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FACULDADE DE ENGENHARIA
ILUMINAÇÃO PÚBLICA
INTELIGENTE
Sumário
1. Informações sobre a Instituição de Pesquisa...........................................................................4
1.1 Denominação................................................................................................................... 4
1.2 Endereço.......................................................................................................................... 4
1.3 Unidade Executora .......................................................................................................... 4
1.4 Equipe.............................................................................................................................. 4
2. Identificação e Objetivo do Projeto.........................................................................................4
2.1 Titulo ............................................................................................................................... 4
2.2 Objetivo do Projeto ......................................................................................................... 4
3. Resultados Esperados.............................................................................................................. 4
4. Descrição Sumária da Metodologia Adotada no Desenvolvimento do Projeto ...................... 5
5. Resultados Alcançados (resumo de medidas efetuadas, resultados de análises,
especificações de protótipos, resultados de ensaios, etc.) ............................................................... 5
5.1 Estudo e Implementação de um Pré-Regulador do Fator de Potência ............................5
5.1.1 Pré-Reguladores do Fator de Potência ................................................................. 6
5.1.2 Tensão e Corrente de Entrada em uma Fonte Convencional ...............................8
5.1.3 Considerando a Impedância da Rede Elétrica......................................................9
5.1.4 Pré-Regulador do Fator de Potência..................................................................... 9
5.1.5 Conversor Elevador (Boost)............................................................................... 10
5.1.6 Etapas de funcionamento do Boost .................................................................... 10
5.1.7 PFP com Controle por Corrente Média (ou Controle por Multiplicador):......... 11
5.1.8 Resultados Boost CCM ...................................................................................... 12
5.1.9 Projeto do Circuito de Potência Boost FM (2)...................................................14
5.1.10 Resultados Boost FM .........................................................................................16
5.2 Estudo e Desenvolvimento de um Reator Eletrônico com Controle do Fluxo Luminoso
para Lâmpadas de Alta Pressão de Vapor de Sódio.................................................................. 16
5.2.1 Descarga elétrica nos gases ................................................................................ 17
5.2.2 Característica de resistência negativa.................................................................18
5.2.3 Métodos de estabilização da descarga em um tubo de descarga........................18
5.2.3.1 Método Resistivo.......................................................................................... 19
5.2.3.2 Método Capacitivo ....................................................................................... 19
5.2.3.3 Método Indutivo...........................................................................................19
5.2.4 Lâmpada de vapor de sódio de alta pressão. ...................................................... 19
5.2.5 Reatores Eletrônicos........................................................................................... 20
5.2.6 Análise Qualitativa e Quantitativa ..................................................................... 23
5.2.6.1 Topologia de Inversor Adotado.................................................................... 23
5.2.6.2 Análise qualitativa do reator após o acendimento da lâmpada ....................23
5.2.6.3 Análise de circuitos utilizados para geração de alta tensão ......................... 25
5.2.6.4 Resposta em freqüência do reator utilizando o filtro LCC........................... 26
5.2.7 Projeto do Reator Eletrônico .............................................................................. 27
5.2.8 Resultados Experimentais .................................................................................. 30
5.2.8.1 Construção do indutor série.......................................................................... 31
5.2.8.2 Medição da corrente na lâmpada.................................................................. 31
5.3 Sistema de Medição de Potência e Proteção ................................................................. 32
5.3.1 Amostra de tensão e corrente. ............................................................................33
5.3.2 Multiplicador de tensão......................................................................................33
5.3.3 Integrador ........................................................................................................... 33
5.3.4 Sensor de Sobrecarga ......................................................................................... 33
Av. Ipiranga, 6681 Fone (0xx51) 3320.3686 – Ramal: 216
Caixa Postal 1429 – CEP 90619-900 FAX (0xx51) 3320.3625
Porto Alegre – RS – Brasil e-mail: lepuc@ee.pucrs.br
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE ENGENHARIA
LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA DA PUCRS
1.2 Endereço
1.4 Equipe
2.1 Titulo
3. Resultados Esperados
Ao final do presente projeto espera-se ter disponível no LEPUC um protótipo de um Reator
Eletrônico Programável Inteligente operando em alta freqüência para iluminação pública utilizando
lâmpadas de alta pressão de vapor de sódio. Elaborado para substituir o reator convencional
apresentando as seguintes vantagens:
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE ENGENHARIA
LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA DA PUCRS
Todas estas funções serão implementadas por vários protótipos que irão trabalhar em
conjunto. Os protótipos que serão desenvolvidos são os seguintes:
9 Reator Eletrônico operando em alta freqüência para lâmpadas de alta pressão de vapor de sódio de
250 W;
9 Pré-Regulador do Fator de Potência de 250 W;
9 Medidor do consumo de potência do sistema e Sistema de Proteção;
9 Modem que utiliza a rede elétrica para a transmissão de dados (PLC);
9 Sistema microcontrolado de monitoração e controle do sistema;
lâmpadas de alta pressão de vapor de sódio. A função do PFP é implementar uma fonte de
alimentação universal, isto é que opera automaticamente de 100 V a 240 V, gerando um barramento
CC de 400 V a partir da rede elétrica comercial. O PFP garante que a corrente de entrada siga a
tensão da rede elétrica resultando assim, em um alto fator de potência do sistema e ausência de
harmônicas. Este estudo está inserido no projeto Iluminação Pública Inteligente (IPI) no qual foi
desenvolvido um complexo sistema de iluminação pública utilizando reator eletrônico com controle
do fluxo luminoso e, portanto do consumo, alto fator de potência, sistema de telecomando
utilizando comunicação via rede elétrica, sistema de medição de consumo e um sistema de
supervisão e controle.
O retificador de entrada tem papel fundamental na qualidade de energia porque é nesta
etapa que se corrige o fator de potência e se faz a filtragem das interferências EMIs. Para isso
utilizam-se conversores CC/CC que quando acoplados entre a uma ponte retificadora e o
capacitor de filtro dão origem aos pré-reguladores do fator de potência (PFP). A utilização
destes conversores em cascata com a etapa inversora do reator eletrônico tem como objetivo o
desenvolvimento de reatores eletrônicos com alto fator de potência, porém com o acréscimo de
uma outra etapa surgem novos problemas como: o aumento do custo, do número de transistores,
do número de sinais necessários para o acionamento dos mesmos e a conseqüente redução do
rendimento.
Um baixo fator de potência significa que boa parte da energia em circulação não está
sendo usada para gerar trabalho. Alguns circuitos, como fontes retificadoras, introduzem
harmônicas de corrente que fazem com que a tensão da rede perca as características senoidais
desejadas para o bom funcionamento de muitos equipamentos. Neste contexto, serão
apresentados os motivos que levam a redução do fator de potência, conseqüências geradas, e as
soluções para o problema. A solução que usa um pré-regulador do Fator de Potência utilizando
um conversor elevador é apresentada neste trabalho, com a finalidade de substituir as fontes
retificadoras convencionais. Neste estudo, serão apresentados as etapas de funcionamento do
PFP adotado, as estratégias de controle e os critérios de dimensionamento dos componentes. Por
fim os resultados experimentais são apresentados.
Além dos problemas práticos listados acima, tem-se imposições de ordem legal, sendo
cada vez mais rígidos os padrões e as normas que regem a fabricação e a utilização dos
conversores estáticos. Basicamente, a nível internacional, tem-se duas normas importantes que
procuram limitar o conteúdo harmônico da corrente injetada à rede comercial de distribuição de
energia, e reduzir os níveis de interferência eletromagnética. Uma delas é a norma IEC 61000-3-
2, que substitui a norma IEC60555-2, desenvolvida para equipamentos de baixa potência (até 3,5
kW), e que esta sendo utilizada, sobretudo na Europa; a outra recomendação é a IEEE – 519 [1],
[2] e [3], aplicada quase que exclusivamente no mercado americano.
No caso especifico dos reatores eletrônicos, na Europa os limites são especificados pela norma
EN 61000-3-2 classe C (lighting equipament). No Brasil os fabricantes sérios estão preservados
da concorrência desleal pela norma técnica brasileira NBR 14418:1999, (para reatores
eletrônicos alimentados em corrente alternada para lâmpadas fluorescentes tubulares), da ABNT
que se tornou obrigatória em 2003. Esta norma também restringe o conteúdo harmônico dos
reatores eletrônicos para potências acima de 60W.
Diante de todas essas imposições e problemas causados pelas cargas não-lineares, a
comunidade cientifica da Eletrônica de Potência propôs varias técnicas para combater a poluição
harmônica, elevar o fator de potência e melhorar a qualidade da energia elétrica. Uma das
principais propostas consiste no emprego de filtros passivos e/ou ativos para filtrar as
harmônicas de corrente [4][5][6][7]; estes, embora simples e robustos, são muito volumosos e
caros. Desse modo, surgiu à idéia de desenvolver um novo tipo de conversor estático (o pré-
regulador do fator de potência - PFP), tal que a injeção de harmônicos de corrente, a circulação
de reativos e a interferência eletromagnética seriam minimizados a partir da colocação de um
conversor o PFP, entre a ponte retificadora e o conversor CC-CC vide Figura 1.
Muitas são as topologias de conversores CC-CC que podem ser utilizados para
implementar um PFP. Porém, a topologia que se tornou mais popular foi para este fim foi à
topologia do conversor Elevador (Boost), que é muito conhecido e utilizado em larga escala no
meio industrial.
Apesar de apresentar algumas desvantagens, como pré-regulador o conversor Elevador se
mostrou muito atrativo, devido ao baixo número de componentes ativos necessários para sua
implementação, simplicidade no comando e controle, e regulação da tensão de saída. Todavia,
essa estrutura é particularmente empregada em aplicações não isoladas. No que se refere ao
emprego de conversores isolados para correção do fator de potência, a literatura especializada
apresenta vários conversores, um deles é o conversor Redutor-Elevador isolado ou simplesmente
(Flyback), que ao exemplo do conversor Elevador, também é muito conhecido e utilizado na
indústria.
iO ( ωt) IO
ig ( ωt)
VO
PFP
vg ( ωt) (Conversor
CC-CC)
Num circuito retificador monofásico com filtro capacitivo, como o apresentado na Figura
2, a corrente drenada da rede não segue uma onda senoidal, como pode ser observado na Figura
3, fazendo com que ocorra uma distorção da onda de tensão. A corrente também apresenta um
deslocamento de fase. Com estas características o fator de potência típico para este tipo de carga
não linear (ponte retificadora) está na faixa de 0,62. Ou seja, somente 62% da potência
consumida, é usada para gerar trabalho.
i (t) Z
Ccc
+ +
v (t) + vz - v Carga
in
- -
vin (t ) = v (t ) − v Z (t )
(2)
Assim, se a corrente “i” for distorcida a queda de tensão na impedância da rede tensão vz (t)
também o será. Portanto, a tensão de alimentação vin (t) também apresentará distorção. Embora a
TDH da corrente de entrada possa ser elevada, por exemplo, (100% - 150%), a distorção causada
na tensão de entrada, sendo função da impedância de linha, pode ser especificada em um valor
limite menor que 5%.
A redução do fator de potência, quando da alimentação de cargas não lineares, é devido
ao elevado valor eficaz de corrente, causado pela sua natureza pulsada. Em outras palavras, a
energia é entregue pela fonte de alimentação somente durante um curto período de tempo
próximo ao pico da forma de onda da tensão de entrada. Sendo o Fator de Potência definido pela
relação entre a potência real (em watts) e o produto dos volts-ampéres eficazes, então um
aumento do valor eficaz da corrente provoca uma diminuição no Fator de Potência.
É importante salientar que baixo Fator de Potência significa maior valor eficaz de
corrente circulando pelo circuito elétrico. Conforme dito anteriormente, esse valor extra de
corrente eficaz provoca perdas de condução nas linhas e transformadores, elevando o custo do
sistema de energia elétrica.
Desta forma, se a corrente de entrada “i(t)” for distorcida, a tensão “vz(t)” também o
será. Logo a tensão “vin(t)” apresentará distorção.
L D
Q C R
O conversor elevador pode apresentar duas etapas ou três etapas de funcionamento, caso
esteja operando no modo de condução continuo ou no modo descontinuo respectivamente.
A primeira etapa de funcionamento se caracteriza pela condução do transistor, de acordo
com a Figura 5:
Figura 6– Segunda etapa, transistor aberto. Figura 7– Terceira etapa, transistor e diodo aberto.
5.1.7 PFP com Controle por Corrente Média (ou Controle por Multiplicador):
Para o PFP inicialmente desenvolvido neste projeto foi utilizado um conversor Boost
operando no modo de condução contínua com um controle por corrente média e modulação por
largura de pulso (BOOST-CCM). Pois, desta forma tem-se um PFP ideal.
Para realizar este controle foi usado o circuito integrado dedicado UC3854 da Unitrode.
O PFP desenvolvido no laboratório de Eletrônica de Potência da PUCRS - LEPUC, foi
concebido para implementar a fonte de alimentação, barramento CC, do reator eletrônico do
sistema IPI. O PFP foi desenvolvido para atender as especificações do reator eletrônico: Tensão
de entrada de 400V e potência de 250W.
O conversor elevador operando como PFP é apresentado na Figura 8, onde as malhas de
controle de tensão e corrente estão representadas.
O funcionamento deste conversor é baseado no controle do transistor Q, impondo uma
corrente em fase com a tensão da rede retificada e de mesmo formato.
Analisando de maneira simplificada a Figura 8, pode se observar que o circuito de
comando do transistor consiste num circuito que gera um sinal PWM em função dos sinais de
referência e dos sinais realimentados. O sinal de controle do transistor é gerado a partir da
comparação entre os sinais de referência de tensão e corrente e os sinais realimentados obtidos
através de um divisor de tensão o qual reduz a tensão da saída de 400 V por um valor (K). O
sinal de erro de tensão irá para o próximo bloco para ser multiplicado pela tensão retificada de
entrada e divido por um valor constante de tensão entrada gerando assim a referência de corrente
a qual por sua vez é comparada com uma amostra obtida através de um shunt resistivo. Estas
duas malhas de controle irão garantir que a corrente de entrada siga a tensão de entrada.
O resultado deste controle é a onda de corrente de entrada ig(t) que através de seu valor
médio em um período de alta freqüência transistor, Figura 9, segue a forma de onda senoidal
entrada como foi dito no parágrafo anterior com uma pequena variação triangular, Figura 10.
Pode-se notar na figura a seguir que a corrente possui uma variação senoidal, de acordo com a
variação senoidal da tensão.
Vcc1
J3 J4
2 2
1 1
3
15V 5V
OUT
U7 D1
OUT
U6
MC78T15/TO D1N5400 R20
2 MC78M05C/TO 100 R17
GND 2 D2 D15 560k
GND U8100E U8100E
L1 C9
IN
1n
IN
1.8 mH
L10 C2
1
Isense
R3 R4
4.7k 2.7k
R2
4.7k R6
Vout
D8 C3
39k
J7 D7 C15 D1N4148
270p
C13 3.3n
1 C17 D1N4148
2 1u
390p
Fonte Externa R19 R5 C4
100k D6
15k 2.2u
R7
zener 8.2V
270k
400V
VREF
R25 C6
820k VREF
7
U1
100n
I SENSE
C/A
V/A OUT
MULT OUT
PK LMT
VREF
400V UC3854
R8 R11
680k 180k J6
R16
R9 2 15 16 Mosfet
82k 1 10 VCC GT DRV
Enable 11 ENA 22
6 V SENS
8 IAC D13
RSET
GND
13 VRMS
CT
SS MUR160
14
12
A Figura 12 foi obtida da seguinte forma: Um carga resistiva foi conectada a saída do
PFP. Porém o circuito de controle foi desabilitado, e o MOSFET teve o pino gate aterrado, para
que permanecesse aberto durante o ensaio. Desta forma o conversor ficou operando como uma
fonte retificadora convencional, onde a tensão de saída oscila entorno da tensão de pico da rede
elétrica. A entrada do retificador foi ligada a um Variac, e este por sua vez foi ajustado para
fornecer uma tensão eficaz de 127 V. Com esta tensão, obteve-se sobre as lâmpadas uma tensão
contínua de 178 V. Observa-se claramente a característica pulsada da corrente como se vê na
Figura 12, a qual confirma a simulação apresentada na Figura 3.
Foram adquiridas 3 curvas de corrente para o circuito funcionando como um pré-
regulador de Fator de Potência, aplicando 400Vdc em duas lâmpadas em série (100W). Cada
curva de corrente de entrada apresentada nas figuras a seguir, foi obtida para uma tensão
alternada de entrada diferente. A Figura 13 apresenta a corrente de entrada para o PFP operando
com uma tensão de entrada de 100 V.
220V o ripple de corrente é elevado, porém a o valor médio período a período da componente de
alta freqüência continua seguindo uma onda senoidal. Para diminuir este ripple, seria necessário
aumentar o indutor.
Figura 13 - PFP com entrada de 100 VCA e saída de Figura 14 - PFP com entrada de 220 V CA e saída de
383V CC. 402 V CC
+ +
Conversor
+ Ccc
v R V
v g CC - CC
e
-
- -
(a)
Detetor Filtro
de zero Passa-
Passa-baixo
reset
v
ref
Monoestavel v +
error
constante de tempo
-
(b)
(c)
2
1 VIN
MOC3020 D1 J2
U3 1
2
U8100E Vcc
T1
6 4 indutor 460uH
R7a
4
R20 1.5M
330
C14 R5 IRFP460 C6
R1a R3 R4 Q1 47u x 450V
2.2M 56K D3 56K
R21 100n D9 D10 MUR160 10 R7b
470 D1N5408 D2 100K
3
FUSE 3A
F1 R1b C3 C2 U1
8
IDET
C8 T2 Q3 C7 C1
1 120n x 250V BTA41-600B 120n x 250V 1u x 250V 7
2 OUT 680K R8
10k
4
4
CS R6a R6b R6c R6d R6e R6f R6g R6h R6i R6j
6
1.2 1.2 1.2 1.2 1.2 1.2 1.2 1.2 1.2 1.2 J3
1
GND
Serão abordados a continuação conceitos básicos sobre a descarga elétrica nos gases,
abordando algumas particularidades como a resistência negativa, métodos de estabilização da
descarga e também alguns conceitos de luminotécnica. Uma revisão bibliográfica sobre os
diversos tipos de lâmpadas de descarga juntamente com suas características também será
apresentada.
A Figura 18 mostra o gráfico da descarga elétrica em um tubo de gás e suas respectivas
regiões. O tipo de eletrodo é o fator que determina a região que a lâmpada vai operar conforme
[8][9].
te
nd en rc
o
er se sc
ig wn ine eA
Ge T o um ad
de de L rg
ga ca
[V] ão gião ar es
egi e sc D
R R De
200 G
D
F
E
100
C
H
B
I
A
0 10-9 10-8 10-7 10-6 10-5 10-4 10-3 10-2 10-1 1 10 100 [ A ]
Figura 18. – Descarga elétrica em um tubo de descarga.
a) Região de Geiger: A região de Geiger é representada pelo trecho AC na Figura 18, no qual
durante todo trecho não ocorre emissão luminosa. A presença de tensão nos eletrodos origina ionização
de alguns átomos de gás no interior do tubo de descarga, sendo a origem de uma pequena corrente
elétrica.
Na região delimitada por AB, a corrente e a tensão seguem aproximadamente a Lei de Ohm, ou
seja, aumentando-se a tensão aumenta-se a corrente até um limite onde se atinge a corrente de saturação,
a partir do qual a corrente (região BC da curva) permanece constante com o aumento da tensão [8]. Uma
das características desta região é a de que ao se deixar de aplicar tensão nos eletrodos do tubo, a descarga
cessa imediatamente.
b) Região de Townsend: Aumentando-se a tensão aplicada, a corrente no trecho CD aumentará
novamente . Devido ao aumento da tensão entre os eletrodos, os elétrons atravessam o tubo de gás com
maior velocidade e, conseqüentemente, se chocam com átomos do gás com força suficiente para ionizá-
los. Devido à ionização destes átomos, há um aumento na corrente elétrica. Apesar do aumento de
corrente, ainda não há emissão de luminosidade.
c) Descarga Luminescente: A descarga luminescente inicia a partir do ponto D, na qual a partir
de uma tensão de acendimento ocorre um aumento de corrente. Devido ao aumento da corrente é
necessário diminuir-se a tensão sobre os eletrodos. A descarga se mantém apesar de diminuir a tensão e
já se pode notar uma tênue luminosidade originada pela descarga. As lâmpadas que trabalham nesta
região são normalmente do tipo cátodo frio.
d) Descarga de Arco: Aumentando-se a corrente após a descarga luminescente, os eletrodos
começam a aquecer até apresentar emissão de elétrons por efeito termiônico, dando início à descarga de
arco (região HI). A região de transição está representada no gráfico como uma sobreposição, pois não se
pode prever exatamente o ponto em que inicia a descarga do arco. Uma vez iniciada a descarga do arco, a
corrente aumenta subitamente e a tensão deverá ser reduzida para níveis muito baixos para evitar a
destruição do tubo de descarga, podendo chegar ao valor do potencial de ionização. A maioria das
lâmpadas de descarga trabalha nesta região e são denominadas de cátodo quente.
Vcc Fonte
Lâmpada Lâmpada
O circuito para estabilização utilizando um capacitor é mostrado na Figura 22, neste caso
a corrente estará adiantada em relação à tensão. O circuito apresenta baixo fator de potência.
Vca
Vca
Lâmpada Lâmpada
Estas lâmpadas são compostas basicamente por um tubo de descarga interno, feito
utilizando-se óxido de alumínio sinterizado (por ex. Lucalox) com transmitância de 90%, dentro
de um bulbo de vidro duro com vácuo. O tubo de descarga contém gás Xênon à baixa pressão
(±20atm) e amálgama de sódio-mercúrio. O gás Xênon tem por finalidade iniciar a ignição da
lâmpada, vaporizando a amálgama de sódio-mercúrio. O vapor de mercúrio originado da
vaporização da amálgama tem por função elevar a pressão interna do tubo de descarga e
Av. Ipiranga, 6681 Fone (0xx51) 3320.3686 – Ramal: 216
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LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA DA PUCRS
Tubo de descarga
Eletrodos de
descarga
Bulbo de vidro
9 O flicker pode ser reduzido. Sendo assim pode ser utilizado em locais com máquinas
rotativas e em salas com computadores.
9 Podem ser projetados para apresentar um alto fator de potência;
9 Alta eficiência luminosa;
9 Maior densidade de potência, menor relação peso/volume;
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9 Menor MTBF (Mean Time Between Failure), é mais susceptível às falhas devido ao
grande número de componentes que o constituem;
9 Menor resistência aos transitórios da rede [11];
9 Menor tempo de vida útil;
9 Menor resistência às condições ambientais.
(1) Entrada da rede 110/220 VCA 60/50 Hz e Filtro de EMI. O circuito deve proporcionar um alto
fator de potência para a rede com a menor distorção harmônica em alta freqüência e livre de
interferências EMI.
(2) Circuito retificador de onda completa formada por diodos. Este estágio pode possuir uma
configuração de retificador e dobrador de tensão para operar em ambas as tensões (110/220V) através
de uma chave seletora.
(3) Filtro capacitivo simples para eliminar o ripple da tensão. O filtro utilizado para estabilização da
tensão deve ser tal que não haja ocorrência de ondulações na tensão cc para evitar o flicker na
lâmpada. Esta etapa pode ser implementada através de um pré-regulador do fator de potência que irá
permitir a operação do circuito em redes de 110 ou 220 V de forma automática com um fator de
potência unitário e baixa distorção harmônica da corrente de entrada.
(4) Circuito inversor, responsável pela geração de uma tensão alternada de alta freqüência que será
aplicada à lâmpada. A freqüência utilizada nos reatores eletrônicos está geralmente acima de 20 kHz,
para evitar o ruído audível.
(5) Circuito ressonante responsável pela geração da tensão necessária para o acendimento da lâmpada
e limitação da corrente na mesma.
Para o projeto de um reator eletrônico devem-se considerar alguns parâmetros para uma
boa aceitação do produto no mercado. Tais parâmetros se referem às características mínimas
exigidas para um bom projeto dentro das normas internacionais. Para o estudo destes parâmetros,
pode-se dividir o reator eletrônico em duas partes [11]:
9 Fonte de Alimentação, que corresponde à rede e filtro EMI (1), retificador (2) e o PFP (3)
representados na Figura 25;
9 Circuito de ignição e estabilização da descarga da lâmpada, que corresponde à etapa inversora (4)
e a etapa filtro ressonante (5) da Figura 25.
9 Fator de Potência: O fator de potência deve ser preferencialmente unitário mas a norma ANSI
especifica um mínimo de 0.90 atrasados ou adiantados para um reator eletrônico [11].
9 Proteção contra os transitórios da rede: Ainda não existem estudos sobre os problemas que os
transitórios da rede podem causar sobre os reatores eletrônicos, mas se sabe que os
semicondutores são altamente susceptíveis a falhas devido aos transitórios da rede. A norma
ANSI/IEEE C62.41-1980 contém os requisitos necessários [11].
9 Interferência de Rádio Freqüência e Interferência Eletromagnética: São interferências que causam
mal funcionamento dos aparelhos eletrônicos. As interferências eletromagnéticas, também
conhecida como EMI são geradas pelo chaveamento dos dispositivos de potência como os
MOSFETS. O órgão responsável pela regulamentação nos Estados Unidos é o FCC [2] e na
Europa têm-se as normas internacionais da IEC (International Electrotechnical Commission),
FCC (Federal Communications Commission) e ANSI (American National Standards Institute)
[1][2][3]. Existem duas classes de aplicações: uso comercial e industrial e o uso residencial;
9 Regulação: Este tópico se refere à característica do reator eletrônico de poder manter a mesma
potência enviada à lâmpada com uma variação da tensão de entrada. Os valores utilizados
normalmente estão entre ±5 a ±10% das variações da rede.
9 Surto de corrente (In-Rush Current): O surto de corrente é a corrente que circula pelo circuito
quando o reator é ligado. Esta corrente deve ser a mais baixa possível para evitar o desgaste
prematuro dos interruptores e disjuntores. Normalmente é utilizado um surto de 25% para um
circuito de 20 A [11].
9 Tensão de partida da lâmpada: Deve ser a mínima necessária para dar partida à lâmpada, dado
que a aplicação de tensões elevadas sobre as lâmpadas reduzem o seu tempo de vida útil. A ANSI
especifica a tensão máxima de partida para lâmpadas fluorescentes e é medida no reator medindo-
se a tensão nas lâmpadas a circuito aberto. Para uma lâmpada F40 / 40W com Pré aquecimento
dos eletrodos é especificada pela ANSI como 360 V o máximo para a partida [12]. Para lâmpadas
de alta pressão de vapor de sódio este valor é em torno de 2500V [10];
9 Flicker: O flicker é o responsável pelo efeito estroboscópico, que impede a utilização em locais
com máquinas rotativas. Ocorre em reatores eletrônicos quando trabalham com uma alta
freqüência modulada por uma freqüência de 60 Hz conforme se pode observar no circuito criado
por Licitra [13];
9 Fator de crista de corrente na lâmpada: É a razão do pico de corrente na lâmpada com o valor
RMS da corrente na lâmpada. Quanto maior for a razão entre o pico e o valor RMS menor será a
vida útil da lâmpada fluorescente. É recomendável um fator de crista menor que 1,7 para
lâmpadas fluorescentes de partida rápida e menor que 1,85 para lâmpadas de partida instantânea,
conforme norma ANSI C82.1 [11]. O Fator de crista de corrente na lâmpada é dado pela equação
( 3):
Ip
FC = (3)
I rms
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22
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9 Distância entre o reator e a lâmpada: Nos circuitos onde o filtro LCC é utilizado a indutância do
cabo de alimentação da lâmpada pode ser incorporada à indutância do indutor L, desde que o
capacitor CP que fica em paralelo com a lâmpada seja colocado junto ao soquete da mesma.
Aumentando assim significativamente o comprimento deste. Isto pode simplificar o processo de
manutenção do sistema. Pois o reator pode ficar afastado da lâmpada.
D1
S1
Cs L
E
S2 Cp RLâmpada
D2
Figura 26 - Inversor ressonante em meia ponte com filtro do tipo LC série C paralelo.
O circuito possui quatro etapas de operação, mostradas na Figura 27. As formas de onda
da tensão nos gatilhos dos transistores MOSFET S1 e S2, VGS1 e VGS2 respectivamente são
mostradas na Figura 28, assim como as formas de onda das tensões dreno-fonte sob os
transistores S1 e S2, VDS1 e VDS2 também são apresentadas na Figura 28. A seguir serão
apresentadas as quatro etapas de funcionamento.
Primeira etapa:
Admitindo-se que a chave S1 está habilitada, a corrente que circula pela chave é a mesma que
circula pelo capacitor Cs e o indutor L, indo alimentar a lâmpada. Se o projeto for feito de forma
adequada apenas uma pequena parcela da corrente que circula por Cs e L irá passar por Cp.
Segunda etapa:
A chave S1 abre e a corrente continua a fluir pelo circuito devido à presença do indutor. Com a
chave S1 aberta a corrente passa a fluir através do diodo antiparalelo D2.
Terceira etapa:
Quando a corrente iL se anula a chave S2, que já havia sido comandada, assume esta corrente.
Ocorre então a inversão do sentido da corrente devido aos capacitores do circuito que estão carregados.
Aqui se percebe que quando a chave S2 fecha, a tensão sobre ela é zero, pois o diodo em antiparalelo
ainda está conduzindo. Portanto diz-se que o circuito opera em comutação ZVS (Zero Voltage
Switching).
Quarta etapa:
Nesta etapa a chave S2 é bloqueada e a corrente passa a fluir através do Diodo D1, pois o indutor
ainda está carregado e mantém a corrente. Na etapa seguinte, quando a chave S1 for comandada haverá
ainda uma corrente no diodo, sendo assim, este também vai iniciar sua condução com tensão nula.
D1
D 1 D
DD11
1
D 1 D 1
S1
S1 S1
S1
S1 S1
S1
Csss L CCsss L
C
C s LL C
C s LLL
E
E E
EE
E E
i i
D2
D2
D2 iiLLLL Cppp
C Rlamp
R
R
R
D2
D2
D2
D2 iiLiLLL C
CCpppp R
R
R
R
S2
S2 C p lamp S2
S2 C lamp
lamp
S2 S2
S2
1ª Etapa
tapa 2ª E
2ª
2ª Etapa
E tapa
tapa
D11 D1
D1
D1
D D1
S1 S1
S1
S1
S1
S1
Cs
Cssss
C
C LL
L
Cs
Cs
Cs LLLL
E E
E
E
E
E
D2
D2 iiLiLLL Cpppp
C
C R
R
R
D2
D2
D2
D2 iiLiLiLL C
C
CCpppp R
R
RR
lamp
C R lamp
lamp S2
S2 lamp
S2
S2 S2
S2
3ª E
3ª Etapa
tapa 4ª E
4ª
4ª Etapa
E tapa
tapa
Figura 27 – Etapas de funcionamento do inversor ressonante antes do acendimento da lâmpada.
Para que ocorra o acendimento da lâmpada de alta pressão de vapor de sódio é necessário
que se aplique uma elevada tensão em seus terminais. Devido a esta característica optou-se pelo
filtro LCC o qual é capaz de desempenhar está função. As grandezas tensão e corrente no
capacitor que esta em paralelo com a lâmpada, antes do acendimento da mesma, estão
representadas nas Figura 29 e Figura 30 respectivamente. Note que os transistores estão
operando na freqüência de ressonância. Se os componentes fossem ideais a tensão no capacitor
cresceria indefinidamente. Note que a corrente também cresceria indefinidamente causando a
destruição dos semicondutores. Pois na ressonância a impedância do circuito LC série será nula
e, portanto um curto-circuito. A operação na ressonância na prática deve ser evitada.
VC L
iL
C
4E
2E 3E
E t
E t
π 2π 3π 4π π 2π 3π 4π
− 2E
− 2E
− 4E
− 4E
Figura 29 – Forma de onda da tensão no capacitor (Vc). Figura 30– Forma de onda da corrente no indutor (iL).
A representação do comportamento do circuito no plano de fase encontra-se na Figura 31.
VC
5E
3E
− 4E − 2E 2E 4E 6E
− 2E
− 4E
D1 L R
S1
L R
E VE C
C
S2
D2
Figura 33- Circuito simplificado do reator antes do
Figura 32 – Circuito equivalente antes do
acendimento da lâmpada.
acendimento da lâmpada.
Para o circuito da Figura 32, considere que a seqüência de acionamento das chaves seja a
seguinte: inicialmente chave S1 recebe sinal de comando, durante o tempo tON, e a corrente no
circuito começa a evoluir senoidalmente quando ela se torna negativa o diodo D2 em antiparalelo
com a chave S2 assume esta corrente. Após o semiciclo negativo, um novo ciclo positivo da
corrente inicia pela chave S1 que continua conduzindo conforme se pode observar na Figura 34,
durante todo este intervalo a chave S2 é mantida aberta esta etapa ocorre durante a metade do
período de comutação Ts, após a corrente se anular na chave S1 inicia-se um novo ciclo
complementar através da chave S2 e do diodo D1.
E E E E E
vc = = − 3π
= − 3πR
= − 3πR
= (4)
1− γ 2ω 0 L 2πF0 L
−R
1− e 1− e
2Q
1− e 1− e 2 Fs L
CS L
VE CP Rlamp VS
O ganho do circuito é dado pela relação entre a tensão de saída Vs sobre a tensão de
entrada Ve na lâmpada. Utilizando-se a regra do divisor de tensão é fácil obter está relação:
Vs 1 (6)
G ( jω ) = =
Ve Cp
2 2
1 + (
1−U 2 ) + (Q ) U − U1
s
2
Cs
1 ω0 L ω
ω0 = Qs = U=
LC s Rlamp ω0
Figura 37 – Ganho do Filtro LCR Série para o circuito depois do acionamento da lâmpada com relação de
Cp/Cs de 1/20.
O projeto do reator eletrônico foi realizado para o acionamento de uma lâmpada de alta
pressão de vapor de sódio de 250 W com as seguintes especificações:
CS L
VE Rlamp
ω 2 1 ω ωo A
(1 + A)1 − + j − .
Z ω
o Q L oω ω 1 + A
(QL , ω , A) = (9)
Rlamp ω
1 + jQL (1 + A)
ωo
Onde:
C ⋅C Rlamp CP
C= S P , QL = ω 0 ⋅ Rlamp ⋅ C = , A=
CS + CP ω0 ⋅ L CS
No ábaco da Figura 39 se podem observar várias curvas que foram traçadas para relação
Z/Rlamp em função de QL para as diversas relações A = CP/CS entre os capacitores CP e CS. Pode-
se também concluir que relações de A, menores que 1/20 afetam pouco o comportamento das
curvas do ábaco.
A escolha da relação A = CP/CS entre os capacitores CP e CS não afeta somente o valor
destes componentes, mas também o valor do indutor L do filtro LCC, quanto maior o valor de A
menor será o valor do indutor L e vice-versa. Caso o valor do indutor seja muito pequeno, corre-
se o risco de que a própria indutância do cabo de alimentação da lâmpada supere o valor do
indutor L inviabilizando assim o projeto. Um valor grande para a relação A implica em um
capacitor Cp pequeno e, portanto com baixa reatância validando assim a equação (4.2). Sabe-se
que quando se tem capacitores conectados em série o capacitor que tiver a menor capacitância
terá a maior tensão aplicada sob seus terminais, desta forma a tensão aplicada a lâmpada será A
vezes maior do que a tensão aplicada ao capacitor Cs. Levando-se em consideração os dados
apresentados, escolhe-se um valor de A=1/20 e através do ábaco, encontra-se o valor de QL após
a determinação da relação Z/Rlamp.
Z Ql ,
1
10 Z 2E
1 3 = = 1.637
Z Ql ,
15 Rlamp π 2 Vl
Z Ql ,
1
20 2
Z Ql ,
1
25
1
Z Ql ,
30 1 Z/Rlamp
= 1.637
GS ( Ql ) Ql = 0.141
0
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35
Ql
Figura 39 - Curva de impedância em função de QL para diferentes valores de A.
Sendo:
QL= 0.141 (obtido do ábaco); Rlamp = 40 Ω;
ω0 = 2 π 3 Fs kHz = 2 π 204 kHz = 1,282 106 rad;
Obtendo-se como resultado L = 220,7 µH, C = 2,758 nF, CS = 57,9 nF e Cp = 2,9 nF.
Para determinar a máxima tensão que será aplicada à lâmpada durante o acendimento,
utiliza-se à equação ( 4 ), considerando, por exemplo, uma resistência parasita do circuito igual
2,4Ω.
U5 1 2 1
15 R5
R55
2 VIN
VREF
2
1
3 12 1 R51 Q1 R52 Q2
6 OSCOUT COLA 3 3
3
7 RT 11 1 T1 3 1k BC639 D221
CT EMIA 1k BC640 1k
R8 R7 C14 9 13 4 Zener 20 V
1
2
COMP COLB
1
120k 56k 5
1nF 1 14 2
2 4k7 0 2 INV IN EMIB
2 6
NI INV
1
RT C4 R2 C9 TRNSFMR 67127490
2 Q5 2 Q6 100u 5.6k 100n 8 D21 C27 11n
R15 BC548 R19 BC548 1 5 GND 1 2
SHDN
R21
12k
R20
12k 0 0 C29 11n 1
R6 LM3524 Q9
12k 12k 1
10
J6 1 2 1
1
R56
3
R25
1
1 T2 3 1k D231
1k BC639 1k JH2
BC640
3
12k
3
12k 12k 0 5 1
0 0 2
6
TRNSFMR 67127490
C40 C41 C42 C43
2 1 1 2 2 1 2 1
0 0 0 0 D24
100n 100n 100n 1 2
100n R511
1
1
1
1N4148_0 Q10
2 2 2 2 D25 D26
0 0 0 0 1 2 1 2
1k
JP1 JP2 JP3 JP4
1N4148 1N4148 R516 BD139
RCA JACK RCA JACK RCA JACK RCA JACK 1k
possui duas saídas, uma tem a função de disparar o MOSFET enquanto a outra bloqueia o outro
MOSFET através dos transistores Q2 e Q4.
Para a construção do indutor série do filtro ressonante LCC deverão ser tomados vários
cuidados, tais como: Prover isolamento entre camadas, pois haverá uma elevada tensão sendo
aplicada a este indutor. Deverão ser tomados cuidados especiais a fim de minimizar as perdas
por efeito skin, dado que por este indutor circularão correntes operando em alta freqüência na
faixa entre 60 kHz e 120 kHz. Basicamente duas providencias podem ser tomadas neste sentido
utilizar diversos condutores de diâmetro reduzido em paralelo ou fio de LITZ. A Figura 41
mostra o indutor construído.
Figura 43 – Tensões no gates dos MOSFETs M1 e M2. Figura 44 – Tensão VGS no MOSFET M e tensão
aplicada à lâmpada.
5.3.3 Integrador
valor máximo estipulado. Para contornar este problema circuito de retardo automático foi
adicionado, composto por uma rede RC e um transistor, para impedir que o SCR seja acionado
durante o arranque do sistema. Por uma questão de redundância um outro circuito de retardo
externo foi concebido para que o microcontrolador também possa executar esta função. Caso
ocorra uma detecção de sobrecarga um circuito de reset, permite que o microcontrolador libere a
memória, desligue o SCR, o sistema é religado novamente.
Quando o gate do SCR Q2 recebe um pulso de tensão vindo do sensor de sobrecarga, fará
com que ele conduza, acendo o led D2 que sinaliza sobrecarga, a saída J5 será levada a um
potencial próximo de zero, fazendo com que o circuito de potência seja desativado. Para isto o
conector J2 deve estar sendo alimentado por uma tensão de 5Vcc.
O coletor do transistor Q4 irá levar o pino do SCR Q2 para um potencial próximo de zero,
fazendo com que o sensor de sobrecarga fique inibido por alguns milisegundos. Fazendo com que
o circuito não atue no instante que a fonte do circuito é ativada.
O coletor do transistor Q3 irá levar o pino do SCR Q2 para um potencial próximo de zero,
fazendo com que o sensor de sobrecarga fique inibido pelo tempo definido pelo
microprocessador. Fazendo com que o circuito não atue no instante que a carga for religada.
O coletor do transistor Q5 esta conectada no ânodo do SCR Q2, serve para habilitar
novamente o sensor de sobrecarga, através do microprocessador.
C1 R14
47nF 10K
R6
R3 470K
27K -15
14
U1
1 4
11
+VS
F 3 6 2 X1 SF
T1
11
X2
2
12 2 - J1
2 5 6 OUT 1 1 3 6 - Saida Potência
7 Y1 R4 3 + 7 1
1 4 Y2 22K R20 R15 5 +
JH2 6+6 11 U2A 50K 10K U2B
Z1
-VS
1 10 TL084 TL084
4
1 Z2 R9
4
R2 R1
12K 1K
JH1 +15
1 -15
1
N
820 1 82
1
D1 Memória e Sinalização
4V7 -15
JH7
3
1
BC559B 2 1
1
1 J5
Q1
GND MOC
2
1
R25 R13 J4
1
680 1M Q2 Reset
3
VxI 2N5061 Q5 2 1
R16 BC548C
470K 2 R32
SH1
3
2
4
13 - 10 D4
+
1 2 R11 14 8
Am Vd 100K 12 + 9
- Reset Sobrecarga
U2C R23 1N4148
Pt
U2D R8 TL084 1K
11
R7 TL084 18K
4
100K +15
4
R19 +15
+15 10K
R5 Q3 J3
3
1M BC548C Retardo
R21 2 1
2
50K C4
2 1 3 R35 220nF R28
1k R27 R30 12K
3
150 R17
2K2 Comparador
+ C2 Retardo Externo
1
100uF
2 Q4
BC548C
Sensor de Corrente
D3 R31 JH9 JH10 JH5 JH4
3
1N4148 12K
1
Retardo
Automatico
Após a implementação foram realizados vários testes de comunicação com o circuito para
verificar a performance do modem. A partir da aplicação de uma onda quadrada de 300 Hz no
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pino DATAIN do integrado, conforme especificado pelo fabricante, foi possível monitorar o sinal
modulado TXout do próprio integrado e a recepção do sinal transmitido no pino DATAOUT de um
outro modem na Figura 53. Na Figura 54 pode-se observar o sinal de entrada e a saída
decodificada em outro modem.
F1
J1
1
2 RV2
FUSE/SM
CON2 250 V (AC)
U6 TRANSFORMER CT 1 VA 230 V / 6 V
J6 LM7815C
1 2 D12
2 IN OUT
GND
C14
1 C15
220u D15
CON2 100n C6
3
1 3
IN OUT
GND
56
GND
U7
68R / 5 W C8
3 2 22u C5
2
OUT IN
LM7915C/TO220
J4 68n 63V
2 0 L1
1
47uH
CON2
J5
2
1
C9 0
CON2 470u (16V)
0 0
U1 C12 C4
11
13
3
1u 16V
J9 100n
0
Vddd
Vdda
Vddap
1
2 DATAin
1 2
DATAout 14
CON2 4 TDA5051A RXin
0 15 CLKout C3
J10 16 PD 10n
6 TEST1
2 SCANTEST 10
APGND
1 TXout
DGND
AGND
OSC1
OSC2
CON2
0
12
R1
7
0 D8
1N4733
2M2
0
Y2 XM/SM_0
C1 C2
27p 27p 0
Figura 53 - Sinal transmitido e sinal decodificado Figura 54 - Sinal enviado por um modem e
no pino DATAOUT do C.I. recebido por outro modem.
L3
Rede Elétrica 57uH
C10 C7
100n 3u3
L4
57uH
MODEM MODEM
A Figura 56 mostra sob forma de diagrama em blocos, como está estruturado o projeto do
reator eletrônico e como a unidade de controle se integra a este sistema.
Como pode ser visto na Figura 56, o reator eletrônico é constituído além do
microconversor, por uma série de outros circuitos:
9 Um relógio de tempo real [26] (RTC – Real Time Clock) no qual está incorporada uma
memória não volátil do tipo E2PROM. O RTC é utilizado para implementar um
relógio/calendário independente do microcontrolador. Este dispositivo tem uma bateria
que permite ao mesmo manter o relógio em funcionamento, mesmo na ausência de
energia. A memória E2PROM é utilizada para armazenar o consumo do reator e para
armazenar as configurações e o estado do reator.
9 Um circuito de fotocélula utilizando um sensor do tipo LDR (Light Dependent Resistor).
Este circuito é utilizado para determinar quando o reator deve entrar em operação
segundo o critério de luminosidade (norma NBR5123). O reator eletrônico também leva
em consideração o relógio e as restrições de demanda para decidir quando que o reator
entra em operação.
9 Um medidor de potência (multiplicador analógico tensão x corrente). Este circuito é
utilizado para determinar a potência instantânea consumida pelo reator. Em conjunto com
o relógio, o microprocessador calcula a potência consumida (KWh) do reator. O medidor
de potência também é utilizado para implementar um circuito de proteção para o reator. A
medição de consumo acima de um determinado limiar é interpretada como um defeito e
então o circuito de controle desativa o reator.
9 Um modem de 600 bps utilizando a rede elétrica (PLC – Power Line Carrier) como meio
físico para a transmissão dos dados. Com este modem é possível implementar uma rede
de comunicação na qual comandos e respostas trafegam entre os diversos reatores. Com
isto, uma central pode acionar ou desligar um reator, determinar o estado do mesmo para
identificação possíveis falhas, fazer o controle do fluxo luminoso (dimerização) de modo
a limitar a demanda de energia ou mesmo fazer a leitura do consumo de um determinado
reator.
9 Um pré-regulador do fator de potência (PFP). Este circuito é colocado de modo que a
rede elétrica veja o reator como uma carga resistiva, de modo que o reator apresenta fator
de potência próximo da unidade.
9 Um inversor. Este circuito é necessário para gerar uma tensão senoidal adequada ao
disparo e também para a manutenção da lâmpada. Com este circuito é possível controlar
o fluxo luminoso da lâmpada HID (High Intensity Discharge) de vapor de sódio de 250
Watts utilizada no projeto.
9 Um drive de potência para comandar os sinais de controle do PFP e do inversor. O
ADuC812 não possui saídas com capacidade de corrente elevadas, sendo necessário este
circuito para comandar entradas que solicitem maiores níveis de corrente.
9 O circuito de controle contém ainda uma porta do tipo RS232 para permitir a
programação do ADuC812. Este microconversor tem um programa de partida que
permite através de um programa de download fazer a programação da memória flash do
dispositivo. Esta porta é removível, pois em funcionamento normal o hardware não
necessita programar a memória flash e utiliza a porta serial para estabelecer uma rede de
comunicação com conexão a rede elétrica através do modem PLC.
Rede Elétrica
RTC
EEPROM
Minuto
Fotocélula AD1
O sistema de controle executa uma série de tarefas. Estas tarefas foram escritas em
linguagem assembly de forma a obter o máximo desempenho da CPU. A Figura 59 apresenta um
esboço das tarefas que foram escritas para o ADuC812 e como elas se relacionam.
Salvar
Consumo Potência
Instantânea
Salvar
Salvar Estado
Configuração Reator Proteção
Medidor
Cálculo de
KWh E2PROM Potência
Ligar
Reator
Luminosidade
ADuC NBR5123
812
RX
Configuração Modem PFP
PLC Soft
Start
TX Inversor
Potência Protocolo
Consumida SLIP
Disparo
da
Lâmpada
Controle
RX TX Freqüência
Comando Comando
Controle da
Dimerização Ressonância
Acústica
9 Leitura do conversor A/D. Estão relacionadas com esta tarefa, a leitura da fotocélula com
o objetivo de determinar a luminosidade ambiente e os limiares de disparo (norma
NBR5123 [28]) e tomar a decisão de ligar ou não o reator eletrônico e a leitura do
medidor de potência, de forma a obter a potência instantânea e para implementar um
sistema de proteção contra surtos de corrente no reator.
9 Acionamento do PFP. É utilizado para fornecer um link DC para o inversor. Este circuito
apresenta um capacitor de valor elevado na sua entrada. De modo a evitar surtos de
corrente durante o processo de energização, um esquema de partida suave (Soft Start) foi
implementado.
9 Acionamento do Inversor. Este circuito é o responsável pela tensão de disparo e de
manutenção da lâmpada. É possível variar a freqüência da tensão destinada a lâmpada
com o objetivo de fazer o controle do fluxo luminoso e também para evitar o fenômeno
da ressonância acústica.
9 Comunicação I2C com o relógio de tempo real (RTC) e a memória EEPROM. O RTC é
utilizado para gerar as rotinas de controle do tempo, gerando uma interrupção a cada 60s.
Esta interrupção é utilizada para o cálculo da potência consumida pelo reator. A memória
EEPROM é utilizada para armazenar o consumo do reator para futuras tarifações, salvar
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A
Figura 61 apresenta o aspecto físico dos protótipos implementados da CPU, da fotocélula, do
relógio de tempo real e do drive RS232 para programação do ADuC812.
1. Possibilidade de Controle Remoto dos reatores, a partir de uma central. Atendido através da
rede de comunicação utilizando PLC entre as unidades microcontroladas do tipo mestre
escravo. Não era objetivo do projeto desenvolver a central de controle, foi desenvolvido um
software para teste do sistema.
2. Monitoramento do consumo de energia, para tarifação. Atendido através do Sistema de
Medição de Potência e Proteção.
3. Alto fator de potência. Atendido com o uso do pré-regulador do Fator de Potência.
4. Controle do consumo de potência, através do controle do fluxo luminoso, “dimerização”.
Atendido pelas características do Reator Eletrônico desenvolvido a partir do filtro LCC.
5. Limitação da corrente de arranque, "in rush-current". Atendido com a inclusão de um TRIAC
em série com o PFP. Para limitar o in rush utilizou-se o controle do ângulo de disparo até
a completa carga do capacitor. Esta função se mostrou desnecessária no PFP definitivo já que
o capacitor de entrada era de apenas 470 µF. Portanto foi desabilitada.
6. Baixo conteúdo de harmônicos da corrente consumida pelo reator. Atendido com o uso do pré-
regulador do Fator de Potência.
7. Controle do Fluxo Luminoso "Dimming", com a possibilidade de selecionar diferentes níveis de
potência desde 40 até 100%. Atendido pelas características do Reator Eletrônico
desenvolvido a partir do filtro LCC. Foi obtido um controle de até 28%.
8. Proteções, contra curto-circuito e circuito aberto. Atendido através do Sistema de Medição de
Potência e Proteção e a través das características intrínsecas ao filtro LCC.
9. Funções de monitoramento, o reator eletrônico apresentará uma série de funções que permitem
monitorar o comportamento do mesmo e da instalação. Atendido através do Sistema de
Medição de Potência e Proteção o qual é capaz de detectar falhas no sistema.
Cronograma físico
Mês 1 (Calendário Gregoriano) Ciclo: 2001-2002
Número/Etapa 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
1 Grupo
2 Aquisição de Equipamentos
3 Revisão
4 Sub-sistemas (serviços de terceiros)
5 Simulação sub-sistemas
6 Protótipo PFP
7 Protótipo Reator (Material de Consumo)
8 Supervisor
9 Cascateamento
10 Comunicação
11 Integração
12 Relatórios
13 Artigos
14 Mestrando
15 Eventos
Etapas do projeto
Nº Nome etapa Descrição Produto
1 Grupo Formação do grupo de trabalho. RH
2 Aquisição Compra e importação dos equipamentos relacionados. Equipamentos
3 Revisão Revisão bibliográfica sobre os temas correlatos com o reator eletrônico. Estado da Arte
4 Sub-sistemas Projeto dos três sub-sistemas que compreendem o reator eletrônico. Documentação
5 Simulação Sub-sistemas Simulação dos sub-sistemas do reator eletrônico. Documentação
6 Protótipo PFP Desenvolvimento do protótipo do pré-regulador do fator de potência. Protótipo PFP
7 Protótipo Reator Desenvolvimento do protótipo do reator eletrônico. Protó. Reator
8 Supervisor Desenvolvimento do sistema de supervisão e controle. Software
9 Cascateamento Cascateamento do PFP ao reator eletrônico. Reator dimer.
10 Comunicação Implementação do protótipo de interface de comunicação via rede elet. Modem Rede
11 Integração Integração interface comunicação com o reator dimerizável. Reator Com.
12 Relatórios Elaboração de relatórios técnicos. Documentação
13 Artigos Preparação de artigos técnicos para revistas, simpósios e congressos. Documentação
14 Mestrando Formação de um estudante de pós-graduação. 1 Mestre
15 Eventos Participação em eventos científicos nacionais e internacionais. Documentação
Orçamento Previsto
Valores Desembolsos – Ciclo 2001/2002 (R$ x 1000)
Nº
Totais
Etapa Maio Junho Julho Agosto Setembro Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr
(R$)
1 3.600,00 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3
2 50.178,22 50.178,22
3
4 5.434,00 5,434
5
6
7 5.000,00 5,0
8
9
10
11
12
13
14 14.400,00 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2
15 10.387,78 10,38778
Total 89.000,00 51.678,22 6,5 1,5 6,934 11,88778 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5
Orçamento Executado
Valores Desembolsos – Ciclo 2001/2002 (R$ x 1000)
Nº
Totais
Etapa Setembro Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr M J Julho Novembro
(R$)
1 3.600,00 0,3 0,3 2,29706 0,70294
2 50.232,56 50,17822 0.05434
3 0,00
4 5.445,74 5,44574
5 0,00
6 0,00
7 5.000,00 5,0
8 0,00
9 0,00
10 0,00
11 0,00
12 0,00
13 0,00
14 14.420,00 1,2 1,2 10,80000 1,22000
15 9.923,14 2,12527 7,79787
Total
88.621,44 53,80349 6,5 13,09706 15,22089
10. Conclusão
O trabalho apresentou o estudo e o desenvolvimento de uma metodologia de cálculo para
reatores eletrônicos para lâmpadas de alta pressão de vapor de sódio utilizadas em iluminação
pública.
Para tanto, iniciou-se com uma revisão bibliográfica onde foi apresentado o
comportamento das descargas elétricas dentro de um tubo de gás, onde foi explicado o fenômeno
da resistência negativa que ocorre durante a descarga elétrica nas lâmpadas de descarga motivo
pelo qual são utilizados dispositivos para estabilizar corrente na lâmpada a fim de evitar a sua
destruição. Os métodos de estabilização da descarga para tensões alternadas e contínuas também
foram apresentados, mostrando as vantagens e desvantagens de cada método.
A topologia escolhida para este trabalho apresenta características muito especiais tais
como: capacidade de gerar um elevado pico de tensão para o acendimento da lâmpada e
capacidade de limitar a corrente e a tensão na lâmpada após o acendimento. O circuito projetado
e implementado também permite a dimerização da lâmpada.
Os objetivos do trabalho, que eram o desenvolvimento de um reator eletrônico para
lâmpada de alta pressão de vapor de sódio, com possibilidade de controle de luminosidade foram
atingidos, o método de cálculo utilizado apresentou-se eficiente conforme demonstrado nos
resultados experimentais.
O estudo e o desenvolvimento de dois pré-reguladores do fator de potência utilizando o
conversor Boost operando no modo de condução continuo e no modo de condução crítico
utilizando o controle por multiplicador e o controle FM respectivamente foi realizado.
As elevadas perdas por comutação observadas quando o conversor Boost operava no
modo de condução continuo impuseram uma outra solução. A utilização do conversor Boost
operando no modo de condução crítico reduziu bastante estas perdas.
As análises qualitativa e quantitativa para o conversor Boost foram apresentadas. Através
destas análises foi possível estabelecer critérios de projeto para o conversor Boost operando
como PFP.
Foram estudados dois circuitos integrados para o controle do PFP, os critérios de projeto
dos elementos passivos necessários para o correto funcionamento destes CIs também foram
apresentados.
Com este trabalho foi possível implementar um circuito que procura resolver os
problemas apresentados pelas fontes de alimentação chaveadas. As quais apresentam um baixo
fator de potência e uma elevada taxa de distorção harmônica. Os resultados teóricos e
experimentais demonstraram que o PFP emula uma carga resistiva. Eliminando assim o
problema da introdução de harmônicos de corrente na rede elétrica.
Foi desenvolvido um modem de baixo custo e de simples instalação que utiliza a rede
elétrica como meio físico para a transmissão de dados sem a necessidade de instalação de
cabeamento adicional
Os testes realizados com o modem implementado demonstraram uma boa confiabilidade
tanto na transmissão quanto na recepção de dados, porém observou-se que este circuito é muito
sensível aos ruídos provenientes da rede elétrica. Este problema foi contornado com a utilização
de um filtro de rede, o qual deve ser colocado junto ao transformador de distribuição. Portanto,
torna-se necessário futuramente o desenvolvimento de um sistema mais robusto de comunicação
para uma implementação em larga escala que desta forma permita o trafego de informações com
maior segurança e confiabilidade.
Um completo sistema de medição de consumo capaz de medir a potência ativa do sistema
foi desenvolvido. Na mesma placa foi implementado um sistema de proteção que desliga todo o
sistema em caso de curto circuito na lâmpada e informa ao microcontrolador a ocorrência do
evento.
Av. Ipiranga, 6681 Fone (0xx51) 3320.3686 – Ramal: 216
Caixa Postal 1429 – CEP 90619-900 FAX (0xx51) 3320.3625
Porto Alegre – RS – Brasil e-mail: lepuc@ee.pucrs.br
47
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE ENGENHARIA
LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA DA PUCRS
11. Bibliografia.
[1] ANSI - American National Standards Institute. http://www.ansi.org
[2] FCC - Federal Communications Commission. http://www.fcc.gov
[3] IEC - International Electrotechnical Commission. http://www.iec.ch
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Alimentação. Florianópolis, SC.
[5] Dr. José Antenor Pomílio. 1995. Apostila de Pré-Reguladores de Potência. Campinas.
[6] Dr. José Antenor Pomílio. 1995. Harmônicas e Fator de Potência. Campinas.
[7] Dr. Fernando Soares dos Reis. 1995. Tese de Doutorado. “Estudio y Criterios de
Minimizacion y Evaluacion de las Interferências Eletromagneticas Conducidas en Los
Convertidores CA-CC”.
[8] J. M. Alonso, “Alimentacion de lamparas de alta intensidad de descarga: aportaciones em
la optimizacion del sistema electronico”, Tese de doutorando, Gijon- Espanha,
Universidad de Oviedo, 1994.
[9] Ben-Yaakov, S. and Gulko, M, “Design and performance of an electronic ballast for
high-pressure sodium (HPS) lamps”, IEEE Transactions on Industrial Electronics Vol.
44, Issue 4, Aug. 1997, pp 486-491.
[10] Vinicius A. Moreira, “Iluminação e fotometria: teoria e aplicações”, Editora Edgar
Blücher Ltda, 3ª edição, São Paulo, Brasil, 1987, 211p.
[11] William R. Alling, “Important Design Parameters for Solid-State Ballasts”, IEEE
Transactions on Industry Applications, Vol.25, nº2, March / April 1989, pp. 203-207.
[12] R. R. Verderber; O. C. Morse; F. M. Rubinstein. “Performance of electronic Ballast and
Controls Whith 34- and 40- Watt F40 Fluorescent Lamps”, IEEE Transactions on
Industry Applications, Vol. 25, Nº 6 , Novembro / Dezembro, 1989, pp. 1049-1059.
[13] C. Licitra; L. Malesani; G. Spiazzi; P. Tenti; A. Testa. “Single-Ended Soft-Switching
Electronic Ballast with Unity Power Factor“, IEEE Transactions on Industry
Applications, vol. 29, nº 2, Março/Abril, 1993, pp. 382-387.
[14] T. –F. Wu; M. –C. Chiang; E. –B. Chang. “Analysis and Design of a High Power Factor,
Single –Stage Electronic Ballast with Dimming Feature“, IEEE APEC 97, 1997, pp.
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Sodium Lamp”, TENCON 99. Proceedings of the IEEE Region 10 Conference, Volume:
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[16] C. Brañas; F. J. Azcondo; S. Bracho. “Electronic Ballast for HPS Lamps with Dimming
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[17] Dos Reis, F. S.; TONKOSKI JÚNIOR, Reinaldo; MARTINAZZO, Felipe; SUZUKI,
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EBP”, 7th Brazilian Power Electronics Conference, 2003, Fortaleza -CE - Brazil. 7th
Brazilian Power Electronics Conference - COBEP2003, 2003.
[18] WATANABE, E.H.; ALVES, J.E.R Jr; BALTHAZAR, M.Q.F. “Harmonic Analysis Of
Solid-State Watt-Hour Metering”: Preliminary Investigation, Ceará, The 7th Brazilian
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[19] IRWIN, J. David Análise de Circuitos em Engenharia. 4º. Edição. São Paulo: MAKRON
Books , 2000.
[20] PROAKIS, J., SALEHI, M., “Communication Systems Engineering”, Prentice and Hall,
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[21] O’NEAL, J. B., “The Residential Power Circuit as a Communications Medium”, IEEE
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[22] MAURMANN, J. J., LIMA, J. C. M. Automação Residencial. Porto Alegre, 2001.
Trabalho de Integração de Curso – Departamento de Engenharia Elétrica, Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
[23] Philips, “Home automation modem TDA5051A”. http://www.philips.com
[24] Analog Devices, Inc., ADuC812: Microconverter, Multichannel 12-Bit ADC with
Embedded Flash MCU Data Sheet, http://www.analog.com
[25] Analog Devices, Inc., Fundamentals of Sampled Data Systems, AN-282,
http://www.analog.com
[26] Dallas Semiconductor, 64x8 Serial Real-Time Clock DS1307
[27] Analog Devices, Inc., MicroConverter® QuickStart Development Tools,
http://www.analog.com
[28] NBR5123, Associação Brasileira de Normas Técnicas
[29] J Romkey, Slip Protocol Specification, http://www.freesoft.org
12. ANEXOS.
Em anexo estão os artigos publicados, a saber:
Abstract - This paper presents a preliminary study that crescimento do consumo de energia levaram o País a
concerns about programmable electronic ballast uma situação bastante delicada. O crescimento
working at high switching frequency, for public lighting econômico do País permitiu uma maior participação
systems using high-pressure sodium lamps. The future no PIB Brasileiro da indústria eletroeletrônica, cujo
implementation of this prototype will allow changing faturamento atingiu R$ 56,2 bilhões em 2001, com
the conventional ballast, the ignitors, the capacitors and
crescimento de 11% na comparação com o ano 2000
the photocell usually used with high-pressure sodium
lamps. The ballast under study should have a high (R$ 50,6 bilhões) afirmou o presidente da Abinee,
power factor and will permit to create a remote control Carlos de Paiva Lopes durante a FIEE (Feira
from a central station, the power consumption Internacional da Indústria Elétrica) Elétrica 2002.
monitoring for billing, the lighting dimming, with
different power levels. A figura 1, representa o faturamento da indústria
eletroeletrônica, entre os anos de 1994 e 2000, cujo
I. INTRODUÇÃO comportamento tem sido de franco crescimento.
trabalho" da lâmpada. utilizando quartzo; base: uma base metálica do tipo rosca, suporta a
Eletrodos: dois eletrodos principais atuam como lâmpada no soquete e faz a conexão elétrica ao
terminais de descarga em arco. Eles são feitos em circuito elétrico; reator: todas as lâmpadas HID
espirais de tungstênio, recobertos com óxidos de requerem reator externo para acionar e regular a
terras raras, para facilitar a emissão de elétrons corrente, com exceção da Lâmpada Mista.
O tubo de descarga de uma lâmpada de sódio de auxiliar, ligado entre a rede e a lâmpada de
alta pressão contém excesso de sódio, para dar descarga, com a finalidade de limitar sua corrente
condições de saturação do vapor quando a lâmpada quando se aplica tensão, caso contrário, a lâmpada
está funcionando, e para permitir absorção interna se destruiria rapidamente, devido a sua
na superfície. Também é usado um excesso de característica de apresentar uma resistência
mercúrio para proporcionar um gás de proteção, e o negativa conforme pode ser observado na Figura 3.
xenon é incluído sob baixa pressão para facilitar a
ignição e limitar a condução do calor do arco de
descarga da parede do bulbo. O tubo de descarga,
feito de óxido de alumínio sinterizado, para resistir
a intensa atividade química do vapor de sódio à
temperatura de operação de 700º C, é colocado num
invólucro de vidro duro á vácuo.
eletrônicos são os mais estudados atualmente Existem circuitos que utilizam técnicas de
devido à facilidade de obter circuitos com alto fator integração de conversores que visam aumentar a
de potência e alta eficiência. Para que se obtenha confiabilidade e diminuir o custo de implementação
uma perfeita compreensão do funcionamento dos do reator eletrônico.
reatores eletrônicos será necessário conhecer as
funções dos diversos blocos que compõem um Os reatores eletrônicos são basicamente
reator eletrônico, bem como as características de constituídos por um circuito retificador e um
funcionamento das lâmpadas de alta pressão de circuito inversor [4]. O diagrama de blocos da
vapor de sódio em altas freqüências. A obtenção de Figura 4 representa as principais blocos que
um alto fator de potência em reatores eletrônicos, constituem um reator eletrônico.
envolve a utilização dos Prerreguladores do Fator
de Potência (PFP).
Onde: (1) Entrada da rede 110/220 VCA 60/50 Hz.; (2) Circuito retificador de onda; (3) Conversor (CC/CC); (4)
Circuito inversor; (5) Filtro.
III. TOPOLOGIA DE POTÊNCIA EMPREGADA corrente; estes, embora simples e robustos, são
muito volumosos e caros. Desse modo, surgiu a
Devido aos problemas causadas pelas cargas não- idéia de desenvolver uma nova família de
lineares, a comunidade científica da Eletrônica de conversores estáticos (prerreguladores de fator de
Potência propôs varias técnicas para combater a potência - PFP), tal que a injeção de harmônicos de
poluição harmônica, elevar o fator de potência e corrente, a circulação de reativos e a interferência
melhorar a qualidade da energia elétrica. Uma das eletromagnética seriam minimizados a partir da
principais propostas consiste no emprego de filtros colocação de um conversor (o prerregulador), entre
passivos e/ou ativos para filtrar as harmônicas de a ponte retificadora e o conversor CC-CC ou reator
eletrônico (Figura 5).
Nos últimos cinco anos apareceram muitas operando no modo continuo e um circuito inversor
topologias de prerreguladores para a correção do em meia ponte representado na figura 6.Estas etapas
fator de potência. O que se tornou mais popular foi garantirão ao reator características como alto fator
o conversor Elevador (Boost), que é muito de potência, praticamente unitário e nível de ruído
conhecido e utilizado em larga escala no meio EMI e RFI dentro dos limites estabelecidos pelas
industrial. normas internacionais.
M1
V2
C1 L1
V1
M2
C2 R1
V3
538
Potencia na Lampada
400
200
Tensao na Lampada
-190
660.9us 680.0us 700.0us 720.0us 740.0us 760.0us 780.0us
V(U1:2) -I(R1)*V(U1:2)
Time
O estudo de um produto industrial com [1] Chr. Meyer, Discharge Lamps, Philips
características inovadoras é proposto neste trabalho Techinical Library 1988.
o qual permitirá uma expressiva redução no [2] J.R. Coaton, Lamps and Lighting, fourth edition,
consumo de energia gasto em iluminação pública. A Arnold 1997.
redução no consumo de energia pode ser obtida com [3] T. Suzuki, M.C. Silva, V. M. Canalli, F.B.
o controle do fluxo luminoso individualizado, o Líbano e F. S. Dos Reis, Electronic Ballast For
acionamento das lâmpadas em horários pré- Fluorescent Lamps, INDUSCON 2000, Porto
determinados ou em determinadas condições de Alegre, Brasil, Nov. 2000
luminosidade e a interrupção programada das [4] Ivo Barbi - Eletrônica de Potência, Edição do
lâmpadas segundo algum critério pré-estabelecido. O Autor - Florianópolis - 1997. patricia@inep.ufsc.br
desenvolvimento e a futura implementação deste [5] Bum Suk Kang and Hee Jun Kim, High Power
protótipo em escala industrial permitirá substituir o Factor Electronic Ballast for high pressure sodium
reator convencional, o ignitor, o capacitor e a lamp, IEEE Technical Conference, TENCON,
fotocélula necessários para o acionamento deste tipo Cheju, Korea, Sep., 1999.
de lâmpada, trazendo inúmeras vantagens, como alto [6] A Power Line Communication Tutorial –
fator de potência e a dimerização. Com a Challengs and Technologies – Echelon Corporation
implementação da interface de comunicação, o 1998.
acionamento e controle das lâmpadas de forma http://www.echelon.com/Products/Transceivers/PL
individualizada torna-se possível. TPresentations/pwrlinetutoral.pdf
http://www.fiee.com.br/
http://www.power.inf.br/edicao_mensal/el_GTD_e_
destaque_013.htm
A MONITORING AND CONTROL SYSTEM FOR HID LAMPS
Dos Reis, F. S., Lima, J. C., Rodriguez, L. W., Martinez, F., Martino, M. G. B.,
Goodish, L. A., Sarmanho, U.A.S., Danas, C. G.
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre, RS – Brasil CEP: 90619-900
f.dosreis@ieee.org
Abstract – This paper will present the study and The objective of this work is to describe the
implementation of a control and supervision system implementation of a control and supervision
for electronic ballast of high intensity discharge (HID) system for electronic ballast of high intensity
lamps used in public illumination. This system makes discharge (HID) lamps. These lamps are widely
possible to supervise the state and to control all used in public illumination. This system makes
functions of an electronic ballast remotely, allowing:
possible to supervise the state and to control all
dimming, report fails in the system, power
consumption measurement, control of power flow,
functions of an electronic ballast remotely,
time schedule, electronic ballast protection against allowing: dimming, report fails in the system,
damages, inrush current protection for the PFP and power consumption measurement, and control of
minimize the acoustic resonant phenomenon in the power flow, timing, electronic ballast protection
HID lamps. A communication network was against damages, and inrush current protection for
implemented using modems connected in the power the PFP and minimize the acoustic resonant
line (Power Line Carrier – PLC), allowing the phenomenon. This system allows reducing the
communication between electronic ballasts. A protocol energy consumption spent in public illumination,
for this communication was proposed and by an individual control of dimming and timing
implemented. schedule for all lamps. The system also makes
possible to minimize the costs with logistic in the
KEYWORDS
control of the public illumination system. For this
implementation, a communication between master
PLC, electronic ballasts, communication network.
ballast and slave ballasts is necessary, allowing to
program and to control all lamps. This
communication was implemented using PLC
I. INTRODUCTION
modems that minimize the system implementation
costs.
Brazil faced a serious energy crisis in 2001,
manly, by the lack of investments to allow the
II.THE HID LAMPS
energy matrix diversification and to extend the
energy distribution systems. Also contributed to
The HID (High Intensity Discharge) lamps [1] has
aggravate the energy problem, the economic
an architecture as "a lamp inside another lamp", for
growth in this period, which increases the demand
which the arc pipe is suspended inside of an external
for energy. Many corrective actions were taken to
bulb. The HID lamps radiate energy on a great part
mitigate this serious problem. The government was
of the visible spectrum [2]. These lamps provide a
forced to implement an energy rationing, which
good color reproduction (it has IRC 23 color
consisted in overtaxing or even cutting energy
reproduction index) and are widely used in public
supply from consumers which exceeds the prefixed
illumination. They are available up to 130 lm/W of
energy quotes. One solution founded by city halls
luminous efficiency and temperature color of 2100
during the rationing, was the reduction of the
K, approximately.
energy demand spent in public illumination.
The HID lamps as other electric discharge lamps
Implanted in many cities, the action consisted in
need ballast to operate correctly. The Ballast is an
turn on only half of the total lamps, in random
auxiliary equipment linked between the power line
form. But this solution should not be implemented
and the discharge lamp. The Ballast has two main
in all zones of a town, for security guard and
functions: guarantees the ignition of the lamp
illumination quality reasons.
through the application of a high voltage pulse
592
between the lamp electrodes and limits the current III. THE ILLUMINATION SYSTEM
that will circulate through it. The lamp would be
quickly destroyed without current limitation, due the The illumination system is represented in Fig. 1.
negative resistance characteristic of the lamp. The This system has master ballast and diverse remote
ballast can be of two types: electromagnetic or slave ballasts connected through a communication
electronic. network. The communication between these units is
made using a modem connected directly in the power
line.
593
environment luminosity, a zero crossing circuit standards [6] the lamps turn on when the luminosity
detector - that will be used for inrush current level is between 3 and 20 LUX and turn off when the
protection, a soft start circuit - for the Power Factor environment light level was 1.2 to 4 times the turn on
Pre-Regulator (PFP), a modem PLC for level, until 80 LUX maximum luminosity level. In
communication between the central ballast and the this project, the lamp turn on when the environment
slave ballasts, a real time clock (RTC) – for current luminosity is under 15 LUX and turn off when the
measure and to schedule all functions of the ballast, environment luminosity is above 60 LUX, being, this
used to determine the energy consumption and, a way, according with NBR5123 Brazilian standards.
optical isolate circuit, for make the control of a half- A power line zero detector was implemented
bridge inverter used in the ballast. The Fig 3 has because it was necessary to develop a soft start to
shown the master ballast block diagram of the electronic ballast PFP. This mechanism slowly
considered system. charge the output PFP capacitor, avoiding a peak
current that takes a diodes super sizing and a possible
burning of these.
The electronic ballast consists of a tuned LCC
filter that is drived by a half bridge inverter. The
inverter drive control signal is generated by a digital
PLL (Phase Locked Loop) implemented in an Altera
EPM7064 FPGA that allows the variation of
frequency and duty cycle. Changing the programmed
signal sent to the FPGA, we could obtain the lamp
dimming, reducing the power consumption. To avoid
acoustic resonance is an important topic discussed
between research community. With this system is
possible to study different control strategies for
minimizing of this phenomenon.
The proposed electronic ballast has new functions
Figure 3- Master ballast block diagram. in relation with the commercial ones. They can
communicate with a remote master, without the need
A RTC (Real Time Clock) was adding in the of an additional cabling, using the PLC modem. The
project to allow to drive lamps in preprogrammed implemented modem is based on Philips TDA 5051
hours and to make possible electrical rates. The RTC IC, and allows the management system to program
DS1307 (Maxxim) was chosen in this and to collect information of the ballast. In this
implementation. This choice was made verifying the implementation, the master is a local master, which
characteristics of the existing components and its is responsible for the communication with all the
costs. Moreover, this RTC has a 56 bytes NVRAM, electronic ballasts of a certain region, allowing to
automatic power-fail detecting and switch circuit, evaluate the defects in the ballasts, to have the access
consumption less then 500nAhr using a battery to the power consumption, verify the state of the
backup, that allows the retention of the stored data lamp and to make the dimmer and send the collected
for more then 10 years in the total absence of power, data through a RF connection for a general master
using only one lithium battery with 48mAhr. The where these data can be stored for posterior
NVRAM (Non Volatile Random Access Memory) in processing. The general master can program the local
this CI is used to keep on the information of power master in order to allow modifying the illumination
consumption eliminating an external EEPROM in one determined region without affect the behavior
memory. on the other areas. We can then resume the
In this system was added a photocell in order to characteristics of this ballast as:
determine the environment luminosity conditions.
The photocell produces an analogical signal that is • Possibility of electrical rates;
measured by an internal A/D converter of the • Dimming;
AduC812 that will convert into a digital luminosity • Fail lamp and ballast check;
measure. In according with NBR5123 Brazilian
594
• To check the lamp state (turned on or turned
off);
• Communication between ballast;
• Remote control;
595
the igniter, the capacitor and the photocell for the REFERENCES
drive of this lamps, bringing innumerable
advantages as remote control, checkup the circuit [1] Chr. Meyer, Discharge Lamps, Philips
state, measure the power consumption, high power Techinical Library 1988.
factor, dimming and individualize drive control of [2] J.R. Coaton, Lamps and Lighting, fourth
the lamps become possible. edition, Arnold 1997.
[3] NBR5123 – Relé Fotoelétrico e Tomada para
ACKNOWLEDGEMENTS Iluminação – Especificação e Método de Ensaio,
ABNT, Abr. 1998.
The authors wants to thanks CEEE “Companhia [4] Bum Suk Kang and Hee Jun Kim, High Power
Estadual de Energia Elétrica” and CNPq Factor Electronic Ballast for high pressure sodium
“Conselho Nacional de Desenvolvimento lamp, IEEE Technical Conference, TENCON,
Científico e Técnológico” to the financial support Cheju, Korea, Sep., 1999.
given which made possible the realization of this
project.
596
ELECTRONIC BALLAST PLATFORM - EBP
Dos Reis, F. S.; Lima, J. C.; Tonkoski Jr., R.; Dantas, C. G.; Suzuki, T.; Martinazzo, F.; Godinho, L. A.
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Av. Ipiranga, 6681 – CEP: 90619-900 – Porto Alegre – RS– Brasil
f.dosreis@ieee.org
Abstract – In this paper will be reported the world, like [1], [2], [3] and [4], have dedicated their efforts
implementation of a flexible platform to study electronic to the development of new topologies and new control
ballasts systems. The platform is a microcontrolled and techniques for different kinds of discharge lamps.
FPGA-based system and was developed to generate
command signals to the half bridge inverter. A specific Most of magnetic ballast manufacturers had to develop
hardware using FPGA was developed to generate the electronic ballasts for discharge lamps to guarantee their
switches signals command. This hardware is responsible survival in business because the consumers started to
for the autonomous frequency generation (in FM mode) demand more and more this type of product. Also it
and pulse width (PW) both are easily programmed by simplifies the production line, which has expressive physical
software, setting free the microcontroller for others reduction and productivity increase in relation the line that
applications. This platform may be programmed using a produces the conventional ballasts. Now, the challenges for
personal computer which give us a high level of industries are the reduction of production costs, the reduction
flexibility, allowing the study of different ballasts of converter size, unitary power factor and null harmonic
topologies, power filters, new control and dimmer distortion which implies in a substantial improvement of
techniques, as well as, acoustic resonance effect on high energy quality consumed by ballasts. Here in Brazil, the
intensity discharge (HID) lamps. Finally, experimental development of electronic ballasts for HID lamps is being
results will be presented for a 250 W electronic ballast made by a few groups of researchers. However in a close
for a high-pressure sodium (HPS) lamp, however this future, these ballasts will be in the production lines of main
platform may be used for any kind of discharge lamps. national manufacturers.
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Positive Resistance This platform can be used with push-pull, bridge and half-
bridge inverter. For this paper a half-bridge inverter was
implemented.
Lamp
Negative Resistance
Current ELECTRONIC BALLAST PLATFORM
Line
µµController
Controller
&& Optocoupler
FPGA
FPGA
Figure 3. EBP block diagram.
613
Figure 4. Input window of the developed PC program interface.
Tuning Fin
Sdat Word Fin * n
µC Serial Digital Fout =
Sclk Serial
Load 216
Interface PLL
Interface
Scom
Variable
Duty Cycle Frequency
φ
PWM Out Adjustable To
Load PWM Digital φ Drive
Dead Time Circuit
The digital PLL is presented in figure 7. This circuit needs the programmed duty cycle; afterwards it is already obtained
two tuning words to work properly. These words are the signal with desired frequency and duty cycle.
received from the µC, which refer to the duty cycle and Subsequently, the signal is dead time adjusted with the phase
frequency programming. The digital PLL circuit generates a and its contra phase. This dead time was digitally
square wave obtained from a high frequency reference implemented.
signal. Using the technique of frequency synthesis [7] based
on a digital PLL implementation is obtained the desired Phase Accumulator
n⋅ F
Fout = 16in
Load
2 (1) Clock
Reference
614
II. DRIVER AND POWER CIRCUIT guaranteeing the high voltage generation for the lamp
ignition and limiting the peak current at the MOSFET to
The EBP was developed to work with the most significant acceptable levels. If it was adopted to work at resonance ω0
power inverters topologies like push-pull, half-bridge and = ωs in theory we would have the possibility of an infinite
bridge. voltage generation over the lamp which could be good for a
N-Bits quickly lamp turn on. On the other hand the current also
fin Counter would rise to infinity because the fact that the impedance of
the circuit formed by L, Cs and Cp before the turn on of the
A PWM Out lamp is null. This operation mode will result in the
Comparator A>B MOSFET’s, driver’s and optocoupler destruction.
B L Cs
Duty Cicle
Word
Duty Cicle
Load Ve Cp R
Register
VCC 14
U1
7
Consequently, we can say that, after lamp ignition, the
equivalent circuit is showed in figure 12.
14 HO
9 6
VDD VB
2 10 5 VCC
HIN VS
11 3
SD VCC
L Cs
1
12 2
LIN COM
13 1
VSS LO
2
IR2110
Ve R
1
III. DESIGN EXAMPLE For the circuit showed in figure 12, considering the
voltage Ve an asymmetrical square wave (from E to 0 V). It
To verify the EBP performance a LCC electronic ballast is easy to obtain the peak value Vm of the first harmonic
for a 250 W HPS lamp was built. The implemented PFP is a from Fourier series. The equation 4 has shown this value:
Boost converter working in the boundary conditions between
continuous conduction mode and discontinuous conduction 2E
mode. Therefore, it works in FM mode; the PFP has a Vm =
π (4)
universal input from 100 to 240 V and supplies 250 W at its
400 V output. For the implementation of the LCC ballast it
was chosen a 68 kHz switching frequency. As we can see in After lamp ignition the ballast must guaranty that RMS
the lamp’s manufacturer records, the nominal voltage for this voltage over the lamp do not overcome the nominal value.
lamp is 100 VRMS, for the project of the LCC ballast it was The peak lamp voltage Vl can be obtained using the well
added 10 % because the loses effect and the power voltage known voltage divider for the circuit shown in figure 12, the
comes from the output of the PFP therefore it is 400 VDC. equation 5 presents this result:
Assuming the resistive comportment of the lamp, we can
estimate the value of its resistance after ignition using R (5)
Vl = ⋅ Vm
equation 2. Z
Vl 2
R= ≅ 40Ω (2) The impedance of the circuit can be calculated with
P
equation 6. To facilitate the design of the LCC filter an
impedance abacus was elaborated and the result is shown in
As it was indicated in the reference [2], the best
figure 13. This abacus presents the relationship between the
relationship between the switching frequency and the
Z/R for a fixed operation frequency ω0/ωs = 3, having the
resonance frequency before the lamp turn on is ω0/ ωs = 3,
615
quality factor Ql and the capacitor relationship factor defined R
as A=Cp/Cs as design parameters. L= ≅ 220µH (11)
ω0 ⋅ Ql
ω 2 1 ω ω o A
(1 + A)1 − + j In the case of the capacitors, we have that:
ω Q ω − ω . 1 + A Ql ,
Z
C= (12)
(Ql , A) =
o l o
ω0 ⋅ R
R ω
1 + jQl (1 + A) C ⋅ (1 + A) (13)
ωo Cs =
A
≅ 57 nF
(6) and
4
C P = A ⋅ C s ≅ 2,9nF (14)
Z Ql ,
1
10 IV. EXPERIMENTAL RESULTS
3
Z Ql ,
1
15
Z Ql ,
1
1
30
GS( Ql)
0
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35
Ql
Figure 13. – Impedance graphic varying Ql for different values of A.
Where,
R (7)
Ql = ω o RC =
ωo L
,
CS CP
C=
CS + CP (8)
and,
CP
A=
CS (9)
Z 2⋅ E 2 ⋅ 400
= = 1,637 (10)
R π ⋅ 2 ⋅ Vl π ⋅ 2 ⋅ 110 Figure 14. – Inverter driver signal in different frequencies.
616
elements that may have its values changed by many different V. CONCLUSION
reasons like temperature variation, life time and assembling
factors. In this way, the EBP system avoids this problem by This paper described a flexible platform implementation
making that ignition frequency variable around the nominal using a microcontroller and FPGA based circuit system able
value, in this case 68 kHz. to generate command signals for the ballast switches. This
In figure 15 is showed the voltage and current in the lamp platform allows easy control of the parameters variation,
where it can be observed its resistive characteristic. In figure making possible the creation of new and more efficient
16 is showed the achieved 250 W lamp power consumption. control strategies for electronic ballasts. The present platform
allows the study of the control strategies influences in lamps
lifetime, in new dimming techniques implementation, in
avoiding acoustic resonance and in color reproduction
alterations. The EBP presents a high power factor and works
properly from 100 to 240 V. The experimental results
obtained were satisfactory.
ACKNOWLEDGEMENTS
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