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WELITON DA MAIA
CURITIBA
2020
KAREN TECHY IASTRENSKI
WELITON DA MAIA
CURITIBA
2020
KAREN TECHY IASTRENSKI
WELITON DA MAIA
______________________________
Orientador: Prof. Me. Jackson Milano
Universidade Positivo
______________________________
Prof. Me. Fabrízio Nicolai Mancini
Universidade Positivo
______________________________
Prof. Dr. Eduardo Juliano Alberti
Universidade Positivo
À nossa família, que sempre nos apoiou ao longo de todos esses anos de
graduação e, mesmo com nossa ausência devido ao trabalho e ao estudo, não mediu
esforços para nos manter unidos.
Ao nosso orientador, Professor Jackson Milano, que nos instruiu
magnificamente durante todo este trabalho, do qual já não conseguimos imaginar ter
chegado ao final sem sua orientação.
À todos os professores que nos impactaram e influenciaram de alguma forma,
cujos ombros serviram de apoio durante nossa jornada na graduação: Ana Cristina
Deschamps, Arileide Cristina Alves, Eduardo Juliano Alberti, Emerson Luís Alberti,
Fabrízio Nicolai Mancini, Felipe Augusto Przysiada, Guilherme Augusto Oliveira,
Guilherme Lemermeier, Jackson Milano, José Frederico Rehme, Julio Shigeaki Omori,
Leonardo Gomes Tavares e Luiz Alberto Bordignon.
Ao coordenador do curso Leonardo Gomes Tavares, que dirigiu o curso com
excelência e a quem temos total admiração e uma dívida imensurável.
Aos amigos que fizemos durante a graduação, pelo apoio recebido.
Aos colegas do Grupo de Pesquisas Energy Lab, pelo grande empenho na
construção do grupo, pela amizade que construímos e pelas histórias únicas que
recordaremos para sempre.
À Itaguaçu Energia S/A pela disponibilização de dados e informações, por
permitir e guiar a visitação, e por possibilitar a realização deste trabalho.
Em algum lugar, algo incrível está
esperando para ser conhecido.
Carl Sagan
RESUMO
This work aims to develop a case study of hybridization of the Small Hydroelectric
Power Plant Itaguaçu, located in the municipality of Pitanga in Paraná. The study
evaluates the implementation of photovoltaic, wind and biomass plants that can work
hibridly in conjunction with the hydroelectric plant already built in order to increase its
capacity factor. The technical, economic and environmental issues of this
implementation are evaluated with the final objective of increasing the plant's yield.
The dimensioning of the photovoltaic generation source is limited by the space
available at the plant not only on the ground, but also as a floating plant. For the
biomass generation, the biggest capacity limiting factor is the availability of material
with agricultural residues of the cities of Pitanga and Boa Ventura do São Roque, close
to the plant, as source. Wind generation was assessed but the low average wind speed
at the site assessed already suggested its infeasibility. The minimum distance between
turbines also limited the maximum wind capacity that can be used on site. The results
obtained through the analyzes performed show the photovoltaic and biomass sources
with greater viability, with the first having been made with greater precision and proving
to be the most viable source for hybridization due to the shorter payback time, good
increase in capacity factor and greater reliability dimensioning. The hybridization of the
plant with photovoltaic generation is classified as an associated hybrid generation
since, although independent, the plants use the same infrastructure for electricity
transmission, increasing the capacity factor of the structures from 0.486 to 0.5405,
representing a 10.49% change.
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 16
4 DESENVOLVIMENTO ............................................................................. 76
REFERÊNCIAS....................................................................................................... 139
1 INTRODUÇÃO
1.1 TEMA
1.2 PROBLEMA
A PCH vende a energia gerada no mercado livre de curto prazo assumindo contratos
que podem ser prejudicados caso o fluxo de água do rio não seja como esperado.
Caso a geração seja menor do que a prevista, é necessário que a PCH compre
energia no mercado livre, geralmente a preços mais elevados, para garantir a entrega
ao contratante.
A Figura 2 apresenta a casa de força e o conduto forçado do empreendimento
objeto desse estudo.
Neste trabalho serão utilizados dados da PCH Itaguaçu para a pesquisa das
fontes de energia elétrica que possam complementar sua geração tendendo ao melhor
custo/benefício, em uma análise tecnológica, econômica e, caso aplicável, ambiental.
Esse estudo procura avaliar a possibilidade de hibridização de geração da
usina com inserção de diferentes fontes de geração de energia para que a estrutura
elétrica do local, como linhas de distribuição e subestação, possa ser melhor
aproveitada, com isso melhorando o FC das estruturas da usina.
Sobre energias renováveis:
1.3 JUSTIFICATIVA
1.4 OBJETIVOS
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
𝑃𝑒𝑙 = 𝜌 ∙ 𝑔 ∙ 𝑄 ∙ 𝐻 ∙ 𝜂
(1)
Onde:
𝑃𝑒𝑙 é a potência elétrica de saída do gerador [W]
𝜌 é a massa específica da água [kg/m³]
𝑔 é a aceleração da gravidade [m/s²]
𝑄 é a vazão que irá passar pela turbina [m³/s]
𝐻 é a queda líquida [m]
𝜂 é o rendimento do conjunto turbina-gerador
A queda líquida será fornecida pela diferença de altura entre a água dos níveis
jusante e montante, sendo que o fluxo de entrada de água no reservatório e a vazão
vertida ou turbinada irão alterar o valor da queda variando também o potencial de
geração elétrica (PEREIRA, 2015).
A barragem irá reter a água para criar o reservatório, sendo que pode
aproveitar recursos locais como pedras retiradas pela escavação da área ou ser
completamente artificial. Pode-se considerar a ensecadeira também como uma
barragem, no entanto essa é construída para desviar o rio durante a construção da
obra permanente sendo inutilizada depois de cumprir sua função. É a barragem que
irá fornecer o desnível entre as massas d’água (SOUZA; SANTOS; BORTONI, 1999).
O vertedouro escoa o excesso de água do reservatório evitando que a água
ultrapasse a capacidade da barragem. A estrutura pode contar com dutos e comportas
ou de soleira livre sem a necessidade de operação (SOUZA; SANTOS; BORTONI,
1999).
Após ser represada pela barragem a água é guiada pela tomada d’água para
o conduto que irá direcionar o fluxo até as turbinas dentro da casa de máquinas, local
onde ocorre a transformação de energia. Ao empurrar as pás de uma unidade
geradora a energia potencial hidráulica é convertida em energia mecânica no eixo do
grupo turbina-gerador. O torque causado pela água irá ser convertido no gerador em
energia elétrica. A casa de força abriga ainda equipamentos auxiliares de
resfriamento, filtros e armazenamento de óleo para operação dos componentes
eletromecânicos (TOLMASQUIM, 2016).
utilizada em estudos fornecidos pela EPE. Essa classificação conta com os tipos de
usinas: UHEs, PCHs, Centrais de Geração Hidrelétrica (CGHs), Minigeração
Distribuída e Microgeração Distribuída (MMGG) sendo os critérios expostos no
Quadro 1.
Figura 6 - Geração de energia elétrica entre 1999 e 2020 por fonte, escala de tempo
anual
Figura 7 - Geração de energia elétrica entre 1999 e 2020 por fonte, escala de tempo
mensal
A ANA (2016) afirma que a água é o indicador mais incisivo dos efeitos de
mudanças climáticas, aumentando a complexidade dos estudos de previsão de
vazões de bacias hidrográficas diminuindo sua confiabilidade. O estudo reitera que o
ciclo da água está diretamente ligado com qualidade de vida, saúde, economia e
produtividade de alimentos e de energia. A agência traz ainda que hidrelétricas são
afetadas de formas diferentes de acordo com seu tamanho e tipo de operação, sendo
necessárias soluções diferentes para suas vulnerabilidades.
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, 2015) traz
em seu relatório sobre mudanças climáticas os estudos do ciclo da água afirmando
que a mudança não será uniforme. O documento traz dados sobre aquecimento global
e como seus efeitos já podem ser observados a partir da análise dos dados das
últimas décadas. A Figura 8 mostra a variação da precipitação anual entre os anos de
1951 e 2010.
30
Figura 8 – Variação da precipitação sobre terra entre 1951 e 2010 em mm/ano por
década
Energia Gerada
𝐹𝐶 (%) = (2)
Potência Instalada x 24 x dias
Define-se usina híbrida como sendo uma usina que utiliza mais de uma fonte
primária de geração de energia elétrica, se caracterizando pela capacidade de uma
fonte suprir a falta temporária de outra, diminuindo interrupções e tendo sua
otimização de recursos energéticos e financeiros como objetivos principais
(BARBOSA, 2006).
O Estudo de Planejamento de Expansão da Geração sobre usinas elaborado
pela EPE (2018) estabelece os conceitos gerais de usinas híbridas, suas possíveis
combinações de tecnologias e suas tipologias. Para o melhor entendimento a
instituição separou o que se entende de usinas efetivamente hibridas e aquelas que
compartilham infraestrutura ou contratos, sendo elas: usinas adjacentes, usinas
associadas, usinas Híbridas (strictu sensu) e portfólios comerciais.
As usinas híbridas são definidas como aquelas que combinam seus recursos
energéticos distintos ainda no meio de produção de energia elétrica. Um exemplo
dessa modalidade são as usinas heliotérmicas com queima de biomassa, de forma
que o vapor produzido pela queima de ambas as fontes (solar + biomassa) é
aproveitada na mesma turbina (EPE, 2018).
2.1.4.3 Inversor
𝐼𝑟𝑟𝑎𝑑𝑖𝑎çã𝑜 [𝑘𝑊ℎ/𝑚²]
𝐻𝑆𝑃 [ℎ] = (3)
1[𝑘𝑊/𝑚²]
radiação solar que chega à superfície da Terra, devem ser coletados do local para
conseguir projetar o sistema da melhor forma. É possível também simular o projeto
em softwares de modelamento 3D obtendo informações de simulação de irradiação,
sombreamento e performance do sistema projetado.
Os sistemas fotovoltaicos, além de poderem ser instalados sobre o solo e
telhado, podem ser instalados sobre albufeiras ou outras superfícies aquáticas. Esse
tipo de instalação é conhecido como usinas flutuantes e possui algumas vantagens
como: redução de ocupação de área útil, eliminação de sombreamento de estruturas
vizinhas, aumento da eficiência devido a temperaturas de funcionamento mais
reduzidas, sinergia com aproveitamento hidrelétrico (usina fotovoltaica sobre o lago
de usinas hidrelétrica), entre outros. Dentre as desvantagens temos a adicional
preocupação com a umidade do ambiente de instalação dos painéis, a exposição da
instalação a condições climáticas intensas e necessidade de maior investimento em
estrutura, sendo necessário garantir a flutuabilidade do sistema (COSTA, 2017).
A Figura 14 demonstra um exemplo de usina fotovoltaica flutuante sobre o lago
da usina hidrelétrica de Alto Rabagão ao norte de Portugal.
𝐸
(𝑇𝐷)
𝑃𝐹𝑉 [𝑊𝑝] = (4)
𝐻𝑆𝑃𝑀𝐴
Onde:
𝑃𝐹𝑉 é a potência de pico do painel FV [Wp];
𝐸 é o consumo diário médio anual [Wh/dia];
𝑇𝐷 é a taxa de desempenho [adimensional];
𝐻𝑆𝑃𝑀𝐴 é a média diária das HSP incidente no plano do painel FV [h].
𝑉𝑖𝑆𝑆𝑃𝑀𝑚𝑖𝑛 𝑉𝑖𝑆𝑃𝑃𝑀𝑚𝑎𝑥
< 𝑁º 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜_𝑠é𝑟𝑖𝑒 < (6)
𝑉𝑚𝑝𝑇𝑚𝑎𝑥 𝑉𝑚𝑝𝑇𝑚𝑖𝑛
Onde:
𝑉𝑖𝑆𝑆𝑃𝑀𝑚𝑖𝑛 é a tensão mínima de operação do SPPM do inversor [V];
𝑉𝑖𝑆𝑃𝑃𝑀𝑚𝑎𝑥 é a tensão máxima de operação do SPPM do inversor [V];
45
𝐼𝑖𝑚𝑎𝑥
𝑁º 𝑆𝑒𝑟𝑖𝑒𝑠𝐹𝑉𝑃𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 =
𝐼𝑠𝑐 (7)
Onde:
𝑁º 𝑆𝑒𝑟𝑖𝑒𝑠𝐹𝑉𝑃𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 é o número de fileiras de módulos em paralelo
[adimensional];
𝐼𝑖𝑚𝑎𝑥 é a corrente máxima admitida no inversor [A];
𝐼𝑠𝑐 é a corrente de curto circuito do módulo FV nas STC. [A].
Onde:
𝑉𝑇𝑃 é o volume do tanque de pré-tratamento em m³;
𝑉𝑀𝐿 é o volume disponibilizado diariamente de material líquido em kg/dia;
𝑡𝑟 é o tempo de retenção para manutenção e limpeza do biorreator em dias;
𝑓𝑣 é o fator de correção do volume;
𝜌𝑀𝐿 é a densidade do material em kg/m³.
Onde:
𝑉𝑆 é o volume do silo em m³;
𝑃𝑀𝑆 é a produção de material seco em kg/dia;
𝑡𝑟 é o tempo de retenção para manutenção e limpeza do biorreator em dias;
𝜌𝑀𝑆 é a densidade do material seco em kg/m³.
Seguindo o fluxo do substrato, a partir do tanque de preparação e do silo ele
é encaminhado para o biorreator. A equação para o dimensionamento do biorreator é
apresentada como equação 10.
𝑉𝑀 ∙ 𝑡𝐵𝑅 ∙ 𝑓𝑣
𝑉𝐵𝑅 = (10)
𝜌𝑀𝐿
Onde:
𝑉𝐵𝑅 é o volume do biorreator em m³;
𝑉𝑀 é o volume de material disponibilizado diariamente;
𝑡𝐵𝑅 é o tempo de retenção do material no biorreator;
𝜌𝑀𝐿 a densidade do material em kg/m³.
Onde:
𝑃𝑒𝑙 é a potência elétrica em kW;
𝑉𝐵𝐺 é o volume de biogás produzido em m³/h;
𝑓𝐵𝐺𝑒𝑙 é o fator de conversão do poder calorífico do biogás em eletricidade;
𝜂𝑔 é o rendimento do gerador.
2.1.6.3 Nacele
2.1.6.4 Torre
2.1.6.7 Gerador
1
𝑃= . 𝜌. 𝐴. 𝐶𝑝 𝑣³ (16)
2
Onde:
𝑃 é a potência disponível do vento [W];
𝐴 é a área de varredura das pás [m²]
𝜌 é densidade do ar [kg/m³];
𝑣 é a velocidade do ar [m/s].
1
𝑃𝑚𝑒𝑐 = . 𝜌. 𝐴. 𝐶𝑝 (𝜆, 𝛽). 𝑣𝑤 ³ (17)
2
Onde:
𝑃𝑚𝑒𝑐 é a potência mecânica no eixo [W];
𝑣𝑤 é a velocidade do vento incidente no rotor [m/s];
𝐶𝑝 (𝜆, 𝛽) é o coeficiente de potência [adimensional]
𝑅𝜛𝑊𝑡
𝜆 = (18)
𝑣𝑤
Onde:
𝜆 é a razão entre a velocidade tangencial da ponta da pá e a velocidade do
vento incidente [adimensional]
𝑅 é o raio do rotor [m];
𝜛𝑊𝑡 é a velocidade angular do rotor [rad/s]
64
1 3
𝐸̅ = . 𝜌. 𝑣 3 . Γ (1 + ) (19)
2 𝑘
Onde:
𝐸̅ é a potência disponível do vento [W/m²];
𝑘 fator de k ou fator de Weibull [adimensional].
1
𝑉𝑃 = 𝑉𝐹. (20)
(1 + 𝑖)𝑛
Onde:
𝑉𝑃 é o valor presente [R$];
𝑉𝐹 é o valor futuro [R$];
𝑖 é a taxa de juros ou taxa de desconto [%];
𝑛 é o intervalo de tempo [meses]
(1 + 𝑖)𝑛 − 1
𝑉𝑃𝑎 = 𝑎. (21)
𝑖. (1 + 𝑖)𝑛
(1 + 𝑖)𝑛 − 1
𝑉𝐹𝑎 = 𝑎. (22)
𝑖
Onde:
𝑉𝑃𝑎 é o valor presente associado a anuidade [R$];
𝑉𝐹𝑎 é o valor futuro associado a anuidade [R$];
𝑎 é o valor da anuidade [R$]
Onde:
𝑉𝑃𝐿 é o Valor Presente Líquido [R$];
𝐼 é o investimento inicial [R$];
𝐶𝑁𝑈 são os custos não uniformes trazidos ao presente [R$]
Por definição esse indicador faz com que o Valor Presente Líquido se iguale
a zero. A TIR significa a taxa de retorno esperada por um investidor. A aceitação se
dá pela TIR ser maior que zero e seu risco de investimento quanto mais próximo da
Taxa Mínima de Atratividade (TMA) (MELEK, 2013; PINHO et al., 2008).
O cálculo da TIR pode ser observado na equação 24 (PINHO et al., 2008).
𝑛
(1 + 𝑇𝐼𝑅)𝑛 − 1
0 = 𝐼 + 𝐶𝑁𝑈 + ∑(𝑎. ) (24)
𝑖. (1 + 𝑇𝐼𝑅)𝑛
𝑗=1
Onde:
𝑇𝐼𝑅 é a taxa interna de retorno do investimento [adimensional].
2.1.7.5 Payback
𝐼
𝑃𝐴𝑌𝐵𝐴𝐶𝐾 = (24)
𝐹𝐶
Onde:
𝑃𝐴𝑌𝐵𝐴𝐶𝐾 é o tempo de retorno do investimento [meses];
𝐹𝐶 é o fluxo de caixa [R$].
𝑉𝑃𝐿(𝑅)
𝐼𝐵𝐶 = | | (25)
𝑉𝑃𝐿(𝐷)
Onde:
𝐼𝐵𝐶 é o Índice de Benefício/Custo [adimensional]
𝑉𝑃𝐿(𝑅) é o Valor Presente Líquido referente as receitas [R$];
𝑉𝑃𝐿(𝐷) é o Valor Presente Líquido referente as despesas [R$]
3 METODOLOGIA DA PESQUISA
• Análise de dados
2
• Análise técnica
4
• Análise financeira
5
• Análise ambiental
6
subestação acima de 0,80 em relação aos valores mensais. Para tal, foram adotadas
as seguintes configurações de hibridização da planta: PCH + Solar, PCH + Eólica e
PCH + Biomassa.
Para a análise e dimensionamento da usina fotovoltaica, foi utilizado como
base teórica o equacionamento apresentado na subseção 2.1.4.4 sobre o
dimensionamento de um sistema fotovoltaico, assim como os dados pertinentes ao
mesmo como irradiação do local e área disponível. Foi dimensionado e orçado o
sistema na configuração sob solo no terreno disponível na usina que não possua
proteção ambiental vigente e sobre o lago da usina formado pela barragem.
A análise dos dados para geração de energia a partir de biomassa, se inicia
com sua limpeza, retirando informações de produção de resíduos de complexo
tratamento ou baixa metanização conforme apresenta Deublein, Steinhauser (2008,
p. 62). Os substratos agrícolas foram ainda avaliados apenas considerando a
utilização dos resíduos produzidos no cultivo adotando taxas apresentadas por
Einarsson e Persson (2017) e Deublein e Steinhaurser (2008). Eiarsson e Persson
(2017) ressalta que durante sua pesquisa com fornecedores europeus de resíduos
agrícolas, apenas 30 a 60% dos resíduos de produção podem ser alocados para
geração visto sua importância para a manutenção da qualidade do solo. Para dados
de produção animal foram desconsiderados animais com difícil coleta de resíduos
para biodigestão como equinos e bovinos criado em cultura extensiva, considerando
ainda o fornecimento de material líquido quando disponível.
Para a análise e dimensionamento da usina eólica, foi utilizado como base
teórica o equacionamento apresentado na subseção 2.1.6.9 sobre o dimensionamento
de um sistema eólico, assim como os dados pertinentes ao mesmo como o potencial
de geração eólico do local e área disponível.
4 DESENVOLVIMENTO
Mesmo sendo uma PCH com vazão regularizada fio d’água, a PCH Itaguaçu
possui um pequeno reservatório para estocagem e regularização do fornecimento de
água para os condutos forçados da usina. O represamento da água é feito por uma
barragem do tipo vertedouro soleira livre em concreto ciclópico de 116,5 metros de
comprimento e altura de 8,5 metros. Segundo o RIMA e o As Built, o reservatório
possui 34 hectares (0,34 km²), sendo 10,78 somente a calha do rio. Vale ressaltar que
a barragem permite uma vazão sanitária mínima de 0,57 m³/s.
80
6.000,00
5.000,00
4.000,00
3.000,00
2.000,00
1.000,00
0,00
2018 2019
0,90
0,70
0,60
0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
mai, 2018
mai, 2019
jan, 2018
fev, 2018
jun, 2018
jul, 2018
set, 2018
nov, 2018
dez, 2018
jan, 2019
fev, 2019
jun, 2019
jul, 2019
set, 2019
nov, 2019
dez, 2019
mar, 2018
ago, 2018
out, 2018
mar, 2019
ago, 2019
out, 2019
abr, 2018
abr, 2019
Mês, ano
Fonte: Os autores (2020)
Para a obtenção dos dados do recurso solar, foi utilizado o Atlas Solarimétrico
do Paraná que mantém os dados mais atualizados a respeito da irradiação no local
de estudo. Sendo assim, utilizou-se as coordenadas da usina contidas em seu As Built
86
Após a obtenção dos dados de recurso solar e área disponível, foi possível
calcular qual seria a potência instalada de cada área demarcada. Para isso utilizou-se
dois métodos diferentes para o cálculo, o primeiro para as áreas A e B, onde existe
um espaçamento ideal entre as placas para que não provoquem sombra entre si, e o
segundo método para a área C, onde se calculou sem espaçamentos entre as placas,
a fim de aproveitar toda a área disponível sobre o telhado.
Considerou-se também dois ângulos diferentes no cálculo, o primeiro sendo
o ângulo do telhado da casa de força sendo 20º e o segundo sendo o ângulo ideal
conforme a latitude, demonstrado pelo manual da Bosh na Tabela 4.
radial direta dos raios solares o mesmo ângulo referente a latitude do local, as
dimensões dos módulos referentes ao modelo escolhido (2015 mm x 1000 mm), o
ângulo β o mesmo ângulo de inclinação do módulo (29º) e a distância d a distância
horizontal entre o começo do primeiro e o final do segundo módulo.
A Figura 40 ilustra fielmente a descrição elaborada no parágrafo anterior.
ℎ = 𝑏 ∙ 𝑠𝑒𝑛(𝛽)
(26)
𝑒 = 𝑏 ∙ 𝑐𝑜𝑠(𝛽)
(27)
𝑑 = (3,5 ∙ ℎ) − 𝐷
(28)
90
os dados obtidos da PCH Itaguaçu nos anos de 2018 e 2019, onde se conhece os
valores de potência média, geração em MWh e o PLD.
Para toda a simulação variou-se os valores de potência máxima, conforme os
valores encontrados na Tabela 5 que tem sua variação conforme a área disponível da
usina. A variação para a simulação deu-se da potência máxima 4,359 MW até 0,5
MW, diminuindo em um fator de 500 kW. Sendo assim, para encontrar os valores de
potência máxima da usina (PCH + Solar), obteve-se os valores médios de potência
(MWmed) por mês conforme dados analisados anteriormente. Por fim, a potência no
modelo híbrido da usina deu-se pela soma das variações de potência de energia solar
(0,5 MW até 4,359 MW) e da potência média da PCH Itaguaçu no mês
correspondente. Nos casos onde a soma das potências ultrapassou a potência
máxima da subestação (14 MW), utilizou-se apenas o seu valor máximo,
desconsiderando o excedente.
Para obtenção dos valores de energia foi utilizado a equação 4 deste trabalho,
onde tratou-se da incógnita 𝐸 como a energia máxima a ser gerada pela planta solar,
a potência 𝑃𝐹𝑉 como valor em variação de 0,5 a 4,359 MW, a 𝑇𝐷 como valor fixo de
0,85 e, por fim, o 𝐻𝑆𝑃𝑀𝐴 sendo os valores encontrados de irradiação na Tabela 3. A
energia 𝐸 encontrada é a energia máxima gerada na configuração híbrida (PCH +
Solar).
A segunda parte da análise, tem como premissa a obtenção dos valores de
receita com a venda de energia via contrato no MCP, investimento inicial, valores de
saídas definidos principalmente como despesas operacionais (OPEX) e por fim o fluxo
de caixa mensal.
Para as receitas da usina solar foi utilizado como parâmetro de comparação
o modelo de receitas da PCH Itaguaçu nos anos de 2018 e 2019. No caso da PCH, o
contrato existente é do tipo FLAT e tem sua remuneração baseada na venda do MWh
referente ao PLD médio do mês, somado a uma remuneração extra de R$ 48,00 por
MWh gerado. Sendo assim, utilizou-se os mesmos valores de comercialização a fim
de traçar um comparativo, tendo como premissa a atuação da usina solar também no
MCP nas mesmas condições.
Na questão do valor do investimento para usina solar utilizou-se o material
bibliográfico “Estudo Estratégico de Geração Distribuída – Mercado Fotovoltaico – 1º
Semestre 2020”, produzido pela empresa Greener (2020). O estudo é referência no
setor fotovoltaico, é elaborado semestralmente e, na edição consultada, teve 2.104
92
R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
VP Acumulado 5.855.549,02 7.552.935,11 9.250.356,26 10.947.950,16 12.645.844,32 14.344.156,47 16.054.092,15 17.753.556,31 19.453.736,80 21.154.715,93 22.856.567,99 24.559.359,53 26.263.149,67
54,00% 9,7
Fator de Capacidade (%)
53,00% 9,65
52,00% 9,6
Payback (anos)
51,00% 9,55
50,00% 9,5
49,00% 9,45
48,00% 9,4
47,00% 9,35
46,00% 9,3
0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,359
Potência (MW) FC Payback
Comparação FC e TIR
55,00% 14,10%
54,00%
14,00%
53,00%
Fator de carga (%)
13,90%
52,00%
13,80%
TIR (%)
51,00%
50,00% 13,70%
49,00%
13,60%
48,00%
13,50%
47,00%
46,00% 13,40%
0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,359
Potência (MW) FC TIR
Fonte: Os autores (2020).
Comparação FC e Investimento
55,00% R$18,00 Investimento (em milhões de R$)
54,00% R$16,00
53,00% R$14,00
52,00% R$12,00
Fator de Carga
51,00% R$10,00
50,00% R$8,00
49,00% R$6,00
48,00% R$4,00
47,00% R$2,00
46,00% R$-
0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,359
Potência (MW) FC Investimento
km²), resultando em 0,309. Com isso, os valores adotados para os cálculos aqui
apresentados são então de 34,8 toneladas de substrato por dia e 7.627 m³ de
biogás por dia.
Conhecendo o potencial de geração de gás e a quantidade de material
disponibilizado, pode-se seguir para o dimensionamento das partes integrantes
da usina.
Potência (MW) 5,971 6,319 12,140 6,867 6,489 13,786 7,073 3,717 3,207 2,960 3,982 9,973
Potência Max. Hibrida (MW) 5,971 6,319 12,140 6,867 6,489 13,786 7,073 3,717 3,207 2,960 3,982 9,973
Energia Gerada Biomassa
549,177 549,177 549,177 549,177 549,177 549,177 549,177 549,177 549,177 549,177 549,177 549,177
(MWh)
R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
Venda por PLD (R$)
131.857,41 270.013,88 155.137,02 125.437,53 100.592,76 69.481,88 128.243,82 156.674,72 146.943,30 157.004,23 200.603,39 151.188,44
-R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$
Saidas mensais (R$)
157.003,39 157.003,39 157.003,39 157.003,39 157.003,39 157.003,39 157.003,39 157.003,39 157.003,39 157.003,39 157.003,39 157.003,39
-R$ R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ R$
Fluxo de caixa (R$) -R$ 1.866,36 -R$ 328,67 R$ 0,84 -R$ 5.814,95
25.145,98 11.3010,49 31.565,86 56.410,63 87.521,51 28.759,56 10.060,08 43.600,01
Fonte: Os autores (2020)
111
Potência Média
Usina PCH 6,318 6,318 6,318 6,318 6,318 6,318 6,318 6,318 6,318 6,318 6,318 6,318 6,318
2018/2019
PLD Médio no R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
mês (R$/MWh) 437,61 459,49 482,46 506,59 531,92 558,51 586,44 615,76 646,55 678,87 712,82 748,46 785,88
Potência (MW) 7,081 7,081 7,081 7,081 7,081 7,081 7,081 7,081 7,081 7,081 7,081 7,081 7,081
Potência Max.
7,081 7,081 7,081 7,081 7,081 7,081 7,081 7,081 7,081 7,081 7,081 7,081 7,081
Hibrida (MW)
Energia Gerada
6681,654 6681,654 6681,654 6681,654 6681,654 6681,654 6681,654 6681,654 6681,654 6681,654 6681,654 6681,654 6681,654
biomassa (MWh)
Saidas mensais -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$
(R$) 1.884.040,65 1.884.040,65 1.884.040,65 1.884.040,65 1.884.040,65 1.884.040,65 1.884.040,65 1.884.040,65 1.884.040,65 1.884.040,65 1.884.040,65 1.884.040,65 1.884.040,65
Fluxo de caixa R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
(R$) 1.360.629,74 1.506.827,29 1.660.334,72 1.821.517,52 1.990.759,45 2.168.463,49 2.355.052,73 2.550.971,43 2.756.686,06 2.972.686,42 3.199.486,81 3.437.627,21 3.687.674,63
R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
VP
805.000,01 856.219,76 906.114,87 954.743,70 1.002.162,34 1.048.424,70 1.093.582,64 1.137.685,98 1.180.782,65 1.222.918,72 1.264.138,50 1.304.484,59 1.343.997,96
R$
-R$ -R$ -R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
VP Acumulado 10.801.753,9
2.513.502,47 1.657.282,71 751.167,84 203.575,85 1.205.738,19 2.254.162,89 3.347.745,53 4.485.431,50 5.666.214,15 6.889.132,87 8.153.271,36 9.457.755,95
1
A utilização de resíduos faz com que não se faça necessária uma atualização
dos estudos ambientais da planta. É necessário, no entanto, avaliar o resíduo da
biodigestão para verificar a possibilidade de utilização do material como biofertilizante.
A área ocupada pela usina na região B apresentada na figura 39 não é
impeditivo para sua implementação, visto ser área ociosa em que a recuperação
ambiental não foi possível.
4,6
4,4
4,2
4
3,8
3,6
3,4
3,2
3
2 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Ocorrência do evento (%)
Para a análise financeira da geração eólica, assim como para as outras fontes,
também foi utilizado a metodologia e os índices apresentados no capítulo 2 item 2.1.7
sobre a viabilidade econômica. Algumas das informações se mantiveram as mesmas
que na análise de energia solar e de biomassa, sendo elas os valores de PLD mensais
e de contrato de venda de energia, o índice de inflação de 5%a.a., o índice de TMA
de 4,12%a.a. e demais informações sobre a geração de energia da PCH Itaguaçu.
Para os valores de investimento inicial, operação e manutenção, em termos
de R$/MW, utilizou-se dos valores explícitos no trabalho de Macedo et al. (2017). Os
autores destacam que o investimento de uma usina eólica é de aproximadamente R$
3,7 milhões por MW instalado. Para os valores de OPEX, utilizou-se o trabalho de
Garbe et al. (2011), que determina os valores de mão de obra e manutenção
(considerados aqui como manutenção e operação) em respectivamente 1% do
investimento inicial cada ano.
Diferente da análise para a usinas de energia solar que apresenta potência
da ordem de MW e possibilidade de alternância para comparativo, para a usina eólica
será avaliado apenas os valores para as potências médias de operações nos períodos
apresentados na Tabela 20. A não comparação entre variações de potências também
se dá devido a utilização de apenas um gerador eólico na planta.
Assim como na planta de energia solar, o tempo de simulação será de um
período de 25 anos, sendo uma avaliação preliminar de 2 anos em comparação com
os dados reais da PCH Itaguaçu nos anos de 2018 e 2019.
Nas Tabelas 21, 22, 23 e 24 é possível observar respectivamente a avaliação
para os anos de 2018, 2019 e para a projeção em 25 anos divididas em parte 1 parte
2.
120
PLD Médio no R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
-
mês (R$/MWh) 177,82 188,54 219,23 109,71 325,46 472,87 505,18 505,18 472,75 271,83 123,92 78,96
Potência (MW) - 11,713 8,433 5,090 10,357 4,126 5,287 3,040 2,838 2,523 9,199 9,440 6,715
Potência Max.
- 11,713 8,433 5,090 10,357 4,126 5,287 3,040 2,838 2,523 9,199 9,440 6,715
Hibrida (MW)
Potência Média
- 0,01898 0,01898 0,04241 0,04241 0,04241 0,05378 0,05378 0,05378 0,03819 0,03819 0,03819 0,01898
EOL (MW)
Energia EOL
- 13,666 13,666 30,535 30,535 30,535 38,722 38,722 38,722 27,497 27,497 27,497 13,666
Gerada (MWh)
Energia EOL
Disperdiçada - 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
(MWh)
Venda por PLD R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
(R$) - 3.085,97 3.232,46 8.159,92 4.815,71 11.403,68 20.168,92 21.420,01 21.420,01 14.318,96 8.794,30 4.727,25 1.734,98
Investimento -R$
Necessário (R$) 2.960.000,00
Saidas mensais -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$
(R$) 2.960.000,00 4.933,33 4.933,33 4.933,33 4.933,33 4.933,33 4.933,33 4.933,33 4.933,33 4.933,33 4.933,33 4.933,33 4.933,33
Fluxo de caixa -R$ -R$ -R$ R$ -R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ -R$ -R$
(R$) 2.960.000,00 1.847,37 1.700,87 3.226,59 117,63 6.470,34 15.235,59 16.486,68 16.486,68 9.385,63 3.860,97 206,08 3.198,35
Fonte: Os autores (2020)
121
Tabela 22 - Planilha Simulação Eólica em 0,800 MW ano 2019
Data dados PCH jan/19 fev/19 mar/19 abr/19 mai/19 jun/19 jul/19 ago/19 set/19 out/19 nov/19 dez/19
Data projeção Solar jan/21 fev/21 mar/21 abr/21 mai/21 jun/21 jul/21 ago/21 set/21 out/21 nov/21 dez/21
Potência (MW) 5,228 5,575 11,420 6,147 5,768 13,077 6,364 3,008 2,483 2,236 3,257 9,229
Potência Max. Hibrida
5,228 5,575 11,420 6,147 5,768 13,077 6,364 3,008 2,483 2,236 3,257 9,229
(MW)
Potência Média EOL
0,01898 0,01898 0,04241 0,04241 0,04241 0,05378 0,05378 0,05378 0,03819 0,03819 0,03819 0,01898
(MW)
Energia EOL Gerada
13,666 13,666 30,535 30,535 30,535 38,722 38,722 38,722 27,497 27,497 27,497 13,666
(MWh)
Energia EOL
0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
Desperdiçada (MWh)
R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
Venda por PLD (R$)
3.281,11 6.718,97 8.625,89 6.974,55 5.593,13 4.899,06 9.042,27 11.046,89 7.357,32 7.861,06 10.044,03 3.762,14
Investimento
- - - - - - -
Necessário (R$)
-R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$
Saídas mensais (R$)
4.933,33 4.933,33 4.933,33 4.933,33 4.933,33 4.933,33 4.933,33 4.933,33 4.933,33 4.933,33 4.933,33 4.933,33
-R$ R$ R$ R$ R$ -R$ R$ R$ R$ R$ R$ -R$
Fluxo de caixa (R$)
1.652,22 1.785,63 3.692,56 2.041,21 659,80 34,28 4.108,93 6.113,55 2.423,99 2.927,73 5.110,70 1.171,19
Fonte: Os autores (2020)
122
Tabela 23 - Planilha Simulação Eólica em 0,8 MW ano 0 até ano 12
Ano 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Potência Média
Usina PCH - 6,525 6,111 6,318 6,318 6,318 6,318 6,318 6,318 6,318 6,318 6,318 6,318
2018/2019 (MW)
PLD Médio no R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
- 287,621
ano (R$/MWh) 224,10 268,65 282,09 296,19 311,00 326,55 342,88 360,02 378,02 396,92 416,77
Potência (MW) - 7,325 6,911 7,109 7,105 7,100 7,096 7,091 7,087 7,082 7,078 7,073 7,069
Potência Max.
- 7,325 6,911 7,109 7,105 7,100 7,096 7,091 7,087 7,082 7,078 7,073 7,069
Hibrida (MW)
Potência Média
- 0,038 0,038 0,0383 0,0383 0,0383 0,0383 0,0383 0,0383 0,0383 0,0383 0,0383 0,0383
EOL (MW)
Energia EOL
- 331,258 331,258 335,858 335,858 335,858 335,858 335,858 335,858 335,858 335,858 335,858 335,858
Gerada (MWh)
Energia EOL
Desperdiçada - 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
(MWh)
Investimento -R$
Necessário (R$) 2.960.000,00
Saídas mensais -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$
(R$) 2.960.000,00 31.968,00 31.968,00 31.968,00 31.968,00 31.968,00 31.968,00 31.968,00 31.968,00 31.968,00 31.968,00 31.968,00 31.968,00
-R$
VP R$ 87.700,90 R$ 49.108,50 R$ 65.897,72 R$ 67.128,86 R$ 68.343,72 R$ 69.543,22 R$ 70.728,26 R$ 71.899,68 R$ 73.058,30 R$ 74.204,91 R$ 75.340,28 R$ 76.465,13
2.960.000,00
-R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$
VP Acumulado
2.960.000,00 2.872.299,10 2.823.190,60 2.757.292,88 2.690.164,02 2.621.820,30 2.552.277,08 2.481.548,82 2.409.649,14 2.336.590,84 2.262.385,93 2.187.045,66 2.110.580,53
Potência Média
Usina PCH 6,318 6,318 6,318 6,318 6,318 6,318 6,318 6,318 6,318 6,318 6,318 6,318 6,318
2018/2019 (MW)
Potência (MW) 7,064 7,060 7,055 7,051 7,046 7,042 7,042 7,033 7,028 7,024 7,019 7,015 7,010
Potência Max.
7,064 7,060 7,055 7,051 7,046 7,042 7,042 7,033 7,028 7,024 7,019 7,015 7,010
Hibrida (MW)
Potência Média
0,0383 0,0383 0,0383 0,0383 0,0383 0,0383 0,0383 0,0383 0,0383 0,0383 0,0383 0,0383 0,0383
EOL (MW)
Energia EOL
335,858 335,858 335,858 335,858 335,858 335,858 335,858 335,858 335,858 335,858 335,858 335,858 335,858
Gerada (MWh)
Energia EOL
Desperdiçada 0,000 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
(MWh)
R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
Venda por PLD (R$)
163.095,81 170.444,54 178.160,71 186.262,69 194.769,76 203.702,19 213.081,24 222.929,24 233.269,64 244.127,06 255.527,35 267.497,66 280.066,49
Investimento
- - - - - - - - - - - -
Necessário (R$)
Saídas mensais -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$
(R$) 31.968,00 31.968,00 31.968,00 31.968,00 31.968,00 31.968,00 31.968,00 31.968,00 31.968,00 31.968,00 31.968,00 31.968,00 31.968,00
R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
Fluxo de caixa (R$)
131.127,81 138.476,54 146.192,71 154.294,69 162.801,76 171.734,19 181.113,24 190.961,24 201.301,64 212.159,06 223.559,35 235.529,66 248.098,49
VP R$ 77.580,17 R$ 78.686,09 R$ 79.783,54 R$ 80.873,16 R$ 81.955,55 R$ 83.031,31 R$ 84.101,00 R$ 85.165,17 R$ 86.224,36 R$ 87.279,06 R$ 88.329,79 R$ 89.377,00 R$ 90.421,17
-R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$ -R$
VP Acumulado
2.033.000,36 1.954.314,26 1.874.530,72 1.793.657,56 1.711.702,01 1.628.670,70 1.544.569,70 1.459.404,52 1.373.180,17 1.285.901,10 1.197.571,32 1.108.194,31 1.017.773,14
5 RESULTADOS
R$10.000.000,00
R$5.000.000,00
R$0,00
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25
(R$5.000.000,00)
(R$10.000.000,00)
(R$15.000.000,00)
(R$20.000.000,00)
Ano
8.000
Geração [MWh]
6.000
4.000
2.000
0
jan/18
fev/18
mar/18
jun/18
jul/18
ago/18
set/18
jan/19
fev/19
mar/19
jun/19
jul/19
ago/19
set/19
out/18
out/19
abr/18
abr/19
mai/18
nov/18
dez/18
mai/19
nov/19
dez/19
Data
Energia gerada híbrida (MWh) Energia gerada PCH (MWh)
R$10.000.000,00
VPL acumulado
R$5.000.000,00
R$0,00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
(R$5.000.000,00)
(R$10.000.000,00)
Ano
8.000,00
Geração (MWh)
6.000,00
4.000,00
2.000,00
-
jul/18
set/18
jul/19
set/19
mar/18
jun/18
ago/18
mar/19
mai/19
jun/19
ago/19
fev/18
mai/18
out/18
nov/18
fev/19
out/19
nov/19
jan/18
dez/18
jan/19
dez/19
abr/18
abr/19
Data
Energia gerada híbrida (MWh) Energia gerada PCH (MWh)
12,000
10,000
8,000
6,000
4,000
2,000
0,000
12,000
10,000
8,000
6,000
4,000
2,000
0,000
1Curtailment é um termo utilizado para representar o montante de energia gerada e não aproveitada
por limitações do sistema elétrico no escoamento de energia (EPE,2018).
133
Tabela 25 - Resultados das análises de viabilidade técnica das fontes avaliadas para
hibridização
Potência da usina de maior Aumento de Energia gerada (2018 e 2019)
Geração
viabilidade [MW] FC [MWh]
Fotovoltaica 4,359 5,09% 11.372,679
Biomassa 0,763 5,45% 13.180,250
Eólica 0,800 0,28% 662,515
Fonte: Os autores (2020)
uma usina possa apresentar. O presente trabalho, no entanto, está limitado a avaliar
a questão econômica considerando a usina como única no portfólio sem opção de
negociações especiais. O resumo dos resultados da simulação financeira das
diferentes usinas é apresentado na Tabela 26.
6 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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