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INSTALAÇÕES

ELÉTRICAS PREDIAIS
PARA FUTUROS TÉCNICOS EM ELETROTÉCNICA

 CONTATORES
 DIMMER
 DISJUNTOR
 DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS ATMOSFÉRICOS – DPS
 DISPOSITIVO DIFERENCIAL RESIDUAL-DR
 EMENDAS
 FUSÍVEIS
 ILUMINAÇÃO
 INTERRUPTOR AUTOMÁTICO POR SENSOR DE PRESENÇA
 INTERRUPTORES
 MINUTERIA
 NORMAS E INFORMAÇÕES
 PARTIDA DE MOTORES MONOFÁSICOS
 PARTIDA DE MOTORES TRIFÁSICOS
 RELÉ DE IMPULSO
 RELÉ FOTO-ELÉTRICO
 SIMBOLOGIA ELÉTRICA
 SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO DE ENERGIA

Antônio Tadeu de Brito


 SISTEMAS DE ATERRAMENTO
 TOMADAS ELÉTRICAS

1ª Edição-2016
1
SUMÁRIO
ANTÔNIO TADEU DE BRITO
Técnico em Eletrotécnica
Engenheiro Eletricista
Especialista em Sistemas Elétricos Industriais
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ - UTFPR

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS


PARA FUTUROS TÉCNICOS EM ELETROTÉCNICA

1ª EDIÇÃO
2016
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SUMÁRIO

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

Prefácio

Este trabalho é fruto de um desejo antigo de poder disponibilizar um pouco do


conhecimento adquirido durante a minha formação acadêmica e experiência prática para a
sociedade.

Procuro trazer a você, futuro técnico, o conteúdo teórico para que possa interpretar e
entender o funcionamento e proceder a instalação dos principais componentes utilizados na
instalação elétrica predial.

Os textos e desenhos foram retirados de apostilas, livros, revistas, catálogos e sítios da


internet. A formatação desta obra busca o formato original das apostilas estudadas no antigo
Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná, atual UTFPR, durante a minha formação
no curso técnico. Aquelas apostilas eram verdadeiras obras de arte, tanto que algumas delas
depois foram aperfeiçoadas e depois publicadas como livros.

É importante salientar que esta publicação não possui qualquer cunho comercial e não
pode ser vendida.

Grande abraço e bom aprendizado.

Antônio Tadeu de Brito


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SUMÁRIO
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

SUMÁRIO
SUMÁRIO ............................................................................................................................................... 6
1 NORMAS E INFORMAÇÕES ....................................................................................................... 16
1.1 DISPOSIÇÕES GERAIS ....................................................................................................... 16
1.2 MATERIAL NECESSÁRIO PARA O AMBIENTE ESCOLAR ................................................. 16
1.3 DATAS DAS PROVAS/AVALIAÇÕES ................................................................................ 16
1.4 METODOLOGIA................................................................................................................. 16
2 GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ................................................................................ 18
2.1 OBJETIVO ........................................................................................................................... 18
2.2 AVALIAÇÃO ...................................................................................................................... 18
2.3 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 18
2.4 FORMAS DE GERAÇÃO DE ENERGIA ............................................................................. 18
2.4.1 Energia Hidrelétrica ........................................................................................ 19
2.4.2 Energia Eólica ................................................................................................. 20
2.4.3 Energia termelétrica ...................................................................................... 21
2.4.4 Energia de Biomassa...................................................................................... 22
2.4.5 Biogás ............................................................................................................... 22
2.4.6 Energia Nuclear .............................................................................................. 23
2.4.7 Como funciona uma usina nuclear? .......................................................... 24
2.4.8 Energia Geotérmica ...................................................................................... 27
2.4.9 Energia Fotovoltaica ...................................................................................... 28
3 SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO DE ENERGIA............................................................................... 29
3.1 OBJETIVO ........................................................................................................................... 29
3.2 AVALIAÇÃO ...................................................................................................................... 29
3.3 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 29
3.4 A ORIGEM DA CORRENTE ALTERNADA ......................................................................... 29
3.5 A CORRENTE ALTERNADA ................................................................................................ 30
3.6 UM POUQUINHO DE MATEMÁTICA ................................................................................ 31
3.7 SISTEMA TRIFÁSICO DE ALIMENTAÇÃO .......................................................................... 32
3.7.1 Configurações de circuitos trifásicos .......................................................... 33
3.8 REDES DE DISTRIBUIÇÃO................................................................................................... 39
3.9 TENSÕES PADRONIZADAS ................................................................................................ 39
3.10 ATIVIDADE .......................................................................................................................... 40
SUMÁRIO

3.10.1 Questões de concurso ............................................................................... 44


4 FERRAMENTAS ............................................................................................................................. 45
4.1 OBJETIVO ........................................................................................................................... 45
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4.2 AVALIAÇÃO ...................................................................................................................... 45


4.3 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 45
4.4 QUALIDADE DAS FERRAMENTAS ..................................................................................... 45
4.5 DISPOSIÇÃO DO FERRAMENTAL ..................................................................................... 45
4.6 CONSERVAÇÃO DE FERRAMENTAS ............................................................................... 46
4.7 DESCRIÇÃO TÉCNICA DAS FERRAMENTAS PRINCIPAIS ............................................... 46
4.7.1 Normas de Segurança .................................................................................. 46
4.7.2 Equipamentos de proteção individual ....................................................... 47
4.7.3 Alicates............................................................................................................. 49
4.7.4 Craves .............................................................................................................. 53
4.7.5 Chave fixa ou de boca ................................................................................. 54
4.7.6 Chave estrela.................................................................................................. 55
4.7.7 Chave combinada estrela/boca ................................................................ 55
4.7.8 Chave canhão ............................................................................................... 56
4.7.9 Chave Soquete .............................................................................................. 56
4.7.10 Torquímetro .................................................................................................. 59
4.7.11 Chave de Grifo ........................................................................................... 60
4.7.12 Chave Inglesa ............................................................................................. 60
4.7.13 Martelo.......................................................................................................... 60
4.7.14 Arco de Serra ............................................................................................... 62
4.7.15 Brocas ........................................................................................................... 64
4.7.16 Punção ......................................................................................................... 65
4.7.17 Talhadeiras ................................................................................................... 66
4.7.18 Saca-polias .................................................................................................. 67
4.7.19 Lima ............................................................................................................... 67
4.7.20 Esmeril............................................................................................................ 70
4.7.21 Tesoura .......................................................................................................... 70
4.7.22 Guilhotina ..................................................................................................... 71
4.7.23 Maçarico a Gás .......................................................................................... 71
4.7.24 Ferro de Solda ............................................................................................. 71
4.7.25 Compassos ................................................................................................... 72
4.7.26 Canivete ....................................................................................................... 73
4.7.27 Tarraxa .......................................................................................................... 73
4.7.28 Soprador Térmico ........................................................................................ 75
4.7.29 Mola de curvar tubo interna ..................................................................... 76
SUMÁRIO

4.8 PAQUÍMETRO ..................................................................................................................... 77


4.8.1 Elementos do paquímetro ............................................................................ 77
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4.8.2 Tipos de paquímetros .................................................................................... 78


4.8.3 Aplicações usuais do paquímetro............................................................... 78
4.8.4 Micrômetro ...................................................................................................... 79
4.9 ATIVIDADES ........................................................................................................................ 80
4.9.1 Questionário .................................................................................................... 80
5 O SISTEMA DE ATERRAMENTO ................................................................................................... 89
5.1 OBJETIVO ........................................................................................................................... 89
5.2 AVALIAÇÃO ...................................................................................................................... 89
5.3 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 89
5.4 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 89
5.4.1 Definições ........................................................................................................ 89
5.4.2 Esquemas de aterramento padronizado ................................................... 89
5.4.3 DSI – Dispositivo de Proteção do Isolação ................................................. 93
5.5 SEÇÃO MÍNIMA DOS CONDUTORES DE PROTEÇÃO ................................................. 100
5.6 ATIVIDADES ...................................................................................................................... 100
5.7 QUESTÕES DE CONCURSO PÚBLICO ............................................................................ 102
6 SIMBOLOGIA ELÉTRICA ............................................................................................................ 105
6.1 OBJETIVO ......................................................................................................................... 105
6.2 AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 105
6.3 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................. 105
6.4 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 105
6.5 SIMBOLOGIA ................................................................................................................... 105
6.5.1 Tubulação e fiação ..................................................................................... 106
6.5.2 Quadros de Distribuição ............................................................................. 107
6.5.3 Interruptores .................................................................................................. 107
6.5.4 Luminárias, Refletores e Lâmpadas........................................................... 108
6.5.5 Tomadas ........................................................................................................ 109
6.5.6 Transformadores e motores ........................................................................ 110
6.6 DIAGRAMA MULTIFILAR .................................................................................................. 110
6.7 DIAGRAMA UNIFILAR ...................................................................................................... 111
6.8 QUESTIONÁRIO................................................................................................................ 111
6.9 QUESTÕES DE CONCURSO PÚBLICO ............................................................................ 114
7 EMENDAS ................................................................................................................................... 117
7.1 OBJETIVO ......................................................................................................................... 117
SUMÁRIO

7.2 AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 117


7.3 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................. 117

8
7.4 EMENDAS ......................................................................................................................... 117

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7.4.1 Materiais utilizados numa emenda ........................................................... 117


7.4.2 Pasta para solda (Fluxo) .............................................................................. 121
7.5 A MAGESTADE, SRA. EMENDA ...................................................................................... 122
7.5.1 Cabos rígidos ................................................................................................ 123
7.5.2 Cabos Flexíveis .............................................................................................. 127
7.5.3 Cabo Flexível X Cabo Rígido...................................................................... 131
7.6 ATIVIDADE ........................................................................................................................ 136
8 TOMADAS ELÉTRICAS ............................................................................................................... 139
8.1 OBJETIVO ......................................................................................................................... 139
8.2 AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 139
8.3 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................. 139
8.4 NORMATIZAÇÃO ............................................................................................................ 139
8.5 PADRÃO DE LIGAÇÃO................................................................................................... 140
8.6 DIMENSIONAMENTO ....................................................................................................... 142
8.6.1 Número de pontos de tomada ................................................................. 142
8.6.2 Exemplo ......................................................................................................... 143
8.7 QUESTÕES DE CONCURSO ............................................................................................ 144
9 ILUMINAÇÃO............................................................................................................................. 146
9.1 OBJETIVO ......................................................................................................................... 146
9.2 AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 146
9.3 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................. 146
9.4 TEMPERATURA DA COR.................................................................................................. 146
9.5 TIPOS DE LÂMPADA ........................................................................................................ 147
9.5.1 Introdução ..................................................................................................... 147
9.5.2 Lâmpadas Incandescentes Comuns ........................................................ 148
9.5.3 Lâmpadas Incandescentes Halógenas ................................................... 150
9.5.4 Lâmpadas Fluorescentes ............................................................................ 151
9.5.5 Lâmpadas Fluorescentes Compactas...................................................... 157
9.5.6 Lâmpadas de Luz Mista ............................................................................... 159
9.5.7 Lâmpadas de Vapor de Mercúrio ............................................................ 160
9.5.8 Lâmpada de Vapor Metálico .................................................................... 162
9.5.9 Lâmpadas de Vapor de Sódio .................................................................. 164
9.5.10 Lâmpadas de LED ..................................................................................... 166
9.5.11 Comparação entre os diversos tipos de lâmpadas ........................... 172
SUMÁRIO

9.5.12 Reatores ...................................................................................................... 172


9.6 DIMENSIONAMENTO DA ILUMINAÇÃO ........................................................................ 176
9.7 ATIVIDADES ...................................................................................................................... 176
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9.7.1 QUESTÕES DE CONCURSO PÚBLICO .......................................................... 179


10 INTERRUPTORES ......................................................................................................................... 182
10.1 OBJETIVO ......................................................................................................................... 182
10.2 AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 182
10.3 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................. 182
10.4 INTERRUPTOR SIMPLES..................................................................................................... 182
10.5 INTERRUPTOR PARALELO ................................................................................................ 183
10.6 INTERRUPTOR INTERMEDIÁRIO ....................................................................................... 184
10.7 Exercícios complementares ......................................................................................... 186
10.8 QUESTÕES DE concurso público................................................................................... 189
11 FUSÍVEIS ...................................................................................................................................... 192
11.1 OBJETIVO ......................................................................................................................... 192
11.2 AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 192
11.3 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................. 192
11.4 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 192
11.5 NOÇÃO GERAL DE FUSÍVEIS .......................................................................................... 192
11.6 DIMENSIONAMENTO DE FUSÍVEIS .................................................................................. 193
11.7 CARACTERÍSTICAS .......................................................................................................... 193
11.8 TIPOS DE FUSÍVEIS ............................................................................................................ 194
11.8.1 Fusíveis NH .................................................................................................. 194
11.8.2 Fusíveis DIAZED........................................................................................... 195
11.8.3 Fusíveis NEOZED ......................................................................................... 197
11.8.4 Fusíveis SITOR .............................................................................................. 198
11.8.5 Fusíveis SILIZED ............................................................................................ 198
11.8.6 Fusíveis MINIZED ......................................................................................... 199
11.8.7 Fusíveis CILINDRICOS ................................................................................ 199
11.8.8 Fusíveis ELOS ............................................................................................... 200
11.8.9 Escolha do fusível ...................................................................................... 201
ATIVIDADES ....................................................................................................................................... 201
12 DISJUNTOR ................................................................................................................................. 203
12.1 OBJETIVO ......................................................................................................................... 203
12.2 AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 203
12.3 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................. 203
12.4 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 203
SUMÁRIO

12.5 DADOS TÉCNICOS .......................................................................................................... 204


12.5.1 Disjuntores de baixa tensão .................................................................... 204

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12.5.2 Disjuntores de Alta Tensão ....................................................................... 206


12.5.3 Classificações ............................................................................................ 207
12.5.4 Partes constituintes do disjuntor.............................................................. 210
12.5.5 Conclusão .................................................................................................. 210
12.6 DIMENSIONAMENTO ....................................................................................................... 210
12.6.1 Manobra de circuitos de corrente contínua ....................................... 212
12.6.2 Capacidade de interrupção .................................................................. 212
12.7 REPRESENTAÇÃO DE DISJUNTORES .............................................................................. 213
12.8 ATIVIDADES ...................................................................................................................... 214
12.9 QUESTÕES DE CONCURSO PÚBLICO ............................................................................ 215
13 INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL - DR ............................................................................ 217
13.1 OBJETIVO ......................................................................................................................... 217
13.2 AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 217
13.3 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................. 217
13.4 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 217
13.4.1 Obrigatoriedade da instalação de DR ................................................. 218
13.4.2 Características básicas ............................................................................ 218
13.4.3 Tipos de dispositivo DR (Tipo AC, A e B) ................................................ 218
13.5 DISPOSITIVO DR OU INTERRUPTOR DR .......................................................................... 219
13.6 DISJUNTOR DR ................................................................................................................. 219
13.7 MÓDULO DR .................................................................................................................... 220
13.8 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO ................................................................................. 220
13.8.1 Princípio de proteção das pessoas ....................................................... 222
13.9 INSTALAÇÃO ................................................................................................................... 223
13.9.1 Esquemas de ligações básicas quanto ao número de polos ........... 224
13.9.2 Esquema de ligação básico quanto ao esquema de aterramento225
13.10 ESCOLHER O TIPO DE DISPOSITIVOS DR ................................................................... 226
13.11 PARA LOCALIZAÇÃO DE DEFEITOS ........................................................................... 227
13.12 VERIFICAÇÃO DA ATUAÇÃO DE DISPOSITIVOS A CORRENTE DIFERENCIAL-
RESIDUAL (DISPOSITIVOS DR) .................................................................................................... 228
13.12.1 Método 1 .................................................................................................... 228
13.12.2 Método 2 .................................................................................................... 229
13.12.3 Método 3 .................................................................................................... 229
13.12.4 Como montar os quadros de distribuição............................................ 230
SUMÁRIO

13.13 REPRESENTAÇÃO DO IDR POR MEIO DE DIAGRAMAS ........................................... 232


13.13.1 Diagrama Unifilar do IDR .......................................................................... 232
13.13.2 Diagrama Multifilar do IDR....................................................................... 233
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13.14 ALGUMAS PERGUNTAS FREQUENTES ........................................................................ 233


13.15 ATIVIDADES .................................................................................................................. 235
13.16 QUESTÕES DE CONCURSO ........................................................................................ 235
14 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS ATMOSFERICOS – DPS ............................ 237
14.1 OBJETIVO ......................................................................................................................... 237
14.2 AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 237
14.3 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................. 237
14.4 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 237
14.5 CAUSAS DAS SOBRETENSÕES TRANSITÓRIAS ............................................................... 237
14.6 CONCEITO DE PROTEÇÃO ............................................................................................ 238
14.7 CONCEITOS ..................................................................................................................... 239
14.8 FUNCIONAMENTO .......................................................................................................... 242
14.9 FORMA DE INSTALAÇÃO ............................................................................................... 243
14.9.1 Regra dos 50 cm ....................................................................................... 243
14.9.2 Superfície em anel dos condutores ....................................................... 244
14.9.3 Roteamento de cabos “limpos” e "poluídos” ...................................... 244
14.10 CARACTERÍSTICAS ....................................................................................................... 245
14.10.1 Classe de Proteção .................................................................................. 245
14.11 ESCOLHENDO O DPS .................................................................................................. 245
14.12 DIMENSIONAMENTO ................................................................................................... 246
14.13 ATIVIDADES .................................................................................................................. 246
14.14 Questões de Concurso Público ................................................................................ 249
15 DIMMER ..................................................................................................................................... 250
15.1 OBJETIVO ......................................................................................................................... 250
15.2 AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 250
15.3 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................. 250
15.4 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 250
15.5 FUNCIONAMENTO .......................................................................................................... 250
15.6 COMO INSTALAR O DIMMER......................................................................................... 251
15.7 ATIVIDADES ...................................................................................................................... 252
16 INTERRUPTOR AUTOMÁTICO POR SENSOR DE PRESENÇA ................................................... 255
16.1 OBJETIVO ......................................................................................................................... 255
16.2 AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 255
16.3 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................. 255
SUMÁRIO

16.4 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 255


16.5 TIPOS DE SENSOR ............................................................................................................ 257

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16.5.1 Sensores Passivos ....................................................................................... 257


16.5.2 Sensores Ativos .......................................................................................... 259
16.6 INSTALAÇÃO ................................................................................................................... 259
16.7 ATIVIDADES ...................................................................................................................... 260
17 MINUTERIA ................................................................................................................................. 263
17.1 OBJETIVO ......................................................................................................................... 263
17.2 AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 263
17.3 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................. 263
17.4 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 263
17.4.1 Sistema coletivo ........................................................................................ 263
17.4.2 Sistema individual...................................................................................... 264
17.5 NOTAS .............................................................................................................................. 265
17.6 INSTALAÇÃO DE INTERRUPTOR DE MINUTERIA COM LÂMPADA............................... 265
17.6.1 Minuteria Coletiva..................................................................................... 265
17.6.2 Minuteria individual................................................................................... 266
17.7 ATIVIDADES ...................................................................................................................... 266
18 RELÉ FOTO ELÉTRICO ................................................................................................................ 271
18.1 OBJETIVO ......................................................................................................................... 271
18.2 AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 271
18.3 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................. 271
18.4 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 271
18.5 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DOS RELÉS FOTOELÉTRICOS ................................. 271
18.5.1 O LDR .......................................................................................................... 272
18.5.2 Relé Térmico .............................................................................................. 272
18.5.3 Relé Magnético ......................................................................................... 272
18.5.4 Relé Eletrônico ........................................................................................... 273
18.6 O EFEITO FOTOELÉTRICO ................................................................................................ 274
18.7 ATIVIDADES ...................................................................................................................... 275
19 LIGAÇÃO DE RELÉS DE IMPULSO ............................................................................................ 279
19.1 OBJETIVO ......................................................................................................................... 279
19.2 AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 279
19.3 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................. 279
19.4 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 279
19.4.1 Aplicação do relé de impulso ................................................................ 279
SUMÁRIO

19.5 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO ................................................................................. 281


19.5.1 Relé de Impulso Eletromecânico ........................................................... 281

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19.5.2 Relé de Impulso Eletrônico ...................................................................... 283

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19.5.3 Esquemas de Ligação.............................................................................. 284


19.5.4 Relé de impulso da Merlin Gerin ............................................................ 285
19.5.5 Relé de Impulso Finder ............................................................................. 286
19.6 ATIVIDADES ...................................................................................................................... 287
20 CONTATORES ............................................................................................................................ 289
20.1 OBJETIVO ......................................................................................................................... 289
20.2 AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 289
20.3 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................. 289
20.4 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 289
20.5 FUNCIONAMENTO .......................................................................................................... 291
20.6 RELÉ TÉRMICO ................................................................................................................. 292
21 PARTIDA DE MOTORES MONOFÁSICOS ................................................................................ 295
21.1 OBJETIVO ......................................................................................................................... 295
21.2 AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 295
21.3 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................. 295
21.4 INTRODUÇÃO MOTOR MONOFÁSICO ........................................................................ 295
21.5 TIPOS DE MOTORES MONOFÁSICOS ............................................................................ 295
21.5.1 Motor universal .......................................................................................... 295
21.5.2 Motor de Indução..................................................................................... 296
21.5.3 Motor Monofásico..................................................................................... 297
21.5.4 Ligação do Motor Monofásico ............................................................... 298
21.5.5 Processo para localizar o enrolamento auxiliar ................................... 299
21.5.6 Partida de Motor Monofásico ................................................................. 299
22 PARTIDA DE MOTORES TRIFÁSICOS ........................................................................................ 304
22.1 OBJETIVO ......................................................................................................................... 304
22.2 AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 304
22.3 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................. 304
22.4 MOTOR TRIFÁSICO .......................................................................................................... 304
22.4.1 Campo girante do motor de indução trifásico ................................... 304
22.4.2 Tipos de Ligação de um motor de indução trifásico ......................... 307
22.4.3 Partida direta de motor trifásico manual.............................................. 307
22.4.4 Partida direta de motor trifásico a contator ........................................ 308
22.4.5 Ligação Estrela-Triângulo ......................................................................... 309
22.4.6 Outros esquemas de ligação ................................................................. 311
SUMÁRIO

23 ENTRADA DE SERVIÇO ............................................................................................................. 312


23.1 OBJETIVO ......................................................................................................................... 312

14
23.2 AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 312

Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016


INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

23.3 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................. 312


23.4 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 312
23.5 TABELAS DE DIMENSIONAMENTO ................................................................................. 312
23.5.1 Condições Gerais de Fornecimento ..................................................... 312
23.5.2 Classifcação dos Tipos de Fornecimento ............................................. 312
23.5.3 Tabelas para padronização da entrada de serviço .......................... 312
23.5.4 Definições ................................................................................................... 316
23.5.5 Medição em parede, muro ou mureta - Entrada de energia
subterrânea ................................................................................................................ 319
23.5.6 Medição em parede, muro ou mureta - Entrada de energia
subterrânea ................................................................................................................ 320
23.5.7 Entrada de energia com medição em parede (vista frontal).......... 321
23.5.8 Medição com instalação embutida em parede e ramal entrada em
pontalete .................................................................................................................... 322
23.5.9 Especificação dos cabos ........................................................................ 335
23.5.10 Cabo isolado de cobre ........................................................................... 337
23.5.11 Haste de aterramento ............................................................................. 339
23.5.12 Disjuntores................................................................................................... 340
23.6 ATIVDADE ........................................................................................................................ 341
ÍNDICE DE FIGURAS .......................................................................................................................... 344
ÍNDICE DE TABELAS ........................................................................................................................... 349
SUMÁRIO

15
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

1 NORMAS E INFORMAÇÕES

1.1 DISPOSIÇÕES GERAIS


Para o perfeito aprendizado, algumas premissas devem ser seguidas:

 O acesso aos laboratórios onde ocorrerão experimentos práticos só pode ocorrer


desde que o (a) aluno (a) esteja trajado de calça comprida, sapato fechado,
camisa.
 A calça e a camisa não podem ser de material sintético;
 Recomenda-se, quando disponível, a utilização de guarda-pó;
 É obrigatório, no caso do (a) aluno (a) possuir cabelo grande, que o mesmo esteja
preso;
 Pulseiras e correntes que não estejam protegidos por baixo das roupas devem ser
retirados;
 As montagens só podem ser iniciadas após a constatação de que não haja
energia no circuito onde será executada a montagem;
 Os experimentos só podem ser energizados após a autorização do professor;
 O professor pode, a qualquer momento, solicitar que o(a) aluno(a) se retire do
ambiente de sala, caso julgue que a segurança do(a) aluno(a) e a de outros
esteja em risco.
 O capricho, limpeza, organização e planejamento das atividades fazem parte da
avaliação.

1.2 MATERIAL NECESSÁRIO PARA O AMBIENTE ESCOLAR


Recomenda-se a utilização dos seguintes materiais:

 Gabarito que permita a elaboração dos diagramas elétricos;


 Régua;
 Escalímetro;
 Lapiseira 0,7 com grafite 2B ou Lápis 2B;
 Lapiseira 0,5 com grafite HB ou Lapis HB
 Lapiseira 0,3 com grafite 2H ou Lápis 2H;
 Borracha;
 Calculadora científica.

1.3 DATAS DAS PROVAS/AVALIAÇÕES


Data Atividade Nota
NORMAS E INFORMAÇÕES

1.4 METODOLOGIA
Este material didático é dividido em capítulos que contém assuntos específicos que

16
são pré-requisitos para o módulo seguinte. Os módulos possuem o conteúdo teórico para

Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016


INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

que o(a) aluno(a) seja devidamente capacitado(a) e posteriormente avaliado(a) na


disciplina.

Pensando em uma formação complementar, as respostas são pautadas,


obedecendo-se uma formatação para que o futuro técnico exercite a sua grafia,
deixando-a mais entendível e técnica.

Para que o conteúdo seja assimilado, além da participação ativa em sala de aula,
o aluno deve executar leituras complementares sobre os assuntos aqui tratados bem
como resolver todas as questões propostas.
NORMAS E INFORMAÇÕES

17
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

2 GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA

2.1 OBJETIVO
Ao final deste módulo o aluno deverá estará capacitado para entender e explicar
as diferentes maneiras de geração de energia.

2.2 AVALIAÇÃO
Prova escrita teórica onde o(a) aluno(a) deverá demonstrar o conhecimento
adquirido.

2.3 BIBLIOGRAFIA
● http://www.educacao.cc/ambiental/tipos-de-energias-hidreletrica-eolica-nuclear-
solar-termica-etc/ - em 14/11/2015

●http://www.eletronuclear.gov.br/Saibamais/Espa%C3%A7odoConhecimento/Pesquisaes
colar/EnergiaNuclear.aspx - em 14/11/2015

●http://.furnas.com.br/hotsites/sistemafurnas/usina_term_funciona.asp - em 14/11/2015

●PENA, Rodolfo F. Alves. "Energia termoelétrica"; Brasil Escola. Disponível em


<http://www.brasilescola.com/geografia/energia-termoeletrica.htm>. Acesso em 14 de
novembro de 2015.

●http://www.ccee.org.br/portal/faces/pages_publico/onde-
atuamos/fontes?_afrLoop=2601736068225837#%40%3F_afrLoop%3D2601736068225837%26
_adf.ctrl-state%3Dldugyiudn_4 – em 14/11/2015

2.4 FORMAS DE GERAÇÃO DE ENERGIA


A energia movimenta o mundo e dela as empresas dependem para a produção,
comercialização e distribuição de seus produtos, seja no Brasil, nos Estados Unidos, na
China ou qualquer outra parte da terra. Também as pessoas dependem da energia em
suas residências, no trabalho e outros meios de convívio social. Por fim os países
dependem da energia para movimentar suas economias e criar produtos competitivos

GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA


no mundo globalizado. Mas quais os tipos de energia e como podemos classificá-las?
Veja abaixo os principais tipos

18
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

2.4.1 Energia Hidrelétrica

FIGURA 1 - USINA HIDRELÉTRICA

A energia hidrelétrica é aquela que é gerada em uma usina hidrelétrica e tem


como fonte de produção a força da água em movimento. Para a sua obtenção são
necessários os passos abaixo:
Primeiro é necessário a construção de enormes barragens que são criadas sob o
leito de um rio com a finalidade de represar a água;
Á água que corria livremente pelo leito do rio agora começa a ficar contida pela
barragem e inicia a formação de um grande reservatório;
Enormes turbinas são instaladas nas barragens com certo desnível, permitindo que
a água que passa pela barragem caia com enorme força sobre as turbinas que são
movimentas transformando a energia potencial em energia mecânica;
A energia mecânica gerada nas turbinas é captada por um gerador de
eletricidade que a transforma em energia elétrica;
A última parte do processo é a transmissão da energia que ocorre por meio das
redes de transmissão de alta tensão. Quando chega ao seu destino a energia é
transformada em baixa tensão para as residências e comércios e em média tensão para
GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA

as indústrias.
A grande maioria da energia gerada e consumida no Brasil é hidrelétrica, isto
ocorre pelo enorme potencial hidrelétrico que o país tem. A abundância de rios e os
longos percursos desses permitiram a construção de inúmeras usinas hidrelétricas por
aqui. A grande vantagem da energia hidrelétrica é que ela limpa, ou seja, não é
poluente o que contribui para o equilíbrio ambiental.
Para saber mais, acesso ao link abaixo:

Link para o youtube


https://www.youtube.com/watch?v=1QDosHWmRcM

19
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

2.4.2 Energia Eólica

FIGURA 2 - PARQUE EÓLICO

A energia eólica é talvez a bola da vez, isto é, ela está na moda, assim como a
energia solar (ver abaixo). Esta energia é produzida usando a força dos ventos para
movimentar enormes aero-geradores que são conectados a turbinas para a geração da
energia elétrica. Assim coo outras energias, a eólica também é limpa e renovável o que
a torna muito atraente para os dias atuais.
Para a sua produção são necessários a instalação dos aero-geradores em locais
com abundância de ventos, tanto em volume como em regularidade, ou seja, não
basta ter ventos fontes é preciso que eles sejam constantes. A velocidade dos ventos
precisa ser superior a 3,6 m/s.
Assim como a energia hidrelétrica, o Brasil tem um grande potencial para a
produção de energia eólica, visto que há regiões onde a presença dos ventos favorece
a instalação de parques eólicos. Neste cenário destacam-se os estados do Rio Grande
do Norte e Ceará, ambos na região nordeste do país. Atualmente os principais parques
eólicos do Brasil são:
 Complexo eólico Alto Sertão I no estado da Bahia
 Parque eólico de Osório no Rio Grande do Sul
 Usina de Energia Eólica de Praia Formosa no Ceará

GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA


 Complexo Eólico Hermenegildo litoral do Rio Grande do Sul
 Para saber mais, acesso ao link abaixo:

Link para o youtube

https://www.youtube.com/watch?v=2JgC4A7L2PE

https://www.youtube.com/watch?v=9hMXFi8YB4k

https://www.youtube.com/watch?v=OnKGbiAPRQQ

20
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

2.4.3 Energia termelétrica1


Energia termoelétrica é toda e qualquer energia produzida por uma central cujo
funcionamento ocorre a partir da geração de calor resultante da queima de
combustíveis sólidos, líquidos ou gasosos. Os principais combustíveis utilizados nas usinas
termoelétricas são o carvão mineral, a nafta, o petróleo, o gás natural e, em alguns
casos, a biomassa.
O funcionamento de uma usina termoelétrica – também chamada de usina
térmica – ocorre da seguinte forma: a queima do combustível propicia o aquecimento
de água armazenada no reservatório, o que forma um vapor, que, por sua vez, é
direcionado para as turbinas do gerador responsável pela produção de eletricidade.
Confira o esquema a seguir:

FIGURA 3 -ESQUEMA ILUSTRATIVO DO FUNCIONAMENTO BÁSICO DE UMA TERMOELÉTRICA

Em geral, as fontes de energia utilizadas pelas termoelétricas não são renováveis,


sendo a maioria de origem fóssil, o que eleva a preocupação sobre a disponibilidade
desses recursos a médio e longo prazo. Além disso, questiona-se também a geração de
poluentes para a produção de energia termoelétrica, que emite uma grande
quantidade de dióxido de carbono (CO2) para a atmosfera.
GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA

O carvão mineral é muito utilizado pelas termoelétricas, uma vez que essa é a
fonte mais abundante de energia e possui custos menos elevados. Além disso, as usinas
ocupam uma área pequena e possuem um nível de produtividade quase duas vezes
maior do que o das hidrelétricas, por exemplo. Por outro lado, os seus custos de
construção são elevados, o que aumenta, por sua vez, o preço médio da energia para o
consumidor.
É interessante observar que as usinas nucleares também são exemplos de geração
de energia termoelétrica, pois nelas as reações nucleares são realizadas no intuito de
aquecer a água e produzir vapor para, assim, gerar energia.
Outra consideração a ser feita a respeito das usinas termoelétricas é sobre o elevado
consumo de água por elas realizado, o que gera novas críticas a essa forma de

1
Este capítulo foi escrito por Por Rodolfo Alves Pena e o endereço para este item está citado na

21 bibliografia.

Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016


INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

produção de energia. Utiliza-se água tanto para a produção de calor quanto para
alimentar o sistema de refrigeração de suas turbinas, de modo que a escassez desse
recurso pode tornar-se também um problema energético.
As usinas termoelétricas constituem a principal forma de produção de eletricidade
no mundo atualmente, representando cerca de 70% da produção mundial. Elas são
amplamente utilizadas pelos países desenvolvidos, o que acirra os debates nas
conferências internacionais sobre recursos naturais e meio ambiente. No Brasil, onde o
uso é predominantemente de usinas hidroelétricas, as termoelétricas atuam para
abastecer as indústrias e também como fontes de reserva em casos de crise energética.
Mesmo assim, elas não ultrapassam os 7,5% da produção nacional de eletricidade, e esse
número só é alcançado quando todas as usinas estão em funcionamento no país.
2.4.4 Energia de Biomassa
Biomassa é a massa total de organismos vivos numa área. Esta massa constitui uma
importante reserva de energia, pois é formada essencialmente por hidratos de carbono.
Do ponto de vista energético, para fins de outorga de empreendimentos do setor
elétrico, biomassa é todo recurso renovável oriundo de matéria orgânica (de origem
animal ou vegetal) que pode ser utilizada na produção de energia.
Uma das principais vantagens da biomassa é que, embora de eficiência inferior à
de outras fontes, seu aproveitamento pode ser feito diretamente, por meio da
combustão em fornos e caldeiras, por exemplo.
Para aumentar a eficiência do processo e reduzir impactos socioambientais, tem-
se desenvolvido tecnologias de conversão mais eficientes, como a gaseificação e a
pirólise – decomposição térmica de materiais contendo carbono, na ausência de
oxigênio. Também é comum a co-geração em sistemas que utilizam a biomassa como
fonte energética.
No Brasil, a imensidão das regiões tropicais e chuvosas oferece excelentes
condições para a produção e o uso energético da biomassa em larga escala, com
grande potencial no setor de geração de energia elétrica.
No restante do país, a produção de madeira, em forma de lenha, carvão vegetal
ou toras, também gera grande quantidade de resíduos que podem igualmente ser

GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA


aproveitados na geração de energia elétrica. No entanto, o recurso de maior potencial
para geração de energia elétrico no país é o bagaço da cana-de-açúcar.
O setor sucroalcooleiro gera grande quantidade de resíduos, que pode ser
aproveitada na geração de eletricidade, principalmente em sistemas de co-geração.
Ao contrário da produção de madeira, o cultivo e o beneficiamento da cana são
realizados em grandes e contínuas extensões, e o aproveitamento de resíduos (bagaço,
palha, vinhoto etc.) é facilitado pela centralização dos processos de produção.
Em média, cada tonelada de cana processada requer cerca de 12 kWh de
energia elétrica, o que pode ser gerado pelos próprios resíduos da cana. Os custos de
geração já são competitivos com os do sistema convencional de suprimento, o que
possibilita a autossuficiência do setor em termos de suprimento energético, por meio da
co-geração.

2.4.5 Biogás
O biogás é obtido a partir da biomassa contida em dejetos (urbanos, industriais e
agropecuários) e em esgotos, que passa naturalmente do estado sólido para o gasoso
22
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

por meio da ação de microorganismos que decompõem a matéria orgânica em um


ambiente anaeróbico conforme apresentado na Figura 4.

FIGURA 4 - EXEMPLO DE FORMA DE REAPROVEITAMENTO DE BIOGÁS

Neste caso, o biogás é lançado à atmosfera e passa a contribuir para o


aquecimento global, uma vez que é composto por metano (CH4), dióxido de carbono
(CO2), nitrogênio (N2), hidrogênio (H2), oxigênio (O2) e gás sulfídrico(H2S). A utilização do
lixo para produção de energia permite o uso deste gás, além da redução do volume
dos dejetos em estado sólido. A geração de energia por esta fonte permite a redução
dos gases causadores do efeito estufa e contribui para o combate à poluição do solo e
dos lençóis freáticos.
Existem três rotas tecnológicas para a utilização do lixo como fonte energética.
Uma delas, a mais simples e disseminada, é a combustão direta dos resíduos sólidos.
Outra é a gaseificação por meio da termoquímica (produção de calor por meio de
reações químicas).
Finalmente, a terceira (e mais utilizada para a produção do biogás) é a
reprodução do processo natural em que a ação de microorganismos em um ambiente
GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA

anaeróbico produz a decomposição da matéria orgânica e, em consequência, a


emissão do biogás.
No Brasil, apesar do enorme potencial, ainda são poucas as usinas termelétricas
movidas a biogás em operação.
No final de 2009, a Aneel regulamentou a geração a partir do biogás e sua
comercialização. Pela Resolução Normativa no 390/2009, qualquer distribuidora de
energia elétrica pode fazer chamadas públicas para comprar eletricidade produzida por
biodigestores. Seguindo as exigências da Aneel em relação à qualidade da energia, os
produtores poderão enviar a eletricidade para a linha de distribuição, em vez de
somente consumir.

2.4.6 Energia Nuclear


Os átomos de alguns elementos químicos apresentam a propriedade de, apartir
de reações nucleares, transformar massa em energia. Esse princípio foi demonstrado por
Albert Einstein. O processo ocorre espontaneamente em alguns elementos, porém em
outros precisa ser provocado através de técnicas específicas.
23
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

FIGURA 5 - REPRESENTAÇÃO DO NÚCLEO DO ÁTOMO

Existem duas formas de aproveitar essa energia para a produção de eletricidade:


A fissão nuclear, onde o núcleo atômico se divide em duas ou mais partículas, e a fusão
nuclear, na qual dois ou mais núcleos se unem para produzir um novo elemento.
A fissão do átomo de urânio é a principal técnica empregada para a geração de
eletricidade em usinas nucleares. É usada em mais de 400 centrais nucleares em todo o
mundo, principalmente em países como a França, Japão, Estados Unidos, Alemanha,
Suécia, Espanha, China, Rússia, Coréia do Sul, Paquistão e Índia, entre outros.
Segundo a WNA (Associação Nuclear Mundial, da sigla em Inglês), hoje, 14% da
energia elétrica no mundo, é gerada através de fonte nuclear e este percentual tende a
crescer com a construção de novas usinas, principalmente nos países em
desenvolvimento (China, Índia, etc.). Os Estados Unidos, que possuem o maior parque
nuclear do planeta, com 104 usinas em operação, estão ampliando a capacidade de
geração e aumentando a vida útil de várias de suas centrais. França, com 58 reatores, e
Japão, com 50, também são grandes produtores de energia nuclear, seguidos por Rússia
(33) e Coréia do Sul (21).
A maior vantagem ambiental da geração elétrica através de usinas nucleares é a
não utilização de combustíveis fósseis, evitando o lançamento na atmosfera dos gases
responsáveis pelo aumento do aquecimento global e outros produtos tóxicos. Usinas
nucleares ocupam áreas relativamente pequenas, podem ser instaladas próximas aos
centros consumidores e não dependem de fatores climáticos (chuva, vento, etc.) para o
seu funcionamento.
Além disso, o urânio utilizado em usinas nucleares é um combustível de baixo
custo, uma vez que as quantidades mundiais exploráveis são muito grandes e não

GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA


oferecem risco de escassez em médio prazo.
Pesquisas de opinião realizadas na Europa, nos Estados Unidos e na Ásia
demonstram que a população aceita a construção de novas usinas nucleares e a
substituição de plantas antigas por novas.
Ambientalistas prestigiados como James Lovelock (autor da “Teoria de Gaia”) e e
Patrick Moore (fundador do Green Peace) são unânimes em declarar que não se pode
abdicar da energia nuclear se pretendemos reduzir os riscos do aquecimento global e de
todos os problemas relacionados a ele.

2.4.7 Como funciona uma usina nuclear?


A fissão dos átomos de urânio dentro das varetas do elemento combustível
aquece a água que passa pelo reator a uma temperatura de 320 graus Celsius. Para que
não entre em ebulição – o que ocorreria normalmente aos 100 graus Celsius, esta água é
mantida sob uma pressão 157 vezes maior que a pressão atmosférica.

24
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

O gerador de vapor realiza uma troca de calor entre as águas deste primeiro
circuito e a do circuito secundário, que são independentes entre si. Com essa troca de
calor, a água do circuito secundário se transforma em vapor e movimenta a turbina - a
uma velocidade de 1.800 rpm - que, por sua vez, aciona o gerador elétrico.
Esse vapor, depois de mover a turbina, passa por um condensador, onde é
refrigerado pela água do mar, trazida por um terceiro circuito independente. A
existência desses três circuitos impede o contato da água que passa pelo reator com as
demais.
Uma usina nuclear oferece elevado grau de proteção, pois funciona com sistemas
de segurança redundantes e independentes (quando somente um é necessário).

FIGURA 6 - CICLO DE FUNCIONAMENTO DO PROCESSO DE GERAÇÃO NUCLEAR

Quer saber mais de como corre o processo da geração nuclear, acesso ao link a seguir.

Link para o youtube


https://www.youtube.com/watch?v=eWV1JVrR_oU
GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA

Conheça mais na WEB

Energia Nuclear : www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/energia.pdf


História da Energia Nuclear : www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/historia.pdf
Outras Aplicações Nucleares : www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/aplica.pdf
Radioatividade : www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/radio.pdf
Radiações Ionizantes : www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/rad_ion.pdf

25
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

2.4.7.1 Energia Solar – Térmica e Fotovoltaica

FIGURA 7 - PAINÉIS PARA GERAÇÃO FOTO-VOLTAICA

O Sol é em si grande produtor de calor e potência, proporcionadas pela radiação


eletromagnética que ele libera, assim o Sol através de processos distintos é responsável
pela geração de dois tipos de energia elétrica, a energia térmica e a energia
fotovoltaica, entendamos como funciona cada processo e como cada uma é utilizada.
A energia térmica é gerada a partir de coletores solares que ao captar a energia
provinda do Sol transfere à água, utilizada geralmente em chuveiros elétricos, pois a
água é totalmente aquecida quando recebe a energia térmica. Já a energia
fotovoltaica, possui duas possíveis formas de ser coletadas, seja por lâminas ou por
painéis conhecidos por painéis fotovoltaicos, tanto um como o outro são compostos de
um material que possui capacidade de capturar a radiação liberada pelo sol e produzir
energia elétrica. A energia fotovoltaica possui mais um fator interessante, ela poder ser
utilizada diretamente ou então pode ser abrigada em baterias para ser utilizada quando
não houver sol.
A grande vantagem da energia provinda do sol, térmica ou fotovoltaica, é que é
uma energia limpa, isto é, não ocasiona a poluição, alem de dispensar a utilização da
turbinas e geradores, no entanto, o custo para a realização desses processos ainda
encontram-se elevados.

GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA


Link para o youtube

https://www.youtube.com/watch?v=Y-JcNXugAKU

Conheça mais na WEB

http://www.idec.org.br/biblioteca/mcs_energia.pdf

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fontes-alternativas-de-
energia/fontes-alternativas-de-energia.php

2.4.7.2 Energia Solar Concentrada


Sistema de concentração de energia solar (CSP)(Figura 8) usam lentes ou espelhos
e sistemas de rastreamento para focar uma grande área de luz solar em uma pequena

26
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

viga. O calor concentrado é então usado como uma fonte de calor para uma central
de energia convencional.
Existe atualmente uma vasta gama de tecnologias de concentração da luz solar,
as mais desenvolvidas são as calhas parabólicas, o refletor linear, o prato Stirling e a torre
de energia solar. Várias técnicas são usadas para rastrear o Sol e focalizar a sua luz. Em
todos estes sistemas, um fluido de trabalho (líquido que torna a máquina mais precisa) é
aquecido pela luz solar concentrada e é então utilizado para geração de energia ou
armazenamento de energia.

FIGURA 8 - USINA DE CONCENTRAÇÃO SOLAR

A maior usina solar térmica do mundo, que usa sistemas de concentração de energia
solar, é a Usina de Ivanpah, no deserto de Mojave, na Califórnia, há 64 quilômetros da
cidade de Las Vegas. O complexo tem uma capacidade bruta de produzir 392 MW.

2.4.8 Energia Geotérmica


A Energia geotérmica ou energia geotermal (geo: terra; térmica: calor) é a energia
obtida a partir do calor proveniente do interior da Terra.
O calor da terra existe numa parte por baixo da superfície do planeta, mas em
algumas partes está mais perto da superfície do que outras, o que torna mais fácil a sua
utilização.
Em certos locais, fazendo furos de apenas 100 metros é possível alcançar calor útil,
assim como existem zonas onde contém nascentes de água quente completamente
espontâneas. Mas na maior parte do mundo é necessário fazer furos de quilómetros de
profundidade para encontrar calor significativo. (Tipicamente na crosta terrestre o calor
GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA

aumenta 25º a 30º celsius por cada quilómetro de profundidade em direção ao centro
da terra.)
A energia geotérmica tem muitas aplicações práticas, pode servir para aquecer
habitações, piscinas, estufas de agricultura e Centrais geotérmicas para a produção de
energia elétrica.
Devido à necessidade de se obter energia elétrica de uma maneira mais limpa e em
quantidades cada vez maiores, existe um interesse renovado neste tipo de energia
pouco poluente.
Para que possamos entender como é aproveitada a energia do calor da Terra
devemos primeiramente entender como nosso planeta é constituído. A Terra é formada
por grandes placas, que nos mantém isolados do seu interior, no qual encontramos
o magma, que consiste basicamente em rochas derretidas. Com o aumento da
profundidade a temperatura dessas rochas aumenta cada vez mais, no entanto, há
zonas de intrusões magmáticas, onde a temperatura é muito maior. Essas são as zonas
onde há elevado potencial geotérmico.
27
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

Link para o youtube

https://www.youtube.com/watch?v=9ZkbaU8fg0g

2.4.9 Energia Fotovoltaica


Nas últimas duas décadas, a energia fotovoltaica evoluiu de um nicho de mercado
puro de aplicações de pequena escala para se tornar uma fonte de eletricidade
relevante. Uma célula solar é um dispositivo que converte a luz em energia elétrica
diretamente, através do uso do efeito fotoeléctrico. A primeira célula solar foi construída
por Charles Fritts na década de 1880. Em 1931, um engenheiro alemão, Dr. Bruno Lange,
desenvolveu uma célula fotovoltaica usando selenito de prata no lugar de óxido de
cobre.
Embora os protótipos das células de selênio convertessem menos de 1% da luz
incidente em eletricidade, tanto Ernst Werner von Siemens quanto James Clerk
Maxwell reconheceram a importância desta descoberta. Na sequência do trabalho
de Russell Ohl na década de 1940, os pesquisadores Gerald Pearson, Calvin Fuller e Daryl
Chapin criaram a célula solar de silício cristalino, em 1954. Estas primeiras células solares
custavam US$ 286/watt e alcançavam eficiências de 4,5-6 Até 2012 eficiências
disponíveis excediam 20%, sendo que o máximo de eficiência da energia fotovoltaica é
superior a 40%.
O maior complexo de energia fotovoltaica do mundo em funcionamento é a Solar
Star, uma usina solar de 579 MW localizada próxima de Rosamond, na Califórnia, Estados
Unidos. Foi inaugurada em junho de 2015. No entanto, quando o Parque Solar de
Charanka, no estado de Gujarate, na Índia, estiver em pleno funcionamento, ele irá se
tornar a maior usina fotovoltaica do planeta, com uma capacidade instalada de 600
MW.

GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA


FIGURA 9 - USINA FOTOVOLTAICA

A Estação solar fotovoltaica de Cariñena, província de Saragoça, Espanha tem os


painéis montados em dispositivos de rastreio de duplo eixo para maximizar a intensidade
da radiação incidente. Esta solução permite que os painéis acompanhem o sol durante
sua órbita diurna.

Quer saber como célula voltaica funciona, entre no link abaixo.

Link para o youtube

https://www.youtube.com/watch?v=bnBZjtTE_Bs

28
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

3 SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO DE ENERGIA

3.1 OBJETIVO
Ao final deste módulo o aluno deverá estar capacitado para entender e explicar as
formas e características dos sistemas de alimentação, mono, bi e trifásicos.

3.2 AVALIAÇÃO
Prova escrita teórica onde o(a) aluno(a) deverá demonstrar o conhecimento
adquirido.

3.3 BIBLIOGRAFIA
● NBR 5410 – Instalações em baixa tensão

3.4 A ORIGEM DA CORRENTE ALTERNADA


Os primeiros experimentos e aplicações com energia elétrica no final do século XIX
foram em corrente contínua. Todavia, para aplicações de maiores potências, a corrente
contínua se mostrou pouco aplicável naquela época, pois impossibilitaria a transmissão
de energia a grandes distâncias, uma vez que as fontes para produção de energia
estavam cada vez mais longe das cidades.
Atualmente, a energia chega à nossa casa após percorrer milhares de quilômetros.
A energia sai da fonte geradora [A], que pode ser eólica, solar, hidroelétrica,
térmica ou termonuclear. Todavia os níveis de tensão são considerados baixos para a
transmissão, então eles são elevados, por transformadores a níveis de 230, 500 e até
700kV. Estes locais onde as tensões são elevados são chamados de Subestações
elevadoras, após passarem pelas linhas de transmissão [B], os níveis de tensão serão
novamente rebaixados para os níveis de distribuição [C], à estas subestações damos o
nome de subestações abaixadoras que diminuem os níveis de tensão para níveis de
138kV, 69kV, 39kV ou 13,8kV.
Agora a energia está mais perto de nossas casas, está nas redes primárias de
13,8kV. Agora ele passará por pequenos transformadores [E] que irão reduzir as tensões
para 380/220V ou 220/127kV. Este fluxo está representado na Figura 10.
SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO DE ENERGIA

FIGURA 10 - CAMINHO DA ENERGIA ATÉ AS NOSSAS CASAS

29
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3.5 A CORRENTE ALTERNADA


Para o nosso caso, o sistema de transmissão utiliza a forma senoidal, conforme
representada na Figura 11. Os conceitos principais de uma forma de onda senoidal serão
apresentados à seguir.

FIGURA 11 - FORMA DE ONDA SENOIDAL

Valor de Pico: É o maior valor na forma de onda

Valor Eficaz: Em corrente contínua, a corrente I numa resistência R é constante e a


energia W nela dissipada num tempo t é dada por:

Em corrente alternada, a corrente varia ao longo do tempo. Define-se valor eficaz da


corrente como o valor que deveria ter uma corrente contínua para produzir na resistência
o mesmo efeito calorífico que produz a corrente alternada.

O valor da energia dissipada obtém-se de uma expressão semelhante à anterior


onde I é o valor eficaz.
Existe a seguinte relação entre o valor eficaz I da corrente e o seu valor máximo Imáx :

SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO DE ENERGIA


O conceito de valor eficaz generalizou-se para a tensão aplicada à resistência,
pois:

em que I é o valor eficaz da corrente e E o valor eficaz da tensão.

Valor de pico a pico: É o valor entre um pico e um vale da senoide.

Frequência: Número de ciclos por segundos.

Período da senóide: Equivale ao inverso da frequência.

Período de cada semi-ciclo: É a metade do período da senóide da frequência.


Ou seja: Em um circuito em que temos uma tensão eficaz de 220V, a tensão de pico é
de:

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FIGURA 12 –SENOIDE MONOFÁSICA

Para descobrir o valor instantâneo da tensão, basta adicionar o valor na fórmula:

Para o nosso exemplo, aplicando o valor máximo da tensão de 311,12 V na fórmula, o


valor instantâneo para o ângulo de 30° temos o valor instantâneo igual a

3.6 UM POUQUINHO DE MATEMÁTICA


Para a somatória de dois vetores conforme representado na Figura 13, a um ângulo
, a fórmula utilizada é:
SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO DE ENERGIA

FIGURA 13 - SOMATÓRIA DE VETORES

a 2  b 2  c 2  2  a  b  cos 
c

Onde:

a – é o valor resultante da soma entre os vetores b e c;

b e c – São os vetores que se deseja somar;

cos  - é o ângulo formado entre os vetores b e c;


c

Para facilitar nosso estudo futuro, vamos realizar algumas simplificações:

Vamos considerar que os valores de b e c são iguais, ou seja:

31
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bc X

Assim a nossa fórmula passa a ser:

a 2  X 2  X 2  2  X  X  cos 
c

Realizando as somas matemáticas teremos:

a 2  2  X 2  2  X 2  cos 
c
EQUAÇÃO 1
b

Guarde bem esta equação, pois a usaremos mais a frente:

3.7 SISTEMA TRIFÁSICO DE ALIMENTAÇÃO


O sistema trifásico de energia alternada é a principal forma de geração,
transmissão e distribuição de energia no mundo.

As formas mono e bifásicas acabam sendo derivadas da trifásica.

Alimentação trifásica é baseada em três formas de onda senoidais defasadas de


120º entre elas.

Desta forma temos algumas definições que devemos conceituar:

SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO DE ENERGIA


FIGURA 14 - DEFASAMENTO ENTRE ONDAS TRIFÁSICAS

Vetorialmente falando representa-se as tensões ou as correntes por vetores


defasados de 120°.
Vamos utilizar a representação vetorial para explicar dois conceitos novos, o valor
de linha e o valor de fase:
Quando trabalhamos com circuitos trifásicos, passamos ter dois tipos de tensões ou
correntes, o valor da grandeza de linha e o valor da grandeza de fase.
O valor da grandeza de linha é o valor entre duas linhas, já o valor da grandeza
de fase é o valor da grandeza efetivamente sobre a o elemento ou carga.

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3.7.1 Configurações de circuitos trifásicos


Para os circuitos trifásicos existem basicamente duas configurações, a
configuração em estrela e a configuração em triângulo, as quais serão detalhadas a
seguir:

FIGURA 15 - TIPOS DE LIGAÇÃO TRIFÁSICA ESTRELA E TRIÂNGULO

É importante ressaltar que os estudos que realizaremos a seguir são bastante


resumidos e servem apenas como base para o entendimento de um sistema trifásico.

3.7.1.1 Para o circuito em estrela


A configuração em estrela pode ser em estrela aterrada, ou seja, no ponto de
união dos componentes há um neutro ou um aterramento ou na configuração sem
aterramento ou neutro. Esta última é empregada para circuitos equilibrados, já para
circuitos desequilibrados, ou seja, que possuam potências diferentes há necessidade do
neutro, pois a sua ausência causa sérios desequilíbrios ao circuito.
SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO DE ENERGIA

FIGURA 16 - ESQUEMA DE CIRCUITO TRIFÁSICO EM ESTRELA OU Y

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Vc

Va

Vb

FIGURA 17 - REPRESENTAÇÃO VETORIAL DAS TENSÕES ENTRE OS ELEMENTOS, OU TENSÃO DE FASE

No diagrama vetorial representado na Figura 17 é possível verificar as tensões


sobre os elementos do circuito, ou seja, as tensões de fase Van, Vbn e Vcn.
Para obtermos os valores das tensões de linha, ou seja, as tensões Vab, Vbc e Vca, é
necessário relembramos que tensão é a diferença de potencial entre dois pontos, ou
seja:
Vab  Vb Va

Vbc Vc Vb

Vca Va Vc

Vab  Vb Va

SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO DE ENERGIA


Vamos representar no gráfico da

34
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Vc

Va

Vb -Vc

FIGURA 18 - REPRESENTAÇÃO DOS VETORES VA E –VC

É possível verificar então que o ângulo entre Va e –Vc é 60°, assim é possível ,
colocando os valores na Figura 18, considerando que Va e –Vc possuem o mesmo valor
em módulo, assim:

a=Vac

X=Va=-Vc

cos  = o ângulo formado entre Va e –Vc, neste caso é 60°.


c

Assim os valores são

Vca  2 Va  2  Va  cos60


SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO DE ENERGIA

2 2 2

Sabendo que o cosseno de 60° é 0,5

Vca  2 Va  2 Va  0,5


2 2 2

Tem-se:

Vca  2  Va  Va  3 Va
2 2 2 2

Como desejamos saber o valor de Vca, tiramos a raiz quadrada:

V ca  3  V a  3  V a
2 2

Vca  3  Va
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Sabendo então que as tensões Vab, Vbc e Vca serão iguais à tensão de linha VL e
que Va, Vb e Vc serão as tensões de fase VF, ou seja, a tensão entre os elementos,
podemos substituir então na equação

VL  3 VF

Efetuando a somatória vetorial Figura 19l pelo método gráfico do paralelogramo


temos a.

Vc

Va

Vca
Vb -Vc

FIGURA 19 - RESULTANTE DE VCA PELO MÉTODO DO PARALELOGRAMO

Analogamente, o mesmo raciocínio pode ser feito para as demais fases, ou seja,
num circuito em estrela.

VL  3 VF

A somatória completa, pelo método gráfico, é mostrada na Figura 20. SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO DE ENERGIA

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Vbc

Vc -Vb

-Va Va

Vca
Vab
Vb -Vc

FIGURA 20 - DIAGRAMA DE TENSÕES

Já para as correntes, analisando a Figura 21, é possível verificar que IL = IF


SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO DE ENERGIA

FIGURA 21 - CIRCUITO EM ESTRELA REPRESENTANDO A CIRCULAÇÃO AS CORRENTES

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3.7.1.1.1 Aplicação de Circuitos em Estrela


Os circuitos em estrela são empregados onde se deseja possuir dois níveis de
tensão, sem a necessidade de transformador, em nossas residências a alimentação é
realizada por um sistema estrela a 4 fios, ou seja, 3 fases e um neutro. Além disso, o
sistema em estrela proporciona a possibilidade de sensibilizar a proteção caso haja uma
fuga para terra, pois este passa a ser a referência zero.

3.7.1.2 Circuito em Triângulo ou Delta


Este tipo de arranjo, não permite que se tenha o neutro de forma natural como no
caso do esquema anterior, ele tem como vantagem de ser um filtro de harmônicos
natural.
A Figura 22 ilustra a ligação em triângulo também conhecida como ligação em
delta.

FIGURA 22 - REPRESENTAÇÃO DA LIGAÇÃO EM TRIÂNGULO OU DELTA

É possível verificar, a partir da Figura 23, as distribuições das tensões e correntes no


circuito, podemos verificar então que quanto às tensões, a tensão entre duas linhas e a
tensão entre os elementos são iguais, ou seja:

VL  VF

SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO DE ENERGIA

FIGURA 23 - REPRESENTAÇÃO DAS TENSÕES E CORRENTE EM UM CIRCUITO EM TRIÂNGULO

Já para as correntes, é possível verificar que a corrente de linha é dividida nos nós
da carga, ou seja Ica = Ia – Ic, o que nos leva à mesma analogia já utilizada no esquema
no esquema da ligação em estrela para as tensões. Desta forma:

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IL  3  IF

3.7.1.2.1 Aplicação de Circuitos em Delta ou Triângulo


Os circuitos em triângulo são empregados onde se deseja um sistema mais sólido de
tensão, sem a possibilidade de desequilíbrios. É empregado em sistemas de transmissão e
distribuição de energia.

3.8 REDES DE DISTRIBUIÇÃO


A rede de distribuição primária também alimenta os transformadores que estão
afixados nos postes cuja finalidade é reduzir a tensão a valores menores, por exemplo:
220/127V ou 380/2 20V para atender aos pequenos consumidores, que são a maioria nas
cidades.
É a chamada distribuição secundária.
A rede de distribuição secundária é formada por quatro fios, sendo que o primeiro
de cima para baixo é o neutro e, em seguida, vêm as fases. Os condutores são
separados sem isolação ou com isolação no caso de ruas arborizadas.
Para a identificação das fases e neutro são normalmente atribuídas letras ou
números:

 Fase - R – A - 1 – L1
 Fase - S - B - 2 – L2
 Fase - T - C - 3 – L3
 Neutro - N -O -0 – N

3.9 TENSÕES PADRONIZADAS


A rede de distribuição secundária pode apresentar variações de valores de tensão
em alguns estados e até mesmo em algumas cidades para a tensão entre fase e neutro
em um sistema trifásico a quatro fios (N + 3F).

Valores de tensão entre fase e neutro (monofásico a 2 fios)


SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO DE ENERGIA

Valores de tensão entre duas fases - 2F+ N (monofásico a 3 fios, chamado de bifásico):

Valores de tensão num sistema trifásico (3Φ)

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3.10 ATIVIDADE
1-Qual a relação entre a tensão de fase e de linha para um esquema em triângulo?

2-Qual a relação entre a corrente de fase e de linha para um esquema em triângulo?

3-Represente as tensões e correntes de fase e de linha no tipo de ligação triângulo:

SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO DE ENERGIA

4-Qual a relação entre a tensão de fase e de linha para um esquema em estrela?

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5-Qual a relação entre a corrente de fase e de linha para um esquema em estrela?

6-Represente as tensões e correntes de fase e de linha no tipo de ligação estrela:


SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO DE ENERGIA

7-Qual o defasamento angular entre as tensões trifásicas?

8-O que é valor eficaz de uma grandeza?

41
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

9-Qual valor é medido pelos instrumentos de medidas de grandezas elétricas?

10-Quais são as tensões padronizadas de distribuição na sua região?

11-Por que o emprego da energia elétrica alternada é mais amplamente utilizada em nossas
redes de geração, transmissão e distribuição em relação à energia em corrente contínua?

12 -Marque V para verdadeiro e F para falso nas afirmativas abaixo

a) ( ) Valor de pico é o menor valor em forma de onda senoidal.


b) ( ) O valor eficaz em corrente alternada, a corrente varia ao longo do tempo

SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO DE ENERGIA


c) ( ) Em sistema trifásico as fases estão defasadas em 120° entre elas.
d) ( ) A medição de tensão de linha é feita apos a carga.
e) ( ) Na ligação estrela o neutro é considerado como ponto de referencia zero.
f) ( ) De cima para baixo, fase, fase, fase e neutro é a seqüência correta na rede distribuição
secundaria de baixa tensão.
g) ( ) O valor de pico a pico é o valor entre um pico e um vale da senóide.
h) ( ) No esquema triângulo a corrente de linha é igual a corrente de fase.

13 – Associe a primeira questão com a segunda


1) Valor de pico
2) Valor eficaz
3) Em um circuito trifásico
4) Frequência
5) Período da senoide
6) No Brasil
7) Na ligação em triângulo
8) Na ligação em estrela

a) ( ) A frequência da rede de energia é 60HZ.

42
b) ( ) Número de ciclos por segundos.

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c) ( ) É o maior valor na forma da senoide.


d) ( ) As fases estão defasadas 120 graus.
e) ( ) Tensão de linha é igual a tensão de fase.
f ) ( ) Em corrente alternada varia ao longo do tempo
g) ( ) A tensão de linha é diferente da linha tensão de fase.
h) ( ) A rede de distribuição primaria também alimenta os transformadores que estão afixados nos
postes cuja finalidade é reduzir a tensão a valores menores.
i) ( ) Equivale ao inverso da frequência.

14 - Relacione a primeira coluna com a segunda coluna respectivamente

1) Ligação Estrela
2) Ligação Triângulo
3) Vfase
4) Vlinha
5) Sistema trifásico
6) Fases
7) Neutro
8) Sistema monofásico

a)( ) Pode ser constituído por 2 ou 3 fios.


b)( ) Principal forma de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.
c)( ) Valor da grandeza medida entre duas linhas.
d)( ) No circuito IL=√3.IF.
e)( ) É o valor eficaz da tensão.
f)( ) No circuito VL = √3.VF.
g)( ) Valor da grandeza medida sobre a carga.
h)( ) No sistema trifásico são defasadas em 120°.
i) ( ) Traz equilíbrio para circuito em estrela com potências diferentes.

15 – Nos esquemas abaixo, indique onde cada componente é encontrado, conforme a sua
definição.
a)[ ] [ ] representam a Corrente de linha
b)[ ] [ ] representam a Corrente de fase
c)[ ] [ ] representam a Tensão de linha
d)[ ] [ ] representam a Tensão de Fase
e)O Esquema [ ] Representa uma ligação em triângulo
f)O Esquema [ ] Representa uma ligação em estrela
A B
SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO DE ENERGIA

2 6
1

5
7
8
4
3

16 - Dados as seguintes situações envolvendo fenômenos elétricos, selecione as corretas,


apresentando a soma das corretas no campo específico:

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01) Em corrente alternada, a corrente varia ao longo do tempo. Define-se valor eficaz da corrente
como o valor que deveria ter uma corrente contínua para não produzir na resistência o mesmo
efeito calorífico que produz a corrente alternada.
02) Período da senoide: É a metade do período da senoide da frequência.
04)O sistema trifásico de energia alternada é a principal forma de geração, transmissão e
distribuição de energia no mundo. As formas mono e bifásicas acabam sendo derivadas da
trifásica.
08) Alimentação trifásica é baseada em três formas de onda senoidais defasadas de 90º entre
elas.
16) Os circuitos em triângulo são empregados onde se deseja um sistema mais sólido de tensão,
sem a possibilidade de desequilíbrios. É empregado em sistemas de transmissão e distribuição de
energia.

17- Conforme o desenho abaixo, analise as afirmações abaixo e após, responda(4 raciocínios):




① ④

a-São correntes de linha 4 e 6


b-São correntes de fase 5 e 7
c-São correntes de fase 4 e 6
d-São correntes de linha 5 e 7
e-São tensões de linha 1 e 2
f-São tensões de fase 1 e 2
g-São tensões de fase 3 e 8
h-São tensões de linha 3 e 8

01-São consideradas corretas as afirmações a,b,e e g


02-São consideradas corretas as afirmações a,b,f e h
03-São consideradas corretas as afirmações c,d,f e h

SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO DE ENERGIA


04-São consideradas corretas as afirmações c,d,e e g

3.10.1 Questões de concurso


Questão 01-(Chesf 2012)O valor rms da corrente de linha de uma carga trifásica
balanceada ligada em Δ é igual a 30 A. O valor rms, em ampères, da corrente de fase
dessa carga é:
a) 10
b) 30
×√
c)
d) 10 × √3
e) 30 × √3

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

4 FERRAMENTAS

4.1 OBJETIVO
Ao final deste módulo o aluno deverá ser capaz de identificar as ferramentas e sua
correta utilização e aplicação.

4.2 AVALIAÇÃO
Prova escrita contendo aplicação das ferramentas.

4.3 BIBLIOGRAFIA
●http://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/4865-brocas - acessado em
02/08/2013
●http://www.lojastamoyo.com.br - acessado em 02/08/2013
●http://www.tigre.com.br/enciclopedia - acessado em 02/08/2013
TREVISAN, Antônio Amilton – ENSAIOS E MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS 1 – CEFET – PR 1990.
CAVALIN, Geraldo – INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Editora Érica - 14ª Edição.
http://catalogo.gedore.com.br/ - acessado em 13/02/2016
https://pt.wikipedia.org/wiki/Torqu%C3%ADmetro - acessado em 13/02/2016

4.4 QUALIDADE DAS FERRAMENTAS


A qualidade das ferramentas irá influenciar diretamente na qualidade final do
trabalho do Técnico em Eletrotécnica, esta é uma frase corriqueira e muito ouvida,
porém o que normalmente não se diz, é que a qualidade das ferramentas também
minimiza os riscos de acidentes, vamos explicar por que.
Ferramentas de origem duvidosa, não passam por testes de isolação, o que pode
acarretar em choques elétricos.
Ferramentas de origem duvidosa podem quebrar ocasionando ferimentos ao
Técnico em Eletrotécnica que está utilizando a ferramenta.
Por isto, recomenda-se sempre a utilização de ferramentas de boa qualidade e
consagradas no mercado, assim você evita acidentes e faz um trabalho com muito mais
qualidade.

4.5 DISPOSIÇÃO DO FERRAMENTAL


Você deverá manter as ferramentas dispostas de uma forma tal que facilite a
utilização e o acesso às mesmas, portanto, deverão ser guardadas em lugar adequado,
de preferência em painéis, onde cada ferramenta tenha seu local próprio, no qual
conste o desenho de seu contorno. Isso possibilita um melhor controle e acessibilidade ao
ferramental.
FERRAMENTAS

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Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

FIGURA 24 - EXEMPLO DE DISPOSIÇÃO DAS FERRAMENTAS

4.6 CONSERVAÇÃO DE FERRAMENTAS


Para que o ferramental esteja sempre em boas condições, você deverá, durante o
manuseio, observar os cuidados elementares e o uso correto da ferramenta que esta
sendo utilizada. Procure sempre protegê-la de oxidação, vibração, quedas e lubrificá-las
corretamente após a execução do serviço.

4.7 DESCRIÇÃO TÉCNICA DAS FERRAMENTAS PRINCIPAIS


4.7.1 Normas de Segurança
A atividade elétrica é regida por normas de segurança emitidas pelo
ministério do trabalho. Em especial devemos destacar a NR6 e a NR10.
A NR10 trata da regulamentação do trabalho com eletricidade e a NR 6 trata da
identificação de operações.

Sempre que possível, a imagem das ferramentas aqui mostradas serão de


ferramentas que atendem plenamente à NR10, segundo seus fabricantes.

Segurança!

●Lembre-se sempre de verificar a qualidade da isolação das suas


ferramentas antes de iniciar o trabalho em ambientes que possam estar
energizados;

●Verifique se o nível de isolamento das suas ferramentas está adequado


com o nível de tensão em que você irá trabalhar;

●Siga sempre os procedimentos;


FERRAMENTAS

●Sempre confirme, com instrumentos, se o local onde será executado o


trabalho está desenergizado e se há sinalização de segurança para que a
energia não seja restabelecida.

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Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

4.7.2 Equipamentos de proteção individual


Entre as ferramentas principais de um técnico, devem ser os equipamentos de
proteção individual. São eles que protegem a execução de tarefas, no nosso dia-a-dia.
Além das ferramentas tradicionais os EPI’s devem fazer parte de nossa caixa de
ferramentas.

4.7.2.1 Óculos de Proteção

FIGURA 25 - EXEMPLOS DE ÓCULOS DE PROTEÇÃO

É utilizado para proteção dos olhos contra queda de materiais estranhos como
limalhas, pedregulhos, etc. Deve ser utilizado sempre que forem efetuadas raspagens,
lixamentos, perfurações e até em trabalhos em quadros de força e/ou equipamentos
energizados.

4.7.2.2 Protetor Auricular

FIGURA 26 - EXEMPLO DE PROTETOR AURICULAR

Utilizado para proteção da audição em ambientes que possuam altos níveis


de ruído.

4.7.2.3 Capacete
FERRAMENTAS

FIGURA 27 - EXEMPLO DE CAPACETE

Protege a cabeça contra queda de materiais. Deve ser utilizado sempre,


onde há obras que exijam trabalhos acima do nível da cabeça, e que possuam
materiais que possam vir a se desprender, ou que estejam no nível da cabeça e
possam ocasionar batidas.

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Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

4.7.2.4 Luvas

FIGURA 28 - EXEMPLO DE LUVAS DE RASPA E DE BORRACHA (ISOLAÇÃO)

São equipamentos utilizados na proteção das mãos, contra cortes,


perfurações e lacerações. No caso de luvas para isolação, são utilizadas também
para isolação contra descargas elétricas e/ou choques.

4.7.2.5 Cinto

FIGURA 29 - CINTURÃO TIPO PARAQUEDISTA

Deve ser utilizado sempre que um serviço a ser executado seja feito em
escadas, andaimes, postes. Serve para evitar quedas de grandes alturas.
Lembre-se, muitas vezes o que mata não é o choque sofrido, mas sim a queda.

4.7.2.6 Macacão
Para o técnico em eletrotécnica, o melhor uniforme para a manutenção é
o macacão. Isto se explica devido ao fato de esta vestimenta não oferecer
pontas, que facilitariam o “puxamento” por máquinas, como o guarda-pó
oferece. Além disso, protege o corpo contra queda de materiais que possam vir a
agredir a pele.

4.7.2.7 Calçados de Segurança

FIGURA 30 - EXEMPLO DE CALÇADOS DE SEGURANÇA


FERRAMENTAS

Equipamento utilizado para a proteção dos pés contra queda de materiais pesados
e também como forma de isolar, evitando choques por contato. Para eletricistas não é
permitido à utilização de botinas com biqueira de aço.

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4.7.3 Alicates
4.7.3.1 Alicate de bico redondo

FIGURA 31 - ALICATE DE BICO REDONDO

Este alicate se presta para a execução de olhais em pontos terminais de fios


rígidos, sua utilização na indústria atualmente, não e tão grande, visto que os painéis
providos de barras terminais onde não há necessidade de olhais. Porém, não são todos
os componentes que vem providos para a fixação do fio de maneira própria, sem o uso
de adaptações nos fios, requerendo desta forma a utilização do alicate de bico
redondo. O alicate de bico redondo pode vir provido com os cabos isolados ou oxidados
e sua identificação e dada pela distância entre a ponta do bico e o centro da linha que
liga as duas pontas finas dos cabos. Esta medida pode ser dada em polegadas ou em
milímetros.

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

Alicate de bico redondo 6.1/2" (165 mm), com cabos isolados.


Alicate de bico redondo - 5.1/2" (140 mm), com cabos isolados.

4.7.3.2 Alicate de bico meia cana

FIGURA 32 - ALICATE DE BICO MEIA CANA CURVO E RETO

Este alicate também e conhecido como alicate tipo telefone é utilizado para
segurar e guiar peças a serem soldadas, aparafusadas, conectadas, etc. Em locais de
acesso mais difícil utiliza-se o alicate de bico curvo, conforme mostrado na figura acima.
Geralmente estes alicates vem providos de corte lateral para fios e cabos de cobre,
além de serem providos de cabos isolados ou oxidado. Estes alicates se prestam inclusive
FERRAMENTAS

para pegar e segurar peças, como porcas de até 5/32" (4 mm). Porém, não se deve
utiliza-lo para girar a peça em questão, isto porque se assim o fizermos, estragaremos as
bordas das mesmas. Para peças a serem soldadas com estanho assim como
semicondutores, as pontas do alicate servem como dissipadores de calor. Quando
utilizamos estes ali cates em circuitos energizados, devemos tomar cuidado para evitar
curto-circuito, pois estes danificam não só o material instalado, como também a ferra-
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menta. Sua medida, para efeito de especificação e igual ao comprimento ou distância


entre a ponta do bico e o centro da linha que liga as duas pontas finais dos cabos.

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

Alicate de bico meia-cana, com cortador, 6" (150 mm), com cabos oxidados.
Alicate tipo telefone, com cortador, 7.1/2" (190 mm), com cabos oxidados.

4.7.3.3 Alicate para montagem de anéis internos e alicate para montagem de anéis
externos.

FIGURA 33 - ALICATE PARA MONTAGEM DE ANÉIS INTERNO E EXTERNO

As ferramentas em questão servem para colocar ou retirar anéis internos e


externos, molas especiais ou peças semelhantes que devam ser montadas em furos ou
aberturas (anéis internos) ou em eixos, alongamentos, etc. (anéis externos). Os cabos
poderão ser cromados ou plastificados. A identificação e dada pela medida em
polegadas ou milímetros do comprimento, conforme já citado nos itens anteriores, além
da medida máxima de alcance do anel.

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

Alicate para anéis, de segmento interno 7” (170 mm), alcance 3/8"-1" (10 mm-25 mm),
cromados.
Alicates para anéis, de segmento externo, 7” (170 mm) alcance 3/4"-2.3/8" (190 mm-60 mm),
plastificado.

4.7.3.4 Alicate de corte diagonal e alicate de corte frontal

FIGURA 34 - ALICATE DE CORTE DIAGONAL


FERRAMENTAS

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FIGURA 35 - ALICATE DE CORTE DIAGONAL

Estes alicates são utilizados somente para cortes de fio de metal brando, sendo
que a bitola do fio deve ser adequada com a abertura do corte. Sua durabilidade, se
usado adequadamente, é superior à dos outros alicates. Recomenda-se que os cabos
sejam isolados.

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

Alicate de corte diagonal 5" (125 mm), com cabo plastificado.


Alicate de corte diagonal 5" (125 mm), com cabos oxidados (com mola).
Alicate de corte diagonal 6" (150 mm), com cabo plastificado (com mola).

4.7.3.5 Alicate Descascador de Fios

FIGURA 36 - ALICATE DESCASCADOR DE FIOS

O alicate em questão tem regulagens para diversas bitolas. O interessante é


observar a bitola do fio e regular o alicate adequadamente, para não ferir a parte de
cobre do mesmo. O alicate descascador de fio pode ser de cabo cromado ou com
cabo isolado.

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

Alicate descascador de fios 6" (150 mm) cromado.


Alicate descascador de fios 6" (150 mm), com cabos isolados.

4.7.3.6 Alicate Universal


FERRAMENTAS

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FIGURA 37 - ALICATE UNIVERSAL

Esta ferramenta é utilizada para pegar peças e cortar fios de cobre. No caso de
utilização por eletricistas, os cabos deverão ser isolados, e isto para que se possa utiliza-lo
para pegar peças e fios em circuito energizados.
O perigo que ocorre na utilização desta ferramenta e o de cortar fios energizados
e curto-circuitá-los na região cortante ou desta para a massa em um de terminado
ponto de encosto para porcas ou cabeças de parafusos sextavados de bitola ate l/4”
podemos utilizar a ferramenta para segurá-las em posição fixa enquanto, outra chave
especifica executa o oposto. O alicate não pode ser utilizado para executar o oposto,
com giro, pois isso acarreta deformação na cabeça do parafuso ou na porca.
EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

Alicate universal tipo reforçado 8.1/211 (125 mm) com cabos oxidados.
Alicate universal 6” (150 mm), com cabos isolados.

4.7.3.7 Alicate de Pressão

FIGURA 38 - ALICATE DE PRESSÃO E ALICATE DE PRESSÃO TIPO U

Esta ferramenta e utilizada para fixar peças a serem cortadas, furadas,


desatarraxadas, desencaixadas, etc. A mesma e composta por alavancas articuladas
que, depois de ajustadas convenientemente, fixam as peças em suas garras, que tem o
formato de semieixo e superfície dentada.

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

Alicate de pressão (250 mm), mordentes de perfil curvo até 1.1/8"(28 mm).

4.7.3.8 Alicate de eixo móvel tipo Lock Grip

FIGURA 39 - ALICATE TIPO LOCK GRIP


FERRAMENTAS

Este alicate também é chamado de alicate bomba d’água. Permite a fixação de


peças mediante pressão manual exercida. Devido ao ajuste da articulação podem ser
fixadas peças de diversas formas e dimensões, havendo evidentemente um limite
máximo para isto. As garras dentadas prendem com segurança as peças a serem
manuseadas. A diferença entre este alicate e o de pressão e que no eixo móvel, depois
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de cessada a pressão normal, cessara também a fixação. No alicate de pressão, depois


de cessada a pressão normal, continuara havendo pressão exercida pela mola. Este
alicate não e recomendado para fixar peças com alumínio, cobre, latão e correlatos,
sem que se faça uma proteção sobre a peça a ser fixada, pois em caso contrario, corre-
se o risco de danificar a superfície da peça.

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

Alicate bomba d’água 9.1/211 (240 mm), com regulagem por furos, cromado.
Alicate de eixo móvel tipo Lock Grip, 9.1/2" (240 mm), com regulagem por canaletas, cromado.
Alicate bomba d’água 10" (250 mm), regulável ate 1.9/16" (40 mm).

4.7.4 Craves
4.7.4.1 Chave de fenda

FIGURA 40 - CHAVE DE FENDA

As chaves de fenda, na sua maioria, são constituídas de uma lamina temperada


em toda a sua extensão, possuindo um cabo fixado a lâmina por sistema de alta pressão,
evitando que o mesmo quebre ou solte-se da lamina. Os cabos são feitos de materiais
isolantes e anatômicos. As medidas são dadas em relação à largura da lâmina e o
comprimento de metal da chave.

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

Chave de fenda 1/8" x 3" (3x75mm), comprimento 160 mm.


Chave de fenda 1/4" x 1.1/2" (6x38mm), comprimento 90 mm.

4.7.4.2 Chave de fenda cruzada (Chave Phillips)


FERRAMENTAS

FIGURA 41 - CHAVE DE FENDA CRUZADA (CHAVE PHILLIPS)

As chaves Philips possuem as mesmas funções que as chaves de fenda, com a


diferença, evidentemente, que as chaves cruzadas aplicam-se ao uso dos parafusos tipo
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Philips. Para especificar as chaves cruzadas, torna-se necessário especificar o número da


ponta da chave, para que a mesma adapte-se ao parafuso.

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

Chave cruzada 1/8" x 2.3/8" (3x60mm), ponta f 10, comprimento, 144 mm.
Chave cruzada 3/8" x 6" (l0xl50mm), ponta n 9 4, comprimento, 150 mm.

4.7.4.3 Chave Allen

FIGURA 42 - CHAVE ALLEN

Esta chave também e chamada de chave "L" sextavada ou ainda chave Imbus. A
chave Allen tem um perfil sextavado no formato de L. Sua utilização é para parafusos
com sextavados fêmea na cabeça ou no corpo. Os parafusos deste tipo tem as
características de uma fixação mais firme e segura, até determinados limites de bitola.
Este tipo de chave e identificado pela bitola da sua seção transversal e pelo
comprimento do cabo (L), conforme indicado na figura abaixo. Os cuidados a serem
tomados são o do uso da bitola correta; não usar chaves pequenas em parafusos
grandes e não usar chaves de bitolas dimensionadas em mm, em parafusos de bitolas
dimensionadas em polegadas, ou vice-versa.

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

Chave Allen sextavada de 47 mm x 1,5mm


Chave Allen sextavada de 200 mm x 7/8"

4.7.5 Chave fixa ou de boca

FIGURA 43 - CHAVE DE BOCA

Esta chave também e conhecida como chave fixa. É utilizada em parafusos de


cabeça sextavada e quadrada, e se identificam pela dimensão da boca para cada
bitola de parafuso. A identificação não indica a dimensão real da abertura da boca,
mas sim para qual parafuso a mesma se destina. As dimensões são dadas em polegadas
ou milímetros. Não devemos colocar uma extensão na haste, pois isto acabara
danificando a chave (geralmente a chave fica com a boca deformada). Outra
FERRAMENTAS

recomendação que se faz e que não se deve bater com martelo ou outro material na
haste, pois isto além de estragar certos modelos de chave fixa, especialmente similares,
sendo conhecidas como chave fixa (ou de boca) de bater.

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

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Chave de fixa dupla 6x7mm


Chave de boca simples de 15 mm
Chave fixa dupla de 5/8" - 3/4"
Chave fixa de bater de 2.1/4"

4.7.6 Chave estrela

FIGURA 44 - CHAVE ESTRELA

Esta chave tem em ambos os finais da haste uma inclinação do suporte da boca,
permitindo assim a retirada e colocação de parafusos em locais embutidos na altura
máxima da cabeça, oferecendo ainda um numero maior de escolhas para o
posicionamento. A identificação tomada pelo diâmetro, em mm ou polegadas, do
sextavado formado pelas estrias. Os cuidados a serem tomados são os mesmos para as
chaves de boca.

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

Chave estrela de 19 x 22 mm
Chave estrela de 3/4 x 7/8"
Chave estrela de bater de 50 mm
Chave estrela de bater de 15/16"

4.7.7 Chave combinada estrela/boca


Estas ferramentas são o resultado da combinação das chaves de boca com as
chaves de estreia. Os diâmetros nominais das bocas são idênticos em ambos os lados.
Esta chave e utilizada em locais onde ora e possível apenas o acesso de uma das bocas,
ora e possível o acesso da outra boca. Não se pode utilizar extensão no cabo, ou aplicar,
batidas no mesmo, conforme descrito nos itens anteriores.

FIGURA 45 - CHAVE COMBINADA

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

Chave combinada estrela/boca 8 mm


Chave combinada estrela/boca 14mm
FERRAMENTAS

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4.7.8 Chave canhão

FIGURA 46 - CHAVE TIPO CANHÃO

É utilizada para apertar ou afrouxar parafusos sextavados, em locais onde o


acesso da chave estrela ou da chave fixa e impossível. Porém, o torque apresentado por
esta chave e bem menor que o apresentado pelas chaves citadas nos itens anteriores. O
cabo se apresenta revestido com material isolante, podendo ser curto ou longo. As
dimensões dadas pelo diâmetro interno do sextavado em milímetros ou polegadas, e
pelo comprimento em mm do cabo.

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

Chave canhão 150 mm x 10 mm


Chave canhão de 250 mm x 10 mm
Chave canhão de 150 mm x 10 mm
Chave canhão de 250 mm x 3/8”

4.7.9 Chave Soquete

FIGURA 47 - CHAVE SOQUETE E O SOQUETE


Conhecido também como chave tipo cachimbo sextavado, podendo ser de 6, 8
ou 12 estrias. Identicamente a chave canhão. E utilizada para apertar o afrouxar
parafusos embutidos em carcaças ou que se localizem entre componentes que
dificultem sua retirada ou colocação. Porém apresenta um poder de torque bem maior
que apresentado pelas demais chaves. Sua identificação e dada pelas seguintes
dimensões:

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

6 estrias - dimensão nominal


8 estrias - quadrado formado pelas estrias
12 estrias - quadrado formado pelas estrias
FERRAMENTAS

As hastes existem para o acionamento destes tipos de chaves, são elas:

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4.7.9.1 Catraca

FIGURA 48 - CATRACA

Permite avanço e retrocesso automático, assim como a aplicação de for sem


retirar a chave da cabeça do parafuso ou a haste da chave. As dimensões são
padronizadas para cada modelo. Isto é, cada fabrica produz para um determinado
modelo, um tamanho padrão de haste tipo catraca. Portanto, ao especifica-la, não há
necessidade de citarmos dimensões.
Conforme podemos observar na figura acima, este tipo de haste possui um pino
quadrado que pode ser adaptado em qualquer chave tipo soquete, pertencente à
mesma fábrica.
EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO
Haste tipo catraca para chave soquete da Belzer
Haste tipo catraca para chave soquete da Gedore

4.7.9.2 Manivela

FIGURA 49 - MANIVELA

Oferece a possibilidade de manusear parafusos em locais de difícil acesso, com


um elevado poder de torque. As dimensões são padronizadas, bastando no momento
da especificação, indicar apenas a marca de fabricação. A mesma pode ser
adaptada em qualquer tipo de soquete, pelos mesmos motivos descritos no item
anterior.

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

Manivela para chave soquete da Gedore ½” 375mm

4.7.9.3 Cabo T
FERRAMENTAS

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FIGURA 50 - CABO TIPO "T"

Este cabo serve para dividir a força aplicada no aperto ou soltura, para as duas
mãos, e é utilizado em locais de difícil acesso (aplicação) de força com uma só mão.
Suas dimensões são padronizadas.

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

Cabo T para chave soquete ¾” 20 Gedore

4.7.9.4 Junta Universal

FIGURA 51 – CABO FIXO

FIGURA 52 – JUNTA UNIVERSAL

A junta universal permite que a força imprimida as chaves soquetes seja feita em
ângulos variáveis com a necessidade e em locais onde os cabos comuns não possam
atuar. Suas dimensões são padronizadas.

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

junta universal ½” Gedore

4.7.9.5 Extensões

FIGURA 53 - EXTENSÃO

Estes acessórios são utilizados para prolongar a altura da chave soquete, a seguir,
o lado "a" das extensões e adaptado na chave soquete, aumentando sua altura e o lado
"b" e adaptado nas hastes tipo catraca, manivela, cabo T e cabo fixo. As extensões são
fabricadas em diversos comprimentos, medidas em polegadas. Os comprimentos mais
usuais são de 2", 4", 5" e 10".
FERRAMENTAS

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

Extensão de 4" para chave tipo soquete da Gedore.

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4.7.9.6 Redutores e Adaptadores

FIGURA 54 – ADAPTADOR E REDUÇÃO

Estas peças permitem o acoplamento entre chaves soquetes, hastes e extensões,


quando as dimensões do pino quadrado e do encaixe quadrado da chave soquetes são
diferentes. A sua identificação e dada pela dimensão em polegadas do pino quadrado
a ser colocado no soquete e do quadrado (encaixe) a ser colocados nas hastes e
extensões.

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

Redutor de 3/4" para 1/2"


Adaptador de 1/2" para 3/4"

4.7.10 Torquímetro

FIGURA 55 - TORQUÍMETRO DE ESTALO ISOLADO

O Torquímetro é uma ferramenta, também conhecida por chave dinamométrica,


usada para ajustar precisamente o torque de um parafuso em uma porca. Normalmente
tem a forma de alavanca, com um porta soquetes, onde se podem encaixar várias
medidas de soquetes. O torquímetro tem ainda algum tipo de dispositivo dinamométrico
que possibilita medir a força de torque, (força rotacional) dimensionada em projeto, que
permita o máximo de aperto sem o risco de danificar o material. Ao se aplicar a força
necessária na alavanca, o dispositivo desarma o soquete ou emite algum tipo de aviso
ao operador. Isso impede por um lado que se deixe a peça solta e por outro que o
aperto excessivo danifique a rosca.
Existem vários tipos de dispositivos de medição de torque, desde modelos
exclusivamente mecânicos até modernos aparelhos com display eletrônico e precisão
muito boa. Como toda ferramenta de precisão, deve ser calibrada periodicamente.
São muito utilizadas em instaladoras elétricas como padrão em fixação de
FERRAMENTAS

barramentos de cobre. Uma das tarefas mais importantes da manutenção em indústrias


é reapertar porcas e parafusos com torquímetro.

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

Torquímetro de estalo faixa de torque de 5 a 50 Nm marca Gedore

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4.7.11 Chave de Grifo

FIGURA 56-CHAVE DE GRIFO

Estas chaves servem para apertar ou afrouxar peças de formas cilíndricas que não
possuem ressaltos ou arestas para apoio. Na sua boca existem garras com dentes
inclinados em sentido oposto, ou seja, a face regulável tem os dentes apontados para
fora da boca e na fixa os dentes apontados para dentro da boca. A especificação
desta chave e feita através do comprimento total da mesma, em polegadas ou
milímetros. Não se deve prolongar o cabo destas chaves isto porque a extensão de seu
cabo e a dimensão de suas garras são calculadas para a força aplicada.

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

Chave de Grifo de 205 mm


Chave de Grifo de 18"

4.7.12 Chave Inglesa

FIGURA 57 - CHAVE INGLESA

É também conhecida como chave de boca ajustável. Esta chave tem a haste
calculada para aplicação de força na maior abertura da boca, que e ajustável em uma
das faces, deslocando axialmente por intermédio do giro de uma rosca sem fim. Um
problema na utilização desta chave e que a boca se ajusta diretamente na cabeça do
parafuso. Consequentemente, qualquer sujeira pode causar um mau ajuste, deformando
a cabeça do parafuso. Portanto, antes de apertar ou afrouxar um parafuso, utilizando
esta chave, recomenda-se lixar ou limpar a cabeça do mesmo, afim de que não ocorra
um mau ajuste. Além disso, em hipótese alguma, se deve prolongar o cabo através de
extensões.

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

Chave inglesa de 150 mm


Chave inglesa de 15"
FERRAMENTAS

4.7.13 Martelo

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FIGURA 58 - MARTELO

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

Os três tipos de martelos mais usados são:

-martelo tipo pena;

-martelo tipo bola;

-martelo tipo borracha.

São utilizados para puncionar, alinhar, bater pregos e rebites, assentar fios, montar
polias ou rolamentos, etc.

Os cuidados a serem tomados são estes: manter o cabo firmemente fixado no


corpo e evitar a formação de rebarbas e trincas no corpo são identificados pelo peso
em gramas ou kg, e pelo seu tipo de construção.

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO
FERRAMENTAS

Martelo tipo bola de 200g


Martelo tipo pena de 0,8kg
Martelo de borracha de 580g

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4.7.14 Arco de Serra

FIGURA 59 - ARCO DE SERRA

Trata-se de uma ferramenta de corte para peças de metal, que deve ser
manuseada com alguns cuidados, tais como:

FIGURA 60 - COMPONENTES DE UM ARCO DE SERRA

a) A serra deve ser colocada no arco, de forma que o ângulo agudo do dente aponte
para frente com relação ao operador.

b) Não se deve dobrar ou virar a serra no sentido longitudinal, devendo manter a posição
original do corte.

c) Ao ser fixada no arco, a serra deve sofrer uma tensão mecânica adequada, porém
esta tensão somente se conhece pela pratica e isto se adquire como tempo. A pouca
ou excessiva tensão pode danificar a serra.

d) O início do corte deve ser feito com o movimento inicial para trás com relação ao
operador. Deve-se segurar com ambas as mãos, conforme apresentada na Figura 61.

FIGURA 61 - FORMA DE SEGURAR O ARCO DE SERRA


FERRAMENTAS

e) Para cada tipo de material há uma indicação para a serra:

-metais não ferrosos e ferro doce de dimensões maiores que 1': serra de 14 dentes por
polegadas.

-esquadrias de ferro, latão alumínio e cobre: serra de 22 ou 24 dentes por polegada.

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

-tubos conduítes e chapas: serra de 32 dentes por polegada.

FIGURA 62 - TIPOS DE CORTE DE UMA SERRA

A seta constante na serra indica o sentido de corte da mesma e segundo o fabricante,


deve ser sempre voltado para a parte frontal do arco.

FIGURA 63 - COMUNICADO DO FABRICANTE QUANTO AO POSICIONAMENTO DA SERRA NO ARCO DE SERRA

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

Arco de serra, com serra de 22 dentes por polegada.


FERRAMENTAS

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

4.7.15 Brocas

FIGURA 64 - BROCAS

As brocas são ferramentas de corte utilizadas para abrir furos circulares em peças
maciças, sejam elas de metal ou material sintético solido. O formato de sua construção e
de duas hélices inclinadas entre 150 e 450. Porém a mais utilizada é a de 300.

FIGURA 65 - COMPONENTES DE UMA BROCA

Existem dois tipos de hastes que se utilizam para a fixação em duas formas. A haste
cilíndrica (Figura 66) serve para a fixação da broca em mandril de pressão, e a haste
cônica (Figura 67), e utilizada em mandril de encaixe. Os gumes das brocas tem um
ângulo do vértice que varia conforme o material a ser furado e a alma da broca tem
também um angulo lateral que varia acompanhando a variação dos gumes, porém não
proporcionalmente.

FIGURA 66 – BROCA COM HASTE PARALELA PARA MANDRIL


FERRAMENTAS

FIGURA 67 – BROCA COM HASTE PARALELA PARA CONE MORSE

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

A perfeita afiação das brocas é feita em esmeril, com dispositivo especial para
controlar o ângulo. O perfeito corte mostra um cavaco em forma de espiral. As
velocidades variam para cada diâmetro e material.

4.7.15.1 Pontas e aplicações

Tipo Descrição Aplicação


Ponta 115° – Espiral Standard com 30° de ângulo
Tipo N Usinar Aços e Ferro Fundido
de hélice.
Ponta 130° – Espiral Suave com 15° de ângulo de
Tipo H Usinar Latão
hélice.
Ponta 120° – Espiral Rápida com 40° de ângulo de Usinar Aços Inoxidáveis e
Tipo W
hélice. Alumínio

FIGURA 68 - ANGULAÇÃO DAS PONTAS DAS BROCAS

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

Brocas de 6 mm (haste cilíndrica), para madeira.

Broca de ¾” (haste cilíndrica), para madeira.

Broca de 8 mm (haste cônica) para ferro

4.7.16 Punção
FERRAMENTAS

FIGURA 69 - PUNÇÃO

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A ferramenta que serve basicamente para preparar o ponto piloto para furacão
com brocas e para marcar os locais de encaixe de componentes em fase de
desmontagem. Quando batemos com o martelo no topo do punção, devemos tomar
cuidado para não haver resvalo, evitando desta forma, que se formem rebarbas em
excesso no topo da ferramenta em questão. As batidas devem ser firmes e seguras, assim
como o punção deverá estar firmemente seguro e apontado perpendicularmente com
relação à superfície onde se deseja a marcação. A especificação desta ferramenta e
feita em função do comprimento total e do diâmetro da ponta, em milímetros ou
polegadas.

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

Punção de l00mm x 4 mm
Punção de 6” x 15/64"

4.7.17 Talhadeiras
São ferramentas de corte por impacto, para metais. O formato da haste pode ser
cilíndrico, quadrado, retangular, sextavado, oitavado, etc. Sendo que a extremidade e
chanfrada, e é ali que se localiza a parte cortante. Conforme o formato do corte, a
talhadora pode ser também denominada (chamada) de buril, cinzel, bits, bedame, etc.
A identificação da talhadeira e dado pelo seu comprimento total e pela largura do
corte, em milímetros ou polegadas. As talhadeiras comuns são utilizadas quando se
deseja efetuar um corte longo. As talhadeiras tipo bedame utilizadas para confecção de
cortes estreitos, normalmente em materiais mais resistentes. Os cuidados que devem ser
tomados são principalmente quanto à formação de rebarbas na extremidade que
recebe o impacto do martelo. Quando percebemos o início da formação de rebarbas,
devemos esmerilhar o topo. Ao esmerilhar devemos chanfrar os cantos a fim de oferecer
maior tempo até a formação de novas rebarbas.

FIGURA 70 – TALHADEIRA E TALHADEIRA TIPO BEDAME


EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

Talhadeira de l00mm x 12 mm
Talhadeira de 8" x 3/4"
FERRAMENTAS

Talhadeira tipo bedame de 130 mm x 4 mm

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4.7.18 Saca-polias

FIGURA 71 - SACA POLIAS

Esta e uma ferramenta que como a própria denominação simbólica, serve para
retirar polias de eixos. Serve também, para retirar rolamentos. Não se deve aplicar golpes
de martelo ou marreta sobre o topo da haste do saca-polias Quando se quer aplicar
golpes para auxiliar a retirada, devemos fazê-lo utilizando um pedaço de bronze sobre o
topo da haste, e depois, então, bater com o martelo ou marreta. Desta forma evita-se
rebitar o topo da haste. No manuseio ou transporte, devemos tomar cuidado especifico
para não deformar as roscas e pinos dos furos. A especificação do saca-polias e feita em
função do numero de garras que o mesmo contem. Os saca-polias de duas garras são
utilizados para retirar peças circulares.

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

Saca-polias de duas garras


Saca-polias de três garras

4.7.19 Lima

FIGURA 72 - EXEMPLO DE LIMA

É uma ferramenta de aço ao carbono, manual, denticulada e temperada, que se


usa na operação de limar (retirar rebarbas, afinar peças de metal, aparelhar as
extremidades de peças serradas, etc.). As limas para serem usadas com segurança e
bom rendimento, devem estar bem encabadas, limpas e com o picado (dentes) em
bom estado de corte. Para a limpeza das limas, usa-se uma escova de aço e, em certos
casos, uma vareta de metal macio (cobre, latão) de ponta achatada. As limas são
classificadas pela sua forma, picado e tamanho. Quanto ao picado, as limas podem ser
de picado simples ou cruzado. Ainda, em função do número de dentes por cm, poderão
ser classificadas em bastardas, bastardinhas e murças. A figura abaixo mostra os vários
tipos de picados. Os tamanhos mais usuais de lima são: 100, 150, 200, 250 e 300 mm de
comprimento. O quadro seguinte apresenta os tipos de limas e suas aplicações.
FERRAMENTAS

4.7.19.1 CLASSIFICAÇÃO, TIPO E APLICAÇÃO

4.7.19.1.1 Quanto à forma


 Planas:
o Chatas - superfície plana.
67
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o Paralelas - superfície plana internas, em angulo reto, rasgos internos e


externos.
 Quadradas: superfície côncavas.
 Meia-Canas: superfície côncavas.
 Triangulares: superfície em ângulo agudo maior que 600.
 Facas: superfícies em ângulo agudo menor que 600.

4.7.19.1.2 Quanto ao picado:


Inclinação:

 simples - materiais metálicos não ferrosos (alumínio, chumbo).


 duplo (cruzado) - materiais metálicos ferrosos.

No de dentes por centímetro:

 Bastardas: desbaste grossos.


 Bastardinhas: desbastes médios.
 Murças: acabamentos.

Tamanho em milímetro:

100, 150, 200, 250, 300, variável com a dimensão da superfície a ser limada.

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

Lima quadrada de 200mm, com picado duplo (cruzado) tipo bastarda.


Lima triangular de l00mm, com picado simples tipo murça.

FERRAMENTAS

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FIGURA 73 - TIPOS DE LIMAS


FERRAMENTAS

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FIGURA 74 - EXEMPLO DE ESPECIFICAÇÃO DE LIMAS - CORTESIA VONDER

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4.7.20 Esmeril

FIGURA 75 - MOTOR EMPREGADO NO ESMERIL

É uma máquina-ferramenta utilizada para afiar ferramentas de corte, reduzir as


dimensões de peças e efetuar outras funções similares. O esmeril pode, em alguns casos,
substituir a lima, operando com maior rapidez. Ao esmerilhar uma peça de metal, nunca
deixe de usar óculos especiais, a fim de evitar que as faíscas provenientes do atrito entre
a peça e a pedra, venham a atingir os óleos. Além disso, deve-se tomar cuidado para
não prender a peça entre a pedra e o encosto do esmeril, pois devido à alta rotação, a
pedra poderá partir, lançando pedaços em alta velocidade e, consequentemente,
acidentando quem pelos mesmos forem atingidos.

4.7.21 Tesoura

FIGURA 76 - TESOURA

São ferramentas de corte manual, formadas por duas laminas, geralmente de aço
ao carbono, temperadas e afiladas com um ângulo determinado. As lâminas são
furadas, unidas e articuladas por meio de um eixo. São utilizadas para cortar materiais
resistentes inclusive metais de espessura determinada. São classificadas de acordo com
suas laminas. Além dos três tipos básicos de tesouras para metais e demais materiais
resistentes, são utilizados frequentemente em uma oficina de manutenção, tesouras
pequenas, tipo universal, para cortes de precisão em materiais brandos, como por
exemplo, papel, fitas, etc. Ao utilizarem-se tais ferramentas, deve-se verificar se as lâminas
estão corretamente afiadas e a articulação esta bem ajustada, com o mínimo de folga.
Os cuidados a serem tomados com as tesouras consistem em evitar choque e quedas,
não cortar chapas de aço duro ou arame de aço temperado e limpá-las e untá-las,
frequentemente com uma fina película de óleo ou graxa para evitar oxidação.

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO
FERRAMENTAS

Tesoura manual reta de lâminas estreitas, para metal.


Tesoura manual reta de lâminas largas, para metal.
Tesoura manual curva para metal.
Tesoura pequena, tipo universal.

70
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4.7.22 Guilhotina
A guilhotina é um tipo especial de tesoura, também conhecida como tesoura de
bancada. Oferece maior precisão, além de possibilitar o corte de materiais mais
resistentes. E identificada de acordo com o comprimento da lâmina

4.7.23 Maçarico a Gás


Este aparelho e utilizado para a preparação de terminais soldados, camadas de
estanho em junção de barras de cobre e outras aplicações similares. Deve-se evitar
vazamentos, pois estes podem provocar acidentes tanto pessoais, quanto materiais.
Durante sua estocagem devemos deixar separados mangueira, bico de combustão e
bujão de gás. Devemos evitar a sujeira, pois esta poderá entupir o bico de combustão.
Durante a aplicação deve-se tomar cuidado como local onde se usa, pois caso
contrário, facilmente poderá ser provocado um incêndio.

4.7.24 Ferro de Solda

FIGURA 77 - REPRESENTAÇÃ DO FERRO DE SOLDA

Esta ferramenta existe em diversos tipos e potências, sendo que cada qual tem uso
apropriado. Os ferros de solda de bico sejam eles resistivos ou indutivos, de 20 a 30 watts
são utilizados para soldas de estanho em emendas de fios, barras, coletores e peças em
geral. Dependendo das dimensões das peças a serem soldadas é conveniente utilizar o
ferro de solda tipo machadinha (parecido com uma machadinha). Em qualquer peça a
ser soldada, devemos aquecer por igual às superfícies a serem soldadas, antes de aplicar
o catalisador (geralmente breu ou pasta composta de resina natural) e a solda de
estanho. Os fios de solda geralmente já vêm providos da pasta já citada, no seu interior.
Não se deve guardar a ferramenta com sujeira no bico, sendo conveniente limpar com
uma estopa o excesso de estanho que fica depositado no bico, quando o ferro ainda
esta quente deve-se evitar estocar a ferramenta em locais úmidos, empoeirado, com
graxa, etc. Seu manuseio requer cuidado, evitando estragar a ferramenta devido a
batidas, choques sobretensões, etc. O primeiro passo para fazer uma boa conexão
soldada e a preparação do ferro de solda. Esta preparação e descrita a seguir:

a) Verifique o cordão de força do soldador, para ver se esta em boas condições, antes
FERRAMENTAS

de ligá-lo à eletricidade.

b) Remova a ponteira do soldador e limpe a crosta formada bem como o colar em que
ela se fixa. Se isso não for feito, a oxidação fará buracos na ponteira, podendo até
transpassá-la. A crosta prejudica a transmissão de calor.

71
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c) Recoloque a ponteira deixando um espaço de aproximadamente 2 cm para fora.


Segure a ponteira firmemente e aparafuse-a.

d) Modele a ponta de maneira regular, com o auxílio de uma lima. A ponta deverá
apresentar aproximadamente 1 cm na parte modelada.

e) Deixe o soldador esquentar até que consiga derreter a solda. Faça um polimento com
uma lima fina e imediatamente aplique uma camada de solda na superfície da área
modelada. Esse procedimento e chamado de estanhagem. A estanhagem e usada
para evitar oxidação e promover rápida transferência de calor. Se, após algum tempo
de uso, a ponta voltar a ficar suja, deverá ser estanhada novamente. O ferro de soldar,
após esse procedimento, está em condições de ser utilizado.

Uma conexão deverá estar segura tanto mecânica quanto eletricamente, antes
da soldagem. A solda a ser empregada deverá não se evitar a corrosão como também,
deverá proporcionar boas características mecânicas e elétricas. A solda não deverá
estar sujeita a proporcionar sozinha todas estas características. O ferro de solda deverá,
sempre que possível, ser manejado de preferência por baixo da conexão a ser soldada.
A conexão deverá ser aquecida o suficiente para derreter a solda, com a aplicação da
mesma diretamente a conexão e não a ponta do soldador. Se a conexão não for
aquecida o suficiente para fazer a solda fluir livremente a consequência será a chamada
solda fria. Não há desculpa para uma solda fria. Se a conexão for movida durante o
resfriamento da solda, a mesma se cristaliza. Tal conexão necessitara uma ressoldagem.
O uso de grandes quantidades de solda não reflete uma boa soldagem. A quantidade
de solda deve ser a mínima necessária para proporcionar uma boa ligação.

4.7.25 Compassos

FIGURA 78 - COMPASSO DE CENTRAR (HERMAFRODITA)

Os principais tipos de compassos utilizados em uma oficina de transformadores são


os de ponta e os de centrar. São instrumentos de aço ao carbono, constituídos de duas
pernas, que se abrem ou se fecham através de uma articulação. As pernas podem ser
retas terminadas em pontas afiadas e endurecidas, ou com uma reta e outra curva. O
compasso de pernas retas, denominado com passo de pontas, e utilizado para traçar
circunferências, arcos e transportar medidas de comprimento. O de pernas curvas,
denominado compasso de centrar ou hermafrodita, e utilizado para determinar centros
ou traçar paralelas.
FERRAMENTAS

Os tamanhos mais comuns são: 100, 150, 200 e 250mm, 4”, 6”, 8” e 10”
aproximadamente.
Para que um compasso possa ser utilizado corretamente, o sistema de articulação
do mesmo deverá estar bem ajustado e as pontas bem afiadas.

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Para conservarmos o compasso em condições de uso, deveremos protege-los contra


golpes e quedas, mantê-lo isolados das outras ferramentas, limpá-lo e lubrificá-lo após o
uso e proteger suas pontas com madeira ou cortiça.
EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

Compasso hermafrodita de l00mm.


Compasso de ponta de 8”

4.7.26 Canivete

FIGURA 79 - CANIVETE

É uma ferramenta utilizada para cortar ou desbastar pequenas peças de madeira,


plástico, papelão ou de outro material branco qualquer. Serve também para cortar e
desencapar condutores na falta de um alicate de corte ou de um alicate descascador
de fios. Os canivetes utilizados em uma oficina deverão ser robustos e permanecerem
sempre bem afiados. Ao efetuar o corte, não deveremos puxar o canivete no sentido da
mão que segura a peça ou o condutor, pois o mesmo poderá resvalar, causando um
grande acidente. Para manter tal ferramenta em boas condições de uso, nunca
deveremos cortar materiais resistentes nem deixa-lo aberto, quando estiver em desuso
além de protegê-lo da úmida de ou excesso de temperatura, que poderá prejudicará a
têmpera da lâmina.

4.7.27 Tarraxa
A tarraxa é utilizada para fazer roscas em conduítes rígidos como eletrodutos e
canos metálicos ou de PVC.
Para o nosso caso vamos utilizá-la para eletrodutos em PVC.
Há basicamente dois tipos de tarraxas, as tarraxas em que seus cossinetes são fixos
(Figura 80) e as tarraxas em que os cossinetes são móveis (Figura 81) e possibilitam a
confecção de roscas em diversos diâmetros de tubos.
FERRAMENTAS

FIGURA 80 – TIPOS DE TARRAXA COM COSSINETE FIXO OU UNIVERSAL

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FIGURA 81 – TIPOS DE TARRAXA COM COSSINETE AJUSTÁVEL

4.7.27.1 Execução das Roscas


A execução de roscas com tarraxa universal ou cossinete fixo é apresentado nos passos
a seguir.

Passo 1: Para efetuar o corte no tubo, fixe-o em uma morsa. Evite que ele seja
ovalizado, o que resultaria numa rosca imperfeita.

FERRAMENTAS

Passo 2: Corte o tubo no esquadro e remova as rebarbas, medindo em seguida o


comprimento máximo da rosca a ser feita, para evitar uma rosca muito grande.

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Passo 3: Encaixe o tubo na Tarraxa TIGRE pelo lado da guia, girando 1 volta para a direita
e ¼ de volta para a esquerda, repetindo a operação até que a ponta do tubo alcance
o final do cossinete. Desta forma se obtém o comprimento de rosca ideal.

Passo 4: Limpe o tubo.

4.7.28 Soprador Térmico

FIGURA 82 - SOPRADOR TÉRMICO - (CORTESIA MAKITA)

Utilizado principalmente para a confecção de curvas em eletrodutos de PVC ou


para aquecimento de superfícies. O soprador térmico industrial portátil pode vir
acompanhado de acessórios como controle de temperatura e de fluxo de ar, vem como
direcionadores de ar.
Pode ser utilizado também para execução de aplicação de isolantes
termocontráteis, remoção de tinta.
EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

Soprador Térmico Industrial portátil Potência: 1.500 a 1.700W - 220V


FERRAMENTAS

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4.7.29 Mola de curvar tubo interna

FIGURA 83 - MOLA INTERNA PARA CURVAR ELETROSUTO DE PVC

A mola é utilizada para se evitar que ao se executar a curva, o eletrosuto se feche


dificultando depois a passagem dos condutores.

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

Mola curva tubos intena diâmetro 16mm

4.7.29.1 Dobração de eletrodutos


1º Passo - Determine a zona em que o eletroduto deverá ser curvado, recomendo que
sejam feitas duas marcações, lembro que a curva deve possuir um raio de pelo menos 16
vezes o diâmetro do eletroduto. Pois caso a curva possua um raio inferior, poderá
ocasionar dificuldade em passar a fiação pelo eletroduto.

2° Passo - Selecione a mola correspondente ao eletroduto a ser curvado. A


especificação desta mola foi vista no item 4.7.29.

3° Passo – Coloque a mola sobre o eletroduto de forma que a zona a ser curvada e
segure a guia da mola, para que a mesma fique na região onde se deseja executar a
curva.

FERRAMENTAS

4º Passo - A zona a ser curvada deve ser aquecida, girando-se e deslocando-se o


eletroduto em um e outro sentido e também girando sobre uma fonte de calor suave,
para que o plástico amoleça. A fonte de calor pode ser um fogareiro elétrico, um
soprador térmico, ou mesmo uma chama. Os movimentos devem ser feitos de forma que

76
o calor seja o mais homogêneo possível para que o PVC não crie bolhas.

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

5º Passo – Quando o eletroduto estiver amolecido, executa-se a curva desejada.


Aguarda-se que o PVC esfrie e então retira-se a mola.

4.8 PAQUÍMETRO
4.8.1 Elementos do paquímetro

FIGURA 84 - DETALHE DO NÔNIO

1. Orelha fixa
2. Orelha móvel
3. Nônio ou vernier *(polegada)
4. Parafuso e trava
5. Cursor
6. Escala fixa
7. Bico fixo
8. Encosto fixo
9. Encosto móvel
FERRAMENTAS

10. Bico móvel


11. Nônio ou vernier (milímetro)
12. Impulsor
13. Escala fixa de milímetros
14. Haste de profundidade

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4.8.2 Tipos de paquímetros


Existem diversos tipos de paquímetro no mercado. Abaixo listamos os principais
instrumentos, suas respectivas características e uma imagem representativa.

Em um paquímetro temos as seguintes partes:

É o paquímetro mais utilizado. Serve


Paquímetro para realizar medições internas,
universal externas, de profundidade e de
ressaltos.

Paquímetro Possui um relógio acoplado ao cursor


universal com que facilita a leitura, agilizando a
relógio medição.

Paquímetro com É muito empregado para medir peças


bico móvel cônicas ou peças com rebaixos de
(basculante) diâmetros diferentes.
Serve para medir a profundidade de furos
Paquímetro de não vazados, rasgos, rebaixos, entre outros.
profundidade Esse paquímetro pode apresentar haste
simples ou com gancho.

Paquímetro Serve para medir dentes de


duplo engrenagens.

Utilizado para leitura rápida, livre de


Paquímetro
erro de paralaxe e ideal para
digital
controle estatístico.

FERRAMENTAS

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4.8.3 Aplicações usuais do paquímetro

FIGURA 85 - FORMAS DE APLICAR O PAQUÍMETRO

Acima, na Figura 85 que ilustra sete formas de utilizar o paquímetro. Exemplos


de medição interna, externa e de profundidade.

4.8.4 Micrômetro
A resolução do micrômetro é obtida da interação entre a chamada: 'rosca
micrométrica', que é lapidada no fuso, e a rosca da 'bucha interna'. Geralmente, no
micrômetro em milímetro, a rosca micrométrica é de uma entrada e seu passo é de
0,50mm (cinquenta centésimos de milímetro, cinco décimos de milímetro ou meio
milímetro). Isto significa que um giro completo (360°) do tambor, e do fuso que lhe é
solidário, produzirá um avanço equivalente ao passo (cinquenta centésimos de
milímetro), duas voltas completas produzirá um avanço de 1,00mm (um milímetro).
FERRAMENTAS

FIGURA 86 - MICRÔMETRO

A resolução deste instrumento é obtida graças ao perímetro do tambor, onde


são cunhadas cinquenta divisões equidistantes. Um giro completo dele produzirá um
avanço de 0,50mm e as cinquenta divisões 'varrerão' a 'linha de referência'. Deste
modo, cada divisão do tambor 'marca' o avanço de 0,01mm (um centésimo de
milímetro) do fuso (resolução).
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4.9 ATIVIDADES
4.9.1 Questionário
1-Qual a aplicação do alicate universal?

2-Escreva corretamente o nome das ferramentas


FERRAMENTAS

c
80
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d e

g h i

k
l
FERRAMENTAS

o
n
m

81
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3-Quais são e do que tratam as normas de segurança utilizadas para trabalho com
eletricidade?

4-Assinale com E para Errado e C para Certo, corrigindo quando a afirmação estiver
errada:

a-( ) O alicate universal é uma ótima ferramenta, pois pode ser utilizada para bater sobre
as chaves de fenda, pois é bem pesado;

b-( ) Recomenda-se sempre que necessário, o prolongamento do cabo da chave de


Grifo.

c-( ) O arco de serra deve ser empregado sempre se utilizando das duas mãos, porém
FERRAMENTAS

recomenda-se que o deslocamento da lâmina fique o mais próximo possível do centro


da dela (da lâmina);

82
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d-( )Os dentes da lâmina do arco de serra devem sempre estar apontados para frente
do operador;

e-( )A chave inglesa é uma boa alternativa para apertar parafusos de cabeça
sextavada ou quadrada;

f-( )A chave combinada possui em suas extremidades dois tipos de chave uma chave de
boa e uma chave de fenda
FERRAMENTAS

83
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g-( ) A existência de energia onde se irá trabalhar é um dos pontos a ser verificado pelo
técnico em eletrotécnica antes de iniciar o trabalho;

h-( ) Os procedimentos de segurança podem ser negligenciados se há pressa para a


entrega do serviço.

i-( ) As ferramentas, é o maior bem que o técnico em eletrotécnica possui.

5- Execute a leitura nos paquímetros abaixo:


FERRAMENTAS

a) Paquímetro resolução 0,05mm

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FERRAMENTAS

b)Paquímetro resolução 0,02mm

85
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c) Paquímetro resolução 0,1mm FERRAMENTAS

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6- Execute a leitura nos micrômetros abaixo:

a)Micrômero resolução 0,01mm


FERRAMENTAS

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FERRAMENTAS

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5 O SISTEMA DE ATERRAMENTO

5.1 OBJETIVO
Ao final deste módulo o aluno deverá ser capaz descrever os tipos de aterramento
indicados pela NBR 5410.

5.2 AVALIAÇÃO
Prova escrita onde o(a) aluno(a) deverá demonstrar o conhecimento adquirido.

5.3 BIBLIOGRAFIA
● NBR 5410 – Instalações em baixa tensão
●http://www.siemens.com.br/templates/v2/templates/TemplateD.Aspx?channel=9102
acessado em 25/08/2013
●http://www.feng.pucrs.br/~fdosreis/ftp/medidas/FSR04Aterramento.pdf acessado em
25/08/2013
●Revista O Setor Elétrico-Editora Atitude Editorial – Edição 43 – Agosto de 2009

5.4 INTRODUÇÃO
5.4.1 Definições
Para iniciarmos o estudo sobre aterramento, alguns conceitos precisão ser estabelecidos:
 Terra: Massa condutora de solo que envolve o eletrodo de aterramento
 Eletrodo de aterramento: elemento condutor metálico ou conjunto de elementos
condutores interligados, em contato direto com a terra de modo a garantir
ligação com o solo;
 Condutor de ligação: condutor empregado para conectar o objeto a ser aterrado
ao eletrodo de aterramento ou para efetuar a ligação de dois ou mais eletrodos;
 Eletrodos de aterramento isolados: eletrodos de aterramento suficientemente
distantes uns dos outros para que a corrente máxima susceptível de ser escoada
por um deles não modifique sensivelmente o potencial do outro;
 Eletrodos de aterramento interligados: eletrodos de aterramento que possuam
ligação (intencional ou não) e que interagem eletricamente;
 Sistema de aterramento: sistema formado por um ou mais eletrodos de
aterramento, isolados ou não, visando atender necessidades funcionais ou de
proteção;

5.4.2 Esquemas de aterramento padronizado


O SISTEMA DE ATERRAMENTO

A classificação dos esquemas de aterramento baseia-se nas condições de


aterramento da alimentação da instalação e das massas existentes e serão
apresentados conforme descrito na norma ABNT NBR 5410 em seu item 4.2.2.2. São
considerados na Norma os esquemas TN, TT e IT.
No caso de instalações alimentadas por rede pública em baixa tensão (ou por
transformador exclusivo da concessionária), o neutro é sempre aterrado próximo à
medição - origem da instalação. Assim, para essas instalações, só podem ser utilizados os
esquemas TN e TT.
Para instalações alimentadas em alta tensão, com subestação do usuário, bem
como para as que possuem fonte própria, via de regra, qualquer um dos três esquemas
pode ser utilizado.

89
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

Os esquemas de aterramento, em princípio, estão relacionados com as medidas


de proteção contra choque elétrico e contra sobre tensão. No caso das medidas de
proteção contra choque elétrico, os esquemas de aterramento influenciam,
especificamente, a medida de proteção supletiva por seccionamento automático da
alimentação. No caso das medidas de proteção contra sobre tensão, o esquema de
aterramento influencia na seleção e instalação dos dispositivos DPS´s (dispositivos de
proteção contra surtos).
A simbologia unifilar utilizada em circuitos para neutro, condutor de proteção e
condutor combinado está representada na Figura 87.

FIGURA 87 - SIMBOLOGIA PARA NEUTRO, CONDUTOR DE PROTEÇÃO E CONDUTOR COMBINADO

Na classificação dos esquemas de aterramento é utilizada a seguinte simbologia:

PRIMEIRA LETRA – Situação da alimentação em relação à terra:

• T = um ponto diretamente aterrado;


• I = isolação de todas as partes vivas em relação à terra ou aterramento de um ponto
através de impedância;

SEGUNDA LETRA - Situação das massas da instalação elétrica em relação à terra:

• T = massas diretamente aterradas, independentemente do aterramento eventual de


um ponto da alimentação;

• N = massas ligadas ao ponto da alimentação aterrado (em corrente alternada, o


ponto aterrado é normalmente o ponto neutro);

OUTRAS LETRAS (EVENTUAIS) – Disposição do condutor neutro e do condutor de proteção:

• S = funções de neutro e de proteção asseguradas por condutores distintos;

•C = funções de neutro e de proteção combinadas em um único condutor (condutor


PEN).
O SISTEMA DE ATERRAMENTO

Seguem os esquemas de ligações mais utilizados

5.4.2.1 Esquema TN
O esquema TN possui um ponto da alimentação diretamente aterrado, sendo as
massas ligadas a esse ponto através de condutores de proteção. São consideradas três
variantes de esquema TN, de acordo com a disposição do condutor neutro e do
condutor de proteção, a saber:

a) esquema TN-S, no qual o condutor neutro e o condutor de proteção são distintos


conforme indicado na Figura 88;

90
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

FIGURA 88 - ESQUEMA TIPO TN-S

b) esquema TN-C-S, em parte do qual as funções de neutro e de proteção são


combinadas em um único condutor representado na Figura 89;

FIGURA 89 - ESQUEMA TIPO TN-C-S

c) esquema TN-C, no qual as funções de neutro e de proteção são combinadas em um


único condutor, na totalidade do esquema representado na Figura 90.
O SISTEMA DE ATERRAMENTO

FIGURA 90 - ESQUEMA TIPO TN-C

91
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
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Nos esquemas TN, o percurso da corrente de falta fase-massa (Id) é constituído


exclusivamente por elementos condutores, sendo, portanto, um percurso de baixa
impedância. É o que mostra abaixo a Figura 91, para um esquema TN-C-S:

FIGURA 91- PERCURSO DA CORRENTE DE FALTA FASE-MASSA EM UM ESQUEMA TN

5.4.2.2 O esquema TT

O esquema TT possui um ponto da alimentação diretamente aterrado, estando as


massas da instalação ligadas a eletrodo(s) de aterramento eletricamente distinto(s) do
eletrodo de aterramento da alimentação.

FIGURA 92 - ESQUEMA TIPO TT

Notas:

a) Em sistemas TN-C o dispositivo DR somente poderá ser instalado se o circuito protegido


O SISTEMA DE ATERRAMENTO

for transformado em TN-S, caracterizando-se um sistema TN-C-S.

b) Para sistemas IT, consultar ABNT NBR 5410.

5.4.2.3 Esquema IT
No esquema IT todas as partes vivas são isoladas da terra ou um ponto da alimentação é
aterrado através de impedância Figura 93. As massas da instalação são aterradas,
verificando-se as seguintes possibilidades:

― massas aterradas no mesmo eletrodo de aterramento da alimentação, se existente; e

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― massas aterradas em eletrodo(s) de aterramento próprio(s), seja porque não há


eletrodo de aterramento da alimentação, seja porque o eletrodo de aterramento das
massas é independente do eletrodo de aterramento da alimentação.

FIGURA 93 - ESQUEMA IT

1) O neutro pode ser ou não distribuído;

A = sem aterramento da alimentação;

B = alimentação aterrada através de impedância;

B.1 = massas aterradas em eletrodos separados e independentes do eletrodo de


aterramento da alimentação;
O SISTEMA DE ATERRAMENTO

B.2 = massas coletivamente aterradas em eletrodo independente do eletrodo de


aterramento da alimentação;

B.3 = massas coletivamente aterradas no mesmo eletrodo da alimentação.

O dispositivo utilizado para a proteção deste tipo de aterramento é o DSI – Dispositivo de


supervisão de isolamento, que será apresentado a seguir.

5.4.3 DSI – Dispositivo de Proteção do Isolação


A sigla DSI define Dispositivo Supervisor de Isolação é um dispositivo desenvolvido
para monitorar as instalações em esquema de aterramento IT, neste tipo de aterramento,
se uma fase vai a massa ou terra a corrente desta fase não tem como retornar a fonte,

93
porque não esta aterrada, então não ha a formação do curto circuito fase terra, para

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detectar se uma fase foi a terra a norma de instalações eletricas define que a instalação
deve ter um monitor que monitore a isolação entre as partes vivas e a terra. Os nossos DSI
funcionam através da monitoração de um sinal eletrico injetado nos condutores, se
houver um ponto de baixa isolação o sinal volta pela massa ou terra a um ponto do DSI
que é aterrado, este sinal é medido e se tiver intensidade superior referente ao valor
ajustado o DSI comuta um contato seco que é utilizado para acionar o alarme.

O texto abaixo é de autoria do Engenheiro Sergio Castellari e foi compilado da Revista O


Setor Elétrico – Edição 48 – Agosto de 2009.

As instalações elétricas e os equipamentos utilizados em locais médicos são sujeitos


a demandas altamente críticas. A vida e a saúde dos pacientes estão sujeitas ao risco de
uma pequena corrente elétrica fluir pelo corpo humano ou fluir pelos equipamentos
eletromédicos, podendo causar um falso comando interno do aparelho, implicando
avarias, redução da vida útil e até mesmo modificação dos parâmetros de diagnóstico.
Pode ainda haver um desligamento intempestivo, isto é, um equipamento de suporte à
vida pode ser desligado.
Quando a segurança e os requisitos técnicos são estudados, deve-se considerar
que há pacientes conectados aos equipamentos eletromédicos e que suas condições
físicas podem ser críticas. As correntes elétricas diretas no coração podem ser
extremamente perigosas, visto que a sensibilidade do músculo do coração é critica
perante correntes elétricas.
Durante uma cirurgia ou um exame médico, alguns aspectos técnicos – diante das
condições do paciente – devem ser considerados:
A resistência elétrica da pele pode ser reduzida pela inserção de cateteres;
O SISTEMA DE ATERRAMENTO

As funções do corpo podem ser substituídas pelos equipamentos eletromédicos,


como uma bomba extracorpórea que atua como um substituto ao coração durante
uma cirurgia cardíaca;
As reações naturais podem estar reduzidas devido a analgésicos ou totalmente
sem reação quando anestesiados.
Estes riscos têm que ser estudados antes de se efetuar um projeto determinando as
aplicações e riscos envolvidos em cada ambiente de um Estabelecimento Assistencial de
Saúde (EAS). Assim, é possível determinar o que uma instalação elétrica deve possuir
para uma aplicação segura para cada tipo de risco envolvido na unidade.
O objetivo de todas as medidas de segurança elétrica é a segurança dos
pacientes, dos funcionários e das instalações. Segurança elétrica, nesse caso, pode ser

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

definida como “liberdade da maioria dos perigos presentes em um determinado


conjunto de circunstâncias”.
Por que atenção especial às instalações elétricas em EAS?
Na atualidade, a aplicação de uma multiplicidade de equipamentos
eletromédicos no ambiente médico é comum. Temos, muitas vezes, uma série de
equipamentos ligada ao paciente, com monitoração, diagnósticos, substituição de
funções do corpo humano, entre outros.
A segunda edição (de 2008) da norma brasileira NBR 13534 – Instalações Elétricas
de Baixa Tensão – Requisitos Específicos para Instalação em Estabelecimentos
Assistenciais de Saúde – estabelece requisitos para uma segurança elétrica adicional nos
ambientes, bem como classifica os ambientes em grupos (0, 1 e 2). Estes grupos são
classificados com base em um conjunto de regras que determinam os riscos envolvidos
em cada ambiente de um EAS. A seguir, informações sobre essa classificação.
GRUPO 0

GRUPO 1

GRUPO 2
O SISTEMA DE ATERRAMENTO

Nos ambientes do Grupo 2, é exigido um sistema elétrico diferenciado chamado


“Sistema IT-médico”. Este tipo de esquema de aterramento contém quatro argumentos
essenciais para respaldar a sua utilização:
 Confiabilidade do fornecimento de energia;
 Baixa corrente de fuga à terra;
 Aumento da segurança elétrica aos pacientes e equipe médica;

95
 Aumento da continuidade operacional.

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Os pontos principais que motivam a adoção do sistema IT-médico em ambientes do


Grupo 2 são:
Reações naturais do paciente reduzidas, senão eliminadas;
Resistência elétrica natural da pele reduzida, o que diminui a proteção natural contra
choques elétricos. Uma corrente elétrica direta no coração pode causar riscos de
fibrilamento no coração, no qual a intensidade da corrente é da ordem de
microchoques (10 uA);
Equipamentos eletromédicos utilizados parcial ou permanentemente como
suporte ou substituição de órgãos vitais do corpo. Uma falha em um equipamento pode
gerar desligamentos, podendo chegar a óbitos;
Gases anestésicos inflamáveis, desinfetantes ou materiais de limpeza no ar. Oxigênio e
óxido nitroso podem causar explosões.
Logo, o uso de sistemas de alimentação do IT-médico é exigido pelas seguintes
razões:
Aumenta a confiabilidade do fornecimento de energia nas áreas em que uma
queda de energia pode causar injúrias aos pacientes;
Reduz as correntes de fuga dos equipamentos eletromédicos para um valor baixo,
reduzindo, assim, a tensão de toque do condutor de proteção, sobre a qual a corrente
de fuga pode fluir;
Reduz as correntes de fuga através dos pacientes, protegendo-os contra choques
elétricos;
Aumenta a continuidade operacional dos locais médicos.
É necessário manter a impedância do sistema para terra em níveis altos. Este
ponto é alcançado realizando:
Adoção de um transformador de separação, conforme as normas específicas
hospitalares IEC 742 e IEC 61558-2-15, bem como atendimento à norma NBR 13534 e seus
requisitos básicos;
Restrição de um sistema dedicado para cada ambiente, regra mencionada na
NBR 13534. Esta ação evita que se conectem muitos equipamentos eletromédicos em um
único sistema IT, impedindo que a soma das fugas naturais cause um abaixamento da
impedância à terra;
Adoção de um Dispositivo Supervisor de Isolamento (DSI) com resistência interna
mais alta possível, gerando, assim, maior confiabilidade ao sistema IT e menor corrente
de fuga de primeira falta à terra.
Sistema IT-médico
Funcionamento
O SISTEMA DE ATERRAMENTO

O sistema IT-médico oferece ao ambiente do Grupo 2 (salas cirúrgicas, UTIs, RPAs,


salas de hemodinâmica, salas de emergência) a vantagem de caso ocorra uma falha à
terra, não haja desligamento do sistema elétrico. Ou seja, a primeira falta à terra é
admitida e alarmada para que logo seja detectada, localizada e eliminada o quanto
antes.
Composição do sistema IT-médico
Transformador de separação
Os transformadores devem estar em conformidade com a norma IEC 61558-2-15,
com as seguintes especificações complementares:
A corrente de fuga à terra do enrolamento do secundário e a corrente de fuga do
invólucro devem ser medidas com o transformador sem carga e alimentadas sob tensão

96
e frequência nominais. O valor não deve exceder = 0.5 mA;

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A potência nominal de saída do transformador deve estar entre 0.5 kVA e 10 kVA;
Independentemente da alimentação – para equipamentos fixos ou portáteis, os
transformadores devem ser monofásicos;
Em esquema IT, para alimentação de cargas trifásicas, deve ser previsto um
transformador dedicado com tensão secundária não superior a 250V entre fases.
Dispositivo Supervisor de Isolamento e Dispositivo Supervisor do Transformador (DSI/DST)

O dispositivo supervisor de isolamento, carga e temperatura do transformador


deve atender aos requisitos da IEC 61557-8 e atender às especificações a seguir:
A impedância interna CA deve ser de 100 kΩ, no mínimo;
A tensão de medição não deve exceder 25 Vcc;
A corrente injetada, mesmo em condição de falta, não deve exceder 1 mA, valor
de crista;
O SISTEMA DE ATERRAMENTO

A indicação de queda da resistência de isolamento deve ocorrer antes ou, no


máximo, assim que esta atingir 50 kΩ. Deve ser provido um dispositivo de teste que
permita verificar a conformidade com este requisito;
Deve haver sinalização no caso de ruptura do condutor de proteção ou de sua
desconexão;
Deve possuir a supervisão de carga e temperatura do transformador a fim de
proteger o transformador em caso de sobrecarga e sobretemperatura.
Um ponto importante para o DSI/DST é o valor mínimo de resistência: quanto maior
o valor de resistência interna, maior a confiabilidade da proteção as pessoas perante os
microchoques. A sinalização no caso de ruptura do terra também é muito importante,
pois um DSI que não tenha esta função pode não desempenhar a medição.

97
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Anunciadores de alarme

Cada esquema IT-médico deve ser provido de um sistema de sinalização sonora e


visual disposto de forma a permitir a supervisão permanente pela equipe médica e
dotado de:
Sinalização luminosa verde para indicar operação normal;
Sinalização luminosa amarela que atue quando a resistência de isolamento atingir
o valor mínimo ajustado. Não deve ser possível cancelar ou desconectar esta sinalização;
Alarme audível que possa ser silenciado.
Sistema de localização de falhas em UTIs e RPAs

O SISTEMA DE ATERRAMENTO

UTIs e RPAs possuem a característica particular de não haver a menor possibilidade


de desligamento elétrico, nem de programá-lo. Isto se deve ao fato de um paciente em
um leito de UTI, em boa parte dos casos, não ter data e hora para sair, diferentemente
de uma sala cirúrgica que, entre uma cirurgia e outra, há a possibilidade de a
manutenção do hospital intervir e procurar o defeito elétrico (baixo isolamento elétrico).
Isto torna a procura da falha mais demorada e perigosa, pois quanto mais tempo para
localizar uma falha, maior risco do surgimento da segunda falha, que gera riscos
eminentes de choque elétrico nos pacientes e na equipe médica e risco de
desligamento da energia intempestivamente, gerando o consequente desligamento dos
equipamentos eletromédicos de sustentação da vida e monitoração do paciente.

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Os sistemas de supervisão de resistência de isolamento e localização de falhas


para UTIs e RPAs são essenciais para uma localização automática de falhas sem
desligamento das tomadas dos leitos, agilizando a localização da falha elétrica de um
equipamento eletromédico ou até a própria tomada elétrica do leito, tornando o sistema
mais seguro. O sistema de localização de falhas é um sistema de detecção rápida, com
a implantação de dispositivos adicionais ao sistema tradicional, de fácil instalação e fácil
operação do sistema.
A utilização efetiva dos benefícios destes sistemas pela manutenção e
enfermagem para a utilização confere maior confiabilidade às UTIs e RPAs e maior
segurança elétrica para todos. Este tipo de sistema está descrito na NBR 5410, que
menciona a recomendação de sistemas de localização de falhas para agilizar a procura
da falha.
Padronizar ou não a tensão de utilização em uma EAS?
Há uma discussão muito grande em torno da padronização ou não da tensão de
utilização das tomadas. A norma NBR 13534 menciona o seguinte:
“6.5.3.102 – Recomenda-se que os circuitos de tomadas de corrente sejam todos de uma
tensão, para garantir que todo equipamento, sobretudo nas emergências, possa ser
usado o mais rapidamente possível, livre de embaraços.”
Ultimamente, a maioria dos equipamentos estão aptos a serem ligados nas duas
tensões, o que nos leva a pensar: por que então não padronizamos? Mas ainda em
muitos EAS há a cultura de se ter as duas tensões disponíveis – 220 V e 127 V. Na prática,
essas tomadas adicionais são vistas em tensões diferentes da comumente utilizada na
região, tornando-se subutilizadas. Além do custo maior para se ter duas classes de
tensão, o outro ponto é o grande problema de queima de equipamentos devido à
ligação inadvertida em tomada errada. Muitos EAS já estão conseguindo padronizar a
tensão, o que gera maior confiabilidade e segurança aos pacientes.
Por que nos sistemas IT-médico, nas tensões de 220V e 127V, são adotadas disjuntores
bipolares?
A norma brasileira ABNT 5410 faz uma menção ao seccionamento de todos os
condutores: "5.3.2.2 - Nos esquemas IT, recomenda-se não distribuir o condutor neutro. No
entanto, se ele for distribuído, é necessário prever, em todos os circuitos, detecção de
sobrecorrente no condutor neutro, que deve seccionar todos os condutores vivos do
circuito correspondente, incluindo o próprio condutor neutro."
No caso especifico dos sistemas IT-médicos para hospitais, eles são compostos por
transformadores de separação monofásicos, ou seja, os dois polos dos transformadores
são seccionados, logo, utilizam-se disjuntores bipolares tanto 220V quanto 127V.
O SISTEMA DE ATERRAMENTO

Por que os disjuntores do primário e secundário do transformador de separação devem


ter somente a função de seccionamento sob curto-circuito?
A norma NBR 13534 exige: "6.3.101 - Não se admite proteção contra correntes de
sobrecarga no circuito que alimenta o transformador do esquema IT médico nem no
circuito por este alimentado."
Isto se deve à exigência da supervisão de carga e temperatura do transformador
de separação, ou seja, admite-se um alarme para indicar a sobrecarga, mas não se
admite um desligamento intempestivo de um sistema IT-médico como um todo, que
possa alimentar uma sala ou um grupo de leitores de UTI.
Sistemas de supervisão de corrente de fuga em áreas do Grupo 1
A NBR 13534 recomenda a adoção de sistemas de supervisão de isolamento em

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ambientes dos Grupos 0 e 1, principalmente do Grupo 1. São sistemas que supervisionam

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permanentemente os circuitos. Os famosos DR são elementos que protegem contra


choques elétricos e incêndios, desligando quando as correntes de fuga excedem os
valores limites. Os sistemas de supervisão de corrente de fuga são sistemas que possuem
pré-alarme e alarme critico, ou seja, antes do desligamento intempestivo da proteção, a
manutenção recebe o alarme prévio para atuar previamente e de forma programada,
evitando os transtornos dos desligamentos ocasionais que geram transtornos a todos os
envolvidos em um EAS.
Os Dispositivos Supervisores de Corrente Residual (DSCR) são os elementos que
supervisionam as correntes de fuga e indicam a tendência a defeito, gerando para
manutenção preditiva, ou seja, antes de um baixo isolamento gerar uma fuga que
desligue um DR, o pessoal da manutenção recebe uma informação de que a corrente
de fuga está tendendo a defeito, indicando um pré-alarme.
É importante frisar que a norma NBR 13534 exige a utilização somente do DR tipos
A ou B, ou seja, já esta considerando medições coerentes com a realidade das cargas,
em sua maioria, não-lineares.
Conclusão
Um projeto de um EAS deve ser concebido desde o seu início em conformidade
com as normas ABNT e IEC. É importante que o projeto siga as normas NBR 5410 e NBR
13534, esta diretamente relacionada à segurança dos pacientes e corpo médico.
Um projeto baseado em normas e coerente com a realidade de casa AES
consegue assegurar uma segurança elétrica aos pacientes, corpo médico e proteção
aos equipamentos eletromédicos, reduzindo assim custos onerosos de parada
operacional, queima de equipamentos, proporcionando um aumento da continuidade
operacional do EAS. Cada vez mais esses ambientes estão caminhando para excelência
em seus processos e a energia elétrica é um dos pilares para que tudo ande coordenado
e seguro para todos.

5.5 SEÇÃO MÍNIMA DOS CONDUTORES DE PROTEÇÃO


A norma NBR 5410, define as seções mínimas aceitáveis para o condutor de proteção e
estas seções estão apresentados na Tabela 1.

TABELA 1 - SEÇÃO MÍNIMA DOS CONDUTORES DE ATERRAMENTO

O SISTEMA DE ATERRAMENTO

Lembre-se, a Tabela 1 apresenta apenas a seção mínima dos condutores de proteção


elétrica, os condutores de neutro não podem ser reduzidos a partir de 16mm2.

5.6 ATIVIDADES
1-Quais são os tipos de aterramento mencionados na NBR 5410? Descreva cada um
deles.

100
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

2-Quais são esquemas os aplicados para instalações alimentadas por baixa tensão?
Desenhe o(s) esquema(s) respondido(s):
O SISTEMA DE ATERRAMENTO

3-Defina eletrodo de aterramento

101
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4-Defina sistema de aterramento

5-O que é o DSI? Onde ele é empregado?

5.7 QUESTÕES DE CONCURSO PÚBLICO


01. Assinale a alternativa correta:
O aterramento de proteção consiste na ligação à terra das massas e dos elementos condutores estranhos à
instalação, visando à proteção contra:
a) choques elétricos por contato direto;
b) a atração de descarga elétrica;
c) a difusão de capacitâncias parasitas;
d) a presença da umidade contida no ar atmosférico;
e) ataque de materiais corrosivos.

02.(IFAL-2012)Qual esquema de aterramento representa a figura abaixo?

O SISTEMA DE ATERRAMENTO

a)Esquema TN-C.
b)Esquema IT.
c)Esquema TN-C-S.
d)Esquema TN-S.
e)Esquema TT.

102
03.(COPEL-2010)O condutor PE, conforme NBR5410:2004, deve ser utilizado:

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A) Nos circuitos da instalação predial que estejam dentro de DGs. Qualquer condutor utilizado para essa
finalidade deve ter cor específica: azul (exclusiva para diferenciação entre fases).
B) Nos circuitos da instalação predial que tenham risco de morte. Qualquer condutor utilizado para essa
finalidade deve ter cor específica: verde-amarelo ou cor verde (exclusiva para proteção).
C) Nos circuitos da instalação predial que tenham risco de morte. Qualquer condutor utilizado para essa
finalidade deve ter cor específica: verde-amarelo ou cor verde (exclusiva para proteção), prioritariamente
com o DR instalado.
D) Nos circuitos da instalação predial que tenham risco de morte. Qualquer condutor utilizado para essa
finalidade deve ter cor específica: verde-amarelo ou cor verde (exclusiva para proteção). Além disso, devem
ser instalados fusíveis e todas as sinalizações necessárias para esse fim.
E) Em todos os circuitos da instalação predial. Qualquer condutor utilizado para essa finalidade deve ter cor
específica: verde-amarelo ou cor verde (exclusiva para proteção).

04.(ESPP - 2012 – BANPARÁ) No sistema de aterramento conhecido por TN-C-S, a letra S tem o significado:

a) Um ponto diretamente aterrado.


b) Massas ligadas diretamente ao ponto de alimentação aterrado.
c) Funções de Neutro e de proteção combinadas em um único condutor PEN.
d) Funções de Neutro e de Proteção asseguradas por condutores distintos.
e) Funções de fase conjugada em sistema polifásicos.

05.(FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE))Considere:


I. Esquema de aterramento em que o neutro do secundário do transformador de alimentação é diretamente
aterrado, mas os condutores neutro e de proteção (PE) seguem separados em toda a instalação.
II. Esquema de aterramento em que o neutro do secundário do transformador é completamente isolado da
terra ou é aterrado por uma impedância de valor elevado.

Os códigos desses sistemas de aterramento são, respectivamente,


a) TN-C e TN-S.
b) IT e TN-C.
c) IT e TN-S.
d) TN-S e IT.
e) TN-S e TT.
05.(CONSULPLAN - 2012 - TSE)O aterramento elétrico tem como função proteger o usuário das descargas
atmosféricas, de cargas estáticas acumuladas nas carcaças dos equipamentos, além de facilitar o
funcionamento dos dispositivos de proteção, através da corrente desviada para a terra. De acordo com a
Norma 5410/97, os sistemas de aterramento das instalações de baixa tensão usando uma simbologia própria.
Assim, TN-C tem por significado:
a) T – um ponto diretamente aterrado / N – massas ligadas diretamente ao ponto de alimentação
aterrado / C – neutro e proteção em um único condutor.
b) T – um ponto diretamente aterrado / N – massas diretamente aterradas, independentemente do
aterramento eventual de um ponto de alimentação / C – neutro e proteção assegurados por
condutores distintos.
c) T – isolação de todas as partes vivas em relação à terra ou aterramento através de uma impedância
O SISTEMA DE ATERRAMENTO

/ N – massas diretamente aterradas, independentemente do aterramento eventual de um ponto de


alimentação / C – neutro e proteção em um único condutor.
d) T – isolação de todas as partes vivas em relação à terra ou aterramento através de uma impedância
/ N – massas ligadas diretamente ao ponto de alimentação aterrado / C – neutro e proteção
assegurados por condutores distintos.

06.(DOCAS-RJ) Sobre os sistemas de aterramento, é INCORRETO afirmar que:


a) O neutro é o fio responsável por conectar os aparelhos à terra, não tem função de fornecer potência.
b) Tendem a minimizar os danos causados por descargas elétricas e eletrostáticas.
c) Podem proteger as pessoas de levarem choques elétricos.
d) Podem ser inúteis se mal executados.

07.(DOCAS-RJ) Chamamos de aterramento a ligação intencional com a terra, que pode ser realizada
utilizando apenas os condutores elétricos necessários ou através da inserção de um resistor ou reator,
introduzindo uma impedância no caminho da corrente. São considerados por norma os esquemas TT, TN e IT.

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Com base nisso, é INCORRETO afirmar que:

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

a) A primeira letra dos esquemas indica a situação da alimentação em relação à terra, podendo ser um
ponto diretamente aterrado (T) ou nenhum ponto aterrado ou através de impedância (I).
b) A segunda letra indica as características do aterramento das massas, podendo ser T (massas diretamente
aterradas) ou N (massas ligadas diretamente ao ponto da alimentação aterrado, geralmente o neutro).
c) O esquema IT é utilizado exclusivamente em instalações de consumidores que utilizam transformador da
concessionária.
d) O esquema TN poderá ser do tipo TN-S (condutores distintos para neutro e proteção) ou TN-C
(se neutro e proteção forem o mesmo condutor PEN). Pode-se ter ainda um esquema misto TN-C-S.

O SISTEMA DE ATERRAMENTO

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6 SIMBOLOGIA ELÉTRICA

6.1 OBJETIVO
Ao final deste módulo o aluno deverá ser capaz de interpretar diagramas elétricos
utilizando simbologia padronizada conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas
– ABNT em sua norma NBR 5444.

6.2 AVALIAÇÃO
Prova escrita onde o(a) aluno(a) deverá demonstrar o conhecimento adquirido.

6.3 BIBLIOGRAFIA
●NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão
●NBR 5444 – Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais
●CREDER, Hélio – INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – 15ª Edição – Editora LTC.
●CAVALIN, Geraldo – INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Editora Érica - 14ª Edição.
●CERVELIN, Severino; CAVALIN, Geraldo – INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS TEORIA E
PRÁTICA – Editora Base Livros Didáticas - 22ª Edição

6.4 INTRODUÇÃO
No Brasil, a padronização da simbologia elétrica é definida pela norma NBR 5444, a
versão em vigor é a de 1989 e todos os diagramas devem ser executados conforme
descrito na referido documento.

A utilização padronizada de símbolos normatizados proporciona o entendimento


dos diagramas e a correta execução dos mesmos e diminui a possibilidade da
interpretação errada dos símbolos.

A simbologia apresentada a seguir contempla os símbolos mais utilizados, porém


caso o aluno deseje outros símbolos a norma NBR 5444 deve ser consultada.

6.5 SIMBOLOGIA
Será apresentada a seguir a simbologia padronizada pela norma NBR 5444.
Há utilização de alguns símbolos “paralelos”, ou seja, não padronizados, porém a
utilização deles deve ser evitada.
SIMBOLOGIA ELÉTRICA

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6.5.1 Tubulação e fiação

SIMBOLOGIA ELÉTRICA

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6.5.2 Quadros de Distribuição

6.5.3 Interruptores
SIMBOLOGIA ELÉTRICA

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6.5.4 Luminárias, Refletores e Lâmpadas

SIMBOLOGIA ELÉTRICA

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6.5.5 Tomadas
SIMBOLOGIA ELÉTRICA

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6.5.6 Transformadores e motores

SIMBOLOGIA ELÉTRICA

6.6 DIAGRAMA MULTIFILAR


É o diagrama onde a representação ocorre com toda a fiação, normalmente é
utilizado quando o detalhamento é fundamental para a correta execução do esquema
elétrico.

110
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6.7 DIAGRAMA UNIFILAR


É o diagrama mais utilizado porque é mais simples de ser interpretado em função da
quantidade menor de itens a ser representados, porém exige um conhecimento maior
da simbologia e da técnica para entendimento do esquema.
SIMBOLOGIA ELÉTRICA

A=>____________________________________________________________________________

B=>____________________________________________________________________________

C=>____________________________________________________________________________

6.8 QUESTIONÁRIO
1-Comente a importância do uso da simbologia padronizada pela norma NBR 5444 na
elaboração de diagramas elétricos.
111
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2-Descreva o significado dos símbolos

SIMBOLOGIA ELÉTRICA

3- O que significa a letra minúscula e o número entre dois traços?

112
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3 - Refaça os diagramas abaixo corrigindo os erros existentes.


SIMBOLOGIA ELÉTRICA

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6.9 QUESTÕES DE CONCURSO PÚBLICO


01.INFRAERO 2011 - Considere o esquema unifilar abaixo.

Para que os três interruptores comandem a mesma lâmpada, é necessário que o eletroduto X seja
representado por:
(A) duas fases e um retorno.
(B) duas fases e dois retornos.
(C) quatro retornos.
(D) dois retornos e um neutro.
(E) uma fase e três retornos.

02. (INFRAERO 2011) Em instalações elétricas prediais, recomenda-se associar a cor dos cabos às suas
funções. A alternativa que apresenta uma associação de acordo com a NBR 5410 é:

03. (UFPR-2008) A elaboração de um projeto requer o uso de uma simbologia normalizada. Considere os
símbolos e definições a seguir.

1.Condutor neutro no duto.


SIMBOLOGIA ELÉTRICA

2.Condutor fase no duto.


3.Condutor de retorno no duto.
4.Tomada de telefone no piso interno.
5.Tomada de luz média a 1300 mm do piso acabado.
6.Tomada de luz média a 300 mm do piso acabado.
Os símbolos estão corretamente definidos em:
a)1,2,5 e 6 apenas.
b)1, 2, 3 e 4 apenas.
c) 3,4 e 5 apenas.
d) 2, 4, 5 e 6 apenas.

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e) 1, 3, 4, 5 e 6 apenas.

04.(STU/REC–METROREC-2005) A Figura abaixo é parte de uma planta baixa de uma instalação elétrica e
representa um circuito de iluminação e tomada de um determinado ambiente onde a lâmpada de ser
comandada de dois pontos distintos através de interruptores paralelos
(Considere os símbolos e convenções)

A alternativa que apresenta o diagrama correto é:

a) b) c) d) e)

05.(UEAP/2014)A figura a seguir apresenta um símbolo recomendado pela norma NBR 5410, sobre Instalações
elétricas de baixa tensão, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas),utilizado para representação
de condutores em projetos elétricos.

O símbolo da figura representa o condutor de


(A)fase (F) antes da conexão ao disjuntor.
(B)neutro (N).
(C)proteção (PE).
(D)proteção combinado com as funções de neutro (PEN).

06.(UEAP/2014)A figura a seguir apresenta um símbolo recomendado pela norma NBR 5444, que trata de
símbolos gráficos para instalações elétricas prediais, da ABNT, utilizado para representação da forma de
instalação de eletrodutos em projetos elétricos.

O símbolo representado na figura corresponde à instalação de um eletroduto com diâmetro de 25 mm.


(A) aparente fixado ao teto ou à parede.
(B) aparente suspenso por tirante.
(C) embutido no piso.
SIMBOLOGIA ELÉTRICA

(D) embutido no teto ou na parede.

115
06.(FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) )Considere o esquema unifilar abaixo.

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Considere as descrições de circuitos fornecidas abaixo:

I. três tomadas baixas e 4 tomadas médias, todas bifásicas.


II. quatro tomadas baixas e três tomadas médias, todas monofásicas.
III. uma tomada alta bifásica.
IV. três tomadas altas monofásicas.
V. duas lâmpadas paralelas com dois pontos de comando.
VI. duas lâmpadas paralelas com três pontos de comando e duas outras lâmpadas, cada uma com um
ponto de comando independente.
VII. duas lâmpadas paralelas com dois pontos de comando e duas outras lâmpadas, cada uma com dois
pontos de comando independentes.
Os três circuitos que compõem a instalação elétrica estão expressos em:
Circuito 1 Circuito 2 Circuito 3
a) VII III II
b) VI I II
c) V II III
d) VII III I
e) VI II III

SIMBOLOGIA ELÉTRICA

116
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7 EMENDAS

7.1 OBJETIVO
Após este módulo o aluno estará capacitado a avaliar qual o melhor tipo de emenda a
ser aplicado para uma determinada situação, efetuar corretamente a solda e a isolação
das mesmas.

7.2 AVALIAÇÃO
Prova teórica sobre o tema abordado, bem como avaliação prática da execução de
emendas em laboratório durante o tema específico.

7.3 BIBLIOGRAFIA
●http://www.twenga.com.br/estanho-para-soldas.html acessado em 03/08/2013.
●http://www.soldabest.com.br/tecnicas_soldagem.htm acessado em 03/08/2013.

7.4 EMENDAS

Se liga...
Emendas devem ser feitas apenas em caixas de passagem, nunca no
interior de dutos.
As emendas são executadas para unir cabos permitindo que por eles passe a energia
elétrica, porém é muito comum a utilização de apenas um tipo de emenda, neste
módulo, o(a) aluno(a) conhecerá as principais formas de emenda em cabos utilizados
em instalações prediais e como realiza-las.

Se liga...
Emendas mal feitas são o principal causa de pontos de aquecimento em
uma instalação elétrica.
Antes de entrarmos no assunto emenda propriamente dito, iremos apresentar o material
necessário para que a emenda seja corretamente executada.

7.4.1 Materiais utilizados numa emenda


EMENDAS

7.4.1.1 Fita Isolante


A fita isolante é utilizada para recompor o isolamento retirado para a realização de
emendas, deve ser sempre a de melhor qualidade possível, a economia neste material
117
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pode posteriormente ser a causa de acidentes. As fitas isolantes podem ser em PVC ou
de Borracha, chamadas também de auto fusão.

7.4.1.1.1 Fita isolante de PVC


É Aplicável para a maioria de recomposição de isolação, o material isolante é o PVC e
não propaga chama, o adesivo normalmente é a base de resina de borracha, tem a
dificuldade de não ser resistente à umidade.

Atualmente a norma classifica a fita isolante de PVC em três Classes:

Classe A – Profissional;

Classe B – Industrial e Comercial;

Classe C – Residencial.

De uma forma geral, a recomendação é sempre utilizar, para recomposição de isolação,


fitas isolantes classe A. Basicamente elas diferem na espessura da matéria prima e
passam por 23 testes para serem homologadas.

No Brasil, este tipo de fita possui isolação de 750V.

Catalogoteca
http://www.prysmian.com.br/export/sites/prysmian-
ptBR/energy/pdfs/FitasIsolantes.pdf

http://www.tigre.com.br/pt/download_ficha.php?tipo_arq=produto&file=54502605.pdf
EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO
Fita isolante PVC Classe A - Rolo com 10m – Espessura 0,19mm – 750V – 90º - P44 Super Prysmian
Fita isolante PVC Classe A- Rolo com 10m - Espessura 0,19mm – 750V – 90º - 33+ 3M

7.4.1.1.2 Como isolar com a fita isolante de PVC


Para efetuar a isolação com a fita isolante de PVC deve-se seguir os seguintes passos:

1- Verifique e certifique-se que o local a ser isolado está limpo, isento de óleo ou
graxa;
2- Inicie a pelo menos 1cm da borda da área de onde se deseja isolar;
3- Tracione a fita, exercendo uma leve pressão sobre o material a ser isolado;
4- Cubra a área a ser protegida sempre aplicando 50% da camada superior da fita
sobre a inferior, efetuando uma sobreposição de camadas do material até que
chegue a 1cm da borda da área que se desejava isolar;
5- Sem cortar a fita, retorne cobrindo a área até o ponto inicial;
6- Corte a fita com um canivete ou estilete, não arrebente a fita.

Uma boa isolação possui pelo menos duas camadas de fita isolante

7.4.1.1.3 Fita isolante auto fusão


É uma fita isolante de auto fusão e alta tensão a base de borracha sintética de
etileno propileno, aplicável em locais onde a recomposição da isolação é necessária e o
ambiente é mais hostil quanto a umidade e o nível de tensão a ser isolado é superior a
EMENDAS

750V. Esta fita pode ser utilizada para níveis de tensão de até 69kV, porém o
procedimento que indicaremos a seguir é para baixas tensões.
A fita auto fusão tem este nome porque ela não possui adesivo, possui um

118
separador plástico o qual deve ser removida na aplicação, a adesão do isolante é feita

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naturalmente, fazendo com que o material isolante se torne um só, para tal, diferente da
fita isolante de PVC ela deve ser tensionada durante a sua instalação.

7.4.1.1.4 Como isolar com a fita isolante de auto fusão


1-Meça a quantidade de fita necessária par realizar a isolação;

2-Corte a quantidade medida;

3-Retire o plástico separador das camadas;

4-Tensionando a fita até que ela reduza a sua largura entre 30 e 40% cubra a área a ser
protegida sempre aplicando 50% da camada superior da fita sobre a inferior, efetuando
uma sobreposição de camadas do material até que chegue a 1cm da borda da área
que se desejava isolar;

5- Sem cortar a fita, retorne cobrindo a área até o ponto inicial;

6-Refaça este procedimento até que o pedaço que você cortou seja todo utilizado.

Se a fita ficar exposta a luz deve ser aplicado uma camada com 50% de
sobreposição da isolante de PVC classe A.
A Redução da largura da fita auto fusão entre 30 e 40% proporciona uma perfeita
fusão das camadas da fita.
Lembre-se uma boa isolação deve ter pelo menos duas camadas de material
isolante.

7.4.1.2 Fita isolante líquida


É um material isolante líquido utilizado para recomposição do isolamento, segundo
os fabricantes, cada 1mm oferece uma isolação de até 6500V.

FIGURA 94 - FORMAS DE COMERCIALIZAÇÃO DO ISOLANTE LÍQUIDO

7.4.1.3 Como isolar com a fita isolante líquida


1-Limpe o local a ser isolado retirando todo o óleo ou graxa;

2-Aplique com um pincel, por imersão, sobre o local a ser isolado;

3-Aguarde a secagem.

Link para o youtube


http://www.youtube.com/watch?v=eaR3OOtfPSY

7.4.1.4 Isolante termo contrátil ou termo retrátil


EMENDAS

Aplicável em isolamentos de baixa tensão, onde não há riscos com relação à


umidade, é o tipo de isolação mais fácil de ser aplicado e é muito recomendado para
emendas de prosseguimento.
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Trata-se de um isolante elétrico chamado poliolefina que ao ser aquecido ele


encolhe, fazendo com que a isolação fique aderida ao local desejado.
A Tabela 2 apresenta algumas dimensões de termo retráteis.
TABELA 2 - DIMENSÕES DOS TERMO RETRÁTEIS

7.4.1.5 Como aplicar o termo retrátil


1-Limpe o local a ser isolado retirando todo o óleo ou graxa;
2-Escolha um espaguete que tenha o diâmetro adequado para deslizar até o local que
se deseja isolar;
3-Corte, antes de colocar no fio, o tamanho adequado para executar a isolação,
lembrando que recomenda-se pelo menos 1 cm de cada lado de sobra para
recomposição da isolação;
4-Desloque o termo retrátil até o local que se deseja isolar;
5-Aplicando um soprador térmico, passe pelo termo retrátil até que o mesmo tenha
encolhido o suficiente para ficar firme sobre o local a ser isolado.
Lembre-se de movimentar o soprador, para que não fique insuflando ar quente
sobre um único local no termo contrátil.

7.4.1.6 Estanho
O estanho é um metal, porém para a sua utilização como solda, ele é adicionado
a um composto com outros metais, formando assim uma liga.
O tipo de liga da solda seja fio sólido ou fio com resina e o diâmetro do fio são
claramente indicados para a sua conveniência e facilidade de seleção.
O diâmetro dos fios de solda, com fluxo interno e sólido, variam de 0,5 – 2,4.
Selecione O diâmetro com base no tamanho da união soldada que será
executada.
Solda Estanho/Chumbo: As ligas estanho/chumbo são as mais utilizadas. Nestes casos de
solda, o conteúdo da liga é expresso em porcentagem de estanho e chumbo, com o
conteúdo de estanho sempre listado primeiro. Por exemplo, solda para uso geral 60/40,
tal como a Solda em Fio com Resina (189 MSX 10) tem 60% de estanho e 40% de chumbo.
EMENDAS

Além disso, há uma variedade de soldas para diferentes tipos de metais e serviços.

Serviços elétricos: A liga 60/40 é ideal para eletrônica e outras aplicações em que um
baixo ponto de fusão é desejável.
120
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Cobre e latão: Outra liga estanho/chumbo, 50/50 é preferida para aplicações em cobre
e latão. Os produtos adequados incluem a Solda em Fio com Resina 212 MSY e a Solda
de Fio Sólido 10A24.

Solda Lead-Free: Considerando os efeitos nocivos do chumbo para o meio ambiente,


surge a opção da solda “Lead Free” (isenta de chumbo). As ligas metálicas disponíveis e
mais utilizadas são a SAC 305 (96,5Sn/3,0Ag/0,5Cu) e a SACx 0307 (99,0Sn/0,3Ag/0,7Cu).

TIPO DE LIGA MATERIAL


SAC 305 Solda em Barra e Solda em Fio
SACx 0307 Solda em Barra

FIGURA 95 - FORMA DE APRESENTAÇÃO DO ESTANHO

7.4.2 Pasta para solda (Fluxo)

FIGURA 96 - EXEMPLO DE APRESENTAÇÃO DO FLUXO DE SOLDA

Um ferro de soldar elétrico é a melhor escolha para a soldagem doméstica de uso


geral. Ele aquece rapidamente e é cômodo para uso em pequenos serviços elétricos.
Escolha um modelo de 30/40/60 W para serviços elétricos e para a maioria dos reparos.
Um modelo de 100/200 W é mais adequado para serviços pesados.
Dimensione a ponta do ferro de solda de acordo com as peças a serem unidas. É
necessário uma que seja grande o suficiente para aquecer as superfícies até que funda
a solda e a faça fluir livremente, mas não tão grande que seja desajeitada para o uso ou
que possa danificar os componentes elétricos próximos.

7.4.2.1 Como Escolher o Fluxo Correto


As soldas são escolhidas conforme a peça a ser soldada e os fluxos são escolhidos
de acordo com a soldagem. Uma chave para o sucesso é obter a combinação correta
EMENDAS

dos dois.
Se as superfícies a serem conectadas estiverem limpas e isentas de ferrugem,
sujeira e graxa, então a maioria dos serviços de soldagem pode ser executada com
solda em fio com resina (fio de solda com fluxo interno). A utilização de solda com fluxo
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interno, tais como a 183 MSX, 189 MSX, 212 MSY, 235 MSY, 267 MEY, asseguram a
combinação correta de materiais que produzirão os resultados desejados.
Ao se utilizar a solda de fio sólido deve-se sempre utilizar o fluxo.
Todos os materiais têm uma oxidação superficial mesmo que não seja visível. O
fluxo é utilizado para limpar as superfícies a serem unidas, para permitir que a solda flua,
na forma de uma camada fina, e faça contato profundo com estas superfícies. Sem o
fluxo, a solda poderia assentar sobre este filme e uma união sólida seria impossível de
obter.
Para serviços elétricos, utilize o fluxo resinoso, pois não é condutivo nem corrosivo,
evitando a interferência na conexão elétrica. O mesmo tipo de fluxo deve ser adotado
para a solda em fio.
O fluxo resinoso funciona melhor em fios de cobre e fios estanhados, placas de
estanho limpas e superfícies revestidas com solda.
A pasta para soldar é indicada para serviços elétricos e é aplicada somente na
área a ser soldada, reduzindo o consumo de solda. É indicada principalmente na
soldagem de tubos capilares, na indústria de refrigeração, nas soldagens de tubos de
cobre de aquecimento central, terminais de baterias, etc. Uso geral, exceto eletrônica”.

Para serviços eletrônicos, o fluxo no clean é o mais indicado, pois não deixa resíduos
condutivos.
Mesmo ao utilizar solda em fio com resina, pode-se desejar usar fluxo adicional do
mesmo tipo para serviços pesados de solda.

7.5 A MAGESTADE, SRA. EMENDA


Para cada tipo de conexão existe uma emenda adequada, as principais e mais
conhecidas que poderão ser aplicadas na maioria dos casos serão apresentadas a
seguir:
As ferramentas necessárias para realizar as emendas são:

FIGURA 97 - FERRAMENTAS UTILIZADAS PARA EMENDAS

Especifique as ferramentas contidas na Figura 97.

Item Un. Quant. Descrição


EMENDAS

122
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Item Un. Quant. Descrição

7.5.1 Cabos rígidos


7.5.1.1 Emenda para caixa de passagem
Esta é com certeza a emenda mais executada em função da sua facilidade, mas
esteticamente não é a mais adequada, pois resulta em ponta e tensões mecânicas
inadequadas no cabo em função da dobra executada nos condutores nús para um dos
lados da isolação. Recomenda-se a utilização desta emenda apenas quando há pouco
cabo e o espaço para realizar movimentos é reduzido, como por exemplo dentro de
caixas de passagem.

Como proceder:

a) Retirar cuidadosamente aproximadamente cinco centímetros (50 vezes o diâmetro do


cabo) do revestimento isolador das extremidades dos dois fios que se quer emendar;

b) Raspar o fio até que fique completamente limpo e brilhante;

c) Cruzar os dois fios de modo que o ponto de intersecção fique a 2,5cm do revestimento
isolador e formando entre si um ângulo de aproximadamente 60º e fixá-los com um
alicate universal;
EMENDAS

123
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d) Com outro alicate universal torcer os fios para enrolá-los uniformemente, um em volta
do outro, deixando cerca de 0,5 cm sem enrolar nas extremidades;

e) Cortar e acertar as extremidades com um alicate;

f) Executar a solda;

g) Cobrir a emenda com fita isolante, começando a aplicar em uma das extremidades e
ir enrolando a fita em volta da emenda até que nenhum pedaço de metal do fio fique
descoberto. Como regra, deve-se colocar tanto isolamento quanto o que foi retirado.

Link para saber mais:

http://www.youtube.com/watch?v=2XyFEtKnkJk

7.5.1.2 Emenda de “bifurcação ou derivação”


Esta emenda é utilizada quando se deseja derivar uma alimentação para outro ponto, a
principal vantagem é a não interrupção do cabo principal.

a) Retirar cerca de 4 cm do isolamento do fio principal no local em que se quer a


emenda.

b) Remover aproximadamente 8 cm do isolamento, na extremidade do segundo fio.

c) Colocar os dois fios formando um ângulo reto (90º) e fixar com um alicate.
EMENDAS

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d) Com outro alicate, enrolar o segundo fio em volta do fio principal, deixando as duas
primeiras voltas mais abertas e as restantes mais unidas.

e) Utilizando-se de dois alicates universais, gire-os a partir das extremidades da emenda,


para que receba o aperto final.

f) A Emenda deve estar firme.

g) Efetuar a solda;

h) Cobrir a emenda com fita isolante, começando a enrolar a fita no segundo fio, cobri-
lo totalmente, começar a cobrir um dos lados do fio principal, enrolar até chegar ao fio
secundário, saltar sobre este e continuar a enrolar a fita do outro lado do fio principal.
Tudo isso de uma vez só, sem cortar a fita.

7.5.1.3 Emenda em prosseguimento (Western Union)


Esta é a emenda mais recomendada para o caso da necessidade de prosseguimento
de um circuito. Tem por vantagens:

 Menor volume deixado após a isolação;


 Maior área de contato entre os condutores emendados;
 Menor tensão mecânica entre os condutores.

a) Remover cerca de 10 cm do isolamento da ponta de cada fio.

b) Cruzar os dois fios de modo que o ponto de intersecção fique a 2,5cm do revestimento
isolador e formando entre si um ângulo de 90º. Fixe a interseção dos condutores com um
alicate de bico.
EMENDAS

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c) Utilizando-se de outro alicate, faça o entrelaçamento de uma das pontas sobre o


condutor adjacente, conforme a figura abaixo;

d) Repita o procedimento para outro condutor;

6 a 7 voltas

e) Executar a solda;
EMENDAS

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d) Cobrir a emenda com fita isolante, começando a aplicar em um dos lados e ir


enrolando a fita em volta até o outro lado, sem que nenhum pedaço de metal do fio
fique à mostra.

http://www.youtube.com/watch?v=1yZrMI_vYJg

7.5.2 Cabos Flexíveis


Emendas entre cabos flexíveis são semelhantes às emendas com cabos rígidos,
porém apresentam resultados melhores em função do entrelaçamento inicial dos
condutores.

7.5.2.1 Emendas para caixas de passagem


Não é recomendável a execução deste tipo de emenda para cabos flexíveis,
porém, caso não haja alternativa, proceda conforme a explicação a seguir.

Como proceder:

a) Retirar cuidadosamente aproximadamente cinco centímetros (50 vezes o diâmetro do


cabo) do revestimento isolador das extremidades dos dois fios que se quer emendar;

b) Entrelace os condutores, conforme a figura abaixo;


EMENDAS

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c) Cruzar os dois fios de modo que o ponto de intersecção fique a 2,5 cm do


revestimento isolador e formando entre si um ângulo de aproximadamente 60º e fixá-los
com um alicate universal, com o auxílio de um alicate universal, torça os condutores uns
sobre os outros.

d) com outro alicate universal, gire a emenda de forma a garantir um melhor aperto.

e) Corte as rebarbas;

f) Executar a solda;

g) Cobrir a emenda com fita isolante, começando a aplicar em uma das extremidades e
EMENDAS

ir enrolando a fita em volta da emenda até que nenhum pedaço de metal do fio fique
descoberto. Como regra, deve-se colocar tanto isolamento quanto o que foi retirado.

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7.5.2.2 Emenda derivação


Esta emenda é utilizada quando se deseja derivar uma alimentação para outro
ponto, a principal vantagem é o não seccionamento do cabo principal.

a) Retirar cerca de 4cm do isolamento do fio principal no local em que se quer a


emenda, tomando muito cuidado para não romper os fios

b) Remover aproximadamente 8cm do isolamento, na extremidade do segundo fio.

c) Fazer penetrar entre os condutores do cabo principal o cabo a ser derivado;

d) Colocar os dois fios formando um ângulo reto (90º) e fixar com um alicate.

e) Enrolar o segundo fio em volta do fio principal;

f) Com o auxílio de dois alicates universais, efetuar a torção para que haja aperto da
emenda. A emenda deve ficar firme.

g)Efetuar a solda;
EMENDAS

h) Cobrir a emenda com fita isolante, começando a enrolar a fita no segundo fio, cobri-
lo totalmente, começar a cobrir um dos lados do fio principal, enrolar até chegar ao fio

129
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secundário, saltar sobre este e continuar a enrolar a fita do outro lado do fio principal.
Tudo isso de uma vez só, sem cortar a fita.

http://www.youtube.com/watch?v=RTTeGdKl6Bc

7.5.2.3 Emenda em prosseguimento (Western Union)


Esta é a emenda mais recomendada para o caso da necessidade de prosseguimento
de um circuito. Tem por vantagens:

 Menor volume deixado após a isolação;


 Maior área de contato entre os condutores emendados;
 Menor tensão mecânica entre os condutores.

a) Remover cerca de 10cm do isolamento da ponta de cada fio.

b) Entrelaçar os dois condutores de modo que o ponto de intersecção fique a 2,5cm do


revestimento isolador e formando entre si um ângulo de 90º.

c) Faça o entrelaçamento de uma das pontas sobre o condutor adjacente, conforme a


figura abaixo;
EMENDAS

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d) Repita o procedimento para outro condutor;

e) Com auxílio de dois alicates universais, proceda o aperto final da emenda, deixando-a
firme e sem pontas.

f) Executar a solda;

g) Cobrir a emenda com fita isolante, começando a aplicar em um dos lados e ir


enrolando a fita em volta até o outro lado, sem que nenhum pedaço de metal do fio
fique à mostra.

7.5.3 Cabo Flexível X Cabo Rígido


7.5.3.1 Emenda tipo prolongamento para caixas de passagem
a) Retire o isolamento do condutor flexível aproximadamente 30 vezes o seu diâmetro e
do condutor rígido algo em torno de 50 vezes o seu diâmetro

b)Coloque-os a um ângulo de 90º deixando o cabo flexível com a sua isolação rente ao
cabo rígido porém distante a uma distância da isolação do cabo rígido de 20 vezes o
seu diâmetro;
EMENDAS

131
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c)Enrole o cabo flexível sobre o cabo rígido

d) Dobre o cabo rígido sobre a emenda

e) Com o auxílio de outro alicate, passe o condutor rígido sobre a emenda do condutor
flexível fazendo espiras até o término do condutor rígido;

f)Corte eventuais pontas


EMENDAS

132
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

g)Execute a solda;

h) Cobrir a emenda com fita isolante, começando a aplicar em um dos lados e ir


enrolando a fita em volta até o outro lado, sem que nenhum pedaço de metal do fio
fique à mostra.

7.5.3.2 Emendas tipo Derivação

7.5.3.2.1 Derivando um condutor Flexível de um condutor Rígido


a) Retire a isolação dos condutores, tomando o cuidado para não “machucar” o cobre;
b) Coloque os condutores a um ângulo de 90º entre eles;

c) Entrelace o condutor flexível sobre o condutor Rígido;

d) Passe um condutor rígido no mesmo sentido do entrelaçamento anterior, fazendo


como se fosse uma emenda derivação entre fios rígidos;
EMENDAS

133
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e) Com o auxílio de dois alicates universais proceda ao aperto da emenda, lembre-se,


ela deve ficar firme.

g)Execute a solda;

h) Cobrir a emenda com fita isolante, começando a aplicar em um dos lados e ir


enrolando a fita em volta até o outro lado, sem que nenhum pedaço de metal do fio
fique à mostra.

7.5.3.2.2 Derivação de um condutor Rígido para um Flexível

EMENDAS

7.5.3.3 A solda
O processo de soldagem é muito simples, porém deve ser seguido à risca se o desejo é
uma solda realmente com um efeito eficaz.

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Precauções:
• Nunca solde em áreas próximas de materiais inflamáveis de nenhuma espécie.

• Trabalhe com ventilação adequada.

• Ao utilizar fluxo halogenado, evite contato com a pele e os olhos.

• Use sempre proteção ocular.

1- Assegure-se de que as superfícies a serem unidas estejam limpas e isentas de sujeira,


gordura, ferrugem, corrosão, etc. Evite tocar na superfície limpa com as mãos
descobertas; a gordura da pele pode impedir a aderência adequada da solda.

2- Ligue o ferro de soldar ou a pistola e deixe esquentar. Deve-se "estanhar" a ponta nova
aplicando-se uma solda em fio com resina. Quando adequadamente estanhada, a
ponta ficará prateada. Um ferro mal estanhado não produzirá uma junção bem soldada.
Limpe a ponta do ferro de soldar em uma esponja úmida.

3- Se estiver sendo utilizado um fluxo separado, aplique-o com auxílio de uma escova,
pincel ou por imersão. Fluxos halogenados são produtos químicos fortes, portanto evite
contato com a pele.

4- Aqueça as superfícies a serem unidas mantendo o ferro de soldar ou pistola em um


ângulo de modo que a face da ponta assente comodamente na junção e a máxima
transferência de calor possa ocorrer do ferro para a junção.

O momento correto para aplicar a solda é quando a superfície de trabalho – não o


ferro – estiver suficientemente quente para fundir e deixar fluir a solda. Deixe a superfície
de trabalho aquecer suficientemente.

5- Alimente o fio de solda na junção, não na ponta do ferro ou da pistola. Quando


possível, aqueça a união a partir do lado de baixo e aplique a solda a partir do lado de
cima.

Se a área de junção não estiver suficientemente quente para fazer fundir e fluir a solda,
remova o fio de solda e continue a aquecer a junção.

Quando a área da junção estiver suficientemente quente, a solda funde-se


imediatamente e flui suavemente em uma camada fina. Se necessário, molde a solda
fundida com a ponta do ferro de tal modo que a junção fique completamente
preenchida e coberta.

6- Se a solda não aderir às superfícies, a união não foi corretamente limpa nem recebeu
fluxo suficiente. Espere a união esfriar, limpe-a novamente por completo. Aqueça e solde
novamente.

7- Pare a alimentação do fio de solda na junção, depois remova o ferro. Não movimente
a junção nem aplique pressão. Deixe a junção esfriar por cerca de 30 segundos para
“congelar” a solda no lugar.
EMENDAS

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Se liga...
Não aplique água ou assopre a emenda para acelerar o processo de
resfriamento.

7.6 ATIVIDADE
1-Quais são os cuidados que devemos ter ao executar uma emenda?

2-Identifique os tipos de emendas abaixo e onde elas são recomendadas.

a) b)

3-Cite os tipos de materiais utilizados na isolação


EMENDAS

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4-Descreva o processo da soldagem

5- Quais os pontos devem ser levados em consideração para que uma emenda seja
adequada?

6-Como se aplica uma fita isolante de autofusão?


EMENDAS

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EMENDAS

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

8 TOMADAS ELÉTRICAS

8.1 OBJETIVO
Após este módulo o aluno estará capacitado a executar instalação de tomadas,
observando os critérios normatizados pela NBR5410 e interpretar os diagramas unifilares e
multifilares para a correta instalação deste “equipamento”.

8.2 AVALIAÇÃO
Prova teórica sobre o tema abordado, bem como avaliação prática da execução
de instalação de tomadas elétricas.

8.3 BIBLIOGRAFIA
●NBR 5410 – Instalações em baixa tensão
NBR 14136 – Tomadas e plugs
●http://stellatech.com.br/blog/2013/06/descarte-consciente/lampada-fluorescente-04/
acessado em 18/08/2013
●http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/examine-turma-meios-economizar-
energia-432246.shtml - acessado em 18/08/2013

8.4 NORMATIZAÇÃO
A preocupação com a segurança de plugues e tomadas de uso doméstico
começou a ser discutida na década de 80, quando o Conselho Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro) considerou estes produtos prioritários
para a concessão da Marca da Conformidade às normas brasileiras.
Em setembro de 1983, o Inmetro aprovou o Regulamento Específico para Plugues e
Tomadas de uso doméstico e tornou obrigatória a certificação desses produtos de
acordo com as normas técnicas de segurança publicadas pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT). A Norma dizia respeito apenas à segurança dos produtos e não
fazia menção ainda à padronização.
A padronização começou a ser discutida na mesma ocasião em foros técnicos
nacionais e internacionais, que concluíam que a segurança de plugues e tomadas
apresentava relação direta com a criação de um padrão único.
A proposta ganhou corpo na década de 90 e a International Electrotechnical
Commision (IEC) publicou a norma IEC 60906-01 propondo a criação de um padrão
internacional. No Brasil, a abertura do mercado a produtos importados mostrou que a
rede elétrica podia variar muito e ameaçar a segurança desses produtos. Além disso,
com a globalização, percebeu-se que estavam sendo usados no país aproximadamente
12 modelos diferentes de plugues e oito de tomadas.
A ABNT, seguindo a tendência mundial e inspirada na norma da IEC, montou um
TOMADAS ELÉTRICAS

comitê formado por fabricantes de plugues e tomadas e fabricantes de eletroeletrônicos


e editou a norma ABNT NBR 14136 criando o padrão brasileiro em julho de 1998.
A norma brasileira foi submetida a uma análise crítica por parte do Inmetro, que a
considerou adequada para ser usada como base para o regulamento técnico
promulgado em 2000, tornado assim a padronização compulsória.
Mais de dez anos foram decorridos na fase de transição para a adequação ao
padrão, cujo prazo se encerrou em 30 de junho de 2011.

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As tomadas brasileiras atendem à norma NBR 14136 e este padrão é único no mundo.

FIGURA 98 - MODELO DA TOMADA PADRÃO ABNT

Existem tomadas para 10A em que os seus furos possuem 4,5 mm de diâmetro e
tomadas para 20A em que seus furos possuem 5,0 mm de diâmetro.

8.5 PADRÃO DE LIGAÇÃO


A tomada deve ser ligada atendendo o padrão apresentado na Figura 99

FIGURA 99 - LIGAÇÃO DA TOMADA


TOMADAS ELÉTRICAS

Onde F é a fase, N o neutro e T o fio de proteção ou terra.

A tomada é representada pelo símbolo de um triângulo e dependendo da


aplicação possui algumas variações:

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FIGURA 100 - SIMBOLOGIA DE TOMADA

A tomada possui então este tipo de ligação:

Diagrama Multifilar Diagrama Unifilar


TOMADAS ELÉTRICAS

Em se tratando de tomadas de uso específico, as chamadas TUE, a norma utiliza


representar além do número do circuito, uma abreviação do que será alimentado por
ela, bem como a sua potência em volt-amperes.

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8.6 DIMENSIONAMENTO
A norma NBR 5410/2004 dita como padrão para dimensionamento de tomadas as
seguintes regras:

Plugues e tomadas podem ser empregados como dispositivos de comando


funcional, desde que sua corrente nominal não seja superior a 20 A.

A seção dos condutores de fase de tomadas não pode ser inferior a 2,5mm2.

8.6.1 Número de pontos de tomada


O número de pontos de tomada deve ser determinado em função da destinação
do local e dos equipamentos elétricos que podem ser aí utilizados, observando-se no
mínimo os seguintes critérios:

a) em banheiros, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada, próximo ao


lavatório, atendidas as restrições de 9.1 da norma NBR 5410;

b) em cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, cozinha-área de serviço,


lavanderias e locais análogos, deve ser previsto no mínimo um ponto de tomada para
cada 3,5 m, ou fração, de perímetro, sendo que acima da bancada da pia devem ser
previstas no mínimo duas tomadas de corrente, no mesmo ponto ou em pontos distintos;

c) em varandas, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada;

NOTA Admite-se que o ponto de tomada não seja instalado na própria varanda, mas
próximo ao seu acesso, quando a varanda, por razões construtivas, não comportar o
ponto de tomada, quando sua área for inferior a 2 m2 ou, ainda, quando sua
profundidade for inferior a 0,80 m.

d) em salas e dormitórios devem ser previstos pelo menos um ponto de tomada para
cada 5 m, ou fração, de perímetro, devendo esses pontos ser espaçados tão
uniformemente quanto possível;

NOTA: Particularmente no caso de salas de estar deve-se atentar para a possibilidade de


que um ponto de tomada venha a ser usado para alimentação de mais de um
equipamento, sendo recomendável equipá-lo, portanto, com a quantidade de tomadas
julgada adequada.

e) em cada um dos demais cômodos e dependências de habitação devem ser previstos


pelo menos:

― um ponto de tomada, se a área do cômodo ou dependência for igual ou inferior a


2,25 m2. Admite-se que esse ponto seja posicionado externamente ao cômodo ou
dependência, a até 0,80 m no máximo de sua porta de acesso;

― um ponto de tomada, se a área do cômodo ou dependência for superior a 2,25 m2 e


igual ou inferior a 6 m2;
TOMADAS ELÉTRICAS

― um ponto de tomada para cada 5 m, ou fração, de perímetro, se a área do cômodo


ou dependência for superior a 6 m2, devendo esses pontos ser espaçados tão
uniformemente quanto possível.

A potência a ser atribuída a cada ponto de tomada é função dos equipamentos


que ele poderá vir a alimentar e não deve ser inferior aos seguintes valores mínimos:

a) em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais

142
análogos, no mínimo 600 VA por ponto de tomada, até três pontos, e 100 VA por ponto

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para os excedentes, considerando-se cada um desses ambientes separadamente.


Quando o total de tomadas no conjunto desses ambientes for superior a seis pontos,
admite-se que o critério de atribuição de potências seja de no mínimo 600 VA por ponto
de tomada, até dois pontos, e 100 VA por ponto para os excedentes, sempre
considerando cada um dos ambientes separadamente;

b) nos demais cômodos ou dependências, no mínimo 100 VA por ponto de tomada.

8.6.2 Exemplo
Vamos dimensionar os seguintes ambientes:
Para o ambiente abaixo, represente a fiação para alimentação das tomadas.

Ambiente Área Perímetro N° de Carga Instalada


m2 m tomadas VA
Área de Serviço 1,5x3 m
Cozinha 3,0x3,0 m
Banheiro Social 1,5x3,0m
Quarto 1 3,0x3,0 m
Quarto 2 2,5x4,0 m
Quarto 3 3,0x4,0 m
Banheiro Suite 2,0x3,0 m
Garagem 5,0x3,0 m
Sala de estar 5,0x3,0 m
Varanda quarto 1 1,0x3,0m
Varanda Quarto 2 2,0x2,0m
Varanda quarto 3 2,0x4,0m
Corredor 1,5x4,0m
TOMADAS ELÉTRICAS

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Diagrama Funcional

Diagrama Unifilar

8.7 QUESTÕES DE CONCURSO


TOMADAS ELÉTRICAS

01.(SANEPAR 2013) - Segundo a norma NBR 5.410, a potência a ser atribuída a cada ponto de
tomada em uma instalação de baixa tensão é em função dos equipamentos que esse ponto
poderá vir a alimentar.
Em relação às potências mínimas a serem observadas em banheiros, cozinhas, copas, copas-
cozinhas, áreas de serviços, lavanderias e locais análogos, assinale a alternativa correta.
a) 200 VA por ponto de tomada até 3 pontos e 100 VA por ponto excedente.
b) 400 VA por ponto de tomada até 2 pontos e 150 VA por ponto excedente.
c) 600 VA por ponto de tomada até 3 pontos e 100 VA por ponto excedente.
d) 600 VA por ponto de tomada até 4 pontos e 200 VA por ponto excedente.
e) 800 VA por ponto de tomada até 4 pontos e 150 VA por ponto excedente.

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02.(UEAP/2014)Na instalação de tomadas elétricas embutidas monofásicas de baixa tensão, as


posições dos terminais de neutro e de terra devem obedecer a uma ordem estabelecida pela
ABNT.
A figura que atende à recomendação da ABNT é:

a) b) c) d)

03.(UFJF 2014) Em um projeto que foi realizado seguindo a norma NBR-5.410, observa-se que, em
um dormitório, foi considerado o número de 6 tomadas de uso geral. Desta forma, é CORRETO
afirmar que o cômodo:
a ) tem mais de 30 metros de perímetro.
b ) tem, no máximo, 30 metros de perímetro.
c ) tem, exatamente, 30 metros de perímetro.
d ) tem, no máximo, 36 de área.
e ) tem mais de 36 de área.
TOMADAS ELÉTRICAS

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9 ILUMINAÇÃO

9.1 OBJETIVO
Após este módulo o aluno conhecerá o princípio de funcionamento dos principais
tipos de lâmpadas.

9.2 AVALIAÇÃO
Prova teórica sobre o tema abordado, bem como avaliação prática da execução de
instalação de lâmpadas elétricas.

9.3 BIBLIOGRAFIA
●NBR 5410 Instalações em Baixa tensão
●http://stellatech.com.br/blog/2013/06/descarte-consciente/lampada-fluorescente-04/
acessado em 18/08/2013
●http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/examine-turma-meios-economizar-
energia-432246.shtml acessado em 18/08/2013
●http://www.museulight.com.br/Biblioteca/BibliotecaDetalhe.aspx?id=49 acessado em
18/08/2013
●http://www.howstuffworks.com/search.php?terms=led - acessado em 18/08/2013
●http://www.lighting.philips.com.br/pwc_li/br_pt/connect/Assets/pdf/GuiaBolso_Sistema_
09_final.pdf - acessado em 18/08/2013
●http://www.intral.com.br/downloads - acessado em 18/08/2013
●http://eletroduto.blogspot.com.br/2011_05_01_archive.html - acessado em 18/08/2013
● http://pt.wikipedia.org/wiki/Diodo_emissor_de_luz - acessado em 04/11/2014
●http://www.osram.com.br/osram_br/noticias-e-conhecimento/pagina-de-
led/conhecimento-profissional/principios-basicos-do-led/historico-do-led/index.jsp -
acessado em 04/11/2014
●http://www.olimpiada.fiocruz.br/nobel%20fisica%202014%20vai%20para%20inventores%2
0do%20LED%20azul - acessado em 04/11/2014
●http://revistalutadeclasses.org/?p=590#sthash.VuzNcmd8.dpbs - acessado em
04/11/2014
● http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/dicasemail/led/dica36.htm - acessado em
04/11/2015
●http://pt.wikipedia.org/wiki/Diodo_emissor_de_luz - cite_note-1 - acessado em
14/11/2015
●http://www.cepa.if.usp.br/energia/energia2000/turmaA/grupo6/temperatura_cor.htm -
acessado em 20/11/2015

9.4 TEMPERATURA DA COR


Antes De iniciarmos o estudo sobre as lâmpadas, há um conceito importante que é
necessário falarmos, que é a temperatura da cor. Este conceito é utilizado para se
projetar um ambiente mais ou menos aconchegante dependendo da sua necessidade.

Quando falamos de luz quente ou luz fria não estamos nos referindo a maior ou menor
quantidade de calor por ela dissipada sob efeito joule, mas sim ao tom de cor que ela
ILUMINAÇÃO

dá ao ambiente.

Luz quente - se refere ao tom mais avermelhado - produz maior relaxamento-


lâmpada 2700 K (1427 ºC) tem tonalidade quente, cor quente.

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Luz fria - se refere ao tom mais claro do amarelo ao branco que é a cor mais fria - maior
atividade - lâmpada 7000K (6727 ºC ), não é coincidência esta é aproximadamente a
temperatura da superfície do Sol, observe que as atividades são executadas com maior
disposição no decorrer do dia enquanto o Sol ainda brilha,tem tonalidade fria, cor similar
às lâmpadas fluorescentes. Agora para que você já sabe como iluminar com bom gosto
e elegância.

Nas residências a temperatura de cor deve variar entre 2700 a 5000 K.

Áreas sociais e dormitórios - luz quente - ambientes de relaxamento.

Área de serviço, cozinha, banheiros, sala de estudos - tom frio - induzindo à


atividade.

FIGURA 101 - RELAÇÃO DA TEMPERATURA DA COR COM O TIPO DE LÂMPADA

Para saber um pouco mais entre no endereço abaixo.

Link para o youtube

https://www.youtube.com/watch?v=etenKMhu_5s

9.5 TIPOS DE LÂMPADA


9.5.1 Introdução
A muito tempo atrás Thomas Alva Edson, disse: “Haverá um dia que somente os
ricos iluminarão suas casas com velas”. Hoje as lâmpadas vêm passando por grande
desenvolvimento tecnológico, estas alterações visão principalmente à economia e o
ILUMINAÇÃO

bem estar do “homem” pois, encontramos no mercado lâmpadas de diversos tipos e


para diversas aplicações com diferentes princípios de funcionamento.

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

9.5.2 Lâmpadas Incandescentes Comuns


A lâmpada incandescente de hoje praticamente não mudou desde que foi
patenteada por Thomas Alva Edson em 1879. A iluminação incandescente resulta da
passagem de corrente elétrica por um fio em forma de espiral e de alta resistência
elétrica, que torna tudo incandescente devido ao seu aquecimento. Quanto maior a
temperatura do fio, maior é a quantidade de luz emitida.

FIGURA 102 - PARTES CONSTITUINTES DA LÂMPADA INCANDESCENTE

À medida que acendemos e apagamos a lâmpada incandescente tradicional, o


fio metálico dentro do bulbo de vidro vai se gastando, se consumindo com o calor até
que se rompe e não deixa mais passar corrente elétrica, e a lâmpada deixa de produzir
luz.

No endereço abaixo, você consegue ver como é o funcionamento da lâmpada


incandescente.

Link para o youtube

https://www.youtube.com/watch?v=qmWpbykZBBQ

https://www.youtube.com/watch?v=dEwRG9EpWzY

TABELA 3 - INFORMAÇÕES SOBRE AS LÂMPADAS INCANDESCENTES

Entre os diversos tipos de lâmpadas existentes no mercado, a incandescente


ILUMINAÇÃO

comum é a mais utilizada, especialmente em residências, sejam decorativas ou


refletoras, talvez por ser a mais antiga e a mais barata.

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

9.5.2.1 Características
●Filamento: é feito de tungstênio por possuir um alto ponto de fusão e um baixo ponto de
vaporização. Dessa forma, permite o uso de maiores temperaturas de funcionamento e
um maior rendimento, em comparação com outros metais.

●Bulbo: sua finalidade é isolar o fio do meio externo, proteger o conjunto interno, alterar a
iluminância da fonte de luz e serve também como forma decorativa.
Os bulbos costumam ser feitos de vidro-cal, um tipo de vidro macio e com baixa
temperatura de amolecimento; de vidro boro-silicato, um tipo duro que resiste a altas
temperaturas, ou ainda de vidro-pirex, resistente a choques térmicos.

Segurança!
Ambientes em que temos máquinas rotativas que são constantemente
manuseadas por pessoas, como por exemplo esmeril, tornos, recomenda-se
a instalação de lâmpadas incandescentes próximas aos equipamentos, pois
este simples ato faz com que o efeito estroboscópico seja eliminado,
evitando acidentes.
Estas lâmpadas estão proibidas de serem comercializadas no Brasil a partir de
2014.
ILUMINAÇÃO

149
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

9.5.3 Lâmpadas Incandescentes Halógenas


ILUMINAÇÃO

Têm o mesmo princípio de funcionamento das lâmpadas incandescentes comuns,


porém, foram acrescidas de gases halógenos que, dentro do bulbo, se combinam com
as partículas de tungstênio desprendidas do filamento. Essa combinação, acrescida às

150
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correntes térmicas da lâmpada, faz com que as partículas se depositem de volta no


filamento, constituindo o ciclo degenerativo do halogênio.
Dessa forma, a lâmpada incandescente halógena possui maior vida mediana,
maior eficiência luminosa e, como tem condições de evitar o escurecimento da
lâmpada, possui uma luz mais branca e uniforme. Muito utilizada por projetistas e
decoradores, é aplicada em fachadas, áreas de lazer, teatros e até faróis de
automóveis.

●Meio interno: o filamento é preservado por mais tempo quando envolto por um gás
inerte, normalmente, uma mistura de argônio e nitrogênio. O criptônio é o gás inerte que
causa menores perdas, mas, devido ao seu preço, é usado apenas em lâmpadas
especiais.

●Base: tem por função fixar a lâmpada e conectar o seu circuito de alimentação ao
sistema elétrico.

No endereço abaixo, você conseguirá aprender um pouco mais sobre o funcionamento


da lâmpada halógena.

Link para o youtube


https://www.youtube.com/watch?v=_810f-07i0k

TABELA 4 - INFORMAÇÕES ADICIONAIS SOBRE LÂMPADAS INCANDESCENTES HALÓGENAS

FIGURA 103- LÂMPADA HALÓGENA

9.5.4 Lâmpadas Fluorescentes


As lâmpadas fluorescentes são conhecidas como “luz fria”, pois emitem menos
calor para o ambiente que as incandescentes. São constituídas de um tubo de vidro em
forma de cilindro, preenchido com argônio, e sua superfície interior é coberta com uma
ILUMINAÇÃO

camada de pó fluorescente (fósforo). Contêm vapor de mercúrio e um filamento, cuja


função nessas lâmpadas é diferente da função que tem nas lâmpadas incandescentes.

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FIGURA 104- PARTES DE UMA LÂMPADA FLUORESCENTE

Ao passar pelo filamento, a corrente elétrica provoca uma descarga no gás do


interior do tubo, levando os elétrons do gás a colidir com os átomos de mercúrio.
Quando voltam a um estado de equilíbrio, esses átomos emitem uma energia na
forma de radiação ultravioleta, a luz é produzida pelo encontro dessa radiação com a
superfície do tubo de vidro coberta com pó fluorescente. Este tipo de lâmpada precisa
de reator para controlar e limitar a corrente elétrica que faz com que a lâmpada
funcione.

TABELA 5 - INFORMAÇÕES ADICIONAIS SOBRE LÂMPADAS FLUORESCENTES

As lâmpadas Fluorescentes divergem quanto ao seu diâmetro, que podem ser T10,
T8 E T5 conforme a sua potência, tecnologia construtiva e rendimento, conforme
apresentado na Tabela 6.
Para aprender um pouco mais sobre as lâmpadas fluorescentes, acesse ao
endereço abaixo:
No primeiro endereço, você conseguirá visualizar como as lâmpadas fluorescentes
são fabricadas.
No segundo haverá o princípio de funcionamento da lâmpada fluorescente.
Link para o youtube

https://www.youtube.com/watch?v=HcYc0pv8OyA

TABELA 6 - DIÂMETRO DA LÂMPADA FLUORESCENTE TUBULAR


ILUMINAÇÃO

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Conforme o seu diâmetro, é possível obter um rendimento melhor para a


lâmpada, pois a relfexão da luz que retorna para a lâmpada é menor quanto menor for
o seu diâmetro. Esta afirmação pode visualizado na Figura 105.

FIGURA 105 - COMPARAÇÃO DA REFLEXÃO DA LÂMPADA EM RELAÇÃO AO SEU DIÂMETRO

Se liga...
Lâmpadas fluorescentes devem ser corretamente descartadas, pois
possuem metais como o mercúrio, que são muito tóxicos. Por isto não
devem ser descartados como lixo comum.
As lâmpadas fluorescentes convencionais possuem as seguintes características:
ILUMINAÇÃO

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FIGURA 106 - CARACTERÍSTICAS DAS LÂMPADAS FLUORESCENTES 15 E 30W

FIGURA 107 - CARACTERÍSTICAS DAS LÂMPADAS FLUORESCENTES 20, 40 E 110W


ILUMINAÇÃO

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FIGURA 108 - CARACTERÍSTICAS DAS LÂMPADAS FLUORESCENTES 16 E 32W

As lâmpadas fluorescentes são ligadas às lâmpadas conforme os esquemas


apresentados a seguir:

FIGURA 109 – ESQUEMA DE LIGAÇÃO DE REATOR 127/220V À(S) LÂMPADA(S) FLUORESCENTE(S)

FIGURA 110 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO DE REATOR BIVOLT À(S) LÂMPADA(S) FLUORESCENTE(S)

Conhecendo um pouco mais


UMA EXPLICAÇÃO MAIS DETALHADA DO FUNCIONAMENTO DA LÂMPADA
FLUORESCENTE
ILUMINAÇÃO

155
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

1. Elétrons livres (bolinhas vermelhas), gás argônio (bolinhas amarelas) ionizado


e vapor de mercúrio (bolinhas pretas) constituem o plasma contido no tubo.
São partículas eletricamente carregadas, em movimento sob a ação do
intenso campo eletromagnético entre os eletrodos da lâmpada.
2. Durante o movimento, elétrons do mercúrio são excitados pelo choque com
os elétrons livres do argônio e passam para órbitas de maior energia. Dessa
situação eles decaem para níveis mais baixos, liberando a energia
excedente sob a forma de fótons de radiação ultravioleta (UV)
3. Os fótons de UV chocam-se com a camada de fósforo da superfície do
tubo, excitando alguns elétrons desse elemento para níveis energéticos mais
altos. No retorno para as posições anteriores, o átomo de fósforo libera
energia - ou seja, fótons de radiação visível

Conhecendo um pouco mais


FUNCIONAMENTO DO STARTER
O projeto clássico de uma lâmpada fluorescente, que está fora de uso hoje em dia, usava
um starter especial para iluminar o tubo. Você pode ver como este sistema funciona no
diagrama abaixo.

Quando a lâmpada liga, o caminho de menor resistência é através de um circuito


secundário e através do starter. Neste circuito, a corrente passa pelos eletrodos nas duas
extremidades do tubo. Estes eletrodos são filamentos simples, como aqueles encontrados na
lâmpada incandescente. Quando a corrente passa pelo circuito secundário, a eletricidade
aquece os filamentos. Isto libera elétrons da superfície do metal e os envia para dentro do
tubo de gás, ionizando o gás.
Ao mesmo tempo, a corrente elétrica inicia uma sequência interessante de eventos no
starter. O starter convencional é uma lâmpada de descarga pequena que contém néon ou
algum outro gás. A lâmpada de descarga tem dois eletrodos posicionados um ao lado do
outro. Quando a eletricidade é inicialmente passada através do circuito secundário, um
arco elétrico (em inglês) - essencialmente um fluxo de partículas carregadas - pula entre
estes eletrodos para fazer uma conexão. Este arco ilumina a lâmpada de descarga da
mesma maneira que um arco maior ilumina uma lâmpada fluorescente.

Um dos eletrodos é uma tira bimetálica que se entorta quando é aquecida. A pequena
quantidade de calor da lâmpada de descarga acesa entorta a tira bimetálica, então ela
faz contato com o outro eletrodo. Com os dois eletrodos se tocando, a corrente não
precisa pular mais como um arco. Consequentemente, não vão existir partículas
carregadas fluindo através do gás e a luz se apaga. Sem o calor da luz, a tira bimetálica
esfria, se afastando do outro eletrodo. Isto abre o circuito.
ILUMINAÇÃO

Dentro do invólucro do starter da lâmpada fluorescente convencional existe uma pequena


lâmpada de descarga no gás, quando isto acontece, os filamentos já ionizaram o gás no
tubo fluorescente, criando assim um meio eletricamente condutivo. O tubo só precisa de

156
uma variação de tensão pelos eletrodos para estabelecer um arco elétrico. Esta variação é

Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016


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fornecida pelo reator da lâmpada, que é um tipo de transformador especial conectado ao


circuito.
Quando a corrente flui pelo circuito secundário, ela cria um campo magnético em parte do
reator. Este campo magnético é mantido pelo fluxo da corrente. Quando o starter é aberto,
a corrente é brevemente cortada do reator. O campo magnético cai, o que cria um salto
repentino na corrente, assim o reator libera a sua energia acumulada. O reator, o starter e a
lâmpada fluorescente são conectados a um circuito simples.

Este aumento repentino de corrente ajuda a criar a tensão inicial necessária para
estabelecer o arco elétrico através do gás. Ao invés de fluir pelo circuito secundário e pular
através do intervalo no starter, a corrente elétrica flui pelo tubo. Os elétrons livres colidem
com os átomos, liberando outros elétrons que criam íons. O resultado é um plasma, um gás
composto principalmente de íons e elétrons livres, todos se movendo livremente. Isto cria um
caminho para uma corrente elétrica.
O impacto dos elétrons voando mantém os dois filamentos quentes que continuam a
emitir novos elétrons para dentro do plasma. Enquanto houver corrente CA e os filamentos
não estiverem desgastados, a corrente irá continuar a fluir através do tubo.

9.5.5 Lâmpadas Fluorescentes Compactas


Com tamanho reduzido, foram criadas para substituir as lâmpadas
incandescentes.
Quando comparadas às incandescentes, essas lâmpadas possuem maior vida útil,
rendimento até cinco vezes maior e geram uma economia de energia de até 80%.
A economia de energia que o uso dessa lâmpada gera representa uma redução
significativa da exploração dos recursos naturais, uma vez que, com menor consumo,
menor será a necessidade de novas usinas para produzi-la.

TABELA 7 - INFORMAÇÕES ADICIONAIS SOBRE LÂMPADAS FLUORESCENTES COMPACTAS

Mas estas lâmpadas também possuem algumas desvantagens, a começar pelo


custo, que são muito maiores que as incandescentes, além disso, quando utilizados em
minuteria ou associadas a sensor de presença, tem a sua vida útil diminuída
sensivelmente. Além disso, o índice de reprodução ode cores da lâmpada fluorescente
compacta é inferior ao índice de outras lâmpadas.
ILUMINAÇÃO

157
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
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FIGURA 111 - TIPOS DE LÂMPADAS FLUORESCENTES COMPACTAS

O princípio de funcionamento das lâmpadas fluorescentes compactas é muito


semelhante às lâmpadas fluorescentes normais.

FIGURA 112- FUNCIONAMENTO DA LÂMPADA FLUORESCENTE COMPACTA


ILUMINAÇÃO

158
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
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FIGURA 113 - REPRESENTAÇÃO EXTERNA DAS LÂMPADAS FLUORESCENTES

Com o fim da produção de lâmpadas incandescentes, as lâmpadas fluorescentes


devem ser as mais populares até que as lâmpadas de led diminuam seu preço.

9.5.6 Lâmpadas de Luz Mista


Estas são constituídas por um tubo com vapor de mercúrio em série com um
filamento incandescente de tungstênio que, para além de produzir um fluxo luminoso,
atual também como estabilizador da lâmpada.

Deste modo, apresentam características comuns às lâmpadas de


incandescência, fluorescentes e vapor de mercúrio, pois:

● O filamento emite luz por incandescência

● O tubo de descarga a vapor de mercúrio emite luz intensa de cor azulada

● A radiação invisível (ultravioleta), em contato com a camada fluorescente do tubo,


gera uma luz amarelada.
ILUMINAÇÃO

FIGURA 114 - COMPONENTES DE UMA LÂMPADA MISTA

Estas lâmpadas dispensam a utilização do ignitor uma vez que o filamento além de
produzir luz, limita sob a forma de resistência a corrente de funcionamento, podendo ser

159
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ligadas diretamente aos 230V. As suas vantagens e desvantagens estão resumidas


abaixo.

Vantagens Desvantagens
Não necessita de equipamento auxiliar Baixa eficiência 25lm/W
Vida útil próxima de 8000 h Restrições na posição de Operação
IRC~60
Impossibilidade de religar de imediato
As lâmpadas mistas possuem as seguintes características:

FIGURA 115 - CARACTERÍSTICAS DA LÂMPADA MISTA

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO
Lâmpada Mista 250W – 220V

9.5.7 Lâmpadas de Vapor de Mercúrio


A base construtiva destas lâmpadas é um tubo de quartzo, contendo vapor de
mercúrio em alta pressão, capaz de suportar elevadas temperaturas, possuindo em cada
extremidade um eletrodo principal e numa das extremidades outro eletrodo auxiliar.

FIGURA 116 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO DE UMA LÂMPADA VAPOR DE MERCÚRIO


ILUMINAÇÃO

160
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FIGURA 117 - PARTES CONSTITUINTES DA LÂMPADA VAPOR DE MERCÚRIO

Junto a um dos eletrodos principais existe um eletrodo auxiliar também chamado


de eletrodo de partida, que se encontra ligado em série com o resistor de partida. O
tubo de descarga contém argônio, gás inerte que facilita a formação do arco inicial e
também gotas de mercúrio. quando a tensão é aplicada à lâmpada cria-se um campo
elétrico entre o eletrodo auxiliar e o principal. O arco elétrico gerado entre eles provoca
um aquecimento que leva à elevada temperaturas e as gotas de mercúrio são
vaporizadas durante o processo de aquecimento e acendimento da lâmpada e à
ionização do gás e o aparecimento de vapor de mercúrio. Neste momento a
impedância interna da lâmpada é reduzido a quase zero, mas é mantido pelo reator,
por isto a lâmpada não queima.

Vantagens Desvantagens
Vida média alta ~9000 horas Distorção das cores pela emissão
monocromática
Eficiência razoável (45 a 55 lm/W) Equipamento auxiliar
IRC ~ 45 Partida lenta
Não funcionam com tensão abaixo do seu
valor nominal
Impossibilidade de religar de imediato
As lâmpadas vapor de mercúrio possuem as seguintes características elétricas:
ILUMINAÇÃO

FIGURA 118 - CARACTERÍSTICAS DAS LÂMPADAS VAPOR DE MERCÚRIO DE 80, 125, 250 E 500W

161
EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO

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Lâmpada a vapor de mercúrio, ovóide, 250W

9.5.8 Lâmpada de Vapor Metálico


Surgida há cerca de 40 anos, a lâmpada de multivapores metálicos vem sendo
aperfeiçoada e, atualmente, apresenta um conjunto de vantagens que faz dela o
produto mais completo e interessante existente no mercado, sob todos os aspectos
importantes na iluminação geral. Muito mais eficiente durável e gerando menos calor do
que as incandescentes comuns e halógenas oferece reprodução de cor muito superior
às lâmpadas de vapor de sódio e de mercúrio. Supera em brilho e intensidade a
fluorescente, possibilitando direcionar melhor a luz.
É amplamente utilizada na iluminação de lojas – especialmente de vitrines – e
grandes áreas, como estádios de futebol, ginásios de esportes, praças, fachadas e
monumentos, na iluminação de destaque e até mesmo em residências finas. Sua luz
branca embeleza e enobrece o ambiente, proporcionando conforto visual e gerando
baixa carga térmica.

9.5.8.1 Evolução
A lâmpada de vapor metálico é uma lâmpada de vapor de mercúrio
aperfeiçoada. Além do mercúrio, contém iodetos metálicos que alteram o espectro das
irradiações, obtendo-se um rendimento luminoso muito maior e uma luz de qualidade
muito superior, devido à melhor reprodução de cores.
A descarga elétrica da lâmpada, normalmente, se processa em um tubo de
quartzo. Um desenvolvimento recente trouxe a tecnologia do tubo cerâmico,
considerado um upgrade da morte vapor metálico comum. As lâmpadas de tubo
cerâmico têm vida mais longa, são mais eficientes e apresentam uma reprodução de
cores mais constante - qualidades que as colocam em uma categoria "Premium" em
relação às demais.
As lâmpadas de multi-vapores metálicos são divididas em três grupos principais,
tendo em vista seu formato: tubulares, elipsoidais e refletoras.

9.5.8.1.1 Tubulares
São oferecidas em uma grande variedade de tipos, com arco curto (para
luminárias compacta se luz, predominantemente, concentrada ou dirigida) ou arco
longo (luminárias grandes, luz difusa), com tecnologia tradicional de quartzo ou
tecnologia avançada e de tubo cerâmico, com potência baixa, média ou alta
conforme a área a ser iluminada. Podem ter duas bases (base bilateral) para fixação e
contato ou uma base só.
Todas as lâmpadas tubulares necessitam de uma luminária fechada com vidro de
proteção para que possam ser utilizadas.

9.5.8.1.2 Elipsoidais
Possuem um bulbo exterior de forma ovóide. Tratando-se de lâmpadas com potência
igual ou inferior a 150W, podem ser usadas em luminárias abertas. As de potência maior
(250W ou 400W), em geral possuem um bulbo externo revestido com camada
ILUMINAÇÃO

fluorescente, destinam-se à iluminação com luz difusa e, não obstante a existência do


bulbo externo, só pode ser instalada em luminárias fechadas.

9.5.8.1.3 Refletoras

162
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Já vêm prontas para se direcionar a luz em uma determinada direção. A solução


proposta pela lâmpada refletora é dispensar o uso da luminária, o que era considerado
uma grande vantagem em algumas aplicações.

9.5.8.2 Aplicações
Para os arquitetos, todas as categorias de lâmpadas multi-vapores metálicos são
importantes, atendendo a uma ampla gama de projetos: grandes áreas como estádios,
praças, avenidas, fachadas e halls de edifícios, monumentos, pavilhões de exposição,
iluminação de qualidade em residências, estabelecimentos comerciais, locais de lazer,
de atividades culturais e esportivas e em todo o lugar onde se queira realçar elementos
artísticos ou estéticos e que necessitem de um IRC (Índice de reprodução de cores)
aceitável.
Estádios de futebol são iluminados por lâmpada vapor metálico porque permitem
que as camisas e detalhes sejam melhor visualizados no que tange à suas cores.
A lâmpada vapor de metálico é instalada conforme o esquema apresentado na
Figura 119.

FIGURA 119 - ESQUEMA DE INSTALAÇÃO DA LÂMPADA VAPOR METÁLICO

As lâmpadas vapor metálico possuem as seguintes características elétricas:


ILUMINAÇÃO

FIGURA 120 - CARACTERÍSTICAS DAS LÂMPADAS VAPOR METÁLICO DE 70, 150, 250 E 400W

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO
Lâmpada Tubular – Vapor de metálico – 400W

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9.5.9 Lâmpadas de Vapor de Sódio


As lâmpadas de vapor de sódio podem ser encontradas sob duas formas distintas
de operação, sendo elas:
●Lâmpadas de sódio de alta pressão;
●Lâmpadas de sódio de baixa pressão;
As lâmpadas de sódio de alta pressão conseguem, devido à introdução de
mercúrio, ter um espectro mais alargado, permitindo uma melhor reprodução de cores.
Estas são constituídas por um tubo de descarga de óxido de alumínio, encapsulado num
invólucro de vidro. O tubo é preenchido por um composto de sódio e mercúrio, além de
uma mistura gasosa de néon e argônio, que serve para iniciar a partida da lâmpada. A
principal perda em relação às congêneres de baixa pressão é o fato de terem uma
menor eficiência luminosa, contudo apresentam um melhor IRC. No geral, as lâmpadas
de vapor de sódio, são as mais utilizadas na iluminação pública, à característica
amarelada do fluxo luminoso são especialmente úteis em locais com forte ocorrência de
nevoeiro. São de seguida apresentadas na Tabela.

Vantagens Desvantagens
Boa eficiência luminosa, para altas
Distorção das cores pela emissão monocromática
potências
Equipamento auxiliar
Partida lenta
Vida média alta (9000 a15000 horas) Não funcionam com tensão abaixo do seu valor
nominal
Impossibilidade de religar de imediato
As lâmpadas vapor de sódio funcionam a partir de um impulso elétrico de alta
tensão que faz com que haja a polarização do material existente no tubo de descarga e
aí inicia a condução de elétrons pelo tubo dando início ao funcionamento da lâmpada,
porém este processo demanda um tempo para a estabilização da lâmpada.

FIGURA 121 – COMPONENTES DAS LÂMPADAS VAPOR DE SÓDIO


ILUMINAÇÃO

164
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FIGURA 122- ESQUEMA DE INSTALAÇÃO DA LÂMPADA VAPOR DE SÓDIO

As figuras abaixo apresentam as características da lâmpada vapor de sódio

FIGURA 123 - CARACTERÍSTICAS DA LÂMPADA VAPOR DE SÓDIO OVÓIDE


ILUMINAÇÃO

165
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FIGURA 124 - CARACTERÍSTICAS DA LÂMPADA VAPOR DE SÓDIO TUBULAR

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO
Lâmpada Vapor de sódio alta pressão Tubular – 400W – Receptáculo E54

9.5.10 Lâmpadas de LED


9.5.10.1 A história do led
A iluminação gerada por LED, diodos emissores de luz, não é tão nova assim,
segundo algumas fontes, o efeito da fotoluminescência foi descoberto em 1907 pelo
inglês Henry Joseph Round que descobriu que materiais inorgânicos podem acender
quando uma corrente elétrica é aplicada. No mesmo ano, ele publicou sua descoberta
no jornal "Electrical World", entretanto como ele estava trabalhando principalmente em
um novo sistema de orientação para o transporte marítimo essa descoberta foi
inicialmente esquecida.
Em 1921, o físico russo, Oleg Lossew, observa novamente o "efeito circular" da
emissão de luz. Entre os anos de 1927 e 1942, Oleg examinou e descreveu esse fenômeno
em mais detalhes.
O físico francês, Georges Destriau, que hoje recebe o crédito como inventor da
eletroluminescência, descobre em 1935 a emissão de luz no sulfeto de zinco. Em honra
ao físico russo ele chama o efeito de "Luz de Lossew".
O primeiro diodo de emissor de luz vermelho (tipo GaAsP), foi desenvolvido em
1962 pelo americano Nick Holonyak. Este LED, o primeiro com o comprimento de onda
visível marca o nascimento do LED produzido industrialmente.
Em 1971, novas cores, verde e amarela de LED são desenvolvidas.
ILUMINAÇÃO

Estamos no ano de 1993, quando o japonês Shuji Nakamura desenvolve o primeiro


LED azul brilhante e um LED muito eficiente na faixa do espectro verde (diodo InGaN).
Algum tempo depois ele também desenvolve o LED branco.
O LED com eficiência superior a 100 lumens por watt foram criados em 2006. Já em

166
2010 surgem os LED com eficiência luminosa gigante de 250 lúmens por watt.

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Os físicos samu Akasaki, Hiroshi Amano e Shuji Nakamura e inventores dos diodos
emissores de luz azul foram laureados com o Prêmio Nobel em 7 de outubro de 2014.
Tal invenção proporcionou a criação do LED Branco.

9.5.10.2 O FUNCIONAMENTO DO LED


O LED é composto por um material semicondutor (geralmente são baseados em
silício-mesmo elemento que compõe areia da praia). Esses materiais só conduzem
eletricidade sobre condições especiais. Uma técnica utilizada é a dopagem desses
materiais com átomos que tenham mais ou menos elétrons que a base semicondutora.
Se ele tiver excesso de elétrons será um material tipo N se tiver falta será tipo P. Ao realizar
uma junção PN e aplicar uma tensão adequada teremos a condução de eletricidade. A
figura a seguir mostra o funcionamento de um LED genérico:

FIGURA 125 - ESQUEMÁTICO DE FUNCIONAMENTO DO LED

Na Figura 125 temos os círculos vermelhos indicando os elétrons na banda de


condução e os círculos brancos indicando as lacunas (falta de elétrons) na banda de
valência, quando os elétrons voltam a banda de valência que é menos energética, no
caso do LED, liberam esse excesso de energia na forma de luz.

9.5.10.2.1 PRODUÇÃO DAS CORES DA LUZ DE LED


A “cor” da luz emitida pelo diodo emissor de luz será determinada pela diferença
de energia entre essas bandas que por sua vez são determinadas por qual combinação
de átomos utilizados na dopagem. A Tabela 8 e a Figura 126 apresentam algumas cores
características emitidas por um LED em função do comprimento de onda que conforme
o material utilizado na dopagem.

TABELA 8 - TIPOS DE DOPAGEM X COR EMITIDA PELO LED

SEMICONDUTOR COR DA LUZ COMPRIMENTO DA


ONDA
Arsenieto de gálio e alumínio Infravermelha 880 nm
Arsenieto de gálio e alumínio Vermelha 645 nm
Fosfato de alumínio, índio e Amarela 595 nm
ILUMINAÇÃO

gálio
Fosfato de gálio Verde 565 nm
Nitreto de gálio Azul 430 nm

167
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FIGURA 126 - APRESENTAÇÃO CROMÁTICA DE ALGUMAS CORES DE LED

Os semicondutores de LED consistem de combinações dos elementos como, por


exemplo, fosfetos ou arsenietos. Há diversas combinações, cada uma delas libera
diferentes quantidades de energia de acordo com o gap de energia do material do
semicondutor. Quando os transportadores de carga são recombinados, os fótons são
emitidos de acordo com os níveis de energia distintos específicos. Isso especifica a cor da
luz em particular. Por exemplo, a luz azul é produzida se um nível alto de energia for
liberado e será luz vermelha se um nível menor de energia for emitido. Assim a luz
monocromática (cor única) é produzida. E a seguir está um recurso especial do LED:
Cada cor de luz de LED é limitada por uma faixa muito estreita de comprimento de onda
(palavra-chave: comprimento de onda dominante) que, da mesma forma, somente
representa uma cor de luz específica. O único espectro que não pode ser produzido
diretamente pelo chip é o espectro de luz branca, uma vez que a luz branca representa
uma mistura de todas as cores de luz.
Há dois métodos para produzir luz de LED branca, a fotoluminescência e mistura
adicional de cores, ambos serão apresentados a seguir.

9.5.10.2.2 Fotoluminescência: Os LEDs azuis se tornam brancos


Este procedimento utiliza o fenômeno da fotoluminescência. Uma camada fina de
fósforo é aplicada à parte superior do LED azul. A luz azul rica em energia das ondas
ILUMINAÇÃO

curtas do LED estimula a camada de fósforo a acender e ela emite luz amarela de baixa
energia. Parte da luz azul é então transformada em luz branca. O tom da cor da luz
branca pode variar com a medida do corante do fósforo. Diferentes tons de branco

168
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como, por exemplo, o branco quente, branco neutro ou branco frio são assim
produzidos.

FIGURA 127 - REPRESENTAÇÃO DA PRODUÇÃO DA LUZ BRANCA POR UM LED (CORTESIA OSRAM)

9.5.10.2.3 A luz branca da mistura adicional de cores


O segundo método para produzir luz de LED branca é baseado no princípio da
mistura adicional de cores. Nesse caso, a luz branca é produzida pela mistura das luzes
vermelha, verde e azul (RGB) em diferentes comprimentos de onda, conforme
apresentada na Figura 128. A vantagem desse método é que a cor da luz pode ser
alterada pelo controle especificado. A luz branca bem como as luzes coloridas podem
assim ser produzidas conforme desejado. Esse processo é usado, por exemplo, nos
aparelhos de TV de LED onde os LEDS são usados para produzir a iluminação das imagens
e a iluminação de fundo.
ILUMINAÇÃO

FIGURA 128 - APRESENTAÇÃO DA PRODUÇÃO DA LUZ BRANCA PELA ASSOCIAÇÃO DE CORES RGB

A Figura 128 também apresenta alguns materiais utilizados na dopagem do


semicondutor que produz a cor da luz emitida pelo LED.

169
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9.5.10.3 EFICIÊNCIA DO LED


Atualmente o LED apresenta eficiência luminosa de 140 lumens por watt, todavia,
em laboratório, segundo a OSRAM, já há experimentos cuja a eficiência chegou a 220
lumens/watt o que faz com que este tipo de iluminação supere até a lâmpada vapor de
sódio de alta pressão. O artigo está apresentado abaixo. Esta comunicação foi traduzia
automaticamente pelo Google.

FIGURA 129 - TRADUÇÃO LIVRE DE COMUNICADO À IMPRENSA FEITO PELA OSRAM

ILUMINAÇÃO

FIGURA 130 - TABELA COMPARATIVA ENTRE OS TIPOS DE LÂMPADAS EXISTENTES NO MERCADO. (OSRAM)

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9.5.10.4 OS LEDS NÃO LIBERAM CALOR


A luz emitida pelos LEDs é fria devido a não presença de infravermelho no feixe luminoso.
Entretando, os LEDs liberam a potência dissipada em forma de calor e este é um fator que deve
ser levado em consideração quando do projeto de um dispositivo com LEDs, pois a não
observância deste fato poderá levar o LED a uma degradação acentuada do seu fluxo luminoso,
bem como redução da sua vida útil. Boa parte da potência aplicada ao LED é transformada em
forma de calor e a utilização de dissipadores térmicos deverá ser considerada a fim de que o
calor gerado seja dissipado adequadamente ao ambiente, permitindo que a temperatura de
junção do semicondutor esteja dentro dos limites especificados pelo fabricante

9.5.10.5 BENEFÍCIOS NO USO DOS LEDS


 Maior vida útil: Dependendo da aplicação, a vida útil do equipamento é longa, sem
necessidade de troca. Considera-se como vida útil uma manutenção mínima de luz igual
a 70%, após 50.000 horas de uso
 Custos de manutenção reduzidos: Em função de sua longa vida útil, a manutenção é bem
menor, representando menores custos.
 Eficiência: Apresentam maior eficiência que as Lâmpadas incandescnetes e halógenas e,
hoje, muito próximo da eficiência das fluorescentes ( em torno de 50 lumens / Watt ) mas
este número tende a aumentar no futuro.
 Baixa voltagem de operação: Não representa perigo para o instalador.
 Resistência a impactos e vibrações: Utiliza tecnologia de estado sólido, portanto, sem
filamentos, vidros, etc, aumentando a sua robustez.
 Controle dinâmico da cor: Com a utilização adequada, pode-se obter um espectro
variado de cores, incluindo várias tonalidades de branco, permitindo um ajuste perfeito da
temperatura de cor desejada.
 Acionamento instantâneo: Tem acionamento instantâneo, mesmo quando está operando
em temperaturas baixas.
 Controle de Intensidade variável: Seu fluxo luminoso é variável em função da variação da
corrente elétrica aplicada a ele, possibilitando, com isto, um ajuste preciso da intensidade
de luz da luminária.
 Cores vivas e saturadas sem filtros: Emite comprimento de onda monocromático, que
significa emissão de luz na cor certa, ( veja espectro de cores ) tornando-a mais viva e
saturada. Os LEDs coloridos dispensam a utilização de filtros que causam perda de
intensidade e provocam uma alteração na cor, principalmente em luminárias externas, em
função da ação da radiação ultravioleta do sol
 Luz direta, aumento da eficiência do sistema: Apesar de ainda não ser a fonte luminosa
mais eficiente, pode-se obter luminárias com alta eficiência, em função da possibilidade
de direcionamento da luz emitida pelo LED.
 Ecologicamente correto: Não utiliza mercúrio ou qualquer outro elemento que cause dano
à natureza.
 Ausência de ultravioleta: Não emitem radiação ultravioleta sendo ideais para aplicações
onde este tipo de radiação é indesejada pois, o ultra violeta “desbota” as cores por isto o
LED é aplicável em museus, lojas de roupas, etc...
 Ausência de infravermelho: Também não emitem radiação infravermelho, fazendo com
que o feixe luminoso seja frio.
 Com tecnologia adequada P.W.M, é possível a dimmerização entre 0% e 100% de sua
intensidade, e utilizando-se Controladores Microprocessados, obtém-se novas cores,
oriundas das misturas das cores básicas. Que são: branco, azul, verde, azul, verde,
amarelo, vermelho.
 Ao contrário das lâmpadas fluorescentes que tem um maior desgaste da sua vida útil no
momento em que são ligadas, nos LEDs é possível o acendimento e apagamento
rapidamente possibilitando o efeito “flash”, sem detrimento da vida útil
ILUMINAÇÃO

9.5.10.6 LED, UM LONGO CAMINHO A SEGUIR


Embora a iluminação por LED tenha vindo para ficar e substituir as fontes de iluminação
existentes, o LED apresenta ainda um longo caminho para evoluir uma vez que, sua aplicação e
seu rendimento tem, a cada dia, alcançado novos patamares.

171
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9.5.11 Comparação entre os diversos tipos de lâmpadas


A Tabela 9 apresenta a comparação entre a eficiência das lâmpadas mista,
halógena vapores de mercúrio e de sódio.

TABELA 9 - COMPARAÇÃO ENTRE ALGUNS TIPOS DE LÂMPADAS

Potência Mista Halógena Vapor de Vapor Metálico


500W 500W Mercúrio 250W 150W
Lúmens 14.000 9.500 13.000 11.000
Lúmens/W 28 19 52 73,33
Vida útil 10.000 2.000 24.000 12.000
Hora da vida útil/W 20h/W 4 h/W 96 h/W 80 h/W
Preço (R$) 27,00 3,60 23,00 48,95
Consumo (R$)/ dia 3,00 3,00 1,50 0,90
Consumo (R$)/mês 90,00 90,00 45,00 27,00
Consumo (R$)/ano 1.080,00 1.080,00 540,00 324,00
Abaixo, apresentamos outro compartaivo entre os diversos tipos de lâmpadas. Em
função de se tratar de fontes diferentes, alguns valores podem ser divergentes do
apresentado na Tabela 9.

FIGURA 131 - COMPARAÇÃO ENTRE AOS DIVERSOS TIPOS DE LÂMPADA

9.5.12 Reatores
São dispositivos utilizados para a operação adequada das lâmpadas de
descarga, cuja função é limitar a corrente e fornecer as condições necessárias para a
partida.
ILUMINAÇÃO

FIGURA 132 - TIPOS DE REATORES (KEIKO)

Como cada tipo de lâmpada demanda uma corrente diferente, para cada uma
é necessário um tipo específico de reator. Assim, ao definir o tipo de lâmpada a ser
usado, estabelecemos os parâmetros para a escolha do reator mais adequado. A

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questão que se coloca a partir daí é como escolher um conjunto reator-lâmpada que
seja eficiente do ponto de vista energético.
O primeiro ponto a ser analisado é que nem sempre a solução com custo inicial
mais baixo é a mais econômica, se considerarmos o custo de operação durante toda a
vida útil do equipamento. Inicialmente, deve-se optar por reatores que apresentem as
menores perdas.
Normalmente os reatores são ligados em série com os reatores.

9.5.12.1 Reatores Eletrônicos


Um dos problemas fundamentais gerados pelos reatores eletrônicos é a geração
de harmônicos para a rede. Para evitar este problema, a norma brasileira de reatores
impõe níveis admissíveis de harmônicos gerados pelos reatores. Para evitar então a
propagação desta sujeira na rede, os fabricantes utilizam-se de filtros.
A seguir, apresentamos algumas tabelas contendo valores característicos de
reatores.

FIGURA 133 - VALORES CARACTERÍSTICOS PARA REATORES


ILUMINAÇÃO

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FIGURA 134 - VALORES CARACTERÍSTICOS PARA REATORES

ILUMINAÇÃO

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FIGURA 135 - VALORES CARACTERÍSTICOS PARA REATORES PARA LÂMPADAS EM DESCARGA


ILUMINAÇÃO

FIGURA 136 - VALORES CARACTERÍSTICOS PARA REATORES PARA LÂMPADAS VAPOR METÁLICO

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EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇÃO
Reator Vapor Metálico 400W - Uso Interno – 220V – Alto Fator de Potência
Reator Lâmpada Fluorescente – Eletrônico – 2X16W - Uso Interno – 220V – Alto Fator de
Potência

9.6 DIMENSIONAMENTO DA ILUMINAÇÃO


A seção da fase dos circuitos de iluminação não podem ser inferiores a 1,5mm2.
Em cada cômodo ou dependência deve ser previsto pelo menos um ponto de luz
fixo no teto, comandado por interruptor.
NOTAS
1 Nas acomodações de hotéis, motéis e similares pode-se substituir o ponto de luz fixo no teto por
tomada de corrente, com potência mínima de 100 VA, comandada por interruptor de parede.
2 Admite-se que o ponto de luz fixo no teto seja substituído por ponto na parede em espaços sob
escadas, depósitos, despensas, lavabos e varandas, desde que de pequenas dimensões e onde a
colocação do ponto no teto seja de difícil execução ou não conveniente.
3 Na determinação das cargas de iluminação, como alternativa à aplicação da ABNT NBR 5413,
conforme prescrito na alínea a) de 4.2.1.2.2, pode ser adotado o seguinte critério:
a) em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 m2, deve ser prevista
uma carga mínima de 100 VA;
b) em cômodo ou dependências com área superior a 6 m2, deve ser prevista uma carga
mínima de 100 VA para os primeiros 6 m2, acrescida de 60 VA para cada aumento de
4m2 inteiros.

NOTA Os valores apurados correspondem à potência destinada a iluminação para efeito de


dimensionamento dos circuitos, e não necessariamente à potência nominal das lâmpadas.

9.7 ATIVIDADES
01-Vamos dimensionar a iluminação para os seguintes ambientes:

Ambiente Área Perímetro Lâmpadas Carga Instalada


m2 m VA
Área de Serviço 1,5x3,0 m 1
Cozinha 3,0x3,0 m
Banheiro Social 1,5x3,0m
Quarto 1 3,0x3,0 m
Quarto 2 2,5x4,0 m
Quarto 3 3,0x4,0 m
Banheiro Suite 2,0x3,0 m
Garagem 5,0x3,0 m
Sala de estar 5,0x3,0 m
Varanda quarto 1 1,0x3,0m
Varanda Quarto 2 2,0x2,0m
Varanda quarto 3 2,0x4,0m
Corredor 1,5x4,0m

02- Descreva o funcionamento da lâmpada fluorescente:


ILUMINAÇÃO

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03-Como se evita o efeito estroboscópico em máquinas girantes?

04-Complete com verdadeiro ou falso para as afirmações abaixo, corrigindo caso a


resposta seja falsa.

a)( ) A lâmpada fluorescente necessita de ignitor para funcionar;

b)( )A lâmpada vapor de sódio possui excelente IRC;

c)( )O ignitor é um dispositivo que serve para injetar alta-tensão em lâmpadas vapor de
mercúrio para o seu funcionamento;

d)( ) Os reatores são ligados em paralelo com as lâmpadas;

e)( )Reatores eletrônicos podem injetar harmônicos na rede.

05-Desenhe o esquema de ligação de um reator vapor de mercúrio.


ILUMINAÇÃO

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06 – Um empresário deseja alterar a iluminação de escritório, atualmente ele utiliza 6


Lâmpadas incandescentes de 150W. Especifique qual a potência de lâmpadas poderia
ser utilizada para iluminar o ambiente, levando-se em conta que o índice de
iluminamento seja mantido. Faça a relação com todos os tipos de lâmpadas que já
estudamos.

ILUMINAÇÃO

07-Qual das lâmpadas é mais eficiente? Justifique utilizando como base a Tabela 9.

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08-Cite três características da lâmpada Led.

9.7.1 QUESTÕES DE CONCURSO PÚBLICO


01.(SANEPAR 2013) - As lâmpadas são os principais elementos usados nos projetos de Luminotécnica e
existem vários tipos de lâmpadas, para os mais diversos ambientes e aplicações.
Sobre os tipos de lâmpadas existentes, considere afirmativas a seguir.
I. As lâmpadas incandescentes possuem bulbo de vidro, em cujo interior existe um filamento de tungstênio
espiralado, que é levado à incandescência pela passagem da corrente. Atualmente, consegue-se um alto
fluxo luminoso das novas lâmpadas incandescentes, devido aos filamentos de dupla espiralagem feitos de
tungstênio puríssimo.
II. As lâmpadas halógenas são lâmpadas incandescentes nas quais se adicionam internamente ao bulbo
elementos halógenos como o iodo ou o bromo, que participam de um processo químico que necessita de
altas temperaturas, por isso os bulbos são geralmente de quartzo para que suportem temperaturas acima de
250°C.
III. As lâmpadas multivapor metálico são lâmpadas de vapor de mercúrio nas quais se introduzem outros
elementos (iodetos, brometos) em seu tubo de descarga, de forma que o arco elétrico se realize numa
atmosfera de vários vapores misturados. São especialmente recomendadas quando se quer ótima
qualidade na reprodução de cores como em lojas, shoppings, estádios, pistas de corrida, principalmente
quando se pretende transmissão de imagens em cores.
IV. A lâmpada dicroica é uma lâmpada fluorescente com bulbo de quartzo, no centro de um refletor com
espelho multifacetado, que possui facho de luz bem delimitado, mais frio, pelo fato de transmitir
aproximadamente 80% da radiação infravermelha para a parte superior da lâmpada. É dispensável o uso de
transformador na sua instalação.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

02.(IFRN-2011) A potência de radiação emitida por uma fonte de luz em todas as direções do espaço e
capaz de produzir uma sensação de luminosidade através do estímulo da retina ocular, refere-se à definição
da grandeza
A)intensidade luminosa que é medida em candela (cd).
B) iluminância que é medida em lux (lx).
C) eficiência luminosa que é medida em lúmen por watt (lm/W).
D) fluxo luminoso que é medido em lúmen (lm).

03.(UFJF 2014) Pela NBR-5.410, os condutores elétricos utilizados em circuitos de iluminação devem ter seção
mínima de:
a ) 0,5 mm2
b )1,0 mm2
c )1,5mm2
ILUMINAÇÃO

d )2,0 mm2
e )2,5 mm2

04.(IFAL-2012) Uma lâmpada incandescente com uma corrente elétrica 0,5 A, quando a tensão em seus
terminais vale 220 V, e o fluxo luminoso emitido é de 1100 lúmens.
Nessas condições, a eficiência energética da lâmpada, em lúmens/watt, é:

179
a)5.

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b)15.
c)12.
d)10.
e)18.

05.(IFPB-2013) Sobre as lâmpadas fluorescentes é CORRETO afirmar que:


a) Reator tem por finalidade provocar um aumento de tensão durante a ignição e uma limitação da
Corrente durante o funcionamento da lâmpada.
b) São constituídas por um tubo em cujas paredes internas é fixado um material fluorescente e onde se
efetua uma descarga elétrica à alta pressão.
c) O bulbo das lâmpadas fluorescentes é tubular e de vidro, e em suas extremidades encontram-se eletrodos
de níquel (catodos).
d) Starter tem por finalidade provocar um aumento de tensão durante a ignição e uma limitação da
corrente durante o funcionamento da lâmpada.
e) Quanto mais próximo de um for o fator de potência dos reatores, maior quantidade de potência é
necessário para o funcionamento da lâmpada.

06.(COGRH-2002) O efeito das oscilações da tensão elétrica na luminosidade das lâmpadas incandescentes,
é denominado de:
a) Efeito Corona.
b) Efeito Estroboscópio.
c) Cintilações ou “Flickers”.
d) Distorções Harmônicas

07.(COGRH-2002) Sobre Sistemas de Iluminação, assinale a alternativa errada.


a) A "temperatura da cor" de uma lâmpada expressa a aparência de cor da luz emitida por esta, sendo a
sua unidade o KELVIN.
b) Quanto mais alta a "temperatura da cor" de uma lâmpada, mais branca é a aparência da luz emitida
pela lâmpada.
c) A lâmpada com cor "quente" é a que tem aparência e "temperatura de cor" baixas.
d) O "índice de reprodução de cor" de uma lâmpada é a medida de correspondência entre a cor real de
um objeto ou superfície, diante da luz natural, e a sua aparência diante de uma fonte de luz artificial
(lâmpada).

08.(COGRH-2002) Ainda com relação à iluminação, assinale a alternativa correta.


a) A lâmpada Multivapor metálica, usada principalmente em iluminação de vias públicas, possui um péssimo
"índice de reprodução de cor".
b) A lâmpada Vapor de Sódio de Alta Pressão possui uma reprodução de cor melhor do que a lâmpada
Vapor de Mercúrio.
c) A lâmpada Vapor de Sódio de Alta Pressão possui uma eficiência energética melhor do que a lâmpada
Vapor de Mercúrio.
d) A lâmpada Vapor de Mercúrio possui uma reprodução de cor melhor do que a lâmpada Multivapor
metálica.

09.(COGRH-2002) Assinalar a alternativa errada dentre as apresentadas a seguir.


a) Os reatores eletrônicos de lâmpadas fluorescentes podem ser, quando não forem equipados com filtros
adequados, grandes emissores de distorções harmônicas para a rede elétrica.
b) Uma das desvantagens no uso de reatores eletrônicos em lâmpadas fluorescentes é a sua não utilização
como equipamento de "dimmerização".
c) Os reatores eletrônicos usados em conjunto com lâmpadas fluorescentes eficientes trabalham a altas
freqüências.
d) O Efeito Estroboscópio apresentado por sistemas de iluminação com lâmpadas fluorescentes pode ser
solucionado com o emprego de reatores eletrônicos.

10.(FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO) Em luminotécnica, a comparação entre uma fonte de luz avaliada com
outra tomada como referência que reproduza 100% um conjunto de cores padrão é a especificação
denominada:
a)índice de reprodução de cores.
b)eficiência luminosa.
c)índice de radiação luminosa.
ILUMINAÇÃO

d)iluminância.
e)temperatura da cor.

11.(FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO) Em instalações elétricas prediais, relé de impulso, dimmer e minuteria são
tipos de dispositivos de comando de
a) bomba de água.

180
b) motor de elevador.

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c) trava elétrica.
d) iluminação.
e) detector de fumaça.

12.(DOCAS-RJ) A respeito dos conceitos de iluminação, assinale a afirmativa CORRETA:


a) O instrumento utilizado para medição de eficiêcia luminosa é o luxímetro.
b) Diz-se que ocorre ofuscamento quando uma luz forte no campo de visão da pessoa provoca um
desconforto e/ou prejudica o desempenho visual.
c) O espectro de radiação visível inclui as frequências de ultravioleta e infravermelho.
d) As luminárias, que sustentam as lâmpadas, têm função meramente decorativa.

13.(CONSULPLAN - 2012 – TSE) No que diz respeito à iluminação, um termo é definido como a potência de
radiação total emitida por uma fonte de luz e avaliada pelo olho humano. Sua unidade é o lumen (lm). Esse
termo é conhecido por
a)luminância.
b)fluxo luminoso.
c)eficiência luminosa.
d)intensidade luminosa.

14.(DOCAS-RJ) Considere os seguintes tipos de lâmpadas:


I – Incandescentes.
II - Vapor de Mercúrio.
III – Fluorescentes Tubulares.
IV - Vapor Metálico.
V – Luz Mista.
VI – Vapor de Sódio.
VII – PL (Compacta).
É INCORRETO afirmar que:
a) As lâmpadas de vapor metálico, vapor de mercúrio e vapor de sódio são produzidas na faixa de 70 até
1.000W.
b) Com exceção das lâmpadas incandescentes, as demais são denominadas lâmpadas de descarga.
c) As lâmpadas fluorescentes tubulares utilizam um reator ligado à rede. Os reatores convencionais
necessitam de starter para prover a ignição, os eletrônicos não.
d) As lâmpadas de luz mista poderão ser ligadas diretamente à rede, pois o seu filamento age como um
reator para descarga.
ILUMINAÇÃO

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10 INTERRUPTORES

10.1 OBJETIVO
Após este módulo o aluno estará capacitado a executar instalação de interruptores,
observando os critérios normatizados pela NBR5410 e interpretar os diagramas unifilares e
multifilares para a correta instalação deste “equipamento”.

10.2 AVALIAÇÃO
Prova teórica sobre o tema abordado, bem como avaliação prática da execução de
instalação de tomadas elétricas.

10.3 BIBLIOGRAFIA
●NBR 5410 – Instalações em baixa tensão

10.4 INTERRUPTOR SIMPLES


Utilizado em comandos que necessitam de apenas um ponto de acionamento, o
interruptor simples é o mais utilizado nas instalações residenciais.

Sua instalação pressupõe da chegada da fase e saída do cabo que vai para a
lâmpada, a este cabo chamamos de retorno.

O interruptor sempre será alimentado pela fase, caso a lâmpada seja alimentada
por duas fases, deve-se utilizar o interruptor bipolar.

A seguir são apresentados os diagramas par ligação de comandos com


interruptores simples para uma lâmpada e para duas lâmpadas.

INTERRUPTORES

FIGURA 137 - COMANDO COM INTERRUPTOR SIMPLES PARA UMA LÂMPADA

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FIGURA 138 - COMANDO PARA INTERRUPTOR SIMPLES PARA DUAS LÂMPADAS

10.5 INTERRUPTOR PARALELO


Este interruptor é utilizado quando se deseja efetuar o comando de um ponto de
iluminação de dois interruptores diferentes. Este interruptor é muito utilizado em salas,
escadas, corredores de imóveis ou ambientes maiores. A Figura 139apresenta uma forma
de utilização do interruptor paralelo.

FIGURA 139 - EXEMPLO DE UTILIZAÇÃO DE INTERRUPTOR PARALELO


INTERRUPTORES

FIGURA 140 - COMANDO PARA LIGAÇÃO DE INTERRUPTOR PARALELO PARA UMA LÂMPADA

01-Faça o diagrama unifilar para o esquema apresentado na Figura 140.

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02-Especifique o material utilizado neste diagrama.

Item Un. Quant. Descrição

10.6 INTERRUPTOR INTERMEDIÁRIO


É empregado quando se deseja mais que dois comandos de interruptores para
pontos de iluminação.
Destes interruptores necessariamente ficam ligados entre retornos, ou seja, recebem
dois retornos e exportam dois retornos. A Figura 141 ilustra a ligação de um interruptor
intermediário.
INTERRUPTORES

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FIGURA 141 - LIGAÇÃO DO INTERRUPTOR INTERMEDIÁRIO

FIGURA 142 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO DE INTERRUPTORES INTERMEDIÁRIOS E PARALELOS

Faça o diagrama unifilar para o esquema apresentado na Figura 140.


INTERRUPTORES

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Especifique o material utilizado neste diagrama.

Item Un. Quant. Descrição

10.7 Exercícios complementares


1. Assinale a única alternativa correta:
a) Quanto às lâmpadas fluorescentes: dispostivo automático de descarga,
composto de uma ampola de vidro com gás néon é ...
( ) Lâmpada fluorescente;
INTERRUPTORES

( ) Lâmpada a vapor de mercúrio;


( ) Reator;
( ) starter.
b) Os elementos que se deslocam de um filamento a outro e chocam-se em seu interior
com os átomos de mercúrio são:
( ) elétrons;

186
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( ) energia luminosa;
( ) descargas elétricas;
( ) fluxo de átomos.
2-Quais são os tipos de lâmpadas de alta pressão?

3- Qual o componente principal das lâmpadas de alta pressão e qual o material que é
construído?

4-O que contém no interior do tubo de descarga de uma lâmpada a vapor de mercúrio?

5 - Qual o elemento utilizado no revestimento interno do bulbo da lâmpada a vapor de


mercúrio?

6 - Quais são os gases de partida utilizados na lâmpada a vapor de sódio e de que


material o bulbo é revestido internamente?

7 - Cite as funções dos seguintes componentes: reator, ignitor e capacitor.

8-Complete os dois diagramas unifilares abaixo utilizando a simbologia conforme a NBR


5444:

a)
INTERRUPTORES

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b)

INTERRUPTORES

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10.8 QUESTÕES DE concurso público


01.(UFJF 2014) Um ponto de luz localizado em um extenso corredor pode ser acionado por três interruptores
distintos. A combinação dos tipos de interruptores utilizados no acionamento desse ponto de luz é:
a ) um interruptor simples e dois interruptores intermediários.
b ) um interruptor simples e dois interruptores paralelos.
c ) um interruptor paralelo e dois interruptores intermediários.
d ) um interruptor paralelo e dois interruptores simples.
e ) um interruptor intermediário e dois interruptores paralelos.

02.(IFAL-2012) A planta abaixo apresenta o projeto elétrico de um cômodo de uma casa. Para que as
INTERRUPTORES

luminárias sejam ligadas corretamente é necessário que tenhamos nos eletrodutos 1 e 2 os seguintes
condutores

189
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a)Eletroduto 1-Retorno, retorno e retorno.


Eletroduto 2-Retorno, retorno e retorno.
b)Eletroduto 1-Retorno, retorno, retorno e retorno.
Eletroduto 2-Retorno, retorno, retorno e retorno.
c)Eletroduto 1 Fase e retorno.
Eletroduto 2 -Fase, retorno, retorno e retorno.
d)Eletroduto 1-Fase, retorno e retorno.
Eletroduto 2-Fase, retorno, retorno e retorno.
e)Eletroduto 1–Retorno e retorno.
Eletroduto 2-Retorno, retorno e retorno.

03.(IFAL-2012) A planta abaixo apresenta o mesmo projeto elétrico anterior de um cômodo, a diferença é
que o projetista modificou a localização do interruptor intermediário (four way). Para que as luminárias sejam
ligadas corretamente é necessário que tenhamos no eletroduto 1 os seguintes condutores:

INTERRUPTORES

a) Fase, neutro, retorno, retorno.


b) Neutro, retorno, retorno.
c) Retorno, Retorno, retorno.
d) Neutro, retorno, retorno, retorno.
e) Fase, Neutro, retorno, retorno, retorno

190
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04.(IFAL-2012) Qual destas afirmações abaixo é verdadeira, de acordo com a NBR 5410/2004?
a)É permitido, a critério do projetista, em algumas situações que o mesmo circuito contenha pontos de
iluminação e de tomadas.
b)Para halls de escadarias, salas de manutenção e salas de localização de equipamentos, tais como, casas
de máquinas, salas de bombas e locais análogos, deve ser prevista pelo menos uma tomada com potência
mínima de 200 VA.
c) Para os aparelhos fixos de iluminação a descarga, a potência nominal a ser considerada deverá incluir a
potência das lâmpadas, as perdas e o fator de potência dos equipamentos auxiliares.
d)Para circuitos de sinalização e circuitos de controle, a seção mínima dos condutores deve ser de 1,0mm2
e) Com relação a isolação de condutores elétricos para tensões inferiores a 1 kV com isolação tipo Cloreto
de polivinila (PVC) e Borracha etileno-propileno (EPR), a temperatura limite de sobrecarga em °C, são
idênticas.

05.(FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO) O diagrama unifilar apresentado abaixo refere-se ao comando de uma
lâmpada por três pontos distintos:

No entanto, há um ERRO indicado descrito em:


a) falta um retorno no eletroduto X.
b) falta um retorno no eletroduto Y.
c) falta um retorno no eletroduto Z.
d) há um retorno em excesso no eletroduto X.
e) há um retorno em excesso no eletroduto Y.
INTERRUPTORES

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11 FUSÍVEIS

11.1 OBJETIVO
Ao final deste módulo o aluno deverá ser capaz descrever os tipos de fusíveis, seu
princípio de funcionamento bem como indicá-lo para a sua correta utilização, conforme
NBR 5410.

11.2 AVALIAÇÃO
Prova escrita onde o(a) aluno(a) deverá demonstrar o conhecimento adquirido.

11.3 BIBLIOGRAFIA
● NBR 5410 – Instalações em baixa tensão
●http://fisicanet.terra.com.br – acessado em 23/07/2015
●http://myspace.eng.br/mapa.asp – acessado em 23/07/2015
●http://www.induspelfusiveis.com.br – acessado em 23/07/2015
●http://www.eletrofusi.com.br/port/elos_port.htm – acessado em 23/07/2015

11.4 INTRODUÇÃO
Os fusíveis são dispositivos que protegem os circuitos elétricos contra danos
causados por sobrecargas de corrente e curto-circuito, que podem provocar até
incêndios, explosões e eletrocutamentos. Os fusíveis são aplicados geralmente
nos circuitos domésticos e na indústria leve, enquanto que os disjuntores são
projetados principalmente para atender as necessidades da indústria pesada.
Funcionam como válvulas, cuja finalidade básica é cortar o fluxo toda vez que a
quantidade de energia que trafega por um determinado circuito for excessiva e
puder causar danos ao sistema.

FIGURA 143 - TIPOS DE FUSÍVEIS

11.5 NOÇÃO GERAL DE FUSÍVEIS


O curto-circuito é o contato direto acidental entre os condutores de uma
rede. Pode ser entre fases ou entre fase e neutro. Pode ocorrer devido a algum
problema na própria rede ou no interior de alguma máquina ou equipamento. A
FUSÍVEIS

corrente atinge valores elevados, limitados apenas pela resistência ôhmica dos
condutores ou capacidade da fonte geradora. Sem uma proteção adequada,
danos graves ocorrerão e o risco de incêndio é grande.
192
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
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O fusível é um dispositivo de proteção simples e econômico e, por isso,


amplamente utilizado. Nada mais é que um pequeno trecho condutor de um
material de baixo ponto de fusão. O aquecimento provocado por uma corrente
elevada funde o elemento, abrindo o circuito.
A principal característica de um fusível é a sua corrente nominal, isto é, o
valor máximo de corrente que o mesmo suporta em regime contínuo sem abrir.
Correntes maiores que a nominal irá provocar a ruptura do fusível após
algum tempo e esta relação, tempo x corrente de ruptura é a curva
característica do fusível. Os fusíveis também têm uma tensão máxima de
operação que deve ser obedecida. Alguns tipos, às vezes chamados de
retardados, apresentam um tempo relativamente longo para abrir. Outros,
chamados rápidos, abrem em um tempo bem menor, na mesma corrente. Esta
diversidade é necessária, uma vez que cargas comuns como motores têm um
pico de corrente na partida que deve ser suportado e, portanto, o tipo retardado
deve ser usado. Equipamentos sensíveis como os eletrônicos precisam de uma
ação rápida para uma correta proteção. É importante evitar confusões. Um
fusível rápido colocado no lugar de um retardado provavelmente irá abrir ao se
ligar a carga. E um retardado no lugar de um rápido poderá não proteger os
componentes em caso de um curto interno no equipamento.
Fusíveis é uma boa proteção contra curtos-circuitos. Não são muito
adequados contra sobrecargas. Para tais casos devem ser usados disjuntores.

Link para o youtube

https://www.youtube.com/watch?v=LJk4c-wiBp8

11.6 DIMENSIONAMENTO DE FUSÍVEIS


A escolha do fusível é feita considerando-se a corrente nominal do circuito
a ser protegido e a tensão nominal da rede. Os circuitos elétricos são
dimensionados para uma determinada carga nominal dada pela carga que se
pretende ligar.
A escolha do fusível deve ser feita de modo que qualquer anormalidade
elétrica no circuito fique restrita ao setor onde ela ocorrer, sem afetar os outros.
Para dimensionar um fusível, é necessário levar em consideração as
seguintes grandezas elétricas:
 Corrente nominal do circuito ou ramal;
 Corrente de curto-circuito;
 Tensão nominal.

11.7 CARACTERÍSTICAS
 Efeito Rápido- Usados em circuitos que não possuem considerável variação
de corrente entre a ligação do circuito no equipamento e seu
funcionamento normal, ou seja, quando acionamos o equipamento, ele
não gera e o um pico de corrente alta, como por exemplo: Luminárias,
fornos, entre outros.
 Efeito Retardo- Utilizados em circuitos em que as correntes na partida
FUSÍVEIS

alcance valores superiores a corrente normal de funcionamento, ou em


circuitos que tenham sobrecarga por pequenos períodos como, por
exemplo: Motores elétricos e cargas capacitivas em geral.
193
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

 Efeito Ultra Rápido- apropriados para instalações industriais na proteção de


semicondutores, GTO’S e diodos (Equipamentos com circuitos eletrônicos)
que precisam de corte rápido em caso de curto para não danificar esses
circuitos eletrônicos.
 Faixa de Interrupção - que tipo de subcorrente o fusível irá atuar:
 g - Atuação para sobrecarga e curto-circuito.
 a- Atuação apenas para curto-circuito.
 Categoria de Utilização - que tipo de equipamento o fusível irá proteger:
 L/G - Proteção de cabos e uso geral.
 M- Proteção de Motores.
 R- Proteção de circuitos com semicondutores.

11.8 TIPOS DE FUSÍVEIS


Existem vários tipos de fusíveis. Há os fusíveis de rolha e também os de
cartucho que, em algumas condições especiais, podem vir até a explodir.
Dentre os tipos vejamos alguns:
11.8.1 Fusíveis NH
Os fusíveis NH são aplicados na proteção de subcorrentes de curto-circuito
e sobrecarga em instalações elétricas industriais.

FIGURA 144 - FUSÍVEL NH - CORTESIA SIEMENS

As letras N e H do nome do fusível representam:

N: Baixa Tensão,

H: Alta Capacidade

Por características o fusível NH possui:


 Possui categoria de utilização gL/gG.
 Em tamanhos que atendem as correntes nominais de 6 a 1250A.
 Limitadores de corrente, possuem elevada capacidade de interrupção de
120kA em até 500VCA.
 Com o uso de punhos (Figura 145) garantem manuseio seguro na
montagem ou substituição dos fusíveis.
FUSÍVEIS

194
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FIGURA 145 - BASE E PUNHO DO FUSÍVEL NH

11.8.2 Fusíveis DIAZED


Os fusíveis DIAZED são utilizados na proteção de curto-circuito em
instalações elétricas residenciais, comerciais e industriais e que quando
normalmente instalados:

FIGURA 146 - FUSÍVEL DIAZED


 Permitem o seu manuseio sem riscos de toque acidental.
 Possuem categoria de utilização gL/gG.
 Em tamanhos (DI, DII e DIII) atendem as correntes nominais de 2 a 100A.
 Limitadores de correntes possuem elevada capacidade de interrupção:
• 2 até 20A - 100kA
• 25 a 63A - 70kA
• 80 e 100A - 50k em até 500VCA
 Através de parafusos de ajuste (Figura 149), impedem a mudança para
valores superiores, preservando as especificações do projeto.
 Permitem fixação por engate rápido sobre trilho ou parafusos.
FUSÍVEIS

195
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FIGURA 147 - REFERÊNCIA DE MONTAGEM DO FUSÍVEL DIAZED


Para a instalação do fusível diazed são utilizadas a chave ajuste (Figura 148 ) e os
parafusos de ajuste (Figura 149). A chave serve para apertar o parafuso de ajuste na
base do porta fusível diazed.

FIGURA 148 - CHAVE AJUSTE

FIGURA 149 - PARAFUSOS DE AJUSTE


O fusível possui um indicador, o qual se desprende em caso de queima (Figura
150), mas que em funcionamento normal fica fixo e visível através da janela da tampa e
cuja corrente nominal é identificada por meio de cores (Tabela 10). Veja na tabela a
seguir, algumas cores e suas correntes nominais correspondentes.
FUSÍVEIS

196
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

FIGURA 150 - EXEMPLIFICAÇÃO DO SISTEMA DE INDICAÇÃO DA QUEIMA DO FUSÍVEL DIAZED

O elo indicador de queima é constituído de um fio muito fino ligado em paralelo


ao elo fusível. Em caso de queima do elo fusível, o indicador de queima também se
funde e provoca o desprendimento do indicador.
TABELA 10 - INDICAÇÃO DE CORES E CORRENTES DO FUSÍVEL

11.8.3 Fusíveis NEOZED


Os fusíveis NEOZED possuem tamanho reduzido e são aplicados na proteção de
curto-circuito em instalações típicas residenciais, comerciais e industriais.

FIGURA 151 - FUSÍVEL NEOZED - CORTESIA SIEMENS


 Possui categoria de utilização gL/gG,
 Em tamanhos (D01 e D02) atendendo as correntes nominais de 2 a 100A.
 Limitadores de corrente, são aplicados para até 50kA em 400VCA.
FUSÍVEIS

 A sua forma construtiva garante total proteção de toque acidental quando da


montagem ou substituição dos fusíveis.
 Possui anéis de ajuste evitam alteração dos fusíveis para valores superiores,

197
mantendo a adequada qualidade de proteção da instalação (Figura 152).

Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016


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 A fixação pode ser rápida por engate sobre trilho ou por parafusos.

FIGURA 152 - MONTAGEM DO FUSÍVEL NEOZED

11.8.4 Fusíveis SITOR


Os fusíveis SITOR são fusíveis ultra-rápidos apropriados em instalações industriais
para a proteção de semicondutores, tiristores, GTO's e diodos.

FIGURA 153 - FUSÍVEL SITOR - CORTESIA SIEMENS


 Possui Categoria de utilização gR / aR, atendendo as correntes nominais de 16 a
900 A.
 Encontrado em tamanhos (1 e 2), podendo ser usado em tensão alternada (de
690 a 2500V) ou tensão contínua (de 440 a 600 V).
 Com o uso de punhos garantem manuseio seguro na montagem ou substituição
dos fusíveis similar aos fusíveis NH.
 Atendem as normas IEC 269, DIN 43 653
11.8.5 Fusíveis SILIZED
Os fusíveis ultra-rápidos SILIZED são utilizados na proteção de curto-circuito de semi-
condutores, estão adaptados às curvas de carga dos tiristores e diodos de potência.
FUSÍVEIS

FIGURA 154 - FUSÍVEL SILIZED


 Seu manuseio sem riscos de toque acidental.

198
 Possui categoria de utilização gR.

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 Em tamanhos que atendem as correntes nominais de 16 a 100A.


 Limitadores de corrente possuem elevada capacidade de interrupção: 50kA em
até 500VCA.
 Através de parafusos de ajuste, evitam alterações dos fusíveis, preservando as
especificações do projeto.
 Permitem a fixação rápida por engate rápido sobre trilho ou parafusos
 Atendem a norma DIN VDE 0636
11.8.6 Fusíveis MINIZED
Compactos, mono, bi e tripolares, com os minifusíveis NEOZED são utilizados na
manobra e proteção de circuitos elétricos.
 Podem ser encontrados nas seguintes correntes nominais:
• Até 63A
• Até 50A em 400VCA
 A corrente presumida de curto-circuito de 50kA em até 400VCA.
 Com alavanca de manejo confortável, possui mecanismo de ação independente
do operador, o que garante manobra sob carga.

FIGURA 155 - BLOCO DE FUSÍVEIS MINIZED


 Fornecem total segurança ao toque acidental na montagem ou substituição dos
fusíveis e nos terminais de ligação.
 Possui bloqueio mecânico que impede a manobra do seccionador sem fusíveis.
 Além de possuir uma durabilidade mecânica de 10.000 manobras apresenta uma
fixação rápida por engate sobre trilho.
11.8.7 Fusíveis CILINDRICOS
São utilizados na proteção principalmente de máquinas e painéis, dispondo de
modelos adaptados tanto às curvas dos tiristores e diodos de potência quanto às
instalações em geral.
FUSÍVEIS

FIGURA 156 - FUSÍVEIS CILÍNDRICOS - CORTESIA SIEMENS

199
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 Possui categorias de utilização gG e aM.


 Com correntes nominais de 1 a 100A.
 Disponível em 3 tamanhos diferentes e capaz de atuar em redes de tensão
nominal até 500 VCA.
 Mas seu maior diferencial se destaca por apresentar uma alta capacidade de
interrupção (100kA).
11.8.8 Fusíveis ELOS

FIGURA 157 - EXEMPLO DE FUSÍVEL COM ELO

Os fusíveis elos são designados como tipos H, K e T.


 Tipo H – elos fusíveis de alto surto.
 Tipo K – elos fusíveis rápidos.
 Tipo T – elos fusíveis lentos.

1. As Cordoalhas devem ser trançadas ou torcidas de cobre estanhado.


2. Botão e arruela devem ser de cobre estanhado ou prateado.
3. Os tubos devem ser de fibra vulcanizada internamente, resistentes ao tempo e
com propriedades que auxiliem a extinção do arco.

FIGURA 158 - ELO FUSÍVEL E FUSÍVEL MONTADO


Normalmente quando este tipo de fusível se rompe, há a sinalização mecânica de que o
fusível está aberto.
Os componentes do elo fusível estão apresentados na Figura 159.
FUSÍVEIS

200
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FIGURA 159 - PARTES COMPONENTES DO ELO FUSÍVEL - CORTESIA ELOFUSI

11.8.9 Escolha do fusível


A escolha do fusível é feita considerando-se a corrente nominal da rede, a malha
ou circuito que se pretende proteger. Os circuitos elétricos devem ser dimensionados
para uma determinada carga nominal, dada pela carga que se pretende ligar. A
escolha do fusível deve ser feita de modo que qualquer anormalidade elétrica do
circuito fique restrita ao setor onde ela ocorrer, sem afetar os outros.

ATIVIDADES
Responda às questões abaixo:

a) O fusível tem maior capacidade de interrupção que o disjuntor – verdadeiro ou


falso?
b) Seletividade e identificar o circuito com falta e remove-lo de serviço – verdadeiro
ou falso?
c) Um fusível NH com curva característica gL/gG serve para proteger equipamentos
eletronicos – verdadeiro ou falso?
d) E possível consertar fusíveis utilizando um arame calibrado – verdadeiro ou falso?
ATIVIDADES

e) O fusível limita a intensidade de pico da corrente de curto-circuito – verdadeiro ou


falso?
f) Graças a capacidade de limitar a corrente de curto-circuito (lcc), o fusível e o
melhor meio para evitar a soldagem dos contatos de um contator – verdadeiro ou
falso?
201
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

g) Capacidade de interrupção e a capacidade de dominar uma corrente de curto-


circuito – verdadeiro ou falso?
h) O fusível pode oferecer respaldo (Backup) a um disjuntor quando a capacidade
de interrupção deste não for sufi ciente – verdadeiro ou falso?

Respostas:
a) Verdadeiro
b) Verdadeiro
c) Falso, para isso estão os fusíveis ultra-rápidos SITOR de características aR ou gR
d) Falso, um fusível NAO DEVE SER consertado
e) Verdadeiro
f) Verdadeiro
g) Verdadeiro
h) Verdadeiro

ATIVIDADES

202
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

12 DISJUNTOR

12.1 OBJETIVO
Ao final deste módulo o aluno deverá ser capaz descrever os tipos de disjuntores,
seu princípio de funcionamento bem como indicá-lo para a sua correta utilização,
conforme NBR 5410.

12.2 AVALIAÇÃO
Prova escrita onde o(a) aluno(a) deverá demonstrar o conhecimento adquirido.

12.3 BIBLIOGRAFIA
● NBR 5410 – Instalações em baixa tensão
●http://www.osetoreletrico.com.br/web/a-revista/edicoes/99-os-guardioes-da-
instalacao.html - acessado em 25/08/2013
●http://pt.wikipedia.org/wiki/Disjuntor - acessado em 25/08/2013
●http://abbservicedebaixatensao.blogspot.com.br/2009/07/qual-diferenca-entre-um-
disjuntor-iec-e.html - acessado em 25/08/2013
●Guia Técnico - SIEMENS

12.4 INTRODUÇÃO
Um disjuntor é um dispositivo eletromecânico, que funciona como um interruptor
automático, destinado a proteger uma determinada instalação elétrica contra possíveis
danos causados por curto-circuitos e sobrecargas elétricas. A sua função básica é a de
detectar picos de corrente que ultrapassem o adequado para o circuito, interrompendo-
a imediatamente antes que os seus efeitos térmicos e mecânicos possam causar danos à
instalação elétrica protegida.
DISJUNTOR

FIGURA 160 - VISÃO INTERNA DE UM DISJUNTOR

203
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

Uma das principais características dos disjuntores é a sua capacidade em poder ser
rearmado manualmente, depois de interromper a corrente em virtude da ocorrência de
uma falha. Diferem assim dos fusíveis, que têm a mesma função, mas que ficam
inutilizados quando realizam a interrupção. Por outro lado, além de dispositivos de
proteção, os disjuntores servem também de dispositivos de manobra, funcionando como
interruptores normais que permitem interromper manualmente a passagem de corrente
elétrica.
Existem diversos tipos de disjuntores, que podem ser desde pequenos dispositivos
que protegem a instalação elétrica de uma única habitação até grandes dispositivos
que protegem os circuitos de alta tensão que alimentam uma cidade inteira.

12.5 DADOS TÉCNICOS


12.5.1 Disjuntores de baixa tensão
Os disjuntores de baixa possuem basicamente dois tipos de disparo, que passarão a ser
descritos a seguir.

12.5.1.1 Disparo térmico


Os disjuntores acionados por disparo térmico possuem um dispositivo de
interrupção da corrente constituído por lâminas de metais de coeficientes de dilatação
térmica diferentes (latão e aço), soldados. A dilatação desigual das lâminas, por efeito
do aquecimento, provocado por uma corrente de sobrecarga moderada de longa
duração, faz interromper a passagem da corrente no circuito, porque a dilatação
desigual das lâminas determina que as mesmas se curvem e desliguem o dispositivo.
Esses dispositivos bi metálicos são relés térmicos e, em certos tipos de disjuntores,
são ajustáveis em função da temperatura ambiente. Além dos relés bi metálicos muitos
disjuntores são providos de relés magnéticos (bobinas de abertura), que atuam
mecanicamente, desligando o disjuntor quando a corrente é intensa e de curta duração
(relés de máxima). Desarmam, também, quando ocorre um curto-circuito em uma ou nas
três fases.
Os tipos que possuem “bobina de mínima” desarmam quando falta tensão em
uma das fases. A figura abaixo mostra como atua o elemento térmico bi metálico.

FIGURA 161 - FUNCIONAMENTO DO DISJUNTOR TÉRMICO

Quando ocorre um aumento de intensidade da corrente, o elemento bi metálico


(1) se desloca, provocando o desarmamento da peça (2), a qual recebe a ação de
uma mola.
DISJUNTOR

Este tipo de disparo é ideal para proteção contra sobrecarga


Um disjuntor com disparo térmico é, assim, um sistema eletromecânico simples e
robusto. Em contrapartida, não é muito preciso e dispõe de um tempo de reação

204
relativamente lento.

Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016


INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

A proteção térmica tem como função principal a de proteger os condutores


contra os sobreaquecimentos provocados pelas sobrecargas prolongadas na instalação
elétrica. Tradicionalmente, esta é uma das funções também desempenhadas pelos
fusíveis.
Conheça mais na WEB

http://www.feiradeciencias.com.br/sala08/08_35.asp

12.5.1.2 Disparo magnético


A forte variação de intensidade da corrente que atravessa as espiras de uma
bobina produz - segundo as leis do eletromagnetismo - uma forte variação do campo
magnético. O campo assim criado desencadeia o deslocamento de um núcleo de ferro
que vai abrir mecanicamente o circuito e, assim, proteger a fonte e uma parte da
instalação elétrica, nomeadamente os condutores elétricos entre a fonte e o curto-
circuito.
A interrupção é instantânea no caso de uma bobina rápida ou controlada por um
fluido, no caso de uma bobina que permite disparos controlados. Geralmente, está
associado a um interruptor de alta qualidade projetado para efetuar milhares de
manobras.
O disjuntor representado esquematicamente na figura abaixo é do tipo
magnético.

FIGURA 162 - DISJUNTOR COM PROTEÇÃO MAGNÉTICA


Quando uma corrente de determinada intensidade percorre a bobina (1), a haste
(2) é atraída; a peça (3) destrava a alavanca (4), que, pela ação de uma mola, desliga
o contato (5).
Este tipo de disjuntor é ideal para proteção contra curto-circuito.
O tipo de funcionamento dos disjuntores com disparo magnético permite-lhes
substituir os fusíveis em relação aos curto-circuitos. Segundo o modelo, o valor de
intensidade da corrente com um setpoint de três a 15 vezes a intensidade nominal.
Existem numerosas outras possibilidades, que incluem o disparo por tensão na bobine
(com setpoint proveniente de sensores), interruptor/disjuntor para montagem em painel,
compatibilidade com dupla tensão 100/200 volts, bobina sobtensão (disjuntor mantido a
DISJUNTOR

partir de um setpoint de tensão), disparo à distância e rearme à distância. Existem


numerosas curvas de disparo para corrente contínua, corrente alternada, 50/60 Hz e
400 Hz. Normalmente, está disponível uma opção total ou parcialmente estanque.

205
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

A proteção magnética tem como fim principal o de proteger os equipamentos


contra as anomalias como as sobrecargas, os curto-circuitos e outras avarias.
Normalmente, é escolhida para os casos onde existe a preocupação de proteger o
equipamento com muita precisão.

12.5.1.3 Disparo termomagnético


É muito utilizado em instalações elétricas residenciais e comerciais o disjuntor
magnetotérmico ou termomagnético, como é chamado no Brasil.

Esse tipo de disjuntor possui três funções:

●Manobra (abertura ou fechamento voluntário do circuito)

●Proteção contra curto-circuito - Essa função é desempenhada por um atuador


magnético (solenóide), que efetua a abertura do disjuntor com o aumento instantâneo
da corrente elétrica no circuito protegido.

●Proteção contra sobrecarga - É realizada através de um atuador bimetálico, que


é sensível ao calor e provoca a abertura quando a corrente elétrica permanece, por um
determinado período, acima da corrente nominal do disjuntor.

O funcionamento do disjuntor termomagnético reune o conjunto das


caracteríosticas de funcionamento dos disjuntores magéticos e térmicos, conforme
apresentado na Figura 163.

FIGURA 163 - DISJUNTOR COM PROTEÇÃO TÉRMICA E ELETROMAGNÉTICA

As características de disparo do disjuntor são fornecidas pelos fabricantes através


de duas informações principais: corrente nominal e curva de disparo (item 12.5.3). Outras
características são importantes para o dimensionamento, tais como: tensão nominal,
corrente máxima de interrupção do disjuntor e número de pólos (unipolar, bipolar ou
tripolar).

12.5.2 Disjuntores de Alta Tensão


Para a interrupção de altas correntes, especialmente na presença de circuitos
indutivos, são necessários mecanismos especiais para a interrupção do arco voltaico (ou
arco elétrico), resultante na abertura dos pólos. Para aplicações de grande potência,
esta corrente de curto-circuito, pode alcançar valores de 100 kA.
DISJUNTOR

Após a interrupção, o disjuntor deve isolar e resistir às tensões do sistema. Por fim, o
disjuntor deve atuar quando comandado, ou seja, deve haver um alto grau de
confiabilidade.
206
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

Alguns tipos de disjuntores de alta potência:

●Disjuntor a grande volume de óleo,

●Disjuntor a pequeno volume de óleo,

●Disjuntor a ar comprimido,

●Disjuntor a vácuo,

●Disjuntor a hexafluoreto de enxofre (SF6).

12.5.3 Classificações
O desempenho do disjuntor pode ser observado a partir de gráficos da atuação, a
partir do disparo magnético, em situações de curto-circuito. Essa atuação é mostrada
em um gráfico chamado de curva de disparo. Nele, leva-se em consideração o tempo
que o disjuntor demora a disparar sob qual nível de corrente.
Assim, a curva de disparo mostra, em forma de gráfico, o tempo em segundos
(eixo “x”) que o disjuntor leva para interromper o circuito, em situações de curto, sob o
valor da corrente que passa por ele (eixo “y”). Essa curva é definida a partir da corrente
nominal do disjuntor, que é a corrente para a qual ele foi projetado.
Dessa forma, o gráfico fica estabelecido da seguinte forma: o eixo horizontal
representa quantas vezes a corrente que passa pelo disjuntor ultrapassa a corrente
nominal e o eixo vertical representa o tempo que o disjuntor leva para desarmar. Esse
tempo é chamado de tempo de abertura, tempo de disparo ou, ainda, tempo de
interrupção.
Os disjuntores, segundo a norma NBR IEC 60898, são classificados de acordo com a
corrente nominal para a qual foram projetados e com o comportamento deles perante
sobre corrente até disparar. São, então, divididos em curva de disparo B, C e D. (Figura
165). Essas curvas têm relação com a sensibilidade e ação do disjuntor diante de uma
situação de curto-circuito.
DISJUNTOR

207
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

FIGURA 164 - CURVAS DE DISPARO DE DISJUNTORES - CORTESIA SIEMENS

DISJUNTOR

FIGURA 165 - CURVAS DE DISPARO (TEMPO VERSUS CORRENTE)

208
TABELA 11 - CARACTERÍSTICAS DE FUNCIONAMENTO DE DISJUNTORES

Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016


INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

Classe Valor de Tempo de disparo Aplicação


Atuação
3 x In 0,1<t<45s (In32A)
Cargas resistivas
0,1<t<90s (In>32A)
B Aquecedores, chuveiros elétricos, fornos
elétricos, iluminação incandescente.
5 x In t<0,1s
5 x In 0,1<t<15s (In32A) Cargas indutivas ou com corrente de
0,1<t<30s (In>32A) partida elevada
C
Iluminação fluorescente e pequenos
10 x In t<0,1s motores
10 x In 0,1<t<4s (In32A)
Circuitos com corrente elevada de
0,1<t<8s (In>32A)
D partida
Grandes motores e transformadores
20 x In t<0,1s
In10A t<8s

A norma de proteção estabelece que os disjuntores de curva B devem atuar para


correntes de curto-circuito entre três e cinco vezes a corrente nominal. Enquanto isso, os
de curva C atuam entre cinco e dez vezes a corrente nominal e, por fim, os disjuntores de
curva D devem responder para correntes entre dez e vinte vezes a corrente nominal.
Os disjuntores de curva B são indicados para cargas resistivas com pequena
corrente de partida, como é o caso de aquecedores elétricos, fornos elétricos e
lâmpadas incandescentes. Já os de curva C são indicados para cargas de média
corrente de partida, como motores elétricos, lâmpadas fluorescentes e máquinas de
lavar roupas. Por fim, os disjuntores de curva D são indicados para cargas com grande
corrente de partida, a exemplo de transformadores BT/BT (baixa tensão).
Além da classificação por curva de disparo, os disjuntores podem ser divididos em
três outras categorias definidos pelo nível de proteção que oferecem ao circuito. Essas
categorias são chamadas de classe de proteção e podem ser seccionadas em classe 1,
2 e 3. A classe 1 refere-se aos disjuntores de maior proteção é a 3, às de menor.
Essas classes foram definidas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial (Inmetro) e se referem a disjuntores residenciais de até 63 A.
Definidas pela portaria n.348, “a classificação quanto ao nível de proteção será dada
com base na corrente de disparo (Ic) em relação à corrente nominal (In) do disjuntor em
um tempo inferior a 0,1 segundos” (Tabela 12).

TABELA 12 - CLASSIFICAÇÃO DE DISJUNTORES QUANTO À PROTEÇÃO

Atuação instantânea em um tempo Classificação quanto à corrente de


menor que 0,1s abertura
3 x In < Ic < 10 x In Classe 1
10 x In < Ic < 20 x In Classe 2
20 x In < Ic < 30 x In Classe 3
A norma de instalações elétricas de baixa tensão NBR 5410 estabelece que, em
circuitos fase-neutro, devem ser utilizados disjuntores unipolares, enquanto que, em
circuitos fase-fase, se utilizam disjuntores bipolares e, por fim, em circuitos trifásicos o
disjuntor utilizado será um tripolar.
DISJUNTOR

209
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

12.5.4 Partes constituintes do disjuntor


1 - Parte Externa, termoplástica
2 - Terminal superior
3 - Câmara de extinção de arco
4 - Bobina responsável pelo disparo instantâneo (magnético)
5 - Alavanca:
0 - Desligado: verde visível
I - Ligado: vermelho visível
6 - Contato fixo
7 - Contato móvel
8 - Guia para o arco - sob condições de falta, o contato móvel
se afasta do contato fixo e o arco resultante é guiado para a
câmara de extinção, evitando danos no bimetal, em caso de
altas correntes (curto-circuito)
9 - Bimetal - responsável pelo disparo por sobrecarga (térmico)
10 - Terminal inferior
11 - Clip para fixação no trilho DIN

FIGURA 166- CARACTERÍSTICAS DISJUNTORES (CORTESIA GE)

Link para o youtube

https://www.youtube.com/watch?v=1mpgU3Wu9QA

12.5.5 Conclusão
Todas essas classificações devem ser levadas em consideração na hora de
escolher um disjuntor, porque cada uma define uma determinada especificidade de
disjuntor que deve ser respeitada para a segurança da instalação. Os parâmetros de
escolha de um desses dispositivos devem estar ligados às características de cada circuito
que será protegido.
Assim, antes de decidir por um disjuntor específico, deve-se levar em consideração: a
corrente nominal do circuito; a capacidade de condução de corrente dos condutores a
serem protegidos; a corrente de curto-circuito presumida no ponto de instalação do
disjuntor; o tipo de carga presente no circuito, se indutiva, capacitiva ou resistiva; o tipo
de local, se residencial e análogo ou industrial; a presença de influências externas
importantes, como poeira ou água etc.

12.6 DIMENSIONAMENTO
A capacidade de interrupção do disjuntor de um circuito nunca pode ser superior à
capacidade de condução dos condutores. As tabelas abaixo indicam, de forma
resumida, a resposta para o correto dimensionamento de disjuntores em função da
fiação utilizada pelo circuito.
TABELA 13 - TABELA DE SELEÇÃO DE DISJUNTOR EM FUNÇÃO DA FIAÇÃO PARA CATEGORIA B1 (SIEMENS)
DISJUNTOR

210
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

TABELA 14 - TABELA PARA ESCOLHA DE DISJUNTOR X CABO

A correta aplicação de disjuntores deve levar em consideração a natureza da carga,


conforme abordado no item 12.5.3. A Tabela 15 indica, em função do equipamento, a
curva adequada para aplicação no mesmo.

TABELA 15 - TABELA COM APLICAÇÃO DE CURVAS DE DISJUNTORES (SIEMENS)/POTÊNCIA DOS EQUIPAMENTOS


DISJUNTOR

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12.6.1 Manobra de circuitos de corrente contínua


Alguns fabricantes de disjuntores os confeccionam de forma que possam ser
utilizados também em corrente contínua. Todos os disjuntores termomagnéticos da
Siemens, por exemplo, são adequados para serem utilizados em circuitos de corrente
contínua, monopolares de até 60 VCC e bipolares até 125 VCC.
Para tensões maiores, devem ser utilizados disjuntores termomagnéticos da
execução especial 5SX5 ou 5SY5. Estes se diferenciam dos disjuntores padrão porque
possuem ímãs permanentes nas câmaras de extinção para apoiar a extinção do arco.
Por este motivo, considerando a diferença dos demais, é indicada uma polaridade que
deve ser RIGOROSAMENTE respeitada. A tensão mínima de acionamento é de 24 VCC
para tensões menores não é possível garantir o fechamento do contato já que a
poluição ambiental pode formar películas isolantes que impeçam sua vinculação
galvânica.
É importante consultar os catálogos dos fabricantes para que a verificação da
informação quanto à aplicabilidade de um determinado disjuntor em Corrente Contínua
DISJUNTOR

é ou não exequível.
12.6.2 Capacidade de interrupção
É definida como capacidade de curto-circuito nominal “lcn”, o valor da

212
capacidade de interrupção máxima em curto-circuito do disjuntor.

Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016


INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

Os disjuntores termomagnéticos devem satisfazer requerimentos especiais no que


se refere à capacidade de interrupção. Os valores estão padronizados e são
determinados de acordo com as condições de teste estritamente especificadas na
Norma NBR NM 60898. Os valores especificados são 3, 4, 5, 6 e 10 kA. Para outras
capacidades de interrupção, tensões ou condições de teste diferentes podem ser
indicados valores que inclusive superam os determinados pela NBR NN 60898, nesse caso
poderá ser mencionada a Norma NBR IEC 60947-2 de disjuntores industriais, menos
exigente em suas especificações.

12.7 REPRESENTAÇÃO DE DISJUNTORES


Em desenho técnico, uma das formas de representar a ligação dos disjuntores em
um ou vários circuitos elétricos.
Há o diagrama unifilar, que conforme indicado na Figura 167, apresenta conforme
indicado no capítulo6 SIMBOLOGIA ELÉTRICA, os disjuntores. O n° e a designação dos
circuitos, bem como as fases e o dimensionamento dos cabos e dos disjuntores. Esta
forma de representação é mais empregado em quadros residências e de pequeno
número de circuitos.

FIGURA 167 - REPRESENTAÇÃO DO DIAGRAMA UNIFILAR

Há também o diagrama multifilar, representado na Figura 168 é mais utilizado


quando se deseja demonstrar basicamente como o quadro será construído. Este tio de
aplicação é utilizado mais para quadros maiores e em situações de instalações elétricas
comerciais e industriais.
DISJUNTOR

213
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

FIGURA 168 – REPRESENTAÇÃO DO DIAGRAMA MULTIFILAR

12.8 ATIVIDADES
01-Qual a função do disjuntor?

02-Quais os tipos de disjuntores?

03-Qual o tipo de disjuntor indicado para a aplicação de motores?

04-Quais são as categorias de disjuntores quanto às suas curvas? Cite-as.


DISJUNTOR

05 – Quais os critérios a serem analisados para dimensionamento de um disjuntor?

214
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

06 - Complete com V para Verdadeiro e F para Falso

a) ( )Um disjuntor termomagnético com curva de disparo C é adequado para


proteger motores
b) ( )Existem disjuntores termomagnéticos sem disparador térmico
c) ( )Os valores de capacidade de interrupção conforme NBR NM 60898 e NBR IEC
60947-2 indicam o mesmo
d) ( )Capacidade de interrupção é a capacidade de dominar uma corrente de
curto-circuito
e) ( )A seletividade entre dois disjuntores termomagnéticos está limitada a um valor
máximo da corrente de curto-circuito
f) ( )O fusível pode oferecer backup a um disjuntor termomagnético quando a
capacidade de interrupção deste não é adequada.
g) ( )Os disjuntores termomagnéticos podem proteger circuitos de corrente contínua
.
h) ( )Os diferentes tipos de curvas de atuação protegem do mesmo modo um
condutor.

12.9 QUESTÕES DE CONCURSO PÚBLICO


INFRAERO 2011 - Nas instalações elétricas prediais, a proteção contra choque elétrico
causado por contatos diretos é realizada pelo dispositivo denominado
a) DPS.
b) DR.
c) fusível NH.
d) fusível DIAZED.
e) disjuntor termomagnético.

(Cesgranrio – Chesf – 2012)O dispositivo indicado para proteção de um circuito contra


curto-circuito, em uma instalação elétrica de baixa tensão,é o(a):
a) disjuntor termomagnético
b) contator magnético
c) relé bimetálico
d) chave seccionadora
e) chave compensadora

(IFRN-2011)De acordo com a NBR 5410/2004, uma das principais medidas de proteção contra
choques elétricos é o seccionamento automático da alimentação. A proteção pelo
seccionamento automático da alimentação só é garantida se forem combinados o esquema de
aterramento com :
a) um solo de baixa resistividade.
b) um dispositivo de proteção adequado.
DISJUNTOR

c) um condutor de proteção bem dimensionado.


d) uma tensão de contato elevada.

(IFAL-2012)Com relação a proteção de circuitos elétricos de baixa e média tensão, podemos


observar que a alternativa errada é:

215
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

a)Os fusíveis DIAZED podem ser utilizados na proteção de curto-circuito em instalações elétricas
residenciais, comerciais e industriais, e quando corretamente instalados, permitem o seu manuseio
sem riscos de toque acidental.
b)A proteção contra sobretensões deve ser provida por dispositivos de proteção contra surtos
(DPS),
c)O Interruptor Diferencial Residual (DR) tem como função proteger as pessoas, em caso de
choque elétrico, e as instalações elétricas. O DR monitora constantemente as correntes de fase e
de neutro. Se a diferença entre essas correntes for maior que um valor especificado
(sensibilidade), o DR desliga a energia do circuito a que está conectado.
d)O relé seja de que tipo for não interrompe o circuito principal, mas faz atuar o dispositivo de
manobra deste circuito principal.
e)Entre os dispositivos de proteção de motores elétricos de uma instalação industrial, Encontra-se
o relé térmico, e sua função principal é proteger o motor contra sobretensão.

(COPEL 2010)As curvas de disparo dos disjuntores são e servem para:


a)B – correntes de curto-circuito entre 1 a 3 vezes a corrente nominal.
C – Correntes de curto-circuito entre 4 a 6 vezes a corrente nominal.
D – Correntes de curto-circuito entre 6 a 10 vezes a corrente nominal.
b) B – correntes de curto-circuito entre 3 a 5 vezes a corrente nominal.
C – Correntes de curto-circuito entre 5 a 10 vezes a corrente nominal.
D – Correntes de curto-circuito entre 10 a 20 vezes a corrente nominal.
c) B – Correntes de curto-circuito entre 3 a 4 vezes a corrente nominal.
C – Correntes de curto-circuito entre 5 a 6 vezes a corrente nominal.
D – Correntes de curto-circuito entre 6 a 20 vezes a corrente nominal.
d) B – Correntes de curto-circuito entre 3 a 5 vezes a corrente nominal.
C – Correntes de curto-circuito entre 5 a 10 vezes a corrente nominal.
D – Não existe essa classe de disjuntor.
e) A – Correntes de curto-circuito entre 3 a 5 vezes a corrente nominal.
B – Correntes de curto-circuito entre 5 a 10 vezes a corrente nominal.
C – Correntes de curto-circuito entre 10 a 20 vezes a corrente nominal.

(DOCAS-RJ) Um disjuntor é um dispositivo de manobra (mecânico) e de proteção, capaz de


estabelecer, conduzir e interromper correntes em condições normais de circuito, assim como
estabelecer, conduzir por tempo especificado e interromper correntes em condições anormais
especificadas do circuito, tais como as de curto-circuito.
Qual das alternativas abaixo NÃO diz respeito a um tipo de disjuntor normalmente encontrado no
comércio de equipamentos elétricos:
a) Disjuntor motor.
b) Disjuntor termomagnético.
c) Disjuntor eletrolítico.
d) Disjuntor em caixa moldada.

DISJUNTOR

216
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

13 INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL - DR

13.1 OBJETIVO
Ao final deste módulo o aluno deverá ser capaz descrever os tipos de dispositivos
diferenciais residuais, seu princípio de funcionamento bem como prescrevê-lo para a sua
correta utilização, conforme indicado na NBR 5410.

13.2 AVALIAÇÃO
Prova escrita onde o(a) aluno(a) deverá demonstrar o conhecimento adquirido.

13.3 BIBLIOGRAFIA
● NBR 5410 – Instalações em baixa tensão
●http://pt.wikipedia.org/wiki/Disjuntor_diferencial acessado em 25/08/2013
●http://www.siemens.com.br/templates/v2/templates/TemplateK.Aspx?channel=9096
acessado em 25/08/2013
●WALENIA, Paulo Sérgio – Projetos Elétricos Prediais – Base Editorial - 2010

13.4 INTRODUÇÃO
Um disjuntor diferencial, ou disjuntor diferencial residual (DR), é um dispositivo de
proteção utilizado em instalações elétricas. Permite desligar um circuito sempre que seja
detectada uma corrente de fuga superior ao valor nominal. A corrente de fuga é
avaliada pela soma algébrica dos valores instantâneos das correntes nos condutores
monitorizados (corrente diferencial).
INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL - DR

FIGURA 169 - DISJUNTOR DIFERENCIAL RESIDUAL

O Dispositivo DR é facilmente instalado diretamente no quadro de distribuição de


energia elétrica. Os seus benefícios são tão importantes que a Norma de Instalações
Elétricas - NBR 5410 torna a sua instalação obrigatória nos alimentadores de áreas
perigosas tais como: cozinhas, banheiros e áreas externas de residencias, prédios
públicos, supermercados, shoppings, hotéis e outras instalações públicas e privadas.

Alguns riscos prevenidos pelos dispositivos DR:

• Ocorrência de curtos circuitos e perdas de energia aumentando o consumo;


• Ocorrência de sobreaquecimentos com consequentes avarias de equipamentos
elétricos e mesmo focos de incêndio;
• Choque elétrico com paralisia total ou parcial dos movimentos durante a ocorrência,
podendo essa paralisia desencadear uma cadeia de acontecimentos de maior

217
gravidade: quedas, erros na condução de máquinas, etc.;

Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016


INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

• Choque elétrico originando queimaduras que podem ser graves ou mesmo fatais;
• Choque elétrico originando fibrilação cardíaca (graves alterações do ritmo dos
batimentos cardíacos podendo levar à morte);
• Choque elétrico originando parada respiratória com paralisia dos músculos torácicos
responsáveis pela respiração, potencialmente fatal na ausência de socorro imediato e
urgente;
• Choque elétrico originando parada cardíaca (quando a corrente elétrica externa
paralisa o funcionamento do coração), potencialmente fatal na ausência de socorro
imediato e urgente.

13.4.1 Obrigatoriedade da instalação de DR


De acordo com o item 5.1.3.2.2 da norma NBR 5410, o dispositivo DR é obrigatório desde
1997 nos seguintes casos:
1. Em circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em locais que contenham
chuveiro ou banheira.
2. Em circuitos que alimentam tomadas situadas em áreas externas à edificação.
3. Em circuitos que alimentam tomadas situadas em áreas internas que possam vir a
alimentar equipamentos na área externa.
4. Em circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em cozinhas, copas,
lavanderias, áreas de serviço, garagens e demais dependências internas normalmente
molhadas ou sujeitas a lavagens.
Observações:
●A exigência de proteção adicional por dispositivo DR de alta sensibilidade se aplica às
tomadas de corrente nominal de até 32A;
●Quanto ao item 4, admite-se a exclusão dos pontos que alimentem aparelhos de
iluminação posicionados a pelo menos 2,50m do chão;
●O dispositivo DR pode ser utilizado por ponto, por circuito ou por grupo de circuitos.

13.4.2 Características básicas


A sensibilidade do interruptor varia de 30 a 500mA e deve ser dimensionada com
cuidado, pois existem perdas para terra inerentes à própria qualidade da instalação.

INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL - DR


●Proteção contra contato direto: 30mA
Contato direto com partes energizadas pode ocasionar fuga de corrente elétrica,
através do corpo humano, para terra.
●Proteção contra contato indireto: 100mA a 300mA
No caso de uma falta interna em algum equipamento ou falha na isolação, peças de
metal podem tornar-se "vivas" (energizadas).
●Proteção contra incêndio: 500mA
Correntes para terra com este valor podem gerar arcos / faíscas e provocar incêndios.

13.4.3 Tipos de dispositivo DR (Tipo AC, A e B)


Tipo AC - Detecta correntes residuais alternadas e são normalmente utilizados em
instalações elétricas residenciais, comerciais e prediais, como também em instalações
elétricas industriais de características similares.

Tipo A - Detecta correntes residuais alternadas e contínuas pulsantes; este tipo de


dispositivo é aplicável em circuitos que contenham recursos eletrônicos que alterem a
forma de onda senoidal.

218
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

Tipo B - Detecta correntes residuais alternadas, contínuas pulsantes e contínuas puras;


este tipo de dispositivo é aplicável em circuitos de corrente alternada normalmente
trifásicos que possuam, em sua forma de onda, partes senoidais, meia-onda ou ainda
formas de ondas de corrente contínua, geradas por cargas como: equipamentos eletro-
médicos, entre outros.

13.5 DISPOSITIVO DR OU INTERRUPTOR DR


É um dispositivo de seccionamento mecânico destinado a provocar a abertura dos
próprios contatos quando ocorrer uma corrente de fuga à terra. O circuito protegido por
este dispositivo necessita ainda de uma proteção contra sobrecarga e curto circuito que
pode ser realizada por disjuntor ou fusível, devidamente coordenado com o Dispositivo
DR.

FIGURA 170 - EXEMPLO DE UM IDR - MARCA GE

13.6 DISJUNTOR DR
É um dispositivo de seccionamento mecânico destinado a provocar a abertura dos
próprios contatos quando ocorrer uma sobrecarga, curto circuito ou corrente de fuga à
terra, em outras palavras, Os DDR são disjuntores com proteção diferencial, onde já estão
incorporados em um único produto as funções do DR (Interruptor Diferencial) e o Mini
Disjuntor.
INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL - DR

É recomendado nos casos onde existe a limitação de espaço.

FIGURA 171 - EXEMPLO DE UM DISJUNTOR DR - MARCA SIEMENS

219
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

FIGURA 172 - EXEMPLO DE UM DISJUNTOR DR - MARCA SCHNEIDER

O Disjuntor DR possui proteção diferencial contra contatos diretos e indiretos e


proteção contra sobrecarga e curto-circuito. Sendo assim o Disjuntor DR tanto de
proteger as pessoas dos efeitos maléficos de um choque elétrico e os equipamentos
(patrimônio).

13.7 MÓDULO DR
É um dispositivo destinado a ser associado a um disjuntor termomagnético,
adicionando a este a proteção diferencial residual, ou seja, esta associação permite a
atuação do disjuntor quando ocorrer uma sobrecarga, curto circuito ou corrente de fuga
à terra. É recomendado para instalações onde a corrente de curto circuito for elevada.
Recomenda-se a maior atenção quando se trata de instalações elétricas. Um fio
descascado, uma tomada ou um interruptor com defeito podem colocar em risco
pessoas e bens. São frequentes os problemas associados a mau isolamento em aparelhos
ou eletrodomésticos. Superfícies com que se lida quotidianamente e consideradas
geralmente seguras, como o registro do chuveiro, o painel de uma máquina de lavar, ou
a porta da geladeira, podem tornar-se causas de eletrocução. O Dispositivo DR atua em
qualquer uma destas situações, sempre que uma fuga de corrente coloque em risco
vidas e bens.

INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL - DR

FIGURA 173 - EXEMPLO DE UM MÓDULO DR - MARCA SIEMENS

13.8 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO


O DR funciona com um sensor que mede as correntes que entram e saem no
circuito (figura a). As duas são de mesmo valor, porém de direções contrárias em relação
à carga.
Se chamarmos a corrente que entra na carga de +I e a que sai de -I, logo a soma

220
das correntes é igual à zero (figura b).

Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016


INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

A soma só não será igual a zero se houver corrente fluindo para a terra (figura c),
como no caso de um choque elétrico.

FIGURA 174 - FUNCIONAMENTO DO DR

Conhecendo um pouco mais


Conceito de funcionamento do DR
A somatória vetorial das correntes que passam pelos condutores ativos no
núcleo toroidal é praticamente igual à zero (Lei de Kirchhoff). Existem
correntes de fuga naturais não relevantes. Quando houver uma falha à
terra (corrente de fuga) a somatória será diferente de zero, o que irá induzir
no secundário uma corrente residual que provocará, por
eletromagnetismo, o disparo do Dispositivo DR (desligamento do circuito),
desde que a fuga atinja a zona de disparo do Dispositivo DR (conforme
norma ABNT NBR NM 61008 o Dispositivo DR deve operar entre 50% e 100%
INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL - DR

da corrente nominal residual - In).

F1 – Dispositivo DR de proteção contra a correntes de fuga à terra


T – Transformador diferencial toroidal
L – Disparador eletromagnético
R – Carga
A – Fuga à terra por falha da isolação
F – Fluxo magnético da corrente residual

221
IF – Corrente secundária residual induzida

Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016


INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

Link para o youtube

https://www.youtube.com/watch?v=2vjWC_REhME

13.8.1 Princípio de proteção das pessoas


Qualquer atividade biológica no corpo humano seja ela glandular, nervosa ou
muscular é originada de impulsos de corrente elétrica.
Se a essa corrente fisiológica interna somar-se uma corrente de origem externa
(corrente de fuga), devido a um contato elétrico, ocorrerá no organismo humano uma
alteração das funções vitais, que, dependendo da duração e da intensidade da
corrente, poderá provocar efeitos fisiológicos graves, irreversíveis ou até a morte da
pessoa.
Gráfico da Figura 175 com zonas tempo x corrente e os efeitos sobre as pessoas IEC
60479-1 (percurso mão esquerda ao pé). Tais zonas estão descritas na Tabela 16.

INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL - DR


FIGURA 175 - GRÁFICO ZONA DO TEMPO X CORRENTE
TABELA 16 - PERCEPÇÃO DA CORRENTE SOBRE O CORPO HUMANO

Zonas Limites Efeitos fisiológicos


Até 0,5 mA -
AC-1 Percepção possível, mas geralmente não causa reação.
Curva a
0,5 mA Provável percepção e contrações musculares involuntárias,
AC-2
até curva b porém sem causar efeitos fisiológicos.
Fortes contrações musculares involuntárias, dificuldade
A partir da respiratória e disfunções cardíacas reversíveis. Podem
AC-3 curva b ocorrer imobilizações e os efeitos aumentam com o
para cima crescimento da corrente elétrica, normalmente os efeitos
prejudiciais podem ser revertidos.
Acima da Efeitos patológicos graves podem ocorrer inclusive paradas
curva c1 cardíacas, paradas respiratórias e queimaduras ou outros
danos nas células. A probabilidade de fibrilação ventricular
AC-4 aumenta com a intensidade da corrente e do tempo.
c1-c2 AC-4.1 Probabilidade de fibrilação ventricular aumentada

222
até aproximadamente 5%

Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016


INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

c2-c3 AC-4.2 Probabilidade de fibrilação ventricular de


aproximadamente 50%

Além da AC-4.3 Probabilidade de fibrilação ventricular acima de


curva c3 50%

13.9 INSTALAÇÃO
O DR deve estar instalado em série com os disjuntores de um quadro de
distribuição. Em geral, ele é colocado depois do disjuntor principal e antes dos disjuntores
de distribuição.
Para facilitar a detecção do defeito, aconselha-se proteger cada aparelho com
dispositivo diferencial. Caso isto não seja viável, deve-se separar por grupos que possuam
características semelhantes.
Exemplo: circuito de tomadas, circuito de iluminação, etc.
Recomendações:

 Todos os fios do circuito têm que obrigatoriamente passar pelo DR


 O fio terra (proteção) nunca poderá passar pelo interruptor diferencial
 O neutro não poderá ser aterrado após ter passado pelo interruptor
 O botão de teste para o DR de 4 polos está entre os polos centrais F/F (220V), mas
o DR funciona normalmente se conectado F/N (127V) nestes polos.
 Nos circuitos de torneira e/ou chuveiro elétrico recomendamos que os mesmos
sejam de resistência blindada/isolada.
 Verificar se na caixa de equipamentos como torneira e/ou chuveiro elétrico tem a
seguinte observação: uso compatível com DR

TABELA 17 - APLICAÇÃO DO DR

2 módulos 4 módulos
fase-neutro
fase-neutro
fase-fase
INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL - DR

Aplicação 2 fases e neutro


3 fases
fase-fase 3 fases
3 fases e neutro

FIGURA 176- FORMAS DE LIGAÇÃO DO DR

223
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

13.9.1 Esquemas de ligações básicas quanto ao número de


polos
L1, L2, L3 – Condutores Fases

N – Condutor Neutro
PE – Condutor de proteção (terra)
DR1 – Dispositivo DR – bipolar
DR2 – Dispositivo DR – tetrapolar
R – Carga

INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL - DR

FIGURA 177 - ESQUEMAS BÁSICOS DE LIGAÇÃO DO DR QUANTO AO NÚMERO DE POLOS

2) O botão de teste T, possibilita a verificação do correto funcionamento e instalação do


dispositivo DR, gerando uma corrente de fuga interna entre dois terminais de conexão
(acionar semestralmente, pois é a garantia de funcionamento do Dispositivo DR).
Portanto, em redes bifásica ou trifásica (L1+L2+N ou L1+L2+L3 sem N), verifique o
diagrama no frontal do dispositivo DR para proporcionar a correta energização dos
terminais utilizados por este teste. No exemplo foi interligado o terminal de conexão 3 ao
terminal de conexão N para permitir a operação do botão de teste.

224
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

13.9.2 Esquema de ligação básico quanto ao esquema de


aterramento
Seguem os esquemas de ligações mais utilizados.

13.9.2.1 Esquema TN-S

FIGURA 178 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO DR PARA O ESQUEMA TN-S

As funções do condutor Neutro (N) e do condutor de Proteção (PE) são distintos na rede.

13.9.2.2 Esquema TN-C-S


INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL - DR

FIGURA 179 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO DR PARA O ESQUEMA TN-C-S

Em parte do sistema as funções do condutor Neutro (N) e do condutor de Proteção (PE)


são combinadas em um único condutor (PEN).

13.9.2.3 Esquema TT

FIGURA 180 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO DR PARA O ESQUEMA TT

225
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

O esquema TT possui um ponto da alimentação diretamente aterrado, estando as


massas da instalação ligadas a eletrodo(s) de aterramento eletricamente distinto(s) do
eletrodo de aterramento da alimentação.

Notas:

a) Em sistemas TN-C o dispositivo DR somente poderá ser instalado se o circuito protegido


for transformado em TN-S, caracterizando-se um sistema TN-C-S.
b) Para sistemas IT, consultar ABNT NBR 5410.
A Tabela 18 resume a aplicação do DR
TABELA 18 - UTILIZAÇÃO DO DR – FONTE NBR5410

Esquema de Uso do DR
Aterramento Proibido Recomendado Obrigatório
C X
TN S X
C-S X
TT X
IT X
*para a segunda falta

13.10 ESCOLHER O TIPO DE DISPOSITIVOS DR


1º- Escolha o modelo de Dispositivo DR.
Defina se o dispositivo DR será um modelo Dispositivo DR (Interruptor DR), Disjuntor
DR ou Módulo DR. Entre outros fatores, esta escolha vai depender do espaço disponível
dentro do quadro de distribuição e da corrente máxima de interrupção do circuito
principal deste quadro – Imax (ver detalhes em QUAIS SÃO AS VARIAÇÕES DE
DISPOSITIVOS DR?).

2º- Escolha o número de polos do Dispositivo DR.


Defina o circuito (ou conjunto deles) que será protegido pelo Dispositivo DR e com
isso verifique quantos polos serão necessários proteger, ou seja, quantas Fases + Neutro

INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL - DR


serão protegidos.
Esta definição deve considerar os circuitos onde a proteção com Dispositivo DR é
obrigatória conforme as exigências da norma de instalações elétricas em baixa tensão
(NBR5410/04). Conforme a quantidade de polos que o circuito escolhido (ou conjunto
deles) conter, teremos definido o número de polos do Dispositivo DR:

 BIPOLAR: FN ou FF (exemplo: um circuito de chuveiro)


 TETRAPOLAR: FFN, FFF, FFFN (exemplo: entrada de um QD).
Um dispositivo DR TETRAPOLAR pode ser instalado somente com 3 condutores (FFN
ou FFF) deixando um de seus polos livre (item 13.9.1).

Um quadro de energia pode conter vários Dispositivos DR protegendo diferentes


circuitos (ou conjuntos dele) usando a mesma barra de terra (PE). Porém, fique atento,
pois podem existir mais de um Neutro no quadro de distribuição que, caso sejam
misturados, irão provocar o desligamento indesejado dos Dispositivos DR (veja mais
detalhes em COMO FUNCIONA O DISPOSITIVO DR?).

3º- Escolha a corrente nominal do Dispositivo DR (In).


226
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

A corrente nominal do Dispositivo DR (In = 25A, 40A, 63A, 80 A, 100 A e 125 A) deve
sempre ser IGUAL ou ainda MAIOR que a corrente nominal do dispositivo de proteção de
sobre correntes (disjuntor ou fusível) imediatamente a montante dele (antes do Dispositivo
DR). Isso é importante para que o Dispositivo DR seja protegido contra curtos-circuitos,
visto que o Dispositivo DR não faz a proteção contra sobre correntes de qualquer tipo.

4º- Escolha a corrente nominal residual do Dispositivo DR (In).


A corrente nominal residual do Dispositivo DR (In = 10mA, 30mA, 100mA, 300mA,
500mA e 1000mA) deve ser definida a partir da função que o Dispositivo DR irá cumprir na
instalação:

 In maior que 30mA – Proteção somente da instalação elétrica (contra incêndios e
outros possíveis danos causados por correntes de fuga à terra)
 In igual ou menor que 30mA – Proteção de vida e da instalação elétrica (mais
apropriado para instalações elétricas domésticas e similares)
É importante considerar as orientações da norma de instalações elétricas em baixa
tensão – NBR5410/2004 – bem como outras normas e regulamentos exigidos no país para
a proteção elétrica contra correntes de fuga.

5º- Escolha o tipo de Dispositivo DR


Defina se o Dispositivo DR será do tipo AC, A e B identificando se no circuito
protegido pelo dispositivo existe algum equipamento que pode gerar corrente contínua
na linha mesmo em condições de falhas ou temporárias (ver detalhes em QUAIS SÃO AS
VARIAÇÕES DE DISPOSITIVOS DR?).

13.11 PARA LOCALIZAÇÃO DE DEFEITOS


Uma instalação elétrica projetada e executada de acordo com as normas,
utilizando o Dispositivo DR e produtos de qualidade, funcionará corretamente garantindo
segurança aos usuários e patrimônio. Se, contudo, ocorrer a atuação de um Dispositivo
DR, a localização do defeito poderá ser feita com base ao fluxograma ao lado. A
primeira verificação será constatar se após o Dispositivo DR não houve interligação entre
o condutor neutro (N) e o condutor de proteção (PE) e/ ou de condutores neutros (N) de
INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL - DR

dois ou mais Dispositivos DR. A atuação esporádica poderá ocorrer devido a sobre
tensões de descargas atmosféricas ou de manobras na rede da concessionária. Essa
atuação pode ser evitada pela utilização de dispositivos de proteção contra surtos e/ou
Dispositivos DR de alta resistência as sobre tensões transitórias (característica K). Deve-se
atentar que os protetores de surto sejam conectados à terra a montante do Dispositivo
DR, o que irá evitar uma atuação indevida do dispositivo DR quando ocorrer uma
atuação do protetor de surto. Atuação indevida também poderá ocorrer por um projeto
incorreto, ou seja, em instalação de grande porte com elevado número de cargas onde
a somatória das correntes de fuga normais ultrapasse o nível de atuação do Dispositivo
DR. Nestes casos, recomenda-se a divisão em circuitos menores, cada qual com seu
respectivo Dispositivo DR.
Com o dispositivo de medição de corrente de fuga (5SM1 930-0)2 pode-se analisar
e confirmar o valor real da corrente de fuga (mA). Essa medição comprova na prática
sua eficácia na busca de defeitos e do estado de isolação da instalação. Vale ressaltar

227 Equipamento da SIEMENS


2

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que, muitas vezes, a atuação do Dispositivo DR ocorre devido à existência de


equipamentos de baixa qualidade conectados ao circuito.

INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL - DR


FIGURA 181 - FLUXOGRAMA PARA DIAGNÓSTICO DE DEFEITO EM CIRCUITO (SIEMENS)

13.12 VERIFICAÇÃO DA ATUAÇÃO DE DISPOSITIVOS A CORRENTE


DIFERENCIAL-RESIDUAL (DISPOSITIVOS DR)
Os métodos descritos em 13.12.1a 13.12.3 podem ser usados na verificação da atuação
de dispositivos DR.

13.12.1 Método 1
Uma resistência variável RP deve ser conectada, a jusante do dispositivo DR, entre
um condutor vivo e massa.
A corrente diferencial-residual IΔ é aumentada reduzindo-se o valor de RP.
O disparo do DR deve ocorrer para uma corrente IΔ menor que a corrente
diferencial-residual nominal de atuação IΔn.

228
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NOTA: Este método pode ser utilizado em esquemas TN-S, TT e IT. Em esquemas IT pode ser
necessário conectar um ponto da alimentação diretamente à terra, durante o ensaio,
para que o DR atue.

FIGURA 182 – ESQUEMA DE VERIFICAÇÃO PELO MÉTODO 1

13.12.2 Método 2
A resistência variável é conectada entre um condutor vivo a montante do DR e
outro condutor vivo a jusante do DR. A corrente é aumentada pela redução de RP.
O disparo do DR deve ocorrer para uma corrente IΔ menor que a corrente
diferencial-residual nominal de atuação IΔn. A carga deve estar desconectada durante o
ensaio.
NOTA Este método pode ser utilizado em todos os esquemas, TN-S, TT e IT.
INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL - DR

FIGURA 183 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO MÉTODO 2

13.12.3 Método 3
A Figura 184 mostra o método que utiliza um eletrodo auxiliar. A corrente é
aumentada pela redução do valor de RP.
A tensão U entre massa e eletrodo auxiliar independente deve ser medida. A
corrente IΔ (que deve ser inferior a IΔn), sob a qual o dispositivo DR dispara, também deve
ser medida.
A seguinte condição deve ser atendida:

onde: UL é a tensão de contato limite.

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FIGURA 184 - ESQUEMA DE VERIFICAÇÃO PELO MÉTODO 3

13.12.4 Como montar os quadros de distribuição


Abaixo segue um exemplo de montagem dos Dispositivos DR nos quadros de
distribuição padrão IEC.

INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL - DR


FIGURA 185 - EXEMPLO DE INSTALAÇÃO DE QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO COM DR

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FIGURA 186 - EXEMPLO DE LIGAÇÃO DE UM QUADRO COM 2 FASES + NEUTRO + (PE) TERRA

1 - Dispositivo DR tetrapolar de 30 mA
2 - Circuitos de saídas protegidos por disjuntores
Dispositivo de proteção contra surtos - DPS, instalados entre fase (F) e terra (PE)
3A/3B - Dispositivo de proteção contra surtos - DPS, instalados entre neutro (N) e terra (PE).
Nos casos onde a separação do condutor neutro (N) e terra (PE) ocorre dentro do
Quadro de Distribuição, não é necessário aplicação desse módulo.
4 - Barramento para condutores de proteção - terra (PE)
INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL - DR

5 - Barramento para condutores neutro (N)


6 - Barramento bifásico isolado para alimentação dos circuitos
7 - Terminal para derivação
8 - Trilho de fixação rápida
9 - Isolador terminal (reserva)
10 - Circuitos de saída dos cabos terra
11 - Circuitos de saída dos cabos neutro
12 - Cabos de entrada
13 - Cabos de interligações internas do quadro.

O exemplo de montagem acima (Figura 186) é para uma rede bifásica (2F + N +
PE), para outras possibilidades de redes considerar as seguintes alterações:
a) Para uma rede trifásica (3F + N + PE), o Dispositivo DR permanecerá tetrapolar fazendo
a ligação da fase (F3). Utilizar mais um dispositivo de proteção contra surtos - DPS para a
fase adicional e barramento trifásico isolado.

231
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b) Para uma rede monofásica (1F + N + PE), o Dispositivo DR será bipolar e desconsiderar
um dispositivo de proteção contra surtos - DPS da fase (F2) e o barramento isolado será
monofásico.
c) Todos os exemplos acima descritos consideram que junto ao medidor existe uma
proteção realizada por meio de disjuntor IEC ou fusível Siemens, por esta premissa, foi
possível realizar os exemplos de montagem sem a utilização de um disjuntor geral no
quadro de distribuição, realizando a entrada diretamente pelo Dispositivo DR. Nos casos
onde não houver uma proteção prévia coordenada é recomendável a utilização de um
disjuntor geral no Quadro de Distribuição.

13.13 REPRESENTAÇÃO DO IDR POR MEIO DE DIAGRAMAS


Em um quadro de distribuição é usual representar os componentes por meio de
diagramas. Abaixo representamos os diagramas unifilar e multifilar onde estão inseridos
disjuntores e DR.

13.13.1 Diagrama Unifilar do IDR

INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL - DR

FIGURA 187 – DIAGRAMA UNIFILAR COM A UTILIZAÇÃO DO DR

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13.13.2 Diagrama Multifilar do IDR

FIGURA 188 - REPRESENTAÇÃO DO DIAGRAMA MULTIFILAR

13.14 ALGUMAS PERGUNTAS FREQUENTES


01-Por que o dispositivo DR não foi ativado se eu senti o choque elétrico?
INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL - DR

02-Pode ser invertida a alimentação de um dispositivo DR?

233
03-Por que o dispositivo DR não foi ativado se eu senti o choque elétrico?

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04-Pode ser utilizado um dispositivo DR tetrapolar em um circuito monofásico?

05-Pode ser prescindida a conexão de aterramento dos equipamentos?

06-Um dispositivo DR bipolar pode ser utilizado em um circuito de comando 24 VCA? INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL - DR

07-Um dispositivo DR pode ser utilizado em um circuito de corrente contínua?

234
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10-Um dispositivo DR pode ser utilizado em um circuito de alimentação de computador?

13.15 ATIVIDADES
Complete com V para verdadeiro F para falso

a) ( ) É possível instalar dispositivos DR de lΔn 30 mA em circuitos com inversor de


frequência.
b) ( ) O dispositivo DR protege os cabos contra sobrecarga.
c) ( ) O dispositivo DR deve ser testado semestralmente.
d) ( ) O dispositivo DR tem polaridade.
e) ( ) Se for instalado um dispositivo DR, podem ser dispensados os fusíveis ou os
disjuntores.
f) ( ) O dispositivo DR protege uma pessoa que toca em dois condutores ativos
simultaneamente.
g) ( ) O dispositivo DR com uma corrente de falta nominal de 300 mA protege
INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL - DR

pessoas contra eletrocussão.


h) ( ) O dispositivo DR também protege a instalação contra incêndio.
i) ( ) O dispositivo DR impede que seja sentida a descarga elétrica.
j) ( ) O dispositivo DR protege uma pessoa diante de um contato acidental com
uma parte sobtensão.
k) ( ) Além disso, convém colocar as partes metálicas do dispositivo DR em
instalação de aterramento.
l) ( ) O dispositivo DR detecta falhas de isolamento e se ativa.
m) ( ) O dispositivo DR tetrapolar pode ser utilizado em circuitos monofásicos.
n) ( ) O dispositivo DR bipolar também se ativa se for cortado um cabo.
o) ( ) Convém colocar em cada circuito um dispositivo DR

13.16 QUESTÕES DE CONCURSO


01.INFRAERO 2011 - Nas instalações elétricas prediais, a proteção contra choque elétrico
causado por contatos diretos é realizada pelo dispositivo denominado
a) DPS.
b) DR.
c) fusível NH.

235
d) fusível DIAZED.

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e) disjuntor termomagnético.

02.Os dispositivos de proteção à corrente residual (dispositivo DR) devem ser selecionados
de tal forma que as correntes de fuga à terra, suscetíveis de circularem durante o
funcionamento normal das cargas alimentadas, não possam provocar atuação
desnecessária do dispositivo. Desta forma, os dispositivos DR, inclusive de alta
sensibilidade, podem operar:
a) com fonte auxiliar, desde que não seja a própria rede de alimentação;
b) para qualquer valor da corrente diferencial-residencial superior a 50% da corrente de
disparo normal;
c) para um valor pré-estabelecido da corrente diferencial residual superior à corrente de
disparo;
d) desde que não haja presença de umidade;
e) em condições normais de funcionamento, desde que o condutor de proteção não
seja interrompido.

03.(FAURGS - 2012 - TJ-RS) Sobre a utilização de dispositivos diferenciais residuais, são feitas
as seguintes afirmações.
I - É obrigatória nos circuitos de tomadas de corrente situadas em áreas internas que
possam vir a alimentar equipamentos no exterior.
II - É obrigatória nos circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em locais
contendo banheira ou chuveiro.
III - A exigência não se aplica a circuitos concebidos em esquema IT, visando garantir
continuidade de serviço quando for indispensável à segurança das pessoas e à
preservação de vidas.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.

236
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14 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS ATMOSFERICOS – DPS

14.1 OBJETIVO
Ao final deste módulo o aluno deverá ser capaz descrever os tipos de Dispositivos
de proteção contra surtos, seu princípio de funcionamento bem como prescrever para a
sua correta utilização, conforme indicado pela NBR 5410.

14.2 AVALIAÇÃO
Prova escrita onde o(a) aluno(a) deverá demonstrar o conhecimento adquirido.

14.3 BIBLIOGRAFIA
● NBR 5410 – Instalações em baixa tensão
●http://www.weg.net/br/Produtos-e-Servicos/Controls/Protecao-de-Circuitos-
Eletricos/Dispositivos-de-protecao-contra-surtos-SPW - acessado em 28/08/2013
●http://mangesemeletrica.webnode.com.br/materias/comandos-eletricos/ - acessado
em 28/08/2013
●http://gfinder.findernet.com/assets/Downloads/18/Surge_protection_PT.pdf - acessado
em 17/12/15

14.4 INTRODUÇÃO
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS ATMOSFERICOS – DPS

O Dispositivo de Proteção contra Surtos - DPS protege o circuito contra anomalias


externas, como descargas atmosféricas (Raios).
Os Dispositivos de Proteção contra surtos são capazes de evitar qualquer tipo de
dano aos equipamentos ligados aos circuitos, descarregando para a terra os pulsos de
alta-tensão causados pelos raios.

FIGURA 189 - EXEMPLOS DE DPS DOS FABRICANTES WEG E STECK

14.5 CAUSAS DAS SOBRETENSÕES TRANSITÓRIAS


As sobre tensões ocorrem em duas categorias classificadas por causa:

LEMP (Lightning Electromagnetic Pulse)


– sobre tensões provocadas por influências atmosféricas (por exemplo, quedas de raios
diretas, campos eletromagnéticos de descarga).

SEMP (Switching Electromagnetic Pulse)


– sobre tensões provocadas por operações de manobra (por exemplo: desconexão de
curtos-circuitos, manobras de cargas em serviço).

237
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

As sobre tensões diretas que se apresentam por consequência de uma


tempestade têm sua causa em uma descarga direta-próxima ou na descarga distante
de um raio Figura 190.
As descargas diretas ou próximas são quedas de raios no sistema de para-raios de
um edifício, em suas imediações ou nos sistemas que conduzem a eletricidade para um
edifício (por exemplo, alimentação de baixa tensão, linhas de sinal e de comando). Por
razão de sua amplitude e da energia que transportam as correntes de descarga e as
tensões de descarga constituem uma especial ameaça para o sistema a ser protegido.
Em caso de uma queda direta ou próxima do raio, as sobre tensões (como mostra a
Figura 190), são formadas pela queda de tensão da resistência de descarga contra o fio
terra e o aumento do potencial provocado do edifício com referência ao ambiente
afastado. Isso constitui a carga mais intensa a qual podem estar expostos os sistemas
elétricos de um edifício.
Os parâmetros típicos da corrente de descarga t em circulação (valor de pico)
velocidade de aumento da intensidade, conteúdo da carga, energia específica, podem
ser expostos na forma da onda de descarga de 10-350 s (veja na ilustração exemplos de
intensidades de choque de ensaio), e estão definidos nas normas internacionais,
europeias e nacionais, como intensidade de ensaio para componentes e aparelhos para
a proteção em caso de descargas diretas.
Além da queda de tensão na resistência de descarga contra o fio terra, são
geradas sobre tensões no sistema elétrico do edifício e nos sistemas e aparelhos
conectados, por razão do efeito de indução do campo eletromagnético de descarga
(Caso 1b da Figura 190).
A energia destas sobre tensões induzidas e as consequentes correntes de impulsos

DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS ATMOSFERICOS – DPS


são muito menores que a da corrente de descarga com uma onda de superintensidade
de 8-20μs.
Portanto, os componentes e aparelhos que não tenham que conduzir as
intensidades procedentes de quedas de raios diretas são verificados com corrente de
descarga de 8-20μs.

14.6 CONCEITO DE PROTEÇÃO


As descargas distantes são quedas de raios que ocorrem muito longe do objeto a
ser protegido, quedas de raios na rede de linhas aéreas de média tensão ou em suas
imediações ou descargas de raios entre nuvens que estão representadas nos casos 2a,
2b e 2c da Figura 191. De maneira equivalente às sobre tensões induzidas, são
controlados os efeitos das descargas distantes sobre o sistema elétrico de um edifício, por
meio de aparelhos e componentes que estão projetados conforme a onda de super
intensidade de 8/20μs.
As sobre tensões causadas por operações de manobra são produzidas entre outras
coisas por:
a) Desconexão de cargas indutivas (por exemplo: transformadores, bobinas,
motores);
b) Ignição e interrupção de arcos voltaicos (por ex.: aparelhos de soldagem por
arco);
c) Disparo de fusíveis.
Os efeitos das operações de manobra sobre o sistema elétrico de um edifício são
simulados igualmente com correntes de choque com forma de onda de 8/20µs para fins
de ensaio. É importante levar em conta todas as causas que possam provocar sobre
tensões.
Para este fim, se aplica o modelo das áreas de proteção contra raios especificado
em IEC 62305-4 ilustrado na Figura 191. Com este modelo, o edifício se divide em áreas
com diferentes níveis de perigo.
238
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

Estas áreas permitem determinar os aparelhos e componentes que são necessários


para obter a devida proteção contra raios e sobre tensões.

FIGURA 190 - CAUSAS DAS SOBRETENSÕES POR DESCARGAS DE RAIOS


DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS ATMOSFERICOS – DPS

FIGURA 191 - MODELOS DE ÁREAS DE PROTEÇÃO CONTRA RAIOS DIRECIONADOS PELOS CRITÉRIOS CEM

14.7 CONCEITOS
Antes de prosseguirmos com o estudo sobre DPS é necessário definirmos algumas
características:

●Protetor de surto:
Dispositivo desenvolvido para limitar sobre tensões transientes e desviar as
correntes de descargas atmosféricas.
Possui, pelo menos, um componente não linear. Deve estar de acordo com a
norma europeia EN 61643-11.

●Onda 8/20:
Onda que representa a corrente que passa através do equipamento quando
sujeitado a uma sobretensão (baixa energia).

239
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

FIGURA 192 - FORMA DE ONDA DE IMPULSO 8/20µs

Onde o primeiro valor 8µs representa o tempo de subida da onda e o segundo valor 20µs
representa o tempo de descida da forma de onda.

●Onda 10/350:
Onda que representa a corrente que passa através do equipamento quando sujeitado a
uma sobretensão pela descarga direta de um raio.

DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS ATMOSFERICOS – DPS


FIGURA 193 - FORMA DE ONDA DE IMPULSO 10/350µs

Onde o primeiro valor 10µs representa o tempo de subida da onda e o segundo valor
350µs representa o tempo de descida da forma de onda.

●Protetor de surto Classe I: Protetor de surto desenvolvido para desviar a energia


destrutiva causada por uma sobretensão comparada a uma descarga de impacto
direto de um raio(Figura 193). Deve passar com sucesso pelo teste com a onda 10/350µs
(teste de classe I).

●Protetor de surto Classe II: Protetor de surto desenvolvido para desviar a energia
destrutiva causada por uma sobretensão comparada a uma descarga de impacto
indireto de um raio ou a uma sobretensão de operação de chaveamento (Figura 192).
Deve passar com sucesso pelo teste com a onda 8/20µs (teste de classe II).

●Classe I+II: Os DPS Classes I + II asseguram a proteção contra os efeitos diretos e


indiretos causados pelas descargas atmosféricas, no mesmo produto.

● Classe III: os DPS Classe III são destinados à proteção fina de equipamentos situados a
mais de 30 m do DPS de cabeceira. O DPS Classe III é testado com uma forma de onda
de corrente combinada 12/50 μs e 8/20 μs.

240
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●Up: Nível de proteção: Parâmetro que caracteriza a operação de um protetor de surto


pelo nível de limitação de tensão entre os seus terminais, níveis que são selecionados de
uma lista predefinida na norma. O maior valor atingido no teste de limitação de tensão é
arredondado ao próximo valor maior da norma (teste realizado em corrente nominal de
descarga (In) para o teste de classe I e II).

●In: Corrente nominal de descarga.


Valor de pico de corrente na onda 8/20µs o qual pode fluir 15 vezes pelo protetor de
surto. É usado para determinar o valor de Up.

●Imáx: Máxima corrente de descarga para o teste de classe II.


Valor de pico de corrente máximo que pode fluir pelo protetor de surto na onda 8/20µs,
sua amplitude é definida de acordo com a sequência de teste de operação para classe
II. Imáx é sempre maior do que In.

●Iimp: Corrente de impulso para o teste de classe I: A corrente de impulso Iimp é definida por
uma corrente de pico Ipeak e uma carga Q e, é testada de acordo com a sequência de
teste de operação para classe I. É usado para classificar protetores de surto de classe I (a
onda 10/350 corresponde a essa definição).
●Un: Tensão nominal de uma rede em c.a.: tensão nominal entre fase e neutro (Valor rms
de c.a.).
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS ATMOSFERICOS – DPS

●Uc: Máxima tensão de operação continua (IEC 61643-1): Que pode ser aplicada
continuamente em um protetor de surto.
●Ng: Densidade de descargas atmosféricas: Expressadas pelo número de descargas ao
solo por km2 por ano.
●UT: Sobretensão temporária suportada: Máxima sobretensão c.a. ou c.c. que excede a
tensão de operação contínua (Uc) que o protetor de surto pode ser submetido por um
tempo determinado.
● Ifi: Classificação de corrente subsequente Ifi (kArms): É um parâmetro para a tecnologia
Spark-Gap e GDT (DPS Tipo 1) e não se aplica aos varistores. Ifi é o valor rms da corrente
subsequente, que pode ser interrompida pelo DPS sob a máxima tensão de operação Uc.
É a corrente de curto-circuito que o DPS pode interromper sozinho.
O Ifi de um DPS deve ser igual ou maior que a corrente de curto-circuito da
instalação (Ip) no ponto em que o protetor de surto é instalado.
Se não obedecido, o fusível acima do DPS abrirá toda a vez que o Spark-Gap
atuar.

●Ip: Corrente de curto-circuito da instalação (Ip) (kArms): Ip é a corrente que vai fluir em um
ponto da instalação no caso de curto-circuito nesse ponto.

241
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

14.8 FUNCIONAMENTO

FIGURA 194 - PARTES CONSTITUINTES DO DPS

O DPS serve como um limitador de tensão. O seu coração é o varistor, normalmente de


óxido de zinco (Figura 195).

DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS ATMOSFERICOS – DPS


FIGURA 195 - PARTES CONSTITUINTES DO DPS DA MARCA CLAMPER

O varistor de óxido de zinco funciona como uma chave aberta, ou seja, até que a
tensão atinja um determinado valor, após o atingimento deste valor, o varistor passa a
conduzir, quase como se fosse uma chave fechada, ou um curto circuito. Desta forma, a
tensão é mantida em patamares aceitáveis.
Entre as vantagens em utilizar o varistor de óxido de zinco, está na velocidade de
atuação, fazendo com que os efeitos do susto sejam mitigados.
Como normalmente os surtos são de curtíssima duração, dificilmente haverá o
desarme da proteção e o varistor dissipara de forma térmica os efeitos da sobretensão,
todavia, caso o distúrbio de prolongue, a proteção que antecede ao DPS deverá atuar
protegendo tanto o equipamento quanto o próprio DPS.
Link para o youtube
https://www.youtube.com/watch?v=_FpZqAwEiAc

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Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

14.9 FORMA DE INSTALAÇÃO


A instalação do dps associada com disjuntor e DR está apresentada na Figura 196.

FIGURA 196 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO DO DPS ASSOCIADO À DR E A DISJUNTOR


Este tipo de instlação permite que caso haja um pulso de tensão e caso esse pulso
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS ATMOSFERICOS – DPS

seja longo, ou seja, por um tempo maior que um raio, por exemplo, pelo funcionamento
do DPS há um acrescimo no nível de corrente, ligando a fase (afetada) diretamente ao
terra, fazendo com que o dispositivo de proteção seja acionado, desativando o circuito.
A Figura 197 apresenta o esquema de ligação básico do DPS.

FIGURA 197 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO ORIENTATIVO DO DPS


Caso o DPS seja instalado no ponto de entrada da linha elétrica da edificação, ou
em suas proximidades, deve ter a seção mínima de 4mm2 em cobre ou equivalente.
Caso o DPS seja destinado à proteção contra sobre tensões provocadas por
descargas atmosféricas diretas sobre a edificação ou suas proximidades, a seção
nominal do condutor das ligações DPS deve ser de no mínimo 16mm2.
As ligações DPS devem ser as mais curtas e retilíneas possíveis, conforme descrito no
item 6.3.5.3.5 da NBR.
Para a instalação em quadros, recomenda-se observar:

14.9.1 Regra dos 50 cm


Uma corrente de 10kA proveniente de um raio passando em um cabo de
comprimento de 1m gera 1000V. Equipamentos protegidos por um DPS estão sujeitos a
243
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

uma tensão igual à soma do P nível de proteção do DPS. Ud3 é a soma das quedas de
tensão dos cabos conectores (U1+U2+U3).
Então, é essencial que o comprimento total L = L1+L2+L3 dos cabos seja o menor
possível que 0,50m.
Se esse comprimento (L=L1+L2+L3) exceder 0,50m é necessário que seja feita uma
das soluções abaixo:

 Reduzir esse comprimento movendo os terminais de conexão;


 Escolher um protetor de surto com um valor Up menor;
 Instalar um segundo protetor de surto coordenado o primeiro, perto do
equipamento a ser protegido, de forma a ajustar o valor de Up ao valor suportado
pelo equipamento.
14.9.2 Superfície em anel dos condutores
Os cabos precisam ser arranjados de forma que fio quem o mais perto possível uns
dos outros para evitar sobre tensões induzidas por uma superfície em anel entre fases, o
neutro e o condutor PE.

14.9.3 Roteamento de cabos “limpos” e "poluídos”


Durante a instalação, devem-se passar os cabos limpos (protegidos) e os cabos
poluídos de acordo com o diagrama abaixo:
Para evitar acoplamento magnético entre os diferentes cabos (limpos e poluídos), é
altamente recomendado que eles sejam instalados distantes uns dos outros (>30 cm) e se

DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS ATMOSFERICOS – DPS


for preciso fazer o cruzamento dos cabos, faça somente em ângulos retos (90°).

FIGURA 198 - FORMA DE INSTALAÇÃO DO DPS E CABOS NO QUADRO

Ud é a queda de tensões do desconector (fusível ou disjuntor)


244
3

Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016


INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

14.10 CARACTERÍSTICAS
Independentemente do tipo ou da origem, as descargas geram um aumento
repentino na tensão da rede – os surtos e sobre tensões momentâneas – que danificam
equipamentos eletroeletrônicos e a própria instalação, trazendo muitos prejuízos, são
divididos em três classes que indicam a sua corrente utilização.

14.10.1 Classe de Proteção


 Classe I - São indicados para locais sujeitos a descargas de alta intensidade,
característica típica de instalações e edifícios alimentados diretamente por rede
de distribuição aérea, exposta a descarga atmosférica. Recomenda-se sua
instalação no ponto de entrada da rede elétrica na edificação.
 Classe II - São indicados para locais onde a rede elétrica não está exposta a
descargas atmosféricas diretas, caso típico de instalações internas de residências
e/ou edificações alimentadas por rede elétrica embutida/subterrânea.
Recomenda-se sua instalação no quadro de distribuição.
 Classe III – São indicados para locais que exigem uma proteção “fina”, aplicáveis
a equipamentos mais sensíveis. (Lida com energias inferiores aos da classe II).

14.11 ESCOLHENDO O DPS


A Figura 199 sugere a forma de escolha do correto tipo de DPS, deve-se levar em
consideração, se na instalação há SPDA 4 instalado, se há circuitos secundários e
caracterização dos equipamentos instalados quanto à sua sensibilidade em relação a
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS ATMOSFERICOS – DPS

surtos de tensão.

FIGURA 199 - FLUXO DE ESCOLHA DO DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS – DPS

245 SPDA – Sistema de Proteção contra descargas atmosféricas – Para-raios.


4

Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016


INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

14.12 DIMENSIONAMENTO
O dimensionamento do DPS, no que tange a tensão de proteção deve seguir os
critérios conforme apresentados na Tabela 19 que relaciona o nível de tensão com o
tipo do esquema de aterramento.

TABELA 19 - VALOR MÍNIMO DE UC EXIGÍVEL DO DPS, EM FUNÇÃO DO ESQUEMA DE ATERRAMENTO

14.13 ATIVIDADES
1-Quais são as características de seleção do DPS?

DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS ATMOSFERICOS – DPS


2-Quais são as condições que devem ser evidentes por ocasião de falha ou deficiência
do DPS?

3-Quais são as seções mínimas para ligação do DPS?

246
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

4-Quando é necessário instalar um dispositivo de proteção contra surtos - DPS?

5-A que norma corresponde à classe de exigência Classe 1, 2 e 3?


DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS ATMOSFERICOS – DPS

6-Um DPS com uma forma de onda 10-350 s pode ser substituída por um com uma forma
de onda 8-20 s – verdadeiro ou falso? Por quê?

7-Entre que áreas de proteção contra raios (LPZ) devem ser utilizados DPS's Classe 1 com
forma de onda 10-350 s?

247
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

8-Se cair um raio a uma distância de 1 km, podem ser induzidas as sobre tensões na
rede?

9-Execute a ligação de no diagrama abaixo, seguindo as seguintes premissas:

 Haverá dois circuitos de iluminação, um será para a lâmpada fluorescente que


será comandada por um interruptor simples de uma tecla e o outro circuito, suprirá
duas lâmpadas comandadas por dois interruptores paralelos e dois interruptores
intermediários;
 O circuito de tomadas será protegido pelo DDR;
 Você deverá executar ainda a ligação dos DPS de forma que o seu quadro esteja
protegido.

DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS ATMOSFERICOS – DPS


 O quadro é protegido por um disjuntor tripolar.

10. Represente os diagramas unifilar e multifilar do exercício anterior:

248
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14.14 Questões de Concurso Público


01.INFRAERO 2011 - A NBR 5410:2004 recomenda para as instalações elétricas prediais o
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS ATMOSFERICOS – DPS

uso de DPS como medida adicional na proteção contra


a) sobrecorrente.
b) falha no sistema de aterramento.
c) curto-circuito entre neutro e terra.
d) curto-circuito entre fase e neutro.
e) surtos de tensão.

02.(UFJF 2014) A função de um DPS é:


a ) regular a tensão de alimentação elétrica.
b ) sinalizar circuitos disponíveis para operação.
c ) alimentar cargas especiais contra falhas de fornecimento de energia.
d ) proteger as instalações elétricas contra surtos de tensão.
e ) alimentar os circuitos elétricos digitais.

03.(FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO ) Sobre o DPS - dispositivo de proteção contra surtos -
considere as afirmações abaixo:
I. O DPS pode ser construído pela tecnologia de centelhadores, diodos ou varistores;
II. O DPS, em função da categoria de suportabilidade a impulsos, é dividido nas classes I,
II, III e IV;
III. São parâmetros do DPS: tensão máxima de operação contínua (Vc) e nível de
Proteção de tensão (Vp).
É correto o que consta em
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

249
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
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15 DIMMER

15.1 OBJETIVO
Ao final deste módulo o aluno deverá ser capaz descrever princípio de
funcionamento DIMMER, bem como executar corretamente a sua ligação utilizando as
diversas formas de comando existentes.

15.2 AVALIAÇÃO
Prova escrita onde o(a) aluno(a) deverá demonstrar o conhecimento adquirido.

15.3 BIBLIOGRAFIA
●http://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/dimmer-funcao-instalacao/-acessado
em 10/08/2014
●http://microcontrolandos.blogspot.com.br/2013/01/dimmer-utilizando-pic.html-
acessado em 10/08/2014
●http://blog.eletronlivre.com.br/2011_02_01_archive.html - acessado em 10/08/2014

15.4 INTRODUÇÃO
O Dimmer é um dispositivo eletrônico utilizado classicamente para controlar a
luminosidade das lâmpadas incandescentes e algns tipos de motores. Mais
recentemente, com o advento dos reatores eletrônicos e lâmpadas de LED, o DIMMER
passou também a ser empregado para estes materiais.

15.5 FUNCIONAMENTO
Atualmente há Dimmer também para lâmpadas fluorescentes.
O dimmer, basicamente controla a potência enviada à carga que irá controlar. Ela
funciona seccionando a forma de onda. Tudo começa com o circuito abaixo:
Este circuito é controla o ângulo de condução desse triac. Disparando-o em
diversos pontos do sinal senoidal da rede elétrica, desta forma é possível aplicar
potências diferentes a uma carga.

FIGURA 200 - CIRCUITO DO DIMMER COM TRIAC

Assim, se o disparo for feito no início do semiciclo, todo ele (o semiciclo de


potência) poderá ser conduzido para a carga e ela receberá potência máxima.
Entretanto, se o disparo ocorrer no final do semiciclo, pequena parcela da energia será
DIMMER

conduzida até a carga que operará com potência reduzida. Abaixo reproduzimos as
formas de onda, com disparos no início e no final do processo (entre esses dois extremos
há toda uma gama de potências sob controle do potenciômetro).
250
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

O que dispara o triac é a carga do capacitor, pois quando ele atinge uma
determinada tensão, o díac passa a conduzir e então envia o pulso para o triac. Neste
momento o tríac conduz, fechando o circuito, permitindo que haja circulação de
corrente pela carga.
Agora, vamos entender o que a potência é a área em que ocorre a tensão e a
corrente no semiciclo. Elas devem ocorrer simultaneamente, e assim a potência é
transferida para a carga.
As formas de onda apresentadas na Figura 201 ilustram a pontência sobre a
carga.

FIGURA 201 - FORMAS DE ONDA DE DISPARO DO DIMMER

Quanto maior a área em vermelho, maior será a potência transferida pra a carga.

15.6 COMO INSTALAR O DIMMER


O Dimmer é de fácil instalação, ele pode ser ligado em série com o interruptor.
Deve-se seguir a seguinte sequência:

1 - Desligue o disjuntor de alimentação para trabalhar com segurança


2 - Retire o interruptor e desligue seus dois fios
3 - Ligue os dois fios do interruptor no dimmer seguindo a orientação de cores conforme a
tensão:
DIMMER

127V = fase (vermelho), retorno (amarelo), isolar o azul


220V = fase (vermelho e azul), retorno (amarelo)
4 - Caso não saiba qual é a fase, ligue aleatoriamente. Se não funcionar inverta os fios.

251
Não há perigo de danificar o aparelho caso ligue invertido.

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

5 - Teste o dimmer e usufrua do conforto que ele proporciona.

FIGURA 202 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO DO DIMMER

Algumas dicas:
●O dimmer NÃO pode ser utilizado em paralelo.
●O dimmer pode ser ligado entre dois interruptores paralelos.
●Assim, a mesma lâmpada pode ligada/desligada pelos interruptores em dois
pontos diferentes, e ainda, pelo dimmer, todavia a intensidade luminosa das
lâmpadas somente poderá ser controlada pelo dimmer.

15.7 ATIVIDADES
1-O Dimmer controla a potência em sua carga?
DIMMER

252
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

2-Pode-se dizer que o Dimmer economiza energia quando está controlando uma carga
e a potência transferida para esta carga é de 50%?

3 – Qual a função do resistor variável no circuito?

4-Como o Dimmer é ligado?


DIMMER

253
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5-Desenhe o esquema de ligação de um dimmer.

DIMMER

254
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16 INTERRUPTOR AUTOMÁTICO POR SENSOR DE PRESENÇA

16.1 OBJETIVO
Ao final deste módulo o aluno deverá ser capaz descrever princípio de
funcionamento do Interruptor automático com sensor de presença, bem como executar
corretamente a sua ligação utilizando as diversas formas de comando existentes.

16.2 AVALIAÇÃO
Prova escrita onde o(a) aluno(a) deverá demonstrar o conhecimento adquirido.

16.3 BIBLIOGRAFIA
●http://www.sindiconet.com.br/6920/Informese/Economia-de-energia/Mitos-e-Verdades-
sobre-consumo-de-Energia - acessado em 28/08/2013
●http://papofisico.tumblr.com/post/18921749548/efeito-doppler - acessado em
28/08/2013

16.4 INTRODUÇÃO
São equipamentos que acionam a iluminação ao detectar a presença de alguém ou
de alguma coisa e de apagá-la quando, após um tempo regulável de 10 segundos e 30
minutos aproximadamente, não houver qualquer tipo de movimentação no interior do
recinto, em relação ao seu campo de detecção. O tempo de regulagem, ângulo e área
de cobertura varia de acordo com o tipo e o fabricante.
INTERRUPTOR AUTOMÁTICO POR SENSOR DE PRESENÇA

FIGURA 203 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO DE UM INTERRUPTOR POR SENSOR DE PRESENÇA

Os interruptores automáticos com sensor de presença possibilitam economia de


energia bem como sensação de segurança, pois, quando há aproximação de pessoas,
há o acionamento da iluminação automaticamente.

255
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

FIGURA 204 - APLICAÇÕES DO INTERRUPTOR AUTOMÁTICO POR SENSOR DE PRESENÇA

O interruptor automático por presença pode ser instalado:

●Em Residências: Iluminação da área externa, bem como hall social, ante-salas,
escadas, banheiros ou garagens;

●Nos edifícios residenciais ou comerciais: Iluminação de salas, escadas, recepções,


estacionamentos, jardins ou até andares inteiros;

●Nas lojas e magazines: Iluminação de vitrines, painéis luminosos, banheiros e


provadores;

●Nas indústrias: iluminação de pátios, jardins, almoxarifados , armazéns, vestiários ou

INTERRUPTOR AUTOMÁTICO POR SENSOR DE PRESENÇA


estacionamentos;

●Na segurança: acionamento de alarmes sonoros ou luminosos, para ligar câmeras de


monitoração de TV ou outros dispositivos de proteção;

●Na automatização de portas de lojas, escritórios, jardins, garagens, shoppings ou


aeroportos.

Os interruptores automáticos por sensor de presença não necessitam de


intervenção manual para que a iluminação se acenda como é o caso da minuteria,
somente o movimento dentro do seu campo de detecção é o suficiente para a
iluminação acender e permanecer acesa enquanto houver movimento. Faz parte da
linha de Sensores Ópticos.
O sensor de presença, dependendo da finalidade a que se destina, pode
apresentar várias inovações tecnológicas, cujo objetivo é tornar mais seguro e eficiente o
controle das áreas a serem protegidas, proporcionando maior comodidade e segurança
aos usuários. O sensor pode conter, além dos recursos básicos:
• foto célula que limita o funcionamento do sensor nos momentos em que o ambiente
está com baixo nível de iluminação (ex. : Iluminação natural);

• chave seletora com três posições: A- Auto (automático);

I- Ligado (Lâmpada constantemente ligada); 0- Desligado (Lâmpada constantemente


desligada);
256
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

• possibilidade de regular o funcionamento conforme o nível de iluminação ambiente


(dia, noite e penumbra);

• sensibilidade ajustável para imunidade de animais até 30kg, etc.

16.5 TIPOS DE SENSOR


Os sensores de presença podem ter princípios diferentes de funcionamento,
passaremos a mencioná-los a seguir.
Podem ser ativos ou passivos e ainda por infravermelho ou por ultra-som.

16.5.1 Sensores Passivos


16.5.1.1 RIP ou IVP Raios infravermelhos passivos
São os mais comuns e que apresentam custo mais atrativo. Detectam a presença
a partir da diferença de calor emitido pelo corpo humano e o espaço ao redor. Utilizam
lente Fresnel5 que distribui os raios infravermelhos em diferentes longitudes e inclinação,
obtendo assim a melhor cobertura para a área a ser controlada.
INTERRUPTOR AUTOMÁTICO POR SENSOR DE PRESENÇA

FIGURA 205 - LENTE FRESNEL

16.5.1.2 Tecnologia por Ultra-som


São sensores de movimento volumétrico que utilizam o princípio do efeito Doppler.
Esta tecnologia de sensores emitem ondas de ultra-som na área a controlar, essas ondas
rebatem nos objetos presentes e retornam ao receptor. Com os objetos em movimento
as ondas retornam ao sensor com frequência diferente das emitidas, assim o sensor
detecta a diferença e atua, identificando a presença.

Conhecendo um pouco mais...


Efeito Doppler
O que é?
No ano de 1842, Christrian Doppler supôs que quando um corpo luminoso se
afasta ou se aproxima do observador, o comprimento da onda varia, diminuindo
(no caso de aproximação) ou aumentado (em caso de afastamento). Ou seja,
quando a estrela se aproxima, por exemplo, o comprimento da onda quando a
captamos é menor do que quando ela foi emitida.

August Jean Fresnel, desenvolveu este tipo de lente para utilização em faróis de sinalização

257
5

costeira para navios.

Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016


INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

Resumindo, o efeito Doppler é a característica observada na reflexão das ondas,


quando o objeto emissor está em movimento.
Doppler no som
O Efeito Doppler é notável no caso do som quando uma ambulância com a sirene
ligada passa próxima a você, o som dela é mais agudo, e quando a medida q se
afasta, vai ficando mais grave, pois a frequência diminui e torna a aumentar.

Utilidades
Uma das principais utilidades do efeito Doppler é medir velocidades, como foi
usado na Lei de Hubble, e no nosso cotidiano, radares de radiofrequência.

INTERRUPTOR AUTOMÁTICO POR SENSOR DE PRESENÇA


O radar lança uma onda que bate no carro e volta, interpretando a velocidade
do veículo.
Na medicina, é o Efeito Doppler é usado em exames cardíacos, ex:
ecocardiograma, que utiliza ondas de ultra-som para observar o coração.

16.5.1.3 Tecnologia Dual


Combina as tecnologias IVP e a ultra-sônica, proporcionando assim o controle da
iluminação nas áreas onde os sensores de presença com apenas uma tecnologia
podem, apresentar erros na detecção. A combinação das duas tecnologias permite que
os sensores aproveitem as melhores características destas tecnologias, oferecendo assim
maior sensibilidade e exatidão de funcionamento.

16.5.1.4 Tecnologia PET (Positive Eletro-imaging Tracing)


São sensores de Micro Ondas/PIR que fazem o monitoramento de locais de forma
contínua e ativa, contrabalançando alarmes falsos e rearmando-se para otimizar
constantemente a performance da detecção e assegurar a estabilidade do sistema:
correção automática a cada minuto.

258
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

16.5.2 Sensores Ativos


16.5.2.1 Tecnologia RIA ou IVA (Raios infravermelhos ativos)
Este tipo de sensor utiliza um emissor, do qual é emitida uma onda infravermelha,
invisível ao olho humano e um receptor que detecta essa onda. Pode ser utilizado tanto
em áreas internas como externas e seu alcance pode ultrapassar os 100m.
A utilização do sensor de presença é uma solução prática, moderna e inteligente e
muito utilizada na automatização predial.
Este equipamento não se destina somente a controlar a iluminação de um
determinado ambiente (garagem, circulação, halls, despensas, escadarias, câmaras
frigoríficas e demais locais onde ocorra movimentação eventual de pessoas), pois
também, é usada em grande escala, no controle de acesso: portas automáticas e
circuitos de alarmes. Proporciona grande economia de energia elétrica, porque o
circuito é acionado somente enquanto houver movimento no seu campo de detecção.

16.6 INSTALAÇÃO
Os interruptores automáticos por sensor de presença devem ser instalados a uma
altura de aproximada de 2,5 m de altura, procurando aproveitar a sua inclinação e
abertura de faixo que podem ser de 60° e 110° respectivamente.
INTERRUPTOR AUTOMÁTICO POR SENSOR DE PRESENÇA

FIGURA 206 - INSTALAÇÃO DO INTERRUPTOR AUTOMÁTICO POR SENSOR DE PRESENÇA – CORTESIA PIAL LEGRAND

Dependendo do modelo do sensor de presença, ele pode ser ligado com dois ou
três fios, a Figura 207 representa estes esquemas de ligação. Já a Figura 208 demonstra a
ligação de dois ou mais interruptores automáticos por presença ligados para acionar o

259 mesmo ponto de iluminação alimentado por três fios.

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

FIGURA 207 - TIPOS DE ESQUEMAS DE LIGAÇÃO DE INTERRUPTORES AUTOMÁTICOS POR SENSOR DE PRESENÇA(CORTESIA
SCHNEIDER ELETRIC)

INTERRUPTOR AUTOMÁTICO POR SENSOR DE PRESENÇA


FIGURA 208 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO DO INTERRUPTOR AUTOMÁTICO POR SENSOR DE PRESENÇA (CORTESIA LEGRAND)

16.7 ATIVIDADES
Responda às questões abaixo:

1-Além dos recursos básicos, como detecção de movimento, ângulo, etc., quais os outros
recursos que o sensor de presença pode conter?

260
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

2-Qual a regulagem de tempo de um sensor de presença para o seu desligamento


quando não há nenhum movimento no campo de detecção?

3-Cite em que locais os interruptores automáticos por sensor de presença podem ser
aplicados:

4-Sendo dada a simbologia padronizada complete as ligações nas plantas baixas a


INTERRUPTOR AUTOMÁTICO POR SENSOR DE PRESENÇA

seguir:

a) Ambiente com quatro lâmpadas incandescentes de 100W-220V comandadas por


interruptor automático de presença.

b) Garagem com seis lâmpadas incandescentes de 100W-220V comandadas por


interruptor automático de presença.

261
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

Faça o diagrama multifilar da ligação representada acima:

INTERRUPTOR AUTOMÁTICO POR SENSOR DE PRESENÇA

262
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

17 MINUTERIA

17.1 OBJETIVO
Ao final deste módulo o aluno deverá ser capaz descrever princípio de
funcionamento da minuteria, bem como executar corretamente a sua ligação utilizando
as diversas formas de comando existentes.

17.2 AVALIAÇÃO
Prova escrita onde o(a) aluno(a) deverá demonstrar o conhecimento adquirido.

17.3 BIBLIOGRAFIA
●http://www.sindiconet.com.br/6920/Informese/Economia-de-energia/Mitos-e-Verdades-
sobre-consumo-de-Energia - acessado em 28/08/2013

17.4 INTRODUÇÃO
São dispositivos elétricos que, após acionadas manualmente, permitem manter as
lâmpadas acesas automaticamente por um determinado tempo. Existem dois tipos: a
eletrônica e a eletromagnética. Ambas permitem a instalação de sistemas coletivos ou
individuais, conforme o seu modelo.

FIGURA 209 – EXEMPLO DE MINUTERIA - CORTESIA EXATRON

17.4.1 Sistema coletivo


Pode estar conectada a uma série de lâmpadas de alguns ou de todos os
andares, que serão ligadas ao mesmo tempo quando acionadas.
O número de lâmpadas a serem controladas depende da capacidade da
minuteria de cada fabricante e é função da soma das potencias das lâmpadas
instaladas.
Exemplo:
MINUTERIA

Uma minuteria de capacidade de 10 amperes para ser utilizada em uma tensão


de 220V pode controlar no máximo, sem sobrecarga, uma potência total de 2200W
(10Ax220V).

263
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

Isto corresponde a aproximadamente 10 lâmpadas incandescentes de 100W ou


36 lâmpadas de 60W ou 55 lâmpadas de 40W.

FIGURA 210 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO MINUTERIA COLETIVA - CORTESIA EXATRON

17.4.2 Sistema individual


Este sistema é mais econômico que o coletivo e, ao contrário deste, permite ligar
individualmente a iluminação (lâmpadas), quando utilizado em prédios, permite o
acionamento da iluminação de cada andar por botão de comando ou sensor de
presença.

FIGURA 211 - MINUTERIA INDIVIDUAL - CORTESIA SIEMENS


MINUTERIA

264
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

FIGURA 212 - MINUTERIA INDIVIDUAL - CORTESIA SIEMENS

17.5 NOTAS
De um modo geral pode-se afirmar que os sensores de presença tendem a ser mais
econômicos que as minuterias. Contudo é sempre aconselhável realizar cálculos para
comparar a economia obtida pela escolha desta ou daquela tecnologia quanto ao
custo fixo de consumo, a aquisição e a manutenção durante a vida útil.
Utilizar qualquer um desses sistemas com lâmpadas do tipo fluorescentes pode gerar
economia de até 80% no consumo, porém, um ponto importante a ser considerado
quando se opta pela instalação desses tipos de sistemas de controle é que não é
aconselhável usá-los para acionar lâmpadas fluorescentes tubulares ou compactas,
devido à drástica redução da vida útil das lâmpadas submetidas a um regime intenso de
acendimento e desligamentos, como o que ocorre em halls de condomínios residenciais.
Outro ponto importante a se considerar é a diversidade de esquemas de ligação de
minuterias, fato que obriga ao instalador, antes de tudo, estudar e entender o esquema
de ligação dos equipamentos à instalação elétrica.

17.6 INSTALAÇÃO DE INTERRUPTOR DE MINUTERIA COM LÂMPADA


A seguir são apresentados os esquemas multifilar e unifilar de uma instalação elétrica
para o comando de iluminação utilizando-se minuteria coletiva e individual.

17.6.1 Minuteria Coletiva

FIGURA 213 - MINUTERIA COLETIVA COM 4 FIOS


MINUTERIA

265
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FIGURA 214 - MINUTERIA COLETIVA COM 3 FIOS

17.6.2 Minuteria individual


Este tipo de minuteria é instalado em uma caixa de passagem de corredores ou
áreas de circulação em geral. Destina-se ao comando de lâmpadas incandescentes,
mantendo-as acesas por um tempo de aproximadamente 1 minuto e meio. Pode ser
utilizada para potência de 40W a 300W em 220V e 40W a 600W em 220V.
O pulsador também pode ser equipado com acessório luminoso. Veja a seguir os
esquemas multifilar e unifilar de uma instalação elétrica para o comando de iluminação
utilizando-se minuteria individual.

FIGURA 215 - MINUTERIA INDIVIDUAL

17.7 ATIVIDADES
1. Complete as ligações do esquema multifilar e represente a fiação no esquema unifilar
em prumada abaixo. Identifique cada um dos elementos (neste circuito temos 7
lâmpadas incandescentes de 100W-220V, 4 pulsadores e uma minuteria de comando em
grupo).
MINUTERIA

266
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

A minuteria é coletiva ou de comando em grupo e está instalada no QD térreo.


2. Complete as ligações nos esquemas multifilar e unifilar de uma instalação de minuteria
individual, contendo duas lâmpadas incandescente de 100W – 220V e dois pulsadores
(botões de campainha).

3. Representar a do esquema unifilar utilizando-se a prumada de um prédio com quatro


pavimentos, conforme disposição a seguir. A minuteria utilizada é individual, ou seja, uma
para cada pavimento.
MINUTERIA

267
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

A minuteria individual é instalada em uma das caixas de passagem junto com o


pulsador e na(s) outra(s) caixa(s) somente o pulsador. Observe também que a fiação
neutro, fase e proteção (PE) parte do QD que pertence ao condomínio interligando os
pulsadores de cada pavimento.

4. EXECUTE AS LIGAÇÕES

4.1. Lâmpadas incandescentes de 100W-220V, comandadas por um interruptor de


minuteria de 1000W-220V e dois pulsadores. Minuteria coletiva.
MINUTERIA

Obs. As lâmpadas devem ser ligadas sempre em paralelo.

268
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

4.2. Lâmpadas incandescentes de 100W-220V, comandada por um interruptor de


minuteria de 1000W-220V e três pulsadores. Minuteria coletiva.

4.3. Lâmpadas incandescentes de 100W-220V, comandadas por um interruptor de


minuteria de 1000W-220V e dois pulsadores.

4.4. Lâmpadas incandescentes de 100W-220V, comandadas por uma minuteria de 300W-


220V e quatro pulsadores. A minuteria é individual e está instalada num dos pulsadores.

4.5.Lâmpadas incandescentes de 100W-220V, comandadas por minuteria individual de


220V e dois pulsadores.
MINUTERIA

269
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

4.6.Execute a ligação no esquema abaixo:

Abaixo, encaminho o esquema de ligação da minuteria 2

MINUTERIA

270
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18 RELÉ FOTO ELÉTRICO

18.1 OBJETIVO
Ao final deste módulo o aluno deverá ser capaz descrever princípio de
funcionamento da minuteria, bem como executar corretamente a sua ligação utilizando
as diversas formas de comando existentes.

18.2 AVALIAÇÃO
Prova escrita onde o(a) aluno(a) deverá demonstrar o conhecimento adquirido.

18.3 BIBLIOGRAFIA
●http://efeitofotoeletrico2m4.blogspot.com.br/2009/09/efeito-foto-eletrico.html -
acessado em 28/08/2013
●http://www.proluz.com.br/produtos/5242/rele-fotoeltrico-ex.html - acessado em
28/08/2013
●http://robolivre.org/conteudo/ldr-resistor-dependente-de-luz - acessado em 28/08/2013
●http:www.sindiconet.com.br/6920/Informese/Economia-de-energia/Mitos-e-Verdades-
sobre-consumo-de-Energia - acessado em 28/08/2013.

18.4 INTRODUÇÃO
O relé fotoelétrico é utilizado para automatizar o acionamento de circuitos quando
há a alteração na quantidade de energia luminosa de um ambiente. Normalmente é
utilizado para o acionamento de circuitos de iluminação, principalemtne em vias
públicas.
Atualmente, a maioria dos relés fotoelétricos são eletrônicos, todavia ainda há relés
térmicos e mecânicos.

FIGURA 216 - IMAGEM DO RELÉ FOTOELÉTRICO

18.5 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DOS RELÉS FOTOELÉTRICOS


RELÉ FOTO ELÉTRICO

Quanto ao princípio de funcionamento, existem três tipos de relés fotoelétricos:


térmico; magnético e eletrônicos.
O elemento básico de funcionamento é o LDR (Light Dependent Resistor = Resistor
Dependente da Luz) que é um componente eletrônico (SCd - Sulfeto de Cádmio), que
varia suaresistência de acordo com o nível de luz incidente. Assim, durante o dia, quando
a luz é intensa, a resistência do LDR é baixa, da ordem de 100 ohms(Q), enquanto que à
noite ou no escuro, seu valor passa a ser superior a 1M ohms(MQ).

271
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

Para se obter uniformidade no ligar e desligar durante as sucessões de dias e noites


ou claro e escuro, é efetuado ajuste do relé para ligar em 3 a 15 lux e desligar entre 15 a
60 lux.

18.5.1 O LDR

FIGURA 217 - EXEMPLO DE LDR


O LDR, Resistor Dependente de Luz ou basicamente fotocélulas, é um tipo de
resistor que varia de resistência a partir da luminosidade captada, ele é composto de
um semicondutor que pode ser o sulfeto de cádmio ou o sulfeto de chumbo.
A Figura 217 apresenta o LDR que è constituído de cádmio, um material
semicondutor, que é disposto na superfície do componente. Esse material tem a
propriedade de diminuir sua resistência quando a luminosidade sobre ele aumenta. Já
quando está escuro ou a luminosidade é baixa, a sua resistência é aumentada.
●Escuridão: resistência máxima, geralmente acima de 1M ohms.
●Luz muito brilhante: resistência mínima, aproximadamente 100 ohms.
O LDR é muito utilizado nas chamadas fotocélulas que controlam o acendimento
de poste de iluminação e luzes em prédios.

18.5.2 Relé Térmico


No relé térmico, a corrente alternada passa do terminal fase por meio da
resistência e da fotocélula ou foto-resistor (LDR-SCd), em série, até o terminal neutro. Com
a incidência de luz na fotocélula (LDR), a sua resistência elétrica diminui, permitido a
passagem da corrente pela resistência de aquecimento (Rbi)

RELÉ FOTO ELÉTRICO

FIGURA 218 - REPRESENTAÇÃO DO RELÉ TÉRMICO

18.5.3 Relé Magnético


Uma corrente alternada flui do terminal da linha (F) através da Bobina do relé (L) e
da fotocélula (ligada em série) até o terminal "comum" (TC). Assim que a fotocélula (LDR)
recebe luz, sua resistência elétrica diminui permitindo que a corrente circule através da
Bobina do relé (L) e ocorra a formação do campo magnético, abrindo o contato:

272
lâmpada apagada. O campo magnético, por sua vez, gera uma força de atração, que

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é controlada pelo fotoresistor que abre ou fecha os contatos, desligando ou ligando as


lâmpadas, em função da luminosidade ambiente em contraposição a uma força fixa de
uma mola(M).

FIGURA 219 - REPRESENTAÇÃO DO RELÉ FOTOELÉTRICO MAGNÉTICO

18.5.4 Relé Eletrônico


Este tipo de relé fotoelétrico é de concepção mais moderna em que o seu
funcionamento está relacionado exclusivamente a componentes eletrônicos, tais como:
transistores, tiristores, fototransistor, etc.

FIGURA 220 - EXEMPLO DE FOTOTRANSISTOR

Neste tipo de relé, o módulo sensor pode ser um fototransistor (Figura 220), ou ainda
uma fotocélula, porém, todos estes componentes obrigatoriamente acoplados a um
circuito eletrônico com diversos componentes.
RELÉ FOTO ELÉTRICO

FIGURA 221 - REPRESENTAÇÃO DO RELÉ FOTOELÉTRICO ELETRÔNICO


Segurança!
Deve-se tomar o máximo de cuidado com o manuseio do ignitor, porque
permanece em operação, mesmo sem a lâmpada, ou quando a lâmpada
estiver com defeito, pois o mesmo gera picos de tensão que pode chegar a
4500V

273
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FIGURA 222 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO DO RELÉ FOTOELÉTRICO

18.6 O EFEITO FOTOELÉTRICO


Conhecendo um pouco mais...
Efeito fotoelétrico

O efeito fotoelétrico é a emissão de elétrons por um material, geralmente metálico,


quando exposto a uma radiação eletromagnética (como a luz) de frequência
suficientemente alta, que depende do material. Ele pode ser observado quando a luz
incide numa placa de metal, literalmente arrancando elétrons da placa.
Os Elétrons que giram à volta do núcleo são aí mantidos por forças de atração. Se a
estes for fornecida energia suficiente, eles abandonarão as suas órbitas. O efeito
fotoelétrico implica que, normalmente sobre metais, se faça incidir um feixe de radiação
com energia superior à energia de remoção dos elétrons do metal, provocando a sua
saída das órbitas: sem energia cinética (se a energia da radiação for igual à energia de
remoção) ou com energia cinética, se a energia da radiação exceder a energia de
remoção do elétrons.
A grande dúvida que se tinha a respeito do efeito fotoelétrico era que quando se
aumentava a intensidade da luz, ao contrário do esperado, a luz não arrancava os
elétrons do metal com maior energia cinética. O que acontecia era que uma maior
quantidade de elétrons era ejetado.
Por exemplo, a luz vermelha de baixa intensidade estimula os elétrons para fora de
uma peça de metal. Na visão clássica, a luz é uma onda contínua cuja energia está
espalhada sobre a onda. Todavia, quando a luz fica mais intensa, mais elétrons são
ejetados, contradizendo, assim a visão da física clássica que sugere que os mesmos
deveriam se mover mais rápido (energia cinética) do que as ondas.
RELÉ FOTO ELÉTRICO

Quando a luz incidente é de cor azul, essa mudança resulta em elétrons muito mais
rápidos. A razão é que a luz pode se comportar não apenas como ondas contínuas, mas
também como feixes discretos de energia chamados de fótons. Um fóton azul, por
exemplo, contém mais energia do que um fóton vermelho. Assim, o fóton azul age
essencialmente como uma "bola de bilhar" com mais energia, desta forma transmitindo
maior movimento a um elétron. Esta interpretação corpuscular da luz também explica
por que a maior intensidade aumenta o número de elétrons ejetados - com mais fótons
colidindo no metal, mais elétrons têm probabilidade de serem atingidos.

274
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Ajuda na net...
No link abaixo, você poderá acessar um aplicativo que demonstra
o efeito fotoelétrico
http://phet.colorado.edu/en/simulation/photoelectric

18.7 ATIVIDADES
1 - Cite as aplicações do relé fotoelétrico.

2 - O que é e o que significa LDR?

3 - Qual é a variação da resistência do LDR em função da luminosidade?


RELÉ FOTO ELÉTRICO

4 - Quais são os tipos de relés fotoelétricos encontrados no comércio?

275
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5-Qual o nível de iluminância que o relé fotoelétrico é ajustado para o acionamento de


acordo com a ABNT?

6-Quais os cuidados que devem ser tomados na instalação do relé fotoelétrico?

7-Execute a ligação tanto no diagrama multifilar como unifilar para os relés fotoelétricos
acionando:

a) As lâmpadas incandescentes

RELÉ FOTO ELÉTRICO

b) A lâmpada vapor de mercúrio

276
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c) 2 lâmpadas a vapor de mercúrio e 1 relé fotoelétrico de 220V-1000W/1200VA.

d) 2 lâmpadas de multivapor metálico e 1 relé fotoelétrico 220V-1000W/1200VA.


RELÉ FOTO ELÉTRICO

277
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8) Resolva o seguinte problema, representando-o no esquema multifilar:

Quando viajo, ligo o relé fotoelétrico monofásico para comandar


automaticamente as duas lâmpadas monofásicas externas; mas quando estou em casa,
essas lâmpadas devem ser comandadas manualmente pelo interruptor na parede, sem
desconectar o relé da rede.
RELÉ FOTO ELÉTRICO

278
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19 LIGAÇÃO DE RELÉS DE IMPULSO

19.1 OBJETIVO
Ao final deste módulo o aluno deverá ser capaz descrever e executar corretamente
a ligação de circuitos elétricos contendo relés de impulso.

19.2 AVALIAÇÃO
Avaliação escrita do relatório e da prática executada pelo(a) aluno(a)

19.3 BIBLIOGRAFIA
● wikipedia – pt.wikipwdia.org/wiki/Came_(mecânica) acessado em 25/10/2013

●Finder - CATÁLOGO FINDER PARA O INSTALADOR – ESQUEMAS DE INSTALAÇÃO – Edição


2008

19.4 INTRODUÇÃO
O relé de impulso é utilizado quando se deseja simplificar o acionamento de
dispositivos em uma determinada instalação comandado de diversos pontos,
normalmente iluminação ou ventiladores. O relé de impulso pode ser conhecido também
como relé de “step” ou relé de passo.

Ele tem grande vantagem para substituir interruptores intermediários e paralelos.


LIGAÇÃO DE RELÉS DE IMPULSO

FIGURA 223 - RELÉS DE IMPULSO

19.4.1 Aplicação do relé de impulso


Para avaliarmos a aplicabilidade do relé de impulso frente à instalação tradicional,
ou seja, utilização de interruptores paralelos e intermediários, vamos comparar os
esquemas apresentados nas Figura 224 e Figura 226.

279
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
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FIGURA 224 - INSTALAÇÃO TRADICIONAL

FIGURA 225 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO SISTEMA TRADICIONAL COM INTERRUPTORES

FIGURA 226 - INSTALAÇÃO UTILIZANDO O RELÉ DE IMPULSO LIGAÇÃO DE RELÉS DE IMPULSO

FIGURA 227 – ESQUEMA DE LIGAÇÃO COM INTERRUPTOR DE IMPULSO

Após comparar as duas instalações, é possível verificar que a quantidade de fios


empregada na instalação com relé de impulso é bem menor. Outra vantagem é a
redução da seção do comando de 1,5mm2 para 0,5 mm2. A fiação para alimentação

280
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da carga deve ser adequadamente dimensionada conforme dita a NBR5410. Outro


ganho é a redução no tempo da instalação.
Cabe uma análise quanto à aplicação econômica na instalação, pois o custo do
relé de impulso é maior que o dos interruptores, dependendo da quantidade destes.

19.5 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO


Existem dois tipos de relé de impulso, o relé de impulso eletromecânico e o relé de
impulso eletrônico.

19.5.1 Relé de Impulso Eletromecânico


O Relé de impulso eletromecânico foi criado em 1954 pelo italiano Piero
Giordanino, presidente da Finder. O seu processo de funcionamento é eletromecânico e
está iustrado a seguir:

Braço

FIGURA 228 - RELÉ DE IMPULSO FINDER POSIÇÃO 1

Ao receber o impulso de tensão, a bobina do relé é energizada atraindo o braço


metálico fazendo com que a alavanca seja movimentada e esta empurrará o came,
fazendo com que a engrenagem seja girada.
Quando a engrenagem girar, o came também girará e irá fazer com que o
contato mude da posição 1 (Figura 228) para 2 (Figura 229), fechando o contato
possibilitando assim a passagem da corrente.
LIGAÇÃO DE RELÉS DE IMPULSO

FIGURA 229 - RELÉ DE IMPULSO FINDER POSIÇÃO 2

281
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

O estado do contato só será alterado quando a bobina receber outro impulso de


tensão, que fará com que o braço gire a engrenagem e, por conseguinte, o came.
Desta forma o contato passará da posição 2 para a posição 1.

Conhecendo um pouco mais


O CAME
O came é uma parte de uma roda ou eixo giratório ressaltada e projetada
para transmitir um movimento alternado ou variável a um outro mecanismo.
É um elemento fabricado de algum material (madeira, metal, plástico) que
tem seu contorno modificado para que seu movimento rotativo, cause um
novo movimento em linha reta. Desse modo, conforme gira, o came informa
ao seu contato que o giro foi efetuado, gerando um novo movimento, que
por sua vez, pode gerar novos movimentos, conforme mostrado na Figura
230.

FIGURA 230 - CICLO DE GIRO DE UM CAME

19.5.1.1 Instalação do Relé de Impulso Eletromecânico

FIGURA 231 - RELÉ DE IMPULSO ELETROMECÂNICO UM CONTATO DE SAÍDA (FINDER) LIGAÇÃO DE RELÉS DE IMPULSO

282
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FIGURA 232 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO DO RELÉ DE IMPULSO COM DOIS CONTATOS DE SAÍDA (FINDER)

FIGURA 233 - RELÉ DE IMPULSO ELETROMECÂNICO COMANDADO POR BAIXA TENSÃO COM UM CONTATO DE SAÍDA (FINDER)

19.5.2 Relé de Impulso Eletrônico


O relé de impulso altera o seu estado todas as vezes que há um impulso de tensão.
Este relé pode ser mais bem explicado digitalmente, todas as vezes que há a
mudança do estado de 0 para 1, há o envio do comando para o relé interno par que ele
seja ligado ou desligado. Vamos explicar a partir das formas de onda a quadradas
abaixo:

estado

1
1° 2°
Im Im
pu pu
lso lso

0
tempo
LIGAÇÃO DE RELÉS DE IMPULSO

FIGURA 234 - FORMAS DE ONDA DE ACIONAMENTO DO RELÉ ELETRÔNICO

Toda vez que há uma energização, (1° impulso) o circuito eletrônico envia um
comando para que o relé seja energizado. Assim a Lâmpada E1 é apagada e a
Lâmpada E2 acendida.
Quando ele recebe outro impulso, o circuito eletrônico é novamente energizado e
faz com que o relé volte ao estágio inicial, ou seja, a Lâmpada E1 é acesa e a lâmpada
E2 apagada.

283
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19.5.2.1 Instalação do Relé de Impulso Eletrônico


A seguir serão apresentados alguns esquemas de instalação dos relés de impulso da
marca Finder.
É importante ressaltar que é importante a interpretação do esquema, pois como
não há uma padronização dos relés de impulso, diferentes fabricantes podem possuir
diferentes formas de ligação. Por isto, o Técnico em eletrotécnica deve, antes de
qualquer coisa, consultar o esquema de ligação do equipamento.

FIGURA 235 - LIGAÇÃO DO RELÉ ELETRÔNICO (FINDER)

19.5.3 Esquemas de Ligação


A Figura 236 apresenta os esquemas multifilar e unifilar da ligação de um relé de
impulso que possui um contato de saída comandado por dois pulsadores. Importante
observa a simbologia utilizada.

FIGURA 236 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO DE UM RELÉ DE IMPULSO COM UM CONTATO DE SAÍDA

A Figura 237 apresenta o esquema multifilar e unifilar de um circuito comandado


LIGAÇÃO DE RELÉS DE IMPULSO

por três pulsadores para o acionamento de duas lâmpadas.


Observe que do relé saem dois retornos distintos, um vai para os interruptores e o
outro vai para as lâmpadas.

284
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FIGURA 237 - RELÉ DE IMPULSO COMANDADO POR TRÊS PULSADORES


A Figura 238 nos mostra o esquema de ligação de um relé de impulso monopolar
comandado por 4 interruptores de impulso.

FIGURA 238 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO RELÉ DE IMPULSO MONOPOLAR


Atualmente o relé de impulso eletrônico possibilita uma gama enorme de
aplicações, principalmente pelas possibilidades de funcionamento. A título de ilustração,
e apresentação aos alunos de dois fabricantes presentes no mercado apresentarmos os
relés de impulso da Merlin Gerin e da Finder.

19.5.4 Relé de impulso da Merlin Gerin


A Merlin Gerin chama seus relés de impulso de Telerruptores e são classificados
conforme o seu funcionamento em:
Telerruptor inversor TLI: o TLI é unipolar (um contato inversor).

Telerruptor TLc: incorpora o controle centralizado enquanto conserva a possibilidade


inicial de ordens de pulso locais.

Telerruptor TLm: incorpora o controle através de uma ordem mantida por um interruptor
de duas posições (chave comutadora, interruptor horário, termostato).

Telerruptor TLs: permite indicação remota do seu status de operação.

1° pulso: TL1 fechado / TL2 aberto,


2º pulso: TL1 aberto / TL2 fechado,
3º pulso: TL1 e TL2 fechados,
4º pulso: TL1 e TL2 abertos,
5º pulso: TL1 fechado / TL2 aberto, etc.

Os relés de impulso da Merlin Gerin possuem alguns auxiliares que quando


acoplados permitem algumas funções adicionais, estes auxiliares são apresentados a
LIGAÇÃO DE RELÉS DE IMPULSO

seguir.
ATLz - auxiliar para pulsadores luminosos: evita o acionamento indesejado dos
telerruptores quando controlados por pulsadores luminosos, sendo a corrente dos
mesmos superior a 3mA (esta corrente é suficiente para manter energizada a bobina).

ATLc+s - auxiliar para controle centralizado: permite o controle centralizado de um


conjunto de telerruptores controlando redes separadas, enquanto conserva a
possibilidade de comandar cada telerruptor localmente. Permite indicação remota do
status mecânico de cada relé.

Contato auxiliar: 6 A - 240 Vca ( cos ϕ = 1).

ATLc+c - auxiliar para controle centralizado em vários níveis: permite o controle

285
centralizado de vários conjuntos de telerruptores, enquanto conserva a possibilidade do

Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016


INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

comando local de cada telerruptor e controle centralizado por nível (conjuntos de


telerruptores).

19.5.5 Relé de Impulso Finder


Já a Finder apresenta seus relés de impulso a partir de uma tabela que descreve os
passos e a posição dos contatos, desta forma o projetista conseguirá especificar o
equipamento necessário para que sua necessidade seja atendida.

19.5.5.1 Função de comutação


As funções de comutação definem uma sequência particular na qual os contatos
do relé de impulso abrem e fecham e o número de "passos" antes desta sequência se
repetir novamente. O quarto número do código de produtos Finder define a função de
Comutação.
A função de chaveamento xx.x1 para relé de impulso de 1 contato permitirá
controle ON/OFF de apenas um circuito de iluminação.
Para relés de impulso de 2 contatos, pode-se fazer o controle de iluminação em 2
circuitos diferentes. A sequência de iluminação dependerá especificamente da função
de chaveamento escolhida.
Nota:
• Nem todos os tipos de relés de impulso têm disponível todas funções de chaveamento.
• Os códigos das funções de chaveamento geralmente tem o mesmo significado para
todos relés de impulso Finder. Existem, contudo, algumas diferenças entre as séries de
relés de impulso, então, na prática consulte com cuidado o catálogo para cada série de
relé específica.
Por exemplo:

A função de chaveamento código 6 (2 contatos 3 sequências de passos) pode ser


implementada com os tipos de relés 20.26- 26.06-27.06. Mas o último - 26.06- possui
circuitos da bobina e contatos com terminais em comum.

TABELA 20 - SEQUÊNCIA DE CHAVEAMENTO DOS RELÉS DE IMPULSO FINDER

LIGAÇÃO DE RELÉS DE IMPULSO

286
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

19.6 ATIVIDADES
1-Quais as características do relé de impulso quando inserido no circuito?

2-O que é came?

3-Qual a aplicação do relé de impulso?

4-Quais as vantagens adicionais que o relé de impulso eletrônico apresentam em relação


ao relé de impulso eletromagnético?
LIGAÇÃO DE RELÉS DE IMPULSO

5- Represente corretamente as ligações nos esquemas multifilar e unifilar de instalações


elétricas, cujas características são apresentadas a seguir.

5.1- Um relé de impulso bipolar, quatro lâmpdas incandescentes de 100W e três


pulsadores. Ao pressionar qualquer um dos puldadores todas as lâmpadas são acesas,
num segundo momento, todas as lâmpadas são desligadas.

287
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

5.2 O relé de impulso é comandado por dois botões pulsadores. Acionando-se um botão,
a lâmpada E2 é acesa e mantém apagada E2. Um segundo acionamento apaga E2 e
acende E1. Um terceiro acionamento acende A1 e E2. Um quarto acionamento apaga
E1 e E2. Pede-se:

a)Consultando a Tabela 20 defina qual o tipo de relé de impulso deve ser utilizado?

b)Complete as ligações dos esquemas abaixo

LIGAÇÃO DE RELÉS DE IMPULSO

288
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20 CONTATORES

20.1 OBJETIVO
Ao final deste módulo o aluno deverá ser capaz descrever o funcionamento e
aplicação de contatores e relés térmicos.

20.2 AVALIAÇÃO
Avaliação escrita do relatório e da prática executada pelo(a) aluno(a)

20.3 BIBLIOGRAFIA
●http://dc365.4shared.com/doc/H9bp1PPz/preview.html - acessado em 30/10/2013
●http://www.digel.com.br/novosite/index.php?option=com_content&view=article&id=10
3:contatores&catid=42:tecnicos&Itemid=69 – acessado em 30/10/2013
●http://www.osetoreletrico.com.br/web/component/content/article/169-reles-e-
contatores.html – acessado em 30/10/2013
●http://pt.wikipedia.org/wiki/Rel%C3%A9_t%C3%A9rmico – acessado em 30/10/2013

20.4 INTRODUÇÃO

FIGURA 239 - PARTES CONSTITUINTES DO COMUTADOR

Contator como um dispositivo mecânico de manobra de operação não manual,


que tem uma única posição de repouso e é capaz de estabelecer, conduzir e
interromper correntes em condições normais do circuito. É constituído de uma bobina
que quando energizada cria um campo magnético no núcleo fixo que por sua vez atrai
o núcleo móvel que fecha o circuito. Cessando energização da bobina, desaparece o
campo magnético, provocando o retorno do núcleo através de molas, conforme
apresentado na Figura 240.
CONTATORES

289
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

FIGURA 240 - ESQUEMA INTERNO DE UM CONTATOR

O contator, que é de acionamento não manual por definição, pode ser do tipo
“de potência“ e “auxiliar“, normalmente é tripolar, por ser usado em redes industriais que
são sobretudo trifásicas.
O seu funcionamento se dá perante condições nominais e de sobrecarga
previstas, sem, porém ter capacidade de interrupção para desligar a corrente de curto-
circuito.
Ao se definir a utilização de contatores, deve-se levar em consideração a
categoria de emprego conforme a carga em que ele será utilizada.
TABELA 21 - CATEGORIA DE UTILIZAÇÃO DE CONTATORES
Categoria Descrição

AC-1 Cargas não indutivas ou de baixa indutividade - Resistências


AC-2 Motores com Rotor Bobinado, Partida com desligamento na partida e
regime nominal
AC-3 Motores com rotor e curto-circuito (Gaiola)
Partida com desligamento e partida em regime nominal
AC-4 Motores com rotor e curto-circuito (Gaiola)
Partida com desligamento na partida com inversão de rotação,
manobras intermitentes
AC-5a Lâmpadas de descarga em gás (Fluorescentes, vapor de mercúrio,
vapor de sódio)
AC-5b Lâmpadas incandescentes
AC-6a Transformadores
AC-6b Banco de capacitores
AC-7a Cargas de aparelhos residenciais ou similares de baixa indutividade
AC-7b Motores de aparelhos residenciais
AC-8 Motores-compressores para refrigeração comproteção de sobrecarga
DC-1 Cargas não indutivas ou de baixa indutividade Resistores
DC-3 Motores de derivação (shunt)
Partidas normais, partidas com inversão de rotação, manobras
intermitentes, frenagem
DC-5 Motores série
CONTATORES

Partidas normais, partidas com inversão de rotação, manobras


intermitentes, frenagem
DC-6 Lâmpadas incandescentes

290
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
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20.5 FUNCIONAMENTO

FIGURA 241 - BOBINA DE CONTATOR

O campo magnético produzido na bobina (Figura 241) quando energizada, é


concentrado pela parte fixa do entreferro, na qual é fixada a bobina e a parte fixa das
chaves.
O campo magnético, concentrado, atrai a parte móvel do entreferro na qual se
prende a parte móvel das chaves.
Quando se unem a parte móvel com a parte fixa há o acionamento das chaves.
Quando se unem a parte móvel com a parte fixa há também uma concentração
ainda maior do campo magnético, aumentando a indutância e reduzindo a corrente
elétrica caso a tensão aplicada seja alternada.
Este efeito provoca uma maior velocidade de acionamento das chaves
magnéticas acionadas por tensão alternada se comparada a daquelas acionadas por
tensão contínua.

FIGURA 242-A BOBINA DEZENERGIZADA OS CONTATOS FICAM ABERTOS

A intensidade de corrente de acionamento da (bobina) chave magnética é muito


menor que a corrente possível de ser comandada pelas suas chaves.
Por este fato com um dispositivo (chave/botoeira), uma pequena corrente pode
energizar a bobina, que ativará suas chaves, que podem comandar uma alta potência
como de um motor.
CONTATORES

291
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

FIGURA 243 - A BOBINA ENERGIZADA ATRAI OS CONTATOS


A seguir vê-se o símbolo de uma chave magnética com a identificação típica das
chaves: os terminais do eletroímã são identificados por letras, em geral a1 e a2 ou a e b,
e os terminais das chaves são identificados com numeração.

FIGURA 244 - TERMINAIS DE UM CONTATOR


O número de contatos de um contator é bem variado dependendo do tipo. De
acordo com o fim a que se destinam, os contatos do contator recebem denominações
específicas:
Contatos principais: São mais robustas e destinam-se a comandar altos valores de
corrente típicos de motores e outras cargas. São sempre do tipo NA. Sua identificação se
faz com números unitários de 1 as 6.
Contatos auxiliares: Bem menos robustas, se prestam a comandar as baixas correntes de
funcionamento dos eletroímãs (bobinas) de outras contatos magnéticas, lâmpadas de
sinalização ou alarmes sonoros. As contatos auxiliares podem ser do tipo NA ou NF.
A identificação das auxiliares se faz com dezenas de final 3 e 4 para as NA e com 1 e 2
para as do tipo NF. Essas numerações podem aparecer identificando terminais de
contatos mesmo que não sejam operados por contato magnética e sim por botão ou
rolete por exemplo.

20.6 RELÉ TÉRMICO CONTATORES

FIGURA 245 - RELÉS TÉRMICOS

É um dispositivo de protecção de sobrecarga elétrica aplicado a motores


eléctricos. Este dispositivo de protecção visa evitar o sobre-aquecimento dos
292
Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

enrolamentos do motor quando ocorre uma circulação de Corrente elétrica acima da


tolerada nos seus enrolamentos. Este aquecimento é prejudicial ao motor, uma vez que
acarreta a redução da vida útil do mesmo, por desgastar o isolamento dos enrolamentos
modificando sua rigidez dieléctrica.
O relé térmico é uma réplica do motor, pois é criado com base em um modelo
térmico do mesmo. Sua fabricação se dá, a partir da laminação de dois metais de
coeficientes de dilatação diferentes unindo-os por meio de um enrolamento por onde
passa a corrente que vai para o motor. Recomenda-se a instalação de um relé térmico
para cada fase do motor, pois a instalação em uma ou duas fases, no caso do motor
eléctrico motor trifásico, pode não ser o bastante para proteger o mesmo. Como o
enrolamento do relé térmico é ligado em série com a fase, caso haja aquecimento, o
par Placa bimetal bimetálico se deforma, promovendo uma curvatura devido à
diferença de dilatação entre os metais, o que leva a libertação do dispositivo de travão
contido num invólucro isolante de alta resistência térmica abrindo os contactos do relé e
a consequente abertura do circuito do motor. A temperatura ambiente também pode
provocar a dilatação das lâminas bimetálicas, caso seja superior ao limite de ajuste,
situação passível de ocorrer em quadros de distribuição por exemplo. Para evitar tal fato,
altera-se a conformação das lâminas bimetálicas ou utiliza-se uma lâmina bimetálica
auxiliar influenciada apenas pela temperatura ambiente. O relé de sobrecarga é
apresentado nas figuras abaixo.
O relé térmico é representado conforme a Figura 246.

FIGURA 246 - APRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DO RELÉ TÉRMICO


No Brasil, a sua simbologia no diagrama de força e de comando estão representados na
Figura 247.

FIGURA 247 – SIMBOLOGIA UTILIZADA PARA O RELÉ TÉRMICO


Ao se solicitar um relé, conforme a adequação do mesmo ao contator, pode-se por
referência utilizar a tabela abaixo te taxas de ajusta de relés térmicos:
CONTATORES

293
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FIGURA 248 - TAXA DE AJUSTE DE RELÉS TÉRMICOS

CONTATORES

294
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21 PARTIDA DE MOTORES MONOFÁSICOS

21.1 OBJETIVO
Ao final deste módulo o aluno deverá ser capaz descrever e executar corretamente
a ligação de um motor monofásico de indução.

21.2 AVALIAÇÃO
Avaliação escrita do relatório e da prática executada pelo(a) aluno(a)

21.3 BIBLIOGRAFIA
● wikipedia – http://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_monof%C3%A1sico acessado em
25/10/2013

21.4 INTRODUÇÃO MOTOR MONOFÁSICO


Motor monofásico é um tipo de motor que possui apenas um conjunto de bobinas e
sua alimentação é feita por uma única fase de corrente alternada. Dessa forma, este
tipo de motor absorve energia elétrica de uma rede monofásica e transforma-a em
energia mecânica.
Os motores monofásicos são empregados para cargas que necessitam de motores
de pequena potência como, por exemplo, motores para ventiladores, geladeiras e
furadeiras portáteis.

21.5 TIPOS DE MOTORES MONOFÁSICOS


Os motores monofásicos podem ser classificados em função do seu funcionamento,
apresentando diferença entre os tipos de enrolamento e partida.

21.5.1 Motor universal


Os motores do tipo universal podem funcionar tanto com corrente contínua
quanto com corrente alternada, daí a origem de seu nome, porém os que se destinam a
correntes alternadas, (apesar de funcionarem em correntes continuas não devem ser
ligados nessa corrente pois cada motor e feito para ser ligado em um determinado tipo
de corrente, os detalhes construtivos influenciam no funcionamento do motor, que nesse
PARTIDA DE MOTORES MONOFÁSICOS

caso centelharia muito e levaria a queima do mesmo). O motor universal é o motor


monofásico cujas bobinas do estator são ligadas eletricamente ao rotor por meio de dois
contatos deslizantes (escovas). Esses dois contatos, por sua vez, ligam em série o estator e
o rotor.
É possível inverter o sentido do movimento de rotação desse tipo de motor,
invertendo apenas as ligações das escovas, ou seja, a bobina ligada a escova não
deverá ser ligada à outra escova e vice-versa.
Os motores universais apresentam conjugado de partida elevado e tendência a
disparar, mas permitem variar a velocidade quando o valor de tensão de alimentação
varia.
Esse tipo de motor é o motor mais empregado e está presente em máquinas de
costura, liquidificadores, enceradeiras e outros eletrodomésticos, e também em
máquinas portáteis, como furadeira, lixadeira e serras.
A construção e o princípio de funcionamento do motor universal são iguais ao do

295
motor em série de corrente contínua.

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Quando o motor universal é alimentado por corrente alternada, a variação do


sentido da corrente provoca variação no campo, tanto do rotor quanto do estator.
Dessa forma, o conjugado continua girar no mesmo sentido inicial, não havendo inversão
do sentido de rotação normal.

21.5.2 Motor de Indução


Os motores de indução possuem um único enrolamento no estator. Esse
enrolamento gera um campo magnético que se alterna juntamente com as alternâncias
da corrente. Nesse caso, o movimento provocado não é rotativo.

FIGURA 249 - MOTOR DE INDUÇÃO MONOFÁSICO - WEG

21.5.2.1 Funcionamento
Quando o rotor estiver parado, o campo magnético do estator, ao variar sua
polaridade entre norte e sul, induz no rotor uma corrente induzida.
O campo gerado no rotor, devido a corrente induzida, tem polaridade oposta a
do estator. Assim, a oposição dos campos exerce um conjugado na parte inferior e
superior do rotor, o que tenderia girá-lo 180° de sua posição original. Como o conjugado
é igual em ambas as direções, pois as forças são exercidas pelo centro do rotor e em
sentidos contrários, o rotor continua parado.

PARTIDA DE MOTORES MONOFÁSICOS


Por esse motivo os motores monofásicos têm seu acionamento diferente dos
motores trifásicos, vejamos os tipos de acionamentos:
Método fase dividida: o motor é enrolado com dois enrolamentos o principal e o auxiliar,
o auxiliar tem sua resistência maior que o principal, com isso os campos ficam defasados
entre as bobinas e surge um campo magnetico girante, levando o motor a partida. É
importante salientar que o enrolamento auxiliar deve ser desligado quando o motor
atinge 85% da velocidade nominal do mesmo, isso geralmente é feito através de um
interruptor centrífugo-platinado que desliga o enrolamento ao atingir essa velocidade.

FIGURA 250 - INTERRUPTOR CENTRÍFUGO

296
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Método com capacitor de partida: Também faz uso de um enrolamento auxiliar só que
ligado em série com um capacitor de partida, que faz com que o atraso entre as
bobinas seja maior que no método anterior, aumentando o conjugado de partida.
Método com capacitor de partida e capacitor de marcha: nesse método, como nos
outros, também se faz uso do enrolamento auxiliar, só que nesse caso o enrolamento
auxiliar não é desligado. O funcionamento é o seguinte, quando o motor é ligado os dois
capacitores estão ligado em paralelo (partida e marcha) quando o motor atinge a
velocidade 75% da nominal o interuptor desliga o capacitor de partida deixando sempre
o ernrolamento ligado e com o capacitor de marcha ligado com ele.
Método com capacitor permanente: nesse caso o enrolamento auxiliar (junto com um
capacitor de marcha) fica ligado permanetemente, esse método é empregado
principalmente em ventiladores de teto.
Método com bobina de arrastamento: nesse método o motor não possui enrolamento
auxiliar, no estator do motor se constrói duas bobinas (além da principal), geralmente
com uma ou duas voltas de fio, com uma espessura razoavelmente grande, essas
bobinas ficam curto-circuitadas e se localizam numa porção de cada polo do estator,
com a energização do motor a bobina principal induz nessas bobinas uma corrente
fazendo que elas criem um campo magnetico defasado da principal e inicie o
movimento do motor.

21.5.3 Motor Monofásico


A seguir é apresentado o princípio de funcionamento do motor monofásico de
indução.
Inicialmente o motor de indução monofásico mais comum, é composto por seis
terminais sendo que os terminais 1 ao 4 são os enrolamentos principais e os terminais 5 e 6
pertencem ao enrolamento auxiliar?
PARTIDA DE MOTORES MONOFÁSICOS

FIGURA 251 - APRESENTAÇÃO DOS ENROLAMENTOS DE UM MOTOR DE INDUÇÃO MONOFÁSICO


Capacitor: tem por função defasar de 90º em atraso a tensão em relação à corrente, ou
seja, o capacitor é polarizado inversamente para que determine o sentido do giro.

297
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Fluxo de Energia

0,8

0,6

0,4

0,2
Polo 1
0
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360 Polo 2
-0,2

-0,4

-0,6

-0,8

-1
Ângulos

0° 90° 180° 270° 360°

A b c d e

PARTIDA DE MOTORES MONOFÁSICOS

21.5.4 Ligação do Motor Monofásico


O motor monofásico apresenta os seguintes esquemas possíveis de ligação:

3 5 1 3 5
Em 127V Em 220V

Para se inverter o sentido de rotação de um motor monofásico basta inverter a


alimentação dos terminais_______ e ______.
2 4 6 2 4 6

298
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21.5.5 Processo para localizar o enrolamento auxiliar


Com um medidor de resistência elétrica, verifique a medição das resistências das
bobinas, aquela que apresentar a maior resistência será a bobina auxiliar.

21.5.6 Partida de Motor Monofásico


Material utilizado:
Item Un. Quant. Descrição
PARTIDA DE MOTORES MONOFÁSICOS

299
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21.5.6.1 Partida com chave reversora monofásica em 127V

21.5.6.2 Partida com chave reversora monofásica em 220V


Os terminais 2,3 e 5 são ligados entre si e isolados do motor. A inversão se faz apenas pelo
teminal 6, que se conecta aos terminais 1 e 4.

PARTIDA DE MOTORES MONOFÁSICOS


21.5.6.3 Esquema de montagem simplificado
A seguir apresentamos um esquema de ligação de motor monofásico de indução.

300
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21.5.6.4 Esquema de montagem com as proteções


No esquema abaixo, apresentamos o esquema de ligação após incluído as
proteções do relé térmico e os fusíveis.
PARTIDA DE MOTORES MONOFÁSICOS

301
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21.5.6.5 Montagem em bornes


No esquema a seguir, apresentamos a ligação do motor monofásico a partir de
bornes. Esta aplicação normalmente é utilizada quando o motor será energizado a

PARTIDA DE MOTORES MONOFÁSICOS


partir de painéis de comando.

302
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PARTIDA DE MOTORES MONOFÁSICOS

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22 PARTIDA DE MOTORES TRIFÁSICOS

22.1 OBJETIVO
Ao final deste módulo o aluno deverá ser capaz descrever e executar corretamente
a ligação de um motor trifásico de indução.

22.2 AVALIAÇÃO
Avaliação escrita do relatório e da prática executada pelo(a) aluno(a)

22.3 BIBLIOGRAFIA
● wikipedia – http://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_el%C3%A9trico -acessado em 25/10/2013

22.4 MOTOR TRIFÁSICO


O motor trifásico de indução é o motor mais empregado industrialmente e em
pequenas instalações residenciais. Em nosso estudo abordaremos de forma superficial o
seu funcionamento e apresentaremos as formas de ligação do motor trifásico de
indução. Para o contexto de nosso estudo abordaremos apenas o motor de indução
trifásico, tipo gaiola de esquilo com seis terminais.

FIGURA 252 - VISÃO EXPLODIDA DO MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

22.4.1 Campo girante do motor de indução trifásico PARTIDA DE MOTORES TRIFÁSICOS


O princípio do campo girante também é aplicável para o motor de indução
trifásico, porém, tem como principal diferença de não ser um campo pulsante, pois o
defasamento angular entre os campos é constante e igual a 120°.

304
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Fluxo de Energia

0,8

0,6

0,4

0,2
Polo 1
0 Polo 2
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
-0,2 Polo 3

-0,4

-0,6

-0,8

-1

Ângulos

a b c d e f g h i j k l m

FIGURA 253 - DEFASAMENTO DAS ONDAS ELÉTRICAS NO MOTOR TRIFÁSICO DE INDUÇÃO

a b c
PARTIDA DE MOTORES TRIFÁSICOS

d e f

305
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g h i

j k l
Em outras palavras o campo girante do motor de indução pode ser explicado conforme
descrito a seguir.

FIGURA 254 - VETORES RESULTANTES DA FORÇA EXERCIDA PELO CAMPO GIRANTE


No instante ( 1 ), a Figura 254, mostra que o campo H1 e máximo e os campos H2 e PARTIDA DE MOTORES TRIFÁSICOS
H3 são negativos e de mesmo valor, iguais a 0,5. Os três campos são representados no
instante ( 1 ), parte superior, levando em conta que o campo negativo e representado
por uma seta de sentido oposto ao que seria normal; o campo resultante (soma gráfica)
e mostrado na parte inferior da Figura 254( 1 ), tendo a mesma direção do enrolamento
da fase 1.
Repetindo a construção para os pontos 2, 3, 4, 5 e 6 da Figura 254, observa-se que
o campo resultante H tem intensidade “constante”, porem sua direção vai “girando”,
completando uma volta no fim de um ciclo.
Assim, quando um enrolamento trifásico e alimentado por correntes trifásicas, cria-
se um “ campo girante ” , como se houvesse um único par de pólos girantes, de
intensidade constante. Este campo girante, criado pelo enrolamento trifásico do estator,
induz tensões nas barras do rotor (linhas de fluxo cortam as barras do rotor) as quais
306
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geram correntes e, conseqüente mente um campo no rotor, de polaridade oposta a do


campo girante. Como campos opostos se atraem e como o campo do estator (campo
girante) e rotativo, o rotor tende a acompanhar a rotação deste campo.
Desenvolve-se então, no rotor, um conjugado motor que faz com que ele gire,
acionando a carga.

22.4.2 Tipos de Ligação de um motor de indução trifásico


O motor de indução trifásico a seis fios pode ser ligado de duas maneiras, em estrela e
em triângulo. Tais ligações são executadas para adequar a tensão dos motores
conforme a tensão de abordaremos estas ligações a seguir.

22.4.2.1 Ligando o motor em estrela

1 2 3

22.4.2.2 Ligando o motor em triângulo


4 5 6

1 2 3

22.4.3 Partida direta de


4 motor
5 trifásico
6 manual
Normalmente, motores monofásicos de até 5CV podem ter a sua partida de forma
direta, não necessitando de nenhum artifício ou técnica para reduzir a sua corrente de
partida. A chave reversora manual de partida é utilizada para motores até esta
potência. Para potências maiores recomendam-se outras técnicas.
O esquema abaixo apresenta a ligação de um motor trifásico acionado por uma
PARTIDA DE MOTORES TRIFÁSICOS

chave reversora manual.

307
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22.4.4 Partida direta de motor trifásico a contator


O motor de indução trifásico apresenta a seguinte ligação

PARTIDA DE MOTORES TRIFÁSICOS

308
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PARTIDA DE MOTORES TRIFÁSICOS

22.4.5 Ligação Estrela-Triângulo


É possível realizar a partida estrela triângulo para os seguintes casos:
Ligação dos Partida com chave
Tensão de Alimentação
enrolamentos(V) Estrela - Triângulo
220/380 220 Possível em 220 V
220/380 380 Não possível
220/380/440 220 Possível em 220 V
220/380/440 380 Não possível
220/380/440 440 Não possível
380/660 380 Possível em 380 V

309
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Ligação dos Partida com chave


Tensão de Alimentação
enrolamentos(V) Estrela - Triângulo
220/380/440/760 220 Possível em 220 V
220/380/440/760 380 Não possível

220/380/440/760 440 Possível em 440 V

22.4.5.1 Partida com chave estrela-triângulo manual

22.4.5.2 Partida estrela triângulo utilizando contatores.

PARTIDA DE MOTORES TRIFÁSICOS

310
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22.4.6 Outros esquemas de ligação


PARTIDA DE MOTORES TRIFÁSICOS

311
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23 ENTRADA DE SERVIÇO

23.1 OBJETIVO
Ao final deste módulo o aluno deverá ser capaz de interpretar as tabelas e
esquemas de ligação das entradas de serviço em baixa tensão conforme norma da
CELESC.

23.2 AVALIAÇÃO
Avaliação escrita do relatório e da prática executada pelo(a) aluno(a)

23.3 BIBLIOGRAFIA
●CELESC – Norma E3210001 – PADRONIZAÇÃO DE ENTRADA DE ENERGIA ELÉTRICA DE
UNIDADES CONSUMIDORAS DE BAIXA TENSÃO – 4ª Edição Setembro de 2015

23.4 INTRODUÇÃO
As residências e locais de baixa tensão recebem alimentação, no estado de Santa
Catarina, conforme o padrão prescrito pela CELESC. O intuito deste volume é apresentar
ao aluno as diversas configurações bem como a forma adequada para ligação das
referidas entradas de serviço

23.5 TABELAS DE DIMENSIONAMENTO


23.5.1 Condições Gerais de Fornecimento
23.5.1.1 Limite de Fornecimento
Será atendida em baixa tensão a unidade consumidora com carga instalada igual
ou inferior a 75kW. Poderá ser atendida carga superior a 75kW quando a condição
técnica da rede de distribuição permitir.

23.5.2 Classifcação dos Tipos de Fornecimento


23.5.2.1 Tipo Monofásico a Dois Fios
Unidade consumidora com carga instalada até 11kW.

23.5.2.2 Tipo Monofásico a Três Fios


Unidade consumidora que possua equipamento que necessite da tensão de 440V, com
carga instalada até 35kW.

23.5.2.3 Tipo Bifásico a Três Fios


Unidade consumidora com carga instalada acima de 11 e até 22kW ou que possua
equipamento bifásico.

23.5.2.4 Tipo Trifásico a Quatro Fios


ENTRADA DE SERVIÇO

Unidade consumidora com carga instalada acima de 22 e até 75kW ou que possua
equipamento trifásico.

23.5.3 Tabelas para padronização da entrada de serviço


Para fornecimento de energia para componentes em baixa tensão, os critérios utilizados
estão apresentados na Tabela 22.

312
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TABELA 22 - DIMENSIONAMENTO DE COMPONENTES - TENSÃO DE FORNECIMENTO 380/220 VOLTS

Já para consumidores com tensão de fornecimento em 220V sem neutro os


critérios para dimensionamento são apresentados na Tabela 23.
TABELA 23 - DIMENSIONAMENTO DE COMPONENTES - TENSÃO DE FORNECIMENTO 220 VOLTS (SEM NEUTRO)

A maneira de instalação do medidor do em muros deve obedecer aos leiautes abaixo.


ENTRADA DE SERVIÇO

313
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FIGURA 255 - FIGURA INDICANDO AS DIVERSAS CONFIGURAÇÕES DA ENTRADA DE ENERGIA


O posteamento e a alimentação do consumidor deve atender às configurações
ENTRADA DE SERVIÇO

apresentadas na Figura 256 e na Figura 257.

314
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FIGURA 256 - MANEIRA DE INSTALAÇÃO EM ÁREA URBANA

FIGURA 257 - MANEIRA DE INSTALAÇÃO NA ÁREA RURAL


A alimentação dos consumidores pode ocorrer de diversas configurações, conforme
ENTRADA DE SERVIÇO

serão apresentadas a seguir.

315
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23.5.4 Definições
A seguir serão apresentadas algumas definições importantes para a continuação do
estudo.
Unidade Consumidora – UC: Conjunto de instalações e equipamentos elétricos,
ENTRADA DE SERVIÇO

caracterizado pelo recebimento de energia elétrica em um só ponto de entrega,


com medição individualizada e correspondente a um único consumidor.
Ponto de Entrega: Ponto de intersecção do sistema elétrico da Celesc com as
instalações elétricas da unidade consumidora, caracterizando o limite de
responsabilidade do fornecimento. Também chamado de ponto de conexão.

316
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Entrada de Energia Elétrica: Conjunto de equipamentos, condutores e acessórios


instalados desde o ponto de derivação da rede de baixa tensão da Celesc ate a
medição, inclusive.
Ramal de Ligação: Conjunto de condutores aéreos e acessórios instalados entre o
ponto de derivação da rede da Celesc e o ponto de entrega.
Ramal de Entrada: Conjunto de condutores e acessórios instalados desde o ponto
de entrega ate a proteção geral.
Ramal de Saída: Conjunto de condutores e acessórios instalados entre os terminais
de saída do medidor e o ponto de ponto de fixação do ramal de carga.
Ramal de Carga: Conjunto de condutores e acessórios instalados entre ponto de
fixação do ramal de saída do medidor (quando aéreo) ou da medição (quando
subterrâneo) e as instalações internas da unidade consumidora.
Carga Instalada: Soma das potencias nominais dos equipamentos elétricos
instalados na unidade consumidora, em condições de entrar em funcionamento,
expressa em quilowatts (kW).
Aterramento: Ligação à terra de todas as partes metálicas não energizadas, do
neutro da rede de distribuição da concessionaria e do neutro da instalação da
unidade consumidora.
Eletrodos de Aterramento: Conjunto de hastes e condutores interligados e
enterrados no solo para se possibilitar uma ligação elétrica a terra, a fim de reduzir
o valor da resistência de aterramento a níveis recomendáveis.
Ligação Temporária: E toda ligação destinada ao fornecimento de energia
elétrica a canteiros de obras e eventos temporários.
ENTRADA DE SERVIÇO

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ENTRADA DE SERVIÇO

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23.5.5 Medição em parede, muro ou mureta - Entrada de


energia subterrânea
ENTRADA DE SERVIÇO

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23.5.6 Medição em parede, muro ou mureta - Entrada de


energia subterrânea

ENTRADA DE SERVIÇO

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23.5.7 Entrada de energia com medição em parede (vista


frontal)
ENTRADA DE SERVIÇO

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23.5.8 Medição com instalação embutida em parede e ramal


entrada em pontalete

ENTRADA DE SERVIÇO

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ENTRADA DE SERVIÇO

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ENTRADA DE SERVIÇO

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ENTRADA DE SERVIÇO

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ENTRADA DE SERVIÇO

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ENTRADA DE SERVIÇO

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ENTRADA DE SERVIÇO

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ENTRADA DE SERVIÇO

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ENTRADA DE SERVIÇO

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23.5.9 Especificação dos cabos

FIGURA 258 - CABO MULTIPLEXADO DE ALUMÍNIO

a) Os cabos multiplexados deverão seguir a especificação E-313.0052 e NBR 8182.


b) Cabos de potencia multiplexados auto-sustentados com isolação de polietileno
reticulado (XLPE), para tensões ate 0,6/1kV.
c) A identificação dos cabos multiplexados deverá estar estampado de forma legível e
indelével a intervalos regulares de ate 500 mm na superfície externa, de pelo menos um
dos condutores fase, com no mínimo nome ou marca do fabricante, seção dos
condutores fase e neutro, identificação do material do condutor (cobre ou alumínio),
isolação (XLPE), tensão de isolamento (0,6/1kV), ano da fabricação.
d) Os condutores fase e neutro dos cabos deverão ser identificados de forma
ENTRADA DE SERVIÇO

permanente com base nas seguintes cores:


Neutro: Azul claro
fase A : Preto
fase B : Cinza
fase C : Vermelho

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FIGURA 259 - CABO DE COBRE MULTIPLEXADO

a) Os cabos de cobre multiplexados deverão ser constituídos de fio solido e os fios


formadores do condutor devem ser de cobre eletrolítico, tempera mole.

- Cabo neutro (mensageiro), fios formadores do condutor devem ser de cobre duro, deve
também ser isolado em XLPE igual as fases.

b) Os cabos de alumínio multiplexados deverão ser constituídos de fios de alumínio 1350,


de seção circular recobertos por uma camada isolante, compactados, e ter
encordoamento classe 2.

- Cabo neutro (mensageiro), formado por fios de alumínio 1350 (CA) ou de alumínio-liga
(CAL), de seção circular, deve ser isolado em XLPE igual as fases.

c) Os condutores fase devem ser torcidos helicoidalmente ao redor do condutor


ENTRADA DE SERVIÇO

mensageiro (neutro), que deve permanecer em posição axial em relação aos demais.

d) As características básicas dos condutores devem seguir as tabelas indicadas nesta


especificação, e a completa esta na E-313.0052.

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23.5.10 Cabo isolado de cobre


ENTRADA DE SERVIÇO

337
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a) Os condutores de cobre isolados mencionados nessa especificação deverão seguir


NBRNM- 280, NBR6148, NBR 6524, NBR 7285, NBR 7287 e NBR 7288.

b) Os condutores devem ser de cobre nu eletrolítico tempera mole.

c) Os fios classe 1 (solido) de cobre deverão possuir camada de isolação em cloreto de


polivinila (PVC), com tensões de isolamento de 450/750V.

d) Os fios classe 1 (solido) tem sua capacidade de condução de corrente elétrica


mencionados na tabela 1, somente onde está destacado o numero (1).

e) Os cabos com encordoamento classe 2 e 5 com ou sem cobertura deverão possuir


isolação dos tipos PVC, EPR ou XLPE, conforme tabelas acima e as respectivas tensões de
ENTRADA DE SERVIÇO

isolamento 450/750V e 0,6/1kV.

f) Poderá ser utilizado cabos com encordoamento classe 5, desde que seja seguido as
especificações e utilizados terminais padronizados pela Celesc tais como:

- Terminal de compressão maciço longo – para ligação com conector cunha ao ramal
de ligação, entrada e carga.

- Terminal de compressão maciço curto e terminal ilhós – para ligação ao medidor e


disjuntor.
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g) Os cabos para uso subterrâneo deverão possuir isolação e cobertura (quando


necessário) com características especiais quanto a não propagação e auto-extinção do
fogo tais como: cloreto de polivinila (PVC), etileno-propileno (EPR), ou polietileno
termofixo (XLPE), para suportar as tensões de isolamento 0,6/1kV.

h) Os cabos poderão ser unipolar ou multipolar (2, 3 e 4 condutores).

i) Os condutores deverão ser classe 1 condutores sólidos e classe 2 e 5 condutores


encordoados.

j) Quando o condutor possuir encordoamento classe 2 e 5, os fios deverão ser compostos


helicoidalmente entre si, com passo de reunião de no máximo 35 vezes o diâmetro do
condutor.

k) A identificação dos condutores deverá estar estampada de forma legível e indelével a


intervalos regulares na superfície externa, com no mínimo, nome ou marca do fabricante,
seção do condutor, identificação do material do condutor, da isolação, da cobertura
quando for o caso, tensão de isolamento e ano da fabricação.

l) A capacidade de condução de corrente dos fios e cabos das tabelas 1 e 2 refere-se à


instalação em eletroduto aparente ou embutido, a temperatura de referencia do
ambiente e de 30°C.

Para temperaturas diferentes, aplicar os fatores de correção indicados na NBR-5410.

m) A capacidade de condução de corrente dos cabos das tabelas 3 e 4, refere-se ao


eletroduto enterrado no solo, a temperatura de referencia e de 20°C (solo). Para
temperaturas ambiente diferente de 20°C, aplicar os fatores de correção indicados na
NBR-5410.

23.5.11 Haste de aterramento


A haste de aterramento padronizada pela CELESC está representada na Figura 260.
ENTRADA DE SERVIÇO

339
FIGURA 260 - DETALHE DA HASTE DE ATERRAMENTO

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23.5.12 Disjuntores
Os disjuntores a serem empregados nas entradas de energia devem seguir os padrões da
CELESC e estão representados na Figura 261.

FIGURA 261 - DISJUNTOR PADRÃO CELESC

a) Os disjuntores termomagnéticos mencionados nessa especificação deverão seguir as


NBR’s 5361, 8176, NBR IEC 60898.

b) Os disjuntores são dispositivos de manobra mecânico e de proteção, capaz de


estabelecer, conduzir e interromper corrente em condições normais do circuito, assim
como estabelecer, conduzir por tempo especificado e interromper correntes em
condições anormais do circuito tais como as de curto-circuito.

c) O disjuntor poderá ser do tipo:

-unipolar (monopolar), constituído por um único polo.

-multipolar (bipolar e tripolar), constituído por dois ou mais polos ligados mecanicamente
entre si de modo a atuarem em conjunto.

Obs: O simples acoplamento das alavancas de manobra de dois ou mais disjuntores não
constituirá um disjuntor multipolar.
ENTRADA DE SERVIÇO

d) Os disjuntores termomagnéticos abrangidos por esta especificação serão aplicados


em instalação abrigada, devendo ser adequados para operação em temperatura entre
-5°c e 40°c.

e) Os disjuntores bipolares e tripolares com 2 ou 3 alavancas, respectivamente,


interligadas mecanicamente entre si, devendo o dispositivo de intertravamento ser
irremovível e inviolável, garantindo a operação simultânea de todos os polos tanto para
ligar como para desligar o circuito, manual ou automaticamente.

340
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

f) Os disjuntores termomagnéticos devem possuir disparadores térmicos para proteção


contra sobrecarga e disparadores eletromagnéticos para proteção contra curto-circuito.

g) O disjuntor deverá ser construído com material que suporte a elevação de


temperatura decorrente de seu funcionamento em corrente nominal, ou em regime de
sobrecarga para cujas condições foi projetado.

h) O involucro do disjuntor deverá ser de material isolante e possuir resistência mecânica


compatível com os esforços a que será submetido.

i) A identificação do disjuntor deverá constar, de forma legível e indelével as seguintes


informações: nome ou marca do fabricante, designação de tipo ou modelo, tensão
nominal (V), corrente nominal (A), capacidade de interrupção em curto-circuito referida
as tensões nominais (kA).

j) As características nominais dos disjuntores estão mencionados na tabela acima.

23.6 ATIVDADE
1) A partir do desenho a seguir, represente a alimentação ao medidor com a
alimentação vindo por cima e saindo por baixo

2) A partir do desenho a seguir, represente a alimentação ao medidor com a


ENTRADA DE SERVIÇO

alimentação vindo por baixo e saindo por baixo.

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3)Tendo em um terreno dois consumidores sendo um bifásico e um monofásico, sabendo


que a entrada é aérea, execute a alimentação para os dois medidores de entrada.

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ENTRADA DE SERVIÇO

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ÍNDICE DE FIGURAS
FIGURA 1 - USINA HIDRELÉTRICA .........................................................................................................................19
FIGURA 2 - PARQUE EÓLICO ...............................................................................................................................20
FIGURA 3 -ESQUEMA ILUSTRATIVO DO FUNCIONAMENTO BÁSICO DE UMA TERMOELÉTRICA ...............21
FIGURA 4 - EXEMPLO DE FORMA DE REAPROVEITAMENTO DE BIOGÁS .....................................................23
FIGURA 5 - REPRESENTAÇÃO DO NÚCLEO DO ÁTOMO ................................................................................24
FIGURA 6 - CICLO DE FUNCIONAMENTO DO PROCESSO DE GERAÇÃO NUCLEAR ................................25
FIGURA 7 - PAINÉIS PARA GERAÇÃO FOTO-VOLTAICA .................................................................................26
FIGURA 8 - USINA DE CONCENTRAÇÃO SOLAR ..............................................................................................27
FIGURA 9 - USINA FOTOVOLTAICA .....................................................................................................................28
FIGURA 10 - CAMINHO DA ENERGIA ATÉ AS NOSSAS CASAS ......................................................................29
FIGURA 11 - FORMA DE ONDA SENOIDAL ........................................................................................................30
FIGURA 12 –SENOIDE MONOFÁSICA .................................................................................................................31
FIGURA 13 - SOMATÓRIA DE VETORES ..............................................................................................................31
FIGURA 14 - DEFASAMENTO ENTRE ONDAS TRIFÁSICAS .................................................................................32
FIGURA 15 - TIPOS DE LIGAÇÃO TRIFÁSICA ESTRELA E TRIÂNGULO .............................................................33
FIGURA 16 - ESQUEMA DE CIRCUITO TRIFÁSICO EM ESTRELA OU Y .............................................................33
FIGURA 17 - REPRESENTAÇÃO VETORIAL DAS TENSÕES ENTRE OS ELEMENTOS, OU TENSÃO DE FASE ..34
FIGURA 18 - REPRESENTAÇÃO DOS VETORES VA E –VC ..................................................................................35
FIGURA 19 - RESULTANTE DE VCA PELO MÉTODO DO PARALELOGRAMO ..................................................36
FIGURA 20 - DIAGRAMA DE TENSÕES ................................................................................................................37
FIGURA 21 - CIRCUITO EM ESTRELA REPRESENTANDO A CIRCULAÇÃO AS CORRENTES .........................37
FIGURA 22 - REPRESENTAÇÃO DA LIGAÇÃO EM TRIÂNGULO OU DELTA ...................................................38
FIGURA 23 - REPRESENTAÇÃO DAS TENSÕES E CORRENTE EM UM CIRCUITO EM TRIÂNGULO...............38
FIGURA 24 - EXEMPLO DE DISPOSIÇÃO DAS FERRAMENTAS .........................................................................46
FIGURA 25 - EXEMPLOS DE ÓCULOS DE PROTEÇÃO ......................................................................................47
FIGURA 26 - EXEMPLO DE PROTETOR AURICULAR ...........................................................................................47
FIGURA 27 - EXEMPLO DE CAPACETE ................................................................................................................47
FIGURA 28 - EXEMPLO DE LUVAS DE RASPA E DE BORRACHA (ISOLAÇÃO) ..............................................48
FIGURA 29 - CINTURÃO TIPO PARAQUEDISTA ..................................................................................................48
FIGURA 30 - EXEMPLO DE CALÇADOS DE SEGURANÇA................................................................................48
FIGURA 31 - ALICATE DE BICO REDONDO ........................................................................................................49
FIGURA 32 - ALICATE DE BICO MEIA CANA CURVO E RETO .........................................................................49
FIGURA 33 - ALICATE PARA MONTAGEM DE ANÉIS INTERNO E EXTERNO ...................................................50
FIGURA 34 - ALICATE DE CORTE DIAGONAL ....................................................................................................50
FIGURA 35 - ALICATE DE CORTE DIAGONAL ....................................................................................................51
FIGURA 36 - ALICATE DESCASCADOR DE FIOS ................................................................................................51
FIGURA 37 - ALICATE UNIVERSAL ........................................................................................................................52
FIGURA 15 - ALICATE DE PRESSÃO E ALICATE DE PRESSÃO TIPO U ..............................................................52
FIGURA 16 - ALICATE TIPO LOCK GRIP ..............................................................................................................52
FIGURA 40 - CHAVE DE FENDA ...........................................................................................................................53
ÍNDICE DE FIGURAS

FIGURA 41 - CHAVE DE FENDA CRUZADA (CHAVE PHILLIPS) ........................................................................53


FIGURA 42 - CHAVE ALLEN ..................................................................................................................................54
FIGURA 43 - CHAVE DE BOCA ............................................................................................................................54
FIGURA 44 - CHAVE ESTRELA ...............................................................................................................................55
FIGURA 45 - CHAVE COMBINADA .....................................................................................................................55
FIGURA 46 - CHAVE TIPO CANHÃO ...................................................................................................................56
FIGURA 47 - CHAVE SOQUETE E O SOQUETE ....................................................................................................56
FIGURA 48 - CATRACA .........................................................................................................................................57
344
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FIGURA 49 - MANIVELA ........................................................................................................................................57


FIGURA 50 - CABO TIPO "T" ..................................................................................................................................58
FIGURA 51 – CABO FIXO .....................................................................................................................................58
FIGURA 52 – JUNTA UNIVERSAL ..........................................................................................................................58
FIGURA 53 - EXTENSÃO .........................................................................................................................................58
FIGURA 54 – ADAPTADOR E REDUÇÃO ............................................................................................................59
FIGURA 55 - TORQUÍMETRO DE ESTALO ISOLADO ...........................................................................................59
FIGURA 33-CHAVE DE GRIFO ..............................................................................................................................60
FIGURA 34 - CHAVE INGLESA ..............................................................................................................................60
FIGURA 58 - MARTELO ..........................................................................................................................................60
FIGURA 59 - ARCO DE SERRA ..............................................................................................................................62
FIGURA 60 - COMPONENTES DE UM ARCO DE SERRA ...................................................................................62
FIGURA 61 - FORMA DE SEGURAR O ARCO DE SERRA ...................................................................................62
FIGURA 62 - TIPOS DE CORTE DE UMA SERRA ..................................................................................................63
FIGURA 63 - COMUNICADO DO FABRICANTE QUANTO AO POSICIONAMENTO DA SERRA NO ARCO
DE SERRA ................................................................................................................................................................63
FIGURA 64 - BROCAS ............................................................................................................................................64
FIGURA 65 - COMPONENTES DE UMA BROCA.................................................................................................64
FIGURA 66 – BROCA COM HASTE PARALELA PARA MANDRIL ......................................................................64
FIGURA 67 – BROCA COM HASTE PARALELA PARA CONE MORSE .............................................................64
FIGURA 68 - ANGULAÇÃO DAS PONTAS DAS BROCAS .................................................................................65
FIGURA 69 - PUNÇÃO ...........................................................................................................................................65
FIGURA 70 – TALHADEIRA E TALHADEIRA TIPO BEDAME.................................................................................66
FIGURA 71 - SACA POLIAS ...................................................................................................................................67
FIGURA 72 - EXEMPLO DE LIMA...........................................................................................................................67
FIGURA 73 - TIPOS DE LIMAS ................................................................................................................................69
FIGURA 74 - EXEMPLO DE ESPECIFICAÇÃO DE LIMAS - CORTESIA VONDER ..............................................69
FIGURA 75 - MOTOR EMPREGADO NO ESMERIL ..............................................................................................70
FIGURA 76 - TESOURA ...........................................................................................................................................70
FIGURA 77 - REPRESENTAÇÃ DO FERRO DE SOLDA ........................................................................................71
FIGURA 78 - COMPASSO DE CENTRAR (HERMAFRODITA) .............................................................................72
FIGURA 79 - CANIVETE ..........................................................................................................................................73
FIGURA 80 – TIPOS DE TARRAXA COM COSSINETE FIXO OU UNIVERSAL .....................................................73
FIGURA 81 – TIPOS DE TARRAXA COM COSSINETE AJUSTÁVEL .....................................................................74
FIGURA 82 - SOPRADOR TÉRMICO - (CORTESIA MAKITA) ..............................................................................75
FIGURA 83 - MOLA INTERNA PARA CURVAR ELETROSUTO DE PVC ..............................................................76
FIGURA 84 - DETALHE DO NÔNIO.......................................................................................................................77
FIGURA 85 - FORMAS DE APLICAR O PAQUÍMETRO .......................................................................................79
FIGURA 86 - MICRÔMETRO ..................................................................................................................................79
FIGURA 87 - SIMBOLOGIA PARA NEUTRO, CONDUTOR DE PROTEÇÃO E CONDUTOR COMBINADO ..90
FIGURA 88 - ESQUEMA TIPO TN-S ........................................................................................................................91
FIGURA 89 - ESQUEMA TIPO TN-C-S....................................................................................................................91
FIGURA 90 - ESQUEMA TIPO TN-C .......................................................................................................................91
FIGURA 91- PERCURSO DA CORRENTE DE FALTA FASE-MASSA EM UM ESQUEMA TN ..............................92
ÍNDICE DE FIGURAS

FIGURA 92 - ESQUEMA TIPO TT ............................................................................................................................92


FIGURA 93 - ESQUEMA IT ......................................................................................................................................93
FIGURA 94 - FORMAS DE COMERCIALIZAÇÃO DO ISOLANTE LÍQUIDO ................................................... 119
FIGURA 95 - FORMA DE APRESENTAÇÃO DO ESTANHO ............................................................................. 121
FIGURA 96 - EXEMPLO DE APRESENTAÇÃO DO FLUXO DE SOLDA ........................................................... 121
FIGURA 97 - FERRAMENTAS UTILIZADAS PARA EMENDAS ............................................................................ 122
FIGURA 98 - MODELO DA TOMADA PADRÃO ABNT .................................................................................... 140
FIGURA 99 - LIGAÇÃO DA TOMADA .............................................................................................................. 140

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FIGURA 100 - SIMBOLOGIA DE TOMADA ....................................................................................................... 141


FIGURA 101 - RELAÇÃO DA TEMPERATURA DA COR COM O TIPO DE LÂMPADA................................. 147
FIGURA 102 - PARTES CONSTITUINTES DA LÂMPADA INCANDESCENTE .................................................... 148
FIGURA 103- LÂMPADA HALÓGENA .............................................................................................................. 151
FIGURA 104- PARTES DE UMA LÂMPADA FLUORESCENTE ........................................................................... 152
FIGURA 105 - COMPARAÇÃO DA REFLEXÃO DA LÂMPADA EM RELAÇÃO AO SEU DIÂMETRO ........ 153
FIGURA 106 - CARACTERÍSTICAS DAS LÂMPADAS FLUORESCENTES 15 E 30W ........................................ 154
FIGURA 107 - CARACTERÍSTICAS DAS LÂMPADAS FLUORESCENTES 20, 40 E 110W ................................ 154
FIGURA 108 - CARACTERÍSTICAS DAS LÂMPADAS FLUORESCENTES 16 E 32W ........................................ 155
FIGURA 109 – ESQUEMA DE LIGAÇÃO DE REATOR 127/220V À(S) LÂMPADA(S) FLUORESCENTE(S) .. 155
FIGURA 110 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO DE REATOR BIVOLT À(S) LÂMPADA(S) FLUORESCENTE(S) ....... 155
FIGURA 111 - TIPOS DE LÂMPADAS FLUORESCENTES COMPACTAS .......................................................... 158
FIGURA 112- FUNCIONAMENTO DA LÂMPADA FLUORESCENTE COMPACTA ........................................ 158
FIGURA 113 - REPRESENTAÇÃO EXTERNA DAS LÂMPADAS FLUORESCENTES .......................................... 159
FIGURA 114 - COMPONENTES DE UMA LÂMPADA MISTA ........................................................................... 159
FIGURA 115 - CARACTERÍSTICAS DA LÂMPADA MISTA ............................................................................... 160
FIGURA 116 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO DE UMA LÂMPADA VAPOR DE MERCÚRIO ............................... 160
FIGURA 117 - PARTES CONSTITUINTES DA LÂMPADA VAPOR DE MERCÚRIO .......................................... 161
FIGURA 118 - CARACTERÍSTICAS DAS LÂMPADAS VAPOR DE MERCÚRIO DE 80, 125, 250 E 500W .... 161
FIGURA 119 - ESQUEMA DE INSTALAÇÃO DA LÂMPADA VAPOR METÁLICO ......................................... 163
FIGURA 120 - CARACTERÍSTICAS DAS LÂMPADAS VAPOR METÁLICO DE 70, 150, 250 E 400W ........... 163
FIGURA 121 – COMPONENTES DAS LÂMPADAS VAPOR DE SÓDIO.......................................................... 164
FIGURA 122- ESQUEMA DE INSTALAÇÃO DA LÂMPADA VAPOR DE SÓDIO ........................................... 165
FIGURA 123 - CARACTERÍSTICAS DA LÂMPADA VAPOR DE SÓDIO OVÓIDE.......................................... 165
FIGURA 124 - CARACTERÍSTICAS DA LÂMPADA VAPOR DE SÓDIO TUBULAR ......................................... 166
FIGURA 125 - ESQUEMÁTICO DE FUNCIONAMENTO DO LED ..................................................................... 167
FIGURA 126 - APRESENTAÇÃO CROMÁTICA DE ALGUMAS CORES DE LED ............................................ 168
FIGURA 127 - REPRESENTAÇÃO DA PRODUÇÃO DA LUZ BRANCA POR UM LED (CORTESIA OSRAM)
............................................................................................................................................................................... 169
FIGURA 128 - APRESENTAÇÃO DA PRODUÇÃO DA LUZ BRANCA PELA ASSOCIAÇÃO DE CORES RGB
............................................................................................................................................................................... 169
FIGURA 129 - TRADUÇÃO LIVRE DE COMUNICADO À IMPRENSA FEITO PELA OSRAM ......................... 170
FIGURA 130 - TABELA COMPARATIVA ENTRE OS TIPOS DE LÂMPADAS EXISTENTES NO MERCADO.
(OSRAM) .............................................................................................................................................................. 170
FIGURA 131 - COMPARAÇÃO ENTRE AOS DIVERSOS TIPOS DE LÂMPADA ............................................. 172
FIGURA 132 - TIPOS DE REATORES (KEIKO) ..................................................................................................... 172
FIGURA 133 - VALORES CARACTERÍSTICOS PARA REATORES ..................................................................... 173
FIGURA 134 - VALORES CARACTERÍSTICOS PARA REATORES ..................................................................... 174
FIGURA 135 - VALORES CARACTERÍSTICOS PARA REATORES PARA LÂMPADAS EM DESCARGA ....... 175
FIGURA 136 - VALORES CARACTERÍSTICOS PARA REATORES PARA LÂMPADAS VAPOR METÁLICO.. 175
FIGURA 137 - COMANDO COM INTERRUPTOR SIMPLES PARA UMA LÂMPADA ..................................... 182
FIGURA 138 - COMANDO PARA INTERRUPTOR SIMPLES PARA DUAS LÂMPADAS .................................. 183
FIGURA 139 - EXEMPLO DE UTILIZAÇÃO DE INTERRUPTOR PARALELO ...................................................... 183
FIGURA 140 - COMANDO PARA LIGAÇÃO DE INTERRUPTOR PARALELO PARA UMA LÂMPADA ....... 183
ÍNDICE DE FIGURAS

FIGURA 141 - LIGAÇÃO DO INTERRUPTOR INTERMEDIÁRIO ....................................................................... 185


FIGURA 142 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO DE INTERRUPTORES INTERMEDIÁRIOS E PARALELOS ................. 185
FIGURA 143 - TIPOS DE FUSÍVEIS ....................................................................................................................... 192
FIGURA 144 - FUSÍVEL NH - CORTESIA SIEMENS ............................................................................................. 194
FIGURA 145 - BASE E PUNHO DO FUSÍVEL NH ................................................................................................ 195
FIGURA 146 - FUSÍVEL DIAZED ........................................................................................................................... 195
FIGURA 147 - REFERÊNCIA DE MONTAGEM DO FUSÍVEL DIAZED ............................................................... 196
FIGURA 148 - CHAVE AJUSTE ............................................................................................................................ 196

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FIGURA 149 - PARAFUSOS DE AJUSTE ............................................................................................................. 196


FIGURA 150 - EXEMPLIFICAÇÃO DO SISTEMA DE INDICAÇÃO DA QUEIMA DO FUSÍVEL DIAZED ....... 197
FIGURA 151 - FUSÍVEL NEOZED - CORTESIA SIEMENS .................................................................................... 197
FIGURA 152 - MONTAGEM DO FUSÍVEL NEOZED .......................................................................................... 198
FIGURA 153 - FUSÍVEL SITOR - CORTESIA SIEMENS ......................................................................................... 198
FIGURA 154 - FUSÍVEL SILIZED ............................................................................................................................ 198
FIGURA 155 - BLOCO DE FUSÍVEIS MINIZED .................................................................................................... 199
FIGURA 156 - FUSÍVEIS CILÍNDRICOS - CORTESIA SIEMENS .......................................................................... 199
FIGURA 157 - EXEMPLO DE FUSÍVEL COM ELO .............................................................................................. 200
FIGURA 158 - ELO FUSÍVEL E FUSÍVEL MONTADO .......................................................................................... 200
FIGURA 159 - PARTES COMPONENTES DO ELO FUSÍVEL - CORTESIA ELOFUSI .......................................... 201
FIGURA 160 - VISÃO INTERNA DE UM DISJUNTOR ......................................................................................... 203
FIGURA 161 - FUNCIONAMENTO DO DISJUNTOR TÉRMICO ....................................................................... 204
FIGURA 162 - DISJUNTOR COM PROTEÇÃO MAGNÉTICA .......................................................................... 205
FIGURA 163 - DISJUNTOR COM PROTEÇÃO TÉRMICA E ELETROMAGNÉTICA ......................................... 206
FIGURA 164 - CURVAS DE DISPARO DE DISJUNTORES - CORTESIA SIEMENS ............................................ 208
FIGURA 165 - CURVAS DE DISPARO (TEMPO VERSUS CORRENTE) ............................................................. 208
FIGURA 166- CARACTERÍSTICAS DISJUNTORES (CORTESIA GE).................................................................. 210
FIGURA 167 - REPRESENTAÇÃO DO DIAGRAMA UNIFILAR ......................................................................... 213
FIGURA 168 – REPRESENTAÇÃO DO DIAGRAMA MULTIFILAR .................................................................... 214
FIGURA 169 - DISJUNTOR DIFERENCIAL RESIDUAL ........................................................................................ 217
FIGURA 170 - EXEMPLO DE UM IDR - MARCA GE ......................................................................................... 219
FIGURA 171 - EXEMPLO DE UM DISJUNTOR DR - MARCA SIEMENS ........................................................... 219
FIGURA 172 - EXEMPLO DE UM DISJUNTOR DR - MARCA SCHNEIDER ...................................................... 220
FIGURA 173 - EXEMPLO DE UM MÓDULO DR - MARCA SIEMENS .............................................................. 220
FIGURA 174 - FUNCIONAMENTO DO DR ........................................................................................................ 221
FIGURA 175 - GRÁFICO ZONA DO TEMPO X CORRENTE ............................................................................ 222
FIGURA 176- FORMAS DE LIGAÇÃO DO DR .................................................................................................. 223
FIGURA 177 - ESQUEMAS BÁSICOS DE LIGAÇÃO DO DR QUANTO AO NÚMERO DE POLOS .............. 224
FIGURA 178 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO DR PARA O ESQUEMA TN-S .......................................................... 225
FIGURA 179 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO DR PARA O ESQUEMA TN-C-S ...................................................... 225
FIGURA 180 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO DR PARA O ESQUEMA TT............................................................... 225
FIGURA 181 - FLUXOGRAMA PARA DIAGNÓSTICO DE DEFEITO EM CIRCUITO (SIEMENS) .................... 228
FIGURA 182 – ESQUEMA DE VERIFICAÇÃO PELO MÉTODO 1 .................................................................... 229
FIGURA 183 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO MÉTODO 2 ....................................................................................... 229
FIGURA 184 - ESQUEMA DE VERIFICAÇÃO PELO MÉTODO 3 ..................................................................... 230
FIGURA 185 - EXEMPLO DE INSTALAÇÃO DE QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO COM DR .............................. 230
FIGURA 186 - EXEMPLO DE LIGAÇÃO DE UM QUADRO COM 2 FASES + NEUTRO + (PE) TERRA.......... 231
FIGURA 187 – DIAGRAMA UNIFILAR COM A UTILIZAÇÃO DO DR ............................................................. 232
FIGURA 188 - REPRESENTAÇÃO DO DIAGRAMA MULTIFILAR ..................................................................... 233
FIGURA 189 - EXEMPLOS DE DPS DOS FABRICANTES WEG E STECK .......................................................... 237
FIGURA 190 - CAUSAS DAS SOBRETENSÕES POR DESCARGAS DE RAIOS ................................................ 239
FIGURA 191 - MODELOS DE ÁREAS DE PROTEÇÃO CONTRA RAIOS DIRECIONADOS PELOS CRITÉRIOS
CEM ...................................................................................................................................................................... 239
ÍNDICE DE FIGURAS

FIGURA 192 - FORMA DE ONDA DE IMPULSO 8/20µS .................................................................................. 240


FIGURA 193 - FORMA DE ONDA DE IMPULSO 10/350µS .............................................................................. 240
FIGURA 194 - PARTES CONSTITUINTES DO DPS............................................................................................... 242
FIGURA 195 - PARTES CONSTITUINTES DO DPS DA MARCA CLAMPER ...................................................... 242
FIGURA 196 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO DO DPS ASSOCIADO À DR E A DISJUNTOR ............................... 243
FIGURA 197 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO ORIENTATIVO DO DPS ................................................................... 243
FIGURA 198 - FORMA DE INSTALAÇÃO DO DPS E CABOS NO QUADRO ................................................ 244
FIGURA 199 - FLUXO DE ESCOLHA DO DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS – DPS .............. 245

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Antônio Tadeu de Brito – 1ª Edição-2016
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

FIGURA 200 - CIRCUITO DO DIMMER COM TRIAC ....................................................................................... 250


FIGURA 201 - FORMAS DE ONDA DE DISPARO DO DIMMER ...................................................................... 251
FIGURA 202 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO DO DIMMER .................................................................................... 252
FIGURA 203 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO DE UM INTERRUPTOR POR SENSOR DE PRESENÇA ................... 255
FIGURA 204 - APLICAÇÕES DO INTERRUPTOR AUTOMÁTICO POR SENSOR DE PRESENÇA .................. 256
FIGURA 205 - LENTE FRESNEL............................................................................................................................. 257
FIGURA 206 - INSTALAÇÃO DO INTERRUPTOR AUTOMÁTICO POR SENSOR DE PRESENÇA – CORTESIA
PIAL LEGRAND .................................................................................................................................................... 259
FIGURA 207 - TIPOS DE ESQUEMAS DE LIGAÇÃO DE INTERRUPTORES AUTOMÁTICOS POR SENSOR DE
PRESENÇA(CORTESIA SCHNEIDER ELETRIC) ................................................................................................... 260
FIGURA 208 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO DO INTERRUPTOR AUTOMÁTICO POR SENSOR DE PRESENÇA
(CORTESIA LEGRAND) ....................................................................................................................................... 260
FIGURA 209 – EXEMPLO DE MINUTERIA - CORTESIA EXATRON ................................................................... 263
FIGURA 210 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO MINUTERIA COLETIVA - CORTESIA EXATRON ............................. 264
FIGURA 211 - MINUTERIA INDIVIDUAL - CORTESIA SIEMENS ........................................................................ 264
FIGURA 212 - MINUTERIA INDIVIDUAL - CORTESIA SIEMENS ........................................................................ 265
FIGURA 213 - MINUTERIA COLETIVA COM 4 FIOS ......................................................................................... 265
FIGURA 214 - MINUTERIA COLETIVA COM 3 FIOS ......................................................................................... 266
FIGURA 215 - MINUTERIA INDIVIDUAL ............................................................................................................. 266
FIGURA 216 - IMAGEM DO RELÉ FOTOELÉTRICO .......................................................................................... 271
FIGURA 217 - EXEMPLO DE LDR ....................................................................................................................... 272
FIGURA 218 - REPRESENTAÇÃO DO RELÉ TÉRMICO ..................................................................................... 272
FIGURA 219 - REPRESENTAÇÃO DO RELÉ FOTOELÉTRICO MAGNÉTICO................................................... 273
FIGURA 220 - EXEMPLO DE FOTOTRANSISTOR ............................................................................................... 273
FIGURA 221 - REPRESENTAÇÃO DO RELÉ FOTOELÉTRICO ELETRÔNICO ................................................... 273
FIGURA 222 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO DO RELÉ FOTOELÉTRICO ............................................................... 274
FIGURA 223 - RELÉS DE IMPULSO...................................................................................................................... 279
FIGURA 224 - INSTALAÇÃO TRADICIONAL ..................................................................................................... 280
FIGURA 225 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO SISTEMA TRADICIONAL COM INTERRUPTORES .......................... 280
FIGURA 226 - INSTALAÇÃO UTILIZANDO O RELÉ DE IMPULSO .................................................................... 280
FIGURA 227 – ESQUEMA DE LIGAÇÃO COM INTERRUPTOR DE IMPULSO ................................................ 280
FIGURA 228 - RELÉ DE IMPULSO FINDER POSIÇÃO 1 .................................................................................... 281
FIGURA 229 - RELÉ DE IMPULSO FINDER POSIÇÃO 2 .................................................................................... 281
FIGURA 230 - CICLO DE GIRO DE UM CAME ................................................................................................ 282
FIGURA 231 - RELÉ DE IMPULSO ELETROMECÂNICO UM CONTATO DE SAÍDA (FINDER) ....................... 282
FIGURA 232 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO DO RELÉ DE IMPULSO COM DOIS CONTATOS DE SAÍDA
(FINDER) ............................................................................................................................................................... 283
FIGURA 233 - RELÉ DE IMPULSO ELETROMECÂNICO COMANDADO POR BAIXA TENSÃO COM UM
CONTATO DE SAÍDA (FINDER) .......................................................................................................................... 283
FIGURA 234 - FORMAS DE ONDA DE ACIONAMENTO DO RELÉ ELETRÔNICO ........................................ 283
FIGURA 235 - LIGAÇÃO DO RELÉ ELETRÔNICO (FINDER) ............................................................................ 284
FIGURA 236 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO DE UM RELÉ DE IMPULSO COM UM CONTATO DE SAÍDA ....... 284
FIGURA 237 - RELÉ DE IMPULSO COMANDADO POR TRÊS PULSADORES ................................................. 285
FIGURA 238 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO RELÉ DE IMPULSO MONOPOLAR ................................................. 285
ÍNDICE DE FIGURAS

FIGURA 239 - PARTES CONSTITUINTES DO COMUTADOR ............................................................................ 289


FIGURA 240 - ESQUEMA INTERNO DE UM CONTATOR ................................................................................. 290
FIGURA 241 - BOBINA DE CONTATOR ............................................................................................................. 291
FIGURA 242-A BOBINA DEZENERGIZADA OS CONTATOS FICAM ABERTOS ............................................. 291
FIGURA 243 - A BOBINA ENERGIZADA ATRAI OS CONTATOS ..................................................................... 292
FIGURA 244 - TERMINAIS DE UM CONTATOR ................................................................................................. 292
FIGURA 245 - RELÉS TÉRMICOS ......................................................................................................................... 292
FIGURA 246 - APRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DO RELÉ TÉRMICO ........................................................... 293

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS – Para futuros Técnicos em Eletrotécnica

FIGURA 247 – SIMBOLOGIA UTILIZADA PARA O RELÉ TÉRMICO ................................................................. 293


FIGURA 248 - TAXA DE AJUSTE DE RELÉS TÉRMICOS ..................................................................................... 294
FIGURA 249 - MOTOR DE INDUÇÃO MONOFÁSICO - WEG ....................................................................... 296
FIGURA 250 - INTERRUPTOR CENTRÍFUGO ...................................................................................................... 296
FIGURA 251 - APRESENTAÇÃO DOS ENROLAMENTOS DE UM MOTOR DE INDUÇÃO MONOFÁSICO 297
FIGURA 252 - VISÃO EXPLODIDA DO MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO .................................................. 304
FIGURA 253 - DEFASAMENTO DAS ONDAS ELÉTRICAS NO MOTOR TRIFÁSICO DE INDUÇÃO .............. 305
FIGURA 254 - VETORES RESULTANTES DA FORÇA EXERCIDA PELO CAMPO GIRANTE ........................... 306
FIGURA 255 - FIGURA INDICANDO AS DIVERSAS CONFIGURAÇÕES DA ENTRADA DE ENERGIA........ 314
FIGURA 256 - MANEIRA DE INSTALAÇÃO EM ÁREA URBANA ..................................................................... 315
FIGURA 257 - MANEIRA DE INSTALAÇÃO NA ÁREA RURAL ........................................................................ 315
FIGURA 258 - CABO MULTIPLEXADO DE ALUMÍNIO ..................................................................................... 335
FIGURA 259 - CABO DE COBRE MULTIPLEXADO ........................................................................................... 336
FIGURA 260 - DETALHE DA HASTE DE ATERRAMENTO .................................................................................. 339
FIGURA 261 - DISJUNTOR PADRÃO CELESC .................................................................................................. 340

ÍNDICE DE TABELAS
TABELA 1 - SEÇÃO MÍNIMA DOS CONDUTORES DE ATERRAMENTO ......................................................... 100
TABELA 2 - DIMENSÕES DOS TERMO RETRÁTEIS ............................................................................................. 120
TABELA 3 - INFORMAÇÕES SOBRE AS LÂMPADAS INCANDESCENTES ...................................................... 148
TABELA 4 - INFORMAÇÕES ADICIONAIS SOBRE LÂMPADAS INCANDESCENTES HALÓGENAS ............ 151
TABELA 5 - INFORMAÇÕES ADICIONAIS SOBRE LÂMPADAS FLUORESCENTES ........................................ 152
TABELA 6 - DIÂMETRO DA LÂMPADA FLUORESCENTE TUBULAR ................................................................. 152
TABELA 7 - INFORMAÇÕES ADICIONAIS SOBRE LÂMPADAS FLUORESCENTES COMPACTAS............... 157
TABELA 8 - TIPOS DE DOPAGEM X COR EMITIDA PELO LED ........................................................................ 167
TABELA 9 - COMPARAÇÃO ENTRE ALGUNS TIPOS DE LÂMPADAS ........................................................... 172
TABELA 10 - INDICAÇÃO DE CORES E CORRENTES DO FUSÍVEL ................................................................ 197
TABELA 11 - CARACTERÍSTICAS DE FUNCIONAMENTO DE DISJUNTORES ................................................. 208
TABELA 12 - CLASSIFICAÇÃO DE DISJUNTORES QUANTO À PROTEÇÃO ................................................. 209
TABELA 13 - TABELA DE SELEÇÃO DE DISJUNTOR EM FUNÇÃO DA FIAÇÃO PARA CATEGORIA B1
(SIEMENS) ............................................................................................................................................................. 210
TABELA 14 - TABELA PARA ESCOLHA DE DISJUNTOR X CABO ................................................................... 211
TABELA 15 - TABELA COM APLICAÇÃO DE CURVAS DE DISJUNTORES (SIEMENS)/POTÊNCIA DOS
EQUIPAMENTOS .................................................................................................................................................. 211
TABELA 16 - PERCEPÇÃO DA CORRENTE SOBRE O CORPO HUMANO .................................................... 222
TABELA 17 - APLICAÇÃO DO DR ..................................................................................................................... 223
TABELA 18 - UTILIZAÇÃO DO DR – FONTE NBR5410 ...................................................................................... 226
TABELA 19 - VALOR MÍNIMO DE UC EXIGÍVEL DO DPS, EM FUNÇÃO DO ESQUEMA DE ATERRAMENTO
............................................................................................................................................................................... 246
TABELA 20 - SEQUÊNCIA DE CHAVEAMENTO DOS RELÉS DE IMPULSO FINDER ....................................... 286
TABELA 21 - CATEGORIA DE UTILIZAÇÃO DE CONTATORES ....................................................................... 290
TABELA 22 - DIMENSIONAMENTO DE COMPONENTES - TENSÃO DE FORNECIMENTO 380/220 VOLTS 313
TABELA 23 - DIMENSIONAMENTO DE COMPONENTES - TENSÃO DE FORNECIMENTO 220 VOLTS (SEM
ÍNDICE DE TABELAS

NEUTRO) ............................................................................................................................................................... 313

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