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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

ENGENHARIA ELÉTRICA

JOSÉ CARLOS SILVA DA CONCEIÇÃO


UBIRATAN MARTINS DELGADO FILHO
JONNATAS DOS SANTOS MENDONÇA

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM RESIDÊNCIAS (APLICANDO NBR 16819:2020)

RIO DE JANEIRO - RJ
2021
Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP)

C774e CONCEIÇÃO, José Carlos Silva da.


Eficiência Energética em Residências (Aplicando NBR
16819:2020). - / José Carlos Silva da Conceição, Ubiratan Martins
Delgado Filho, Jonnatas dos Santos Mendonça, Rio de Janeiro,
2021.2.

85.f.: il.;

Trabalho monográfico (Graduação em Engenharia Elétrica)


Universidade Estácio de Sá, 2021.2.

Bibliografia: f.80

1. Eficiência em Residência. 2. Aplicação da NBR 16819.


3. Dimensionamento Ambiental e Econômico.

II. Título.
620
CDD
JOSÉ CARLOS SILVA DA CONCEIÇÃO
UBIRATAN MARTINS DELGADO FILHO
JONNATAS DOS SANTOS MENDONÇA

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM RESIDÊNCIAS (APLICANDO NBR 16819:2020)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


curso de Engenharia Elétrica, da Universidade
Estácio de Sá, como requisito parcial para a
Obtenção do grau de Bacharel em Engenharia
Elétrica.

Orientador: Drª Ioná Maghali Santos de Oliveira

RIO DE JANEIRO - RJ
2021
JOSÉ CARLOS SILVA DA CONCEIÇÃO
UBIRATAN MARTINS DELGADO FILHO
JONNATAS DOS SANTOS MENDONÇA

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM RESIDÊNCIAS (APLICANDO NBR 16819:2020)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


curso de Engenharia Elétrica, da Universidade
Estácio de Sá, como requisito parcial para a
Obtenção do grau de Bacharel em Engenharia
Elétrica.

Rio de janeiro - RJ, __ de ____________ de ____

BANCA EXAMINADORA

__________________________________
Prof. D.Sc. Igor Ramathur Telles de Jesus
Universidade Estácio de Sá

__________________________________
Prof. M.Sc. Igor Jasmim da Nóbrega
Instituto Militar de Engenharia
Dedicamos este trabalho a todos que nos ajudaram
ao longo desta caminhada a não desistir dos nossos
sonhos.
AGRADECIMENTOS

Agrademos a Deus pela sabedoria, paciência e por nos ensinar dia a pós dia como
lidar com as dificuldades que surgem em nossos caminhos, aos nossos respectivos
familiares pela força e fé que sempre depositaram em nos, aos professores e
colegas por nos ajudarem a nesta jornada em busca de conhecimento. Somos
gratos pela oportunidade de poder contribuir para obtermos uma sociedade mais
desenvolvida, por meio de nossos esforços para aplicar os conhecimentos que
obtivemos nesta caminhada em prol do desenvolvimento sustentável de nossa
sociedade.
"Pela fé entendemos que o universo foi formado pela
palavra de Deus, de modo que o que se vê não foi
feito do que é visível." (Hebreus 11:3)
RESUMO

Este trabalho consiste em revisar bibliografias observando-as para compreender e


pôr em prática o que se chama de eficiência energética, por meio de um estudo de
caso analisaremos um projeto de instalação elétrica residencial para determinar
quais atitudes deveremos tomar para alcançar a eficiência energética na instalação
e quais os obstáculos que iremos nos deparar para aplicar a norma em questão.
A problemática envolvida nesta questão nos faz buscar entender os hábitos de
consumo de energia elétrica da população, a interação com o meio ambiente e
como e concebido um projeto elétrico de uma residência. Para iniciarmos a
resolução desta problemática devemos nos perguntar: estamos utilizando a
totalidade da energia que é entregue em nossas residências, nossos equipamentos
eletroeletrônicos foram desenvolvidos para este cenário de eficiência energética,
nossos circuitos elétricos estão devidamente dimensionados e balanceados,
respondendo essas perguntas iniciaremos o processo de desenvolvimento de metas
que nos auxiliarão a decidir que atitudes deveremos tomar para que possamos
alcançar a eficiência energética em nossas instalações. Utilizaremos um projeto de
residência como modelo para aplicar nosso processo de eficiência energética,
segundo as diretrizes da NBR 16819:2020 e NBR 5410:2004. Lembramos que a
segurança estará sempre acima de eficiência energética, tendo dito isto, caso ocorra
algum conflito entre as normas devemos dar prioridade a NBR 5410 que tem como
objetivo assegurar a segurança dos usuários, dos animais domésticos e das
instalações. Aplicando esta metodologia esperemos reduzir significativamente o
custo com energia elétrica em nossa instalação, mantendo o que as diversas e
renomadas bibliografias dizem a respeito de eficiência energética, preservaremos o
conforto climático e consumo em nossa instalação. Este trabalho tem o potencial de
servir como comparativo no futuro, com as novas técnicas de instalação, pois com o
surgimento de novas tecnologias que nos proporcionarão uma melhor gestão dos
recursos elétricos disponíveis em nossas residências e redução de desperdícios de
energia elétricas em nossas instalações será necessário tomar posse de um projeto
como este para demonstrar os avanços que a tecnologia e a correta utilização dos
recursos de gerenciamento de qualidade podem contribuir para a ampliação e
melhora dos resultados já encontrados.

Palavras-chave: Eficiência energética. Consumo eficiente. Gestão de qualidade


ABSTRACT

This work consists of reviewing bibliographies observing them to understand and put
into practice what is called energy efficiency, through a case study we will analyze a
residential electrical installation project to determine what attitudes we should take to
achieve energy efficiency in the installation and what obstacles we will face to apply
the standard in question.
The issue involved in this issue makes us seek to understand the population's
electricity consumption habits, the interaction with the environment and how an
electrical project for a residence is conceived. To start solving this problem, we must
ask ourselves: are we using all the energy that is delivered to our homes, our
electrical and electronic equipment was developed for this scenario of energy
efficiency, our electrical circuits are properly sized and balanced, by answering these
questions we will start the process of developing goals that will help us decide what
actions we should take so that we can achieve energy efficiency in our facilities. We
will use a residential project as a model to apply our energy efficiency process,
according to the guidelines of NBR 16819:2020 and NBR 5410:2004. We remind you
that safety will always be above energy efficiency, having said that, if there is any
conflict between the standards, we must give priority to NBR 5410, which aims to
ensure the safety of users, domestic animals and facilities. Applying this
methodology, we hope to significantly reduce the cost of electricity in our installation,
keeping what the various and renowned bibliographies say about energy efficiency,
we will preserve climate comfort and consumption in our installation. This work has
the potential to serve as a comparison in the future, with new installation techniques,
because with the emergence of new technologies that will provide us with a better
management of electrical resources available in our homes and reduction of
electrical energy waste in our facilities will be It is necessary to take ownership of a
project like this to demonstrate the advances that technology and the correct use of
quality management resources can contribute to the expansion and improvement of
the results already found.

Keywords: Energy efficiency. Efficient consumption. Quality management.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 — Etiqueta Padrão para Equipamentos (PROCEL) ................................... 24


Figura 2 — Etiqueta padrão para Lâmpadas .......................................................... 25
Figura 3 — Selo PROCEL ........................................................................................ 27
Tabela 1 — Equipamentos com Selo PROCEL: Eletrodomésticos e Refrigeração.. 27
Tabela 2 — Equipamentos com Selo PROCEL: Motores e Iluminação ................... 28
Figura 4 — Etiqueta para Edificação ........................................................................ 29
Figura 5 .................................................................................................................... 31
Tabela 3 — Eficiência das lâmpadas ....................................................................... 31
Figura 6 — Lâmpada fluorescente e LED ................................................................ 33
Figura 7 — Aquecimento de Água Brasil ................................................................. 34
Figura 8 — Chuveiro Elétrico ................................................................................... 35
Figura 9 — Aquecedor de passagem a gás ............................................................. 36
Figura 10 — Coletor solar. ...................................................................................... 38
Imagem 1 — Esquema de aterramento TN-S .......................................................... 40
Imagem 2 — Esquemas de conexão dos DPS no ponto de entrada da linha de
energia ou no quadro de distribuição principal da edificação ................................... 42
Imagem 3 — Legenda de ambientes ....................................................................... 46
Imagem 4 — Tabela com área e perímetro .............................................................. 47
Imagem 5 — Previsão de carga ............................................................................... 48
Figura 11 — Disposição dos pontos de tomadas na planta ..................................... 49
Tabela 4 — Resumo dos Circuitos ........................................................................... 50
Imagem 6 — Configuração....................................................................................... 51
Imagem 7 — Alimentador ......................................................................................... 53
Imagem 8 — Circuito 1 ............................................................................................. 54
Imagem 9 — Circuito 2 ............................................................................................. 55
Imagem 10 — Circuito 3 ........................................................................................... 56
Imagem 11 — Circuito 4 ........................................................................................... 57
Imagem 12 — Circuito 5 ........................................................................................... 58
Imagem 13 — Circuito 6,7 ........................................................................................ 59
Imagem 14 — Circuito 8,9 ........................................................................................ 60
Imagem 15 — Circuito 10,11 .................................................................................... 61
Imagem 16 — Circuito 12,13 .................................................................................... 62
Imagem 17 — Circuito 14,15 .................................................................................... 63
Imagem 18 — Circuito 16,17 .................................................................................... 64
Imagem 19 — Circuito 18,19 .................................................................................... 66
Imagem 20 — Circuito 20,21 .................................................................................... 67
Imagem 21 — Circuito 23,24 .................................................................................... 68
Imagem 22 — Circuito 25,26 .................................................................................... 69
Imagem 23 — Circuito 29,30 .................................................................................... 70
Imagem 24 — Cálculo de payback........................................................................... 71
Figura 12 — Processo para o gerenciamento da eficiência da energia elétrica e
responsabilidades .................................................................................................... 72
Imagem 25 — Avaliação de eficiência energética .................................................... 74
Imagem 26 — Classes de eficiência de instalações elétricas .................................. 75
Imagem 27 — Como descartar lixo eletrônico.......................................................... 78
Tabela 5 — Cronograma para atendimento da meta percentual a ser coletada e
destinada anualmente .............................................................................................. 79
Tabela 6 — Quantidade de cidades atendidas pelo sistema ................................... 79
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

TCC Trabalho de Conclusão de Curso


EPE Empresa de Pesquisa Energética
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
NBR Norma Técnica brasileira
PROCEL Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica
IEC International Electrotechnical Commission
ISO International Organization for Standardization
INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade
Industrial
CEMIG Companhia Energética de Minas Gerais
LED Light Emitting Diode
CGEE Centro de Gestão e Estudos Estratégicos
BEN Balanço Energético Nacional
REEE Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos
DPS Dispositivo de Proteção de Surtos
DR Dispositivo Diferencial Residual
DJ Disjuntor
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 14
1.1 OBJETIVOS GERAIS .............................................................................. 14
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................... 15
1.3 JUSTIFICATIVA DO TRABALHO ............................................................ 15
1.4 METODOLOGIA PROPOSTA ................................................................. 15
2 REFERENCIAL TEÓRICO ...................................................................... 16
2.1 ILUMINAÇÃO .......................................................................................... 17
2.2 AQUECIMENTO ...................................................................................... 18
2.3 AUTOGERAÇÃO DE ENERGIA.............................................................. 19
3 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA .................................................................... 21
3.1 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NO BRASIL ............................................... 22
3.2 PROGRAMA BRASILEIRO DE ETIQUETAGEM (PBE) .......................... 22
3.3 PROGRAMA NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
(PROCEL) ................................................................................................................ 25
3.4 PROGRAMA NACIONAL DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM
EDIFICAÇÕES (PROCEL EDIFICA) ........................................................................ 28
4 TECNOLOGIAS EFICIENTES ............................................................... 30
4.1 ILUMINAÇÃO .......................................................................................... 30
4.1.1 LÂMPADA FLUORESCENTES X LÂMPADAS DE LEDS ....................... 32
4.2 AQUECIMENTO DE ÁGUA ..................................................................... 33
4.2.1 ELETRICIDADE ...................................................................................... 34
4.2.2 AQUECIMENTO A GASES COMBUSTÍVEIS ......................................... 35
4.2.3 AQUECIMENTO SOLAR ......................................................................... 37
5 ESTUDO DE CASO E APLICAÇÃO DA NBR 16819 ............................. 39
5.1 APLICANDO A NBR 5410:2004 .............................................................. 39
5.1.1 ATERRAMENTO E EQUIPOTENCIALIZAÇÃO ...................................... 39
5.1.1.1 PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS ........................ 41
5.1.2 PROTEÇÃO CONTRA SOBRECORRENTE E CURTO-CIRCUITO ....... 43
5.1.2.1 PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS .................................... 44
5.2 APLICANDO A NBR 16819 ..................................................................... 45
5.2.1 DISTRIBUIÇÃO DOS CIRCUITOS.......................................................... 48
5.2.2 DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES .......................................... 51
5.2.2.1 CIRCUITO ALIMENTADOR .................................................................... 52
5.2.2.1.1 CIRCUITOS TERMINAIS ........................................................................ 53
5.3 OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO .............................................................. 71
5.4 SUSTENTABILIDADE ............................................................................. 75
5.4.1 RESÍDUOS ELÉTRICOS E ELETRÔNICOS .......................................... 76
5.4.2 RISCOS ENVOLVIDOS .......................................................................... 76
5.4.3 LOGÍSTICA REVERSA ........................................................................... 77
6 CONCLUSÃO ......................................................................................... 81
REFERÊNCIAS ....................................................................................... 83
ANEXO A — FORMULÁRIO TÉCNICO CABLE APP ............................. 88
14

1 INTRODUÇÃO

Quando se trata de eficiência energética há algumas definições, segundo a


EPE (EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA) (2020) "eficiência significa fazer
mais (ou, pelo menos, a mesma coisa) com menos, mantendo o conforto e a
qualidade.
Quando se discute energia, eficiência energética significa gerar a mesma
quantidade de energia com menos recursos naturais ou obter o mesmo serviço
("realizar trabalho") com menos energia".
A ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS) (2000) NBR
ISO 9000 define o termo eficiência como “a relação entre o resultado alcançado e os
recursos utilizados”.
Propondo sempre melhorias ao fornecimento de energia elétrica de qualidade
a LIGHT (2012), define que "o conceito de eficiência energética engloba o conjunto
de ações que buscam a conservação de recursos não renováveis, a otimização do
uso de diferentes fontes de energia e o combate ao desperdício.
Nesta mesma linha de raciocínio "a eficiência energética residencial evita os
desperdícios na utilização da energia elétrica e garante que os moradores consigam
executar suas atividades utilizando-a o menos possível." AMBAR (2019).
Para obtermos a garantia que estamos utilizando os recursos de forma
eficiente faz-se necessário o gerenciamento dos recursos energéticos
disponibilizados em uma residência, podemos realizar por meio de software de
controle e automação o gerenciamento, pois atualmente há diversos equipamentos
para aferição de corrente de circuitos, dimerização de iluminação, controle de
temperatura, sensores de presença etc.

1.1 OBJETIVOS GERAIS

Este trabalho foi concebido com o intuito de gerar eficiência energética por
meio de gerenciamento dos recursos elétricos disponibilizados e a devida
adequação dos conceitos de eficiência energética aplicada as instalações
residenciais.
15

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Este conjunto de metas que definimos norteara nosso projeto:

• Dimensionamento de condutores para eficiência


• Dimensionamento dos circuitos buscando balanceamento de carga x
potência
• Emprego de automação
• Balanceamento das fases
• Definição de perda máxima na instalação por efeito Joule de 2%
• Gestão de qualidade para garantir operacionalização da instalação

1.3 JUSTIFICATIVA DO TRABALHO

O trabalho em questão busca por meio da simplicidade demonstrar que o


planejamento e a execução de um projeto de instalações elétricas impacta
diretamente o bolso do consumidor de forma positiva quando realizado seguindo os
conceitos verificados e aprovados ou de forma negativa gerando desperdícios
quando não efetuados de forma correta, porém vem demonstra por meio de estudo
de caso e revisão bibliográfica que é possível realizar uma instalação com eficiência
e redução significativa de custos com as tarifas de energia e manutenção das
instalações quando aplicados os conceitos de eficiência energética e processos de
gerenciamento dos recursos.

1.4 METODOLOGIA PROPOSTA

• Revisão bibliográfica da NBR 16819 - (Teoria x Realidade).


• Pesquisa sobre os programas de eficiência energética existentes no Brasil.
• Estudo de caso de um projeto de instalações elétricas em residência
modelo.
16

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo será apresenta a fundamentação teórica a ser utilizada como


base para o trabalho, no transcorrer deste capítulo veremos alguns conceitos, leis e
suas aplicações.
O homem vivencia hoje um desenvolvimento nunca vivido. Os meios
tecnológicos possibilitam com que o homem produza aparelhos cada vez mais
sofisticados, os quais dá a oportunidade ao ser humano de escolha, por isso, a
sociedade hoje, busca viver de forma sustentável, tendo uma qualidade de vida que
seja possível de ser usufruída economicamente. E um dos métodos para alcançar a
eficiência energética é o uso de aparelhos energeticamente eficiente.
O Brasil possui a Lei nº. 10.295/2001 (Lei de Eficiência Energética), que
regulamenta o uso racional e eficiente da energia e a preservação do meio
ambiente, estabelecendo níveis máximos de consumo de energia e mínimos de
eficiência energética para aparelhos e máquinas fabricada no país (BRASIL, 2001).
De acordo com Inmetro (2015), no Brasil existe também o Programa
Brasileiro de Etiquetagem, que fornece informações sobre os produtos
comercializados, com relação e eficiência energética, recebendo assim etiquetas
que vão da letra A, classificação mais eficiente para o produto, até a letra G,
classificação menos eficiente para o produto e o selo PROCEL de economia de
Energia, que conforme PROCEL (2015) é ele que mostra ao consumidor os
equipamentos mais eficientes disponíveis no mercado e os que consomem menos
energia.
Por meio destes programas os cidadãos, poderão consumir conscientes os
aparelhos e equipamentos, priorizando aqueles que possuem o selo de eficiência
energética.
Segundo Salum (2005), Eficiência energética é utilizar a energia de forma a
obter o máximo benefício com o menor consumo, evitando os desperdícios ou uso
inadequado sem diminuir a qualidade de vida, conforto, segurança e produtividade.
Para EPE (2010), o termo eficiência energética é a relação entre a quantidade de
energia final utilizada e de um bem produzido ou serviço realizado, em que a
eficiência está associada à quantidade efetiva de energia utilizada e não à
quantidade necessária para realizar um serviço. Para Hordeski (2005) o termo
17

eficiência é a capacidade de equipamentos que operam em ciclos ou processos


produzirem os resultados esperados.
Conforme Lamberts e Triana (2007), a eficiência energética pode ser
alcançada por meio de três métodos, em que o primeiro é bioclimatologia, o segundo
é o uso de recursos renováveis de energia e o terceiro é o uso de aparelhos
energeticamente eficientes. Para os autores a melhor maneira de reduzir a energia
elétrica é através do terceiro método, isto é, por meio do uso consciente dos
aparelhos e equipamentos.

2.1 ILUMINAÇÃO

Há publicados diversos estudos que trazem comparativos entre a tecnologia


de LED e as lâmpadas convencionais existentes no mercado, o que tem facilitado a
vida dos projetistas, engenheiros e instaladores e contribui para a criação de
projetos com melhor eficiência energética, aliando conforto e bem-estar dos
usuários. A iluminação com LED é a grande tendência para os sistemas de
iluminação do futuro, por agregar redução no consumo de energia, melhor qualidade
da luz emitida e maior durabilidade: (...) deve sair o resultado da licitação para a
parceria público-privada destinada à troca dos 580 mil pontos de luz da cidade de
São Paulo (...) O projeto de estimados US$ 3 bilhões é provavelmente o maior já
registrado no mundo. Contribui para o encantamento provocado pela tecnologia o
seu rápido desenvolvimento impulsionado por pesado investimento realizado pela 18
vanguarda dos fabricantes. Sucedem-se os anúncios de novos LEDs com índices
sempre mais altos de eficiência, durabilidade, distribuição luminosa, versatilidade
etc. (CRESTANI, 2014, p. 6).
De acordo com (Leelakulthanit, 2014), a adoção de lâmpadas de LED é um
bom método para aumentar a eficiência da iluminação em uma residência e
contribuir para a redução do consumo de energia. Os LEDs (Light Emitting Diodes –
Diodos Emissores de Luz) são semicondutores do estado sólido de iluminação. Esse
estado é definido como aquele em que a luz é emitida a partir de um objeto sólido
(no caso os LEDs) convertendo a energia elétrica diretamente em luz, ao invés de
usar descargas ou filamentos, como nas lâmpadas fluorescentes e incandescentes,
respectivamente (Philips, 2010; Ferreira, 2014).
18

Em relação às várias qualidades das lâmpadas de LED pode-se citar que,


geralmente, elas não queimam repentinamente, como acontece com as lâmpadas
incandescentes, em vez disso, elas vão se tornando mais fracas ao longo do tempo.
Elas também não emitem raio ultravioleta nem luz infravermelha, produzem
pouquíssimo calor, são resistentes a choques e vibrações, operam de forma eficaz
em ambientes frios, possuem altíssima vida útil, consumo baixo de energia, tamanho
reduzido, variedade de cores, luz dirigida e alta eficiência energética (Leelakulthanit,
2014; Lamberts; Dutra; Pereira, 2014).
Além de todos esses benefícios é importante destacar que as lâmpadas de
LED causam uma redução considerável nos impactos ambientais. Para começar,
elas não possuem mercúrio (Hg) ou outros metais pesados, como as fluorescentes,
e assim eliminam as chances de criar a poluição quando os bulbos são eliminados
no final do seu ciclo de vida (Leelakulthanit, 2014). Considerando a redução no
consumo de energia, elas também contribuem para uma queda importante nas
emissões de CO2, e consequentemente para a redução do efeito estufa, um fator
importante para avaliar a sustentabilidade (Ferreira, 2014).
Entende-se, portanto, que adotar lâmpadas de tecnologia LED é um método
eficaz para reduzir o consumo de eletricidade.

2.2 AQUECIMENTO

De acordo com a EPE (2010), o termo “eficiência energética” é a relação


entre a quantidade de energia final utilizada e de um bem produzido ou serviço
realizado, em que a eficiência está associada à quantidade efetiva de energia
utilizada e não à quantidade necessária para realizar um serviço. Para Hordeski
(2005) o termo eficiência é a capacidade de equipamentos que operam em ciclos ou
processos produzirem os resultados esperados. Nesse momento foi primordial agir
no sentido de conscientizar os gestores a adquirirem projetos em que a eficiência
energética fosse priorizada, almejando-se a construção de edificações eficientes no
tocante à redução do consumo de energia elétrica e consequentemente ter um maior
controle das alterações climáticas. EPE (2007).
19

O sistema de aquecimento solar possui basicamente dois elementos


principais, as placas solares e o boiler (GREEN, 2015):
A energia solar térmica consiste no aquecimento de um fluido de trabalho
através da conversão da radiação do sol em energia térmica. 20 O sistema de
aquecimento solar é divido em três subsistemas básicos. São eles: Captação:
composto pelos coletores solares por onde circula o fluido a ser aquecido e pelas
tubulações de ligação entre os coletores e entre a bateria de coletores e o
reservatório térmico. Em instalações maiores há ainda a bomba hidráulica. No Brasil,
o fluido de trabalho mais usado é a água; Armazenamento: composto pelo
reservatório térmico e pelo sistema complementar de energia; Consumo: composto
por toda a distribuição hidráulica entre o reservatório térmico e os pontos de
consumo (GREEN, 2015).
De acordo com (VASCONCELLOS; LIMBERGE, 2012, p. 21). Que mostra os
relatórios recentes indicam qual a importância do aquecimento solar nas residências
no Brasil.
A classe residencial perfaz 72% da área total de coletores solares,
destinados para banho, instalada no país, sendo 66% instalados em unidades uni
familiar e 6%, em edifícios, com sistemas de aquecimento central. Nos últimos anos,
o uso do aquecimento solar em habitações de interesse social ganhou impulso
devido aos programas de eficiência energética, supervisionados pela Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e ao Programa Minha Casa Minha Vida
(PMCMV), do governo federal, que passou a ser obrigatório a partir de 2011 para
residências uni familiar (VASCONCELLOS; LIMBERGE, 2012, p. 21).
Com base nas citações acima, pode-se concluir que com métodos simples de
utilização de aquecimentos solares é possível diminuir significante o gasto mensal
de energia elétrica em uma residência. Tais medidas já foram empregadas no
Programa Minha Casa Minha Vida do governo brasileiro.

2.3 AUTOGERAÇÃO DE ENERGIA

Uma das grandes vantagens do sistema fotovoltaico instalado diretamente na


carga consiste no melhor aproveitamento da área não utilizada da residência e a
20

diminuição da necessidade de investimentos com linhas de transmissão, além de


colaborar com os aspectos ambientais.
As células fotovoltaicas são feitas de um material semicondutor, geralmente
de silício (um recurso muito abundante na terra), que é tratado quimicamente para
criar uma camada de carga positiva e uma camada de carga negativa. Quando a luz
solar atinge uma célula fotovoltaica, um elétron é desalojado. Estes elétrons são
recolhidos por fios ligados à célula, formando uma corrente elétrica. Quanto mais
células, maior a corrente e tensão. Um certo número de células dispostas lado a
lado formam um módulo ou painel fotovoltaico, vários módulos juntos formam um
arranjo de painéis fotovoltaicos. Os módulos vendidos comercialmente possuem
potências que variam desde 5 watts até 300 watts, e produzem corrente contínua
(cc) semelhante a corrente da bateria de um automóvel (MINHA CASA SOLAR,
2015)
A maior contribuição do sistema fotovoltaico é a redução do valor de consumo
de energia elétrica adquirida da concessionária. A integração fotovoltaica conectada
à rede elétrica em edifícios comerciais é particularmente mais vantajosa, pois
normalmente nestes, além da maior demanda ser diurna, existe o uso intensivo de
aparelhos de ar condicionado que possibilita uma coincidência entre os picos de
demanda e os de geração solar (SALAMONI, 2004, p. 356).
O sistema de compensação de energia funciona por meio da produção de
energia durante o dia e o consumo durante a noite. A grande questão é dimensionar
um sistema que consiga compensar todo o consumo realizado 24 durante a noite:
“Essa possibilidade surgiu em abril de 2012, quando a ANEEL publicou a Resolução
Normativa 482/2012. Internacionalmente, esse sistema é conhecido como net
metering” (AMÉRICA DO SOL, 2013)
21

3 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Temos que a Eficiência Energética pode ser definida como uma atividade
técnico-econômica, que tem por objetivo propiciar um uso otimizado de matéria
prima fornecida pela natureza (ANEEL, Programa de Eficiência Energética).
Iniciando com uma breve narração histórica de como o mundo iniciou a
tratativas de um consumo de energia eficiente e sustentável, explicaremos também
algumas normas e regulamentações e que vieram a surgir para serem aplicadas ao
setor elétrico, tanto no setor público e privado, antes falaremos um pouco sobre
sustentabilidade / eficiência energética. / eficiência energética.
Para falar em eficiência energética com maior propriedade de seus benefícios
para o planeta como um todo precisamos alinhar alguns pontos com respeito a
sustentabilidade, que nos proporcionarão um ganho ainda maior quando observado
o panorama geral que envolve a aplicação de conceitos de eficiência energética.
Diversos artigos, livros e relatórios governamentais fazem rotineiramente o
um cruzamento de dados entre sustentabilidade e eficiência energética buscando
balancear essa relação em que sempre a natureza sai perdendo, por falta de
eficácia em fiscalização, elaboração de programas regionais e macrorregionais
eficientes de eficiência energética e incentivos mais chamativos e de fácil acesso a
população.
Por mais eficiente que um sistema residencial possa ser, faz-se necessário
que as concessionárias de alguma forma premie de forma mais palpável esses
cidadãos que realizaram todo um esforço em uma reforma ou em uma construção
nova observando e buscando implementar em seu projeto os conceitos de eficiência
energética e de forma indireta ainda contribuiu para a sustentabilidade. Como
informado pela (PROCEL) O consumo de energia elétrica nas edificações
corresponde a cerca de 45% do consumo faturado no país. Estima-se um potencial
de redução deste consumo em 50% para novas edificações e de 30% para aquelas
que promoverem reformas que contemplem os conceitos de eficiência energética em
edificações.
22

3.1 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NO BRASIL

O Brasil com vista em combater a crise do petróleo dos anos 70, o governo
lançou o programa nuclear e usinas térmicas movidas a álcool que seriam
beneficiadas pelo Programa Nacional do Álcool (PROÁLCOOL) e buscaram acelerar
a expansão das usinas hidrelétricas para geração de energia de baixo custo.
Durante o período da crise do petróleo o governo percebeu que as indústrias
eram o setor da economia que mais demandava uso dos derivados do petróleo e
com isso o governo aumentou o preço do insumo para esse setor. Como essa
medida não foi bem vista pelo setor produtivo o governo lançou o Programa de
Conservação de Energia Elétrica, o CONSERVE, no ano 1981, que tinha como
objetivo impulsionar a eficiência energética no Brasil (PIMENTEL).
Ao longo das décadas, a proteção aos recursos ambientais e desperdício de
energia se tornaram pautas importantes para o desenvolvimento do econômico e
elétrico da nação. Com isso foram criados alguns programas:

● PROGRAMA BRASILEIRO DE ETIQUETAGEM (PBE);


● PROGRAMA NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
(PROCEL);
● PROGRAMA NACIONAL DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM
EDIFICAÇÕES (PROCEL EDIFICA)

3.2 PROGRAMA BRASILEIRO DE ETIQUETAGEM (PBE)

O Programa Brasileiro de Etiquetagem foi criado em 1984, visando a


fabricação produtos mais econômicos e de menor impacto ambiental,
proporcionando aos consumidores informações que permitam escolher produtos
com maior eficiência em relação ao consumo, possibilitando assim a economia de
energia.
O programa é coordenado pelo INMETRO, e inicialmente teve a adesão
voluntária dos fabricantes e ganhou o apoio do da ELETROBRÁS através do
Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica - PROCEL
23

A partir da lei publicada em 17 de outubro de 2001, Lei no. 10.295, Lei de


Eficiência Energética, o Inmetro, que de forma voluntária estabelecia programas de
etiquetagem, passou a ter a responsabilidade de estabelecer programas de
avaliação da conformidade compulsórios na área de desempenho energético.
Tendo, portanto, papel fundamental na implementação da Lei de Eficiência
Energética.
A obtenção do selos de conformidade é realizada somente com base nos
dados de consumo obtidos nas medições realizadas pelo Programa Brasileiro de
Etiquetagem, nos laboratórios de referência indicados pelo INMETRO. Os
fabricantes de equipamentos não integrantes do PBE e que tenham interesse na
obtenção da etiqueta, encaminham a solicitação ao INMETRO, para que sejam
avaliadas as condições de inclusão do seu equipamento no PBE. Os fabricantes
deverão em cada categoria solicitada possuir todos os modelos etiquetados para
poder receber o selo referente a categoria do equipamento (INMETRO).
Quando o principal fator analisado no produto, por exemplo, for a eficiência
energética, a etiqueta recebe o nome de Etiqueta Nacional de Conservação de
Energia, e classifica os produtos em faixas coloridas que variam de mais eficiente
até menos eficiente, além de fornecer outros dados importantes. (Figura 1)
(INMETRO).
24

Figura 1 — Etiqueta Padrão para Equipamentos (PROCEL)

Fonte: INMETRO (2021)

Os produtos que possuem etiquetas próprias conforme demonstrado na figura


1 deveram ser submetidos a testes no de laboratório pelo Inmetro. A figura 2 é
utilizada para lâmpadas, que por sua vez, apresenta as faixas indicando o consumo
de mais eficiente até o menos eficiente (INMETRO).
25

Figura 2 — Etiqueta padrão para Lâmpadas

Fonte: INMETRO (2021)

Segundo a cartilha do Inmetro, disponibilizada em seu site, quando


comparamos a troca de um equipamento de classificação ‘E’ por um de classificação
‘A’, temos aproximadamente uma economia ao ano de R$320,00. Por Exemplo:
1. Troca de lâmpadas incandescentes por compactas: R$240
2. Uso de ar condicionado Split 9.000 BTU :R$100
3. Refrigerador Combinado (300 litros): R$80
4. Ventilador de mesa: R$80
5. Refrigerador de uma porta (230 litros): R$38

3.3 PROGRAMA NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA


(PROCEL)

O PROCEL foi criado em 1985 e inicialmente caracterizou-se pela publicação


e distribuição de manuais destinados à conservação de energia elétrica entres várias
classes setoriais. Nessa época, algumas iniciativas quanto ao desenvolvimento
tecnológico, normas técnicas e adequação de legislação foram realizadas.
Uma das principais criações foi o Selo PROCEL, instituído por meio de
Decreto presidencial em 08 de dezembro de 1993, que indica ao consumidor os
26

produtos que apresentam diferentes tipos de eficiência energética, variando do mais


alto até o mais baixo valor. (PROCEL (PROGRAMA NACIONAL DE
CONSERVAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA), 2020)
Segundo o regulamento do Selo PROCEL de Economia de Energia, seção
3.2, o processo de recebimento do selo é realizado da seguinte maneira (SELO
PROCEL DE ENERGIA)

● Os fabricantes deverão indicar ao INMETRO seus equipamentos e valores


para concorrer ao Selo PROCEL valores esses que serão apresentados em
reunião específica a ser convocada e realizada pelo INMETRO. A partir daí
esses valores não poderão ser modificados ou alterados.
● Os fabricantes que não comparecerem à reunião específica e não
enviarem os valores de seus equipamentos concorrentes ao Selo PROCEL,
formalmente ao INMETRO, com antecedência de 48 horas à reunião acima
para serem incluídos nas tabelas a serem elaboradas nesta reunião, não se
habilitarão ao selo não cabendo recurso ou justificativa.
● Após apresentação dos resultados acima os produtos concorrentes ao selo
devem ser encaminhados em 48 horas para o laboratório de referência para
ensaio.
● Os resultados dos ensaios devem ser divulgados ao GT pelo INMETRO,
que informará ao PROCEL através de reunião específica com os membros da
Comissão de Análise do “SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA”.

Os resultados dos ensaios devem ser divulgados ao GT pelo INMETRO, que


informará ao PROCEL através de reunião específica com os membros da Comissão
de Análise do “SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA”.
Ocorrendo sucesso nos testes em laboratório, o produto em questão passar a
contar com um adesivo como na Figura 3, que especifica ao consumidor que este
equipamento foi verificado pelo Inmetro.
27

Figura 3 — Selo PROCEL

Fonte: Os autores (2021) Selo Procel de Energia

Atualmente o Selo PROCEL é aplicado aos produtos especificados na Tabela


1 e Tabela 2

Tabela 1 — Equipamentos com Selo PROCEL: Eletrodomésticos e Refrigeração

Eletrodomésticos Refrigeração/ Aquecedor

Refrigerador de uma porta compacto Ar-condicionado de janela

Refrigerador de uma porta Ar-condicionado Split

Refrigerador combinado Coletor solar plano - aplicação banho

Refrigerador combinado frost-free Coletor solar plano - aplicação piscina

Freezer vertical Reservatório térmicos para coletores solares

Freezer vertical frost-free

Freezer horizontal
Fonte: PROCEL Selo Procel de Energia
28

Tabela 2 — Equipamentos com Selo PROCEL: Motores e Iluminação

MOTORES ILUMINAÇÃO

Motor elétrico de indução trifásico Reator eletromagnético para lâmpada a vapor de


sódio

Motor elétrico de indução trifásico de alto Reator eletromagnético para lâmpada


rendimento

Fluorescente tubular

Lâmpada fluorescente compacta

Lâmpada fluorescente circular


Fonte: Selo Procel de Energia

3.4 PROGRAMA NACIONAL DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM EDIFICAÇÕES


(PROCEL EDIFICA)

Mantendo a importância da Eficiência Energética, foi criado o Programa


Nacional de Eficiência Energética em Edificações – PROCEL EDIFICA onde foi
instituído em 2003 pela ELETROBRAS/PROCEL e atua de forma conjunta com o
Ministério de Minas e Energia. Em 2010 foi lançado o programa para residências e
edifícios multifamiliares (PROCEL).
As categorias básicas desse programa são:
● Envoltória
● Iluminação
● Condicionamento de ar
● Aquecimento de água

Para obter a etiqueta PROCEL EDIFICA foram desenvolvidos o Regulamento


Técnico da Qualidade do Nível de Eficiência Energética (RTQ) e alguns documentos
para complementação, como o Regulamento de Avaliação da Conformidade do
Nível de Eficiência Energética (RAC), ambos publicados pelo Inmetro. O RTQ
estabelece os requisitos técnicos para avaliação da eficiência energética das
edificações. O RAC determina o processo de avaliação das características do
edifício para etiquetagem junto ao Laboratório de Inspeção credenciado pelo
29

Inmetro. A classificação do nível de eficiência energética da edificação pode variar


de A (mais eficiente) a E (menos eficiente) (MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA).
Esta classificação está relacionada à pontuação total alcançada pelo edifício,
calculada com base no resultado da avaliação de cada sistema individual associado
a um peso.

Figura 4 — Etiqueta para Edificação

Fonte: PROCEL (PROGRAMA NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA) (2020)


30

4 TECNOLOGIAS EFICIENTES

Para considerarmos uma residência eficiente energeticamente devemos


prever a utilização de equipamentos de baixo consumo de energia desde a
elaboração do projeto. Com base em suas especificações podemos caminhar com
segurança e eficiência em nossas colocações técnicas a respeito das instalações
elétricas residenciais.

4.1 ILUMINAÇÃO

Segundo Moreira, a iluminação é responsável por aproximadamente, 23% do


consumo de energia elétrica no setor residencial, 44% no setor comercial e públicos
e 1% no setor industrial. O mesmo autor menciona que vários trabalhos
desenvolvidos mostram que a iluminação é ineficiente é comum o Brasil. Uma
combinação de lâmpadas, reatores, sensores, luminárias e refletores eficientes,
associados a hábitos saudáveis na sua utilização, podem ser aplicados para reduzir
o consumo de energia elétrica (MOREIRA, 2007).
A ABNT NBR 16819 (2020) no item 10.2.1.2 Iluminação nos orienta da
seguinte forma.
A iluminação pode representar um grande consumo de energia de uma
instalação elétrica, dependendo do tipo de lâmpadas e luminárias utilizadas.
O controle da iluminação é uma das maneiras mais fáceis de melhorar a
eficiência energética. Portanto, convém levar em consideração o controle da
iluminação. Para a aplicação no controle da iluminação, convém levar em
consideração o tipo de lâmpada e o reator. (ABNT NBR 16819, 2020).

A Figura 5 compara a eficácia luminosa, definida como a razão entre a


radiação luminosa emitida em lumens (lm) e a potência elétrica consumida em watts
(W), para os diversos tipos lâmpadas encontradas no mercado brasileiro. As
lâmpadas de descarga, entre as quais temos as fluorescentes, necessitam de
menores potências para produzirem o mesmo resultado visual do que as lâmpadas
incandescentes, apresentando maior eficácia luminosa.
31

Figura 5

Fonte: Relatório... (2007)

A partir de estudos realizados por Costa (2005), constatou-se que para efeitos
práticos de iluminação, considerando 1 lm = 0,001464 W, é possível converter as
unidades luminosas em potência e determinar as eficiências luminosas de cada tipo
de lâmpada como mostra a Tabela 3.

Tabela 3 — Eficiência das lâmpadas

Tipo de Lâmpada Eficiência Energética

Eficácia (lm/W) Eficiência(%)

Incandescentes 10 a 15 1,3 a 2,2

Halógenas 15 a 25 2,2 a 3,7

Mista 20 a 35 2,9 a 5,1

Vapor de mercúrio 45 a 55 6,6 a 8,1

Fluorescente comum 55 a 75 8,1 a 11

Fluorescente compacta 50 a 85 7,3 a 12,4

Metálica 65 a 90 9,5 a 13,2


32

Fluorescente eficiente 75 a 90 11 a 13,2

Vapor de sódio 80 a 140 11,7 a 20,5

LED 130 a 200 19, a 29,2


Fonte: COSTA (2005)

Para se obter um uso eficiente de energia na área de iluminação, temos que


conhecer qual tipo de lâmpada iremos usar no projeto. Vamos analisar brevemente
dois tipos mais comuns nas residências, as lâmpadas fluorescentes e LEDs.

4.1.1 LÂMPADA FLUORESCENTES X LÂMPADAS DE LEDS

As lâmpadas fluorescentes são compostas por vidro coberto por material a


base de fósforo e, dentro delas há gases inertes a baixa pressão que se ionizam
quando passa corrente elétrica pelos eletrodos em sua extremidade, gerando luz.
Em geral, as lâmpadas fluorescentes possuem boa eficiência luminosa (quatro a
seis vezes maior que as incandescentes) e vida útil mais alta (6000 a 9000 horas).
As lâmpadas fluorescentes substituíram as lâmpadas incandescentes, pois uma
lâmpada fluorescente de 9W ilumina a mesma quantidade que uma incandescente
de 60W (LAMBERTS; RUTTKAY, 2014).
Os LEDs são diodos capazes de emitir luz e gerar pouco consumo de energia
(efeito de Joule), portanto, possuem alta eficiência energética. Hoje os LEDS são
bem difundidos no meio eletrônico em equipamentos como som e TV, o LED
tornou-se o substituto das lâmpadas fluorescentes compactas, devido ao fato dessas
lâmpadas precisarem de menos potência para gerar o mesmo fluxo luminoso que as
lâmpadas fluorescentes. Além disso, as lâmpadas LED possuem uma vida útil muito
elevada, alta variedade de cores, não emitem calor e possuem fácil descarte e
reciclagem devido ao fato de não conter materiais pesados como chumbo ou
mercúrio. A principal desvantagem do LED em relação as lâmpadas fluorescentes é
o custo, hoje as lâmpadas LED ainda custam mais que uma lâmpada fluorescente,
entretanto, apesar do investimento inicial ser maior, o LED compensa com sua maior
capacidade de geração de luz com menos potência, maior eficiência luminosa e
maior vida útil. (LAMBERTS; RUTTKAY, 2014).
33

Figura 6 — Lâmpada fluorescente e LED

Fonte: Lâmpada...

4.2 AQUECIMENTO DE ÁGUA

A ELETROBRAS informa em seu relatório com ano base de 2019, que o


chuveiro elétrico é o responsável pelo maior consumo de energia elétrica do setor
residencial no Brasil, cerca de 37,52%, por isso é de grande interesse a utilização de
sistemas de aquecimento de água mais eficientes e que consumam menos energia.
Atualmente vem se tornando cada vez mais comum a utilização de fontes
alternativas para o aquecimento da água em edificações, como o gás natural ou
GLP e os sistemas de aquecimento solar. (ELETROBRAS...). Na figura 7. pode ser
visto o mapa de aquecimento de água no Brasil.
34

Figura 7 — Aquecimento de Água Brasil

Fonte: Eletrobras...

Segundo o CARVALHO JÚNIOR (2018), a utilização de aquecimento solar


pode reduzir em até 70% o valor da fatura de energia elétrica de uma residência, por
esse motivo, a elaboração do projeto elétrico deve levar em consideração o projeto
hidrossanitário, pois o mesmo contribui para a redução do consumo de energia
elétrica e também pode gerar economia no que tange a elaboração do projeto, como
número de circuitos, seção de condutores e eletrodutos e dimensionamento da
entrada de energia e demanda contratada (JÚNIOR, 2018).

4.2.1 ELETRICIDADE

Mesmo não sendo os equipamentos de baixo consumo de energia elétrica


não podemos deixar de citar. A eletricidade é utilizada principalmente para aquecer
água através de aquecedores individuais (torneiras e chuveiros elétricos),
aquecedores de acumulação (reservatórios com resistências elétrica) e bombas de
calor (SANGOI, 2015).
35

Conforme apresentado na Figura 7, o chuveiro elétrico é utilizado na maioria


da moradias brasileiras (ELETROBRAS, 2019), devido ao seu custo de implantação
ser mais baixos que as outras opções que iremos mostrar a seguir. De acordo com
SANGOI (2015), o equipamento apresenta alto consumo energético, vindo a ser
uma parcela significativa do gasto de energia do usuário. A figura 8 ilustra um
chuveiro elétrico.

Figura 8 — Chuveiro Elétrico

Fonte: Catálogo Lorenzetti

Já os aquecedores elétricos de acumulação consistem em reservatórios de


água quente com uma resistência elétrica em seu interior. Quando comparado com
os aquecedores a gás, esse sistema tem a vantagem de ser mais seguro, podendo
ser instalado em qualquer lugar e não gerar gases poluentes.

4.2.2 AQUECIMENTO A GASES COMBUSTÍVEIS

Os gases combustíveis mais utilizados para o aquecimento de água são o


Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) e o Gás Natural. A utilização do gás ao invés da
eletricidade para a produção de água quente, reduz consideravelmente a demanda
de energia elétrica da rede em horários de pico (COMGÁS; ABRINSTRAL, 2011).
Os aquecedores a gás podem ser instantâneos ou de acumulação, entretanto,
apresentam como desvantagem o local de sua instalação, pois por questões de
segurança, os aquecedores devem ser instalados em locais apropriados, com
ventilação adequada para o escoamento dos gases da combustão. (SINDIGÁS
; IEE-USP)
36

Segundo SANGOI (2015), ao analisar a eficiência de diferentes sistemas de


aquecimento de água com aquecedores a gás, diversos autores afirmam que os
aquecedores a gás de acumulação, com queimador acoplado ao reservatório, são
menos eficientes que os instantâneos ou de passagem. Isso ocorre devido as
perdas térmicas do reservatório e, principalmente, a menor eficiência de combustão
desse aparelho, sendo a economia de energia de um sistema de aquecimento a gás
instantâneo variando de 8% a 43% em relação ao de acumulação. Já quando
comparados equipamentos de acumulação, os reservatórios com resistência elétrica
apresentam menos perdas térmicas que os aquecedores a gás, devido as trocas de
calor pela chaminé dos equipamentos a gás. A figura 9 ilustra um modelo de
aquecedor de passagem a gás.

Figura 9 — Aquecedor de passagem a gás

Fonte: RINNAI
37

4.2.3 AQUECIMENTO SOLAR

A utilização do sol como fonte de energia é uma alternativa que se apresenta


com boas perspectivas futuras, visando tanto à sustentabilidade quanto à redução
de gastos com energia. O aquecimento solar utiliza uma fonte de energia gratuita,
limpa e inesgotável, o que torna a sua utilização ecologicamente correta. A utilização
dessa forma de energia implica saber captá-la, armazená-la e utilizá-la com melhor
eficiência A utilização da energia solar térmica é um processo simples, que começa
através de um reservatório de água que transfere água fria para um coletor solar. O
coletor é o equipamento responsável por aquecer a água através da radiação solar
que incide sobre ele. A captação dessa radiação se dá por uma base de placas
metálicas que recebem, na maioria das vezes, uma pintura preta para elevar sua
capacidade de absorção da luz. A água aquecida no coletor solar é transferida para
o reservatório, o qual é feito de material termicamente isolante para evitar a perda de
calor da água até seu uso (MIYAZATO, 2015).
A utilização da energia solar como fonte de energia está diretamente ligada
com as condições climáticas da região em que será feita a instalação. Por isso, é
necessário um sistema de apoio para garantir o fornecimento de água quente
quando as condições climáticas não são favoráveis. Os sistemas solares são
geralmente dimensionados para atender uma parcela da demanda anual, por
consequência, muitas vezes não será possível atingir a temperatura desejada em
boa parte do inverno e esteja superdimensionada no verão. Por esse motivo, o
sistema solar acaba funcionando como um complemento a outros sistemas de
aquecimento.
O desempenho do sistema solar é influenciado por diversos fatores, sendo
os principais: o local da edificação, a orientação dos coletores e as condições
climáticas locais. Parâmetros como a área de eficiência dos coletores, dimensões do
reservatório e o diâmetro e comprimento das tubulações também devem ser levados
em conta quando é feito o dimensionamento do projeto. Em muitos casos a maior
pare da demanda de água quente ocorre a noite, quando o sistema não está mais
recebendo energia solar, fazendo com que boa parte da energia seja perdida.
Buscando minimizar esse inconveniente, no Brasil o sistema de aquecimento solar
individual para cada unidade habitacional funciona juntamente com um aquecimento
38

auxiliar por chuveiro elétrico (SANGOI, 2015). Na figura 10 . pode ser visto o
funcionamento simplificado de um coletor solar.

Figura 10 — Coletor solar.

Fonte: Sistema simplificado de um coletor solar.


39

5 ESTUDO DE CASO E APLICAÇÃO DA NBR 16819

Para iniciar um projeto elétrico faz-se necessário observar o que diz o item 4
Princípios fundamentais e determinação das características gerais da
ABNT NBR 5410 (2004)
. Aonde obtemos a diretriz para execução de uma instalação elétrica com
segurança, se nos atentarmos para cumprir o que pede a norma.

Uma instalação eficiente começa a ser desenhada quando observando o


subitem 4.1.15 Qualificação profissional da ABNT NBR 5410 (2004) e seguimos a
orientação: "O projeto, a execução, a verificação e a manutenção das instalações
elétricas devem ser confiados somente a pessoas qualificadas a conceber e
executar os trabalhos em conformidade com esta Norma."

5.1 APLICANDO A NBR 5410:2004

Esta Norma estabelece as condições a que devem satisfazer as instalações


elétricas de baixa tensão, a fim de garantir a segurança de pessoas e animais, o
funcionamento adequado da instalação e a conservação dos bens.
Aplica-se principalmente às instalações elétricas de edificações, qualquer que
seja seu uso (residencial, comercial, público, industrial, de serviços, agropecuário,
hortigranjeiro etc.).

5.1.1 ATERRAMENTO E EQUIPOTENCIALIZAÇÃO

Neste estudo de caso utilizaremos o esquema de aterramento TN-S,


observem na figura a seguir:
40

Imagem 1 — Esquema de aterramento TN-S

Fonte: ABNT NBR 5410 (2004, p. 15)

De acordo com a ABNT NBR 5410 (2004).

Em 6.4.1.1.1: Toda edificação deve dispor de uma infraestrutura de


aterramento, denominada “eletrodo de aterramento”, sendo admitidas as
seguintes opções:
a) preferencialmente, uso das próprias armaduras do concreto das
fundações (ver 6.4.1.1.9); ou
b) uso de fitas, barras ou cabos metálicos, especialmente previstos, imersos
no concreto das fundações (ver 6.4.1.1.10); ou
c) uso de malhas metálicas enterradas, no nível das fundações, cobrindo a
área da edificação e complementadas, quando necessário, por hastes
verticais e/ou cabos dispostos radialmente (“pés-de-galinha”);
ou
d) no mínimo, uso de anel metálico enterrado, circundando o perímetro da
edificação e complementado, quando necessário, por hastes verticais e/ou
cabos dispostos radialmente (“pés-de-galinha”).

Por se tratar de uma edificação antiga sem infraestrutura de aterramento,


utilizaremos hastes para criar um eletrodo de aterramento e realizaremos a
equipotencialização do neutro utilizando o BEP no QGBT da residência, o cabo de
41

neutro fornecido pela concessionária é aterrado no padrão de entrada por questão


funcional.

5.1.1.1 PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Seguindo as orientações da ABNT NBR 5410 (2004) em 6.3.5 dispositivos de


proteção contra surtos (DPS)

6.3.5.2.1 Uso e localização dos DPSs


Nos casos em que for necessário o uso de DPS, como previsto em
5.4.2.1.1, e nos casos em que esse uso for especificado,
independentemente das considerações de 5.4.2.1.1, a disposição dos DPS
deve respeitar os seguintes critérios:
a) quando o objetivo for a proteção contra sobretensões de origem
atmosférica transmitidas pela linha externa de alimentação, bem como a
proteção contra sobretensões de manobra, os DPS devem ser instalados
junto ao ponto de entrada da linha na edificação ou no quadro de
distribuição principal, localizado o mais próximo possível do ponto de
entrada; ou
b) quando o objetivo for a proteção contra sobretensões provocadas por
descargas atmosféricas diretas sobre a edificação ou em suas
proximidades, os DPS devem ser instalados no ponto de entrada da linha
na edificação. (ABNT NBR 5410, 2004).

A residência em questão está localizada em uma região como descrita no


item 5.4.2.1.1 alínea "a", com proteção por DPS conforme 6.3.5.2.1 uso e
localização dos DPSs alínea "a".

5.4.2.1.1 Deve ser provida proteção contra sobretensões transitórias, com o


uso dos meios indicados em 5.4.2.1.2, nos seguintes casos:
a) quando a instalação for alimentada por linha total ou parcialmente aérea,
ou incluir ela própria linha aérea, e se situar em região sob condições de
influências externas AQ2 (mais de 25 dias de trovoadas por ano). b) quando
a instalação se situar em região sob condições de influências externas AQ3
(ver tabela 15).
Como indicado pelo item 5.4.2.1.2 A proteção contra sobretensões
requerida em 5.4.2.1.1 deve ser provida:
a) por dispositivos de proteção contra surtos (DPSs), conforme 6.3.5.2; ou
b) por outros meios que garantam uma atenuação das sobretensões no
mínimo equivalente àquela obtida conforme a alínea a). (ABNT NBR 5410,
2004).
42

A instalação dos DPSs será com forme a norma estipula, observem na


imagem a seguir o esquema de conexão 2.

Imagem 2 — Esquemas de conexão dos DPS no ponto de entrada da linha de energia ou no quadro
de distribuição principal da edificação

Fonte: ABNT NBR 5410 (2004, p. 131)

NOTAS
a) A ligação ao BEP ou à barra PE depende de onde, exatamente, os DPS
serão instalados e de como o BEP é implementado, na prática. Assim, a ligação será
no BEP quando: ± o BEP se situar a montante do quadro de distribuição principal
(com o BEP localizado, como deve ser, nas proximidades imediatas do ponto de
43

entrada da linha na edificação) e os DPS forem instalados então junto do BEP, e não
no quadro; ou ± os DPS forem instalados no quadro de distribuição principal da
edificação e a barra PE do quadro acumular a função de BEP.
Por consequência, a ligação será na barra PE, propriamente dita, quando os
DPS forem instalados no quadro de distribuição e a barra PE do quadro não
acumular a função de BEP.
b) A hipótese configura um esquema que entra TN C e que prossegue
instalação adentro TN C, ou que entra TN C e em seguida passa a TN S (aliás,
como requer a regra geral de 5.4.3.6). O neutro de entrada, necessariamente PEN,
deve ser aterrado no BEP, direta ou indiretamente (ver figura G.2). A passagem do
esquema TN C a TN S, com a separação do condutor PEN de chegada em condutor
neutro e condutor PE, seria feita no quadro de distribuição principal (globalmente, o
esquema é TN-C-S).
c) A hipótese configura três possibilidades de esquema de aterramento: TT
(com neutro), IT com neutro e linha que entra na edificação já em esquema TN S.
d) Há situações em que um dos dois esquemas se torna obrigatório, como a
do caso relacionado na alínea b) de 6.3.5.2.6

5.1.2 PROTEÇÃO CONTRA SOBRECORRENTE E CURTO-CIRCUITO

Alinhados com a ABNT NBR 5410 (2004, p. 62) item 5.3.3.1 Dispositivos
capazes de prover simultaneamente proteção contra correntes de sobrecarga e
contra correntes de curto-circuito

Esses dispositivos de proteção devem poder interromper qualquer


sobrecorrente inferior ou igual à corrente de curto-circuito presumida no
ponto em que o dispositivo for instalado. Eles devem satisfazer as
prescrições de 5.3.4 e de 5.3.5.5.1. Tais dispositivos podem ser:
a) disjuntores conforme ABNT NBR 5361, ABNT NBR IEC 60947-2, ABNT
NBR NM 60898 ou IEC 61009-2.1;
b) dispositivos fusíveis tipo gG, conforme ABNT NBR IEC 60269-1 e ABNT
NBR IEC 60269-2 ou ABNT NBR IEC 60269-3;
c) disjuntores associados a dispositivos fusíveis, conforme ABNT NBR IEC
60947-2 ou ABNT NBR NM 60898. (ABNT NBR 5410, 2004, p. 62).

Utilizaremos disjuntores conforma alínea "a" do item 5.3.3.1, para realizar a


proteção contra curto-circuito e sobrecorrente.
44

5.1.2.1 PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS

Para estarmos alinhados com a norma vigente devemos observar as


prescrições da ABNT NBR 5410 (2004, p. 36) em 5.1.2.1 Generalidades

As medidas de proteção contra choques elétricos são apresentadas em


5.1.2.2 a 5.1.2.5. A aplicação dessas medidas, em caráter geral, é tratada
em 5.1.4. A aplicação dessas medidas em situações ou locais específicos
consta na seção 9. Quanto à proteção adicional, os meios de proteção são
apresentados em 5.1.3, juntamente com casos de caráter geral em que ela
é obrigatória. A exigência de proteção adicional também figura,
implicitamente, em prescrições da seção 9.

Toda a instalação dispõe de condutor de proteção, como solicitado no item


5.1.2.2.3.1 todas as massas de uma instalação devem estar ligadas a condutores de
proteção.

No item 5.1.2.2.4.2 Esquema TN da (ABNT NBR 5410, 2004, p. 38) na


alínea:
e) no esquema TN, no seccionamento automático visando proteção contra
choques elétricos, podem ser usados os seguintes dispositivos de proteção:
- dispositivos de proteção a sobrecorrente;
- dispositivos de proteção a corrente diferencial-residual (dispositivos DR),
observado o que estabelece a alínea f);
f) não se admite, na variante TN-C do esquema TN, que a função de
seccionamento automático visando proteção contra choques elétricos seja
atribuída aos dispositivos DR.

O item 5.1.2.2.4.2 alínea "e" menciona os dispositivos de proteção que


podemos utilizar em esquema TN e em conformidade com a norma utilizaremos o
dispositivo de proteção a sobrecorrente (DJ) acompanhado de dispositivo DR como
proteção adicional contra choques elétricos para todos os circuitos de nossa
instalação e como é requerido em 5.1.3.2.2 Casos em que o uso de dispositivo
diferencial-residual de alta sensibilidade como proteção adicional é obrigatório.
45

Além dos casos especificados na seção 9, e qualquer que seja o esquema


de aterramento, devem ser objeto de proteção adicional por dispositivos a
corrente diferencial-residual com corrente diferencial-residual nominal I⧍n
igual ou inferior a 30 mA:
a) os circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em locais
contendo banheira ou chuveiro (ver 9.1);
b) os circuitos que alimentem tomadas de corrente situadas em áreas
externas à edificação;
c) os circuitos de tomadas de corrente situadas em áreas internas que
possam vir a alimentar equipamentos no exterior;
d) os circuitos que, em locais de habitação, sirvam a pontos de utilização
situados em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço,
garagens e demais dependências internas molhadas em uso normal ou
sujeitas a lavagens;
e) os circuitos que, em edificações não-residenciais, sirvam a pontos de
tomada situados em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de
serviço, garagens e, no geral, em áreas internas molhadas em uso normal
ou sujeitas a lavagens. (ABNT NBR 5410, 2004, p. 49).

Atenderemos por completo a norma, visto que além de equipotencializar


utilizaremos DR para todos os circuitos da instalação como proteção adicional de
seccionamento. Atendendo ao item 5.1.3.2.2 da alínea "a" até "d".

5.2 APLICANDO A NBR 16819

A norma em questão nos traz um passo a passo para obtermos instalações


elétricas de baixa tensão eficientes, pois quando tornamos nossas residências
eficiente ajudamos a reduzir o consumo de energia que nos traz economia além de
estarmos contribuindo para conservação do meio ambiente. A ABNT NBR 16819
(2020) no item 10.2 Medidas da eficiência, traz uma série de prescrições para
obtenção e/ou manutenção da eficiência energética que nos convém observar e
sempre que possível aplicar. um desses itens iremos aplicar a seguir é o item
10.2.2.3 Sistemas de cabeamento

As seções nominais dos condutores e a arquitetura integrada podem ser


otimizadas para reduzir perdas.
Para otimizar a arquitetura integrada pela localização da fonte de
alimentação em local adequado e para otimizar a rota do sistema de
cabeamento, deve ser aplicado o descrito em 6.3.
Para otimizar o número e a distribuição de circuitos, deve ser aplicado o
descrito em 7.3.
46

Em seguida a norma fala a respeito da queda de tensão no item 10.2.3.4 e o


impacto para eficiência energética.
Abaixo temos a imagem de uma planta dividida por ambientes na qual
aplicaremos o que a ABNT NBR 16819 (2020) nos faz entender como ações ou
atitudes necessárias desde a elaboração do projeto a sua execução para obtermos
uma instalação eficiente.

Imagem 3 — Legenda de ambientes

Fonte: PLANTA BAIXA

Com base na planta e iremos realizar a distribuição das tomadas, pontos de


iluminação e interruptores nos ambientes, realizando a previsão de carga conforme
a ABNT NBR 5410 (2004, p. 182) que no item 9.5.2 previsão de carga, define a
quantidade de pontos de iluminação e tomadas em potências mínimas para cada
47

ambiente de acordo com a sua área e perímetro. Para isso utilizaremos a tabela
abaixo com essas informações para dimensionar os circuitos.

Imagem 4 — Tabela com área e perímetro

Fonte: PLANTA BAIXA

Segue tabela com as quantidades mínimas de pontos de iluminação e


tomadas e as solicitadas pelo contratante / morador da residência. Não realizamos
estudo luminotécnico, estamos seguindo as prescrições do item 9.5.2.1.2 para
iluminação e para tomadas o item 9.5.2.2 da ABNT NBR 5410 (2004, p. 183).
48

Imagem 5 — Previsão de carga

Fonte: Os autores (2021)

5.2.1 DISTRIBUIÇÃO DOS CIRCUITOS

Os circuito do da residência foram divididos seguindo as orientações da ABNT


NBR 16819 (2020) no item 7.3.3 Malhas.
49

Figura 11 — Disposição dos pontos de tomadas na planta

Fonte: Os autores (2021)

Abaixo temos uma tabela com a divisão dos circuitos e conforme observado o
balanceamento das fases do sistema. O balanceamento foi realizado com o auxílio
do software REVIT da Autodesk.
50

Tabela 4 — Resumo dos Circuitos

Circ. Descrição Potência Fase A Fase B Fase C Comprimento


(VA)

1 Iluminação 360 VA 360 W 0 W 0 W 14


(Residencial)

2 Iluminação 460 VA 0W 460 W 0 W 19


(Residencial)

3 Iluminação 380 VA 0W 0 W 380 W 14


(Residencial)

4 TUEs (Residencial) 1400 VA 1120 0 W 0 W 10


W

5 Iluminação 760 VA 0W 760 W 0 W 16


(Residencial)

6,7 TUGs (Residencial) 1900 VA 760 W 0 W 760 W 14

8,9 TUEs (Residencial) 400 VA 0W 200 W 200 W 8

10,11 TUEs (Residencial) 1200 VA 600 W 600 W 0 W 10

12,13 TUGs (Residencial) 2300 VA 920 W 0 W 920 W 17,5

14,15 TUEs (Residencial) 1200 VA 0W 600 W 600 W 10

16,17 TUGs (Residencial) 1400 VA 560 W 560 W 0 W 10,5

18,19 TUEs (Residencial) 5500 VA 2750 0 W 2750 11


W W

20,21 TUEs (Residencial) 1800 VA 0W 900 W 900 W 7

23,24 TUGs (Residencial) 1800 VA 0W 720 W 720 W 12

25,26 TUEs (Residencial) 5500 VA 2750 2750 W 0 W 15


W

29,30 TUEs (Residencial) 5500 VA 0W 2750 W 2750 8


W

Totais: 31860 VA 9820 10300 9980


W W W
Fonte: Os autores (2021)
51

5.2.2 DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES

De acordo com as especificações da NBR 16819 que nos orienta a seguir os


padrões estabelecidos na ABNT NBR 15920 (2011).
Para calcularmos os condutores utilizaremos o software da Prysmian Group,
CableApp que nos auxiliara no dimensionamento fornecendo as seções técnicas,
econômicas e ambientais dos condutores. O formulário técnico do software está no
anexo A, configuração do software possui esses dados:

País: Brasil
Unidade de medida: m / kg / R$
Casas Decimais: 2
Preço da Energia (R$ / kWh): 0.72
Emissão de CO2 (kg CO2 / kWh): 0.10
Valor médio de utilização (%) - (para cálculo de economia de energia): 60 %

Imagem 6 — Configuração

Fonte: Os autores (2021)


52

5.2.2.1 CIRCUITO ALIMENTADOR

Aplicação: Condutor isolado para 750V


Método de instalação: Eletroduto circular embutido em alvenaria (B1, B2)
Tipo de cabo: Unipolar
Tipo de Sistema: Trifásico
Tensão de fase (V): 220 V
Fator de Potência: 0.90
Corrente (A): 50.14
Comprimento do Circuito (m): 13
Temperatura Ambiente (°C): 20
Número de Circuitos: 1

Solução Econômica e Ambiental: 16 mm² - Utilizamos


53

Imagem 7 — Alimentador

Fonte: Os autores (2021)

5.2.2.1.1 CIRCUITOS TERMINAIS

Estas serão as características dos circuitos terminais:


Aplicação: Condutor isolado para 750V
Método de instalação: Eletroduto circular embutido em alvenaria (B1, B2)
Tipo de cabo: Unipolar
Temperatura Ambiente (°C): 35

Circuito 1
Tipo de Sistema: Monofásico
Tensão de fase (V): 127 V
Fator de Potência: 1
Corrente (A): 2.83
54

Comprimento do Circuito (m): 14


Número de Circuitos: 2
Solução Econômica e Ambiental: 2.50 mm² - Utilizamos

Imagem 8 — Circuito 1

Fonte: Os autores (2021)

Circuito 2

Tipo de Sistema: Monofásico


Tensão de fase (V): 127 V
Fator de Potência: 1
Corrente (A): 3.62
Comprimento do Circuito (m): 19
Número de Circuitos: 2

Solução Econômica e Ambiental: 2.50 mm² - Utilizamos


55

Imagem 9 — Circuito 2

Fonte: Os autores (2021)

Circuito 3

Tipo de Sistema: Monofásico


Tensão de fase (V): 127 V
Fator de Potência: 1
Corrente (A): 2.99
Comprimento do Circuito (m): 14
Número de Circuitos: 2
56

Solução Econômica e Ambiental: 2.50 mm² - Utilizamos

Imagem 10 — Circuito 3

Fonte: Os autores (2021)

Circuito 4

Tipo de Sistema: Monofásico


Tensão de fase (V): 127 V
Fator de Potência: 0.8
Corrente (A): 11.02
Comprimento do Circuito (m): 10
Número de Circuitos: 2
57

Queda de Tensão: 2.50 mm² - Utilizamos

Imagem 11 — Circuito 4

Fonte: Os autores (2021)

Circuito 5

Tipo de Sistema: Monofásico


Tensão de fase (V): 127 V
Fator de Potência: 1
Corrente (A): 5.98
58

Comprimento do Circuito (m): 16


Número de Circuitos: 2

Queda de Tensão: 2.50 mm² - Utilizamos

Imagem 12 — Circuito 5

Fonte: Os autores (2021)

Circuito 6,7

Tipo de Sistema: Bifásico


Tensão de fase (V): 127 V
Fator de Potência: 0.8
59

Corrente (A): 8.64


Comprimento do Circuito (m): 14
Número de Circuitos: 2

Queda de Tensão: 2.50 mm² - Utilizamos

Imagem 13 — Circuito 6,7

Fonte: Os autores (2021)

Circuito 8,9

Tipo de Sistema: Bifásico


Tensão de fase (V): 127 V
60

Fator de Potência: 1
Corrente (A): 1.82
Comprimento do Circuito (m): 8
Número de Circuitos: 2

Solução Econômica e Ambiental: 2.50 mm² - Utilizamos

Imagem 14 — Circuito 8,9

Fonte: Os autores (2021)

Circuito 10,11
61

Tipo de Sistema: Bifásico


Tensão de fase (V): 127 V
Fator de Potência: 1
Corrente (A): 5.45
Comprimento do Circuito (m): 10
Número de Circuitos: 2

Solução Econômica e Ambiental: 4 mm² - Utilizamos

Imagem 15 — Circuito 10,11

Fonte: Os autores (2021)

Circuito 12,13
62

Tipo de Sistema: Bifásico


Tensão de fase (V): 127 V
Fator de Potência: 0.8
Corrente (A): 10.45
Comprimento do Circuito (m): 17,5
Número de Circuitos: 2

Queda de Tensão: 2.50 mm² - Utilizamos

Imagem 16 — Circuito 12,13

Fonte: Os autores (2021)


63

Circuito 14,15

Tipo de Sistema: Bifásico


Tensão de fase (V): 127 V
Fator de Potência: 1
Corrente (A): 5.45
Comprimento do Circuito (m): 10
Número de Circuitos: 2

Solução Econômica e Ambiental: 4 mm² - Utilizamos

Imagem 17 — Circuito 14,15

Fonte: Os autores (2021)


64

Circuito 16,17

Tipo de Sistema: Bifásico


Tensão de fase (V): 127 V
Fator de Potência: 0.8
Corrente (A): 6.36
Comprimento do Circuito (m): 10,5
Número de Circuitos: 2

Solução Econômica e Ambiental: 2.50 mm² - Utilizamos

Imagem 18 — Circuito 16,17

Fonte: Os autores (2021)


65

Circuito 18,19

Tipo de Sistema: Bifásico


Tensão de fase (V): 127 V
Fator de Potência: 1
Corrente (A): 25
Comprimento do Circuito (m): 11
Número de Circuitos: 2

Queda de Tensão: 6 mm² - Utilizamos


66

Imagem 19 — Circuito 18,19

Fonte: Os autores (2021)

Circuito 20,21

Tipo de Sistema: Bifásico


Tensão de fase (V): 127 V
Fator de Potência: 1
Corrente (A): 8.18
Comprimento do Circuito (m): 7
Número de Circuitos: 2
67

Solução Econômica e Ambiental: 4 mm² - Utilizamos

Imagem 20 — Circuito 20,21

Fonte: Os autores (2021)

Circuito 23,24

Tipo de Sistema: Bifásico


Tensão de fase (V): 127 V
Fator de Potência: 0.8
Corrente (A): 8.18
Comprimento do Circuito (m): 12
Número de Circuitos: 2
68

Queda de Tensão: 2.50 mm² - Utilizamos

Imagem 21 — Circuito 23,24

Fonte: Os autores (2021)

Circuito 25,26

Tipo de Sistema: Bifásico


Tensão de fase (V): 127 V
Fator de Potência: 1
Corrente (A): 25
Comprimento do Circuito (m): 15
69

Número de Circuitos: 2

Queda de Tensão: 6 mm² - Utilizamos

Imagem 22 — Circuito 25,26

Fonte: Os autores (2021)

Circuito 29,30

Tipo de Sistema: Bifásico


Tensão de fase (V): 127 V
Fator de Potência: 1
Corrente (A): 25
70

Comprimento do Circuito (m): 8


Número de Circuitos: 2
Queda de Tensão: 6 mm² - Utilizamos

Imagem 23 — Circuito 29,30

Fonte: Os autores (2021)

Realizamos o cálculo do payback considerando condutores e dispositivos de


seccionamento de proteção, conforme tabela abaixo observarmos que em 13 anos
teremos o payback e realizaremos uma redução anual de 33,54 Kg de CO₂.
71

Imagem 24 — Cálculo de payback

Fonte: Os autores (2021)

5.3 OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO

No item 9.1 Metodologia da ABNT NBR 16819 (2020), trata das medidas que
devemos tomar para aumentar a eficiência da instalação e melhorar continuamente
sua operação. Abaixo veremos algumas ações recomendadas pela norma para
manutenção e operação da eficiência da instalação.
72

Figura 12 — Processo para o gerenciamento da eficiência da energia elétrica e responsabilidades

Fonte: ABNT NBR 16819 (2020)

Observando as orientações estabelecidas pela norma para medir, monitorar,


controlar e otimizar a operação da instalação, a norma visa conscientizar que a
instalação é como um organismo, no qual faz-se necessárias intervenções
periódicas e pontuais para manter um nível de operação adequado para garantirmos
a manutenção da eficiência da instalação. O item 9.2 Metodologia para o ciclo de
vida da instalação da ABNT NBR 16819 (2020), descreve como este ciclo de ações
precisam ser mantidos durante toda a vida da instalação e sua importância.
Por vezes enfática a ABNT NBR 16819 (2020) segue suas recomendações no
item 9.3 Ciclo de vida da eficiência energética aonde em seu item 9.3.1
Generalidades, enfatiza: "Este ciclo de vida é como a eficiência energética da
instalação pode ser melhorada e/ou mantida".
Caso seja de interesse do contratante de uma instalação requerer uma
classificação de eficiência a norma no item 9.3.2 Generalidades menciona os
primeiros passos a serem realizados.
73

Nos itens 9.3.3 Verificação e 9.3.4 Manutenção da ABNT NBR 16819


(2020) temos que: "Para tanto, é necessário garantir a eficácia de todas as medidas
implementadas na instalação elétrica durante a vida útil da instalação" e "Este tipo
de manutenção deve ser revisado em função da rentabilidade econômica e da
eficiência energética".
Buscando aprimorar nossas instalações conferir o item 11 Ações da ABNT
NBR 16819 (2020) nos itens 11.1 e 11.2 a norma fala sobre analisar e tomar ações
diretas buscando melhorias imediatas e/ou programadas em cima de medições
anteriores analisadas, gerenciamento de energia para reduções sustentáveis e
otimização de consumo de eletricidade.
Para os interessados no anexo "B" da ABNT NBR 16819 (2020) temos um
exemplo de método para avaliar a eficiência energética de uma instalação elétrica.
Nós realizamos uma auto avaliação para identificar em que nível estamos,
observem na imagem abaixo.
74

Imagem 25 — Avaliação de eficiência energética

Fonte: Os autores (2021)

De acordo com a tabela B.19 – Classes de eficiência energética das


instalações elétricas da ABNT NBR 16819 (2020), ficamos no nível EIEC1 -
instalação de baixa eficiência, observem na imagem abaixo.
75

Imagem 26 — Classes de eficiência de instalações elétricas

Fonte: ABNT NBR 16819 (2020)

5.4 SUSTENTABILIDADE

Sustentabilidade é um conceito relacionado ao desenvolvimento sustentável,


ou seja, formado por um conjunto de ideias, estratégias e demais atitudes
ecologicamente corretas, economicamente viáveis, socialmente justas e
culturalmente diversas.
Eficiência e sustentabilidade estão entrelaçadas, quando nos tornamos
eficientes certamente estamos contribuindo de forma direta ou indireta para a
sustentabilidade. Usar de forma racional os recursos elétricos disponibilizados pela
76

concessionaria a sua residência já faz parte do esforço para ser sustentável (BOFF,
2017).

5.4.1 RESÍDUOS ELÉTRICOS E ELETRÔNICOS

O descarte de resíduos orgânicos já é um desafio enorme para a sociedade,


quando temos que descartar resíduos elétricos e eletrônicos o desafio dobra, pois
não temos amplo acesso aos meios de descarte ecológicos e quando existem, falta
a conscientização da população e divulgação desses pontos ecológicos de coleta.
Alguns materiais como lâmpadas, fios de cobre, pilhas, baterias e placas de
circuitos eletrônicos, geram impacto enorme no meio ambiente, pois possuem gases
e resíduos não renováveis em suas composições.
Alguns desses materiais podem e devem ser reciclados e os outros devem
receber um tratamento e ser descartado em local próprio para resíduos tóxicos
(SILVEIRA, 2018).

5.4.2 RISCOS ENVOLVIDOS

Os REEE (Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos) contêm, em


sua maioria, substâncias perigosas e o não aproveitamento de seus resíduos,
representa também um desperdício de recursos naturais não renováveis.
Sua disposição no solo em aterros ou lixões, assim como as pilhas e baterias
e as lâmpadas fluorescentes, são igualmente prejudiciais à segurança e saúde do
meio ambiente.
O processo de reciclagem desses produtos é complexo e requer a utilização
de tecnologias avançadas, devido a diversidade de materiais de sua composição e à
periculosidade das substâncias tóxicas.
Os produtos elétricos e eletrônicos, em geral possuem um conjunto de placas
de circuitos impressos, cabos, cordões e fios, plásticos antichama, comutadores e
disjuntores de mercúrio, equipamentos de visualização / telas de tubos catódicos e
telas de cristais líquidos, pilhas, acumuladores, meios de armazenamento de dados,
dispositivos luminosos, condensadores, resistências, relês, sensores e conectores.
77

As substâncias mais problemáticas do ponto de vista ambiental presentes


nestes componentes são os metais pesados, como o mercúrio, chumbo, cádmio e
cromo, gases de efeito estufa, as substâncias halogenadas, como os
clorofluorcarbonetos (CFC), bifenilas policloradas (PCBs), cloreto de polivinila (PVC)
e retardadores de chama bromados, bem como o amianto e o arsênio (SILVEIRA,
2018).

5.4.3 LOGÍSTICA REVERSA

Cabe aos proprietários dos equipamentos entregá-los para que possam ser
corretamente descartados e reciclados, pelos fabricantes.
A lei12.305 (BRASIL, 2010) atribui ao fabricante a obrigação de dar o
destino, processo também chamado de “logística reversa”.
Abaixo disponibilizamos um folder com o passo a passo desta logística.
78

Imagem 27 — Como descartar lixo eletrônico

Fonte: EMPRESA BRASIL DE COMUNICAÇÃO (2021)


79

O Decreto Nº 10. 240 (BRASIL, 2020) , normatizou o sistema de logística


reversa no Brasil. Ele estabelece um percentual de equipamentos a serem coletados
e de municípios com serviços de logística reversa, visando a chegar a 400 até 2025.
Cada cidade dessas deverá instalar um ponto de coleta a cada 25 mil habitantes.

Cronograma de implantação da fase 2

Tabela 5 — Cronograma para atendimento da meta percentual a ser coletada e destinada


anualmente

ANO 1 - 2021 ANO 2 - 2022 ANO 3 - 2023 ANO 4 - 2024 ANO 5 - 2025

1% 3% 6% 12% 17%
Fonte: BRASIL (2020)

Tabela 6 — Quantidade de cidades atendidas pelo sistema

ESTADO ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

AC 0 0 1 1 2

AL 0 1 1 2 2

AM 0 1 2 3 5

AP 0 0 1 1 2

BA 1 4 7 15 23

CE 1 1 4 8 11

DF 1 1 1 1 1

ES 1 3 6 8 10

GO 1 3 6 10 16

MA 0 1 3 6 13

MG 3 6 19 32 44

MS 1 1 2 4 5

MT 0 1 2 3 7

PA 0 1 4 7 20

PB 0 1 4 4 5

PE 1 3 9 15 19
80

PI 0 1 1 1 2

PR 1 4 10 21 27

RJ 3 7 20 28 33

RN 0 1 4 4 4

RO 0 0 1 1 5

RR 0 0 1 1 1

RS 1 5 13 19 25

SC 1 4 8 14 15

SE 0 1 2 3 5

SP 8 17 53 81 95

TO 0 0 1 1 3

TOTAL 24 68 186 294 400


Fonte: BRASIL (2020)
81

6 CONCLUSÃO

Concluímos por meio de análise que uma instalação baseada nos princípios
da ABNT NBR 16819 (2020) pode ser implementado em um projeto elétrico
residencial, mas há alguns pontos a serem considerados tais como custo inicial,
viabilidade técnica e hábitos sociais, visto que grande parte das instalações elétricas
do Brasil são antigas e sem projeto, em muitos casos são instalações realizadas por
pessoas sem a qualificação necessária para tal atividade, o habito da população é
visa o ganho imediato e baixo custo, sem considerar a segurança e o meio
ambiente.
O hábito da população vem mudando de forma acelerada, porém esbarramos
na dificuldade financeira que a população em geral está passando principalmente
nestes últimos 2 anos devido a pandemia de COVID-19. Trazer ao entendimento da
população a importância de uma instalação elétrica segura e eficiente é algo que
nos últimos 2 anos temos observado que vem acontecendo de forma mais eficaz,
pois devido ao distanciamento social, muitas pessoas tiveram dificuldades para
utilizar seus equipamentos pessoais e de trabalho por falta de infraestrutura, o que
levou a busca por soluções que nos trouxe a este tema, eficiência. Ter uma
instalação elétrica eficiente, é primeiramente ter segurança, ter disponibilidade para
utilização imediata e confiabilidade.
Mas o fato da falta de condições financeiras inviabiliza frequentemente
qualquer tentativa de utilizar as normas e seus padrões básicos, para buscarmos
suprir essas necessidades básicas da população, a falta de infraestrutura elétrica
nas residências brasileiras sem dúvida é uma das maiores vilas no desperdícios de
energia elétrica do Brasil. Ao longo dos anos tivemos uma redução significativa de
casos de incêndios devido as condições precárias de instalações elétricas, hoje
temos um caso terrível de desperdício de energia elétrica seja por hábitos ou falta da
infraestrutura necessária para um consumo eficiente.
Em nosso estudo de caso buscamos implementar o máximo de ações visando
a eficiência energética como orientado pela ABNT NBR 16819 (2020), mas na
execução da instalação tivemos que optar por algumas alternativas menos eficientes
do ponto de vista ambiental, ainda que no projeto não tenhamos aplicado todo o
disposto da norma em questão, tivemos condições de deixar a instalação em
82

condições de melhorias futuras com baixo impacto no consumo de energia elétrica


da residência quando forem implementadas.
Os métodos de medição, monitoramento e ação que a norma propõe
acreditamos que contribuirá muito para obtermos maior eficiência em nossa
instalação. Houve um custo-benefício aceitável para a condição financeira atual da
população, de acordo com nosso cálculo o payback será em 13 anos referente aos
condutores e dispositivos de seccionamento de proteção. Ainda que na auto
avaliação tenhamos ficado no nível EIEC1 - instalação de baixa eficiência, sabemos
que os esforços não foram em vão, pois realizamos a aplicação de vários item da
norma que nos fornecerá uma base ótima para continuarmos a aumentar a eficiência
da instalação e manter. Recomendamos ao contratante a aquisição de lâmpadas de
LED SMART e dispositivos de monitoramento de consumo de energia. Uma vez que
tenhamos uma instalação bem otimizada empregar um sistema de auto geração de
energia se tornará algo extremamente rentável, pois já reduzimos ao máximo as
possíveis perdas que teria o sistema aumentando assim seu custo-benefício.
83

REFERÊNCIAS

ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS). PROJETO NBR


ISO 9000: Sistemas de gestão da qualidade – Fundamentos e vocabulário . 2000.

ABNT NBR 15920. Cabos elétricos — Cálculo da corrente nominal — Condições


de operação — Otimização econômica das seções dos cabos de potência.
2011. 27 p.

ABNT NBR 16819. Instalações elétricas de baixa tensão - Eficiência energética.


1ª ed. 2020. 49 p.

ABNT NBR 5410. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO. 2004.

AMBAR. Eficiência energética residencial: Como aplicar em construções . 2019.


Disponível em: https://www.ambar.tech/eficiencia-energetica-residencial-como-
aplicar-em-construcoes/. Acesso em: 4 out. 2020.

BOFF, Leonardo. Sustentabilidade: o que é - o que não é. Editora Vozes Limitada,


v. 3, f. 100, 2017. 200 p.

BORGES, D. A.; SARMENTO, A. P.; CARVALHO, G. B. de. APARELHOS


ENERGETICAMENTE EFICIENTES – UM FOCO NA ILUMINAÇÃO
RESIDENCIAL. REEC - Revista Eletrônica de Engenharia Civil,. [S. l.], v. 13, n. 2,
2017. DOI: 10.5216/reec.v13i2.43232. Disponível em:
https://www.revistas.ufg.br/reec/article/view/43232. Acesso em: 29 nov. 2021.

BRASIL. CASA CIVIL. DECRETO n. 10.240, de 11 de fevereiro de 2020. Diário


Oficial da União: Seção 1, 13 de fevereiro de 2020, ano 2020, p. 1.

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ANEXO A — FORMULÁRIO TÉCNICO CABLE APP

O formulário está disponível em:


https://www.cableapp.com/info/docs/br/Formul%C3%A1rio_T%C3%A9cnico_
CableApp.pdf

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