potência aparente, medida em volt-ampère [VA]:
é a soma das potências ativa e aparente.
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Watt [W] e watt-hora [Wh]

Watt (W) é uma unidade de potência. O W é maiúsculo.


Um quillowatt (kW) é igual a 1.000 W. O k é minúsculo.
Um megawatt (MW) é igual a 1.000.000 W. O M é maiúsculo.

Watt-hora (Wh) é uma unidade de energia. A energia depende do tempo. Por isso colocamos a hora (h)
na frente do watt (W).

Você também pode dizer “watt vezes hora” (não é comum, mas está correto). Só não diga “watt/hora”. Watt
por hora não existe!

Você também pode usar o quilowatt-hora (kWh). Um kWh é igual a 1.000 Wh.

Potência da Ligada por 10 horas: consome 200 Wh


Exemplo: lâmpada = Ligada por 100 horas: consome 2000 Wh
20W

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Radiação solar

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Radiação solar Radiação solar é a radiação eletromagnética


emitida pelo Sol. É a principal fonte de energia
• O que é radiação solar do planeta Terra.

Essa radiação é percebida pelos seres vivos


como luz e calor.

Uma parte da radiação solar é o que


chamamos de luz visível.

Uma parte da radiação solar é usada pelas


plantas na realização da fotossíntese.

A radiação solar infravermelha pode ser usada


para produzir calor nos sistemas térmicos.

A radiação solar visível e uma parte da


radiação infravermelha podem ser usadas
pelas células fotovoltaicas para produzir
eletricidade.
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Radiação solar
• Espectro da radiação solar
Eixo Radiação Radiação Radiação
vertical: ulta-violeta visível infavermelha As células fotovoltaicas conseguem
absorver a parte visível da radiação
Potência solar eu um poco da radiação
da luz infravermelha
solar
Uma grande parte da radiação solar
não é absorvida pelas células
fotovoltaicas

Por isso a eficiência de conversão


não é de 100%. A eficiência das
melhores células gira em torno de
20%. Ou seja, 20% de toda a
energia da luz solar é convertida em
eletricidade pelas células.

Eixo horizontal: comprimento de onda da luz (em micrômetros = milionésimos de metro)


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Radiação solar

• Massa de ar Massa de ar é a espessura da


camada atmosférica atravessada
pelos raios solares.

Nos locais próximos do equador os


raios atravessam uma massa de ar
reduzida, pois os raios solares
incidem de forma perpendicular.

Massa de ar Nos locais próximos aos polos do


AM1.0 planeta os raios atravessam uma
massa de ar maior, pois os raios
incidem de forma inclinada.
Massa de ar
AM1.5 A massa de AM1.5 é a massa
padronizada pela indústria
fotovoltaica.

A massa de ar altera o espectro da


radiação solar (que mostramos nos
slides anteriores).

Os módulos fotovoltaicos são


testados de acordo com um padrão
espectral AM1.5.
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Radiação solar

• Ângulos solares

Ângulo azimutal do Sol: é o


ângulo da posição solar em
relação ao Norte geográfico.

Ângulo da altura solar: é a


altura solar expressa em graus
angulares em relação ao plano
do local de observação.

Ângulo zenital: é o
complemento da altura solar. É
o ângulo da posição solar em
relação à linha do zênite (linha
perpendicular ao ponto de
observação).

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Radiação solar

• Instrumentos de medição da radiação solar


O que podemos medir: irradiância (potência ou intensidade da luz solar expressa em W/m2 (watts por metro quadrado)

Piranômetro: mede a irradiância Pireliômetro: mede a irradiância Célula fotovoltaica de precisão: célula fotovoltaica
global (difusa + direta) da luz solar. da luz solar direta. calibrada, usada para medições da irradiância em
sistemas de monitoramento. Tem uma resposta
espectral inferior à do piranômetro e do pireliômetro.

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Radiação solar

• Instrumentos de medição da radiação solar


Estação solarimétrica: reúne vários instrumentos (piranômetro, pireliômetro, termômetro, anemômetro, higrômetro etc).

Estação
solarimétrica
científica: usada em
estações
meteorológicas e
centros de pesquisa.
Reúne um conjunto de
instrumentos de
precisão.

Datalogger: é o
componente da estação
solarimétrica que
registra as medições
efetuadas. Os dados
podem ser transmitidos
ou armazenados em um
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cartão de memória.
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Radiação solar Direta: incide perpendicularmente à superfície coletora, com todos os


raios na mesma direção. É o tipo de radiação que existe em dias de céu
limpo e azul.
• Radiação direta, difusa e global Difusa: radiação espalhada pela atmosfera e refletida por objetos. Não
tem uma direção definida. É o tipo de radiação preponderante nos dias
nublados.

Global: Toda a radiação que incide sobre uma superfície coletora. É a


soma da difusa e da direta.

Radiação Direta Radiação Difusa

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Prof. Marcelo Gradella Villalva - UNICAMP

Radiação solar

• Mapa solarimétrico

Mapa da irradiação solar do


Brasil em Wh/m2/dia, ou
Wh/(m2.dia), ou seja, a
quantidade de energia
(watts-hora) recebida do
Sol por cada metro
quadrado de área durante o
Wh período de um dia.

1 m2 1 kWh =
1000 Wh
Fonte:
Global Solar Atlas

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Radiação solar

• Bases de dados solarimétricos disponíveis na internet: https://globalsolaratlas.info

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Radiação solar

• Bases de dados solarimétricos disponíveis na internet: http://www.cresesb.cepel.br (Sundata)

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Radiação solar

• Dicionário: radiação, irradiância e irradiação

Radiação: são as ondas eletromagnéticas


emitidas pelo Sol em direção à Terra.

Irradiância: é a potência (intensidade) da


luz solar medida em W/m2 (watts por
metro quadrado).

Irradiação: é a energia solar incidente em


uma superfície durante um determinado
intervalo de tempo, medida em Wh/m2
(watts-hora por metro quadrado).

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Página 19
Células
fotovoltaicas

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Junção semincondutora e o efeito fotovoltaico

LUZ

ELETRICIDADE

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Célula fotovoltaica monocristalina: fabricação
• Purificação do silício

Matéria prima: Silício grau metalúrgico (produzido Silício grau semicondutor


90% silício no Brasil): (ultrapuro):
98% - 99% silício 99,9999% silício

O silício (símbolo: Si) é o principal material usado na fabricação de


componentes eletrônicos e células fotovoltaicas. O silício deve ter um
elevado grau de pureza para ser usado com essas finalidades.
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Célula fotovoltaica monocristalina: fabricação

Lingote monocristalino

• As células de silício
monocristalino são feitas
através do corte de uma
fina fatia de um lingote
de silício cristalino.

• Cada célula que compõe


um módulo fotovoltaico é
confeccionada com uma
fatia do lingote. Essa fatia
tem o nome de wafer
(bolacha).

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Célula fotovoltaica monocristalina: fabricação

Processo de Czochralski de crescimento de


lingote monocristalino

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Célula fotovoltaica monocristalina: fabricação


• Wafers ou bolachas monocristalinas: fatias de silício obtidas pela serragem do lingote monocristalino

Lingote Lingote
crescido fatiado
(wafer)

Wafers
monocristalinos

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Célula fotovoltaica monocristalina: fabricação
• Célula monocristalina acabada

Célula
metalizada:

Metalização: Pasta de prata:

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Célula fotovoltaica policristalina: fabricação


• Tecnologia multicristalina ou policristalina

As células de silício
policristalino são
confeccionadas a partir de
lingotes brutos,
policristalinos.

Os lingotes são formados


por um aglomerado de
pequenos cristais
derretidos.

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Página 23
Célula fotovoltaica policristalina: fabricação
• Fabricação do lingote policristalino

Recipiente

Silício cristalizado

Revesti Interface sólido-


mento líquido
Aquecedor

Resfria
-mento

Silício
derretido

Forja Cristalização
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Célula fotovoltaica policristalina: fabricação


• Lingotes policristalinos

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Página 24
Célula fotovoltaica policristalina: fabricação
• Wafers policristalinos e célula policristalina

Wafers
policristalinos Comparação
mono x poli

Célula
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policristalina
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Novas tecnologias de células cristalinas


• Silício policristalino de alta eficiência ou quase-monocristalino

O processo de fabricação de uma célula fotovoltaica cristalina (mono


ou poli) começa com a produção do lingote monocristalino ou
policristalino (etapa 2), de onde são extraídos os wafers pelo O processo de fabricação do silício cast-mono é uma
processo de serragem. Os wafers depois são dopados e vão se adaptação do processo de fabricação do silício
transformar em células. policristalino, com a adição de uma base
monocristalina que funciona como semente de
crescimento de cristais. O resultado são wafers (e
É vedada a reprodução ou
células) quase-monocristalinas.
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Células cast mono: fabricação
• Silício policristalino de alta eficiência ou quase-monocristalino

Aspectos de células cast-mono em módulos fotovoltaicos disponíveis comercialmente. As células são


praticamente monocristalinas, mas podem existir algumas manchas resultantes do fatiamento de
grãos policristalinos. Fotos: Ricardo Loureiro (Crivan Solar Energy)
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Exemplo de módulo PERC comercial.


Novas tecnologias de células cristalinas
• Células PERC

A tecnologia PERC consiste no acréscimo de


camadas adicionais de passivação na estrutura
das células fotovoltaicas. Essa passivação reduz
a perda de elétrons nas bordas da célula e
também possibilita a reflexão interna dos raios
solares, o que também contribui para o aumento
da eficiência. Com a tecnologia PERC é possível
fabricar células mais finas, portanto mais baratas,
mantendo-se a eficiência elevada.
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Página 26
Novas tecnologias de células cristalinas
• Células do tipo N
Dopagem
posterior

Wafer base
tipo N

A célula do tipo N é produzida com wafer do tipo N


(dopado com fósforo), enquanto o padrão usado na
indústria sempre foi a célula do tipo P (dopado com
boro).

A mudança em direção à tecnologia N representa um


desafio para a indústria, com alterações nos processos
produtivos. Existem dificuldades adicionais na fabricação
O processo de fabricação de uma célula fotovoltaica cristalina (mono do silício N, que tornam o processo mais desafiador.
ou poli) começa com a produção do lingote monocristalino ou
policristalino (etapa 2), de onde são extraídos os wafers pelo
processo de serragem. Os wafers depois são dopados e vão se As células N têm inúmeras vantagens: mais eficientes
transformar em células. pela eliminação do efeito LID (light induced degradation).

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Células fotovoltaicas de filmes finos


A família dos filmes finos inclui células e módulos
fabricados a partir de um processo de deposição de
partículas, como um spray.

A tecnologia de filmes finos é totalmente diferente


da tecnologia de células cristalinas.

Os filmes finos são fabricados em pequena escala e


correspondem a uma pequena parcela do mercado
mundial de módulos fotovoltaicos.

Algumas vantagens dos filmes finos:

Bom coeficiente térmico (sofrem menos com o


aumento da temperatura)

Permitem a fabricação de células e módulos em


substratos (bases) flexíveis.

Permitem a fabricação em grande escala, com custo


de produção reduzido.

Problemas dos filmes finos:


Ilustração do processo de
Baixa eficiência e baixa durabilidade (no caso dos fabricação de um filme fino
filmes finos orgânicos).
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Página 27
Células fotovoltaicas de filmes finos

Alguns materiais usados na fabricação


de filmes finos:

• Silício amorfo ou microcristalino


• Telureto de cádmio (CdTe)
• Cobre, índio, gálio e selênio (CIGS)
• Filmes orgânicos (OPV – organic
photovoltaic) sensibilizados com
corantes

Módulos flexíveis ou
com formatos curvos
são as aplicações mais
interessantes dos filmes
finos.

Módulos de filmes finos também podem ser rígidos

Além das células flexíveis ou em outros formatos, também é


possível encontrar módulos de filmes finos rígidos.

A tecnologias que mais se aproximam (em termos de eficiência)


dos módulos cristalinos são os filmes CdTe e CIGS.
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Telhas fotovoltaicas de filmes finos

Telhas fotovoltaicas do tipo CIGS são


uma aplicação muito interessante dos
filmes finos.

Apesar da menor eficiência do material


CIGS (em relação ao silício cristalino), a
possibilidade de aproveitar toda a área
do telhado para a geração de energia
torna a aplicação comercialmente viável.

Outras vantagens: telhas fotovoltaicas


dispensam o uso de telhas comuns e
não requerem os sistemas de fixação
usados nos módulos fotovoltaicos
convencionais.

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Página 28
Eficiências das diferentes tecnologias de células fotovoltaicas

Eficiência do módulo
fotovoltaico comercial
Tecnologia cristalina
(dominante no mercado)

Células tandem possuem 2 junções


(ou seja, são um sanduíche com duas
Filmes finos tradicionais camadas de células fotovoltaicas.

Células multijunção de alta eficiência


são usadas em aplicações
aeroespaciais. Por seu alto custo, não
Filmes finos orgânicos
usadas em aplicações terrestres.
(de plástico)

As células orgânicas (OPV – organic photovoltaic) são uma aposta promissora


para o futuro, pois vão permitir a fabricação de dispositivos fotovoltaicos em
alto volume. Por enquanto essa tecnologia proporciona apenas células de
baixa eficiência e com um tempo de vida útil muito limitado, pois as células
orgânicas sofrem degradação acelerada com a exposição a luz.
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Módulos
fotovoltaicos

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Página 29
Módulos fotovoltaicos: componentes

Moldura de alumínio

Vidro temperado frontal

Encapsulante (EVA)

Células fotovoltaicas conectadas em série

Encapsulante (EVA)

Folha traseira (Tedlar)

Caixa de junção elétrica

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Caixa de junção, cabos e conectores dos módulos fotovoltaicos

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Página 30
Módulos fotovoltaicos: componentes

Dentro dos módulos as células são ligadas em série. O


positivo de uma é ligado ao positivo da outra e assim
sucessivamente. A ligação série permite somar as tensões.
A tensão de saída (V, volts) de um módulo fotovoltaico é
igual à soma das tensões de cada uma das células.

Uma célula fotovoltaica As células são


sozinha produz pouca agrupadas em
energia. módulos.

Módulos fotovoltaicos
tipicamente possuem
60, 72 ou 144 células
e produzem mais
energia.

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Diodos de bypass alojados na caixa de junção


• Proteção contra hotspot (sobreaquecimento localizado das células)

Quando está em série com outras células que recebem iluminação


normal, a célula sombreada pode sofrer uma polarização reversa.
Nesta condição sua tensão fica negativa e ela passa a operar como
uma carga consumidora de energia, dissipando grande quantidade de
calor.

Nesta situação o diodo de bypass é polarizado, evitando o hotspot


(sobreaquecimento da célula sombreada) e ainda permitindo que a
parte do módulo não sombreada continue funcionando normalmente.
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Página 31
Tipos de módulos fotovoltaicos: standard, double-glass e bifaciais
Módulo standard (padrão)

• É o tipo mais comumente encontrado no mercado.


• Possui vidro na parte frontal e back sheet (folha traseira) de plástico banca na parte traseira.
• Possui moldura de alumínio.
• Recebe luz apenas pela parte frontal.

Módulo double-glass (vidro duplo)

• É uma evolução do módulo standard.


• Possui duas lâminas de vidro, na frente e atrás.
• Por ser mais rígido, dispensa a moldura de alumínio.
• A ausência de moldura minimiza o efeito PID (potencial induced degradation), responsável
pela degradação dos módulos fotovoltaicos.
• Por não ter back sheet traseiro, é mais durável.

Módulo bifacial (vidro duplo)

• É uma evolução do módulo double-glass.


• Possui células do tipo “bifaciais”, que são capazes de receber luz nos dois lados.
• Gera mais energia que os módulos standard ou double-glass comuns, pois consegue captar
luz pela parte traseira também.
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Módulos bifaciais

O ganho da
bifacialidade
depende do
ambiente onde o
módulo é instalado

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Página 32
Células bifaciais x convencionais
Célula fotovoltaica convencional

Célula fotovoltaica bifacial

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Módulos half-cell

• Módulos half-cell (meia célula) são fabricados com células fotovoltaicas cortadas ao meio.
• Enquanto um módulo convencional possui (por exemplo) 72 células, um módulo half-cell possui 144 células (que
na verdade são 144 meias células).
• Principal vantagem: o módulo fabricado com meias células é mais eficiente, pois possui menos resistências
ôhmicas internas.
• Os módulos half-cell são mais tolerantes a sombras, pois é como se fossem constituídos por dois meios módulos
ligados em paralelo. Se uma metade do módulo receber sombra, a outra metade continua funcionando.

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Página 33
Características elétricas dos módulos fotovoltaicos

Corrente de curto-
circuito
Corrente (ampères, A)

Potência (watts, W)
Tensão (volts, V) Tensão (volts, V)

Tensão de circuito
aberto
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Influência da intensidade da luz solar (irradiância)

Relação entre corrente e tensão do painel fotovoltaico


(curva IxV) em várias condições de radiação solar.
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Página 34
Influência da temperatura

Relação entre corrente e tensão do painel fotovoltaico (curva IxV) em várias


condições de temperatura.
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Leitura da folha
de dados do
painel solar

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Página 35
Características mecânicas do painel solar

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Características elétricas em STC e NOCT

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Página 36
Condições STC e NOCT

• A sigla STC refere-se à condição padrão de teste do painel (standard test condition).
• Todos os módulos fotovoltaicos são testados na fábrica e são especificados nas condições
STC padronizadas por organismos internacionais de certificação.
• Irradiância de 1000 W/m2 e temperatura de 25oC da célula solar

• Condição na temperatura normal de operação da célula (NOCT= normal operation


cell temperature)
• Tensões, correntes e potências do painel em condições reais de operação, com
temperatura ambiente de 20 oC , irradiância solar de 800 W/m2 e velocidade do vento
de
1 m/s.
• Em temperatura ambiente de 20 oC a célula vai estar tipicamente a 48 oC.

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Características elétricas com ganho da bifacialidade


(para módulos bifaciais)

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Página 37
Degradação de potência ao longo do tempo

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Coeficientes térmicos

A potência gerada e a tensão de saída


diminuem com o aumento da
temperatura

O coeficiente de tensão/temperatura é o mais


importante, pois define o aumento da tensão do
painel quando a temperatura diminui. Isso é
importante no dimensionamento dos sistemas.

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Página 38
Determinação das características elétricas do módulo: teste de flash de luz
• Permite determinar as características elétricas do módulos fotovoltaicos
(eficiência, potência, corrente de curto-circuito, tensão de circuito aberto)

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Vida útil do módulo fotovoltaico


• Fabricantes de módulos asseguram vida útil de 25 anos com 80% da
potência máxima inicial ao final desse período.
• Alguns fabricantes asseguram 90% da potência máxima inicial em 10 anos.
• O desempenho dos módulos é testado em ensaios de envelhecimento
acelerado, em condições agressivas.

Thermal cycling (ciclo térmico)

O teste de ciclo térmico é outro procedimento encontrado na


norma IEC 61215. Neste teste o módulo fotovoltaico é
submetido a ciclos de aquecimento e resfriamento com o
objetivo de provocar a fadiga térmica dos componentes. O
estresse a que o módulo é submetido permite avaliar a
confiabilidade do produto e identificar defeitos de fabricação,
soldas mal feitas, células fissuradas, delaminação
(descolamento das células), redução de eficiência e redução
da capacidade de isolação elétrica, entre outras coisas.

A designação TC200 encontrada na norma IEC 61215


corresponde a uma sequência de 200 ciclos de 6 horas. Em
cada ciclo o módulo é submetido a temperaturas que vão de -
40 oC a +85 oC, com variações máximas de 100 oC/hora e
É vedada a reprodução ou
permanência mínima de 10 minutos em cada valor de
distribuição total ou parcial
deste material
Projeto Avançado de Usinas Solares temperatura.
de GD | canalsolar.com.br/cursos
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Página 39
Strings (ligações série) e arrays (conjuntos) de módulos fotovoltaicos

Arrays (conjuntos)

Módulo
Strings: módulos em série

Célula

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Ligação em série e paralelo


Ligação série
-
+
Muito comum em
sistemas residenciais
String grid-tie

Ligação paralela
- Esse tipo de
+ paralelismo só vai
ocorrer em
pequenos sistemas
off-grid

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Página 40
Ligação em série e paralelo

String

- Array (arranjo)
+
fotovoltaico:
Organização usada
em sistemas maiores
String e usinas solares

String

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Dimensionamento
básico de um
sistema
fotovoltaico

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Página 41
Dimensionamento básico a partir da energia desejada

Passo 1:
Definir a quantidade de energia
(kWh) que precisa ser
produzida.
Esta necessidade pode ser
levantada a partir da leitura da
conta de energia do cliente.

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Dimensionamento básico a partir da energia desejada

Passo 1: Começamos analisando o histórico de consumo do cliente

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Página 42
Dimensionamento básico a partir da energia desejada

Passo 1: Começamos analisando o histórico de consumo do cliente


Uma boa estratégia é fazer a média do consumo mensal do
cliente nos últimos 12 meses.

Em alguns casos, pode ser que o consumo mensal apresente


irregularidades (por exemplo: um mês em que o consumo
foi menor porque a família viajou, ou um grande aumento
nos últimos meses porque algum aparelho foi instalado).

Cada caso deve ser estudado. Se houver algum mês atípico,


ele deve ser excluído do cálculo da média. Se houve um
12 meses
aumento de carga permanente na residência, somente os
últimos meses devem ser considerados.

Deve-se consultar o cliente e questioná-lo sobre seus


É vedada a reprodução ou
hábitos de consumo para verificar a melhor estratégia.
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Dimensionamento básico a partir da energia desejada

Passo 1: Cálculo da média de consumo


Neste exemplo o cliente informou que não houve alteração
de carga recente (não foram instalados aparelhos de ar
condicionado, por exemplo) e os seus hábitos de consumo
mantiveram-se regulares ao longo do ano.

É bastante razoável, neste caso, calcular a média dos últimos


12 meses, conforme mostrado abaixo:
472 kWh
445 kWh
391 kWh
310 kWh
12 meses
492 kWh Soma Média = 6.680 kWh = 554 kWh/mês
768 kWh = 12 meses
693 kWh 6.680 kWh
616 kWh
594 kWh
776 kWh
523 kWh
568 kWh
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Página 43
Dimensionamento básico a partir da energia desejada

Passo 2: Calcular a energia que o módulo fotovoltaico vai fornecer nas condições
da instalação (a partir da irradiação do local e das características do módulo)

Procedimento de cálculo:
Irradiação Número de
diária do
local ÷ 1000 = horas de
Sol pleno
(Wh/m2) (h)

Mapa solarimétrico: fornece a


irradiação (energia) solar diária Número de Potência de Energia
horas de pico do produzida
no local da instalação
Sol pleno x painel solar = pelo painel
Informação em (h) (W) (Wh)
kWh/m2 ou Wh/m2
(por dia)
É vedada a reprodução ou 1 kWh/m2 = 1000 Wh/m2
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Dimensionamento básico a partir da energia desejada

Passo 2: Energia produzida pelo módulo fotovoltaico escolhido

Reforçando o que mostramos na página anterior, neste passo 2 estamos interessados em calcular
quanta energia o módulo fotovoltaico pode produzir. Isto é importante para posteriormente
determinarmos quantos módulos fotovoltaicos serão necessários na instalação.

O cálculo da energia produzida pelo módulo depende de duas informações:

Irradiação solar do local, A potência de pico do módulo


ou seja, a energia solar fotovoltaico escolhido para este
disponível por área, projeto, medida em Wp
medida em kWh/m2 ou
Wh/m 2 Exemplo: 450 Wp
Exemplo: 4500 Wh/ m2
ou 4,5 kWh/ m2
`

Depende do local (cidade ou Depende da escolha do projetista ou da


coordenada geográfica) disponibilidade do fornecedor (distribuidor)

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Página 44
Dimensionamento básico a partir da energia desejada

Passo 2: Energia produzida pelo módulo fotovoltaico escolhido

Irradiação solar do local


Esta informação pode ser obtida de um mapa
solarimétrico, como o mostrado na figura ao lado, ou a
partir de ferramentas disponíveis na internet, como o
Global Solar Atlas ou a ferramenta Sundata do CRESESB

Global Solar Atlas


Link: https://tinyurl.com/globalsolaratlasbr

Sundata / CRESESB
Link: https://tinyurl.com/sundatacresesb

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Dimensionamento básico a partir da energia desejada

Passo 2: Energia produzida pelo módulo fotovoltaico escolhido

Potência de pico do módulo


Esta informação pode ser obtida na folha de dados do módulo fotovoltaico escolhido para o
projeto.

Normalmente a escolha do módulo a ser empregado é uma decisão do projetista, mas


também pode ocorrer em função da disponibilidade de estoque do fornecedor ou mesmo a
partir de uma preferência do cliente.

Atualmente são comuns no mercado brasileiro módulos com potências que vão de 450 W
até mais de 600 W. Módulos abaixo de 450 W ainda existem, mas já começam a ser raros.

Os módulos até 450 W ainda são fáceis de manusear e são os preferidos para instalações
em telhados.

Módulos a partir de 500 W até cerca de 600 W também podem ser instalados em telhados,
mas já começam a tornar a instalação um pouco mais difícil pelo seu peso e suas dimensões.

Em instalações de solo, por outro lado, é preferível usar módulos de maior potência.

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Página 45
Exemplo de dimensionamento

Dados do projeto:

⮚Energia a ser gerada: 554 kWh/mês

Determinada a partir da conta de luz, pela média


dos últimos 12 meses

⮚Local da instalação: Campinas-SP

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Exemplo de dimensionamento

Irradiação solar: Global Solar Atlas

Irradiação global horizontal – podemos usá-la


se não soubermos o ângulo de inclinação ou de
azimute dos módulos. Normalmente é este
valor que os projetistas utilizam em um
dimensionamento básico (sem o apoio de
programas de computador como PVSyst e
Solergo).

5.203 1.000 5,203


(Wh/m2) (W/m2) (h)

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Página 46
Escolha do módulo fotovoltaico

• Para este projeto vamos escolher um módulo


de 450 W (potência de pico nominal em STC)
• A escolha do módulo fotovoltaico é uma
opção do projetista
• Muitas vezes a escolha do módulo depende
da disponibilidade do fornecedor com o qual
se está trabalhando
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Exemplo de dimensionamento

Energia produzida pelo módulo fotovoltaico

Potência do módulo fotovoltaico: 450 W (escolha do projetista)

Irradiação do local: 5.203 Wh/m2/dia ou 5,203 kWh/m2/dia


(valor obtido no Global Solar Atlas)
Energia diária do módulo – energia
que um módulo fotovoltaico (do modelo
450 5,203 2.341 Wh/dia escolhido pelo projetista) pode produzir
durante um dia, no local da instalação.
(W) (horas)

70.20
2.341 30 Wh/mês Energia mensal do módulo – energia
3
(Wh/dia) (dias)
diária x 30 dias

De acordo com os cálculos acima, o módulo fotovoltaico de 450 Wp vai


produzir 70.203 Wh ou 70,20 kWh por mês na cidade de Campinas-SP

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Página 47
Exemplo de dimensionamento

Número de módulos fotovoltaicos necessários

Energia que precisamos produzir: 554 kWh/mês (da conta de luz)


Energia produzida por um módulo FV: 70,203 kWh/mês (da página anterior)
Performance Ratio: 0,80 (valor empírico)
O fator de performance
(conhecido como PR =
performance ratio) é um
índice de eficiência global do
Número de módulos necessários = sistema fotovoltaico, que
indica a quantidade de
perdas ópticas, perdas
554 70,2 0,80 9,86 módulos elétricas e perdas por
temperatura existentes no
sistema fotovoltaico.

Devido às perdas existentes,


será necessário ter uma
quantidade superior de
módulos para produzir a
energia esperada.
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Exemplo de dimensionamento

Número de módulos fotovoltaicos necessários incluindo o fator de performance

Número de módulos necessários = 9,86 módulos

Não podemos usar 9,86 módulos em um projeto. Precisamos de um número inteiro.

Então temos que optar pelo uso de 9 ou 10 módulos, de acordo com o resultado acima.

Esta decisão pode ser tomada pelo projetista, arredondando para cima ou para baixo o número.

Neste caso vamos optar em arredondar para cima, então usaremos 10 módulos de 450 Wp.

Assim a potência do sistema fotovoltaico em questão será de 10 x 450 = 4500 Wp ou 4,5 kWp.

Ou seja, para entregar cerca de 554 kWh/mês teremos que ter um sistema de 4,5 kWp.

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