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lucas@gepoc.ufsm.br
Prof. Dr. Lucas Vizzotto Bellinaso
• Engenheiro Eletricista (2012), Mestre (2014) e Doutor (2017) em
Engenharia Elétrica pela UFSM
• Professor e Coordenador do Curso de Eng. Elétrica da UFSM/CT
• Foi sócio-fundador (2012) da Sonnen Energia, empresa pioneira da
área de energia fotovoltaica na região de Santa Maria.
• Participante do grupo de trabalho da ABNT responsável pela norma
brasileira de instalações fotovoltaicas
• Membro de comissões técnicas da ABNT/CB-003
• Membro de comissão técnica de Equipamentos para Sistemas
Fotovoltaicos no INMETRO
Programa
• PARTE 1 –SISTEMAS FOTOVOLTAICOS CONECTADOS À REDE
1.1 – Introdução
1.2 – Dimensionamento de sistemas fotovoltaicos conectados à rede
1.3 – Exemplo de dimensionamento no software PVSOL
• PARTE 2 – PROJETO ELÉTRICO DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS
2.1 – Normas técnicas
2.2 – Especificação de dispositivos
2.3 – Projeto e dimensionamento
• PARTE 3 – Visita técnica
3.1 – Usina fotovoltaica da UFSM
3.2 – LabEnsaios Inversores INRI
Horários
• 09/11/2018 - 19:00 às 22:00 (PARTE 1)
• 10/11/2018 - 09:00 às 12:00 (PARTE 2)
• 10/11/2018 - 13:30 às 16:30 (PARTE 3)
PARTE 1
• Resolução 482/2012
• Sistema de compensação de energia
• Microgeração e minigeração
• Resolução 687/2015
• Geração compartilhada
• Autoconsumo remoto
Sistema de compensação de energia
• Tarifa mínima:
100 kWh: trifásico 50 kWh: bifásico 20 kWh: monofásico
400kWh
100 kWh
250kWh 300kWh
50 kWh
Sistema de compensação de energia
• Acúmulo de créditos
350kWh
100 kWh
350kWh 250kWh
100kWh
Outros modelos de geração – Res 687/2015
Geração compartilhada
Autoconsumo remoto
Potência total conectada à rede kWp
• Abril/2018:
Fonte: Greener – Estudo Mercado Fotovoltaico 2018/01
Potência total conectada à rede
• Geração compartilhada
• Complexidade de elaboração
• Incertezas regulatórios, tributárias
e jurídicas
Incertezas regulatórias
2,0 m
1,66 m
1,0 m 1,0 m
Módulos fotovoltaicos
• Curva V-I
Inversor
• Regras de projeto:
1. A potência do inversor deve ser no mínimo 90% da potência do arranjo
fotovoltaico, para evitar perdas de energia em alta potência
2. Tensão CC máxima do inversor deve ser superior a 1,25 x a tensão de
circuito aberto dos módulos
3. A tensão de MPP do arranjo fotovoltaico deve estar dentro da faixa de
operação do inversor
4. A corrente Isc máxima do arranjo fotovoltaico deve estar adequada para o
inversor
Etapas para dimensionamento de microgeração FV
Normas técnicas
Especificações dos dispositivos
Normas relacionadas a projeto de sistemas fotovoltaicos
• Caso C: Isolação galvânica interno ou externo e lado CC • Caso D: Sem isolação galvânica e lado CC aterrado
aterrado
NÃO PERMITIDO
Princípios fundamentais - aterramento
• Caso A: Isolação galvânica interno ou externo e lado CC
não aterrado
Requisitos:
• Dispositivo de Supervisão de Isolamento (DSI)
• Alarme local e remoto se R < Riso,min
Princípios fundamentais - aterramento
Caso B: Sem isolação galvânica e lado CC não aterrado
Requisitos:
• Dispositivo de Supervisão de Isolamento (DSI)
• Desligar da rede ou não se conectar se R < Riso,min
• Alarme local e remoto
• Proteção contra corrente residual (fogo e choque elétrico)
Mais detalhes no seguimento da aula
Princípios fundamentais - aterramento
Requisitos:
• Aterramento em um único ponto, de acordo com catálogo do fabricante
• Proteção contra faltas que geram sobrecorrente no lado CC: desconecta-se o
aterramento
• ou DSI em caso de aterramento por resistência
Mais detalhes no seguimento da aula
Cargas
Chave de Chave de
desconexão CC desconexão CA
Caixa com DPS
(d > 10m)
Cabo CC
=
Inversor
... ..
... ..
d
DPS
DPS DPS
Princípios fundamentais – esquemas elétricos
• Múltiplas séries fotovoltaicas
Princípios fundamentais – esquemas elétricos
• Múltiplos
subarranjos
fotovolaticos
Princípios fundamentais – esquemas elétricos
Barra de equipotencialização.
Proteção contra sobre corrente (necessária
caso os fios não suportem 1,25 IscSTC. Outros circuitos
Caixa de derivação 1
..... DPS
Proteção contra sobretensão (se
necessária e para d > 10m)
.....
.....
.....
.....
.....
Chave de Chave de
..... desconexão CC desconexão CA
Cabo CC
principal =
Inversor
.....
.....
Diodos de bypass Carcaças Diodos de bloqueio Chave de desconexão
(se convenientes) (cobre 6mm²) (se necessários) da série fotovoltaica
(para manutenção) DPS
Vd > 2 UocSTC DPS
.....
Caixa de derivação n
..... DPS
Chave de desconexão do
sub grupo fotovoltaico
.....
.....
.....
.....
.....
Caixa de derivação
..... principal
Princípios fundamentais – esquemas elétricos
• Múltiplas entradas
no inversor com
SPMP individuais
• Arranjos
independentes
Princípios fundamentais – esquemas elétricos
• Múltiplas entradas
no inversor com
conexão paralela
interna
• Necessário
proteção contra
sobrecorrente no
pior caso
Princípios fundamentais – otimizadores CC
• Caso C: Isolação galvânica interno ou externo e lado CC • Caso D: Sem isolação galvânica e
aterrado lado CC aterrado
NÃO PERMITIDO
Proteção – Isolamento elétrico
Pinv Ifalta
≤ 3 kVA ≤1A
> 3 kVA e ≤ 100 kVA ≤3A
> 100 kVA ≤ 5A
Proteção – Lado CA
Lado CC
• Objetivos do seccionamento
• Manutenção das séries fotovoltaicas (strings)
• Manutenção do inversor → desenergizar lado CC
• Seccionar polo positivo (+) e o negativo (-)
• Requer chaves bipolares
• Normas não explicitam o tipo dos seccionadores
• Pode ser externo ao inversor
• Pode ser integrado ao inversor se houver intertravamento (permitir desconexão somente se
estiver na posição aberta) ou sinal de alerta (não desligar sob carga)
• Normas não definem a quantidade de seccionadores.
• Pode-se seccionar cada string ou um conjunto de strings
Proteção – Seccionamento
Lado CC – Exemplo
• Específica para a aplicação fotovoltaica
Proteção – Seccionamento
Lado CA
• Objetivos
• Manutenção da rede elétrica → evitar energia do
inversor
• Manutenção do inversor → desenergizar lado CC
• Seccionar todas as fases + neutro → chaves bipolares
(F+N) ou tetrapolares (3F+N)
Resumo das proteções contra choque
• Proteção elétrica
• Corrente reversa → Diodos de bloqueio
• Sobre corrente
• Fusíveis gPV lado CC
• Disjuntores CC e CA
• Proteção eletromagnética
• Sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA)
• Dispositivos de Proteção contra Surtos
• Proteção contra interpéries
• Chuva, vento, sol, calor
Proteção Elétrica – Corrente reversa
• Objetivo
• Melhorar o aproveitamento energético do sistema
• Proteger os fusíveis gPV em caso de sombreamento
• Elemento de atuação → Diodo
• Não pode ser considerado como elementos de proteção (NBR 16690)
• Utilizar normalmente apenas 1 diodo por string (unipolar)
• Especificação dos diodos
• Tensão = > 2*VocSTC
• Corrente = > Isc.max
• Exemplo
• 14 módulos com VocSTC = 36 V
• Série fotovoltaica → VocSTC = 504 V
• Tensão de bloqueio mínima dos diodos → 1008 V
Proteção – Corrente reversa
Corrente
.....
.....
.....
reversa nula
Po > 0
Proteção – Corrente reversa
Corrente
Po = 0
.....
.....
.....
reversa
Sombreamento
Proteção – Corrente reversa
Diodos de bloqueio
Corrente
reversa nula Po > 0
.....
.....
.....
Proteção – sobrecorrente – lado CC
• Objetivos
• Proteger condutores
• Proteger módulos fotovoltaicos contra corrente reversa causada pelo sombreamento
• Elemento de proteção → Fusível
• Utilização
• 3 ou mais strings (séries) fotovoltaicas em paralelo
• Condutor de capacidade < 1,25 Isc.max
• Isc.max → corrente de curto-circuito máxima de (p-1) strings, onde p é a
quantidade de strings em paralelo
• Exemplo: 4 séries fotovoltaicas de Isc = 8 A em paralelo
• Isc.max = (4-1)*8 = 24 A
• Programa para auxiliar o projeto:
https://colab.research.google.com/drive/1zfl0eEUlGYcGcrsX-5oVI5Iu3Haj8gFx
Proteção – sobrecorrente – lado CC
• Tipos
• Fusíveis gPV → mais utilizados (mais baratos)
• Disjuntores CC → não queimam
• Servem como chave de seccionamento
• Requisito da norma
• proteção bipolar → polo (+) e (-)
• Exemplo: Esquemático
• Objetivo:
• Proteger os cabos CA
• Proteger inversor
• Elemento de proteção → Disjuntor
• Tipos
• Bipolares → inversor monofásico
• Tetrapolares → inversor trifásico
• Projeto
• Considerar inversor como uma carga
• Norma: NBR5410 (Brasil)
Proteção eletromagnética
• Objetivos da proteção
• Reduzir riscos de queima de equipamentos → reduzir prejuízos econômicos
• Aumentar segurança das pessoas
• Tipos de distúrbios eletromagnéticos a serem protegidos
• Descargas atmosféricas diretas → raios
• Descargas atmosféricas indiretas (próximas) → induzem
sobre-tensão no lado CC ou CA
• Chaveamentos indutivos na rede elétrica CA
• Métodos de proteção
• Redução dos laços de corrente
• Proteção contra descargas atmosféricas e surtos
Proteção eletromagnética – laços
CA
DPS DPS CC
Retorno
pela terra
Barra de
Equipotencialização
RUIM
Proteção eletromagnética – laços
CA
DPS DPS CC
BEP
BOM
Proteção eletromagnética – SPDA
DPS fotovoltaico
Proteção eletromagnética – surtos
• DPS → funcionamento
• Limita sobretensões
Curva de um
varistor
Proteção eletromagnética – surtos
Tipos de DPS
• Tipo I
• maior corrente (>12,5kA, 10/350us)
• maior energia que pode ser absorvida
• suporta descargas diretas
• mais caro
• Tipo II
• corrente inferior (> 5kA, 8/20us)
• menor tensão de bloqueio
• descargas indiretas e surtos devido a chaveamento
• Tipo III
• dentro dos equipamentos
Proteção eletromagnética – surtos
DPS → Dimensionamento
• Tensão de operação do DPS:
𝑈𝑐(𝐷𝑃𝑆) ≥ 1,2 ⋅ 𝑁 ⋅ 𝑉𝑜𝑐𝑆𝑇𝐶
• 1,2 = fator que inclui variação de temperatura
• Número de módulos em série na string
• VocSTC = tensão de circuito aberto de cada módulo
• Exemplo:
• N = 10 módulos em série
• VocSTC = 36,7 V
DPS → Dimensionamento
• Dispositivos disponíveis (fabricante Finder):
DPS → Dimensionamento
• Regra de projeto
– Regra dos 10m
• Ex.:
d < 10 m
CA
DPS CC
BEP
Proteção eletromagnética – surtos
DPS → Dimensionamento
• Regra de projeto
– Regra dos 10m
• Ex.: d < 10 m
d > 10 m
CA
DPS DPS CC
BEP
Parte CC
Parte AC
Fonte: ABB
Proteção contra intempéries
Objetivo
• Vida útil do sistema maior do que 30 anos
• Reduzir custos de manutenção
• Partes metálicas
• Estrutura de fixação, eletrocalhas, caixas
• Resistência à corrosão → aço inox, alumínio, aço galvanizado à fogo
• Cuidar contato entre metais diferentes
• Resistência mecânica → ventos de até 50 m/s
• Arruelas de pressão para evitar desparafusar
Proteção contra intempéries
• Cabos CC
• Dupla isolação → proteção contra choque elétrico
• Anti-UV
• Abrigados em eletrodutos/eletrocalhas
Proteção contra intempéries
• Conectores fotovoltaicos
• Tipo MC4 → popularizado
• IP67, anti-UV
• Caixas externas
• Preferencialmente abrigadas do Sol
• Anti-UV, IP65
Proteção contra intempéries
• Caixas externas
• String box → DPSs, fusíveis e chave de seccionamento
NBR 5410 – Baseada na IEC 60364
Cabo de proteção /
Fase Neutro
terra
Dimensionamento dos condutores
Lado CA
• Dimensionar de acordo com NBR5410
Lado CC
• Recomendação: máximo de 1% de perdas em Pnom
• Tensão do MPP: 292 V
• Perda máxima de tensão:
ΔV = 1%∙292V = 2,92 V
• Corrente do MPP: 8,05 A
• Resistência máxima do condutor:
Rc = ΔV/Impp = 2,92V/8,05A = 0,36 Ω
Dimensionamento dos condutores
• Condutividade do cobre:
ρ = 0,0162 Ω∙mm²/m
• Comprimento: L = 20m + 20m = 40m
• Seção mínima do condutor:
S = ρ∙L/Rc = 1,8 mm²
• Condutor disponível: 2,5 mm²
• Verificar a capacidade de corrente do cabo
Sinalização de segurança
Sinalização de segurança
No inversor
• DPSs
• Utilizar aparelhos com monitoramento lógico do estado de saúde dos
varistores
• Inversores - IEC 62109 → alarmes redundantes
• Alarme local
• Alarme remoto → ativar rede de comunicação RS485 ou Ethernet para avisar
operador do sistema
Conclusão