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Faculdade 

de Engenharia
Departamento de Engenharia Elétrica

Análise de Sistemas de Potência II
Prof. Sergio Escalante, DSc.
s.escalante@eng.uerj.br
slescalante@ieee.org
Sala: 5017‐D
VALORES EM POR UNIDADE
Valor em pu
• Os sistemas elétricos, usualmente 
interligados, são constituídos por redes 
complexas com dezenas, centenas e até 
milhares de barramentos, inúmeras 
linhas de transmissão, geradores, 
transformadores, bancos de 
capacitores, sistema de medição e 
proteção, etc.
• Logo:
– Como trabalhar em um sistema com 
diferentes níveis de tensão? 
– Ter‐se‐á que referir as corrente do 
primário para o secundário 
– Para sistemas grandes, é quase impossível 
fazer cálculos. 
Valores em por unidade (pu)
• Valores em pu são frequentemente encontrados em 
especificações e dados de placas de equipamentos elétricos:
– como geradores, transformadores, etc.
– em gráficos
– e em programas computacionais para cálculos e simulações de 
Sistemas Elétricos de Potência. 
• Antes de se expressar uma determinada grandeza em pu é 
necessário definir o valor de base dessa grandeza.
• Define‐se valor em por unidade (pu) como a relação entre o 
valor real e o seu valor base: valor real
• valor em pu =
valor base
Valor por unidade
• PU  é a relação entre o valor  • Vantagens do Valor em por 
da grandeza e o valor base  Unidade:
da mesma grandeza – Para transformadores a 
(geralmente o valor  potência em pu é a mesma 
nominal), escolhida como  independente se é do lado de 
referência. alta ou de baixa
– Também independe da 
Valor real da grandeza conexão do transformador
Valor pu 
Valor de base – O fabricante fornece o valor da 
impedância do equipamento 
– pu expressa percentualmente: em pu, considerando os dados 
nominais do equipamento 
• (potência e tensão)
Valor Porcentual  Valor pu  100%
pu em sistemas monofásicos
• A mudança para pu de sistemas elétricos requer a 
definição de duas grandezas como bases.
• Estas duas grandezas definem as outras grandezas 
de base.
• O mais usual é definir uma tensão de base Vb (V) e 
uma potência de base Sb (VA).
• Sendo Vb e Sb, tensão fase‐neutro e potência 
aparente monofásica.
pu em sistemas monofásicos
S real
S base S pu 
I base  Sbase
Vbase
Vreal I real
V base V 2
V pu  I pu 
Z base   base
Vbase I base
I base S base

Z real Yreal
Ybase
S base
 2 Z pu  Ypu 
Vbase Z base Ybase
Exemplo
• em um dado sistema, foi definido como valores base: 
Vb = 10 kV e Sb = 1000 kVA. Expressar as seguintes 
grandezas em por unidade (pu):
– a) |V| = 12 kV  – f) S = 50023 kVA 
– b) V = 13,3 + j6,0 kV – g) Z = 80 + j40 
– c) I = 513 + j203 A – h) Y = 0,1 – j0,3 S 
– d) S = 200 + j300 kVA – i) P = 900 kW 
– e) |S| = 9,3 MVA – j) Q = 750 kVAr 
pu para sistemas trifásicos
• Em um sistema trifásico considerando: 
• Vb a tensão base como sendo de linha (tensão fase‐fase); 
• Sb a potência base total trifásica.
S3 base I real
I 3 base  [A ou kA] I pu 
3  VL base I base

VL2base Z real
Z base  [] Z pu 
S3 base Z base

Valor em por unidade
• O valor de base deve ser um número real; o valor 
atual pode ser um número complexo (se for  valor atual
pu =
utilizada a forma polar, transforma‐se apenas a  valor base
magnitude da grandeza, mantendo‐se o ângulo na 
unidade original).
S3base
• A grandeza de base definida para todo o sistema  Sbase =
de energia elétrica é a potência elétrica trifásica,  3
S3base (geralmente 100 MVA): S3base =3  Sbase

• A tensão base, base V , geralmente corresponde à  VLbase
Vbase =
tensão nominal do sistema na região de interesse: 3
VLbase = 3  Vbase
Sistema por Unidade
Sbase =S3base 3 Vbase = VLbase 3
valor atual
pu =
valor base S3base =3  Sbase MVA VLbase = 3  Vbase kV

• A corrente base, base I , e a impedância base, base Z , são 
obtidas a partir da potência e da tensão de base:
S base S3 base 3 S3 base V base VL2base
I L base  IY base   [kA] ZY base   []
V base VL base 3 3 VL base IY base S3 base
V base VL2base
I  base 
I L base

S3 base
[kA] Z  base  3ZY base  3 3 []
3VL base IY base S3 base
3
• Z  pu  Z Y pu 
ZY
Z Y base

Z
Z  base
Exemplo
• Dadas as grandezas trifásicas Sb = 100 MVA e Vb = 
138 kV, expressar em pu as grandezas: 
– a) |V| = 140 kV
– b) Z = 15 + j60  | 
– c)|| = 546 A
– d) P = 70 MW
– e) S = 60 + j80 MVA 
Mudança de base
S3 base  3S base  3 VL base I L base [MVA]
valor atual
pu =
valor base
VLbase  3V base [kV]

Z base 1
Z pu (base 2)  Z pu (base 1) [ ]
Z base 2

2
 VL base 1  S3 base 2
Z pu (base 2)  Z pu (base 1)   []
VL base 2  S3 base 1


Exemplo
• A placa de um gerador síncrono apresenta os 
seguintes dados: 50 MVA, 13,8 kV e X = 0,2 pu. 
Calcular a reatância da máquina em pu referida a uma 
nova base igual a 100 MVA e 13,2 kV. 
2
 VL base 1  S3 base 2
Vk  Vk  k Z pu (base 2)  Z pu (base 1)   [ ]
VL base 2  S3 base 1


Comparação pu 3 pu 1
• Potência trifásica • Impedância – carga em Y
S3 ZY V2 2
Vbase
S3pu  S3  3S1 ZYpu  ZY  ; Z baseY  

Sbase 3 Z baseY S3 Sbase 3


Sbase 3  3Sbase1 V2 S3 V2 pu ( 3  Vn pu ) 2
ZYpu  2
 
S3 3S1s Vbase Sbase 3 S3pu 3S1 pu
S3pu    S1pu
Sbase 3 3Sbase1
3  V2n pu V2n pu
ZYpu    Z1pu
3S1 pu S1 pu
• Tensão de fase ‐ fase
• Impedância Δ‐carga em 
V 3  Vn
Vpu    Vn _ pu delta
Z 
Z

3Z Y
Z Z
• Vbase 3Vbasen pu
Z base 3Z baseY
Ypu 1pu
Exemplo
• Uma fonte trifásica, 2400 V, sequência ABC, alimenta 
duas cargas conectadas em paralelo:
– Carga 1: 300 kVA, fator de potência 0,8 indutivo e
– Carga 2: 144 kW, fator de potência 0,6 capacitivo
• Se a Fase A é utilizada como referência angular, 
determinar:
– a) O circuito equivalente por fase (diagrama de 
impedância).
– b) As correntes de linha das Fases A, B e C. Exemplo já 
• solucionado
Solução
Observar que quando se realiza 
análise por fase é melhor 
empregar o circuito equivalente 
em estrela; se a conexão do 
equipamento é em triângulo, 
pode‐se converter para o seu 
circuito equivalente em estrela.
• b) As correntes de linha das Fases A, B e C.
Exemplo
• Considere o sistema do exemplo anterior, 
supondo que S3 base = 300 kVA, determinar:
– a) As bases do sistema por unidade.
– b) Desenhar o circuito equivalente por fase em valores 
por unidade.
– c) Determinar o fasor corrente da Fase A em valores 
por unidade e em ampères.
Solução
• a) As bases do sistema por unidade.
Solução
• b) Desenhar o circuito equivalente 
por fase em valores por unidade.
– De acordo com os valores obtidos no 
Exemplo anterior


Solução
• O circuito equivalente por fase 
em valores por unidade:


Solução
• c) Determinar o fasor corrente 
da Fase A em valores por 
unidade e em ampères.
– Do circuito ao lado:


Transformadores monofásicos em p.u.
n1 : n2 V1 V2
Vpu1  Vpu 2  Vpu1  Vpu 2
Vbase1 Vbase2
V1 V2
V1 V Vbase1 n1 V1 n1
Vbase1 Vbase2  2  
Vbase1 Vbase2 Vbase2 n2 V2 n2
Vk k Vm m
k m
A Transformador em pu
I km I mk
Vk  k Z (0/1) Vm  m
B C  I km   akm
2
ykm akm ykm   Vk 
I     
A,B,C admitâncias
 mk   akm ykm ykm   Vm  ykm

 I km   ykm  ykm   Vk 
A  akm ykm B  akm (akm  1) ykm akm  1 A  ykm
C  (1  akm ) ykm I     y ykm   Vm 
B0  mk   km
C 0
Potencia no transformador
• O transformador de um sistema elétrico de potência é uma máquina 
estática que tem o maior rendimento no setor elétrico, assim 
consideramos suas perdas desprezíveis, ou seja, a potencia em ambos os 
lados é a mesma.
S1 S2
S1  S 2  S  N S1 pu  S 2 pu 
S base1 S base2

• Como S tem que ser único para o transformador,  Sb1 = Sb2 = Sb e como S1


= S2 = S   e   Sb é  Única.
S1 pu  S 2 pu


Impedância primário e secundário
Z1 Z2 2 2
Z1 pu  Z 2 pu  Z base1 
Vbase1
Z base 2 
Vbase 2
Z base1 Z base 2 Sbase1 Sbase 2

Z2 Z1 (n2 n1 ) 2 Z1 (n2 n1 ) 2 Z1 n2 2
Z 2 pu   2  2 2
 2 Sbase 2 Z 2  Z1 ( )
Z base 2 Vbase 2 Sbase 2 Vbase1 (n2 n1 ) Sbase 2 Vbase1 n1

S1 S2 S1
S1 pu  S 2 pu   S1  S2 S1 pu  S 2 pu
S base1 S base2 S base2

Z1 Z1 Z1
Z 2 pu  2
   Z1 pu Z 2 pu  Z1 pu
Vbase1 Vba2 se1 Z base1
Sbase 2 Sbase1
Exemplo
• Determine o valor da resistência Rpu para os lados 
a, b e c.
• Escolha da base: 
– Sbase = 10 MVA
– Vbase a = 13,8 kV
– Vbase b = 138 kV
– Vbase c = 69kV
Solução
_𝒃
– 𝑍 _𝒃

• RPU do lado C – 𝑅𝒃
·
0,63 pu
/
_𝒃
_𝐜
– 𝑍 _𝐜
• RPU do lado A
, ,
– 𝑅𝐜 / 0,63 pu – 𝑅 · 300 =  · 300
_𝐜

• RPU do lado B _𝒂 ,
– Para o pu ser válido a impedância em  – 𝑍 _𝒂
PU  tem que ser a mesma em qualquer 
que seja o lado do transformador ,
·  
– 𝑅𝒂 / 0,63 pu
– 𝑅 · 300 _𝒂 ,
Exemplo
• De acordo com a figura, calcular a Tensão na 
entrada para que a carga R  tenha uma tensão de 
66 kv

Vg
Solução
• Usando a solução do exemplo anterior:
• Onde o circuito   Vg
𝑽𝒐𝒑𝒆𝒓𝒂çã𝒐 𝟔𝟔
– 𝑉 _𝑃𝑈 0,96∠0°pu carga
𝑽𝒃𝒂𝒔𝒆
trafo2 trafo1
,
– 𝐼 1,52 ∠0° pu
,

trafo2 trafo1
– 𝑉 𝑉 ∆𝑉
carga
– ∆𝑉 j 0,08 0,10 . 1,52∠0° ∆𝑉 0,27∠90°

– 𝑉 0,27∠90° 0,96∠0° 1, 0 ∠15,71°,  


– logo , a tensão em valor absoluto:
– Ve_real = VPU x Vbase a = 1 x 13,8 = 13,8 KV 
p.u. em Sistema com transformadores
T2 V pT 1
V Vbase 2  Vbase3 Vbase3  Vdefinida
Vbase1  Vbase 2
p
T2 VsT 1
V
s

Zona 1
V pT 2 : VsT 2 Zona 2 V pT 1 : VsT 1 Zona 3

• 1. Escolher uma potencia base para todo o sistema;
• 2. Estabelecer os trechos delimitados pelos transformadores;
• 3. Escolher a tensão base para um determinado trecho;
• 4. A partir desta tensão base, calcular sequencialmente a tensão base dos trechos 
adjacentes respeitando‐se a relação de transformação do transformadores;
• 5. Calcular a corrente e a impedância base de cada trecho;
• 6. Calcular as impedâncias em PU dos componentes de rede;
Exemplo
• De acordo com a figura, calcular a Tensão na 
entrada para que a carga R  tenha uma tensão de 
64 kV
130 60 kV

Vg
Solução
• Valores base:
Solução
• Usando a solução do exemplo anterior: 130 60 kV
• Onde o circuito   Vg
𝑽𝒐𝒑𝒆𝒓𝒂çã𝒐 𝟔𝟒
– 𝑉 _𝑃𝑈 1,07∠0°pu
𝑽𝒃𝒂𝒔𝒆 carga
trafo2 trafo1
,
– 𝐼

– 𝑉 𝑉 ∆𝑉 trafo2 trafo1

– ∆𝑉 ∆𝑉 carga

– 𝑉
– logo , a tensão em valor absoluto:
– Ve_real = VPU x Vbase a =  x 13,8 =  KV 
Exercício 1/2
• A figura mostra o diagrama unifilar de um sistema elétrico trifásico

• Considere que o comprimento da linha entre os dois transformadores é 
desprezível, que a capacidade do gerador 3 é de 4160 kVA (2,4 kV e 1000 A), 
que este opera em condição nominal ( IL= 1000 A) alimentando uma carga 
puramente indutiva. A potência nominal do transformador trifásico T1 é 6000 kVA 
(2,4/24 kV Y/Y) com reatância de 0,04 pu. T2 tem capacidade nominal de 4000 
kVA, sendo constituído por um banco de três transformadores monofásicos 
(24/12 kV Y/Y) com reatância de 4% cada. Determinar:
Exercício 2/2

• Determine
– a) A potência base. – g) A corrente em pu.
– b) A tensão de linha base. – h) O novo valor das reatâncias dos 
– c) A impedância base. transformadores considerando sua 
nova base.
– d) A corrente base.
– i) O valor pu das tensões das Barras 
– e) Resuma os valores base em uma  1,2 e 4.
tabela.
– j) A potência aparente nas Barras 
– f) Os valores das correntes em A. 1,2 e 4.

EXERCÍCIO: Refaça o exercício anterior, considerando: T1 2,5/25 kV e T2 26/11 kV

Auxilie‐se com ferramentas como excel, octave etc...
Exercício
• Uma fonte trifásica, 13,8 kV, sequência ABC, alimenta por 
intermédio de uma linha com impedância série de (3  + j40) , 
duas cargas conectadas em paralelo:
– Carga 1: 500 kVA, fator de potência igual a 0,8 indutivo e
– Carga 2: 150 kVar, capacitivo.
• Se a Fase A é utilizada como referência angular (ou seja, o ângulo 
de fase de VAN é igual a zero). Supondo que S3base = 1000 kVA e 
VLbase= 13,8 kV, determinar:
– a) As bases do sistema por unidade.
– b) Desenhar o circuito equivalente por fase em valores por unidade.
– c) Determinar o fasor corrente da Fase A em valores por unidade e em 
ampères.
Exercício
• A figura mostra o diagrama unifilar de um sistema elétrico de potência 
trifásico. Selecione como valores base de 100 MVA e 22 kV no lado do 
gerador. todas as impedâncias mostrada no diagrama estão em pu.

• As reatâncias da linhas 1 e 2 têm valor de 48,4 ohms e 65,43 ohms, 
respectivamente. A carga conectada na barra 4 é de 57 MVA com fator de 
potência 0,6 atrasado a 10,45 kV.
Exemplo
• Um transformador trifásico de três 
enrolamentos com tensões 132/33/6,6 
kV tem as seguintes reatâncias em pu, 
medidas entre enrolamentos e 
referidas a 30 MVA, 132 kV: xPS = 0,15 , 
xPT = 0,09 , xST = 0,08. 
• O enrolamento secundário de 6,6 kV alimenta uma carga 
balanceada com corrente de 2000,0 A com fator de potência em 
atraso de 0,8 e o enrolamento terciário de 33 kV alimenta um 
reator de j50,0 Ω/fase conectado em estrela. 
• Calcular a tensão no enrolamento primário de 132 kV para que a 
tensão no enrolamento secundário seja de 6,6 kV.
Solução
• Dados do exemplo: Reatâncias em pu, 
medidas entre enrolamentos e referidas 
a 30 MVA, 132 kV:
– xPS = 0,15 , xPT = 0,09 , xST = 0,08 .

• Ensaiados a uma mesma base:


Solução
Solução
• Corrente secundária em pu:
– I2 = 2000/IB2 = 2000/2624,32 = 0,76 pu
– O fator de potência é 0,8 em atraso

• Reator alimentado no enrolamento 
terciário em pu: Zbase3=36,3

• Agora resolvamos o circuito,
– Equações de malhas, I1 e I2: 
Solução
• Agora, resolvendo o circuito,
– Equações de malhas, I1 e I2: 


Solução
• Método 2: Resolvemos com o potencial do 
ponto M:


Solução


EQUAÇÕES NODAIS
Equações nodais da rede
• Seja o sistema da figura, onde E1 e E2 são geradores e E3 é 
um motor.
Utilizando o modelo de cada elemento:


Equações nodais da rede
• Transformando cada fonte 
em série com impedância 
em fonte de corrente em 
paralelo com a admitância 
(Thevenin para Norton)


Diagrama unifilar
de admitâncias 
LKC ou Equações nodais
• Equações das correntes (Norton):

• Equações nodais: Ykm  ykm  g km  jbkm


y4  1 z12 y5  1 z23 y6  1 z13

I k  y k 0 Vi  y k1 (Vi  V1 )  y k 2 (Vk  V2 ) 
  y km (Vk  Vm )


Equações Matricial da rede
• A equação da barra 0 é 
linearmente dependente 
das outras três equações. 
Basta somar as equações 
das barras 1, 2, 3 para 
verificar. 
• Agrupando‐se termos das equações das barras 1, 2 e 3, obtem‐se a 
equação matricial:


Equações Matricial da rede
Equações de carregamento das barras
• A corrente líquida injetada na barra i
pode ser descrita como:
Ik 2
I k  y k 0 Vk  y k1 (Vk  V1 )  y k 2 (Vk  V2 )  I k1
y k1 yk 2 I km
  y km (Vk  Vm )
I k  (y k 0  y k1  y k 2    y km )Vk  y k1V1 y km
Ik 0 yk 0
 y k 2 V2  y km Vm Ik
Ykk  y k 0  y k1  y k 2    y km
Yk1   y k1 ; Yk 2   y k 2 ; Ykm   y km m

I k  Ykk Vk  Yk1V1  Yk 2 V2    Ykm Vm


I k  Ykk Vk 
m
Y
i 1,i  k
ki  Vi
• Ykk   y ki , i  k Yki   y ki
yki  1 zki  g ki  jbki i 0
m
I k  Ykk Vk  Y
i 1,i  k
ki  Vi

I k  (y k 0  y k1  y k 2    y km )Vk   y k1V1  y k 2 V2   y km Vm

I k  (Ykk )Vk   Yk1V1  Yk 2 V2   Ykm Vm  Vk 


  
 
I k    Ykk Ykm   V1 
m
Ykk   y ki , i  k Yki   y ki  Yk1 Yk 2
 
 V2 
i 0

 Vm 
Exemplo – LK das Correntes y12   j 2

I1  y12 (V1  V2 )  y13 (V1  V3 )


I 2  y21 (V2  V1 )  y23 (V2  V3 )
I 3  y13 (V3  V1 )  y32 (V3  V2 )

I1  ( y12  y13 )V1  y12 V2  y13V3 y12   j1 y23   j 0,5


I 2   y21V1  ( y21  y23 )V2  y23V3 I1  I12  I13
I 2  I 21  I 23
I 3   y31V1  y32 V2  ( y31  y32 )V3

• Equação Matricial: I   Y  V 
 I1   y12  y13  y12  y13   V1  I k  (Ykk )Vk   Yk1V1  Yk 2 V2   Ykm Vm
I     y y21  y23  y23   V2 

 2  21

 I 3    y31  y32 y31  y32   V3 


m
Ykk   y ki , i  k Yki   y ki
i 0
Exemplo – LK das Correntes y12   j 2
 I1   y12  y13  y12  y13   V1 
I     y y21  y23  y23   V2 
 2  21

 I 3    y31  y32 y31  y32   V3 

 I1  Y11 Y12 Y13   V1  Y11  y12  y13  3,0 j y12   j1 y23   j 0,5
I   Y Y Y  V 
  2 21 2 2 2 3  2 Y22  y 21  y 23  1,5j
 I 3  Y31 Y32 Y33   V3 
Y33  y31  y32  2,5j
m
I k  (Ykk )Vk   Yk1V1  Yk 2 V2   Ykm Vm Ykk   y ki , i  k Yki   y ki
i 0
Y12  Y21   y12  1,0 j
 I1    j 3, 0 j1, 0 j 2, 0   V1 
Y13  Y31   y13  2,0 j I    j1, 0 1,5 j j 0,5   V 
•  2 
 I 3   j 2, 0
 2
j 0,5  j 2,5  V3 
Y23  Y32   y 23  0,5j
Exemplo – LK das Correntes
I 0  y01 (V0  V1 ) y12   j 2
I1  y10 (V1  V0 )  y12 (V1  V2 )  y13 (V1  V3 )
I 2  y21 (V2  V1 )  y23 (V2  V3 )
I 3  y13 (V3  V1 )  y32 (V3  V2 )
y10   j 5 y12   j1 y23   j 0,5
I 0  y01V0  y01V1
I1   y10 V0  ( y10  y12  y13 )V1  y12 V2  y13V3
I 2   y21V1  ( y21  y23 )V2  y23V3
I 3   y31V1  y32 V2  ( y31  y32 )V3
m m
I k  Ykk Vk   Yki  Vi Ykk   y ki , i  k Ykm   y km

• Equação Matricial:    barra  
i 1,i  k
I  Y V i 0

 I 0   y01  y01 0 0   V0  I 0    j 5, 0 j 5, 0 0 0   V0 
 I   y  I   j 5, 0  j8, 0 j1, 0  V 
 1    10 y10  y12  y13  y12  y13   V1   
1 j 2, 0  1
I 2   0  y21 y21  y23  y23   V2  I 2   0 j1, 0  j1,5 j 0,5   V2 
    
•  
I3   0  y31  y32
 
y31  y32   V3  I
 3  0 j 2, 0 j 0,5  j 2,5   V3 
Exemplo – LK das Correntes
 I 0   y01  y01 0 0   V0  y12   j 2
 I   y y10  y12  y13  y12  y13   V1 
 1    10
I 2   0  y21 y21  y23  y23   V2 
    
I3   0  y31  y32 y31  y32   V3 
y10   j 5 y12   j1 y23   j 0,5
 I 0  Y00 Y01 0 0   V0 
 I  Y Y Y Y  V 
 1    10 11 12 13   1 
I 2   0 Y21 Y22 Y23   V2  m m
     I k  Ykk Vk  Y  Vi Ykk   y ki , i  k Ykm   y km
 I 3   0 Y31 Y32 Y33   V3 
ki
i 1,i  k i 0

Y00  y 01  5,0 j
Y12  Y21   y12  1,0 j I 0    j 5, 0 j 5, 0 0 0   V0 
Y11  y 01  y12  y13  8,0 j  I   j 5, 0  j8, 0 j1, 0  V 
Y13  Y31   y13  2,0 j  
1 j 2, 0  1
Y22  y 21  y 23  1,5j I 2   0 j1, 0  j1,5 j 0,5   V2 
Y23  Y32   y 23  0,5j     
Y33  y31  y32  2,5j I
 3  0 j 2, 0 j 0,5  j 2,5   V3 
Estudo de sistema de energia elétrica 
em regime permanente

ESTUDO DO FP OU DE FC
Fluxo de Carga ou de Potência
• Objetivo: Determinar o estado de operação do sistema elétrico, 
tendo como conhecimento a topologia , parâmetros dos 
componentes elétricos e uma condição de carga. Determinar tensão 
(módulo e ângulo) em todos as barras.

• Análise de Fluxo de carga (FC) ou de Fluxo de Potência (FP) é uma 
das mais importantes em sistemas elétricos de potência que 
operem em regime permanente.

• Ferramenta para análise da adequação de uma topologia do 
sistema para uma dada condição de geração e carga. 
– Utilizado no planejamento, operação e controle do sistema de 
potência;
Estudo do FP ou de FC
• Utilizada nos estudos de planejamento e nos estudos de pré‐
operação (antes de operar em tempo real) e pós‐operação 
(depois de acontecer algum tipo de perturbação).
– É um ponto de partida p/uma operação ótima: técnica e 
economicamente.
– Importante p/análise de estabilidade, de contingencias, curto circuito etc.
• Informações determinadas
– Carregamento de LTs, TRs, geradores e equip. de compensação (var)
– Tensão nas barras (magnitude)
– Perdas de transmissão
• Permite definir propostas de alterações para tornar a operação 
da rede mais segura e econômica.
Utilização do estudo de FP
• 1) Análise do comportamento do sistema  P(t )
em de carga leve, média e pesada.
• 2) Determinação da compensação shunt 
(em derivação) capacitiva necessária para  t
manter a tensão dentro de limites 
aceitáveis
– Roda‐se FP em carga pesada. Verifica‐se a 
existência de barra com tensão abaixo do  Q
shunt

recomendável. Determina‐se para esta barra 
a injeção de reativo Qshunt = Bshunt ×V2 . 
– Roda‐se novamente FP, sendo que este 
reativo é um dado de entrada, para se  – Outra maneira é modelar a barra 
conhecer o novo perfil de tensão. como barra de tensão controlada
Utilização do FP
• Curto‐circuito: cálculo das tensões pré‐falta;
• Estabilidade: calcula a condição inicial e também calcula a solução da rede 
em cada passo de integração;
• Confiabilidade: conhecendo‐se os dados probabilísticos de falha dos 
diversos componentes da rede, estimar a probabilidade de falha de 
suprimento ao consumidor, a fim de torná‐la menor que um percentual 
especificado através de investimento no sistema. O FP serve para a 
verificação da adequação de cada estado com falha;
• Análise de contingência estática: o fluxo de potência é usado para analisar 
cada contingência (saída de equipamento por exemplo) da rede elétrica;
• Fluxo de potência ótimo: este estudo fornece a melhor 
topologia/configuração para minimizar o custo de operação ou minimizar as 
perdas. É um fluxo de potência com as restrições de um problema de 
otimização.
Utilização do FP
• Operação
– Despacho dos geradores
– Dispositivos de controle de tensão (injeções var e taps)
– Intercâmbio com os sistemas vizinhos
– Topologia
• Planejamento da expansão
– Localização plantas de geração
– Seleção LTs e TRs
– Dispositivos de controle do fluxo de potência (FACTS‐ Flexible
AC Transmission System) e Elos de corrente continua
– Interconexão com outros sistemas
Barras de tipo 2 (ANAREDE)  ou de Balanço Março 2019
Tensão  Geração  Geração  Reativa  Reativa 
Grupo  Grupo  Limite  Estado  Tensão  Ângulo 
Número Tipo Base  Nome Barra Tensão (kV) Ativa  Reativa  Mínima  Máxima 
Base Limite Tensão (p.u.) Operativo (p.u.) (graus)
(kV) (MW) (Mvar) (Mvar) (Mvar)
7051 2 ‐ Ref V 992.0 JIR‐MDUHE021 5 0.950‐1.050 Ligado 1.050 1041.6 0. 1374. ‐3.17 ‐770. 770.7
8004 2 ‐ Ref V 992.0 ALU_BIUHE001 5 0.950‐1.050 Ligado 1.000 992.0 0. 0. 0. ‐9999 9999.
501 2 ‐ Ref V 992.0 I.SOLTUHE012 5 0.950‐1.050 Ligado 1.020 1011.8 0. 1932. ‐306. ‐600. 600.
1040 2 ‐ Ref U 991.0 RINCON‐RS500 3 1.000‐1.100 Ligado 1.020 1010.8 0. .0067 ‐109. ‐9999 9999.
1100 2 ‐ Ref V 992.0 IPU‐50UHE010 5 0.950‐1.050 Ligado 1.050 1041.6 0. 5177. 1090. ‐4330 4330.

Transformador defasador (8 und.)
Barra  Estado  Resistência 
Barra DE Nome DE Nome PARA Circuito Proprietário Reatância (%) Tap Defasagem
PARA Operativo (%)
3345 PF.DEF‐MG138 3338 P.FIAL‐MG138 1 Ligado 3345 .98 1. 6.
4715 VGDEF2‐MT000 4712 VGRAND‐MT138 1 Ligado 4715 .98 1. 2.52
4714 VGDEF1‐MT000 4712 VGRAND‐MT138 1 Ligado 4714 .98 1. 2.52
2257 BATATA‐SP138 4279 BATATA‐SP069 1 Ligado 2257 24.27 .973 .32
9098 SGO‐DF‐MG138 9049 SGOTA2‐MG138 1 Ligado 9098 1.51 1. .11
185 ANGRA‐‐RJ138 181 ANGDEF‐RJ138 1 Ligado 185 .98 1. ‐6.84
2910 VERONA‐ES230 2909 VERONA‐ES138 1 Ligado 2910 9.97 1. .001
2654 MASCAR‐ES230 2655 MASCAR‐ES138 1 Ligado 2654 6.55 .975 .001

Compensador série (3 und.)
Barra  Barra  Circui Estado  Modo  Valor  Reatância Extremidade  Reatância  Reatância 
Nome DE Nome PARA Steps
DE PARA to Operativo Controle Especificado (%) de Medição Mínima (%) Máxima (%)
7594 IM‐CO2TCS500 5590 IMPERA‐MA500 1 Ligado Xcte ‐.637 ‐.637 7594 ‐1.76 ‐.59 0
7592 IM‐CO1TCS500 5590 IMPERA‐MA500 1 Ligado Xcte ‐.637 ‐.637 7592 ‐1.76 ‐.59 0
235 S.MESA‐GO500 7236 SM‐GR1TCS500 1 Ligado Xcte ‐.637 ‐.637 235 ‐1.76 ‐.59 0
Estado Potência Limite Mínimo Limite Máximo Barra Tipo
Barra Nome Barra Grupo Inclinação Unidades
Operativo Reativa (Mvar) Nominal (Mvar) Nominal (Mvar) Controlada Controle
42 BAND-1CER013 1 Ligado 2. 2.533 -50. 100. 42 Icte 1
43 BAND-2CER013 2 Ligado 2. 2.533 -50. 100. 43 Icte 1
46 CAMPOSCER013 3 Ligado 2. -36.5 -50. 100. 46 Icte 1
55 BALTO-CER013 4 Ligado 4. 1.356 -22. 33. 55 Icte 1
389 OPRET2CER013 10 Ligado 1. 21.19 -80. 20. 386 Icte 1
567 SBARBA-SP440 1 Desligado .83 0. -300. 300. 567 Pcte 1
1078 ANASTACER230 1 Ligado 2. -51.3 -50. 50. 1078 Icte 1
Compensador shunt (37 und.)

1490 BDESP3CER500 10 Ligado 1. 52.91 -200. 300. 1490 Pcte 1


1889 IMBIRUCER230 1 Ligado 2. 26.79 -100. 100. 1889 Pcte 1
3026 LUZIA-CER500 1 Ligado 1. -83.4 -150. 300. 3007 Pcte 1
3344 P.FIAL-MG345 10 Ligado 1.052 5.635 -92. 103.2 3344 Pcte 1
4093 SDUMO2CER345 10 Ligado 2.72 86.56 -84. 100. 4093 Icte 1
Março 2019

4530 COXIPOCER230 10 Ligado .01001 12.17 -54.5 63.96 4530 Icte 1


4582 SINOP--MT230 10 Ligado .8 57.07 -20. 55. 4582 Pcte 1
4665 PARTG-CER500 10 Ligado .01001 -161. -200. 200. 4665 Icte 1
4677 RVNRT-CER500 10 Ligado .333 -167. -200. 300. 4677 Icte 1
5239 CGD---CER230 10 Ligado .01001 0. 0. 192.6 5222 Icte 1
5410 MILAGRCER230 10 Ligado 5. 1.936 -88. 97.4 5410 Icte 1
5450 FORTALCER230 10 Ligado 1.5 -9.52 -175. 189.6 5450 Icte 1
5551 SLUIS2-MA230 10 Ligado 2. -.056 -113. 166.4 5551 Pcte 1
5551 SLUIS2-MA230 20 Ligado 2. -.056 -100. 150. 5551 Pcte 1
5611 TAUA2--CE230 10 Ligado 2.22 -1.16 -45. 90. 5611 Icte 1
5681 E.MART-PI230 10 Ligado 3. -13.6 -20. 30. 5681 Pcte 1
5902 FUNIL--BA230 10 Ligado 1. 184.8 -114. 225. 5902 Pcte 1
6060 GENDO2-BA500 10 Ligado 1. -7.75 -100. 200. 6060 Icte 1
6131 EXTREM-RN230 10 Ligado 1. 6.601 -75. 150. 6131 Icte 1
6132 CEAMIR-RN230 10 Ligado 3. -10.7 -75. 150. 6132 Icte 1
6290 M.CHAP-BA500 10 Ligado 1. 12.63 -100. 200. 6290 Icte 1
6349 BJLAP2-BA500 10 Ligado .8 -25.5 -250. 250. 6349 Pcte 1
6368 SAPEAC-BA230 10 Ligado .8 90.6 -150. 250. 6368 Pcte 1
6609 ITATIB-SP500 1 Desligado 1. 0. -300. 300. 6609 Icte 1
6800 VILHEN-RO230 10 Ligado 2. -47.8 -50. 100. 6800 Icte 1
6950 R.BRAN-AC230 10 Ligado 2. 13.88 -20. 55. 6950 Pcte 1
8265 JURUPACER500 10 Ligado 1. -144. -221. 221.6 8265 Pcte 1
8285 MACAPACER230 10 Ligado 1.25 111.2 -111. 176.6 8285 Pcte 1
8365 ORIXIMCER500 10 Ligado .67 -186. -221. 332.3 8365 Pcte 1
8465 SILVESCER500 10 Ligado .67 -160. -200. 300. 8465 Icte 1
Utilização do estudo de fluxo de potência
• 3) Determinação da compensação 
shunt indutiva necessária em carga 
leve a fim de manter a tensão 
terminal das linhas dentro de limites 
aceitáveis.
• A configuração do sistema em carga 
leve é diferente da configuração do 
sistema em carga pesada, pois 
existem reatores/capacitores, linhas 
em paralelo, máquinas.
• 4) Determinação da compensação 
série capacitiva necessária em carga 
pesada, de modo a aumentar a 
capacidade de transmissão da linha.
Utilização do estudo de fluxo de potência
• 5) Verificação do intercâmbio entre áreas
– O sistema elétrico é dividido em áreas, 
como por exemplo a área Furnas, a área 
CEMIG, a área Light. 
– Existe compra e venda de energia entre 
áreas, logo é necessário previsão do 
quanto de energia negociar. 
– A tecnologia FACTS, “flexible ac 
transmission system”, viabilizou o 
intercâmbio programado de energia.
• 6) Determinação da máxima transação 
de potência entre duas barras.
– Determinação da máxima potência que 
uma barra de geração pode suprir a 
determinada carga.
Utilização do estudo de fluxo de potência
• 7) Análise do colapso de tensão  V Operação recomendada
Operação arriscada
correspondente ao aumento da carga do 
sistema, curva P‐V. Ponto de colapso 
de tensão.
• Abaixo de determinado nível de tensão, 
provocado pelo aumento de carga, a 
tensão colapsa, não existindo caminho  Neste ponto a matriz jacobiana é singular 
P
de volta. e o fluxo de potência não converge.

• Procedimento para se determinar o 
ponto de colapso de tensão: aumenta‐se 
gradativamente PL2 e QL2 e PL3 e QL3 no 
sistema exemplo Figura até que o 
programa de FP não convirja.
• A melhor abordagem é usar o FP
continuado, baseado em método 
predictor‐corrector.
Modelo da rede para FP
• Modelo da rede
– Para o estudo de fluxo de potência, supõe‐se o sistema equilibrado, logo só 
se usa a rede de sequência positiva. Este estudo é baseado em modelo nodal 
e matriz admitância de barra, I = YBARRA V.
– Observação: em sistemas de distribuição usa‐se a modelagem trifásica para o 
cálculo do fluxo de potência, pois o sistema de distribuição é essencialmente 
desequilibrado.

• Modelo matemático do fluxo de potência
– a) Sistema de equações algébricas não lineares para representar a rede;
– b) Conjunto de inequações para representar as restrições;
– c) Conjunto de equações/inequações para representar o controle.
– O esforço computacional está quase que todo na solução do sistema de 
equações, daí o uso de método eficiente de solução.
Método de Solução de FP
• Métodos de solução
– O primeiro método computacional utilizado para a solução do fluxo de 
potência, foi o de J. B. Ward e H. W. Hale e surgiu em junho de 1956 com o 
artigo ''Digital computer solution of power‐flow problems‘’.

– Métodos baseados em YBARRA: Estes métodos têm como vantagem a 
formulação simples e pouca necessidade de memória devido a esparsidade
de YBARRA ser maior que 95%. Como exemplo o método de Gauss‐Seidel.
• A desvantagem é a convergência lenta devido ao fraco acoplamento entre variáveis 
(influência pequena entre barras), sendo necessárias cerca de 200 iterações para se 
chegar na solução do problema.
– Métodos baseados em ZBARRA: Convergem mais rápido, pois a matriz é 
cheia, porém necessita de muita memória pelo mesmo motivo e o custo da 
montagem da matriz ZBARRA é elevado.
Método de Solução de FP
• Método de Newton‐Raphson: Tem como vantagem ser robusto, pois 
converge quase sempre e com poucas iterações. Além disto a 
convergência independe da dimensão do sistema. Usa a matriz YBARRA e a 
partir desta é montada a matriz jacobiana. É atualmente o método mais 
utilizado.
• Métodos desacoplados: Este método é uma particularização do método 
de Newton‐Raphson em que se deixa apenas a dependência entre a 
tensão e a potência reativa (V e Q) e entre a potência ativa e o ângulo da 
tensão da barra (P e θ). Surgiu em 1974 e é atribuído a Brian Stott e Alsaç. 
Tem como vantagem ser rápido e utilizar pouca memória. A desvantagem 
é que só pode ser aplicado a sistemas com características apropriadas.
• Fluxo de potência linear: Este é um método aproximado de solução que 
analisa somente o fluxo de potência ativa, também chamado de fluxo DC.
COMPONENTES DO SISTEMA ELÉTRICO
componentes do sistema elétrico
Modelo dos Componentes de um SEP
• a) Linha de transmissão; • UPFC (Controlador de fluxo de 
potência unificado); 
• b) Transformador de potência; • IPFC (controlador de fluxo de 
potência entrelinhas); 
• c) Gerador; • STATCOM (compensador estático 
• d) Carga; síncrono); 
• SSSC (compensador estático 
• e) outros dispositivos síncrono série); 
– ELOS de corrente contínua • Existe mais de um modelo para 
– FACTS (Sistema de transmissão  cada um dos elementos 
flexível em AC)
• Compensador estático de reativos 
listados. 
(SVC)  37 no SIN – em 03/2019 • Para cada tipo de estudo existe 
• Compensador série (TCSC)  3 no  um modelo específico do 
SIN em 03/2019
elemento
Modelo dos Componentes
• Os modelos apresentados a seguir consideram:
– a) A rede em regime permanente;
– b) O sistema elétrico simétrico e equilibrado, logo somente 
componentes de sequência positiva;
– c) Valores em por unidade.

• A Figura mostra um pequeno sistema elétrico de potência 
onde T1 e T2 são transformadores.


Modelo da linha de transmissão
• O modelo da linha de transmissão depende do 
comprimento da mesma. A seguir a modelagem de cada um 
dos três comprimentos típicos.
• Linha curta (até 80 km): 
– a capacitância da linha é desprezada
– a linha é representada pelos parâmetros série, ou seja, a 
resistência e a indutância. V  Vm  m
k k R jX

X  L


Modelo da linha de transmissão
• Linha média (entre 80 km e 240 km): 
– a capacitância da linha concentrada em ambas as 
extremidadesda mesma.
– a linha é representada pelo modelo ‐nominal

Vk  k R jX Vm  m
Ik I km Im

X  L
y 2
y 2
Modelo da linha de transmissão
• Linha longa (acima de 240 km): 
– O modelo da linha longa é determinado considerando‐se os 
parâmetros da linha distribuídos, o que resulta em 
equações diferenciais parciais, as quais são ajustadas a um 
modelo ‐equivalente sen(  l )
zeqv  Z 
 l Z  z l
Vk  k
zeqv  Reqv  jX eqv Vm  m tan(  l ) Y  y l
Ik I km Im yeqv Y 
 l

yeqv 2
  z y Constante de propagação
yeqv 2 l Comprimento da linha
• Z e Y impedância e admitância totais.  
.                 da linha
Transformador 1 de 2 enrolamentos

https://www.mundodaeletrica.com.br/

Vk  k xeq  x1  x '2 Vm  m
• Transf. de potência de potência tem  Ik Im
alto rendimento: maior de 98%
• A  I magnet. é muito menor que a da Icarga
– Desprezar o ramo paralelo e resistência 
série do transf.
– Perdas nos enrolamentos e no núcleo 
muito pequenas quando comparadas 
com a potência do transformador.
Transformador 3 ou banco de três 1
• Para regime permanente simétrico e equilibrado os 
modelos são iguais.
– corrente de neutro desprezível, logo os elementos de circuito 
que por ventura estão conectados ao neutro não são 
representados no diagrama de impedâncias.
– Ligação delta‐delta (Δ‐Δ) ou estrela‐estrela (Y‐Y), a modelagem é 
idêntica ao modelo monofásico.
– Ligação estrela‐delta (Y‐Δ) ou delta‐estrela (Δ‐Y), existe defasagem 
de 30° entre as tensões terminais primárias e secundárias.
A norma brasileira diz que, para ligação Y‐Δ ou Δ‐Y, as 
tensões de linha secundárias devem estar atrasadas de 
30° em relação às tensões de linha primárias
Transformador 3 ou banco de três 1
• Relação de transformação 1: N1/N2
• Relação de transformação das tensões de 
fase‐fase ou linha: Transformador Y‐


VAV  Vab 30
Transformador 3 ou banco de três 1
Vk  k Vm  m

xeq  x1  x '2
x1 x2

Vk  Vm 30

V1  V230 V1
V2
xeq do modelo do transformador trifásico
em pu não muda com o tipo de ligação
do transformador 3, pois esta reatância
vem do ensaio em curto-circuito. V  V  Y‐
Dados Anarede

r[pu]  0.02 rAna  2[% pu ]


V  1 pu
x[pu]  0.4 x Ana  40[% pu ]

V[ pu ]2
QAna   100[MVA]
X C [pu]
QAna  12 BC  100[ MVA]
Dados do Anarede

Barra “k”       Barra “m”
Anarede
Transformador de três enrolamentos
• Podem ter potências diferentes em cada terminal (primário, 
secundário e terciário)
• Representados pelas impedâncias dos enrolamentos primários, 
secundários e terciários
• As impedâncias são determinadas mediante ensaios de curto 
circuitos.


Transformador 3 de 3 enrolamentos
• Dos ensaios de curto circuito:

VP  VP  P VS  VS  S
• Referindo‐se todos os parâmetros  xP
ensaiados a uma mesma base
têm‐se: xS

xT


VT T
DBAR

DLIN
Modelo de Gerador
• O modelo do gerador síncrono de  Ra XS Vk  Vk  k
rotor cilíndrico (pólos lisos)
– Ra: resistência da armadura Pk  jQk
– Xs: reatância síncrona E ~
– Xa : reatância da armadura
– Xl : reatância de dispersão
– Pode‐se desprezar a resistência da 
armadura, se: Ra << Xs
Vk  Vk  k
X S  Xa  Xl

~
Modelo de Gerador
• Gerador síncrono de rotor cilíndrico  Ra XS Vk  Vk  k
(pólos lisos)
– Regime permanente (Fluxo Pot.): Xs Pk  jQk
– Regime transitório ou dinâmico:  E ~
reatância transitória (x’d) ou 
subtransitória (x”d).
• Gerador síncrono de pólos salientes
– Considera‐se as reatância dos eixos 
direto e de quadratura: Xd e Xq .
• Considera‐se positiva a potências  Vk  Vk  k
ativas e reativas que entram ao  
barramento.

~
Modelo de Cargas
• Considera‐se positiva a potências 
ativas e reativas que entram ao   Vk  Vk  k
barramento.
– Para um carga constituída com uma  Z k  rk  jxk Zk Pk  jQk
impedância (rk>0), a injeção de potência 
ativa é negativa (Pk< 0).
– A injeção de potência reativa tem o sinal 
inverso da reatância (indutor: Qk<0 e 
capacitor: Qk>0) Vk  Vk  k

Pk  jQk
Modelagem de Reator/Capacitor
• REATOR: Considera‐se NEGATIVO a potências e 
reativas que entram ao  barramento.
Vk  Vk  k
• Para um reator xL é maior que zero.
Ik
Pk  jQk
• CAPACITOR: Considera‐se POSITIVA a potências  
reativas que entram ao  barramento.
• Para um reator xC é menor que zero.

Vk  Vk  k

Cargas Ik
Z k  jxC Pk  jQk
Reator
jQk Yk  jbC
Compensador Síncrono
• São motores síncronos de pólos
salientes Vk  Vk  k
• Trabalham sem cargas em seu eixo 
Pk  jQk
(absorvem o mínimo para suprir as 
perdas  3% a 5% da capacidade  ~
nominal)
• Os compensadores partem como 
geradores síncronos  (auxiliados por um 
Vk  Vk  k
pequeno motor)
• Modelados como geradores síncronos  Pk  jQk

com P = 0 e Q  0. S k  jQk
EQUAÇÕES DOS COMPONENTES PARA 
O PROBLEMA DO FLUXO DE POTÊNCIA

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