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de Engenharia
Departamento de Engenharia Elétrica
Análise de Sistemas de Potência II
Prof. Sergio Escalante, DSc.
s.escalante@eng.uerj.br
slescalante@ieee.org
Sala: 5017‐D
VALORES EM POR UNIDADE
Valor em pu
• Os sistemas elétricos, usualmente
interligados, são constituídos por redes
complexas com dezenas, centenas e até
milhares de barramentos, inúmeras
linhas de transmissão, geradores,
transformadores, bancos de
capacitores, sistema de medição e
proteção, etc.
• Logo:
– Como trabalhar em um sistema com
diferentes níveis de tensão?
– Ter‐se‐á que referir as corrente do
primário para o secundário
– Para sistemas grandes, é quase impossível
fazer cálculos.
Valores em por unidade (pu)
• Valores em pu são frequentemente encontrados em
especificações e dados de placas de equipamentos elétricos:
– como geradores, transformadores, etc.
– em gráficos
– e em programas computacionais para cálculos e simulações de
Sistemas Elétricos de Potência.
• Antes de se expressar uma determinada grandeza em pu é
necessário definir o valor de base dessa grandeza.
• Define‐se valor em por unidade (pu) como a relação entre o
valor real e o seu valor base: valor real
• valor em pu =
valor base
Valor por unidade
• PU é a relação entre o valor • Vantagens do Valor em por
da grandeza e o valor base Unidade:
da mesma grandeza – Para transformadores a
(geralmente o valor potência em pu é a mesma
nominal), escolhida como independente se é do lado de
referência. alta ou de baixa
– Também independe da
Valor real da grandeza conexão do transformador
Valor pu
Valor de base – O fabricante fornece o valor da
impedância do equipamento
– pu expressa percentualmente: em pu, considerando os dados
nominais do equipamento
• (potência e tensão)
Valor Porcentual Valor pu 100%
pu em sistemas monofásicos
• A mudança para pu de sistemas elétricos requer a
definição de duas grandezas como bases.
• Estas duas grandezas definem as outras grandezas
de base.
• O mais usual é definir uma tensão de base Vb (V) e
uma potência de base Sb (VA).
• Sendo Vb e Sb, tensão fase‐neutro e potência
aparente monofásica.
pu em sistemas monofásicos
S real
S base S pu
I base Sbase
Vbase
Vreal I real
V base V 2
V pu I pu
Z base base
Vbase I base
I base S base
Z real Yreal
Ybase
S base
2 Z pu Ypu
Vbase Z base Ybase
Exemplo
• em um dado sistema, foi definido como valores base:
Vb = 10 kV e Sb = 1000 kVA. Expressar as seguintes
grandezas em por unidade (pu):
– a) |V| = 12 kV – f) S = 50023 kVA
– b) V = 13,3 + j6,0 kV – g) Z = 80 + j40
– c) I = 513 + j203 A – h) Y = 0,1 – j0,3 S
– d) S = 200 + j300 kVA – i) P = 900 kW
– e) |S| = 9,3 MVA – j) Q = 750 kVAr
pu para sistemas trifásicos
• Em um sistema trifásico considerando:
• Vb a tensão base como sendo de linha (tensão fase‐fase);
• Sb a potência base total trifásica.
S3 base I real
I 3 base [A ou kA] I pu
3 VL base I base
VL2base Z real
Z base [] Z pu
S3 base Z base
•
Valor em por unidade
• O valor de base deve ser um número real; o valor
atual pode ser um número complexo (se for valor atual
pu =
utilizada a forma polar, transforma‐se apenas a valor base
magnitude da grandeza, mantendo‐se o ângulo na
unidade original).
S3base
• A grandeza de base definida para todo o sistema Sbase =
de energia elétrica é a potência elétrica trifásica, 3
S3base (geralmente 100 MVA): S3base =3 Sbase
• A tensão base, base V , geralmente corresponde à VLbase
Vbase =
tensão nominal do sistema na região de interesse: 3
VLbase = 3 Vbase
Sistema por Unidade
Sbase =S3base 3 Vbase = VLbase 3
valor atual
pu =
valor base S3base =3 Sbase MVA VLbase = 3 Vbase kV
• A corrente base, base I , e a impedância base, base Z , são
obtidas a partir da potência e da tensão de base:
S base S3 base 3 S3 base V base VL2base
I L base IY base [kA] ZY base []
V base VL base 3 3 VL base IY base S3 base
V base VL2base
I base
I L base
S3 base
[kA] Z base 3ZY base 3 3 []
3VL base IY base S3 base
3
• Z pu Z Y pu
ZY
Z Y base
Z
Z base
Exemplo
• Dadas as grandezas trifásicas Sb = 100 MVA e Vb =
138 kV, expressar em pu as grandezas:
– a) |V| = 140 kV
– b) Z = 15 + j60 |
– c)|| = 546 A
– d) P = 70 MW
– e) S = 60 + j80 MVA
Mudança de base
S3 base 3S base 3 VL base I L base [MVA]
valor atual
pu =
valor base
VLbase 3V base [kV]
Z base 1
Z pu (base 2) Z pu (base 1) [ ]
Z base 2
2
VL base 1 S3 base 2
Z pu (base 2) Z pu (base 1) []
VL base 2 S3 base 1
•
Exemplo
• A placa de um gerador síncrono apresenta os
seguintes dados: 50 MVA, 13,8 kV e X = 0,2 pu.
Calcular a reatância da máquina em pu referida a uma
nova base igual a 100 MVA e 13,2 kV.
2
VL base 1 S3 base 2
Vk Vk k Z pu (base 2) Z pu (base 1) [ ]
VL base 2 S3 base 1
•
Comparação pu 3 pu 1
• Potência trifásica • Impedância – carga em Y
S3 ZY V2 2
Vbase
S3pu S3 3S1 ZYpu ZY ; Z baseY
•
Solução
• O circuito equivalente por fase
em valores por unidade:
•
Solução
• c) Determinar o fasor corrente
da Fase A em valores por
unidade e em ampères.
– Do circuito ao lado:
•
Transformadores monofásicos em p.u.
n1 : n2 V1 V2
Vpu1 Vpu 2 Vpu1 Vpu 2
Vbase1 Vbase2
V1 V2
V1 V Vbase1 n1 V1 n1
Vbase1 Vbase2 2
Vbase1 Vbase2 Vbase2 n2 V2 n2
Vk k Vm m
k m
A Transformador em pu
I km I mk
Vk k Z (0/1) Vm m
B C I km akm
2
ykm akm ykm Vk
I
A,B,C admitâncias
mk akm ykm ykm Vm ykm
I km ykm ykm Vk
A akm ykm B akm (akm 1) ykm akm 1 A ykm
C (1 akm ) ykm I y ykm Vm
B0 mk km
C 0
Potencia no transformador
• O transformador de um sistema elétrico de potência é uma máquina
estática que tem o maior rendimento no setor elétrico, assim
consideramos suas perdas desprezíveis, ou seja, a potencia em ambos os
lados é a mesma.
S1 S2
S1 S 2 S N S1 pu S 2 pu
S base1 S base2
•
Impedância primário e secundário
Z1 Z2 2 2
Z1 pu Z 2 pu Z base1
Vbase1
Z base 2
Vbase 2
Z base1 Z base 2 Sbase1 Sbase 2
Z2 Z1 (n2 n1 ) 2 Z1 (n2 n1 ) 2 Z1 n2 2
Z 2 pu 2 2 2
2 Sbase 2 Z 2 Z1 ( )
Z base 2 Vbase 2 Sbase 2 Vbase1 (n2 n1 ) Sbase 2 Vbase1 n1
S1 S2 S1
S1 pu S 2 pu S1 S2 S1 pu S 2 pu
S base1 S base2 S base2
Z1 Z1 Z1
Z 2 pu 2
Z1 pu Z 2 pu Z1 pu
Vbase1 Vba2 se1 Z base1
Sbase 2 Sbase1
Exemplo
• Determine o valor da resistência Rpu para os lados
a, b e c.
• Escolha da base:
– Sbase = 10 MVA
– Vbase a = 13,8 kV
– Vbase b = 138 kV
– Vbase c = 69kV
Solução
_𝒃
– 𝑍 _𝒃
• RPU do lado C – 𝑅𝒃
·
0,63 pu
/
_𝒃
_𝐜
– 𝑍 _𝐜
• RPU do lado A
, ,
– 𝑅𝐜 / 0,63 pu – 𝑅 · 300 = · 300
_𝐜
• RPU do lado B _𝒂 ,
– Para o pu ser válido a impedância em – 𝑍 _𝒂
PU tem que ser a mesma em qualquer
que seja o lado do transformador ,
·
– 𝑅𝒂 / 0,63 pu
– 𝑅 · 300 _𝒂 ,
Exemplo
• De acordo com a figura, calcular a Tensão na
entrada para que a carga R tenha uma tensão de
66 kv
Vg
Solução
• Usando a solução do exemplo anterior:
• Onde o circuito Vg
𝑽𝒐𝒑𝒆𝒓𝒂çã𝒐 𝟔𝟔
– 𝑉 _𝑃𝑈 0,96∠0°pu carga
𝑽𝒃𝒂𝒔𝒆
trafo2 trafo1
,
– 𝐼 1,52 ∠0° pu
,
trafo2 trafo1
– 𝑉 𝑉 ∆𝑉
carga
– ∆𝑉 j 0,08 0,10 . 1,52∠0° ∆𝑉 0,27∠90°
Zona 1
V pT 2 : VsT 2 Zona 2 V pT 1 : VsT 1 Zona 3
• 1. Escolher uma potencia base para todo o sistema;
• 2. Estabelecer os trechos delimitados pelos transformadores;
• 3. Escolher a tensão base para um determinado trecho;
• 4. A partir desta tensão base, calcular sequencialmente a tensão base dos trechos
adjacentes respeitando‐se a relação de transformação do transformadores;
• 5. Calcular a corrente e a impedância base de cada trecho;
• 6. Calcular as impedâncias em PU dos componentes de rede;
Exemplo
• De acordo com a figura, calcular a Tensão na
entrada para que a carga R tenha uma tensão de
64 kV
130 60 kV
Vg
Solução
• Valores base:
Solução
• Usando a solução do exemplo anterior: 130 60 kV
• Onde o circuito Vg
𝑽𝒐𝒑𝒆𝒓𝒂çã𝒐 𝟔𝟒
– 𝑉 _𝑃𝑈 1,07∠0°pu
𝑽𝒃𝒂𝒔𝒆 carga
trafo2 trafo1
,
– 𝐼
– 𝑉 𝑉 ∆𝑉 trafo2 trafo1
– ∆𝑉 ∆𝑉 carga
– 𝑉
– logo , a tensão em valor absoluto:
– Ve_real = VPU x Vbase a = x 13,8 = KV
Exercício 1/2
• A figura mostra o diagrama unifilar de um sistema elétrico trifásico
• Considere que o comprimento da linha entre os dois transformadores é
desprezível, que a capacidade do gerador 3 é de 4160 kVA (2,4 kV e 1000 A),
que este opera em condição nominal ( IL= 1000 A) alimentando uma carga
puramente indutiva. A potência nominal do transformador trifásico T1 é 6000 kVA
(2,4/24 kV Y/Y) com reatância de 0,04 pu. T2 tem capacidade nominal de 4000
kVA, sendo constituído por um banco de três transformadores monofásicos
(24/12 kV Y/Y) com reatância de 4% cada. Determinar:
Exercício 2/2
• Determine
– a) A potência base. – g) A corrente em pu.
– b) A tensão de linha base. – h) O novo valor das reatâncias dos
– c) A impedância base. transformadores considerando sua
nova base.
– d) A corrente base.
– i) O valor pu das tensões das Barras
– e) Resuma os valores base em uma 1,2 e 4.
tabela.
– j) A potência aparente nas Barras
– f) Os valores das correntes em A. 1,2 e 4.
EXERCÍCIO: Refaça o exercício anterior, considerando: T1 2,5/25 kV e T2 26/11 kV
•
Auxilie‐se com ferramentas como excel, octave etc...
Exercício
• Uma fonte trifásica, 13,8 kV, sequência ABC, alimenta por
intermédio de uma linha com impedância série de (3 + j40) ,
duas cargas conectadas em paralelo:
– Carga 1: 500 kVA, fator de potência igual a 0,8 indutivo e
– Carga 2: 150 kVar, capacitivo.
• Se a Fase A é utilizada como referência angular (ou seja, o ângulo
de fase de VAN é igual a zero). Supondo que S3base = 1000 kVA e
VLbase= 13,8 kV, determinar:
– a) As bases do sistema por unidade.
– b) Desenhar o circuito equivalente por fase em valores por unidade.
– c) Determinar o fasor corrente da Fase A em valores por unidade e em
ampères.
Exercício
• A figura mostra o diagrama unifilar de um sistema elétrico de potência
trifásico. Selecione como valores base de 100 MVA e 22 kV no lado do
gerador. todas as impedâncias mostrada no diagrama estão em pu.
• As reatâncias da linhas 1 e 2 têm valor de 48,4 ohms e 65,43 ohms,
respectivamente. A carga conectada na barra 4 é de 57 MVA com fator de
potência 0,6 atrasado a 10,45 kV.
Exemplo
• Um transformador trifásico de três
enrolamentos com tensões 132/33/6,6
kV tem as seguintes reatâncias em pu,
medidas entre enrolamentos e
referidas a 30 MVA, 132 kV: xPS = 0,15 ,
xPT = 0,09 , xST = 0,08.
• O enrolamento secundário de 6,6 kV alimenta uma carga
balanceada com corrente de 2000,0 A com fator de potência em
atraso de 0,8 e o enrolamento terciário de 33 kV alimenta um
reator de j50,0 Ω/fase conectado em estrela.
• Calcular a tensão no enrolamento primário de 132 kV para que a
tensão no enrolamento secundário seja de 6,6 kV.
Solução
• Dados do exemplo: Reatâncias em pu,
medidas entre enrolamentos e referidas
a 30 MVA, 132 kV:
– xPS = 0,15 , xPT = 0,09 , xST = 0,08 .
• Ensaiados a uma mesma base:
•
Solução
Solução
• Corrente secundária em pu:
– I2 = 2000/IB2 = 2000/2624,32 = 0,76 pu
– O fator de potência é 0,8 em atraso
• Reator alimentado no enrolamento
terciário em pu: Zbase3=36,3
• Agora resolvamos o circuito,
– Equações de malhas, I1 e I2:
Solução
• Agora, resolvendo o circuito,
– Equações de malhas, I1 e I2:
•
Solução
• Método 2: Resolvemos com o potencial do
ponto M:
•
Solução
•
EQUAÇÕES NODAIS
Equações nodais da rede
• Seja o sistema da figura, onde E1 e E2 são geradores e E3 é
um motor.
Utilizando o modelo de cada elemento:
•
Equações nodais da rede
• Transformando cada fonte
em série com impedância
em fonte de corrente em
paralelo com a admitância
(Thevenin para Norton)
•
Diagrama unifilar
de admitâncias
LKC ou Equações nodais
• Equações das correntes (Norton):
I k y k 0 Vi y k1 (Vi V1 ) y k 2 (Vk V2 )
y km (Vk Vm )
•
Equações Matricial da rede
• A equação da barra 0 é
linearmente dependente
das outras três equações.
Basta somar as equações
das barras 1, 2, 3 para
verificar.
• Agrupando‐se termos das equações das barras 1, 2 e 3, obtem‐se a
equação matricial:
•
Equações Matricial da rede
Equações de carregamento das barras
• A corrente líquida injetada na barra i
pode ser descrita como:
Ik 2
I k y k 0 Vk y k1 (Vk V1 ) y k 2 (Vk V2 ) I k1
y k1 yk 2 I km
y km (Vk Vm )
I k (y k 0 y k1 y k 2 y km )Vk y k1V1 y km
Ik 0 yk 0
y k 2 V2 y km Vm Ik
Ykk y k 0 y k1 y k 2 y km
Yk1 y k1 ; Yk 2 y k 2 ; Ykm y km m
I k (y k 0 y k1 y k 2 y km )Vk y k1V1 y k 2 V2 y km Vm
Vm
Exemplo – LK das Correntes y12 j 2
• Equação Matricial: I Y V
I1 y12 y13 y12 y13 V1 I k (Ykk )Vk Yk1V1 Yk 2 V2 Ykm Vm
I y y21 y23 y23 V2
•
2 21
I1 Y11 Y12 Y13 V1 Y11 y12 y13 3,0 j y12 j1 y23 j 0,5
I Y Y Y V
2 21 2 2 2 3 2 Y22 y 21 y 23 1,5j
I 3 Y31 Y32 Y33 V3
Y33 y31 y32 2,5j
m
I k (Ykk )Vk Yk1V1 Yk 2 V2 Ykm Vm Ykk y ki , i k Yki y ki
i 0
Y12 Y21 y12 1,0 j
I1 j 3, 0 j1, 0 j 2, 0 V1
Y13 Y31 y13 2,0 j I j1, 0 1,5 j j 0,5 V
• 2
I 3 j 2, 0
2
j 0,5 j 2,5 V3
Y23 Y32 y 23 0,5j
Exemplo – LK das Correntes
I 0 y01 (V0 V1 ) y12 j 2
I1 y10 (V1 V0 ) y12 (V1 V2 ) y13 (V1 V3 )
I 2 y21 (V2 V1 ) y23 (V2 V3 )
I 3 y13 (V3 V1 ) y32 (V3 V2 )
y10 j 5 y12 j1 y23 j 0,5
I 0 y01V0 y01V1
I1 y10 V0 ( y10 y12 y13 )V1 y12 V2 y13V3
I 2 y21V1 ( y21 y23 )V2 y23V3
I 3 y31V1 y32 V2 ( y31 y32 )V3
m m
I k Ykk Vk Yki Vi Ykk y ki , i k Ykm y km
• Equação Matricial: barra
i 1,i k
I Y V i 0
I 0 y01 y01 0 0 V0 I 0 j 5, 0 j 5, 0 0 0 V0
I y I j 5, 0 j8, 0 j1, 0 V
1 10 y10 y12 y13 y12 y13 V1
1 j 2, 0 1
I 2 0 y21 y21 y23 y23 V2 I 2 0 j1, 0 j1,5 j 0,5 V2
•
I3 0 y31 y32
y31 y32 V3 I
3 0 j 2, 0 j 0,5 j 2,5 V3
Exemplo – LK das Correntes
I 0 y01 y01 0 0 V0 y12 j 2
I y y10 y12 y13 y12 y13 V1
1 10
I 2 0 y21 y21 y23 y23 V2
I3 0 y31 y32 y31 y32 V3
y10 j 5 y12 j1 y23 j 0,5
I 0 Y00 Y01 0 0 V0
I Y Y Y Y V
1 10 11 12 13 1
I 2 0 Y21 Y22 Y23 V2 m m
I k Ykk Vk Y Vi Ykk y ki , i k Ykm y km
I 3 0 Y31 Y32 Y33 V3
ki
i 1,i k i 0
Y00 y 01 5,0 j
Y12 Y21 y12 1,0 j I 0 j 5, 0 j 5, 0 0 0 V0
Y11 y 01 y12 y13 8,0 j I j 5, 0 j8, 0 j1, 0 V
Y13 Y31 y13 2,0 j
1 j 2, 0 1
Y22 y 21 y 23 1,5j I 2 0 j1, 0 j1,5 j 0,5 V2
Y23 Y32 y 23 0,5j
Y33 y31 y32 2,5j I
3 0 j 2, 0 j 0,5 j 2,5 V3
Estudo de sistema de energia elétrica
em regime permanente
ESTUDO DO FP OU DE FC
Fluxo de Carga ou de Potência
• Objetivo: Determinar o estado de operação do sistema elétrico,
tendo como conhecimento a topologia , parâmetros dos
componentes elétricos e uma condição de carga. Determinar tensão
(módulo e ângulo) em todos as barras.
• Análise de Fluxo de carga (FC) ou de Fluxo de Potência (FP) é uma
das mais importantes em sistemas elétricos de potência que
operem em regime permanente.
• Ferramenta para análise da adequação de uma topologia do
sistema para uma dada condição de geração e carga.
– Utilizado no planejamento, operação e controle do sistema de
potência;
Estudo do FP ou de FC
• Utilizada nos estudos de planejamento e nos estudos de pré‐
operação (antes de operar em tempo real) e pós‐operação
(depois de acontecer algum tipo de perturbação).
– É um ponto de partida p/uma operação ótima: técnica e
economicamente.
– Importante p/análise de estabilidade, de contingencias, curto circuito etc.
• Informações determinadas
– Carregamento de LTs, TRs, geradores e equip. de compensação (var)
– Tensão nas barras (magnitude)
– Perdas de transmissão
• Permite definir propostas de alterações para tornar a operação
da rede mais segura e econômica.
Utilização do estudo de FP
• 1) Análise do comportamento do sistema P(t )
em de carga leve, média e pesada.
• 2) Determinação da compensação shunt
(em derivação) capacitiva necessária para t
manter a tensão dentro de limites
aceitáveis
– Roda‐se FP em carga pesada. Verifica‐se a
existência de barra com tensão abaixo do Q
shunt
recomendável. Determina‐se para esta barra
a injeção de reativo Qshunt = Bshunt ×V2 .
– Roda‐se novamente FP, sendo que este
reativo é um dado de entrada, para se – Outra maneira é modelar a barra
conhecer o novo perfil de tensão. como barra de tensão controlada
Utilização do FP
• Curto‐circuito: cálculo das tensões pré‐falta;
• Estabilidade: calcula a condição inicial e também calcula a solução da rede
em cada passo de integração;
• Confiabilidade: conhecendo‐se os dados probabilísticos de falha dos
diversos componentes da rede, estimar a probabilidade de falha de
suprimento ao consumidor, a fim de torná‐la menor que um percentual
especificado através de investimento no sistema. O FP serve para a
verificação da adequação de cada estado com falha;
• Análise de contingência estática: o fluxo de potência é usado para analisar
cada contingência (saída de equipamento por exemplo) da rede elétrica;
• Fluxo de potência ótimo: este estudo fornece a melhor
topologia/configuração para minimizar o custo de operação ou minimizar as
perdas. É um fluxo de potência com as restrições de um problema de
otimização.
Utilização do FP
• Operação
– Despacho dos geradores
– Dispositivos de controle de tensão (injeções var e taps)
– Intercâmbio com os sistemas vizinhos
– Topologia
• Planejamento da expansão
– Localização plantas de geração
– Seleção LTs e TRs
– Dispositivos de controle do fluxo de potência (FACTS‐ Flexible
AC Transmission System) e Elos de corrente continua
– Interconexão com outros sistemas
Barras de tipo 2 (ANAREDE) ou de Balanço Março 2019
Tensão Geração Geração Reativa Reativa
Grupo Grupo Limite Estado Tensão Ângulo
Número Tipo Base Nome Barra Tensão (kV) Ativa Reativa Mínima Máxima
Base Limite Tensão (p.u.) Operativo (p.u.) (graus)
(kV) (MW) (Mvar) (Mvar) (Mvar)
7051 2 ‐ Ref V 992.0 JIR‐MDUHE021 5 0.950‐1.050 Ligado 1.050 1041.6 0. 1374. ‐3.17 ‐770. 770.7
8004 2 ‐ Ref V 992.0 ALU_BIUHE001 5 0.950‐1.050 Ligado 1.000 992.0 0. 0. 0. ‐9999 9999.
501 2 ‐ Ref V 992.0 I.SOLTUHE012 5 0.950‐1.050 Ligado 1.020 1011.8 0. 1932. ‐306. ‐600. 600.
1040 2 ‐ Ref U 991.0 RINCON‐RS500 3 1.000‐1.100 Ligado 1.020 1010.8 0. .0067 ‐109. ‐9999 9999.
1100 2 ‐ Ref V 992.0 IPU‐50UHE010 5 0.950‐1.050 Ligado 1.050 1041.6 0. 5177. 1090. ‐4330 4330.
Transformador defasador (8 und.)
Barra Estado Resistência
Barra DE Nome DE Nome PARA Circuito Proprietário Reatância (%) Tap Defasagem
PARA Operativo (%)
3345 PF.DEF‐MG138 3338 P.FIAL‐MG138 1 Ligado 3345 .98 1. 6.
4715 VGDEF2‐MT000 4712 VGRAND‐MT138 1 Ligado 4715 .98 1. 2.52
4714 VGDEF1‐MT000 4712 VGRAND‐MT138 1 Ligado 4714 .98 1. 2.52
2257 BATATA‐SP138 4279 BATATA‐SP069 1 Ligado 2257 24.27 .973 .32
9098 SGO‐DF‐MG138 9049 SGOTA2‐MG138 1 Ligado 9098 1.51 1. .11
185 ANGRA‐‐RJ138 181 ANGDEF‐RJ138 1 Ligado 185 .98 1. ‐6.84
2910 VERONA‐ES230 2909 VERONA‐ES138 1 Ligado 2910 9.97 1. .001
2654 MASCAR‐ES230 2655 MASCAR‐ES138 1 Ligado 2654 6.55 .975 .001
Compensador série (3 und.)
Barra Barra Circui Estado Modo Valor Reatância Extremidade Reatância Reatância
Nome DE Nome PARA Steps
DE PARA to Operativo Controle Especificado (%) de Medição Mínima (%) Máxima (%)
7594 IM‐CO2TCS500 5590 IMPERA‐MA500 1 Ligado Xcte ‐.637 ‐.637 7594 ‐1.76 ‐.59 0
7592 IM‐CO1TCS500 5590 IMPERA‐MA500 1 Ligado Xcte ‐.637 ‐.637 7592 ‐1.76 ‐.59 0
235 S.MESA‐GO500 7236 SM‐GR1TCS500 1 Ligado Xcte ‐.637 ‐.637 235 ‐1.76 ‐.59 0
Estado Potência Limite Mínimo Limite Máximo Barra Tipo
Barra Nome Barra Grupo Inclinação Unidades
Operativo Reativa (Mvar) Nominal (Mvar) Nominal (Mvar) Controlada Controle
42 BAND-1CER013 1 Ligado 2. 2.533 -50. 100. 42 Icte 1
43 BAND-2CER013 2 Ligado 2. 2.533 -50. 100. 43 Icte 1
46 CAMPOSCER013 3 Ligado 2. -36.5 -50. 100. 46 Icte 1
55 BALTO-CER013 4 Ligado 4. 1.356 -22. 33. 55 Icte 1
389 OPRET2CER013 10 Ligado 1. 21.19 -80. 20. 386 Icte 1
567 SBARBA-SP440 1 Desligado .83 0. -300. 300. 567 Pcte 1
1078 ANASTACER230 1 Ligado 2. -51.3 -50. 50. 1078 Icte 1
Compensador shunt (37 und.)
• Procedimento para se determinar o
ponto de colapso de tensão: aumenta‐se
gradativamente PL2 e QL2 e PL3 e QL3 no
sistema exemplo Figura até que o
programa de FP não convirja.
• A melhor abordagem é usar o FP
continuado, baseado em método
predictor‐corrector.
Modelo da rede para FP
• Modelo da rede
– Para o estudo de fluxo de potência, supõe‐se o sistema equilibrado, logo só
se usa a rede de sequência positiva. Este estudo é baseado em modelo nodal
e matriz admitância de barra, I = YBARRA V.
– Observação: em sistemas de distribuição usa‐se a modelagem trifásica para o
cálculo do fluxo de potência, pois o sistema de distribuição é essencialmente
desequilibrado.
• Modelo matemático do fluxo de potência
– a) Sistema de equações algébricas não lineares para representar a rede;
– b) Conjunto de inequações para representar as restrições;
– c) Conjunto de equações/inequações para representar o controle.
– O esforço computacional está quase que todo na solução do sistema de
equações, daí o uso de método eficiente de solução.
Método de Solução de FP
• Métodos de solução
– O primeiro método computacional utilizado para a solução do fluxo de
potência, foi o de J. B. Ward e H. W. Hale e surgiu em junho de 1956 com o
artigo ''Digital computer solution of power‐flow problems‘’.
– Métodos baseados em YBARRA: Estes métodos têm como vantagem a
formulação simples e pouca necessidade de memória devido a esparsidade
de YBARRA ser maior que 95%. Como exemplo o método de Gauss‐Seidel.
• A desvantagem é a convergência lenta devido ao fraco acoplamento entre variáveis
(influência pequena entre barras), sendo necessárias cerca de 200 iterações para se
chegar na solução do problema.
– Métodos baseados em ZBARRA: Convergem mais rápido, pois a matriz é
cheia, porém necessita de muita memória pelo mesmo motivo e o custo da
montagem da matriz ZBARRA é elevado.
Método de Solução de FP
• Método de Newton‐Raphson: Tem como vantagem ser robusto, pois
converge quase sempre e com poucas iterações. Além disto a
convergência independe da dimensão do sistema. Usa a matriz YBARRA e a
partir desta é montada a matriz jacobiana. É atualmente o método mais
utilizado.
• Métodos desacoplados: Este método é uma particularização do método
de Newton‐Raphson em que se deixa apenas a dependência entre a
tensão e a potência reativa (V e Q) e entre a potência ativa e o ângulo da
tensão da barra (P e θ). Surgiu em 1974 e é atribuído a Brian Stott e Alsaç.
Tem como vantagem ser rápido e utilizar pouca memória. A desvantagem
é que só pode ser aplicado a sistemas com características apropriadas.
• Fluxo de potência linear: Este é um método aproximado de solução que
analisa somente o fluxo de potência ativa, também chamado de fluxo DC.
COMPONENTES DO SISTEMA ELÉTRICO
componentes do sistema elétrico
Modelo dos Componentes de um SEP
• a) Linha de transmissão; • UPFC (Controlador de fluxo de
potência unificado);
• b) Transformador de potência; • IPFC (controlador de fluxo de
potência entrelinhas);
• c) Gerador; • STATCOM (compensador estático
• d) Carga; síncrono);
• SSSC (compensador estático
• e) outros dispositivos síncrono série);
– ELOS de corrente contínua • Existe mais de um modelo para
– FACTS (Sistema de transmissão cada um dos elementos
flexível em AC)
• Compensador estático de reativos
listados.
(SVC) 37 no SIN – em 03/2019 • Para cada tipo de estudo existe
• Compensador série (TCSC) 3 no um modelo específico do
SIN em 03/2019
elemento
Modelo dos Componentes
• Os modelos apresentados a seguir consideram:
– a) A rede em regime permanente;
– b) O sistema elétrico simétrico e equilibrado, logo somente
componentes de sequência positiva;
– c) Valores em por unidade.
• A Figura mostra um pequeno sistema elétrico de potência
onde T1 e T2 são transformadores.
•
Modelo da linha de transmissão
• O modelo da linha de transmissão depende do
comprimento da mesma. A seguir a modelagem de cada um
dos três comprimentos típicos.
• Linha curta (até 80 km):
– a capacitância da linha é desprezada
– a linha é representada pelos parâmetros série, ou seja, a
resistência e a indutância. V Vm m
k k R jX
X L
–
Modelo da linha de transmissão
• Linha média (entre 80 km e 240 km):
– a capacitância da linha concentrada em ambas as
extremidadesda mesma.
– a linha é representada pelo modelo ‐nominal
Vk k R jX Vm m
Ik I km Im
X L
y 2
y 2
Modelo da linha de transmissão
• Linha longa (acima de 240 km):
– O modelo da linha longa é determinado considerando‐se os
parâmetros da linha distribuídos, o que resulta em
equações diferenciais parciais, as quais são ajustadas a um
modelo ‐equivalente sen( l )
zeqv Z
l Z z l
Vk k
zeqv Reqv jX eqv Vm m tan( l ) Y y l
Ik I km Im yeqv Y
l
yeqv 2
z y Constante de propagação
yeqv 2 l Comprimento da linha
• Z e Y impedância e admitância totais.
. da linha
Transformador 1 de 2 enrolamentos
https://www.mundodaeletrica.com.br/
Vk k xeq x1 x '2 Vm m
• Transf. de potência de potência tem Ik Im
alto rendimento: maior de 98%
• A I magnet. é muito menor que a da Icarga
– Desprezar o ramo paralelo e resistência
série do transf.
– Perdas nos enrolamentos e no núcleo
muito pequenas quando comparadas
com a potência do transformador.
Transformador 3 ou banco de três 1
• Para regime permanente simétrico e equilibrado os
modelos são iguais.
– corrente de neutro desprezível, logo os elementos de circuito
que por ventura estão conectados ao neutro não são
representados no diagrama de impedâncias.
– Ligação delta‐delta (Δ‐Δ) ou estrela‐estrela (Y‐Y), a modelagem é
idêntica ao modelo monofásico.
– Ligação estrela‐delta (Y‐Δ) ou delta‐estrela (Δ‐Y), existe defasagem
de 30° entre as tensões terminais primárias e secundárias.
A norma brasileira diz que, para ligação Y‐Δ ou Δ‐Y, as
tensões de linha secundárias devem estar atrasadas de
30° em relação às tensões de linha primárias
Transformador 3 ou banco de três 1
• Relação de transformação 1: N1/N2
• Relação de transformação das tensões de
fase‐fase ou linha: Transformador Y‐
•
VAV Vab 30
Transformador 3 ou banco de três 1
Vk k Vm m
xeq x1 x '2
x1 x2
Vk Vm 30
V1 V230 V1
V2
xeq do modelo do transformador trifásico
em pu não muda com o tipo de ligação
do transformador 3, pois esta reatância
vem do ensaio em curto-circuito. V V Y‐
Dados Anarede
V[ pu ]2
QAna 100[MVA]
X C [pu]
QAna 12 BC 100[ MVA]
Dados do Anarede
Barra “k” Barra “m”
Anarede
Transformador de três enrolamentos
• Podem ter potências diferentes em cada terminal (primário,
secundário e terciário)
• Representados pelas impedâncias dos enrolamentos primários,
secundários e terciários
• As impedâncias são determinadas mediante ensaios de curto
circuitos.
•
Transformador 3 de 3 enrolamentos
• Dos ensaios de curto circuito:
VP VP P VS VS S
• Referindo‐se todos os parâmetros xP
ensaiados a uma mesma base
têm‐se: xS
xT
•
VT T
DBAR
DLIN
Modelo de Gerador
• O modelo do gerador síncrono de Ra XS Vk Vk k
rotor cilíndrico (pólos lisos)
– Ra: resistência da armadura Pk jQk
– Xs: reatância síncrona E ~
– Xa : reatância da armadura
– Xl : reatância de dispersão
– Pode‐se desprezar a resistência da
armadura, se: Ra << Xs
Vk Vk k
X S Xa Xl
•
~
Modelo de Gerador
• Gerador síncrono de rotor cilíndrico Ra XS Vk Vk k
(pólos lisos)
– Regime permanente (Fluxo Pot.): Xs Pk jQk
– Regime transitório ou dinâmico: E ~
reatância transitória (x’d) ou
subtransitória (x”d).
• Gerador síncrono de pólos salientes
– Considera‐se as reatância dos eixos
direto e de quadratura: Xd e Xq .
• Considera‐se positiva a potências Vk Vk k
ativas e reativas que entram ao
barramento.
~
Modelo de Cargas
• Considera‐se positiva a potências
ativas e reativas que entram ao Vk Vk k
barramento.
– Para um carga constituída com uma Z k rk jxk Zk Pk jQk
impedância (rk>0), a injeção de potência
ativa é negativa (Pk< 0).
– A injeção de potência reativa tem o sinal
inverso da reatância (indutor: Qk<0 e
capacitor: Qk>0) Vk Vk k
Pk jQk
Modelagem de Reator/Capacitor
• REATOR: Considera‐se NEGATIVO a potências e
reativas que entram ao barramento.
Vk Vk k
• Para um reator xL é maior que zero.
Ik
Pk jQk
• CAPACITOR: Considera‐se POSITIVA a potências
reativas que entram ao barramento.
• Para um reator xC é menor que zero.
Vk Vk k
Cargas Ik
Z k jxC Pk jQk
Reator
jQk Yk jbC
Compensador Síncrono
• São motores síncronos de pólos
salientes Vk Vk k
• Trabalham sem cargas em seu eixo
Pk jQk
(absorvem o mínimo para suprir as
perdas 3% a 5% da capacidade ~
nominal)
• Os compensadores partem como
geradores síncronos (auxiliados por um
Vk Vk k
pequeno motor)
• Modelados como geradores síncronos Pk jQk
com P = 0 e Q 0. S k jQk
EQUAÇÕES DOS COMPONENTES PARA
O PROBLEMA DO FLUXO DE POTÊNCIA