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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL

CENTRO DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA ARIVALDO FONTES


CURSO TÉCNICO EM ELETROTÉCNICA

BARBARA FRASSI DE MELO LODI


EBER LUCAS LACERDA DE OLIVEIRA
EDUARDO DO NASCIMENTO GUIMARÃES
KAMILLA BORGES AVELINO
KAROLAYNE SOUZA DA SILVA

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA


NO LABORATÓRIO DE ELETRICIDADE INDUSTRIAL NO SENAI
CETEC

Vitória – ES
2019
BARBARA FRASSI DE MELO LODI
EBER LUCAS LACERDA DE OLIVEIRA
EDUARDO DO NASCIMENTO GUIMARÃES
KAMILLA BORGES AVELINO
KAROLAYNE SOUZA DA SILVA

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA


NO LABORATÓRIO DE ELETRICIADE INDUSTRIAL NO SENAI
CETEC

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do título
de Técnico em Eletrotécnica, sob a orientação do docente Erisson Freire de Abreu.

Vitória – ES
2019
ATA
AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus, por nos abençoar todos os dias com uma vida
próspera, com saúde, paz, amor e sabedoria.

Aos nossos pais por todo o carinho e dedicação que tiveram ao longo de nossas vidas.
Por estarem sempre ao nosso lado, nos apoiando em todas as circunstâncias,
principalmente nos momentos mais difíceis que pensamos em desistir.

Ao nosso orientador Erisson Freire de Abreu, pelo suporte no pouco tempo que lhe
coube, pelas suas correções e incentivos.

Aos nossos docentes que nos auxiliaram durante o decorrer do curso.

Por fim agradecemos a todos que contribuíram até hoje em nossa vida, onde cada
um, com pequenos gestos, contribuíram para que ela tomasse uma direção próspera
e feliz.
RESUMO

O presente trabalho apresenta uma proposta de intervenção para a eficiência


energética no CETEC (Centro de Educação e Tecnologia Arivaldo Fontes) dentro do
Laboratório de Eletricidade Industrial, especificamente na área de iluminação. Este
trabalho apresenta não só a importância da eficiência energética para a sociedade,
mas também fatos e cálculos de acordo com as normas ABNT, que contribuem para
a eficácia energética, como a substituição de lâmpadas Vapor Misto por lâmpadas de
LED, as quais apresentam menor potência e maior eficiência luminosa, assim com o
maior conforto para usuários. Sendo assim, tais elementos auxiliam na comprovação
de que medidas para eficiência energética trazem diversos benefícios, como a
diminuição do valor da conta de energia e menos prejuízos ao meio ambiente.

Palavras chave: LED, Eficiência Energética, Vapor Misto, Iluminação.


ABSTRACT

The current work shows an intervention proposal for the energetic efficiency on CETEC
(Centro de Educação e Tecnologia Arivaldo Fontes) inside the Industrial Electricity
Lab, specifically in the illumination area. The work shows not only how important
energetic efficiency is to society, but also facts and calculations in accordance with the
ABNT norms, which contribute to energetic efficiency, like the blended lamps being
replaced with the LEDs, which consume less energy and shine brighter. Elements like
that prove that energetic efficiency brings many benefits like lowering the energy tax
price and less damage to the environment.

Key words: LED, energetic efficiency, blended lamp, illumination.


LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Exemplo do selo da ENCE para eletrodomésticos. .................................... 15
Figura 2: Comprimento de onda. ............................................................................... 18
Figura 3: Lâmpada com refletor. ............................................................................... 19
Figura 4: Luminária com difusor. ............................................................................... 20
Figura 5: Luxímetro digital ......................................................................................... 22
Figura 6: Lâmpada mista, características construtivas ............................................. 24
Figura 7: Vista do Laboratório de Eletrididade Industria (LEI) ................................... 35
Figura 8: Distribuição de lâmpadas no LEI ................................................................ 36
Figura 9: Lâmpadas do LEI ....................................................................................... 36
Figura 10: Vista de parte das luminárias do LEI ........................................................ 37
Figura 11: Modelo de Luminária escolhido LHB06-S ................................................ 40
Figura 12: Distribuição das luminárias de acordo com o Projeto Luminotécnico ...... 42
Figura 13: Conta de energia do SENAI CETEC, agosto de 2018 ............................. 50
Figura 14: Ficha técnica da luminária de LED ........................................................... 51
Figura 15: Orçamento da luminária de LED .............................................................. 52
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Fator de Utilização obtido em catálogo de fabricante ................................ 28
Tabela 2: Iluminância por classes de tarefas visuais ................................................ 32
Tabela 3: Fatores determinantes da iluminância adequada ...................................... 33
Tabela 4: Dados para realização do projeto .............................................................. 39
Tabela 5: Tabela de Fator de Utilização .................................................................... 41
Tabela 6: Levantamento de custo ............................................................................. 44
LISTA DE SIGLAS

SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

CETEC – Centro de Educação e Tecnologia Arivaldo Fontes

LEI – Laboratório de Eletricidade Industrial

EPE – Empresa de Pesquisa Energética

LED – Light Emitting Diode

PBE – Programa Brasileiro de Etiquetagem

PROCEL – Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica

CONPET – Programa Nacional de Conservação de Petróleo e Derivados

ENCE – Etiqueta Nacional de Conservação de Energia

EL – Eficiência Luminosa

FM – Fator de Manutenção

FU – Fator de Utilização

Lm – Lúmens

E – Iluminância

L – Luminância

Cd – Candela

V – Volts

W – Watts

ABNT – Associação Brasileira de Normas e Técnicas

CA – Corrente Alternada

CC – Corrente Contínua

INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 12

1.1. OBJETIVO GERAL ........................................................................................ 12

1.2. OBJETIVO ESPECÍFICO ............................................................................... 13

2. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA.................................................................................. 14

2.1. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NO BRASIL ....................................................... 14

2.1.1. PROGRAMA BRASILEIRO DE ETIQUETAGEM (PBE) ........................... 15

2.1.2. PROGRAMA NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA


(PROCEL)........................................................................................................... 16

2.1.3. PROGRAMA NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DE PETRÓLEO E


DERIVADOS (CONPET) .................................................................................... 16

3. SISTEMA DE ILUMINAÇÃO ................................................................................. 17

3.1. DEFINIÇÕES .................................................................................................. 18

3.1.1. ÁREA PROJETADA.................................................................................. 18

3.1.2. COMPRIMENTO DE ONDA ..................................................................... 18

3.1.3. CONTROLADORES DE LUZ ................................................................... 19

3.1.4. DEPRECIAÇÃO DO FLUXO LUMINOSO ................................................ 19

3.1.5. DIFUSOR .................................................................................................. 19

3.1.6. EFICIÊNCIA LUMINOSA (EL) DE UMA FONTE ...................................... 20

3.1.7. ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO ......................................................... 20

3.1.8. FATOR DE MANUTENÇÃO (FM) ............................................................. 21

3.1.9. FATOR DE UTILIZAÇÃO (FU).................................................................. 21

3.1.10. FLUXO LUMINOSO (φ) .......................................................................... 21

3.1.11. ILUMINÂNCIA (E) ................................................................................... 21

3.1.12. INTENSIDADE LUMINOSA .................................................................... 22

3.1.13. LUXÍMETRO ........................................................................................... 22

3.1.14. LUMINÂNCIA (L) .................................................................................... 22


3.1.15. MORTALIDADE DAS LÂMPADAS ......................................................... 23

3.2. LÂMPADAS DE LUZ MISTA DE ALTA PRESSÃO ....................................... 23

3.3. LÂMPADAS DE LED (LIGHT EMITTING DIODE) ......................................... 25

3.4. CÁLCULO LUMINOTÉCNICO ....................................................................... 26

3.4.1. ESCOLHA DO NÍVEL DE ILUMINAÇÃO (E) ............................................ 27

3.4.2. DETERMINAÇÃO DO FATOR DO LOCAL (K) ......................................... 27

3.4.3. ESCOLHA DAS LÂMPADAS E DAS LUMINÁRIAS ................................. 27

3.4.4. DETERMINAÇÃO DO FATOR DE UTILIZAÇÃO (FU) ............................. 27

3.4.5. DETERMINAÇÃO DO FLUXO TOTAL (ΦT) ............................................. 29

3.4.6. CÁLCULO DO NÚMERO DE LUMINÁRIA ............................................... 30

3.4.7. DISTRIBUIÇÃO DAS LUMINÁRIAS ......................................................... 30

4. NORMATIZAÇÃO ................................................................................................. 31

4.1. ABNT NBR 5410/2004 ................................................................................... 31

4.2. ABNT NBR 5413/1992 ................................................................................... 32

4.3. ABNT NBR 5382/1985 ................................................................................... 34

5. ESTUDO DE CASO .............................................................................................. 35

5.1. O LABORATÓRIO DE ELETRICIDADE INDUSTRIAL (LEI) ......................... 35

5.2. CONSUMO ATUAL DO LABORATÓRIO DE ELETRICIDADE INDUSTRIAL


(LEI) ....................................................................................................................... 37

5.3. PROJETO LUMINOTÉCNICO ........................................................................ 39

5.4. CONSUMO DE ACORDO COM O PROJETO LUMINOTÉCNICO ................ 42

5.5. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NO PROJETO ................................................... 43

5.5.1. ANÁLISE DE REDUÇÃO DE CUSTOS .................................................... 44

6. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 46

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 48


12

1. INTRODUÇÃO

Com o avanço da tecnologia, equipamentos e sistemas são aprimorados, a fim


de melhor rendimento e eficiência energética. No cenário atual, economizar
energia necessário não só para com o valor da conta de energia, mas também
contribuindo com o meio ambiente. Sendo assim a melhoria em sistemas e
equipamentos “é fundamental para alcançar um uso eficiente da energia dentro
de empresas e organizações. ” (Ministério do Meio Ambiente, 2015, p.52).

De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE, 2016), 28,8% do


consumo total de energia, em 2016, do Brasil está no setor residencial, e 35,7%
está no setor industrial, ou seja, a maior parte do consumo de energia elétrica
está relacionado, de algum modo, com os sistemas de iluminação e
condicionamento ambiental. Segundo PROCEL et al. (2007), o consumo por
iluminação corresponde a 23% do consumo de energia residencial, e 1% no setor
industrial.

Para obter maior eficácia, é importante que um projeto de eficiência energética


deve seguir os critérios de confiabilidade, flexibilidade, acessibilidade e
segurança. Portanto, "deve-se tomar o cuidado de criar e implementar um
programa que seja transparente, factível e cuja informação seja disseminada por
todos os funcionários e colaboradores." (Ministério do Meio Ambiente, 2015,
p.52).

A iluminação, caso esteja associada a lâmpadas, e refletores eficientes


juntamente com hábitos saudáveis de consumo, se torna um sistema eficiente e
que, além de gerar benefícios de comodidade visual pode trazer ganhos na
forma de utilizar a energia.

1.1. OBJETIVO GERAL

A aplicação da eficiência energética tem como o objetivo economizar tanta


energia, quanto dinheiro, obtendo um maior lucro nos comércios, empresas e
13

indústrias, onde sua definição não está apenas na energia elétrica e pode ser
empregado na gasolina, gás natural, óleo diesel etc.

“A gestão energética de uma instalação ou de um grupo de


instalações pressupõe tomar ciência sobre o padrão de
consumo para gerar consciência coletiva em favor de uma
economia benéfica a todos. ” (Ministério do Meio Ambiente,
2015, p.52).
Esse estudo tem como objetivo a aplicação de estratégias alicerçadas nos
pilares da eficiência energética, de maneira que minimizem o dispêndio com a
energia elétrica no laboratório de eletricidade predial e industrial no Centro de
Educação e Tecnologia Arivaldo Fontes (CETEC).

1.2. OBJETIVO ESPECÍFICO

Segundo PROCEL et al. (2007), no passado, a eficiência energética era tratada


de forma objetiva e técnica, ou seja, a economia era alcançada por meio do
emprego de equipamentos mais eficientes. Entretanto, atualmente novas
questões se fazem importantes, como o valor da conta de energia e preservação
ambiental.

Uma iluminação do ambiente de trabalho do CETEC é indispensável, pois para


fins didáticos e de segurança, para que nenhuma situação indesejada. “A boa
iluminação deve ter direcionamento adequado e intensidade suficiente sobre o
local de trabalho. ” (LAMBERTS; DUTRA; PEREIRA, 1997).

Assim sendo, o objetivo específico desta pesquisa é trazer propostas de


intervenção para eficiência energética para o sistema de iluminação do
Laboratório de Eletricidade Industrial (LEI), no Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial (SENAI) – CETEC, através de mudanças baseadas em
eficiência energética para redução da conta de energia e melhorias na
iluminação local.
14

2. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

A eficiência energética consiste no jeito com que desempenhamos uma atividade


com menor quantidade de energia, então pode ser entendida como a relação
entre a quantidade de energia consumida e a energia disponibilizada para a sua
realização.

Os setores com maior potencial de redução são o industrial, o comércio e o setor


público. Segundo a EPE (Empresa de Pesquisa Energética do Ministério das
Minas e Energia), as indústrias consomem cerca de 48%, as residências 22%, o
comércio 14%, setor público 8%, agropecuária 4% e outros 4%.

2.1. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NO BRASIL

A energia e a eficiência energética estão tomando posições cada vez mais


importantes na sociedade, principalmente no meio industrial, sendo
impulsionadas pelo desejo de reduzir o custo de energia, pela incerteza da
disponibilidade de recursos naturais suficientes e pelo consumo mais proveitoso
da energia. Portanto, é importante que apresentemos técnicas e projetos, como
troca de equipamentos antigos por outros mais eficientes e o uso correto da
demanda, a fim de manter e aprimorar o uso e o emprego da energia.

Segundo a EPE (Empresa de Pesquisa Energética do Ministério das Minas e


Energia), o desperdício de eletricidade ainda é muito grande na economia
brasileira. Apenas 67% da energia elétrica gerada chega ao consumo, já que os
restantes 37% são perdidos durante a longa transmissão. Por exemplo, ao
substituir uma lâmpada incandescente por uma lâmpada de LED, estamos
promovendo uma ação de eficiência energética, pois as lâmpadas de LED
consomem menos energia que as incandescentes.

Com o decorrer do tempo, a questão ambiental e desperdício de energia elétrica


se tornaram pontos importantes para o desenvolvimento do país nos âmbitos
econômicos e elétricos. Com base nessas preocupações, foram criados alguns
programas como:
15

 Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE)


 Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL)
 Programa Nacional de Conservação de Petróleo e Derivados (CONPET)

2.1.1. PROGRAMA BRASILEIRO DE ETIQUETAGEM (PBE)

O Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) é coordenado e regulamentado


pelo INMETRO e executado em parceria com o CONPET para os equipamentos
que consomem combustíveis (fornos, fogões, automóveis, aquecedores de água
e entre outros). Por meio da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia
(ENCE), afixada nos produtos, o consumidor é informado, no momento da
compra, sobre Eficiência Energética ou consumo de modelos semelhantes,
podendo compará-los de "A" (mais eficiente) até "E" (menos eficiente). O PBE
contribui para a comercialização e utilização de aparelhos com menor consumo
de energia.

Figura 1: Exemplo do selo da ENCE para


Fonte: Inmetro 1
eletrodomésticos.

1
Disponível em: http://www.inmetro.gov.br/imprensa/releases/PBE.asp. Acesso: 15 de
outubro de 2018.
16

2.1.2. PROGRAMA NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA


(PROCEL)

O PROCEL é um programa de governo, coordenado pelo Ministério de Minas e


Energia - MME e executado pelo Eletrobrás. Foi instituído para promover o uso
eficiente da energia elétrica e combater seu desperdício. As ações do PROCEL
contribuem para o aumento da eficiência dos bens e serviços, para o
desenvolvimento de hábitos e conhecimentos sobre o consumo eficiente da
energia e, além disso, postergam os investimentos no setor elétrico, mitigando,
assim, os impactos ambientas colaborando para um Brasil mais sustentável.

Nesse contexto, o PROCEL promove ações de eficiência energética em diversos


segmentos da economia, como: edificações, iluminação pública, indústria e
comercio, entre outros. Portanto, ajudam o país a economizar energia elétrica e
geram benefícios para toda a sociedade.

2.1.3. PROGRAMA NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DE PETRÓLEO E


DERIVADOS (CONPET)

O CONPET foi criado com o intuito de promover o desenvolvimento de uma


cultura contra desperdício no uso dos recursos naturais não renováveis no
Brasil, garantindo um país melhor para as gerações futuras. Além disso, o
Programa estimula a eficiência no uso da energia em diversos setores, com
ênfase nas residências, nas indústrias e nos transportes, além de desenvolver
ações de educação ambiental.

Os principais objetivos do Programa são: racionalizar o consumo dos derivados


do petróleo e do gás natural; reduzir a emissão de gases poluentes na
atmosfera; promover a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico; e fornecer
apoio técnico para o aumento da eficiência energética no uso final da energia.
17

Com o uso eficiente de energia, o Brasil economiza divisas, garante sua


autossuficiência e reduz os custos de produtos e serviços, além de elevar a
produtividade e competitividade em diversos setores econômicos.

3. SISTEMA DE ILUMINAÇÃO

A energia do sol, em forma de luz, desde o início dos tempos foi importante para
a história da humanidade. A luz visível é definida por uma radiação
eletromagnética que proporciona aos seres humanos a capacidade de
contemplar o ambiente ao seu redor. Atualmente, ao realizar um projeto elétrico,
procura-se poupar energia, reduzir custos e ajustar o ambiente, trazendo maior
conforto e sustentabilidade.

Um edifício que está integrado com a eficiência energética é aquele que


proporciona um conforto térmico, acústico e visual com um consumo reduzido
de energia. Sendo assim, manter bons níveis de iluminação faz com que, além
de trazer maior produtividade para os usuários, gera maior conforto e muita das
vezes reduz a quantidade e o desperdício de energia gasta na instalação.

"A iluminação é responsável por, aproximadamente, 23% do consumo de


energia elétrica no setor residencial, 44% no setor comercial e serviços públicos
e 1% no setor industrial." (PROCEL, 2001). Ao se pensar na iluminação,
percebe-se que é importante tanto no setor residencial ou comercial, e quando
não utilizado de maneira correta, observa-se grande consumo e desperdício de
energia.

Inicialmente, o sistema de iluminação tinha uma deficiência pela pouca


durabilidade e baixa iluminação, com lâmpadas fluorescentes grandes e com
dificuldade de instalação. Nos dias de hoje existem vários tipos de lâmpadas,
como as incandescentes, fluorescentes, vapor de mercúrio e entre outras, cada
uma tendo seu uso específico em cada área determinada ao uso. No sistema de
iluminação há vários elementos necessários como interruptores, reatores,
luminárias e o mais importante, as lâmpadas. Portanto, a otimização do sistema
de iluminação significa uma economia significativa de dinheiro e de energia.
18

3.1. DEFINIÇÕES

No estudo na área de sistema de iluminação, vários termos são essenciais para


o desenvolvimento e entendimento. Para essa pesquisa serão utilizados:

3.1.1. ÁREA PROJETADA

Definimos área projetada como a área em que a intensidade luminosa da


lâmpada, juntamente com a luminária, incide na superfície.

3.1.2. COMPRIMENTO DE ONDA

Comprimento de onda (λ) é definido pela distância entre dois pontos em uma
onda que se propaga, a distância entre duas cristas ou dois vales. O
comprimento de onda (λ) de uma lâmpada influenciará no tipo de espectro
luminoso que a mesma concede.

Figura 2: Comprimento de onda.

Fonte: Expo Future 2

2
Disponível em: https://expo-future.webnode.com/news/porque-enxergamos-em-
cores/. Acesso em 14 de fevereiro de 2019.
19

3.1.3. CONTROLADORES DE LUZ

Parte da luminária que tem o objetivo de alterar a distribuição do fluxo luminoso


da lâmpada no espaço, como refletores, refratores, difusores e lentes de colmeia.
O tipo que será utilizado tem influência no rendimento do sistema de iluminação.

Figura 3: Lâmpada com refletor.

Fonte: MMLuz 3

3.1.4. DEPRECIAÇÃO DO FLUXO LUMINOSO

A depreciação do fluxo luminoso do sistema de iluminação é a redução da


contínua da intensidade luminosa liberada, causada pelo depósito de sujeira e
poeira em luminárias ou lâmpadas, e está relacionado com a diminuição do fluxo
luminoso.

3.1.5. DIFUSOR

Difusor é o aparelho que é colocado em frente à lâmpada ou fonte de luz, a fim


de reduzir o seu ofuscamento diminuindo a iluminância da mesma.

3
Disponível em: https://www.mmluz.com.br/luminaria-de-sobrepor-com-refletor-em-
aluminio-2-lampadas-fluorescentes-de-32-ou-40w---mod.-a323~52~16~6~linha-
comercial~comercial-sobrepor. Acesso em 14 de fevereiro de 2019.
20

Figura 4: Luminária com difusor.


Fonte: Jarra Hotel 4

3.1.6. EFICIÊNCIA LUMINOSA (EL) DE UMA FONTE

A EL de uma fonte é a eficiência de cada tipo de lâmpada, onde é adquirida pelo


resultado da divisão entre o fluxo luminoso total emitido, em Lúmens (lm) pela
potência que é consumida por ela, em Watts (W). Sua unidade é lm/W.

3.1.7. ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO

Espectro eletromagnético é o grupo de radiações emitidas pela fonte luminosa,


onde a velocidade (v) é constante e a frequência (f) e comprimento de onda (λ),
os que diferenciam. Os espectros eletromagnéticos visíveis para o olho humano
estão compreendidos na faixa de 380 a 780 nanômetros (nm), visto que elas
estimulam a retina do olho humano.

4
Disponível em: https://jarrahotel.com/calhas-luminarias-de-teto-com-reatores.html.
Acesso em 14 de fevereiro de 2019.
21

3.1.8. FATOR DE MANUTENÇÃO (FM)

É a relação da iluminância média que incide no plano de trabalho após certo


tempo de utilização, pela iluminância média alcançada pelas mesmas condições
em uma instalação nova.

3.1.9. FATOR DE UTILIZAÇÃO (FU)

Definimos fator de Utilização como a razão do fluxo luminoso utilizado pelo fluxo
emitido pelas lâmpadas. O fator de utilização interfere diretamente no
rendimento de lâmpadas e luminárias.

3.1.10. FLUXO LUMINOSO (φ)

Fluxo luminoso é a quantidade de luz que é produzida de uma lâmpada em


diversas direções. Sua unidade é Lúmens (lm).

3.1.11. ILUMINÂNCIA (E)

Define-se iluminância como o fluxo luminoso que incide sobre determinada


unidade de área iluminada, ou um ponto, ou seja, a cobertura superficial do fluxo
luminoso emitido. Sua unidade é lux e pode ser encontrada pela equação:

∆𝜑
𝐸 =
∆𝑆

Onde: ∆𝑆 é a área iluminada e, ∆𝜑 a variação do fluxo luminoso.

Os níveis de iluminância médios são determinados pela NBR 5413.


22

3.1.12. INTENSIDADE LUMINOSA

A intensidade luminosa de uma fonte é o resultado da razão entre o fluxo


luminoso emitido e o seu ângulo de propagação, ou seja, é a intensidade que a
fonte consegue disponibilizar luz. Sua unidade é em candela (cd).

3.1.13. LUXÍMETRO

Luxímetro é o dispositivo, ou instrumento, que mede a iluminância em ambientes


iluminados por luz natural ou artificial.

Figura 5: Luxímetro digital

Fonte: Soluções Industriais 5

3.1.14. LUMINÂNCIA (L)

Luminância é a medida da intensidade de uma luz que é refletida em uma certa


direção. Sua unidade de medida é candela por metro quadrado (cd/m²), pode ser
encontrada na equação a seguir:
𝑑2 × 𝐹
𝐿𝑣 =
𝑑𝑆 × 𝐷Ω × cos 𝜃

5
Disponível em: <https://www.solucoesindustriais.com.br/empresa/prestadores-de-
servicos/inter-metro-servicos-especiais-ltda--/produtos/instrumentacao/-calibrador-de-
luximetro>. Acesso: 17 de outubro de 2018.
23

Onde:
Lv = Luminância (cd/m²).
F = fluxo luminoso (lm).
dS = superfície considerada (m²).
dΩ = elemento de ângulo sólido (sr).
θ = ângulo entre a normal da superfície e a direção que foi considerada.

3.1.15. MORTALIDADE DAS LÂMPADAS

Quantidade de horas do funcionamento das lâmpadas antes que o mesmo pare


de funcionar. Ela depende da quantidade de vezes em que ela é acesa e
apagada em um dia.

3.2. LÂMPADAS DE LUZ MISTA DE ALTA PRESSÃO

A lâmpada de luz mista de alta pressão combina a lâmpada incandescente com


a lâmpada de mercúrio de alta pressão, no qual é normalmente usada na
iluminação de ambientes internos e externos como indústrias, galpões,
depósitos, quadras, pátio e entre outros.

De acordo com Victor Merlin, do Blog Engenheiro Eletricista, a lâmpada de luz


mista de alta pressão funciona apenas em uma tensão de 220V ou mais,
dependendo da característica da lâmpada que será utilizada, apresenta um
bulbo de vidro duro contendo em seu interior gás com revestimento de fósforo
em sua parede interna. Seu tubo de descarga é ligado em série a um filamento
de tungstênio que é o reator da descarga, assim, estabilizando a corrente elétrica
na lâmpada.
24

Figura 6: Lâmpada mista, características construtivas

Fonte: Loucos por Eletricidade 6

A vida útil de uma lâmpada é definida em horas, onde as lâmpadas de luz mista
de alta pressão têm certa de 6 mil horas. Utilizando uma lâmpada de luz mista
de alta pressão de 500 watts que produz 12500 lumens, sua eficiência luminosa
é encontrada pelo seguinte cálculo:

ϕ
ƞ=
P

12500
ƞ= = 25 lm/W
500

Sua eficiência luminosa é baixa, com 25 lm/W.

A lâmpada de alto vapor de luz mista de alta pressão possui vantagens, pois
substituem lâmpadas incandescentes com uma maior eficiência e não necessita
de equipamento de auxílio como reator e ignitor, assim, funcionando com a
tensão de rede. Porém, possuem baixa eficiência luminosa, limitação em relação

6
Disponível em: https://cdpena5431.wordpress.com/2012/07/13/como-funciona-a-
lampada-de-luz-mista/. Acesso em 14 de fevereiro de 2019.
25

à posição de funcionamento por ser instalado apenas da vertical, média


reprodução de cores (IRC aproximadamente na faixa de 60) e uma vida útil
mediana, além de que, quando quebradas liberem gases tóxicos que poluem o
meio ambiente.

3.3. LÂMPADAS DE LED (LIGHT EMITTING DIODE)

As lâmpadas de LED são lâmpadas com alta eficiência, mas ainda não são
empregadas com frequência. A palavra LED tem como definição Diodo Emissor
de Luz, ou Light Emitting Diode. Estão no mercado desde meados da década de
90, e mesmo assim poucas pessoas conhecem o seu sistema e funcionamento.

De acordo com Renato F. Lima, os LED’s foram criados por Nick Holonyac, em
1963, na cor vermelha, verde e azul, representando o estado do aparelho, se
ligado ou desligado, ou seja, a fim de sinalização. Apenas na década de 1990,
depois do projeto de Shuji Nakamura, que os LED’s nas cores azul e brancas
foram disponíveis. A partir desse marco os LED’s passaram a ser empregados
na iluminação, não só em veículos, mas também nos ambientes, surgindo as
lâmpadas de LED.

A principal característica construtiva da lâmpada de LED é que ela é constituída


por diodos semicondutores, ou seja, diodos emissores de luz em estado sólido,
sem partes móveis, o que oferece maior durabilidade e resistência mecânica.

A vida útil da lâmpada de LED, em horas, é cerca de 25 a 50 mil, levando em


consideração o tempo em que o LED levará para queimar. Se considerarmos
uma lâmpada de LED industrial com 144W e 18720 lumens, obteremos a
eficiência luminosa pelo seguinte cálculo:

ϕ
ƞ=
P

18720
ƞ= = 130 lm/W
144
26

Ou seja, em comparação à lâmpada de luz mista de alta pressão, a lâmpada de


LED apresenta uma ótima eficiência luminosa.

De acordo com o catálogo da Tecnoavanti, as lâmpadas de LED possuem, além


da ótima eficiência luminosa, uma enorme resistência mecânica, devido ao fato
de não possuírem partes móveis, fazendo com que sua vida útil aumente ainda
mais. Elas não apresentam a necessidade de operar com equipamentos
externos, como reatores, assim como não precisam de um tempo muito grande
para a religação, caso aconteça alguma falha ou desligamento. As lâmpadas de
LED não são fabricadas com materiais tóxicos, como gases de mercúrio,
trazendo maiores vantagens ao meio ambiente. Como a maior parte da energia
é transformada em luz, ela quase não emite calor, trazendo cerca de 70% a 90%
de economia de energia.

3.4. CÁLCULO LUMINOTÉCNICO

O cálculo de iluminação consiste na análise das condições dos ambientes,


levando em conta suas dimensões e o tipo do ambiente iluminado, visando
determinar a quantidade de lâmpadas e luminárias que serão usadas no espaço
e calculando o nível de iluminação para oferecer melhor eficiência e conforto
visual para o consumidor, podendo ser desenvolvido por um arquiteto ou um
designer de interiores. O roteiro a ser seguido, de acordo com os livros
Conservação de Energia e Livro de eficiência Energética - Teoria e Prática - 1ª
edição, para os cálculos necessários são:

 Escolha do nível de iluminamento; (E)


 Determinação do fator do local; (K)
 Escolha das lâmpadas e das luminárias;
 Determinação do fator de utilização; (η)
 Determinação do fluxo local; (ΦT)
 Cálculo do número de iluminarias.
 Determinação das luminárias.
27

3.4.1. ESCOLHA DO NÍVEL DE ILUMINAÇÃO (E)

A primeira etapa será escolher o nível médio de iluminamento em função do tipo


de atividade visual que será realizada no local. Para isso, são utilizadas tabelas
constantes da norma NB-57 da ABNT, registrada no INMETRO como NB-5413,
que fornecem os valores mínimos, médio e máximo admissíveis para cada tipo
de ambiente.

3.4.2. DETERMINAÇÃO DO FATOR DO LOCAL (K)

A segunda etapa será calcular o fator do local que necessita das dimensões do
ambiente. Dessa forma usa-se a seguinte fórmula:

𝐶. 𝐿
𝐾=
(C + L). A
Onde:
C = Comprimento do local
L = Largura do local
A = Altura da luminária ao plano de trabalho

3.4.3. ESCOLHA DAS LÂMPADAS E DAS LUMINÁRIAS

Neste item, devem ser levados em conta fatores como a iluminação adequada
ao plano de trabalho, custo, manutenção, estética, índice de reprodução de
cores, aparência visual e funcionalidade.

3.4.4. DETERMINAÇÃO DO FATOR DE UTILIZAÇÃO (FU)

O fator de utilização é a razão do fluxo útil que incide sobre um plano de trabalho
e o fluxo total emitido. Este fator tem influência na distribuição de luz e
28

rendimento da luminária, pois depende do índice de reflexão do teto, paredes e


plano de trabalho ou piso e também do fator local (K).

Para determinar o fator de utilização da luminária escolhida, admite-se K o valor


mais próximo do calculado e avaliam-se as reflexões médias do teto, das
paredes e do plano de trabalho pelo seguinte critério de índices:

1 – Superfície escura – 10% de reflexão

3 – Superfície média – 30% de reflexão

5 – Superfície clara – 50% de reflexão

7 – Superfície branca – 70% de reflexão

A seguir, monta-se um número com três algarismos onde: o 1º algarismo


corresponde ao índice de reflexão do teto, o 2º algarismo corresponde ao índice
de reflexão das paredes e o 3º algarismo corresponde ao índice de reflexão do
piso.

Com esses dados, seleciona-se na tabela da luminária selecionada o valor do


fator de utilização. A seguir, mostra-se o exemplo, de uma tabela de luminárias
para determinação do fator de utilização.

Tabela 1: Fator de Utilização obtido em catálogo de fabricante

Fonte: Livro de eficiência Energética - Teoria e Prática - 1ª edição


29

Alguns fabricantes, ao invés de usar o Fator Local (K) na sua tabela para
obtenção do FU, utilizam o Fator Local dado por RCR, na fórmula:

5 × ℎ × (𝐿 + 𝐶)
𝐿×𝐶
Onde:

H é o pé-direito subtraído à altura do plano de trabalho,

L é a largura do ambiente e

C é o comprimento do local.

3.4.5. DETERMINAÇÃO DO FLUXO TOTAL (ΦT)

Para determinar o fluxo total, pode-se utilizar a expressão abaixo, que determina
o valor da iluminância média:

(𝐸𝑚. 𝑆)
𝛷𝑇 =
(𝐹𝑢. 𝐹𝑚)

Onde:

Em = Iluminância Média (Nível de Iluminamento)

S = Área do Ambiente

Fu = Fator de Utilização

Fm = Fator de Manutenção
30

3.4.6. CÁLCULO DO NÚMERO DE LUMINÁRIA

Todo tipo de lâmpada fornece um valor de lúmens (fluxo luminoso), conforme


apresentado nas tabelas dos fabricantes. Através do número de lúmens por
luminárias (ɸI) tem-se o número de luminárias dado por:

ɸT
𝑛º 𝑑𝑒 𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑎𝑠 =
ɸI

3.4.7. DISTRIBUIÇÃO DAS LUMINÁRIAS

O espaçamento entre as luminárias depende de sua altura ao plano de trabalho


(altura útil) e da sua distribuição de luz. Esse valor situa-se geralmente, entre 1
a 1,5 vezes o valor da altura útil em ambas as direções. O espaçamento até as
paredes deverá ser a metade desse valor.

É importante lembrar que, se o número de luminárias calculadas resultarem em


valores incompatíveis com esses limites, eles deverão ser ajustados para não se
correr o risco de o ambiente ficar com sombras. O ajuste sempre é feito com a
elevação do número de luminárias ou com a mudança em sua distribuição.
31

4. NORMATIZAÇÃO

De acordo com Filho (2017), todo tipo de projeto deve ser desenvolvido baseado
em documentos normativos que, no Brasil, são responsabilidade da Associação
Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT). É necessário também, seguir as
normas da concessionária que alimenta a indústria ou empresa, sendo ela
pública ou particular. Essas normas nem sempre se encaixam com as normas
ABNT, mas situa o projetista dentro das condições mínimas exigidas, para que
haja o fornecimento correto de energia para a indústria, sem violar as
particularidades dos sistemas elétricos de cada empresa concessionária.

O uso de normas, além de ser uma exigência técnica profissional, traz pontos
positivos para o funcionamento da operação das instalações, tais como:
segurança e durabilidade.

Essas são as seguintes normas mais utilizadas nos projetos elétricos industriais
envolvendo a iluminação:

 ABNT NBR 5410/2004


 ABNT NBR 5413/1992
 ABNT NBR 5382/1985

Contudo, cada norma possui determinadas exigências e padrões a serem


cumpridos para o projeto da instalação.

4.1. ABNT NBR 5410/2004

Esta norma está relacionada ás instalações de baixa tensão, para garantir a


segurança de pessoas, animais e o funcionamento adequado da instalação e a
conservação dos bens.

A norma ABNT NBR 5410:2004 aplica-se em: Circuitos elétricos alimentados


com tensão nominal igual ou inferior a 1000 V em corrente alternada (CA), com
frequências menores que 400 Hz, ou a 1500 V em corrente contínua (CC); todos
condutores e toda linha elétrica que não sejam coberta pelas normas relativas
32

aos equipamentos de utilização; Linhas elétricas fixas de sinal (com exceção dos
circuitos internos dos equipamentos).

A norma ABNT NBR 5410/2004 não se aplica em: Instalações de tração elétrica;
Instalações elétricas de veículos automotores; Instalações de iluminação
pública; Redes públicas de distribuição de energia elétrica.

4.2. ABNT NBR 5413/1992

Esta norma define valores de iluminância médias mínimas em serviços para


iluminação artificial de interiores, onde se realizem atividades de comércio,
indústria, ensino, esporte e outras.

A seguir está a Tabela 1 da NBR 5413/1992 onde se exibe a quantidade de


Iluminância (lux) necessária para determinados ambientes e atividades,
separada por classes.

Tabela 2: Iluminância por classes de tarefas visuais

Classe Iluminância (lux) Tipo de atividade


A Áreas públicas com arredores
20 -30 50
escuros
Iluminação geral para Orientação simples para permanência
50 - 75 – 100
áreas usadas curta
interruptamente ou com Recintos não usados para trabalho
100 – 150 – 200
várias tarefas visuais contínuo; depósitos
simples. Tarefas com requisitos visuais
200 – 300 – 500 limitados, trabalho bruto de
maquinaria, auditórios
B Tarefas com requisitos visuais
500 – 750 – 1000 normais, trabalho médio de
Iluminação geral para maquinaria, escritórios
área de trabalho Tarefas com requisitos especiais,
1000 – 1500 – 2000 gravação manual, inspeção, indústria
de roupas
33

C Tarefas visuais exatas e prolongadas,


2000 – 3000 – 5000
eletrônica de tamanho pequeno
Iluminação adicional para Tarefas visuais muito exatas,
5000 – 7500 – 10000
tarefas visuais difíceis montagem de microeletrônica
10000 – 15000 – Tarefas visuais muito especiais,
20000 cirurgia
Fonte: ABNT NBR 5413

Pode-se observar que cada classe possui certos limites de recomendações no


lux, porém fica a critério do projetista avançar ou não esses limites. Mas para o
uso adequado da Tabela 1 ao determinar a iluminância do ambiente, é
importante considerar três fatores apresentados a seguir na Tabela 2 da NBR
5413/1992.

Tabela 3: Fatores determinantes da iluminância adequada

Característica da tarefa e do Peso


observador
-1 0 +1

Idade Inferior a 40 anos 40 a 55 anos Superior a 55 anos

Velocidade e precisão Sem importância Importante Crítica

Refletância do fundo da tarefa Superior a 70% 30 a 70% Inferior a 30%

Fonte: ABNT NBR 5413

Esta tabela consiste em uma análise das características de tarefa e do


observador, ao fazer isso é fazer a soma dos pesos (-1, 0 ou +1) encontrados de
acordo com cada característica (Idade, Velocidade e Refletância do fundo da
tarefa). Caso o valor total for igual a -2 ou -3 se usará a iluminância inferior;
iluminância superior se o valor for de +2 ou +3; e a iluminância média se houver
outros casos.

Ao observar os dados citados anteriormente, aplicaremos de acordo com o item


5.3 da norma ABNT NBR 5413/1992, onde apresenta a iluminância necessária
34

em lux por atividade. O LEI se encaixa tanto na categoria de Laboratório local de


escola, quanto em Industrias de materiais elétricos.

4.3. ABNT NBR 5382/1985

Esta norma consiste no modo pelo qual se faz a verificação da iluminância de


interiores de áreas retangulares, por meio da iluminância média sobre um plano
horizontal, originado da iluminação geral.

Para fazer a verificação dever ser usado um instrumento com fotocélula como
correção do cosseno e correção de cor, com temperatura ambiental entre 15°C
e 50°C, sempre que possível. Os resultados encontrados após a verificação
apenas valeram nas condições existentes durante a medição. É importante
lembrar que existem fatores que influenciam nesses resultados, como:
refletância, tipo de lâmpada, tensão e os instrumentos utilizados.

Antes da leitura as fotocélulas devem estar expostas a uma iluminância próxima


à da instalação, até se estabilizarem, o que geralmente requer 5 minutos a 10
minutos. E sua superfície deve ficar em um plano horizontal, a uma distância de
80 cm do piso.
35

5. ESTUDO DE CASO

5.1. O LABORATÓRIO DE ELETRICIDADE INDUSTRIAL (LEI)

O Laboratório de Eletricidade Industrial (LEI) do SENAI CETEC consiste em um


galpão industrial, no qual são realizadas diversas aulas práticas envolvendo
motores, transformadores e diversos equipamentos eletroeletrônicos. Assim
sendo, para melhor qualidade das aulas e dos processos entende-se que se faz
necessário uma boa iluminação local.

O LEI tem uma área com cerca de 268,84 metros quadrados, tendo como janelas
em dois dos seus lados e apesar de ter mais de uma, apenas uma porta é
utilizada.

Figura 7: Vista do Laboratório de Eletrididade Industria (LEI)

Fonte: Produzida pelos Autores

O LEI, na sua parte de iluminação, conta com 18 lâmpadas de Luz Mista, e, de


acordo com a Foxlux, empresa fabricante da lâmpada, cada uma possui 500 W,
tem vida média de 6 mil horas e possui um fluxo luminoso de 12500 lumens. As
18 lâmpadas são dispostas em 6 fileiras, com 3 luminárias cada.
36

Figura 8: Distribuição de lâmpadas no LEI

Fonte: Produzida pelos autores

Figura 9: Lâmpadas do LEI

Fonte: Produzida pelos autores


37

Figura 10: Vista de parte das luminárias do LEI

Fonte: Produzida pelos autores

A lâmpada de luz mista utilizada no laboratório é uma lâmpada que precisa de


uma luminária com base E-40, modelo que, de acordo com uma pesquisa que
realizamos no catálogo da empresa LUG, está deixando de ser fabricada e sendo
substituídas por produtos de LED.

5.2. CONSUMO ATUAL DO LABORATÓRIO DE ELETRICIDADE


INDUSTRIAL (LEI)

A fim de levantarmos dados sobre o consumo de energia do LEI, levamos em


consideração a conta de energia, disponível em Anexo A, do SENAI CETEC, do
mês de agosto de 2018, sabendo que a bandeira tarifária do mês, era a bandeira
vermelha e a categoria de fornecimento era Grupo A, do subgrupo A4, que de
acordo com a EDP Escelsa corresponde a 2,3 a 25 kV.

De acordo com Fernanda Duques, da empresa Celena, para calcular o consumo


de energia deve-se multiplicar a potência da lâmpada pelo tempo de utilização
38

médio por dia, em horas, multiplicar o valor achado pela quantidade de dias do
mês e multiplicar a taxa cobrada pela concessionária.

O laboratório de eletricidade industrial (LEI) tem 18 lâmpadas, cada uma com


500 W, sendo assim a potência total na iluminação é de 9000 W.

18 × 500 = 9000 𝑊

Ou então, 9 kW.

O LEI tem sua iluminação utilizada por cerda de 10 horas por dia, sendo assim,
multiplicamos pela potência total na iluminação.

9 × 10 = 90 𝑘𝑊ℎ/𝑑𝑖𝑎

De 30 dias, são usados 23 dias do mês, então multiplicamos o consumo com a


quantidade de dias e teremos o consumo total utilizada por mês:

90 × 23 = 2070 𝑘𝑊ℎ/𝑚ê𝑠

Agora basta multiplicar o valor cobrado pela concessionária para ter o valor
mensal gasto pelas lâmpadas:

𝑘𝑊ℎ
× 7,89
𝑚ê𝑠

2070 × 7,89 = 16332,30 𝑟𝑒𝑎𝑖𝑠

Então, o consumo das lâmpadas, ao mês, é de 16 332,30 reais por mês.


39

5.3. PROJETO LUMINOTÉCNICO

A fim de conseguir maior eficiência com a iluminação no LEI, realizamos um


Projeto Luminotécnico, baseado no Cálculo Luminotécnico, explanado no item
3.4.

De início determinamos todos os dados necessários para a realização do projeto,


dados na tabela abaixo:

Tabela 4: Dados para realização do projeto

Área 268,84 m²
Largura 12,22 m
Comprimento 22 m
Teto 50%
Parede 50%
Chão 10%
Pé direito 5m
Altura da luminária até a área de
3m
trabalho
Iluminância média necessária 500
Fator de manutenção 0,54
Fonte: Produzida pelos autores

Após determinar todos os dados necessários, a próxima etapa foi escolher a


lâmpada ideal. Entramos em contato com a empresa Lumicenter Iluminação, que
nos enviou seu catálogo, o qual nos atendeu perfeitamente por se tratar de uma
empresa brasileira especialista em lâmpadas de LED’s.

A luminária de LED escolhida foi a de modelo LHB06-S17000850, de 146 W,


indicada para uso em ambientes com o pé-direito elevado como fábricas,
galpões e postos de gasolina. Tem o fluxo luminoso de 17450lm, sua vida útil é
de 50000 horas e sua eficiência luminosa é de 119,52 lm/W. Toda ficha técnica
completa disponível em Anexo B.
40

Figura 11: Modelo de Luminária escolhido LHB06-S

Fonte: Lumicenter Iluminações 7

A Lumicenter é uma empresa fabricante que suas tabelas são de acordo com o
Fator Local em RCR, sendo assim, foi realizado o cálculo:

5 × ℎ × (𝐿 + 𝐶)
𝑅𝐶𝑅 =
𝐿×𝐶

5 × 3 × (34,22)
𝑅𝐶𝑅 =
268,84

513,3
𝑅𝐶𝑅 =
268,84

𝑅𝐶𝑅 = 1,90

Após a realização do cálculo do Fator Local, o próximo passo era aplicar na


tabela de Fator de Utilização, disponibilizada pelo fabricante:

7
Disponível em: http://www.lumicenteriluminacao.com.br/catalogo/lhb06-s-p1160/.
Acesso em 14 de fevereiro de 2019.
41

Tabela 5: Tabela de Fator de Utilização

Fonte: Lumicenter Iluminações 8

Dada a tabela, bastava aplicar todos os dados em conhecimento. Sendo assim,


o FU determinado foi de 112,8%, dando então o valor de 1,128.

Para a determinação do fluxo total (ΦT), foi utilizada a fórmula e substituído pelos
valores encontrados:

𝐸𝑚 × 𝑆
ΦT =
Fu × Fm

500 × 268,84
ΦT =
1,12 × 0,54

ΦT = 222255,291

Para encontrar o número de luminárias, basta dividir o fluxo total (ΦT) pelo fluxo
luminoso de cada lâmpada:

ɸT
𝑛º 𝑑𝑒 𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑎𝑠 =
ɸI

8
Disponível em: http://www.lumicenteriluminacao.com.br/catalogo/lhb06-s-p1160/.
Acesso em 14 de fevereiro de 2019.
42

222225,291
𝑛º 𝑑𝑒 𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑎𝑠 =
17450

𝑛º 𝑑𝑒 𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑎𝑠 = 12,7

Como o número de luminárias foi dado como 12,7, a recomendação é de que o


número seja arredondado para mais, resultando então como 13 o número de
luminárias de LED.

Figura 12: Distribuição das luminárias de acordo com o Projeto Luminotécnico


Fonte: Produzida pelos autores

5.4. CONSUMO DE ACORDO COM O PROJETO LUMINOTÉCNICO

Realizaremos esta análise de redução de custos com base nos tópicos 5.2 e 5.3,
conseguindo assim, um relatório sobre a redução na tarifa de energia.

De acordo com o projeto luminotécnico (item 5.3), o Laboratório de Eletricidade


Industrial passaria a comportar 13 luminárias de lâmpadas de LED, cada uma
com 146 W. Com isso, a potência total do LEI seria de 1898 W, ou seja, 1,898
kW.

146 × 13 = 1898 𝑊, 𝑜𝑢 1,898 𝑘𝑊


43

Ainda considerando que o LEI utiliza sua iluminação por 10 horas, temos assim
o consumo em kWh por dia.

1,898 × 10 = 18,98 𝑘𝑊ℎ/𝑑𝑖𝑎

Sabendo que um mês possui 23 dias uteis, que em média acontece aula,
encontramos o consumo médio por mês do LEI.

18,98 × 23 = 436,54 𝑘𝑊ℎ/𝑚ê𝑠

Utilizando a mesma taxa cobrada pela concessionária em agosto de 2018,


fazemos o cálculo para descobrir o consumo médio mensal em reais do
laboratório.

𝑘𝑊ℎ
× 7,89
𝑚ê𝑠

436,54 × 7,89 = 3444,30 𝑟𝑒𝑎𝑖𝑠

Sendo assim, o consumo das lâmpadas aplicadas no projeto, por mês, será de
3444,30 reais.

5.5. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NO PROJETO

De acordo com Luiz Claudio Simões, a aplicação da efetividade em projetos que


possibilita mudanças significativas que geram efeitos reais para os impactos
longevos nas organizações. No projeto de iluminação pequenas mudanças já
44

mostram grande resultados na eficiência energética, a exemplo disso


comparamos a eficiência luminosa de cada lâmpada, a de Vapor Luz Mista
possui uma eficiência de 25 lm/W, já a lâmpada de LED possui 119,52 lm/W de
eficiência luminosa, a diferença nesse valor é enorme.

Assim como na eficiência luminosa, os dois tipos de lâmpadas possuem valores


de potência diferentes. Sendo que a mais eficiente, a de LED, tem uma potência
menor, consumindo menos energia, além de que ao invés de 18 lâmpadas,
seriam instaladas apenas 13, evitando outros tipos de desperdícios e poluições.

5.5.1. ANÁLISE DE REDUÇÃO DE CUSTOS

Para analisar a redução de custos, primeiro é preciso realizar um levantamento


de todo o custo, explanado na tabela abaixo. O orçamento das lâmpadas de LED
está disponível em Anexo C.

Tabela 6: Levantamento de custo

Produto Preço unitário Preço total


Luminárias de LED, 146 W, R$ 773,3791 R$ 10.053,9283
13 unidades
Valor total do projeto (impostos + taxas) R$ 11.562,02
Fonte: Produzida pelos autores

Sabendo que o custo de energia com as lâmpadas de vapor mista é de 16.332,30


reais por mês. É possível calcular a economia de energia que terá após a
aplicação das lâmpadas.

𝐸𝑐𝑜𝑛𝑜𝑚𝑖𝑎 = 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 − 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙

𝐸𝑐𝑜𝑛𝑜𝑚𝑖𝑎 = 16332,30 − 3444,30

𝐸𝑐𝑜𝑛𝑜𝑚𝑖𝑎 = 12888,00 𝑟𝑒𝑎𝑖𝑠


45

Com uma economia de 12.888,00 reais, percebe-se que com apenas um mês,
todo o custo da substituição das lâmpadas seria pago, deixando ainda um saldo
de R$ 1.326,00 para reparos, como aplicação de eletrocalhas e condutores
novos, como também aplicação de novos equipamentos.
46

6. CONCLUSÃO

Este trabalho teve como objetivo trazer propostas de intervenção para melhoria
da eficiência energética, no âmbito da iluminação, dentro do LEI. Da
fundamentação teórica, considerando o panorama energético e a política
energética nacional, faz-se necessário a economia de energia. Também ficou
clara a importância da eficiência energética na economia, visto que com a
substituição das lâmpadas, se obtêm aproximadamente, 80% de economia na
energia. Foram apresentados programas de eficiência nacionais e outras
orientações normativas de equipamentos, como também uma revisão sobre
componentes de consumo mais eficientes, componentes de controle que
contribuem com a economia de energia e procedimentos de escolha dos
principais equipamentos que possam ajudar a cumprir uma meta mais eficaz.

O LEI foi escolhido para servir de estudo de caso para aplicação das medidas
de eficiência estudadas. Inicialmente, o LEI continha cargas que poderiam ser
adequadas quanto ao uso e quanto a tecnologia presente no mercado hoje em
dia, na iluminação. Diante das informações adquiridas neste estudo,
percebemos que uma boa iluminação é um fator primordial para o bem-estar do
homem em suas atividades. A adoção de lâmpadas LED na iluminação irá
estabelecer um novo patamar no que se refere à qualidade e eficiência
energética se comparadas às outras tecnologias, como comprovado neste
estudo. Percebemos que o mercado para a tecnologia LED é bastante promissor
para os próximos anos, visto que as lâmpadas LED estão um uma fase
ascendente de crescimento, pois atualmente são poucas as tecnologias capazes
de proporcionar uma economia eficiente com retorno do investimento em menos
de cinco anos. Pode-se considerar que em matéria de retorno do investimento,
essa tecnologia tem retorno em curto prazo.

Os resultados obtidos demonstram que a substituição de lâmpadas de luz mista


de alta pressão por lâmpadas de LED no sistema de iluminação, há uma redução
de desperdício (por apresentarem uma eficiência muito maior) e uma diminuição
com gastos devido a um custo benefício promissor, além de ter custos de
47

manutenção reduzidos, ser ecologicamente correto (por não utilizar mercúrio ou


qualquer outra substância que cause danos à natureza) e maior durabilidade.

É válido afirmar que com a troca das lâmpadas antigas por novas lâmpadas de
LED, o desempenho gerado será capaz de proporcionar maior conforto aos
professores e estudantes do LEI, além de gerar uma grande economia de
energia. Dada à importância do tema, torna-se necessário o desenvolvimento de
análises mais aprofundadas do sistema de iluminação dos demais ambientes a
fim de promover as adequações necessárias para tornar os sistemas mais
eficientes. Sugere-se a produção de estudos dos demais laboratórios e blocos
do CETEC, assim como, propostas de outras oportunidades de redução do
consumo de energia elétrica e aumento da eficiência energética aplicáveis à
iluminação.

Diante dos fatos supracitados, foi possível listar as medidas de eficiência


energética aplicáveis à iluminação do LEI através da análise de suas
características arquitetônicas, equipamentos utilizados para iluminação e
acionamento e perfil de utilização da iluminação, resultando num grande
potencial de redução do consumo de energia elétrica.
48

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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2007.

LAMBERTS, Roberto; DUTRA, Luciano; PEREIRA, Fernando O. R. Eficiência


Energética na Arquitetura. 3. ed., 2014. 366 p.

VIANA, Augusto N. C. et al. Eficiência Energética: Fundamentos e Aplicações.


1. ed. Campinas - SP: [s. n.], 2012. 315 p.

BARROSO, Luiz A.; DE OLIVEIRA, Ricardo G. (coord.). Anuário Estatístico de


Energia Elétrica 2017: Ano base 2016. [S. l.: s. n.], 2017. 232 p.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Guia prático: conceitos e ferramentas


de gestão e auditoria energéticas. Brasília: MMA, 2015. 80 p.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Guia prático de eficiência energética:


reunindo a experiência prática do projeto de etiquetagem: Ministério do Meio
Ambiente e Ministério da Cultura. Brasília: MMA, 2014. 93 p.

FILHO, João Mamede. Instalações Elétricas Industriais: De acordo com a


Norma Brasileira NBR 5419:2015. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2017.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS E TÉCNICAS. NBR 5382:


Verificação de Iluminância de Interiores. Rio de Janeiro. 1985.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS E TÉCNICAS. NBR 5410:


Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Rio de Janeiro. 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS E TÉCNICAS. NBR 5413:


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49

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MERLIM, Victor. Lâmpadas Elétricas. [S. l.: s. n.], 16 jul. 2011. Disponível em:
http://blogdoengenheiroeletricista.blogspot.com/2011/07/lampadas-
eletricas.html. Acesso em: 13 fev. 2019.

CAETANO, Rede. Iluminância e Cálculo Luminotécnico. [S. l.: s. n.], 16 mar.


2017. Disponível em: http://www.redecaetano.com/iluminancia-e-calculo-
luminotecnico/. Acesso em: 13 fev. 2019.

LUMICENTER, Iluminação. Catálogo de Produtos: LHB06-S. Disponível em:


http://www.lumicenteriluminacao.com.br/catalogo/lhb06-s-p1160/. Acesso em:
13 fev. 2019.

DUQUES, Fernanda. Como calcular o consumo de energia com iluminação.


28 nov. 2016. Disponível em: http://www.celenapar.com.br/blog/como-calcular-
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PROCEL, ELETROBRÁS et al. Conservação de Energia: Eficiência Energética


de Instalações e Equipamentos. 2. ed. Itajubá: Editora da EFEI, 2001.
50

ANEXO A

Figura 13: Conta de energia do SENAI CETEC, agosto de 2018

Fonte: Produzida pelos autores.


51

ANEXO B

Figura 14: Ficha técnica da luminária de LED

Fonte: Lumicenter Iluminação 9

9
Disponível em: http://www.lumicenteriluminacao.com.br/catalogo/lhb06-s-p1160/.
Acesso em 14 de fevereiro de 2019.
52

ANEXO C

Figura 15: Orçamento da luminária de LED

Fonte: Lumicenter Iluminação 10

10
Disponível em: http://www.lumicenteriluminacao.com.br/catalogo/lhb06-s-p1160/.
Acesso em 14 de fevereiro de 2019.

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