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Projeto de parceria

público-privada destinada
à modernização,
eficientização, expansão,
operação e manutenção
da infraestrutura da rede
de iluminação pública do
município de Macapá – AP

Produto 11: Relatório de


Engenharia

Consórcio IPB – Iluminação Pública Brasil


Lista de Figuras
Figura 1 – Distritos de Macapá ......................................................................................................................................... 12
Figura 2 - Mapa com as divisões de bairros ..................................................................................................................... 13
Figura 3 - Área 1 ................................................................................................................................................................. 15
Figura 4 - Áreas de ressaca ................................................................................................................................................ 16
Figura 5 – Redes de energia elétrica nas passarelas ........................................................................................................ 17
Figura 6 – Área 2 ............................................................................................................................................................... 18
Figura 7 – Área 3................................................................................................................................................................ 19
Figura 8 - Vias com classe de iluminação V2 .................................................................................................................. 22
Figura 9 - Vias com classe de iluminação V3 .................................................................................................................. 23
Figura 10 - Vias com classe de iluminação V4 ................................................................................................................ 24
Figura 11 - Vias com classe de iluminação de Macapá .....................................................................................................25
Figura 12 – Malha de transportes públicos ...................................................................................................................... 27
Figura 13 - Mapa com a identificação da hierarquia por importância de vias .............................................................. 30
Figura 14 - Utilização da NBR 5101 na elaboração de projetos de IP ............................................................................. 31
Figura 15 - Temperatura de cor........................................................................................................................................ 34
Figura 16 - Índice de reprodução de cores .......................................................................................................................35
Figura 17 - Poluição luminosa – Macapá (AP) ................................................................................................................ 36
Figura 18 - Escala da poluição luminosa .......................................................................................................................... 37
Figura 19 - Área 1 - Concentração de pontos de iluminação pública .............................................................................. 41
Figura 20 – Área 2 – Concentração de pontos de iluminação pública .......................................................................... 43
Figura 21 – Exemplo de localidade da área 2 .................................................................................................................. 44
Figura 22 – Área 2 - Aglomerados dos Distritos de São Joaquim do Pacuí e Santa Luzia do Pacuí ............................45
Figura 23 – Distribuição geográfica dos pontos de iluminação pública na localidade F ............................................. 46
Figura 24 – Largura de via de comunicação - São Joaquim do Pacuí ........................................................................... 48
Figura 25 – Área 3 – Concentração de pontos de iluminação pública .......................................................................... 49
Figura 26 – Vilarejo de Bailique ...................................................................................................................................... 50
Figura 27 – Vias e edificações de Bailique ...................................................................................................................... 50
Figura 28 – Área 3 – Aglomerados do Distrito de Bailique ............................................................................................ 51
Figura 29 – Tela com impressão do cadastro georreferenciado .....................................................................................54
Figura 30 – Identificação de pontos dentro da praça Isac Zagury .................................................................................56
Figura 31 – Identificação dos pontos em estradas rurais e distritos distantes .............................................................. 57
Figura 32 – Condomínios Residencial Porta do Sol, Vila Tropical e Arboretto Residence .......................................... 58
Figura 33 - Parâmetros do ponto de luz ........................................................................................................................... 73
Figura 34 – Resultados do cálculo luminotécnicos – Rua Macapá ................................................................................ 75
Figura 35 – Resultados do cálculo luminotécnicos – Avenida Antônio Castro Monteiro ............................................. 76
Figura 36 – Resultados do cálculo luminotécnicos – Avenida Antônio Castro Monteiro............................................. 76
Figura 37 – Resultados do cálculo luminotécnicos – Rua Professor Tostes .................................................................. 77
Figura 38 – Resultados do cálculo luminotécnicos 2 – Rua Professor Tostes ...............................................................78
Figura 39 – Gráficos de linhas isográficas coloridas, sem e com a alteração de infraestrutura de IP .......................... 79
Figura 40 – Malha para medição de caminhos de pedestres até 3 metros de largura .................................................. 91
Figura 41 – Malha para medição de caminhos de pedestres acima de 3 metros de largura ......................................... 91
Figura 42 – Perspectiva com cores falsas da via típica 1 da área 2 ................................................................................ 93
Figura 43 – Perspectiva com cores falsas da Via Típica 1 - Área 3 ................................................................................ 96
Figura 44 – Malha de medição para pontos isolados da área 3 ...................................................................................... 97
Figura 45 – Esquema de comunicação do sistema de telegestão. ................................................................................. 98
Figura 46 – Fluxo de informação do sistema de telegestão ........................................................................................... 99
Figura 47 – Atendimento do sistema de telegestão .......................................................................................................104

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Figura 48 – Área de cobertura da Oi .............................................................................................................................. 105
Figura 49 – Área de cobertura da Vivo ........................................................................................................................... 105
Figura 50 – Área de cobertura da Claro .........................................................................................................................106
Figura 51 – Área de cobertura da Tim ............................................................................................................................106
Figura 52 – Módulos do sistema informatizado de gestão de iluminação pública ...................................................... 110

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Lista de Tabelas
Tabela 1 – Distritos de Macapá 12
Tabela 2 – Relação de bairros do distrito de Macapá 13
Tabela 3 – Extensão de vias por classe de iluminação do Município de Macapá 21
Tabela 4 - Descrição das vias e classes de iluminação 28
Tabela 5 – Classificação das vias de acordo com a utilização noturna 28
Tabela 6 - Requisitos de luminância e uniformidade 33
Tabela 7 - Requisitos de iluminância média mínima e uniformidade para cada classe de iluminação 33
Tabela 8 - Iluminância média e fator de uniformidade mínimo para cada classe de iluminação 33
Tabela 9 – Relação de temperatura de cor por tipo de espaço 34
Tabela 10 - Legenda poluição luminosa 36
Tabela 11 - Características do sistema IP 39
Tabela 12 – Quantidade de pontos em função da tecnologia e potência 40
Tabela 13 – Distribuição dos pontos nas áreas 40
Tabela 14 – Pontos de iluminação pública atual na área 1 42
Tabela 15 – Pontos de iluminação pública atual na área 2 43
Tabela 16 – Dados dos aglomerados da área 2 46
Tabela 17 – Dados das análises nas localidades da área 2 47
Tabela 18 – Proporção de espaçamento médios na área 2 47
Tabela 19 – Pontos de iluminação pública da área 3 48
Tabela 20 – Dados dos Aglomerados da área 3 52
Tabela 21 – Dados das análises nas localidades da área 3 53
Tabela 22 – Distribuição de pontos e carga instalada por tipo de logradouros 54
Tabela 23 – Distribuição de pontos por classe de iluminação das vias 58
Tabela 24 – Carga instalada e potência média por ponto, em função da classe de iluminação das vias 59
Tabela 25 – Simulações luminotécnicas por classe de iluminação 60
Tabela 26 – Pontos do sistema viário, vias rurais e vias de condomínios fechados da área 1 61
Tabela 27 – Base para estimativas de modernização e eficientização 64
Tabela 28 – Característica das vias 67
Tabela 29 – Características da infraestrutura de iluminação pública existente 68
Tabela 30 – Resultados dos cálculos luminotécnicos para o fornecedor A 69
Tabela 31 – Resultados dos cálculos luminotécnicos para o fornecedor B 70
Tabela 32 – Resultados dos cálculos luminotécnicos para o fornecedor C 71
Tabela 33 – Características técnicas das luminárias usadas nas simulações 72
Tabela 34 - Dimensão dos braços adotados como padrão 73
Tabela 35 – Características da Rua Macapá 75
Tabela 36 – Características da infraestrutura de IP Rua Macapá 75
Tabela 37 – Alterações para modernização em LED – Rua Macapá 75
Tabela 38 – Características da Avenida Antônio Castro Monteiro 76
Tabela 39 – Características da Infraestrutura de IP Avenida Antônio Castro Monteiro 76
Tabela 40 – Características da infraestrutura de IP Avenida Antônio Castro Monteiro 76
Tabela 41 – Alterações para modernização em LED – Avenida Antônio Castro Monteiro 77
Tabela 42 – Características da Rua Professor Tostes 77
Tabela 43 – Características da infraestrutura de IP Rua Professor Tostes 77
Tabela 44 – Características da Infraestrutura de IP Rua Professor Tostes 78
Tabela 45 – Alterações para modernização em LED – Rua Professor Tostes 78
Tabela 46 – Resultados de atendimento dos requisitos da Norma NBR5101 79
Tabela 47 – Resultados de migração tecnológica das vias V2 80

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Tabela 48 – Resultados de remodelagem de iluminação pública nas vias V2 81
Tabela 49 – Resultados de migração tecnológica das vias V3 81
Tabela 50 – Resultados de remodelagens em vias V3 82
Tabela 51 – Resultados de migração tecnológica das vias V4 83
Tabela 52 – Resultados de remodelagem de iluminação pública nas vias V4 83
Tabela 53 – Resultados de migração tecnológica das vias V5 84
Tabela 54 – Resultados de remodelagem de iluminação pública nas vias V5 84
Tabela 55 – Espaços atendidos pelo projeto de iluminação de destaque 87
Tabela 56 – Quantitativo do projeto de iluminação de destaque 88
Tabela 57 – Quantitativos de pontos de praças, parques e passeios públicos 89
Tabela 58 – Resumo de quantidades para modernização das praças, parques e passeios públicos 90
Tabela 59 – Resumo de quantidades para modernização das praças, parques e passeios públicos 91
Tabela 60 – Quantidade de pontos existentes por tipo de logradouro da área 2 92
Tabela 61 – Vias típicas das simulações luminotécnicas para área 2 92
Tabela 62 – Resultados luminotécnicos das vias típicas da área 2 93
Tabela 63 – Perspectiva de modernização da rede de iluminação pública da área 2 94
Tabela 64 – Projeção de eficiência energética da rede de iluminação pública da área 2 94
Tabela 65 – Resumo de materiais de modernização da área 2 94
Tabela 66 – Quantidade de pontos por tipo de logradouro da área 3 95
Tabela 67 – Quantidade de pontos por tipo de logradouro da área 3 95
Tabela 68 – Resultados luminotécnicos das vias típicas da área 3 95
Tabela 69 – Perspectiva de modernização da rede de iluminação pública da área 3 96
Tabela 70 – Projeção de eficiência energética da rede de iluminação pública da área 3 96
Tabela 71 – Resumo de materiais de modernização da área 3 96
Tabela 72 – Quantidade de pontos do sistema de telegestão 106
Tabela 73 – Resumo de materiais de demanda reprimida de Macapá 113
Tabela 74 – Resumo de materiais de demanda reprimida da área 1 114
Tabela 75 – Relação de potências para demanda reprimida do sistema viário da área 1 114
Tabela 76 – Resumo de materiais de demanda reprimida do sistema viário da área 1 115
Tabela 77 – Resumo de materiais de demanda reprimida das áreas de ressaca 115
Tabela 78 – Demanda reprimida da rede de iluminação pública da área 2 116
Tabela 79 – Resumo de materiais de demanda reprimida da área 2 116
Tabela 80 – Demanda reprimida da rede de iluminação pública da área 3 117
Tabela 81 – Resumo de materiais de demanda reprimida da área 3 117
Tabela 82 – Carga instalada da rede de iluminação pública de Macapá 118
Tabela 83 – Perspectiva de redução de carga instalada com a 118
Tabela 84 – Perspectiva de incremento de carga instalada de iluminação de destaque na área 1 119
Tabela 85 – Perspectiva de redução de carga instalada com a 119
Tabela 86 – Perspectiva de redução de carga instalada na área 1 120
Tabela 87 – Perspectiva de redução de carga instalada na área 2 120
Tabela 88 – Perspectiva de redução de carga instalada na área 3 120
Tabela 89 – Perspectiva de redução da carga instalada na rede de Macapá 121
Tabela 90 – Carga Instalada estimada ano a ano 121
Tabela 91 – Carga Instalada estimada mês a mês 123
Tabela 92 – Marcos de eficientização energética 123
Tabela 93 – Resumo do cenário da concessão 124

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Sumário
1. Resumo Executivo ....................................................................................................................................................... 9
2. Introdução ................................................................................................................................................................. 10
3. Caracterização Geográfica do Município de Macapá .............................................................................................. 12
3.1. Distritos do Município de Macapá ........................................................................................................................... 12
3.2. Divisão do Distrito de Macapá por Bairros .............................................................................................................. 13
4. Área Geográfica da Concessão .................................................................................................................................. 14
4.1. Área 1: Distritos de Coração, Curiaú, Fazendinha e Macapá (Sede) ...................................................................... 14
4.1.1.Áreas de Ressaca ....................................................................................................................................................... 15
4.2. Área 2: Distritos de Carapanatuba, Maruanum, Pedreira, São Joaquim do Pacuí e Santa Luzia do Pacuí ......... 17
4.3. Área 3: Distrito de Bailique ...................................................................................................................................... 18
5. Premissas Urbanísticas ............................................................................................................................................ 20
5.1. Classificação das Vias ............................................................................................................................................... 20
5.1.1. Atribuições da Classe de Iluminação às Vias .......................................................................................................... 20
5.2. Principais Acessos ao Município de Macapá ...........................................................................................................26
5.3. Mobilidade Urbana ...................................................................................................................................................26
5.4. Hierarquia das Vias ................................................................................................................................................... 27
6. Premissas Luminotécnicas ....................................................................................................................................... 31
6.1. Diretrizes Gerais do Projeto...................................................................................................................................... 31
6.1.1.NBR 5101 ................................................................................................................................................................... 31
6.1.2. Aparência de Cor ...............................................................................................................................................34
6.1.3. IRC – Índice de Reprodução de Cor ................................................................................................................34
6.1.4. Poluição Luminosa ............................................................................................................................................ 35
6.1.5. Instalações elétricas .......................................................................................................................................... 37
6.2. Diretrizes Particulares de Projeto ........................................................................................................................... 38
7. Rede Atual de Iluminação Pública ...........................................................................................................................39
7.1. Caracterização da Rede de Iluminação Pública nas Áreas Definidas no Projeto ................................................. 40
7.1.1. Caracterização da Rede de Iluminação Pública na Área 1 ...................................................................................... 41
7.1.2. Caracterização da Rede de Iluminação Pública na Área 2 ..............................................................................42
7.1.3. Caracterização do Rede de Iluminação Pública na Área 3 ............................................................................. 48
7.2. Distribuição dos Pontos de Iluminação por Tipo de Logradouro .......................................................................... 53
7.2.1. Caracterização Pontos por Classe de Iluminação das Vias .............................................................................58
7.2.2. Caracterização da Carga Instalada por Tipo de Classe de Iluminação de Via ............................................... 59
8. Anteprojetos e Soluções ........................................................................................................................................... 60
8.1. Área 1: Distritos de Coração, Curiaú, Fazendinha e Macapá (Sede) ...................................................................... 61

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8.1.1. Sistema Viário ................................................................................................................................................... 61
8.1.1.1. Subsistema Viário das Orlas ............................................................................................................................. 61
8.1.1.2. Rotatórias ..........................................................................................................................................................62
8.1.1.3. Malha Cicloviária ..............................................................................................................................................62
8.1.1.4. Pontos de Ônibus ..............................................................................................................................................63
8.1.1.5. Base para estimativas de modernização e eficientização ................................................................................63
8.1.1.6. Metodologia .......................................................................................................................................................64
8.1.1.7. Parâmetros do Ponto de Luz para Simulações Luminotécnicas .................................................................... 72
8.1.1.8. Atendimento aos Requisitos da Norma NBR 5101 .......................................................................................... 79
8.1.1.9. Modernização das vias V2 ............................................................................................................................... 80
8.1.1.10. Modernização das vias V3 ............................................................................................................................ 81
8.1.1.11. Modernização das vias V4 ........................................................................................................................... 82
8.1.1.12. Modernização das vias V5 ........................................................................................................................... 83
8.1.2. Iluminação de Destaque ...................................................................................................................................85
8.1.3. Praças, Parques e Passeios Públicos ............................................................................................................... 89
8.2. Área 2 (Distritos de Carapanatuba, Maruanum, Pedreira, São Joaquim do Pacuí e Santa Luzia do Pacuí) .......92
8.3. Área 3 (Distrito de Bailique) ..................................................................................................................................... 95
9. Sistema de Telegestão .............................................................................................................................................. 98
9.1. Caracterização e Funcionamento ............................................................................................................................ 98
9.1.1.Sistema Centralizado da Telegestão .........................................................................................................................99
9.1.2. Concentradores ............................................................................................................................................... 102
9.1.3. Controladores Inteligentes ............................................................................................................................. 102
9.1.4. Protocolo e Armazenamento .......................................................................................................................... 103
9.2. Dimensionamento ................................................................................................................................................... 104
10. Centro de Controle e Operação - CCO .................................................................................................................... 107
10.1. Funcionalidades ...................................................................................................................................................... 107
10.2. Estrutura ..................................................................................................................................................................108
10.3. Sistema Informatizado de Gestão de Iluminação Pública .................................................................................... 109
10.3.1. Gestão de Ativos (SGA) ................................................................................................................................... 110
10.3.2. Gestão de Manutenção (SGM) ........................................................................................................................ 111
10.3.3. Atendimento ao Usuário (SAU) ...................................................................................................................... 111
10.3.4. Sistema de Gestão de Projetos (SGP) e de Documentos (GED) .................................................................... 111
10.3.5. Sistema de Gestão Empresarial (ERP) ........................................................................................................... 111
11. Expansão do Sistema .............................................................................................................................................. 113
11.1. Demanda Reprimida ............................................................................................................................................... 113
11.1.1. Demanda Reprimida na Área 1 ...................................................................................................................... 113

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11.1.2. Demanda Reprimida na Área 2 ...................................................................................................................... 116
11.1.3. Demanda Reprimida na Área 3 ...................................................................................................................... 116
11.1.4. Crescimento Vegetativo ................................................................................................................................... 117
12. Benefícios Energéticos ............................................................................................................................................ 118
12.1.1. Da Área 1 .......................................................................................................................................................... 118
12.1.2. Da Área 2 ......................................................................................................................................................... 120
12.1.1. Da Área 3 ......................................................................................................................................................... 120
12.1.2. Geral................................................................................................................................................................. 121
13. Conclusão ................................................................................................................................................................. 124
Anexo I – Glossário Técnico
Anexo II – Simulações Luminotécnicas
Anexo III – Vias Levantadas e Resultados Luminotécnicos

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1. Resumo Executivo
Este Relatório de Engenharia é parte integrante da série de documentos que integram o modelo técnico operacional
do Projeto de parceria público-privada destinada à modernização, eficientização, expansão, operação e manutenção
da infraestrutura da rede de iluminação pública do município de Macapá – AP. As informações contidas neste
documento são complementares as constantes no: i) Diagnóstico Técnico de Rede; ii) Plano de Investimentos e
Operação; iii) e Iluminação de Destaque.

A finalidade deste relatório é apresentar todas as premissas e informações preliminares que serviram de base para o
desenvolvimento dos estudos das soluções luminotécnicas e de tecnologia.

Pela particularidade da ocupação territorial do município, a qual existem localidades muitos afastadas da área urbana
de Macapá e de difícil acesso, foi proposto por esse projeto a divisão territorial em 3 áreas.

As soluções apresentadas nesse relatório abrangem o estudo de viabilidade técnica para atendimento aos requisitos
luminotécnicos da NBR-5101 das vias e passeios, bem como para a melhoria do serviço de iluminação pública em
praças, parques, áreas verdes em geral e orlas. É previsto a solução de iluminação de destaque para uma relação de
logradouros de relevante importância para Macapá, de forma a valorizar e embelezar esses espaços. Para cada área é
proposto uma solução que melhor a atenda sua característica, visando o atendimento integral do território de Macapá
pela concessão sem que comprometa a viabilidade técnica e econômico financeira do projeto. Todas as soluções são
quantificadas nesse projeto, com as definições de especificação que refletirá nos encargos da concessão.

São apresentadas as estimativas para expansão da rede municipal de iluminação pública ao longo da concessão bem
com a quantidade de ponto relativos à demanda reprimida.

No âmbito de tecnologias, é proposta a implantação de sistema de telegestão para atendimento aos pontos inseridos
nas vias mais importantes do município e o Centro de Controle e Operação para gestão da concessão de modo
eficiente e com excelência em qualidade aos munícipes.

Todas as soluções luminotécnicas e tecnológicas propostas nesse relatório refletirão em uma redução considerável
no consumo de energia elétrica da rede municipal de iluminação pública de Macapá, resultando em um benefício
energético.

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2. Introdução
O Relatório de Engenharia desenvolvido pelo Consórcio IPB visa apresentar o desenvolvimento e as definições
técnicas do projeto de engenharia, elaborado em nível conceitual, do Projeto de parceria público-privada destinada
à modernização, eficientização, expansão, operação e manutenção da infraestrutura da rede de iluminação pública
do município de Macapá – AP em atendimento aos preceitos do Edital do Pregão Eletrônico AARH nº 64/2017 do
BNDES.

O presente estudo subsidia ao Plano de Investimento e Operação, com as quantidades e especificações técnicas
necessárias para o levantamento de valores e custos que ocorrerão durante a concessão. As especificações mínimas
de serviços e desempenho apontoados neste Relatório, juntamente as informações constantes no Plano de
Investimento e Operação e Plano de Iluminação de Destaque, definirão os encargos à serem inseridos nos
documentos contratuais da concessão.

A primeira parte do relatório (Capítulo 3 – “Caracterização Geográfica do Município de Macapá”), apresenta a


organização do munícipio na escala macro de Distritos, e a divisão da principal área urbana de Macapá em Bairros.

A segunda parte do relatório (Capítulo 4 – “Área Geográfica da Concessão”), é proposto a o agrupamento dos distritos
do município em 3 áreas distintas, considerando a característica geográfica e de ocupação comum entre eles. A divisão
de município em 3 áreas direcionou as propostas ao atendimento particular de cada área.

Na terceira parte do relatório (Capítulo 5 – “Premissas Urbanísticas”), são introduzidos os elementos para a
compreensão das condições dos sistemas viários e de mobilidade que servem de base para a proposição de soluções
viáveis e condizentes com a realidade local e que integram.

Na quarta parte do relatório (Capítulo 6 – “Premissas Luminotécnicas”) foram reunidos os conceitos luminotécnicos
aplicados nos trabalhos de análises e desenvolvimento dos anteprojetos e soluções de toda a rede de iluminação
pública.

Na quinta parte do relatório (Capítulo 7 – “Parque Atual de Iluminação Pública”) é apresentadas as informações da
rede municipal de iluminação pública, caracterizando-a pelas áreas definidas para a concessão e pelos tipos de
logradouros existentes.

Na sexta parte do relatório (Capítulo 8 – “Anteprojetos e Soluções”) é apresentada a metodologia para a determinação
das soluções o sistema viário e demais sistemas, bem como apresentado os resultados do desenvolvimento de
anteprojetos por classe de iluminação de via. É apresentado o resumo de soluções de iluminação de destaque que foi
desenvolvido no Plano de Iluminação de Destaque.

Na sétima parte do relatório (Capítulo 9 – “Sistema de Telegestão”) são apresentadas as soluções tecnológicas e
funcionalidades da proposta para o Sistema de Telegestão que elevará o nível de automação e detecção de falhas da
rede de iluminação pública de Macapá.

Na oitava parte do relatório (Capítulo 10 – “Centro de Controle e Operação) são apresentadas as especificações e
funcionalidades do Centro de Controle e Operação, que será a estrutura central de gestão, direção e despachos de
ações necessárias, tanto para o reestabelecimento do serviço de iluminação pública, bem como a conservação dos
ativos da rede de Macapá.

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Na nona parte (Capítulo 11 – “Expansão do Sistema”) é relacionada as todos os elementos que resultaram na expansão
da rede municipal de iluminação pública, apresentando as estimativas de demanda reprimida em cada área da
concessão e crescimento vegetativo.

Na décima parte (Capítulo 12 – “Benefícios Energéticos”) é apresentado, de forma detalhada por ação de
modernização, os benefícios energéticos que serão alcançados e os índices de eficientização viáveis à concessão da
rede municipal de iluminação pública de Macapá.

Finalmente, na última parte (Capítulo 13 - “Conclusão”), resume-se todas as ações consideradas por este Relatório, e
os benefícios gerados a rede de iluminação pública, aumentando assim o seu nível de qualidade e eficiência na
prestação de serviços aos cidadãos de Macapá.

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3. Caracterização Geográfica do Município de Macapá

3.1. Distritos do Município de Macapá


Pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Macapá (PDDUAM, 2004), o município está dividido
em 10 distritos administrativos, que estão relacionados na Tabela 1 e demarcados no mapa da Figura 1.

Distritos de Macapá
I – Macapá VI – Pedreira
II – Bailique VII – Maruanum
III – Santa Luzia do Pacuí VIII – Fazendinha
IV – São Joaquim do Pacuí IX – Curiaú
V – Carapanatuba X – Coração
Tabela 1 – Distritos de Macapá
Fonte: Autoria própria baseada no PDDUAM

Figura 1 – Distritos de Macapá

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3.2. Divisão do Distrito de Macapá por Bairros
Dos 10 distritos que compõem o município, somente o distrito de Macapá possui oficialmente a divisão em bairros.
São 32 bairros organizados em 3 unidades de gestão urbana (Macapá Norte, Centro e Sudeste), segundo o PDDUAM.
Todos os bairros listados são considerados como parte integrante no desenvolvimento desse projeto.

Na Tabela 2 segue a relação dos bairros do distrito de Macapá e na Figura 2 o mapa com as respectivas divisões e
localizações.

Bairros de Macapá
1 Alvorada 12 Jardim Equatorial 23 Pedrinhas
2 Araxá 13 Jardim Felicidade 24 Perpétuo Socorro
3 Beirol 14 Jesus de Nazaré 25 Renascer
4 Boné Azul 15 Lagoa Azul 26 Santa Inês
5 Brasil Novo 16 Laguinho 27 Santa Rita
6 Buritizal 17 Marabaixo 28 São José
7 Cabralzinho 18 Marco Zero 29 São Lázaro
8 Central 19 Nova Esperança 30 Trem
9 Cidade Nova 20 Novo Buritizal 31 Universidade
10 Congós 21 Novo Horizonte 32 Zerão
11 Infraero 22 Pacoval
Tabela 2 – Relação de bairros do distrito de Macapá
Fonte: Autoria própria baseado no PDDUAM

Figura 2 - Mapa com as divisões de bairros

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4. Área Geográfica da Concessão
Tendo em vista a que a ocupação territorial do município influencia a infraestrutura de iluminação pública, é
importante analisar e classificar os distritos de modo a propor um padrão de atendimento pelo projeto que considere
as particularidades de cada um. Assim, o território do município de Macapá foi dividido em áreas de atendimento e,
para classificar os distritos como partes integrantes dessas áreas, foram analisados os seguintes critérios:

• Ocupação urbana, de acordo com análises visuais dos mapas (Google Earth);
• Meio de acesso e tempo de deslocamento estimado entre a localidade1 mais próxima do centro do distrito de
Macapá até o próprio centro, calculado com a ferramenta Googlemaps; e
• Concentração espacial dos pontos de iluminação pública no território do município de Macapá, de acordo
com as informações do cadastro da prefeitura municipal, analisado no Relatório Técnico de Diagnóstico de
Rede desse projeto.

Com a análise desses critérios, o território de Macapá foi subdividido em 3 áreas descritas a seguir.

4.1. Área 1: Distritos de Coração, Curiaú, Fazendinha e Macapá (Sede)


Nessa área estão agrupados os distritos que possuem a maior concentração de residências permanentes do município
de Macapá. Nos distritos Fazendinha e Macapá (Sede) a característica de ocupação do solo predominante é a urbana
e nos distritos de Coração e Curiaú há aglomerados urbanos e rurais com uma menor concentração de residências.
Nessa área está situada a Prefeitura de Macapá.

O tempo de deslocamento entre a localidade mais distante dessa área e o centro de Macapá é de até 45 minutos 2 por
transporte via terrestre.

Os distritos que se enquadraram nesses critérios e formaram a Área 1 (Figura Figura 3) são:

• Distrito de Macapá (Sede);


• Distrito de Fazendinha;
• Distrito de Coração; e
• Distrito de Curiaú.

1 Localidade é conceituada como sendo todo lugar do território nacional onde exista um aglomerado permanente de habitantes.
Definição de noções básicas de cartografia, segundo IBGE, disponível em:
https://ww2.ibge.gov.br/home/geociencias/cartografia/manual_nocoes/elementos_representacao.html, acessado no dia 25 de
abril de 2.019.
2 Tempo estimado por meio do cálculo de rotas do GoogleMaps.

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Figura 3 - Área 1
Fonte: GoogleEarth e IBGE, edição própria

4.1.1. Áreas de Ressaca

Ressaca é um termo regional para referenciar as áreas que são ocupadas por águas em função do regime das marés,
dos rios e das chuvas. As áreas de ressaca estão localizadas nos distritos de Fazendinha e Macapá e fazem parte da
Área 1, podendo-se citar as áreas de ressaca da Lagoa dos Índios, do Beirol, da Muca, do Buritizal, da Universidade,
do Novo Horizonte, entre outras. A Figura 4 ilustra as áreas de ressaca existentes.

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Figura 4 - Áreas de ressaca
Fonte: CAESA, 2012

As áreas de ressaca são de grande importância para o equilíbrio ambiental, influenciado na temperatura do município
de Macapá. Como cenário natural paisagístico tem-se um ambiente saudável que contribui para o bem-estar das
pessoas e demais seres vivos e valoriza as áreas urbanas situadas próximas a elas.

Atualmente, cerca de 94 mil domicílios, mais de 19% da população do município de Macapá3, ocupam essas áreas
legalmente protegidas. A lei estadual do Amapá nº 0836/04 proíbe novas ocupações e uso de áreas de ressaca urbana
e periurbana, exceto para execução de obras de infraestrutura.

Os habitantes dessa região se locomovem em passarelas suspensas, de bicicleta ou andando. Ao todo, segundo
levantamento realizado pela Secretaria Especial de Coordenadoria das Subprefeituras, em fevereiro de 2019, eram
393 passarelas (272 na zona sul e 121 na zona norte) que totalizam uma extensão de 34 km.

Esses domicílios estão distribuídos em 24 aglomerados considerados, segundo definição do IBGE, como
Aglomerados Urbanos Subnormais. Os aglomerados subnormais são definidos com um conjunto de, no mínimo, 51
unidades habitacionais, caracterizadas pela ausência de título de propriedade e com precariedade de serviços
públicos essenciais (água, esgoto, energia elétrica, coleta de lixo e iluminação pública). A Figura 5 ilustra uma das
passarelas desses aglomerados, com rede de energia elétrica e a inexistência da rede de iluminação pública nas
passarelas.

3Dados do artigo “Mapeamento e classificação das áreas de ressaca na região metropolitana de Macapá-
AP utilizando imagens do satélite CBERS-2B”, Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais.

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Figura 5 – Redes de energia elétrica nas passarelas
Fonte: Prefeitura de Macapá

A prefeitura de Macapá tem feito várias ações no sentido de atender esses aglomerados com serviços essenciais
regulares, requalificando as passarelas e levando o serviço de coleta de lixo em conjunto com a concessionária de
energia elétrica e a Companhia de água e esgoto do Amapá, que têm regularizado as rede de distribuição de energia
e água, respectivamente. O serviço de iluminação pública é um dos serviços que acompanham as ações da prefeitura,
atendendo essas passarelas. Quanto ao atendimento de iluminação pública nas passarelas das áreas de ressaca, não
existem informações sobre a periodicidade e quantidade de pontos que a prefeitura tem instalado.

4.2. Área 2: Distritos de Carapanatuba, Maruanum, Pedreira, São Joaquim


do Pacuí e Santa Luzia do Pacuí
Nessa área foram agrupados os distritos que apresentam uma menor densidade demográfica e cujo deslocamento
entre a localidade mais próxima e o centro do distrito de Macapá supera o tempo de 45 minutos 4, porém é possível o
acesso via transportes terrestres.

Nesses distritos existem apenas alguns aglomerados com baixa concentração de residência permanente, de acordo
com o CENSO de 2010 do IBGE.

Os distritos que se enquadraram nesses critérios e formaram a Área 2 (Figura 6) são:

• Distrito de Carapanatuba;
• Distrito de Maruanum;
• Distrito de Pedreira;
• Distrito de São Joaquim do Pacuí; e
• Distrito de Santa Luzia do Pacuí.

4 Tempo estimado por meio do cálculo de rotas do GoogleMaps.

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Figura 6 – Área 2
Fonte: GoogleEarth e IBGE, edição própria

4.3. Área 3: Distrito de Bailique


Essa área apresenta uma menor densidade demográfica e com poucas localidades e distribuídas esparsamente ao
longo do território. O único meio de acesso às localidades dessa área é via transportes fluviais. O tempo de
deslocamento é superior a 10 horas.

As vias existentes dessa área são unicamente passarelas para tráfego de pedestre, não sendo possível utilizar-se
qualquer tipo de veículo.

A área 3 (Figura 7) é formada unicamente pelo distrito de Bailique.

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Figura 7 – Área 3
Fonte: GoogleEarth e IBGE, edição própria

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5. Premissas Urbanísticas

5.1. Classificação das Vias


A proporção de pontos de iluminação pública que prestam serviços exclusivos às vias públicas é superior a 80% na
maioria dos municípios do Brasil, conforme projetos realizados pelas empresas deste Consórcio, sendo uma variação
relativa à quantidade de praças, parques e demais logradouros que uma cidade possa ter.

A definição da classe de iluminação para as vias do município interfere diretamente no resultado da carga instalada
de uma rede modernizada e, consequentemente, nos custos relativos aos investimentos para obra, manutenção e
operação.

5.1.1. Atribuições da Classe de Iluminação às Vias

O método aplicado para a atribuição da classe de iluminação vias no Distrito de Macapá e Fazendinha teve por base
as informações do mapa de nível de importância criado junto a Secretaria de Transportes e a malha de transportes
públicos conforme pode ser visto na Figura 13 (vias com classe de iluminação V2), na Figura 9 (vias com classe V3) e
Figura 10 (vias com classe V4).

No município de Macapá, não se verificou via com características que atendesse aos critérios estabelecidos pela
norma NBR-5101 e resultasse em uma classe de iluminação V1.

As vias dos demais distritos (Coração e Curiaú) da área 1 estão classificadas como V5 para as exclusivas de veículos e
P4 para as calçadas.

Por definição desse projeto, todas as vias de veículos das áreas 2 e área 3 serão consideradas V5, pelo fato de ter-se
um baixo fluxo de veículos. As vias exclusivas de pedestres nas áreas 2 e área 3 estão classificadas como P4.

Para a atribuição das vias de pedestres, foi considerada a seguinte relação com as vias de veículos:

• V2 – P3, pois esse tipo de via em Macapá é caracterizado pelo médio fluxo de veículos e com menor
quantidade de cruzamento em nível, dessa forma não é favorecido o trânsito de pedestre e consequentemente
apresenta requisitos que definem as calçadas em uma classe de iluminação P3;
• V3 – P3, a características dessas vias no município de Macapá são de fluxo médio de veículos e vários
cruzamentos em níveis. O tráfego de pedestre nessas vias em período noturno é baixo, pois comumente trata-
se de áreas de comércio que funcionam em horário específico5; e
• V4 – P4 e V5 – P4, ambas as condições são de vias comumente inseridas em bairro residencial e de baixo
fluxo de pedestre, não requisitando grandes níveis de luminosidade em suas calçadas.

Para os casos de vias de veículos, que integram a orla do rio amazonas em Macapá6, a classe de iluminação atribuída
nesse projeto foi V2 conforme NBR-5101, e para as de pedestre foram consideradas classe de iluminação P4.

Da análise realizada sobre a extensão dos eixos logradouros das vias públicas foi possível observar a proporção de
vias atribuídas a cada classe de iluminação e a sua respectiva extensão.

5Horário comercial comum de Macapá – 08:00h às 18:00h.


6Avenida Manoel Chaves de Melo (Orla da Fazendinha), Rua do Araxá (Orla do Araxá), Rua Cândido Mendes (Orla do Araxá e
Santa Inês), Rua Beira Rio (Orla de Santa Inês, Beira Rio e Perpétuo Socorro) e Rua Francisco Azarias da Silva Costa Neto (Orla
Beira Rio).

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A Tabela 3 e o Gráfico 1, apresentam a extensão total de vias correspondente a cada classe de iluminação existente
no município de Macapá, em cada área de concessão definida nesse projeto.

Área da concessão Classificação de Vias Extensão de Vias (km)


V2 101,89
V3 91,64
1
V4 94,87
V5 750,81
Subtotal (área 1) 1.039,20
2 V5 60,12
3 P4 16,89
Total 2.155,41
Tabela 3 – Extensão de vias por classe de iluminação do Município de Macapá
Fonte: Autoria própria

% Extensão de Via por Classe de Iluminação

V5 72,25%

V4 9,13%

V3 8,82%

V2 9,81%

0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00%

Gráfico 1 – Distribuição de vias por classe de iluminação da Área 1 do Município de Macapá


Fonte: Autoria própria

ÁREA 3 - P4 1,51%

ÁREA 2 - V5 5,39%

ÁREA 1 - V5 67,26%

ÁREA 1 - V4 8,50%

ÁREA 1 - V3 8,21%

ÁREA 1 - V2 9,13%

Gráfico 2 – Distribuição de vias por classe de iluminação do Município de Macapá


Fonte: Autoria própria

As figuras seguir destacam as vias da área 1 do município conforme sua classe de iluminação.

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Figura 8 - Vias com classe de iluminação V2
Fonte: Autoria própria

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Figura 9 - Vias com classe de iluminação V3
Fonte: Autoria própria

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Figura 10 - Vias com classe de iluminação V4
Fonte: Autoria própria

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Figura 11 - Vias com classe de iluminação de Macapá
Fonte: Autoria própria

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5.2. Principais Acessos ao Município de Macapá
É possível acessar a zona urbana do município de Macapá através de três modais de transporte: aéreo, hidroviário e
rodoviário.

Os portos e atracadouros localizados próximo ao Rio Amazonas representam um dos principais acessos à cidade.
Esses locais, além de serem utilizados como embarque e desembarque de passageiros, funcionam, frequentemente,
como importantes entrepostos comerciais. Os mais significativos são: Porto do Igarapé das Mulheres, Rampa do Açaí,
Píer de Santa Inês e Porto de Igarapé da Fortaleza.

A malha rodoviária também representa uma importante estrutura de conexão intermunicipal e estadual. Dentre as
rodovias mais significativas, pontuam-se: rodovias AP-020, AP-010 e Juscelino Kubitschek, que conectam Macapá
ao município vizinho, Santana; rodovia Duca Serra (AP-10), responsável por interligar a região oeste. Além dessas,
há também as rodovias Perimetral Norte (BR-210), que une o município ao norte do Estado e a rodovia Curiaú (AP-
70), que dá acesso às pequenas comunidades e ao município de Cutias.

Além disso, é possível acessar a cidade através do Terminal Rodoviário e do Aeroporto Internacional de Macapá.

5.3. Mobilidade Urbana


O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental (PDDAUM, 2004) de Macapá define mobilidade como:

Art. 13. Entende-se por mobilidade as ações envolvendo a acessibilidade da população aos bens e aos serviços e a
circulação das pessoas e mercadorias nas mais diversas modalidades, incluindo todos os meios abrangidos nessas
ações.

O PDDAUM estabelece diretrizes gerais sobre a mobilidade do município, mas não possui um plano de mobilidade
urbana ou plano municipal integrado de transportes. Verifica-se que os deslocamentos na cidade se dão a partir de
transporte motorizado individual, transporte público (ônibus), serviços de moto taxi, taxi comum, motoristas de
aplicativos e transporte ativo como bicicleta.

Os pontos de parada de ônibus serão contemplados pela própria iluminação viária, não sendo tratados
individualmente. As vias que que integram a malha de transporte pública no distrito de Macapá foram classificadas
um nível acima do que tecnicamente são, de modo que os níveis de luminosidade das calçadas e consequentemente
os pontos de ônibus serão maiores.

A malha de transporte público (ônibus), ilustrada na Figura 12, foi utilizada neste relatório como diretriz para a
definição de classe de iluminação para as vias.

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Figura 12 – Malha de transportes públicos
Fonte: Autoria própria

5.4. Hierarquia das Vias


O processo de hierarquização das vias consiste na distribuição das vias urbanas de um município por classes de
iluminação, definidas por meio de um complexo estudo dos fenômenos associados com a mobilidade que considerada
a densidade demográfica das regiões do município e a ocupação do solo. Esse estudo é importante à administração
pública para o adequado funcionamento das cidades e regiões.

A classe de iluminação para as vias públicas está diretamente relacionada à hierarquia que cada via tem dentro
município. A NBR5101 estabelece os critérios para a determinação da classe de iluminação por tipo de via, detalhando
ainda as características de cada tipo de via conforme as definições do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e como
pode ser visto na Tabela 4.

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Descrição da Via Classe de Iluminação
Vias de trânsito rápido; vias de alta velocidade de tráfego, com separação de pistas, sem cruzamentos em nível e com controle
de acesso; vias de trânsito rápido em geral; Autoestradas
Volume de tráfego intenso V1
Volume de tráfego médio V2
Vias arteriais; vias de alta velocidade de tráfego com separação de pistas; vias de mão dupla, com cruzamentos e travessias
de pedestres eventuais em pontos bem definidos; vias rurais de mão dupla com separação por canteiro ou obstáculo
Volume de tráfego intenso V1
Volume de tráfego médio V2
Vias coletoras; vias de tráfego importante; vias radiais e urbanas de interligação entre bairros, com tráfego de pedestres
elevado
Volume de tráfego intenso V2
Volume de tráfego médio V3
Volume de tráfego leve V4
Vias locais; vias de conexão menos importante; vias de acesso residencial
Volume de tráfego médio V4
Volume de tráfego leve V5
Tabela 4 - Descrição das vias e classes de iluminação
Fonte: ABNT NBR-5101

A referida norma também estabelece os critérios de avaliação para calçadas e passeios com base nas características
de uso de cada logradouro, conforme está descrito na Tabela 6.

Descrição da Via Classe de Iluminação


Vias de uso noturno intenso por pedestres (por exemplo, calçadões, passeios de
P1
zonas comerciais)
Vias de grande tráfego noturno de pedestres (por exemplo, passeios de avenidas,
P2
praças, áreas de lazer)
Vias de uso noturno moderado por pedestres (por exemplo, passeios,
P3
acostamentos)
Vias de pouco uso por pedestres (por exemplo, passeios de bairros residenciais) P4
Tabela 5 – Classificação das vias de acordo com a utilização noturna
Fonte: ABNT NBR-5101

As hierarquizações das vias do município de Macapá deveriam estar identificadas no Plano Municipal Integrado de
Transportes, conforme estabelecido pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental (PDDUAM)7.
Porém, até a data do desenvolvimento deste relatório, a Prefeitura não o havia publicado.

Paliativamente, o Consórcio IPB junto com a Secretaria de Transportes e a Secretaria de Iluminação Pública de
Macapá buscaram identificar e priorizar, por meio de uma análise empírica, as vias do município por sua importância
e uso, resultando nos destaques do mapa a seguir (Figura 13). Por esse motivo, é ciente de que a hierarquização de

7PDDUAM - Art. 67. A malha viária urbana é composta por vias expressas, vias arteriais primárias, vias arteriais secundárias, vias
coletoras, vias locais e vias mistas, que serão identificadas no Plano Municipal Integrado de Transportes.

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vias de um município é alcançada por meio de um estudo complexo, não coube a esse projeto definir quais os tipos
de vias corresponde a cada identificação apontada no mapa.

A demarcação pela Secretaria de Transporte e indicada na Figura 13 pela foi tratada como uma simples
hierarquização em função do nível de importância da via ao município, sendo:

• 1º Nível de importância – Vias com tracejo na cor verde;


• 2º Nível de importância – Vias com tracejo na cor lilás;
• 3º Nível de importância – Vias com tracejo na cor laranja; e
• 4º Nível de importância – Vias sem destaque.

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Figura 13 - Mapa com a identificação da hierarquia por importância de vias
Fonte: Autoria própria em conjunto com a Secretaria de Transportes de Macapá

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6. Premissas Luminotécnicas
As premissas luminotécnicas abrangem conceitos técnicos que são de supra importância nas considerações e na
proposta de soluções aplicadas a Rede de Iluminação de Macapá, pois tendem a definir diretrizes e parâmetros que
elevarão o nível de qualidade do serviço de iluminação pública dentro da concessão.

6.1. Diretrizes Gerais do Projeto

6.1.1. NBR 5101

Os parâmetros mínimos considerados nesse projeto tiveram por base a norma NBR 5101 da Associação Brasileira de
Normas Técnicas – ABNT. A Figura 14 apresenta de forma gráfica o uso da norma brasileira nos estudos de
iluminação pública.

Os critérios estabelecidos pela NBR 5101 foram utilizados nas etapas de projeto e na definição das tecnologias a serem
utilizadas nos logradouros do município de Macapá. Dessa forma, todas as soluções adotadas atendem aos
parâmetros da norma e os resultados obtidos buscaram proporcionar benefícios econômicos e sociais aos munícipes,
incluindo:

a) Redução de acidentes noturnos;


b) Melhoria das condições de vida, principalmente nas comunidades carentes;
c) Auxílio à proteção policial, com ênfase na segurança dos indivíduos e propriedades;
d) Facilidade do fluxo do tráfego;
e) Destaque a edifícios e obras públicas durante a noite; e
f) Eficiência energética.

Figura 14 - Utilização da NBR 5101 na elaboração de projetos de IP


Fonte: Autoria própria

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O Capítulo 3 da NBR 5101 apresenta os termos e definições, sendo que os mais importantes para a compreensão deste
relatório estão reunidos abaixo, apresentados na ordem a proporcionar um melhor entendimento do assunt0.

Iluminação pública: serviço que tem por objetivo prover de luz, ou claridade artificial, os logradouros públicos
no período noturno ou nos escurecimentos diurnos ocasionais, inclusive aqueles que necessitam de iluminação
permanente no período diurno.

Via: é uma superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais, compreendendo a pista, a calçada, o
acostamento, ilha e canteiro central.

Volume de tráfego: número máximo de veículos ou de pedestres que passam em uma dada via, durante o
período de 1 hora.

Iluminância média horizontal: iluminância em serviço, da área delimitada pela malha de pontos
considerada, ao nível da via, sobre o número de pontos correspondente.

Luminância média - Lmed [cd/m2]: valor médio da luminância na área delimitada pela malha de pontos
considerada, ao nível da via.

Luminância de velamento - Lv: efeito provocado pela luz que incide sobre o olho do observador no plano
perpendicular à linha de visão. Depende do ângulo entre o centro da fonte de ofuscamento e a linha de visão, bem
como da idade do observador.

Fator de uniformidade da iluminância (em determinado plano) - U: razão entre a iluminância mínima
e a iluminância média em um plano especificado:

𝑬𝒎𝒊𝒏
𝑼=
𝑬𝒎𝒆𝒅
Onde:
Emín é igual à iluminância mínima; e
Emed é igual à iluminância média.

Fator de uniformidade da luminância (uniformidade global) - Uo: razão entre a luminância mínima e
a luminância média em um plano especificado:
𝑳𝒎𝒊𝒏
Uo =
𝑳𝒎𝒆𝒅
Onde:
Lmín é igual à luminância mínima; e
Lmed é igual à luminância média.

Fator de uniformidade da luminância (uniformidade longitudinal) - UL: razão entre a luminância


mínima e a luminância máxima ao longo das linhas paralelas ao eixo longitudinal da via em um plano
especificado:
𝑳𝒎𝒊𝒏
UL =
𝑳𝒎𝒂𝒙
Onde:
Lmín é igual à luminância mínima; e
Lmáx é igual à luminância máxima.

Incremento de limiar - TI: limitação do ofuscamento perturbador ou inabilitador nas vias públicas, que afeta
a visibilidade dos objetos. O valor de TI % é baseado no incremento necessário da luminância de uma via para
tornar visível um objeto que se tornou invisível devido ao ofuscamento inabilitador provocado pelas luminárias:
𝑳𝒗
𝑻𝑰% = 𝟔𝟓𝒙
(𝑳𝒎𝒆𝒅)𝟎.𝟖

Onde:
Lmed é a luminância média da via; e

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Lv é a luminância de velamento.

Razão das áreas adjacentes à via - SR: relação entre a iluminância média das áreas adjacentes à via (faixa
com largura de até 5 m) e a iluminância média da via (faixa com largura de até 5 m ou metade da largura da via)
em ambos os lados de suas bordas. O parâmetro SR pressupõe a existência de uma iluminação própria para a
travessia de pedestres, levando em consideração o posicionamento da luminária, de forma a permitir a percepção
da silhueta do pedestre pelo motorista (contraste negativo).

Como apresentado na Tabela 6 e na Tabela 7, a norma estabelece os requisitos mínimos das grandezas luminotécnicas
a partir da classe de iluminação para as vias exclusivas de veículos, utilizando como parâmetros as classificações
estabelecidas no Código de Trânsito Brasileiro, que está baseado no volume de utilização. O projeto considerou esses
requisitos em seu desenvolvimento.

Classe de Iluminação Lmed UO ≥ UL ≤


V2 1,50 0,40 0.70
V3 1,00 0,40 0,70
Lmed: luminância média; UO: uniformidade global; UL: uniformidade longitudinal
Tabela 6 - Requisitos de luminância e uniformidade
Fonte: ABNT NBR 5101

Iluminância Média Mínima - E med,min Fator de Uniformidade Mínimo


Classe de Iluminação
(lux) 𝑼 = 𝑬𝒎𝒊𝒏⁄𝑬𝒎𝒆𝒅
V2 20 0,3
V3 15 0,2
V4 10 0,2
V5 5 0,2
Tabela 7 - Requisitos de iluminância média mínima e uniformidade para cada classe de iluminação
Fonte: ABNT NBR 5101

Para o tráfego de pedestres a norma brasileira também estabelece a classe de iluminação de acordo com a sua
utilização noturna e estabelece os valores mínimos iluminância média e de uniformidade, conforme apresentado na
Tabela 8.

Iluminância Horizontal Média Emed Fator de Uniformidade Mínimo


Classe de Iluminação
(Lux) 𝑼 = 𝑬𝒎𝒊𝒏⁄𝑬𝒎𝒆𝒅
P1 20 0,3
P2 10 0,25
P3 5 0,2
P4 3 0,2
Tabela 8 - Iluminância média e fator de uniformidade mínimo para cada classe de iluminação
Fonte: ABNT NBR 5101

A norma brasileira também estabelece as malhas de medição e de cálculo das grandezas luminotécnicas, as quais
também serviram de referência para esse projeto e o de verificação em campo para o Diagnóstico Técnico de Rede.

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6.1.2. Aparência de Cor

A temperatura de cor ou aparência da cor, emitida através de uma fonte luminosa, é uma grandeza luminotécnica
que expressa a tonalidade da cor de luz que é obtida. A unidade de medida é o Kelvin (K) e na prática, quanto maior
o grau expresso, a tonalidade da luz será mais branca (fria) e quanto menor, mais amarelada (quente) (Figura 15).

Figura 15 - Temperatura de cor


Fonte: Elemental LED

A solução de temperatura de cor adotada nesse projeto visa a não interferência no ecossistema local e garantir uma
luminosidade conveniente à saúde, segurança e bem-estar da população Macapaense. No projeto, foram adotadas as
seguintes temperaturas de cor máximas em relação a cada tipo de espaço (Tabela 9).

Tipo de Espaço Temperatura de Cor Correlata (ºK)


Sistema Viário
Vias de veículos, classe de iluminação V2 e V3. 4.000
Vias de veículos, classe de iluminação V4 e V5. 3.000
Orlas
Vias de veículos e pedestres. 3.000
Áreas Verdes
Praças e Parques. 3.000
Rotatórias 3.000
Playground, espaços de ginásticas. 3.000
Áreas Esportivas
Quadras e Campos8. 5.000
Iluminação de Destaque
Fachadas, monumentos e edifícios históricos9. 3.000
Tabela 9 – Relação de temperatura de cor por tipo de espaço
Fonte: autoria própria

6.1.3. IRC – Índice de Reprodução de Cor

O Índice de Reprodução de Cores (IRC), com escala que varia de 0 a 100, define a capacidade de uma determinada
fonte luminosa artificial em reproduzir, com fidedignidade, as cores de um espaço e/ou objeto. O sol é considerado a
fonte de luz mais fidedigna de que dispomos, tornando-se assim o padrão de comparação (índice 100) para as demais

8 Para os equipamentos esportivos adotamos a temperatura de cor de 5.000K por ser esta característica encontrada nos
equipamentos de mercado para este fim.
9 Exceto locais onde estão previstos projetores com tecnologia de mudança de cor (RGBW).

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fontes luminosas. Desta forma, quanto maior o IRC, melhor os objetos e os espaços terão suas cores reproduzidas
por uma, ou conjunto, de fontes luminosas (Figura 16).

Figura 16 - Índice de reprodução de cores


Fonte: enigmalighting.com

As luminárias públicas com tecnologia LED devem apresentar IRC≥ 70%, conforme estabelecido pela portaria nº 20
do INMETRO, e esse parâmetro mínimo é o exigido por esse projeto.

6.1.4. Poluição Luminosa

A poluição luminosa ocorre pelo uso inapropriado ou excessivo da luz artificial, ocasionada por níveis de iluminância
inadequados no ambiente urbano. Os efeitos deste fenômeno impactam diretamente o meio ambiente, meio social e
esfera econômica, ao onerar o consumo de energia das cidades, afetar a saúde da população urbana e no desarranjo
dos ecossistemas.

Os componentes que compõem a poluição luminosa são:


• Abóbada Celeste (sky glow): clareamento do céu noturno em áreas inabitadas;
• Transposição de Luz (light trespass): iluminação de maneira não intencional ou necessária;
• Desordem Luminosa (clutter): uso excessivo de fontes luminosas, causando brilho abundante e
desorientação; e
• Ofuscamento (glare).

Segundo o estudo publicado na revista Science Advances, em 2016, intitulado “World Atlas of Artificial Night Sky
Brightness”, 80% da população mundial vivem sob as abóbadas celestes. No caso do Brasil, esse valor equivale a
32,3%.

No Amapá, os locais mais afetados pela poluição luminosa são Santana e Macapá, os dois municípios mais populosos
do Estado. Conforme ilustrado na Figura 17 (Tabela 10 e Figura 18), a Região Central do Macapá e os bairros
adjacentes apresentam elevada taxa de poluição luminosa, enquanto, nos bairros limítrofes a situação é mais amena.

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Figura 17 - Poluição luminosa – Macapá (AP)
Fonte: lightpollutionmap.info

Tabela 10 - Legenda poluição luminosa


Fonte: cires.colorado.edu/artificial-light

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Figura 18 - Escala da poluição luminosa
Fonte: skyglowproject.com

Prevendo a redução da poluição luminosa no município de Macapá, esse projeto considerou a utilização de luminárias
com controle de distribuição de intensidade luminosa Limitada (cut-off) conforme previsto no item 4.3.3b da NBR-
5101.

6.1.5. Instalações elétricas

As instalações elétricas da rede de iluminação pública, deve atender a requisitos técnicos mínimos afim de garantir a
segurança das pessoas e animais, o funcionamento adequado do sistema e a conservação dos bens.

Proteção contrachoques elétricos

As instalações elétricas de iluminação pública devem ser providas de soluções que proporcionem segurança às
pessoas e animais, seja o risco associado a contato acidental com parte viva perigosa (circuitos de iluminação pública,
barramentos de quadros de comando, etc.), seja a falhas que possam colocar uma massa acidentalmente sob tensão
(postes e braços metálicos, quadros de comandos, projetores e luminárias).

Como diretrizes para garantir a proteção contrachoques elétricos das instalações elétricas de iluminação pública é
recomendado, minimamente, que:

• Os quadros de comando e proteção ou centro de medição de energia elétrica sejam providos de barreiras às
partes vivas, e portas externas com fechadura que bloqueie o acesso a pessoas não autorizadas aos
dispositivos de proteção e comando;

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• Todos as instalações elétricas de iluminação pública, e elementos metálicos da rede sejam providos de um
sistema de aterramento, inclusive os braços e luminárias que estão instalados em postes da rede de
distribuição de energia elétrica;
• Que a linhas elétricas subterrâneas estejam sempre enterradas e protegidas.
• Os lances de condutores que alimentam as luminárias, em postes exclusivos da rede de iluminação pública
ou nos braços, devem sempre passar internamente ao corpo deles, e serem usados cabos do tipo PP, com
uma camada de isolação e uma cobertura protetora;
• Os circuitos subterrâneos, que alimentam elementos metálicos que estão dispostos nas áreas de acesso do
público, devem ser providos de dispositivos de proteção diferencial residual.

Características dos componentes em função das influências externas

As características dos componentes a serem empregados na rede de iluminação pública, em relação às condições
ambientais, devem atender às seguintes especificações:

• As características em função da temperatura devem suportar à temperatura de até 40º C;


• Quanto à presença de água e poeira, todos os dispositivos de conexão ou emenda dos circuitos subterrâneos,
bem como as luminárias ou projetores que estiverem instaladas embutidas ou ao nível do solo, devem possuir
grau de proteção mínimo IP67. As demais luminárias devem atender apresentar grau de proteção mínimo
IP-65 para o conjunto óptico e IP-44 para o compartimento de driver, em atendimento à portaria nº 20 do
INMETRO;
• As lentes das luminárias, cobertura dos cabos aéreos, relés-foto eletrônicos, dispositivos controladores de
telegestão, devem ser construídos com materiais que possua proteção contra raios ultravioletas, devido a
maior exposição natural da região do equador;
• As luminárias que estiverem instaladas embutidas no solo, ou à uma altura de até 5 metros, devem apresentar
um grau de proteção contra impactos mínimo IK-08.

6.2. Diretrizes Particulares de Projeto


Para atendimento às áreas de ressaca, pertencentes à Área 1, e para toda a Área 3, os requisitos luminotécnicos que
devem ser alcançados pela iluminação pública são:
i) Classe de iluminação P4;
ii) Temperatura de correlata de cor (TCC) de 3.000K; e
iii) Índice de reprodução de cor mínimo de 70%.

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7. Rede Atual de Iluminação Pública
A análise detalhada sobre a caracterização da Rede de Iluminação Pública de Macapá está disponível no Relatório de
Diagnóstico Técnico da Rede de IP, que é um documento integrante desse projeto. Neste item serão apresentadas
apenas as informações consolidadas, sendo que a Tabela 11 - Características do sistema IP evidência as principais
características de infraestrutura do sistema de IP.

Distância
Largura Comprimento Comprimento Recuo Recuo Vias com
Classificação Média Disposição das
% Vias Média Médio Médio Médio Médio Canteiro
de Vias entre Luminárias
de Vias Calçada P1 Calçada P2 P1 P2 Central
Postes

V2 6,4% 33,94 12,60 4,44 4,28 1,63 1,72 68,8% Unilateral


12,50%
Desvio padrão 8,34 3,06 1,60 2,44 1,36 1,47 18,8% Bilateral
V3 24,4% 33,06 10,72 3,59 3,54 1,66 1,66 91,8% Unilateral
6,56%
Desvio padrão 6,66 2,40 1,61 1,85 1,08 1,08 1,6% Bilateral
V4 20,4% 31,93 10,23 3,57 3,37 2,08 1,98 96,1% Unilateral
1,96%
Desvio padrão 7,18 2,69 1,63 1,62 1,47 1,41 2,0% Bilateral
V5 48,8% 32,36 9,65 3,03 2,98 1,41 1,40 98,4% Unilateral
1,64%
Desvio padrão 5,89 3,16 1,44 1,85 1,24 1,25 0,0% Bilateral
Tabela 11 - Características do sistema IP
Fonte: Autoria própria, jun/19

Pelos dados do cadastro georreferenciado da rede de iluminação pública de Macapá e com a complementação de
informações fornecidas pela Companhia Energética do Amapá (CEA) e pela Prefeitura em maio de 2.019, a Rede de
Iluminação Pública de Macapá possui um total de 33.814 pontos de iluminação pública. Atualmente existem diversas
tecnologias de iluminação aplicadas na rede como, por exemplo, lâmpadas fluorescentes, halógenas, LED, lâmpadas
de pressão de vapor de mercúrio, vapor de sódio e multivapores metálicos, o que demonstra ausência de um padrão
na utilização das tecnologias. As potências também são variadas, com algumas informações que não correspondem a
lâmpadas padronizados no mercado (Tabela 12), com exemplo: lâmpadas de vapor mercúrio de 70, 100, 150, e 360
W; lâmpadas de vapor de sódio de 80, 125, 160, 200, 225 e 500W.

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Tipo de Tecnologia Potência (W) Quantidade Tipo de Tecnologia Potência (W) Quantidade
Fluorescente 20 4 Multivapores metálicos 225 2
Fluorescente 30 4 Multivapores metálicos 250 204
Fluorescente 70 5 Multivapores metálicos 360 22
Fluorescente 100 2 Multivapores metálicos 400 1.960
LED 20 32 Multivapores metálicos 1.000 17
Vapor de mercúrio 70 18 Vapor de Sódio 70 20.907
Vapor de mercúrio 80 13 Vapor de Sódio 80 11
Vapor de mercúrio 100 1 Vapor de Sódio 100 194
Vapor de mercúrio 125 35 Vapor de Sódio 125 134
Vapor de mercúrio 150 4 Vapor de Sódio 150 7.918
Vapor de mercúrio 250 7 Vapor de Sódio 160 4
Vapor de mercúrio 360 1 Vapor de Sódio 200 1
Vapor de mercúrio 400 16 Vapor de Sódio 225 7
Multivapores metálicos 70 352 Vapor de Sódio 250 89
Multivapores metálicos 100 65 Vapor de Sódio 360 9
Multivapores metálicos 125 12 Vapor de Sódio 400 1.140
Multivapores metálicos 150 471 Vapor de Sódio 500 129
Multivapores metálicos 200 1 Vapor de Sódio 1.500 22
Multivapores metálicos 215 1
Tabela 12 – Quantidade de pontos em função da tecnologia e potência
Fonte: Autoria própria, baseada no cadastro georreferenciado jan/18

7.1. Caracterização da Rede de Iluminação Pública nas Áreas Definidas no


Projeto
Pela análise gráfica de localização dos pontos do cadastro georreferenciado pela prefeitura de Macapá e pela CEA, foi
possível apresentar a distribuição de quantidades de pontos por cada área, conforme demonstrado na Tabela 13.

Área Quantidade de Pontos


Área 1 32.756
Área 2 961
Área 3 97
Total 33.814
Tabela 13 – Distribuição dos pontos nas áreas
Fonte: Autoria própria, baseada no cadastro georreferenciado jan/18 e mai/19

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7.1.1. Caracterização da Rede de Iluminação Pública na Área 1

A área 1 abrange o maior número de pontos de iluminação pública de acordo com o cadastro da rede de iluminação
pública apresentado no Diagnóstico de Rede, estando posicionado dentro dessa área um percentual de 97% do total
de pontos do cadastro. Os pontos de iluminação pública existentes dessa área prestam serviço para todos os tipos de
logradouros, ou seja, em sistema viário urbano-, praças, parques, passeios públicas, estradas rurais e demais.

A Figura 19 ilustra a concentração de pontos de iluminação pública na área 1, conforme dados do cadastro
georreferenciado.

Figura 19 - Área 1 - Concentração de pontos de iluminação pública


Fonte: Cadastro da Rede de IP e GoogleEarth, edição própria

A relação de pontos da área 1 em função do tipo de tecnologia e potência, com o cálculo de carga instalada é dado pela
Tabela 14.

Perdas no Área 1
Tipo de Tecnologia Potência (W)
Reator (W) Quantidade Potência (KW)
Fluorescente 20 0 4 0,1
Fluorescente 30 0 4 0,1
Fluorescente 70 0 5 0,4
Fluorescente 100 0 2 0,2
LED 20 0 32 0,6
Vapor de mercúrio 70 12 18 1,5
Vapor de mercúrio 80 10 10 0,9

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Perdas no Área 1
Tipo de Tecnologia Potência (W)
Reator (W) Quantidade Potência (KW)
Vapor de mercúrio 100-- 17 1 0,1
Vapor de mercúrio 125 13 35 4,8
Vapor de mercúrio 150 22 4 0,7
Vapor de mercúrio 250 20 7 1,9
Vapor de mercúrio 360 29 1 0,4
Vapor de mercúrio 400 27 16 6,8
Multivapores metálicos 70 12 350 28,7
Multivapores metálicos 100 17 65 7,6
Multivapores metálicos 125 13 12 1,7
Multivapores metálicos 150 22 471 81,0
Multivapores metálicos 200 0 1 0,2
Multivapores metálicos 215 23 1 0,2
Multivapores metálicos 225 0 2 0,5
Multivapores metálicos 250 30 197 55,2
Multivapores metálicos 360 29 22 8,6
Multivapores metálicos 400 29 1.949 836,1
Multivapores metálicos 1.000 70 17 18,2
Vapor de sódio 70 14 19.879 1.669,8
Vapor de sódio 80 10 11 1,0
Vapor de sódio 100 17 194 22,7
Vapor de sódio 125 13 134 18,5
Vapor de sódio 150 22 7.916 1.361,6
Vapor de sódio 160 0 4 0,6
Vapor de sódio 200 0 1 0,2
Vapor de sódio 225 0 7 1,6
Vapor de sódio 250 30 89 24,9
Vapor de sódio 360 29 9 3,5
Vapor de sódio 400 38 1.135 497,1
Vapor de sódio 500 0 129 64,5
Vapor de sódio 1.500 130 22 35,9
Total da Área 1 32.756 4.758
Tabela 14 – Pontos de iluminação pública atual na área 1
Fonte: Autoria própria, baseada no cadastro georreferenciado jan/18 e mai/19

7.1.2. Caracterização da Rede de Iluminação Pública na Área 2

A área 2 possui pontos de iluminação pública apenas em aglomerados rurais e nas sedes distritais, sendo a
distribuição dos pontos esparsa ao longo do território. Os pontos de iluminação pública existentes dessa área prestam

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serviço apenas em logradouros classificados como estradas rurais em distritos distantes, dos quais as vias de
pedestres existentes são definidas nesse projeto como classe de iluminação P4 e as vias de veículos com classe V5.

A Figura 20 ilustra a concentração de pontos de iluminação pública na área 2, conforme dados do cadastro
georreferenciado.

Figura 20 – Área 2 – Concentração de pontos de iluminação pública


Fonte: Cadastro da Rede de IP e GoogleEarth, edição própria

A relação de pontos da área 2 em função do tipo de tecnologia e potência, com o cálculo de carga instalada é dado
pela Tabela 15.

Perdas no Área 2
Tipo de Tecnologia Potência (W)
Reator (W) Quantidade Potência (KW)
Vapor de mercúrio 80 10 3 0,27
Multivapores metálicos 70 12 2 0,16
Multivapores metálicos 250 30 7 1,96
Multivapores metálicos 400 29 11 4,72
Vapor de sódio 70 14 931 78,20
Vapor de sódio 150 22 2 0,34
Vapor de sódio 400 38 5 2,19
Total da Área 2 961 87,85
Tabela 15 – Pontos de iluminação pública atual na área 2
Fonte: Autoria própria, baseada no cadastro georreferenciado jan/18 e mai/19

Uma característica comum entre as localidades (aglomerados e sedes distritais) da área 2 que são atendidos pela
iluminação pública atual é o conjunto de edificações permanentes, formando uma área continuamente construída,

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com arruamentos reconhecíveis e dispostos ao longo de uma via de comunicação. Na Figura 21 é apresentado um
exemplo da formação dessas localidades.

Figura 21 – Exemplo de localidade da área 2


Fonte: Google Earth

Para a análise da qualidade de atendimento da infraestrutura de iluminação pública na área 2 foi realizado um
levantamento virtual em uma amostra de 7 localidades que estão inseridas na área 2, verificando as seguintes
informações:

• Quantidade de pontos de iluminação pública existentes;


• Total de extensão de vias e arruamentos existentes, ladeados por edificações continuamente dispostas;
• O total de vias e arruamentos, ladeados por edificações continuamente dispostas que parcialmente não estão
atendidas com iluminação pública;
• O total de vias e arruamentos, ladeados por edificações continuamente dispostas que integralmente não
estão atendidas com iluminação pública; e
• O distanciamento entre postes com iluminação pública.

Pelos dados do IBGE de 2010, foi possível obter a informação referente à quantidade de residências permanentes que
se em concentra em cada localidade. A partir dos mapas do Projeto Base Cartográfica Digital Contínua do Amapá, de
autoria do Governo do Estado do Amapá e Exército Brasileiro, foi possível constatar a existência de construções de
serviços públicos (administração pública, educacional, saúde e serviços sociais), pelo GoogleEarth foi possível
estimar a extensão de vias públicas de cada aglomerado, e pelo cadastro georreferenciado foram analisados a
cobertura de atendimento da rede de iluminação pública e o distanciamento dos vãos entre postes.
A Figura 22 traz a posição geográfica das localidades que compuseram a amostra da área 2.

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Figura 22 – Área 2 - Aglomerados dos Distritos de São Joaquim do Pacuí e Santa Luzia do Pacuí
Fonte: GoogleEarth e IBGE, edição própria

As definições adotadas e a classificação de cada tipo de localidade seguiram os conceitos básicos de cartografia, os
quais são:

a) Localidade é conceituada como sendo todo lugar do território nacional onde exista um aglomerado
permanente de habitantes;
b) Vila é a localidade com o mesmo nome do distrito a que pertence (sede distrital) e onde está sediada a
autoridade distrital, excluído o distrito da sede municipal;
c) Aglomerado Rural é localidade situada em área não definida legalmente como urbana e caracterizada por um
conjunto de edificações permanentes e adjacentes, formando área continuamente construída, com
arruamentos reconhecíveis e dispostos ao longo de uma via de comunicação; e
d) Lugarejos: são regiões que não possuem nenhum tipo de serviço público, estabelecimento de ensino ou
estabelecimento comercial de bens de consumo frequente.

A Tabela 16, apresenta os dados das localidades que foram analisados.

Quantidade de
Legenda Tipo de Localidade Via de Comunicação Distrito Serviços Públicos
Moradias

Aglomerado rural - Rodovia do Curiaú - São Joaquim do


A 144 Sim – 2 edificações
Povoado AP070 Pacuí
Rodovia do Curiaú - São Joaquim do
B Vila 253 Sim – 6 edificações
AP070 Pacuí
São Joaquim do
C Lugarejo Estrada local 45 Não
Pacuí

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Quantidade de
Legenda Tipo de Localidade Via de Comunicação Distrito Serviços Públicos
Moradias

Santa Luzia do
D Lugarejo Estrada local 69 Não
Pacuí
Santa Luzia do
E Lugarejo Estrada local 62 Não
Pacuí
Santa Luzia do
F Vila Estrada local 145 Sim – 6 edificações
Pacuí
Aglomerado Rural - Santa Luzia do
G Estrada local 69 Sim – 4 edificações
Povoado Pacuí
Tabela 16 – Dados dos aglomerados da área 2
Fonte: IBGE, Governo do Estado do Amapá e Exército

A Figura 23 ilustra a cobertura da rede de iluminação pública no lugarejo F, como exemplo da análise que foi realizada
nessas 7 localidades.

Figura 23 – Distribuição geográfica dos pontos de iluminação pública na localidade F


Fonte: Cadastro da Rede de IP e GoogleEarth, edição própria

Graficamente em cada uma das 7 localidades que compõe a amostra foram contabilizadas as quantidades de pontos
de iluminação pública existentes; medido a extensão total de vias (ladeadas por residências permanentes), a extensão
de vias que parcialmente não estão atendidas pela rede de iluminação pública, e as que integralmente não estão

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atendidas pela iluminação pública; medido o distanciamento entre cada ponto de iluminação pública e a classificação
entre os que resultaram em valores inferiores à 45 metros e os superiores (Tabela 17).

Extensões de vias (m) Qtde de Pontos


Quantidade
Tipo de
Legenda de Pontos Parcialmente Integralmente
Localidade Vãos <45 Vãos >45
Existentes Existentes não atendidas não atendida
metros metros
pela rede de IP pela rede deIP
Aglomerado
A 34 2.330 521 507 31 3
rural - Povoado
B Vila 73 6.091 1.906 974 61 12
C Lugarejo 0 1.000 - 1.000 - -
D Lugarejo 51 2.012 - - 49 2
E Lugarejo 33 1.518 180 - 29 4
F Vila 76 4.348 849 432 72 4
Aglomerado
G 41 1.970 260 190 33 8
rural - Povoado
Tabela 17 – Dados das análises nas localidades da área 2
Fonte: Cadastro da Rede de IP e GoogleEarth, edição própria

Da análise realizada obtém-se a informação de 19,28% de extensão de vias das localidades existentes da área 2
necessitam parcialmente de atendimento de iluminação pública e 16,10% necessitam de implantação de iluminação
pública.

Adicionalmente, 10,32 % dos distanciamentos entre pontos de iluminação pública estão acima de 45 metros. A
proporção do tamanho dos espaçamentos entre postes na área 2 é apresentado na Tabela 18.

Quantidade de
Espaçamentos Representatividade
pontos
<30 m 10,13% 97
30<35 m 41,95% 403
35<40 m 27,48% 264
40<45 m 10,13% 98
>45 m 10,32% 99
Tabela 18 – Proporção de espaçamento médios na área 2
Fonte: Cadastro da Rede de IP e GoogleEarth, edição própria

O tipo de logradouro existente na área 2 corresponde exclusivamente a vias de tráfego de veículos, com um baixo
fluxo, e como definido no item 4.2 deste relatório, a classe de iluminação para as vias de veículos existentes nesses
distritos é V5.

A largura de vias não supera a 10 metros (Figura 24), sendo essa em sua maioria as vias de comunicação dos
arruamentos. Os arruamentos possuem uma largura máxima de 7 metros.

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Figura 24 – Largura de via de comunicação - São Joaquim do Pacuí
Fonte: Google Earth

7.1.3. Caracterização do Rede de Iluminação Pública na Área 3

A infraestrutura de iluminação pública existentes na área 3 presta serviço exclusivamente às passarelas de pedestres
dos aglomerados rurais e sedes distritais, estando conectadas a uma rede de distribuição de energia elétrica da CEA.

A relação de pontos da área 3 em função do tipo de tecnologia e potência, com o cálculo de carga instalada é dado
pela Tabela 19.

Perdas no Área 3
Tipo de Tecnologia Potência (W)
Reator (W) Quantidade Potência (KW)
Vapor de sódio 70 14 97 8,15
Total Área 3 97 8,15
Tabela 19 – Pontos de iluminação pública da área 3
Fonte: Autoria própria, baseada no cadastro georreferenciado jan/18 e mai/19

A Figura 25 ilustra a concentração de pontos de iluminação pública na área 3, conforme dados do cadastro
georreferenciado.

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Figura 25 – Área 3 – Concentração de pontos de iluminação pública
Fonte: Cadastro da Rede de IP e GoogleEarth, edição própria

As localidades existentes atendidas pela rede de iluminação pública dessa área seguem as mesmas caraterísticas das
localidades da área 2, porém com a particularidade de as edificações serem palafitas e os arruamentos e vias serem
unicamente passarelas (Figura 27) de tráfego exclusivo de pedestres.

A imagem aérea na Figura 26 feita pelo Exército Brasileiro ilustra os dois maiores aglomerados de Bailique, a Vila
Progresso na parte inferior da figura e a o aglomerado rural Macedônia na parte superior.

A classe de iluminação pública que balizará os níveis luminotécnicos para essas vias é a P4.

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Figura 26 – Vilarejo de Bailique
Fonte: Exército Brasileiro

Figura 27 – Vias e edificações de Bailique


Fonte: Exército Brasileiro

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Para a análise da qualidade de atendimento da infraestrutura de iluminação pública na área 2 foi realizado um
levantamento virtual em uma amostra de 7 localidades que estão inseridas na área 3, verificando as seguintes
informações:

• Quantidade de Pontos de Iluminação pública existentes;


• Existência de rede de distribuição de energia elétrica;
• Total de extensão de passarelas existentes; e
• A estimativa de extensão de passarelas com edificações continuamente dispostas que não estão atendidas
com iluminação pública.

Pelos dados do IBGE de 2010, foi possível obter a informação referente à quantidade de residências permanentes que
se em concentra cada localidade. A partir dos mapas do Projeto Base Cartográfica Digital Contínua do Amapá, de
autoria do Governo do Estado do Amapá e Exército Brasileiro, foi possível constatar a existência de construções de
serviços públicos (administração pública, educacional, saúde e serviços sociais), a existência de rede de distribuição
de energia elétrica e medir as extensões de passarelas que cada localidade possui. Pelo cadastro georreferenciado
foram analisados a cobertura de atendimento da rede de iluminação pública.

A Figura 28 traz a posição geográfica das localidades que compuseram a amostra da área 3.

Figura 28 – Área 3 – Aglomerados do Distrito de Bailique


Fonte: GoogleEarth e IBGE, edição própria

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As definições e a classificação seguiram os conceitos básicos de cartografia já apresentados anteriormente neste
relatório, complementado pela seguinte definição:

a) Povoado - Localidade que tem a característica definidora de Aglomerado Rural e possui pelo menos 1 (um)
estabelecimento comercial de bens de consumo frequente e 2 (dois) dos seguintes serviços ou equipamentos:
1 (um) estabelecimento de ensino de 1º grau em funcionamento regular, 1 (um) posto de saúde com
atendimento regular e 1 (um) templo religioso de qualquer credo. Corresponde a um aglomerado sem caráter
privado ou empresarial ou que não está vinculado a um único proprietário do solo, cujos moradores exercem
atividades econômicas quer primárias, terciárias ou, mesmo secundárias, na própria localidade ou fora dela.

A Tabela 20 apresenta os dados das localidades analisadas.

Quantidade de
Legenda Tipo de Localidade Nome da Localidade Distrito Serviços Públicos
Moradias
Aglomerado rural -
A Sem informação Bailique 88 Sim – 1 Edificação
povoado
Aglomerado rural –
B Limão do Curuá Bailique 45 Sim – 3 Edificações
povoado
Aglomerado rural – Igarapé Grande do
C Bailique 32 Sim – 2 Edificações
povoado Curuá
Aglomerado rural –
D Buritizal Bailique 32 Sim – 2 Edificações
povoado
Aglomerado urbano –
E Vila Progresso Bailique 437 Sim – 13 Edificações
vila
Aglomerado rural -
F Macedônia Bailique 149 Sim – 2 edificações
povoado
Aglomerado rural -
G Franco Grande Bailique 66 Sim – 2 edificações
povoado
Tabela 20 – Dados dos Aglomerados da área 3
Fonte: IBGE, Governo do Estado do Amapá e Exército

Graficamente em cada uma das 7 localidades que compõe a amostra foram contabilizadas as quantidades de pontos
de iluminação pública existentes, analisado a existência de rede de distribuição de energia elétrica, medido a extensão
total das passarelas e estimado a extensão de passarelas que não possuem iluminação pública (Tabela 21).

Quantidade Existência de Extensão Total Extensão de


Legenda Tipo de Localidade de Pontos Distribuição de Energia de Passarelas Passarelas Sem
Existentes Elétrica (m) IP (m)
Aglomerado rural -
A 5 Sim Sem informação Sem informação
povoado
Aglomerado rural –
B 0 Sim 2.501 2.501
povoado
Aglomerado rural –
C 16 Sim 1.403 763
povoado
Aglomerado rural – Não constam informações
D 0 1.468 1.468
povoado que evidencie.
E Aglomerado urbano – vila 14 Sim 7.297 6.947

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Quantidade Existência de Extensão Total Extensão de
Legenda Tipo de Localidade de Pontos Distribuição de Energia de Passarelas Passarelas Sem
Existentes Elétrica (M) IP (M)
Aglomerado rural -
F 2 Sim 3.388 3.288
povoado
Aglomerado rural -
G 12 Sim 834 374
povoado
Tabela 21 – Dados das análises nas localidades da área 3
Fonte: Cadastro da Rede de IP, Governo do estado do Amapá, Exército e GoogleEarth, edição própria

As passarelas em localidades que não possuem evidência da existência de rede de distribuição de energia elétrica
(1.468 metros) serão desconsideradas da análise, pois se torna inviável o atendimento da rede de iluminação pública.

Da análise realizada constata-se que a rede de iluminação pública existente na área 3 atende pontualmente locais de
relevante importância dentro dessas localidades, sendo que 89,95% das extensões de passarelas não estão atendidas,
totalizando uma extensão de 13.873 metros de passarelas a serem iluminadas.

7.2. Distribuição dos Pontos de Iluminação por Tipo de Logradouro


Com a análise gráfica do cadastro georreferenciado da Rede de Iluminação Pública de Macapá confrontado com
imagens do satélite, foi possível atribuir a quantidade de pontos em cada tipo de logradouro. Para essa análise foi
usada a ferramenta Qgis10, base de dados da Google Streets e Google Satélite.

O posicionamento georreferenciado do cadastro possui uma boa exatidão, sendo possível analiticamente atribuí-los
exatamente a cada tipo de via, logradouro, praça ou imóvel.

Cada ponto gráfico impresso em tela, conforme Figura 29, representa uma coordenada gráfica que tem vinculado um
ou mais pontos de iluminação pública do cadastro georreferenciado da Rede de Macapá. Com a seleção de um ponto
gráfico é possível obter quais as características que cada ponto de iluminação pública possui. O cadastro
georreferenciado traz uma quantidade limitada de informações, que é insuficiente para a caracterização integral de
cada ponto iluminação pública.

10 Qgis é um Software livre de manipulação de base de dados georreferenciadas.

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Figura 29 – Tela com impressão do cadastro georreferenciado
Fonte: Qgis, Google streets

Pela análise do cadastro georreferenciado da Rede de Iluminação Pública de Macapá a proporção de pontos que estão
prestando serviço exclusivamente ao sistema viário urbano é de 87% (Tabela 22 e Gráfico 3), resultando em um total
de 29.511 pontos. Os demais pontos estão distribuídos em outros tipos logradouros.

Área 1 Área 2 Área 3


Tipo de Logradouro Potência Potência Potência
Quantidade Quantidade Quantidade
(kW) (kW) (kW)
Sistema viário urbano 29.511 3.934,9
Praças, parques e passeios públicos 1.605 633,1
Vias rurais e arruamentos de distritos
374 35,9 961 87,9 97 8,1
afastados
Vias de condomínios fechados 1.266 154,5
Tabela 22 – Distribuição de pontos e carga instalada por tipo de logradouros
Fonte: Autoria própria

Os pontos compreendidos dentro da tipologia de logradouro “Praças, parques e passeios públicos” (Figura 30 e
Gráfico 3), correspondem aos pontos que foram identificados coincidindo dentro de áreas de praças, parques, áreas
verdes, passeios públicos, orlas, monumentos e áreas similares. Esses pontos estão geograficamente localizados
apenas na área 1.

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Quantidade de pontos por tipo de logradouro
4,23% 3,74%
4,75%
Sistema viário urbano

Praças, parques e passeios


públicos
Vias rurais e arruamentos de
distritos afastados
Vias de condomínios fechados
87,27%

Gráfico 3 – Gráfico com a proporção de pontos por tipo de logradouro


Fonte: Autoria própria

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Figura 30 – Identificação de pontos dentro da praça Isac Zagury
Fonte: Qgis, Google Satélite, Cadastro de IP da Prefeitura de Macapá

Os pontos compreendidos na tipologia “Vias rurais e arruamentos de distritos afastados” são aqueles que estão fora
de um limite urbano, o qual é formado pelos 32 bairros e o distrito Fazendinha, conforme pode ser observado na
Figura 31. Esses pontos estão distribuídos nos distritos de Bailique, Coração, Curiaú, Maruanum, Pedreira,
Carapanatuba, São Joaquim do Pacuí e Santa Luzia do Pacuí. Os pontos que prestam serviços a esse tipo de
logradouro estão geograficamente localizados nas 3 áreas definidas preliminarmente nesse projeto.

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Figura 31 – Identificação dos pontos em estradas rurais e distritos distantes
Fonte: Qgis, Google Satélite, Cadastro de IP da Prefeitura de Macapá

Na tipologia “Vias de condomínios fechados” foram atribuídos os pontos de iluminação pública que estão localizados
dentro de vias de condomínio residenciais fechados, conforme Figura 32.

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Figura 32 – Condomínios Residencial Porta do Sol, Vila Tropical e Arboretto Residence
Fonte: Qgis, Google Satélite, Cadastro de IP da Prefeitura de Macapá

7.2.1. Caracterização Pontos por Classe de Iluminação das Vias

Considerando apenas os pontos que prestam serviços exclusivos ao sistema viário urbano (29.511 pontos), a
distribuição de quantidade desses pontos por tipo de classe de iluminação está conforme a Tabela 23. Destacando
que 73,49% estão alocados nas vias de classe V5 e tal distribuição está coerente a outras análises realizadas em
diversos projetos semelhantes.

Tipo de Logradouro Quantidade de Pontos Proporção


V2 2.110 7,15%
V3 2.795 9,47%
V4 2.929 9,93%
V5 21.677 73,45%
Tabela 23 – Distribuição de pontos por classe de iluminação das vias
Fonte: Autoria própria

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7.2.2. Caracterização da Carga Instalada por Tipo de Classe de Iluminação de Via

A análise de carga instalada por tipo de classe de iluminação de via se faz importante, pois possibilita uma avaliação
para tomada de decisão sobre o aspecto de qual classe de iluminação está o maior potencial de eficiência energética
no município de Macapá.

Desta forma a distribuição de carga instalada por tipo de via está distribuída conforme a Tabela 24 (Gráfico 4), que
também apresenta informação de potência média por ponto de iluminação de cada classe de iluminação de via. A
estimativa de carga instalada considera a potência das lâmpadas e perdas dos reatores.

Classe de Iluminação Carga Instalada (kW) Pm (W/ponto)


V2 506 240
V3 454 162
V4 439 150
V5 2.531 117
Tabela 24 – Carga instalada e potência média por ponto, em função da classe de iluminação das vias
Fonte: Autoria própria

V5 2.531

V4 439

V3 454

V2 506

0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000


Gráfico 4 – Carga instalada por classe de iluminação das vias
Fonte: Autoria própria

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8. Anteprojetos e Soluções
Neste capítulo será apresentada a metodologia adotada e o conceito estabelecido para a determinação das soluções
luminotécnicas do sistema de iluminação pública propostas por este Relatório de Engenharia (viário, pedestres e
iluminação de destaque), bem como os resultados obtidos através das simulações luminotécnicas e o quanto
representará na Rede de Iluminação Pública de Macapá.

Os anteprojetos e as soluções apresentados neste item foram desenvolvidos em nível conceitual com a posse das
melhores informações conhecidas sobre a Rede de Macapá até o momento da sua elaboração. Para a definição de
soluções de modernização e eficientização da rede de iluminação pública foram realizadas 38 simulações
luminotécnicas que foram definidos com base nas 250 amostras de logradouros de Macapá selecionados na etapa de
Diagnóstico de Rede, onde a distribuição de simulações por classe de iluminação de vias e área é apresentada na
Tabela 25.

Classe de Iluminação
ÁREA 1 ÁREA 2 ÁREA 3
Veículo Pedestre
V2 P3 7 - -
V2 P1-P4 2 - -
V3 P3 7 - -
V4 P4 8 - -
V5 P4 12 2 -
- P4 - - 1
Total 35 2 1
Tabela 25 – Simulações luminotécnicas por classe de iluminação
Fonte: Autoria Própria

As soluções de modernização foram estudadas considerando a particularidade de cada sistema de iluminação do


município de Macapá. Os estudos das soluções foram subdividos pelas áreas previamente definidas nesse projeto.

Os estudos da área 1 foram realizados sob a análise dos seguintes sistemas:

• Sistema viário, no qual foram analisadas as soluções de modernização da rede de iluminação pública
dedicada aos serviços em vias públicas urbanas, estradas rurais e vias de condomínios fechados de toda a
área 1 (Distritos de Coração, Curiaú, Fazendinha e Macapá);
• Iluminação de destaque, sendo no subitem 8.1.2 apresentado o resumo das soluções de iluminação de
destaque, propostas no Relatório de Iluminação de Destaques que é documento integrante desse projeto,
que trata das deficiências e proporciona a valorização de espaços de áreas verdes, patrimônios, orlas e
rotatória, que mesmo com a simples migração tecnológica dos pontos existentes não seriam suficientes para
proporcionar uma iluminação de qualidade;
• Malha cicloviária, que no subitem 8.1.1.3 é apresentado informações sobre a malha cicloviária de Macapá e
qual será tratativa necessária para iluminação desse tipo de logradouro; e
• Praças, parques e passeios públicos, o estudo abordou os pontos existentes nos logradouros do tipo praças,
parques, passeios públicos e Orlas, os quais estão localizados geograficamente apenas na área 1.

Nos estudos da área 2, que abrange os distritos de Carapanatuba, Maruanum, Pedreira, São Joaquim do Pacuí e Santa
Luzia do Pacuí, são apresentadas as soluções para a iluminação das vias e arruamentos existentes nas localidades
existentes dessa área.

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No item 8.3 área 3, onde está abrangendo o Distrito de Bailique são tratados a iluminação das passarelas, que são os
únicos tipos de vias das localidades existentes dessa área.

No item 11, são apresentadas todas as soluções para o atendimento à demanda reprimida de cada área, considerando
a particularidade e característica de cada. Também apresenta a perspectiva do crescimento vegetativo e a expansão
da rede de iluminação pública de Macapá.

Para o estudo de soluções de iluminação pública foram adotadas as características técnicas da tecnologia mais atual
de iluminação pública do momento que é o LED, da qual ressaltam-se: i) a alta eficiência luminosa dos equipamentos
de mercado que está em torno de 110 lm/W; ii) o índice de reprodução de cor mínino do LED de 70; iii) a vida útil
dos equipamentos de, no mínimo, 60.000 horas; iv) as luminárias devem emitir luz com aparência de cor (TCC) de
3.000K; e v) número de falhas reduzidos, o que otimiza os custos de manutenção.

Portanto a tecnologia utilizada para definições de soluções e estimativa de custo desse projeto foram baseadas em
iluminação com tecnologia LED.

8.1. Área 1: Distritos de Coração, Curiaú, Fazendinha e Macapá (Sede)


Neste item do relatório são apresentadas as soluções de engenharia para a modernização e eficientização da rede de
iluminação pública em todos os tipos de logradouros existentes na área 1.

8.1.1. Sistema Viário

Neste subitem é apresentado a metodologia utilizada para a definição das soluções luminotécnicas do sistema de
viário da área 1, incluindo as vias dos condomínios fechados, vias rurais e arruamentos de distritos dessa área além
do limite urbano.

As vias de condomínios fechados, vias rurais e arruamentos dos distritos que não fazem parte do limite urbano e
foram classificadas como V5.

A avaliação neste subitem corresponde à modernização e eficientização de 88,4 % de toda a rede de iluminação
pública de Macapá, dos quais envolvem os pontos demonstrados na Tabela 26.

Tipo de Logradouro Quantidade de Pontos


Sistema viário urbano (V1, V2, V3, V4 e
29.511
V5)
Vias rurais e arruamentos de distritos
374
afastados (V5)
Vias de condomínios fechados (V5) 1.266
Tabela 26 – Pontos do sistema viário, vias rurais e vias de condomínios fechados da área 1
Fonte: Autoria própria

8.1.1.1. Subsistema Viário das Orlas

As vias das Orlas de Macapá tiveram um tratamento diferenciado dentro da análise do sistema viário devido a sua
importância turística e de lazer para o município. A classe de iluminação para as vias de veículos as Orlas fluviais foi
atribuída como V2.

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As luminárias a serem aplicadas na iluminação das vias de rolamento deve ter temperatura de cor limitado à 3.000
k. Que a distribuição de luz seja limitada (Cut-off), isto é, cuja intensidade luminosa acima de 80º não excede 10%
dos lúmens nominais da fonte luminosa empregada ou - caso a intensidade luminosa esteja acima de 90º - não deve
exceder 2,5%. Nos conjuntos de luminárias dedicados as vias instaladas no lado do rio, deve ser priorizado o uso das
apresentem uma curva fotométrica com baixa intensidade de luz projetada a calçadas e a água.

As vias de pedestres nas orlas estão classificadas como P2, os níveis de iluminância e uniformidade deverão estar
conforme os requisitos da NBR-5101.

O estudo abordou esse cenário com a realização de duas simulações luminotécnicas “V2 Bilateral 5” e “V2 Bilateral
6”, utilizando-se da estrutura de iluminação pública existente.

Todos os quantitativos referente as luminárias e alterações necessárias para o atendimento dos níveis de luminância
das vias de rolamento e de pedestres estão relacionados junto com os quantitativos de modernização para as Vias V2.

8.1.1.2. Rotatórias

As rotatórias, basicamente, são dispositivos viários que recebem o desbocamento de várias vias que forma um
cruzamento entre caminhos, possibilitando a circulação dos veículos ao redor de uma área central, comumente
forrada por vegetação.

Esses dispositivos são de grande importância ao sistema viário, pois obrigam os motoristas reduzir a velocidade que
trafegam devido as curvas presentes, afetando diretamente a redução de acidentes e a colisão entre veículos.

E como o mesmo objetivo de contribuir na mitigação das causas de acidentes e colisão, este projeto considerou um
tratamento particular as rotatórias, definido que a classe de iluminação ao longo das vias da rotatória devem estar à
um nível acima, conforme NBR-5101, da principal via que desemboca nela. Por exemplo: A classe de iluminação a ser
adotada para uma determinada rotatória que recebe vias V2 e V3, deve atender aos requisitos luminotécnicos de uma
V1 conforme NBR-5101.

Em caminhos para pedestres, existentes nas áreas centrais de algumas rotatórias, a classe de iluminação definida
neste projeto é P3, conforme requisitos da NBR-5101 para referência de iluminância e uniformidade. Deve se evitar
a utilização de projetores ou níveis de iluminação excessiva nessas áreas, visando reduzir o efeito de ofuscamento
velador e confusão visual nos motoristas.

8.1.1.3. Malha Cicloviária

Sobre a malha cicloviária, o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Macapá estabelece:

Art.19; IV - implantação de ciclo faixas ou ciclovias, garantindo a segurança dos


ciclistas e incentivando o turismo sustentável através da utilização de bicicletas como
uma opção de circulação dentro da cidade de Macapá;

No entanto, verifica-se que a malha cicloviária do município ainda é pouco desenvolvida, com aproximadamente 11.9
km11, sendo composta apenas por ciclofaixas, ou seja, faixas de rolamento de uso exclusivo à circulação de ciclos, com

11 VELASCO, Clara. REIS, Thiago. Malha cicloviária nas capitais. Portal G1, 2017.

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segregação visual do tráfego lindeiro 12. Onde não há segregação física do tráfego lindeiro motorizado e não
motorizado, a ciclofaixa deverá ser contemplada pela própria iluminação viária.

A atual norma NBR 5101 não estabelece os níveis mínimos de iluminância e uniformidade para a malha cicloviária,
logo orienta-se a utilização da CIE 136-2000 – Guide to the Lighting of Urban Areas (Commission Internationale
de l’Eclairage) como referência13.

A CIE 136-200 define que a iluminância mínima média (Emed) para ciclovias paralelas às vias automotoras é de 5
(cinco) lux, com fator de uniformidade mínimo (U=Emin/Emed) de 0,3. Locais com cruzamentos entre vias de tráfego
motorizado deverão considerar a iluminância média mínima ( Emed) de 10 (dez) lux, com fator de uniformidade
mínimo (U=Emin/med) de 0,3. Conforme Tabela 9 a temperatura correlata de cor (TCC) seguirá a temperatura de cor
da via de veículo a qual está inserida.

O atendimento para os níveis de iluminância mínima média e uniformidade das ciclofaixas existentes, serão
atendidos pela rede de iluminação pública das vias às quais estão inseridas.

8.1.1.4. Pontos de Ônibus

Os pontos de ônibus fazem parte da composição de infraestrutura de mobilidade, e neste projeto foram são atendidos
pela iluminação pública juntamente com a infraestrutura da rede existente para a iluminação das vias.

As premissas adotadas para a determinação da classe de iluminação nas vias que integram a malha de transporte
público, adotou a classificação em um nível acima dos requisitos mínimos definidos pela NBR-5101, ou seja, uma via
integrante da malha de transporte público que seja local com fluxo leve de veículos está classificada como V4 e não
V5 como orienta a NBR-5101.

Nesse sentido, todos os pontos de ônibus estarão atendidos por um nível de iluminância adequado dentro do contexto
ao qual está inserido.

8.1.1.5. Base para estimativas de modernização e eficientização

A proporção de quantidade de pontos, por classe de iluminação, com a redistribuição dos pontos de IP das Orlas e a
inclusão dos pontos de condomínios fechados, vias rurais e arruamentos de distritos fica conforme a Tabela 27, e será
a base para as estimativas de modernização e eficientização dos pontos do sistema viário de toda a área 1.

Quantidade de Pontos
Classe de Iluminação
considerados no projeto
V2 2.405

12CET – Companhia de Engenharia de Tráfego. Definições, 2018.


13 VELASCO, Clara. REIS, Thiago. Malha cicloviária nas capitais. Portal G1, 2017. Disponível em: <
https://g1.globo.com/economia/noticia/em-3-anos-malha-cicloviaria-mais-que-dobra-de-tamanho-nas-capitais-do-
pais.ghtml> Acessado em: 14 jun 2018.
CET – Companhia de Engenharia de Tráfego. Definições, 2018. Disponível em: <
http://www.cetsp.com.br/consultas/bicicleta/definicoes.aspx> Acessado em 14 jun 2018.

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V3 2.783
V4 2.664
V5 23.299
Total 31.151
Tabela 27 – Base para estimativas de modernização e eficientização

8.1.1.6. Metodologia

A qualidade do diagnóstico com informações precisas sobre as dimensões do sistema viário e da infraestrutura da
iluminação pública foi de grande importância para uma correta estimativa de potencial para eficiência energética,
apresentado no item “Benefícios Energéticos” e permitiu a projeção de uma rede modernizada com a qualidade de
iluminação atendendo aos requisitos orientados pela NBR-5101.

Se a projeção de modernização de toda a rede fosse baseada na simples substituição por equivalência de potência
luminosa, não haveria garantia de que esse rede estivesse com seus níveis de luminosidade adequados, nem tampouco
que os resultados da aplicação de eficiência energética fossem de melhor aproveitamento.

Com o intuito de estimar a projeção da rede modernizada com estudo de eficiência energética otimizado, garantindo
iluminação de qualidade às vias, o presente estudo foi baseado na análise do sistema viário básico do município de
Macapá, de acordo com as características do levantamento de campo realizado na fase do Diagnóstico Técnico de
Rede de IP.

Na análise realizada foram observados os dados do sistema viário básico (Tabela 28) e da estrutura de iluminação
pública existente (Tabela 29), e esses dados serviram de base para simulações de cálculos luminotécnicos, com a
utilização da ferramenta computacional denominada DIALux EVO 8.0 (https://www.dial.de/en/dialux/). Dos
resultados das simulações luminotécnicas, foi possível obter os quantitativos e a especificação dos materiais,
equipamentos e serviços necessários para projeção de uma rede modernizada que atende aos níveis luminotécnicos
adequados conforme os requisitos da NBR-5101.

Para análise do sistema viário básico foi utilizado inicialmente o cadastro da rede de iluminação pública fornecido
pela prefeitura de Macapá, extraído de planilhas fornecidas pela Companhia de Eletricidade do Amapá – CEA,
quando da assunção da rede de iluminação pública pelo município. Tal cadastro aponta, referenciado ao ano de 2017
(05/12/2017), um total de 39.956 pontos de luz (i.e. lâmpadas), na rede de IP de Macapá. A base de dados mais
recente, de janeiro de 2018 (30/01/2018), fornecida pela prefeitura de Macapá, indica 33.814 pontos de luz (i.e.
lâmpadas). Esta diferença de 6.142 pontos de luz (i.e. lâmpadas) correspondente a uma redução de 15% no total de
lâmpadas instaladas na rede de IP de Macapá foi apurada pela fiscalização da Prefeitura de Macapá em vistoria de
campo. Em todo esse estudo está sendo utilizada a base mais recente.

O levantamento de campo realizado para o diagnóstico de rede serviu de base de dados para o desenvolvimento das
seguintes atividades:

• Analisar o estrato das vias existente no município de Macapá;


• Analisar a atual condição física dos ativos da rede de IP;
• Analisar as diversas configurações de estrutura de IP do sistema viário básico;
• Definir variáveis para os cálculos luminotécnicos que nortearam a projeção de modernização da iluminação
pública desse sistema, otimizando a estimativa de eficiência energética e propondo ganhos de qualidade de
iluminação de vias;
• Estimar o quantitativo de materiais (postes, braços, suportes e circuitos); equipamentos (luminárias,
projetores e comunicadores de telegestão) e serviços necessários para a projeção de modernização da rede,
atendendo aos requisitos da norma NBR-5101; e

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• Desenvolver o planejamento de operação e manutenção da Rede de Iluminação Pública de Macapá.

De forma a viabilizar um levantamento eficaz que trouxesse as informações necessárias à realização dos estudos de
modernização e adequação do sistema viário básico do município de Macapá, utilizou-se o método estatístico de
acordo com a norma brasileira ABNT NBR 5426, definindo o tamanho da amostra adequado ao projeto.

Pelo levantamento de campo foi construída a base de dados segundo os seguintes parâmetros:

• Nome da via de referência;


• Bairro;
• Zona;
• Classificação de hierarquia das vias;
• Largura de Calçadas;
• Largura de canteiro central;
• Largura dos leitos carroçáveis;
• Disposição dos postes;
• Projeção de braço ou suporte;
• Distância entre postes; e
• Altura de foco.

A classificação de hierarquia de vias da amostra do levantamento de campo do Diagnóstico de Rede sofreu


reclassificação, que foi apresentado no item “Classificação das Vias” deste relatório e detalhado no Relatório de
Engenharia Preliminar.

Com essas informações foi possível simular as soluções tecnológicas no software DIALux e estabelecer uma forma de
projetar e otimizar o plano de modernização da iluminação pública, que permite definir melhor o local de instalação,
atender melhor a população residente e a melhorar a estimativa de custos para a sua instalação, caso sejam
necessárias.

As planilhas com a relação de todas as vias, com dados referentes a dimensões e estrutura existente de iluminação
pública de Macapá que foram levantados em campo estão no anexo III deste relatório.

Pelas análises do Diagnóstico Técnico de Rede de IP do município foi possível obter a informação de que 95,3% das
vias, de todas as classes de iluminação, estão com níveis de luminosidade e uniformidade abaixo dos valores
recomendados por norma.

A simulação da modernização dos equipamentos foi feita com o emprego de linhas de luminárias de três fabricante
nacionais, descritos no item “Parâmetros do Ponto de Luz para Simulações Luminotécnicas”, cuja escolha foi baseada
em uma análise do atual atendimento a portaria nº 20 do INMETRO. O relatório de simulações luminotécnicas faz
parte do anexo II.

Para as diversas variações de caraterística e estrutura existente de IP nas vias foi realizado um cálculo luminotécnico,
cujas alterações para atingimento dos requisitos mínimos de normas encontram-se no anexo III.

O atendimento aos níveis de iluminância dos passeios (vias P1, P2, P3 e P4) foram analisados, concomitantemente,
com os cálculos luminotécnicos para a iluminação de vias de veículos, em que foi possível aplicar soluções
simultâneas.

Nomenclatura das simulações luminotécnicas

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Todas as alterações da rede de iluminação pública resultantes da análise das simulações luminotécnicas com as
amostras de logradouros do Diagnóstico de Rede estão demonstradas também no anexo III nos moldes da Tabela 30.
Para cada simulação luminotécnica realizada foi criada uma nomenclatura (ex: V2 Unilateral 1 – Fabricante A) no
qual está indicando na seguinte ordem a classe de iluminação, a disposição de luminárias da simulação, o número
ordinário da simulação e o fabricante da luminária correspondente. As células preenchidas por N/A correspondem
às características da estrutura de iluminação pública existente que não sofreram alterações ante as soluções das
simulações luminotécnicas.

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Calçada
Calçada
Classe de Classe de Canteiro Lado
Lado Via
Item Vias Bairro Região Iluminação Iluminação Central Oposto
Luminária (m) (m)
(Vias) (Pedestres) Luminária
(m)
(m)

4 Rua Leopoldo Machado Laguinho Centro V2 P3 4,70 10,00 - 4,00


10 Rua Major Eliezer Levy Central Centro V2 P3 3,60 13,90 - 3,00
11 Rua Jovino Dinoá Central Centro V2 P3 3,40 14,00 - 3,00
13 Avenida Pedro Lazarino Buritizal Sul V2 P3 4,80 15,70 - 2,50
17 Rua Beira Rio Perpétuo Socorro Centro V2 P1-P3 5,11 12,00 - 2,40
18 Rua Janary Nunes São Lázaro Norte V3 P3 1,40 6,00 1,40 3,60
19 Alameda Mazagão Cabralzinho Oeste V3 P3 3,80 7,00 - 3,80
37 Avenida das Bacabas Infraero Norte V3 P3 8,00 9,40 - 8,00
50 Avenida Pinhal Brasil Novo Norte V3 P3 5,50 10,40 - 4,00
66 Avenida 13 de Setembro Buritizal Sul V3 P3 6,00 13,00 - 5,40
Rodovia Antonio Soares Pincanço = AP 070
77 Boné Azul Norte V3 P3 5,80 15,00 - -
= Rodovia do Curiau
86 Rua Antonio Pelaes Trajano de Souza Cidade Nova Centro V4 P4 2,50 7,60 - 1,90
93 Rua 5 do Marabaixo Marabaixo Oeste V4 P4 5,30 8,10 - 4,30
104 Rua Alceu Paulo Ramos Novo Horizonte Norte V4 P4 2,50 10,00 - 2,50
118 Rua 9 do Marabaixo Marabaixo Oeste V4 P4 3,40 2,50 - 4,00
121 Avenida Raimundo Alvares da Costa Santa Rita Sul V4 P4 5,70 13,20 - 1,50
125 Avenida dos Aimorés Buritizal Sul V4 P4 3,30 14,20 - 4,40
139 Rua Marcos Bota São Joaquim do Pacuí Norte V5 P4 3,20 6,20 - 3,20
148 Avenida Tiradentes São Joaquim do Pacuí Norte V5 P4 7,60 6,60 - 5,80
153 Avenida Principal Boné Azul Norte V5 P4 4,00 7,00 4,00 6,40
Tabela 28 – Característica das vias
Fonte: Levantamento de campo - Diagnóstico de rede
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Ite Disposição das Espaçamento Recuo do Altura do Foco Projeção do
Vias Bairro
m Luminárias (m) Poste (m) Luminoso (m) Braço (m)
4 Rua Leopoldo Machado Laguinho Unilateral 32,00 1,00 7,39 1,77
10 Rua Major Eliezer Levy Central Unilateral 30,00 0,30 6,28 2,95
11 Rua Jovino Dinoá Central Unilateral 27,00 0,80 6,73 3,12
13 Avenida Pedro Lazarino Buritizal Unilateral 27,40 2,00 6,10 1,98
17 Rua Beira Rio Perpétuo Socorro Bilateral 30,00 5,10 7,63 1,29
18 Rua Janary Nunes São Lázaro Central 28,40 0,80 6,92 1,45
19 Alameda Mazagão Cabralzinho Unilateral 35,00 0,90 7,45 2,32
37 Avenida das Bacabas Infraero Unilateral 32,50 4,10 8,00 1,90
50 Avenida Pinhal Brasil Novo Unilateral 32,40 3,70 6,06 1,49
66 Avenida 13 de Setembro Buritizal Unilateral 33,50 3,50 5,98 3,10
Rodovia Antonio Soares Pincanço = AP Unilateral 30,00
77 Boné Azul 0,50 7,45 2,98
070 = Rodovia do Curiau
86 Rua Antonio Pelaes Trajano de Souza Cidade Nova Unilateral 32,80 0,70 6,14 1,29
93 Rua 5 do Marabaixo Marabaixo Unilateral 35,10 4,00 6,39 1,58
104 Rua Alceu Paulo Ramos Novo Horizonte Unilateral 35,40 0,80 6,54 1,57
118 Rua 9 do Marabaixo Marabaixo Unilateral 29,50 1,90 6,17 1,47
121 Avenida Raimundo Alvares da Costa Santa Rita Unilateral 35,40 4,70 6,33 2,65
125 Avenida dos Aimorés Buritizal Unilateral 32,80 3,00 6,54 1,44
139 Rua Marcos Bota São Joaquim do Pacuí Unilateral 34,00 1,00 8,10 1,13
148 Avenida Tiradentes São Joaquim do Pacuí Unilateral 35,00 3,30 7,52 1,36
153 Avenida Principal Boné Azul Canteiro Central 33,40 2,00 7,59 1,28
Tabela 29 – Características da infraestrutura de iluminação pública existente
Fonte: Levantamento de campo - Diagnóstico de rede

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Dados do Local Simulação Alterações para Modernização – Fornecedor A

Cálculo Acréscimo
Disposição das Potência Representatividade
Item Vias Luminotécnico Fixação de
Luminárias (W) da Rede
Típico Luminárias

4 Rua Leopoldo Machado V2 Unilateral 2 N/A Braço longo 150 N/A 0,38%
10 Rua Major Eliezer Levy V2 Bilateral 2 Bilateral Braço longo especial 114 2 0,38%
11 Rua Jovino Dinoá V2 Bilateral 3 Bilateral Braço médio alto 102 2 0,38%
13 Avenida Pedro Lazarino V2 Bilateral 4 Bilateral Braço longo 114 2 0,38%
17 Rua Beira Rio V2 Bilateral 5 N/A Braço médio 85 N/A 0,17%
18 Rua Janary Nunes V3 Canteiro Central 1 N/A N/A 71 N/A 0,13%
19 Alameda Mazagão V3 unilateral 1 N/A Braço médio alto 102 N/A 0,13%
37 Avenida das Bacabas V3 unilateral 2 N/A Braço longo 102 N/A 0,13%
50 Avenida Pinhal V3 Bilateral 1 Bilateral Braço médio alto 71 2 0,13%
66 Avenida 13 de Setembro V3 Bilateral 2 Bilateral Braço médio alto 71 2 0,13%
Rodovia Antonio Soares Pincanço = AP V3 Bilateral 3 Bilateral Braço médio 71 2 0,13%
77
070 = Rodovia do Curiau
86 Rua Antonio Pelaes Trajano de Souza V4 Unilateral 3 N/A Braço médio 53 N/A 0,17%
93 Rua 5 do Marabaixo V4 Unilateral 2 N/A Braço médio 53 N/A 0,17%
104 Rua Alceu Paulo Ramos V4 Unilateral 4 N/A Braço médio 71 N/A 0,17%
118 Rua 9 do Marabaixo V4 Unilateral 5 N/A Braço longo 85 N/A 0,17%
121 Avenida Raimundo Alvares da Costa V4 Unilateral 6 N/A Braço longo 85 N/A 0,17%
125 Avenida dos Aimorés V4 Bilateral 1 Bilateral Braço médio 53 2 0,17%
139 Rua Marcos Bota V5 Unilateral 4 N/A Braço curto 38 N/A 0,52%
148 Avenida Tiradentes V5 Unilateral 5 N/A Braço médio 38 N/A 0,52%
153 Avenida Principal V5 Canteiro Central 1 N/A Braço curto 38 N/A 0,52%
Tabela 30 – Resultados dos cálculos luminotécnicos para o fornecedor A
Fonte: Autoria própria

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Dados do Local Simulação Alterações para Modernização – Fornecedor B

Cálculo Acréscimo
Disposição das Potência Representatividade
Item Vias Luminotécnico Fixação de
Luminárias (W) da Rede
Típico Luminárias

4 Rua Leopoldo Machado V2 Unilateral 2 Bilateral Braço médio 79 2 0,38%


10 Rua Major Eliezer Levy V2 Bilateral 2 Bilateral Braço longo 104 2 0,38%
11 Rua Jovino Dinoá V2 Bilateral 3 Bilateral Braço longo especial 104 2 0,38%
13 Avenida Pedro Lazarino V2 Bilateral 4 N/A Braço médio 104 N/A 0,38%
17 Rua Beira Rio V2 Bilateral 5 N/A Braço curto 53 N/A 0,17%
18 Rua Janary Nunes V3 Canteiro Central 1 Bilateral Braço médio 53 2 0,13%
19 Alameda Mazagão V3 unilateral 1 Bilateral Braço longo 53 2 0,13%
37 Avenida das Bacabas V3 unilateral 2 Bilateral Braço médio 79 2 0,13%
50 Avenida Pinhal V3 Bilateral 1 Bilateral Braço médio 79 2 0,13%
66 Avenida 13 de Setembro V3 Bilateral 2 Bilateral Braço médio 104 2 0,13%
Rodovia Antonio Soares Pincanço = AP V3 Bilateral 3 N/A Braço médio 53 N/A 0,13%
77
070 = Rodovia do Curiau
86 Rua Antonio Pelaes Trajano de Souza V4 Unilateral 3 N/A Braço médio 79 N/A 0,17%
93 Rua 5 do Marabaixo V4 Unilateral 2 N/A Braço médio 79 N/A 0,17%
104 Rua Alceu Paulo Ramos V4 Unilateral 4 N/A Braço longo 104 N/A 0,17%
118 Rua 9 do Marabaixo V4 Unilateral 5 N/A Braço longo 104 N/A 0,17%
121 Avenida Raimundo Alvares da Costa V4 Unilateral 6 Bilateral Braço médio 53 2 0,17%
125 Avenida dos Aimorés V4 Bilateral 1 N/A Braço curto 53 N/A 0,17%
139 Rua Marcos Bota V5 Unilateral 4 N/A Braço médio 53 N/A 0,52%
148 Avenida Tiradentes V5 Unilateral 5 N/A Braço curto 53 N/A 0,52%
153 Avenida Principal V5 Canteiro Central 1 Bilateral Braço médio 79 2 0,52%
Tabela 31 – Resultados dos cálculos luminotécnicos para o fornecedor B
Fonte: Autoria própria

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Dados do Local Simulação Alterações para Modernização – Fornecedor C

Cálculo Acréscimo
Disposição das Potência Representatividade
Item Vias Luminotécnico Fixação de
Luminárias (W) da Rede
Típico Luminárias

4 Rua Leopoldo Machado V2 Unilateral 2 Bilateral Braço médio alto 100 2 0,38%
10 Rua Major Eliezer Levy V2 Bilateral 2 Bilateral Braço médio alto 115 2 0,38%
11 Rua Jovino Dinoá V2 Bilateral 3 Bilateral Braço longo especial 163 2 0,38%
13 Avenida Pedro Lazarino V2 Bilateral 4 N/A Braço médio 100 N/A 0,38%
17 Rua Beira Rio V2 Bilateral 5 N/A Braço curto 80 N/A 0,17%
18 Rua Janary Nunes V3 Canteiro Central 1 Bilateral Braço médio alto 54 2 0,13%
19 Alameda Mazagão V3 unilateral 1 N/A Braço longo 163 N/A 0,13%
37 Avenida das Bacabas V3 unilateral 2 Bilateral Braço médio 80 2 0,13%
50 Avenida Pinhal V3 Bilateral 1 Bilateral Braço médio 80 2 0,13%
66 Avenida 13 de Setembro V3 Bilateral 2 Bilateral Braço médio alto 115 2 0,13%
Rodovia Antonio Soares Pincanço = AP V3 Bilateral 3 0,13%
77 N/A Braço curto 80 N/A
070 = Rodovia do Curiau
86 Rua Antonio Pelaes Trajano de Souza V4 Unilateral 3 N/A Braço médio 100 N/A 0,17%
93 Rua 5 do Marabaixo V4 Unilateral 2 N/A Braço médio 115 N/A 0,17%
104 Rua Alceu Paulo Ramos V4 Unilateral 4 N/A Braço longo 115 N/A 0,17%
118 Rua 9 do Marabaixo V4 Unilateral 5 N/A Braço longo 115 N/A 0,17%
121 Avenida Raimundo Alvares da Costa V4 Unilateral 6 Bilateral Braço médio 100 2 0,17%
125 Avenida dos Aimorés V4 Bilateral 1 N/A Braço curto 42 N/A 0,17%
139 Rua Marcos Bota V5 Unilateral 4 N/A Braço médio 42 N/A 0,52%
148 Avenida Tiradentes V5 Unilateral 5 N/A Braço curto 42 N/A 0,52%
153 Avenida Principal V5 Canteiro Central 1 Bilateral Braço médio alto 100 2 0,52%
Tabela 32 – Resultados dos cálculos luminotécnicos para o fornecedor C
Fonte: Autoria própria

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8.1.1.7. Parâmetros do Ponto de Luz para Simulações Luminotécnicas

• Luminárias

Foram realizadas simulações luminotécnicas com a tecnologia LED, com a utilização de curvas fotométricas de três
fabricantes nacionais distintos, cujas características técnicas estão descritas na Tabela 33.

Informação Técnica Fabricante A Fabricante B Fabricante C


Range de temperatura de cor
3.000 a 5.000 2.700 a 6.500 3.000 a 5.000
(k)
Índice de reprodução de cor
>70% >70% >70%
(IRC)
Range de potências (W)
42 à 302. 18 à 350. 22 à 320.
disponíveis
Eficiência luminosa máxima
>130 >130 >122
(lm/W)
Vida útil L70 60.000 horas 60.000 horas 60.000 horas
Distribuição tipo II, média, Distribuição fechada, média
Ópticas disponíveis Distribuição média
limitada. e aberta.
Tensão nominal 90 à 305 Vac 90 à 305 Vac 120 à 277 Vac
Protetor de surto 10 kV / 12 kA
Fator de potência >0,95 >0,95 >0,95
Corpo em alumínio injetado Corpo em alumínio injetado Corpo em alumínio injetado
à alta pressão. Cobertura à alta pressão. Cobertura à alta pressão. Cobertura
óptica em policarbonato com óptica em policarbonato com óptica em policarbonato com
Material e acabamento proteção UV, difusor em proteção UV, difusor em proteção UV, difusor em
vidro plano temperado, vidro plano temperado, vidro plano temperado,
vedação em borracha de vedação em borracha de vedação em borracha de
silicone resistente ao calor. silicone resistente ao calor. silicone resistente ao calor.
Pintura de poliéster. Pintura de poliéster. Pintura de poliéster.
Acabamento
(eletrostática) (eletrostática) (eletrostática)
Classificação IP66 IP66, IK08, Classe I IP66, IK08, Classe I
Temperatura de operação -30º à 40º C 30º à 40º C -40º à 50º C
Tabela 33 – Características técnicas das luminárias usadas nas simulações
Fonte: Catálogo de produtos simulados

Para as simulações foram consideradas luminárias LED com temperaturas de cor na ordem de 3.000K para a
iluminação das vias V5 e V4, praças, parques, passeios e monumentos, proporcionando um ambiente mais
confortável. Já para as vias V2 e V3, foram consideradas as temperaturas de cor na ordem de 4.000K.

• Braços

Todos os braços existentes indicados pelo levantamento de campo, que tem uma projeção de até 2,00 metros (braços
curtos), foram considerados para substituição, devido ao diâmetro externo do tubo desses braços ser inferior a Ø
25,3mm e ao fato de que as luminárias atuais preveem a fixação em ponta de braços de, no mínimo, Ø 48,30mm. Isso
se justifica, pois, os braços existentes na rede foram concebidos em um projeto que previu o uso de luminárias leves,
que não incorporava reator ou outro qualquer dispositivo além da lâmpada que representasse uma carga considerável
na ponta do braço. Já as luminárias atuais do mercado possuem um corpo mais robusto, além de integrar outros

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dispositivos como o reator para as luminárias de pressão e o driver no caso das luminárias LED, sendo necessário um
braço que tenha uma melhor resistência mecânica. Ao todo foram observados 300 braços que estavam nessas
condições, em uma amostra de 500, resultando na necessidade de se substituir 60% dos braços devido ao diâmetro
dos braços serem inferior à 30mm.

Para a definição dos parâmetros de altura do ponto de luz e pendor do ponto de luz (Figura 33), foram adotados 3
tamanhos de braços com projeção e alturas diferentes (Tabela 34) para atender as características particulares das
vias de Macapá que foram apontadas pelo Diagnóstico de Rede, onde as vias são muito largas, superando à 12 metros,
e o recuo dos postes em relação a via é muito grande, superando à 1,5 metros.

Onde:

(1) Altura do ponto de luz;

(2) Pendor do ponto de luz;

(3) Inclinação do braço; e

(4) Comprimento do braço.

Figura 33 - Parâmetros do ponto de luz


Fonte: Dialux EVO

Tipo de Braço (P) Projeção (m) (H) Altura (m)


Curto 1,6 1,2

Médio 3 2,4

Médio alto 3 2,9

Longo 3,5 2,7

Longo especial 5 2,9


Tabela 34 - Dimensão dos braços adotados como padrão
Fonte: Fabricantes do mercado

Os parâmetros de inclinação do braço foram limitados a 10º, que corresponde exclusivamente à regulagem que a
própria luminária LED permite durante a instalação, dessa forma exclui-se a utilização de dispositivos que
proporcionem a articulação de luminárias e braços que possuam ângulo no ponto de fixação das luminárias. As
luminárias LED alcançam melhores resultados quando estas estão em 0º de inclinação, pois esse tipo de luminária
possui um facho posicionado para frente, possibilitando um fluxo maior de luz direcionado para frente e para os lados
devido a sua curva fotométrica que possui um excelente controle de distribuição de luz.

Os pontos de fixação dos braços foram conservados os mesmos dos indicados pelo levantamento de campo por não
haver nenhuma informação quanto à ocupação dos postes por parte das empresas de comunicações. As correções de
altura dos pontos de luz se deram por meio da comparação de altura dos braços existentes com os propostos.

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• Resultados

Os resultados dos cálculos luminotécnicos para serem satisfatórios devem atender, minimamente, aos índices da
NBR-5101, conforme já pré-definidos na Tabela 6 - Requisitos de luminância e uniformidade que são obrigatórios
para as vias de classes de iluminação V1, V2 e V3, na Tabela 7 - Requisitos de iluminância média mínima e
uniformidade para cada classe de iluminação que são obrigatórios para as vias de classes de iluminação V1, V2, V3,
V4 e V5, e na Tabela 8 - Iluminância média e fator de uniformidade mínimo para cada classe de iluminação para as
vias P1, P2, P3 e P4.

O anexo II apresenta todos os cálculos luminotécnicos realizados com a utilização de curvas fotométricas de três
fabricantes distintos, descritos como Fabricante A, Fabricante B e Fabricante C, para a definição das soluções
propostas.

De modo a tornar o projeto economicamente viável, as soluções consolidadas consideraram hierarquicamente as


seguintes condições:

• 1º - Atender aos requisitos de norma NBR-5101;


• 2º - Explorar exaustivamente a possiblidade de utilização da estrutura existente para a modernização; e
• 3º - Explorar, exaustivamente, a utilização dos materiais e equipamentos padrões do mercado, quando as
alterações de estrutura para adequação à norma forem necessárias, de forma a atender situações gerais e
específicas de Macapá.

Além disso, as alterações necessárias para modernização na infraestrutura de iluminação pública resultantes das
análises foram classificadas como:

a) Alterações mínimas: foram aquelas que corresponderam simplesmente à substituição de luminárias para
que os níveis de luminosidade nas vias atingissem aos requisitos luminotécnicos da NBR-5101, cujos
quantitativos foram agrupados como Migração Tecnológica;
b) Alterações regulares: foram aquelas que corresponderam substituição das luminárias e ao equipamento
fixação (braço ou suporte) para que os níveis de luminosidade das vias atingissem aos requisitos
luminotécnicos conforme norma, cujos quantitativos foram agrupados como Remodelagem; e
c) Alterações complexas: foram aquelas que corresponderam consideravelmente a execução de obra, em
que existe a necessidade de implantação ou realocação de postes, lançamentos de circuitos, substituição
e instalação de novas luminárias para o atendimento à norma, cujos quantitativos foram agrupados como
Remodelagem.

De modo a ilustrar o método de definição da modernização, apresentaremos a seguir as três classificações de


alterações:

a) Exemplo de alteração mínima em infraestrutura de IP e solução LED: Rua Macapá, Cabralzinho, Zona
Oeste

A partir das informações de caracterização física da via e da infraestrutura de iluminação pública do trecho
exemplificado, conforme Tabela 35 e Tabela 36, foi realizada a simulação luminotécnica com curva fotométrica de
uma luminária LED de 38W.

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Informações do Levantamento
Classe de Calçada Lado
Classe de Calçada Lado Luminária Via Canteiro Central
Iluminação Oposto Luminária
Iluminação (Vias) (m) (m) (m)
(Pedestres) (m)
V5 P4 2,50 7,30 - 2,90
Tabela 35 – Características da Rua Macapá
Fonte: Levantamento de campo - Diagnóstico de rede

Disposição das Altura do Foco Projeção do Braço


Espaçamento (m) Recuo do Poste (m)
Luminárias Luminoso (m) (m)
Unilateral 41,30 1,70 7,46 2,38
Tabela 36 – Características da infraestrutura de IP Rua Macapá
Fonte: Levantamento de campo - Diagnóstico de rede

É possível verificar que os resultados obtidos pela simulação atenderam a todos os parâmetros de iluminância (Figura
34).

lx = Lux
Uo = Uniformidade global

Figura 34 – Resultados do cálculo luminotécnicos – Rua Macapá


Fonte: DIAlux EVO

Desta forma, pode-se considerar que a relação de vias de igual classificação (V5) da rede de IP que contenham a
mesma caracterização (disposição de luminária, largura de via e calçada e tamanho de braço) serão modernizadas
por uma luminária LED de 38 W, com as alterações definidas e apresentadas no anexo III nos moldes da Tabela 37.

Alterações para Modernização - LED


Quantidade Acréscimo
Disposição dos Potência Distância Altura dos
de Fixação de
Postes (W) entre Postes Postes
Luminárias Luminárias
N/A N/A N/A 38 N/A N/A N/A
Tabela 37 – Alterações para modernização em LED – Rua Macapá
Fonte: Autoria própria

b) Exemplo de em infraestrutura de IP e solução LED: Avenida Antônio Castro Monteiro, Bairro


Universidade, alteração regular Zona Sul.

A partir das informações de caracterização física da via e da infraestrutura de iluminação pública existente do trecho
exemplificado, conforme Tabela 38 e Tabela 39, foram realizadas simulações luminotécnicas com curvas fotométricas
de luminárias LED chegando a potência máxima de 71W.

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Informações do Levantamento
Calçada Lado Canteiro Calçada Lado Oposto
Classe de Classe de Iluminação Via
Luminária Central Luminária
Iluminação (Vias) (Pedestres) (m)
(m) (m) (m)
V5 P4 2,10 5,80 - 1,40
Tabela 38 – Características da Avenida Antônio Castro Monteiro
Fonte: Levantamento de campo - Diagnóstico de rede

Disposição das Altura do Foco Projeção do Braço


Espaçamento (m) Recuo do Poste (m)
Luminárias Luminoso (m) (m)
Unilateral 35,00 1,60 6,12 0,79
Tabela 39 – Características da Infraestrutura de IP Avenida Antônio Castro Monteiro
Fonte: Levantamento de campo - Diagnóstico de rede

É possível verificar que os melhores resultados obtidos pela simulação não atendem a todos os parâmetros de
iluminância da calçada oposta a infraestrutura de iluminação pública (Figura 35).

lx = Lux
Uo = Uniformidade global

Figura 35 – Resultados do cálculo luminotécnicos – Avenida Antônio Castro Monteiro


Fonte: DIAlux EVO

Desta forma, é necessário alterar os parâmetros físicos do sistema de IP, onde a substituição d0 tipo de braço
(alterado para braço curto) gera modificações nos itens altura do foco luminoso e projeção do braço, conforme Tabela
40.

Disposição das Altura do Foco Projeção do Braço


Espaçamento (m) Recuo do Poste (m)
Luminárias Luminoso (m) (m)
Unilateral 35,00 1,60 8,44 1,60
Tabela 40 – Características da infraestrutura de IP Avenida Antônio Castro Monteiro
Fonte: Autoria própria

Sendo assim, é possível verificar que os novos resultados obtidos pela simulação luminotécnica com a curva
fotométrica de uma luminária LED de 38W e os parâmetros de braço curto foram suficientes para cumprir os
requisitos da norma NBR-5101, maximizando assim a eficiência energética da solução (Figura 36).

lx = Lux
Uo = Uniformidade global

Figura 36 – Resultados do cálculo luminotécnicos – Avenida Antônio Castro Monteiro


Fonte: DIAlux EVO

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Em resumo, para que a iluminação da referida via atenda aos níveis de luminosidade segunda a norma, é necessário
a substituição do braço de IP, 0,80 m de projeção para 1,6 m (braço curto), e a instalação de uma luminária LED de
38W.
Por fim, as alterações regulares necessárias identificadas para atendimento aos requisitos da norma NBR-5101 estão
indicadas no anexo III, conforme Tabela 41.

Alterações para Modernização - LED


Quantidade Acréscimo
Disposição dos Potência Distância Altura dos
de Fixação de
Postes (W) entre Postes Postes
Luminárias Luminárias
N/A N/A N/A Braço curto 38 N/A N/A N/A
Tabela 41 – Alterações para modernização em LED – Avenida Antônio Castro Monteiro
Fonte: Autoria própria

c) Exemplo de Alteração complexa em infraestrutura de IP, solução LED: Rua Professor Tostes, Bairro
Muca, Zona Sul

A partir das informações de caracterização física da via e da infraestrutura de iluminação pública do trecho
exemplificado, conforme indicado abaixo, foram realizadas simulações luminotécnicas com curvas fotométricas de
luminárias LED com potência máxima de 71W (Tabela 42e Tabela 43).

Informações do Levantamento
Classe de Calçada Lado Canteiro Calçada Lado Oposto
Classe de Via
Iluminação Luminária Central Luminária
Iluminação (Vias) (m)
(Pedestres) (m) (m) (m)
V3 P3 3,10 17,50 - 3,00
Tabela 42 – Características da Rua Professor Tostes
Fonte: Levantamento de campo - Diagnóstico de rede

Disposição das Altura do Foco Projeção do Braço


Espaçamento (m) Recuo do Poste (m)
Luminárias Luminoso (m) (m)
Unilateral 35,00 0,70 6,41 2,56
Tabela 43 – Características da infraestrutura de IP Rua Professor Tostes
Fonte: Levantamento de campo - Diagnóstico de rede

Os melhores resultados obtidos pela simulação estão indicados na Figura 37.

Figura 37 – Resultados do cálculo luminotécnicos – Rua Professor Tostes


Fonte: DIAlux EVO

É possível verificar que os resultados obtidos sequer atingem valores próximos aos exigidos pela norma NBR5101,
fato que evidência a necessidade de adequar toda a infraestrutura, sendo que a alteração da disposição das luminárias
para bilateral e do tipo de braço para braço longo são as alternativas mais viáveis, levando a redefinição dos
parâmetros conforme Tabela 44.

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Disposição das Altura do Foco Projeção do Braço
Espaçamento (m) Recuo do Poste (m)
Luminárias Luminoso (m) (m)
Bilateral 35,00 1,60 8,00 3,50
Tabela 44 – Características da Infraestrutura de IP Rua Professor Tostes
Fonte: Autoria própria

Desta forma, os resultados obtidos pela simulação luminotécnica com a curva fotométrica de uma luminária LED de
71W, disposição de luminárias bilateral e os parâmetros dos braços longos foram suficientes para cumprir os
requisitos da norma NBR-5101 (Figura 38).

Figura 38 – Resultados do cálculo luminotécnicos 2 – Rua Professor Tostes


Fonte: Dialux EVO

Para que a iluminação da referida via atendesse aos níveis de luminosidade segunda a norma, seria necessária a
inclusão de novos postes de forma a alterar a disposição dos postes de unilateral para bilateral além da substituição
do braço de IP e a instalação de luminária LED de 71W. Essa alteração representa a expansão do número de pontos
de iluminação pública.

Resumidamente, as alterações necessárias identificadas para atendimento dos requisitos da norma NBR-5101estão
conforme a Tabela 45, da referida Rua Professor Tostes.

Alterações para Modernização - LED


Quantidade Acréscimo
Disposição dos Potência Distância Altura dos
de Fixação de
Postes (W) entre Postes Postes
Luminárias Luminárias
Bilateral N/A Braço longo 71 N/A N/A Sim
Tabela 45 – Alterações para modernização em LED – Rua Professor Tostes
Fonte: Autoria própria

Na Figura 39 é possível comparar a concentração de linhas isográficas coloridas, evidenciando o ganho com a
distribuição da projeção da iluminação na via proporcionado pela alteração da disposição das luminárias para a Rua
Professor Tostes.

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Figura 39 – Gráficos de linhas isográficas coloridas, sem e com a alteração de infraestrutura de IP
Fonte: DIAlux EVO

Portanto, de modo a atender aos requisitos da norma, nessa via será necessária a execução de obra, onde os postes
atuais unilaterais deverão ser complementados com outro alinhamento de postes do lado oposto da via. A quantidade
de luminária por poste será de 1 unidade por poste e será dobrada a quantidade de luminárias e postes quando
comparado às quantidades atuais.

Desta forma, o estudo obteve informações para estimar a quantidade de total de serviços, luminárias em diversas
potências, postes, braços e suportes em suas respectivas configurações, que serão necessários para a execução da
modernização da Rede de Iluminação Pública de Macapá.

Os quantitativos das alterações mínimas, que correspondem à substituição de todas as luminárias da rede atual foram
incluídos em uma rubrica de investimentos denominada Migração Tecnológica.

Os quantitativos das alterações regulares e complexas, que corresponde à substituição de braços, implantação de
postes e acréscimo de luminárias estão alocados na rubrica de investimentos denominada Remodelagem.

8.1.1.8. Atendimento aos Requisitos da Norma NBR 5101

O presente projeto, em sua concepção, levou em consideração os requisitos da Norma NBR5101, onde os parâmetros
adotados, tal como a classificação de via de veículos e classificação de vias de pedestres, estão associados a fatores de
luminância e iluminância.

O percentual de atendimento dos requisitos da Norma NBR5101 de cada um dos fabricantes já mencionados por
classificação de vias está apresentado na Tabela 46, sendo que a planilha de cálculos está contida no anexo III.

Atendimento a Norma NBR 5101


Classificação de Via Fabricante A Fabricante B Fabricante C
V2 100% 100% 100%
V3 100% 100% 100%
V4 100% 100% 100%
V5 100% 100% 100%
Tabela 46 – Resultados de atendimento dos requisitos da Norma NBR5101
Fonte: Autoria própria

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8.1.1.9. Modernização das vias V2

Das simulações luminotécnicas realizadas para a relação de vias V2, que foram parte integrante das amostras do
levantamento de campo do diagnóstico técnico, obtiveram-se os resultados quantitativos que serão apresentados
nesse item. As simulações luminotécnicos que basearam as soluções estão no anexo II deste relatório.

Migração Tecnológica

Todos os quantitativos que correspondem puramente à substituição de luminárias, descritos como alterações
mínimas, foram agrupados como Migração Tecnológica. Para as vias V2, com a simulação luminotécnica, foram
obtidos os seguintes resultados quantitativos para cada um dos fabricantes está apresentado na Tabela 47.

V2 - Substituição de Luminárias
Fabricante A Fabricante B Fabricante C
Potência Quantidade Potência Quantidad Potência Quantidade
Percentual Percentual Percentual
(W) Total (W) e Total (W) Total
85 15,38% 370 79 3,85% 93 100 23,08% 555
102 3,85% 93 104 76,92% 1.849 115 38,46% 925
114 57,69% 1.387 147 3,85% 93 163 23,08% 555
150 7,69% 185 185 15,38% 370 233 15,38% 370
200 15,38% 370 - - -
Tabela 47 – Resultados de migração tecnológica das vias V2
Fonte: Autoria própria

Remodelagem

Todos os quantitativos que correspondem à substituição das luminárias e equipamento de fixação (braço ou suporte),
ou correspondem a necessidades de execução de obra em que são necessários: a implantação ou realocação de postes;
lançamentos de circuitos; substituição e instalação de novas luminárias, para que os níveis de luminosidade das vias
atinjam aos requisitos luminotécnicos conforme norma NBR-5101, foram agrupados como Remodelagem. Para as
vias V2, com a simulação luminotécnica, tiveram os seguintes resultados conforme Tabela 48.

V2 - Remodelagem
Substituição de Braços
Fabricante A Fabricante B Fabricante C
item Quantidade Quantidade Percentua Quantidade
Percentual Percentual
Total Total l Total
Suporte duplo 0,5m 7,69% 185 8,00% 192 10,00% 241
Braço médio 3,85% 93 6,00% 144 7,50% 180
Braço médio alto 3,85% 93 2,00% 48 5,00% 120
Braço longo 23,08% 555 34,00% 818 27,50% 661
Braço longo especial 11,54% 278 2,00% 48 15,00% 361

V2 - Remodelagem

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Instalação de Luminárias (Incremento de novos pontos)
Fabricante A Fabricante B Fabricante C
Potência Percent Quantidade Potência Quantidade Potência Percentua Quantidade
Percentual
(W) ual Total (W) Total (W) l Total
85 3,85% 93 79 3,85% 93 100 15,00% 361
102 3,85% 93 104 34,62% 833 115 30,00% 722
114 26,92% 648 - - - 163 10,00% 241
Instalação de Braços (Incremento)
Fabricante A Fabricante B Fabricante C
Item Quantidade Quantidade Quantidade
Percentual Percentual Percentual
Total Total Total
Braço médio - - 3,85% 93 5,00% 120
Braço médio alto 3,85% 94 - - 10,00% 241
Braço longo 15,38% 370 30,77% 740 30,00% 722
Braço longo especial 15,38% 370 3,85% 93 10,00% 241
Tabela 48 – Resultados de remodelagem de iluminação pública nas vias V2
Fonte: Autoria própria

8.1.1.10. Modernização das vias V3

Das simulações luminotécnicas realizadas para a relação de vias V3 que foram parte integrante das amostras do
levantamento de campo do Diagnóstico técnico obtiveram-se os resultados que serão apresentados neste item.

Os cálculos luminotécnicos que basearam as soluções estão no anexo II deste relatório.

Migração Tecnológica

Os resultados da migração tecnológica para as vias V3, com a simulação luminotécnica, estão apresentados na Tabela
49.

V3 - Substituição de Luminárias
Fabricante A Fabricante B Fabricante C
Quantidade Quantidade Quantidade
Potência (W) Percentual Potência (W) Percentual Potência (W) Percentual
Total Total Total
53 3,13% 87 53 43,75% 1.218 54 17,19% 478
71 56,25% 1.565 79 51,56% 1.435 80 54,69% 1.523
102 40,63% 1.131 104 4,69% 130 115 4,69% 130
- - - - - - 163 23,44% 652
Tabela 49 – Resultados de migração tecnológica das vias V3
Fonte: Autoria própria

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Remodelagem

Os resultados de remodelagem para as vias V3, com a simulação luminotécnica, seguem na Tabela 50.

V3 - Remodelagem
Substituição
Fabricante A Fabricante B Fabricante C
item Quantidade Quantidade Quantidade
Percentual Percentual Percentual
Total Total Total
Braço curto 3,13% 87 6,25% 174 6,25% 174
Braço médio 3,13% 87 68,75% 1.913 51,56% 1.435
Braço médio alto 65,63% 1.826 - - 17,19% 478
Braço longo 25,00% 696 25,00% 696 25,00% 696
Instalação de Luminárias (Incremento de novos pontos)
Fabricante A Fabricante B Fabricante C
Quantidade Quantidade Quantidade
Potência (W) Percentual Potência (W) Percentual Potência (W) Percentual
Total l Total Total
53 3,13% 87 53 40,63% 1.131 54 17,19% 478
71 50,00% 1.392 79 48,44% 1.348 80 48,44% 1.348
- - - 104 4,69% 130 115 4,69% 130
Instalação de Braços (Incremento)
Fabricante A Fabricante B Fabricante C
Item Quantidade Quantidade Quantidade
Percentual Percentual Percentual
Total Total Total
Braço curto 3,13% 87 3,13% 87 3,13% 87
Braço médio 3,13% 87 65,63% 1.826 48,44% 1.348
Braço médio alto 45,31% 1.262 0,00% 0 17,19% 478
Braço longo 1,56% 43 25,00% 696 1,56% 43
Tabela 50 – Resultados de remodelagens em vias V3
Fonte: Autoria própria

8.1.1.11. Modernização das vias V4

Das simulações luminotécnicas realizadas para a relação de vias V4 que foram parte integrante das amostras do
levantamento de campo do diagnóstico técnico obtiveram-se os resultados que serão apresentados neste item.

As simulações luminotécnicas que basearam as soluções estão no anexo III.

Migração Tecnológica

Os resultados da migração tecnológica para as vias V4, com a simulação luminotécnica, estão apresentados na Tabela
51.

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V4 - Substituição de Luminárias
Fabricante A Fabricante B Fabricante C
Quantidade Quantidade Quantidade
Potência (W) Percentual Potência (W) Percentual Potência (W) Percentual
Total Total Total
53 50,98% 1.358 53 21,57% 575 80 11,76% 313
71 19,61% 522 79 49,02% 1.305 100 41,18% 1.097
85 29,41% 784 104 29,41% 784 115 47,06% 1.254
Tabela 51 – Resultados de migração tecnológica das vias V4
Fonte: Autoria própria

Remodelagem

Os resultados de remodelagem para as vias V4, com a simulação luminotécnica, tiveram os quantitativos
apresentados na Tabela 52.

V4 - Remodelagem
Substituição
Fabricante A Fabricante B Fabricante C
Item Quantidade Quantidade Quantidade
Percentual Percentual Percentual
Total Total Total
Braço curto 7,84% 209 3,92% 104 13,73% 366
Braço médio 62,75% 1.672 62,75% 1.672 52,94% 1.410
Braço longo 21,57% 575 23,53% 627 23,53% 627
Braço longo especial 3,92% 104 - - - -
Instalação de Luminárias (Incremento)
Fabricante A Fabricante B Fabricante C
Quantidade Quantidade Quantidade
Potência (W) Percentual Potência (W) Percentual Potência (W) Percentual
Total Total Total
7,84% 209 3,92% 104 13,73% 366 7,84% 209 3,92%
Instalação de Braços (Incremento)
Fabricante A Fabricante B Fabricante C
Item Quantidade Quantidade Quantidade
Percentual Percentual Percentual
Total Total Total
Braço médio 7,84% 209 7,84% 209 7,84% 209
Tabela 52 – Resultados de remodelagem de iluminação pública nas vias V4
Fonte: Autoria própria

8.1.1.12. Modernização das vias V5

Das simulações luminotécnicas realizadas para a relação de vias V5 que foram parte integrante das amostras do
levantamento de campo do Diagnóstico técnico obteve-se os resultados que serão apresentados neste item.

Os cálculos luminotécnicos que basearam as soluções estão no anexo II.

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Migração tecnológica

Os resultados da migração tecnológica para as vias V5, com a simulação luminotécnica, estão apresentados na Tabela
53.

V5 - Substituição de luminárias
Fabricante A Fabricante B Fabricante C
Quantidade Quantidade Quantidade
Potência (W) Percentual Potência (W) Percentual Potência (W) Percentual
Total Total Total
22 1,61% 376 53 78,23% 18.226 42 46,77% 10.898
38 76,61% 17.850 104 21,77% 5.073 54 31,45% 7.328
85 21,77% 5.073 - - - 80 21,77% 5.073
Tabela 53 – Resultados de migração tecnológica das vias V5
Fonte: Autoria própria

Remodelagem

Os resultados de remodelagem para as vias V5, com a simulação luminotécnica de luminárias LED, estão
apresentados na Tabela 54.

V5 - Remodelagem
Substituição
Fabricante A Fabricante B Fabricante C
Item Quantidade Quantidade Quantidade
Percentual Percentual Percentual
Total Total Total
Braço curto 16,13% 3.758 16,13% 3.758 16,13% 3.758
Braço médio 57,26% 13.341 57,26% 13.341 57,26% 13.341
Braço longo 8,06% 1.879 8,06% 1.879 8,06% 1.879
Braço longo especial 13,71% 3.194 13,71% 3.194 13,71% 3.194
Instalação de Luminárias (Incremento)
Fabricante A Fabricante B Fabricante C
Quantidade Quantidade Quantidade
Potência (W) Percentual Potência (W) Percentual Potência (W) Percentual
Total Total Total
38 7,26% 1.691 53 7,26% 1.691 42 7,26% 1.691
Instalação de Braços (Incremento)
Fabricante A Fabricante B Fabricante C
Item Quantidade Quantidade Quantidade
Percentual Percentual Percentual
Total Total Total
Braço médio 7,26% 1.691 7,26% 1.691 7,26% 1.691
Tabela 54 – Resultados de remodelagem de iluminação pública nas vias V5
Fonte: Autoria própria

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8.1.2. Iluminação de Destaque

O escopo da Iluminação de Destaque abrange toda área urbana do município, considerando como iluminação de
destaque de quadras, playgrounds e áreas especiais de parques, praças e patrimônios históricos de Macapá.

As diretrizes gerais e especificas que balizaram a proposta de iluminação de destaque, bem como a contextualização
dos espaços que foram objetos do escopo desse tipo de iluminação especial, processos e metodologias são detalhados
no Produto 13 – Plano de Iluminação de Destaque. As soluções consideradas e escopo definido para a concessão da
rede de iluminação pública de Macapá é apresentado a seguir.

Praças, Parques e Áreas Verdes

Transcrevendo o conteúdo do produto 13 – Plano de Investimentos de Iluminação de Destaque, as soluções definidas


para as praças, parques e áreas verdes visa valorizar os espaços de recreação, atividades esportivas e culturais desses
tipos de logradouro.

As quadras esportivas existentes nas praças, parques e áreas verde em geral, que fazem parte do escopo de iluminação
de destaque, devem atender ao nível de iluminância média mínima de 100 lux com uniformidade mínima de 0,30.
Para cada quadra poliesportiva padrão, estimou-se a média de 4 (quatro) a 6 (seis) pontos de iluminação pública,
equipados com 2 (dois) ou 4 (quatro). Para campos de futebol, estimou-se 6 (seis) a 8 (oito) pontos de iluminação
pública com um total de 24 (vinte quatro) a 40 (quarenta) projetores. Os postes devem ser posicionados de forma
evitar-se a colisão dos jogadores. Esses sistemas de iluminação devem ser dotados de controle temporizador de
funcionamento, programados para que parte dos projetores sejam desligados às 23h, racionalizando o consumo de
energia elétrica.

As áreas de lazer infantil e equipamentos de ginástica devem seguir o nível de iluminância média mínima e
uniformidade das quadras (100 lux e 0,30), estimando-se também o uso de projetores para a iluminação dessas áreas.

É previsto também a iluminação de arbustos através de luminárias de embutir no solo, de modo a contribuir para a
valorização da cena bucólica das áreas verdes.

O sistema de iluminação pública de áreas verdes que estejam próximos a áreas ambientalmente sensíveis como rios,
igarapés e áreas de preservação ambiental, deverão atender a critérios de controle óptico de modo que não projetem
luz as águas ou emitam luz excessivamente à essas áreas.

Prédios e monumentos

É previsto a instalação de iluminação de destaque em 14 logradouros de grande relevância de Macapá. A iluminação


de um patrimônio tem por objetivo valorizar o significado intrínseco do edifício ou monumento considerado. A
elaboração do projeto de iluminação de destaque deve analisar e considerar a escala, estilo, volumetria e proporções,
dimensões, materialidade, detalhes e ornamentos com o objetivo de propor intervenções coerentes e harmônicas em
relação ao meio urbano e as próprias características da obra. O conceito para a implantação de iluminação de
destaque em cada logradouro que faz parte do escopo da concessão é definido pelo anexo II do Plano de Iluminação
de destaque.

Prevendo a valorização de pontos icônicos do município, possibilitando a utilização dos sistemas de iluminação
coloridas para as diversas campanhas de conscientização e datas civis, o Plano de Iluminação de Destaque caracteriza
6 prédios e monumentos históricos:

• PT_01 - Fortaleza de São José;

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• PT_02 – Igreja de São José de Macapá;
• PT_04 – Antigo Fórum da Capital (OAB);
• PT_06 – Colégio Amapaense;
• PT_07 – Mercado Central;
• PT_11 – Pedra do Guindaste;
• PT_13 – Trapiche Eliezer Levy;
• PT_16_Estádio Municipal Glicério Souza Marques (Glicerão);
• PT_17 – Catedral de São José;
• PT_19 – Poço do Mato;
• PT_20 – Prefeitura Municipal de Macapá;
• PT_21 – Cemitério Nossa Senhora da Conceição.

Orlas

Foi previsto por esse projeto iluminação de destaque para a Orla e Balneário da Fazendinha, a qual possui diversos
equipamentos esportivos e de lazer e um palco com concha acústica.

Conforme definido pelo Plano de Iluminação de Destaque, as diretrizes voltadas para a valorização da vegetação
arbórea, das esculturas, monumentos, equipamentos esportivos e sociais devem seguir as mesmas diretrizes
definidas para as Praças, Parques e Áreas Verdes.

A concha acústica será iluminada através de projetores LED RGB, locados em postes e que iluminarão o exterior da
estrutura, com possibilidade de reproduzir diferentes cores atreladas a datas cívicas ou eventos.

Os espaços contemplados pelo projeto de iluminação de destaque de Macapá estão relacionados na Tabela 55.

Praças, Parques e Áreas Verdes Prédios e Monumentos Orlas


Praça da Bandeira Fortaleza de São José de Macapá Orla e Balneário da Fazendinha
Praça Floriano Peixoto Mercado Central
Praça Nossa Senhora da Conceição Igreja de São José de Macapá
Praça Veiga Cabral e Avenida Mário
Pedra do Guindaste
Cruz
Arena Boné Azul Prefeitura Municipal de Macapá
Praça do Alvorada Cemitério Nossa Senhora da Conceição
Praça Nova Esperança Antigo Fórum da Capital
Praça Nossa Senhora de Fátima Colégio Amapaense
Praça Izac Zagury Trapiche Eliezer Levi
Parque do Forte Poço do Mato
Estádio Municipal Glicério Souza
Curiau - Deck do Curiaú
Marques (Glicerão)
Parque Zoobotânico de Macapá Catedral de São José
Praça Jardim Felicidade II
Praça Radialista Agostinho Nogueira de
Souza
Arena Marabaixo
Praça Chico Noé
Praça Barão do Rio Branco I

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Praças, Parques e Áreas Verdes Prédios e Monumentos Orlas
Praça Barão do Rio Branco II
Parque Marlindo Serrano
Praça de Lazer Raimunda Rodrigues
Capiberibe
Praça Jaci Barata Jucá
Tabela 55 – Espaços atendidos pelo projeto de iluminação de destaque
Fonte: Autoria própria

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Quantidades

O resumo das quantidades de equipamentos e luminárias resultantes das propostas constante no Anexo II do Produto
13 - Plano de Iluminação de Destaque, relacionados por tipo de espaço, é dado pela Obs: O sistema DMX previsto
nesta tabela foi dimensionado para a quantidade de projetores RGB estimada.
Tabela 56.

Quantidade de Pontos

Praças,
Especificação
Parque Prédios e
Orlas
e Áreas Monumentos
Verde
Luminária LED "post-top", de até 110W de potência,
temperatura de cor de 3000K (± 300K) , IRC ≥ 80, índices de
- 84
proteção mínimos IP66 e IK06.
Luminária LED embutido de solo de 35W de potência,
temperatura de cor de 3000K (± 300K), IRC ≥ 75, índices de
484 78 -
proteção mínimos IP67 e IK10

Projetor LED RGB, de 45W de potência, índices de proteção


mínimos IP66 e IK06. 8 86 -

Projetor LED, de 68W de potência, temperatura de cor de


3000K (± 300K), IRC ≥ 85, índices de proteção mínimos IP66
- 24 -
e IK06
Projetor LED, de 100W de potência, temperatura de cor de
3000K (± 300K), IRC ≥ 85, índices de proteção mínimos IP66
522 - 42
e IK06
Projetor LED, de 45W de potência, temperatura de cor de
3000K ± 300K), IRC ≥ 85, índices de proteção mínimos IP66
- 103 -
e IK06

Projetor LED RGB, de 72W de potência, índices de proteção


mínimos IP66 e IK06 - 12 10

Projetor LED RGB, de 150W de potência, índices de proteção


mínimos IP66 e IK06 96 52 -

Projetor LED, de 300W de potência, temperatura de cor de


3000K (± 300K), IRC ≥ 70, índices de proteção mínimos IP65
174 72 -
e IK06
Sistema de controle DMX com módulo a ser utilizado em
painel local, com no mínimo 512 canais de programação por
6
software aberto através de conexão direta por cabo ou remoto - 1
com possiblidade de controle por internet
Poste de aço galvanizado de 4 metros. 84
Poste circular de concreto. 132 63 -
Cruzeta metálica para projetores 132 63 -
Obs: O sistema DMX previsto nesta tabela foi dimensionado para a quantidade de projetores RGB estimada.
Tabela 56 – Quantitativo do projeto de iluminação de destaque
Fonte: Autoria própria

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8.1.3. Praças, Parques e Passeios Públicos

Neste item estão considerados os pontos de iluminação pública que foram localizados dentro de praças, parques,
áreas verdes ao longo das orlas, passeios públicos, dedicados à iluminação de passeio e áreas de contemplação. O
quantitativo da rede atual de iluminação pública está apresentado na Tabela 57.

Tipo de Logradouro Quantidade de Pontos


Praças, parques e passeios públicos 1.605
Tabela 57 – Quantitativos de pontos de praças, parques e passeios públicos
Fonte: Autoria própria

Os 1.605 pontos estão distribuídos em praças, parques e passeios públicos que serão modernizados e eficientizados
devem minimamente as seguintes diretrizes:

• os caminhos dos pedestres e calçadas entorno às praças devem atender aos requisitos mínimos de
iluminância da classe de iluminação P2, conforme NBR-5101;
• Os equipamentos esportivos e sociais (quadras, campos, playgrounds e equipamentos de ginásticas) devem
receber uma iluminância média mínima de 100 lux, com uniformidade mínima de 0,3.

• As áreas de descanso e contemplação devem alcançar o nível de iluminância mínimo médio de 5 lux,

• A temperatura correlata de cor para as vias de pedestres e áreas em geral das praças e parques é limitada à
3.000K;

• Para os equipamentos esportivos (quadras, campos, playgrounds e equipamentos de ginásticas) a


temperatura de cor deverá ser de 5.000K.

Dimensionamento da modernização

Conforme informações do item 5.1.2. do Diagnóstico Técnico de Rede, 90% (9 de 10 praças de amostras) das praças,
parques e passeios atendem aos requisitos de iluminância mínima média da classe de iluminação P2 (acima de 10
lux) da NBR-5101. A condição geral para iluminação atual desses espaços foi avaliada como boa, indicando a
necessidade de poucas intervenções para que se atinja um nível de iluminação com qualidade.

Pelo atendimento as premissas de índice de reprodução de cor (<70) e a definição de temperatura correlata de cor
(3.000 k para os caminhos de pedestres e áreas gerais, e 5.000k para os equipamentos esportivos) haverá um ganho
significativo a qualidade da iluminação desses espaços e proporcionará condições adequadas de uso.

O dimensionamento para os itens de praças, parques e passeios públicos considerou as 64 praças, parques, arenas,
quadras e outros logradouros que possuem áreas de convivência que são atendidos com iluminação. A relação desses
logradouros, abrangidos neste item é apresentada na Tabela 57.

Praças, parques e passeios públicos.


1 Arena Boné Azul 33 Praça Do Skate/ Do Sr. Chicó
2 Arena de Futebol do Bairro do Zerão 34 Praça Duque De Caxias
3 Arena do Marabaixo II 35 Praça Equinócio
4 Arena do Muca 36 Praça Escola Neusona
5 Arena Esportiva Alberto 37 Praça Escola Rivanda Nazaré
6 Arena Esportiva Pantanal 38 Praça Floriano Peixoto
7 Arena Marabaixo 39 Praça Izac Zagury

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Praças, parques e passeios públicos.
8 Campo da Fazendinha 40 Praça Jacy Barata Jucá - Beira-Rio
9 Campo do Currú 41 Praça Jardim Felicidade
10 Canteiro R. Benedito Lino do Carmo 42 Praça Jardim Felicidade Ii
11 Curiau - Deck do Curiaú 43 Praça José Tupinambá
12 Parque do Forte 44 Praça Nossa Senhora da Conceição
13 Parque Marlindo Serrano 45 Praça Nossa Senhora de Fátima
14 Parque Zoobotânico de Macapá 46 Praça Nossa Senhora de Fátima II
15 Praça da Bandeira 47 Praça Nova Esperança
16 Praça Av. Antônio Vidal 48 Praça R. 1º De Janeiro
17 Praça Av. Cabo Velho 49 Praça R. Antônio P. da Costa
18 Praça Av. Clodóvio Coelho 50 Praça R. Raul C. P. Callins
19 Praça Av. dos Aimorés 51 Praça Radialista Agostinho Nogueira de Souza
20 Praça Av. Pernambuco 52 Praça Santa Inês
21 Praça Barão do Rio Branco I 53 Praça Vale Verde
22 Praça Barão do Rio Branco Ii 54 Praça Veiga Cabral e Avenida Mário Cruz
23 Praça Caixa D'água 55 Praça José Bonifácio
24 Praça Chico Noé 56 Quadra Av. Alzil Da Silva Maia
25 Praça da Bacia das Pedrinhas 57 Quadra Av. Dos Ipês
26 Praça De Baixo Do Cabralzinho 58 Quadra Av. Floresta
27 Praça de Cima do Cabralzinho 59 Quadra Av. Raimundo Nery De Matos
28 Praça do Alvorada 60 Quadra R. da Felicidade
29 Praça do Caese 61 Quadra R. Dos Piquiás
30 Praça Do Castanhal 62 Quadra R. Vinte Nove de Julho
31 Praça do Muca 63 Quadras R. Vila Operária
32 Praça do Poeirão 64 Segunda Arena Do Zerão
Tabela 58 – Resumo de quantidades para modernização das praças, parques e passeios públicos
Fonte: Autoria própria

Para a iluminação dos trajetos de pedestre e perímetros desses espaços é previsto a utilização da estrutura existentes,
com a previsão de reposicionamento e complementação de postes, de modo a garantir o atendimento aos requisitos
de iluminância e uniformidade.

O resultado da estimativa de quantidades materiais, luminárias e equipamentos necessários a modernização,


estimando-se um acréscimo de 10% na quantidade de pontos para atendimento integral dos requisitos aqui definidos,
é relacionado na Tabela 59.

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Migração Tecnológica
Fabricante A Fabricante B Fabricante C
Descrição Potência Quantidade Potência Quantidade Potência Quantidade
(W) de Pontos (W) de Pontos (W) de Pontos
Luminária 22 94 23 94 - -
Luminária 38 5 34 5 42 99
Luminária 53 92 53 92 54 92
Luminária 71 12 79 12 80 12
Luminária 102 4 104 4 100 4
Projetores 150 1.398 147 1.398 147 1.398
Remodelagem
Fabricante A Fabricante B Fabricante C
Descrição Potência Quantidade Potência Quantidade Potência Quantidade
(W) de Pontos (W) de Pontos (W) de Pontos
Luminária 53 21 53 21 54 21
Projetores 150 140 147 140 147 140
Poste de aço galvanizado de 4 metros. - 21 - 9 - 21
Poste circular de concreto. - 23 - 23 - 23
Tabela 59 – Resumo de quantidades para modernização das praças, parques e passeios públicos
Fonte: Autoria própria

Para a aferição dos níveis de iluminância e uniformidade alcançados nos caminhos de pedestres, deverá ser utilizado
a medição de uma malha única formada em um acesso eleito aleatoriamente, que interligue o exterior ao interior de
uma praça ou parque. Para caminhos que apresentem uma largura de até 3 metros, deverão ser medidos pontos a
cada 2,5 metros ao centro do trajeto (Figura 40) e para os que apresentarem largura acima de 3 metros, deverão ser
medidos pontos à 25% da largura em ambos as laterais dos caminhos a cada 2,5 metros de distância (Figura 41).

Figura 40 – Malha para medição de caminhos de Figura 41 – Malha para medição de caminhos de
pedestres até 3 metros de largura pedestres acima de 3 metros de largura

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A iluminância média (Eméd) será obtido através do valor médio dos pontos medidos, que é dado pela fórmula:

∑𝑛𝑖=1 𝑃𝑖
𝐸𝑚é𝑑 =
𝑛

E o valor da uniformidade de iluminância é calculado conforme requisitos da NBR-5101, ou seja, pela


proporcionalidade entre o valor mínimo de iluminância medido pelo médio calculado, que é obtido pela fórmula:

𝐸𝑚í𝑛
𝑈=
𝐸𝑚é𝑑

8.2. Área 2 (Distritos de Carapanatuba, Maruanum, Pedreira, São Joaquim


do Pacuí e Santa Luzia do Pacuí)
Neste item são apresentadas as soluções que foram propostas para a modernização e eficientização dos pontos de
iluminação pública que estão posicionados geograficamente dentro da área 2 definida no item 4.2 deste relatório. A
quantidade total de pontos existente na área 2 para referência do estudo deste item está demonstrada na Tabela 60.

Tipo de Logradouro Quantidade de Pontos


Vias rurais e arruamentos de distritos afastados (V5 e P4) 961
Tabela 60 – Quantidade de pontos existentes por tipo de logradouro da área 2
Fonte: autoria própria

O tipo de logradouro existente na área 2 corresponde, exclusivamente, a vias de tráfego de veículos, com um baixo
fluxo.

Como definido no item 7.1.2 deste relatório, a classe de iluminação para as vias de veículos existentes nesses distritos
é V5 e para vias de pedestre é P4.

As premissas luminotécnicas adotadas serão as mesmas já definidas no item 6, que para os logradouros dessa área
que são: índice de reprodução de cor de 70% e temperatura correlata de cor das fontes de 3.000k.

Para a definição da solução de iluminação da área 2 foram realizadas simulações luminotécnicas de acordo com as
informações obtidas pelas análises do item 7.1.2, cujos parâmetros das duas vias típicas de referência são
demonstrados na Tabela 61.

Distanciamento
Classe de Classe de Disposição
entre as Calçada Via Calçada
Via Iluminação Iluminação das Representatividade
Luminárias* (m) (m) (m)
(Vias) (Pedestres) Luminárias
(m)
A - 45
Via Típica 1 –
V5 P4 Unilateral B - 35 2 10 2 20%
Área 2
C - 40
Via Típica 2 –
V5 P4 Unilateral 45 2 7 2 80%
Área 2
(*): Foi adotado distanciamento entre luminárias diferentes para cada fabricante em função do atendimento dos
requisitos de uniformidade de iluminância.
Tabela 61 – Vias típicas das simulações luminotécnicas para área 2
Fonte: Autoria própria

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A via típica 1 representa as vias de comunicações das localidades, e a via típica 2 representa os arruamentos e demais
vias. O resultado luminotécnico do atendimento de cada via, por fabricante é dado pela Tabela 62, ilustrado pela
Figura 42.

Potência Calçada (P4) Via (V5) Calçada (P4)


Via Fabricante
(W) Em>3 lux U>0,2 Em>5 lux U>0,2 Em>3 lux U>0,2
A 60 3,12 0,25 7,45 0,23 3,52 0,49
Via típica 1
B 53 3,14 0,70 8,74 0,42 3,99 0,66
– Área 2
C 80 4,36 0,40 7,31 0,40 4,49 0,70
A 38 3,25 0,20 5,34 0,26 4,63 0,43
Via típica 2
B 53 3,00 0,32 6,56 0,20 3,49 0,43
– Área 2
C 55 4,23 0,31 6,06 0,26 3,48 0,37
Tabela 62 – Resultados luminotécnicos das vias típicas da área 2
Fonte: Autoria própria

Fabricante A Fabricante B Fabricante C


Figura 42 – Perspectiva com cores falsas da via típica 1 da área 2
Fonte: DIAlux, edição própria

Previu-se que todos os braços de iluminação pública dessa área sejam substituídos por braços dos tamanhos médios,
pois o diâmetro do tubo que forma o corpo dos braços existentes é inferior à 30mm.

É previsto o incremento de novos pontos para suprir a deficiência dos espaçamentos que são superiores aos
parâmetros utilizados no cálculo. Cada fabricante apresentou uma necessidade particular de incremento devido aos
espaçamentos diferentes adotados em função do desempenho de cada luminária.

Com os resultados obtidos pelas simulações luminotécnicas dos três fabricantes e, considerando a representatividade
de cada via típica apresentada na Tabela 61(*): Foi adotado distanciamento entre luminárias diferentes para cada
fabricante em função do atendimento dos requisitos de uniformidade de iluminância.
Tabela 61, pode-se projetar para toda a rede de iluminação pública da área 2 a perspectiva de modernização e
eficientização conforme a Tabela 63.

Área 2 - Substituição de Luminárias


Fabricante A Fabricante B Fabricante C
Potência Quantida Potência Quantida Potência Quantidade
Percentual Percentual Percentual
(W) de Total (W) de Total (W) Total
38 80% 769 53 100% 961 55 80% 769
60 20% 192 - - - 80 20% 192

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Área 2 – Remodelagem
Substituição
Fabricante A Fabricante B Fabricante C
item Quantidade Quantidade Quantidade
Percentual Percentual Percentual
Total Total Total
Braço médio 100% 961 100% 961 100% 961
Instalação de Luminárias (Incremento de novos pontos)
Fabricante A Fabricante B Fabricante C
Potência Quantida Potência Quantidade Potência Quantidade
Percentual Percentual Percentual
(W) de Total (W) Total (W) Total
38 8,26% 79 53 17,85% 171 55 8,26% 79
60 2,06% 20 - - - 80 4,09% 39
Instalação de Braços (Incremento)
Fabricante A Fabricante B Fabricante C
Item Quantidade Quantidade Quantidade
Percentual Percentual Percentual
Total Total Total
Braço médio 10,32% 99 17,85% 171 12,35% 118
Tabela 63 – Perspectiva de modernização da rede de iluminação pública da área 2
Fonte: autoria própria

A projeção de eficiência energética com a modernização da rede de iluminação pública da área 2 dos três fabricantes
é demonstrada na Tabela 64.

Rede de Iluminação Pública Fabricante A Fabricante B Fabricante C


Carga instalada atual 87,85
Carga instalada modernizada 44,9 60,0 65,1
Eficiência energética 48,9% 31,8% 26,0%
Tabela 64 – Projeção de eficiência energética da rede de iluminação pública da área 2
Fonte: autoria própria

O resumo de materiais previstos, da melhor solução técnica, fornecedor A, para viabilidade para a implementação
dessa solução, é detalhado na Tabela 65.

Quantidade de Pontos
Material
Substituição Incremento
Luminárias 961 99
Braços 961 99
Poste de concreto 99
Circuito aéreo (m) 4.455
Tabela 65 – Resumo de materiais de modernização da área 2
Fonte: autoria própria

As extensões de vias e arruamentos que atualmente não são atendidas pela rede de iluminação pública da área 2
serão tratadas como demanda reprimida.

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8.3. Área 3 (Distrito de Bailique)
Neste item são apresentadas as soluções propostas para modernização e eficientização dos pontos de iluminação
pública existentes da área 3, que corresponde exclusivamente ao Distrito de Bailique, considerando todas as
particularidades que foram possíveis de se compreender ao longo do desenvolvimento desse projeto.

Para determinar a quantidade de luz necessária a área 3 foi considerado a condição das passarelas de vias de pedestres
de baixo fluxo, e conforme definição da NBR-5101 a classe de iluminação para essas vias é P4.

A quantidade de pontos total da área 3 e que faz parte do estudo deste item é apresentada na Tabela 66.

Tipo de Logradouro Quantidade de Pontos


Vias rurais e arruamentos de distritos
97
afastados (P4)
Tabela 66 – Quantidade de pontos por tipo de logradouro da área 3
Fonte: autoria própria

Para análise de viabilidade técnica do alcance dos níveis luminotécnicos da NBR-5101 nessa área, foi realizada a
simulação luminotécnica em uma via típica que representasse as condições reais. Na Tabela 67 são apresentadas as
dimensões da via e a característica da infraestrutura de iluminação pública existente para a realização da simulação
luminotécnica.

Classe de Disposição Distanciamento


Passarela
Via Iluminação das entre as Luminárias
(m)
(Pedestres) Luminárias (m)
Via típica 1 – Área 3 P4 Unilateral 45 3
Tabela 67 – Quantidade de pontos por tipo de logradouro da área 3
Fonte: autoria própria

Essa via típica representa todas as passarelas, que é o único tipo de via existente na área 3.

As luminárias LED a serem usadas para iluminação dessas áreas apresentará temperatura de cor (TCC) da ordem de
3.000 K, e índice de reprodução de cor de 70% conforme já definido no item 6.

O resultado luminotécnico do atendimento desta via, por fabricante é dado pela Tabela 68, ilustrado um exemplo
pela Figura 43.

Potência Passarela (P4)


Via Fabricante
(W) Em>3 lux U>0,2
A 22 3,96 0,20
Via típica 1 – Área 3 B 23 4,33 0,24
C 42 6,23 0,30
Tabela 68 – Resultados luminotécnicos das vias típicas da área 3
Fonte: Autoria própria

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Fabricante A Fabricante B Fabricante C
Figura 43 – Perspectiva com cores falsas da Via Típica 1 - Área 3
Fonte: DIAlux, edição própria

Previu-se que todos os braços de iluminação pública dessa área sejam substituídos, pois o diâmetro do tubo que
forma o corpo dos braços existentes é inferior à 30mm.

Com os resultados obtidos pelas simulações luminotécnicas dos três fabricantes, projeta-se para toda a rede de
iluminação pública da área 3 a perspectiva de modernização e eficientização, conforme Tabela 69.

Quantidade de Pontos Potência (W)


Via
Substituição Incremento Fabricante A Fabricante B Fabricante C
Via típica 1 – Área 3 97 - 22 23 42
Tabela 69 – Perspectiva de modernização da rede de iluminação pública da área 3
Fonte: autoria própria

A projeção de eficiência energética com a modernização da rede de iluminação pública da área 3 dos três fabricantes
é demonstrada na Tabela 70.

Rede de Iluminação pública Fabricante A Fabricante B Fabricante C


Carga instalada atual 8,15 8,15 8,15
Carga instalada modernizada 2,13 2,23 4,07
Eficiência energética 73,8% 72,6% 50,0%
Tabela 70 – Projeção de eficiência energética da rede de iluminação pública da área 3
Fonte: autoria própria

Sendo que a eficiência energética média resultante das simulações com três fabricantes é de 65,5%.

Para modernização da área 3, é previsto apenas a substituição dos pontos de iluminação pública existentes que
derivam da rede de distribuição de energia elétrica. O resumo de materiais previstos para viabilidade para a
implementação dessa solução é detalhado na Tabela 71.

Quantidade
Material
Substituição
Luminárias 97
Braços 97
Tabela 71 – Resumo de materiais de modernização da área 3
Fonte: autoria própria

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A solução de implantação de pontos com postes solares autônomos 14 não foi considerada pelas seguintes condições:
i) a maioria das localidades já estão providas com rede de distribuição de energia elétrica, mesmo que precária; ii) as
luminárias autônomas possuem um alto custo de implantação em comparação com a iluminação convencional; iii)
os postes solares demanda a substituição dos bancos de baterias bienalmente, representando também um alto custo
operacional.

A implantação de novos pontos para o atendimento das passarelas não atendidas com rede de iluminação pública
será abordada como demanda reprimida.

Há de se considerar que, na área 3, serão encontradas situações de pontos de iluminação pública que estão instalados
isoladamente, ou seja a uma distância superior a 140 metros de outro ponto de iluminação pública, provendo
clareamento a locais de relevante importância para a população local, e seguindo o mesmo tratamento de requisitos
luminotécnicos já definidos para a área 3, o entorno desse ponto isolado deve atender aos níveis de iluminância e
uniformidade para vias de classe de iluminação P4.

Durante a concessão isso deve fazer parte da apuração de desempenho, e a proposta desse projeto é que a medição
seja realizada em uma malha única para a aferição de desempenho, tomando como referência o próprio ponto isolado.
Serão registrados os valores de iluminância de 9 pontos ao longo da via, formando uma grade 9x9. A Figura 44 ilustra
a malha de medição exclusiva para aferição de desempenho de pontos isolados da área 3

Figura 44 – Malha de medição para pontos isolados da área 3

A iluminância média (Eméd) será obtido através do valor médio dos pontos medidos, que é dado pela fórmula:

∑6𝑖=1 𝑃𝑖
𝐸𝑚é𝑑 =
6

E o valor da uniformidade de iluminância é calculado conforme requisitos da NBR-5101, ou seja, pela


proporcionalidade entre o valor mínimo de iluminância medido pelo médio calculado, que é obtido pela fórmula:

𝐸𝑚í𝑛
𝑈=
𝐸𝑚é𝑑

14Postes solares autônomos são caracterizados pelo conjunto poste, luminária, unidade de geração solar e banco de baterias,
recomendada para instalação em locais onde não haja acesso à rede de distribuição.

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9. Sistema de Telegestão
O sistema de telegestão proposto abrangerá os pontos de iluminação pública das vias com classe V2 e V3, dispostas
exclusivamente na área 1.

O sistema de telegestão de iluminação pública será um sistema de gerenciamento remoto com equipamento
inteligente instalado em cada luminária que consegue medir diversos dados e executar comandos, os quais são
transmitidos bidireccionalmente por meio de uma rede de comunicação até o CCO - Centro de Controle Operacional
- e garante que o operador da rede saiba a exata localização de cada ponto e receba quase instantaneamente
informações de desempenho e de falhas, como exemplo, lâmpadas queimadas no sistema. Essa agilidade visa facilitar
a manutenção da rede, pois a identificação dos problemas não depende apenas de rondas e da percepção dos usuários.
Além dos alertas em casos de anormalidades, o sistema permite programar varreduras periódicas, que fornecem
dados para análises mais amplas do funcionamento da rede. As informações individualizadas dos pontos de consumo
também permitem maior controle sobre os gastos com energia. Hoje, de acordo com a Resolução Homologatória
2.950/2019 da ANEEL, para efeitos de cálculo de consumo, a conta de eletricidade considera que cada lâmpada fica
ligada 11h29 por dia, exceto em casos excepcionais. Com o sistema de telegestão, o consumo acumulado do sistema
pode ser registrado com exatidão e o operador pode controlar a intensidade de cada luminária de LED, racionalizando
o uso de energia e ampliando a eficiência operacional, desde que respeitando os índices mínimos luminotécnicos
definidos para cada tipo de via.

9.1.Caracterização e Funcionamento

O Sistema de Telegestão é caracterizado pela comunicação dos dispositivos de campo (controladores e


concentradores) com equipamentos centrais que permitem aos operadores controlar e observar as condições da rede
de forma remota, a partir do CCO. A capacidade de acessar os dados ou comandar cada luminária individualmente,
por meio de transmissão de dados bidirecional, garante que diferentes estratégias de racionalização possam ser
implementadas de forma eficiente e em escala. Na Figura 45 podemos verificar de forma simplificada o
funcionamento do Sistema.

Figura 45 – Esquema de comunicação do sistema de telegestão.


Fonte: Autoria própria

A estrutura do sistema de telegestão é formada por sistema centralizado de telegestão, concentradores ou gateway e
controladores das luminárias. Cada componente dessa estrutura desempenha funções relativa as características
técnicas que viabiliza o gerenciamento remoto em tempo real pró ativamente na rede de iluminação pública.

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Ganhos com o Sistema

São considerados como parte do sistema de telegestão apenas os pontos que permitam transmissão de dados de
forma bidirecional a fim de se obter monitoramento completo, programação e controle integral individualizado das
luminárias. Espera-se que a tecnologia permita que se alcancem os seguintes ganhos:

• Redução relevante do consumo de energia elétrica pela funcionalidade de medição das grandezas elétricas,
proporcionando elementos técnicos para revisões nos períodos (11 horas e 29 minutos) de estimativa de
cálculo de consumo junto a CEA;
• Redução das horas em operação, e consequente aumento da vida útil, das luminárias;
• Antecipação ao chamado dos usuários, tratando de forma proativa as falhas;
• Redução do deslocamento de equipes, em especial em localidades de difícil acesso;
• Redução do número de luminárias acesas inadequadamente;
• Redução do número de luminárias apagadas em período noturno; e
• Implantação de Rede de Comunicação Inteligente ampla, que propicie o estabelecimento de outros serviços
inteligentes (smart cities).

Todos os ganhos supracitados ficam comprometidos pela utilização de um sistema que não conte com taxa de
transmissão adequada, alta confiabilidade e disponibilidade, ou que não permita sua expansão de forma natural e
não vinculada a um fabricante específico.

9.1.1. Sistema Centralizado da Telegestão

O sistema centralizado de telegestão é um software para processamento, interface e armazenamento das informações
coletadas pelos dispositivos de campo, permitindo ao usuário transmitir e programar comandos de ligar, desligar e
alterar set-point de dimerização das luminárias de forma individualizada, em grupo ou em zonas. Toda informação
solicitada ou transmitida pelo sistema central de telegestão é enviado via internet aos concentradores, podendo se
executar comandos de forma pontual ou via estratégias de programação de dimerização para racionalização do uso
de energia elétrica. O sistema é capaz de efetuar varreduras com frequência pré-determinada, em intervalos
programados pelos operadores, por toda rede de iluminação pública telegerida, disponibilizando informações que
podem compor o histórico de operação. Existe uma gama bastante ampla de sistemas centralizados de telegestão,
porém muitos deles são atrelados a fabricantes. Nesse estudo considera-se um sistema independente de código aberto
e com todas as funcionalidades para aumentar o nível de serviço oferecido.

Tipicamente os sistemas de telegestão seguem o fluxo de informação desenhado na Figura 46.

Sistema
Centralizado de Concentradores Controladores Luminárias
Telegestão

CCO Dispositivos de Campo


Figura 46 – Fluxo de informação do sistema de telegestão
Fonte: Autoria própria

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Processamento, Armazenamento e Hospedagem

Caso a opção seja por rack dedicado, é necessário espaço físico em local seguro, climatizado e com acesso controlado
para acomodação, que contará com servidores, storages, equipamentos de rede, UPS (no break) e outros.

A operacionalidade, processamento e armazenamento do sistema centralizado de telegestão deve ocorrer em


ambiente de servidor em nuvem (cloud computing), permitindo o acesso de operadores ao sistema em qualquer
máquina, dispositivo móvel em qualquer local e momento necessitando apenas da conexão à internet. A arquitetura
dessa tecnologia fornecida como serviço, permite a redução com os custos de infraestrutura, centralização da
informação, menores custos com equipe de tecnologia da informação, escalabilidade do sistema e qualidade em
segurança. O serviço de servidor em nuvem a ser contratado para o sistema centralizado de telegestão deve possuir
controles de acesso aos dados e sistema de gestão da segurança da informação que atenda aos requisitos das normas
da família ISO 27.000, destacando entre essas as ISO 27.001, ISO/IEC 27.002, ISO/IEC 27.017 e ISO 27.019 e estar
de acordo com a Lei federal nº 13.709/18 que dispõe sobre a proteção de dados pessoais.

Interface

A interface do sistema centralizado de telegestão deve permitir a integração às demais funções do centro de controle
e operação (CCO) da rede de iluminação pública de Macapá, com um módulo do sistema informatizado de gestão de
iluminação pública (SGIP), permitido a atualização de informação de modo bidirecional. A interface de usuário deve
ser totalmente web, compatível com os principais navegadores de mercado independentemente do sistema
operacional instalado na máquina (Windows, Linux, Ios, Android e etc.), por onde será possível executar todas as
funções relacionadas ao sistema de telegestão, de forma que tenha acesso unificado a todas as funcionalidades do
sistema diferenciando o tipo de acesso pelo perfil do usuário.

A janela de visualização do sistema imprime todos os componentes do sistema de telegestão (concentradores,


controladores e luminárias) em uma base cartográfica georreferenciada de mapa com a alternativa para fotos de
satélite, tendo como ferramenta de visualização a possibilidade de se ampliar ou reduzir a visualização de uma
determinada área do município. É possível ainda a integração com serviços do Google (StreetView) ou similar,
permitindo ao usuário acessar informações complementares para sua consulta.

Pelo sistema o usuário poderá acessar individualmente, ou em grupo, as informações em tempo real de todos os
componentes do sistema de telegestão, sendo permitido a seleção visual com a abertura instantânea de uma pequena
janela com informações básicas (código de identificação, tipo de componente e status). A mesma funcionalidade de
seleção poderá ser usada para o acesso ao histórico de informações de operação.

O sistema centralizado de telegestão possui ferramentas e módulos de processos que desempenha as seguintes
funcionalidades:

• Armazenamento de log de operações realizadas no sistema e o recebimento e gravação de mensagens


oriundas da rede, bem como, um sistema de recuperação de informações em caso de falha no servidor
principal;
• Configuração e parametrização do banco de dados do sistema por meio de interface web, sem a necessidade
de instalação de outros aplicativos, permitindo a extração de dados do sistema por meio de ferramenta nativa,
interativa, que indica os campos coletados e gera de arquivos aptos a serem integrados em outros sistemas
externos, possibilitando também, a visualização dos dados gerados em formato CSV e outros;

• Arquitetura que permite ser instalada e configurada de forma fácil em diferentes ambientes, conforme
definição do cliente. Suportar de porta de forma nativa, os padrões de conectividade https e mostrar o
certificado de segurança instalado na própria página de acesso;

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• Acesso ao histórico de informações de operação armazenadas;
• Acesso em tempo real às informações de todos os dispositivos de campo do sistema de telegestão, inclusive
da luminária, expostos graficamente em um mapa da cidade;
• Criação de grupos de luminárias para execução de comandos ou programações customizadas;
• Configuração de coleta de informações de campo em períodos e intervalos de integração para geração de
relatórios e apresentação às concessionárias de distribuição de acordo com os Módulos 5 e 6 do PRODIST
(Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional) da ANEEL, que
correspondem respectivamente à Sistemas de Medição e Qualidade de Energia Elétrica;
• Programação o tempo de varredura de informações do sistema de telegestão;
• Salvamento de comandos enviados demonstrando seu sucesso ou falha, tempo de execução, parâmetros
enviados;
• Cálculo do consumo de energia elétrica, individualmente ou de grupo de luminárias: i) por meio das
informações de tempo de operação e potência dos dispositivos de campo; e ii) estimativa de tempo de
operação definido pela resolução 414 da ANEEL;
• Exportação de resultados das consultas nos mapas em formato kmz (Google Earth) ou shp (Shpaefile) de
forma nativa e interativa, sem customização por meio de código fonte;
• Exportação de resultados das informações mostradas em relatórios em formato csv e xml de forma nativa e
interativa, sem customização por meio de código fonte;
• Criação, edição e exclusão de perfis de usuário, sendo possível definir restrições e permissões de acesso as
funcionalidades do sistema, através de um perfil matriz;
• Criação de padrões de senha, tais como: tamanho, caracteres permitidos e caracteres especiais, bem como,
uma lista de senhas não permitidas;
• Criação de arquivos de integração por emio de interface gráfica, possibilitando que o resultado dos filtros
provenientes desses serviços web sejam gerados formato de arquivo xls, csv nativo ou outro uma vez definido
pelo cliente;
• Identificação das informações que foram importadas ou exportadas de arquivos ou processos externos
demonstrados através de relatórios de fácil visualização;
• Mecanismos de segurança de dados, como a codificação dos dados transmitidos na comunicação com cada
terminal. Possui diferentes critérios de segurança aplicados a diferentes camadas de comunicação, de forma
que concentradores e terminais somente são acessados por dispositivos autorizados;
• Operação de dispositivos com outras características instaladas na mesma rede, caracterizando uma estrutura
de rede operada no conceito multiplicação. Possibilitar o uso de dispositivos de medição de consumo de
energia elétrica instalado na mesma rede dos dispositivos de iluminação.

Será possível a criação de perfis de usuário, com a determinação de acesso às funcionalidades de gestão e operação
do Sistema, com ao menos 3 níveis de perfis de usuário:

i) Gestor: este usuário terá acesso a execução das funcionalidades de criar e excluir perfis de acesso,
podendo definir as aplicações e permissões específicas para cada aplicação, definir e modificar os
padrões de senhas; definir ou modificar padrões de relatórios; cadastrar e alterar informações dos
componentes de campo da rede de telegestão, inclusive as luminárias; gerar e exportar relatórios;
controle e operação remota das luminárias, como criar e modificar grupos, programações, acionar e
dimerizar luminárias.
ii) Operador: este usuário terá acesso ao cadastramento e alteração das informações dos componentes
de campo da rede de telegestão, inclusive as luminárias; gerar e exportar relatórios; controle e
operação remota das luminárias, como criar e modificar grupos, programações, acionar e dimerizar
luminárias; e
iii) Verificador: este usuário terá acesso ao cadastramento e alteração das informações dos componentes
de campo da rede de telegestão, inclusive as luminárias; definir ou modificar padrões de relatórios;

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gerar e exportar relatórios; visualizar em tempo real as informações dos componentes da rede de
telegestão.

9.1.2. Concentradores

Os concentradores fazem a interface entre milhares de controladores e o sistema centralizado. Tipicamente,


comunicam-se por meio da internet com ip fixo e poderão ser instalados em postes, topo de prédios ou torres. Esses
dispositivos são chaves para a disponibilidade e velocidade do sistema como um todo. O concentrador é, na verdade,
um ponto de acesso, utilizado para transmitir via 3g/4g/gprs os dados entre o sistema centralizado de telegestão e os
controladores sem que nenhum grande processamento seja realizado. Essa característica permite que haja
redundância nos caminhos para os controladores alcançarem o sistema centralizado de telegestão e tornar o controle
da rede de iluminação pública mais distribuído, eliminando o risco da perda de grande porção da rede pela perda de
um único dispositivo concentrador.

Os concentradores permitem funcionalidades diversas, cujas características que viabilizam essas são:

• Permitir a atualização de sistemas e configurações de parâmetros internos de forma remota;


• Capacidade de gerenciar controladores e se comunicar com outros concentradores com versões de hardware
e firmware diferentes na mesma rede (controle de legado);
• Capacidade de gerenciar no mínimo 500 controladores;
• Garantir seu funcionamento autônomo de no mínimo 6 horas em caso da perda do fornecimento de energia
elétrica;
• Suportar conexões físicas diversas com a internet (ethernet/lan, 3g, 4g, gprs, lte);
• Capacidade de reconectar-se automaticamente com o servidor da aplicação (watchdog para monitoramento
de serviços do seu sistema operacional e testes de conectividade);
• O gerenciador de rede possui monitoramento funcional dos serviços internos do seu sistema operacional
(interface remota para visualização do estado dos serviços que rodam no gerenciador);
• Possibilitar a exportação de dados (logs dos serviços internos, estado das Redes, dados do Sistema
Operacional, estatísticas de uso do hardware, interfaces de redes tcp/ip, conectividade da conexão com a
internet móvel, dados da vpn);
• Possuir a funcionalidade de alertar o sistema de centralizado de gestão ao detectar anomalias no
funcionamento (queda de energia, bateria com carga baixa, temperatura de operação fora do normal,
memória interna cheia);
• Capacidade de armazenamento de no mínimo 100.000 mensagens no caso de perda de conexão com o
servidor; e
• Possibilitar o acesso remoto via vpn e ssh. A interligação com o servidor do sistema é viabilizada de forma
segura, garantindo a autenticação das partes interligadas e a criptografia dos dados que trafegarem entre elas
mediante criação de uma rede privada virtual (vpn).

9.1.3. Controladores Inteligentes

Os controladores inteligentes são dispositivos montados na parte superior e ligados fisicamente às luminárias através
de conectores de no mínimo 5 pinos capazes de receber comandos e transmitir informações das luminárias ao sistema
centralizado de telegestão, podendo também atuar como repetidor do sinal rf e ser capaz de manter o sistema
operacional em caso de falha de comunicação, pois entrarão no modo local, sem prejuízo para o funcionamento,
atuação das luminárias e aquisição de dados, que serão armazenados em memória interna e transmitidos
automaticamente ao sistema centralizado de telegestão quando reestabelecida a comunicação.

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Para a viabilidade do desempenho dos controladores na proposta do sistema de telegestão, esses dispositivos devem
apresentar minimamente às seguintes funcionalidades:

• Comunicação em tempo real: disponibiliza em tempo real, mediante requisição através do sistema
centralizado de telegestão, as variáveis medidas e permiti o controle remoto de desligamento/acionamento e
dimerização;
• Fotocélula local: equipados com o dispositivo para garantia do acionamento das luminárias em caso de
escurecimento em período diurno, ou falha na comunicação;
• Programação Remota: programação de acionamento e desligamento baseado em relógio de tempo real de
acordo com o calendário anual do nascer e do pôr do sol, programação da dimerização conforme possíveis e
perimidas tecnicamente;
• Possuir mecanismos de detecção de mudança do status da lâmpada (transição do estado da lâmpada ao ligar
e desligar) e enviam mensagens ao servidor sempre que houver mudança. Possuir mecanismos que permitem
a configuração de intervalo de tempo de envio de mensagem automática. O tempo programado padrão é
definido pelo administrador do sistema, informado em minutos;
• Enviar mensagens automáticas no intervalo de tempo programado contendo as seguintes informações (no
mínimo): i) valor da energia ativa (kW) e reativa (kvar); ii) corrente da luminária (A); iii) corrente do
conjunto de iluminação (A); iv) tensão da rede de alimentação/operação do dispositivo (V); v) potência
consumida (W); vi) Intensidade luminosa programada (em percentual); e vii) status do equipamento (aceso,
acendendo, queimado, apagado, corrente elevada).
• Possui mecanismos de medição eletrônica de consumo de energia elétrica integrados ao dispositivo de
iluminação sem visualização externa com a finalidade de realizar medições de consumo individuais;
• Possuir mecanismo para detectar queda de energia, que guarda a informação da data e horário da queda e
transmitir quando religar e reconectar ao sistema;
• Capacidade de se comunicar com os concentradores em protocolo aberto à uma distância mínima de 1km.
• Os firmwares devem ser atualizados sempre que versões mais recentes estiverem disponíveis. As
atualizações de firmware serão feitas através de métodos ota (over-the-air), garantindo que todo a rede de
iluminação pública do sistema de telegestão esteja atualizada em pouco tempo e a um baixo custo
operacional.
• Enviar informações de indicadores dos parâmetros elétricos, disponibilizando os seguintes dados para o
Sistema de Telegestão:

i) Tensão (V);
ii) Corrente (A);
iii) Potência (W);
iv) Fator de potência (VA);
v) Frequência (Hz);
vi) Consumo acumulado (Wh).
vii) Estado (ligada / desligada / % de dimerização);
viii) Período acumulado de funcionamento (burning hours);
ix) Quantidade de chaveamentos acumulados.
x) Alarme de falha de luminária;
xi) Alarme de falha de driver;
xii) Alarme de lâmpada piscando;
xiii) Alarme de falta de tensão de alimentação; e
xiv) Alarme de operação além dos limites de tensão, potência, temperatura e fator de potência.

9.1.4. Protocolo e Armazenamento

Além do meio físico e da definição da tecnologia para transmissão dos dados, os diferentes equipamentos de rede e o
sistema centralizado de telegestão precisam estar “falando a mesma língua”, ou seja, precisam utilizar o mesmo
protocolo.

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Entre o controlador e a luminária, é previsto que seja possível a utilização de dois protocolos abertos e amplamente
difundidos: o DALI (digital addressable lighting interface) e o sinal 0 - 10V. A maioria absoluta dos fabricantes é
capaz de se comunicar em qualquer um dos dois protocolos. Para a comunicação do controlador com o concentrador
e do concentrador com sistema de centralizado de telegestão existem mais opções e também deverá ser optada por
protocolo aberto, capas de integrar componentes de variados fornecedores.

Pensando nisso, foram criados consórcios com o intuito de estabelecer protocolos abertos, dos quais os mais
proeminentes atualmente são: ALIS, TALQ e WiSun. Esse estudo levou em consideração apenas sistemas que se
comuniquem nos protocolos aberto citados, sem prejuízo da utilização de outro padrão aberto que surja e se
popularize ao longo da concessão.

9.2. Dimensionamento
Para o dimensionamento do sistema de telegestão serão considerados como referência a área de cobertura 4G de 4
operadoras de telefonia móvel, a disposição das vias V2 e V3 as quais os pontos de iluminação pública serão
integrantes do sistema de telegestão e a capacidade mínima de gerenciamento dos concentradores anteriormente
especificados.

Como definido, o sistema de telegestão incluirá os pontos de iluminação pública que estão dispostos nas vias de classe
V2 e V3, que estão localizadas geograficamente na área 1 definida nesse projeto. A Figura 47 destaca em linhas azuis
a disposição das vias atendidas pelo sistema de telegestão no município de Macapá.

Figura 47 – Atendimento do sistema de telegestão

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É possível verificar que as vias atendidas pelo sistema de telegestão estão continuamente interligadas, simplificando
o dimensionamento da quantidade de concentradores necessárias, calculado em função de sua capacidade mínima
de número de controladores a ser gerenciado.

Como o fluxo de informações dos concentradores com o sistema centralizado de telegestão será feito via internet,
conexão 3g ou 4g, foi analisado a área de cobertura no município de 4 operadores de telefonia móvel, onde as figuras
a seguir ilustram a área cobertura de cada operadora.

A Figura 48 ilustra a área de cobertura 4G da operadora Oi, cujo extensão está sobreposta pelo polígono na cor
laranja. A Figura 49 apresenta a área de cobertura 4G da operadora Vivo, onde na área sobreposta pela cor roxa o
sinal 4G é alcançável mesmo em locais fechados e pela cor lilás em locais aberto. A Figura 50 ilustra a área de
cobertura 4G da operadora Claro, onde as áreas sobrepostas pela cor verde recebem sinais à um nível bom o suficiente
para utilização inclusive de roteadores, as áreas sobrepostas pela cor amarela recebem um sinal bom para conexão
de todos os dispositivos móveis com smartphones e tablets e a área sobreposta pela cor vermelha recebe um sinal
bom que atende à smartphones. A Figura 51 ilustra a área de cobertura 4G da Tim, onde a área sobreposta pela cor
azul mais intensa é possível obter-se uma ótima conectividade e a sobreposta pela cor azul mais amena é possível
obter sinal suficiente para a conectividade.

Figura 48 – Área de cobertura da Oi Figura 49 – Área de cobertura da Vivo


Fonte: www.oi.com.br Fonte: www.vivo.com.br

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Figura 50 – Área de cobertura da Claro Figura 51 – Área de cobertura da Tim
Fonte: www.claro.com.br Fonte: www.tim.com.br

Observando as 4 figuras e comparando com a Figura 47 é possível analisar que toda as vias previstas para
atendimento do sistema de telegestão possuem cobertura 4g que garante a conectividade dos concentradores
independentemente de sua posição geográfica de instalação.

Assim o dimensionamento do sistema de telegestão em Macapá é baseado na abrangência dos pontos de iluminação
pública que atendem às vias de classe de iluminação V2 e V3, que totalizam 7.517 pontos de iluminação pública, que
considerando 1 concentrador à cada 500 pontos, resulta-se em total 15 concentradores.

A Tabela 72 traz o resumo de componentes e dispositivos necessários à implantação do sistema de telegestão,


considerando que toda a infraestrutura de TI prevista a ser instalada no CCO é suficiente para a operação do sistema
de telegestão, já que estará hospedado em nuvem (cloud computing).

Componente Classe de Via Quantidade


V2 3.239
Controladores inteligentes
V3 4.262
Concentradores V2 e V3 15
Tabela 72 – Quantidade de pontos do sistema de telegestão
Fonte: Autoria própria

Esse total de pontos, abrange tantos os pontos existentes do cadastro da rede de iluminação pública de Macapá
(Migração Tecnológica), quanto aos adicionais que devem ser incrementados para a viabilidade de atender os níveis
de iluminação adequados da norma NBR-5101 (Remodelagem).

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10. Centro de Controle e Operação - CCO
Prevendo um ganho de qualidade de atendimento ao cliente, organização e eficiência na operação da concessão de
iluminação pública de Macapá é previsto a implantação de uma estrutura de Centro de Controle e Operação – CCO
que é baseada nos pilares: infraestrutura, tecnologia, pessoas, funções e processos permitindo coletar e processar
informações em tempo real e fazer com que ocorra a convergência dos dados de gestão e operação em um único centro
de informações, por meio de um Sistema Informatizado de Gestão de Iluminação Pública (SIGIP).

O CCO tem a função de concentrar toda a operação da rede de iluminação pública, inclusive a gestão do SIGIP,
software que gerenciará todos os ativos de iluminação, as manutenções preditivas, preventivas e corretivas, a
supervisão e o controle em tempo real das operações de toda a rede.

10.1. Funcionalidades
O CCO tem a função de concentrar em um único ambiente físico, as capacidades de monitoramento e controle pleno
da rede de iluminação pública, bem como a prestação de atendimento os munícipes. Seu dimensionamento permite
a integração entre as diferentes equipes que desempenham suas funções suportadas pelo sistema de supervisão e
controle e seus módulos, otimizando a prestação de serviço e eleva a sua qualidade.

As principais atribuições do CCO sob a perspectiva de atendimento aos munícipes, através do call center são:

• Receber as reclamações dos munícipes, relacionadas ao sistema de iluminação pública;


• Encaminhar ao CCO as reclamações dos munícipes, que darão origem às ordens de serviço, despachadas para
as equipes de campo;
• Gerir o sistema de gravação das conversações com os munícipes;
• Estruturar relatórios sobre a gestão do atendimento dos munícipes, organizados em planilhas eletrônicas e
dashboards, contemplando o registro de cada atendimento, as informações gerenciais sobre todo o processo
de atendimento (quantidade de reclamações para os períodos considerados, duração do atendimento e
motivos das reclamações), que podem ser disponibilizados em tempo real para a prefeitura, através de portal
web ou aplicação mobile;
• Gerir as reclamações e solicitações recebidas da prefeitura e de outros órgãos e poderes públicos; e
• Manter o sistema de gestão das reclamações sobre a rede de iluminação pública.

As principais atribuições do CCO sob a perspectiva gestão e operação da rede de iluminação pública são:

• Especificar os processos e elaborar as normas ou instruções normativas relacionadas ao sistema de


iluminação pública, relacionadas às atividades de pré-operação, operação em tempo real e pós-operação;

• Coordenar a atualização do cadastro de ativos do sistema de iluminação pública;


• Responder pelo dimensionamento e pela qualificação da equipe do CCO e do call center;
• Gerir as ocorrências no sistema de iluminação pública, utilizando o sistema de gestão de ocorrências e/ou o
sistema de telegestão. O despacho das ordens de serviço do CCO para as equipes pode ser feito de forma
manual ou automática, podendo contar com a funcionalidade de designação automática. O CCO poderá se
valer do recurso de callback para checar, junto aos munícipes, as informações que constam das reclamações;
• Coordenar a ação das equipes de campo, na execução das intervenções de expansão e de manutenção do
sistema de iluminação pública;
• Gerir as informações sobre a aplicação de equipamentos e materiais e gestão do estoque do sistema de
iluminação pública;

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• Gerir o sistema de visualização e o sistema de gravação das tratativas operacionais com as equipes de campo;
• Elaborar o acordo operativo e coordenar as tratativas com a empresa concessionária de distribuição de
energia elétrica; e
• Estruturar relatórios sobre a gestão de ocorrências, organizados em planilhas eletrônicas e dashboards,
contemplando o registro dos dados primários de cada ocorrência, os indicadores de desempenho regulados
pela prefeitura, as informações gerenciais sobre todo o processo (quantidade de ordens de serviços e
intervenções para os períodos considerados, duração das ocorrências e avaliação das causas), que podem ser
disponibilizados em tempo real para a prefeitura, através de portal web ou aplicação mobile.

Como todo o desempenho da concessionária será mensurado e refletido financeiramente ao parceiro privado, é
previsto que a implantação das ISO 9001, e atendimento aos requisitos da ISO 27.000 para o Sistema de Segurança
de Informação.

O CCO operará em regime de 24 horas por 7 dias da semana, durante toda a concessão, sendo necessário que
infraestrutura de energia elétrica e de comunicação sejam contingenciadas para tal.

Será disponibilizado aos munícipes os meios de comunicações por telefone, portal web, mídias sociais e aplicativo
para dispositivos móveis.

A comunicação do CCO com as equipes de campo será feita através telefonia móvel e internet, e o acesso ao SIGIP
poderá ser realizado através de dispositivos móveis, agilizando a atualização de informações da rede de iluminação
pública no sistema.

O SIGIP a ser utilizado será hospedado em serviço de servidor em nuvem (cloud computing), sendo a interface ao
usuário via web, de forma a possibilitar acesso rápido e seguro de outros locais onde poderá funcionar o site back-
up, por indisponibilidade de acesso ao local de funcionamento do CCO.

10.2. Estrutura
O CCO concentra a inteligência e a dinâmica da operação e manutenção sendo composto por sistemas
multitecnológicos. Visto isso, sua estrutura e recursos exigem qualidade de materiais, equipamentos e sistemas,
assim como especialização e excelência de sua equipe.

Dessa forma, para operar o CCO, será disponibilizado um quadro técnico especializado composto por analistas de
sistemas, engenheiros de telecomunicações e técnicos de informática, eletrotécnicos, eletricistas e auxiliares,
devidamente treinados para desempenhar todas as funções inerentes à gestão da iluminação pública.

A infraestrutura física do CCO, concluída e operante em um prazo de até 6 meses a partir do início da concessão, será
composta por todas funcionalidades dos SIGIP, rack, servidor, switch, patch panel, desktops, KVM15, monitores,
sistema de gravação de mensagens, videowall, fonte back-up (UPS e banco de baterias), mobiliários (mesas, cadeiras,
armários e etc.), ar-condicionado e todo hardware, acessórios necessário para o perfeito funcionamento do serviço
objeto da concessão.

A estrutura física do CCO será formada por ambientes para a acomodação e setorização das equipes de gerência
técnica e operacional, call center, infraestrutura de informática (data center), sala de reuniões e conferências,
organizados nas seguintes estruturas físicas:

15 KVM é uma tecnologia de virtualização Open source.

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• Data center;
• Sala de supervisão;
• Sala de operação;
• Sala do call center;
• Salas back-up; e
• Instalações de apoio: banheiros, copa, sala de reunião, recepção e afins.

Data Center

Por se tratar de uma operação crítica, um espaço físico especial será destinado para recebimento dos racks que irão
abrigar os equipamentos de rede, servidores, storages, KVM, switch, para garantir a comunicação, processamento
e armazenamento dos dados recebidos de campo ou gerados dentro do próprio CCO.

Sala de Supervisão

A sala de supervisão contará com estações de operação para o acompanhamento dos serviços da rede de iluminação
pública pela equipe de gerência técnica e operacional. Haverá desktops com desempenho para acesso ao SIGIP,
equipados com dois monitores de 23’ cada.

Sala de Operação

A sala de operação será o ambiente mais importante para a gestão eficiente da rede de iluminação pública de Macapá.
Deverá ser equipada com estações de operação e videowall para visualização do estado de toda a rede em tempo real,
bem como alarmes disparados pelo sistema.

Nessa sala serão tomadas as principais decisões quanto a telegestão de luminárias, projetos, planos de manutenção
e gestão de ativos. Todas as estações devem ser capazes de executar o SIGIP.

Sala do Call Center

A sala de call center irá abrigar a infraestrutura necessária para desempenhar a interface entre os usuários e as
equipes da futura concessionária, estará em operação 12 horas por dia, de segunda a sexta-feira e contará com
equipamentos de telefonia, atendimento eletrônico (URA), gravação e supervisão on-line. Fará uso extensivo do
módulo SAU (Serviço de Atendimento ao Usuário) do SIGIP.

O CCO será um espaço de integração entre as diferentes equipes, que desempenham suas funções suportadas pelo
Sistema Informatizado de Gestão de Iluminação Pública - SIGIP e seus mais diferentes módulos, conforme descrito
neste relatório.

10.3. Sistema Informatizado de Gestão de Iluminação Pública


O Sistema Informatizado de Gestão de Iluminação Pública é o responsável pela integração de todas as ferramentas
do CCO e Sistema de Telegestão que viabilizará o desempenho de todas as funções gerenciais operacionais da rede
de iluminação pública de Macapá. As ferramentas necessárias ao SIGIP minimamente serão: Gestão de Ativos (SGA);
Gestão de Manutenção e Operação (SGMO); Gestão de Projetos (SGP / GED); Atendimento aos usuários (SAU); além
do Sistema Centralizado de Telegestão.

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Figura 52 – Módulos do sistema informatizado de gestão de iluminação pública
Fonte: autoria própria

O SIGIP apresentará interface cartográfica na qual os operadores poderão acessar os dados e atuar nos sistemas de
telegestão, gestão de ativos, gestão de manutenção. Além de aproveitar de informações vindas das mais diversas
fontes para se antecipar a eventuais problemas e manter o sistema operando com a maior eficiência e racionalidade.

Cada usuário do SIGIP deverá autenticar-se através do usuário e senha e terá seu acesso limitado às informações e
relatórios relevantes para o exercício de sua atividade e em sua região de atuação, focando o acesso apenas as
atividades e áreas de interesse de cada usuário. Serão disponibilizadas contas de usuário e senha para o acesso dos
profissionais designados pelo poder concedente e verificado independente, a fim de garantir acesso em tempo real
aos indicadores diversos relativos à operação da rede de iluminação pública.

O acesso a interface de usuário poderá ser feito via estação de operação locados no CCO, em local do poder concedente
ou verificador independente, ou através de smartphone/tablet, preferencial para os usuários cujas atividades são
desenvolvidas em campo.

10.3.1. Gestão de Ativos (SGA)

O SIGIP contará com base de dados georreferenciada formada pelo cadastro técnico da rede de iluminação pública
que será a principal referência para a interface gráfica com os operadores através de mapas de Macapá. Será
disponibilizada a ferramenta para gestão dos ativos de iluminação pública responsável pela atualização e manutenção
do cadastro técnico.

O poder concedente e verificador independente poderá realizar consultas e exportar relatórios do cadastro técnico
através de rotinas automáticas, em diferentes formatos de arquivos, a partir da base de dados georeferenciada.

O módulo de gestão de ativos armazenará todas as informações de alterações de um determinado ponto da rede de
iluminação pública, seja devido à modernização ou à manutenção realizada, podendo ainda extrair-se relatórios de
equipamentos e materiais substituídos na rede durante um determinado período. Haverá a possibilidade do módulo
de gestão de ativos estar integrado a um sistema de gestão empresarial, fornecendo relatórios ao setor de compras
um eficiente gestão de garantias de equipamentos e suprimentos.

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10.3.2. Gestão de Manutenção (SGM)

O SIGIP contará com ferramenta para Gestão da Manutenção (SGM) da rede de iluminação pública de Macapá,
executando planos de manutenção a partir das informações do sistema de telegestão, do atendimento ao usuário, das
rondas de manutenção ou de qualquer outra ferramenta integrada ao SIGIP.

O SGM poderá ser acessado pelas equipes de campo através de dispositivos móveis, permitindo o recebimento em
tempo real de rota de rondas, planos de manutenção e ordens serviços, além de facilitar os registros de ações de
manutenção (inspeção, limpeza, substituição, calibração, reparo e afins).

As informações apontadas pelas equipes de campo estarão presentes no histórico de manutenção de cada
componente da rede de iluminação pública e devem ser consideradas na apuração dos indicadores de disponibilidade
e desempenho, apropriação de custos, gestão de suprimentos e atualização do cadastro técnico. O poder concedente
e o verificador independente terão acesso em tempo real ao relatório de ocorrências.

10.3.3. Atendimento ao Usuário (SAU)

O Sistema de Atendimento ao Usuário (SAU) será a interface do SIGIP e o munícipe macapaense pela rede de
iluminação pública. O sistema disponibilizará sítio na internet, aplicativo para dispositivos móveis e números
telefônicos 0800 (DDG – Discagem Direta Gratuita) para que a população possa registrar ocorrências e provocar a
manutenção corretiva dos dispositivos em falha, em especial pontos acesos durante o dia e/ou apagadas de noite.

A central de atendimento funcionará como agente intermediário do processo de atendimento à população, ao


receptar as demandas da população, permitindo o acompanhamento do andamento de solicitações e disponibilizando
informações de interesse do cidadão associadas à iluminação pública.

O SAU registrará as ocorrências e indicará o número do chamado, a localização e qualificação do defeito, e horário
de abertura. O SGM estará integrado ao serviço de atendimento ao usuário (SAU) para o encerramento de chamados
após o reestabelecimento das condições de operacional e, eventualmente, retorno ao reclamante.

O Sistema de Atendimento ao Usuário contará com atendimento eletrônico (URA), gravação e supervisão on-line,
além de registrar ao menos os seguintes indicadores referentes às chamadas: tempo de espera, duração e desistências.

10.3.4. Sistema de Gestão de Projetos (SGP) e de Documentos (GED)

O SIGIP contará com módulos de gestão de projetos (SGP), permitindo assim visualizar nos mapas da região as áreas
com projetos de ampliação, modernização ou eficientização em andamento, bem como possibilitando o
acompanhamento dos cronogramas físicos e financeiros para cada uma das iniciativas. Dessa forma, ao fim de cada
projeto, o cadastro técnico deverá ser atualizado com as informações dos novos pontos.

Toda a documentação desenvolvida será armazenada com auxílio de ferramenta de Gestão Eletrônica de Documentos
(GED) integrado ao SIGIP, que será responsável pela manutenção dos históricos de versões dos documentos e pelo
fluxo de aprovação de cada documento de engenharia.

10.3.5. Sistema de Gestão Empresarial (ERP)

Será disponibilizado um sistema de gestão empresarial integrado ao SIGIP para gestão dos seus custos, materiais e
serviços necessários para a execução das obras e da operação como um todo, garantindo a consistência e sincronismo
das informações contábeis com as informações dos demais módulos do sistema.

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As funcionalidades principais do ERP para apoio ao CCO serão os módulos de Gestão de Materiais, Gestão da Cadeia
de Suprimentos e Gestão Financeira e de Investimentos.

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11. Expansão do Sistema
Envolve toda a expansão da rede de iluminação pública, passando a incorporar novos pontos necessários para suprir
a atual demanda reprimida e o crescimento vegetativo durante todo o período de concessão.

Em toda expansão são utilizados equipamentos com a tecnologia LED ou outra tecnologia adequada na época da
instalação. Nos locais onde a infraestrutura para instalação da rede de distribuição compartilhada estiver
incompleta, inadequada ou inexistente, sendo solicitado à distribuidora de energia elétrica a expansão ou
regularização da rede de distribuição para atender aos novos pontos de iluminação pública.

Visando fornecer informações sobre padrões da infraestrutura de iluminação pública a empreendimentos que
venham a construir novos bairros e doar os ativos ao patrimônio do município de Macapá, serão definidos pela
Prefeitura de Macapá os padrões técnicos e criados documentos instrutivos para se exigir dos empreendedores. Só
devem ser aceitos novos projetos com o cumprimento integral das exigências técnicas estabelecidas.w

11.1. Demanda Reprimida


Demanda reprimida é considerada toda via inserida no perímetro urbano ou que seja parte integrante de uma
localidade que poderia ser provida de iluminação pública, mas atualmente não é.

Neste item é apresentado o dimensionamento da demanda reprimida de cada área definida nesse projeto e a solução
luminotécnica proposta considerando a particularidade de cada.

O resumo de materiais para o suprimento da demanda reprimida da rede de iluminação pública do Município de
Macapá é demonstrado pela Tabela 73.

Área 1
Material Sistema Áreas de Área 2 Área 3
Viário Ressaca
Luminárias 114 750 526 308
Braços 114 750 526 308
Poste de concreto 114 - 526 -
Poste de fibra - - - 308
Circuito aéreo 3.990 - 23.670 13.860
Tabela 73 – Resumo de materiais de demanda reprimida de Macapá
Nos itens abaixo são apresentados os dimensionamentos detalhados da demanda reprimida pelas áreas definidas
neste projeto.

11.1.1. Demanda Reprimida na Área 1

Para o atendimento à demanda reprimida existente na área 1 serão necessários o incremento de 864 novos pontos de
iluminação pública, cujo a relação de materiais é apresentada na Tabela 74.

Material Área 1

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Sistema Viário Áreas de Ressaca
Luminárias 114 750
Braços 114 750
Poste de concreto 114 -
Circuito aéreo 3.990 -
Tabela 74 – Resumo de materiais de demanda reprimida da área 1
Fonte: autoria própria

Nos itens abaixo é demonstrado o desenvolvimento do estudo que resultou o dimensionamento da demanda
reprimida da área 1.

Sistema Viário

Segundo o último censo informado pelo IBGE, o crescimento populacional de Macapá no período de 2010 a 2018 foi
de 23,96%, o que reflete no aumento de habitações do município e que geram uma demanda reprimida caracterizada
por residências localizadas em vias oficiais, que necessitam da ampliação de pontos de iluminação pública.
Ressaltam-se duas características nesse tipo de necessidade: (i) dispõe de rede de distribuição de energia elétrica e,
portanto, é necessária a implantação dos equipamentos de iluminação pública pela futura concessionária: e (ii) não
existe a rede de distribuição de energia elétrica, sendo necessário solicitar à empresa distribuidora de energia a
expansão da rede de distribuição para posteriormente a concessionária providenciar a expansão da IP.

Segundo a prefeitura de Macapá, existem 4 km de vias do sistema viário da área 1 não atendidos pela rede de
Iluminação Pública. Consideramos um vão médio de 35m entre postes, concluímos que teremos 114 pontos de
iluminação pública de demanda reprimida. Comumente essas vias são locais e com baixo fluxo de veículos, sendo
assim classificadas como V5, sendo assim foi considerado os dois maiores percentuais de potência de luminárias da
soluções resultantes para o Sistema Viário, apresentadas no item 8.1.1.12, onde a distribuição por potência para as
soluções dos três fabricantes resulta conforme a Tabela 75.

Demanda Reprimida
Fabricante A Fabricante B Fabricante C
Potência Quantidade Potência Quantidade Potência Quantidade
Percentual Percentual Percentual
(W) Total (W) Total (W) Total
38 78,23% 89 53 78,23% 89 54 78,23% 89
85 21,77% 25 104 21,77% 25 80 21,77% 25
Tabela 75 – Relação de potências para demanda reprimida do sistema viário da área 1
Fonte: autoria própria

Para o atendimento desses novos pontos de iluminação pública prevê-se além das luminárias a instalação de postes
de concreto, braços e circuito aéreo exclusivo em cabos multiplexados de alumínio, cujo resumo de materiais
previstos é detalhado na Tabela 76.

Material Quantidade

PwC | Cescon Barrieu | KMR Energia | Godoy Luminotecnia | Núcleo Engenharia Preparado para BNDES 114
Luminárias 114

Braços 114

Poste de concreto 114


Circuito aéreo 3.990
Tabela 76 – Resumo de materiais de demanda reprimida do sistema viário da área 1
Fonte: autoria própria

Áreas de Ressaca

Para a continuidade de melhoria urbana das comunidades que vivem nas áreas de ressaca, é necessário que o serviço
de iluminação pública acompanhe paralelamente as demais ações da Prefeitura de Macapá. Na proposta de soluções
para esse atendimento há de se considerar as condições da infraestrutura existente que se assemelham da área 3
(Distrito de Bailique), porém em uma escala muito mais ampla.

Os requisitos luminotécnicos que devem ser alcançados pela iluminação pública no atendimento às passarelas dessas
áreas, são os mesmos para o caso da área 3, ou seja: i) classe de iluminação P4; ii) temperatura de correlata de cor
(TCC) de 3.000K; e iii) índice de reprodução de cor mínimo de 70. A potência de luminárias que apresentaram a
melhor eficiência energética nas simulações luminotécnicas são as mesmas já demonstradas no item 8.3, que é de
22W.

Prevendo que os 34 km de passarelas existentes nessas áreas de ressaca sejam atendidos com iluminação pública
durante os 20 anos de concessão, e considerando a viabilidade técnica demonstrada na simulação luminotécnica do
item 8.3, cujo vão médio foi de 45 metros, é estimado a implantação de 756 novos pontos nessas áreas de ressaca.

A quantidade prevista de pontos foi estimada considerando um espaçamento entre luminárias de 45 metros, sobre o
total de 34 km de passarelas sem iluminação.

Para o atendimento dos novos pontos de iluminação pública nas áreas de ressaca prevê-se exclusivamente a
implantação de luminárias excluindo-se a possibilidade de extensão de circuitos exclusivos de iluminação pública. A
extensão da rede de iluminação pública com previsão de extensão de circuitos exclusivos de iluminação pública nessas
áreas favorecerá a migração das ligações clandestinas para rede de iluminação pública, visto que atualmente estão
conectadas à uma rede de distribuição de energia elétrica precária.

A quantidade de materiais previstos para o suprimento da demanda reprimida das áreas de ressaca é detalhada na
Tabela 77.

Material Quantidade
Luminárias 756
Braços 756
Tabela 77 – Resumo de materiais de demanda reprimida das áreas de ressaca
Fonte: autoria própria

É importante garantir que o encargo de implantação de iluminação nas áreas de ressaca esteja acondicionado a uma
ação conjunta de urbanização, mais especificamente que seja obrigatório apenas a implantação de iluminação onde
esteja presente rede de distribuição de energia elétrica regular da CEA.

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11.1.2. Demanda Reprimida na Área 2

Pela análise realizada no item 7.1.2, onde foi exposta toda a metodologia utilizada para a aferição da qualidade de
atendimento da rede de iluminação pública na área 2, concluiu-se que existem 35,39% de extensão das vias existentes
nas localidades dessa área que não são atendidas (integralmente ou parcialmente).

Conclui-se que a rede de iluminação pública atual dessa área é insuficiente para o atendimento integral das vias e
arruamentos das localidades, sendo 64,61% da dimensão que deveria ser. Em termos quantitativos a rede de
iluminação pública da área 2 deve ser incrementada de 526 pontos de iluminação pública para viabilidade técnica do
atendimento dos requisitos luminotécnicos da NBR 5101.

A classe de iluminação das vias e arruamentos da área 2 é V5 para as dedicadas de veículos e P4 para as dedicadas
para pedestres. Os requisitos luminotécnicos das luminárias aplicáveis ao suprimento dessa demanda reprimida deve
seguir aos já definidos no item 6 deste relatório, destacando-se a temperatura de cor 3.000k e o índice de reprodução
de cor mínimo de 70%.

A relação de potência das luminárias que será considerada para o atendimento à demanda reprimida da área 2, segue
a mesma proporção resultante das simulações luminotécnicas apresentadas no item 8.2, que foi de 20% para vias de
comunicações (via típica 1) e 80% para os arruamentos e outras vias), o qual o quantitativo é apresentado na Tabela
78.

Fabricante A Fabricante B Fabricante C


Via Potência Potência Potência
Quantidade Quantidade Quantidade
(W) (W) (W)
Via típica 1 – Área 2 105 60 135 53 80
Via típica 2 – Área 2 421 38 421 53 55
Tabela 78 – Demanda reprimida da rede de iluminação pública da área 2
Para o atendimento desses novos pontos de iluminação pública na área 2 prevê-se além das luminárias a instalação
de postes de concreto, braços e circuito aéreo exclusivo em cabos multiplexados de alumínio, na qual a alimentação
de energia elétrica deve derivar de uma rede de distribuição de energia elétrica em tensão secundária, com
acionamento das luminárias por relés fotoeletrônicos. O resumo de materiais previstos é detalhado na Tabela 79.

Material Quantidade
Luminárias 526
Braços 526
Poste de concreto 526
Circuito aéreo (m) 23.670
Tabela 79 – Resumo de materiais de demanda reprimida da área 2
Fonte: autoria própria

11.1.3. Demanda Reprimida na Área 3

Diante das melhores informações recebidas até o momento que possibilitaram a análise realizada no item 7.1.3 deste
relatório na qual foi possível quantificar as deficiências de atendimento da rede de iluminação pública na área 3.

Para a estimativa de quantidades de pontos a serem instalados na área 3 foi utilizada a informação da análise de que
existem 13.873 metros de passarelas sem iluminação pública, resultando em uma demanda reprimida de 308 novos
pontos de iluminação pública para um distanciamento padrão entre luminárias de 45 metros.

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A classe de iluminação das passarelas da área 3 é P4. Os requisitos luminotécnicos das luminárias aplicáveis ao
suprimento dessa demanda reprimida deve seguir aos já definidos no item 6 deste relatório, destacando-se a
temperatura de cor 3.000k e o índice de reprodução de cor mínimo de 70%.

A potência das luminárias que será considerada para o atendimento à demanda reprimida da área 3, segue a mesma
potência resultante da simulações luminotécnica apresentadas no item 8.3, que considerando os três fabricantes é
demonstrada na Tabela 80.

Quantidade Potência (W)


Via
Incremento Fabricante A Fabricante B Fabricante C
Via típica 1 – Área 3 308 22 23 42
Tabela 80 – Demanda reprimida da rede de iluminação pública da área 3
Fonte: autoria própria

Considerando a potência das luminárias dos três fabricantes tem-se que a potência média individual das luminárias
LED para o atendimento das passarelas é de 29 W.

Para implantação dos novos pontos na área 3, está previsto a implantação de postes, braços e circuitos de iluminação
pública, com acionamento através de relés fotoeletrônicos que devem derivar da rede de distribuição de energia
elétrica existente.

Tendo em vista a dificuldade da logística para transporte e instalação da infraestrutura, recomenda-se a utilização de
postes de fibra de vidro, que são mais leves, exigem esforços menores na instalação e oferecem segurança e
durabilidade. Esses postes deverão ser engastados assegurando uma altura útil de 7 metros em relação às passarelas.
O resumo de materiais previstos para o atendimento da demanda reprimida da área 3 é detalhado na Tabela 81.
Material Quantidade
Luminárias 308
Braços 308
Poste de fibra 308
Circuito aéreo 13.860
Tabela 81 – Resumo de materiais de demanda reprimida da área 3
Fonte: autoria própria

11.1.4. Crescimento Vegetativo

Considera-se como crescimento vegetativo, o aumento natural e espontâneo dos pontos de iluminação pública a
partir do início da concessão, excluindo-se a Demanda Reprimida conforme item 11.1.

O crescimento vegetativo de uma rede de iluminação pública está relacionado diretamente ao crescimento
populacional do município, variando conforme o tipo de aglomeração urbana essa expansão ocorrerá.

Toda projeção para crescimento vegetativo é feita observando um histórico da progressão do número de residências,
de habitantes e dos pontos de iluminação pública de um município. E pela falta de dados referente à progressão da
quantidade de pontos de iluminação pública na Rede de Macapá foi adotado empiricamente o crescimento anual de

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0,50% para a Rede de Macapá. Essa taxa percentual adotada é razoável e está embasada e outros estudos realizados
por esse Consórcio16.

Esse índice é um referencial que norteará quais os custos e investimentos necessários ao longo de toda a concessão
para atender ao crescimento de pontos de iluminação pública.

12. Benefícios Energéticos


Diante das soluções propostas, a rede de iluminação pública de Macapá agregará também benefícios energéticos pelo
uso de equipamentos de iluminação pública mais eficientes.

Anteriormente exposto no item 5 deste relatório, a carga instalada da rede de iluminação pública atual do município
de Macapá é apresentada na Tabela 82, subdividida por áreas, onde também está apresentado a potência média por
ponto da rede.

Área Quantidade de Pontos Carga Instalada (kW) Potência Média dos Pontos (W)
Área 1 32.756 4.758,3 145
Área 2 961 87,9 91
Área 3 97 8,2 84
Total 33.814 4.854,4 144
Tabela 82 – Carga instalada da rede de iluminação pública de Macapá
Fonte: cadastro georreferenciado

12.1.1. Da Área 1

Sistema Viário

Do resultado das soluções propostas para a modernização do sistema viário da área 1, que previu-se a substituição
dos 31.151 pontos e o incremento de 4.213 pontos necessários para adequar os níveis luminotécnicos das vias,
obtiveram-se a perspectiva da maior redução de carga instalada em 49,20% (Fabricante A), conforme demonstrado
na Tabela 83.

Fabricante A Fabricante B Fabricante C


Classe de Carga Instalada Carga Carga Carga
Iluminação Atual (kW) Redução Redução Redução
Instalada Instalada Instalada
% % %
(kW) (kW) (kW)
V2 505,8 392,1 22,48% 375,7 25,72% 497,0 1,74%
V3 454,6 334,5 26,42% 371,4 18,30% 417,5 8,16%
V4 441,7 186,8 57,71% 226,2 48,78% 299,9 32,10%
V5 2.723,2 1.182,1 56,73% 1.583,2 41,86% 1.330,3 51,15%
Total 4.125,3 2.095,5 49,20% 2.556,5 38,03% 2.544,7 38,31%
Tabela 83 – Perspectiva de redução de carga instalada com a
modernização da rede de IP do sistema viário da área 1
Iluminação de Destaque

16 Cidade de Guaratuba-PR; Distrito Federal-DF e Cidade de Jaboatão dos Guararapes-PE.

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A iluminação de destaque prevista representará um incremento de carga na rede de iluminação pública de Macapá,
visto que 1.847 os pontos considerados nesse projeto não fazem parte da rede atual.

Iluminação de Destaque
Potência Unitária (W) Quantidade Potência (kW)
110 84 9,2
35 562 19,7
45 94 4,2
68 24 1,6
100 564 56,4
45 103 4,6
72 22 1,6
150 148 22,2
300 246 73,8
Total 1.847 193,3
Tabela 84 – Perspectiva de incremento de carga instalada de iluminação de destaque na área 1
Fonte: autoria própria

Praças, Parques e Passeios Públicos

Dos 1.605 pontos de iluminação pública que prestam serviços em praças, parques e passeios públicos, somados ao
incremento de 161 luminárias para melhorias, a previsão de maior redução de carga instalada (Fabricante B) é de
aproximadamente 62,75%, sobre a carga instalada atual de 633,1 kW (Tabela 22), onde a relação de quantidade e
potência da relação de pontos modernizados é apresentada na Tabela 85.

Fabricante A Fabricante B Fabricante C


Praças, Carga Instalada Carga Carga Carga
Parques e Atual (kW) Redução Redução Redução
Instalada Instalada Instalada
Passeios % % %
(kW) (kW) (kW)
PúblicosV2
633,1 240,2 62,06% 235,8 62,75% 237,7 62,45%
Tabela 85 – Perspectiva de redução de carga instalada com a
modernização da rede de IP de praças, parques e passeios públicos
Fonte: autoria própria

Todo ganho com eficiência energética apresentado no item 12.1.1 ocorrerá até o 24º mês da concessão.

O resumo do ganho com eficiência energética da área 1 por fabricante é apresentado na Tabela 86.

Atual Fabricante A Fabricante B Fabricante C


Intervenção e Tipo de
logradouros Total de Potência Total de Potência Total de Potência Total de Potência
Pontos (kW) Pontos (kW) Pontos (kW) Pontos (kW)
Sistema Viário 31.151 4.125,2 35.364 2.095,5 36.586 2.556,5 36.331 2.544,7
Modernização Iluminação de
- - 1.847 193,3 1.847 193,3 1.847 193,3
destaque

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Atual Fabricante A Fabricante B Fabricante C
Intervenção e Tipo de
logradouros Total de Potência Total de Potência Total de Potência Total de Potência
Pontos (kW) Pontos (kW) Pontos (kW) Pontos (kW)
Parques, praças
e passeios 1.605 633,1 1.766 240,2 1.766 235,8 1.766 237,7
públicos
Total (kW) 4.758,3 2.529,0 2.985,6 2.975,7

Percentual de Redução de - 46,85% 37,25% 37,46%


Carga
Tabela 86 – Perspectiva de redução de carga instalada na área 1
Fonte: autoria própria

12.1.2. Da Área 2

O melhor resultado de redução média da carga instalada dos 961 pontos de iluminação públicas localizados dentro
da área 2 é estimado em 48,92% (fabricante A), considerando ainda o incremento dos 99 pontos necessários para a
correção dos vãos entre luminárias fora de padrão. A Tabela 87 apresenta os resultados de redução da carga instalada,
por fabricante, da área 2.

Atual Fabricante A Fabricante B Fabricante C


Total de Potência Total de Potência Total de Potência Total de Potência
Pontos (kW) Pontos (kW) Pontos (kW) Pontos (kW)
Área 2 961 87,9 1.060 44,9 1.132 60,0 1.079 65,1
Percentual de Redução de Carga - 48,92% 31,74% 25,92%
Tabela 87 – Perspectiva de redução de carga instalada na área 2
Fonte: autoria própria

Todo o ganho com eficiência energética apresentado neste item ocorrerá até o 24º mês de concessão.

12.1.1. Da Área 3

Na área 2, o melhor resultado de redução média da carga instalada, dos 97 pontos de iluminação públicas, é estimado
em 73,39%, onde a previsão de redução da carga instalada, por fabricante, nos pontos de iluminação da área 3 é dada
pela Tabela 88.

Atual Fabricante A Fabricante B Fabricante C


Total de Potência Total de Potência Total de Potência Total de Potência
Pontos (kW) Pontos (kW) Pontos (kW) Pontos (kW)
Área 2 97 8,2 97 2,1 97 2,2 97 4,1
Percentual de Redução de Carga - 74,39% 73,17% 50,00%
Tabela 88 – Perspectiva de redução de carga instalada na área 3
Fonte: autoria própria

Todo o ganho com eficiência energética apresentado neste item ocorrerá até o 24º mês de concessão.

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12.1.2. Geral

Ao final das obras de modernização da rede, ou seja, ao final do 24º mês, é estimada uma carga instalada da rede de
iluminação pública de Macapá seja em torno dos 2.577,3 kW, representando uma redução ante a rede atual de 46,91%,
conforme cálculo detalhado na Tabela 89.

Atual Fabricante A Fabricante B Fabricante C


Total de Potência Total de Potência Total de Potência Total de Potência
Pontos (kW) Pontos (kW) Pontos (kW) Pontos (kW)
Área 1 32.756 4.758,3 38.964 2.529,0 40.262 2.985,6 40.007 2.975,7
Área 2 961 87,9 1.060 44,9 1.132 60,0 1.079 65,1
Área 3 97 8,2 97 2,1 97 2,2 97 4,1
Total de Carga Instalada 4.854,4 2.576,0 3.047,8 3.044,7
(kW)
Percentual de
- 46,93% 37,22% 37,28%
Redução de Carga
Tabela 89 – Perspectiva de redução da carga instalada na rede de Macapá
Fonte: Autoria própria

Considerando que as obras de modernização da rede de Macapá tenham início no 5º mês a partir da data da eficácia
da concessão e finalize após 20 meses, é previsto que a carga total instalada na Rede de Macapá tenham valores
anuais próximos ao indicado na Tabela 90, considerando que é previsto um incremento anual de carga de 0,01 MW
devido ao crescimento vegetativo da rede de IP de Macapá.

Carga Instalada Estimada (ano)


Ano Carga Inst. (MW) Ano Carga Inst. (MW)
Ano 0 4,85 Ano 11 2,65
Ano 1 3,94 Ano 12 2,66
Ano 2 2,56 Ano 13 2,67
Ano 3 2,57 Ano 14 2,68
Ano 4 2,58 Ano 15 2,69
Ano 5 2,59 Ano 16 2,70
Ano 6 2,60 Ano 17 2,71
Ano 7 2,61 Ano 18 2,72
Ano 8 2,62 Ano 19 2,73
Ano 9 2,63 Ano 20 2,74
Ano 10 2,64
Tabela 90 – Carga Instalada estimada ano a ano
Fonte: Autoria própria

Adotando a carga instalada da rede atual de Macapá como linha de base17, que servirá de referência para o cálculo de
eficiência energética, teríamos uma curva de eficientização ao longo do tempo conforme o Gráfico 5.

17Linha de base é o termo utilizado pelo Protocolo Internacional de Medição e Verificação (PIMVP) para definir os valores de
referência de uma carga instalada ou consumo na comparação de ganhos em ações de eficiência energética.

PwC | Cescon Barrieu | KMR Energia | Godoy Luminotecnia | Núcleo Engenharia Preparado para BNDES 121
Curva de Eficientização
6,00

5,00

4,00

3,00

2,00

1,00

0,00
Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

Parque Atual Parque Modernizado Linha de Base Carga Instalada Total

Gráfico 5 – Curva de eficientização


Fonte: Autoria própria

Toda a dinâmica de redução de carga instalada acontecerá durante o período de execução das obras de modernização
(Fase 2 do contrato), sendo que o cronograma físico e a expectativa de valor ao final de cada mês nesse período é
demonstrada na Tabela 91.

Migração Remodelagem Iluminação de Eficiên


Rede Atuais Total
Mês Tecnológica (ponto escuro) Destaque cia
(Fase 2) Nr de Carga Nr de Carga Nr de Carga Nr de Carga Nr de Carga Energé
Pontos (kW) Pontos (kW) Ponto (kW) Pontos (kW) Pontos (kW) tica

0 33.814 4.854,3 0 0,0 0 0,0 0 0,0 33.814 4.854,3 0,00%


1 32.123 4.611,6 1.691 104,3 224 14,1 92 9,7 34.130 4.739,7 2,36%
2 30.433 4.368,9 3.381 208,6 447 28,3 185 19,3 34.446 4.625,1 4,72%
3 28.742 4.126,2 5.072 312,9 671 42,4 277 29,0 34.762 4.510,5 7,08%
4 27.051 3.883,4 6.763 417,3 895 56,6 369 38,7 35.078 4.395,9 9,44%
5 25.361 3.640,7 8.454 521,6 1.118 70,7 462 48,3 35.394 4.281,3 11,80%
6 23.670 3.398,0 10.144 625,9 1.342 84,8 554 58,0 35.710 4.166,8 14,16%
7 21.979 3.155,3 11.835 730,2 1.566 99,0 646 67,7 36.026 4.052,2 16,52%
8 20.288 2.912,6 13.526 834,5 1.789 113,1 739 77,4 36.342 3.937,6 18,88%
Migração Remodelagem Iluminação de Eficiên
Rede Atuais Total
Mês Tecnológica (ponto escuro) Destaque cia
(Fase 2) Nr de Carga Nr de Carga Nr de Carga Nr de Carga Nr de Carga Energé
Pontos (kW) Pontos (kW) Ponto (kW) Pontos (kW) Pontos (kW) tica

9 18.598 2.669,9 15.216 938,8 2.013 127,2 831 87,0 36.658 3.823,0 21,25%

PwC | Cescon Barrieu | KMR Energia | Godoy Luminotecnia | Núcleo Engenharia Preparado para BNDES 122
10 16.907 2.427,1 16.907 1043,2 2.237 141,4 924 96,7 36.974 3.708,4 23,61%
11 15.216 2.184,4 18.598 1147,5 2.460 155,5 1.016 106,4 37.290 3.593,8 25,97%
12 13.526 1.941,7 20.288 1251,8 2.684 169,7 1.108 116,0 37.606 3.479,2 28,33%
13 11.835 1.699,0 21.979 1356,1 2.907 183,8 1.201 125,7 37.922 3.364,6 30,69%
14 10.144 1.456,3 23.670 1460,4 3.131 197,9 1.293 135,4 38.238 3.250,0 33,05%
15 8.453 1.213,6 25.361 1564,7 3.355 212,1 1.385 145,0 38.554 3.135,4 35,41%
16 6.763 970,9 27.051 1669,1 3.578 226,2 1.478 154,7 38.870 3.020,9 37,77%
17 5.072 728,1 28.742 1773,4 3.802 240,4 1.570 164,4 39.186 2.906,3 40,13%
18 3.381 485,4 30.433 1877,7 4.026 254,5 1.662 174,1 39.502 2.791,7 42,49%
19 1.691 242,7 32.123 1982,0 4.249 268,6 1.755 183,7 39.818 2.677,1 44,85%
20 0 0,0 33.814 2086,3 4.473 282,8 1.847 193,4 40.134 2.562,5 47,21%
Tabela 91 – Carga Instalada estimada mês a mês
Fonte: Autoria própria

Considerando a subdivisão do período de modernização em 3 marcos, é previsto que: i) ao final do 8º mês de execução
(Fase 2 da concessão), 40,00% dos pontos da rede atual, ou seja 13.526 pontos, estejam migrados tecnologicamente
para LED, e que a redução mínima de carga instalada da rede de IP de Macapá seja de 18,88%; ii) ao final do 14º mês
de execução, 70,00% dos pontos da rede atual, 23.670 pontos, estejam migrados para tecnologia LED, com a redução
mínima de carga instalada seja de 33,05%; e iii) ao final da execução (20º mês da Fase 2), todos os pontos da rede
atual de Macapá (33.814) estejam migrados para tecnologia LED, com a redução mínima de carga instalada de
47,21%. A Tabela 92 apresenta a metas físicas e de eficiência energética esperada na concessão.

Migração para LED Percentual de


Marcos na obra de Mês
Redução de carga
modernização (Fase 2) Qtde % da rede atual instalada
1º Marco 8 13.526 40% 18,88%
2º Marco 14 23.670 70% 33,05%
3º Marco 20 33.814 100% 47,21%
Tabela 92 – Marcos de eficientização energética
Fonte: Autoria própria

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13. Conclusão

O cenário resultante dos estudos de engenharia para a concessão de Macapá é apresentado em resumo pela Tabela
93, juntamente com os quantitativos macros.

Cenário de Concessão Definido.


Prazo de concessão 20 Anos
Prazo de modernização 24 meses a partir da data de eficácia do contrato.
Todo o território do Município de Macapá, com critérios de atendimento e
Abrangência da concessão
operação distinto para as 3 áreas na concessão.
Tipo de tecnologia de iluminação LED
Nas luminárias instaladas nas vias V2 e V3, totalizando o atendimento à 7.501
Telegestão
pontos com o sistema
Centro de controle e comando (CCO) Início de operação após 6 meses, da emissão da ordem de serviço
Para tecnologia LED dos 33.814 pontos que compõe toda a rede de iluminação
Migração tecnológica
pública de Macapá
- Na área 1: Substituição de 28.479 braços e incremento de 4.361 novos pontos,
considerando a instalação de postes, braços e luminárias para atendimento aos
Modernização18 níveis luminotécnicos da NBR-5101 e supressão dos pontos escuros
Remodelagem - Na área 2: Substituição de 961 braços e incremento de 99 novos pontos para
correção dos pontos escuros
- Na área 3: Substituição dos 97 braços para fixação adequada das luminárias
LED
- Na área 1: incremento de 114 pontos de iluminação pública para o
atendimento do sistema viário; incremento de 750 pontos de iluminação pública
para o atendimento das passarelas das áreas de ressaca.
- Na área 2: incremento de 526 pontos de iluminação pública para o
Demanda Reprimida atendimento de vias e arruamentos das localidades existentes que não estão
Expansão atendidos pela rede de iluminação pública
- Na área 3: incremento de 308 pontos de iluminação pública para o
atendimento de passarelas que não estão atendidos pela rede de iluminação
pública
Crescimento Incremento anual de 114 pontos de iluminação pública para o atendimento do
vegetativo crescimento vegetativo do município de Macapá
Implantação de 1.284 novos pontos de iluminação especial para valorização
Áreas Verdes das quadras, playgrounds, arbustos e monumentos em áreas verdes do
município
Iluminação de Implantação de 52 novos pontos de iluminação especial para a valorização de
destaque Orlas quadras, concha acústica do Balneário Orla Fazendinha, com previsão de
iluminação RGB
Implantação de 511 novos pontos de iluminação especial para valorização dos
Patrimônios
patrimônios históricos de Macapá, inclusive com controles RGB.
Tabela 93 – Resumo do cenário da concessão
Fonte: Autoria própria

18 Considerado o fabricante A por ter a melhor relação custo x benefício.

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Atualmente constituído por tecnologia ultrapassada que além de não atender as necessidades público-sociais em sua
totalidade, ou seja, não beneficiar a todos os indivíduos que habitam o município, a rede de iluminação pública de
Macapá não está alinhado com o conceito sustentabilidade, isto é, utiliza luminárias compostas por metais pesados,
tal como o mercúrio, apresentando alta toxidez ao entrar em contato com um organismo vivo e contribuindo com a
poluição luminosa.
Visando melhorar esta condição e adequar a rede de iluminação pública do município de Macapá e sua infraestrutura
aos requisitos da NBR5101 e também ao conceito de sustentabilidade.

Tais soluções propõem a migração para a tecnologia LED nas áreas onde já existe uma rede IP instalada e
remodelagem para áreas onde a rede de IP é inexistente e outros pontos específicos. Além de reduzir
significativamente a carga instalada atual, obtendo um menor consumo de energia elétrica, a aderência a concessão
retratada neste relatório acarreta no uso do sistema de telegestão, capaz de reduz custos e atender de forma mais
rápida e eficaz a população nas questões de manutenção da rede de IP.

Por fim, vale destacar que além dos benefícios mensuráveis apresentados anteriormente, a modernização do sistema
público de iluminação trás vantagens não mensuráveis, como a valorização de espaços públicos que contribuem para
uma maior qualidade de vida de seus usuários, porém são pouco aproveitados, tais como praças, parques, ciclovias e
áreas de eventos; redução dos índices de violência, visto que o mesmo está diretamente associado com a falta de
iluminação adequada; e melhor mobilidade urbana, tornando mais fácil a visualização de sinalizações e marcações
para motoristas e pedestres, contribuindo também com um transito mais seguro.

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