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Universidade Zambeze

Faculdade De Engenharia

Departamento de Engenharia Electrotécnica

Curso De Engenharia Eléctrica 3⁰ Ano Laboral

Semestre: II

PROJECTO ELÉCTRICO DE UMA NAVE FABRIL PARA FINS DE


PRODUÇÃO DE VIATURAS

Discente:

Jonasse Zezelito Salvador

Docente:

Eng⁰ Hélio Machava

Beira

2023
Lista De Abreviaturas
R.S.I.U.E.E- Regulamento de Segurança das Instalações de Utilização de Energia
Eléctrica

RTIEBT Regras Técnicas das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão

SRE- Sem Riscos Especiais

THU- Temporariamente Húmido

TUG- Tomadas De Uso Geral

TUE- Tomadas De Uso Especifico

FS- Factor De Simultaneidade

QGD- Quadro Geral De Distribuição

QP- Quadro Parcial

DPS-Dispositivo de Protecção Contra Surtos

IDR-Interruptor Diferencial Residual

– Corrente de serviço

– Corrente nominal

– Corrente máxima admissível corrigida na canalização

Imax- Corrente máxima admissível na canalização


Icc- Corrente de curto-circuito

Uc- Tensão máxima de funcionamento

Up- Tensão de protecção

Un- Tensão nominal

-Intensidade convencional de funcionamento

- Intensidade convencional de não funcionamento


Lista De Tabelas
Quadro1: cálculo luminotécnico-------------------------------------------------------------------------10

Tabela 2 Numero de pontos de iluminação geral----------------------------------------------------- 10

Tabela 3 Pontos de iluminação de emergência-------------------------------------------12

Tabela 3: Número de pontos TUG/TUE----------------------------------------------------- 30


Quadro2: Quadro de cargas na instalação--------------------------------------------------- 31

Lista De Figuras

Figura 1 Iluminação de emergência-------------------------------------------------------------------16

Figura 2 Iluminação pontual---------------------------------------------------------------------------17

Figura 3 Iluminação exterior---------------------------------------------------------------------------18

Figura 4 Subestação abrigada--------------------------------------------------------------------------37

Figura 5 Gerador a diesel-------------------------------------------------------------------------------54

Figura 6 Ilustração sensor de presença---------------------------------------------------------------55

Figura 7 Diagrama ilustrativo foto célula------------------------------------------------------------56


Índice
Lista De Abreviaturas ....................................................................................................... 2

Lista De Tabelas ............................................................................................................... 3

I. Memoria Descritiva e Justificativa ................................................................................ 8

1.1 Introdução ................................................................................................................... 8

1.2 TERMO DE RESPONSABILIDADE ....................................................................... 8

1.3 Objectivos ................................................................................................................... 9

1.3.1 Objectivo Geral........................................................................................................ 9

1.3.2 Objectivos Específicos ............................................................................................ 9

2.1 Caraterísticas da Instalação ...................................................................................... 11

2.3 Classificação dos Locais ........................................................................................... 11

2.4 Ligação A Rede De Distribuição De Energia ........................................................... 12

2.5 Temperatura Media da Zona..................................................................................... 12

2.6 Descrição e Organização do Projeto ......................................................................... 13

2.7 Normas e Regulamentos ........................................................................................... 13

3 Iluminação ................................................................................................................... 13

3.1 Iluminação Geral (I.G) ............................................................................................. 13

3.1.2 Número de Pontos De Iluminação ......................................................................... 14

3.2 Iluminação de Emergência ou Permanente (I.Pe) .................................................... 14

3.3 Iluminação Pontual ................................................................................................... 16

3.4 Iluminação Para Caso De Corte (I.C) ....................................................................... 17

3.5 Iluminação de Exterior ............................................................................................. 17

4 Dimensionamento Eléctrico ........................................................................................ 18

4.1 Divisão De Cargas Em Bloco ................................................................................... 18

4.2 Cálculo De Demanda ................................................................................................ 20

4.2.1 Cálculo De Demanda De Motores ......................................................................... 21


4.2.1.1 Sector De Carga 01 (CCM1) .............................................................................. 22

Cálculo Da Corrente De Serviço No CCM1 ........................................................... 24

4.2.1.2 Sector De Carga 02 (CCM2) .............................................................................. 24

Cálculo Da Corrente De Serviço No CCM3 ........................................................... 31

4.2.1.3 Sector De Carga 03 (CCM3) .............................................................................. 31

Cálculo Da Corrente De Serviço No CCM3 ........................................................... 32

4.2.3 Dimensionamento do QDL.................................................................................... 33

4.2.3.1 Potências a Considerar........................................................................................ 33

4.2.3.2 Factor de Simultaneidade ................................................................................... 34

4.2.3.3 Cálculo do Numero de Pontos De Tomada ........................................................ 34

Cálculo Da Corrente De Serviço No QDL .............................................................. 36

4.2.3.5 Dimensionamento do Quadro Geral de Força (QGF) ........................................ 37

4.2.3.6 Calculo Da Potência Necessária Do Transformador Da Subestação (SE) ...... 37

Cálculo Da Corrente De Serviço (De Entrada) do QGF e Dimensionamento do


Condutor de Entrada ....................................................................................................... 38

4.2.3.7 Corrente Máxima Admissível Na Canalização .................................................. 38

4.2.3.8 Protecção Da Canalização Contra Sobrecarga .................................................. 39

4.2.3.9 Quedas de Tensão ............................................................................................... 40

4.2.3.10 Cálculo Da Resistência A Jusante Do Cabo De Entrada Ao Quadro Geral De


Força ............................................................................................................................... 42

4.2.3.11 Cálculo Do Tempo De Corte Da Corrente De Curto-Circuito (Icc)................. 42

4.3 Dimensionamento De Cabos para Quadros dos CCM1, CCM2 e CCM3 ................ 43

4.3.1 Quadro Do CCM1 ................................................................................................. 43

4.3.1.1 Queda de Tensão ................................................................................................ 43

4.3.2 Quadro Do CCM2 ................................................................................................. 44

4.3.2.1 Queda de Tensão ................................................................................................ 44

4.3.3 Quadro Do CCM3 ................................................................................................. 44

4.3.3.1 Queda de Tensão ................................................................................................ 45


4.4 Dimensionamento De Fusíveis, Contatores E Relés Para Proteção Dos Motores ... 45

4.4.1 Motores De 5CV .................................................................................................... 45

4.4.2 Motores De 10CV .................................................................................................. 46

4.4.3 Motores De 15CV .................................................................................................. 47

4.4.4 Motores De 20CV .................................................................................................. 48

4.4.5 Motores De 30CV .................................................................................................. 49

4.5 Dimensionamento Dos Condutores Para Circuitos Terminais ................................. 50

4.5.1 Motores De 5CV .................................................................................................... 50

4.5.2 Motores De 10CV .................................................................................................. 50

4.5.3 Motores De 15CV .................................................................................................. 51

4.5.4 Motores De 20CV .................................................................................................. 52

4.5.5 Motores De 30CV .................................................................................................. 52

4.6 Dimensionamento Do Gerador Eléctrico Para Caso De Corte De Energia .............. 53

4.7 Instalação De Sensores De Presença ..................................................................................... 55


4.8 Instalação De Foto-Células Para Redução Do Consumo De Energia Eléctrica ...................... 56
4.9 Elétrodo de Terra .................................................................................................................. 56
PROJECTISTA: Jonasse Salvador

Contacto: +258846536640/848831460

Correio Electrónico: jonassesalvador@gmail.com

Beira-Moçambique
8

I. Memoria Descritiva e Justificativa

1.1 Introdução

Refere-se a presente Memória Descritiva e Justificativa ao projeto das Instalações


Eléctricas Industriais de Baixa Tensão , para fins de implantação de uma nave fabril na
cidade da Beira, destinada a trabalhos de mecânica geral, fresagem e torneamento,
soldadura geral, soldadura de precisão, fundição e moldagens de peças, zona de
montagem e acabamento de viaturas entre outros. Todas as prescrições apresentadas são
resultado de escolha criteriosa e no cumprimento de toda a legislação pertinente em
vigor, nomeadamente nas Regras Técnicas das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão
(RTIEBT), e do Regulamento de Segurança de Instalações de Utilização de Energia
Eléctrica (RSIUEE).

Em conformidade, descrevem-se e justificam-se neste relatório as opções técnicas


tomadas, e apresentam-se os cálculos efetuados para o dimensionamento das soluções
recomendadas. A Empresa responsável na instalação eléctrica deverá seguir o disposto
nos regulamentos e exigências normativas específicas, bem como ter o conhecimento
das luminárias, condutores eléctricos, dispositivos de proteção de circuitos, entre outros
materiais que serão usados na execução do projecto para garantir segurança da
instalação, portanto, em caso de haver alguma necessidade de alteração deverá
previamente fazer se uma consulta no que concerne as normas técnicas das instalações
eléctricas de baixa tensão.

1.2 TERMO DE RESPONSABILIDADE


Eu, abaixo assinado, Jonasse Zezelito Salvador, Engenheiro Eléctrico, formado pela
Universidade Zambeze, declaro que tomo toda a responsabilidade civil e criminal que,
em virtude das disposições legais, possa resultar da exploração das instalações eléctricas
existentes do projecto eléctrico da nave fabril, bem como do estabelecimento e da
exploração das instalações que o mesmo venha a estabelecer, desde que, quanto a estas,
os documentos que constituam os projectos necessários para a concessão das respectivas
licenças sejam por mim assinados.
9

Declaro também que esta minha responsabilidade durará enquanto aquelas instalações

Estiverem em exploração, salvo declaração expressa em contrário.

Data 20/11/2023

(Jonasse Zezelito Salvador)

1.3 Objectivos

1.3.1 Objectivo Geral


 Fornecer energia elétrica confiável e segura para alimentar todos equipamentos
e processos enovolvidos na produção de viaturas.

1.3.2 Objectivos Específicos

 Dimensionar corretamente a capacidade de energia elétrica necessária para


suportar a demanda dos equipamentos e processos;
10

 Implementar sistemas de protecção contra sobrecargas, curto-circuitos e outros


problemas eléctricos;
 Instalar iluminação adequada nos espaços de trabalho, garantindo uma boa
visibilidade e segurança dos trabalhadores;
 Cumprir com as normas de segurança de instalações eléctricas, bem como as
regulamentações especificas do sector automotivo;
11

2.1 Caraterísticas da Instalação


A nave fabril é constituída por:

PARTE I

 Salão de trabalho;
 Sala de Máquinas de soldadura de precisão;
 Sala de Máquinas de fundição;
 2 Corredores;
 Armazém de pecas mecânica geral;
 Sala de Mecânica e soldadura Geral;
 2 Corredores;
 3 WCs.

PARTE II

 Escritório ;
 Administração e Finanças ;
 2 Circulações;
 1 WC;
 2 Corredores;
 Sala de reuniões.

2.3 Classificação dos Locais

A classificação dos locais quanto ao ambiente foi considerada de acordo com o Art.º
359 do RSIUEE. Quanto a sua utilização foi considerada de acordo com o Art.º 83
alínea b) e Art.º 97 do RSIUEE, enquadrando-se esses edifícios nos locais
Residenciais, de uso Profissional ou Estabelecimentos industriais.

QUANTO A
LOCAL QUANTO AO AMBIENTE UTILIZAÇÃO
Salão de trabalho
AMI+RIN+REX Industrial
Sala de Máquinas de
soldadura de precisão AMI+RIN+REX Industrial
Sala de Máquinas de
AMI+RIN+REX Industrial
12

fundição
Corredores
SER Industrial
Armazém de pecas
mecânica geral SER Industrial
Sala de Mecânica e
soldadura Geral AMI Industrial
WC
THU Industrial
Escritório
SER Industrial
Administração e
Finanças SER Industrial
Sala de reuniões
SER Industrial

Tabela 1 Classificação Dos Locais

2.4 Ligação A Rede De Distribuição De Energia


Segundo o Art.º 420 do RSIUEE (Número de fases das instalações). As instalações de
utilização, alimentadas a partir de redes de distribuição públicas, cuja potência total
exceda 6,6 kVA, serão trifásicas, salvo acordo prévio do distribuidor.

A alimentação da referida nave será feita a partir de um poste de transformação de da


SE instalada na referida fabrica e com base na potência instalada do disposto anterior, o
edifico suportará o sistema trifásico, através de um condutor de 4 300mm² RZ1-K,
código (1992121) da general cables para entrada (coluna a montante).

2.5 Temperatura Media da Zona


Em qualquer instalação elétrica, seja ela residencial o industrial, o factor temperatura é
muito importante ter em consideração, pois, devido a variação da mesma, regista-se
uma alteração nalguns parâmetros, como e o caso da condutividade eléctrica. Quando
negligenciado, pode vir afectar negativamente na instalação. A temperatura média em
uma determinada zona onde pretende-se fazer uma instalação, ajuda achar os factores de
correção de temperatura para os condutores, devido ao facto de os parâmetros nominais
dos condutores não serem constante na realidade.

Portanto a temperatura média na cidade da Beira varia entre os 20⁰C a 25⁰C.


13

2.6 Descrição e Organização do Projeto


O projeto está organizado de forma sequenciada, possui a primeira parte que dá a
entender as características gerais da instalação, e segunda parte que diz respeito ao
dimensionamento eléctrico da instalação.

2.7 Normas e Regulamentos


Art.º 359- (classificação dos locais quanto ao ambiente) RSIUEE

Art.º 426- (Secção mínima dos condutores das canalizações) RSIUEE

Art.º 420 (Número de fases das instalações) RSIUEE

Art.º 83 alínea b) / Art.º 97 (classificação dos locais quanto a sua utilização) RSIUEE

Art.º 435 (Numero de divisões principais) RSIUEE

Art.⁰ 580 (intensidade nominal dos aparelhos de protecção contra curtos) RSIUEE

Art.º 576 (Localização Das Protecções Contra Sobreintensidades) RSIUEE


Art.º 577.° (Protecção Contra Sobrecargas De Canalizações) RSIUEE
Art. 353.° (Alimentação de instalações de emergência de segurança) RSIUEE
Art. 354.° (Alimentação por grupos motor-gerador) RSIUEE

Secção 51 (801.3.1.1-4 Iluminação de emergência ) RTIBT


NP 4386 2014 Iluminação vertical nas plantas de emergência
EN 12464-1 Qualidade da iluminação dos postos de trabalho e o ambiente

3 Iluminação
3.1 Iluminação Geral (I.G)
Com vista a proporcionar um ambiente luminoso seguro aos operadores da nave fabril,
alguns aspetos importantes terão de ser levados em consideração na escolha das
armaduras e colocação das mesmas, a escolha desses componentes e seu
dimensionamento é um factor muito importante à ser considerado, pois uma iluminação
não segura pode vir a criar dificuldades aos operadores em relação ao uso dos
equipamentos da indústria, e devido isso reduzir a qualidade na produção, razão pela
qual ao se fazer o calculo luminitécnico é necessário seguir toda regulamentação para
evitar cometer tais erros, assim sendo, o projecto será considerado bem dimensionado
quando for a cumprir com as exigências abaixo:
14

 Nível de iluminação necessário em cada compartimento dependendo das suas


características e utilização;
 Uniformidade da iluminação;
 Evitar sombras indesejáveis;
 Evitar superfícies com iluminação insuficiente ou excessiva;

A potência de iluminação será calculada baseando-se no cálculo luminotécnico, por


meio de uma tabela através do software Excel com introdução de possíveis fórmulas,
após isso será apresentado a tabela final com os resultados já obtidos.

3.1.2 Número de Pontos De Iluminação

Tabela 2 Pontos de iluminação geral por compartimento

PONTOS DE ILUMINAÇÃO
COMPARTIMENTO GERAL
Salão de trabalho 50

Sala de Máquinas de soldadura de precisão 10


Sala de Máquinas de fundição 8
Corredor 2 1
Armazém de peça mecânica geral 8
Sala de Mecânica e soldadura Geral 6
WC1 1
WC2 1
WC3 1
Corredor 1 1

Escritório 4
Administração e Finanças 6
Circulação 1 3
Circulação 2 2
WC4 3
Sala de reuniões 10
Total 113

3.2 Iluminação de Emergência ou Permanente (I.Pe)

Secção 51
15

801.3.1.1 Em estabelecimentos industriais onde trabalhem mais de 200 pessoas deve ser
prevista iluminação de segurança de circulação, que satisfaça às regras indicadas nas
secções 801.3.1.2 a 801.3.1.4.

801.3.1.4.
Na determinação do número de pessoas deve considerar-se o que pode existir,
simultaneamente, num edifício, e não na totalidade dos edifícios que podem constituir o
estabelecimento industrial.

801.3.1.2 Nos caminhos de evacuação devem ser instalados aparelhos de iluminação de


segurança por forma a facilitar a evacuação das pessoas e a intervenção dos bombeiros.
Esses aparelhos de iluminação devem entrar automaticamente em serviço em caso de
interrupção da alimentação normal do edifício.

801.3.1.3 O número e a localização dos aparelhos da iluminação de segurança devem


ser escolhidos tendo em conta as configurações das comunicações horizontais e
verticais e a necessidade de garantir a visibilidade dos indicativos de segurança nelas
existentes.
801.3.1.4 Os aparelhos da iluminação de segurança podem ser do tipo blocos
autónomos ou serem alimentados por uma fonte central de segurança

NP 4386 2014 De forma a alcançar suficiente a visibilidade e legibilidade, a


iluminação vertical nas plantas de emergência não deve ser inferior a 50 lux fornecida
pela iluminação normal. Nos locais onde e fornecida iluminação de emergência em caso
de falha de iluminação normal , a iluminação não deve ser inferior a 5 lux a vertical da
planta. No projecto as LEDs de emergência serão alimentadas por um banco de
baterias, podendo ser de lítio ou zinco recarregáveis.

Tabela 3 Pontos de iluminação emergência por compartimento

PONTOS DE ILUMINAÇÃO
COMPARTIMENTO DE EMERGÊNCIA
Salão de trabalho 10

Sala de Máquinas de soldadura de precisão 1


Sala de Máquinas de fundição 1
16

Corredor 2 1
Armazém de peça mecânica geral 1
Sala de Mecânica e soldadura Geral 1
WC1 1
WC2 1
WC3 1
Corredor 1 1

Escritório 1
Administração e Finanças 2
Circulação 1 2
Circulação 2 1
WC4 1
Sala de reuniões 3
Total 39

Figura 1 Iluminação de emergência

3.3 Iluminação Pontual


A norma Europeia EN 12464-1, estabelece a qualidade da iluminação dos postos de
trabalho e o ambiente que com eles se relacionam directamente. Inclui também tabelas
com requisitos de iluminação de acordo com o tipo de trabalho e o grau de exigência de
visibilidade para a tarefa. Em uma instalação após algum tempo de utilização a
luminosidade diminui devido a queda do rendimento luminoso da lâmpada, a possível
falha do sistema electrónico ou da lâmpada, entre outros factores. A norma EN 12464-1
prevê que no desenvolvimento de uma solução de iluminação, seja utilizado um factor
de manutenção para compensar essa redução. Neste caso, deverá ser prevista pontos de
17

iluminação direcionada a diversas tarefas da nave fabril de modo a proporcionar os


ambientes mais iluminados, visando a facilitar os trabalhos na indústria.

Figura 2 Iluminação pontual

3.4 Iluminação Para Caso De Corte (I.C)


A implementação de iluminação em caso de corte de energia em uma indústria
automobilística é fundamental para garantir a continuidade das operações e a segurança
dos funcionários. Isso pode ser alcançado através da instalação de circuitos de
iluminação alimentados por fontes de energia independentes, como geradores ou
sistemas UPS, que fornecem energia para as luminárias e lâmpadas mesmo durante
cortes de energia. Além disso, é importante considerar a distribuição adequada da luz, o
uso de lâmpadas LED eficientes em termos de energia e a realização regular de
manutenção para garantir o funcionamento adequado do sistema.

3.5 Iluminação de Exterior


As áreas externas das instalações industriais em geral são iluminadas por projetores
fixados em postes ou nas laterais do conjunto arquitectónico da fábrica. O método mais
adequado para aplicação de projetores em áreas externas é o método do ponto por
ponto, cuja fórmula para cálculo é a seguinte:

Onde:

E – iluminação percentual no ponto considerado;

K - fator da luminária fornecido no diagrama isolux da luminária empregada;


18

Φ - fluxo luminoso da lâmpada, em lumens;

N - número de lâmpadas/luminária;

H - altura de montagem da luminária.

Para o caso, devera ser previsto 6 pontos pontos de iluminação exterior na nave,
mediante o uso de projectores fixados em postes, ou fixados directamente na parede
como dito anteriormente. Cada poste deve possuir 4 desses projectores para que haja
uma iluminação sem penumbras, neste caso, um na parte frontal e um na parte traseira
da nave, nas laterais possuindo dois postes, as lâmpadas deverão possuir um sistema
autónomo de energia através de painéis solares ligados as mesmas.

Figura 3 Iluminação exterior

4 Dimensionamento Eléctrico

4.1 Divisão De Cargas Em Bloco


Para que haja um bom dimensionamento o numero dos quadros parciais da industria
em causa, serão determinados de acordo com o numero de blocos assim escolhidos na
planta baixa, essa divisão permite uma localização adequada desses quadros.

Com base na planta baixa com a disposição das máquinas, deve-se dividir a carga em
blocos. Cada bloco de carga, também denominado Sector de Carga, deve corresponder a
um quadro de distribuição terminal com alimentação, comando e proteção
individualizados. A escolha dos blocos de carga, em princípio, é feita considerando-se
19

os sectores individuais de produção, também denominados Sectores de Produção, bem


como a grandeza de cada carga de que são constituídos, para avaliação da queda de
tensão.

Sector Constituição Tipo de carga Numero de máquinas

Sala de maquinas de Maquinas de torneamento 5


Sector de Carga torneamento
Sala de maquinas de Maquinas de fresagem 5
01
fresagem
Maquina de solda 3

Maquina de balanceamento de 2
rodas

Maquina de alinhamento de 2
direcção

Sala de mecânica Compressor de ar 2


geral, soldadura geral
Maquina de lixamento 1

Maquina de pintura 2

Maquina de montagem 1

Maquina de inspecção 1

Esteira transportadora 1
Sector de Carga
Sala de acabamento e Esteira Transportadora 1
02
montagem de viaturas
Sala de maquinas de Maquinas de fundição 4
fundição
Sector de Carga Maquina de soldadura de 2
Sala de maquinas de precisão
03
precisão
Iluminação -
WC1,2,3
Iluminação -
Corredor 1,2
Iluminação -
Salão de trabalho
Armazenamento de Iluminação -
pecas
Iluminação -

Climatização -
Escritório
Iluminação -

Climatização -
Sala de reuniões
Iluminação -
Circulação 1,2
QDL Iluminação -
Administração e
20

finanças Climatização -

Iluminação -
WC4

Código Utilização Numero de n (rpm) U (v) P (CV) Rendimento


máquinas

Maq.1 Torno 5 2000 380 10 92.5


industrial

Maq.2 Fresadora 5 1500 380 15 93

Maq.3 Maquina de 3 - 380 10 87.5


soldar

Maq.4 Maquina de 2 2500 380 15 95


balanceamento
de rodas

Maq.5 Maquina de 2 4000 380 10 90.2


alinhamento
de direcção

Maq.6 Compressor 2 3000 380 5 85

Maq.7 Lixadeira 1 1600 380 5 85

Maq.8 Maquina de 2 3000 380 15 66


pintura

Maq.9 Maquina de 1 3000 380 30 95


montagem

Maq.10 Maquina de 1 1000 380 5 85.5


inspeção

Maq.11 Maquina de 4 1000 380 10 87


fundição

Maq.12 Máquina de 3 300 380 10 90.5


soldadura de
precisão

Maq.13 Esteira 1 1000 380 20 90


transportadora

Tabela esp maquinas 1

4.2 Cálculo De Demanda


O cálculo da demanda de energia de uma indústria é um processo crucial para
dimensionar adequadamente a capacidade e a infraestrutura elétrica necessária para
atender às necessidades de operação da empresa. Esse cálculo envolve uma análise
21

detalhada dos equipamentos, processos e padrões de consumo de energia da indústria, a


fim de garantir um fornecimento confiável de eletricidade.

A demanda de energia pode ser definida como a quantidade máxima de energia elétrica
que a indústria precisa em um determinado momento. Esse valor é geralmente medido
em quilowatts (kW) ou KVA e é fundamental para determinar a capacidade do
fornecimento de energia eléctrica que a empresa deve contratar junto a concessionaria
ou fornecedores independentes.

4.2.1 Cálculo De Demanda De Motores


O cálculo da demanda de motores elétricos para o acionamento de máquinas em uma
indústria automobilística é um processo fundamental para garantir a eficiência e a
produtividade do sistema. Esse cálculo envolve uma série de fatores e considerações
importantes, que podem ser resumidos da seguinte forma:

 Identificação das Máquinas e Equipamentos

Identificar todas as máquinas e equipamentos que serão acionados por motores elétricos
na indústria automobilística. Isso pode incluir prensas, esteiras transportadoras,
máquinas de solda, sistemas de ventilação, entre outros.

 Levantamento de Dados Técnicos

Para cada máquina, é necessário colectar informações técnicas, como potência nominal,
tempo de operação, fator de potência, corrente de partida, e outras especificações
relevantes. Esses dados são essenciais para o cálculo da demanda.

 Cálculo da Demanda Individual

Com base nas informações coletadas, é possível calcular a demanda de cada motor
elétrico individualmente. Isso envolve o cálculo da potência aparente (VA) e da
potência ativa (W) necessárias para operar cada máquina.

 Cálculo da Demanda Total

A demanda total da indústria automobilística é calculada somando as demandas


individuais de todos os motores elétricos. Isso proporciona a potência total necessária
para o funcionamento de todas as máquinas da fábrica.
22

Assim, para efeitos de calculo será usada a seguinte formula:

( )

Onde:

– e a demanda individual dos motores em kVA ;

( ) –potencia nominal do motor em cavalo-vapor;

– factor de utilização de cada motor;

–demanda do conjunto ou demanda do centro de controle de motores;

– factor de simultaneidade de cada motor;

–numero de motores.

4.2.1.1 Sector De Carga 01 (CCM1)

1) Torno Industrial (M1A)

Numero de maquinas: 5

Potencia do motor: 10CV

Rendimento do motor: 92.5%

Velocidade de rotação do rotor: 2000 rpm

Tensão de linha (U): 380V

Numero de polos do motor: IV

Factor de potencia: 0,85

Corrente nominal (In): 15,4A

Relação corrente nominal/corrente de partida (In/Ip): 6,6

Factor de simultaneidade (5 motores): 0,75

Factor de utilização: 0,83


23

0,75 5 26,325KVA

2) Fresadora (M1B)

Numero de maquinas: 5

Potencia nominal do motor: 15CV

Rendimento do motor: 93%

Velocidade de rotação do rotor: 1500 rpm

Tensão de linha (U): 380V

Numero de polos do motor: IV

Factor de potencia: 0,85

Corrente nominal (In): 26A

Relação corrente nominal/corrente de partida (In/Ip): 7,8

Factor de simultaneidade (5 motores): 0,75

Factor de utilização: 0,83

0,75 5 39,5KVA

26,325 39,5

65,825KVA
24

 Cálculo Da Corrente De Serviço No CCM1


A determinação da corrente de serviço no CCM1 será com base na demanda total
calculada;

= =

4.2.1.2 Sector De Carga 02 (CCM2)

1) Lixadeira (M2A)

Número de máquinas: 1

Potência nominal do motor: 5CV

Rendimento do motor: 83%

Velocidade de rotação do rotor: 1720 rpm

Tensão de linha (U): 380V

Número de polos do motor: IV

Factor de potência: 0,83

Corrente nominal (In): 7,9A

Relação corrente nominal/corrente de partida (In/Ip): 7

Factor de simultaneidade (1 motores): 1

Factor de utilização: 0,83

1 1 KVA
25

Máquina de Pintura (M2B)

Número de máquinas: 2

Potência nominal do motor: 15CV

Rendimento do motor: 86%

Velocidade de rotação do rotor: 3000 rpm

Tensão de linha (U): 380V

Número de polos do motor: IV

Factor de potência: 0,85

Corrente nominal (In): 26A

Relação corrente nominal/corrente de partida (In/Ip): 7,8

Factor de simultaneidade (2 motores): 0,85

Factor de utilização: 0,83

0,85 2 21,318KVA

Máquina de Montagem (M2C)

Número de máquinas: 1

Potência nominal do motor: 30CV

Rendimento do motor: 90%

Velocidade de rotação do rotor: 3000 rpm


26

Tensão de linha (U): 380V

Número de polos do motor: IV

Factor de potência: 0,85

Corrente nominal (In): 43,3A

Relação corrente nominal/corrente de partida (In/Ip): 6,8

Factor de simultaneidade (1 motores): 1

Factor de utilização: 0,87

1 1 KVA

Maquina de Inspecção (M2D)

Número de máquinas: 1

Potência nominal do motor: 5CV

Rendimento do motor: 83%

Velocidade de rotação do rotor: 1000 rpm

Tensão de linha (U): 380V

Número de polos do motor: IV

Factor de potência: 0,83

Corrente nominal (In): 7,9A

Relação corrente nominal/corrente de partida (In/Ip): 7

Factor de simultaneidade (1 motores): 1


27

Factor de utilização: 0,83

1 1 KVA

Máquina de Soldar (M2E)

Número de máquinas: 3

Potência nominal do motor: 10CV

Rendimento do motor: 86%

Velocidade de rotação do rotor: 1000 rpm

Tensão de linha (U): 380V

Número de polos do motor: IV

Factor de potência: 0,83

Corrente nominal (In): 15,4A

Relação corrente nominal/corrente de partida (In/Ip): 6,6

Factor de simultaneidade (3 motores): 0,85

Factor de utilização: 0,85

0.85 3 KVA

Máquina de balanceamento de rodas (M2F)


28

Número de máquinas: 2

Potência nominal do motor: 1,5CV

Rendimento do motor: 81%

Velocidade de rotação do rotor: 1715 rpm

Tensão de linha (U): 380V

Número de polos do motor: IV

Factor de potência: 0,65

Corrente nominal (In): 2,2A

Relação corrente nominal/corrente de partida (In/Ip): 5,7

Factor de simultaneidade (3 motores): 0.85

Factor de utilização: 0,85

0.85 2 ,57KVA

Máquina de Alinhamento de direcção (M2G)

Número de máquinas: 2

Potência nominal do motor: 10CV

Rendimento do motor: 86%

Velocidade de rotação do rotor: 1000 rpm

Tensão de linha (U): 380V

Número de polos do motor: IV

Factor de potência: 0,83


29

Corrente nominal (In): 15,4A

Relação corrente nominal/corrente de partida (In/Ip): 6,6

Factor de simultaneidade (3 motores): 0,85

Factor de utilização: 0,85

0.85 2 KVA

Maquina de Inspecção (M2H)

Número de máquinas: 2

Potência nominal do motor: 5CV

Rendimento do motor: 83%

Velocidade de rotação do rotor: 1000 rpm

Tensão de linha (U): 380V

Número de polos do motor: IV

Factor de potência: 0,83

Corrente nominal (In): 7,9A

Relação corrente nominal/corrente de partida (In/Ip): 7

Factor de simultaneidade (1 motores): 0,85

Factor de utilização: 0,83


30

0,85 2 KVA

Esteira Transportadora (M2I)

Número de máquinas: 1

Potência nominal do motor: 20CV

Rendimento do motor: 88%

Velocidade de rotação do rotor: 1000 rpm

Tensão de linha (U): 380V

Número de polos do motor: IV

Factor de potência: 0,86

Corrente nominal (In): 28,8A

Relação corrente nominal/corrente de partida (In/Ip): 6,8

Factor de simultaneidade (1 motor): 1

Factor de utilização: 1

1 1 19,45KVA

5,22 21,328 5,22 25,76 3,57 7,54 19,45

134,12KVA
31

 Cálculo Da Corrente De Serviço No CCM3


A determinação da corrente de serviço no CCM2 será de igual modo na demanda total
calculada;

= =

4.2.1.3 Sector De Carga 03 (CCM3)

Máquinas de Fundição (M3A)

Número de máquinas: 4

Potência nominal do motor: 10CV

Rendimento do motor: 86%

Velocidade de rotação do rotor: 1000 rpm

Tensão de linha (U): 380V

Número de polos do motor: IV

Factor de potência: 0,83

Corrente nominal (In): 15,4A

Relação corrente nominal/corrente de partida (In/Ip): 6,6

Factor de simultaneidade (3 motores): 0,85

Factor de utilização: 0,85

0.85 4 KVA
32

Máquinas de Soldadura de Precisão (M3B)

Número de máquinas: 3

Potência nominal do motor: 10CV

Rendimento do motor: 86%

Velocidade de rotação do rotor: 1000 rpm

Tensão de linha (U): 380V

Número de polos do motor: IV

Factor de potência: 0,83

Corrente nominal (In): 15,4A

Relação corrente nominal/corrente de partida (In/Ip): 6,6

Factor de simultaneidade (3 motores): 0,85

Factor de utilização: 0,85

0.85 3 KVA

34,34 25,76

60,1KVA

 Cálculo Da Corrente De Serviço No CCM3


A determinação da corrente de serviço no CCM3 será de igual modo na demanda total
calculada para CCM3;
33

= =

4.2.3 Dimensionamento do QDL

4.2.3.1 Potências a Considerar


No cálculo da potência dos compartimentos, é conveniente em primeiro lugar ter conta
com o número de divisões principais, que e representam as áreas úteis totais da
instalação de utilização de energia eléctrica. Segundo o Art 435.⁰ do RSIUEE, na
contagem do numero de divisões principais deverão apenas ser consideradas as que
tiverem área superior a 4m², nesse contexto, excluem-se as cozinhas, corredores, e as
casas de banho. O edifício tem mais de (5) cinco divisões principais.

Assim sendo:

a. Para instalações de iluminação e tomadas para uso gerais (TUG) uma potência
de 25VA/m²;
b. Para instalações, fixas ou não, de climatização de climatização ambiente elétrica,
uma potência de 80VA/m²;
c. Para instalações de máquinas de lavar, uma potência de 3,3 KVA
d. Para instalações de cozinha elétrica, uma potência:
 Até três (3) divisões principais, 3 KVA;
 Para quatro divisões principais, 4 KVA;
 Para cinco divisões principais, 5 KVA;
 Para mais de cinco divisões principais, 8 KVA.
e. Para instalações de aquecimento elétrico de água:
 Até três divisões principais, 1,5 KVA;
 Para quatro e cinco divisões principais, 2 KVA;
 Para mais de cinco divisões principais, 3 KVA.
34

4.2.3.2 Factor de Simultaneidade


O factor de simultaneidade (Fs) indica o regime de funcionamento de uma instalação de
utilização de energia eléctrica, pois é sabido que nem todos equipamentos em uma
instalação de utilização de energia eléctrica são usados em simultâneo, ou seja, ao
mesmo tempo, razão pela qual surge o conceito de coeficiente de simultaneidade, assim
sendo, de forma mais clara, esta se dizer qual a probabilidade de de uso simultâneo dos
equipamentos numa instalação.

4.2.3.3 Cálculo do Numero de Pontos De Tomada


O cálculo do número de pontos de tomadas na instalação será com base na área que
cada compartimento possui. Assim sendo, para cómodos cuja área seja igual ou superior
a 37m², a determinação do número de tomadas de uso geral deve ser feita segundo duas
condições seguintes, adoptando se a que conduzir o maior valor:

 Uma tomada a cada 3m, ou fracção de perímetro da dependência:


 Uma tomada para cada 4m² ou fracção da área da dependência.

Em dependências cuja área seja superior a 37m², o número de tomadas deve ser
determinado de acordo com as seguintes condições:

 Oito tomadas para os primeiros 37m² de área;


 Tres tomadas para cada 37m² ou fracção adicional

Dimensões

Compartimentos Área TUG TUE

Salão de trabalho 2116 60 -

Sala de Máquinas de 80 10 -
soldadura de precisão
35

Sala de Máquinas de 60 8 -
fundição
Corredor 2 38 - -

Armazém de peça 100 - -


mecânica geral
Sala de Mecânica e 174 - -
soldadura Geral
WC1 4,4 - -

WC2 4,4 -

WC3 4,4 - -

Corredor 1 3,87 - -

Escritório `17.1 3 1

Administração e 42 6 2
Finanças
Circulação 1 28 - -

Circulação 2 8,36 - -

WC4 6,6 - -

Sala de reuniões 120 12 3

Total 99 6

Tabela 3: Número de pontos TUG e TUE

4.2.3.4 Quadro de Cargas

Tabela 4: Quadro de previsão de cargas na instalação

Quadro Área Utilização Qtd P Pt Fs Factor De Pu Pu


(W) (W) Simultaneida (W) Total
de Por (W)
Compartime
nto
Salão de Iluminação 50 400 20000 1 1 2000
trabalho 0
Sala de Iluminação 10 100 1000 1 1 1000
Máquinas de
soldadura de
36

precisão

Sala de Iluminação 8 100 800 1 1 800 40494


Máquinas de
fundição
Corredor 2 Iluminação 1 100 100 1 1 100

Armazém de Iluminação 10 200 2000 1 1 2000


peça mecânica
geral
Sala de Iluminação 1 200 1
Mecânica e
1 200
soldadura
Geral
WC1 Iluminação 1 100 1 1 100

WC2 Iluminação 1 100 1 1 100

WC3 Iluminação 1 100 1 1 100

Corredor 1 Iluminação 100 1 1 100

Escritório Iluminação 4 18 72 1 0,94 2656

TUG 3 100 300 0,4

Climatização 1 2500 2500 1

Administração Iluminação 6 18 108 1 0.92 5258


e Finanças TUG 6 100 600 0,25
Climatização 2 2500 5000 1
Circulação 1 Iluminação 3 18 54 1 1 54

Circulação 2 Iluminação 2 18 36 1 1 36

WC4 Iluminação 1 18 18 1 1 100

Sala de reuniões Iluminação 10 18 180 1 0,89 7890


TUG 12 100 1200 0.175
Climatização 3 2500 7500 1

 Cálculo Da Corrente De Serviço No QDL


A determinação da corrente de serviço no QDL será de igual modo na demanda total
calculada para QDL;

=
37

= =76,91A

4.2.3.5 Dimensionamento do Quadro Geral de Força (QGF)


No dimensionamento do QGF tem que se ter em conta com as demandas individuas
anteriormente calculadas, neste caso a soma de todas demandas CCM e QDL resultar na
demanda do QDF, assim sendo:

65,825 134,12 60,1 50,6175

310,66 KVA

4.2.3.6 Calculo Da Potência Necessária Do Transformador Da Subestação (SE)


Através das demandas aqui calculadas, poderá se determinar a potencia do transformador da
subestação, neste caso, deverá se considerar que futuramente pode haver o caso do crescimento
de carga na instalação, sendo necessário que o transformador da SE seja de maior potencia para
suprir futuras demandas de energia eléctrica. Assim sendo, a Subestação SE, ira possuir o
transformador de potencia de 400 KVA. Sendo a subestação do tipo abrigada.

Figura 4 Subestação abrigada


38

 Cálculo Da Corrente De Serviço (De Entrada) do QGF e Dimensionamento


do Condutor de Entrada
A determinação da corrente de serviço no será de igual modo na demanda total
calculada para QGF;

= =

Portanto, foi feita a escolha do cabo 4 300mm² RZ1-K, código (1992121) da general
cables, para uso nessa nave fabril que suporta uma corrente máxima de até 703A a
30⁰C, mas para tal deve se verificar se o condutor ira ou não atender os critérios
normativos em termos de segurança.

4.2.3.7 Corrente Máxima Admissível Na Canalização


A protecção das canalizações é um critério que deve obedecer alguns factores, são
esses;

 Factor de correcção para cabos enterrados ᵦ


 Factor de correcção de temperatura ᵧ
Para efeito, tem-se ᵦ 0,80, para cabos multicondutores enterrados.

Para achar o factor de correção de temperaturas ambientes diferentes de 20⁰C, terá que
se ter em consideração com a temperatura media calculada anteriormente igual a
22,5⁰C, esse valor será obtido na base da tabela de factor de correção de temperatura, os
cálculos a serem feito não serão exactos, razão pela qual a obtenção desse valor será
com base nos cálculos aproximados através de alguns valores conhecidos já tabelados
desta feita, conhecidos os valores para temperatura de 20⁰C e a de 25⁰C, obteve-se o
seguinte resultado:

ϒ=0,97

A seguinte condição terá que ser satisfeita:


39

, sendo que:

ß ϒ

0,8 0,97

=545,5A;

472 O cabo atende os critérios normativos, pela capacidade máxima de


condução.

4.2.3.8 Protecção Da Canalização Contra Sobrecarga


Art 576° (RSIUEE), Localização Das Protecções Contra Sobreintensidades.
Os aparelhos de protecção contra sobreintensidades deverão, em regra, ser colocados no
início das canalizações que protegem.

Art 577.° (RSIUEE), Protecção Contra Sobrecargas De Canalizações


 l. A característica de funcionamento dos aparelhos de protecção contra
sobrecargas das canalizações deverá ser tal que a sua intensidade limite de não
funcionamento (Inf) não seja superior a 1,15 vezes a intensidade de corrente
máxima admissível na canalização (Iz).

 2. A intensidade nominal do aparelho de protecção (In) não deverá ser superior à


intensidade de corrente máxima admissível na canalização a proteger
considerando-se, para o efeito, nos aparelhos de protecção com regulação que a
sua intensidade no nominal é a intensidade para que estão regulados.

A protecção da canalização contra sobrecarga, é feita com o intuito de achar o calibre


dos dispositivos de protecção. Para efeito de cálculo deverá ser consultada a tabela que
diz respeito a intensidade nominal de regulação do dispositivo de protecção para achar
os possíveis valores das correntes de funcionamento e de funcionamento. Os
dispositivos aqui referidos estão os fusíveis e os disjuntores motores proteção geral da
instalação, para os demais casos devem serem dimensionados dispositivos para
protecção especifica dos equipamentos, ou seja na proteção geral o dimensionamento
desses deve levar me conta ao equipamento que possui maior potencia na instalação
40

a) Disjuntores
Para a corrente de serviço estipulada de 472A, olhando na tabela, podemos escolher um
disjuntor com intensidade nominal de regulação de 500A.

=650A

=550A

Com esses dados é necessário verificar a condição:

1,15

1,15

550 627,33 O disjuntor motor de calibre 500A atende as necessidades do projecto.

b) Fusíveis
=800A

=650A

1,15

1,15

650 627,33 O fusível de calibre 500A não atende as necessidades do projecto, sendo
assim devera ser empregue um fusível de capacidade de 630A.

4.2.3.9 Quedas de Tensão


Apenas os circuitos de alimentação dos Quadros têm um comprimento relativamente
elevado, podendo levar a quedas de tensão significativas, e portanto o seu cálculo deve
ter especial atenção.

De acordo com a Secção 525 das RTIEBT, a queda de tensão máxima admissível desde
a origem da instalação de utilização até ao aparelho eléctrico mais afastado, supostos
ligados todos os aparelhos de utilização que possam funcionar simultaneamente, não
deverá ser superior a 3% e a 5% da tensão nominal da instalação, respetivamente para
41

circuitos de iluminação e para circuitos de tomadas, força motriz, climatização, ou


outros usos. Caso os limites sejam excedidos, terá que se aumentar a secção nominal
dos condutores ou refazer a distribuição das cargas pelos circuitos. A queda de tensão
pode ser calculada usando a fórmula:

( )

Onde:

L → Comprimento do circuito (km)


r → Resistência do fio por unidade comprimento (Ω/km)
XL → Reatância indutiva do fio por unidade de comprimento (Ω/km)
θ → Ângulo do fator de potência da carga
I → Corrente monofásica equivalente
V → Tensão entre fase e neutro

Admite-se que o comprimento do cabo a alimentar o quadro geral de forca de


distribuição de circuitos será de aproximadamente igual a 40 m, cabo de cobre com
resistividade a 20⁰ C r igual a Ω /km e uma reactância indutiva igual a 0,095.

Assim sendo:

( )

0,85

Verifica-se que a queda de tensão no condutor de entrada ao quadro de geral de forca


ela é muito inferior a 5 da queda de tensão máxima admissível, pelo que, para os
circuitos terminais a queda de tensão será inferior ao que diz a norma, e o
dimensionamento dos condutores para os circuitos terminais vai ser na base de outros
critérios estabelecidos pela norma que é neste caso em função da potência dos
equipamentos (tensão de trabalho e corrente de serviço).
42

4.2.3.10 Cálculo Da Resistência A Jusante Do Cabo De Entrada Ao Quadro Geral


De Força
O cabo de alimentação do quadro geral de distribuição de circuitos será do tipo RZ1-K
4 300 mm² cuja resistividade do cabo a 20⁰ C é de 0,052 Ω/km, a temperatura de
funcionamento igual a 35⁰ C, e a resistência a montante Rm é de 0,18 Ω.

A resistência do cabo é:

= 0.00416 Ω

Que corrigida para 35⁰ C é:

[1+ ( )
[1+ ( )
Ω

Logo a resistência total RT é:


RT Rm+Rc
RT 0,18+ =0,184 Ω

Então temos para a corrente de curto-circuito:

= =2060,55A

4.2.3.11 Cálculo Do Tempo De Corte Da Corrente De Curto-Circuito (Icc)


O Art⁰ 580 do RSIUEE afirma que a intensidade nominal dos aparelhos de protecção
contra curtos-circuitos, deverá ser determinada de modo que a corrente de curto-circuito
seja cortada antes de a canalização poder atingir a sua temperatura limite admissível.

Embora não podendo o tempo de corte ser superior que 5 segundos, dispõe ainda este
artigo que a conjugação das características do aparelho de protecção com a
característica de fadiga térmica da canalização, é assegurada desde que o tempo de corte
do aparelho de protecção seja inferior ao calculado pela expressão:

( )
43

( ) =0,31 Segundos.

Portanto, verifica-se a condição na qual o tempo de corte do dispositivo a proteger a


instalação seja menor que 5 segundos.

4.3 Dimensionamento De Cabos para Quadros dos CCM1, CCM2 e CCM3

4.3.1 Quadro Do CCM1


Foi feita a escolha do cabo 4 50mm² RZ1-K, código (1S48414) da general cables,
que suporta uma corrente máxima de até 174A a 30⁰C. Assim sendo:

A seguinte condição terá que ser satisfeita:

, sendo que:

ß ϒ

0,8 0,97

=135,024A;

100 O cabo atende os critérios normativos, pela capacidade máxima de


condução.

4.3.1.1 Queda de Tensão


Admite-se que o comprimento do cabo a alimentar o quadro geral de forca de
distribuição de circuitos será de aproximadamente igual a 20 m, cabo de cobre com
resistividade a 20⁰ C r igual a Ω /km e uma reactância indutiva igual a 0,47.

Assim sendo:

( )

0,54

Admissível.
44

4.3.2 Quadro Do CCM2


Foi feita a escolha do cabo 4 95mm² RZ1-K, código (1S48416) da general cables,
que suporta uma corrente máxima de até 271A a 30⁰C. Assim sendo:

A seguinte condição terá que ser satisfeita:

, sendo que:

ß ϒ

0,8 0,97

=210,3A;

203,77 O cabo atende os critérios normativos, pela capacidade máxima de


condução.

4.3.2.1 Queda de Tensão

Admite-se que o comprimento do cabo a alimentar o quadro geral de forca de


distribuição de circuitos será de aproximadamente igual a 75 m, cabo de cobre com
resistividade a 20⁰ C r igual a Ω /km e uma reactância indutiva igual a 0,23.

Assim sendo:

( )

2,01

Admissível.

4.3.3 Quadro Do CCM3


Foi feita a escolha do cabo 4 35mm² RZ1-K, código (1S48413) da general cables,
que suporta uma corrente máxima de até 130A a 30⁰C. Assim sendo:
45

A seguinte condição terá que ser satisfeita:

, sendo que:

ß ϒ

0,8 0,97

=100,88A;

91,33 O cabo atende os critérios normativos, pela capacidade máxima de


condução.

4.3.3.1 Queda de Tensão

Admite-se que o comprimento do cabo a alimentar o quadro geral de forca de


distribuição de circuitos será de aproximadamente igual a 100 m, cabo de cobre com
resistividade a 20⁰ C r igual a Ω /km e uma reactância indutiva igual a 0,63.

Assim sendo:

( )

3,3

Admissível.

4.4 Dimensionamento De Fusíveis, Contatores E Relés Para Proteção Dos Motores

Admitindo-se que os motores terão uma partida direta, com tempo de aceleração de 10s
e factor de serviço igual a 1,15 pode-se dimensionar os dispositivos:

Motores existentes: 5CV, 10CV, 15CV, 20CV e 30CV

4.4.1 Motores De 5CV

 Fusíveis
46

𝐼′𝑝=𝐼𝑝/𝐼𝑛 ×𝐼𝑛

𝐼 ≥ 𝑠×𝐼𝑛

𝐼𝑝/𝐼𝑛=7

In=7,9A

𝐼′𝑝= 7 ×7=49A

𝐼 ≥1.2×1,15×7,9≥9,48

Na tabela de fusíveis, a corrente nominal do fusivel para proteger o motor deve ser igual
à 20A , que e maior que 9,48

 Contatores

𝐼𝐾≥ 𝑠×𝐼𝑛≥ 7≥8,05 ,


Na tabela dos contactores, temos IK = 9A , referência do contator CWM9

 Relé Térmico De Sobrecarga

𝐼𝑅𝑇= 𝑠×𝐼𝑛
𝐼𝑅𝑇=1,15×7,7=9,085A

Na tabela do relé, vamos procurar aquele que tem o valor de 8,05 A, dentro da sua faixa
de ajuste. Neste caso ver tabela de relés de sobrecarga, temos faixa: 8A … 12.5A com
corrente máxima do fusível de 25A.(maior que IF)
Então o relé de sobrecarga será de referencia RW27-1D3-D125.

4.4.2 Motores De 10CV

 Fusíveis

𝐼𝑝/𝐼𝑛=6,6
47

In=15,4A

𝐼′𝑝= 6,6 ×15,4=101,64A

𝐼 ≥1.2×1,15×15,4≥21,25A

Na tabela de fusíveis, a corrente nominal do fusível para proteger o motor deve ser igual
à 35A , que é maior que 21,25A.

 Contatores

𝐼𝐾≥ 𝑠×𝐼𝑛≥ 15,4≥17,71A


Na tabela dos contactores, temos IK = 18A , referência do contator CWM18

 Relé Térmico De Sobrecarga

𝐼𝑅𝑇= 𝑠×𝐼𝑛
𝐼𝑅𝑇=1,15×15,4=18A

Na tabela do relé, vamos procurar aquele que tem o valor de 18 A, dentro da sua faixa
de ajuste. Neste caso ver tabela de relés de sobrecarga, temos faixa: 15A … 23A com
corrente máxima do fusível de 50A.(maior que IF)
Então o relé de sobrecarga será de referencia RW27-1D3-U023.

4.4.3 Motores De 15CV

 Fusíveis

𝐼𝑝/𝐼𝑛=7,8

In=26A

𝐼′𝑝= 7,8 ×26=202,8A

𝐼 ≥1.2×1,15×26≥35,88A

Na tabela de fusíveis, a corrente nominal do fusível para proteger o motor deve ser igual
à 63A , que é maior que 35,88A.
48

 Contatores

𝐼𝐾≥ 𝑠×𝐼𝑛≥ 26≥29,9A


Na tabela dos contactores, temos IK = 32A , referência do contator CWM32

 Relé Térmico De Sobrecarga

𝐼𝑅𝑇= 𝑠×𝐼𝑛
𝐼𝑅𝑇=1,15×26=29,9A

Na tabela do relé, vamos procurar aquele que tem o valor de 29,9 A, dentro da sua faixa
de ajuste. Neste caso ver tabela de relés de sobrecarga, temos faixa: 25A … 40A com
corrente máxima do fusível de 90A.(maior que IF)
Então o relé de sobrecarga será de referência RW67-1D3-U040.

4.4.4 Motores De 20CV

 Fusíveis

𝐼𝑝/𝐼𝑛=6,8

In=28,8A

𝐼′𝑝= 6,8 ×28,8=195,8A

𝐼 ≥1.2×1,15×28,8≥33,12A

Na tabela de fusíveis, a corrente nominal do fusível para proteger o motor deve ser igual
à 63A , que é maior que 33,12A.

 Contatores

𝐼𝐾≥ 𝑠×𝐼𝑛≥ 28,8≥33,12A


Na tabela dos contactores, temos IK = 40A , referência do contator CWM40

 Relé Térmico De Sobrecarga


49

𝐼𝑅𝑇= 𝑠×𝐼𝑛
𝐼𝑅𝑇=1,15×28,8=33,12A

Na tabela do relé, vamos procurar aquele que tem o valor de 33,12 A, dentro da sua
faixa de ajuste. Neste caso ver tabela de relés de sobrecarga, temos faixa: 32A … 50A
com corrente máxima do fusível de 125A.(maior que IF). Então o relé de sobrecarga
será de referência RW67-1D3-U050.

4.4.5 Motores De 30CV

 Fusíveis

𝐼𝑝/𝐼𝑛=6,8

In=43,3A

𝐼′𝑝= 6,8 ×43,3=294,44A

𝐼 ≥1.2×1,15×43,3≥59,754A

Na tabela de fusíveis, a corrente nominal do fusível para proteger o motor deve ser igual
à 80A , que é maior que 59,754A.

 Contatores

𝐼𝐾≥ 𝑠×𝐼𝑛≥ 43,3≥49,795A


Na tabela dos contactores, temos IK = 50A , referência do contator CWM50

 Relé Térmico De Sobrecarga

𝐼𝑅𝑇= 𝑠×𝐼𝑛
𝐼𝑅𝑇=1,15×43,3=49,795A

Na tabela do relé, vamos procurar aquele que tem o valor de 49,795 A, dentro da sua
faixa de ajuste. Neste caso ver tabela de relés de sobrecarga, temos faixa: 40A … 57A
50

com corrente máxima do fusível de 150A.(maior que IF). Então o relé de sobrecarga
será de referência RW67-1D3-U057.

4.5 Dimensionamento Dos Condutores Para Circuitos Terminais

O dimensionamento de cabos para circuitos terminais, com enfâse em motores elétricos


deve ser feita em função da secção mínima dos condutores para circuitos de força
motriz, devido a natureza dessas cargas, o seu dimensionamento deve ser rigoroso, pois
tratando-se de cargas indutivas, essas possuem na sua partida uma corrente tão elevada,
que pode vir a variar entre 4 a 8 vezes a sua corrente nominal.

O Art⁰. 426 do RSIUEE, a secção mínima dos condutores a serem empregues para
circuitos de força motriz, esses devem possuir uma secção mínima de valor igual
2,5mm². Assim sendo em função da potencia nominal de cada motor e a corrente a
nominal podemos fazer a verificação dos condutores para esses motores com a tabela
da geral cables.

4.5.1 Motores De 5CV


Temos que, corrente nominal do motor igual 7,9 A.

Da tabela da geral cables temos o cabo RZ1-K 4 2,5mm², código (1S48407) com
corrente máxima de 30A. Verifiquemos:

, sendo que:

ß ϒ

0,8 0,97

=23,28A;

7,9 O cabo atende os critérios normativos, pela capacidade máxima de condução.

4.5.2 Motores De 10CV


Temos que, corrente nominal do motor igual 15,4 A.
51

Da tabela da geral cables temos o cabo RZ1-K 4 2,5mm², código (1S48407) com
corrente máxima de 30A. Verifiquemos:

, sendo que:

ß ϒ

0,8 0,97

=23,28A;

15,4 O cabo atende os critérios normativos, pela capacidade máxima de


condução.

4.5.3 Motores De 15CV


Temos que, corrente nominal do motor igual 26 A.

Da tabela da geral cables temos o cabo RZ1-K 4 2,5mm², código (1S48407) com
corrente máxima de 30A. Verifiquemos:

, sendo que:

ß ϒ

0,8 0,97

=23,28A;

26 O cabo não atende os critérios normativos, pela capacidade máxima de


condução. Assim sendo deve ser escolhido um cabo com maior secção e que atenda os
requisitos.

Para tal, temos o cabo RZ1-K 4 4mm², código (1S48408) com corrente máxima de 39A.

,:

ß ϒ

0,8 0,97

=30,26A

26 O cabo de 4mm², atende os critérios normativos.


52

4.5.4 Motores De 20CV


Temos que, corrente nominal do motor igual 28,8 A.

Da tabela da geral cables temos o cabo RZ1-K 4 4mm², código (1S48407) com
corrente máxima de 39A. Verifiquemos:

, sendo que:

ß ϒ

0,8 0,97

=30,26A;

28,8 O cabo atende os critérios normativos pela capacidade máxima de


condução.

4.5.5 Motores De 30CV


Temos que, corrente nominal do motor igual 43,3A.

Da tabela da geral cables temos o cabo RZ1-K 4 4mm², código (1S48408) com
corrente máxima de 39A. Verifiquemos:

, sendo que:

ß ϒ

0,8 0,97

=30,26A;

43,3 Condição não verificada.

Assim sendo deve ser escolhido um cabo com maior secção e que atenda os requisitos.

Para tal, temos o cabo RZ1-K 4 6mm², código (1S48409) com corrente máxima de 48A.

ß ϒ

0,8 0,97

=37,25A;
53

43,3 Igualmente não verificada. Pois deve-se prosseguir com o mesmo


raciocínio. Sendo que o cabo a ser usado o de RZ1-K 4 10mm², código (1S48410) com
corrente máxima de 64A.

ß ϒ

0,8 0,97

=49,664A;

43,3 Condição verificada. Assim sendo, para os motores de 30CV, deverão ser
alimentados por cabos de 10mm².

4.6 Dimensionamento Do Gerador Eléctrico Para Caso De Corte De Energia

Art. 353.° Alimentação de instalações de emergência de segurança.

 l. A alimentação das instalações de emergência de segurança deverá ser feita


por meio de uma fonte de energia independente, sendo o tipo de alimentação
escolhido de acordo com o grau de continuidade de serviço e de segurança
exigido na instalação que se pretende manter em funcionamento.

 2. As fontes de energia que deverão ser empregadas na alimentação de


instalações de emergência de segurança são apenas as seguintes:
a) Grupos motor-gerador;
b) Baterias de acumuladores.

Art. 354.° Alimentação por grupos motor-gerador

 l. Os grupos motor-gerador destinados a alimentar instalações de emergência de


segurança deverão ser dotados de um dispositivo de arranque automático que
funcione, de maneira segura, por falta ou baixa prolongada de tensão da fonte de
alimentação normal da instalação.
54

 2 Os grupos motor-gerador deverão estar permanentemente em condições de


arranque imediato.

O tipo de carga, período da operação, forma de utilização e local de armazenamento são


os principais pontos para serem analisados ao elaborar o dimensionamento dos
geradores de energia elétrica.
Além dessas características, é necessário também calcular a potência do grupo gerador.
Porém, existem alguns fatores que devem ser levados em consideração, como observar
se seu consumo é de caráter emergencial ou essencial.
Para os do tipo emergencial, por exemplo, é preciso fazer a distinção entre
consumidores essenciais ou não essenciais pois, dependendo do caso, pode-se optar por
um gerador de menor porte. Em condições onde a energia elétrica é utilizada de modo
constante e tem maior demanda no consumo, é indicado o uso de grupo geradores mais
robustos e de maior potência (geradores à diesel).

Para saber a potência do grupo gerador ideal, deve-se somar o índice de consumo de
energia eléctrica em watts (KVA) de todos equipamentos que serão conectados isolados
ou simultaneamente ao dispositivo. O resultado dessa soma corresponde ao total de
energia que o grupo gerador deverá produzir.
Na hora de calcular, é recomendado estabelecer 25% de sobra da potência em relação ao
valor necessário, por vias de segurança.

O cálculo é feito da seguinte maneira:


Potência (KVA) = ∑( 0,25 )

Figura 5 Gerador a diesel


55

Em aparelhos de caráter indutivo (os que possuem motor para operar), o valor da
potência deve ser multiplicado por 4 devido ao pico de energia que tais equipamentos
atingem ao serem acionados. Já os considerados resistivos (lâmpadas ,chuveiro elétrico,
televisão e aquecedores), o valor de pico nominal não sofre alteração. Essa suposição
faz-se validar em sistemas autónomos de energia, em que não há interconexão com a
concessionária.

Assim sendo, temos que a potencia mínima que o gerador deve possuir:
Potência (KVA) =310,66+0,25 310,66
Potência (KVA =388,325 400KVA

4.7 Instalação De Sensores De Presença


Os sensores de presença desempenham um papel crucial na automação industrial,
oferecendo benefícios significativos para a eficiência operacional e segurança. Esses
dispositivos detectam a presença de pessoas ou objectos em determinadas áreas,
desencadeando acções especificas. Ao identificar a ausência de pessoal, os sensores
podem controlar a iluminação e sistemas de climatização, reduzido o consumo de
energia quando não é necessário.

Assim sendo, devem ser instalados sensores de presença em alguns pontos da, como em
WCs, de modo a deduzir o consumo de energia.

Figura 6 Ilustração sensor de presença


56

4.8 Instalação De Foto-Células Para Redução Do Consumo De Energia Eléctrica


A instalação de foto células em uma indústria é uma estratégia eficaz para reduzir o
consumo de energia elétrica. As foto células, também conhecidas como células
fotoelétricas, são dispositivos que detectam a presença ou ausência de luz ambiente.

Além da iluminação, as foto células podem ser empregadas para controlar outros
equipamentos elétricos, como motores e sistemas de refrigeração, ajustando seu
funcionamento de acordo com as condições de luminosidade. No projecto, deve ser
instalado fotocelulas principalmente para iluminação exterior.

Figura 7 Diagrama ilustrativo foto célula

4.9 Elétrodo de Terra


Foi preconizado um anel de terra, realizado através de fita de aço galvanizado
20x300mm2, ligado através de terminais bi-metálicos, a elétrodos de cobre
“copperweld”, com revestimento de cobre de 0,7mm, 15mm de diâmetro e com o
mínimo de 2m de comprimento, sendo dispostos verticalmente, enterrados em terra
vegetal, a uma profundidade tal que entre a superfície do solo e a parte superior do
elétrodo haja uma distância mínima de 0,8m, e num nº que permita perfazer uma
resistência de terra aceitável. A partir desta malha será criada uma ligação em cabo
isolado de cobre para ligação à terra de proteção do Quadro de Entrada (QGF).
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ANEXOS
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