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Florianópolis
2011
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA
Florianópolis
2011
Catalogação na fonte pela Biblioteca Universitária
da
Universidade Federal de Santa Catarina
Inclui referências
CDU 621.3
Daniel Augusto Figueirêdo Collier
Banca Examinadora:
Nelson Mandela
Steve Jobs
Resumo
xi
Abstract
xiii
Lista de Figuras
xvii
5.13 Potência elétrica nos terminais no WECS em estudo. . . . . 160
5.14 Esforços de corrente nos semicondutores no WECS em estudo. 161
5.15 Perdas em comutação no WECS em estudo. . . . . . . . . . 161
5.16 Perdas em condução no WECS em estudo. . . . . . . . . . 162
5.17 Perdas totais do VSR∆ no WECS em estudo. . . . . . . . . 162
5.18 Divisão das perdas no WECS em estudo. . . . . . . . . . . 163
5.19 Divisão detalhada das perdas no WECS em estudo. . . . . . 163
xxiii
I.4 Parâmetros dos semicondutores . . . . . . . . . . . . . . . 279
I.5 Parâmetros dos semicondutores empregados . . . . . . . . . 280
I.6 Coeficientes da função de energia . . . . . . . . . . . . . . 283
I.7 Parâmetros para cálculo da integral dupla de fourier . . . . 288
Abreviatura/Sigla Descrição
CA Corrente Alternada
CC Corrente Contínua
Doubly Fed Induction Generator
DFIG
(Gerador de Indução Duplamente Alimentado)
Digital Signal Controller
DSC
(Controlador Digital de Sinais)
Field Oriented Control
FOC
(Controle por Orientação de Campo)
GSIP Gerador Síncrono a Ímãs Permanentes
Maximum Efficiency
ME
(Máxima Eficiência )
Maximum Power Point Tracking
MPPT
(Rastreamento do Ponto de Máxima Potência )
MSIP Motor Síncrono a Ímãs Permanentes
PI Proporcional-integral
Phase-locked Loop
PLL
(Malha de Captura de Fase)
PLLN PLL Normalizado
Pulse-width Modulation
PWM
(Modulação por Largura de Pulso)
P&O Pertubação e Observação
rpm Rotações por Minuto
Space Vector Modulation
SVM
(Modulação Vetorial)
Total Harmonic Distortion
THD
(Distorção Harmônica Total)
xxv
Abreviatura/Sigla Descrição
Unity Power Factor
UPF
(Fator de Potência Unitário)
VEQI Valor Eficaz Quase-instantâneo
VMQI Valor Médio Quase-instantâneo
Voltage Source Inverter
VSI
(Inversor Bidirecional Trifásico Boost)
Voltage Source Rectifier
VSR
(Retificador Bidirecional Trifásico Boost)
VSR∆ Retificador Trifásico Unidirecional em Delta
Wind Energy Conversion System
WECS
(Sistema de Conversão de Energia Eólica)
Zero d-Axis Current
ZADC
(Corrente de Eixo Direto Nula)
Zero-order Hold
ZOH
(Sustentador de Ordem Zero)
Lista de Símbolos
Simbologia Geral
Símbolo Descrição Unidade
N Conjunto dos números naturais -
Z Conjunto dos números inteiros -
< Conjunto dos números reais -
Re Eixo dos números reais -
Im Eixo dos números imaginários -
G(s) Função de transferência de malha aberta -
H(s) Função de transferência de malha fechada -
In Matriz identidade de ordem n -
x Variável no domínio do tempo
X Valor constante da variável x
x̄ Valor de x no ponto de equilíbrio
x̃ Valor de x em torno do ponto de equilíbrio
x̂ Valor estimado da amplitude de x
~x Vetor de variáveis x no domínio do tempo
Ẋ Fasor de x
x∗ Valor de referência do controlador de x
xavg Valor médio de x
xrms Valor eficaz de x
xpk Valor de pico de x
xmin Valor mínimo de x
xmax Valor máximo de x
xN Valor nominal de x
hxiTs VMQI de x
e, v Tensão elétrica V
xxvii
Símbolo Descrição Unidade
i Corrente elétrica A
f Frequência Hz
T Período s
ω Velocidade ou frequência angular rad/s
θ Ângulo rad
Sx Interruptor controlado x -
sx Função de comutação de Sx -
dx Função de razão cíclica de Sx -
mx Função de modulação de Sx -
ξ Fator de amortecimento -
ωn Frequência natural rad/s
PM Margem de fase rad
BW Largura de banda Hz
kC Ganho do controlador
Ti Constante de tempo do PI s
Simbologia Específica
Símbolo Descrição Unidade
Cp Coeficiente de potência da turbina -
fa Frequência de amostragem Hz
fe Frequência síncrona Hz
fr Frequência elétrica do rotor Hz
fs Frequência de comutação Hz
idc Corrente no barramento CC A
iLo Corrente de carga A
Jeq Constante de inércia equivalente do WECS kg·m2
kI Ganho do autocontrole Ω/V
Ld Indutância de eixo direto H
Lq Indutância de eixo em quadratura H
M Índice de modulação -
P Número de pólos -
Pe Potência elétrica no eixo W
Pt Potência elétrica nos terminais W
Pw Potência contida do vento W
Pwe Potência extraída no vento W
Símbolo Descrição Unidade
R Raio da turbina m
rs Resistência do estator Ω
Ta Período de amostragem s
Ts Período de comutação s
TL Torque de carga N·m
vdc Tensão do barramento CC V
vw Velocidade relativa do vento m/s
xa Variável da fase a
xb Variável da fase b
xc Variável da fase c
xd Variável de eixo direto
xq Variável de eixo em quadratura
xα Variável do eixo α
xβ Variável do eixo β
x0 Variável de modo comum
β Ângulo de passo da turbina rad
δi Ângulo de entrada do retificador rad
λ0r
m Fluxo a vazio dos ímãs permanentes Wb
θe Ângulo síncrono rad
θr Posição angular elétrica do rotor rad
ρ Densidade volumétrica do ar Kg/m3
ωe Velocidade angular síncrona rad/s
ωm Velocidade angular do rotor eólico rad/s
ωr Velocidade angular elétrica do rotor rad/s
ωrm Velocidade angular mecânica do rotor rad/s
xxix
Sumário
1 Introdução Geral 1
1.1 Motivação para o Tema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Objetivos do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.3 Estrutura do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.4 Contribuições deste Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Apêndices 269
xxxv
Capítulo 1
Introdução Geral
3
Introdução Geral
capítulos.
7
Introdução Geral
9
Introdução Geral
10
Capítulo 2
Introdução aos Sistemas de Conversão de
Energia Eólica
2.1 Introdução
Figura 2.3: Primeiro túnel de vento desenvolvido por Pour la Cour em 1891.
Fonte: www.poullacour.dk/engelsk/vindtunn.htm. Acesso em 01/03/2010.
Figura 2.5: Evolução no tamanho das turbinas eólicas de 1980 até 2005.
16
2.2. Evolução dos Sistemas Eólicos
17
Introdução aos Sistemas de Conversão de Energia Eólica
18
2.2. Evolução dos Sistemas Eólicos
Figura 2.10: Torre de uma turbina eólica moderna (VESTAS; 1,65 MW).
21
Introdução aos Sistemas de Conversão de Energia Eólica
Figura 2.13: Empresas globais e nacionais que atuam com GSIPs em WECSs.
1 Leilãon◦ 003/2009 da ANEEL. Disponível em www.aneel.gov.br.
2 Participaram pequenas centrais hidrelétricas, usinas a biomassa, usinas térmicas
a gás e parques eólicos.
3 Informação disponível em www.abeeolica.org.br. Acesso em 12/09/2011.
22
2.3. Papel da Eletrônica de Potência e do Controle
5,7% 4,1%
20,2% OUTRAS
6,4%
VESTAS
6,5% SINOVEL
GE Wind
GOLDWIND
6,7% ENERCON
14,3%
SUZLON GROUP
7,0% DONGFANG
GAMESA
24
2.3. Papel da Eletrônica de Potência e do Controle
25
Figura 2.16: Mapa tecnológico de aplicações em turbinas eólicas. Em destaque o foco deste trabalho.
Introdução aos Sistemas de Conversão de Energia Eólica
Figura 2.17: Conceito dinamarquês para turbinas eólicas com velocidade fixa.
26
2.3. Papel da Eletrônica de Potência e do Controle
(a)
(b)
28
2.3. Papel da Eletrônica de Potência e do Controle
(a)
(b)
(c)
29
Introdução aos Sistemas de Conversão de Energia Eólica
Caixa de engrenagens 4%
Cubo do rotor 5%
Eixo de baixa velocidade 2%
Freio mecânico 6%
Gerador 4%
Partes estruturais 4%
Pás do rotor 7%
Sensores 10%
Sistema de controle 18%
Sistema de giro 8%
Sistema elétrico 23%
Sistema hidraúlico 9%
Figura 2.21: Tempo de manutenção (em dias) por componente de uma tur-
bina eólica.
Figura 2.22: Taxa anual de falha dos componentes de uma turbina eólica.
e o sistema de controle ser mais simples (ZHANG; ULA, 2008). Por es-
ses motivos, diversos fabricantes têm utilizado está solução como pode
ser observado na Fig. 2.13, em que estão ilustrados os fabricantes de
arquiteturas de sistemas que empregam GSIPs nos WECSs. Estes têm
melhor rendimento, o volume mais compacto e a excitação é forne-
cida pelos campos magnéticos dos ímãs, o que elimina o conversor para
controle da excitação e dá mais autonomia e robustez para o sistema.
No entanto, deve-se ressaltar que alguns fabricantes utilizam geradores
multipólos e um estágio na caixa de engrenagens (máquinas convenci-
onais de dois pólos utilizam três estágios), estes são conhecidos como
sistemas multi-híbridos. Dentre os motivos para essa escolha está o au-
mento da estrutura em sistemas sem caixa de engrenagens e do custo
32
2.4. Conclusão
2.4 Conclusão
Neste capítulo foi feita uma revisão bibliográfica sobre os WECSs vol-
tada a aplicações de eletrônica de potência. Foi apresentada a evolução
da turbinas eólicas desde sua invenção aos modernos geradores encon-
trados atualmente. No panorama da geração eólica foi dado enfoque
aos países em desenvolvimento e emergentes, em que se percebe que a
tecnologia e a penetração de mercado dos WECSs é realmente global.
Foram destacados os principais fabricantes e empresas que atuam com
WECSs e empregam GSIPs nas suas arquiteturas de sistemas. O papel
fundamental da eletrônica de potência e das técnicas de controle são
destacados como elementos principais para a evolução da arquiteturas
dos WECSs. Por fim, são comparadas as turbinas eólicas com relação
à confiabilidade das arquiteturas de sistemas, em que mostra-se a ne-
cessidade pela busca de sistemas com acionamento direto e sensorless.
33
Introdução aos Sistemas de Conversão de Energia Eólica
34
Capítulo 3
Modelagem dos Componentes do Sistema
de Conversão de Energia Eólica
3.1 Introdução
Os objetivos deste capítulo são descrever e modelar os principais com-
ponentes do WECS para fins de análise em regime transitório e per-
manente. Esses componentes estão ilustrados na Fig. 3.1, em que se
observa a turbina eólica, o GSIP e o retificador ativo trifásico.
respectivamente.
1 2
Fs = ρv Cs Ap = |F~e | cos α (3.1)
2 w
Onde:
ρ: é a densidade volumétrica do ar, que é igual a 1,225 kg/m3
a 1 atm e 15◦ C. Esta pode ser recalculada para diferentes condições
atmosféricas a partir de (3.3) (CUSTÓDIO, 2009);
Cs : é o coeficiente de sustentação, que depende das dimensões e das
características aerodinâmicas da seção da pá;
Ap : é a área da superfície superior da pá.
z 5,2624
353, 4 1 −
ρ(z, T ) = 45271 (3.3)
273, 15 + T
Onde:
z: é a altitude do local com relação ao nível do mar em metros;
T : a temperatura ambiente do local em grau Celsius.
Deve-se notar que a relação linear entre as forças não é válida para
qualquer condição de ângulo de ataque. A medida que este aumenta,
a pá entra em uma região conhecida como região de perda, em que
há perda da sustentação aerodinâmica ocorrendo um fenômeno de tur-
bulência no fluxo de ar. Este fenômeno é conhecido como Efeito de
Bernoulli e está ilustrado na Fig. 3.4. Isso acontece porque há um
aumento da velocidade do ar em um dos lados das pás, o que resulta
em uma queda de pressão neste. O perfil laminado é escolhido para
aumentar a aderência do fluxo laminar e diminuir a incidência do fluxo
turbulento, esse é o motivo pela escolha dessa geometria na seção da
pá (CUSTÓDIO, 2009; TIBOLA, 2009).
38
3.2. Turbina Eólica
1 2
Ec = mw vw (3.4)
2
Onde:
mw : é massa do ar em movimento.
Como a passagem da massa de ar pela turbina sofre a ação de
forças, há uma redução na velocidade do vento e a energia extraída do
vento (3.5) é dada pela diferença das energias cinéticas antes e depois
da turbina. Para determinar a velocidade do vento depois da turbina
considera-se a equação da continuidade de Bernoulli, em que a vazão
de fluido é constante ao longo do volume de controle. Isto é, o fluxo de
ar é nulo fora do volume de controle. E, considerando que a densidade
volumétrica do ar é constante, isto é, que o fluido é incompressível1 ,
tem-se que a vazão antes e depois da turbina é dada por (3.6). O fluxos
de ar e o volume estão representados na Fig. 3.5 para o caso da turbina
eólica. Segundo (3.6), conclui-se que o tamanho do volume de controle
tem que ser maior após a passagem do ar pela turbina.
1 2 2
Ece = Ec − Ecs = mw (vw − vws ) (3.5)
2
1 Aproximação válida para velocidades de vento menores que 100 m/s (CUSTÓ-
DIO, 2009).
39
Modelagem dos Componentes do WECS
Onde:
Ecs : é a energia cinética do vento depois da turbina;
vws : é a velocidade do vento depois da turbina.
Onde:
Q: é a vazão do vento;
Aw : é a seção do volume de controle antes da turbina, calculada
segundo (3.7);
Aws : é a seção do volume de controle depois da turbina.
Aw = πR2 (3.7)
Onde:
R: é o raio da turbina.
A potência extraída é obtida pela variação de energia de (3.5) e pelo
intervalo de tempo correspondente conforme (3.8).
∆E Ece 1 mw 2 2
Pwe = = = (v − vws ) (3.8)
∆t ∆t 2 ∆t w
Onde:
∆t: é variação de tempo necessária para percorrer o comprimento d
(Fig. 3.5). Esta pode ser obtida a partir da velocidade média do vento
vw,avg ao longo do comprimento da coluna de ventos d e obtida a partir
40
3.2. Turbina Eólica
de (3.9).
d 2d
∆t = = (3.9)
vw,avg vw + vws
mw = ρAw d (3.10)
h i
2
1 [1 + (vws /vw )] 1 − (vws /vw )
3
Pwe = ρAw vw (3.11)
2 2
A equação (3.11) pode ser reescrita em função do coeficiente de
potência da turbina Cp e da potência contida no vento Pw em (3.12),
dados por (3.13) e (3.14), respectivamente. O coeficiente de potência da
turbina representa a potência extraída pela turbina da potência contida
no vento.
Pwe = Cp Pw (3.12)
h i
2
[1 + (vws /vw )] 1 − (vws /vw )
Cp = (3.13)
2
1 3
Pw = ρAw vw (3.14)
2
O valor máximo do coeficiente de potência é obtido calculando a de-
rivada de (3.13) em relação a k = vws /vw e igualando-a a zero (condição
de otimalidade de 1a ordem ). O valor obtido é Cp = 16/27 ≈ 59, 3%.
Esse valor é conhecido na literatura como máximo de Betz ou coefici-
41
Modelagem dos Componentes do WECS
c 5 c7
−
c2 180β 180β λ
Cp (λ, β) = c1 − c3 − c4 − c6 e i (3.15)
λi π π
Onde:
Cp (λ, β) ≥ 0;
λi : é definido conforme (3.16);
λ: é a velocidade de ponta da turbina (TSR: tip-speed-ratio) definida
de acordo com (3.17);
ci : são os coeficientes da turbina, em que i ∈ {1, 2, . . . , 9}.
1 1 c9
= − 3 (3.16)
λi 180β 180β
λ + c8 +1
π π
ωm R
λ= (3.17)
vw
Onde:
ωm : é a velocidade angular do rotor eólico.
A velocidade de ponta da turbina é a relação entre a velocidade tan-
gencial na ponta da pá do rotor eólico e a velocidade do vento incidente.
Esse é um importante parâmetro da turbina, pois o ponto de máxima
extração de potência é função direta desse parâmetro quando a turbina
2 É importante ressaltar que essa equação é normalmente apresentada no seu
42
3.2. Turbina Eólica
opera com ângulo de passo fixo. Como ilustrado na Fig. 3.6 as curvas
de potência para diferentes ângulos de passo, em que os parâmetros
na Tabela 3.1 foram propostos por Slootweg (SLOOTWEG; POLINDER;
KLING, 2003) que representam com mais precisão turbinas eólicas mo-
dernas a velocidade variável. Nota-se que está ilustrado o ponto de
máximo rendimento dado por Cp,max = 44% que é obtido para β = 0
e λopt = 7, 2.
c1 c2 c3 c4 c5 c6 c7 c8 c9
0,73 151 0,58 0,002 2,14 13,2 18,4 -0,02 -0,003
1
Pwe = ρπR2 Cp (λ, β)vw
3
(3.18)
2
44
3.2. Turbina Eólica
1
Pwe,max = ρπR2 Cp,max vw
3
(3.19)
2
• Região II: essa é uma região de transição que se estende até a ve-
locidade em que a potência atinge o valor nominal (Vw,N ). Nessa
região não é mais possível extrair a máxima potência do vento
devido à restrição de velocidade nominal ter sido atingida. Essa
região pode não existir em casos que o limite de velocidade angu-
lar não é alcançado até se atingir a potência nominal;
45
Modelagem dos Componentes do WECS
A turbina tem uma grande inércia que deve ser levada em consideração
nos estudos do WECS, pois esta armazena uma grande quantidade de
energia cinética. O que faz com que a mudança de potência no eixo do
gerador não ocorra de maneira instantânea, pois não é possível variar
a velocidade instantaneamente. Essa massa é representada nos estudos
dinâmicos pela constante de inércia Jm , em que para uma turbina eólica
de três pás pode ser estimada pelo raio e por sua massa em (3.20)
(MORREN; PIERIK; HAAN, 2006).
Mm R 2
Jm = (3.20)
9
Onde:
Mm : é a massa total das pás da turbina.
A conexão da turbina eólica com o gerador elétrico por meio de
uma caixa de engrenagens é representada de maneira simplificada na
Fig. 3.9 (BIANCHI; BATISTA; MANTZ, 2007). Considera-se que a turbina
e o gerador são representados por corpos rígidos 4 , cujos parâmetros
são as constantes de inércia da turbina e do gerador elétrico Jrm ; as
velocidades angulares da turbina e do gerador elétrico ωrm ; o torque
4 Por simplicidade, estão sendo desconsideradas os coeficientes de amortecimento
46
3.2. Turbina Eólica
dωrm TL
Jeq = Te − (3.21)
dt nm
Onde:
Jeq : é a constante de inércia equivalente do sistema, dada por (3.22).
Jm
Jeq = + Jrm (3.22)
n2m
Além disso, os limites que devem ser considerados para cada estraté-
gia e que a dinâmica desses controladores não precisa ser considerada
neste trabalho, devido ao foco estar no comportamento do GSIP e do
retificador trifásico. Isso se deve às constantes de tempo envolvidas no
controle aerodinâmico serem muito maiores que as dinâmicas elétricas.
A partir dessas informações será possível dimensionar adequadamente
o GSIP e o retificador.
Em todas as técnicas de controle aerodinâmico que serão conside-
radas neste trabalho é possível operar na região I com máximo apro-
veitamento da potência. Isto é, o ângulo de passo é fixado de forma
que seja possível atingir o ponto de máximo rendimento aerodinâmico
(BIANCHI; BATISTA; MANTZ, 2007). Para a turbina deste trabalho, este
ponto é obtido para β = 0. A seguir serão explicados os princípios de
funcionamento das técnicas de controle aerodinâmico.
49
Modelagem dos Componentes do WECS
51
Modelagem dos Componentes do WECS
3.3.1 Histórico
52
3.3. GSIP
53
Modelagem dos Componentes do WECS
3.3.2.1 Topologias
As principais topologias resultantes da combinação dessas quatro prin-
cipais características encontradas na literatura aplicadas à geração de
55
Modelagem dos Componentes do WECS
Gerador Sigla 1 2 3 4
GSIP convencional RFPM R L SM S
GSIP convencional com FC RFPM R L FC S
GSIP de fluxo axial AFPM A L SM SL
GSIP de fluxo axial interior AFIPM A L SM S
GSIP de fluxo transversal TFPM R T SM S
GSIP de fluxo transversal com FC TFPM R T FC S
Z t
P
θr = θrm = ωr (τ )dτ + θr (t0 ) (3.23)
2 t0
Onde:
P : é o número de pólos;
59
Modelagem dos Componentes do WECS
d
~vabc,s = [rs ]~iabc,s + ~λabc,s (3.24)
dt
Onde:
os vetores de variáveis no sistema abc são definidos de acordo com a
(3.26), em que f~abc representa tensões, correntes ou enlaces de fluxos;
~vabc,s : é o vetor de tensões do estator no sistema abc;
~iabc,s : é o vetor de correntes do estator no sistema abc;
~λabc,s : é o vetor de enlaces de fluxo do estator no sistema abc;
~λ0 : é o vetor de enlaces de fluxo dos ímãs permanentes vistos pelos
m
enrolamentos do estator dado por (3.27). E λ0m é a amplitude do enlace
do fluxo dos ímãs permanentes visto pelos enrolamentos do estator a
vazio;
[rs ]: é a matriz de resistências do estator conforme 3.28;
[Ls ]: é a matriz de indutâncias do estator. Em (3.29) observa-se que
esta matriz é composta das indutâncias próprias do estator Lii,ss e das
indutâncias mútuas entre os enrolamentos do estator Lij,ss com i 6= j,
61
Modelagem dos Componentes do WECS
T
f~abc = fa
fb fc (3.26)
T
~λ0 = λ0 sen(θr ) sen θr − 2π 2π
m m 3 sen θr + 3 (3.27)
rs 0 0
[rs ] = 0 rs 0 (3.28)
0 0 rs
L11,ss L12,ss L13,ss
[Ls ] = L21,ss L22,ss L23,ss (3.29)
L31,ss L32,ss L33,ss
4π
Lii,ss = Ll,s + LA − LB cos 2θr + (1 − i) (3.30)
3
1 2π
Lij,ss = − LA − LB cos 2θr + (2 − i)(1 − j) , com j > i (3.31)
2 3
Onde:
Ll,s : é a indutância de dispersão do estator;
LA e LB são coeficientes das indutâncias mútuas e suas relações com
parâmetros físicos são feitas por meio das indutâncias magnetizantes.
Estas podem ser de eixo direto Lm,d ou de eixo em quadratura Lm,q
dadas por (3.33) e (3.34), respectivamente.
3
Lm,d = (LA + LB ) (3.33)
2
62
3.3. GSIP
3
Lm,q = (LA − LB ) (3.34)
2
Onde:
Wrm : é a energia mecânica;
Te : é o torque elétrico.
Desconsiderando-se as perdas, tem-se que a soma da energia me-
cânica Wrm e da coenergia magnética Wc é igual a zero. A coenergia
magnética é obtida considerando que o sistema magnético é linear, pois
neste caso ela torna-se igual à energia armazenada nos campos mag-
néticos Wf . Essa energia está armazenada nas indutâncias próprias
dos enrolamentos do estator e nos enlaces de fluxos gerados pelos ímãs
permanentes, cuja expressão é dada por (3.36).
1~
Wf = Wc = (iabc,s )T ([Ls ] − Ll,s I3 )~iabc,s + (~iabc,s )T ~λ0m (3.36)
2
Onde:
I3 : é a matriz identidade de dimensão três.
Portanto, a partir de (3.35) e (3.36) pode-se reescrever o torque
elétrico em função das correntes e da posição do rotor como (3.37) em
sua forma matricial ou (3.38) na forma expandida. O torque elétrico é
definido como positivo para operação da máquina como motor.
63
Modelagem dos Componentes do WECS
Te (~iabc,s , θr ) =
P ∂Wc (~iabc,s , θr )
=
2 ∂θr
" T ∂([L ] − L I ) ~0
#
P 1 ~ s l,s 3 ~ ∂ λ
= iabc,s (iabc,s ) + (~iabc,s )T m
(3.37)
2 2 ∂θr ∂θr
( "
P (Lm,d − Lm,q )
Te (~iabc,s , θr ) =
2 3
2 1 2 1 2
sen(2θr ) ia,s − ib,s − ic,s − ia,s ib,s − ia,s ic,s + 2ib,s ic,s +
2 2
√ #
3 2 2
cos(2θr )(ib,s − ic,s − 2ia,s ib,s + 2ia,s ic,s ) +
2
" √ #)
0 1 1 3
λm cos(θr ) ia,s − ib,s − ic,s + sen(θr )(ib,s − ic,s ) (3.38)
2 2 2
dωrm
Te = Jrm + TL,rm (3.39)
dt
−Pwe
TL,rm = (3.40)
ωrm
9 Por simplicidade, estão sendo desconsideradas os coeficientes de amortecimento
64
3.3. GSIP
Mg Rg2
Jrm = (3.41)
2
Os resultados obtidos até então para as equações de tensão e torque
elétrico são não lineares e dependentes da posição angular do rotor,
dificultando a análise e a aplicação de técnicas de controle linear. A
transformação que será apresentada a seguir é capaz de eliminar essa
dependência da posição angular do rotor e, sob certas condições, pode-
se considerar a aplicação de técnicas de controle linear.
65
Modelagem dos Componentes do WECS
dθ
ω= (3.42)
dt
Z t
θ= ω(τ )dτ + θ (t0 ) (3.43)
t0
66
3.3. GSIP
Onde:
os vetores de variáveis no plano dq0 são definidos de acordo com
(3.45), em que f~dq0 representa tensões, correntes ou enlaces de fluxos;
[Ks ]: é a matriz de transformação direta definida em (3.46), cuja
inversa é dada por (3.48).
T
f~dq0 = fd
fq f0 (3.45)
2π 2π
sen(θ) sen θ − sen θ +
2 3
2π
3
2π
[Ks ] = cos(θ) cos θ − 3 cos θ + 3 (3.46)
3
1/2 1/2 1/2
−1
f~abc = [Ks ] f~dq0 (3.47)
sen(θ) cos(θ) 1
−1
[Ks ] = sen θ − 2π
3 cos θ − 2π3 1
(3.48)
sen θ + 2π
3 cos θ + 32π
1
−1
[Ks ] [Ls ] [Ks ] =
3
L11,dq0 2 LB sen[2(θr − θ)] 0
= 23 LB sen[2(θr − θ)] L22,dq0 0 (3.49)
0 0 Ll,s
T
[Ks ] ~λ0m = λ0m cos(θr − θ) sen(θr − θ)
0 (3.50)
67
Modelagem dos Componentes do WECS
Onde:
L11,dq0 e L22,dq0 : dados por (3.51) e (3.52), respectivamente.
3 3
L11,dq0 = LA + LB cos[2(θr − θ)] + Ll,s (3.51)
2 2
3 3
L22,dq0 = LA − LB cos[2(θr − θ)] + Ll,s (3.52)
2 2
d
v~r dq0,s = [rs ]~irdq0,s + ωr ~λrqd,s + ~λrdq0,s (3.53)
dt
1
~λr = [Lrs ]~irdq0,s + λ0r
m 0 (3.54)
dq0,s
0
Onde:
v~r dq0,s : é o vetor de tensões do estator no plano dq0;
~ir
dq0,s : é o vetor de correntes do estator no plano dq0;
~λr
dq0,s : é o vetor de enlaces de fluxo do estator no plano dq0;
~λr : é definido conforme (3.55);
qd,s
[Lrs ]: é a matriz de indutâncias do estator no plano dq0, definida
segundo (3.56). Nela estão as indutâncias de eixo direto Ld e de eixo
em quadratura Lq definidas em (3.57) e (3.58), respectivamente. A
68
3.3. GSIP
T
~λr = −λrq,s λrd,s
qd,s 0 (3.55)
Ld 0 0
−1
[Lrs ] = [Krs ] [Ls ] [Krs ] =0 Lq 0 (3.56)
0 0 Ll,s
69
Modelagem dos Componentes do WECS
3 P
Te = [λ0r r r r
m iq,s + (Ld − Lq )id,s iq,s ] (3.59)
2 2
Onde:
3
λ0r
P r
2 2 m iq,s : é a parcela referente ao torque de reação;
3 P
2 2 (Ld − Lq )ird,s irq,s : é a parcela referente ao torque de relu-
tância.
A equação de torque também pode ser expressa em função dos en-
laces de fluxo do estator, como apresentado em (3.60).
3 P
Te = (λrd,s irq,s − λrq,s ird,s ) (3.60)
2 2
dird,s r
Ld = vd,s − rs ird,s + Lq ωr irq,s
dt
dirq,s
r
− rs irq,s − Ld ωr ird,s − λ0r
L q = vq,s m ωr
dt
(3.61)
dir0,s r
rs ir0,s
Ll,s = v0,s −
dt
Jrm dωr P
= (Te − TL,rm )
dt 2
r r r
Vd,s = rs Id,s − Lq ωr Iq,s
(3.62)
r
Vq,s r
= rs Iq,s r
+ Ld ωr Id,s + λ0r
m ωr
71
Modelagem dos Componentes do WECS
√
va,s = √2Vs,rms cos(θv )
2π
vb,s = √2Vs,rms cos θv − 3
(3.63)
2π
vc,s = 2Vs,rms cos θv + 3
r r
√
vd,s = Vd,s = √2Vs,rms sen(φv )
r r (3.64)
vq,s = Vq,s = 2Vs,rms cos(φv )
Onde:
Vs,rms : é o valor eficaz da tensão de fase do estator;
θv : é o ângulo da tensão da fase a definido segundo (3.65);
φv : é o ângulo de carga, dado pela diferença entre o ângulo do rotor
e da tensão terminal da fase a conforme (3.66).
Z t
θv = ωe (τ )dτ + θv (t0 ) (3.65)
t0
φv = θ r − θ v (3.66)
√
ia,s = √2Is,rms cos(θi )
2π
ib,s = √2Is,rms cos θi − 3
(3.67)
2π
ic,s = 2Is,rms cos θi + 3
√
ird,s r
= Id,s = √2Is,rms sen(φi )
(3.68)
irq,s r
= Iq,s = 2Is,rms cos(φi )
Onde:
Is,rms : é o valor eficaz da corrente de fase do estator;
θi : é o ângulo da corrente da fase a definido segundo (3.69);
φi : é a diferença angular entre o ângulo do rotor e da corrente da
72
3.3. GSIP
Z t
θi = ωe (τ )dτ + θi (t0 ) (3.69)
t0
φi = θr − θi (3.70)
√ r r
2V̇a,s = Vq,s − jVd,s (3.71)
√
2I˙a,s = Iq,s
r r
− jId,s (3.72)
(a)
(b)
ωr
Ėa = √ [λ0r r
m + (Ld − Lq )Id,s ] (3.74)
2
Onde:
Pt : é a potência ativa nos terminais do GSIP dada por (3.76), em
que suas parcelas são explicitamente identificadas;
Qt : é a potência reativa nos terminais do GSIP dada por (3.77).
3 r2 r2
3
2
rs Id,s + Iq,s r
ωr Iq,s [λ0r r
m + (Ld − Lq )Id,s ]
Pt = | {z 2
}+| {z } (3.76)
Perdas joule Potência no eixo do rotor (Pe )
nos enrolamentos
3
Qt = ωr (λ0r r r2 r2
m Id,s + Ld Id,s + Lq Iq,s ) (3.77)
2
r 3P 0r r
q
2 r2
Te,max (Id,s )= λm + (Ld − Lq )Id,s 2Is,max − Id,s (3.78)
4
r2
2(Ld − Lq )Id,s + λ0r r 2
m Id,s − 2(Ld − Lq )Is,max = 0 (3.79)
√ √
2VL,max / 3
ωB = q (3.80)
(λrd,s )2 + (λrq,s )2
p √
(2)VL,max / 3
ωr,max = p (3.81)
|λ0r
m − Ld (2)Is,max |
78
3.4. Retificador Ativo Trifásico
(a)
(b)
80
3.4. Retificador Ativo Trifásico
(a) (b)
(c) (d)
1 , Sxy fechado
sxy =
, Sxy aberto com x ∈ {a, b, c} e y ∈ {p, n}
(3.82)
0
Onde:
sx : é a função de comutação da fase x, com x ∈ {a, b, c}.
Aplicando a Lei de Kirchoff das tensões e expressando as variáveis
por valores de linha obtém-se (3.87).
d~iL
~eL = 3r~iL + 3L + ~vL (3.87)
dt
83
Modelagem dos Componentes do WECS
Onde:
~eL : é o vetor de tensões de linha da rede elétrica, definido por (3.88);
~iL : é o vetor de correntes de linha, definido por (3.89);
~vL : é o vetor de tensões de linha nos terminais do retificador, defi-
nido por (3.90);
L: é a indutância boost;
r: é a soma das resistências do ramo.
T
~eL = eab ebc eca
T
= ea − eb eb − ec ec − ea (3.88)
1 T
= ia − ib ib − ic ic − ia (3.89)
3
T
~vL = vab vbc vca
T
= van − vbn vbn − vcn vcn − van
T
= (sa − sb )vdc (sb − sc )vdc (sc − sa )vdc
= ~sL vdc (3.90)
Onde:
~sL : o vetor de funções de comutação definido segundo (3.91);
vdc : é a tensão do barramento CC.
T
~sL = sa − sb sb − sc sc − sa
T
= sab sbc sca (3.91)
dvdc
idc = C + iLo (3.92)
dt
Onde:
C: é a capacitância do barramento CC;
iLo : é a corrente de carga.
idc = sa ia + sb ib + sc ic (3.93)
idc = sab iab + sbc ibc + sca ica = (~sL )T (~iL ) (3.94)
d~iL
3L dt = ~eL − 3r~iL − ~sL vdc
(3.95)
C dvdc
= (~sL )T (~iL ) − iLo
dt
85
Modelagem dos Componentes do WECS
Z t
1
hxiTs = x(τ )dτ (3.96)
Ts t−Ts
Z t
1
dx = hsx iTs = sx (τ )dτ , com x ∈ {a, b, c} (3.97)
Ts t−Ts
Onde:
Ts : é o período de comutação.
Para manter a simplicidade, evita-se a notação de (3.96) e adota-
se que nas equações em que se utilizam funções de razão cíclica para
descrever o comportamento médio do conversor, as variáveis do con-
versor também expressam VMQI. O modelo não linear (3.98) é obtido
aplicando (3.96) nas variáveis do VSR e considerando que as aproxi-
mações (3.100) e (3.101) são válidas, pois o conteúdo harmônico da
tensão do barramento CC vdc e das correntes de linha ~iL está pre-
dominantemente bem abaixo da frequência de comutação (ERICKSON;
MAKSIMOVIC, 2001).
d~iL
~
3L dt = ~eL − 3r~iL − dL vdc
(3.98)
C dvdc = (d~L )T (~iL ) − iLo
dt
Onde:
d~L : é o vetor funções de razão cíclica de linha, definido conforme
(3.99).
T
d~L = dab dbc dca
T
= da − db db − dc dc − da (3.99)
Z t
1
~sL vdc dτ ≈ h~sL iTs hvdc iTs = d~L vdc (3.100)
Ts t−Ts
86
3.4. Retificador Ativo Trifásico
Z t
1 T
(~sL )T (~iL )dτ ≈ (h~sL iTs ) h~iL iTs = (d~L )T (~iL ) (3.101)
Ts t−Ts
fa ≥ 2Bmax (3.102)
Onde:
fa : é a frequência de amostragem;
Bmax : é a frequência máxima do sinal.
87
Modelagem dos Componentes do WECS
d~iedq0
= e~e dq0 − 3r~iedq0 − 3ωe L~ieqd − d~edq0 vdc
3L
dt
3/2 0 0 (3.103)
dvdc
C = (d~edq0 )T 0 3/2 0 (~iedq0 ) − iLo
dt
0 0 3
15 E é o valor de pico da tensão de linha da rede elétrica.
pk
88
3.4. Retificador Ativo Trifásico
Onde:
~ie : é definido por (3.104).
qd
T
~ieqd = −ieq ied
0 (3.104)
apresentam significado físico e são todas nulas. Isto se deve ao fato da transformação
dq0 ter sido aplicada nas variáveis de linha do VSR, em que uma informação é
redundante, pois fab + fbc + fca = 0. A verdadeira sequência zero será obtida mais
adiante neste capítulo.
89
Modelagem dos Componentes do WECS
vdc
vx,r = sx vdc − (3.106)
2
90
3.4. Retificador Ativo Trifásico
d~iabc
L = ~eabc − r~iabc − ~vabc,r + vsr ~u (3.107)
dt
~u = [1 1 1]T (3.108)
d~iabc
vdc
L dt = ~eabc − r~iabc − ~sabc vdc + 2 ~u + vsr ~u
(3.109)
C dvdc = (~sabc )T (~iabc ) − iLo
dt
Dessa forma, aplicando o conceito de VMQI em (3.109), obtém-se o
modelo de grandes sinais do VSR em variáveis de fase, dado por (3.110).
d~iabc
~ vdc
L dt = ~eabc − r~iabc − dabc vdc + 2 ~u + vsr ~u
(3.110)
C dvdc = (d~abc )T (~iabc ) − iLo
dt
Onde:
d~abc : é o vetor de funções de razão cíclica de fase. Caso se deseje
um conjunto de equações que não tenha a componente contínua vdc /2~u,
o vetor de funções de razão cíclica pode ser substituído pelo vetor de
funções de modulação de fase m ~ abc , uma vez que (3.111).
1
~ abc = d~abc − ~u
m (3.111)
2
E, aplicando a transformada dq0 no modelo (3.110) com ω = ωe e
θe (t0 ) igual ao ângulo inicial da tensão17 de fase (ea = Epk,f cos(ωe t)),
obtém-se o modelo do VSR em variáveis de fase no plano dq0 (3.112).
Deste modelo obtém-se o circuito equivalente de fase do VSR conectado
à rede apresentado na Fig. 3.36. Nota-se que esse é muito semelhante
ao obtido para variáveis de linha. O que difere as variáveis dq0 de cada
modelo são os limites das variáveis, a posição inicial do eixo síncrono
17 E é o valor de pico da tensão de fase da rede elétrica.
pk,f
91
Modelagem dos Componentes do WECS
d~iedq0 vdc e
= ~eedq0 − r~iedq0 − ωe Lieqd − d~edq0 vdc +
L ~u + vsr ~uedq0
dt 2 dq0
3/2 0 0
dv dc
= (d~edq0 )T 0 3/2 0 (~iedq0 ) − iLo
C
dt
0 0 3
(3.112)
Onde:
~uedq0 : é o resultado da multiplicação de (3.46) por (3.108). Este
resultado é apresentado em (3.113).
diab
3L = eab − sab vdc (3.114)
dt
Como sab pode assumir os valores -1, 0 e 1, a condição (3.115) deve
93
Modelagem dos Componentes do WECS
Conclui-se que vdc deve ser maior que o valor máximo tensão de
linha da entrada Epk (3.116).
−1 1
−1 ≤ d~L ≤ 1 (3.117)
−1 1
∗ q q q
|~vαβ | = (vα∗ )2 +(v ∗ )2 = (v e∗ )2 +(vqe∗ )2 = vdc (de∗ )2 +(de∗
q )
2
β d d
(3.118)
95
Modelagem dos Componentes do WECS
∗
√ ||~vαβ √ q
||
M= 3 = ( 3) (de∗ 2 e∗ 2
d ) + (dq ) (3.119)
vdc
q M 1
(de∗
d ) + (dq ) ≤ √ = √
2 e∗ 2 (3.120)
3 3
√
3
q
∗ 2 ∗ 2 ∗ 2 ∗ ∗ ∗ ∗ ∗ ∗
(da ) + (db ) + (dc ) − da db − da dc − db dc ≤ (3.121)
2
M 1
d∗a = √ cos θd − π6 +
3 2
M 1
d∗b = 5π
√ cos θd − 6 + (3.123)
3 2
M 1
d∗c = √ cos θd + π2 +
3 2
Onde:
θd : é o ângulo da função de razão cíclica de linha d∗ab , definido de
96
3.4. Retificador Ativo Trifásico
Z t
θd = ωe (τ )dτ + θd (t0 ) (3.124)
t0
M ≤1 (3.125)
97
Modelagem dos Componentes do WECS
(a)
(b)
100
3.4. Retificador Ativo Trifásico
Onde:
Ipk : é o valor de pico da corrente de fase.
Onde:
Vr,pk : é o valor de pico da tensão fundamental de fase do VSR∆ .
Como as tensões disponíveis nos terminais VSR∆ são dadas em
valores de linha, reescreve-se (3.127) para valores de linha em (3.128).
√
vab = √3Vr,pk cos ωe t − δi + π6
0 ≤ vab ≤ +Vdc
−Vdc ≤ vbc ≤ +Vdc (3.129)
−Vdc ≤ vca ≤0
π π π
− ≤ ωe t − δ i + ≤ (3.130)
2 6 2
Como no setor A+ ωe t está entre −π/6 e π/6 (ver Fig. 3.40), obtém-
se como resultado (3.131).
π π
− ≤ −δi ≤ (3.131)
2 6
Para a tensão vbc não é necessária a análise, pois qualquer valor
pode ser gerado no setor A+ . E, para a tensão vca (semi-ciclo negativo)
tem-se como resultado (3.132).
π π
− ≤ −δi ≤ (3.132)
6 2
Fazendo a intersecção entre os intervalos (3.131) e (3.132), obtém-
se o intervalo (3.133) para o qual é possível operar o VSR∆ gerando
tensões senoidais trifásicas e equilibradas.
π π
− ≤ δi ≤ (3.133)
6 6
O resultado (3.133) significa que para o VSR∆ funcionar deve haver
circulação de potência ativa e que o mesmo é capaz de processar potên-
cia reativa na frequência fundamental da rede, na entrada da ponte de
diodos, ao contrário de retificadores unidirecionais monofásicos (BOR-
102
3.4. Retificador Ativo Trifásico
103
Modelagem dos Componentes do WECS
r
= drd vdc
vd,s
(3.134)
vq,s = drq vdc
r
nula.
21 Valor típico. E foi considerada como velocidade mínima o valor de 3 m/s e
máxima de 16 m/s.
106
3.5. Dimensionamento do WECS
rs 0,3 Ω Is,max 32 A
Ld 2,9 mH VL,max 118 V
Lq 2,9 mH SN 6,5 kVA
λ0r
m 0,23 Wb Rg 0,4 m
P 30 Mg 60 kg
107
Modelagem dos Componentes do WECS
3.6 Conclusão
Neste capítulo foram apresentados os principais modelos para análise
em regime permanente e em regime transitório dos componentes do
WECS. Como o objetivo deste trabalho é o controle de conversores
estáticos conectados ao GSIP, pode-se considerar que o detalhamento
apresentado sobre a turbina eólica é suficiente, pois com este é possível
determinar os pontos de operação, prever o comportamento dinâmico e
caracterizar a influência do controle aerodinâmico no sistema. A justifi-
cativa de escolha do GSIP é apresentada no contexto da geração eólica;
seus aspectos construtivos e suas influências nos parâmetros internos do
gerador; o modelo dinâmico e estático; as suas restrições operacionais;
e, seu modelo ao conectá-lo com o retificador ativo trifásico. Foi apre-
sentada uma topologia de retificador ativo trifásico para que se possa
operar o GSIP com alto desempenho e baixas perdas. Seu modelo dinâ-
mico e as restrições à sua operação foram determinados (BORGONOVO,
2005; HITI; BOROYEVICH; CUADROS, 1994; HITI; BOROYEVICH, 1994).
Com base no equacionamento desenvolvido e nas restrições opera-
cionais apresentadas, foi desenvolvida uma metodologia de dimensio-
namento do WECS. Esta metodologia apresenta de maneira simples a
partir de curvas de torque-velocidade as características dos elementos
do WECS. A característica fictícia de torque-velocidade do conversor
foi determinada a partir de seus parâmetros elétricos e suas relações
com os parâmetros eletromecânicos do GSIP. Dessa forma, obteve-se
uma representação única das limitações e das regiões de operação dos
componentes do WECS.
108
Capítulo 4
Modulação Vetorial do Retificador Ativo
Trifásico Unidirecional com Interruptores
CA em Delta
4.1 Introdução
Neste capítulo será apresentada a estratégia de modulação e o sistema
de implementação digital chamado de modulador. O modulador é o
responsável pela etapa de comando dos interruptores do VSR∆ e está
posicionado no WECS conforme ilustrado na Fig. 4.1. Esse recebe
como sinal de comando as amplitudes das tensões fundamentais de fase
∗
desejadas (~vabc ) e utiliza a informação do vetor de correntes para que
seja possível comandar o retificador.
(
0 , com k = 0
~k =
V 2 (4.1)
j(k−1)π/3
Vdc e , com k ∈ {1, 2, .., 6}
3
Como o sentido das correntes influencia no vetor de tensão gerado
em retificadores trifásicos unidirecionais, são definidos subsetores para
as intersecções entre os setores de tensão e corrente da Fig. 4.4 (BA-
TISTA, 2006). O mapa de vetores e os respectivos subsetores estão
ilustrados na Fig. 4.5. A defasagem angular entre tensão e corrente δi
é transferida para o mapa de vetores.
110
4.1. Introdução
que os estados estão escritos na forma (Sab Sbc Sca ). Os vetores foram
obtidos a partir da Transformada de Clarke1 nas tensões de fase do
0
retificador, com vα = vd,r 0
, vβ = vq,r ~ = vα + jvβ . Observa-se que
eV
estas foram calculadas transformando as tensões de fase em tensões
de linha a partir de (4.2), pois em alguns estados a tensão de modo
comum não é definida pelos estados topológicos do conversor, apenas
por elementos parasitas (MILLER, 2008; HARTMANN et al., 2011). Uma
análise das tensões de modo comum é apresentada no Apêndice I.
113
Modulação Vetorial do VSR Delta
va,r v
−1 ab
vα 2 1 −1/2
√ −1/2
√ vb,r = 1 1 √0
= vbc (4.2)
vβ 3 0 3/2 − 3/2 3 0 3 0
vc,r vca
2O símbolo ∗ nas correntes significa que esta pode ser positiva ou negativa.
114
4.3. Implementação dos Vetores
~0 , V
O vetor de referência será uma composição dos vetores V ~1 e V
~2 ,
cuja relação matemática é dada pelo balanço de fluxo em um período
de comutação3 (4.3).
~ ∗ Ts = V
V ~0 T0 + V
~1 T1 + V
~2 T2 (4.3)
Onde:
~ ∗ : é o vetor de referência fornecido pelo controle de corrente. A
V
sua relação com as tensões do plano αβ é dada por (4.5);
Ts : é o período de comutação dado pela soma dos tempos de apli-
cação dos vetores em (4.4);
T0 : é o tempo de aplicação do vetor nulo;
T1 : é o tempo de aplicação do vetor V ~1 ;
T2 : é o tempo de aplicação do vetor V ~2 .
Ts = T0 + T1 + T2 (4.4)
3 Ou meio período de comutação, caso a portadora seja triangular.
115
Modulação Vetorial do VSR Delta
~ ∗ = V ∗ ejθv∗ = v ∗ + jv ∗
V (4.5)
α β
√
3Ts V ∗ π
T1 = sen − θv0 (4.6)
Vdc 3
√
3Ts V ∗
T2 = sen (θv0 ) (4.7)
Vdc
T0 = Ts − T1 − T2 (4.8)
Onde:
θv0 : é uma transformação para que os ângulos sejam referenciados
ao setor S1 , isto é, 0 ≤ θv0 ≤ 60◦ . Essa transformação é dada por (4.9),
em que n é número do setor de tensão (WU, 2006).
π
θv0 = θv∗ − (n − 1) com n ∈ {1, 2, ..., 6} (4.9)
3
Deve-se observar que (4.6), (4.7) e (4.8) são válidas para operação
na região de modulação linear do retificador. O limite da região linear
é o vetor de √ referência cuja amplitude máxima da tensão de fase é
∗
Vmax = Vdc / 3. A limitação da amplitude do vetor de referência é
feita pela saturação da ação de controle nesse limite e calculando o
vetor de referência de acordo com a metodologia apresentada.
116
4.4. Sequências de Comutação
(a) (b)
Comandos Tensões
Vetor
Sab Sbc Sca vab vbc vca
0 0 0 +Vdc 0 −Vdc ~1
V
1 0 0 0 +Vdc −Vdc ~2
V
1 0 1 0 0 0 ~0
V
1 1 0 0 0 0 ~0
V
ilustradas na Fig. 4.13. Nota-se que para estado (011) (Fig. 4.13(a))
as perdas em condução são equivalentes ao estado (110) (Fig. 4.10(b))
e já se concluiu que esses estados não são úteis. Deve-se então com-
parar a estratégia anterior (SVM I) com a estratégia que utiliza todos
os estados para geração do vetor nulo (SVM II). Esta é ilustrada na
Fig. 4.13(b).
Para comparar as sequências em termos das perdas em condução,
determinam-se os esforços de corrente e as perdas em condução para
cada sequência, conforme apresentado no Apêndice I. Na Fig. 4.14 está
ilustrado o ganho percentual de perdas em condução no MOSFET ao
se utilizar a estratégia proposta frente à estratégia SVM I com δi = 0,
em que se observa, como esperado, uma redução das perdas.
Da mesma maneira que as perdas em condução, são determinadas
as perdas em comutação no Apêndice I. O ganho percentual de perdas
em comutação no MOSFET está ilustrado na Fig. 4.15. Observa-se que
há regiões em que as perdas são maiores na estratégia SVM I e outras
121
Modulação Vetorial do VSR Delta
122
4.5. Aspectos da Implementação Digital
Tab = T2 + T0 = Ts − T1
Tbc =0 (4.10)
Tca = T0 = Ts − T1 − T2
Onde:
Tx : é o tempo de aplicação dos comandos no interruptor x.
Ao aplicar essa metodologia para todos os subsetores, determinam-
se os tempos de aplicação dos comandos para cada subsetor em função
dos tempos de aplicação vetores calculados a partir de (4.6), (4.7) e
(4.8). Esse tempos podem convertidos em razões cíclicas pela divisão
de (4.10) pelo período de comutação em (4.11). Na Tabela 4.3 estão os
resultados da aplicação dessa metodologia para todos os subsetores5 .
Tx
dx = , com x ∈ {ab, bc, ca, 0, 1, 2} (4.11)
Ts
4 Para utilizar a estratégia SVM II bastam apenas algumas simples modificações.
5 As aspas simples nas razões cíclicas indicam a ordem em que o vetor apa-
rece na sequência. Por exemplo, no subsetor 4A − que é utilizada a sequência
V~4 , V
~5 , V
~0 , V
~5 , V
~4 , o vetor correspondente ao vetor V
~0 é V
~4 e o correnspondente
1
~0 é V
ao vetor V ~5 .
2
124
4.5. Aspectos da Implementação Digital
Tabela 4.3: Funções de razão cíclica pelo tempo de aplicação dos vetores
125
Modulação Vetorial do VSR Delta
~ ∗ = vα∗ + jvβ∗ = d1 V
V ~ 1 + d2 V
~2 (4.12)
3 ∗ 1 ∗
d1 = dα − √ dβ
2
√ 3 (4.13)
∗
d2 = 3dβ
127
Modulação Vetorial do VSR Delta
lação é instantânea.
129
Modulação Vetorial do VSR Delta
1 −s(1−D)Ta
PWMdu (s) = e + e−sDTa (4.14)
2
1 − e−sTa
ZOH(s) = (4.15)
s
Na Fig. 4.20 estão ilustradas as respostas em frequência do PWMdu
para três valores de razão cíclica e do ZOH na região de interesse (abaixo
da metade da frequência de amostragem). A frequência de amostra-
gem utilizada é de 8 kHz. Nota-se que, as repostas, de fato, são bem
semelhantes, principalmente se for observado que o ideal é projetar o
controlador com uma largura de banda máxima de fa /20 (FRANKLIN;
POWELL; WORKMAN, 1998), isto é, uma década abaixo da frequência de
comutação para este tipo de amostragem. Os atrasos que são causados
pelo ZOH e pelo PWMdu são iguais em todas as condições, cujo valor
é igual a meio período de amostragem. Portanto, o ZOH representa
adequadamente o PWMdu em aplicações de controle digital, em que a
largura de banda do sistema de controle é no máximo fa /20. Para pro-
jetos de controladores com larguras de banda acima dessa frequência, a
condição em que o ganho do modulador é unitária (D = 0, 5) representa
a condição crítica, pois o ganho é sobrestimado.
Como apresentado até agora, os vetores gerados pelo VSR∆ são depen-
dentes dos setores de corrente e é, portanto, necessária a identificação
destes setores para comandá-lo. Devido aos atrasos existentes, haverá
uma influência significativa destes no processo de identificação de se-
130
4.5. Aspectos da Implementação Digital
ωc
Faa (s) = (4.16)
s + ωc
Ta
Fre (s) = e−s 2 (4.18)
132
4.6. Identificação dos Setores de Corrente
2fe 3 fe
φT (fe , fa ) = arctan + × 2π (4.19)
fa 2 fa
133
Modulação Vetorial do VSR Delta
iβ,k
θik = arctan (4.20)
iα,k
2fe 1 fe
φ0T (fe , fa ) = arctan + × 2π (4.21)
fa 2 fa
136
4.6. Identificação dos Setores de Corrente
kC −431, 7 1/s
Ti 4, 6 ms
∆ωL 2π(108 Hz)
∆ωP O 2π(162 Hz)
TL 20, 6 ms
TP 2,0·10−8 (∆ω0 )2
Figura 4.25: THDs das correntes com carga nominal com a estratégia: (a) I,
(b) II, (c) III e (d) IV.
138
4.6. Identificação dos Setores de Corrente
Figura 4.26: THDs das correntes com carga mínima com a estratégia: (a) I,
(b) II, (c) III e (d) IV.
139
Modulação Vetorial do VSR Delta
4.7 Conclusão
Neste capítulo foi analisada a modulação vetorial para o VSR∆ . Foram
apresentadas duas estratégias de modulação, em que foi proposta uma
modulação capaz de minimizar as perdas em condução do retificador.
Também foi apresentada e aplicada a metodologia para que seja possível
implementar a modulação vetorial por portadoras triangulares, o que
por sua vez facilita a implementação em DSCs.
Foram observados os efeitos das técnicas de amostragem nas harmô-
nicas das tensões de linha e no controle, em que o efeito do modulador
digital com dupla atualização foi comparado com o ZOH. A partir dos
seus modelos, verificou-se que o comportamento dos dois é bastante
parecido e igual no que diz respeito ao atraso de fase introduzido. Os
efeitos dos atrasos foram levados em consideração ao serem definidas
as estratégias de identificação de setores de correntes. Dessas estraté-
gias, conclui-se que o melhor desempenho é obtido com a aplicação de
um PLL normalizado nas correntes para a determinação do ângulo das
correntes no plano αβ.
140
Capítulo 5
Estratégias de Controle do GSIP e Análise
dos Pontos de Operação do WECS
5.1 Introdução
5.2.1 Histórico
O controle por orientação de campo (FOC) ou controle vetorial foi
proposto por F. Blaschke em 1971 para o controle do motor de indu-
ção trifásico (BLASCHKE, 1972; CASADEI et al., 2002; SANTISTEBAN;
STEPHAN, 2001). A idéia básica do controle é que os campos do esta-
tor e do rotor encontram-se orientados de forma que o fluxo do rotor
e o torque possam ser controlados independentemente, como em uma
máquina CC com excitação independente. A situação em que os cam-
pos encontram-se orientados é quando estes mantêm uma defasagem
espacial de 90◦ .
O termo controle vetorial deve-se ao fato de que é controlada a fase e
a amplitude das variáveis de controle (tensão ou corrente) (BOSE, 2002;
LIPO; NOVOTNY, 1996). E, para tornar fácil a compreensão dos con-
ceitos de FOC será recapitulado o controle de torque em uma máquina
CC com excitação independente.
142
5.2. Controle por Orientação de Campo
P
Te = Laf · if · ia (5.1)
2
Onde:
Laf : é a indutância mútua entre os enrolamentos de campo e de
armadura;
if : é a corrente de campo;
ia : é a corrente de armadura.
144
5.2. Controle por Orientação de Campo
( "
P (Lm,d − Lm,q )
Te (~iabc,s , θr ) =
2 3
2 1 2 1 2
sin(2θr ) ia,s − ib,s − ic,s − ia,s ib,s − ia,s ic,s − ib,s ic,s +
2 2
√ #
3 2 2
cos(2θr )(ib,s − ic,s − 2ia,s ib,s + 2ia,s ic,s ) +
2
" √ #)
0 1 1 3
λm cos(θr ) ia,s − ib,s − ic,s + sin(θr )(ib,s − ic,s ) (5.2)
2 2 2
3 P 3 P
Te = · λ0r
m · i r
q,s + (Ld − Lq )ird,s irq,s (5.3)
2 2 2 2
r2
(Ld − Lq )Id,s + λ0r r r2
m Id,s − (Ld − Lq )Iq,s = 0 (5.4)
r2
Ld Id,s + λ0r r r2
m Id,s + Lq Iq,s = 0 (5.5)
3 r r r r
Qt = (V I − Vd,s Iq,s ) (5.6)
2 q,s d,s
r r
r
Vd,s Iq,s Ddr Iq,s
r
Id,s = r
= (5.7)
Vq,s Dqr
149
Estratégias de Controle do GSIP e Pontos de Operação do WECS
5.3.1.4 Controle ME
152
5.4. Pontos de Operação do WECS
153
Estratégias de Controle do GSIP e Pontos de Operação do WECS
√
c5 (x) = |V̇a,s | − VL,max / 3 (5.13)
c6 (x) = |I˙a,s | − Is,max (5.14)
(5.15)
r
min F (~x) e Perdas(~x), com ~x = [Id,s r
Iq,s ωr ]T (5.16)
sujeito a :
c1 (~x) = 0
c2 (~x) ≤ 0
c3 (~x) ≤ 0
c4 (~x) ≤ 0
c5 (~x) ≤ 0
c6 (~x) ≤ 0
r r T
min Perdas(~x), com ~x = [Id,s Iq,s ] (5.17)
sujeito a :
c1 (~x) = 0
c5 (~x) ≤ 0
c6 (~x) ≤ 0
155
Estratégias de Controle do GSIP e Pontos de Operação do WECS
Figura 5.8: Principais grandezas do WECS com controle ZADC, UPF e ME.
162
5.4. Pontos de Operação do WECS
163
Estratégias de Controle do GSIP e Pontos de Operação do WECS
5.5 Conclusão
A partir do modelo dq0 do GSIP foi possível fazer a analogia do controle
de uma máquina CC e demonstraram-se os conceitos para se realizar
o FOC. Além da técnica tradicional, foram apresentadas estratégias
de controle das correntes do GSIP com funcionamento abaixo e acima
da velocidade base para se atingir diferentes índices de desempenho do
gerador. Dentre as quais se destacam, neste trabalho, a ZADC, UPF e
ME.
Utilizando técnicas de otimização foi possível determinar os pontos
de operação do WECS com a aplicação das técnicas de controle des-
tacadas. A técnica de controle ZADC mostrou-se como uma excelente
opção, visto que para o sistema em questão tem desempenho similar
ao controle ME. Para o controle UPF ficou claro que embora seja pos-
sível utilizar toda a potência ativa nos terminais, não é possível elevar
a potência ao valor máximo devido às restrições torque/corrente do
sistema.
Foram comparados também os métodos de otimização da potência
mecânica no eixo e elétrica nos terminais do GSIP. Devido à baixa va-
riação de potência na região I e a utilização de uma técnica de controle
das correntes que gera baixas perdas, não foi possível verificar diferen-
ças significativas entre as técnicas. Mas, mostrou-se que a tendência
do coeficiente de potência durante a otimização da potência elétrica é
diminuir, enquanto durante a otimização da potência mecânica é cons-
tante.
Por fim, são apresentados os esforços de corrente e as perdas nos
semicondutores. Como esperado da análise do Capítulo 4, a estratégia
SVM II é a que apresenta as menores perdas em condução e totais para
o WECS deste trabalho.
Observa-se que foi realizado um estudo comparativo adicional no
Apêndice IV entre o VSR∆ e o VSR. Essa comparação foi feita em ter-
mos dos esforços de corrente e como resultado verificou-se uma redução
significativa destes ao se empregar o VSR∆ . Estes resultados ressaltam
a importância da topologia como estágio retificador em WECSs para
melhoria da eficiência do sistema.
164
Capítulo 6
Sistemas de Controle do Retificador Ativo
Trifásico no WECS
6.1 Introdução
dird,s
L = Vdc drd − rs ird,s + Lq ωr irq,s
d
dt
(6.1)
r
Lq diq,s
= Vdc drq − rs irq,s − Ld ωr ird,s − λ0r
m ωr
dt
166
6.2. Controle de Corrente no Plano dq0
−Lq ωr irq,s
drd,de = (6.2)
Vdc
Ld ωr ird,s
drq,de = (6.3)
Vdc
dird,s
Ld dt = −rs ird,s + Vdc drd,f b
(6.4)
r
Lq diq,s
= −rs irq,s + Vdc drq,f b − λ0r
m ωr
dt
Pode-se representar o sistema linear (6.4) pelas funções de transfe-
rência dadas por (6.5), em que o termo −λ0r m ωr passa a ser considerado
como uma perturbação de tensão de eixo em quadratura erq . Essa per-
turbação pode ser pré-compensada por uma ação direta (feedforward )
na malha de eixo em quadratura com drq,f f = λ0r m ωr . Portanto, o dia-
grama de blocos do sistema em malha aberta pode ser ilustrado pela
Fig. 6.2, em que o sinal drd,f f é igual a zero, erx representa as perturba-
r
ções de tensão e vx,v representa as tensões de velocidade. Observa-se
r
que ed é igual a zero em (6.4).
irx,s kC Vdc NF
r∗
= (6.7)
ix,s kC Vdc NC + (Lx s + rs )DC
irx,s Vdc DC
= (6.8)
drw,x kC Vdc NC + (Lx s + rs )DC
(1 + sTi )
C(s) = kC (6.9)
sTi
1 Caso seja necessário considerar o ganho de medição na implementação dos con-
169
Sistemas de Controle do Retificador Ativo Trifásico no WECS
1 + sbTi
F (s) = (6.10)
1 + sTi
ωn2
H(s) = (6.12)
s2 + 2ξωn s + ωn2
2ξωn Lx − rs
kC = (6.13)
Vdc
2ξωn Lx − rs
Ti = (6.14)
Lx ωn2
NAEINI, 1994).
tan(P M )
ξ(P M ) = (6.15)
[16 + 16 tan2 (P M )]1/4
2πBW
ωn (ξ, BW ) = q p (6.16)
1 − 2ξ 2 + 4ξ 4 − 4ξ 2 + 2
ωn2
G(s) = (6.17)
s(s + 2ξωn )
kC Ti b
20 · 10−3 1/A 1, 06 ms 0
171
Sistemas de Controle do Retificador Ativo Trifásico no WECS
172
6.2. Controle de Corrente no Plano dq0
rs
ωx = (6.19)
Lx
[1 + (z − 1)Tiz ]
C(z) = kC (6.20)
(z − 1)Tiz
173
Sistemas de Controle do Retificador Ativo Trifásico no WECS
z
F (z) = (6.21)
1 + (z − 1)Tiz
Ti = Tiz · Ta (6.22)
174
6.2. Controle de Corrente no Plano dq0
Figura 6.7: Lugar das raízes para a malha de controle de corrente no plano
dq0.
175
Sistemas de Controle do Retificador Ativo Trifásico no WECS
176
6.3. Técnicas de Controle da Potência
177
Sistemas de Controle do Retificador Ativo Trifásico no WECS
Te∗
ir∗
q,s = = kTe Te∗ (6.23)
3 P 0r
λm
2 2
178
6.3. Técnicas de Controle da Potência
(6.25).
ωr (s) kC NF (P/2)
= (6.24)
ωr∗ (s) Jeq sDC + kC NC (P/2)
ωr (s) −(P/2)Ti s
= 2 (6.27)
TL,eq (s) s + (kC /Jeq )(P/2)s + [kC /(Jeq Ti )](P/2)
ωn
H(s) = (6.28)
s + ωn
2ωn Jeq
kC = (6.29)
(P/2)
179
Sistemas de Controle do Retificador Ativo Trifásico no WECS
2
Ti = (6.30)
ωn
Para selecionar a largura de banda do sistema em malha fechada,
utilizou-se como critério não acelerar a dinâmica da malha de veloci-
dade e utilizar o controlador para garantir seguimento de referência e
rejeição de perturbações, ambas do tipo degrau. Isto significa que será
evitado que durante a operação do WECS ocorram variações bruscas
de velocidade, de forma a prevenir que sejam causadas vibrações inde-
sejadas no eixo da turbina eólica. A largura de banda do sistema em
malha
√ aberta foi determinada para o ponto em que o ganho é igual a
1/ 2, resultando no valor de 85 mHz. Para o caso em que deseja-se
um comportamento de primeira ordem, a largura de banda do sistema
em malha fechada é igual à frequência natural. Assim, os parâmetros
do controlador projetado são apresentados na Tabela 6.4.
kC Ti b
2, 9 N·m/(rad/s) 3, 7 s 0, 5
180
6.3. Técnicas de Controle da Potência
181
Sistemas de Controle do Retificador Ativo Trifásico no WECS
dvdc 3
C = − (drd ird,s + drq irq,s ) − iLo (6.31)
dt 2
dṽdc 3
C = − Dqr ĩrq,s − ĩLq (6.32)
dt 2
3 r ˜r
ĩLq = ĩLo + Iq,s dq (6.33)
2
Desconsiderando a dinâmica do sensor de tensão Mv e a dinâmica da
malha de corrente, nota-se que da mesma forma que na malha de velo-
cidade um controlador do tipo PI é suficiente para garantir seguimento
de referência e rejeição de perturbações do tipo degrau. Dessa forma,
foram obtidas as funções de transferência da saída para a entrada dada
9 O til indica valores em torno do ponto de equilíbrio e letras maiúsculas ou barras
rejeitadas, mas outras abordagens para o projeto da malha de tensão podem ser
adotadas (LISERRE, 2001; BORGONOVO, 2001).
182
6.3. Técnicas de Controle da Potência
ṽdc −s/C
= 2 r )/C]s − (3/2)[(k D r )/(T C)]
(6.35)
ĩLq s − (3/2)[(k D
C q C q i
2ξωn C
kC = − (6.36)
(3/2)Dqr
2ξ
Ti = (6.37)
ωn
Deve-se notar que, como o sistema foi linearizado, o ganho do con-
trolador é dependente da condições de operação no ponto de equilíbrio
considerado. Este é dependente do valor da razão cíclica de eixo em
quadratura, cujo valor em função da potência de saída Po é dado por
(6.38). Esta equação foi obtida a partir dos pontos de equilíbrio de
(6.4) e de (6.31) e considerando que ILo = Po /Vdc . Portanto, deve-se
assegurar pela análise da estabilidade de todos os sistemas linearizados,
ou do sistema não linear ou por simulação que o sistema será estável
183
Sistemas de Controle do Retificador Ativo Trifásico no WECS
s 2
λ0r ωr 1 λ0r
m ωr 4Po rs
Dqr = m + − 2 (6.38)
2Vdc 2 Vdc (3/2)Vdc
ωm [k]R
v̂w [k] = (6.39)
λopt
ρπR5 Cp,max
3 3
Pwe,max [k] = ωm [k] = kopt · ωm [k] (6.40)
2λ3opt
s
∗ 3
Pwe,max [k]
ωm [k + 1] = (6.41)
kopt
185
Sistemas de Controle do Retificador Ativo Trifásico no WECS
∗ 2
Tm [k + 1] = kopt · ωm [k] (6.42)
Uma observação adicional que se faz, é que nada impede que ba-
seado no conhecimento das características do sistema eletromecânico,
isto é, da característica da turbina e dos parâmetros do gerador elé-
trico (e/ou conversores), sejam determinadas curvas para rastreamento
da máxima potência elétrica nos terminais do gerador. Essas curvas
podem ser implementadas tanto por tabelas de busca ou por aproxi-
mações polinomiais.
187
Sistemas de Controle do Retificador Ativo Trifásico no WECS
188
6.5. Simulação da Operação do WECS
189
Figura 6.14: Diagrama de blocos dos modelos e dos sistemas de controle utilizados para simulação do WECS.
Sistemas de Controle do Retificador Ativo Trifásico no WECS
190
6.5. Simulação da Operação do WECS
vw [m/s] 3 6 9 12 Tipo
r -2,49 -9,97 -24,18 -38,11 Teórico
Iq,s [A]
-2,49 -9,97 -24,18 -38,11 Simulado
-121,30 -970,10 -3145,00 -4957,00 Teórico
Pe [W]
-121,26 -970,07 -3144,55 -4957,08 Simulado
-118,50 -925,30 -2882,00 -4303,00 Teórico
Pt [W]
-118,51 -925,31 -2881,53 -4303,46 Simulado
22,44 44,88 60,00 60,00 Teórico
fr [Hz]
22,44 44,88 60,00 60,00 Simulado
vw [m/s] 3 6 9 12
r
Iq,s [A] -2,35 -9,91 -24,19 -38,11
Pe [W] -114,74 -964,47 -3147,10 -4957,21
Pt [W] -112,09 -919,25 -2884,13 -4305,51
192
6.5. Simulação da Operação do WECS
Vw,avg Vw,avg
vw (t) =Vw,avg + sen(ωw t) + Vw,avg sen(3, 5ωw t)+
10 10
Vw,avg Vw,avg
+ sen(12, 35ωw t)+ sen(35ωw t) (6.43)
20 100
193
Sistemas de Controle do Retificador Ativo Trifásico no WECS
das perdas e estes estão ilustrados na Fig. 6.21. Dessa forma, do cál-
culo das perdas obtém-se que o valor médio destas é de 17,78 W. Isto
representa um rendimento médio do VSR∆ de 98,15% para a condição
simulada.
(a) (b)
(a) (b)
(c) (d)
6.6 Conclusão
Neste capítulo foram analisados os sistemas de controle que influenciam
diretamente a operação do retificador ativo trifásico empregado neste
trabalho. Para todos os casos, foram apresentadas metodologias de
projeto, em que o critério de projeto pode ser tanto a frequência natural
e o amortecimento desejados, quanto a largura de banda e a margem
de fase.
Inicialmente, foi apresentado o projeto de controladores de corrente
no plano dq0 considerando tanto a implementação analógica quanto a
implementação digital. Em seguida, foram apresentadas técnicas para
o controle da potência do GSIP, isto é, controle de torque, de velocidade
e de tensão do barramento CC. Para os métodos de rastreamento de
potência foi realizada uma revisão bibliográfica dos principais métodos
encontrados na literatura.
Por fim, foi considerado o funcionamento completo do WECS. Fo-
ram comparados os resultados téoricos obtidos nas análises do Capí-
198
6.6. Conclusão
199
Sistemas de Controle do Retificador Ativo Trifásico no WECS
200
Capítulo 7
Autocontrole de Corrente Aplicado ao GSIP
7.1 Introdução
O autocontrole de corrente foi proposto em (BEN-YAAKOV; ZELTSER,
1998) com o objetivo de obter comportamento resistivo visto pela fonte
de alimentação nos terminais de conversores estáticos e sem a neces-
sidade de medir a tensão de entrada. Como exemplo de aplicações
pode-se citar a correção do fator de potência em retificadores PWM
monofásicos do tipo boost, como por exemplo, o ilustrado na Fig. 7.1.
Observa-se que com esta técnica é somente possível ter fluxo de po-
tência unidirecional, pois o princípio da técnica pode ser entendido
com a emulação de uma resistência, que é um elemento passivo e, por-
tanto, é capaz apenas de absorver potência. Essa resistência é do tipo
não dissipativa (loss-free resistor ), conforme discutido em (ERICKSON;
MAKSIMOVIC, 2001). Diversas aplicações do autocontrole em retifica-
dores monofásicos podem ser encontradas na literatura (RAJAGOPA-
LAN; LEE; NORA, 1999; BORGONOVO et al., 2005; BORGONOVO; MUSSA,
2008; MATHER; MAKSIMOVIC, 2011; ABRAMOVITZ; EVZELMAN; BEN-
YAAKOV, 2008; ABRAMOVITZ, 2007), em que se observa que a técnica
recebe diferentes denominações.
A extensão para o caso trifásico foi proposta em (BORGONOVO,
2005) para retificadores PWM trifásicos sem neutro. A aplicação da
técnica pode ser vista como a composição de dois circuitos monofá-
sicos independentes autocontrolados, onde a terceira corrente é ob-
tida pela restrição natural de corrente em sistemas a três condutores
(ia + ib + ic = 0). No entanto, a aplicação do autocontrole de corrente
proposto em (BORGONOVO, 2005) acarreta em perdas adicionais no
GSIP. Mais adiante será demonstrado que a técnica é equivalente, em
regime permanente, à estratégia de controle UPF devido ao atraso cau-
sado pela indutância de eixo em quadratura. Portanto, não é vantajoso
201
Autocontrole de Corrente Aplicado ao GSIP
di
Lb
= |e| − vr , com vr = u · Vdc
dt (7.1)
= Vdc · (u · i)
Po
u=1−d (7.2)
(a) (b)
Ė ωe Lb
I˙ = q e−jφ , com φ = arctan (7.3)
2
Req + (ωe Lb )2 Req
1
Ceq = (7.6)
ωe2 Lb
(a) (b)
(c)
205
Autocontrole de Corrente Aplicado ao GSIP
d~iabc
L = ~eabc − r~iabc − ~vabc,r (7.7)
dt
ωe L
φ = arctan (7.9)
r + Req
Para gerar sinais que compensem o atraso causado pelo indutor boost,
devem ser aplicados sinais adicionais proporcionais às correntes em qua-
dratura trifásicas ~iabc,q , conforme dado em (7.10) (ORTMANN; COLLIER;
207
Autocontrole de Corrente Aplicado ao GSIP
HELDWEIN, 2011).
0 −1 1
1
[Kq ] = √ 1 0 −1 (7.12)
3 −1 1 0
d~iαβ
L = ~eαβ − r~iαβ − ~vαβ,r (7.13)
dt
d~iedq
L = ~eedq − r~iedq − ωe L~ieqd − kI Vdc~iedq + ωe L̂~iedq,q (7.16)
dt
2 Da mesma forma do controle no plano dq0, supõe-se que a dinâmica da malha
de corrente é muito mais rápida do que as malhas que controlam a potência, isto é,
o ganho kI . Em (BEN-YAAKOV; ZELTSER, 1999) é verificado que está suposição é
válida também para o controle de tensão do retificador monofásico boost.
210
7.3. Autocontrole em Retificadores Trifásicos
d~iedq
1 r + kI Vdc −ωe (L − L̂) ~e 1
=− idq + I2~eedq (7.18)
dt L ωe (L − L̂) r + kI Vdc L
1 r + kI Vdc −ωe (L − L̂)
[A] = − (7.19)
L ωe (L − L̂) r + kI Vdc
(r + kI Vdc ) ωe (L − L̂) p
Λ=− ±j = −ξωn ± ωn 1 − ξ 2 (7.20)
L L
r + kI Vdc
ξ=q (7.21)
(r + kI Vdc )2 + [ωe (L − L̂)]2
211
Autocontrole de Corrente Aplicado ao GSIP
q
(r + kI Vdc )2 + [ωe (L − L̂)]2
ωn = (7.22)
L
1
[B] = − I2 (7.24)
L
ied ied
p
s + ξωn ωn 1 − ξ 2
eed eeq s2 + 2ξω s + ω 2 s2 + 2ξωn s + ωn2
1 n n
[H(s)] = = (7.25)
ieq L −ωn 1 − ξ 2
e
iq
p
s + ξωn
eed eeq s2 + 2ξωn s + ωn2 s2 + 2ξωn s + ωn2
212
7.3. Autocontrole em Retificadores Trifásicos
T
~eabc = Epk,f cos(θe ) cos(θe−2π/3) cos(θe+2π/3) (7.26)
T
~edq0 = 0 Epk,f 0 (7.27)
q
ωn p
BW (ξ, ωn ) = 1+ξ 2 −2ξ 4 + 4ξ 8 −4ξ 6 −2ξ 4 +2ξ 2 +1 (7.28)
2πξ
ωe (L − L̂)Epk,f
Ide =
[ωe (L − L̂)]2 + (r + kI Vdc )2
(7.29)
(r + kI Vdc )Epk,f
Iqe =
[ωe (L − L̂)]2 + (r + kI Vdc )2
214
7.3. Autocontrole em Retificadores Trifásicos
~vabc,s = − kI Vdc~iabc,s − ωr L̂q~iabc,s,q (7.30)
dird,s
r
L = vd,s − rs ird,s + ωr Lq irq,s
d dt
(7.31)
r
Lq diq,s
r
= vq,s − rs irq,s − ωr Ld ird,s − λ0r
m ωr
dt
rs + kI Vdc ωr (Lq − L̂q )
d~irdq,s − 0
= − Ld Ld ~ir + λ0r
ωr (7.32)
dt ωr (Ld − L̂q ) rs + kI Vdc dq,s − m
Lq
Lq Lq
p
Λ = −ξωn ± ωn 1 − ξ2 (7.33)
217
Autocontrole de Corrente Aplicado ao GSIP
s
(rs + kI Vdc )2 + ωr2 (Ld − L̂q )(Lq − L̂q )
ωn = (7.35)
Ld Lq
r λ0r
m ωr
Iq,s =− (7.37)
rs + kI Vdc
218
7.5. Controle da Potência
da seção anterior.
ir
d,s ωr (Ld − L̂q )/Lq
erq s2 + 2ξω s + ω 2
1 n n
[H(s)] =
=− (7.38)
irq,s
Lq
s + (rs + kI Vdc )/Ld
erq s2 + 2ξωn s + ωn2
λ0r
m ωr λ0r ωr
r
Iq,s =− ≈− m (7.39)
rs + kI Vdc kI Vdc
−λ0rm ωr
kI∗ = − (7.40)
Vdc kTe Te∗
220
7.5. Controle da Potência
221
Autocontrole de Corrente Aplicado ao GSIP
222
7.6. Aspectos da Implementação Digital
a estabilidade do sistema.
dird,s (t)
= −rs ird,s (t) + ωr Lq irq,s (t)+
Ld
dt
−kI Vdc ird,s (t − 3Ta /2) − ωr L̂q irq,s (t − 3Ta /2)
(7.41)
dirq,s (t)
L = −rs irq,s (t) − ωr Ld ird,s (t) − λ0r
m ωr +
q
dt
−kI Vdc irq,s (t − 3Ta /2) + ωr L̂q ird,s (t − 3Ta /2)
kI Vdc −s 3Ta
G(s) = e 2 (7.42)
Lq s
π 3
P M = −π − arg(G(jω0 )) = − + ω0 Ta (7.43)
2 2
224
7.6. Aspectos da Implementação Digital
π Lq fa
kI,max = (7.44)
3 Vdc
9 (λ0r
m ωr )
2
Po,min = (7.45)
2π Lq fa
3 (λ0r
m ωr )
2
Po,min = (7.46)
4 Lq fa
227
Autocontrole de Corrente Aplicado ao GSIP
tados métodos para melhorar a estabilidade com baixa carga no caso de retificadores
monofásicos.
228
7.7. Aplicação ao WECS
tores de corrente.
230
7.7. Aplicação ao WECS
vw [m/s] 3 6 9 12 Tipo
r -2,47 -9,81 -24,18 -38,11 Autocontrole
Iq,s [A]
-2,49 -9,97 -24,18 -38,11 dq0
-121,24 -969,35 -3144,55 -4957,08 Autocontrole
Pe [W]
-121,26 -970,07 -3144,55 -4957,08 dq0
-118,49 -925,84 -2881,53 -4303,46 Autocontrole
Pt [W]
-118,51 -925,31 -2881,53 -4303,46 dq0
22,61 45,55 60,00 60,00 Autocontrole
fr [Hz]
22,44 44,88 60,00 60,00 dq0
vw [m/s] 3 6 9 12
kI [mΩ/V] 54,08 26,40 13,98 8,40
231
Autocontrole de Corrente Aplicado ao GSIP
vw [m/s] 3 6 9 12 Tipo
r -2,35 -9,83 -24,29 -38,69 Autocontrole
Iq,s [A]
-2,49 -9,97 -24,18 -38,11 Teórico
-114,31 -956,42 -3160,80 -5033,44 Autocontrole
Pe [W]
-121,26 -970,07 -3144,55 -4957,08 Teórico
-111,61 -912,27 -2895,85 -4358,89 Autocontrole
Pt [W]
-118,51 -925,31 -2881,53 -4303,46 Teórico
232
7.7. Aplicação ao WECS
235
Autocontrole de Corrente Aplicado ao GSIP
237
Autocontrole de Corrente Aplicado ao GSIP
238
7.8. Resultados Experimentais
239
Autocontrole de Corrente Aplicado ao GSIP
240
7.8. Resultados Experimentais
242
7.9. Conclusão
7.9 Conclusão
244
Capítulo 8
Conclusão Geral
246
8.1. Sumário da Dissertação
MPPT foi realizada, em que nota-se que este é um tema onde há espaço
para muitas pesquisas na área de WECS. Verifica-se a necessidade de
um nível de controle gerencial, para coordenação dos controladores e
MPPT do GSIP nas diferentes regiões de operação do WECS. O com-
portamento do sistema eólico frente a variações da velocidade do vento
foi analisado, em que foram verificados os resultados da operação na
região de rastreamento de máxima potência (região I) e na região em
que a velocidade da turbina deve ser limitada no seu valor nominal
(a partir da região II). Como resultado final, confirma-se a viabilidade
do emprego do VSR∆ para controle de corrente com alta qualidade no
sistema deste trabalho.
No Capítulo 7 foi apresentada a técnica de controle de corrente pro-
posta. Foram apresentados os principais conceitos da técnica e uma
análise detalhada da estabilidade do sistema. Identifica-se a necessi-
dade de um estudo adicional para o caso digital, em que o sistema é
instável em baixas condições de carga. Demonstrou-se como aplicar
técnicas de controle da potência desenvolvidas para técnicas de FOC,
de forma que o tempo necessário para a mudança entre as técnicas de
controle de corrente seja o mínimo possível. Além disso, verifica-se que
existem relações simples entre as variáveis do autocontrole e a mode-
lagem no plano dq0 do GSIP. Confirmou-se a viabilidade do emprego
da técnica do WECS deste trabalho e, por fim, são apresentados re-
sultados experimentais da técnica proposta. Dessa forma, foi possível
comprovar na prática a técnica de controle de corrente proposta.
251
Conclusão Geral
252
Referências Bibliográficas
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motors torque control. IEEE Trans. Power Electron., v. 17, n. 5,
p. 779–787, 2002.
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beta, and zero components. Trans. Amer. Inst. Elect. Engineers,
v. 70, n. 2, p. 1248–1255, 1951.
257
Referências Bibliográficas
PATEL, M. R. Wind and Solar Power Systems. USA: CRC Press, 1999.
577 p.
267
Referências Bibliográficas
268
Apêndices
269
Apêndice I
Análises Adicionais do VSR∆
de comutação, apenas por elementos parasitas. Esta será nula caso estes sejam
desconsiderados.
271
Análises Adicionais do VSR Delta
Comandos Tensões
Vetor
Sab Sbc Sca va,r vb,r vc,r v0,r
0 0 0 +Vdc /2 −Vdc /2 −Vdc /2 −Vdc /6 ~1
V
0 0 1 +Vdc /2 +Vdc /2 −Vdc /2 +Vdc /6 ~6
V
0 1 0 +Vdc /2 −Vdc /2 −Vdc /2 −Vdc /6 ~1
V
0 1 1 * * * * ~0
V
1 0 0 +Vdc /2 +Vdc /2 −Vdc /2 +Vdc /6 ~2
V
1 0 1 * * * * ~0
V
1 1 0 * * * * ~0
V
1 1 1 * * * * ~0
V
(a) (b)
273
Análises Adicionais do VSR Delta
ia = Ipk cos (y + δi )
2π
ib = Ipk cos y + δi − 3 (I.1)
2π
ic = Ipk cos y + δi + 3
Onde:
y: é o ângulo de referência nos terminais do retificador na frequência
síncrona, conforme apresentado em (I.2).
y = ωe t + θy (t0 ) (I.2)
M 1
da = √ cos (y) +
3 2
M 2π
1
db = √ cos y − 3 + (I.3)
3 2
M 2π
1
dc = √ cos y + 3 +
3 2
s Z t
1
hxiTs ,rms = [x(τ )]2 dτ (I.4)
Ts t−Ts
274
I.2. Esforços de Corrente
Z y A Z y B
1 s,1
+
s,6
−
ISs,avg=IDs,avg= dab,A+ (−ib )dy+ dab,B− ia dy (I.5)
2π yi,6A yi,5B
+ −
1 M cos(δi )
IS,avg = ISs,avg = IDs,avg = Ipk − √ (I.6)
2π 4 3
s √
1 3 M cos(δi )
IS,rms = ISs,rms = IDs,rms = Ipk − − √ (I.7)
6 8π 2π 3
276
I.2. Esforços de Corrente
1 ys,6A
Z
+
ID,avg = (dca,A+ − dab,A+ )(−ib ) + (1 − dca,A+ )ia dy+
2π yi,6A
+
Z ys,1A
+
+ (dab,A+ − dca,A+ )(−ic ) + (1 − dab,A+ )ia dy+
yi,1A
+
Z ys,2C Z ys,6B
− −
+ (1 − dca,C− )ia dy + (1 − dab,B− )ia dy (I.8)
yi,1C yi,5B
− −
M cos(δi )
ID,avg = Ipk √ (I.9)
2 3
E, o valor eficaz é apresentado em (I.10).
s √
M 3 + 2 cos(2δi ) + 2 3 cos(δi )
ID,rms = Ipk (I.10)
12π
r
M [3 + 2 cos(2δi )] 3 2
IC,rms = Ipk − [M cos(δi )] (I.11)
2π 4
1 ys,6A
Z Z y A
s,1
+ +
ISs,avg = dab,A+ iab dy + dca,A+ iab dy+
2π yi,6A yi,1A
+ +
Z y A Z y C
s,1 s,1
+ −
+ (dab,A+ − dca,A+ )(−ib )dy + dca,C− iab dy+
yi,1A yi,1C
+ −
Z ys,2C Z ys,2B
− +
+ dbc,C− (−iab )dy + dbc,B+ (−iab )dy+
yi,2C yi,2B
− +
Z ys,2B Z ys,3B
+ +
+ (dab,B+ − dbc,B+ )(−ia )dy + dab,B+ (−iab )dy (I.12)
yi,2B yi,3B
+ +
trifásica.
278
I.2. Esforços de Corrente
Ipk δi Vdc fe fs
15 A 15◦ 235 V 60 Hz 4 kHz
280
I.3. Análise das Perdas
281
Análises Adicionais do VSR Delta
2
px,cond = rx Ix,rms + Vx Ix,avg (I.15)
Z 2π
fs
Psw ≈ Wsw (i(θe ))dθe (I.18)
2π 0
fs ys,6B
Z Z y A
s,1
(I) − +
PSab ,sw = Wsw (ia )dy + Wsw (−ib )dy
π yi,5B yi,6A
− +
" √ ! #
2 1 1 3 2
= fs k0 + k1 Ipk + − k2 Ipk (I.19)
3 π 3 4π
Z y C Z y B
(II) f s s,5
+
s,5
−
PSab ,sw = Wsw (iab )dy + Wsw (ia )dy+
π yi,5C yi,5B
+ −
Z y B Z y A
s,6 s,6
− +
Wsw (iab )dy + Wsw (iab )dy+
yi,6B yi,6A
− +
Z ys,1A Z ys,1C
+ −
Wsw (−ib )dy + Wsw (iab )dy
yi,1A yi,1C
+ −
1 5 [1 + 2 cos(2δi )] 2
= fs k0 + k1 Ipk + − √ k2 Ipk (I.20)
π 18 4π 3
∞
a0
X
[an cos(ny) + bn sen(ny)]
2 n=1
f (y) = |{z} +| {z } (I.21)
Componente Fundamental
Contínua & Harmônicas
Onde:
y: é a variável da frequência fundamental, sendo esta já definida
conforme a (I.2);
n: indica a ordem da componente harmônica da fundamental, com
n ∈ N;
an e bn : são os coeficientes da série dados por (I.22) e (I.23), res-
pectivamente.
Z π
1
an = f (y) cos(ny)dy (I.22)
π −π
Z π
1
bn = f (y)sen(ny)dy (I.23)
π −π
∞
A00
X
[A0n cos(ny) + B0n sen(ny)]
2 n=1
f (x, y) = |{z} +| {z }+
Componente Fundamental
Contínua & Harmônicas
∞
X
[Am0 cos(mx) + Bm0 sen(mx)]
}+ (I.24)
m=1
| {z
Harmônicas da Portadora
∞
X ∞
X
[Amn cos(mx + ny) + Bmn sen(mx + ny)]
m=1 n=−∞
(n6=0)
| {z }
Harmônicas em Bandas Laterais
Onde:
x: é a variável da frequência da portadora, sendo esta dada por
(I.25);
m: indica a ordem da componente harmônica da portadora, com
m ∈ Z+ ;
x = ωs t + θx (t0 ) (I.25)
Z π Z π
1
Ċmn = Amn + jBmn = f (x, y)ej(mx+ny) dxdy (I.26)
2π 2 −π −π
286
I.4. Espectro Harmônico
x
,0 ≤ x <π
f (x) = π (I.27)
2 − x ,π ≤ x < 2π
π
Então, para determinar os limites de integração a partir de uma
função de razão cíclica f (y) e o valor da função f (x, y) realizam-se os
seguintes testes:
Z π Z π
1
Ċmn,su = f (x, y)ej[(m+nMf )x+ny] dx dy (I.28)
2π 2 −π −π
Z π Z π
1
Ċmn,du = f (x, y)ej[(m+nMf )x+ny+nMf π/2] dx+
2π 2 −π 0
Z 2π
j[(m+nMf )x+ny−nMf π/2]
f (x, y)e dx dy (I.29)
π
fs
Mf = (I.30)
fe
287
Análises Adicionais do VSR Delta
8
X
Ċmn = Ċmn (l) (I.31)
l=1
"Z
Z ys (l) πM cos[y+φ(l)]
1
Ċmn (l) = fxy (l)ej(mx+ny) dx+ (I.32)
2π 2 yi (l) 0
Z 2π #
j(mx+ny)
fxy (l)e dx dy
π{2−M cos[y+φ(l)]}
∞
X
e±jξ cos(θ) = J0 (ξ) + 2 j ± Jk (ξ) cos(kθ) (I.33)
k=1
0 , se n = 0
M Vdc √
( 3 − j) , se m = 0 e n = 1
2
0 , se m = 0 e n 6= 1
Ċmn =
0 , se m > 0 e n é par
0 , se m > 0 e n é múltiplo de 3
Ċmn,g dado por (I.35) , se m > 0 e n é ímpar
(I.34)
289
Análises Adicionais do VSR Delta
290
I.4. Espectro Harmônico
Figura I.12: Tensão de linha vab obtida a partir da célula unitária com M =
0, 7, δi = 0 e Mf = 11 .
(
2π Jn (mπM )(j n−j −n ) h
Vdc nπi
Ċmn,g = −j 2 1+cos + (I.35)
π m 3 ejnπ/6 3
∞
Jk (mπM )(j k−j −k )
nπ X
kπ
+4sen jn(π/6+δ ) 2 2
1−2 cos ×
3 ek=1
i (k −n ) 3
(k6=|n|)
)
× [n cos(kδi )+jksen(kδi )]
291
Análises Adicionais do VSR Delta
292
Apêndice II
Malha de Captura de Fase
3
ṡ = p + jq = ~vαβ~ic∗
αβ (II.5)
2
3
ṡxu = pxu + jqxu = [(xα uα + xβ uβ ) + j(xβ uα − xα uβ )] (II.6)
2
1 Despreza-se a parcela referente à sequência zero.
294
II.1. Análise do PLL baseado na Teoria pq
3
Ṡxu = Xpk [cos(θx − θu ) + jsen(θx − θu )] (II.7)
2
Observa-se que, se ~uαβ é uma estimativa normalizada de ~xαβ , isto
é, θu = θ̂x , e se esta estimativa em regime permanente tende ao valor
correto θx têm-se que as potências ativas e reativa, obtidas a partir de
(II.6), tendem a (3/2)Xpk e zero, respectivamente. Estes resultados são
expressos por (II.8) e (II.9).
3 3
lim Xpk cos(θx − θ̂x ) = Xpk (II.8)
t→∞ 2 2
3
lim Xpk sen(θx − θ̂x ) = 0 (II.9)
t→∞ 2
As estratégias de sincronismo baseadas na teoria pq recebem o nome
de p-PLL quando se utiliza o resultado (II.8) e as respectivas equações
para determinação da estratégia de operação em malha fechada do PLL.
E, q-PLL quando se utiliza (II.9). Neste trabalho será utilizado o q-
PLL, pois enquanto o q-PLL captura a fase do sinal da fase a do vetor
~xabc , o p-PLL captura uma fase adiantada em 90◦ (ROLIM; COSTA;
AREDES, 2006).
295
Malha de Captura de Fase
3
qxu (xpk , ∆θ) = xpk sen(∆θ) (II.10)
2
Linearizando (II.10) em torno do ponto de equilíbrio, obtém-se como
resultado (II.11).
3h i 3
q̃xu = x̄pk cos(∆θ̄)∆θ̃ + sen(∆θ̄)x̃pk = x̄pk ∆θ̃ (II.12)
2 2
O diagrama de blocos do sistema em malha aberta está ilustrado na
Fig. II.1. Observa-se que foi inserido um integrador para representar a
relação de transferência entre velocidade angular e ângulo.
ω = ω̄0 + ωq (II.14)
¯ − ω̂
∆ω ≈ ∆ω̄ + ∆ω̃ = ω̄0 + ω̄q + ω̃q − ω̂ ˜ (II.15)
˜
∆ω̃ = ω̃q − ω̂ (II.16)
(a)
(b)
Fig II.2 não é possível utilizar o filtro de referência para alterar o com-
portamento dinâmico com relação à referência. Isso se deve ao fato que
a referência é sempre zero. Esses sistemas também podem ser vistos
como a estrutura de controle clássica dos PLLs (BEST, 2003; HSIEH;
HUNG, 1996), conforme ilustrado na Fig. II.3. O PLL é composto de
um detector de fase (PD − phase detector ), de um controlador e de um
oscilador de tensão controlado (VCO − voltage-controlled oscillator ).
uα ≈ cos(θ̂x ) (II.17)
uβ ≈ sen(θ̂x ). (II.18)
Z t Z t
θ̂x = ω̂dτ = ˜
(ω̄0 + ω̂)dτ (II.19)
t0 t0
299
Malha de Captura de Fase
∆θ̃(s) −kC NC
= (II.20)
∆θ̃∗ (s) DC s − kC NC
∆θ̃(s) DC
= (II.21)
ω̃q (s) DC s − kC NC
∆θ̃(s) s
= 2 (II.23)
ω̃q (s) s − kC s − kC /Ti
2ξωn s + ωn2
H(s) = (II.24)
s2 + 2ξωn s + ωn2
300
II.3. Projeto do Controlador do PLL
kC = −2ξωn (II.25)
2ξ
Ti = (II.26)
ωn
Para a sintonia do controlador em função de requisitos de margem
de fase e largura de banda, pode-se mostrar que a relação destes parâ-
metros com o fator de amortecimento e a frequência natural são dadas
por (6.15) e por (II.27), respectivamente (BEST, 2003).
2πBW
ωn (ξ, BW ) = q p (II.27)
1 + 2ξ 2 + 4ξ 4 + 4ξ 2 + 2
301
Malha de Captura de Fase
302
II.3. Projeto do Controlador do PLL
4∆ω02
TP ≈ (II.28)
π 2 ξωn3
2π
TL ≈ (II.29)
ωn
303
Malha de Captura de Fase
˜ ˜
∆θ̃[k] = θ̃x [k] − θ̂x [k − 1] = 0 ⇒ θ̂x [k − 1] = θ̃x [k] (II.30)
˜
θ̂x [k] = θ̃x [k + 1] ≈ θ̃x [k] + ωTa (II.31)
kC Ti
−51, 8 1/s 38, 6 ms
306
II.3. Projeto do Controlador do PLL
Figura II.9: Respostas ao degraus para o PLL aplicado às tensões da rede: (a)
de referência com a respectiva ação de controle em (b); e, (c) de perturbação
com a respectiva ação de controle em (d).
∆ωL ∆ωP O TL TP
2π(13 Hz) 2π(20 Hz) 171 ms 1,2·10−5 (∆ω0 )2
kC −863, 5 1/s
Ti 2, 3 ms
∆ωL 2π(215 Hz)
∆ωP O 2π(324 Hz)
TL 10, 3 ms
TP 2,5·10−9 (∆ω0 )2
309
Malha de Captura de Fase
p
ξ0 = ξ kX (II.33)
iguais.
310
II.3. Projeto do Controlador do PLL
p
ωn0 = ωn kX (II.34)
Figura II.12: Lugar das raízes dos pólos de malha fechada de ∆θ̃/∆θ̃∗ e de
∆θ̃/ω̃q para variações de kX .
q
x̂pk = ||~xαβ || = x2α + x2β (II.35)
(a) (b)
(c)
Figura II.14: Técnicas para cálculo da amplitude pela: (a) norma, (b) “po-
tência ativa” e (c) “potência aparente”.
3
pxu ≈ xpk (1 − |sen(∆θ)|) + pxu,h (II.38)
2
3 3 3
pxu ≈ x̄pk + x̃pk − x̄pk |∆θ̃| + pxu,h (II.39)
2 2 2
Como o sinal de potência ativa deve ser filtrado para eliminar harmô-
nicas, há um atraso na determinação das perturbações de amplitude e
de ângulo que é dado pela função de transferência do filtro passa-baixas
FLP (s). Portanto, o sinal de potência na saída do filtro é (II.40), em
que foi considerado que a parcela referente às harmônicas após a filtra-
gem é desprezível. Para determinar a variação de pxu com relação às
variações de frequência, deve-se substituir (II.23) em (II.40).
3 3 3
pxu ≈ x̄pk + (FLP (s)x̃pk ) − x̄pk (FLP (s)|∆θ̃|) (II.40)
2 2 2
No caso do sinal de potência aparente, o módulo é função apenas
da amplitude, pois os termos referentes ao seno e cosseno se cancelam
ao calcular o módulo em (II.7). O resultado da linearização do módulo
da potência aparente após ter sido filtrado é dado por (II.41).
3 3
|ṡxu | ≈ x̄pk + (FLP (s)x̃pk ) (II.41)
2 2
Observa-se de (II.40) e de (II.41) que, para perturbações de ampli-
tude estes resultados nunca serão nulos ao menos que também o seja
o valor da amplitude do sinal de entrada. Portanto, é interessante
para não causar uma divisão por zero, que os sinais sejam limitados
em um valor mínimo. Este limite inferior também pode ser utilizado
em conjunto com um limite superior para limitar o valor do ganho
kX e, portanto, limitar o desempenho dinâmico do PLL. O efeito da
perturbação de ângulo (causado por perturbações de frequência) é a di-
316
II.5. Resultados de Simulação
317
Malha de Captura de Fase
Figura II.21: Detalhe da fase do sinal de entrada e fase estimada pelo PLLN .
322
Apêndice III
Anti-windup e Limitação dos Controladores
no Plano dq0
323
Anti-windup e Limitação dos Controladores no Plano dq0
nação não linear das razões cíclicas no plano dq0 ou abc e, portanto,
é necessário relacionar tais restrições com as encontradas em técnicas
anti-windup convencionais. Dessa forma, será possível melhorar o de-
sempenho dinâmico do VSR∆ quando sujeito às restrições operacionais.
umin , se u < umin
usat = u , se umin ≤ u ≤ umax (III.1)
umax , se u > umax
o caso em que o erro eaw não é nulo, o projeto pode ser visto como
um problema de seguimento de referência, em que usat é a referência,
1/Taw é o ganho de um controlador proporcional e o integrador é a
planta conforme evidenciado na Fig. III.3.
u 1
= (III.2)
usat 1 + sTaw
No entanto, é interessante observar a resposta completa do contro-
lador em (III.3) antes de projetar a constante de tempo, pois devem
ser observadas algumas características do mecanismo de anti-windup.
kC (1 + sTi ) sTaw usat
u= e · + (III.3)
sTi 1 + sTaw 1 + sTaw
Observa-se que:
usat
u = kC · e + (III.4)
1 + sTi
usat − uf f
uf b = kC · e + (III.5)
1 + sTi
Z
1
= (III.6)
z z−1
327
Anti-windup e Limitação dos Controladores no Plano dq0
q
fd2 + fq2 ≤ Fmax (III.7)
∗ fd∗
fd,sat = q Fmax (III.8)
∗2 ∗2
fd + fq
∗
fq∗
fq,sat = q Fmax (III.9)
fd∗2 + fq∗2
√ r∗
− 2Is,max ≤ Iq,s ≤0 (III.10)
• Se d∗d é maior que dd,max ou menor que dd,min e d∗q é maior que
d0q,max , o novo vetor resultante será formado por esses limites que
foram violados.
330
III.2. Limitação das Variáveis no Plano dq0
331
Anti-windup e Limitação dos Controladores no Plano dq0
332
Apêndice IV
Comparação entre o VSR∆ e o VSR
+
-
1 ys,6B
Z Z y C
−
s,2
− 1 M cos(δi )
IS,avg = da ia dy+ da ia dy = Ipk
− √
2π yi,5B yi,6A 2π 4 3
− +
(IV.1)
s
1 2M cos(δi )
IS,rms = Ipk − √ (IV.2)
8 3π 3
334
IV.1. Esforços de Corrente do VSR
1 ys,6B
Z Z y C
s,2
− −
ID,avg = (1 − da )ia dy + (1 − da )ia dy
2π yi,5B yi,6A
− +
1 M cos(δi )
= Ipk + √ (IV.3)
2π 4 3
s
1 2M cos(δi )
ID,rms = Ipk + √ (IV.4)
8 3π 3
√ ! √ ! √ !
1 3 ∗ 3 ∗ 1 3 ∗ 3 3 ∗ 1 3 ∗ 3
S1 e S3 1+ d + d 1− d + d 1− d − d∗
2 2 α 2 β 2 2 α 2 β 2 2 α 2 β
1 1 √ 1 √
S2 e S5 (1 + 3d∗α ) 1 + 3d∗β 1 − 3d∗β
2 2 2
√ ! √ ! √ !
1 3 ∗ 3 ∗ 1 3 ∗ 3 ∗ 1 3 ∗ 3 3 ∗
S3 e S6 1+ d − d 1− d + d 1− d − d
2 2 α 2 β 2 2 α 2 β 2 2 α 2 β
1 ys,5B
Z Z 2π+y A
s,6
− +
IS,avg = da,S5 ia dy + da,S6 ia dy+
2π yi,5B yi,6B
− −
Z y C Z y C
s,1 s,2
− −
+ da,S1 ia dy + da,S2 ia dy
yi,1A yi,2C
+ −
1 M cos(δi )
= Ipk − √ (IV.5)
2π 4 3
336
IV.1. Esforços de Corrente do VSR
s
1 2M cos(δi ) M √ √
IS,rms=Ipk − √ − √ [8 cos(δi )−3 3−2 3 cos(2δi )]
8 3π 3 24π 3
(IV.6)
1 M cos(δi )
ID,avg = Ipk + √ (IV.7)
2π 4 3
s
1 2M cos(δi ) M √ √
ID,rms=Ipk + √ + √ [8 cos(δi )−3 3−2 3 cos(2δi )]
8 3π 3 24π 3
(IV.8)
Por fim, faz-se a análise para a condição em que o VSR opera como
retificador e com π/6 ≤ |δi | ≤ π/2. Os valores médios e eficazes das
correntes dos IGBTs podem ser determinados a partir de (IV.9) e de
(IV.10), respectivamente. E, os valores médios e eficazes das correntes
dos diodos a partir de (IV.11) e de (IV.12). Observa-se que as mesmas
considerações feitas anteriormente são válidas para a operação como in-
versor, em que o módulo nas expressões (IV.10) e (IV.12) foi adicionado
com o intuito de generalizar tais expressões.
1 ys,4C+
Z Z y B
s,5
−
IS,avg = da,S4 ia dy + da,S5 ia dy+
2π yi,5B yi,5C
− +
Z 2π+y A Z y C
s,6 s,2
+ −
+ da,S6 ia dy + da,S1 ia dy
yi,6B yi,1A
− +
1 M cos(δi )
= Ipk − √ (IV.9)
2π 4 3
r
1 M h π π i
IS,rms=Ipk − 3+8 cos |δi |+ −2 cos 2|δi |+ (IV.10)
8 24π 6 3
337
Comparação entre VSR e o VSR Delta
1 M cos(δi )
ID,avg = Ipk + √ (IV.11)
2π 4 3
r
1 M h π π i
ID,rms=Ipk + 3+8 cos |δi |+ −2cos 2|δi |+ (IV.12)
8 24π 6 3
338
IV.2. Análise Comparativa entre os Retificadores
(a) (b)
340
Dissertação submetida ao Programa de Pós-
Graduação em Engenharia Elétrica da Universidade
Federal de Santa Catarina para a obtenção do Grau de
Mestre em Engenharia Elétrica.
Florianópolis, 2011