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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

INTRODUÇÃO A PSICOLOGIA: Da definição da Psicologia à Evolução do objecto


de estudo da Psicologia.

João José Araújo (708210966)

Curso: Licenciatura em Ensino de Língua


Portuguesa
Disciplina: Psicologia Geral
Ano de Frequência: 1º Ano

Gorongosa, Maio, 2022

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Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação à Distância

INTRODUÇÃO A PSICOLOGIA: Da definição da Psicologia à Evolução do objecto


de estudo da Psicologia.

João José Araújo (708210966)

Curso: Licenciatura em Ensino de Língua


Portuguesa
Disciplina: Psicologia Geral
Ano de Frequência: 1º Ano

Tutor: Filomena M. Cossoma

Gorongosa, Maio, 2022

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Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do
Subtotal
máxima tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1 Introdução................................................................................................................................ 1

1.1 Objectivo Geral ................................................................................................................. 2

1.2 Objectivos Específicos: .................................................................................................... 2

2 Metodologia ............................................................................................................................ 2

3 INTRODUÇÃO A PSICOLOGIA .......................................................................................... 3

3.1 Os métodos usados na investigação psicológica .............................................................. 4

3.1.1 Estudo de caso ........................................................................................................... 4

3.1.2 Observação ................................................................................................................ 5

3.1.3 Experimentação ......................................................................................................... 5

3.1.4 Método clínico........................................................................................................... 5

3.2 Os inícios da psicologia científica .................................................................................... 6

4 EVOLUÇÃO DO OBJECTO DE ESTUDO DA PSICOLOGIA ........................................... 6

4.1 Os gestaltistas ................................................................................................................... 6

4.2 Os comportamentalistas .................................................................................................... 7

4.3 Visão dos psicanalistas ..................................................................................................... 7

5 Considerações finais ................................................................................................................ 8

6 Referência bibliográfica .......................................................................................................... 9

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1 Introdução

O presente trabalho de pesquisa da cadeira de Psicologia geral, subordinado ao tema


“introdução a psicologia: da definição da psicologia à evolução do objecto de estudo
da psicologia, irá desenvolver com mais pormenores acerca do tema em alusão.

Antes de mais importa referir que do ponto de vista etimológico, isto e, do surgimento da
palavra “psicologia” vem do grego ‘psyche’, que significa alma, sopro, ou espirito, e da palavra
‘logos’, que significa razão, conhecimento, ou estudo. Estas duas palavras deram origem aquilo
que chamamos hoje de Psicologia.

Entretanto, é importante frisar que actualmente a psicologia e definida como sendo ciência do
comportamento e da actividade mental. Esta definição encerra em si a dualidade de objecto do
estudo da psicologia, ou seja, o estudo do comportamento e da actividade mental.

O presente trabalho de espécie teórico, irá abordar desde introdução a psicologia definição ate à
evolução do objecto de estudo da psicologia.

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Objectivos do trabalho

1.1 Objectivo Geral

o Analisar a evolução do objecto de estudo da psicologia

1.2 Objectivos Específicos:

o Explicar a etimologia da palavra psicologia


o Definir o conceito de psicologia;
o Descrever os principais métodos usados na psicologia;

2 Metodologia

Para a formalização deste trabalho foi realizada uma pesquisa exploratória, através de
levantamentos bibliográficos e exemplos de aplicações práticas, com o intuito de esclarecer
alguns equívocos ou resolver necessidades concretas.

Segundo GIL (2002, p. 44-45), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já
elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. A principal vantagem da
pesquisa bibliográfica está no facto de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de
fenómenos muito mais amplo do que aquela que poderia pesquisar directamente. Sua finalidade é
colocar o pesquisador em contacto com o que já se produziu e se registou a respeito do tema de
pesquisa. Tais vantagens revelam o compromisso da qualidade da pesquisa. Além de permitir o
levantamento das pesquisas referentes ao tema estudado, a pesquisa bibliográfica permite ainda o
aprofundamento teórico que norteia a presente pesquisa.

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3 INTRODUÇÃO A PSICOLOGIA

O termo Psicologia é de origem greco-latino, e etimologicamente pode traduzir-se no seguinte:


psiychè = alma; logia=logos=estudo ou ciência. Assim, a palavra Psicologia significa estudo da
alma ou ciência da alma, ciência que estuda as ideias, sentimentos, e determinações cujo conjunto
constitui o espírito humano.

A Psicologia enquanto campo Científico trata de estudar o comportamento humano nas suas
diversas manifestações (observáveis e não observáveis). Pois Chicote, Abacar e Huó 2007 diz
que :

Entre todos os animais, nós, os seres humanos, somos os únicos capazes de


criar e transformar o conhecimento; somos os únicos capazes de aplicar o que
aprendemos, por diversos meios, numa situação de mudança do conhecimento;
somos os únicos capazes de criar um sistema de símbolos, como a linguagem, e
com ele registar nossas próprias experiências e passar para outros seres
humanos. Essa característica é o que nos permite dizer que somos diferentes
dos gatos, dos cães, dos macacos, dos leões, e outros animais considerados
irracionais; precisamente porque não têm a capacidade pensante, que
caracteriza o homem. Ao criarmos este sistema de símbolos, através da
evolução da espécie humana, permitimo-nos também ao pensar e, por
consequência, a ordenação e a previsão dos fenómenos que nos cerca.

Campira (s.d.), por sua vez, considera uma tarefa difícil de estudar o comportamento humano,
talvez seja por isso que os psicólogos acreditam que a Psicologia é tão complexa quanto o próprio
homem. Não sendo é fácil, sobretudo, quando o objecto de estudo é o próprio homem, capaz de
se transformar em sujeito da pesquisa. Daí todo o cuidado que se tem ao estudar o
comportamento humano. O comportamento humano é também difícil de ser compreendido pela
natureza da sua realidade, bio-psico-sócio-cultural. Por esta razão a Psicologia possui laços
interdisciplinares com outras ciências, como por exemplo, as de natureza biológica, sociológica,
cultural, etc.
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Nesta ordem de idéias, Cardoso, Frois & Fachada (1993), citados por Campira (s.d), consideram
como objectivo final da Psicologia a explicação das condutas em função dos factores ou variáveis
que as condicionam ou determinam, daí a necessidade de se ter em conta as outras áreas
científicas na abordagem dos fenómenos psicológicos.

3.1 Os métodos usados na investigação psicológica

Tal como todas as outras áreas científicas, a Psicologia firmou-se como ciência quanto elaborou
seus próprios caminhos de investigação. Campira (s.d), considera que a construção do
conhecimento científico parte de um método que se caracteriza por formular hipóteses, teorias e
organizar observações. Onde por sua vez essas hipóteses são testadas para confirmar ou refinar a
teoria sugerindo aplicações práticas. Com isso podemos concluir que os métodos usados em
Psicologia não são muito diferentes dos usados nas pesquisas em áreas sociais e humanas, onde
os mais aplicados na investigação psicológica são os de estudo de caso; observação; experimental
e clínico.

3.1.1 Estudo de caso


É um dos mais antigos métodos usado pelos psicólogos, e consiste no estudo de um ou mais
sujeitos com maior profundidade, na intenção de revelar verdades de muitos. Os estudos de caso
são usados na impossibilidade de se abarcar toda a população que se requer pesquisar. Alguns
exemplos clássicos de estudos de caso realizados na Psicologia são os de Jean Piaget, que depois
de interrogar e observar suas crianças foi capaz de desenvolver a sua teoria de desenvolvimento
cognitivo, muito usada para a explicação da aprendizagem das crianças do mundo inteiro e,
ainda, os estudos com chipanzés e de “crianças selvagens” que foram importantes na explicação
da linguagem em todos os seres. O cuidado que se deve prestar nestes estudos é que os
resultados, por resultarem de uma amostra restrita e pequena, podem ser enganosos, quando
generalizados para um universo maior da população.

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3.1.2 Observação
Campira (s.d), considera Observar como forma de registar o comportamento de organismos em
seu ambiente natural, o que Myers (1999), citado por Campira (s.d), chama de “observação
naturalista” onde acrescenta que nesta observação é importante o registo da informação recolhida,
como também é importante definir o que realmente vai observar.

3.1.3 Experimentação
Sendo que a Psicologia estuda o comportamento humano, dai a necessidade de compreender e
analisar a relação causa-efeito. Onde os experimentos permitirão ao pesquisador focalizar nos
possíveis efeitos de uma ou várias variáveis. Enfim, para se compreender o porquê as jovens
solteiras têm filhos, o porquê as pessoas fumam ou fazem algo estranho quando bebem, é
necessário realizar experiências que podem permitir o alcance das respostas desejadas. Em
psicologia muitos experimentos foram feitos com animais.

3.1.4 Método clínico


De acordo com Campira (s.d), este método, Refere-se à observação directa dos pacientes com
lesão ou doenças cerebrais, o objectivo fundamental é procurar relacionar o tipo de lesão ou
doença as modificações do comportamento. A observação clínica tem suas limitações, algumas
observações só são possíveis depois da morte do indivíduo, explica-se por razões éticas.

Como ficou claro, o comportamento humano passou a exigir explicação mais ajustada a sua
complexidade de modo a nos adequarmos melhor aos contextos, situações e as pessoas com quem
nos lidamos. São vários os domínios da vida humana, por esta razão ela (a Psicologia) tem se
multiplicado em várias áreas ou domínios de modo a procurar melhor explicar o comportamento
humano.
Na área da pesquisa básica os psicofisiologistas, sugerem o estudo da relação cérebro e a mente,
os psicólogos do desenvolvimento que estudam as mudanças que ocorrem nas diferentes fases da
vida humana. Na pesquisa aplicada, por exemplo, constatam-se os psicólogos industriais ou
organizacionais que tratam de investigar o comportamento humano no trabalho ou nas
organizações, selecionando, recrutando e avaliando os profissionais das diferentes áreas de
trabalho. Nesta categoria constam também os psicólogos clínicos e psiquiatras proporcionando
acompanhamento clínico e psicoterapia (para psiquiatras) de algumas perturbações mentais.

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3.2 Os inícios da psicologia científica

Há que destacar que “A psicologia se desenvolveu a partir da Biologia e da Filosofia, com


objectivo de se tornar uma ciência que descreve e explica como pensamos, sentimos e
agimos.”(MAYERS, 1999, p. 1). Numa primeira manifestação a Psicologia foi, simplesmente,
uma disciplina descritiva, isto é, tratava de descrever as manifestações comportamentais dos
indivíduos sem com isso explicar a causa ou os porquês dessa manifestação. Hoje a psicologia,
para além de descrever e explicar o comportamento humano, objectiva prever e modificar (dentro
das possibilidades) o comportamento humano.

4 EVOLUÇÃO DO OBJECTO DE ESTUDO DA PSICOLOGIA

Wilhelm Wundt, considerado pai da Psicologia, montou o primeiro laboratório de psicologia


experimental na Europa (1879) influenciado pela Fisiologia, área que já tinha atingido o estatuto
de uma ciência, a semelhança da Física, Química, mesmo a Filosofia;Interessado no estudo da
experiência consciente, procurava fazê-lo analisando a consciência nos mais ínfimos
componentes. Procurava os elementos básicos da psicologia às partes mais ínfimas da
consciência analisável. “Como a física tinha seus elementos, também a psicologia as teria (...) os
elementos básicos eram unidos por associação” – tese defendida por Wundt (SPRINTALL &
SPRINTALL, 2000, p. 20). Para este pensador, a mente é composta por elementos individuais ou
átomos de experiência ligados por associação. Para estudar esses elementos Wundt utilizou a
técnica de introspecção que consistia no treinamento de sujeitos a olharem para dentro de si,
relatando seus sentimentos e sensações. Essa forma de olhar para os fenômenos psicológicos não
agradou os psicólogos gestaltistas.

4.1 Os gestaltistas

Max Wertheimer, seu expoente principal citado por (SPRINTALL & SPRINTALL, 2000)
considera Wundt ter levado a Psicologia por água abaixo – ao tentar produzir a sua perfeita tabela
atômica organizada da psicologia, com ela perdera de vista a realidade da experiência humana, ao
analisar a experiência em suas partes ínfimas, tinha de facto destruído a noção da experiência
como totalidade. Max considera “o todo é maior do que a soma das partes” (citado por
Wertheimer, apud Sprintal&sprintal, 2001). Por isso, é preciso estudar o todo, a totalidade, a

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configuração inteira. Os elementos atuam de maneira diferente quando são retirados do seu
contacto. As sensações são partes integrantes da experiência humana e o estudo destas não nos
revela essa complexa experiência humana. Para estes teóricos, a compreensão da experiência
humana é irredutível ao estudo das sensações, sobretudo na sua forma de estudá-los, por
associação.

4.2 Os comportamentalistas

Conhecidos também como behavioristas, de seu representante John B. Watson, os


comportamentalistas atacam Wundt pelo uso do método de introspenção enquanto instrumento
científico. Eles acreditavam nos elementos, mas não gostavam como Wundt tentava os encontrar.
Watson considera o verdadeiro objecto de estudo, comportamento (behavior). A introspenção não
tem utilidade para a psicologia,como também não tem para a Física e para a Química. A única
coisa observável, por isso, a única que permite o uso dos métodos científicos é o comportamento
manifesto pelo sujeito. Se a consciência puder apenas ser estudada através da introspenção, e não
tiver correlatos do comportamento, então a psicologia terá de se ver livre dela (SPRINTALL &
SPRINTALL, 2000 p. 26).

Watson aliou-se ao poderoso Russo Ivan Pavlov, cujo trabalho sobre condicionamento era mais
conhecido na altura e consegui o que queria na altura, demonstrar a existência do – reflexo
condicionado, algo observável para substituir o não observável de Wundt.

4.3 Visão dos psicanalistas

A preocupação dos psicólogos até esta etapa evolutiva centrou-seno estudo da consciência,
diferem-se simplesmente na forma como estes a estudam-na. A visão psicanalítica ampliou a
compreensão do campo de estudo da psicologia, sua principal inovação é o mundo inconsciente,
antes por muitos ignorados. A consciência para Freud parece determinada por esse mundo
inconsciente, pois é o reservatório de toda nossa experiência, o que realmente sabemos de nós
(consciente), não explica a experiência (desejos, frustrações, ansiedades, mágoas, glórias etc.),
por várias razões, reprimimos e, outras, que por força da memória esquecemos.Freud especulou
se alguns distúrbios neurológicos não poderiam ter causas psicológicas, em vez de fisiológica.

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5 Considerações finais

O desenvolvimento do conhecimento humano está intrinsecamente ligado à sua característica


de viver em grupo, ou seja, o saber de um indivíduo é transmitido a outro, que, por sua vez,
aproveita-se deste saber para somar outro. Assim evolui a ciência. A Psicologia no entanto,
estuda o comportamento humano, dai a necessidade de compreender e analisar a relação causa-
efeito. Onde os experimentos permitirão ao pesquisador focalizar nos possíveis efeitos de uma ou
várias variáveis. Tendo assim como objectivo final a explicação das condutas em função dos
factores ou variáveis que as condicionam ou determinam, daí a necessidade de se ter em conta as
outras áreas científicas na abordagem dos fenómenos psicológicos.

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6 Referência bibliográfica

GIL, A. C., (2002) Como Elaborar Projecto de Pesquisa, Editora Atlas S. A, São Paulo, 4ª
Edição, 14p.

CHICOTE L. L., ABACAR M., e HUÓ S. S., (2007), Psicologia Geral. Módulos para Cursos
de Bacharelato Semi-Presencial ,UP, Nampula

BENSON, N. & Grave, S. (2000). Psicologia para principiantes. Lisboa: Dom Quixote.

CARDOSO, A. 1993 Rumos da Psicologia, 6ª Edição, Lisboa.

MYERS, D. (1990) Introdução a Psicologia, 5ª edição, Rio de Janeiro.

SPRINTHAL, R. C. Et al. (2000), Psicologia educacional, Mc Graw–Hill, Lisboa

https://docplayer.com.br/13697630-Introducao-a-psicologia.html acessado em 13 de Maio de


2022

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