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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

JOHN KENNEDY COELHO PEREIRA

Estudo dos Impactos Técnicos da Geração Distribuída Fotovoltaica nas


Perdas Técnicas e Perfil de Tensão em uma Rede de Distribuição de
Energia Elétrica utilizando o OpenDSS

Boa Vista, RR
2022
JOHN KENNEDY COELHO PEREIRA

Estudo dos Impactos Técnicos da Geração Distribuída Fotovoltaica nas


Perdas Técnicas e Perfil de Tensão em uma Rede de Distribuição de
Energia Elétrica utilizando o OpenDSS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


como pré-requisito para a conclusão do curso
Bacharelado em Engenharia Elétrica do Centro de
Ciências e Tecnologia – CCT, da Universidade
Federal de Roraima – UFRR.

Orientador: Prof. Dr. Fernando V. Cerna

Boa Vista, RR
2023
JOHN KENNEDY COELHO PEREIRA

Estudo dos Impactos Técnicos da Geração Distribuída Fotovoltaica nas


Perdas Técnicas e Perfil de Tensão em uma Rede de Distribuição de
Energia Elétrica utilizando o OpenDSS

Trabalho de conclusão de curso apresentado no


curso de Bacharelado em Engenharia Elétrica
do Centro de Ciências e Tecnologia – CCT, da
Universidade Federal de Roraima – UFRR, como
requisito para obtenção do título de Bacharel
em Engenharia Elétrica. Apresentado em 16
de Dezembro de 2022 e avaliado pela seguinte
banca examinadora:

Prof. Dr. Fernando V. Cerna


(Presidente) Universidade Federal de Roraima

Profa. Me. Luizalba Santos e Souza Pinheiro


(Membro) Universidade Federal de Roraima

Prof. Me. Raone Guimarães Barros


(Membro) Universidade Federal de Roraima

Boa Vista, RR
2022
AGRADECIMENTOS

Fico grato que haja espaço, num documento tão técnico quanto este, para algumas
palavras que destoam da linguagem utilizada durante o processo de escrita desta monografia.
Na verdade, fico feliz por chegar a este momento em que posso agradecer aos verdadeiros
responsáveis pelo êxito deste trabalho. Afinal temos uma vida fora do âmbito acadêmico, e este
caminho só seria possível graças a essas pessoas.
Agradeço primeiramente a minha Mãe, dona Eliane Coêlho, sendo ela o pilar que me deu
suporte desde o início da minha jornada escolar e agora acadêmica, me incentivou e apoiou em
todas as minhas decisões. Agradeço a minha Irmã Kelly Coêlho, apesar de mais nova, sempre
foi exemplo de dedicação e esforço, e nessa reta final este exemplo foi crucial para me manter
focado. Agradeço às duas pelo apoio incondicional;
Agradeço ao professor Prof. Dr. Fernando V. Cerna, pelos valorosos conselhos, lições,
por me orientar e ter acreditado na realização deste trabalho;
Agradeço aos amigos Rodrigo Damasceno, Janderson Gomes, Hellen Ferreira, Cristian
Alves, Kaique Matos, Adriano Nascimento, José Lucena, aos grupos de estudos do DRX, GEDS,
Laboratório e Monitoria de Física e por fim aos amigos de outros cursos e foram não citados, eu
sou grato por terem tornado essa jornada mais valorosa. Aos professores dos Departamentos de
Engenharia Elétrica, Física e Matemática por todo o ensinamento repassado durante este período.
Finalmente, agradeço aos membros da banca por terem aceitado ler este trabalho e
participar da banca de avaliação.
“Tanto ao lutar quanto na
vida cotidiana, você deve
ser determinado, ainda que
calmo. Vá de encontro à
situação sem tensão, mas
também sem desleixo, com
o espírito estável, mas sem
prejulgamentos.”

(Miyamoto Musashi)
RESUMO

As redes de distribuição de energia elétrica (RDEE) permitem transportar eletricidade desde


as subestações até os centros de consumo. Ao longo desse processo a RDEE está submetida
a uma série de solicitações operacionais e/ou esforços técnicos, tais como distúrbios no perfil
de tensão e congestionamento nos cabos alimentadores, conduzindo ao incremento das perdas
técnicas (Efeito Joule). Com o advento da geração distribuída (GD), mudanças ocorreram na
configuração da RDEE impactando na solicitação de demanda, bem como nos parâmetros de
desempenho dessa. A injeção de potência próximo ao consumidor final, traz consigo vantagens
técnico-econômicas e novas possibilidades de mercado, redefinindo a posição do consumidor
de energia, que mediante a Resolução Normativa nº 482/2012, tem a possibilidade de negociar
com a distribuidora a injeção de potência na RDEE. Este trabalho, analisa o impacto técnico
da GD, especificamente nas perdas técnicas (nos trechos da rede elétrica) e no perfil de tensão
(nas barras) da RDEE. Para isso, utiliza-se o software Open Distribution System Simulator
(OpenDSS) como ferramenta, simulando o sistema IEEE - 34 barras. Ainda é apresentado,
metodologicamente, por meio deste software, como implementar e simular uma RDEE com
todos os componentes (cabos, transformadores, barras etc.), com seus respectivos parâmetros e
por fim explorar as funcionalidades como forma de corroborar o potencial de aplicação desse
software.

Palavras-chaves: Distúrbios no perfil de tensão. Geração distribuída. OpenDSS. Perdas técnicas.


Redes de distribuição de energia elétrica.
ABSTRACT

Electrical distribution networks (EDN) allow electricity transportation from substations to


consumption centers. During this process, the EDN is subjected to a series of operational
requests and/or technical efforts, like disturbances in the voltage profile and congestion in the
feeders, leading to increased technical losses (Joule Effect). With the advent of distributed
generation (DG), changes occurred in the EDN configuration, impacting the demand request
and its performance parameters. The injection of power close to the consumers brings technical-
economic advantages as well as new market possibilities, redefining the position of the energy
consumer, who, through Normative Resolution ANEEL nº 482/2012, has the opportunity of
trading with the distribution company the injection of power in the EDN. In this work, we
will analyze the technical-economic impact of DG, specifically in the technical losses (in the
branches) and in the voltage profile (through the nodes) of the EDN. For this, we will use the
OpenDSS software as a tool, simulating the IEEE - 34bus system. It will still be presented,
methodologically, how through this software, it is possible to implement and simulate an
EDN with all components (cables, transformers, loads, etc.), with their respective parameters.
Finally, this work explores the OpenDSS functionalities as a way to corroborate the potential of
application of this software.
Keywords: Voltage profile disturbances; Distributed generation; Electricity distribution net-
works; OpenDSS; Technical losses.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 –
Descrição do efeito fotovoltaico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Figura 2 –
Esquema simplificado de um sistema FV on-grid . . . . . . . . . . . . . . . 19
Figura 3 –
Parte de uma rede genérica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Figura 4 –
Diagrama do sistema padrão IEEE 34 nós . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Figura 5 –
Gráfico do perfil de tensão nas linhas do sistema IEEE 34 nós . . . . . . . . . 26
Figura 6 –
Diagrama do sistema IEEE 34 nós com localização dos sistemas fotovoltaicos 27
Figura 7 Gráfico do perfil de tensão nas linhas do sistema IEEE com GDFV 3 x

100kWp . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Figura 8 – Gráfico do perfil de tensão nas linhas do sistema IEEE com GDFV 3 x 60kWp 30
Figura 9 – Gráfico das perdas nas linhas do sistema IEEE ao longo de um dia . . . . . . 31
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Relatório de Perdas ativas sem GDFV na RDEE IEEE. . . . . . . . . . . . . 24


Tabela 2 – Relatório de Perdas ativas após a inserção dos sistemas de GDFV. . . . . . . . 28
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica

EPE Empresa de Pesquisa Energética

EPRI Electric Power Research Institute

FV Fotovoltaica

GD Geração Distribuída

GTES Grupo de Trabalho de Energia Solar

IEEE Institute of Electrical and Electronics Engineers

kW KiloWatt

kWh KiloWatt Hora

kWp KiloWatt Pico

MA Matriz de Admitância

MVA Mega Volt-Ampere

MW MegaWatt

OpenDSS Open Distribution System Simulator

PC Power Conversion

PD Power Delivery

PRODIST Regras e Procedimentos de Distribuição

RDEE Rede de Distribuição de Energia Elétrica

RPS Regime Permanente Senoidal

RN Resolução Normativa

pu Por Unidade

SEP Sistema Elétrico de Potência


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMATIZAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.2 JUSTIFICATIVA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.3 OBJETIVO GERAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2 REFERÊNCIAL TEÓRICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.1 REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA (RDEE) . . . . . . . . 15
2.1.1 PERDAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.1.2 DISTÚRBIOS NOS NÍVEIS DE TENSÃO . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.1.3 MEDIDAS MITIGADORAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.2 GERAÇÃO DISTRIBUÍDA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.2.1 ENERGIA FOTOVOLTAICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.2.2 ASPECTOS TÉCNICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.2.3 LEGISLAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.2.4 IMPACTOS NAS RDEEs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.3 REPRESENTAÇÃO MATEMÁTICA DA RDEE . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.4 O OPENDSS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3 A RDEE IEEE DE 34 NÓS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.1 AS PERDAS TÉCNICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.2 O PERFIL DE TENSÃO NAS LINHAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
4.1 A RDEE IEEE 34 NÓS COM GDFV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
5 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
APÊNDICE A Código utilizado para simular o sistema no OpenDSS com geração
distribuida fotovoltaica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
APÊNDICE B Código em python biblioteca de funções para utilização do OpenDSS
39
ANEXO A Código do OpenDSS da rede IEEE 34 nós . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
ANEXO B Código do OpenDSS para a simulação da rede IEEE 34 nós . . . . . . . 53
ANEXO C Código do OpenDSS das linhas da rede IEEE 34 nós . . . . . . . . . . . 55
12

1 INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMATIZAÇÃO

O sistema elétrico de potência (SEP) está formado por três grandes blocos, tais como
geração, transmissão e distribuição. Na geração, a produção de eletricidade é realizada pela
utilização dos diversos recursos disponíveis, dentre eles, água, combustível fóssil, gás, radiação
solar, vento, etc. A transmissão, por sua vez realiza o transporte da energia elétrica até as
subestações de distribuição, bem como para grandes consumidores. Finalmente, no bloco
da distribuição, a energia elétrica é transportada desde as subestações até os consumidores
finais. Assim, os consumidores utilizam a eletricidade para diversas finalidades, desde alimentar
máquinas nas fábricas, iluminar as ruas e possibilitar o acesso à informação pelas pessoas
(KAGAN; OLIVEIRA; ROBBA, 2005).
As redes de distribuição de energia elétrica (RDEEs) são de responsabilidade das con-
cessionárias de energia, elas têm como negócio fornecer energia elétrica aos consumidores em
diversos níveis de tensão. O serviço de distribuição de energia elétrica gera custos operacionais
para as concessionárias envolvendo variações de tensão ao longo da rede elétrica, além das
perdas de energia. Essas perdas podem ser classificadas em técnicas e não técnicas. As perdas
não técnicas estão relacionadas ao roubo de energia elétrica por meio de instalações elétricas
clandestinas, erros de medição, falta/defeito de medidores e à inadimplência de alguns consumi-
dores (LEITE, 2019). Neste trabalho serão analisadas as perdas técnicas e os distúrbios no perfil
de tensão, como mencionado a seguir.
As perdas técnicas estão relacionadas à dissipação da potência em forma de calor (efeito
Joule) como resultado da passagem de corrente elétrica por um material condutor (SILVA, 2017).
Essas perdas causam prejuízo financeiro às concessionárias, no entanto, não é possível reduzi-las
a zero. Reduzir as perdas na RDEE não é um objetivo puramente econômico, mas também
técnico, pois interfere na qualidade da energia entregue ao consumidor (BERNARDES, 2011).
Como parte da estratégia de redução das perdas e de diversificação da matriz energética, as
concessionárias promovem incentivos com base em regulamentações da Agência Nacional de
Energia Elétrica (ANEEL) para inclusão e desenvolvimento de Geração distribuída (GD) nas
RDEE (LIMA, 2017).
De acordo com o Módulo 1 - Glossário de Termos Técnicos do Manual de Regras e
Procedimentos de Distribuição (PRODIST), as centrais geradoras de energia elétrica (de qualquer
potência), com instalações conectadas diretamente em uma RDEE ou por meio de instalações de
consumidores são definidas como Geração Distribuída (GD) (ANEEL, 2021a).
Por intermédio da Resolução Normativa (RN) nº 482/2012 da ANEEL (2012) que
"Estabelece condições gerais para o acesso de micro geração e mini geração distribuída aos
Capítulo 1. INTRODUÇÃO 13

sistemas de distribuição de energia elétrica, o sistema de compensação de energia elétrica, e


dá outras providências", o consumidor passa a ter uma participação ativa no setor elétrico. A
partir desse ponto, nota-se um número crescente de consumidores investindo em sistemas de
microgeração, com destaque para os sistemas baseados em aproveitamento solar fotovoltaico,
com o objetivo de reduzir o valor final de suas contas de energia (EPE, 2017).
Os distúrbios nos níveis de tensão são definidos como alterações no perfil de tensão
do sistema; Podem ocorrer devido a diversos fenômenos, por exemplo, inserção de grandes
cargas, descargas atmosfericas, manobras erradas, etc, sendo dever da concessionária monitorar e
manter o perfil em conformidade com os limites estabelecidos pela ANEEL através do Módulo 8 -
Qualidade da Energia Elétrica do conjunto de regras e Procedimentos de Distribuição (PRODIST)
(VILLALBA; STAMM; KIMURA, 2019).
A inserção de geração distribuída fotovoltaica (GDFV) nas RDEE provoca uma redução
das perdas ao mesmo tempo que reduz a quantidade de energia demandada das subestações, pois
supre essa diferença localmente. Além disso, contribui para a estabilização dos níveis de tensão
ao longo da RDEE, assim os níveis de tensão permanecem próximos ao valor nominal (ADAM
et al., 2018). A ANEEL (2014), a partir da nota técnica nº 0057/2014, que estabelece um padrão
para as concessionárias, define o cálculo das perdas na RDEE como sendo obtidos a partir de
estudos de fluxo de carga. E para tanto, determina que o software a ser utilizado seja o OpenDSS.
Software que foi inicialmente concebido pela ANEEL para analisar a conexão de GD às RDEE.

1.2 JUSTIFICATIVA

Como citado anteriormente, o transporte de energia na RDEE envolve perdas que causam
prejuízos à concessionaria. Devido a isso a ANEEL constantemente implementa metodologias
para reduzi-las, uma delas é o incentivo à GD; Além de entender e calcular as perdas é de
vital importância para esse processo. Portanto, o software OpenDSS se mostra apropriado para
estudo de cenários prospectivos por parte da concessionária de distribuição de energia. Esse fato
constitui a principal justificativa do presente trabalho.

1.3 OBJETIVO GERAL

• Apresentar os impactos técnico-econômicos na RDEE ocasionados pela presença de


GDFV.

1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Compreender o funcionamento do software OpenDSS;

• Analisar os principais componentes e estrutura de uma RDEE;


Capítulo 1. INTRODUÇÃO 14

• Simular uma RDEE no ambiente computacional OpenDSS;

• Estimar as perdas técnicas nos ramos da RDEE;

• Inserir a GDFV nos nós da RDEE de forma predefinida;

• Reavaliar as perdas técnicas na presença da GDFV;

• Retratar o perfil de tensão nos ramos antes e após a inserção da GDFV.

1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO

Este trabalho está organizado em 5 capítulos, o presente capítulo apresenta introdução,


justificativa e objetivos.
O capítulo 2 apresenta o referencial teórico subdividido nos tópicos: RDEE; GD; Repre-
sentação Matemática da RDEE; e OpenDSS. O tópico de RDEE apresenta ao leitor os conceitos
necessários à compreenção da estrutura das redes de distribuição, linhas, ramos, fluxo de potência
nos sistemas, perdas, distúrbios nos níveis de tensão e medidas adotadas para mitigar esses
efeitos indesejáveis. No tópico realcionado à GD tem-se uma introdução a energia fotovoltaica,
a legislação em torno do processo de conexão ao sistema e impactos que essa conexão tem no
sistema; No tópico subsequente é mostrada a representação matemática da RDEE que é utilizada
para os cálculos teóricos e simulação; em seguida é apresentado o software utilizado para a
realização das simulações do trabalho.
No capítulo 3 são abordadas caracteristicas e estado da rede IEEE 34 nós utilizado nesse
estudo, apresentando as perdas presentes em sua atual configuração, bem como o seu perfil
de tensão através das linhas. O capítulo 4 apresenta os resultados e discussões, a redução das
perdas e a melhora no perfil de tensão da RDEE. Finalizando com o capítulo 5, discorrendo as
conclusões obtidas.
15

2 REFERÊNCIAL TEÓRICO

2.1 REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA (RDEE)

As RDEEs são gerenciadas pelas empresas concessionárias de energia, que lucram


mediante a venda de energia. Elas compram energia das empresas transmissoras de energia e por
meio da sua RDEE, levam essa energia aos consumidores que pagam uma tarifa determinada
pela ANEEL por cada kilowatt hora (kWh) consumido.
As RDEEs tipicamente começam a partir da subestação de distribuição que é alimentada
por uma ou mais linhas de subtransmissão. Cada subestação servirá a um ou mais alimentadores
primários, cuja topologia é radial, o que significa que o fluxo de potência tem apenas um caminho
a seguir, da subestação para cada um dos consumidores (KERSTING, 2017).
As RDEEs tem hoje uma nova configuração de mercado onde a empresa transmissora,
apesar de ser o principal fonecedor de energia, não é mais o único; a geração distribuída permite
geração de energia pelo consumidor e essa energia é inserida na rede e remunerada em forma de
créditos ao consumidor, graças à RN nº 482/2012 (ANEEL, 2012). Assim, o fluxo de potência
que antes seguia um único sentido, agora pode seguir o sentido inverso. Essa mudança no fluxo
de potência pode intensificar as perdas envolvidas no transporte de energia, bem como os níveis
de tensão, através dos ramos da RDEE.

2.1.1 PERDAS

As perdas totais na RDEE são obtidas subtraindo a energia elétrica total faturada pelos
consumidores do montante de energia elétrica fornecida pela concessionária. Assim, se obtém a
quantidade de energia classificada como perda. (BERNARDON et al., 2007).
As perdas totais compreendem as perdas técnicas, que são inerentes ao transporte de
energia, que provoca aquecimento dos cabos condutores, esse fenômeno é conhecido como efeito
Joule. E, as perdas não técnicas estão relacionadas a falhas nos equipamentos de medição, erros
no processo de faturamento, conexões ilegais à RDEE (PIOTROWSKI et al., 2021). Estima-se
numericamente as perdas técnicas por meio de sistemas computacionais. Atualmente, diversos
softwares permitem otimizar o cálculo dessas perdas, dentre os quais podem ser citados o
MATLAB e OpenDSS como os mais utilizados na literatura especializada. Há também diversos
trabalhos entre dissertações de mestrado e teses de doutorado visando o desenvolvimento de
metodologias para o cálculo de perdas técnicas.
No Brasil, o OpenDSS é o software definido pela ANEEL para o cálculo das perdas
técnicas nas RDEEs. Ele foi escolhido por, dentre outros fatores, já ter o recurso de inserção de
fontes de geração distribuída, uma vez que impactam na mitigação das perdas no sistema.
Capítulo 2. REFERÊNCIAL TEÓRICO 16

2.1.2 DISTÚRBIOS NOS NÍVEIS DE TENSÃO

A concessionária tem a responsabilidade de distribuir energia elétrica seguindo critérios


de qualidade que são estabelecidos pela ANEEL (2021b) no Módulo 8 - Qualidade do For-
necimento de Energia Elétrica do PRODIST. Dentre os aspectos considerados para definir a
qualidade de energia elétrica, esse trabalho irá destacar a tensão de regime permanente, que sofre
distúrbios ao longo da RDEE e a influência da GD.
As variações de tensão são classificadas em sobretensão (quando o nível de tensão
ultrapassa o limite superior estabelecido) e subtensão (quando o nível de tensão atinge valores
abaixo do limite inferior estabelecido). As sobretensões podem resultar da comutação de chaves
seccionadoras e disjuntores com intuito de desconectar grandes cargas. Também são resultado
de variações na compensação de reativos causada pela conexão de bancos de capacitores, falhas
no sistema de regulação de tensão, bem como configuração incorreta do tap dos transformadores.
Em contrapartida, as subtensões são resultado de eventos opostos às causas das sobretensões,
tais como conexão e/ou reconexão de grandes cargas, desligamento intempestivo de banco de
capacitores e circuitos sobrecarregados (IEEE, 2019).
Os equipamentos elétricos conectados à RDEE, sejam eles pertencentes à própria conces-
sionária ou aos consumidores, requerem que a tensão de alimentação esteja dentro de determina-
dos níveis, caso contrário, o equipamento pode apresentar queda no desempenho, interrupções
não programadas e danos permanentes aos equipamentos (HARO, 2015).

2.1.3 MEDIDAS MITIGADORAS

Algumas medidas conhecidas e aplicadas pelas concessionárias para mitigar esses proble-
mas são: recondutoramento, reconfiguração da rede, adição de bancos de capacitores ou gestão
de cargas (AMORA et al., 2003). Portanto, a GD se apresenta como mais uma possibilidade. O
presente trabalho irá abordar o impacto da GD nas perdas técnicas e no perfil de tensão nas barras.
Por sua vez, há no meio acadêmico divesos trabalhos e dissertações abordando os impactos da
GD em outros parâmetros (ADAM et al., 2018; LIMA, 2017; NORÕES, 2019) como fator de
potência e harmônicos e em diversos cenários da RDEE e de GD.
Pode-se reduzir as perdas técnicas a partir de uma unidade de GD, mas deve-se ter maior
atenção ao projeto quanto à potência instalada e a localização da unidade quando o objetivo é
puramente aproveitar o benefício da GD de reduzir as perdas (GUEDES, 2013).

2.2 GERAÇÃO DISTRIBUÍDA

Energias renováveis advêm de diversas fontes, tais como vento, sol, calor da terra,
biomassa. As fontes de energia renováveis são naturalmente um recurso distribuído, isso
possibilita a geração de energia em locais remotos sem a necessidade de transportar energia
até esses locais. Sob outra pespectiva, também significa que pode-se ter pequenas unidades
Capítulo 2. REFERÊNCIAL TEÓRICO 17

de geração de energia de fontes renováveis de forma distribuída. Uma dificuldade econômica


seria a conexão dessas pequenas unidades ao sistema de transmissão de energia, entretanto há a
possibilidade de conectar essas unidades geradoras através de RDEEs. Esse modelo de geração é
conhecida como GD (GONEN, 2014).
A GD já se faz presente no mundo. No Brasil foi regulada pela RN nº 482/2012, a partir
dessa resolução o número de sistemas instalados está em constante crescimento. De acordo
com dados da EPE (2022), em 2021 o país atingiu um total de 1.035.944 consumidores com
sistemas de mini e microgeração distribuída, com uma capacidade instalada acumulada de 8.965
megawatts (MW). Dentre todos esses, 98% são sistemas fotovoltaicos. O avanço da GD vem
acompanhado de diversos benefícios ambientais, técnicos e econômicos.

2.2.1 ENERGIA FOTOVOLTAICA

Um sistema fotovoltaico (FV) utiliza a incidência da luz solar para geração de energia
elétrica; Esse fenômeno é conhecido como efeito fotovoltaico (NORÕES, 2019). Esse efeito
consiste no aproveitamento da energia dos fótons presentes na luz solar, que incidindo sobre uma
placa composta de material semicondutor dopado para configurar uma junção P-N (Positivamente
carregada e Negativamente carregada), dá origem a um campo elétrico. Devido à energia dos
elétrons livres da camada tipo N, a energia dos fótons aumenta a energia dos elétrons, ocasionando
assim o surgimento de corrente elétrica que flui de forma a ocupar as lacunas da camada P assim,
conectando cabos condutores essa eletricidade gerada pode ser utilizada para alimentar uma
carga (NASCIMENTO, 2004), como ilustra a Figura 1.

Os primeiros sistemas FV em sua maioria configuravam sistemas isolados. Somente no


final da década de 1990, a conexão de sistemas FV à rede passa a ser implementada e atualmente
ocupa um lugar cada vez mais expressivo entre as aplicações dessa tecnologia (ZILLES et al.,
2016).
Segundo dados da U.S. Energy information Administration (2022), a capacidade instalada
mundial de geração de energia solar FV, foi de 34 bilhões de kilowatts hora (kWh) em 2010,
para 840 bilhões de kWh em 2020.
Um sistema FV apresenta diversos componentes; Dentre eles, o módulo FV e o inversor
são os fundamentais. A ABNT (2013) define o módulo FV como a unidade básica formada por
um conjunto de células FV, interligadas eletricamente e encapsuladas, com o objetivo de gerar
energia elétrica.O inversor é o conversor estático de potência que converte a corrente contínua
do gerador FV em corrente alternada.

2.2.2 ASPECTOS TÉCNICOS

Basicamente, sistemas de GDFV são constituídos por um bloco gerador e um bloco


de condicionamento de potência (GTES, 2014). O bloco gerador é formado pelos módulos
Capítulo 2. REFERÊNCIAL TEÓRICO 18

Figura 1 – Descrição do efeito fotovoltaico

Fonte: adaptado pelo próprio autor.

FV, que podem variar de tamanho, potência, tecnologia, eficiência, e arranjo dos módulos.
Essas características vão depender do objetivo do projeto, localidade e orçamento. O bloco de
condicionamento de potência tem como equipamento principal o inversor de frequência; Ele
possui diversos papéis nesse sistema, mas o principal é o de converter a energia gerada nos
módulos, de corrente continua para corrente alternada, que é o padrão da rede de distribuição em
que deverá ser conectado. A partir das características em torno do bloco gerador, se define as do
bloco de condicionamento de potência.
Para conexão na RDEE, o sistema de geração FV deve ser projetado como um sistema
ON-GRID. O sistema ilustrado na figura 2 mostra que os módulos FV instalados no telhado
residêncial estão sendo atingidos por luz solar. Eles são conectados ao inversor que por sua vez é
conectado ao quadro de distribuição de energia elétrica da residência.

2.2.3 LEGISLAÇÃO

Desde a publicação da RN nº 482/2012, o consumidor brasileiro possuidor de GD,


classificado conforme a própria RN como mini-GD ou micro-GD e que se enquadre nos termos
dispostos, pode solicitar conexão à RDEE e em consequência dessa conexão, aderir ao sistema
de compensação de energia elétrica. Visando aumentar o público alvo e melhorar as informações
na fatura, a ANEEL (2015) publicou a RN nº 687/2015, sendo essa uma atualização da RN nº
482/2012.
Capítulo 2. REFERÊNCIAL TEÓRICO 19

Figura 2 – Esquema simplificado de um sistema FV on-grid

Fonte: Autor.

No que diz respeito à potência, a RN nº 482/2012 considera micro-GD, sistemas de


geração de potência menor ou igual a 75 kW. E, mini-GD como sistemas de potência superior a
75 kW e menor ou igual a 5 MW. A potência máxima é limitada a 3 MW caso o sistema utilize
fonte hídrica.
Com a conexão do sistema de mini ou micro-GD à RDEE, a energia ativa injetada no
sistema pela unidade consumidora será cedida a título de empréstimo gratuito para a distribuidora,
passando a unidade a ter um crédito em quantidade de energia ativa a ser consumida. Assim
funciona o sistema de compensação, a unidade consumidora tem um prazo de 60 meses para
consumir esse crédito.
A empresa distribuidora é a responsável técnica e financeira pelo sistema de medição
para micro-GD, no entanto, os custos de adequação do sistema de medição para mini-GD são de
responsabilidade do interessado.
Capítulo 2. REFERÊNCIAL TEÓRICO 20

2.2.4 IMPACTOS NAS RDEEs

Com a presença de GD, a potência pode seguir um fluxo bidirecional dentro da RDEE.
Esse fluxo traz consigo novos desafios na operação e proteção da rede. Além disso, a inserção em
larga escala da GD pode impactar negativamente na operação da RDEE. Conforme Morais (2020),
as barras do sistema com presença de GDFV apresentam melhorias nos níveis de tensão e de
consumo de potência, reduzindo sobrecargas da rede e assim melhorando os níveis de tensão. Por
outro lado, foi observada a redução do fator de potência da RDEE à medida que esses sistemas
foram adicionados, esses sistemas normalmente trabalham com fator de potência unitário,
demandando da RDEE o reativo necessário para o funcionamento dos equipamentos da unidade
consumidora. O baixo fator de potência geralmente está associado a quatidades elevadas de
energia reativa demandada da RDEE, o que resulta no aumento da corrente, como consequência
sobrecarrega o sistema, causando incremento nas perdas, quedas de tensão, subutilização da
capacidade instalada (SILVA, 2009).

2.3 REPRESENTAÇÃO MATEMÁTICA DA RDEE

A representação matemática da RDEE se faz necessária para obter-se a solução algébrica


para o fluxo de potência de um circuito, logo se faz necessário a composição das matrizes de
admitâncias (MA) nodais da rede elétrica. Para isso, serão apresentadas as definições e como
determinar essas matrizes.

Figura 3 – Parte de uma rede genérica.

Fonte:(KAGAN; OLIVEIRA; ROBBA, 2005)

Seja a figura 3, na qual são representadas as ligações de uma barra "i"genérica com as
demais barras da rede (inclusive a barra de referências). Aplica-se a definição para o cálculo da
i-ésima coluna da matriz Y, ou seja, aplicação de gerador de tensão de 1 pu na barra "i"e demais
barras curto-circuitadas para a referência (KAGAN; OLIVEIRA; ROBBA, 2005).
Capítulo 2. REFERÊNCIAL TEÓRICO 21

Assim, admitância de transferência entre uma barra qualquer e a barra i é determinada


como se segue.

I˙1 I˙j I˙n


Ȳ1i = = −ȳi1 ... Ȳji = = −ȳij ... Ȳni = = −ȳin (2.1)
1 1 1
E, a admitância de entrada, é dada por:

I˙i I˙1 I˙j I˙n


Ȳii = = −ȳi − − ... − − ... − = ȳi + ȳi1 + ... + ȳij + ... + ȳin (2.2)
1 1 1 1

• a admintância de entrada da barra é determinada pela somatória das admitâncias que


chegam nesse nó;

• a admitância de transferência entre dois nós é dada pela adminitância existente entre os
dois nós, com sinal negativo.

Para o caso da rede com admitâncias mútuas, pode ser montada a matriz de admitâncias
nodais de forma análoga, desde que os elementos com mútuas sejam tratados como blocos
representados pelas suas correspondentes matrizes de impedâncias e admitâncias dos elementos
de rede.
A relação entre a matriz de admitância nodal, tensões nodais e correntes injetadas é
apresentada na Equação 2.3.

     
I˙1 Ȳ11 · · · Ȳ1i · · · Ȳ1n V˙1
.  . .. ..   . 
 ..   .. ··· . ··· .   . 
     . 
˙ 
 Ii  =  Ȳi1 · · · Ȳii · · · Ȳin  ×  V̇i  (2.3)
  
.  . . . 
  . 
 
.  .
.  . · · · .. · · · ..   .. 
I˙n Ȳn1 · · · Ȳni · · · Ȳnn V˙n

2.4 O OPENDSS

Open Distribution System Simulator (OpenDSS) é um software de simulação que suporta


análises em regime permanente senoidal, sendo utilizado no planejamento eficiente de RDEEs.
Esse software foi desenhado para ser indefinidamente expansível, podendo ser facilmente
modificado para atender a demanda dos planejadores e pesquisadores, que tenham interesse em
implementar novas funcionalidades que sejam necessárias para atingir seus objetivos (EPRI,
2021).
Os blocos básicos para modelagem de circuitos são os chamados Power Delivery - PD e
os Power Conversion - PC. Os PD são os elementos de transporte de energia; são exemplos de
PD as linhas, transformadores e capacitores. Enquanto os PC são os elementos de conversão de
Capítulo 2. REFERÊNCIAL TEÓRICO 22

energia como cargas e geradores. Existem ainda os elementos de suporte tais como elementos de
controle e medição (SEXAUER, 2016). Para conectar esses elementos, no momento em que são
definidos é necessário declarar a qual nó de qual barra ele está conectado; o OpenDSS cria por
consequência a barra com os nós necessários.
O OpenDSS possui dois algoritimos para a solução do fluxo de potência, sendo um
chamado de Normal e outro chamado de Newton (apesar do nome, não é igual ao método de
Newton Raphson clássico). O algoritmo utilizado neste trabalho foi o Normal, por ser o método
de solução padrão do software.
O método utilizado pelo OpenDSS, trabalha montando uma MA nodal individual para
cada elemento da rede, chamada de MA nodal primitiva. Por sua vez, as matrizes de admitância
nodal primitivas de todos os elementos da rede são combinadas para criar uma MA nodal do
sistema inteiro.
Como o OpenDSS trabalha no domínio da frequência, as tensões e correntes se encontram
em Regime Permanente Senoidal (RPS). Logo, as grandezas elétricas são trabalhadas na forma
fasorial, resultando em um sistema de equações algébricas a serem resolvidas por diferentes
métodos. Porém, o método de solução do OpenDSS difere dos mais tradicionais (Newton-Rapson
e Gauss-Seidel), pois não utiliza diretamente os dados de potências injetadas no sistema. O
sistema de equações trabalha diretamente sobre a MA nodal do sistema, ou seja, com os fasores
de tensões nodais e correntes injetadas. Vale citar que, no processo de solução, o OpenDSS
utiliza valores atuais de tensão e corrente. Valores por unidade (pu) e componentes simétricas
podem ser utilizados somente como dados de entrada e saída do programa (ROCHA; RADATZ,
2017).
23

3 A RDEE IEEE DE 34 NÓS

Para este trabalho foi utilizado o sistema padronizado pelo IEEE cujo diagrama está
exposto na figura 3. Esse modelo foi concebido em 1992, para servir de referência e comparação
entre os diversos softwares de análise de RDEE. O OpenDSS já contém em sua biblioteca o
código para esse sistema e para o desenvolvimento do trabalho proposto foi modificado com a
inserção de sistemas GDFV.

Figura 4 – Diagrama do sistema padrão IEEE 34 nós

Fonte: (IEEE, 1992)

As principais características desse sistema são:

1. Cargas de potência constante ligadas em estrela;

2. Linhas de distribuição aéreas com circuitos trifásicos e monofásicos;

3. Reguladores monofásicos de tensão ao longo do circuito;

4. Banco de capacitores trifásicos localizados nas barras 844 e 848;

5. Transformador de potência 345-24,9 kV de 2,5 MVA ligado em delta-estrela aterrada;

6. Autotransformador entre as barras 832 e 888 com relação de transformação de 24,9/4,16


kV.
Capítulo 3. A RDEE IEEE DE 34 NÓS 24

3.1 AS PERDAS TÉCNICAS

Como o algoritmo para RDEE é disponibilizado na biblioteca do software, é possivel


extrair os dados de perdas técnicas e de perfil de tensão. Na tabela 1, observa-se que as perdas
ativas somam 263,3 kilowatts nas linhas, correspondendo atualmente a 15,42% da potência ativa
total do sistema, que é de 1769,8 kW.

Tabela 1 – Relatório de Perdas ativas sem GDFV na RDEE IEEE.

Elemento Perdas ativas (kW)


Linha 1 3,4723
Linha 2a 1,16439
Linha 2b 1,10737
Linha 3 41,33636
Linha 4a 0,0023
Linha 4b 0,00
Linha 5 47,5001
Linha 6 37,78711
Linha 7 0,01737
Linha 8 0,01586
Linha 9a 7,10824
Linha 9b 7,06663
Linha 10a 2,18728
Linha 10b 1,42281
Linha 11a 0,41208
Linha 11b 0,00001
Linha 12a 0,00771
Linha 12b 0,00
Linha 13a 0,55107
Linha 13b 0,54827
Linha 14a 13,34657
Linha 14b 13,23791
Linha 15 0,63487
Linha 16a 1,25175
Linha 16b 1,21533
Linha 17a 0,10357
Linha 17b 0,03934
Linha 18 0,06386
Linha 19a 0,00148
Continua na próxima página...
Capítulo 3. A RDEE IEEE DE 34 NÓS 25

Tabela 1 – Relatório de Perdas ativas sem GDFV na RDEE IEEE (Continuação).


Elemento Perdas ativas (kW)
Linha 19b 0,00026
Linha 20 0,00044
Linha 21a 0,15385
Linha 21b 0,1522
Linha 22a 0,15995
Linha 22b 0,16355
Linha 23a 0,02373
Linha 23b 0,02428
Linha 24 0,52666
Linha 25 0,01039
Linha 26a 0,00005
Linha 26b 0,00003
Linha 27 44,79417
Linha 28a 0,00001
Linha 28b 0,00
Linha 29a 1,44024
Linha 29b 1,35736
Linha 30a 0,02849
Linha 30b 0,01084
Linha 31a 0,00389
Linha 31b 0,00
Linha 32 32,75833
Total 263,4

Fonte: Autor.

3.2 O PERFIL DE TENSÃO NAS LINHAS

No gráfico da figura 5 cada reta representa uma fase de cada linha da RDEE, linhas
conectadas uma após a outra, dão continuidade ao nível de tensão da linha a montante, a exemplo,
a linha que conecta o nó 812 ao 814 é a Linha 6, e a montante a reta representa a queda da
Linha 5 que conecta o nó 808 ao nó 812. As retas que decrescem abaixo do limite inferior de
queda de tensão (identificado pela reta vermelha em 0.95pu) são: Linha 6 (identificada na figura,
sendo a primeira cuja a queda rompe o limite inferior); e Linha 32 (linha que conecta os nós
888 e 890). Como esperado, há queda de tensão ao longo dos ramos do sistema, vale lembrar
que o limite inferior estabelecido pela norma é de 0.95 Por Unidade (pu). Pretende-se observar
mudanças nesses perfis mediante a inserção de sistemas fotovoltaicos em pontos predefinidos.
Capítulo 3. A RDEE IEEE DE 34 NÓS 26

Figura 5 – Gráfico do perfil de tensão nas linhas do sistema IEEE 34 nós

Fonte: Autor.
27

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 A RDEE IEEE 34 NÓS COM GDFV

A escolha da localização e da potência dos sistemas FVs adicionados à RDEE foram


determinadas visando demonstrar a capacidade de redução das perdas ativas no sistema. Primei-
ramente definiu-se arbitrariamente um sistema FV com potência de 100kWp (kilowatt-pico).
Para automatização foi desenvolvido um algoritmo em python onde esse sistema FV foi inserido
no nó 800 e realizando a simulação, em seguida retirado do nó 800 e conectado ao nó 802, e
assim consecutivamente para todos os nós. Com o resultado escolheu-se os nós que apresenta-
ram melhor redução das perdas ativas sendo eles os nós 800, 802 e 890, localizados conforme
indicado na figura 6.

Figura 6 – Diagrama do sistema IEEE 34 nós com localização dos sistemas fotovoltaicos

Fonte: (IEEE, 1992) Adaptado pelo autor.

Contudo, a potência de 100kWp causou sobretensão no perfil de tensão em trechos da


RDEE como se pode observar na figura 7. Com relação às perdas nas linhas, houve expressiva
redução, chegando no valor de 184,2 kW. Então novamente com o auxilio de um algoritmo,
variou-se a potência do sistema de 1kWp a 100kWp para observar qual potência se adequaria
aos limites de sobretensão do sistema. O resultado apresentou que uma potência de 60kW seria
um cenário dentro dos limites.
Capítulo 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 28

Figura 7 – Gráfico do perfil de tensão nas linhas do sistema IEEE com GDFV 3 x 100kWp

Fonte: Autor.

Com as potências e localizações dos sistemas GDFV definidas, realizou-se a simulação


da RDEE para verificar alterações nas perdas ativas nas linhas e no perfil de tensão da RDEE,
obtem-se como resuldado a tabela 2 e o gráfico da figura 8 gerado pelo do software OpenDSS.
Na tabela 2, tem-se as linhas destacadas com perdas mais expressivas, quando comparadas
com a tabela 1 evidencia-se a redução nas perdas ativas nessas linhas, Subtraindo a redução total
da tabela 2 pela redução total da tabela 1 resulta-se em uma redução média diária de 49,6 kW,
utilizando-se a 4.1 representa uma redução de 18,8%. E na figura 8 o perfil de tensão ao longo
das linhas do sistema modificado.

P erdassemGD − P erdascomGD
∗ 100% (4.1)
P erdassemGD

Tabela 2 – Relatório de Perdas ativas após a inserção dos sistemas de GDFV.

Elemento Perdas ativas (kW)


Linha 1 2,49181
Linha 2a 0,99444
Linha 2b 0,94259
Linha 3 35,18529
Linha 4a 0,0022
Linha 4b 0,00
Continua na próxima página...
Capítulo 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 29

Tabela 2 – Relatório de Perdas ativas após a inserção dos sistemas de GDFV (Continuação).
Elemento Perdas ativas (kW)
Linha 5 40,38577
Linha 6 32,13064
Linha 7 0,01475
Linha 8 0,15237
Linha 9a 5,92062
Linha 9b 5,88256
Linha 10a 2,16622
Linha 10b 1,40077
Linha 11a 0,40579
Linha 11b 0,00001
Linha 12a 0,00771
Linha 12b 0,00
Linha 13a 0,45639
Linha 13b 0,45387
Linha 14a 11,04847
Linha 14b 10,95007
Linha 15 0,52175
Linha 16a 1,26277
Linha 16b 1,22585
Linha 17a 0,10354
Linha 17b 0,03864
Linha 18 0,06516
Linha 19a 0,00148
Linha 19b 0,00026
Linha 20 0,00043
Linha 21a 0,15700
Linha 21b 0,15535
Linha 22a 0,16419
Linha 22b 0,16850
Linha 23a 0,02445
Linha 23b 0,02502
Linha 24 0,45734
Linha 25 0,00866
Linha 26a 0,0005
Linha 26b 0,00003
Continua na próxima página...
Capítulo 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 30

Tabela 2 – Relatório de Perdas ativas após a inserção dos sistemas de GDFV (Continuação).
Elemento Perdas ativas (kW)
Linha 27 36,79233
Linha 28a 0,00001
Linha 28b 0,00
Linha 29a 1,45274
Linha 29b 1,37086
Linha 30a 0,02805
Linha 30b 0,01074
Linha 31a 0,00380
Linha 31b 0,00
Linha 32 18,79772
Total 213,8

Fonte: Autor.

Figura 8 – Gráfico do perfil de tensão nas linhas do sistema IEEE com GDFV 3 x 60kWp

Fonte: Autor.

Sabe-se que os sistemas fotovoltaicos geram potência conforme a intensidade de incidên-


cia solar aumenta ou diminui no decorrer do dia. Para mostrar este comportamento foi elaborado
o gráfico da figura 9; Nele tem-se as curvas de perdas ativas no sistema ao longo de um dia com
e sem a presença de GDFV. Pode-se observar que nos horários conhecidos de geração FV as
perdas apresentam maior redução.
Capítulo 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 31

Figura 9 – Gráfico das perdas nas linhas do sistema IEEE ao longo de um dia

Fonte: Autor.

A presença de GD nas RDEE tende a crescer com as possibilidades de redução das perdas
técnicas e melhoras no nível de tensão da rede. A intermitência da GDFV ainda é um ponto a ser
trabalhado.
32

5 CONCLUSÃO

Para desenvolver este trabalho a compreenção do funcionamento do software OpenDSS


foi crucial. Por intermédio dele realizou-se as simulações necessárias e obter os resultados
pertinentes, indo além ao possibilitar a automatização do processo de realizar várias simulações
via python mostrando assim o potencial de aplicação do software em estudos de RDEEs.
Sobre as RDEEs pôde-se observar e verificar as interações no entorno da distribuição
de energia e a influência da geração distribuída nesses sistemas. A RDEE utilizada no estudo
é um exemplo de como um sistema real opera, dos parâmetros característicos aos fenômenos
envolvidos, consequentemente observa-se que perdas ativas e quedas nos níveis de tensão são
inerentes às RDEE. A partir do momento que tem-se fontes de potência presentes ao longo dos
ramos da rede, sendo essa uma das propostas da GDFV, essas características sofrem alteração e
neste trabalho pôde-se observar duas delas.
Na tabela 2, apresentou-se as linhas destacadas com perdas mais expressivas, quando
comparadas com a tabela 1 evidencia-se a redução nas perdas ativas nessas linhas, quando
somadas resulta em uma redução média diária de 49,6kW, que representa uma redução de 18,8%.
Ao comparar os gráficos exibidos na figura 5 com os da figura 8, destaca-se as alterações
no perfil de tensão da RDEE as quais pode-se atribuir como efeito da inserção dos sistemas de
GDFV. Com base nesses resultados, atribui-se a melhora do perfil de tensão nas linhas à inserção
da GDFV na RDEE.
Por fim o gráfico da figura 9 permite relacionar a redução das perdas com os horários
de maior incidência solar, ou seja, periodo de maior geração dos sistemas FV, evidênciado a
redução das perdas pela GDFV.
33

REFERÊNCIAS

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AMORA, M. et al. Redução de perdas técnicas em redes de distribuição através da reconfiguração


de redes e compensação de potência reativa. Congresso de Enovação Eecnológica em Engenharia
Elétrica, 2003. Citado na página 16.

ANEEL. RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 482, DE 17 DE ABRIL DE 2012. [S.l.]: AGÊNCIA


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2014. Citado na página 13.

ANEEL. RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 687, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2015. [S.l.]: AGÊN-


CIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA, 2015. Citado na página 18.

ANEEL. MÓDULO 1 - GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS DO PRODIST. [S.l.]: Agência


Nacional de Energia Elétrica, 2021. Citado na página 12.

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Agência Nacional de Energia Elétrica, 2021. Citado na página 16.

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3838/pdgd/>. Citado na página 17.

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Disponível em: <https://sourceforge.net/p/electricdss/discussion/beginners/thread/99410373ca/
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2016. Citado na página 17.
REFERÊNCIAS 36

APÊNDICES
37

APÊNDICE A – Código utilizado para simular o sistema no OpenDSS


com geração distribuida fotovoltaica

1 import py_dss_interface as opendss


2 import functions
3
4 dss_file = (r'C:\Program Files\OpenDSS\IEEETestCases\34Bus\ieee34Mod2.dss')
5 dss = opendss.DSSDLL()
6 dss.text("compile [{}]".format(dss_file))
7 bus_list = dss.circuit_all_bus_names()
8 bus_3ph_list = list()
9 bus_kvbase_dict = dict()
10 dss.loads_first()
11 dss.loads_all_names()
12 for i in bus_list:
13 dss.circuit_set_active_bus(i)
14 num_phases = len(dss.bus_nodes())
15 kv_base = dss.bus_kv_base()
16 if num_phases == 3 and kv_base > 1.0:
17 bus_3ph_list.append(i)
18 bus_kvbase_dict[i] = kv_base
19 b = dss.loads_all_names()
20 c = []
21 dss.loads_first()
22 for i in range(len(b)):
23 c.append(dss.loads_read_kw())
24 dss.loads_next()
25 # adicionando paíneis
26 for i in bus_list:
27 if i == '890':
28 functions.definir_3ph_painéis_sem_trafo(dss=dss, bus=i,
29 kv=bus_kvbase_dict[i], kw=60, kvar=0)
30 functions.add_bus_marker(dss=dss, bus=i, color="red")
31 if i == '800':
32 functions.definir_3ph_painéis_sem_trafo(dss=dss, bus=i,
33 kv=bus_kvbase_dict[i], kw=60, kvar=0)
34 functions.add_bus_marker(dss=dss, bus=i, color="red")
35 if i == '802':
36 functions.definir_3ph_painéis_sem_trafo(dss=dss, bus=i,
37 kv=bus_kvbase_dict[i], kw=60, kvar=0)
38 functions.add_bus_marker(dss=dss, bus=i, color="red")
39 # inicializando o sistema
40 dss.text("New Energymeter.m1 Line.L1 1")
41 functions.reguladores(dss)
42 # dss.text("set maxcontroliter=300")
43 dss.solution_solve()
APÊNDICE A. Código utilizado para simular o sistema no OpenDSS com geração distribuida fotovoltaica 38

44 dss.text("Buscoords IEEE34_BusXY.csv")
45 functions.show(dss)
46 dss.text("Set Controlmode=ON")
47 dss.text("Set MarkTransformers=yes")
48 dss.text("Interpolate")
49 dss.text("Plot profile phases=all")
50 dss.text("plot circuit Power max=2000 y y C1=$00FF0000 1ph=3")
39

APÊNDICE B – Código em python biblioteca de funções para utilização


do OpenDSS

1 def definir_baterias_3ph(dss,bus,kv,kw,kwrated,kwhrated):
2 dss.text("New Storage.Battery_{} phases=3 Bus1={} kV={}
3 kW={} kWrated={} kWhrated={}".format(bus,bus,kv,kw,kwrated,kwhrated))
4 #adicionando painéis em 3ph
5 def definir_3ph_pvsystem_com_trafo(dss,bus,kv,kva,pmpp):
6 dss.text("New line.PV_{} phases=3 bus1={} bus2=PV_sec_{}
7 switch=yes".format(bus, bus, bus))
8 dss.text("New transformer.PV_{} phases=3 windings=2
9 buses=(PV_sec_{}, PV_ter_{}) conns=(wye, wye) kVs=({},0.48)
10 xhl=5.67 %R=0.4726 kVAs=({}, {})".format(bus, bus, bus, kv * 1.73, kva, kva))
11
12 dss.text("makebuslist")
13 dss.text("setkVBase bus=PV_sec_{} kVLL={}".format(bus, kv))
14 dss.text("setkVBase bus=PV_ter_{} kVLL=0.48".format(bus))
15
16 dss.text("New XYCurve.MyPvsT npts=4 xarray=[0 25 75 100]
17 yarray=[1.2 1.0 0.8 0.6]")
18 dss.text("New XYCurve.MyEff npts=4 xarray=[.1 .2 .4 1.0]
19 yarray=[.86 .9 .93 .97]")
20 dss.text("New Loadshape.MyIrrad npts=24 interval=1
21 mult=[0 0 0 0 0 0 .1 .2 .3 .5 .8 .9 1.0 1.0 .99 .9 .7
22 .4 .1 0 0 0 0 0]")
23 dss.text("New Tshape.MyTemp npts=24 interval=1
24 temp=[25, 25, 25, 25, 25, 25, 25, 25, 35, 40, 45, 50 60 60
25 55 40 35 30 25 25 25 25 25 25]")
26 dss.text(
27 "New PVSystem.PV_{} phases=3 conn=wye bus1=PV_ter_{} kV=0.48
28 kVA={} Pmpp={} pf=1 %cutin=0.00005 %cutout=0.00005 VarFollowInverter=yes"
29 " effcurve=Myeff P-TCurve=MyPvsT Daily=MyIrrad
30 TDaily=MyTemp".format(bus, bus, kva, pmpp))
31 dss.text("New monitor.PV_{}V element=transformer.PV{}
32 terminal=2 mode=0".format(bus, bus))
33 dss.text("New monitor.PV_{}P element=transformer.PV{}
34 terminal=2 mode=1 ppolar=no".format(bus, bus))
35 dss.text("New monitor.PV_{}M element=PVSystem.PV{}
36 terminal=1 mode=3".format(bus, bus))
37 #aerogeradores 3ph simplificado
38 def definir_3ph_aerogerador_sem_trafo(dss,bus,kv,kw,kvar):
39 dss.text("New LoadShape.Aero{} npts=24 interval=1
40 mult=[0.75 0.8 0.8 0.75 0.7 0.6 0.55 0.5 0.5 0.45 .4 .35
41 0.35 0.3 0.3 0.3 0.35 .35 0.5 0.4 0.5 0.55 0.65 0.7]"
42 .format(bus))
43 dss.text("New generator.Aero{} bus1={} phases=3 kv={}
APÊNDICE B. Código em python biblioteca de funções para utilização do OpenDSS 40

44 kw={} kVar={} model=1 daily=Aero{} conn=wye status=variable"


45 .format(bus,bus,kv,kw,kvar,bus))
46 #painéis 3ph simplificado
47 def definir_3ph_painéis_sem_trafo(dss,bus,kv,kw,kvar):
48 dss.text("New LoadShape.painel{} npts=24 interval=1
49 mult=[0 0 0 0 0 0 .1 .2 .3 .5 .8 .9 1.0 1.0 .99 .9
50 .7 .4 .1 0 0 0 0 0]".format(bus))
51 dss.text("New generator.painel{} bus1={} phases=3 kv={}
52 kw={} kVar={} model=1 daily=painel{} conn=wye status=variable"
53 .format(bus,bus,kv,kw,kvar,bus))
54 #colocar cores para identificar
55 def add_bus_marker(dss,bus,color,size_maker=8,code=15):
56 dss.text("AddBusMarker bus={} color={} size={} code={}"
57 .format(bus, color, size_maker,code))
58 #dados da potência do sistema
59 def plotar_grafico_total_normal(medidor,plt,pontos,p,q):
60 plt.plot(range(1, len(p) + 1), p, "g", label='P')
61 plt.plot(range(1, len(q) + 1), q, "d", label='Q')
62 plt.title("Potência ativa e reativa diária do medidor {}"
63 .format(medidor))
64 plt.legend()
65 plt.xlabel("kW, kvar")
66 plt.ylabel("Hora")
67 plt.xlim(1, pontos)
68 plt.grid(True)
69 plt.show()
70 def plotar_grafico_total_normal_4_p(medidor,plt,np,pontos,p,q,p1,q1):
71 fig = plt.figure()
72 ax = fig.add_subplot(1,1,1)
73 minor_ticks= np.arange(1,24,1)
74 plt.plot(range(1, len(p) + 1), p, "b", label='Perdas ativas c/ painéis')
75 plt.plot(range(1, len(q) + 1), q, "g", label='Perdas reativas c/ painéis')
76 plt.plot(range(1, len(p) + 1), p1, "r", label='Perdas ativas s/ painéis')
77 plt.plot(range(1, len(q) + 1), q1, "k", label='Perdas reativas s/ painéis')
78 plt.title("Potência ativa e reativa diária do medidor {}".format(medidor))
79 plt.legend()
80 plt.xlabel("Hora")
81 plt.ylabel("kW, kvar")
82 plt.xlim(1, pontos)
83 ax.set_xticks(minor_ticks,minor=True)
84 ax.grid(which='both')
85 ax.grid(which='minor', alpha=0.1)
86 plt.show()
87 def plotar_grafico_total(dss, medidor,np,plt,pontos):
88 dss.monitors_write_name("{}".format(medidor))
89 pa = dss.monitors_channel(1)
90 qa = dss.monitors_channel(2)
91 pb = dss.monitors_channel(3)
92 qb = dss.monitors_channel(4)
APÊNDICE B. Código em python biblioteca de funções para utilização do OpenDSS 41

93 pc = dss.monitors_channel(5)
94 qc = dss.monitors_channel(6)
95 # plotando o gráfico
96 pt = np.array(pa) + np.array(pb) + np.array(pc)
97 qt = np.array(qa) + np.array(qb) + np.array(qc)
98 plt.plot(range(1, len(pt) + 1), pt, "g", label='P')
99 plt.plot(range(1, len(pt) + 1), qt, "d", label='Q')
100 plt.title("Potência ativa e reativa diária")
101 plt.legend()
102 plt.xlabel("kW, kvar")
103 plt.ylabel("Hora")
104 plt.xlim(1, pontos)
105 plt.grid(True)
106 plt.show()
107 def plotar_grafico_3ph(dss,medidor,np,plt):
108 dss.monitors_write_name("{}".format(medidor))
109 pa = dss.monitors_channel(1)
110 qa = dss.monitors_channel(2)
111 pb = dss.monitors_channel(3)
112 qb = dss.monitors_channel(4)
113 pc = dss.monitors_channel(5)
114 qc = dss.monitors_channel(6)
115 # plotando o gráfico
116 plt.plot(range(1, len(pa) + 1), pa, "k", label='Pa')
117 plt.plot(range(1, len(pb) + 1), pb, "r", label='Pb')
118 plt.plot(range(1, len(pc) + 1), pc, "g", label='Pc')
119 plt.plot(range(1, len(qa) + 1), qa, "k", label='Qa')
120 plt.plot(range(1, len(qa) + 1), qb, "r", label='Qb')
121 plt.plot(range(1, len(qa) + 1), qc, "g", label='Qc')
122 plt.title("Potência ativa e reativa diária")
123 plt.legend()
124 plt.xlabel("kW, kvar")
125 plt.ylabel("Hora")
126 plt.xlim(1, 24)
127 plt.grid(True)
128 plt.show()
129 def grafico_barra(plt,x,y):
130 plt.bar(x,y,color="red")
131 plt.xticks(x)
132 plt.ylabel("Perdas")
133 plt.xlabel("Linhas")
134 plt.title("Perdas nas linhas (kw)")
135 plt.show()
136 def grafico_barra_horizontal(plt,x,y):
137 plt.barh(x,y,color="red")
138 plt.ylabel("Perdas")
139 plt.xlabel("Linhas")
140 plt.title("Perdas nas linhas (kw)")
141 plt.show()
APÊNDICE B. Código em python biblioteca de funções para utilização do OpenDSS 42

142 def parametros_paineis(dss,LM,PV_pen):


143 dss.solution_write_loadmult(LM)
144 origTotalLoad = 3490
145 if PV_pen == 0:
146 dss.text("PVSystem.PV_1.enabled = False")
147 dss.text("? PVSystem.PV_1.enabled")
148 else:
149 dss.text("PVSystem.PV_1.enabled = True")
150 dss.text("PVSystem.PV_1.Pmpp=" + str(origTotalLoad * LM * PV_pen))
151 def config_solução(dss,maxcontroliter,maxiterations,mode,controlmode,
152 stepsize,number):
153 dss.text("set maxcontroliter= {}".format(maxcontroliter))
154 dss.text("set maxiterations= {}".format(maxiterations))
155 dss.text("set mode= {}".format(mode))
156 dss.text("set controlmode= {}".format(controlmode))
157 dss.text("set stepsize= {}".format(stepsize))
158 dss.text("set number= {}".format(number))
159 def exportar_monitores(dss,monitores):
160 for i in range(len(monitores)):
161 dss.text("export monitors " + (monitores[i]))
162 def show(dss):
163 #dss.text("show voltages LN Nodes")
164 #dss.text("show currents residual=y elements")
165 #dss.text("show powers kva element")
166 #dss.text("show taps")
167 dss.text("show losses")
168 def reguladores(dss):
169 dss.text("Transformer.reg1a.wdg=2 Tap=(0.00625 12 * 1 +) ! Tap 12")
170 dss.text("Transformer.reg1b.wdg=2 Tap=(0.00625 5 * 1 +) ! Tap 5")
171 dss.text("Transformer.reg1c.wdg=2 Tap=(0.00625 5 * 1 +) ! Tap 5")
172 dss.text("Transformer.reg2a.wdg=2 Tap=(0.00625 13 * 1 +) ! Tap 13")
173 dss.text("Transformer.reg2b.wdg=2 Tap=(0.00625 11 * 1 +) ! Tap 11")
174 dss.text("Transformer.reg2c.wdg=2 Tap=(0.00625 12 * 1 +) ! Tap 12")
175 dss.text("Set Controlmode=OFF")
176 dss.text("set maxcontroliter=300")
177 def cargas_geral(dss,bus,kv,kw,kvar):
178 dss.text("New Load.Painel_{} Bus1={} Phases=3 Conn=Wye
179 Model=1 kV= {} kW= -{} kVAR= {}".format(bus,bus,kv,kw,kvar))
180 def dados_de_linha(dss,nome,bus1):
181 dss.lines_write_name("{}".format(nome))
182 bus1.append(dss.lines_read_bus1())
183 #bus2 = dss.lines_read_bus2()
184 dss.circuit_set_active_element("Line.{}".format(nome))
185 #voltages = dss.cktelement_voltages_mag_ang()
186 #current = dss.cktelement_currents_mag_ang()
187 #power = dss.cktelement_powers()[0:6]
188 def gerar_mapa_123Bus(dss):
189 dss.text("Buscoords Buscoords.dat")
190 dss.text("Redirect CircuitplottingScripts.DSS")
APÊNDICE B. Código em python biblioteca de funções para utilização do OpenDSS 43

191 dss.text("Plot type=zone object=feeder quantity=power max=2000")


APÊNDICE B. Código em python biblioteca de funções para utilização do OpenDSS 44

ANEXOS
45

ANEXO A – Código do OpenDSS da rede IEEE 34 nós

! Modified (Mod 2) version of IEEE 34-bus test case with


! buses added in the middle of line sections
! This gives a better match to the "distributed load" model
! used in the test case than Mod 1.
! The DSS Line model presently does not support the distributed
! load concept. Load objects may be attached
! only at buses. Therefore, midpoint buses are created
! in this example.

Clear

New object=circuit.ieee34-2
~ basekv=69 pu=1.05 angle=30 mvasc3=200000
!stiffen up a bit over default

! Substation Transformer -- Modification: Make source very


!stiff by using artificially low short circuit reactance
New Transformer.SubXF Phases=3 Windings=2 Xhl=0.001 ppm=0
! Very low %Z and no shunt reactance added
~ wdg=1 bus=sourcebus conn=Delta kv=69 kva=25000 %r=0.0005
! Set the %r very low
~ wdg=2 bus=800 conn=wye kv=24.9 kva=25000 %r=0.0005

! import line codes with phase impedance matrices


Redirect IEEELineCodes.dss
! assumes original order is ABC rather than BAC

! Define Lines and mid-point buses


New Line.L1 Phases=3 Bus1=800.1.2.3 Bus2=802.1.2.3
LineCode=300 Length=2.58 units=kft
New Line.L2a Phases=3 Bus1=802.1.2.3 Bus2=mid806.1.2.3
LineCode=300 Length=(1.73 2 /) units=kft
! use in-line math to divide lenght by 2
New Line.L2b Phases=3 Bus1=mid806.1.2.3 Bus2=806.1.2.3
LineCode=300 Length=(1.73 2 /) units=kft
ANEXO A. Código do OpenDSS da rede IEEE 34 nós 46

New Line.L3 Phases=3 Bus1=806.1.2.3 Bus2=808.1.2.3


LineCode=300 Length=32.23 units=kft
New Line.L4a Phases=1 Bus1=808.2 Bus2=Mid810.2
LineCode=303 Length=(5.804 2 /) units=kft
New Line.L4b Phases=1 Bus1=Mid810.2 Bus2=810.2
LineCode=303 Length=(5.804 2 /) units=kft
New Line.L5 Phases=3 Bus1=808.1.2.3 Bus2=812.1.2.3
LineCode=300 Length=37.5 units=kft
New Line.L6 Phases=3 Bus1=812.1.2.3 Bus2=814.1.2.3
LineCode=300 Length=29.73 units=kft
New Line.L7 Phases=3 Bus1=814r.1.2.3 Bus2=850.1.2.3
LineCode=301 Length=0.01 units=kft
New Line.L24 Phases=3 Bus1=850.1.2.3 Bus2=816.1.2.3
LineCode=301 Length=0.31 units=kft
New Line.L8 Phases=1 Bus1=816.1 Bus2=818.1
LineCode=302 Length=1.71 units=kft
New Line.L9a Phases=3 Bus1=816.1.2.3 Bus2=mid824.1.2.3
LineCode=301 Length=(10.21 2 /) units=kft
New Line.L9b Phases=3 Bus1=mid824.1.2.3 Bus2=824.1.2.3
LineCode=301 Length=(10.21 2 /) units=kft
New Line.L10a Phases=1 Bus1=818.1 Bus2=mid820.1
LineCode=302 Length=(48.15 2 /) units=kft
New Line.L10b Phases=1 Bus1=mid820.1 Bus2=820.1
LineCode=302 Length=(48.15 2 /) units=kft
New Line.L11a Phases=1 Bus1=820.1 Bus2=mid822.1
LineCode=302 Length=(13.74 2 /) units=kft
New Line.L11b Phases=1 Bus1=mid822.1 Bus2=822.1
LineCode=302 Length=(13.74 2 /) units=kft
New Line.L12a Phases=1 Bus1=824.2 Bus2=mid826.2
LineCode=303 Length=(3.03 2 /) units=kft
New Line.L12b Phases=1 Bus1=mid826.2 Bus2=826.2
LineCode=303 Length=(3.03 2 /) units=kft
New Line.L13a Phases=3 Bus1=824.1.2.3 Bus2=mid828.1.2.3
LineCode=301 Length=(0.84 2 /) units=kft
New Line.L13b Phases=3 Bus1=mid828.1.2.3 Bus2=828.1.2.3
LineCode=301 Length=(0.84 2 /) units=kft
New Line.L14a Phases=3 Bus1=828.1.2.3 Bus2=mid830.1.2.3
LineCode=301 Length=(20.44 2 /) units=kft
New Line.L14b Phases=3 Bus1=mid830.1.2.3 Bus2=830.1.2.3
LineCode=301 Length=(20.44 2 /) units=kft
ANEXO A. Código do OpenDSS da rede IEEE 34 nós 47

New Line.L15 Phases=3 Bus1=830.1.2.3 Bus2=854.1.2.3


LineCode=301 Length=0.52 units=kft
New Line.L16a Phases=3 Bus1=832.1.2.3 Bus2=mid858.1.2.3
LineCode=301 Length=(4.9 2 /) units=kft
New Line.L16b Phases=3 Bus1=mid858.1.2.3 Bus2=858.1.2.3
LineCode=301 Length=(4.9 2 /) units=kft
New Line.L29a Phases=3 Bus1=858.1.2.3 Bus2=mid834.1.2.3
LineCode=301 Length=(5.83 2 /) units=kft
New Line.L29b Phases=3 Bus1=mid834.1.2.3 Bus2=834.1.2.3
LineCode=301 Length=(5.83 2 /) units=kft
New Line.L18 Phases=3 Bus1=834.1.2.3 Bus2=842.1.2.3
LineCode=301 Length=0.28 units=kft
New Line.L19a Phases=3 Bus1=836.1.2.3 Bus2=mid840.1.2.3
LineCode=301 Length=(0.86 2 /) units=kft
New Line.L19b Phases=3 Bus1=mid840.1.2.3 Bus2=840.1.2.3
LineCode=301 Length=(0.86 2 /) units=kft
New Line.L21a Phases=3 Bus1=842.1.2.3 Bus2=mid844.1.2.3
LineCode=301 Length=(1.35 2 /) units=kft
New Line.L21b Phases=3 Bus1=mid844.1.2.3 Bus2=844.1.2.3
LineCode=301 Length=(1.35 2 /) units=kft
New Line.L22a Phases=3 Bus1=844.1.2.3 Bus2=mid846.1.2.3
LineCode=301 Length=(3.64 2 /) units=kft
New Line.L22b Phases=3 Bus1=mid846.1.2.3 Bus2=846.1.2.3
LineCode=301 Length=(3.64 2 /) units=kft
New Line.L23a Phases=3 Bus1=846.1.2.3 Bus2=mid848.1.2.3
LineCode=301 Length=(0.53 2 /) units=kft
New Line.L23b Phases=3 Bus1=mid848.1.2.3 Bus2=848.1.2.3
LineCode=301 Length=(0.53 2 /) units=kft
New Line.L26a Phases=1 Bus1=854.2 Bus2=mid856.2
LineCode=303 Length=(23.33 2 /) units=kft
New Line.L26b Phases=1 Bus1=mid856.2 Bus2=856.2
LineCode=303 Length=(23.33 2 /) units=kft
New Line.L27 Phases=3 Bus1=854.1.2.3 Bus2=852.1.2.3
LineCode=301 Length=36.83 units=kft
! regulator in here
New Line.L25 Phases=3 Bus1=852r.1.2.3 Bus2=832.1.2.3
LineCode=301 Length=0.01 units=kft

! Y-Y Stepdown transformer Transformer


New Transformer.XFM1 Phases=3 Windings=2 Xhl=4.08
ANEXO A. Código do OpenDSS da rede IEEE 34 nós 48

~ wdg=1 bus=832 conn=wye kv=24.9 kva=500 %r=0.95


~ wdg=2 bus=888 conn=Wye kv=4.16 kva=500 %r=0.95

! 9-17-10 858-864 changed to phase A per error report


New Line.L28a Phases=1 Bus1=858.1 Bus2=mid864.1
LineCode=303 Length=(1.62 2 /) units=kft
New Line.L28b Phases=1 Bus1=mid864.1 Bus2=864.1
LineCode=303 Length=(1.62 2 /) units=kft
New Line.L17a Phases=3 Bus1=834.1.2.3 Bus2=mid860.1.2.3
LineCode=301 Length=(2.02 2 /) units=kft
New Line.L17b Phases=3 Bus1=mid860.1.2.3 Bus2=860.1.2.3
LineCode=301 Length=(2.02 2 /) units=kft
New Line.L30a Phases=3 Bus1=860.1.2.3 Bus2=mid836.1.2.3
LineCode=301 Length=(2.68 2 /) units=kft
New Line.L30b Phases=3 Bus1=mid836.1.2.3 Bus2=836.1.2.3
LineCode=301 Length=(2.68 2 /) units=kft
New Line.L20 Phases=3 Bus1=836.1.2.3 Bus2=862.1.2.3
LineCode=301 Length=0.28 units=kft
New Line.L31a Phases=1 Bus1=862.2 Bus2=mid838.2
LineCode=304 Length=(4.86 2 /) units=kft
New Line.L31b Phases=1 Bus1=mid838.2 Bus2=838.2
LineCode=304 Length=(4.86 2 /) units=kft
New Line.L32 Phases=3 Bus1=888.1.2.3 Bus2=890.1.2.3
LineCode=300 Length=10.56 units=kft

! Capacitors
New Capacitor.C844 Bus1=844 Phases=3 kVAR=300 kV=24.9
New Capacitor.C848 Bus1=848 Phases=3 kVAR=450 kV=24.9

! Regulators - three independent phases


! Regulator 1
new transformer.reg1a phases=1 windings=2 buses=(814.1 814r.1)
conns='wye wye' kvs="14.376 14.376" kvas="2000 2000" XHL=.01
~ wdg=1 %r=.0001 wdg=2 %r=.0001 ppm=0
new regcontrol.creg1a transformer=reg1a winding=2 vreg=122
band=2 ptratio=120 ctprim=100 R=2.7 X=1.6
new transformer.reg1b phases=1 windings=2 buses=(814.2 814r.2)
conns='wye wye' kvs="14.376 14.376" kvas="2000 2000" XHL=.01
~ wdg=1 %r=.0001 wdg=2 %r=.0001 ppm=0
new regcontrol.creg1b transformer=reg1b winding=2 vreg=122
ANEXO A. Código do OpenDSS da rede IEEE 34 nós 49

band=2 ptratio=120 ctprim=100 R=2.7 X=1.6


new transformer.reg1c phases=1 windings=2 buses=(814.3 814r.3)
conns='wye wye' kvs="14.376 14.376" kvas="2000 2000" XHL=.01
~ wdg=1 %r=.0001 wdg=2 %r=.0001 ppm=0
new regcontrol.creg1c transformer=reg1c winding=2 vreg=122
band=2 ptratio=120 ctprim=100 R=2.7 X=1.6

! Regulator 2
new transformer.reg2a phases=1 windings=2 buses=(852.1 852r.1)
conns='wye wye' kvs="14.376 14.376" kvas="2000 2000" XHL=.01
~ wdg=1 %r=.0001 wdg=2 %r=.0001 ppm=0
new regcontrol.creg2a transformer=reg2a winding=2 vreg=124
band=2 ptratio=120 ctprim=100 R=2.5 X=1.5 delay=30
new transformer.reg2b phases=1 windings=2 buses=(852.2 852r.2)
conns='wye wye' kvs="14.376 14.376" kvas="2000 2000" XHL=.01
~ wdg=1 %r=.0001 wdg=2 %r=.0001 ppm=0
new regcontrol.creg2b transformer=reg2b winding=2 vreg=124
band=2 ptratio=120 ctprim=100 R=2.5 X=1.5 delay=30
new transformer.reg2c phases=1 windings=2 buses=(852.3 852r.3)
conns='wye wye' kvs="14.376 14.376" kvas="2000 2000" XHL=.01
~ wdg=1 %r=.0001 wdg=2 %r=.0001 ppm=0
new regcontrol.creg2c transformer=reg2c winding=2 vreg=124
band=2 ptratio=120 ctprim=100 R=2.5 X=1.5 delay=30

! spot loads
New Load.S860 Bus1=860 Phases=3 Conn=Wye
Model=1 kV= 24.900 kW= 60.0 kVAR= 48.0
New Load.S840 Bus1=840 Phases=3 Conn=Wye
Model=5 kV= 24.900 kW= 27.0 kVAR= 21.0
New Load.S844 Bus1=844 Phases=3 Conn=Wye
Model=2 kV= 24.900 kW= 405.0 kVAR= 315.0
New Load.S848 Bus1=848 Phases=3 Conn=Delta
Model=1 kV= 24.900 kW= 60.0 kVAR= 48.0
New Load.S830a Bus1=830.1.2 Phases=1 Conn=Delta
Model=2 kV= 24.900 kW= 10.0 kVAR= 5.0
New Load.S830b Bus1=830.2.3 Phases=1 Conn=Delta
Model=2 kV= 24.900 kW= 10.0 kVAR= 5.0
New Load.S830c Bus1=830.3.1 Phases=1 Conn=Delta
Model=2 kV= 24.900 kW= 25.0 kVAR= 10.0
New Load.S890 Bus1=890 Phases=3 Conn=Delta
ANEXO A. Código do OpenDSS da rede IEEE 34 nós 50

Model=5 kV= 4.160 kW= 450.0 kVAR= 225.0

! distributed loads connected to line mid points


New Load.D802_806b Bus1=Mid806.2 Phases=1 Conn=Wye
Model=1 kV= 14.376 kW= 30 kVAR= 15
New Load.D802_806c Bus1=Mid806.3 Phases=1 Conn=Wye
Model=1 kV= 14.376 kW= 25 kVAR= 14
New Load.D808_810b Bus1=Mid810.2 Phases=1 Conn=Wye
Model=5 kV= 14.376 kW= 16 kVAR= 8
New Load.D818_820a Bus1=mid820.1 Phases=1 Conn=Wye
Model=2 kV= 14.376 kW= 34 kVAR= 17
New Load.D820_822a Bus1=mid822.1 Phases=1 Conn=Wye
Model=1 kV= 14.376 kW= 135 kVAR= 70
New Load.D816_824b Bus1=mid824.2.3 Phases=1 Conn=Delta
Model=5 kV= 24.900 kW= 5 kVAR= 2
New Load.D824_826b Bus1=mid826.2 Phases=1 Conn=Wye
Model=5 kV= 14.376 kW= 40.0 kVAR= 20.0
New Load.D824_828c Bus1=mid828.3 Phases=1 Conn=Wye
Model=1 kV= 14.376 kW= 4.0 kVAR= 2.0
New Load.D828_830a Bus1=mid830.1 Phases=1 Conn=Wye
Model=1 kV= 14.376 kW= 7 kVAR= 3
New Load.D854_856b Bus1=mid856.2 Phases=1 Conn=Wye
Model=1 kV= 14.376 kW= 4 kVAR= 2
New Load.D832_858a Bus1=mid858.1.2 Phases=1 Conn=Delta
Model=2 kV= 24.900 kW= 7 kVAR= 3
New Load.D832_858b Bus1=mid858.2.3 Phases=1 Conn=Delta
Model=2 kV= 24.900 kW= 2 kVAR= 1
New Load.D832_858c Bus1=mid858.3.1 Phases=1 Conn=Delta
Model=2 kV= 24.900 kW= 6 kVAR= 3
New Load.D858_864a Bus1=mid864.1 Phases=1 Conn=Wye
Model=1 kV= 14.376 kW= 2 kVAR= 1
New Load.D858_834a Bus1=mid834.1.2 Phases=1 Conn=Delta
Model=1 kV= 24.900 kW= 4.0 kVAR= 2.0
New Load.D858_834b Bus1=mid834.2.3 Phases=1 Conn=Delta
Model=1 kV= 24.900 kW= 15 kVAR= 8
New Load.D858_834c Bus1=mid834.3.1 Phases=1 Conn=Delta
Model=1 kV= 24.900 kW= 13 kVAR= 7
New Load.D834_860a Bus1=mid860.1.2 Phases=1 Conn=Delta
Model=2 kV= 24.900 kW= 16 kVAR= 8
New Load.D834_860b Bus1=mid860.2.3 Phases=1 Conn=Delta
ANEXO A. Código do OpenDSS da rede IEEE 34 nós 51

Model=2 kV= 24.900 kW= 20.0 kVAR= 10


New Load.D834_860c Bus1=mid860.3.1 Phases=1 Conn=Delta
Model=2 kV= 24.900 kW= 110 kVAR= 55
New Load.D860_836a Bus1=mid836.1.2 Phases=1 Conn=Delta
Model=1 kV= 24.900 kW= 30 kVAR= 15
New Load.D860_836b Bus1=mid836.2.3 Phases=1 Conn=Delta
Model=1 kV= 24.900 kW= 10 kVAR= 6
New Load.D860_836c Bus1=mid836.3.1 Phases=1 Conn=Delta
Model=1 kV= 24.900 kW= 42 kVAR= 22
New Load.D836_840a Bus1=mid840.1.2 Phases=1 Conn=Delta
Model=5 kV= 24.900 kW= 18 kVAR= 9
New Load.D836_840b Bus1=mid840.2.3 Phases=1 Conn=Delta
Model=5 kV= 24.900 kW= 22 kVAR= 11
New Load.D862_838b Bus1=mid838.2 Phases=1 Conn=Wye
Model=1 kV= 14.376 kW= 28.0 kVAR= 14
New Load.D842_844a Bus1=mid844.1 Phases=1 Conn=Wye
Model=1 kV= 14.376 kW= 9 kVAR= 5
New Load.D844_846b Bus1=mid846.2 Phases=1 Conn=Wye
Model=1 kV= 14.376 kW= 25 kVAR= 12
New Load.D844_846c Bus1=mid846.3 Phases=1 Conn=Wye
Model=1 kV= 14.376 kW= 20 kVAR= 11
New Load.D846_848b Bus1=mid848.2 Phases=1 Conn=Wye
Model=1 kV= 14.376 kW= 23 kVAR= 11

! Override Vminpu property to allow convergence at a


lower per unit voltage.
! Define the daily load shape to the DSS default
Load.s860.vminpu=0.85 daily=default
Load.s840.vminpu=0.85 daily=default
Load.s844.vminpu=0.85 daily=default
Load.s848.vminpu=0.85 daily=default
Load.s830a.vminpu=0.85 daily=default
Load.s830b.vminpu=0.85 daily=default
Load.s830c.vminpu=0.85 daily=default
Load.s890.vminpu=0.85 daily=default
Load.d802_806b.vminpu=0.85 daily=default
Load.d802_806c.vminpu=0.85 daily=default
Load.d808_810b.vminpu=0.85 daily=default
Load.d818_820a.vminpu=0.85 daily=default
Load.d820_822a.vminpu=0.85 daily=default
ANEXO A. Código do OpenDSS da rede IEEE 34 nós 52

Load.d816_824b.vminpu=0.85 daily=default
Load.d824_826b.vminpu=0.85 daily=default
Load.d824_828c.vminpu=0.85 daily=default
Load.d828_830a.vminpu=0.85 daily=default
Load.d854_856b.vminpu=0.85 daily=default
Load.d832_858a.vminpu=0.85 daily=default
Load.d832_858b.vminpu=0.85 daily=default
Load.d832_858c.vminpu=0.85 daily=default
Load.d858_864a.vminpu=0.85 daily=default
Load.d858_834a.vminpu=0.85 daily=default
Load.d858_834b.vminpu=0.85 daily=default
Load.d858_834c.vminpu=0.85 daily=default
Load.d834_860a.vminpu=0.85 daily=default
Load.d834_860b.vminpu=0.85 daily=default
Load.d834_860c.vminpu=0.85 daily=default
Load.d860_836a.vminpu=0.85 daily=default
Load.d860_836b.vminpu=0.85 daily=default
Load.d860_836c.vminpu=0.85 daily=default
Load.d836_840a.vminpu=0.85 daily=default
Load.d836_840b.vminpu=0.85 daily=default
Load.d862_838b.vminpu=0.85 daily=default
Load.d842_844a.vminpu=0.85 daily=default
Load.d844_846b.vminpu=0.85 daily=default
Load.d844_846c.vminpu=0.85 daily=default
Load.d846_848b.vminpu=0.85 daily=default

! Allow the DSS to estimate the voltage bases from this list
Set VoltageBases = [69, 24.9, 4.16, 0.48]
CalcVoltageBases
53

ANEXO B – Código do OpenDSS para a simulação da rede IEEE 34 nós

!--------------------------------------------------------\\
! Script to run IEEE 34-bus Test Feeder Mod 2
!--------------------------------------------------------\\
!
! change the path to the appropriate location on your computer.

Compile ieee34Mod2.dss

New Energymeter.M1 Line.L1 1

set maxcontroliter=300
solve
Buscoords IEEE34_BusXY.csv

!show voltages LN Nodes


!show currents residual=y elements
!show powers kva element
!show taps

Set MarkTransformers=yes
!// let OpenDSS compute coordinates for
!the mid points (not in the buscoords file)
Interpolate ! requires an energyMeter
!plot circuit Power max=2000 y y C1=\$00FF0000 1ph=3

Plot profile phases=all

!--------------------------------------------\\
!--------2nd Run Script for 34-bus Test Case-\\
!--------------------------------------------\\

! This script forces the regulator taps


!to the same values reported in the
! published results
ANEXO B. Código do OpenDSS para a simulação da rede IEEE 34 nós 54

Compile ieee34Mod2.dss

! Force Regulator Transformer taps


Transformer.reg1a.wdg=2 Tap=(0.00625 12 * 1 +) ! Tap 12
Transformer.reg1b.wdg=2 Tap=(0.00625 5 * 1 +) ! Tap 5
Transformer.reg1c.wdg=2 Tap=(0.00625 5 * 1 +) ! Tap 5
Transformer.reg2a.wdg=2 Tap=(0.00625 13 * 1 +) ! Tap 13
Transformer.reg2b.wdg=2 Tap=(0.00625 11 * 1 +) ! Tap 11
Transformer.reg2c.wdg=2 Tap=(0.00625 12 * 1 +) ! Tap 12

Set Controlmode=OFF ! prevents further tap changes

set maxcontroliter=300
solve

!show voltages LN Nodes


!show currents residual=y elements
!show powers kva element
!show taps
!show losses
55

ANEXO C – Código do OpenDSS das linhas da rede IEEE 34 nós

! this file was corrected 9/16/2010 to match the values


! in Kersting's files

! These line codes are used in the 34-node test feeder

New linecode.300 nphases=3 basefreq=60 units=kft


! ohms per 1000ft Corrected 11/30/05
~ rmatrix = [0.253181818 | 0.039791667 0.250719697
!| 0.040340909 0.039128788 0.251780303] !ABC ORDER
~ xmatrix = [0.252708333 | 0.109450758 0.256988636
!| 0.094981061 0.086950758 0.255132576]
~ CMATRIX = [2.680150309 | -0.769281006 2.5610381
!| -0.499507676 -0.312072984 2.455590387]
New linecode.301 nphases=3 basefreq=60 units=kft
~ rmatrix = [0.365530303 | 0.04407197 0.36282197
!| 0.04467803 0.043333333 0.363996212]
~ xmatrix = [0.267329545 | 0.122007576 0.270473485
!| 0.107784091 0.099204545 0.269109848]
~ cmatrix = [2.572492163 | -0.72160598 2.464381882
!| -0.472329395 -0.298961096 2.368881119]
New linecode.302 nphases=1 basefreq=60 units=kft
~ rmatrix = (0.530208 )
~ xmatrix = (0.281345 )
~ cmatrix = (2.12257 )
New linecode.303 nphases=1 basefreq=60 units=kft
~ rmatrix = (0.530208 )
~ xmatrix = (0.281345 )
~ cmatrix = (2.12257 )
New linecode.304 nphases=1 basefreq=60 units=kft
~ rmatrix = (0.363958 )
~ xmatrix = (0.269167 )
~ cmatrix = (2.1922 )

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