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MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA DE ELECTRIDADE

INTRODUÇÃO
Refere-se a presente Memória Descritiva e Justificativa à instalação eléctrica para
utilização no São Damanso, localizado no Patrice Lumunba, na Provincia de Maputo,
pertencente a Delio Nhiwane, que visa fornecer energia elétrica para fins de uso industrial.

CLASSIFICAÇÃO DOS LOCAIS


1. Quanto a Utilização
Em concordância com as características dos edifícios e os fins a que se destina, considera-
se como estabelecimento industrial com base no regulamento.
2. Quanto ao Ambiente
Face ao descrito no parágrafo anterior não será de prever que os locais venham a ser
utilizados para manipulação de artigos que possam impor condicionalismos especiais ao
ambiente, pelo que, poderão ser genericamente classificados, com base no Regulamento
como sendo local sem riscos especiais.

O projecto foi elaborado de acordo com as normas em vigor na República de


Moçambique, nomeadamente:

a. Condições Técnicas Gerais para Elaboração de Projectos de Edifícios (C. T. G.),


Ministério de Construção e Águas, Direcção de Economia e de Construção –
Departamento deEdifícios – 1990;
b. Regulamento de Segurança de Rede de Distribuição de Energia Electrica em
Baixa Tensão (R.R.D.E.E.B.S.T.),Decreto Lei Nº 46847/66, de 27 de Janeiro;
c. Regulamento de Segurança de Instalacções de utilização de Energia Eléctrica
(R.S.I.U.E.E.),
d. Decreto Lei Nº 740/74, de 26 de Novembro;
e. Regulamento de Segurança de Instalacções de utilização de Energia Eléctrica
(R.S.I.U.E.E.), Decreto Lei Nº 740/74, de 26 de Novembro;
f. Regulamento de segurança de Instalacções Colectivas de Edifícios e Entradas
(R.S.I.C.E.E.), Decreto Lei Nº 740/74 de 26 de Dezembro;
g. Regulamento de Segurança de Instalações Eléctricas de Baixa Tensão

1
(R.S.I.E.B.T.),Decreto Legislativo de 27 de Julho de 79;
h. Normas Internacionais V.D.E. Inscritas na Comissão Electrotécnica Internacional
(C.E.I.)

CARGAS ELÉCTRICAS
Para a determinação das necessidades energéticas foi aplicada a alínea "b" do artigo nº
435 do Regulamento de Segurança de Instalações de utilização de Energia Eléctrica
(R.S.I.U.E.E.), Decreto Lei Nº 740/74, de 26 de Novembro com respectivos comentários.

Assim, a potência necessária será o somatório de todas as cargas previstas no projecto


podendo ainda prever uma reserva de cerca de 20% para futuros equipamentos.

Assim foi necessário efectuar o somatório de todas as cargas previstas para o bom
funcionamento da instalação.

CALCULO DAS CARGAS INSTALADAS

Maquinaria diversa dos blocos de edificio

Mecanica Industrial
Sala de Sala dos
Armario Sala de aula Corredor
Maquinas Professores
Cargas P
P Pt P Pt P Pt P Pt Pt
Q Q Q Q Q (w
(w) (w) (w) (w) (w) (w) (w) (w) (w)
)
Iluminação 4 1
2 72 144 72 3456 8 72 576 5 72 360 72 792
2x36w 8 1
500 4500
Torno 0 0 0 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0
1
Ventiladores 0 0 0 150 2700 5 150 750 2 150 300 0 0 0
8
240 240 240 240
Ac 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0
0 0 0 0
Computador
0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 500 500 0 0 0
es
Engenhe de 250
0 0 0 1 2500 0 0 0 0 0 0 0 0 0
furar 0
350
Fresadora 0 0 0 1 3500 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0

2
12
TUG 3 360 5 120 600 5 120 600 6 120 720 0 0 0
0
200 200
Projector 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0
0 0
440
Retificadora 0 0 0 1 4400 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0
200
Compressor 0 0 0 1 2000 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0
Impressora 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 365 365 0 0 0
400
Plaina 0 0 0 1 4000 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0
Potência 504 68156 6326 4645 792
TOTAL 80,423

Gestão e recursos Humanos


Sala de
WC Sala de aula Informática Corredor
Toque
Cargas
P Pt P Pt P P P Pt
Q Q Q Pt (w) Q Pt (w) Q
(w) (w) (w) (w) (w) (w) (w) (w)
Iluminação
8 36 288 2 36 72 135 36 4860 27 36 972 24 36 864
2x36w
Ventiladores 0 0 0 12 150 1800 30 150 4500 6 150 900 0 0 0
Ac 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 1800 5400 0 0 0
Computadores 0 0 0 1 500 500 0 0 0 93 500 46500 0 0 0
TUG 0 150 0 5 150 750 90 150 13500 15 150 2250 12 150 1800
Projector 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 2000 6000 0 0 0
Impressora 0 0 0 1 365 365 0 0 0 3 365 1095 0 0 0
Potência 288 3487 22860 63117 2664
TOTAL 92,416

Departamento de ELETRICIDADE

Slada
Sala de Control
Dos Armaz Elétronic Corred
EI-3 Maquin Sequenci EI-7
Professo em a or
as al
res
Carga
P P P
s P P
P Pt t P Pt (w Pt P Pt P Pt P Pt t
( (
Q (w (w Q ( Q (w (w Q ) (w Q (w (w Q (w (w Q (w (w Q (
w w
) ) w ) ) ) ) ) ) ) ) ) w
) )
) )
Ilumin 2 7
7 1 7
ação 0 0 0 3 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2
2 0 2
2x36w 6 0

3
Ilumin
21 43 21 1 11 1 11 1 11
ação 3 72 0 0 0 6 72 3 72 72 72 72 0 0 0
6 2 6 6 52 6 52 6 52
4x18w
Ventila 15 45 15 90 15 90 15 90 15 90
3 0 0 0 6 0 0 0 6 6 6 0 0
dores 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
24 24 24 24 24 24 24 48 24 48 24 48
Ac 1 0 0 0 1 1 2 2 2 0 0 0
00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00 00
15
Compu 50 15 50 50 3 50
3 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 50 0 0 0
tadores 0 00 0 0 1 0
0
Engen
40 40
ho de 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0
0 0
Furar
36 36 36 10 36 36
Motor 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 3 1 0 0 0
0 0 0 80 0 0
1 4 1 16
15 75 15 75 15 45 15 15 75 15 10
TUG 5 3 5 5 5 3 1 80 5 7 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 50
0 0 2 0
Project 20 20 20 20
0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0
or 00 00 00 00
Gerado 51 25
0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
r 0 50
Compr 20 20 20 20
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0
essor 00 00 00 00
Impres 36 36 36 36 36 36
1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0
sora 5 5 5 5 5 5
Gelade 15 15
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
ira 0 0
Potênci
5831 666 7347 5976 25652 9082 28127 720
a
TOTAL 83,401

Departamento de SOLDADURA
Sala de Soldad
Papela Sala de Sala de Soldad Canaliz Corred
ferram ura
ria aula control ura ação or
enta especial
Cargas P P P P P P P
Pt Pt P Pt Pt Pt Pt Pt Pt
( ( ( ( ( ( (
Q (w Q (w Q (w (w Q (w Q (w Q (w Q (w Q (w
w w w w w w w
) ) ) ) ) ) ) ) )
) ) ) ) ) ) )
Ilumina
7 21 7 21 57 7 57 2 7 14 1 7 11 1 7 11 7 57
ção 3 3 8 72 8 8
2 6 2 6 6 2 6 0 2 40 6 2 52 6 2 52 2 6
2x36w
2 2 2
Exaust 5 50 5 50 5 50
0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 2 0 0 0 0 0 0
or 0 00 0 00 0 00
0 0 0

4
1 1 1 1
Ventila 15 60 90 90 60 12
0 0 0 0 0 0 4 6 5 6 5 4 5 8 5 0 0 0
dores 0 0 0 0 0 00
0 0 0 0
24 24
Ac 0 0 0 0 0 0 1 00 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0
5
Compu 10
2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
tadores 00
0
4 4
Furadei 40 40
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0
ra 0 0
0 0
1 1
Guilhot 2 12 2 12
0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0
inas 0 00 0 00
0 0
1 1 1 1 1 1
75 45 15 90 45 75 45 1 15
TUG 5 5 3 5 6 3 5 5 5 3 5 5 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 00
0 0 0 0 0 0
Project 20 20
0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
or 00 00
2 2
Maquin 25 12
1 5 5
a de 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 5 50 0 0 0 0 0 0
0 0 0
soldar 0 0
0 0
2
Compr 0 20
0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
essor 0 00
0
3
Impress 73
2 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
ora 0
5
1
4
40 2 12
Motor 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 00
0
0
Potênci
2696 666 28076 10526 34690 21302 3852 576
a
TOTAL 102,384

Mecanica Auto

Sala dos
Sala de aula laboratoro corredor
Professores
Cargas
P Pt P Pt P Pt P Pt
Q Q Q Q
(w) (w) (w) (w) (w) (w) (w) (w)

5
4 1
Iluminação 2x36w 3 72 216 3 72 216 72 3168 720 7200
4 0
Carregador de bateria 0 0 0 0 0 0 2 750 1500 0 0 0
180
Suspe. Eletronica 0 0 0 0 0 0 1 1800 0 0 0
0
240 240
Ac 1 2400 1 2400 0 0 0 0 0 0
0 0
350
Elevador de carros 0 0 0 0 0 0 1 3500 0 0 0
0
Engenho de Furar 0 0 0 0 0 0 1 750 750 0 0 0
Balanceador de carros 0 0 0 0 0 0 1 735 735 0 0 0
bonba de água 0 0 0 0 0 0 1 150 150 0 0 0
270
Aspirador 0 0 0 0 0 0 1 2700 0 0 0
0
Alinhamentto
0 0 0 0 0 0 1 800 800 0 0 0
dedireção
120
termo 0 0 0 0 0 0 1 1200 0 0 0
0
injector diesel e
0 0 0 0 0 0 2 750 1500 0 0 0
gasolin
120
Motor elétrico 0 0 0 0 0 0 1 1200 0 0 0
0
150
Elevador de carros 2 0 0 0 0 0 0 1 1500 0 0 0
0
147
Elevador de carros 3 0 0 0 0 0 0 1 1470 0 0 0
0
Maq. Teste de
0 0 0 0 0 0 1 150 150 0 0 0
indução
Maq. Teste de velas 0 0 0 0 1 300 300 0 0 0
Potencia 2616 2616 22423 7200
TOTAL 34,855

Quimica

Sala dos
C8 C6 C4 corredor
professores
Cargas
P Pt P Pt P Pt P Pt P Pt
Q Q Q Q Q
(w) (w) (w) (w) (w) (w) (w) (w) (w) (w)
Iluminação 2 144
3 72 216 9 72 648 9 72 648 72 8 72 576
2x36w 0 0
Ventiladores 3 150 450 2 150 300 2 150 300 2 150 300 0 0 0
180 180 400 400 400 400 180 180
Ac 1 1 1 1 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0
100
Computadores 2 500 1 500 500 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0
120 105
TUG 5 150 750 8 150 7 150 5 150 750 0 0 0
0 0

6
Impressora 1 365 365 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Potência ( w ) 4581 6648 5998 4290 576
TOTAL (KW ) 22,093

Bloco Administrativo
Sala de
Quarita Secretaria Biblioteca Wc Corredor
director
Cargas P P P P P P
Pt Pt Pt Pt Pt Pt
Q (w Q (w Q (w Q (w Q (w Q (w
(w) (w) (w) (w) (w) (w)
) ) ) ) ) )
Iluminação 1 1
0 0 0 72 864 9 36 324 9 72 648 2 72 144 72 792
2x36w 2 1
Iluminação
2 40 80 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
1x40w
18 360 18 360 18 360
Ac 0 0 0 2 2 2 0 0 0 0 0 0
00 0 00 0 00 0
Computado 50 200
0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
res 0 0
Secador de 20 400
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0
mão 00 0
15 1 15 180 15 15 105 15
TUG 1 150 5 750 7 1 150 0 0 0
0 2 0 0 0 0 0 0
36 109
Impressora 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
5 5
Potência 230 9359 4674 5298 4294 792

TOTAL 24,647

Potencia Instalada total vai ser o somatório de todas as cargas previstas da instalação:
P = 440219 W

Como os aparelhos nunca funcionam todos ao mesmo tempo, temos de usar o chamado
factor de simultaneidade para que não sobredimencionemos o projecto, isto é, para que
não usemos materiais que suportem uma potência máxima (mais caros) quando sabemos
que nunca irá ocorrer, pois, como dissemos, os aparelhos nunca são postos em
funcionamento todos ao mesmo tempo.

Para o nosso caso (P = 440219 W) podemos dizer que o factor de simultaneidade é de


70%na hora do pico, então teremos:

7
P = Pi X 0.70 S = Pi/0.8 = KVA I = S/1.73*380 = A
P = 440 219 x 0,70 S = 308 153,3/ 0.8 I = 385.19/1.73*380
P = 308 153,3 W S = 385,19 KVA

I = 585.8 A. Com regulação que corresponde a corrente standart do aparelho de


protecção.

Para um factor de Potência médio de 0.8 à correspondente Potência aparente será de


aproximadamente 385.19 KVA, pelo que fixa se em 500 KVA a Potência standartizada
de funcionamento com cerca de 20% da Potência instalada em reserva para possíveis
flutuações de cargas que solicitará uma corrente de A com regulação até A.

ALIMENTAÇÃO DE ENERGIA
Tendo-se calculado uma potência de cerca de 500KVA, considera- se a alimentação a
partir de um cabo subterrâneo do PTP a ser instalado no recinto da fábrica até a casa das
máquinas e desta para os diverssos quadros eléctricos instalados nos blocosdo dos
edificios.

CABOS ALIMENTADORES DE BAIXA TENSÃO


A instalação será trifásica e os cabos alimentadores da rede de distribuição serão lançados
subterraneamente e em alguns casos os cabos estarão sobre a esteira metálica até aos
quadros respectivos.
Para a determinação da secção dos cabos alimentadores foram verificadas as condições
regulamentares seguintes:
Is < In < Iz 585.8 A < A< A
Iz x 1.45 A x 1.45
If < U < 5%
Intensidade da corrente
de serviço

In I
F
I I 1,

8
Sendo:
Is -Intensidade de corrente de serviço
In -Intensidade nominal do aparelho de proteção
Iz -Intensidade de corrente máxima admissível na canalização
If - Intensidade convencional de funcionamento do aparelho de proteção

BASES DE CÁLCULO

A instalação foi concebida de forma a permitir desempenhar, com eficiência e em boas


condições de segurança os fins a que ela se destina.
Tendo isso em atenção houve que optar por soluções que estivessem de acordo com as
necessidades e condições de utilização de cada um dos componentes da instalação.
Assim propôs-se dimensionar as canalizações desta instalação para a carga total máxima
estimada dos aparelhos de utilização que por elas poderão ser alimentados em utilização
simultânea levando já em linha de conta a previsão de cargas a serem utilizadas.
Pelos mesmos propósitos, consideraram-se variados coeficientes de simultaneidade para
os diferentes componentes da instalação, levando em linha de conta o estabelecido pelo
Artigo25 do RSICEE.

Quanto as quedas de tensão, e uma vez que o Regulamento prescreve que a queda
detensão máxima admissível, desde a origem até ao aparelho de utilização electricamente
mais afastado, não deve ser superior a 3/5% da tensão nominal consoante se trate de
circuitos de iluminação ou de circuitos para outros usos, assumiu-se para efeitos de
cálculos a queda de tensão a 3%.

Finalmente, quanto as correntes máximas admissíveis nos condutores tomaram-se por


baseas indicações dos fabricantes e as imposições regulamentares, enquanto para as
z
proteções,o seu dimensionamento foi imposto pela relação: IS ; In e If.

DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA
A partir do Quadro de Baixa tensão do PT, partem cabos do tipo VAV, enterrado
directamente no solo a uma profundidade não inferior a 40cm até a correte onde sobem
até a esteira preparada para o efeito. Nos locais de maior circulação de pessoas e bens

9
poderá serprotegido por tubos PVC110mm.
Os quadros eléctricos previstos para a oficina irão distribuir a corrente eléctrica através
de cabos previamente dimensionados a suportarem as correntes de solicitação das cargas
previstas na instalação.

INSTALAÇÕES INTERNAS
ALIMENTAÇÃO
A alimentação será executada apartir dos quadros, com cabos e condutores de tipo VAV e VV de
secção adequada.

INSTALAÇÃO ELÉCTRICA
A instalação será executada com condutores de cobre isolado a PVC, tipo H07V-U e VV
protegidos por tubos plásticos VD embebidos na construção ou abraçados directamente
nas paredes da construção.

Foram estabelecidos circuitos gerais para as armaduras de iluminação, para as tomadas


de uso geral, assim como circuitos especificos.
As secções mínimas de condutores a utilizar serão as seguintes:
Iluminação...........................................................................1,5mm²
Tomadas de uso Geral.........................................................2,5mm²
AC........................................................................................2,5mm²
Ventiladores............................................................................4mm²
Maquinaria diversa….......................................................4 a 6 mm²

As alturas de montagem em relação ao pavimento acabado para o material diverso


são asseguintes:
Interruptores....................................................................................................1,10 a 1,20m
Tomada de uso geral.......................................................................................0,05 a 0,30m
Tomadas acima de Bancada...............................................................................1,15 a 1,90m
Tomadas de aquecimento e ventilação............................................................1,90 a 2,40m

A instalação deverá ser executada seguindo-se o traçado apresentado nos respectivos


desenhos, em caso de alteração deverá ser do conhecimento do Projectista , do Fiscal e
do Dono da Obra.

10
ILUMINAÇÃO

ILUMINAÇÃO NORMAL
No estabelecimento dos circuitos de iluminação, com o traçado e secções indicados nos
desenhos do projecto, tiveram-se em conta as disposições regulamentares aplicáveis.

Os circuitos de iluminação dos troços embebidos nas paredes ou nos tectos e serão
constituidos por condutores H07 V-U 1.5mm2, protegidos por tubagem VD16.

Nos locais para instalação à vista, sobre os tectos falsos, os circuitos de iluminação serão
constituídos igualmente por intermédio de condutores H07V-U 1.5mm2, protegidos por
tubagem VD 20, ou por cabos do tipo VVD 3x1,5mm2 e VV 3x1,5mm2 fixos por
intermédio de braçadeiras adequadas.

As características dos circuitos e equipamentos de iluminação normal na generalidade dos


espaços obedeceram aos seguintes objectivos:
 Utilização de equipamentos com bom rendimento e elevado conforto visual;
Baixos consumos de energia;
 Lâmpadas de elevada longevidade;
 No dimensionamento da iluminação foram considerados os seguintes factores:
Níveis de iluminação compatíveis com as exigências da ocupação;
 Temperatura de cor da fonte luminosa e índice de restituição de cores permitindo
bom nível deconforto visual;
 Afastamento adequado dos aparelhos de iluminação, de modo a garantir uma
adequada uniformidade;
 As armaduras a utilizar serão equipadas, na generalidade, com lâmpadas
incandescentes ou fluorescente compactas.

CIRCUITOS DE TOMADAS PARA EQUIPAMENTOS EXPECIFICO


Os circuitos de tomadas de usos gerais e para equipamentos específicos obedecerão aos
critérios já expostos anteriormente, com origem nos respectivos quadros conforme os
esquemas eléctricos, de acordo com os traçados das plantas respectivas, de modo a
permitir uma distribuição equilibrada de cargas
Os circuitos de tomadas serão constituidos na generalidade, por condutores H07V-U
2.5/4mm2, protegidos por tubagem tipo VD 20, para instalação embebida, e/ou por cabos

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A05 VV 3G 2.5/4mm2, montados a vista por abraçadeiras apropriadas e embutidos na
vertical.
As tomadas monofásicas a utilizar em todos os locais para montagem embebida nas
paredes serão do tipo “schuco”com borne de terra, com In= 16 A e espelho isolante de
aperto por parafusos.

FORÇA MOTRIZ
Para alimentação de Electrobombas estão previstos circuitos independentes, bem como
para equipamento específico de força motriz.
As bombas de água deverão ser duas (2), montadas na câmara seca do depósito semi-
enterrado, a funcionarem alternadamente para garantir um descanso e prevenir a paragem
de fornecimento de água por avaria de uma das Bombas.

PROTECÇÃO
PROTECÇÃO DE CANALIZAÇÕES CONTRA CURTO-
CIRCUITOS ESOBRECARGAS

QUADROS ELÉCTRICOS
Todos os quadros previstos para a instalação serão de montagem embebida nos blocos
(A, C,D e E), de montagem saliente no bloco B, com visita pela frente e constituídos em
caixas pré- fabricadas do tipo PRISMA G, em chapa de aço zincado revestido a puliuretano,
providos paratransparentes, garantindo o invólucro um índice de protecção não inferior a IP 43.

O dimensionamento dos quadros foi feito de modo a suportar todos os circuito s previstos
para a sua área de influência e ainda mais 20% no mínimo de reservas equipadas e não
equipadas, para futuras funções e amplições.

Os circuitos disporão de protecção térmica e electromagnética individual, garantida por


disjuntor das marcas MERLIN GERIN ou LEGRAND, com poder de corte não inferior
a 5KA sob 380V e para os quadros de ventiladores, deverão estar munidos de
contactores/relés.

temporizados para garantir o arranque sequencial dos equipamentos, evitando deste modo
correntes de pico no momento de arranque.

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A protecção diferencial de média sensibilidade será garantida normalmente por grupos de
circuitos, por intermédio de interruptor diferencial, ou individualmente, por intermédio
de disjuntor diferêncial nos casos justificáveis.

A localização dos quadros eléctricos de distribuição está indicada nas plantas da


instalação.

Todos os quadros serão ser dotados de baramento de terra, ao qual serão ligados os
condutores de protecção, bem como a estrutura metálica do quadro.

As alimentações aos quadros eléctricos serão constituídas por intermédio de cabos tipo
VAV, protegidos por tubagem tipo VD 110mm.

PROTECÇÃO DO EDIFÍCIO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICASPARA-


RÁIOS
Se se constatar que na área não existe uma protecção contra descargas atmosféricas que
abranjam o complexo fabril, então, deverá ser protegido este edificio contra descargas
atmosfericas através de uma instalação denominada para-ráios, este deverá estar a altura
minima de 15m e deverá possuir um raio de acção minima de 80m.

A mesma será composta por poste de descarga e baixada executada com cobre nú
de70mm2 fixo por braçadeiras isolantes. Deverão ser instalados electródos de terra de
modo a obter uma resistência não superior a 15 Ohms.

PROTECÇÃO DE PESSOAS CONTRA CONTACTO INDIRECTO

Sistema de segurança de pessoas contra contactos indirecto, vulgarmente conhecido por


terras de protecção, será do regime de neutro TT, sendo a protecção das pessoas
assegurada pela ligação das massas à terra e pela utilização de aparelhos sensíveis à
corrente diferencial de média sensibilidade

O eléctrodo de terra de protecção das instalações será constituído por um conjunto de três
varetas de aço revestido a cobre, do tipo COPPERWELL, com 2.00m de comprimento,
dispostas em triângulo com 1,00 de lado e montadas verticalmente, interligadas entre si e
ao quadro, por intermédio de cabo de cobre de 50mm2, caso essa quantidade de eléctrodos
não seja satisfatório em termos de valor ohmico desejável deverá interligar os mesmos
até obter o valor pretendido.

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O cabo de cobre de 70mm2 emergirá junto ao ligador amovível, alojado em caixa metálica
adequada, sendo nesse local o cabo protegido por tubagem isolante, ao tipo ERFE 32,
desdea profundidade de 0.80m até à caixa do ligador amovível.
Na execução de toda a instalação deverão ser tomados cuidados especiais com a
montagem, a qual deverá ser feita em estreita observância das normas de segurança em
vigor em Moçambique.
Especial atenção deverá ser dada a ligação de todas as partes metálicas que não fazem
partedos circuitos eléctricas ligadas a terra, garantindo uma ligação equipotencial

LIMPEZA, LUBRIFICAÇÕES E POLIMENTOS


O Empreiteiro é responsável por entregar a Obra para, a sua recepção provisória, em
perfeito estado de limpeza, com todas as peças móveis e equipamentos lubrificados e
operacionais, pavimentos encerrados e polídos, vidros limpos, aparelhos sanitários limpos
e desinfectados tubagens desobstruidas e sem areias ou resíduos, pingos de tintas
removidos das superfícies,toda a aprelhagem de manobra, de tomadas e aparelhos de
iluminação sem pó nas superfícies superiores nem interiores.

CONDICIONAMENTOS

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE ELECTRICIDADE

CARACTERÍSTICA DA REDE DE BAIXA TENSÃO

As instalações deverão ser executadas em conformidade com as regras vigentes no País. A


instalação eléctrica terá as seguintes características:
Tensão Nominal 380/220V
Frequência 50Hz
Fases 3
Regime Neutro TT
Intensidade Máxima da lcc/seg 25KA
Valor Máximo Instantâneo da lcc no local de Montagem dos quadros 6KA

EQUIPAMENTOS
TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA
Será utilizado um transformador de potência com as seguintes características técnicas

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ESPECIFICAÇÃO DO POSTO DE TRANSFORMAÇÃO
O posto de transformação será constituído no mínimo por:
 Um Transformador de Potência de 500 KVA;
 Quadro de Baixa Tensão com disjuntor de baixa tensão segundo a indicação
nosdesenhos da especialidade.

CARACTERÍSTICAS ELÉCTRICAS DO TRANSFORMADOR


Tensão Nominal 33 KV
Tensão Mais Elevada 36 KV
Frequência Nominal 50 Hz
Correntes Nominais
 Do Barramento Geral 1000 A
 Das Celas
- Correntes de Curta Duração Admissíveis
 Corrente Limite Térmica (3seg) 16 KA
 Corrente Limite Dinâmica 40 KA
- Tensões dos Circuitos Auxiliares 0.22 KV
 Protecções e sinalizações 220V ca/cc

NORMAS A QUE DEVE OBEDECER


Total conformidade com as normas CEI, nomeadamente:
 CEI 298 - Aparelhagem sob invólucro metálico
 CEI 694 - Cláusulas comuns para aparelhagem M.T.
 CEI 56 - Disjuntores
 CEI 129 - Seccionadores
 CEI 185 - Transformadores de corrente
 CEI 186 - Transformadores de tensão
 CEI 265 - Interruptores
 CEI 282 - Fusíveis M.T.
 CEI 420 - Combinados Interruptor-seccionador-fusível M.T.
 CEI 801 - Controlo e comando

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TRANSFORMADOR
 O transformador ficará assente num perfil preparado para o efeito.
CARACTERÍSTICAS

Arrefecimento ONAN
Nº de fases 3
Instalação Exterior
Potência Nominal 500000 VA
Frequência 50 Hz
Tensão nominal primária 33000 V
Regulação (em vazio) +/-5 %
Tensão nominal secundária 400/230
Grupo de ligação Dyn11
Queda de tensão (75º C) c/ cos = 0,8 e cos 0,98 e3.09 %
Rendimento c/cos = 0,8 e cos= 1,0 (100% 98,95 e98,69% de carga)
Rendimento c/cos = 0,8 e cos= 1,0 (75% 99,13 e 99,91% carga)

GARANTIAS
Normas de fabrico (CEI) 76
A 75º C, na tomada média
Perdas em vazio 910W
Perdas devidas à carga 5700W
Tensão curto-circuito 4,0 %
Nivel de potência sonora (LWA) 64 K

MASSA E DIMENSÕES (APROX.)


Massa: Transformador / Oleo 840 Kg
Oleo 190 Kg
Total 1030 Kg
Dimensões: Comprimento ±1800 mm
Largura ±930 mm
Altura ±1450 mm

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ACESSÓRIOS

O transformador é fornecido com os seguintes acessórios:


 Terminais de alta tensão
 Barras de baixa tensão
 Comutador para regulação fora de tensão
 Rodados amovíveis e bi-direccionais
 Olhais de suspensão
 Terminal de terra

QUADRO GERAL DE BAIXA TENSÃO


GENERALIDADES
O Posto de Transformação deverá ser equipado com um quadro geral de Baixa Tensão, e deve
cumprir as respectivas normas

O quadro deverá ser do tipo armário, para montagem exterior, e as dimensões deverão
seros padrões do fabricante segundo as necessidades.
Este deverá ser executado em chapa de aço electro- zincada (anticorrosiva) de 2 mm de
espessura mínima, associada a um sistema de uniões de canto, que proporcione uma
construção com elevada robustez.
Deste modo eliminam-se os contactos acidentais, limita-se a probabilidade de defeitos
devidoa arco interno e evita-se a passagem de objectos sólidos entre compartimentos.
Os barramentos serão executados em barras simples ou duplas de cobre electrolítico,
apoiados em suportes fabricados a partir de polímeros de elevada qualidade, permitindo
responder a elevadas solicitações mecânicas e térmicas.
Deste modo podem garantir-se correntes de curto-circuito até 100 kA durante 1 segundo.
O barramento geral correrá na parte superior do quadro, com secção constante e ao longo
deste.
O barramento vertical dispor-se-á por trás das unidades funcionais ou lateralmente.

NORMAS
Total conformidade com as normas:
 CEI 439-1

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 BS 5486
 EN 60439-1
 VDE 0660

CARACTERÍSTICAS GERAIS
Tensão 400 V - 50 Hz
Barramento geral horizontal III+N calibre 1000 A
Barramentos secundários verticais III+N calibre 1000 A
Corrente de curta duração admissível 25 kA ef. 1 segundo
Grau de protecção IP20

A aparelhagem de corte e protecção será acessível pela frente e fixada à estrutura


porapoios adequados

CABO DE BAIXA TENSÃO


A interligação entre o Q.G.B.T. e o transformador deverá ser executada em cabo
respeitandonormas em vigor.
O cabo poderá ser do tipo monopolar ou multipolar do tipo a enterrar ou protegido
emcaleira/tubos apropriados VAV 2 (4X185+Tmm²).

CIRCUITOS DE TERRA
Serão fornecidos e montados 2 conjuntos de eléctrodos tipo Copperweld, um para a terra
de serviço e outro para a terra de protecção, com varetas em quantidade suficiente, de
maneira que a resistência de contacto seja inferior ao valor regulamentar (20 ohms).

ACESSÓRIOS REGULAMENTARES
 1 Par de luvas
 1 Tapete de borracha, dimensões 1000x500 mm
 1 Lanterna eléctrica recarregável
 1 Quadro de primeiros socorros
 1 Livro de registo de terras

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MATERIAL ELÉCTRICO
Dos diversos materiais e equipamentos a empregar no projecto, eis as características a
quedeverão obedecer
A fiscalização guiar-se-á por estas especificações, sendo todas as alterações e
substituiçõesreferidas a elas, só é possível quando tiverem a sua aprovação

TUBOS E ACESSÓRIOS
Os tubos a utilizar serão de secção recta circular, do tipo “PA” em policloreto de vinilo
ou em copolene a baixa pressão para utilização até temperatura máxima de 70º C. Os
acessórios deverão ser apropriados para os tubos acima especificado

CABOS, CONDUTORES E ACESSÓRIOS


Os condutores e cabos condutores, deverão obedecer às normas de fabrico em vigor,
sendo as características dos mais utilizados, apresentados no anexo.
Os acessórios a usar, deverão ser apropriados para uso com os cabos e condutores
utilizados

CAIXAS E ACESSÓRIOS
As caixas de derivação, interior ou exterior, serão em “PVC” de cor creme, com as
dimensões apropriadas ao número de condutores ou cabos a serem ligados a esse ponto.
As caixas de aparelhagem serão em “PVC”, apropriadas aos aparelhos de corte e
comandosutilizados.

APARELHAGEM DE LIGAÇÃO
As tomadas a utilizar serão de 16A, 250V, 50Hz, e de 25A, próprias para montagem em
caixa de embeber ou caixa saliente, providas de contacto de terra ao qual se ligará o
condutor de instalação.
Os tipos de tomadas a empregar, serão os seguintes:
 2P+T
 3P+N+T

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APARELHAGEM DE CORTE OU COMANDO
Todos os interruptores, inversores e comutadores serão do tipo “basculante”, para montar
em caixa de embeber ou saliente, com tampa isolante (em cor a indicar pela fiscalização
da obra) com
fixação por parafuso. Todos os elementos serão dimensionados para 10 A, 250V, 50Hz,
do tipo silencioso.
Os elementos de comando ou manobra, deverão ser fixados às caixas de embeber, por
meio de parafusos ou garras
O Empreiteiro (Concorrente) deverá inteirar-se das condições existentes no local, que
pelas informações disponibilizadas pelo Dono da Obra quer por sua iniciativa de forma a
aperceber- se de eventuais condicionantes e explicitar na sua proposta restrições ou
encargos suplementares.
No caso de na sua proposta nada referir, considera-se que tomou conhecimento perfeito
das condicionantes impostas pelo local da obra, seus espaços circundantes respectivos
acessos eque considera não haver restrições á execução da empreitada e estarem incluidos
na sua proposta todos os encargos necessários.

Todos os trabalhos constantes na presente Memória Descritiva, deverão ser executados


de acordo com as normas e legislação em vigor na República de Moçambique não
devendo constituir razão à má execução pelo empreiteiro de qualquer omissão aqui
constante.
Caso na execução do presente projecto surjam problemas de interpretação ou que
eventualmente necessitem de clarificação, os mesmos serão prontamente resolvidos pelo
Projectista.

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